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Proposta Pedagógico Curricular
OUTUBRO DE 2011 GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO ÁREA METROPOLITANA NORTE COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO - EFM
2
Proposta Pedagógico Curricular
CAMPO MAGRO - PARANÁ
3
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................8
MARCO SITUACIONAL .............................................................................................9
1- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO ................................9
1.1 HISTÓRICO DO COLÉGIO.......................................................................9
1.2 A COMUNIDADE.....................................................................................11
1.3 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR ...........................................12
1.4 ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL ................................................................13
1.5 AMBIENTES PEDAGÓGICOS................................................................17
1.6 MARCO CONCEITUAL ...........................................................................17
1.7 DIREÇÃO ................................................................................................29
1.8 EQUIPE PEDAGÓGICA..........................................................................30
1.9 CORPO DOCENTE.................................................................................31
1.10 CORPO DISCENTE ................................................................................31
1.11 AVALIAÇÃO.............................................................................................32
1.12 RECLASSIFICAÇÃO...............................................................................33
1.13 EVASÃO..................................................................................................34
1.14 CONSELHO DE CLASSE .......................................................................34
1.15 INCLUSÃO E DIVERSIDADE .................................................................34
1.16 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES ..............................35
1.17 PROJETOS EXTRA-CLASSE.................................................................35
1.18 PARCERIAS............................................................................................36
1.19 CONSELHO ESCOLAR ..........................................................................38
1.20 ESTÁGIO ................................................................................................39
1.21 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS – PPP .............................................39
2. PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL.................................42
2.1 ARTE ..........................................................................................................42
2.1.1 JUSTIFICATIVA ...................................................................................42
2.1.2 CONTEÚDOS......................................................................................48
2.1.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS .......................................62
2.1.4 AVALIAÇÃO.........................................................................................63
2.1.5 REFERÊNCIAS ...................................................................................64
4
2.2 CIÊNCIAS...................................................................................................65
2.2.1 JUSTIFICATIVA ...................................................................................65
2.2.2 CONTEÚDOS......................................................................................67
2.2.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS .......................................70
2.2.4 AVALIAÇÃO.........................................................................................71
2.2.5 REFERÊNCIAS ...................................................................................73
2.3 EDUCAÇÃO FÍSICA...................................................................................73
2.3.1 JUSTIFICATIVA ...................................................................................73
2.3.2 CONTEÚDOS......................................................................................76
2.3.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS .......................................77
2.3.4 AVALIAÇÃO.........................................................................................79
2.3.5 REFERÊNCIAS ...................................................................................80
2.4 ENSINO RELIGIOSO .................................................................................84
2.4.1 JUSTIFICATIVA ...................................................................................84
2.4.2 CONTEÚDOS......................................................................................87
2.4.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS .......................................87
2.4.4 AVALIAÇÃO.........................................................................................88
2.4.5 REFERÊNCIAS ...................................................................................89
2.5 GEOGRAFIA ..............................................................................................90
2.5.1 JUSTIFICATIVA ...................................................................................90
2.5.2 CONTEÚDOS......................................................................................93
2.5.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS .......................................96
2.5.4 AVALIAÇÃO.........................................................................................99
2.5.5 REFERÊNCIAS .................................................................................101
2.6 HISTÓRIA.................................................................................................102
2.6.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................102
2.6.2 CONTEÚDOS....................................................................................107
2.6.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS .....................................110
2.6.4 AVALIAÇÃO.......................................................................................112
2.6.5 REFERÊNCIAS .................................................................................115
2.7 LINGUA PORTUGUESA ..........................................................................115
2.7.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................115
2.7.2 CONTEÚDOS....................................................................................119
5
2.7.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS .....................................125
2.7.4 AVALIAÇÃO.......................................................................................128
2.7.5 REFERÊNCIAS .................................................................................129
2.8 MATEMÁTICA ..........................................................................................129
2.8.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................130
3.4.2 CONTEÚDOS....................................................................................136
2.8.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS .....................................138
2.8.4 AVALIAÇÃO.......................................................................................141
2.8.5 REFERÊNCIAS .................................................................................142
2.9 LEM-INGLÊS............................................................................................142
2.9.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................142
2.9.3 CONTEÚDOS....................................................................................144
2.9.4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS .....................................149
2.9.5 AVALIAÇÃO.......................................................................................150
2.9.5 REFERÊNCIAS .................................................................................151
3. PROPOSTA CURRICULAR ENSINO MÉDIO..............................................151
3.1 LINGUA PORTUGUESA ..........................................................................151
3.1.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................151
3.1.2 CONTEÚDOS....................................................................................155
3.1.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS .....................................158
3.1.4 AVALIAÇÃO.......................................................................................159
3.1.5 REFERÊNCIAS .................................................................................160
3.2 EDUCAÇÃO FÍSICA.................................................................................160
3.2.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................160
3.2.2 CONTEUDOS....................................................................................164
3.2.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS .....................................165
3.2.4 AVALIAÇÃO.......................................................................................167
3.2.5 REFERÊNCIAS .................................................................................168
3.3 ARTE ........................................................................................................169
3.3.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................169
3.3.2 CONTEÚDOS....................................................................................170
3.3.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS .....................................173
3.3.4 AVALIAÇÃO.......................................................................................174
6
3.3.5 REFERÊNCIAS .................................................................................175
3.4 MATEMÁTICA ..........................................................................................176
3.4.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................176
3.4.2 CONTEÚDOS....................................................................................179
3.4.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS .....................................180
3.4.4 AVALIAÇÃO.......................................................................................182
3.4.5 REFERENCIAS .................................................................................183
3.5 QUÍMICA ..................................................................................................183
3.5.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................183
3.5.2 CONTEÚDOS....................................................................................186
3.5.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS .....................................187
3.5.4 AVALIAÇÃO.......................................................................................189
3.5.5 REFERENCIAS .................................................................................190
3.6 FÍSICA ......................................................................................................191
3.6.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................191
3.6.2 CONTEÚDOS....................................................................................194
3.6.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS .....................................199
3.6.4 AVALIAÇÃO.......................................................................................200
3.6.5 REFERÊNCIAS .................................................................................201
3.7 HISTÓRIA.................................................................................................201
3.7.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................201
3.7.2 CONTEÚDOS....................................................................................206
3.7.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS .....................................210
3.7.4 AVALIAÇÃO.......................................................................................211
3.7.5 REFERENCIAS .................................................................................213
3.8 GEOGRAFIA ............................................................................................213
3.8.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................214
3.8.2 CONTEÚDOS....................................................................................215
3.8.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS .....................................216
3.8.4 AVALIAÇÃO.......................................................................................219
3.8.5 REFERENCIAS .................................................................................221
3.9 FILOSOFIA...............................................................................................222
3.9.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................222
7
3.9.2 CONTEÚDOS....................................................................................224
3.9.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS .....................................225
3.9.4 AVALIAÇÃO.......................................................................................226
3.9.5 REFERENCIAS .................................................................................228
3.10 SOCIOLOGIA ...........................................................................................228
3.10.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................228
3.10.2 CONTEÚDOS....................................................................................231
3.10.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS .....................................233
3.10.4 AVALIAÇÃO.......................................................................................233
3.10.5 REFERENCIAS .................................................................................235
3.11 LEM-ESPANHOL......................................................................................235
3.11.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................235
3.11.2 CONTEUDOS:...................................................................................237
3.11.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS .....................................241
3.11.3 AVALIAÇÃO.......................................................................................243
3.11.5 REFERENCIAS .................................................................................244
3.12 BIOLOGIA ................................................................................................244
3.12.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................244
3.12.2 CONTEÚDOS....................................................................................246
3.12.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS .....................................248
3.12.4 AVALIAÇÃO.......................................................................................249
3.12.5 REFERÊNCIAS .................................................................................250
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
8
APRESENTAÇÃO
De acordo com os fundamentos legais da Lei de Diretrizes e Bases
para a Educação Nacional nº 9394/96, considerando o disposto na Deliberação do
CEE no 014/99 e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais para o Ensino
Fundamental e Médio, o Colégio Estadual Professora Iria Borges de Macedo –
Ensino Fundamental e Médio, apresenta seu Projeto Político Pedagógico, não de
forma definitiva, mas sempre flexível e em estado de permanente reconstrução.
As atividades escolares devem ser objeto de reflexão por parte do
coletivo da escola, incluindo a comunidade e os próprios alunos. Dessa reflexão
surgirão os caminhos a serem trilhados na ação educacional, a seleção dos
conhecimentos científicos, os encaminhamentos metodológicos e procedimentos de
avaliação, materializados na forma de proposta pedagógica, planos de curso anuais
e o plano de gestão escolar.
A construção do Projeto Político Pedagógico na escola é um trabalho
coletivo que envolve diretores, professores, pedagogos, funcionários, alunos e pais
empenhados na busca pela democratização do ensino. É um instrumento teórico-
metodológico que visa ajudar a perceber e superar os desafios do cotidiano escolar,
sempre de forma reflexiva, consciente, sistematizada, orgânica, científica e
participativa. Configurando-se como uma Encaminhamentos Metodológicos de
trabalho que possibilita ressignificar a ação de todos os agentes da escola, é uma
busca contínua de realização de ações conscientes, que de fato correspondam às
reais necessidades e problemas encontrados na escola. O Projeto Político
Pedagógico, enquanto possuidor de uma natureza aberta, propicia uma proposta
flexível a ser concretizada na escola.
Este projeto tem como premissa garantir que a educação possa
atuar decisivamente no processo da construção da cidadania, tendo como meta o
ideal de uma crescente igualdade de direitos entre os cidadãos. Entende-se que a
ação educativa deve constituir-se em ato intencional e diversificado, atendendo as
inovações e especificidades das diversas áreas de conhecimento; considerando as
diferenças culturais e a formação para a cidadania e responsabilizando-se pelo
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
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processo de ensino-aprendizagem dos alunos, ou seja, pela assimilação e
construção de conhecimentos. A partir dessa construção busca-se a reflexão e
organização da ação educativa com vistas a um ensino e aprendizagem de
qualidade.
MARCO SITUACIONAL
1- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
Denominação: Colégio Estadual Professora Iria Borges de Macedo - Ensino
Fundamental e Médio - Código 00084
Município: Campo Magro – PR Código 0424
Endereço: Rua Silvestre Jarek, 138 – Centro - CEP 83535-000
Telefone: 41 – 3677 16 23 Fax 41 – 3677 15 22
e-mail: [email protected]
Ato de autorização do estabelecimento: Resolução nº 19/81 DOE 21/09/1981
NRE: Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Norte - código 002
Dependência Administrativa: Estadual
Propõe Projeto Político Pedagógico
Autorização de Funcionamento: Resolução 19/81 - DOE 21/09/1981
Nº de Reconhecimento: Resolução Nº 1451 - DOE 27/04/1999
Nº de Reconhecimento de Curso: Resolução Nº 1451 - DOE 27/04/99
Parecer do NRE de aprovação do Regimento Escolar: nº
Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado de Educação – SEED/PR
Localização: Urbana
1.1 HISTÓRICO DO COLÉGIO
O Colégio Estadual Professora Iria Borges de Macedo, atende a
clientela dos bairros da Lagoa da Pedra, Morro da Formiga, São João e Rio Verde,
bem como, de outros bairros mais distantes como, Jardim Viviane, Novos
Horizontes, São Roque e localidades do interior como, Campo Novo, Juruqui e Tigre.
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
10
O nome do Colégio é uma homenagem a primeira professora da vila
de Campo Magro. Há muito tempo atrás, os moradores da vila foram, de carroça à
Curitiba, solicitar junto as autoridades de Ensino, uma professora primária, pois seus
filhos estavam crescendo analfabetos, como a maioria deles já o era.
Atendidos nesta solicitação, iniciou-se o funcionamento da Escola
Isolada de Campo Magro, servindo-se sempre de casas particulares, gentilmente
cedidas, para que as crianças pudessem ser alfabetizadas.
A primeira professora foi a Sra. Iria Borges de Macedo, seguindo-se
outros(as) mais: Izaura Rodrigues (filha de Iria), Olivia Pereira de Andrade, Amauri
Pereira de Andrade, Madalena Malvina Manfron e Vera Lúcia Jarek.
A escola sempre funcionou com o nome de Escola Isolada de
Campo Magro e foi mantida pelo Governo do Estado e já contou com a ajuda da
Prefeitura de Almirante Tamandaré, cuja localidade era distrito do referido município,
no que diz respeito à contratação de professores e serventes.
O Colégio Iria Borges, como é chamado, construído em prédio de
alvenaria, pela Fundepar e inaugurado em 1º de novembro de 1978. Até 1991. a
escola ofertava ensino primário de 1ª à 4ª série atendendo os moradores da região,
e de 5ª à 8ª série as crianças frequentavam o Colégio Divina Pastora e se
desejassem prosseguir seus estudos, cursando o Segundo Grau, tinham que se
deslocar para Curitiba. No entanto, em 1991, por intermédio da Sra. Vera Lúcia
Jarek, na ocasião, Inspetora de Ensino do NRE da Área Sul, teve inicio, no Colégio
Iria Borges, turno da noite, o ensino de Segundo Grau, sob a direção da Ilustríssima
Sra. Em 1998, houve ampliação do prédio, com a construção de mais três salas de
aula, bem como, do laboratório de informática, que foi equipado com computadores
adquiridos com recursos do PROEM e da construção da biblioteca. Em 1999, teve
início a oferta do Ensino Médio no turno da manhã e no ano 2000, iniciou-se a oferta
do Ensino Fundamental de 5ª à 8ª série também no turno da manhã, uma vez que,
no período da tarde, o prédio era cedido para a Escola Municipal Vereador
Hemetério Torres. Esta escola surgiu na época da criação do município de Campo
Magro, que desmembrou-se de Almirante Tamandaré, coincidindo com o período em
que a maioria das escolas de 1ª à 4ª série passaram a ser mantidos pelos
municípios. Assim permanecemos, com essa dualidade administrativa até o final do
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
11
ano de 2004. A partir do ano de 2005, o Colégio Iria Borges tem ofertado, no período
da manhã e da noite o Ensino Médio Regular e no período da tarde, o Ensino
Fundamental de 5ª à 8ª série. Muitas melhorias tem acontecido recentemente, como
a construção de novas salas de aula (ainda que de caráter provisório), a instalação
do laboratório do Paraná Digital que oferece suporte aos professores e a instalação
da TV Pen-Drive em cada uma das salas de aula. A atual direção escolar é
composta pela professora Vanderléia Terezinha Kudlawiec e pela diretora-auxiliar
pedagoga Sandra Regina Bernardes de Oliveira. Vanderléia iniciou sua gestão no
ano de 2004, foi reeleita em 2006 e 2008.
1.2 A COMUNIDADE
Fazendo parte da comunidade, é fundamental que a Escola
conheça o contexto social de sua vizinhança. Conhecer a comunidade em que está
inserida; suas necessidades, potencialidades e expectativas, adequando a elas seu
trabalho de atendimento educacional; é a única forma possível para a Escola atingir
sua finalidade de através dos processos de ensino e aprendizagem, instrumentalizar
os educandos, formando cidadãos, conscientes e capazes de mobilizar-se na busca
pela transformação social.
O Colégio Estadual Professora Iria Borges de Macedo está
localizado no centro de Campo Magro, tendo a seu redor muitas áreas de invasão e
ocupação irregular. Região de contradições econômicas e sociais, onde predomina
uma população pobre, carente e trabalhadora, e poucas famílias abastadas.
A estrutura urbana oferece água encanada em boa parte das casas,
assim como eletricidade. Nenhuma, porém, usufrui de esgoto público. Não há áreas
de recreação e lazer e apenas uma linha de ônibus serve a região. Ao lado da
escola situa-se o Posto de Saúde que atende a região e é bastante comum os
responsáveis mandarem seus filhos doentes à escola para que a escola os leve ao
posto de atendimento médico.
Os alunos, na sua maioria, residem em vilas próximas da escola
fazendo este trajeto a pé. A faixa etária discente situa-se entre 10 a 20 anos, durante
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
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o período diurno e de 14 anos em diante no período noturno.
As famílias são numericamente de porte médio, mantidas em grande
parte apenas pela mãe, e em muitas das famílias a renda mensal é complementada
com o trabalho dos filhos, que exercem atividades ligadas ao artesanato de junco e
outras fibras, babás, bem como atividades diversas em supermercados da capital,
alguns também trabalham como atendentes e vendedores. A região não tem bom
mercado de trabalho o que obriga a população a buscar emprego em Curitiba ou
então trabalhar na informalidade no próprio município.
A Instituição mantém um bom relacionamento com a comunidade;
apesar disso, não é grande a participação da mesma nas atividades regulares da
Escola, restringindo-se a um número pequeno de pais. Mesmo nas reuniões
convocadas pela Equipe Pedagógica – administrativa é baixo o comparecimento dos
pais e responsáveis, inclusive no que tange o acompanhamento do desempenho
escolar.
Uma das grandes dificuldades na comunicação escola/ família é a
falta de atualização de dados por parte dos responsáveis, pois é incontável às vezes
que os números para contato telefônico encontram-se desatualizados, bem como os
endereços informados não correspondem a realidade.
1.3 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
Modalidades de Ensino: � Ensino Fundamental - de 5a a 8a série (com implantação gradativa do Ensino
Fundamental de 9 anos a partir de 2013)
� Ensino Médio
Organização do Trabalho Escolar: � Série
� Implantação gradativa a partir do ano de 2013 do Ensino Fundamental de 9 anos
Tempo Escolar:
� Horário de Funcionamento: Manhã (07:30 ás 11:55 horas), Tarde (13:00 ás 17:25
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
13
horas) e Noite (18:45 ás 22:50 horas).
� Calendário Escolar aprovado pelo Núcleo Regional de Educação (vide anexo)
1.4 ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL
EMPREGADO FORMAÇÃO FUNÇÃO
ALZIRA MATOZO
STREMEL
4ª SÉRIE DO ENSINO
FUNDAMENTAL
AUX. DE SERVIÇOS GERAIS
CLAUDIR MARCELO
DOS SANTOS
CURSO SUPERIOR EM
ADMINISTRAÇÃO
AG. EDUC. II SECRETÁRIO
GISELI SIKORA CURSANDO EDUCAÇÃO
FÍSICA
AGENTE EDUCACIONAL II
IRENE FERREIRA DA
SILVA
4ª SÉRIE DO ENSINO
FUNDAMENTAL
AUX. DE SERVIÇOS GERAIS
IVONI MOURA DE
ALMEIDA DE SOUZA
ENSINO MÉDIO
COMPLETO
AGENTE EDUCACIONAL I
JUREMA DOS SANTOS
LIMA
ENSINO MÉDIO
COMPLETO
AGENTE EDUCACIONAL I
LINDAMIR NUNES ENSINO MÉDIO
COMPLETO
AGENTE EDUCACIONAL II
MARIA BERNADETE
ANDRADE DOS
SANTOS MANFRON
PEDAGOGIA
PÓS GRADUAÇÃO
ÉTICA E GESTÃO DE
PESSOAS
PROFESSOR PEDAGOGO
MARIA BERNADETE
ANDRADE DOS
SANTOS MANFRON
PEDAGOGIA
PÓS GRADUAÇÃO
ÉTICA E GESTÃO DE
PESSOAS
PROFESSOR PEDAGOGO
MARCIA NALEPA
GOGOLA
ENSINO MÉDIO AGENTE EDUCACIONAL I
MARGARETE MARTINS
DA MAIA
ENSINO MÉDIO AGENTE EDUCACIONAL I
MARIZA GAVELIK ENSINO MÉDIO TECNICO ADMINSTRATIVO
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
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EMPREGADO FORMAÇÃO FUNÇÃO
ROSILIANE
KUDLAWIEC GOGOLA
PEDAGOGIA
CURSANDO PÓS
GRADUAÇÃO EM
GESTÃO ESCOLAR
AGENTE EDUCACIONAL II
SANDRA REGINA
BERNARDES DE
OLIVEIRA
PEDAGOGIA
PÓS GRADUAÇÃO
PSICOPEDAGOGIA
DIRETORA AUXILIAR
SANDRA REGINA
BERNARDES DE
OLIVEIRA
PEDAGOGIA
PÓS GRADUAÇÃO
PSICOPEDAGOGIA
PROFESSOR PEDAGOGO
SILMERI LUGARINI PEDAGOGIA
PÓS GRADUAÇÃO
GESTÃO DE
ORGANIZAÇÕES
EDUCACIONAIS
PROFESSOR PEDAGOGO
TANIA BOZA ENSINO MÉDIO
COMPLETO
AGENTE EDUCACIONAL I
VANILDE DO ROCIO
WOLETE
ENSINO MÉDIO
COMPLETO
AGENTE EDUCACIONAL I
VANDERLEIA
TEREZINHA
KUDLAWIEC
MATEMÁTICA
PÓS GRADUAÇÃO
EM MAGISTÉRIO
SUPERIOR
DIRETORA
ALEXANDRE ZIEMMER EDUCAÇÃO FÍSICA ENSINO SUPERIOR EM
EDUCAÇÃO FÍSICA
CAIO VENDRAMIM HISTÓRIA ENSINO SUPERIOR EM
HISTÓRIA
CATIELE CRISTINA
CAVENAGLI
LEM-ESPANHOL ENSINO SUPERIOR LETRA
PORTUGUES/ESPANHOL
CRISTINA DA ROSA
NUNES
ARTES ENSINO SUPERIOR EM MÚSICA
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
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EMPREGADO FORMAÇÃO FUNÇÃO
DANIEL VINICIUS DE
SOUZA
SOCIOLOGIA/FILOSOFIA ENSINO SUPERIOR FILOSOFIA
PÓS GRADUAÇÃO ENSINO
RELIGIOSO
DANIELE SIKORA
KMIECIK
HISTÓRIA ENSINO SUPERIOR FILOSOFIA
PÓS GRADUAÇÃO HISTÓRIA E
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
DEBORA CRISTINA DE
SOUZA
QUIMICA ENSINO SUPERIOR EM
ENGENHARIA AMBIENTAL
DEBORA DO ROCIO
SANDRI
EDUCAÇÃO FÍSICA ENSINO SUPERIOR EM
EDUCAÇÃO FÍSICA
EBER DE SOUZA ARTE ENSINO SUPERIOR DESENHO
EDUARDO CRISTIANO
SÁ
BIOLOGIA/ FÍSICA/
CIÊNCIAS
ENSINO SUPERIOR
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
GILSO SIKORA FILOSOFIA ENSINO SUPERIOR
FILOSOFIA
GISLAINE GAIDESKI MATEMÁTICA/ FÍSICA ENSINO SUPERIOR
MATEMÁTICA
ICLEA FERREIRA
VICENTE
GEOGRAFIA ENSINO SUPERIOR ESTUDOS
SOCIAIS
PÓS GRADUAÇÃO EM
ENCAMINHAMENTOS
METODOLÓGICOSS
IVETE BERNATZKI MATEMÁTICA ENSINO SUPERIOR
MATEMÁTICA
PÓS GRADUAÇÃO EM
ENCAMINHAMENTOS
METODOLÓGICOS DO ENSINO
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
16
EMPREGADO FORMAÇÃO FUNÇÃO
DA MATEMÁTICA
JOÃO VIANEI BRAGA FILOSOFIA ENSINO SUPERIOR EM
FILOSOFIA
PÓS GRADUAÇÃO EM ENSINO
RELIGIOSO ESCOLAR
PÓS GRADUAÇÃO EM
ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR
JULIANA SILVA DE
SOUZA
PORTUGUÊS/
ESPANHOL
ENSINO SUPERIOR
PORTUGUÊS/ESPANHOL
PATRÍCIA BASSO LEM – INGLÊS ENSINO SUPERIOR
LETRAS PORTUGUÊS/INGLÊS
PÓS GRADUAÇÃO EM LÍNGUA
PORTUGUÊS/INGLÊS
ANA PAULA BARROS
ARAUJO
QUIMICA / FISICA ENSINO SUPERIOR
CIENCIAS BIOLÓGICAS
ROBERTA GEOVANNA
CAVALHEIRO ALVIM
BIOLOGIA/ CIÊNCIAS ENSINO SUPERIOR
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
PÓS GRADUAÇÃO EDUCAÇÃO
NOVOS PARADIGMAS
SABRINA YATAGAI MATEMÁTICA ENSINO SUPERIOR EM
MATEMÁTICA
PÓS GRADUAÇÃO EM
ENCAMINHAMENTOS
METODOLÓGICOS DA
MATEMÁTICA
SUZANA PIANARO EDUCAÇÃO FÍSICA ENSINO SUPERIOR EM
EDUCAÇÃO FÍSICA
PÓS GRADUAÇÃO EM
ERGONOMIA
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
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EMPREGADO FORMAÇÃO FUNÇÃO
AURORA CRISTINA
MEIRA
HISTORIA SUPERIOR COMPLETO EM
HISTÓRIA
CRISTINA DA ROSA
NUNES
ARTE ENSINO SUPERIOR EM MÚSICA
NILCE FERREIRA GEOGRAFIA ENSINO SUPERIOR
EM ESTUDOS SOCIAIS
PÓS GRADUAÇÃO EM
SURPEVISÃO ESCOLAR
VANDERLEI ZEM PORTUGUÊS ENSINO SUPERIOR EM LETRAS
- Formação continuada dos profissionais e o momento da hora atividade
Nossos professores tem consciência da hora atividade como fruto de
uma conquista política da categoria docente, que veio amenizar a sobrecarga na
realização de suas tarefas. Além disto, os docentes reconhecem a importância da
formação continuada e buscamos realizar estudos no espaço da hora atividade. No
entanto, alguns professores argumentam que este espaço ainda não é suficiente
para este fim. Ao estabelecerem relação entre hora atividade e formação continuada
em serviço, os docentes, de maneira geral, enfatizam a riqueza do espaço para troca
de experiências com os colegas e integração do trabalho das diferentes disciplinas.
1.5 AMBIENTES PEDAGÓGICOS
Sala de apoio pedagógico, laboratório de informática, laboratório de
química,biblioteca, quadra poliesportiva.
Recursos pedagógicos e tecnológicos mais utilizados em nosso
Colégio: TV-Multimídia, Laboratório Parana Digital, Laboratório Proinfo.
1.6 MARCO CONCEITUAL
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
18
Vivemos uma época marcada por inúmeras transformações
políticas, sociais e econômicas, que se refletem na escola, tanto no saber quanto na
ação pedagógica. A época Contemporânea “surge” em 1789, com a Revolução
Francesa, que influenciou profundamente as mudanças ocorridas na sociedade
européia. Com a queda do Ancien Regime, os equilíbrios sociais, econômicos e
políticos entram em processo de constante renovação, no qual as bases não mais se
encontram no dogmatismo do passado; a sociedade abre-se para o futuro, para o
pluralismo interno, para o caráter conflitante das sociedades de classes e para a
hegemonia construída pragmaticamente dentro e através dos conflitos.
Os dois últimos séculos são marcados pelas tensões
revolucionárias, pelas rupturas que estas implicam, pelas exigências que
manifestam. Esta é também a época da industrialização, dos direitos, das massas,
da democracia e da globalização, ocorre a transição do modo de produção feudal
para o modo de produção capitalista, bem como sua afirmação e consolidação.
A produção em larga escala - fruto da industrialização – e os novos
rumos tomados pelo mercado mundial, exigem mudanças radicais na estrutura das
sociedades. Ocorre a busca pelos direitos, que incluem aspectos cada vez mais
amplos: os direitos do homem, da mulher, das crianças, dos trabalhadores, da
natureza, das etnias, dos animais, das minorias, das religiões, e do direito à
educação para todos.
As populações se rebelam para afirmar-se, para apropriar-se do
poder ou para condicioná-lo a sua vontade. Porém a contemporaneidade ao mesmo
tempo em que produz as massas, produz os mecanismos para o seu controle. Uma
das características mais constantes da contemporaneidade é exatamente este
binômio: massificação X mecanismos de controle das massas.
Instalam-se regimes democráticos de governo em que o indivíduo
possui autonomia, opinião e bens, sendo visto como um sujeito político com plenos
direitos, no qual as liberdades individuais e de grupo são respeitadas (ao menos do
ponto de vista teórico). Desta forma, é exigido de todos, a participação e a
responsabilidade social, civil e política, pois se difunde a idéia de que há igualdade
de oportunidades, todos têm direitos iguais, todos têm acesso à educação e todos
podem trabalhar.
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Neste contexto o trabalho é compreendido como uma característica
essencialmente humana, no sentido de que somente o homem é capaz de
estabelecer objetivos, calcados em valores, e buscar sua concretização. É a partir do
trabalho que o homem produz sua existência. O trabalho modifica, ao mesmo tempo,
o homem, a realidade e o próprio trabalho, constituindo assim o homem em ser
histórico. Basicamente dois elementos constituem o processo de trabalho: os meios
de produção e a força de trabalho. Os instrumentos usados para transformar um
determinado objeto de trabalho, são os meios de produção. A energia do próprio
homem usada no trabalho é a força de trabalho, esta pode ser mais ou menos
qualificada.
Desta forma trabalho e educação possuem uma estreita relação,
pois se a escola articula-se a partir do mundo do trabalho e das exigências de
formação profissional por este impostas, por outro lado é a partir de uma formação
com qualidade, que supere as limitações sócio culturais, que o trabalhador terá
condições de transformar e superar a dominação do capital.
Nas discussões que subsidiaram a elaboração do presente Projeto
Político Pedagógico o coletivo da escola assume o compromisso de um projeto
educativo voltado para a transformação social, ou seja, vincula-se as premissas das
pedagogias progressistas.
O homem é visto como um produto histórico, fruto das relações
sociais historicamente construídas. Assim sendo, a pedagogia progressista, varia em
função destas relações – indivíduos/sociedade. E a assimilação critica da cultura é
condição fundamental para a transformação social. É a forma como o homem vê a
realidade que o impulsiona ou não para a ação. A percepção da existência da
contradição, que resulta em tensão social com interesses antagônicos, impulsiona
as mudanças.
A escola que se fundamenta nos princípios da pedagogia
progressista torna-se um espaço de lutas onde se defrontam forças contraditórias.
Esta pedagogia encontra-se fortemente atrelada ao momento histórico pelo qual
passa a sociedade, portanto está em constante transformação.
O processo de dominação de classe envolve tanto a exploração
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econômica, quanto um conjunto de fatores formado pela dominação política e pela
hegemonia ideológica. Nesta dinâmica o papel da escola adquire especial
relevância, pois é o espaço social onde se trava a luta pela hegemonia ideológica. A
ação pedagógica pode ser entendida como ação política.
Assim a prática pedagógica progressista tem na escola um meio de
orientação entre o individuo e a sociedade, e o conhecimento é o objeto para o
efetivo processo de transformação social e formação do cidadão. Explicitando o
papel político da escola e percebendo-o vinculado ao seu papel pedagógico.
As possibilidades de formação para a cidadania dentro da escola
implicam em questionamentos sobre a autonomia da escola na construção do
projeto político pedagógico e consequentemente na organização do currículo,
passando portanto, pela concepção de currículo e cidadania, conceitos centrais na
reflexão sobre os caminhos que a escola deve tomar no processo de ensino-
aprendizagem. Na organização do currículo e no desenvolvimento de projetos é
preciso indagar sobre que educação se quer, que tipo de cidadão se deseja formar e
principalmente para que projeto de sociedade. É necessário propor uma
organização curricular que se fundamente no entendimento compartilhado por
professores, alunos e demais interessados em educação. A escola, portanto, deve
buscar a construção da cidadania com ação social e de possibilidades concretas
para a sua realização.
O conceito de cidadania que mais expressa a possibilidade de
educação democrática e emancipatória, pode ser elucidado por SEVERINO (1992,
p.11-2), que define cidadania como qualificação da condição humana e se efetiva
sobre três aspectos:
- compartilhar bens materiais: para ser considerado cidadão é preciso ter condição
para usufruir os elementos fundamentais para a manutenção do próprio organismo,
assim entende-se “o trabalho enquanto atividade mediadora para o homem, da
produção e conservação de sua própria existência”;
- compartilhar os bens simbólicos: apropriação e utilização dos valores culturais e da
subjetividade, que é “elemento fundamental e imprescindível e insubstituível para a
construção da cidadania como qualidade de vida”, refere-se a esfera da consciência
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pessoal e das relações intencionais;
- compartilhar os bens sociais: repartição do poder implica na participação ativa nas
relações de poder, refere-se a esfera política das mediações institucionais da vida
social.
Para ele não se trata somente de uma questão jurídica, a qual
consiste em assegurar que cada qual seja tratado como um membro pleno de uma
“sociedade de iguais”, mas como um processo em que “(...) na perspectiva de uma
educação crítica e voltada para a democracia, à cidadania não é um dado pronto e
acabado, mas uma condição a ser construída” (SEVERINO, 1992 p. 09).
No momento em que a sociedade brasileira se transforma de
maneira cada vez mais acelerada, a economia capitalista determina mecanismos de
opressão e exploração, implantando um projeto político voltado para interesses de
minorias hegemônicas, a instituição escolar com seu projeto de construção da
cidadania, está constantemente em conflito com esse projeto de sociedade
capitalista. Paulo Freire, em seu projeto de escola cidadã, indaga sobre o rumo que
a educação deve tomar para que não se oprimam os indivíduos e possibilite ao
educador construir um projeto ideal de sociedade transformadora, “não se muda a
história sem conhecimento, mas tem-se que educar o conhecimento e as pessoas
para tornarem-se sujeitos de sua história e intervir na sociedade como sujeitos, e
não como povo sujeitado”. (FREIRE, 1996 p. 59).
As tendências pedagógicas progressistas partem da análise crítica
das realidades sociais nas quais o indivíduo(aluno) encontra-se inserido, defendem
a autogestão pedagógica, o respeito aos conhecimentos dos educandos e sua
realidade sócio-cultural, valorizam os conteúdos confrontando-os com as realidades
sociais, lutam contra o autoritarismo; valorizam as experiências vividas pelo
educando que se constituem nas bases da relação educativa. Compreendem que a
prática educativa só terá sentido se acompanhada de uma prática social.
Segundo SAVIANI (1991) é a exigência de apropriação de
conhecimentos sistematizados pelas novas gerações que torna necessária a
existência da escola. Assim ela existe, para propiciar a aquisição dos instrumentos
que possibilitam o acesso aos saberes elaborados, e também o acesso aos
rudimentos desse saber. A primeira exigência para o acesso a esse tipo de saber é
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aprender a ler e escrever, pois o saber sistematizado, a cultura erudita, é uma
cultura letrada. Também é necessário aprender a linguagem dos números, da
natureza e da sociedade. Este é o conteúdo fundamental da escola elementar: ler,
escrever, contar, os rudimentos das ciências naturais e das ciências sociais (história
e geografia humanas). Entretanto ao determinar-se os conteúdos não se podem
deixar de lado os efeitos da escola no processo de democratização ou não das
sociedades.
Uma pedagogia de cunho crítico-social reconhece a objetividade e
universalidade dos conteúdos, assim como reconhece que nas sociedades
capitalistas difunde-se um saber que reflete os interesses do poder, isto é, um saber
que seja vantajoso para reforçar a atual forma de organização social e econômica.
Existe, pois, um saber objetivo e universal que constitui a base dos conteúdos de
ensino, mas não se trata de um saber neutro. A objetividade e universalidade dos
conteúdos se apóiam no saber científico, que se constitui no processo de
investigação e comprovação de leis objetivas que expressam as relações internas
dos fatos e acontecimentos da natureza e da sociedade. Nesse sentido, o
conhecimento é, também, histórico, pois, ao investigar as relações internas dos fatos
e acontecimentos, busca apanhar o movimento do real, isto é, as transformações
que ocorrem na realidade com a intervenção humana.(LIBANEO, 1994)
Na dimensão crítico-social dos conteúdos estes devem ser
submetidos aos seus determinantes sociais, recuperando o seu núcleo de
objetividade, possibilitando a apropriação do conhecimento científico, mas num
contexto crítico da realidade. A dimensão crítico-social refere-se ao tratamento
científico dos conteúdos investigando as relações existentes entre as leis objetivas
dos fatos, fenômenos da natureza e da sociedade; buscando a sua essência
constitutiva por detrás das aparências. O saber deve estar vinculado as realidades
sociais. (LIBANEO, 1994)
A perspectiva crítico-social dos conteúdos almeja contribuir para a
formação da consciência crítica da classe trabalhadora, levando a construção de
uma nova ordem social, pela transformação do existente, a partir dele mesmo; a
educação tem caráter de mediação. A relação pedagógica tem na prática social o
seu ponto de partida e de chegada. O trabalho desenvolvido nas escolas deve estar
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articulado com o processo de democratização da sociedade.
É pela apropriação do saber sistematizado e historicamente
acumulado, que o individuo torna-se capaz de propor a superação da sociedade.
Assim a educação atua como coadjuvante no movimento de transformação social;
busca a recuperação da função essencial da escola e métodos de ensino eficazes,
nos quais haja vinculação entre educação e sociedade, sendo professor e aluno
agentes sociais diferenciados.
Para SAVIANI, o professor deve tomar a iniciativa e a
responsabilidade do ensino, sendo o detentor de um conhecimento organizado,
conduzindo os alunos a noções, formas de ação e atitudes que eles não podem
atingir por si mesmos de maneira espontânea e livre. Por outro lado o aluno deve
participar ativamente. Sendo que o trabalho educativo deve visar a prática social;
nesse processo o aluno identifica nas suas experiências a validade com relação ao
saber elaborado, e transforma-as por este saber. Nesse sentido o trabalho docente
proporciona a continuidade e transformação da experiência trazida pelo aluno, e a
uma visão elaborada do conhecimento. A escola torna-se instrumento de mediação
entre o indivíduo e a sociedade, entre o indivíduo e os saberes.
A pedagogia crítico-social dos conteúdos visa a unidade entre teoria
e prática. O aluno constrói seu conhecimento, sua própria visão de mundo, com a
ajuda do professor e dos saberes elaborados, mas de maneira concreta a partir de
suas experiências.
Acreditamos que o profissional da educação deve ter claro quais
ideologias encontram-se presentes nas suas práticas cotidianas, a quem se
vinculam e a quais interesses estão servindo.
Constatamos que a forma como a educação vem se estruturando no
Brasil, e na quase totalidade mundial, as políticas públicas possuem forte vínculo
com a ideologia neoliberal cujas intenções primeiras estão voltadas ao capital. Desta
forma, apesar de em nosso país os textos legais proporem uma educação voltada à
formação do cidadão crítico e autônomo, capaz de inserir-se na vida social, o Estado
não garante as condições para a efetivação destas propostas, justamente por sua
lógica de desigualdades.
Contudo entendemos que, as possibilidades de uma educação para
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uma cidadania emancipatória, somente se darão dentro de uma sociedade
efetivamente democrática, organizada sobre outra base de produção e com uma
nova forma de organizar sua economia, onde as políticas públicas não sejam
excludentes devido aos desígnios do capital e todos tenham acesso aos bens
materiais, culturais e sociais, necessários à garantia de direitos mínimos de
cidadania. É esta utopia que temos que buscar dentro da escola, utopia entendida
como um lugar a ser alcançado.
Entendendo-se que nossa meta é uma escola pública de qualidade e
democrática e considerando-se que nem todas as pessoas têm os mesmos
interesses, nem aprendem da mesma maneira, a equipe escolar busca integrar a
todos no processo de aprender, avaliando as Encaminhamentos Metodológicoss
utilizadas, tendo contudo, rigor na seleção e organização dos conteúdos.
Compreendendo que todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem,
educadores e educandos, são sujeitos ativos e corresponsáveis. Defendendo
sempre a concepção de que a escola pública de qualidade deve estar comprometida
com a instrumentalização dos alunos para a busca da superação da dominação
econômica, política, social e cultural, ou seja, que a socialização dos conhecimentos,
baseados em uma reflexão crítica, contribui para diminuir as diferenças sociais, a
escola coloca como objetivos e desafios a serem conquistados:
� O desenvolvimento integral do aluno, trabalhando com conteúdos que lhes
sejam significativos, para atingir os objetivos de cada série, criando condições
para que todos os alunos desenvolvam suas potencialidades e aprendam os
conteúdos necessários para a vida em sociedade;
� que a escola seja um local onde todos os seus integrantes tenham direitos e
deveres e um compromisso para com ela;
� permitir ao aluno exercitar sua cidadania a partir da compreensão da
realidade, para que sejam capazes de questionar e transformar a realidade
em que vivem;
� que os alunos sintam-se bem na escola, participando e contribuindo para que
ela seja cada vez melhor, sentindo-se como parte integrante do processo
ensino/aprendizagem;
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� que os alunos sejam valorizados, incentivados e aceitos em sua
individualidade, buscando-se compreender, respeitar e considerar o cotidiano
dos alunos, revendo constantemente as práticas pedagógicas;
� que cada elemento, desde a equipe pedagógica - administrativa até os
auxiliares da limpeza realizem suas funções em conjunto, tendo como fim à
educação.
� participação efetiva do corpo docente, discente e equipe pedagógica
administrativa nas decisões que envolvem a escola.
� a comunidade participe da vida da Escola, refletindo e sugerindo soluções
para os problemas comuns.
� os pais reflitam sobre o seu papel na educação dos filhos com relação aos
valores para a vida futura como: responsabilidade, solidariedade, cooperação,
etc.
Constitui desafio para o educador a escola inclusiva, que deverá reestruturar
e adequar seu planejamento e a prática dos conteúdos buscando estratégias
para melhor atender os alunos portadores de necessidades especiais.
CURRÍCULO
O currículo deve ser baseado nas dimensões científicas, artística e filosófica do
conhecimento, apontando na direção da totalidade do conhecimento e sua
relação com o cotidiano, deve ser coerente com a concepção de escola e
sociedade, buscando a construção coletiva do conhecimento escolar e visando a
redução do isolamento e da fragmentação entre as diferentes disciplinas
curriculares, oferecendo ao estudante a formação necessária para o
enfrentamento com vistas à transformação da realidade social, econômica e
política de seu tempo.
Entre o currículo formal explícito e traduzido em conteúdos, Encaminhamentos
Metodológicoss e recursos do conhecimento escolar e o currículo oculto que com
este convive, procuramos uma nova forma de organização curricular, que
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dinamize os conteúdos curriculares de maneira a provocar a participação do
aluno. É um movimento que deve partir do individual para o coletivo, pois
pressupõe encontros: de pessoas, ideias, conhecimentos, presenças e
possibilidades.
EDUCAÇÃO INTEGRAL
A diversidade de atendimento, a complexidade do cenário socioambiental da atualidade e as conseqüentes demandas educacionais tornam necessária a retomada das discussões sobre a educação em tempo integral, sobre a concepção da reorganização do tempo e do espaço no ambiente escolar. Visando permanentemente à melhoria da qualidade de ensino, propõe-se uma educação em regime de tempo integral com a ampliação do tempo de permanência do estudante nos ambientes escolares, considerando sua formação humana em todos os aspectos: afetivos, cognitivos, psicomotores, sociais e culturais –, envolvendo todos os sentidos e aspectos do ser humano, as múltiplas relações com seus saberes, e reconhecendo o ser humano na sua singularidade e universalidade. Na educação integral proposta neste documento, entende-se o ser humano em todas as suas dimensões, considerando que o conhecimento é construído tanto no campo da razão como no da emoção, sendo a afetividade componente essencial desse processo. As necessidades do ser humano de afeto, de atenção, de sentir-se único e aceito e, ao mesmo tempo, igual aos seus semelhantes são tão essenciais quanto as de alimentação e de proteção. Na direção dessa formação humana, é fundamental que os ambientes escolares sejam reorganizados, otimizados e ampliados em termos de tempos e espaços, nos quais sejam desenvolvidas atividades pedagógicas complementares às que se verificam no cotidiano escolar regular. Nesse sentido, é necessário que, na escola, se organizem ambientes de aprendizagem com o desenvolvimento de atividades significativas, ampliadas e diversificadas, especialmente naquelas que oferecem período integral. Essas atividades e ações pedagógicas devem ser intencionalmente organizadas, possibilitando as mais variadas formas de expressão social e cultural. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO O acesso à alfabetização e ao letramento é condição mínima de cidadania. Sem esse acesso, o jovem e o adulto não têm possibilidade de participação nos avanços tecnológicos; cada um vive sem a possibilidade de entender em que sistema econômico ele está vivendo ou sobrevivendo. Trata-se de um cidadão que não sabe de que tipo de produção está participando, que tipo de inserção vai ter, seja no mercado formal ou informal. Alfabetização e letramento Entende-se alfabetização como o processo de aquisição da leitura e da escrita pela criança. E letramento como um resultado da ação de
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ensinar, de aprender a ler e escrever, a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como conseqüência de ter-se apropriado da escrita. Afirmar que uma pessoa está alfabetizada significa dizer que ela já se apropriou do funcionamento do sistema alfabético e de outros microaspectos da linguagem escrita. Estar ou não alfabetizado traz implicações para o processo de aprendizagem escolar e social; disso depende, em primeira instância, a condição de letramento de um cidadão, cujo processo não tem um fim definido, pois acontecerá durante toda a vida e está relacionado a diferentes áreas do conhecimento. O início do processo de alfabetização de uma pessoa também não pode ser precisado, pois a aquisição da linguagem escrita pela criança inicia antes mesmo de sua vida escolar. Um cidadão está alfabetizado, portanto, e em processo de letramento, quando tem domínio de práticas sociais da escrita e da leitura e é capaz de utilizá-las como meios para fazer análises da realidade e nela intervir. INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Hoje, a criança é vista como um sujeito de direitos, situado historicamente e que precisa ter as suas necessidades físicas, cognitivas, psicológicas, emocionais e sociais supridas, caracterizando um atendimento integral e integrado da criança. Ela deve ter todas as suas dimensões respeitadas. . A filosofia da educação de Paulo Freire nos inspira a perceber as crianças e adolescentes como sujeitos dos direitos e, portanto, a assegurar sua participação e opinião no processo de construção coletiva das regras na família, na escola e nos grupos sociais que freqüentam. O pensamento freiriano auxilia-nos na reflexão dos saberes necessários para o desenvolvimento dessa práxis: convicção de que a mudança é possível; alegria e esperança; disponibilidade para o diálogo; compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo; liberdade e autoridade; respeito à autonomia do ser do educando; saber escutar; tomada consciente de decisões, dentre outros.
Ensino Fundamental A organização do novo Ensino Fundamental com nove anos de duração e, conseqüentemente da proposta pedagógica, implica na necessidade imprescindível e constante de um debate aprofundado sobre essa proposta, sobre a formação de professores, sobre as condições de infra-estrutura e sobre os recursos didático-pedagógicos apropriados ao atendimento e o essencial: a organização dos tempos e
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espaços escolares e tratamento, como prioridade, o sucesso escolar. O Art. 32º da LDBEN 9394/96 define que o ensino fundamental tem
como objetivo a formação básica do cidadão, ao final desta etapa de ensino espera-
se que o aluno tenha adquirido:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios
básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo,
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e
valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Cada área de conhecimento complementa a visão e os objetivos dentro da
sua ótica de valores e construção teórico prática.
Desde a promulgação da Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB), em 1996, as escolas podem elaborar sua proposta pedagógica ouvindo todos
os segmentos da comunidade escolar, que têm interesse no sucesso da educação
de cada aluno em sua formação como cidadão. O conceito de cidadania rege nosso
trabalho escolar e para adquiri-la, é necessário ter objetivos claros, contando com a
participação de todos. O processo não é fácil, envolve muitas pessoas com visões
diferentes. Mas estamos nas tentativas, pois é uma maneira de construirmos uma
escola verdadeira, onde a comunidade se enxergue parte dela, como participante
ativo, levando seus anseios e necessidades de aprendizagem.
Ensino Médio
O Ensino Médio, segundo a LDBEN 9394/96, é a etapa final da
Educação Básica, tendo como finalidades:
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
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II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para
continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade
a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a
formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico.
IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos
produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
Nossos objetivos com o Ensino Médio são o trabalho com a base comum
Nacional, e na medida do possível, trabalhando os conteúdos com
flexibilidade, contextualizando a realidade do aluno.
1.7 DIREÇÃO
A escolha do diretor em nossa escola acontece por eleição direta.
No Brasil as primeiras experiências de escolha de diretores por processo eletivo
remontam à década de 1960. Talvez estas experiências sejam reflexos do processo
de redemocratização que o país experimenta no pós-guerra e, da política do estado
populista-desenvolvimentista de então. Estas tentativas são abafadas a partir do
golpe militar de 1964, e só retornam após a queda do Governo Ditatorial.
No início da década de 1980, a idéia de construção de uma
democracia social toma força nacionalmente. As lutas pela democratização da
escola e da educação, trazem a tona às discussões sobre a escolha dos dirigentes
escolares e, principalmente, a defesa da eleição direta como possibilidade de
suprimir o caráter autoritário e clientelista do cargo.
Acreditava-se que as eleições eliminariam o autoritarismo existente
nas escolas, levando professores, funcionários, alunos e pais a terem atitudes
participativas. Ingenuamente pensou-se que a simples adoção de um sistema eletivo
geraria rapidamente uma concepção de gestão democrática, com a participação de
todos. Mas este é um processo lento, fruto de muito aprendizado.
A democratização das relações escolares deve sempre considerar o
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contexto no qual a escola está inserida. A organização da gestão escolar acontece a
partir da articulação entre o Estado, a sociedade e o setor produtivo. A administração
escolar configura-se, desta forma, como ato político; um abrangente processo
político-pedagógico.
Na nossa escola, a escolha do diretor constitui-se como processo
democrático com a participação efetiva da comunidade escolar: equipe pedagógica,
corpo docente, discente, funcionários e pais/responsáveis.
Em nosso colégio buscamos a efetivação de processos cada vez
mais democráticos de gestão da educação e da escola.
1.8 EQUIPE PEDAGÓGICA
Entendemos a função das pedagogas na contribuição e na
articulação do referencial teórico com a prática docente, orientando a prática
educativa, dando suporte ao estabelecimento de ações pedagógicas, sendo assim
elemento fundamental na mediação do processo de construção da autonomia no
cotidiano escolar.
Cabe as pedagogas, entre outras funções, coordenar a elaboração
coletiva do Projeto Político Pedagógico, acompanhando e colaborando para sua
efetivação, bem como do plano de ação da escola, da proposta curricular, do
regimento escolar, considerando sempre, as políticas educacionais vigentes.
Em nossa escola a Equipe Pedagógica realiza grande número de
atendimento a alunos e pais, buscando orientar e mobilizar para o conhecimento.
Entendemos que uma escola de qualidade não depende apenas de
leis, mas do compromisso assumido por cada educador, consideramos que a escola
não está isolada, mas inserida em um contexto histórico, político, econômico,
cultural, com valores e crenças determinadas. O sucesso é uma construção que
depende da participação ativa de toda equipe escolar, sendo necessário que todos
tenham clareza acerca da concepção educação que se deseja ter como norteadora
da prática pedagógica.
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1.9 CORPO DOCENTE
Nossa equipe de trabalho docente sofre muitas modificações a cada
ano, apenas 5 docentes atuam na unidade há 5 anos ou mais, os demais são
contratados, gerando rotatividade de professores e dificultando o desenvolvimento
de projetos, devido o pouco comprometimento do grupo.
Alguns docentes são inovadores, criativos e críticos, têm boa
vontade e dinamismo, aceitam críticas construtivas sobre o desenvolvimento de seu
trabalho e têm disposição para o estudo e aperfeiçoamento, tendo necessidade
constante de rever e inovar sua prática educacional em busca de mudanças e de
crescimento. Outros, já relutam em aceitar questões já há muito refletidas e
discutidas.
Um dos grandes problemas enfrentados são as faltas de alguns
professores, por razões diversas e que desestabilizam a organização dos tempos e
espaços escolares. Na falta do professor a Equipe Pedagógica atende a turma.
1.10 CORPO DISCENTE
Nossos alunos vêm de famílias de classes trabalhadoras e da classe
média baixa, trazendo consigo os reflexos dos problemas sociais e econômicos
impostos à população brasileira atualmente, tornando-se bastante heterogênea.
Muitos deles são provenientes de lares desfeitos ou desestruturados, cabendo à
escola estruturar a sua proposta curricular para que estes problemas sejam
minimizados.
Nossos alunos valorizam a escola como local de aquisição e
construção de conhecimentos, entretanto resistem em aceitar e respeitar as normas
da instituição. Muitos dos alunos da escola apresentam acentuada defasagem de
aprendizagem e desmotivação. A defasagem idade/série é característica muito
presente entre nossos alunos.
No período diurno o corpo discente é composto de alunos a partir de
10 anos. Cerca de 90% dos alunos que se matriculam na 5a série concluíram a 4a
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série no ano anterior. Os outros são alunos repetentes da própria escola, ou alunos
que abandonaram a escola e retomam os estudos. São alunos que na sua maioria
apresentam defasagens de aprendizagens e necessitam de Encaminhamentos
Metodológicoss diferenciadas para superação dos problemas.
O colégio oferece uma sala de apoio para dar um reforço aos alunos
de 5ª série nas disciplinas de Português e Matemática.
N° total de alunos por turno:
� Manhã – 179
� Tarde – 182
� Noite – 58
N° total de alunos – 419
1.11 AVALIAÇÃO
O sistema de avaliação no colégio é de fundamental importância
para repensar e melhorar constantemente as práticas pedagógicas. Assim os
critérios de avaliação se referem ao que é necessário aprender, enquanto os
objetivos, ao que é possível aprender. O critério de avaliação também servirá para
os professores e a escola se auto avaliarem durante toda a trajetória a ser percorrida
no processo de ensino-aprendizagem durante o tempo escolar.
Entendendo a Educação Escolar como um direito de todos não cabe
à escola avaliar para classificar, excluir, sentenciar, aprovar ou reprovar. A avaliação
deve ser concebida como um processo contínuo, sistemático, participativo, com
função diagnóstica, prognostica e investigativa, cujas informações ali expressas
propiciem o redirecionamento da ação pedagógica e educativa, reorganizando as
próprias ações do educador, do educando, da turma, do coletivo e mesmo da escola
no sentido de avançar no entendimento e desenvolvimento do processo de
aprendizagem.
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Assim, não se deve pensar que o único avaliado seja o aluno e seu
desempenho cognitivo. Os agentes da avaliação são todos os sujeitos do processo
ou parceiros do mesmo, ou seja, professores, equipe pedagógica, alunos, conselho
escolar e pais.
O sistema de avaliação da escola é bimestral com notas como forma
de registro, onde o professor deve proporcionar ao aluno no mínimo quatro
instrumentos diversificados de avaliação durante o período bimestral, seguindo os
critérios específicos da sua disciplina.
A comunicação dos resultados das avaliações são realizadas com a
conscientização dos alunos sobre os critérios de avaliação, para os pais e
responsáveis durante reuniões para compreender os critérios de avaliação e
esclarecimentos sobre a proposta da escola.
Com tais práticas o objetivo é resgatar os pais e/ou responsáveis
para estarem em parceria com a escola, comprometendo-se com o desempenho
escolar de seu filho, desempenhando desta forma seu papel de colaborador
participativo e atuante na vida escolar de seu filho.
1.12 RECLASSIFICAÇÃO
A reclassificação em nosso colégio destina-se ao aluno com
matrícula e frequencia , avaliaremos o seu grau de desenvovimento, levando em
conta as normas curriculares gerais, com objetivo de encaminhá-lo ao ano de estudo
compatível com seu desempenho acadêmico. A reclassificação dar-se-a de acordo
com o Regimento Escolar do nosso colégio e ao disposto na Instrução Conjunta nº
20/08-SUED/SEED. Os professores regentes das àreas de Língua Portuguesa e
matemática, realizarão as avaliações, dos possíveis alunos. O grupo de professores,
equipe do colégio e do NRE, procedem as correções das provas. Posteriormente
realizar-se-a uma reunião com os professores e a família para esclarecimentos
necessários, ciência e concordância dos procedimentos. Todo o processo de
reclassificação deverá estar lavrado em atas. Caberá a equipe pedagógica,
coordenar, durante dois anos, o acompanhamento deste aluno reclassificado.
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1.13 EVASÃO
A escola se mantém empenhada contra a evasão escolar de todas
as formas, procura diminuir essa incidência, promovendo projetos nos quais o aluno
participe mais integralmente ao ambiente escolar e por outro cobrando da família
que assuma a responsabilidade de acompanhar a freqüência de seus filhos e, em
última estância, solicitando a parceria e autoridade do Conselho Tutelar e Ministério
Público.
1.14 CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe deve constituir-se em instância democrática,
na qual, todos os atores da escola, professores, equipe pedagógica, alunos, pais,
todos devem estar envolvidos na busca de soluções para os problemas enfrentados
pela escola, em especial os relacionados ao processo de ensino e aprendizagem.
A prática do pré-conselho iniciou-se neste ano em nossa escola.
Pré-Conselho de Classe com toda a turma em sala de aula, sob a coordenação da
pedagoga, direção e todos os professores que lecionam aulas na turma como
sinônimo de reflexão, análise e discussão entre direção, equipe pedagógica,
professores e os alunos. Neste momento todos juntos buscamos soluções para os
problemas enfrentados pela turma em especial, principalmente aos relacionados ao
processo de ensino e aprendizagem. Depois do pré-conselho, realizamos o
Conselho de Classe como espaço coletivo de reavaliação constante e reflexão para
ação pedagógica. Em nossa escola o Conselho de Classe ocorre ao final de cada
bimestre, onde se avaliam os problemas e se busca soluções individuais e/ou
coletivas. Focando as discussões nas dificuldades de aprendizagens dos alunos e
nas ações para superação das dificuldades de ensino/aprendizagem.
1.15 INCLUSÃO E DIVERSIDADE
A busca por uma sociedade menos excludente tem sido hoje, a meta
primeira de movimentos sociais, educacionais e políticos que procuram nos ideais
integracionistas a base para a inclusão. Quando se fala em inclusão, não se esta
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35
fazendo referência apenas às pessoas portadoras de necessidades especiais, mas
também àquelas que de certa forma, em algum momento foram deixadas à margem
da sociedade, cita-se como exemplo, os alunos que possuem dificuldades de
aprendizagem, alunos que estão fora da idade escolar e muitos outros. É importante
que a escola se configure como um espaço de exercício da cidadania e esteja aberta
em todos os segmentos esteja disposta a integrar a todos, aceitando as muitas
diversidades que a compõe.
Em todos as disciplinas do currículo escolar buscamos contemplar
os temas dos Desafios Educacionais Contemporâneo bem como, o disposto na Lei
10.639/03 e 11.645/08 que tratam da obrigatoriedade do ensino de História e cultura
afro brasileira e africana.
1.16 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES
O corpo docente do Colégio Iria Borges de Macedo é composto por
uma minoria de professores do Quadro Próprio do Magistério e uma grande maioria
de professores contratados. Todos possuem curso superior e grande parte já fez
pós-graduação, curso que muitos ainda estão a fazer.
A capacitação de professores é realizada através dos grupos de
estudos realizados pela SEED e NRE e também os desenvolvidos na própria escola,
que visam atender as exigências da realidade. Atualmente temos alguns professores
participando dos GTRs.
1.17 PROJETOS EXTRA-CLASSE
O Colégio participa de alguns projetos implementados pelo próprio
governo do Estado, como o ComCiência, Fera, Segundo Tempo, projetos Mais
educação, bem como de projetos desenvolvidos pela Prefeitura do município
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36
através de suas mais diferentes secretarias.
O desenrolar de assuntos dentro de sala de aula, faz com que
surjam pequenos projetos, vinculados a uma ou mais turmas, ou até mesmo, ao
turno de ensino. Normalmente o período de duração é curto, mas mobiliza os alunos
em torno de pesquisas, coletas de dados, estudos e principalmente, na divulgação
das descobertas e conclusões.
1.18 PARCERIAS
O maior parceiro do Colégio Iria Borges de Macedo é a Prefeitura do
município de Campo Magro, através das secretarias de Saúde, Esporte e Cultura,
Ação Social e Meio Ambiente, que tem ajudado a escola no desenvolvimento de
projetos, bem como, estão sempre dispostos a troca de informações e assessoria.
A Evasão Escolar é uma realidade em nossa escola que precisa ser
combatida por toda a sociedade e, em especial, pela comunidade escolar e órgãos
responsáveis por zelar pelo direito das crianças e adolescentes de freqüentar a
escola e ter o acesso ao saber sistematizado.
Existe uma série de fatores de ordem social e pedagógica que
acabam levando à evasão escolar. Podemos elencar os fatores de ordem social
como sendo: o trabalho infantil, a longa distância entre a escola e a casa do aluno.
Há que se destacar os motivos ligados à violência física ou
psicológica, à exploração sexual, à gravidez precoce, ao uso e tráfico de drogas e
álcool e a briga de gangues que são fatores reais que têm crescido em nossa
sociedade e que acabam interferindo no processo pedagógico.
Um olhar mais preocupado demonstra, também, a necessidade de
revermos a prática pedagógica desenvolvida em nossas escolas e em que medidas
estamos contribuindo para a evasão escolar. A reorganização deste material tem
como objetivo proporcionar às escolas e, em especial, às Equipes Pedagógicas,
subsídios para realizar uma análise mais profunda dos fatores que contribuem para
a Evasão Escolar bem como tomar as atitudes necessárias que cabem à escola no
enfrentamento a este problema.
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37
A escola deve esgotar todas as possibilidades de ação na busca de
trazer o aluno para dentro da sala de aula e garantir sua permanência, para somente
recorrer ao Conselho Tutelar após findar todas as alternativas de ação. A evasão
escolar é um problema complexo, assunto que envolve uma questão educacional: a
reprovação escolar. Para combater a evasão escolar, são desenvolvidas várias
ações em nosso colégio: uma ação imediata que busca resgatar o aluno que parou
de vir ao colégio, é identificar junto aos responsáveis o que pode estar acontecendo
em casa, que implica na superação da dificuldade identificada.
O colégio ao mesmo tempo em que atrai o aluno para a escola,
busca combater as causas da evasão.
Principais ações dentro do colégio:
� Acompanhamos a assiduidade dos alunos através de um livro de chamada,
que é realizada todos os dias pela equipe pedagógica;
� Realizamos reuniões com direção, equipe pedagógica e professores;
� Realizamos convocação dos pais ou responsáveis dos alunos com número
elevado de faltas,
� Realizamos então um contato direto com o aluno, através de bilhete de
convocação dos pais ou responsáveis, telefonemas e até mesmo recados
pelos colegas de sala.
� Entramos em contato permanente com o Conselho Tutelar.
� Fazemos contato com os pais e/ou responsáveis pelos alunos que estejam
com mais de 05 faltas, consecutivas ou intercaladas;
� Além disso, usamos estratégias de combate à evasão escolar específicas
para cada caso, atendendo as famílias individualmente e coletivamente no
espaço escolar.
Os pais e/ou responsáveis do aluno em processo de evasão escolar
são convocados pela equipe pedagógica a comparecer no colégio para tratar do
caso específico do referido aluno.
� Buscamos tornar a escola mais agradável e atrativa e mais próxima das
necessidades dos alunos e de suas famílias.
� O nosso trabalho interage com outros programas conduzidos pela própria
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Secretaria Estadual de educação, exemplo Sala de Apoio.
� Convocamos ao colégio os pais ou responsáveis pelos alunos; Informamos
aos pais e/ou responsáveis o número máximo de faltas permitidas durante o
ano letivo, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; (O
aluno deve ter 75% de presença durante o ano letivo).
� Em parceria com o Conselho Tutelar, realizamos conversas de
esclarecimento, mostrando que o estudo formal é um direito previsto no
Estatuto da Criança e do Adolescente e que, o responsável pode, inclusive
responder "processos por abandono intelectual" quando seus filhos evadem
dos bancos escolares. Alertamos os pais e/ou responsáveis quanto às
penalidades previstas em Lei pela não permanência de seus filhos na escola
(abandono intelectual); como preconiza o Estatuto da Criança e do
Adolescente.
� Após se esgotarmos os recursos acima, comunicamos formalmente o caso
através da FICHA DE COMUNICAÇÃO DE ALUNO AUSENTE – FICA ao
Conselho Tutelar.
Nosso objetivo principal é conscientizar os pais e responsáveis
sobre a importância da educação formal, e assim fazer da relação aluno-escola uma
relação de amizade e não de obrigação; criar nas famílias o senso de
responsabilidade em relação à educação de crianças e adolescentes; formar
cidadãos críticos e conscientes de suas responsabilidades. Nosso trabalho vai
desde a conversa com o próprio aluno no colégio até o encaminhamento de
determinados casos para o Conselho Tutelar ( órgão de proteção e defesa do direito)
e para a Vara da criança e do adolescente.
1.19 CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar do nosso colégio existe e temos representantes
dos pais, professores, funcionários, direção e algumas pessoas da comunidade. O
Conselho tem várias funções, como cuidar das finanças do colégio, o dinheiro que
entra, que sai, onde e por quê está sendo gasto, planos de aplicação dos recursos
recebidos para fins específicos e necessários, cuidam da prestação de contas,
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
39
calendário escolar, estabelece metas a curto e a longo prazo, entre outras. Algumas
reuniões do conselho acontecem entre os membros e outras com menbros do
Conselho e toda comunidade escolar.
1.20 ESTÁGIO
Conforme estabelece a Lei Federal nº 11788/08 a organização e
realização do estágio obrigatório e não obrigatório em diferentes modalidades de
Ensino, cabendo também ao Ensino Médio ofertado em nosso colégio. O estágio
acontece como ato educativo orientado e supervisionado, a ser desenvolvido no
ambiente de trabalho.
Devem ser observados:
- a matrícula e frequencia regular em curso de Ensino Médio.
- assinatura de termo de compromisso de estágio entre o estudante,
por parte do concedente do estágio e a instituição de ensino. Termo de convênio
com a empresa, relatórios semestrais, envio do calendário escolar.
- acompanhamento da instituição de ensino e pela parte concedente,
comprovado por vistos nos relatórios de atividades elaborados.
1.21 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS – PPP
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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
42
FONTES, 1991.
2. PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
2.1 ARTE
2.1.1 JUSTIFICATIVA
“A Arte se define como uma criação do homem com valores
estéticos que sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e sua
cultura” (RAFFA, 2006).
Através do ensino da Arte o aluno pode conhecer parte da história
da humanidade, como eram as antigas civilizações, entrar em contato com culturas
diferentes e, ao mesmo tempo passar a conhecer melhor sua realidade social, sua
cultura, respeitando assim outras culturas e entendendo melhor as suas próprias
raízes, passando assim a valorizá-las. Além do conhecimento, através da Arte o
aluno desenvolve sua sensibilidade, sua percepção audiovisual, sua capacidade
crítica e, ao mesmo tempo, desenvolve sua criatividade e imaginação, podendo
expressar de diversas maneiras seus sentimentos, idéias e pensamentos através da
criação da obra de arte. Através do estudo das Artes Visuais, Música, Teatro e
Dança, o aluno pode experimentar diferentes formas de fazer arte, ele pode se
reinventar, dando assim um sentido à prática artística.
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCE):
Esta característica da arte ser criação é um elemento fundamental para a educação, pois a escola é, a um só tempo, o espaço do conhecimento historicamente produzido pelo homem e espaço de construção de novos conhecimentos, no qual é imprescindível o processo de criação. Assim, o desenvolvimento da capacidade criativa dos alunos, inerente à dimensão artística, tem uma direta relação com a produção do conhecimento nas diversas disciplinas (p.23).
A disciplina de Arte deve contemplar as Leis nº 10.639/03 e
11.645/08 sobre História e Cultura Afro e Indígena, fazendo com que o estudante
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43
entre em contato com as culturas que formam a cultura brasileira nas suas diferentes
manifestações artísticas, entendo melhor sua própria cultura e valorizando a cultura
Indígena e Afro.
A disciplina também deve contemplar os Desafios Educacionais
Contemporâneos (Educação Ambiental, Sexualidade, Enfrentamento à Violência na
Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas), para que assim nossos alunos
sejam cidadãos mais conscientes de sua função na sociedade, dos seus direitos e
deveres, para que tenham uma melhor qualidade de vida e promovam isto aos que
estão ao seu redor.
Para compreender melhor como o ensino da Arte vem se
desenvolvendo no Brasil e, principalmente no Estado do Paraná, destacamos alguns
pontos principais sobre a História do Ensino da Arte no Brasil e no Estado:
Durante o Período Colonial, os Jesuítas utilizavam diferentes
linguagens artísticas com o objetivo de “catequizar” grupos de ordem portuguesa,
indígena e africana.
Nessas reduções, o trabalho de catequização dos indígenas se dava com os ensinamentos de artes e ofícios, por meio da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes manuais. Ensinava-se a arte ibérica da Idade Média e renascentista, mas valorizavam-se, também, as manifestações artísticas locais (BUDASZ, in NETO, 2004, p. 15, apud DCE p.38).
Esse contexto foi importante na constituição da matriz cultural
brasileira No mesmo período em que os jesuítas atuaram no Brasil – século XVI ao
XVIII – a Europa passou por transformações de diversas ordens que se iniciaram
com o Renascimento e culminaram com o Iluminismo. Nesse processo houve a
superação do modelo teocêntrico medieval em favor do projeto iluminista, cuja
característica principal era a convicção de que todos os fenômenos podem ser
explicados pela razão e pela ciência.
Com o Iluminismo na Europa, passou-se a acreditar que “todos os
fenômenos podem ser explicados pela razão e pela ciência” (DCE, p.38). Nesse
contexto, os Jesuítas foram expulsos do Brasil pelo governo português do Marquês
de Pombal, estabelecendo-se assim uma reforma na educação da Colônia. A
educação passou a ser “estritamente literária, baseada nos estudos de gramática,
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retórica, latim e música” (AZEVEDO, 1971, apud, DCE, p. 39). Estudavam desenho
associado à matemática e a harmonia na música como forma de priorizar a razão no
ensino da arte.
No início do século XIX, com a vinda da família real de Portugal para
o Brasil, chegou um grupo de artistas franceses chamado de “Missão Artística
Francesa”, com o objetivo de fundar a academia de Belas-Artes para ensinar as
artes e ofícios artísticos. A sua “concepção de arte vinculava-se ao estilo
neoclássico, fundamentado no culto à beleza clássica. Em termos metodológicos,
propunham exercícios de cópia e reprodução de obras consagradas, o que
caracterizou o pensamento pedagógico tradicional de arte” (DCE, p 39).
Esse padrão estético entrou em conflito com a arte colonial e suas características, como o Barroco presente na arquitetura, escultura, talhe e pintura das obras de Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho); na música do Padre José Maurício e nas obras de outros artistas, em sua maioria mestiços de origem humilde que, ao contrário dos estrangeiros, não recebiam remuneração pela sua produção (DCE, p. 39).
Nesse período, “nos estabelecimentos públicos houve um processo
de dicotomização do ensino de Arte: Belas Artes e música para a formação estética
e o de artes manuais e industriais” (DCE, p. 39).
No Paraná, foi fundado o Liceu de Curitiba (1846), hoje Colégio
Estadual do Paraná, que seguia o currículo do Colégio Pedro II, e a Escola Normal
(1876), atual Instituto de Educação, para a formação em magistério.
Em 1886, foi criada por Antonio Mariano de Lima a Escola de Belas Artes e Indústrias que desempenhou um papel importante no desenvolvimento das artes plásticas e da música na cidade; dessa escola, foi criada, em 1917, a Escola Profissional Feminina, que oferecia, além de desenho e pintura, cursos de corte e costura, arranjos de flores e bordados, que faziam parte da formação da mulher. (DCE, p.39)
Com a proclamação da República em 1890, ocorreu a primeira
reforma educacional no Brasil republicano. Passou-se a valorizar no ensino da arte o
desenho geométrico e um ensino voltado para a preparação do trabalhador,
secundarizando assim o ensino da Arte, abordando somente as técnicas e artes
manuais.
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Com a proclamação da República, em 1890, ocorreu a primeira reforma educacional do Brasil republicano. Tal reforma foi marcada pelos conflitos de ideias positivistas e liberais. Os positivistas defendiam a necessidade do ensino de Arte valorizar o desenho geométrico como forma de desenvolver a mente para o pensamento científico. Os liberais preocupados com o desenvolvimento econômico e industrial defendiam a necessidade de um ensino voltado para a preparação do trabalhador. (DCE, p.40)
Com a Semana de Arte Moderna de 1922, buscou-se transformar a
estética européia em uma arte brasileira, produzindo obras a partir das raízes
nacionais. O Modernismo brasileiro valorizava a cultura popular.
O ensino de Arte passou a ter, então, enfoque na expressividade, espontaneísmo e criatividade. Pensada inicialmente para as crianças, essa concepção foi Arte gradativamente incorporada para o ensino de outras faixas etárias. Apoiou-se muito na pedagogia da Escola Nova, fundamentada na livre expressão de formas, na individualidade, inspiração e sensibilidade, o que rompia com a transposição mecanicista de padrões estéticos da escola tradicional. (DCE, p. 41)
Fundou-se assim a Escolinha de Arte, em 1948, no Rio de Janeiro,
pelo artista e educador Augusto Rodrigues, organizada em ateliês-livres de artes
plásticas, sendo referência para a criação de outras no Brasil, mantendo o caráter
extracurricular do ensino de Arte. Pela primeira vez uma proposta pedagógica era
voltada para o aluno e sua cultura.
Entretanto, somente com o trabalho do músico e compositor Heitor Villa Lobos, o ensino de Arte se generalizou e uma mesma Encaminhamentos Metodológicos foi adotada na maioria das escolas brasileiras. Como Superintendente de Educação Musical e Artística do Governo de Getúlio Vargas, Villa Lobos tornou obrigatório o ensino de música nas escolas por meio da teoria e do canto orfeônico, numa política de criação de uma identidade nacional. A música foi muito difundida nas escolas e conservatórios e os professores trabalhavam com o canto orfeônico, com o ensino dos hinos e com o canto coral, realizando apresentações para grandes públicos. (DCE, p. 41)
Foi com Heitor Villa Lobos que se passou a ter uma educação
musical nas escolas até 1970, quando “o ensino de música foi reduzido ao estudo de
leitura rítmica e execução de hinos ou outras canções cívicas” (DCE, p. 41).
No Paraná, houve reflexos desses vários processos pelos quais passou o ensino de Arte, como no final do século XIX, com a chegada dos imigrantes e, entre eles, artistas, que vieram com novas
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ideias e experiências culturais diversas, como a aplicação da Arte aos meios produtivos e o estudo sobre a importância da Arte para o desenvolvimento da sociedade. As características da nova sociedade em formação e a necessária valorização da realidade local estimularam movimentos a favor da Arte se tornar disciplina escolar. (DCE, p. 42).
Apenas “em 1971, foi promulgada a Lei Federal n. 5692/71, cujo
artigo 7° determinava a obrigatoriedade do ensino da Arte nos currículos do Ensino
Fundamental (a partir da 5ª série) e do Ensino Médio, na época denominados de 1º
e 2º Graus, respectivamente” (DCE, p.43).
Foi num momento de repressão política e cultural que a disciplina de
Educação Artística tornou-se obrigatória no Brasil. Entretanto, o ensino foi reduzido
ao domínio dos materiais utilizados na expressão artística do aluno, deixando de
lado o conteúdo, a reflexão e o sentido estético da Arte. No ensino da música foi
priorizada a execução de hinos pátrios e de festas cívicas.
A partir de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização
social pela redemocratização e elaborou-se a nova Constituição, promulgada em
1988.
Dentre os fundamentos pensados para a educação, destacam-se a pedagogia histórico-crítica elaborada por Saviani da PUC de São Paulo e a Teoria da Libertação, com experiências de educação popular realizadas por Organizações e movimentos sociais, fundamentados no pensamento de Paulo Freire. Essas teorias propunham oferecer aos educandos acesso aos conhecimentos da cultura para uma prática social transformadora. (DCE, p. 44).
“A pedagogia histórico-crítica fundamentou o Currículo Básico para
Ensino de 1o grau, publicado em 1990, e o Documento de Reestruturação do Ensino
de 2o grau da Escola Pública do Paraná, publicado em seguida” (DCE, p. 44).
Nessas propostas curriculares o ensino de Arte propôs a formação do aluno pela
humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo trabalho artístico.
Publicados no período de 1997 a 1999, os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN) em Arte tiveram como principal fundamentação a proposta de Ana
Mae Barbosa, denominada de Encaminhamentos Metodológicos Triangular,
inicialmente pensada para o trabalho em museus.
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No Ensino Médio, a Arte compõe a área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias junto com as disciplinas de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna e Educação Física. Essa estrutura curricular reproduz o mesmo enquadramento dado pela Lei n. 5.692/71 à disciplina de Educação Artística que a inseriu na área de Comunicação e Expressão e enfraqueceu seus conteúdos de ensino. Além disso, os encaminhamentos metodológicos apresentados pelos PCN sugerem que o planejamento curricular seja centrado no trabalho com temas e projetos, o que relega a segundo plano os conteúdos específicos da Arte. (DCE, p.44)
Segundo as Diretrizes Curriculares, tanto as DCN quanto os PCN do
Ensino Fundamental e do Ensino Médio, tomaram o conceito de estética sob os
fundamentados da estética da sensibilidade, da política da igualdade e da ética da
identidade, esvaziando o conceito de estética do conteúdo artístico e utilizado-o
para analisar as relações de trabalho e de mercadoria.
Em 2003, iniciou-se no Paraná um processo de discussão com os professores da Educação Básica do Estado, Núcleos Regionais de Educação (NRE) e Instituições de Ensino Superior (IES) pautado na retomada de uma prática reflexiva para a construção coletiva de diretrizes curriculares estaduais. Tal processo tomou o professor como sujeito epistêmico, que pesquisa sua disciplina, reflete sua prática e registra sua práxis. As novas diretrizes curriculares concebem o conhecimento nas suas dimensões artística, filosófica e científica e articulam-se com políticas que valorizam a arte e seu ensino na rede estadual do Paraná. (DCE, p.45)
Esse processo de discussão entre os professores iniciado em 2003
resultou na criação das “Diretrizes Curriculares da Educação Básica” no Estado do
Paraná, na qual deve-se pautar o planejamento e trabalho do professor de Arte.
Hoje as aulas de Arte são obrigatórias, freqüentes (2 aulas semanais) e deve-se
trabalhar as diversas linguagens artísticas (artes visuais, música, teatro, dança),
enriquecendo assim o senso estético e crítico do aluno e elevando o seu
conhecimento na área.
Neste contexto de mudanças e avanços no ensino de Arte, ressaltamos ainda que foi sancionada pelo Presidente da República a lei que estabelece no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro- Brasileira e Indígena”. Ainda no ano de 2008, foi sancionada a lei n. 11.769 em 18 de agosto, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica, reforçando a necessidade do ensino dos conteúdos desta área da disciplina de Arte. (DCE, p.46)
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48
Refletindo sobre todo esse processo de evolução da disciplina de
Arte, observamos que a disciplina ainda está em transformação, apesar de estar
caminhando para ser uma disciplina tão valorizada quanto as outras no sentido de
conhecimento, pois a Arte não deve ser vista como uma disciplina reduzida a um
meio de comunicação para destacar dons ou a prática de entretenimento e terapia,
mas deve “se ocupar também do desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade
construída historicamente e em constante transformação” (DCE, p. 46).
2.1.2 CONTEÚDOS
Arte – Ensino Fundamental
5ª Série / 6º ano
Música
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Abordagem
Pedagógica
Expectativas de
Aprendizagem
*Elementos
Formais
*Composição
*Movimentos e
Períodos
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Escalas: diatônica, pentatônica, Cromática. Improvisação Arte Grecorromana, Oriental, Ocidental, Africana.
Nesta série, o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Percepção dos elementos formais na paisagem sonora e na
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e harmônicos.
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49
música. Audição de diferentes ritmos e escalas musicais. Teoria da música. Produção e execução de instrumentos rítmicos. Prática coral e cânone rítmico e melódico.
Artes Visuais 5ª série / 6º ano
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Abordagem
Pedagógica
Expectativas de
Aprendizagem
*Elementos
Formais
*Composição
Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura... Gêneros: cenas da mitologia...
Nesta série o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos das artes visuais.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.
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50
*Movimentos e
Períodos
Arte Greco-Romana Arte Africana Arte Oriental Arte Pré-Histórica
Teoria das Artes Visuais. Produção de trabalhos de artes visuais.
Teatro 5ª série / 6º ano
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Abordagem
Pedagógica
Expectativas de
Aprendizagem
*Elementos
Formais
*Composição
*Movimentos e
Períodos
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Enredo, roteiro. Espaço Cênico, adereços Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara... Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.
Greco-Romana Teatro Oriental Teatro Medieval Renascimento
Nesta série o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Estudo das estruturas teatrais: personagem, ação dramática e espaço cênico e sua articulação com formas de composição em movimentos e períodos onde se originaram. Teorias do teatro. Produção de trabalhos com
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.
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51
teatro.
Dança 5ª série / 6º ano
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Abordagem
Pedagógica
Expectativas de
Aprendizagem
*Elementos
Formais
*Composição
*Movimentos e
Movimento Corporal Tempo Espaço
Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Movimentos articulares Fluxo (livre e interrompido) Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande) Técnica: Improvisação Gênero: Circular
Nesta série o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança. Teorias da dança. Produção de trabalhos com dança utilizando
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.
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52
Períodos Pré-história Greco-Romana Renascimento Dança Clássica
diferentes modos de composição.
6ª série / 7º ano
Música
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Abordagem
Pedagógica
Expectativas de
Aprendizagem
*Elementos
Formais
*Composição
*Movimentos e
Períodos
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Escalas Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico Técnicas: vocal, instrumental e mista Improvisação
Música popular e étnica (ocidental e oriental)
Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais. Teorias da música. Produção de trabalhos musicais com características populares e composição de sons da paisagem sonora.
Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.
Artes visuais – 6ª série / 7º ano
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Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Abordagem
Pedagógica
Expectativas de
Aprendizagem
*Elementos
Formais
*Composição
*Movimentos e
Períodos
Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
Proporção Tridimensional Figura e fundo Abstrata Perspectiva Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura... Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...
Arte Indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense Renascimento Barroco
Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes povos. Teorias das artes visuais. Produção de trabalhos de artes visuais com características da cultura popular, relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno.
Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.
Teatro – 6ª série / 7º ano
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos Abordagem
Pedagógica
Expectativas de
Aprendizagem
*Elementos
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54
Formais
*Composição
*Movimentos e
Períodos
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Representação, Leitura dramática, Cenografia. Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas... Gêneros: Rua e arena, Caracterização.
Comédia dell’ arte Teatro Popular, Brasileiro e Paranaense Teatro Africano
Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis. Teorias do teatro. Produção de trabalhos com teatro de arena, de rua e indireto.
Compreensão das diferentes formas de representação presentes no cotidiano, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais, presentes no cotidiano.
Dança – 6ª série / 7º ano
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Abordagem
Pedagógica
Expectativas de
Aprendizagem
*Elementos
Formais
*Composição
Movimento Corporal Tempo Espaço
Ponto de Apoio Rotação Coreografia Salto e queda Peso (leve e
Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer dança, através
Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da
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55
*Movimentos e
Períodos
pesado) Fluxo (livre, interrompido e conduzido) Lento, rápido e moderado Niveis (alto, médio e baixo) Formação Direção Gênero: Folclórica, popular e étnica
Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena
de diferentes espaços onde é elaborada e executada. Teorias da dança. Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
dança.
Música – 7ª série / 8º ano
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Abordagem
Pedagógica
Expectativas de
Aprendizagem
*Elementos
Formais
*Composição
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, ins-trumental e mista
Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias. (Cinema,
Compreensão das diferentes formas musicais no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e
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56
*Movimentos e
Períodos
Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Techno
Vídeo, TV e Computador) Teorias sobre música e indústria cultural. Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
consumo.
Artes visuais – 7ª série / 8º ano
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Abordagem
Pedagógica
Expectativas de
Aprendizagem
*Elementos
Formais
*Composição
*Movimentos e
Períodos
Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas: desenho, fotografia, audio-visual e mista...
Indústria Cultural Arte no Séc. XX Arte Contemporânea
Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes mídias. Teoria das artes visuais e mídias. Produção de trabalhos de artes visuais
Compreensão das artes visuais em diversos no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição das artes visuais nas mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
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57
utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Teatro – 7ª série / 8º ano
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Abordagem
Pedagógica
Expectativas de
Aprendizagem
*Elementos
Formais
*Composição
*Movimentos e
Períodos
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Representação no Cinema e Mídias Texto dramático Maquiagem Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...
Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo
Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes mídias. Teorias da representação no teatro e mídias. Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das diferentes formas de representação no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
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Dança – 7ª série / 8º ano
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Abordagem
Pedagógica
Expectativas de
Aprendizagem
*Elementos
Formais
*Composição
*Movimentos e
Períodos
Movimento Corporal Tempo Espaço
Giro Rolamento Saltos Aceleração e desace-leração Direções (frente, atrás, direita e esquerda) Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: Indústria Cultural e espetáculo
Hip Hop Musicais Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna
Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias. Teorias da dança de palco e em diferentes mídias. Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, Musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
Música – 8ª série / 9º ano
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Abordagem
Pedagógica
Expectativas de
Aprendizagem
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59
*Elementos
Formais
*Composição
*Movimentos e
Períodos
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Técnicas: vocal, ins-trumental e mista Gêneros: popular, folclórico e étnico.
Música Engajada Música Popular Brasileira. Música Contemporânea
Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer música e sua função social. Teorias da Música. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na Música Engajada.
Compreensão da música como fator de transformação social. Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
Artes visuais – 8ª série / 9º ano
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Abordagem
Pedagógica
Expectativas de
Aprendizagem
*Elementos
Formais
*Composição
Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos
Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator de transformação social. Produção de trabalhos, visando
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60
*Movimentos e
Períodos
Bidimensional Tridimensional Figura-fundo Ritmo Visual Técnica: Pintura, grafitte, performance... Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...
Realismo Vanguardas Muralismo e Arte Latino-Americana Hip Hop
modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social. Teorias das artes visuais. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição como fator de transformação social.
atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
Teatro – 8ª série / 9º ano
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Abordagem
Pedagógica
Expectativas de
Aprendizagem
*Elementos
Formais
*Composição
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum... Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação
Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social. Teorias do teatro. Criação de trabalhos com
Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto fator de transformação social. Criação de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
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61
*Movimentos e
Períodos
Figurino
Teatro Engajado Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo Vanguardas
os modos de organização e composição teatral como fator de transformação social.
Dança – 8ª série / 9º ano
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Abordagem
Pedagógica
Expectativas de
Aprendizagem
*Elementos
Formais
*Composição
Movimento Corporal Tempo Espaço
Ponto de Apoio Peso Fluxo Quedas Saltos Giros Rolamentos Extensão (perto e longe) Coreografia Deslocamento Gênero: Performance e moderna
Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer dança e sua função social. Teorias da dança. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição da dança como
Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social. Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
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62
*Movimentos e
Períodos
Vanguardas Dança Moderna Dança Contemporânea
fator de transformação social.
2.1.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Segundo as DCE
As diferentes formas de pensar a Arte e o seu ensino são constituídas nas relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se desenvolveram. Nesse sentido, as diversas teorias sobre a arte estabelecem referências sobre sua função social, tais como: da arte poder servir à ética, à política, à religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica; transformar-se em mercadoria ou simplesmente proporcionar prazer (P. 46).
A organização metodológica do ensino da Arte deve ser pautada nos
seguintes aspectos: arte como forma de conhecimento, arte como ideologia e arte
como trabalho criador.
Para trabalhar esses aspectos da Arte, é necessário que o professor
trabalhe de maneiras diferenciadas para envolver os alunos. Assim, as aulas de Arte
priorizar:
1. Conhecimentos sobre a história da Arte: proporcionar ao aluno o conhecimento
das diferentes manifestações artísticas (artes visuais, música, teatro e dança) em
diferentes épocas, quais os principais artistas, como a sociedade se organizava
naquela época e lugar, quais obras de arte representam ou foram produzidas
naquela época.
2. Análise de obras de arte: discussão com os alunos sobre quais sensações a obra
passa, o que o artista pode estar expressando na obra, qual o contexto em que
ela foi criada, qual a relação da obra com o artista, quais as técnicas utilizadas
(linhas, cores, ritmo visual, volume, peso, luz e sombra, perspectiva, etc.), quais
os materiais e recursos utilizados, o que essa obra nos faz pensar ou imaginar,
etc.
3. Conhecimento das manifestações artísticas de diferentes culturas.
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63
4. Discussões sobre arte erudita, popular e indústria cultural.
5. Criação artística com diferentes materiais, técnicas e em diferentes espaços:
desenho, pintura, escultura, colagem, composição musical (ritmica, melódica,
etc), improvisação musical com diferentes técnicas e materiais, improvisação
coreográfica, composição coreográfica com diferentes técnicas e em diferentes
espaços, improvisação cênica com diversas técnicas e recursos (pantomima,
sombras, bonecos, máscaras), composição teatral articulando as diferentes áreas
da arte (enredo, personagem, cenário, figurino, trilha sonora, etc).
Para que seja possível que o aluno apreenda o conteúdo e se
aproprie do conhecimento, faz-se necessário a utilização de vários recursos
didáticos e metodológicos: Figuras, vídeos, cenas de filmes e de peças teatrais, Tv
multimídia, DVD, laboratório de informática, apresentação de slides, utilização de
cartazes, livros, jornais, revistas, entre outros recursos.
2.1.4 AVALIAÇÃO
Segundo as DCE, a avaliação em Arte deve ser diagnóstica e
processual. Ela deve ser diagnóstica porque o professor deve utilizar os
conhecimentos que os alunos trazem consigo como referência para a avaliação, e
deve ser processual porque ela faz parte de todos os momentos da prática
pedagógica.
De acordo com a LDB (n. 9.394/96, art. 24, inciso V) a avaliação é “contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”. Na Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação (Capítulo I, art.8º), a avaliação almeja “o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas” (DCE, p. 81).
Como critérios de avaliação deve-se partir do conhecimento que o
aluno traz consigo. Pretende-se avaliar a compreensão do conteúdo,como o aluno
soluciona os problemas apresentados, a relação que o aluno faz do conteúdo com a
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64
realidade, a capacidade crítica do aluno, a criatividade e, principalmente o processo
criativo do aluno, bem como, sua participação e empenho nas atividades individuais
e em grupo.
Dessa maneira, devem ser considerados os seguintes objetivos a
partir da avaliação:
� A compreensão por parte do aluno dos elementos que estruturam e
organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea;
� A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua
realidade singular e social;
� A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas
diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
� Para atingir esses objetivos, definimos como instrumentos de avaliação: prova
escrita, seminários, debates, pesquisas bibliográficas e de campo, trabalhos
escritos e práticos, realização de composições artísticas individuais e em
grupos (desenho, pintura, escultura, composição musical, coreografia, peça
teatral, etc.), realização e organização de exposições e apresentações
artísticas, análise de obras de arte diversas, registros em forma de relatórios,
gráficos, portfólio, áudio-visual e outros.
Sendo a avaliação diagnóstica e processual, a recuperação deve ser
paralela, com o objetivo de oportunizar ao aluno que ele revise e reaprenda os
conteúdos nos quais teve dificuldades ou que passaram despercebidos.
2.1.5 REFERÊNCIAS
RAFFA, Ivete. Fazendo Arte com os Mestres. São Paulo: Escolar. 2006. (p.7).
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de
Arte para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.
Disponível em http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File
/diretrizes_2009/out_2009/arte.pdf>. Acesso em: 30 ago. 2010.
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65
2.2 CIÊNCIAS
2.2.1 JUSTIFICATIVA
A disciplina de Ciências constitui um conjunto de conhecimentos
necessários para compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas
interferências no mundo, por isso, estabelece relações entre os diferentes
conhecimentos físicos, químicos e biológicos, cujos cenários, estão os problemas
reais à prática social. É preciso refletir a respeito da vasta abrangência da Ciência,
que perpassa todas as dimensões da existência humana em nossa sociedade.
Somos todos afetados pelas relações da Ciência com a cultura e com os problemas
éticos, sociais, políticos e filosóficos.
A Ciência não só interfere como tem alterado nosso modo de viver,
pensar e agir. São incontestáveis os avanços da Ciência e da Tecnologia na
sociedade e o lugar que esta ocupa na vida e na cultura atual, que acaba refletindo
no contexto escolar.
Para tanto a disciplina de Ciências deve possibilitar espaços efetivos
de discussão e reflexão a respeito de uma identidade científica, ética, cultural,
instrumentalizando o aluno para compreender e intervir no mundo de forma
consciente, além de estimulá-lo a compreender, sistematizar e desmistificar os mais
diversos fenômenos na natureza, nos seres vivos e no universo. A disciplina
oportuniza a compreensão dos eventos que ocorrem com a água, o solo, o ar e a
interferência na saúde humana. Propicia a compreensão das inter-relações entre os
seres vivos e o meio ambiente, demonstrando a interdependência que há entre eles
e que o ser humano é um agente de transformação no meio onde está inserido.
De forma científica, o educando é levado a conhecer seu próprio
corpo, do eu semelhante, despertando o devido respeito pelas diferenças existentes
entre as mais diversas etnias. Assim, ocorrem quebras de preconceito sexuais, dos
raciais, bem como daqueles que apresentam necessidades especiais temporárias ou
permanentes.
Ela tem como desafio, oportunizar a todos, por meio dos conteúdos,
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66
noções e conceitos que propiciem uma leitura crítica de fatos e fenômenos
relacionados à vida, a diversidade cultural, social e da produção científica.
Assim, o processo de ensino-aprendizagem de Ciências valoriza a
dúvida, a contradição, a diversidade, o questionamento superando o tratamento
curricular dos conteúdos por eles mesmos dando prioridade a sua função social.
Objetivos Gerais
O ensino de Ciências deve oportunizar ao aluno compreender que a
disciplina não é um conjunto de conhecimentos definitivamente estabelecidos, mas
que se modifica ao longo do tempo, sendo discutido e modificado. Entendendo
melhor as ideias científicas básicas, de modo que ele passe a interpretar os
fenômenos, sobretudo aqueles relacionados ao cotidiano, e acompanhar as
descobertas científicas divulgadas pelos meios de comunicação, avaliando os
aspectos éticos dessas descobertas.
É necessário que o aluno saiba Identificar a relação entre
conhecimento científico e desenvolvimento tecnológico, considerando a preservação
da vida, as condições de vida e as concepções do desenvolvimento sustentável.
Também é fundamental que os alunos desenvolvam o pensamento
lógico e crítico, utilizados para identificar e resolver problemas, formulando
perguntas e hipóteses, testando, discutindo e redigindo explicações para fenômenos
naturais, podendo identificar seus impactos no mundo. Dessa forma ele possa
relacionar o conhecimento científico ao desenvolvimento da tecnologia e às
mudanças na sociedade, entendendo que esse conhecimento é parte da cultura e
está ligado aos fatores políticos, sociais, econômicos de cada época e que suas
aplicações podem servir a interesses diversos. Com isso, podemos almejar formar
cidadãos conscientes, aptos a decidir e a atuar na realidade sócio-ambientalmente,
de modo comprometido coma vida, com o bem estar de cada um e da sociedade
local e global.
Objetivos Específicos
� Desenvolver hábitos de saúde e cuidado corporal, concebendo a saúde
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67
pessoal, social e ambiental como bens individuais e da coletividade que se
devem conservar e preservar;
� Identificar os elementos do ambiente, percebendo-os como parte de
processos, interações e transformações;
� Perceber a profunda interdependência entre os seres vivos e os demais
elementos do ambiente;
� Relacionar a capacidade de interação com o ambiente e a sobrevivência das
espécies;
� Relacionar as características do ambiente natural e cultural com a qualidade
de vida;
� Compreender a tecnologia como recurso para resolver as necessidades do
homem, diferenciando os usos corretos e úteis daqueles prejudiciais ao
equilíbrio da natureza e ao homem;
� Desenvolver postura para a aprendizagem: curiosidade, interesse,
mobilização para busca e organização de informações, autonomia e
responsabilidade na realização de suas tarefas como estudante;
� Desenvolver um olhar atento para a natureza e ousadia na busca de novas
respostas para desafios
� Perceber a construção histórica do conhecimento científico;
� Usar o conhecimento científico na discussão e interpretação de fatos do
cotidiano;
� Discernir conhecimento científico de crendices e superstições.
2.2.2 CONTEÚDOS
A escolha dos conteúdos do ensino de Ciências relaciona-se ao
momento histórico econômico e cultural atual, com o objetivo de integrar os saberes
científicos conceituais as necessidades da sociedade, de modo que façam sentido
para os alunos nas diversas realidades regionais, culturais e econômicas,
contribuindo para formação cidadãos conscientes e atuantes.
5ª Séries/ 6º Anos
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68
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Astronomia
Matéria
Sistemas Biológicos
Energia
Biodiversidade
Universo
Sistema Solar
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
Astros
Constituição da matéria
Níveis de organização celular
Formas de energia
Conversão de energia
Transmissão de energia
Organização dos seres vivos
Ecossistemas
Evolução dos seres vivos
6ª Séries/7º Anos
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Astronomia
Matéria
Sistemas Biológicos
Astros
Movimentos Terrestres
Movimentos Celestes
Constituição da Matéria
Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
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69
Energia
Biodiversidade
Formas de Energia
Transmissão de energia
Origem da Vida
Organização dos seres vivos
Sistemática
7ª Séries/8º Anos Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Astronomia
Matéria
Sistemas Biológicos
Energia
Biodiversidade
Origem e evolução do universo
Constituição da matéria
Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Formas de energia
Evolução dos seres vivos
8ª Séries/ 9º Anos
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Astronomia
Matéria
Astros
Gravitação universalidade
Propriedades da matéria
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Sistemas Biológicos
Energia
Biodiversidade
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Mecanismos de herança genética
Formas de energia
Conservação de energia
Interações ecológicas
OBS: Os Desafios Contemporâneos serão trabalhados, em todas as séries, de
forma articulada com os conteúdos na medida em que os mesmos assim exigir.
2.2.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Na escola em que os conteúdos específicos envolvem um vasto
campo de conhecimentos produzidos pela humanidade no decorrer de sua história,
a disciplina de Ciências se constitui num conjunto de conhecimentos científicos
necessários para compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas
interferências no mundo. Desta forma, estabelece entre os diferentes conhecimentos
físicos, químicos e biológicos, dentre outros, e o cotidiano, entendido aqui, como os
problemas reais, socialmente importantes, enfim, a prática social. Pode-se dizer
ainda que, a partir dessa ideia, o olhar para o objeto de estudo torna-se mais amplo
e mais rico, privilegiando as relações e as realidades que se está estudando.
O processo de ensino e de aprendizagem de Ciências valoriza a
dúvida, a contradição, a diversidade e a divergência, o questionamento das certezas
e incertezas, superando o tratamento curricular dos conteúdos por eles mesmos,
priorizando-se a sua função social.
Os conteúdos estruturantes são constituídos historicamente por um
conjunto de Ciências que se somam numa mesma disciplina escolar para
compreender os fenômenos naturais nesta etapa da escolarização. Os
conhecimentos físicos, químicos e biológicos, dentre outros, são contemplados
nessa disciplina com vistas à compreensão das diferenças e inter-relações entre
essas Ciências de referência que compõem a área de Ciências, ditas naturais, no
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71
processo de ensino e de aprendizagem.
As Diretrizes Curriculares para o ensino e a aprendizagem de
Ciências, estão organizadas a partir da concepção de Ciência como processo de
construção humana, provisória, falível e intencional e, dos conteúdos estruturantes
que se desdobram nos conteúdos específicos da disciplina. Esses conteúdos serão
abordados de forma consistente, crítica, histórica, considerando as relações entre a
Ciência, a tecnologia e a sociedade. Alguns aspectos essenciais para o ensino de
ciências serão observados, tais como: a história da Ciência, a divulgação científica e
atividades experimentais, com o objetivo de garantir melhoria no ensino, levando em
consideração os cuidados que estes aspectos exigem.
O processo ensino-aprendizagem será articulado com o uso de:
1) Recursos pedagógicos-tecnológicos: livro didático, texto de jornal, revista
científica, figuras, quadro de giz, mapa, modelo didático, música, CD-ROM, slides,
microscópio, lupa, televisor, computador, entre outros.
2) Encaminhamentos Metodológicos: aulas expositivas, resolução de atividades
individuais e em grupo, realização de experimentos práticos, leitura e interpretação
de textos, discussões, debates, problematização, contextualização,
interdisciplinaridade.
3) Outros espaços e ações pedagógicas: laboratórios, museus, feiras, exposições
de Ciências, seminários e debates.
2.2.4 AVALIAÇÃO
As avaliações devem ter em conta os objetivos específicos do
planejamento bimestral, ou seja, quais são as habilidades básicas de raciocínio e a
aplicação dos conteúdos que, no início do ano, o professor se propôs a desenvolver
para seus alunos.
As habilidades básicas de raciocínio que o currículo de Ciências
norteia são: treinamento da observação do mundo ao redor do aluno, análise de
situações do dia-a-dia com base nos conceitos compreendidos, interpretação de
textos e síntese dos conceitos fundamentais e resolução de problemas com base na
aplicação dos conceitos.
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72
O aluno deverá compreender as relações que se estabelecer na
sociedade entre os seres humanos, e seres humanos – natureza. Possibilitando
dados para a compreensão de conceitos científicos, que serão utilizados no dia-a-dia
do aluno adaptado a sua realidade, interagindo melhor com o meio em que vive.
A avaliação irá valorizar os conhecimentos alternativos do estudante,
construídos no cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de diferentes
estratégias que envolvem recurso pedagógico diversos. Dentro dessa Proposta
Pedagógica Curricular a avaliação é entendida como finalidade de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, de forma contínua e formativa,
diagnosticar seus resultados de modo a orientar nossas intervenções e atribuir-lhe
valor.
O registro das avaliações acontece bimestralmente, de forma
somatória. O processo de avaliação ocorre de maneira intencional e planejada,
acontecendo de diversas formas, a fim de eleger o instrumento mais apropriado às
suas finalidades.
Alguns instrumentos que serão utilizados:
� Atividades de leitura compreensiva de textos;
� Trabalho em grupo ou com consulta;
� Provas, testes e trabalhos individuais;
� Pesquisas na internet, livros, jornais e revistas;
� Montagem de painel e/ou cartazes;
� Atividades experimentais;
� Levantamento e coleta de dados a partir de um problema levantado;
� Acompanhamento da sistematização e registros das atividades no caderno;
� Produção de textos e debates – argumentação, levantamento de hipóteses.
� Outros instrumentos convenientes.
A recuperação de estudos ocorrerá com a retomada de conteúdos,
com novo encaminhamento metodológico, para assegurar a possibilidade de
aprendizagem.
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2.2.5 REFERÊNCIAS
BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.
CHASSOT, A. I. Catalisando transformações na educação. Ijuí: Editora Unijuí,
1994.
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências o Planeta Terra. Editora Ática. 2ª Ed.
São Paulo, 2005.
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências a Vida na Terra. Editora Ática. 2ª Ed.
São Paulo, 2005.
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências Nosso Corpo. Editora Ática. 2ª Ed. São
Paulo, 2005.
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências Energia e Matéria. Editora Ática. 2ª Ed.
São Paulo, 2005.
BRASIL/MEC. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In: BRASIL/MEC. Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná.
Ciências, 2009.
2.3 EDUCAÇÃO FÍSICA
2.3.1 JUSTIFICATIVA
A história mostra que desde a pré história os homens se
exercitavam, seja por sobrevivência ou sob diversas formas (danças, corridas, lutas
e jogos). Esta situação perdurou por séculos, com pequenas modificações e ajustes
em cada época.
Historicamente a Educação Física no Brasil começou dentro de uma
Instituição Militar, com a finalidade principal de treinar e preparar os militares para a
defesa da Pátria (BREGOLATO, 1994, pg.22).
Os métodos utilizados para treiná-los era a Ginástica baseados em
teorias precedentes da Europa (BREGOLATO, 1994, pg.22)
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No ano de 1882, Rui Barbosa deu os primeiro passos para que a
Educação Física se tornasse matéria obrigatória nas escolas brasileiras emitindo o
parecer nº 224, conhecida como Reforma Leôncio de Carvalho, decreto nº
7.247.(OLIVEIRA, 1986, pg.54)
A Ginástica manteve-se por muito tempo como um dos principais
conteúdos e modelos de prática corporal adotada nas escolas brasileiras durante o
século XIX e especificamente nas quatro primeiras décadas do século XX (
COLETIVOS DE AUTORES,1993, p. 52).
Durante esse período, a Educação Física era entendida como uma
atividade exclusivamente prática, já que os profissionais de Educação Física que
atuavam nas escolas eram instrutores formados pelas instituições Militares
(COLETIVOS DE AUTORES, 1993, p. 53).
No final da década de 30 e início dos anos 40, o esporte
apresentava uma grande popularidade, afirmando-se como elemento da cultura
corporal, por esse motivo ele passou então a ser adotado nas aulas de Educação
Física assumindo códigos esportivos de rendimento atlético/desportivo, competição,
comparação de rendimento e recordes, regulamentação rígida, sucesso no esporte
como sinônimo de vitória, racionalização de meios e técnicas (COLETIVOS DE
AUTORES, 1993, p. 54).
O professor de Educação Física reproduzia esses códigos
esportivos por meio de atividade repetitivas, mecânicas e condicionantes – visão
tecnicista, sem se preocupar com a reflexão crítica desse conhecimento (BRACHT,
1992 apud BRASIL, 2008, p.5).
A partir de então através de decretos e reformas, a Educação Física
manteve seu caráter obrigatório nas escolas passando por diversas modificações
quanto a sua Encaminhamentos Metodológicos de ensino.
Em meados dos anos 80, o sistema educacional brasileiro, passa
por um processo de reformulação. A partir dessa época surgem novas tendências ou
correntes pedagógicas que são usados como modelos de ensino (BRASIL, 2008
p.7).
Atualmente, de acordo com as novas Diretrizes Curriculares, o
ensino da Educação Física, baseia-se nos pressupostos da pedagogia histórico –
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75
crítica e estipula como objeto de ensino a Cultura Corporal, a partir de conteúdos
como: esporte, ginástica, os jogos, lutas e a dança. Esse conhecimento é
sistematizado e parte da idéia de que os alunos possuem um conhecimento próprio
sobre a realidade, é função da escola, e neste caso também da Educação Física,
garantir o acesso as variadas formas de conhecimento produzidos pela humanidade,
levando os alunos a estabelecer nexos com a realidade e posterior transformação do
aprendizado (Brasil, 2008, p.8).
A Educação Física, então, torna-se componente curricular
fundamental para o desenvolvimento integral do aluno, ajudando-o a desenvolver
habilidades, hábitos, convicções relevantes e necessárias para sua vivência e
sucesso como indivíduo e como cidadão.
Espera-se que os alunos ao final do ensino fundamental:
� Sejam capazes de participar de atividades corporais estabelecendo relações
equilibradas e construtivas com as outras pessoas, reconhecendo e
respeitando características físicas e de desempenho de si próprio e dos
outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, ou sociais.
� Adotem atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações
lúdicas e esportivas, repudiando qualquer espécie de violência.
� Conheçam, valorizem, respeitem e desfrutem da pluralidade de
manifestações de cultura corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as como
recurso de integração entre as pessoas.
� Reconheçam-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos
saudáveis, alimentação e atividades corporais.
� Solucionem problemas de ordem corporal de diferentes contextos, regulando
e dosando o esforço em um nível compatível com as possibilidades,
considerando que o aperfeiçoamento e o desenvolvimento das competências
corporais decorrem de perseverança e regularidades com que são praticados.
� Reconheçam condições de trabalho que comprometam os processos de
crescimento e desenvolvimento, não aceitando para si e para os outros,
reivindicando condições de vida digna.
� Conheçam a diversidade de padrões de beleza, beleza estética e corporal,
compreendendo sua inserção dentro da cultura em que são produzidos,
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76
analisando criticamente os padrões divulgados pela mídia e evitando
consumismo e preconceito.
� Reconheçam e organizem e interfiram no espaço de forma autônoma, bem
como reivindiquem locais de lazer, reconhecendo-as como necessidade
básica do ser humano e um direito do cidadão.
2.3.2 CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Com bases nas Diretrizes Curriculares, os conteúdos estruturantes
propostos para a Educação Física são o seguintes:
� Esporte;
� Jogos e brincadeiras;
� Ginástica;
� Lutas;
� Dança.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS 6º. ano CONTEUDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS ESPORTES Individuais e coletivos
JOGOS E BRINCADEIRAS
Jogos e brincadeiras Populares,
Cantigas de roda, jogos de tabuleiro
jogos dramáticos, jogos cooperativos
DANÇA Danças criativas e folclóricas
GINASTICA Rítmica, circense e geral
LUTAS Capoeira
7º. ano CONTEUDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS ESPORTES Individuais e coletivos
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JOGOS E BRINCADEIRAS Jogos e brincadeira, jogos de
tabuleiro, jogos dramáticos, jogos
cooperativos
DANÇA Danças criativas e folclóricas
GINASTICA Artística, circense e geral
LUTAS Capoeira
8º. ano CONTEUDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS ESPORTES Individuais e coletivos
JOGOS E BRINCADEIRAS Jogos de tabuleiro, jogos pré
desportivos, jogos cooperativos.
DANÇA Danças criativas e circulares
GINASTICA Artistica, circense, de academia,
rítmica, geral
LUTAS Capoeira, lutas de aproximação
9º. ano CONTEUDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS ESPORTES Individuais, coletivos, radicais
JOGOS E BRINCADEIRAS Jogos de tabuleiro e jogos
cooperativos.
DANÇA Danças criativas e de salão
GINASTICA Geral e de academia
LUTAS
Capoeira, lutas que mantêm a
distância e lutas com instrumento
mediador
2.3.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
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78
Entendendo que o indivíduo ao se relacionar com o meio constrói
sua identidade corporal, ao desenvolver os conteúdos de Educação Física, tomar-se
à como referência não somente o que faz parte da realidade do aluno, mas os
produzidos ao longo da historia da humanidade, devendo levar em consideração os
elementos que compõem o meio social e cultural possibilitando ao aluno condições
para que ele observe o que existe o que foi transformado, como, por que e quais os
fatores que ocasionaram as transformações.
O estudo da Cultura Corporal na Educação Física será trabalhado
através dos conteúdos estruturantes expressos na Ginástica, Esportes, Lutas, Jogos
e Danças. Além de trabalhar-se com a influência e importância da cultura afro
brasileira nesses conteúdos.
Os esportes devem ser situados histórica e socialmente e
vivenciados criticamente a partir da compreensão de seus fundamentos e da re-
significação de seus sentidos e significados. Além disso, é preciso conhecer os
benefícios e riscos das diferentes práticas esportivas, bem como analisar os valores
que as orientam.
Os jogos e brincadeiras devem ser abordados considerando a
realidade regional e a cultura corporal do aluno, vivência do caráter lúdico que
acompanha tais práticas corporais.
Os conteúdos básicos da ginástica devem permitir a liberdade de
agir e descobrir formas de movimento individualmente significativas; conhecer e
interpretar o contexto objetivo em que se realizam as atividades e participar nas
decisões e soluções apresentadas (KUNZ, 2002).
Trabalhar as lutas por meio de atividades lúdicas, despertando no
aluno a compreensão do respeito ao próximo, respeito as regras e autocontrole.
No conteúdo dança é importante que os alunos experimentem, criem
e improvisem movimentações/ evoluções,partindo de um tema, trecho, música ou
materiais combinados, mas que também reflitam sobre o que a maioria dessas
danças, letras e músicas têm provocado na sociedade hoje? Que conceitos e
preconceitos são transmitidos? Ainda pode se debater outra questão importante que
é a propagação de um ideal de corpo erotizado, sexualizado e banalizado pelos
dançarinos que fazem parte da cultura musical dos alunos.
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A problematização dos conteúdos como uma forma metodológica
deverá ser desenvolvido na criatividade, no diálogo e na produção individual e
coletiva. Algumas atividades deverão ser contextualizadas quando não forem
possíveis de serem trabalhados na prática.
O tratamento dado para os anos finais (8º. e 9º.) terá mais
amplitude, complexidade e aprofundamento.
� Produção de texto crítico.
� Apresentação dinâmica dos textos.
� Organização de um jogo prático.
� Debate crítico das idéias abordadas e da aula prática.
� Leitura de textos.
� Aula expositiva e direcionamento nas leituras, reflexões, debates e conclusões.
� Dinâmicas de discussão em grupo
� Pesquisa e apresentação
� Trabalhos escritos
� Pesquisa de campo
� Construção individual ou coletiva de brincadeiras ou jogos, como também a
elaboração de materiais diversos.
Os conteúdos deverão ser enriquecidos e ampliados de acordo com
a cultura e especificidades dos educandos.
Aulas práticas e expositivas poderão ser ministradas na sala de aula,
pátio, quadra e lugares afins, utilizando materiais de apoio como textos,
revistas,vídeos,TV pendrive, laboratório de informática entre outros.
2.3.4 AVALIAÇÃO
Baseando-se nas Diretrizes Curriculares a avaliação deve estar
vinculada ao projeto político – pedagógico da escola, de acordo com os objetivos e a
Encaminhamentos Metodológicos adotada pelo corpo docente. Com efeito, os
critérios para a avaliação devem ser estabelecidos, considerando o
comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico.
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80
Comprometimento e envolvimento – se os alunos entregam as
atividades propostas pelo professor; Se houve assimilação dos conteúdos
propostos, por meio da recriação de jogos e regras; Se o aluno consegue resolver,
de forma criativa, situações problemas sem desconsiderar a opinião do outro,
respeitando o posicionamento do grupo e propondo soluções para as divergências.
Se os alunos se mostram envolvidos nas atividades, seja através da participação
nas atividades práticas ou realizando relatórios.
Partindo destes critérios, a avaliação deve se caracterizar como um
processo contínuo, permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB 9394/96, em
que o professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas
práticas corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e
as lutas.
A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos
metodológicos, constituindo-se na forma de resgatar as experiências e as
sistematizações realizadas durante o processo de aprendizagem. (BRASIL, 2008).
Os processos avaliativos incluem também os aspectos formais e
informais sobre a participação e a capacidade de cooperação do aluno, auto -
avaliação, trabalhos e provas escritas, resolução de situações problemáticas
propostas pelo professor, elaboração e apresentação de coreografias de dança,
exercícios ginásticos ou táticas de esportes coletivos,jogos, pesquisas , trabalhos
em grupo , seminários entre outros.
2.3.5 REFERÊNCIAS
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� ANTUNES, Celso. Manual de técnicas de dinâmica de grupo de
sensibilização de ludopedagogia. – Petrópolis ; Vozes, 1993.
� ASSIS DE OLIVEIRA, Reinventando o esporte: possibilidades da prática
pedagógica. Campinas: Autores Associados. CBCE, 2001
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Magister, 1992.
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Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais.
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Física 2008.
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1995.
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Manole. 2ª ed, 2001.
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� FERREIRA, Aluísio Elias Xavier. Basquetebol: técnicas e táticas: uma
abordagem didática-pedagógica – São Paulo: EPU Ed. Da Universidade de
São Paulo, 1987.
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2002
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vol 1, 2 e 3. Rio de Janeiro: 2ª ed. Sprint, 2005
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processo de humanização ‘a robotização”. Curitiba: Modulo, 1993
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Hipertensão. São Paulo: Manole – 2004.
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nossos dias. são Paulo: Ibrasa, 1996.
� VERDERI, Érica Beatriz L. Pimentel. Encantando a Educação Física – Rio
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� WEINECK, J. Biologia do Esporte. São Paulo: Manole, 1991.
� WEISS,Luise. Brinquedos e Engenhocas – São Paulo: Scipione,1997.
2.4 ENSINO RELIGIOSO
2.4.1 JUSTIFICATIVA
A disciplina de Ensino religioso configura-se como área do
conhecimento humano que tem por finalidade a valorização da diversidade presente
nas diferentes expressões religiosas, permitindo assim, uma reflexão sobre a
realidade, numa perspectiva de compreensão sobre si sobre o outro, na diversidade
do conhecimento religioso.
O acesso ao conhecimento visa proporcionar ao educando do
Ensino religioso sua formação em diferentes aspectos: estéticos, éticos, cognitivo,
afetivo, cultural, biológico, social e religioso, ou seja, a completude e a significância
proposta LDBEN para o Ensino Fundamental.
No Brasil, o Ensino religioso passou por diferentes momentos diante
da sociedade globalizada e multicultural da atualidade, exigindo assim uma nova
compreensão deste saber no âmbito escolar.
Como patrimônio da humanidade, legalmente se institui na escola
uma oportunidade a mais para o entendimento dos movimentos específicos das
diversas culturas, além de uma reflexão no espaço escolar diante do
reconhecimento da justiça e dos direitos de igualdade civil, social, cultural e
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85
econômica, bem como a valorização do componente histórico-cultural brasileiro.
É fundamental a adoção de políticas educacionais e sociais a fim de
superar a desigualdade étnico-religiosa e garantir o direito Constitucional de
liberdade de crença e expressão da mesma para viver democraticamente em uma
sociedade multicultural.
A partir de uma abordagem antropológica filosófica, que reconhece o
fenômeno religioso como decorrência de sua propriedade humana, de sua condição
existencial, e seguindo para uma abordagem mais específica e de nossos interesses
que é a de ordem pedagógica, podemos dizer que o específico do religioso para o
Ensino Religioso é ajudar o aluno a se posicionar e a se relacionar da melhor forma
possível com as novas realidades que o cercam. Primeiramente em relação aos
seus limites e depois quanto às linguagens simbólicas.
O Ensino Religioso é, portanto, uma questão diretamente ligada à
vida, e que vai se refletir no comportamento, no sentido que orienta a sua vida.
A sala de aula não pretende ser uma comunidade de fé, mas um
espaço privilegiado de reflexão sobre limites e superações. Isto implica a
necessidade de se construir uma pedagogia que favoreça tal perspectiva, porque o
que objetivamos é fruto de uma experiência pessoal, na incansável busca de
respostas par as questões existenciais. É preciso interpenetrar teoria e prática.
Nesse processo, a elaboração de uma linguagem simbólica favorece
a descoberta e experiência dessa realidade, portanto, podemos considerar quanto
aos aspectos essenciais que orientam a ação pedagógica do Ensino Religioso a
pedagogia do limite, a linguagem simbólica, os livros sagrados, e a dimensão dos
valores.
A prática vai se dar na ordem da linguagem simbólica, procurando
desenvolver o educando na capacidade de decifrar a linguagem simbólica e na
compreensão das experiências do transcendente.
Muitos - sem compreender sua dimensão específica - questionam:
"para quê o Ensino Religioso se já temos a Ética como um dos Temas Transversais,
com todo um conteúdo?". A própria história do Ensino Religioso nos mostra que a
Ética até há poucos foi o principal objeto do Ensino Religioso, quando não uma
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86
doutrinação religiosa. Nesta perspectiva, precisamos compreender com clareza de
que ética se está falando.
"Toda religião comporta uma ética e toda ética desemboca numa
religião, na mesma medida em que a ética se orienta pelo sentido do transcendente
da vida humana" (Catão, p. 63). É necessário superar as errôneas e muitas vezes
limitadas definições de ética e propor uma ética da consciência e da liberdade em
lugar da ética da lei e da obrigação. Na raiz da Ética, como contempla o Ensino
Religioso, está a busca da Transcendência que dá sentido à vida, que proporciona a
plena realização do ser humano pessoal e social.
Além de se pautar na LDB o Ensino religioso apoiou-se em uma
legislação maior, sendo constituída disciplina das escolas publicas e Ensino
Fundamental, em caráter de matricula facultativo, porém assegurando o respeito à
diversidade cultural e religiosa no Brasil.
As Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso garantem a
autonomia da escola no sentido de atender as especificidades e necessidades da
comunidade, não estabelecendo assim conteúdos fixos, no entanto, não deve ter
caráter evangelizador ou doutrinador.
OBJETIVOS
Como objetivos a serem atingidos na disciplina de Ensino Religioso estão:
� Reconhecer e respeitar as diferentes expressões religiosas;
� Compreender o sincretismo religioso a partir das contribuições dos povos
africanos e indígenas;
� Entender o universo cultural religioso a partir de elementos éticos e estéticos;
� Identificar as relações primitivas do homem com o sagrado coletivo;
� Caracterizar o surgimento das principais religiões das sociedades atuais;
� Compreender as diferenças e semelhanças entre as diferentes manifestações
religiosas constituídas historicamente;
� Compreender as relações estabelecidas entre as religiões e natureza;
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87
� Identificar as bases teóricas das diferentes culturas religiosas;
� Reconhecer a importância da prática religiosa para o ser humano;
� Diferenciar religião e religiosidade.
2.4.2 CONTEÚDOS
� Paisagem religiosa
� Universo Simbólico religioso
� Texto sagrado
CONTEÚDOS BÁSICOS
5.ª SÉRIE/6ºANO
� Organizações Religiosas;
� Lugares Sagrados
� Textos Sagrados orais ou escritos
� Símbolos Religiosos
CONTEÚDOS BÁSICOS
6.ª SÉRIE/7ºANO
� Temporalidade Sagrada
� Festas Religiosas
� Ritos
� Vida e morte
2.4.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Ao organizar os conteúdos de Ensino religioso e encaminhar
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
88
metodologicamente seu ensino, convém ressaltar a necessidade de promover a
mediação entre sociedade e escola, entre cultura e aprendizagem significativa, entre
teoria e pratica, constituindo-se assim, em um projeto cultural.
Como componente curricular o Ensino Religioso proporcionará a
compreensão cultural, o entendimento e a analise das manifestações do sagrado em
sua diversidade e o respeito à complexidade social dos movimentos religiosos.
No Ensino Religioso a reflexão e a liberdade de expressão serão
fundamentais no direcionamento da disciplina, fazendo do educando, sujeito da
aprendizagem e garantindo a interação com o professor em uma relação dialética
no processo educacional.
As pesquisas sejam elas bibliográficas ou de campo, individuais ou
coletivas, despertarão o gosto pela leitura que alimentada pela curiosidade e pela
necessidade de solucionar problemas farão do professor um mediador deste
processo de construção coletiva do conhecimento. O debate além de garantir a
interação entre os alunos constituirá em um excelente veiculo para o
desenvolvimento da oralidade. Também os trabalhos associados a outras disciplinas
estimularão a troca de informações e a construção de saberes mais consistentes e
significativos. Atividades com diferentes fontes de informações permitirão a analise
de diversas abordagens, o confronto de dados, construção de hipóteses e
diversidade de idéias e opiniões.
Independentemente das formas de trabalho o professor
desempenhará a função de mediador, sempre levando em consideração como ponto
de partida para a construção do conhecimento, todas as informações que os alunos
eventualmente já possuam.
2.4.4 AVALIAÇÃO
A avaliação constitui-se em um instrumento pelo qual o professor
recolhe informações sobre o aproveitamento dos alunos, seus limites eventuais
falhas do processo de ensino-aprendizagem. Compreende-se, portanto, que a
avaliação não deve ser um recurso que produza “marginalização”, mas um meio
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89
que favoreça a adequação da prática educativa.
Vale ressaltar que a trajetória percorrida por cada um de nós, desde
a infância até o fim da vida está relacionada às condições biológicas, sociais e
intelectuais em variadas etapas se caracterizam pelos diferentes aspectos de
relações e da leitura que cada um faz do mundo, resultando em um processo
contínuo de elaboração de conceitos e conhecimentos, mediante ensaios e erros
que experimentamos no decorrer da vida.
O aluno está constantemente construindo-se e ao ingressar na
escola trás consigo uma carga importante de conhecimentos e experiências
particulares e por isso a escola deve proporcionar conhecimentos significativos.
Nesse sentido é importante compreender que o processo da qualidade de ensino,
somente se dará mediante uma avaliação consistente, que vise diagnosticar as
limitações e dificuldades e que permita a retomada de conhecimentos não
aprendidos, recuperando-os e garantindo que a apropriação e a construção do
conhecimento se efetivem.
Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos que impliquem
aprovação ou reprovação do aluno, recomenda-se que o professor registre o
processo avaliativo por meio de instrumentos que permitam à escola, ao aluno, aos
seus pais ou responsáveis a identificação dos progressos obtidos na disciplina.
A avaliação permite diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do
conteúdo, como resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo de
concepção da realidade social e, como, enfim, ampliou o seu conhecimento em
torno do objeto de estudo do Ensino Religioso, o Sagrado, sua complexidade,
pluralidade, amplitude e profundidade.
2.4.5 REFERÊNCIAS
BOWKER, John – Para Entender as Religiões. São Paulo, Ática, 1997.
MARCHON, Benoit; KIEFFER, Jean-Francóis. As Grandes Religiões do mundo,
São Paulo, Paulinas, 1995.
DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DO PARANA – ENSINO RELIGIOSO.
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90
2.5 GEOGRAFIA
Geografia é uma ciência que estuda as características da superfície
do planeta Terra, os fenômenos climáticos e a ação do ser humano no meio
ambiente e vice-versa.
2.5.1 JUSTIFICATIVA
A Geografia é uma ciência muito importante, pois permite ao homem
compreender melhor o planeta em que vive. Para isso, esta ciência dispõe de
diversos recursos matemáticos e tecnológicos. A estatística, por exemplo, é muito
usada na área da pesquisa populacional. Os satélites são fundamentais na
elaboração de mapas, além de fornecerem dados importantes para a verificação de
mudança na vegetação do planeta.
Principais áreas da Geografia e exemplos de temas estudados parar
cada área:
- Geografia Física: relevo, rios, vegetação.
- Geografia Humana: população (crescimento demográfico, alfabetização, migração,
etc).
- Geografia Política: relações políticas, conflitos entre nações.
- Cartografia: elaboração e interpretação de mapas
- Geografia Turística: desenvolvimento do turismo mundial e regional.
- Geografia Urbana: desenvolvimento das cidades, planejamento urbano.
- Geografia Social: problemas sociais (violência, desemprego, falta de habitação)
- Geografia Agrária: questões ligadas ao campo (meio rural)
- Geomorfologia: formas da superfície terrestre
- Climatologia: climas, temperatura e fenômenos climáticos (seca, furacões,
tempestades)
- Hidrografia: estudo dos recursos hídricos (mares, rios, lagos, oceanos).
Estamos na Era da Informática e da Comunicação Instantânea em
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91
que, a cada momento, vemos o mundo transformar-se e o espaço ser reestruturado
e reconstruído, desde a escola local às dimensões da aldeia global. Grupos
internacionais e organizações vizinhas interferem em nossas vidas e invadem nosso
cotidiano. Neste contexto é urgente refazer o ato pedagógico no ensino da
Geografia. Temos obrigação de ver e trabalhar em contato permanente com a
realidade, partindo da Geografia que cada aluno traz consigo, como experiência de
vida . Nesta perspectiva, os conhecimentos dos alunos a respeito do espaço devem
ser explorados, para que a Geografia adquira sentido e objetividade, possibilitando
ao aluno perceber como o espaço foi produzido, quais fatores interferiram na sua
produção, quais forças são agentes de transformação e principalmente, qual a
importância das pessoas e grupos em todo este processo.
No caso específico da Geografia, o ensino tem como preocupação
fundamental oferecer subsídio ao desenvolvimento da cidadania, fazendo com que o
aluno compreenda criticamente o mundo em que vive, desde a escala local até a
global, como, paisagem, lugar, região, território, sociedade e natureza.
OBJETIVOS
Espera-se que os alunos sejam capazes de:
� Perceber a identidade da Geografia como área do conhecimento e as
possibilidades que oferece para a compreensão crítica do mundo.
� Reconhecer e familiarizar-se com as grandes categorias da Geografia, tais
como: espaço, território, paisagem, lugar, região, natureza e sociedade.
� Relacionar a escala de importância no tempo e no espaço, do local e do
global, e da multiplicidade de vivências com os lugares;
� Reconhecer a importância da cartografia como forma de linguagem para
trabalhar em diferentes escalas espaciais as representações locais e globais
do espaço geográfico;
� Conseguir distinguir as grandes unidades de paisagens em seus diferentes
graus de humanização da natureza, inclusive a dinâmica de suas fronteiras.
� Compreender que os conhecimentos geográficos que adquiriram ao longo da
escolaridade são parte da construção da sua cidadania, pois os homens
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constroem, apropriam-se e interagem com o espaço geográfico nem sempre
de forma igual;
� Reconhecer, na paisagem local e no lugar em que vivem, as diferentes
manifestações da natureza, sua apropriação e transformação pela ação da
coletividade, de seu grupo social;
� Conhecer e comparar a presença da natureza expressa na paisagem local,
com as manifestações da natureza presentes em outras paisagens;
� Reconhecer, no seu cotidiano, as referências espaciais de localização,
orientação distância, de modo e deslocar-se com autonomia e representar os
lugares onde vivem e se relacionam;
� Reconhecer a importância de uma atitude responsável de cuidado com o
meio em que vivem, evitando o desperdício e percebendo os cuidados
necessários na preservação da natureza.
� Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas
consequências em diferentes espaços e tempo, de modo a construir
referenciais que possibilitem uma participação prepositiva e reativa nas
questões sociais, culturais e ambientais.
� Compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos,
os avanços técnicos e tecnológicos e as transformações socioculturais são
conquistas decorrentes de conflitos e acordos, que ainda não são usufruídas
por todos os seres humanos e, dentro de suas possibilidades, empenhar-se
em democratizá-las;
� Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para
compreender espaço, a paisagem, o território e o lugar, seus processos de
construção, identificando suas relações, problemas e contradições;
� Saber utilizar a linguagem cartográfica para obter informações e representar
a especialidade dos fenômenos geográficos;
� Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a sócio-diversidade,
reconhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos e um elemento de
fortalecimento da democracia;
� Perceber que a sociedade e a natureza possuem princípios e leis próprias e
que o espaço resulta das interações entre elas, historicamente definidas;
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93
� Relativizar a escala de importância, no tempo e no espaço, do local e do
global, da multiplicidade de vivências com os lugares;
� Explicar que a natureza do espaço, como território e lugar, é dotada de uma
historicidade em que o trabalho social tem uma grande importância para a
compreensão da dinâmica de suas interações e transformações;
� Desenvolver no aluno o espírito de pesquisa, fundamentado na idéia de que ,
para compreender a natureza do território, paisagens e lugares, é importante
valer-se do recurso das imagens e de vários documentos que possam
oferecer informações, ajudando-os a fazer sua leitura para desvendar aquela
natureza;
� Fortalecer o significado da cartografia como uma forma de linguagem que dá
identidade à Geografia, mostrando que ela se apresenta como uma forma de
leitura e de registro da espacialidade dos fatos do seu cotidiano e do mundo;
� Criar condições para que o aluno possa começar, a partir de sua localidade e
do cotidiano do lugar, construir sua idéia do mundo, valorizando inclusive o
imaginário que tem dele.
� Perceber a importância de diferentes culturas na formação da sociedade,
valorizando cada cultura.
� Refletir sobre os povos indígenas: sua diversidade e luta pela terra.
� Assimilar a localização do lugar onde vive, dentro do seu estado, e dentro do
seu país.
� Compreender a influência da cultura dos imigrantes sobre a atual população,
seus costumes e tradições.
2.5.2 CONTEÚDOS
� Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
� Dimensão Política do espaço Geográfico
� Dimensão Sócio- ambiental do espaço Geográfico
� Dimensão Cultural e demográfica do Espaço Geográfico.
CONTEÚDOS BÁSICOS
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5º série/6º ano
� Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
� Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
� A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
� A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do
espaço geográfico.
� As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
� A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
� A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade
cultural.
� As diversas regionalizações do espaço geográfico.
6º série/7º ano
� A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território
brasileiro.
� A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
� As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
� As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
� A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
� Movimentos migratórios e suas motivações.
� O espaço rural e a modernização da agricultura.
� A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização.
� A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do
espaço geográfico.
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95
� A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
7º série/8º ano
� As diversas regionalizações do espaço geográfico.
� A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do
continente americano.
� A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
� O comércio em suas implicações socioespaciais.
� A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
� A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do
espaço geográfico.
� As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
� O espaço rural e a modernização da agricultura.
� A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
� Os movimentos migratórios e suas motivações.
� As manifestações sociespaciais da diversidade cultural.
� Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais
8º série/9º ano
� As diversas regionalizações do espaço geográfico.
� A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
� A revolução tecnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção.
� O comércio mundial e as implicações socioespaciais.
� A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
� A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
� As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
� Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
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� A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a
(re)organização do espaço geográfico.
� A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
� O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual
configuração territorial.
2.5.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
De acordo com as Diretrizes Curriculares para o ensino da
Geografia, aponta-se como seus conteúdos estruturantes devem ser abordados no
ambiente escolar.
Propõe-se que os conteúdos específicos sejam trabalhados de
forma crítica e dinâmica, de maneira que a teoria, a prática e a realidade estejam
interligadas, em coerência com os fundamentos teóricos propostos.
A partir dos conteúdos estruturantes, recomenda-se que se amplie a
abordagem dos conhecimentos específicos que deles são derivados, disponíveis em
diferentes materiais didáticos.
Ao concluir o Ensino fundamental, o aluno deverá ter noções
geográficas sobre os continentes, os países e os elementos físicos e humanos,
objetos e ações, que os compõem. Esses conhecimentos serão aprofundados no
Ensino Médio, em abordagens que considerem o principio da complexidade
crescente, com um tratamento relacional dos conteúdos, respeita a maior
capacidade de abstração do aluno e sua possibilidade de formação conceitual mais
ampla. Caberá a Geografia, nesse nível de ensino abordar os conteúdos
específicos de maneira a articular aspectos naturais, econômicos, sociais, políticos e
culturais, nas diversas escalas geográficas e nas relações urbano-rurais.
O professor de Geografia deve estar atento à Lei 10.639/03, que
torna obrigatório abordar conteúdos que envolvam a temática de história e cultura
afro-brasileira e africana, que podem ser vista nas diferentes séries do Ensino
fundamental e médio e relacioná-las a qualquer conteúdo estruturante. O trabalho
pedagógico pode ser feito por meio de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos que
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97
tragam conhecimentos sobre conteúdos específicos.
A seguir, são apresentados alguns encaminhamentos interessantes
para o trabalho pedagógico da disciplina de Geografia. São práticas atreladas aos
fundamentos teóricos destas Diretrizes, ou seja, compreender o espaço geográfico e
seus conceitos básicos e as relações sócio-espaciais nas diversas escalas
geográficas.
� A aula de campo como prática de ensino de Geografia;
� O uso de recursos audiovisuais nas aulas de Geografia;
� A cartografia como linguagem para o ensino de Geografia;
� outros...
“Cabe ao professor ser mediador e entender que as teorias são elaboradas para explicar de forma sistemática determinados fenômenos; e a ele também cabe o discernimento na sua aplicação, para que se estabeleçam parâmetros entre o real e o ideal, entre a teoria e a prática. É importante precisar que a didática não se resume em métodos e técnica ou procedimentos para se dar aulas, mas tem como objeto de estudo o processo ensino/aprendizagem, o processo educativo. A intenção é obter concomitantemente aquisição de conhecimentos o desenvolvimento de habilidades e a adoção de atitudes mais adequadas ao desempenho do ser humano, o que exige inúmeras contribuições da psicologia, sociologia, biologia e filosofia”. RIBAS e SCHMIDT (1988, p.19).
Com base nestas acepções pode-se perceber o quão importante é o
papel do educador mediador do conhecimento, que mais do que repassar os
saberes historicamente acumulados pelos homens, deve-se primar por reconstruir
com os alunos, partindo de sua realidade e aprofundando com a cientificidade.
Mediante um conjunto de ações e procedimentos e práticas
pedagógicas que intencionalmente venham despertar a reflexão, a capacidade de
identificar, discernir sobre os mais variados aspectos da sociedade e natureza, o
professor como mediador poderá levar o aluno a compreender seu papel
participativo e reconhecer-se elemento desse complexo de relações e interações.
Segundo Libâneo (1994, p.150):
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98
“O conceito mais simples de ‘método’ é o caminho para atingir um objetivo. Na vida cotidiana estamos sempre perseguindo objetivos. Mas estes não se realizam por si mesmos, sendo necessária a nossa atuação, ou seja, a organização de uma sequência de ações para atingí-los. Os métodos são, assim, meios adequados para realizarem objetivos”.
Há uma afinidade de recursos tecnológicos ou não, que podem ser
utilizados pelo professor, mas sabe-se que cabe a ele selecionar os procedimentos
cabíveis a sua realidade.
“A observação, descrição, analogia e síntese são procedimentos importantes e podem ser praticados para que os alunos possam aprender a explicar, compreender e representar os processos de construção dos diferentes tipos de paisagens, territórios e lugares. Isso não significa que os procedimentos tenham um fim em si mesmos: observar, descrever e comparar servem para construir noções, especializar os fenômenos, levantar problemas e compreender as soluções propostas”. ( BRASIL, 1998, p.30).
Assim, imbuídos no propósito de que a organização da aula deve
atender a um dinamismo, o professor pode criar oportunidades que estimulem a
construção do saber, onde o aluno não seja um ser passional, mas sim um agente
capaz de transformar sua própria realidade.
A finalidade dessas orientações, é nortear a educação voltada para o
despertar da capacidade crítica do indivíduo, ajustando-o a sua própria realidade.
Sabe-se que uma nova postura exige dedicação. Cabe, portanto ao
professor reavaliar seu posicionamento quanto aos objetivos a que se propõe.
Ao refletir sobre a realidade do aluno e as características locais, é
possível encontrar meios mais adequados para a compreensão da problemática
social, bem como despertar para alternativos e soluções.
O envolvimento do aluno, mediante a consciência de sua
responsabilidade, vem aumentar seu potencial, sua autonomia, visando
particularmente, a pensar sobre a sua atuação no meio em que vive.
Vemos, pois, que somente através de propostas sólidas, de uma
educação voltada para uma igualdade social (mesmo que apenas disponibilizando
informações a essa parcela da sociedade menos favorecida), Poder-se-á ao menos
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99
tentar mudar essa lógica opressora própria do regime capitalista.
2.5.4 AVALIAÇÃO
A avaliação é o caminho pelo qual o educador pode recolher
informações sobre o rendimento do aluno, seus limites e eventuais falhas do
processo de ensino/aprendizagem.
Compreende-se, portanto, que a avaliação escolar não deve ser um
recurso utilizado pelo professor a fim de “marginalizar” o aluno, muito menos excluí-
lo, mas sim se utilizar deste meio para adequar sua prática educativa, onde possa
despertar o interesse para minimizar as possíveis dificuldades em sua jornada
escolar.
Vale ressaltar que a “trajetória” percorrida por cada um de nós,
desde a infância até nos tornarmos adultos, está relacionada às condições
biológicas, sociais e intelectuais em que variadas etapas e situações que se
caracterizam pelos mais diferentes aspectos de relações e da leitura que cada um
faz do mundo, sucedem e resultam em um processo contínuo de elaboração de
conceitos, mediante ensaios e erros que experimentamos no decorrer de nossas
vidas.
Os indivíduos que ingressam na escola trazem consigo uma carga
importante de conhecimentos e experiências particulares, e, então a exploração de
conteúdos deve tornar-se algo significativo para o aluno.
Em razão do que foi mencionado, é importante lembrar que
somente teremos sucesso na qualidade de ensino, mediante uma avaliação
consistente que vise diagnosticar as limitações e dificuldades dos educandos.
A avaliação é parte do processo pedagógico e, por isso,
deve tanto acompanhar a aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho
do professor. Numa concepção tradicional, avaliação da aprendizagem é
reduzí-la a um momento, em geral no final de um programa ou de um
determinado período, no qual o aluno devolve ao professor o que dele recebeu
e, de preferência, exatamente como recebeu. E fundamental que a avaliação seja
mais do que a definição de uma nota ou um conceito. E imprescindível que
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100
seja contínua e priorize a qualidade e o processo de aprendizagem; ou seja, o
desempenho do aluno ao longo do ano letivo. A Lei de diretrizes e Bases da
Educação Nacional determina a avaliação formativa, considerada um avanço
em relação a avaliação tradicional somativa ou classificatória.
De fato, a avaliação formativa deve ser diagnosticada e
continuada, porque considera que os alunos mantêm ritmos e
processos de aprendizagem diferentes, aponta dificuldades e possibilita
que a intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo. Informa os sujeitos
do processo (professor e alunos), ajuda-os a refletir. Permite que o professor
procure caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais das
aulas, envolvendo-se realmente nos processos de ensino e de aprendizagem.
Não se trata, porém, de excluir a avaliação formal somativa,
mas de desenvolver as duas formas de avaliação- formativas e somativa-registradas
de maneira organizada e criteriosa, pois servem para diferentes finalidades.
Por isso, em lugar de avaliar apenas por meio de provas, o
professor deve ter à mão vários instrumentos de avaliação que contemplem várias
formas de expressão dos alunos, como:
� leitura e interpretação de textos;
� produção de textos;
� leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;
� pesquisas bibliográficas;
� relatórios de aulas de campo;
� apresentação de seminários;
� construção e análise de maquetes, entre outros.
Esses instrumentos devem ser selecionados de acordo com
cada conteúdo .
A partir dessas considerações sobre as formas de avaliação, é
preciso refletir sobre os critérios que devem norteá-la. Em Geografia,
os principais critérios são: a formação dos conceitos geográficos básicos e o
entendimento das relações sócio-espaciais. O professor deve observar, então, se
os alunos formaram os conceitos geográficos e assimilaram as relações de
poder, de espaço-tempo e de sociedade-natureza para compreender o espaço
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101
nas diversas escalas geográficas.
Para isso, o professor usa o estudo e a reflexão como alicerces
para sua ação pedagógica, o que, por sua vez, instigá-lo a prosseguir o
aprofundamento teórico.
Finalmente, estas Diretrizes Curriculares de Geografia para
educação Básica valorizam a noção de que também o aluno possa, ao final do
percurso, avaliar melhor a realidade em que vive, sob a perspectiva de
transformá-la, onde quer que esteja.
O aluno deverá no final do ensino fundamental, saber escrever,
ler e interpretar os conteúdos.
2.5.5 REFERÊNCIAS
� DIRETRIZES CURRICULARES DE GEOGRAFIA PARA A EDUCAÇÃO
BÁSICA – Secretaria de Estado da Educação – Superintendência da
Educação. Curitiba, 2006.
� GIOVANNETTI, Gilberto Lacerda, Madalena. Melhoramentos: dicionário de
geografia: termos, expressões, conceitos. SP: Companhia
Melhoramentos, 1996.
� HST 1042. HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA. BIBLIOGRAFIA
BÁSICA.
� ABECON, 1995. - LUZ, Marco Aurélio. Agadá: dinâmica da civilização
africano.
� LIBÂNEO, José Carlos. Didática. SP: Cortez, 1994.
� MOREIRA, Igor; Construindo o Espaço. 2ª edição. São Paulo, Editora
Ática,2005.
� MOREIRA, Ruy. O que é geografia. 14.ª ed. SP: Brasiliense, 1994.
� OLIVEIRA, Ariovaldo do U. de, Etal. Para onde vai o ensino de Geografia?
5.ª ed. SP: Contexto,1994.
� ALCINA, José Franch. Indianismo e Indigenismo em América . O QUE É SER
ÍNDIO NO BRASIL HOJE? “ A QUESTÃO INDÍGENA NA AMÉRICA
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
102
LATINA...2003 .p.p 20-42
� PARANÁ Aspectos da Geografia – José Mauro Palhares. Foz do Iguaçu 2ª
ed.: o autor , 2001. 17 .
� RIBAS, Mariná Holzmann; SCHMIDT, Leide Mara. Encontros e
desencontros da didática e da prática de ensino. Didática: ser ou estar
comprometido. SP: Cortez Editora, 1988.
� SANTOS, Milton. Metamorfose do Espaço Habitado. 5ª ed. SP: Hucitec,
1997.
2.6 HISTÓRIA
2.6.1 JUSTIFICATIVA
A História enquanto disciplina escolar passou a ser obrigatória a
partir da criação do Colégio D. Pedro II, em 1837. Neste mesmo ano foi criado o
IHGB, que instituiu a História como disciplina acadêmica. Sob a influência do
Positivismo e da Escola Metódica, caracterizada pela História Política, o ensino de
História de orientava pela linearidade e valorização dos heróis, bem como, justificava
o modelo de nação brasileira como extensão da História européia, contribuindo para
a legitimação dos valores aristocráticos. No inicio da republica a Historia do Brasil
ganhou um espaço reduzido no currículo, no entanto, a maioria dos professores
dificilmente conseguia tratá-la. No governo Vargas, para atender ao projeto político
nacionalista do Estado Novo, ocorreu um resgate da História do Brasil no Ensino
Secundário, que por ser restrito à elite, configurou-se numa preparação para
conduzir o povo. O ensino de Historia se ocupava em reforçar o caráter moral e
cívico dos conteúdos escolares. Após a implantação do Regime Militar (1964), o
ensino de História manteve seu caráter político e factual. Os grandes heróis como
sujeitos da História narrada, mantiveram-se como modelos a serem seguidos.
Modelos de ordem, hierarquia e nacionalismo. O Estado era o grande sujeito
histórico. n.seados na Deliberaçligioso estno Brasil.amental, em carater uma
legislaçhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
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Na década de 70 surgiu o Segundo Grau Profissionalizante. O
ensino tornou-se técnico e voltado para a preparação de mão-de-obra para o
mercado de trabalho. Em decorrência disso, as disciplinas da área de Ciências
Humanas perderam espaço nos currículos, pois no Primeiro Grau, as disciplinas de
História e Geografia foram condensadas nos Estudos Sociais e no Segundo Grau a
carga horária foi reduzida para abrir espaço para a disciplina de OSPB. Com estas
medidas, o Estado objetivava o controle ideológico, despolitizar o professor e centrar
a formação na transmissão de conteúdos escolares dos manuais didáticos. A
prioridade era ajustar o aluno ao cumprimento de seus deveres patrióticos. A História
continuava linear e cronológica, conduzida pelos heróis em busca de um ideal de
progresso da nação.
No final dos anos 80 e inicio dos anos 90 cresceram os debates em
torno de reformas democráticas na área educacional.
No Paraná em 1991, o Currículo Básico renovou o ensino de História
com base na Historiografia Social, pautada no Materialismo Histórico Dialético,
indicando elementos da Nova História. O Currículo Básico procurou ser contrario ao
ensino tradicional, ou seja, eurocêntrico, factual e heróico, pautado na memorização
e nos questionários. Na pratica, tendeu-se a uma supervalorização dos conteúdos
em detrimento dos temas que tinham como orientação as formações sociais do
processo histórico. Não se superou a História linear e cronológica. A falta de uma
orientação curricular comum para o ensino de História, deu margem para que cada
professor organiza-se os conteúdos, levando mais tarde, à adoção dos PCNs e dos
livros didáticos como referencias para a organização dos currículos escolares.
Nos PCNs a disciplina de História assumiu a função de resolver
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problemas imediatos e próximos ao aluno. Ressaltou-se a relação que o
conhecimento deve ter com a vivencia do educando, principalmente no contexto do
trabalho e do exercício da cidadania. Essa perspectiva não apresentava uma
preocupação com a contextualização dos períodos históricos estudados. Apesar dos
PCNs proporem uma valorização do ensino humanístico, a preocupação maior era
de preparar o individuo para o mercado de trabalho.
A partir de 2003 a SEED, juntamente com os professores da Rede
Pública de Educação vem construindo as Diretrizes Curriculares de História com
base nos Conteúdos Estruturantes, sustentados pelos campos da investigação de
História Política, econômico-social e cultural, à luz da Nova Esquerda Inglesa e da
Nova História Cultura, inserindo conceitos relativos à consciência histórica.
A História tem como objeto de estudo as ações e relações humanas
praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos conscientes ou não,
deram as mesmas. As relações demarcam as estruturas sócio-históricas e isto não
ocorre de modo linear, pois os processos históricos são mercados por vários
acontecimentos distintos que produzem uma nova relação enquanto diversas
relações distintas convergem para um novo acontecimento histórico.
A produção do conhecimento histórico possui um método especifico
baseado na explicação e interpretação de fatos do passado. A problematização
construída produz uma narrativa histórica que tem o desafio de contemplar a
diversidade das experiências políticas, sócio-econômicas e culturais dos sujeitos e
suas relações, abrindo perspectivas para validação, refutação e complementação da
produção historiográfica existente.
A finalidade da História é expressa no processo de produção do
conhecimento humano sob a forma de consciência histórica dos sujeitos, voltando-
se para a interpretação dos sentidos do pensar histórico e para a compreensão da
provisoriedade deste conhecimento, porem, isto não significa um relativismo teórico.
No século XXI estabeleceu-se um conflito entre diferentes correntes
historiográficas. As Diretrizes Curriculares de História buscaram seu fundamento na
Nova História Cultura e na Nova Esquerda Inglesa.
A Nova História Cultural se utiliza das categorias de representação e
apropriação para a produção do conhecimento histórico. Representação é aqui
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105
entendida como as diferentes formas através das quais as comunidades, partindo de
suas diferenças sociais e culturais, percebem e compreendem sua sociedade e sua
própria História. A apropriação tem por objetivo uma História social das
interpretações.
A Nova História Cultural se baseia na correlação entre representações e
práticas sociais que permitem examinar os objetos culturais produzidos, os sujeitos
produtores e receptores de cultura e os processos que envolvem a produção e
difusão cultural.
O ensino de História pode se beneficiar desta corrente historiográfica, na
medida em que esta valoriza a diversificação dos documentos, na construção do
conhecimento histórico, permitindo também as relações interdisciplinares com outras
áreas do conhecimento. De um lado, a abordagem local, os conceitos de
representação, prática cultural e apropriação e por outro lado, a circularidade cultural
e a polifonia, possibilitam aos alunos e professores, tratarem esses documentos
através de problematizações mais complexas em relação à História Tradicional,
desenvolvendo uma consciência histórica que leve em conta as diversidades das
práticas culturais dos sujeitos, sem abandonar o rigor do conhecimento histórico.
A Nova Esquerda Inglesa pauta seus estudos na experiência do
historiador, na sua dimensão social e investigativa, o que possibilita novos
questionamentos sobre o passado, a partir dos quais tem surgido novo método de
pesquisa histórica. Essa concepção de História valoriza a possibilidade de
transformação social.
As Diretrizes Curriculares de História propõe-se a fazer articulações entre
as distintas abordagens teóricas embora privilegie como um dos caminhos possíveis
para o ensino de História as correntes da Nova História Cultura e da Nova Esquerda
Inglesa, visto que ambas, possibilitarão aos alunos compreender as experiências e
os sentidos que os sujeitos dão as mesmas, é uma abordagem que combina a
micro–história com a macro-história. Para que de fato ocorra a articulação na
abordagem curricular de História, as Diretrizes Curriculares de História, colocam
como principio norteador a idéia de Consciência Histórica, pois esta é uma condição
para a existência do pensamento humano. Nessa perspectiva os sujeitos se
constituem a partir de suas relações sociais em qualquer local e período do processo
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histórico, ou seja, a Consciência Histórica é inerente à condição humana em toda a
sua diversidade. Ao optar pelas contribuições das correntes historiográficas da Nova
História Cultura e da Nova Esquerda Inglesa como referenciais teóricos objetiva-se
propiciar aos alunos a formação da Consciência Histórica, inclusive superando
também a idéia de História como algo dado como verdade absoluta.
OBJETIVOS Ao longo do Ensino Fundamental os alunos, gradativamente, devem
ter a oportunidade de ampliar a compreensão de sua realidade, especialmente
confrontando-a e relacionando-a com outras realidades históricas e assim, possam
fazer suas escolhas e estabelecer critérios para orientar suas ações. Nesse sentido
os alunos deverão ser capazes de:
� Identificar relações sociais no seu grupo de convívio, na comunidade e em
outras manifestações estabelecidas em outros tempos e espaços;
� Situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma multiplicidade de
tempos;
� Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento
interdisciplinar;
� Compreender que as histórias individuais são partes integrantes das histórias
coletivas;
� Conhecer e respeitar o modo de diferentes grupos, em diversos tempos e
espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais,
reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles, continuidades e
descontinuidades, conflitos e contradições sociais;
� Questionar sua realidade, identificando problemas e possíveis soluções,
conhecendo formas político-institucionais e organizações da sociedade civil
que possibilitem modos de atuação e participação efetiva;
� Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto,
aprendendo a observar e colher informações de diferentes paisagens e
registros escritos, iconográficos, sonoros e materiais;
� Valorizar o patrimônio sócio-cultural e respeitar a diversidade social,
considerando os critérios éticos;
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107
� Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos como
condições de efetivo fortalecimento da democracia, mantendo-se o respeito
às diferenças e a luta contra as desigualdades.
2.6.2 CONTEÚDOS
Os conteúdos estruturantes, para a disciplina de História no Ensino
Fundamental, são as relações de poder, as relações de trabalho e as relações
culturais dentro de um recorte que privilegie o estudo das relações humanas. As
ações e relações humanas constituem o processo histórico, o qual é dinâmico.
1) Relações de Trabalho
O trabalho expressa a relação que os seres humanos estabelecem
entre si e a natureza. Ao realizar as atividades de transformação de elementos da
natureza os homens se relacionam entre si. Essas relações de trabalho permitem
diversas formas de organização do mundo do trabalho.
Assim, o estudo de relações de trabalho deve contemplar diversos
tipos de fontes históricas. A Nova Esquerda Inglesa entende que a consciência de
classe dos sujeitos não se constrói somente entre a luta de classes, mas também
em conflitos intraclasse e nas relações interclasses, por meio de experiências vividas
pelos trabalhadores.
O estudo das relações de trabalho deve contemplar as esferas:
domestica, a pratica comunitária, as manifestações artísticas e intelectuais e a
participação do homem nas instancias de representações políticas, trabalhistas e
comunitárias; partindo de problemáticas do presente tais como: impactos ambientais,
movimentos sociais e culturais, desemprego, desigualdade social, fome, violência e
outros.
2) Relações de Poder
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108
As relações de poder se manifestam como relações sociais e
ideológicas estabelecidas entre aqueles que exercem o poder e aqueles que se
submetem.
A Nova Esquerda Inglesa analisa as relações de poder a partir da
valorização das condições materiais, das estruturas socioeconômicas das classes e
grupos sociais e dos movimentos coletivos, reintroduzindo a ideologia como
categoria analítica do discurso histórico.
O entendimento que as relações de poder são exercidas nas
diversas instancias sócio-históricas, como o mundo do trabalho, as políticas públicas
e as diversas instituições, permite ao aluno perceber que setas relações fazem parte
do seu cotidiano. Assim ele poderá identificar onde se localizam as arenas
decisórias, o porque da tomada de determinadas decisões e de que forma estas
decisões foram executadas, para que ele entenda como, quando e onde reagir.
3) Relações Culturais
O estudo das relações culturais deve considerar a especificidade de
cada sociedade e as relações entre elas. O processo histórico constituído na relação
entre as diversas sociedades é o que pode ser chamado de cultura comum.
Os historiadores da Nova Esquerda Inglesa repensaram o conceito
de cultura a partir de sujeitos históricos antes ignorados pela História Tradicional e
passaram a valorizar a “história vista de baixo”.
O uso de documentos antes desvalorizados pela historiografia
tradicional, tais como processos judiciais, interrogatórios, boletins de ocorrência,
canções populares, relatos de tradições orais, livros populares e outros permitem a
construção de narrativas históricas que incorporam olhares alternativos em relação
às ações dos sujeitos ao produzir e vivenciar o processo histórico de constituição da
humanidade.
Conteúdos Básicos
5ª SERIE – 6ºANO
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Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
� A experiência humana no tempo;
� Os sujeitos e suas relações com
o outro no tempo;
� As culturas locais e a cultura
comum.
6ª SERIE – 7ºANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
� As relações de propriedade;
� A constituição histórica do mundo
do campo e da cidade;
� As relações entre campo e
cidade;
� Conflitos e resistências e a
produção campo/cidade.
7ª SERIE – 8ºANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
� História das relações da
humanidade com o trabalho;
� O trabalho e a vida em
sociedade;
� O trabalho e as contradições da
modernidade;
� Os trabalhadores e a conquista
de direitos.
8ª SERIE – 9ºANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
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110
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
� A constituição das instituições
sociais;
� A formação do Estado;
� Sujeitos, guerras e revoluções.
2.6.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Os temas já “clássicos” do Ensino Fundamental são organizados de
forma cronológica, e, em diversos momentos, compara-se ocorrências de épocas e
sociedades diversas, destacando-se semelhanças e diferenças entre elas ou, então,
pontuando-se os aspectos comuns.
Pensando o ensino de história como meio para a construção da
consciência histórica, fazem-se necessárias, constantes retomadas do processo de
construção do conhecimento histórico, ou seja, compreender como o conhecimento
foi produzido pelo historiador e que sentidos os sujeitos conscientes ou não deram a
estas ações.
Para compreender melhor um acontecimento histórico há
necessidade de ampliar o universo de consultas, sempre levando em consideração,
que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o passado, que pode ser
complementada com novas pesquisas podendo ser validada ou refutada. Desta
forma o ensino possibilita aos alunos, valorizar e contribuir para a preservação
documentos e dos lugares de memória.
O ponto de partida do ensino é problematização. A problematização
e a orientação do professor devem conduzir o aluno à autonomia na busca do
conhecimento.
Os conhecimentos históricos tornam-se significativos para os
estudantes, como saber escolar e social, quando contribuem para que eles reflitam
sobre suas vivências e suas inserções históricas. Por este motivo, é importante levar
o aprendizado para o conhecimento dos costumes, valores e crenças em atitudes e
hábitos cotidianos e também, nas organizações da sociedade, também se faz
necessário conduzir para a identificação dos comportamentos, das visões de mundo,
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111
das formas de trabalho, das formas de comunicação, das tecnologias e das técnicas
em épocas datadas e ainda, para o reconhecimento de sentidos e significados para
os acontecimentos históricos e cotidianos que estão relacionados com a formação
dos indivíduos e com as possibilidades e limites construídos na consciência de
grupos e de classes sociais. Assim, o trabalho com diferenças e semelhanças, bem
como continuidades e descontinuidades, tem o objetivo de instigá-los à reflexão, a
compreensão e a participação no mundo social.
O trabalho com documentos pode envolver vários momentos
diferentes, que, associados, possibilitam uma apreensão de suas dimensões
históricas, instigando o questionamento e a confrontação de informações
divergentes presentes nos livros, jornais, revistas e na Internet. As visitas aos locais
são recursos didáticos favoráveis ao envolvimento dos alunos em situações de
estudo, estimulando o interesse e a participação. Propiciam contatos diretos com
documentos históricos, incentivando os estudantes a contribuírem com suas próprias
observações, interrogações, especulações, indagações, explicações e sínteses para
questões históricas. Nas visitas a museus e exposições é relevante considerar que
eles são espaços de preservação e divulgação da memória.
Os documentos são materialidades selecionadas, preservadas e
estudadas para perpetuar lembranças do passado, que salientem problemáticas
presentes. São suportes para o ato de recordar da sociedade. Para quem esta
começando a compreender o mundo, conhecer a diversidade de ambientes,
habitações, modos de vida, estilos de arte ou formas de organização de trabalho,
para compreender de modo mais critico sua própria realidade, época e espaço ao
seu entorno.
Os documentos são principal ponto de apoio para o processo de
ensino-aprendizagem. Nas suas materialidades, concretudes, formas, estéticas e
dimensões, eles indicam que existiram outros modos de viver, de fazer, de pensar,
de agir, de moldar, de criar e de representar o mundo, que pode ser lembrado ou
esquecido, negado ou transcendido.
Assim, privilegiam-se as seguintes situações didáticas:
� Pesquisas e consultas em fontes bibliográficas e documentos;
� Trabalhos interdisciplinares visando estimular a troca de informações;
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112
� Atividades com diferentes fontes de informações (livro, jornais, revistas,
filmes, fotografias, objetos e outros) confrontando dados e abordagens;
� Debates e questionamentos a fim de levantar hipóteses, valorizando idéias e
opiniões;
� Resumos orais ou em forma de texto, imagens, gráficos, linhas do tempo,
murais e exposições estimulando a criatividade expressiva;
� Exposições orais a partir de cartazes, quadro-negro, transparências e
PowerPoint.
2.6.4 AVALIAÇÃO
A avaliação deve servir à aprendizagem permeando o conjunto de
ações pedagógicas. Nesse contexto descartam-se as práticas avaliativas que
priorizam o caráter classificatório e autoritário, que não se ocupam dos conteúdos e
do seu tratamento conforme as concepções pedagógicas e que acabam por se
tornar um modelo excludente de escolarização e de sociedade. A escola publica tem
o compromisso de superar a exclusão para diminuir as desigualdades sociais,
trabalhando para uma sociedade mais justa e mais humana.
A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto o aluno
poderão rever suas práticas e identificar falhas no processo possibilitando a pratica
de outros encaminhamentos que visem à superação das dificuldades.
O dialogo entre os professores e os alunos quanto à função da
avaliação e os critérios adotados é imprescindível. Assim, o aprendizado e a
avaliação poderão ser compreendidos como um único fenômeno, que se dará de
modo continuo, processual e diversificado, permitindo uma analise critica das
práticas que poderão ser constantemente retomadas.
No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento
prévio, as hipóteses e os domínios dos alunos e relacioná-los com as mudanças que
ocorrem no processo de ensino-aprendizagem, identificando a apreensão de
conteúdos, noções, conceitos, procedimentos e atitudes como conquistas,
comparando o antes, o durante e o depois. A avaliação não deve mensurar
simplesmente fatos ou conceitos assimilados. Deve ter um caráter diagnostico a fim
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113
de avaliar mais o processo de ensino que o de aprendizagem, fazendo assim que
haja uma reflexão sobre as intervenções didáticas e outras possibilidades de
atuação para a efetiva aprendizagem.
Tendo como referencias os conteúdos de História que efetivamente
foram tratados em sala de aula e que são essenciais para o desenvolvimento da
consciência histórica, apresentam-se aqui alguns apontamentos a ser observados
pelo professor:
� Os conteúdos e conceitos estão sendo apropriados pelos alunos;
� O conceito de tempo foi construído de forma a permitir o estudo de diferentes
dimensões e contextos históricos;
� Os alunos empregam os conceitos históricos para analisar diferentes
contextos históricos;
� Os alunos compreendem a História como prática social, da qual são sujeitos;
� Os alunos analisam as diferentes conjunturas, a partir das dimensões
econômico-social, política e cultural;
� Os alunos compreendem que o conhecimento histórico é produzido com
base em um método e da problematização de diferentes fontes documentais;
� Os alunos respeitam as diversidades, a partir do conhecimento dos
processos históricos que os constituíram;
� Os alunos compreendem que a produção do conhecimento histórico pode
refutar, validar ou complementar a produção historiográfica existente.
A avaliação traduz o crescimento do aluno, que expressa como se
apropriou dos conteúdos, como resolveu as questões propostas, como reconstituiu
seu processo de concepção da realidade social, por isso, não pode ocorrer apenas
na fase final, mas durante o transcorrer de todas as atividades.
Levando em consideração o conteúdo trabalhado, a
Encaminhamentos Metodológicos utilizada e as diversas dimensões propostas na
problemática, a avaliação pode ser formal ou informal.
Na avaliação informal, o aluno escolhe o modo de expressão através
do qual, se sinta mais seguro para manifestar seu nível de aprendizagem. Na
avaliação formal podem-se propor verificações orais, debates, seminários, resumos,
elaboração de textos, redações, confecções de materiais como cartazes, maquetes
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114
ou objetos específicos; conforme o conteúdo, trabalhos, dramatizações, avaliações
escritas do tipo dissertativa, objetiva ou subjetiva; auto-avaliação e realização de
outras formas que expressem o grau de aprendizagem alcançado. No entanto, o
mais importante é que os critérios de avaliação sejam definidos previamente e que
qualquer que seja a modalidade escolhida de avaliação sempre deve possibilitar a
reelaboração e expressão do conteúdo aprendido, a isto se chama, recuperação
paralela dos conteúdos.
Qualquer que se seja a forma de avaliação ela deve possuir uma
coerência com os objetivos que se propôs para a construção de determinado
conhecimento, somente assim, poderá se chegar a uma forma de avaliação mais
próxima da ideal, onde o ponto mais significativo não passa pelo critério de
quantidade e sim, pelo critério de qualidade, valorizando as mínimas demonstrações
de crescimento e que se de alguma forma não forem atingidas, permitam a retomada
a fim de que a aprendizagem se efetive.
Critérios de Avaliação
� Utilizar-se do conhecimento prévio relacionando-o com o conteúdo;
� Situar temporal e cronologicamente os conhecimentos;
� Expor idéias com clareza oralmente e por escrito;
� Elaborar textos com coerência;
� Apropriar-se progressivamente do conteúdo ampliando seu conhecimento;
� Formular perguntas e comentar os assuntos trabalhados com autonomia;
� Contextualizar a transição das mentalidades, dos períodos e acontecimentos;
� Compreender a interação entre os movimentos culturais, sociais e
econômicos;
Instrumentos de Avaliação
� Avaliação escrita;
� Avaliação oral;
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115
� Atividades coletivas considerando o empenho individual;
� Atividades individuais;
� Observação em debates;
� Elaboração de relatório de pesquisas;
� Construção de murais temáticos;
� Produção de texto com críticas a filmes;
2.6.5 REFERÊNCIAS
SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo:
Scipione, 2004.
BURKE, Peter. O que é História Cultural? Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 14 ed. São Paulo:
Cortez, 2002.
DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTÓRIA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA –
Secretaria de Estado da Educação – Superintendência da Educação. Curitiba, 2006.
2.7 LINGUA PORTUGUESA
2.7.1 JUSTIFICATIVA
As novas propostas educacionais tem como objetivo contribuir para
a construção de uma “escola cidadã, menos burocrática, mais humanizada,
politizada, alegre e comprometida com os interesses e necessidades de toda a
comunidade escolar, através de propostas de trabalho que visam criar condições do
educando superar uma visão restrita do mundo, dele compreender a complexidade
da realidade, de aprimorar sua capacidade comunicativa e ampliar
significativamente, sua inserção no espaço em que vive. Elas devem privilegiar uma
atitude positiva, construtiva, criativa e crítica por parte do professor e do aluno.
Essa proposta pressupõe alterações nas relações tradicionais de
ensino-aprendizagem, ou seja, um ensino mais comprometido que exige maior
emprego das inteligências e não só da memorização; necessitando um planejamento
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116
que deixe muito claro para o professor e para o aluno o que, por que e como se vai
aprender. Dessa forma, necessitando que o professor conheça ou esteja interessado
em conhecer a realidade do aluno e a de suas redes de relações; exigindo que o
professor tenha um real interesse e afeto por aqueles que estão a seus cuidados
naquele determinado período, percebendo mais do que seus olhos podem ver:
janelas do raciocínio, do coração e das mais verdadeiras expressões dos seus
alunos querendo se abrir; instigando aos poucos que esse aluno seja mais
motivado, participativo e questionador.
Para isso se cumprir nos baseamos em uma frase de Paulo Freire:
“ninguém motiva ninguém, ninguém se motiva sozinho, os homens se motivam em
comunhão”. O educando certamente encontrará maior motivação para aprender a
partir do momento em que o processo educacional leve em consideração as suas
necessidades, interesses, afetividades, modo de ver , de viver a vida e de se
expressar, descartando todo tipo de discriminação e preconceito.
Passaram a ser trabalhados nas escolas em todas as disciplinas,
juntamente aos conteúdos tradicionais temas como a ética, pluralidade cultural, a
Agenda 21 (meio ambiente), a questão afro-descendente, etc. O objetivo é resgatar
a dignidade humana, a igualdade de direitos, a participação ativa na sociedade e a
co-responsabilidade pela vida social.
Diante da nova organização dos conteúdos no sistema educacional,
trabalhar esses assuntos é de suma importância, para ajudar na reflexão sobre a
busca de novos caminhos que visam a transformar a escola e a sociedade. Ele deve
ser estritamente vinculado aos conteúdos tradicionais da área, ou vivenciados em
momentos específicos e relacionado às diversas áreas de ensino.
Esses temas sinalizam mudanças na cultura, nos aspectos de ver e
sentir o mundo. Portanto, não representam apenas mais conteúdos a serem
trabalhados, mas a necessidade de uma preocupação constante em acompanhar a
formação de valores e padrões de conduta dos alunos, alertando-os para a
importância social que cada um deles possuem.
Esses assuntos poderão ser trabalhados a partir da seleção de bons
textos não só de Língua Portuguesa, mas de diferentes áreas, podendo ser feitas
associações com os conteúdos vistos normalmente.
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117
O trabalho com o tema afro-descendente implica o aprendizado da
vivência democrática em uma sociedade plural. Compreende a reflexão a respeito
das diferenças, seja de classe social, sexo, idade, grupo étnico, ou religião para que
se possa alcançar o respeito a todas as formas de manifestação do ser humano.
O estudo das manifestações culturais (locais e regionais) pode
favorecer a compreensão do processo histórico de uma sociedade. Esse estudo
poderá enfocar a diversidade que compõe o local por meio de levantamentos,
análise e valorização da contribuição das diversas heranças etno-culturais, como
mecanismo de resistência ante as políticas explícitas de homegeneização cultural da
população. Trata-se de valorizar a ação de grupos, comunidades e movimentos
como mediadores de ação do cidadão na sociedade e na constituição do Estado,
como se verifica na História. Enfim, trata-se de valorizar as diversas influências
que contribuirão para constituição da sociedade. Ao pressupormos o ser humano
como agente social e produtor de cultura estamos pressupondo um sujeito situado
no tempo e no espaço que interage na construção da história, compreendendo,
assim, a história em movimento. Esse movimento é mediado por diferentes
linguagens e expressões, que revelam traços de conhecimento, valores e tradições
de um povo, etnia de um determinado grupo social.
Já no estudo que se refere a Agenda 21, parte-se do princípio de
que o ser humano é elemento integrante do meio, e que as relações sociais,
econômicas e culturais fazem parte do ambiente, sendo, portanto, objeto da área
ambiental. Esse trabalho terá como objetivo apresentar o ambiente como uma
grande “teia na qual o ser humano representa um elemento”.
Os trabalhos não poderão ser avaliados em forma de nota, mas os
professores deverão observar no cotidiano o comportamento e as atitudes do aluno.
Deverá verificar se eles interagem com menos discriminação, se adotam postura de
defesa ao meio ambiente e de preservação da saúde, e se integram etnias e
gêneros e se refletem sobre os problemas da realidade atual.
O ensino da Língua Portuguesa tem por objetivo criar condições
para que o aluno desenvolva sua competência comunicativa, discursiva, sua
capacidade de utilizar a língua de modo variado e adequado ao contexto, as
diferentes situações e práticas sociais. Os objetivos a seguir fundamentarão todo o
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118
processo:
� empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a
cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas
nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
� desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por
meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus
objetivos, o assunto tratado, os gêneros, suportes textuais e o contexto de
produção/leitura;
� utilizar a linguagem para estruturar experiências e expor a realidade, fazendo
relações em várias áreas de conhecimento;
� reconhecer a importância da norma culta da língua, de maneira a propiciar
acesso aos recursos de expressão e compreensão de processos discursivos,
como condições para tornar o aluno capaz de enfrentar as contradições
sociais em que está inserido e para a afirmação de sua cidadania, como
sujeito singular e coletivo;
� compreender e fazer uso de informações contidos nos textos, reconstruindo-
o de forma crítica e coerente e relacionando-os ao seu conhecimento de
mundo e à sua realidade;
� refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e
tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua
organização;
� aprimorar pelo contato com os textos literários a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando
através da Literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a
expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da
escrita;
Estes objetivos e suas práticas supõem um processo longitudinal de
ensino e aprendizagem que, por meio da inserção e participação dos alunos nos
processos interativos com a língua oral e escrita, inicia-se a alfabetização que vai
fortalecendo-se no decorrer da vida acadêmica do aluno e não termina no período
escolar, mas estende-se por toda a sua vida.
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119
2.7.2 CONTEÚDOS
Os conteúdos estruturantes do ensino da Língua Portuguesa são:
� oralidade;
� leitura;
� produção textual e
� análise linguística.
5ª SÉRIE
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL: nesta série será focada a leitura e produção de
textos em torno de elementos básicos e práticos da realidade.
� Elementos do texto (título, assunto, tema);
� Significação das palavras, verbete de dicionário e de enciclopédias;
� Ordenação de palavras e produção de frases;
� Formato do texto (Início, meio e fim);
� Textos literários e sua estrutura: poemas, fábulas, contos de fadas, lendas
urbanas, lendas folclóricas e cordel;
� Textos lúdicos: adivinhas, piadas e anedotas;
� Textos gráfico-visual: história em quadrinhos, tiras e charge;
� Texto de imprensa e de mídia: classificados, anúncio, entrevista, anúncio
publicitário e campanha publicitária;
� Texto de correspondência: e-mails, linguagem da internet, SMS, cartas,
bilhete, convite, cartão-postal;
� Textos de experiências: histórias de família, experiências vividas, relato de
acontecimentos do cotidiano.
� Textos instrucionais: receitas, manuais de instrução, regras de jogos, bulas,
rótulos de embalagens, leis, etc...;
� Linguagem verbal e não-verbal;
� Textos argumentativos e de opinião sobre temas do cotidiano;
� Leitura de livros de contos variados e literatura infanto-juvenil.
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120
ANÁLISE LINGUÍSTICA: será focado aqui alguns elementos que melhorarão a
relação entre as palavras e a ortografia de palavras reforçando o que eles obtiveram
de conhecimento linguístico até então. Essa parte será abordada em conjunto com
as produções de texto para torná-las mais sólida.
� Fonemas (conceitos e classificações);
� Sílaba (Conceito e classificação quanto ao número de sílabas);
� Encontros consonantais (conceitos e sua classificação);
� Dígrafos;
� Ortografia;
� Pontuação;
� Substantivos (conceitos, classificações, gênero, número e grau);
� Adjetivos (conceito e classificação);
� Artigos (conceito e classificações);
� Numerais (conceito e classificações);
� Acentuação gráfica;
� Verbos;
� Concordância verbal e nominal- regra básica.
ORALIDADE: será focada a habilidade de uso dos diferentes discursos e de sua
adequada colocação.
� Variantes linguísticas;
� Reprodução de história oralmente;
� Adequação e utilização da linguagem oral;
� Gírias e outros recursos linguísticos próprios da oralidade.
6ª SÉRIE
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL: nesta série será focada a leitura e produção de
textos em torno de elementos básicos e práticos da realidade.
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121
� Textos literários: canções populares, peças de teatro, contos populares,
parábolas, poemas, fábulas, crônicas, provérbios;
� Textos lúdicos: adivinhas, piadas e anedotas;
� Textos gráfico-visual: história em quadrinhos, tiras e charge;
� Texto de imprensa: primeira página de um jornal, seções de um jornal, notícia;
� Textos de mídia: anúncios e campanhas publicitárias, propaganda televisiva e
jornal falado;
� Textos de divulgação científica: relatos de experiências científicas, reportagens,
capa de livros, orelha de livros, etc...;
� Textos de correspondência: telegrama, relato de viagens em cartão-postal,
declaração, atestado, etc...;
� Textos de opinião: carta de reclamação, editorial, carta de solicitação, etc...
� Produção de um livro de fábulas ou de outro tipo de texto curto.
ANÁLISE LINGUÍSTICA: será focado aqui alguns elementos que melhorarão a
relação entre as palavras e a ortografia de palavras reforçando o que eles obtiveram
de conhecimento linguístico até então. Essa parte será abordada em conjunto com
as produções de texto para torná-las mais sólida.
� Sujeito (conceito e classificações);
� Acentuaçãográfica;
� Ortografia;
� Pontuação;
� Adjetivos (conceito e classificação);
� Pronomes (conceito e classificações);
� Preposições (conceito / tipos /contração);
� Uso da crase (Principais regras);
� Construção de períodos (sujeito, predicado, objetos);
� Interjeições (conceito e classificações);
� Verbos (conceito, tempo, modo, terminações);
� Advérbios (conceito e classificações);
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122
� Elementos de coesão e reconstrução de paragráfos;
� Modo Imperativo;
� Parônimos e Homônimos.
ORALIDADE: será focada a habilidade de uso dos diferentes discursos e de sua
adequada colocação.
� Variantes linguísticas;
� Reprodução de história oralmente;
� Adequação e utilização da linguagem oral;
� Gírias e outros recursos linguísticos próprios da oralidade;
� Tipos de comunicação não-verbal;
� Síntese de textos oralmente; etc...
7ª SÉRIE
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL: nesta série será focada a leitura e produção de
textos em torno de elementos básicos e práticos da realidade.
� Textos narrativos, descritivos e dissertativos;
� Textos literários: dramático, novela, ópera;
� Textos lúdicos: filmes, curta-metragem, humor no texto teatral, charges, etc;
� Textos de narrativa gráfico-visual: haikai, poemas, acrósticos, jogral;
� Textos de imprensa: notícia, reportagem, serviço de informações dos jornais,
sinopse;
� Textos de correspondência: correspondência comercial, procuração, ofício, ata,
memorando;
� Textos do cotidiano: diário íntimo, ensaio biográfico;
� Textos argumentativos: resenha crítica, editorial, carta ao leitor;
� Texto literário e não-literário.
ANÁLISE LINGUÍSTICA: será focado aqui alguns elementos que melhorarão a
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123
relação entre as palavras e a ortografia de palavras reforçando o que eles obtiveram
de conhecimento linguístico até então. Essa parte será abordada em conjunto com
as produções de texto para torná-las mais sólida.
� Palavras homônimas e parônimas;
� Frase, período e oração;
� Discurso direto e indireto;
� Aposto e vocativo;
� Sujeito e predicado;
� Advérbios e locuções adverbiais;
� Verbos e vozes verbais;
� Acentuação gráfica, pontuação e ortografia;
� Verbos transitivos e intransitivos;
� Objeto direto e indireto;
� Verbo de ligação e predicativo do sujeito;
� Adjunto adverbial e adnominal;
� Complemento nominal e verbal;
� Período composto por coordenação.
ORALIDADE: será focada a habilidade de uso dos diferentes discursos e de sua
adequada colocação.
� Variantes linguísticas;
� Reprodução de história oralmente;
� Adequação e utilização da linguagem oral;
� Gírias e outros recursos linguísticos próprios da oralidade;
� Tipos de comunicação não-verbal;
� Síntese de textos oralmente; etc;
� Representação de textos teatrais.
8ª SÉRIE
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL: nesta série será focada a leitura e produção de
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124
textos em torno de elementos básicos e práticos da realidade.
� Textos literários: crônica, contos, romancese poemas;
� Textos lúdicos: piadas, causos, anedotas, paródias;
� Textos de narrativa gráfico-visual: gráficos, propaganda, foto, história em
quadrinhos;
� Texto de imprensa: resenha, carta ao leitor, charge, editorial, entrevista;
� Textos de mídia: notícia, reportagem, depoimentos radiofônicos ou
televisivos; porgrama de TV ou de rádio;
� Textos de divulgação científica: exposição, debate e pesquisa;
� Textos de correspondência: solicitações, circulares, avisos, e-mail, etc;
� Textos argumentativos: requerimento, discurso de defesa (debate em
audiência, por exemplo);
� Textos instrucionais: formulários e roteiros;
� Clareza, coesão e coerência.
ANÁLISE LINGUÍSTICA: será focado aqui alguns elementos que melhorarão a
relação entre as palavras e a ortografia de palavras reforçando o que eles obtiveram
de conhecimento linguístico até então. Essa parte será abordada em conjunto com
as produções de texto para torná-las mais sólida.
� Estudo do poema (interpretação, temas, estrutura);
� Acentuação gráfica (principais regras);
� Fonética (O que é, diferente de letra e fonema, sílabas e palavras,
� frases e orações);
� Palavras homônimas e parônimas ( O que é, exemplos);
� Preposições (O que é, preposições essenciais, contração de
� preposições);
� Uso da crase (principais regras);
� Verbos;
� Concordância verbal e nominal (Principais regras);
� Regência verbal e nominal;
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125
� Conjunções (conceito e classificações);
� Períodos compostos por coordenação e subordinação;
� Iniciação a análise sintática;
� Figuras de linguagem (conceito e classificações);
� Vícios de linguagem;
� Colocação pronominal;
� Elementos da estrutura da palavra: radical, vogal temática, desinência, etc..;
� Prefixos e sufixos;
� Radicais gregos e latinos;
� Uso do hífen;
� Pronomes relativos e conjunções subordinadas e coordenadas.
ORALIDADE: será focada a habilidade de uso dos diferentes discursos e de sua
adequada colocação.
� Variantes linguísticas;
� Reprodução de história oralmente;
� Adequação e utilização da linguagem oral;
� Gírias e outros recursos linguísticos próprios da oralidade;
� Tipos de comunicação não-verbal;
� Síntese de textos oralmente; etc;
� Representação de textos teatrais.
2.7.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A educação consiste em conduzir a pessoa para seu pleno
desenvolvimento como ser, em preparar o indivíduo para a vida adulta, visando à
sua realização futura. É tarefa do educador levar o educando de seu estado de
experiência para uma posição que o habilite a resolver seus problemas e a viver
adequadamente. Toda educação, por isso, está voltada para o futuro, para as
eventualidades que cada um precisa enfrentar.
A sala de aula é considerada um verdadeiro laboratório, onde muitas
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126
coisas podem acontecer. É preciso que o professor ao planejar o seu trabalho, ao
executar o que planejou e, ao analisar a prática sempre procure reformulá-la e
melhorar a sua prática pedagógica sempre que for preciso, pois “o novo não nasce
do nada, o ensino é um eterno processo de refazer o feito, de transformar o dado, de
mudar a partir do existente, de entender a apreender o que até então não havia sido
apreendido. Essa atitude poderia possibilitar ao educador a verificação de sua
prática e a análise dos problemas que ocorrem na relação pedagógica e avaliar os
objetivos propostos se estão sendo atingidos.
A seleção de conteúdos deve levar em conta o aluno como sujeito
de um processo histórico, social, detentor de um repertório lingüístico que precisa
ser considerado na busca da ampliação de sua competência comunicativa.
A prática da oralidade (habilidade de falar e ouvir) deve ser
trabalhada através de:
� Apresentação de temas variados: histórias de família, filmes, livros, etc;
� Depoimentos sobres situações vivenciadas pelo próprio aluno ou pessoas
de seu convívio;
� Uso do discurso oral para emitir opinião, justificar ou defender opções
tomadas, colher e dar informações, apresentar resumos, dar avisos, fazer
convites, etc;
� Relato de acontecimentos, mantendo a unidade temática;
� Debates, seminários e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento
da argumentação;
� Transmissão de informações;
� Troca de opiniões;
� Contação de histórias;
� Declamação de poemas;
� Representação teatral;
� Relatos de experiências;
� Confronto entre a fala e a escrita, de modo a constatar suas similaridades e
diferenças.
Além disso, pode-se analisar a linguagem em uso:
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127
� Em programas televisivos, como jornais, novelas, propagandas;
� Em programas radiofônicos;
� No discurso do poder em suas instâncias;
� No discurso público;
� No discurso privado, enfim, nas mais diversas realizações do discurso oral.
A prática da leitura deverá ser trabalhada através de:
� Leitura de livros dos mais variados gêneros onde os alunos possam folhear,
selecionar as histórias que queiram ler, proporcionando um ambiente
iluminado e atrativo;
� Organizar exposições de histórias criadas pelos próprios alunos em forma
de livros;
� Ler trechos de obras e produzir cartazes expondo-os na sala da parte mais
interessante da história;
� Leitura oral de poemas, histórias prediletas;
� Produzir coletivamente peças de teatros dos mais variados assuntos e
dramatizações sobre textos lidos;
� Organizar um clube do livro para que os alunos se reunam para realização
de leituras extra-classe,
� Escolher um autor a cada mês ou bimestre e trabalhar a leitura de sua obra;
� Despertar o hábito regular de leitura: 15 min de leitura livre e silenciosa,
todos os dias na sala de aula;
A prática da escrita deverá ser trabalhada através de:
� Produção de textos dos mais variados gêneros desde relatos (histórias de
vida), bilhetes, cartas, cartazes, avisos, poemas contos e crônicas, relatórios,
resumos, notícias, editoriais, resumos de artigos jornalísticos;
� Analisar e identificar em textos aspectos gramaticais trabalhados
teoricamente;
� Trabalhar a gramática através de exercícios diferenciados como cruzadas,
diagramas, bingos, atividades como estas despertam o interesse e o gosto
do aluno pela disciplina.
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128
2.7.4 AVALIAÇÃO
A avaliação precisa ser entendida como um instrumento de
compreensão do nível de aprendizagem do aluno em relação aos conceitos
estudados, as habilidades desenvolvidas. Ação que necessita ser contínua, pois o
processo de construção de conhecimentos dará muitos subsídios ao educador para
perceber os avanços e dificuldades dos educandos e, assim, rever a sua prática e
redirecionar as suas ações se for preciso.
É importante valorizar o conhecimento internalizado do aluno
partindo das suas próprias experiências, construindo assim os conhecimentos
científicos.
Para que o processo ensino-aprendizagem tenha êxito pleno faz- se
necessário a melhoria da qualidade de ensino.
Os critérios de avaliação quanto à prática da leitura se dará
observando:
� O avanço do aluno no seu contato espontâneo com a leitura de texto, ou
seja, o interesse pelo contato com variados tipos de textos dentro e fora da
sala de aula.
� A habilidade de reconhecer no texto o conjunto de palavras chaves (assunto,
tema);
� A habilidade de predizer o conteúdo das leituras baseando-se em seus
próprios conhecimentos ou esquemas cognitivos, isto é, habilidade de
formular, confirmar ou rejeitar hipótese referente a leitura.
� O reconhecimento das finalidades de cada texto: informar, divertir,
convencer , emocionar, etc.
� A habilidade de perceber as idéias mais importantes de um texto.
� Saber sintetizar, parafrasear, por os fatos em sequência, observando as
relações;
� Instigar a curiosidade do aluno em relação ao tema;
� Analisar os recursos vocabulares, semânticos, morfossintáticos e
estilísticos empregados no texto e compreender seu funcionamento;
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129
Quanto a escrita será observado o avanço do aluno em relação ao:
� Adequação ao tema;
� Organização da estrutura textual – mudança de parágrafos, sequenciação
de idéias, coesão, clareza, etc;
� Pertinências das idéias, informações, argumentos, etc;
� A habilidade de produzir trabalhos escritos cuja estrutura e organização
(ordenação das idéias, clareza, coerência e coesão) permitam
considerá-los como textos;
� Os avanços gradativamente do aluno ao domínio da norma culta;
� O uso correto de conjunções, advérbios, preposições e outros elementos
mórficos;
� Emprego correto da concordância verbal e nominal em seus escritos.
2.7.5 REFERÊNCIAS
POSSENTI, Sírio. Por que não ensinar gramática. 4 ed. Campinas: Mercado das
letras, 1996.
OLIVEIRA, Tânia. Tecendo textos; ensino de língua portuguesa através de projetos.
1a ed. São Paulo: IBEP, 1999.
DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA O ENSINO
FUNDAMENTAL: Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação
– Versão Preliminar. Julho, 2006.
SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. São paulo: Contexto, 2002.
CEREJA, Willian Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: Linguagens.
( 5a a 8a Séries ). 2 ed. São Paulo: Atual, 2002.
2.8 MATEMÁTICA
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130
2.8.1 JUSTIFICATIVA
Segundo as DCE’
Nestas Diretrizes Curriculares é necessário
compreender a Matemática desde sua origens até
sua constituição como campo científico e como
disciplina no currículo escolar brasileiro para
ampliar a discussão acerca dessas duas
dimensões.
A História da Matemática, constitui um dos capítulos mais
interessantes do conhecimento. Permite compreender a origem das idéias que
deram forma à nossa cultura e observar também os aspectos humanos do seu
desenvolvimento: enxergar os homens que criaram essas idéias e estudar as
circunstâncias em que elas se desenvolveram. Assim, esta história é um valioso
instrumento para o ensino/aprendizado da própria matemática.
Podemos entender porque cada conceito foi introduzido nesta
ciência e porque, no fundo, ele sempre era algo natural no seu momento.
Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros
conhecimentos que vieram compor a Matemática conhecida hoje. Há menções
na história da Matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a.C.,
acumulavam registros do que hoje podem ser classificados como álgebra elementar.
Foram os primeiros registros da humanidade a respeito de ideias que se originaram
das configurações físicas e geométricas, da comparação das formas, tamanhos e
quantidades.( Diretrizes Curriculares da Educação Básica).
A matemática é a ciência dos números e dos cálculos. Desde a
antiguidade, o homem utiliza a matemática para facilitar a vida e organizar a
sociedade. A matemática foi usada pelos egípcios nas construção de pirâmides,
diques, canais de irrigação e estudos de astronomia. Os gregos antigos também
desenvolveram vários conceitos matemáticos. Atualmente, esta ciência está
presente em várias áreas da sociedade como, por exemplo, arquitetura, informática,
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131
medicina, física, química etc. Podemos dizer que em tudo que olhamos existe a
matemática.
A matemática é considerada uma criação humana, nesta
perspectiva os objetos matemáticos são construções sócio-histórico-culturais
desenvolvidas por métodos específicos de pensamento que contribuíram de
forma particular para o desenvolvimento da sociedade.Atualmente, no campo da
Educação Matemática, as discussões e investigações quanto a práticas
pedagógicas indicam a necessidade de superação da visão fragmentada e a
histórica da matemática. A partir de certas Encaminhamentos Metodológicoss
pode-se propiciar uma formação mais ampla do aluno, observando-se os
aspectos lógicos, históricos e culturais das produções matemáticas. Pretende-se
um ensino de matemática que permita reflexões, análises, investigações e
generalizações, de forma a desenvolver um cidadão criativo, crítico e responsável
socialmente.Todo o conhecimento humano produzido é fruto de um processo
derivado das interações do homem com o meio em que vive. Este
desenvolvimento lento e progressivo se deve, inicialmente, às necessidades de
sobrevivência do homem e, posteriormente, à busca da compreensão do
mundo que o cerca e à procura da essência de “ser” humano em sua ânsia de
libertação. A matemática é uma atividade humana, presume a razão, conceitos
são construídos ou desfeitos nas tentativas de solução das situações problema
oriundas do mundo perceptível aos sentidos ou de reflexões teóricas relativas
a modelos matemáticos obtidos por meio de generalizações das observações
e hipóteses. A abstração é a característica principal da matemática e, um dos
principais objetivos do ensino de matemática é a formação de conceitos decorrentes
de representações simbólicas que compõem uma linguagem específica. A
História da Matemática é um campo do conhecimento que permite ao
professor de Matemática a (re)elaboração de sua concepção referente a esta
disciplina e a organização de abordagens pedagógicas que podem contribuir
no processo de ensino e aprendizagem. O conhecimento da história da matemática
permite a compreensão da matemática como uma construção humana, com
influências sociais e culturais. Decorrente disso se verifica a desmistificação da
matemática muitas vezes vista como um produto histórico, fruto de uma estrutura
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132
lógica rígida.
A reconstrução didática do desenvolvimento histórico de certos
tópicos de matemática possibilita tanto a professores quanto a alunos conhecer
as dificuldades inerentes ao processo de construção do conhecimento
matemático assim como a apreciação da natureza da atividade matemática.
História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena
Este trabalho tem como intuito promover o reconhecimento da
identidade, da história e da cultura da população negra paranaense, assegurando a
igualdade e valorização das raízes africanas ao lado das indígenas, européias e
asiáticas a partir do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
Conforme a LEI Nº. 10.639/03 de 09 de janeiro de 2003
• Art. 1º A Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar
acrescida dos seguintes arts. 26-A, 79-A e 79-B:
• Art. 26 – A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e
particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro- Brasileira.
§ 1º O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo
incluirá o estudo de História da África e dos Africanos, a luta dos
negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação
da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro
nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do
Brasil.
§ 2º Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira
serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em
especial nas áreas de educação Artística e de Literatura e História
Brasileiras.
§3º VETADO
• Art. 79-A VETADO
• Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como “Dia
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133
Nacional da Consciência Negra”.
• Art.2º esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 9 de janeiro de 2003; 182º da Independência e 115º da República.
Lei nº 11.645
Art. 1º
O art. 26-A da Lei nº9.394, da LEI Nº 11.645, DE 10/03/2008 e 20/12/1996,
passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 26-A
Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio,
públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-
brasileira e indígena.
§ 1º
O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos
aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população
brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da
África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura
negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional,
resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes
à história do Brasil.
§ 2º
Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos
indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar,
em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.
OS DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
Algumas análises das proposições das escolas nos planos de ação,
elaborados por estas no início de 2008, nos remetem a traçar um rápido
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134
diagnóstico das possíveis incompreensões históricas, as quais envolvem a escola
no âmbito de sua função social e neste sentido do próprio currículo.
É preciso destacar que a forma como a escola concebe sua
função social, a organização curricular, a gestão escolar e seu próprio Projeto
Político-pedagógico pode, em alguma medida, estar circunstanciado pelo
conjunto das reformas educacionais situadas no contexto político, econômico e
social. Em especial podemos, para efeito desta análise, contextualizar os
condicionantes sobre a escola a partir do conjunto das políticas educacionais
situadas a partir da década de 90.
Educação Ambiental
O trabalho desenvolvido com a questão ambiental, visa
implementar a Lei 9795/99 e promover o desenvolvimento da Educação Ambiental
em um processo permanente de formação e de busca de informação voltada para a
preservação do equilíbrio ambiental, para a qualidade de vida e para a compreensão
das relações entre o homem e o meio bio-físico, bem como para os problemas
relacionados a estes fatores.
Para concretizar esse intento, os educadores necessitam de
subsídios para que, a partir de uma compreensão crítica e histórica das questões
relacionadas ao meio ambiente, possam por meio do tratamento pedagógico e
orientados pelas Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do
Estado do Paraná, construir a identidade da Educação Ambiental na escola pública.
Enfrentamento à Violência na escola
Ao trabalhar esse desafio, buscar-se-á a ampliação da
compreensão e formar uma consciência crítica sobre a violência e, assim,
transformar a escola em espaço onde o conhecimento toma o lugar da força.
O Enfrentamento à Violência na Escola requer formação continuada dos
profissionais da educação sobre as causas da violência e suas manifestações, bem
como a produção de material de apoio didático.
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135
Educação Fiscal
Esse programa visa despertar a consciência dos estudantes sobre
direitos e deveres em relação ao valor social dos tributos e do controle social do
estado democrático. A dinâmica de arrecadação de recursos pelo Estado e o papel
dos cidadãos no acompanhamento da arrecadação e de sua aplicação em
benefícios da sociedade são questões a serem tratadas e desenvolvidas. A
abordagem pedagógica desses assuntos a partir dos conteúdos historicamente
acumulados.
Prevenção ao uso indevido de Drogas
A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas é um trabalho desafiador,
que requer tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de
pesquisa, desprovido de valores e crenças pessoais.Por meio da busca do
conhecimento, educadores e educandos são instigados a conhecer a legislação que
reporta direta ou indiretamente a esse desafio educacional contemporâneo, bem
como a debater assuntos presentes em nosso cotidiano como: drogadição,
vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao usuário de drogas, narcotráfico,
violência, influência da mídia, entre outros.
Sexualidade
A Sexualidade, entendida como uma construção social, histórica e
cultural, precisa ser discutida na escola – espaço privilegiado para o tratamento
pedagógico desse desafio educacional contemporâneo.
O trabalho educativo com a Sexualidade, por meio dos conteúdos elencados nas
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná,
deve considerar os referenciais de gênero, diversidade sexual, classe e raça/etnia.
- OBJETIVOS
O Ensino de Matemática no Ensino Médio se dá através da
produção do conhecimento matemático, a partir de necessidades concretas entre as
relações sociais e culturais, desenvolvendo conceitos fundamentais e conceitos
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136
matemáticos que lhes proporcionem uma melhor compreensão de sua realidade e
da realidade do outro, baseando-se na relação entre o conhecimento historicamente
produzido e a lógica de sua elaboração. Nesse sentido os alunos deverão ser
capazes de:
� Compreender os conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas que
permitam a ele desenvolver estudos posteriores e adquirir uma formação
científica geral;
� Aplicar seus conhecimentos matemáticos a situações diversas, utilizando-
os na interpretação da ciência, na atividade tecnológica e nas atividades
cotidianas;
� Analisar e valorizar informações provenientes de diferentes fontes,
utilizando ferramentas matemáticas para formar uma opinião própria que
lhe permita expressar-se criticamente sobre problemas da Matemática,
das outras áreas do conhecimento e da atualidade;
� Desenvolver as capacidades de raciocínio e resolução de problemas, de
comunicação, bem como o espírito crítico e criativo;
� Utilizar com confiança procedimentos de resolução de problemas para
desenvolver a compreensão dos conceitos matemáticos;
� Expressar-se oral, escrita e graficamente em situações matemáticas e
valorizar a precisão da linguagem e as demonstrações em Matemática;
� Estabelecer conexões entre diferentes temas matemáticos e entre esses
temas e o conhecimento de outras áreas do currículo;
� Reconhecer representações equivalentes de um mesmo conceito,
relacionando procedimentos associados às diferentes representações;
� Promover a realização pessoal mediante o sentimento de segurança em
relação às suas capacidades matemáticas, o desenvolvimento de atitudes
de autonomia e cooperação.
3.4.2 CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
-Números Reais;
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137
Números e Álgebra Grandezas e Medidas Funções Geometrias Tratamento de Informação
-Números Complexos;
-Sistema lineares;
-Matrizes e Determinantes;
-Polinômios;
-Equações e inequações -Exponenciais,
Logarítmicas e -Modulares.
-Medidas de Áreas;
-Medidas de Volume;
-Medidas de Grandezas Vetoriais;
-Medidas de Informáticas;
-Medidas de Energias;
-Trigonometria.
-Função Afim;
-Função Quadrática;
-Função Polinomial;
-Função Exponencial;
-Função Logarítmica;
-Função Trigonométrica;
-Função Modular;
-Progressão Aritmética;
-Progressão Geométrica.
-Geometria Plana;
-Geometria Espacial;
-Geometria Analítica;
-Geometria não-euclidiana.
-Análise Combinatória;
-Binômio de Newton;
-Estudo das Probabilidades;
-Estatística;
-Matemática Financeira.
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138
2.8.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Segundo as DCE’s
As discussões entre estudiosos matemáticos do início do século XX procuravam trazer para a educação escolar um ensino da Matemática diferente daquele proveniente das engenharias que prescrevia métodos puramente sintéticos, pautados no rigor das demonstrações. Surgiram, então, proposições para um ensino baseado nas explorações indutivas e intuitivas, o que configurou o campo de estudo da Educação Matemática (SCHUBRING, 2003).
Nas Diretrizes assume-se a Educação Matemática como
campo de estudos que possibilita ao professor balizar sua ação docente,
fundamentado numa ação crítica que conceba a Matemática como atividade humana
em construção.
Pela Educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos
estudantes análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e
formulação de ideias.
É necessário que o processo pedagógico em Matemática
contribua para que o estudante tenha condições de constatar regularidades,
generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e
interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas do conhecimento.
Os conteúdos básicos deverão ser abordados de forma articulada,
que possibilitem uma intercomunicação e complementação dos conceitos
pertinentes à disciplina de Matemática. As tendências metodológicas apontadas nas
Diretrizes Curriculares da Matemática sugerem encaminhamentos metodológicos e
servem de aporte teórico para as abordagens dos conteúdos propostos neste nível
de ensino, numa perspectiva de valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer
sejam adquiridos em séries anteriores ou de forma intuitiva. Estes conhecimentos e
experiências provenientes das vivências dos alunos deverão ser aprofundados e
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139
sistematizados, ampliando-os e generalizando-os. É importante a utilização de
recursos didáticos- pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de
aprendizagem.
Construção do conhecimento, a partir da vivencia e linguagem do
aluno, procurando utilizar uma linguagem clara, para que o aluno atenda, entenda e
possa a desenvolver na prática.
Porém, o professor não pode ficar apenas na perspectiva do dia – a
- dia perdendo o caráter cientifico da disciplina e o conteúdo matemático.
Um dos objetivos da disciplina de Matemática é transpor para a
pratica docente o objetivo construído historicamente. É possível identificar alguns
campos do conhecimento denominados conteúdos estruturantes, que são os
conhecimentos de grande amplitude, os conceitos e as práticas que identificam
e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados
fundamentais para a sua compreensão. Constituem-se historicamente e são
legitimados nas relações sociais.
Os conteúdos estruturantes, ou seja, os saberes que identificam e
organizam os campos de estudo do ensino da Matemática, considerados básicos e
fundamentais para a compreensão de seu objeto de ensino, constituem-se
historicamente e são legitimados socialmente. Estes conteúdos abordados são:
Números e Álgebra, Geometrias, Funções e Tratamento da Informação.
Os conteúdos ao serem abordados em nossa prática docente,
evocam além dos conteúdos estruturantes, os conteúdos específicos, dando
prioridade as relações e interdependências, enriquecendo o processo ensino-
aprendizagem em Matemática. A articulação que ocorre entre conteúdos -
estruturantes e específicos - é realizada na medida em que os conceitos são
tratados em diferentes momentos históricos e, as situações de aprendizagem podem
e devem ser retomadas e aprofundadas, sempre que necessário.
Entretanto, devemos induzir o aluno ao espírito questionador,
discutindo questões relativas sobre a utilidade da matemática, destacando que as
situações de aprendizagem precisam estar centradas na construção de significados,
na elaboração de estratégias e na resolução de problemas, em que o mesmo
desenvolve processos como a intuição, a analogia, a indução e a dedução.
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140
A teoria é distribuída de modo equilibrado, os temas são abordados
por meio de uma linguagem simples, mas precisa, estabelecendo um diálogo com o
aluno, permitindo que ele progrida sem dificuldades. Sempre que necessário, são
retomados assuntos que fazem parte do conhecimento prévio dos alunos e
relacionando-os à prática cotidiana, com o intuito de atrair-lhe a atenção e o
interesse.
Os Conteúdos Básicos de Matemática no Ensino Médio, deverão ser
abordados articuladamente, contemplando os conteúdos ministrados no ensino
fundamental e também através da intercomunicação dos Conteúdos Estruturantes.
As tendências metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares
de Matemática sugerem encaminhamentos metodológicos e servem de aporte
teórico para as abordagens dos conteúdos propostos neste nível de ensino, visando
desenvolver os conhecimentos matemáticos a partir do processo dialético que possa
intervir como instrumento eficaz na aprendizagem das propriedades e relações
matemáticas, bem como as diferentes representações e conversões através da
linguagem e operações simbólicas, formais e técnicas. É importante a utilização de
recursos didático-pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem.
Os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo
professor objetivam garantir ao aluno o avanço em estudos posteriores, na aplicação
dos conhecimentos matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas, das
ciências e da própria ciência matemática.
Em relações ás abordagens, destacam-se análise e interpretação
crítica para resolução de problemas, não somente pertinentes à ciência matemática,
mas como nas demais ciências que, em determinados momentos, fazem uso da
matemática.
Enfim, deve-se criar situações que convidem os alunos a
analisarem, discutirem, proporcionarem, explorarem, investigarem e resolverem
problemas matemáticos diversos. Os problemas devem ser apresentados aos alunos
do ensino médio por meio de situações diversificadas, uso de materiais
manipuláveis, os jogos, os desafios, o uso de recursos tecnológicos, etc.
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141
2.8.4 AVALIAÇÃO
De acordo com as Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, a
avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do
processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da
prática pedagógica, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem do aluno.
No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos
professores. Tem por objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a serem
tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor e aluno e se
concretiza de acordo com o que se estabelece no Projeto Político Pedagógico, na
Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente.
A avaliação deve contribuir para a compreensão das dificuldades
de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que
essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da
comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço
onde os alunos estão inseridos.
Nas salas de aula, o professor é quem compreende a avaliação
e a executa como um projeto intencional e planejado, que deve contemplar a
expressão de conhecimento do aluno como referência uma aprendizagem
continuada.
No Plano de Trabalho Docente, ao definir os conteúdos
específicos trabalhados naquele período de tempo, já se definem os critérios,
estratégias e instrumentos de avaliação. Critérios de avaliação definem os
propósitos e a dimensão do que se avalia. Para cada conteúdo precisa-se ter
claro o que dentro dele se deseja ensinar, desenvolver e, portanto, avaliar.
Os critérios refletem o que vai se avaliar e são estabelecidos em função dos
conteúdos.
Os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos
de acordo com as possibilidades teórico-metodológicas que devem avaliar a
capacidade e a qualidade argumentativa, a realização de um debate ou a produção
de um texto serão mais adequados do que uma prova objetiva, A avaliação deve dar
informações sobre o conhecimento e compreensão de conceitos e procedimentos; a
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142
capacidade para aplicá-los na resolução de problemas do cotidiano de forma
permanente vindo a ser diagnosticada por meio dos instrumentos de: avaliação
escrita, avaliação oral, atividades em equipe considerando o empenho individual do
aluno, atividades individuais, construção de tabelas e gráficos, pesquisas, debates,
busca de resoluções de situações problemas envolvendo trabalhos práticos em sala
e fora dela, portanto, a avaliação é um processo de ação contínua dos alunos, tais
como: memorização, observação, percepção, descrição, argumentação, análise
crítica, interpretação, criatividade, formulação de hipóteses, entre outros. Uma
atividade avaliativa representa somente, um determinado momento e não todo
processo de ensino-aprendizagem e a recuperação de estudos devera acontecer a
partir de uma lógica simples: os conteúdos selecionados para o ensino são
importantes para a formação do aluno, o esforço de retomar, de voltar ao
conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a
possibilidade de aprendizagem de recuperação de conteúdo.
2.8.5 REFERÊNCIAS
� Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias/ Secretaria de
Educação Básica. - Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação
Básica, 2006 (Orientações curriculares para o ensino médio; volume 2)
� Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do
Paraná. Matemática.
� FILHO, Benigno Barreto. Matemática. São Paulo: FTD.
� GIOVANNI, José Ruy. Matemática fundamental. São Paulo, FTD.
� LONGEN, Adilson. Matemática: uma atividade humana, ensino médio.
Curitiba: Base Editora, 2003.
2.9 LEM-INGLÊS
2.9.1 JUSTIFICATIVA
A LEM apresenta-se como um espaço para ampliar o contato com
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143
outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos de construção
da realidade, possibilitando maneiras diferentes de produzir sentidos e de se
perceber o mundo. Tal concepção da língua tem implicações diretas para o ensino
da LEM, evidentemente. Ela confere aos professores de línguas uma importância e
uma responsabilidade imensa: ensinar línguas é também ensinar e aprender
percepções de mundo, é maneira de construir sentidos, é formar subjetividades,
independentemente do grau de proficiência atingida. Ao ensinar uma LEM, não se
ensina simplesmente um código linguístico transparente e neutro, dissociado dos
processos de construção de identidades, dos contextos envolvidos na interação.
Ensina-se a perceber possibilidades de construção de significados, a elaborar
procedimentos interpretativos e a construir sentidos do e no mundo.
O primeiro contato dos alunos com a Língua Estrangeira é no Ensino
Fundamental, período este em que, de modo geral, enfrentam conflitos
representados por transformações significativas relacionadas ao corpo e à
sexualidade, ao desenvolvimento cognitivo, as emoções, à afetividade, além dos
relacionamentos socioculturais. O ensino de uma Língua Estrangeira na escola tem
um papel importante, na medida em que permite aos alunos entrarem em contato
com outras culturas, com modos diferentes de ver e interpretar a realidade.
Na tentativa de facilitar a aprendizagem, no entanto, há uma
tendência a organizar os conteúdos de maneira excessivamente simplificada, em
torno de diálogos pouco significativos com os alunos ou de pequenos textos, muitas
vezes descontextualizados, seguidos de exploração de palavras e das estruturas
gramaticais, trabalhados através de exercícios de tradução, cópia, transformação e
repetição. Na verdade, o aluno deveria compreender as outras culturas podendo
atuar na realidade do mundo globalizado, no qual o conhecimento de uma língua
estrangeira moderna faz-se imprescindível.
Segundo o teórico Hymes (1972), desenvolver a competência
comunicativa faz a relação entre linguagem e as relações humanas, parte de todo
sistema cultural; com isso amplia o termo competência linguística postulado por
Chomsky (1965). Savignon (1972), por sua vez, destaca que a capacidade de
falar/aprender está condicionado a elementos tais como: léxico, sintático e até
mesmo a subjetividade do falante. Halliday (1973) completa que a língua passa a ser
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144
vista como um sistema de escolhas de acordo com o contexto de uso. De acordo
com a abordagem comunicativa, quando o professor deixa de ser o centro do
processo de ensino e passa à condição de mediador do processo de ensino e
aprendizagem, as atividades pedagógicas priorizarão a comunicação por meio de
jogos, simular situações do cotidiano através das dramatizações, ligados à prática
real da língua em questão, etc. O erro integra o processo de ensino/aprendizagem,
entendido como um estágio provisório de interlíngua, por meio do qual os alunos
podem testar as possibilidades de uso da língua em sua prática real e social.
OBJETIVOS:
Objetivo Geral:
O ensino de LEM tem como objetivo oportunizar aos alunos a ampliação
das possibilidades de ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e novas
maneiras de construir sentidos do e no mundo, considerando as relações que
podem ser estabelecidas entre a LEM e a inclusão social, o desenvolvimento da
consciência do papel das línguas na sociedade, o reconhecimento da diversidade
cultural.
Objetivos específicos
� Espera-se que os alunos tenham podido vivenciar formas de participação que
lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
� Despertar o interesse pela língua, para que ele seja capaz de usá-la em
situações de comunicação oral e escrita;
� Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, possíveis de transformação na prática social;
� Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
� Reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, constatando
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
2.9.3 CONTEÚDOS
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145
Os conteúdos estruturantes do Ensino Fundamental estarão
presentes em todos os anos do Ensino, sendo assim permeando todos os conteúdos
específicos no trabalho pedagógico.
Os conteúdos estruturantes constituem-se através da história, pois
são legitimados socialmente, os quais são provisórios e processuais. Para isso, ao
tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos
marcados por relações contextuais de poder, o conteúdo estruturante Discurso se dá
como prática social e a trata de forma dinâmica, tendo para isso a leitura, a oralidade
e a escrita.
Os alunos deverão perceber a interdiscursividade que permeia as
condições de produção dos diferentes discursos, das vozes que permeiam as
relações sociais e de poder; é preciso que os alunos tenham em mente os níveis de
organização lingüística (fonético-fonológico, léxico-semântico e de sintaxe) de forma
contextualizada e se sirvam desse uso na compreensão e na produção escrita, oral,
verbal e não-verbal.
Esse pressuposto de trabalho em aula deve partir de um texto com
uma única linguagem contextualizando seu uso, na qual a proposta de construção
de significados por meio de engajamento discursivo e não pela mera prática de
estruturas lingüísticas.
O estudo da LEM terá o foco na abordagem crítica de leitura, ênfase
no trabalho pedagógico e a interação ativa dos sujeitos com o discurso, de modo
que se torne capazes de comunicar-se em diferentes formas discursivas
apresentadas em diferentes tipos de texto.
Como é apresentando no DCE, os textos serão escolhidos de
acordo com a necessidade de cada série, levando em consideração as condições de
trabalho na escola, a articulação com as demais disciplinas do currículo, e
principalmente o perfil dos alunos.
Fica claro aqui que o professor analisará nos textos os elementos
lingüístico-discursivos neles apresentados, porém não levará em conta apenas as
estruturas gramaticais, mas sim considerando os fins educativos nos quais
apresentarão assuntos polêmicos de acordo com a faixa etária e o interesse dos
alunos. É importante ressaltar que os textos abordarão os diversos gêneros
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146
discursivos e apresentarão diferentes graus de complexidade da estrutura
lingüística.
Nesse momento, os alunos participarão das escolhas das temáticas
dos textos, uma vez que o aluno terá a possibilidade de participar ativa e
efetivamente das relações entre ações individuais e coletivas, ou seja, com o
professor e com os colegas. Assim será possível perceber a compreensão e
vinculação entre auto-interesse e interesses do grupo. Essas escolhas resultam na
participação efetiva de todos.
5a Série
Conteúdos Específicos
� Substantivos
� Cores
� Membros familiares
� Animais
� Partes do corpo
� Partes da cidade
� Dias da semana
� Meses
� Plural dos substantivos
� Artigos: Definidos e Indefinidos
� Adjetivos
� Pronomes
� Demonstrativo singular e plural
� Interrogativo How, Where, How many, How old
� Números cardinais de 1 a 100
� Horas
� Efetuação, divisão, subtração
Verbos:
� To be (presente e passado)
� To play
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147
� To like
� To eat
� To drink
� There to be
� Preposições
� Conjunções
6a Série
Conteúdos Específicos
� Verbos
� Imperativo afirmativo e negativo
� To be
� Simple Present
� Present Continuous
� Futuro Imediato
� Question tag
� Números: Ordinais e cardinais
� Datas
� Preposições: In, on, behind, between, next to, far from, in front of, among
� Substantivos
� Estações do ano
� Vestuário
� Frutas
� Plural dos substantivos
� Artigos: Indefinidos e definidos
� Pronomes:
� Interrogativos Who, What, When, Where, How
� Indefinidos some, any, somebody, someone, anybody, anyone.
7a Série
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148
Conteúdos Específicos
- Substantivos
� Tipos de dança
� Invenções
� Órgãos do corpo humano
� Gêneros de filmes
- Verbos:
� Have to
� Past Continuous
� Simple Past (regural e irregular)
� Simple Future (will /going to)
� Borrow X Lend
- Adjetivos:
� Superlativo
� Comparativo
Pronomes:
� Possessivos e reflexivos
8ª Série
Conteúdos Específicos
- Verbos:
� Would like
� Can, could, may, must, should, might, to be able
� Phrasal Verbs
� Present Perfect
� Present Perfect Continuous
� Past Perfect
� Used to
- Substantivos
� Sentimentos e emoções
� Esportes radicais
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149
� Exercícios Físicos
� Roupas e acessórios
� Materiais recicláveis
� Profissões
� Advérbios: Lately, ever, already, never, yet, just
� Preposições
Obs. Em todas as séries serão trabalhadas músicas, textos, leitura, jogos lúdicos,
interpretação de texto, produção de frases e pequenos textos como
correspondências, e-mails, bilhetes, recados, receitas, etc., assim como ditados de
palavras e de textos curtos.
Visto que é de obrigatoriedade a inclusão e a valorização da cultura
afro-brasileira e africana nos currículos da educação básica, em LEM, durante o ano
letivo serão abordados textos referentes à cultura afrodescendente.
2.9.4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Baseados nos DCE, a comunicação entre os alunos e assimilação
dos conteúdos é feita efetivamente através de diálogos, exercícios lúdicos, revistas,
músicas, livros, filmes, artigos de jornais, comparação entre textos nacionais e de
países de língua inglesa. Com a análise de semelhanças e diferenças culturais entre
países de língua inglesa será possível alcançar uma abordagem intercultural. A
produção de frases e pequenos textos buscará efetivar o uso da LEM dentro e fora
da escola.
É importante citar que não haverá o uso de livro didático e serão
realizados, em alguns momentos, trabalhos em grupo para ampliar os vínculos
afetivos e assim possibilitar a realização de tarefas de forma mais prazerosa como:
� Exercícios orais e escritos;
� Diálogos, dramatizações;
� Repetição oral individual e em grupo;
� Leituras expressivas;
� Ditados e cópias;
� Jogos de atenção;
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150
� Produção de versos, frases e pequenos textos;
� Uso de material paradidático como livros, revistas, cd’s, filmes, etc.
2.9.5 AVALIAÇÃO
Os critérios de avaliação referem-se ao que é necessário aprender,
onde a pronuncia, conversação, textos e gramática são fundamentais ao
aprendizado do aluno.
O aluno deve ver a avaliação não como algo punitivo e de
autoridade, assim analisa Lucchesi (2005):
“a avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando e assuma o papel de auxiliar o crescimento.”
Cabe ao professor observar a interação dos alunos nos diversos
métodos de avaliação e perceber o que ele aprendeu e o que deixou deaprender e
porque foi possível aprender. O aluno também deve ser informado sobre essas
anotações, correções e comentários afim de que possa melhorar seu desempenho.
O critério de avaliação deve ser tomado em seu conjunto, de forma
contextual, e analisados a luz dos objetivos que orientam o ensino oferecido aos
alunos como:
� Resolução de exercícios do dia-a-dia: fixar a compreensão dos conteúdos
estudados
� Trabalhos em grupos e individuais, diálogos, ditados e dramatizações:
contribuir para o desenvolvimento das idéias e maior interação com o grupo
� Confecção de cartazes para fixação dos temas: estabelecer relações com o
cotidiano
� Participação ativa nas aulas: organizar e interpretar as informações
� Tarefas diárias e desempenho ao exercer as atividades em sala de aula:
desenvolver o senso de responsabilidade
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151
� Responder perguntas referentes aos conteúdos: desenvolver o
interesse na produção do seu próprio conhecimento
� Jogos e músicas dentro dos temas: despertar o interesse criativo
� Interpretação de textos: interpretar e fazer relações com os conteúdos e com
o cotidiano
� Integração entre disciplinas: proporcionar a interdisciplinaridade
� Valorização de idéias: criticar e expressar idéias com coerência
� Resolução de testes e provas: compreender os conteúdos
� Apresentações orais e leituras: desenvolver as habilidades na Língua Inglesa.
2.9.5 REFERÊNCIAS
Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira da Rede Pública de Educação
Básica do Estado do Paraná. Versão 2006.
MORINO, Eliete Canesi ; FARIA, Rita Brugin de. Start up. São Paulo: Ática, 2003
PCN’s de Língua Estrangeira Moderna.
VYGOTSKY, L.S. Pensamento e Linguagem. 2a edição. São Paulo, 1989.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática da
autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001.
3. PROPOSTA CURRICULAR ENSINO MÉDIO 3.1 LINGUA PORTUGUESA
3.1.1 JUSTIFICATIVA
A linguagem deve ser considerada como capacidade humana de
articular, significados coletivos e compartilha-los, em sistemas arbitrários de
representação; que variam de acordo com as necessidades e experiências da vida
em sociedade.
O objetivo das aulas de Língua Portuguesa é oportunizar o domínio
do língua padrão e acrescentar a questão da dicotomia entre ensino da língua e
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152
ensino da metalinguagem. O ensino dela deve considerar as relações humanas que
decorrem (concebendo de interação) a partir da perspectiva de que a escola pode
oferecer o domínio do meio e outra forma de expressão, exigindo e reconsiderando
o que vamos ensinar e para que ensinamos.
A alteração da situação atual do ensino da língua Portuguesa não
passa técnicas e métodos empregados em sala de aula. Uma diferente concepção
da linguagem constrói não só uma nova Encaminhamentos Metodológicos, mas
principalmente um novo conteúdo de ensino.
Pode-se falar de linguagem como condições múltiplas e proposta de
definir os limites, os códigos, as dificuldades, permitindo um resultado significativo
relacionando-o com a vida social.
O ensino de Língua Portuguesa é de extrema importância para que
o aluno reflita sobre pontos relevantes, tendo como partida o debate a reflexão a
discussão, despertando assim um caráter cultural da atividade humana e dando
acesso ao indivíduo a uma cultura artística da linguagem.
Entretanto, uma coisa é saber a língua, isto é dominar as habilidades
de uso em situações concretas de interação, entendendo e produzindo enunciados,
percebendo as diferenças entre uma forma de expressão e outra.
A Segunda é saber analisar uma língua dominado conceitos e
metalinguagem a partir do que se fala sobre a língua e apresentar suas
características estruturais e de uso.
Passaram a ser trabalhados nas escolas em todas as disciplinas,
juntamente, aos conteúdos tradicionais temas como a ética, pluralidade cultural, a
Agenda 21 (meio ambiente), a questão afro-descendente. O objetivo é resgatar a
dignidade humana, a igualdade de direitos, a participação ativa na sociedade e a
corresponsabilidade pela vida social.
Diante da nova organização dos conteúdos nos sistema educacional
trabalhar esses assuntos é de suma importância, pois ajudam na reflexão sobre a
busca de novos caminhos que visam a transformar a escola e a sociedade. Eles
devem ser estritamente vinculados aos conteúdos tradicionais da área, ou
vivenciados em momentos específicos e relacionado às diversas áreas de ensino.
Os temas sinalizam mudanças na cultura, nos aspectos de ver e
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153
sentir o mundo. Portanto, não representam apenas “mais conteúdos” a serem
trabalhados, mas a necessidade de uma preocupação constante em acompanhar a
formação de valores e padrões de conduta dos alunos, alertando-os para a
importância social que cada um deles possuem.
Esses assuntos poderão ser trabalhados a partir da seleção de bons
textos não só de Língua Portuguesa, mas de diferentes áreas, podendo ser feitas
associações com os conteúdos vistos normalmente.
A língua portuguesa e a cultura afro-brasileira
O trabalho com o tema afro-descendente implica o aprendizado da
vivência democrática em uma sociedade plural. Compreende a reflexão a respeito
das diferenças, sejam elas de classe social, sexo, idade, grupo étnico ou religião
para que se possa deste modo alcançar o respeito de todas as formas de
manifestações do ser humano.
O estudo das manifestações culturais (locais e regionais) pode
favorecer a compreensão do processo histórico de uma sociedade. Esse estudo
poderá enfocar a diversidade que compõe o local por meio de levantamentos,
análise e valorização da contribuição das diversas heranças etno-culturais, como
mecanismo de resistência ante as políticas explícitas de homogeneização cultural da
população. Trata-se de valorizar a ação dos grupos, comunidades e movimentos
como mediadores de ação do cidadão na sociedade e na constituição do Estado
como se verifica na história. Enfim trata-se de valorizar as diversas influencias que
contribuirão para a constituição da sociedade.
Ao pressupormos o ser humano como agente social e produtor de
cultura estamos pressupondo um sujeito situado no tempo e no espaço que interage
na construção da história, compreendendo, assim, a história em movimento. Esse
movimento é mediado por diferentes linguagens e expressões, que revelam traços
de conhecimento, valores e tradições de um povo, etnia de um determinado grupo
social.
Já no estudo que se refere à Agenda 21, parte-se do princípio de
que o ser humano é elemento integrante do meio, e que as relações sociais,
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154
econômicas e culturais fazem parte do ambiente, sendo, portanto, objeto da área
ambiental. Esse trabalho terá como objetivo apresentar o ambiente como uma
grande “teia” na qual o ser humano representa um elemento.
Os trabalhos não poderão ser avaliados em forma de nota, mas os
professores deverão observar no cotidiano o comportamento e as atitudes do aluno.
Deverá verificar se eles interagem com menos discriminação se adotam postura de
defesa do meio ambiente e de preservação, e se integram etnias e gêneros e se
refletem sobre os problemas da realidade atual.
- OBJETIVOS
O ensino da Língua Portuguesa tem por objetivo o de criar condições para
que o aluno desenvolva sua competência comunicativa, discursiva, sua capacidade
de utilizar a língua de modo variado e adequado ao contexto, as diferentes situações
e práticas sociais. Os objetivos a seguir fundamentarão todo o processo:
� Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo
adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções
que estão implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-se
diante dos mesmos;
� Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas
realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os
interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e
suportes textuais e o contexto de produção/leitura;
� Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o
gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais
empregados na sua organização;
� Aprimorar pelo contato com os textos literários a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos,
propiciando através da Literatura, a constituição de um espaço
dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as
práticas da oralidade, da leitura e da escrita.
Estes objetivos e suas práticas supõem um processo longitudinal de
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155
ensino e aprendizagem que, por meio da inserção e participação dos alunos nos
processos interativos com a língua oral e escrita, inicia-se a alfabetização que vai
fortalecendo-se no decorrer da vida acadêmica do aluno e não termina no período
escolar, mas estende-se por toda a sua vida.
3.1.2 CONTEÚDOS
Os conteúdos estruturantes do ensino da Língua Portuguesa são:
� oralidade;será focada a habilidade de uso dos diferentes discursos
e de sua adequada colocação.
� leitura;será focada a leitura e produção de textos em torno de
elementos básicos e práticos da realidade.
� produção textual e análise linguística; será focado aqui alguns
elementos que melhorarão a relação entre as palavras e a
ortografia de palavras reforçando o que eles obtiveram de
conhecimento linguístico até então. Essa parte será abordada em
conjunto com as produções de texto para torná-las mais sólida.
CONTEÚDOS BÁSICOS
1º ANO
� Introdução a Gramática
� O que é comunicação e a sua importância;
� Definição de língua, linguagem fala;
� Funções da linguagem
� Origem da Língua Portuguesa
� Fonética
� Modalidades textuais: prosa, verso, narração, descrição, informativo;
� Produção textual
� Figuras de linguagem
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156
� Ortografia (acentuação gráfica, crase, pontuação, emprego do hífen).
� Formação e estrutura das palavras
� Radicais gregos e latinos e prefixos
� O que é literatura (história, importância, funções);
� Gêneros literários e características
� Estilo individual e de época
� Trovadorismo (contexto histórico, autores, obras).
� Humanismo (contexto histórico, características, autores).
� Classicismo (contexto histórico, características, autores).
� Literatura de informação (contexto histórico, características, autores).
� Barroco no Brasil
� Barroco em Portugal
� Arcadismo
2º ANO
� Revisando as classes gramaticais
� Substantivo
� Adjetivo
� Interjeição
� Pronome
� Advérbio
� Artigo
� Numeral
� Preposição
� Verbos
� Conjunções
� Interpretação textual
� Ortografia
� Romantismo
� Romantismo em Portugal (Momento Histórico, Características, autores,
gerações).
� Romantismo no Brasil (contexto histórico, características, autores, obras,
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157
gerações).
� Realismo/Naturalismo em Portugal (momento histórico, surgimento das
escolas realistas, diferenças entre os dois, poetas realistas).
� Realismo/Naturalismo no Brasil (momento histórico, características, autores,
resumo das principais obras).
� O Parnasianismo no Brasil (contexto histórico, características, autores,
resumo de principais obras).
� Simbolismo em Portugal e no Brasil (momento histórico principal
características, autores, obras).
� Produção textual diversificado
3º ANO
� Termos das orações (sujeito, predicado).
� Ortografia
� Produção textual
� Interpretação textual
� Termos integrantes da oração e complemento nominal, verbal)
� Termos acessórios (adjunto adnominal e adverbial
� Aposto e vocativo
� Oração subordinadas (conceito, classificações)
� Concordância verbal e nominal
� Regência verbal e nominal
� Pré – Modernismo (conceito histórico, autores, obras)
� Modernismo no Brasil (contexto histórico, fases do modernismo, autores e
obras da 1a fase)
� Vanguardas europeias
� Modernismo 2a fase (autores e obras)
� Modernismo 3a fase e Tendências contemporâneas)
� Concretismo (autores, características)
� Pós – Modernismo
� Questões de vestibulares, simulados, resumos de obras de vestibulares
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158
� Produção textual puxando para o vestibular (dissertação, tiras, charges,
resumos, resenhas, gráficos, re-estruturação textual).
3.1.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Com intenção de dar ao aluno condições de ampliar o domínio do
uso da linguagem e da língua para o desenvolvimento como cidadão, a proposta
metodológica visa um método de ensino que desenvolva as quatro competências
linguísticas básicas: ouvir, falar, ler e escrever.
O trabalho com a linguagem deve ser organizado em três eixos
básicos: língua oral, escrita e análise linguística.
No que diz respeito a oralidade a escola atua, tradicionalmente,
como se a escrita fosse a língua, ou como se todos os que ingressam na escola
falassem da mesma forma.
As possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas e
apontam diferentes caminhos: debates, discussões, transmissão de informações,
exposição individual, contação de histórias, declamação de poemas, representação
teatral. Além disso, pode-se analisar a linguagem em uso, em programas televisivos
como jornais, propaganda, em programas radiofônicos, no discurso do poder em
suas diferentes instâncias, no discurso público, privado, na literatura oral, ou seja,
nas mais diversas realizações do discurso oral. Pode-se também comparar as
estratégias específicas da oralidade e escritas são componentes da tarefa de
ensinar ao discente a sentirem-se bem para expressarem suas ideias com
segurança e fluência, nos diferentes contextos de sua inserção social.
Já a leitura tem como intuito levar o aluno ao contato com uma
ampla variedade de textos produzidos, ao desenvolvimento de uma atitude crítica de
leitura fazendo com que o aluno perceba o sujeito presente nos textos, leia
familiarizando-se com os diferentes textos produzidos em diferentes práticas sociais
(noticias, crônicas, piadas, poemas, artigos, reportagens, charges, contos crônicas,
etc.) percebendo a presença de um sujeito histórico, de uma intenção.
As aulas de Língua Portuguesa e Literatura ajudam os alunos a
ampliarem o domínio de uso das linguagens verbais e não verbais através do
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159
contato direto com textos dos mais variados gêneros, orais ou escritos.
Na escrita deve-se mostrar ao aluno que “escrever” só se aprende
quando a praticamos em suas diferentes modalidades. É importante que o aluno
tenha contato com a produção escrita de diferentes tipos de textos a partir das
próprias experiências sociais pessoais e profissionais vividas.
Passaram a ser trabalhados nas escolas em todas as disciplinas,
juntamente, aos conteúdos tradicionais temas como a ética, pluralidade cultura, a
Agenda 21( meio ambiente), a questão afro-descendentes, etc. O objetivo é
resgatar a dignidade humana, a igualdade de direitos, a participação ativa na
sociedade e a corresponsabilidade pela vida social.
3.1.4 AVALIAÇÃO
Entende-se hoje que a avaliação é um processo que deve servir aos
alunos como um instrumento de diagnósticos de sua própria situação, permitindo-
lhes constatar o que já aprenderam e o que lhes falta aprender, bem como as
dificuldades que tiveram para a apropriação deste ou daquele conteúdo. Também
para o professor a avaliação é importante, uma vez que os resultados obtidos pelos
alunos poderão subsidiar quanto à reflexão que ele precisa constantemente fazer
sobre sua prática, no sentido de verificar a eficácia ou as falhas de seu
desempenho. A partir desses resultados, o professor tem a possibilidade de melhorar
sua ação pedagógica e, consequentemente, o nível de aprendizagem dos alunos.
Configurando-se, pois, como um processo de extrema importância
no cotidiano escolar, a avaliação pode contribuir significativamente para a
aprendizagem do aluno e para a reorganização de trabalho docente, sempre que
necessário. Contudo, para que essa contribuição realmente aconteça, é preciso
avaliar a participação dos alunos em todo o processo de ensino-aprendizagem e de
forma que o professor não seja o único a estabelecer os critérios de avaliação, os
quais precisam ser tomados em seu conjunto e indicados de maneira precisa. Além
disso, devem ser considerados de forma contextual e analisados à luz dos objetivos
que orientam o ensino oferecido aos alunos.
Levando-se em conta o fato de que o processo de avaliação deve
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160
ser compartilhado com todos os sujeitos envolvidos e, de modo especial, como o
aluno é o maior interessado em conhecer o que sabe, o que deve aprender, o que
precisa saber melhor – evidencia-se a necessidade da construção e utilização
também de instrumentos de auto-avaliação que favoreçam a ele uma auto-análise
do conhecimento construído, permitindo-lhe um maior “controle” da própria
aprendizagem.
É importante lembrar que a avaliação supõe medida, mas é preciso
diferenciar “avaliação” de “medida”. Esta, que constitui apenas uma parte do
processo e que por vezes precisa acontecer, engloba aspectos quantitativos e
geralmente atende a exigências do sistema escolar, já a avaliação é bem mais
abrangente, pois envolve também e principalmente aspectos qualitativos. Avaliar é,
por conseguinte, mais do que medir é uma ação contínua que envolve juízos,
julgamentos.
3.1.5 REFERÊNCIAS
AMARAL, Emília: Português: novas palavras: literatura, gramática. Volume
único. São Paulo: FTD, 2000.
ROJO, Roxane Helena Rodrigues. Linguagens Códigos e suas tecnologias. In
MEC/SEB/Departamento de políticas do Ensino Médio, Orientações Curriculares do
Ensino Médio. Brasília: 2004
DIRETRIZES CURRICULARES DE LINGUA PORTUGUESA PARA A EDUCAÇÃO
BÁSICA DO PARANÁ
3.2 EDUCAÇÃO FÍSICA
3.2.1 JUSTIFICATIVA
Para garantir sua sobrevivência o homem se adaptou as condições
do meio ambiente, sendo estimulado a utilizar e desenvolver as suas qualidades
físicas naturais. O trabalho físico envolvendo o sistema osteo muscular estava
eminente através das suas atividades diárias. Com isso aprendeu naturalmente a
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161
caçar, pescar, nadar, lutar e autodefender-se, exercícios úteis que lhe permitiam
satisfazer as suas principais necessidades, impostas na sua relação com a natureza
e com os outros homens. Se examinarmos atentamente a História da Antiguidade,
podemos concluir que assim, como os exercícios físicos, os jogos e as danças já
faziam parte da vida do homem. Existem vestígios de que eram continuamente
praticados de diferentes compreendemos que o ser humano não vive isolado, ao
longo dos tempos, o homem foi se agrupando, constituindo pequenos povos que por
sua vez, foram se transformando em diferentes civilizações, cada qual originando a
sua própria. A utilização do corpo também se modificou em função das novas
necessidades do seu meio de convivência. Na época Medieval predominavam os
torneios e duelos entre cavalheiros que apesar de serem realizados de forma solene
eram super violentos, sobretudo devido ao armamento utilizado, lanças e espadas.
Na Renascença recuperou-se a concepção dos Gregos em Educação voltada para o
homem de forma integral o físico, o intelectual, e a moral retomando dessa forma o
valor da atividade física.
A Educação Física no Brasil leva-nos à época do descobrimento, os
portugueses quando chegaram aqui encontraram indígenas habituados à prática de
Atividades Físicas, da mesma forma que o homem primitivo, pois os mesmos
possuíam habilidades naturais na luta pela sobrevivência, praticavam natação, arco
e flecha, corridas, saltos, pesca, canoagem, montaria, lutas, entre outros. Outra
contribuição dos indígenas foi o jogo da peteca.
O mundo em que vivemos sofre constantes transformações.
Sociedades se modificam à medida que os valores são alterados de acordo com a
evolução dos tempos. Dois documentos nortearam os princípios da Educação
Física, o primeiro foi a Carta Régia de 04/12/1810, que introduzia a ginástica Alemã
na Academia Real Militar. Nesse momento instaurasse a função higienista, pois era
importante termos homens fortes, sadios e robustos, com condutas morais e
intelectuais para o desenvolvimento do Brasil.
O Segundo documento foi o parecer de Rui Barbosa no Projeto
224/1882. Reforma do Ensino Primário.
No período pré-guerra, 1930 as exigências continuavam sendo de
corpos atléticos e disciplinados, pois precisava garantir a defesa da pátria.
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162
Após a II Guerra Mundial 1945, o escalavonismo buscava estimular
o interesse do aluno e a sua auto-realização 1961.
Na década de 70, presenciou-se de um regime autoritário de poder a
Ditadura Militar. Em função dessa perspectiva política, o sistema educacional foi
totalmente reformulado e, a partir daí as conseqüências dessa reforma
desencadearam inúmeras mudanças em nossa sociedade. A Educação Física
baseou-se na Pedagogia Tecnicista, que tinha como princípios à racionalidade e a
eficiência. Foi um período marcado pela meta da produtividade. Com a privatização
do ensino foram criadas inúmeras instituições universitárias. A instituição do Decreto
69.450, De 1971, manteve a ênfase na aptidão física, tanto na organização das
atividades como em seu controle e avaliação. Se por um lado o Regime Militar
favoreceu a expansão da Educação Física, pois houve um aumento significativo de
suas escolas, por outro lado à qualidade do ensino ficou seriamente comprometida.
Principalmente devido ao comportamento de professores e profissionais da área
que, influenciados pelas características da política educacional vigente, e com uma
postura totalmente autoritária, apresentavam uma forte tendência em valorizar o
rendimento físico, a perfeição e o domínio dos movimentos adquiridos por meio de
ampliação de métodos rígidos de automatização e adestramento, para se atingir um
melhor desempenho esportivo.
O Currículo básico da Escola Pública do Estado do Paraná, 1992
afirma que a educação Física, enquanto ciência objetiva que o corpo tem suas
formas de manifestações e que é necessário conceituar o movimento humano, para
esclarecer o papel da Educação Física na ação pedagógica.
ART 7º. – Será obrigatória a inclusão da Educação Física nos Currículos plenos dos estabelecimentos de 1º e 2º graus, observando quanto á primeira o disposto do decreto – Lei 869 de 12 de outubro de 1964. Decreto nº. 69450 de 01 de novembro de 1971. Resolução nº 7251/84 no título I, ART. 1º como pratica obrigatória a Educação Física tem por finalidade o desenvolvimento corporal e mental, harmonioso, o despertar do espírito solidário, a criatividade, a formação integral da personalidade, o emprego útil do tempo de lazer, a conservação de hábitos sadios, fatores na conquista do aprimoramento do educando e da educação nacional. Já no título II art. 3º retrata os objetivos da educação. Em função de uma realidade política da década de 80 a Educação Física sofreu uma crise de identidade que originou uma mudança nas políticas
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163
educacionais. O enfoque passou a priorizar o desenvolvimento psicomotor do aluno, valorizando a sua prática nas séries do Ensino Fundamental.
Destaca-se a necessidade do trabalho pedagógico com a história cultura afro-brasileira, africana e indígena, conforme preconizam as leis 10.639/03 e 11.645/08.
O PRESIDENTTE DA REPÚBLICA faz saber que o congresso
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
“Art. 1· A Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos seguintes artigos, 26-A, 79-A e 79-B”: “Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira”. § 1° O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas, social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.
A Educação física possui uma constituição interdisciplinar, ou seja,
aborda aspectos biológicos, antropológicos, sociológicos, psicológicos, filosóficos e
políticos.
Através de uma Educação Física desafiadora e critica, pode imprimir
um enfoque histórico, cultural e social, cuja ideia ultrapasse a concepção que o
corpo se restringe ao biológico, ao mensurável, desmistificar formas arraigadas e
equivocadas em relação às diversas práticas e manifestações corporais. Pode re-
elaborar ideias e práticas que ampliem a compreensão do aluno sobre os saberes
produzidos pela humanidade e suas implicações para a vida, vivenciar os ambientes
socioculturais através da expressão corporal nas comunidades escolares onde as
praticas corporais tem um papel importantíssimo na modificação das relações
sociais. Portanto os Conteúdos Estruturantes da Educação física serão usados e
adaptados de forma transformadora.
OBJETIVOS GERAIS
Usar os conteúdos estruturantes e os elementos articuladores da
Educação Física, como meios para a finalidade de adaptação as realidades
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164
vivenciadas pelos discentes, procurando proporcionar o desenvolvimento biológico,
psicológico e sócio-político, respeitando a cultura, costumes e necessidades
relacionadas à região onde a Escola está inserida. Proporcionar a Conscientização
sobre o papel importante de cada indivíduo, na construção de uma sociedade justa,
igualitária e Democrática.
3.2.2 CONTEUDOS
� Ginástica; Esporte; Dança; Lutas; Jogos e brincadeiras.
Elementos Articuladores da Educação Física
� Cultura corporal e Corpo; Cultura corporal e Saúde; Cultura corporal e
ludicidade;
� Cultura corporal e Desportivização; Cultura corporal Tática – Técnica; Cultura
corporal e Lazer; Cultura corporal e Diversidade; Cultura corporal e Mídia.
Conteúdos básicos do ensino médio
� Ginástica: Ginástica artística/Olímpica; Ginástica de academia e ginástica
geral.
� Esporte: Coletivos; individuais e Radicais.
� Dança: Danças folclóricas; Danças de rua e de salão
� Lutas: Lutas com instrumento mediador e Capoeira
� Jogos e brincadeiras: Jogos e brincadeiras populares; Jogos de tabuleiro;
Jogos dramáticos; Jogos cooperativos.
INSERÇÃO DOS CONTEÚDOS DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA
NOS CURRÍCULOS ESCOLARES: LEI Nº10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
� Estudo das práticas corporais da cultura negra, em diferentes momentos
históricos.
� Danças e suas manifestações corporais da cultura afro-brasileira.
� Brinquedos e brincadeiras da cultura africana e sua ressignificação nas
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165
práticas afro-brasileiras.
� Jogos praticados no Brasil pelos afro-descendentes e africanos numa
perspectiva histórica.
� Manifestação corporal expressa no folclore brasileiro.
� A capoeira, seus significados e sentidos no contexto histórico-social,
como elemento da cultura corporal. Por meio da capoeira, é possível
resgatar a historicidade do negro, desde o momento em que foi retirado do
continente africano. São exemplos significativos as suas danças de
guerra, caça, festas, como a da puberdade e as grandes caminhadas
pelas florestas. Tais elementos representam subsídios na construção de
propostas para o trabalho pedagógico nas escolas.
3.2.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Os esportes devem ser trabalhados através de uma práxis onde
devam ser levantadas suas raízes históricas, concepções e evolução social;
Os jogos e as brincadeiras devem ser abordados considerando a
realidade regional e da cultura corporal do aluno através de levantamento de dados,
apresentações e exposições;
A consciência corporal deverá ser trabalhada de forma que o aluno
possa aprender a lidar com situações do dia-a-dia, a partir de noções que possui
sobre corpo, através de aulas teóricas praticas do conhecimento e desenvolvimento
humano, com ênfase as questões relacionadas ao jovem e ao adolescente, sem
deixar de lado o conhecimento geral acerca do tema, podendo ainda ser trabalhada
em atividades em grupo onde serão exploradas as várias possibilidades de
movimentos possibilitando reflexões, que lancem desafios e estimulem a
criatividade, a crítica e a superação a partir da proposta crítico-superadora do
Coletivo de Autores:
Os conteúdos básicos da ginástica devem ser trabalhadas através
de seu conhecimento histórico, suas origens e sua disseminação do Brasil, bem
como através de movimentos criativos e/ou coreografados com o uso ou não de
música; debates, seminários e discussões sobre os problemas sociais e suas
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166
relações com a Educação Física, enfocados através de pesquisas e exposições;
através de aulas práticas e teóricas, levando o educando a compreensão e análise
de pressupostos que também podem ser vistos como teórico-metodológicos, para
uma postura crítica em relação à sociedade e as suas injustiças, promovendo a
inclusão, a emancipação e a autonomia dos educandos;
Organização de eventos que possibilitem a participação ativa dos
alunos, no desenvolvimento e na aplicação das atividades; utilizar-se de uma
proposta metodológica que venha de encontro às concepções crítico-superadora e
crítico-emancipatória, no sentido de utilizar-se de situações problema e de projetos
que ampliem a organização e planejamento das aulas;
Utilizar-se de atividades em grupo para que seja possível o debate
sobre temas sociais contemporâneos bem como relato das discussões realizadas;
Noções fisiológicas utilizando meios que fundamentem os temas
abordados a partir de aulas teóricas, visitações e outros recursos, respeitando a
individualidade, contextualizando os assuntos trabalhados de maneira a promover
uma formação para a autonomia e a criticidade;
Elaborar aulas onde os conteúdos sejam os esportes e os jogos,
incitando os alunos à criação de novas regras e de formas de participação que
contribuam para a superação dos meios institucionalizados, dando autonomia para
mudanças e transformações de modo que sirvam ao interesse geral dos alunos,
democraticamente discutidas;
Trabalhar com as lutas por meio de atividades que vislumbrem o
potencial do corpo dos educandos, esclarecendo o que se constitui historicamente a
partir das relações das classes, indicando a necessidade de conhecer com mais
profundidade como surgiu a capoeira no Brasil e o que ela representa na luta pelas
relações contra hegemônicas a partir de aulas teórico-práticas;
Utilizar a leitura e a produção de textos que auxiliem o aluno a
formar conceitos próprios a partir do seu entendimento da realidade bem como
relatar com clareza e coerência, relacionando os referenciais trabalhados nas aulas
de Educação Física e associando as outras áreas do conhecimento, partindo de
analises próximas a sua e suas relações com o mundo globalizado.
De maneira geral, a Encaminhamentos Metodológicos utilizada
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167
deverá cumprir com a proposta do Ensino Médio de uma formação crítica para os
egressos neste nível de ensino e de uma prática educativa contra-hegemônica por
parte dos professores que serão o ponto de partida para que os saberes
considerados relevantes a esta formação atinjam os objetivos sociais necessários a
um sujeito emancipado, autônomo, crítico e reflexivo.
Professores presentes na construção das diretrizes ressaltaram
a figura do professor como elemento central nesse processo de re-estruturação da
Educação Física na escola. Apesar de reconhecerem que isso exigirá um intenso
esforço, foi salientado que o professor precisa, necessariamente, ter clareza quanto
à intenção de seu trabalho ao longo do processo de escolarização, com o intuito de
realmente contribuir para a formação humana. Antes de qualquer coisa é
fundamental que os professores reflitam sobre sua própria corporalidade, revendo
posicionamentos à luz da cultura elaborada, desconstruindo mitos e “tradições
inventadas”.
3.2.4 AVALIAÇÃO
É coerente respeitarmos os níveis de aprendizados anteriores e o
grau de retenção e conhecimento que os alunos possuem. Esse processo de forma
contínua poderá revelar as alterações próprias das características desse momento
de aprendizagem. Abordagens que incluam os alunos como participantes assíduos
do processo de ensino avaliativo, pois além de estimular o desenvolvimento da
responsabilidade pelo próprio processo, creditando maturidade, responsabilidade,
também favorecerá uma maior compreensão e localização desses alunos na
construção do conhecimento. Os conteúdos devem ser claros para que o aluno,
através do senso crítico aliado a necessidade de sentir-se reconhecido tornarão o
processo de avaliação mais significativo. Os conteúdos devem ser direcionados para
cada faixa etária onde o aluno tem por finalidade desfrutar de todos os benefícios
com o qual esteja sendo trabalhado.
Pretende-se avaliar se o aluno realiza as atividades, agindo de
maneira cooperativa, utilizando formas de expressão que favoreçam as interações
grupais, adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade. Sem
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168
discriminar por características pessoais físicas, sexuais ou sociais. Do mesmo modo
se o aluno organiza e pratica atividades da cultura corporal de movimento,
demonstrando capacidade de adapta-las, tornando mais adequadas ao movimento
do grupo favorecendo a inclusão de todos.
Avaliação aonde o aluno venha apreciar, desfrutar de algumas das
diferentes formas manifestações da cultura corporal de movimento de seu ambiente
e de outros. Pretende-se avaliar se o aluno consegue aprofundar-se no
conhecimento dos limites e das possibilidades do próprio corpo de forma a poder
controlar algumas de suas próprias posturas e atividades corporais com autonomia e
a valoriza-las como recurso para o pleno desenvolvimento do educando. Valorizando
conceitos, valores atitudes, tendo em vista a promoção da saúde e a qualidade de
vida.
Recuperação
Na Educação Física a maior parte das aulas é composta por
conteúdos práticos, isto permite ao aluno o feedback intrínseco onde a cada
movimento executado há uma analise ou auto-avaliação, proporcionado à correção
de movimentos que estejam fora do padrão exigido para objetivos pré-determinados.
O aluno com dificuldades de aprendizagem tem maior participação, podendo
elaborar seu próprio material com ajuda dos demais colegas, como discutir e
apresentar suas duvidas. As atividades do plano de recuperação permitem a
participação de todos e na sua grande maioria são desenvolvidas de maneira lúdica,
onde o educando não sinta constrangimento em participar da atividade
desenvolvida. Assim o aluno tem possibilidade de reelaborar seus conhecimentos e
desenvolver maior socialização com o grupo. A recuperação vem de encontro com
que o aluno avalie por ele mesmo onde ocorreu o erro.
3.2.5 REFERÊNCIAS
COLETIVO DE AUTORES. Encaminhamentos Metodológicos do ensino de
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169
educação física. São Paulo/SP. Cortez, 1992.
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ. Orientações
Curriculares de Educação Física. PR. 2004/2005.
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares
de Educação Física para o Ensino Médio. PR. 2009
3.3 ARTE
3.3.1 JUSTIFICATIVA
O processo de ensino-aprendizagem da Arte no Ensino Médio
pressupõe uma visão ampla sobre a importância do conhecimento de culturas
diversas à cultura vivida pelos educandos valorizando a reflexão crítica
(CAVALCANTI, 1997).
Destaca-se dentro dos estudos artísticos a necessidade da
permanente atualização e flexibilidade de conhecimentos que o mundo exige do
cidadão, possibilitando ao aluno do Ensino Médio agir sobre a sua realidade e a
sociedade, a partir de uma visão crítica bem consolidada, além de desenvolver os
aspectos extremamente relevantes da realização pessoal. Esses pressupostos
confirmam-se com a teoria de Gardner que diz que a educação artística deve
abranger alguma discussão e análise dos trabalhos artísticos e alguma apreciação
dos contextos culturais em que eles foram criados (GARDNER, 1995).
Em virtude disso, os campos conceituais que envolvem o
conhecimento estético, artístico e contextualizado são pilares fundamentais para que
se confirme a função da arte no meio sócio-educacional, levando o educando a criar,
pois, “ao transformarmos as matérias, agimos, fazemos. São experiências
existenciais – processos de criação – que nos envolvem na globalidade, em nosso
ser sensível, no ser presente, no ser atuante.” (OSTROWER, 1987). Assim, faz-se
necessário aplicar os conceitos e as práticas das artes visuais, a música, a dança e
o teatro para confirmar um aprendizado crítico e consciente.
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170
- OBJETIVOS
Os objetivos principais são:
� Compreender e usar os conhecimentos de arte como instrumento
auxiliador nas tarefas diárias e em processos sócio-educativos que exijam
conhecimentos culturais diversificados.
� Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das artes
relacionando obras de diferentes vertentes, conforme a natureza, função e
organização das manifestações de acordo com as condições de produção
e recepção.
3.3.2 CONTEÚDOS
Ensino Médio – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figura e Fundo
Figurativo
Abstrato
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Simetria
Deformação
Estilização
Arte Ocidental
Arte Oriental
Arte Africana
Arte Brasileira
Arte Paranaense
Arte Popular
Arte de Vanguarda
Arte Contemporânea
Arte Latino-Americana
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171
Técnica: Pintura,
desenho, modelagem,
instalação, performance,
fotografia, gravura e
esculturas, arquitetura,
história em quadrinhos ...
Gêneros: paisagem,
natureza morta, cenas
do cotidiano, histórica,
religiosa, da mitologia ...
Ensino Médio - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
Expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais.
Ação
Espaço
Técnicas:
Teatrais, jogos teatrais,
teatro direto e indireto,
mímica, Teatro-Fórum,
Roteiro, encenação,
leitura dramática.
Gêneros: Tragédia,
comédia, drama e épico.
Dramaturgia
Representação nas
Mídias
Caracterização
Teatro Greco-Romano
Teatro Medieval
Teatro Brasileiro
Teatro Paranaense
Teatro Popular
Indústria Cultural
Teatro Engajado
Teatro Dialético
Teatro Essencial
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro de Vanguarda
Teatro Renascentista
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172
Cenografia, sonoplastia,
figurino, iluminação.
Direção
Produção.
Teatro Latino-Americano
Teatro Realista
Teatro Simbolista
Ensino Médio - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Fluxo
Peso
Eixo
Salto e queda
Giro
Rolamento
Movimentos articulares
Lento, rápido e
moderado
Aceleração
Desaceleração
Níveis
Deslocamento
Direções
Planos
Improvisação
Coreografia
Gêneros: Espetáculo,
industria cultural, étnica,
Pré-história
Greco-Romana
Medieval
Renascimento
Dança Clássica
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Hip Hop
Indústria Cultural
Dança Moderna
Vanguardas
Dança Contemporânea
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173
folclórica, populares e
salão.
Ensino Médio - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Escalas
Modal, tonal e fusão de
ambos.
Gêneros: erudito,
clássico, popular, étnico,
folclórico, pop ...
Técnicas: vocal,
instrumental, eletrônica,
informática e mista
Improvisação
Música Popular Brasileira
Paranaense
Popular
Indústria Cultural
Engajada
Vanguarda
Ocidental
Oriental
Africana
Latino-Americano
3.3.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O trabalho pedagógico no ensino da Arte abrangerá as principais
modalidades da expressão artística (dança, música, teatro e artes visuais), e
acontecerá de forma gradativa. O educando terá seu conhecimento valorizado,
tendo a possibilidade de perceber a necessidade de adequação do seu
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174
conhecimento às diversas situações.
Para que isso ocorra, o docente dará o encaminhamento
metodológico necessário para que o aluno demonstre espontaneidade e o fazer.
Nesse momento, o educador mostrará em forma de texto com o estudo da arte se
deu em um determinado período, ou seja, o texto será apresentado ao aluno como
um instrumento de indução pra levá-lo ao imaginário, utilizando assim as
concepções e as características descritas no texto entregue.
Para tanto, serão desenvolvidos atividades de leitura artística,
produção de texto crítico, seminários, debates, trabalhos em equipe que abordem as
modalidades acima citadas.
A interpretação e a sensibilidade terão um papel fundamental em
todo o processo de ensino-aprendizagem proporcionando ao educando maior
conhecimento e desenvolvimento do seu intelecto.
Para o bom desempenho dos alunos serão utilizadas, também, as
reflexões a respeito do objeto de estudo de Artes, como: o conhecimento estético, o
conhecimento artístico e o conhecimento contextualizado, isto é, os alunos levarão
em consideração a sensibilidade, o processo criativo e o contexto histórico das
obras.
3.3.4 AVALIAÇÃO
A avaliação é uma etapa fundamental para o desenvolvimento e
diagnóstico contínuo do processo ensino-aprendizagem, pois o aluno de Ensino
Médio traz consigo uma bagagem cultural que os difere entre si, ou seja, cada
educando vem de diferentes espaços sociais, como, por exemplo, família, amigos,
religiões, entre outros. Também é necessário levar em conta que os alunos tiveram
diferentes conhecimentos artísticos no decorrer de suas vidas, sendo que uns
tenham estudado mais a fundo enquanto outros viram apenas de passagem os
diversos assuntos sobre a música, dança, teatro e as artes visuais.
Para que seja feito um bom trabalho no decorrer do ano letivo, é
preciso que se faça um levantamento sobre os conhecimentos e habilidades dos
alunos, ou seja, se eles sabem tocar algum instrumento musical, representar,
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175
desenhar ou dançar. Após esse diagnóstico será possível perceber no decorrer do
ano as tendências e habilidades que os educandos terão para uma ou mais
dimensões da Arte.
A partir desse diagnóstico os professores planejarão as aulas
levando em consideração os níveis de conhecimentos que os alunos possuem.
Após, o educador fará com que o conteúdo a ser trabalhado com o aluno que possui
algum conhecimento, técnica ou habilidade ampliar esse conhecimento e
sistematizá-lo. Os discentes os quais não conhecem nada sobre o assunto será
iniciada a aprendizagem.
Para a avaliação coletiva serão desenvolvidas atividades como
provas, trabalhos, produções, avaliação escrita, releituras de obras, entre outros,
podendo essas atividades ser realizadas em duplas, pequenos grupos e/ou
individualmente, porém isso será realizado a partir do diagnóstico inicial que nos
dará as possíveis Encaminhamentos Metodológicoss e estratégias de trabalho.
Na avaliação é necessário que o processo seja contínuo, ou seja,
tudo o que o aluno lê, compreende, relaciona, interpreta, organiza e contribui com os
colegas na realização do trabalho em grupo devem ser avaliados, pois é a partir
desses atos que a avaliação não se torna um momento de julgamento e exclusão.
3.3.5 REFERÊNCIAS
FERRAZ, M. Encaminhamentos Metodológicos do Ensino de Arte. 2ª ed. São
Paulo: Cortez, 1993
OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. Petrópolis: Vozes,
1987.
SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da Rede
Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: 2006.
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176
3.4 MATEMÁTICA
3.4.1 JUSTIFICATIVA
O ensino de Matemática para os alunos do Ensino Médio deve
contemplar o estudo dos Números e Álgebra, Geometrias, Funções e Tratamento da
Informação. A Matemática contribui para o desenvolvimento de processos de
pensamento e a aquisição de atitudes, cuja utilidade e alcance transcendem o
âmbito da própria Matemática, podendo formar no aluno a capacidade de resolver
problemas genuínos, gerando hábitos de investigação, proporcionando confiança e
desprendimento para analisar e enfrentar situações novas, propiciando a formação
de uma visão ampla e científica da realidade, a percepção da beleza e da harmonia,
o desenvolvimento da criatividade e de outras capacidades pessoais. Cabe a
Matemática do Ensino Médio apresentar ao aluno o conhecimento de novas
informações e instrumentos necessários para que seja possível a ele continuar
aprendendo. Saber aprender é a condição básica para prosseguir aperfeiçoando-se
ao longo da vida. Sem dúvida, cabe a todas as áreas do Ensino Médio auxiliar no
desenvolvimento da autonomia e da capacidade de pesquisa, para que cada aluno
possa confiar em seu próprio conhecimento.
É necessário ter iniciativa na busca de informações, demonstrar
responsabilidade, ter confiança em suas formas de pensar, fundamentar suas idéias
e argumentações são essenciais para que o aluno possa aprender, se comunicar,
perceber o valor da Matemática como bem cultural de leitura e interpretação da
realidade e possa estar melhor preparado para sua inserção no mundo do
conhecimento e do trabalho. O aluno deve perceber a Matemática como um sistema
de códigos e regras que a tornam uma linguagem de comunicação de idéias que
permite modelar a realidade e interpretá-la.
Juntamente aos conteúdos estruturantes/específicos serão
trabalhados em todas as disciplinas temas como: ética, pluraridade cultural, agenda
21 ou agenda unificada e a questão Afro-Brasileira, com o objetivo de resgatar a
dignidade humana, a igualdade de direitos, a participação ativa na sociedade e a co-
responsabilidade pela vida social.
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177
A Matemática e a Agenda Unificada
No que se refere a Agenda Unificada, parte-se do princípio de que o
ser humano é elemento integrante do meio, e que as relações sociais, econômicas e
culturais fazem parte do ambiente. Trabalharemos com textos/informativos
mostrando aos alunos que as questões ambientais antigamente eram vistas como
assunto para poucos e usado para marketing. Nos últimos anos as comunidades, as
organizações e instituições da sociedade civil foram de destacando e adquirindo
compromissos com a ameaça de comprometer a vida das gerações futuras. A
participação cidadã responsável pela discussão, preocupação e busca de soluções
dos problemas ambientais e na proposta de novas formas de conviver em sociedade
e com a natureza.
A matemática e a cultura afro-brasileira
O trabalho com o tema cultura afro-brasileira implica o aprendizado
da vivência democrática em uma sociedade plural. Compreende a reflexão a
respeito das diferenças, sejam elas de classe social, sexo, idade, grupo étnico ou
religião para que se possa deste modo alcançar o respeito de todas as formas de
manifestações do ser humano.
Pressupostos Teóricos
A matemática como disciplina básica no currículo escolar, tem como
função desenvolver a consciência crítica, provocando alterações de concepções e
atitudes, permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das relações
sociais.
A produção do conhecimento matemático ocorre a partir de
necessidades concretas entre as relações sociais e culturais, desenvolvendo
conceitos fundamentais e conceitos matemáticos que lhes proporcionem uma melhor
compreensão de sua realidade e da realidade do outro, baseando-se na relação
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178
entre o conhecimento historicamente produzido e a lógica de sua elaboração.
Deste modo a matemática é parte do saber científico e tem um papel
central na cultura moderna os quais são requisitos básicos para ter acesso a outras
áreas do conhecimento.
- OBJETIVOS
O Ensino de Matemática no Ensino Médio se dá através da
produção do conhecimento matemático, a partir de necessidades concretas entre as
relações sociais e culturais, desenvolvendo conceitos fundamentais e conceitos
matemáticos que lhes proporcionem uma melhor compreensão de sua realidade e
da realidade do outro, baseando-se na relação entre o conhecimento historicamente
produzido e a lógica de sua elaboração. Nesse sentido os alunos deverão ser
capazes de:
� Compreender os conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas que
permitam a ele desenvolver estudos posteriores e adquirir uma formação
científica geral;
� Aplicar seus conhecimentos matemáticos a situações diversas, utilizando-
os na interpretação da ciência, na atividade tecnológica e nas atividades
cotidianas;
� Analisar e valorizar informações provenientes de diferentes fontes,
utilizando ferramentas matemáticas para formar uma opinião própria que
lhe permita expressar-se criticamente sobre problemas da Matemática,
das outras áreas do conhecimento e da atualidade;
� Desenvolver as capacidades de raciocínio e resolução de problemas, de
comunicação, bem como o espírito crítico e criativo;
� Utilizar com confiança procedimentos de resolução de problemas para
desenvolver a compreensão dos conceitos matemáticos;
� Expressar-se oral, escrita e graficamente em situações matemáticas e
valorizar a precisão da linguagem e as demonstrações em Matemática;
� Estabelecer conexões entre diferentes temas matemáticos e entre esses
temas e o conhecimento de outras áreas do currículo;
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179
� Reconhecer representações equivalentes de um mesmo conceito,
relacionando procedimentos associados às diferentes representações;
� Promover a realização pessoal mediante o sentimento de segurança em
relação às suas capacidades matemáticas, o desenvolvimento de atitudes
de autonomia e cooperação.
3.4.2 CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Números e Álgebra Grandezas e Medidas Funções Geometria
-Números Reais;
-Números Complexos;
-Sistema lineares;
-Matrizes e Determinantes;
-Polinômios;
-Equações e inequações -Exponenciais,
Logarítmicas e -Modulares.
-Medidas de Áreas;
-Medidas de Volume;
-Medidas de Grandezas Vetoriais;
-Medidas de Informáticas;
-Medidas de Energias;
-Trigonometria.
-Função Afim;
-Função Quadrática;
-Função Polinomial;
-Função Exponencial;
-Função Logarítmica;
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180
Tratamento de Informação
-Função Trigonométrica;
-Função Modular;
-Progressão Aritmética;
-Progressão Geométrica.
-Geometria Plana;
-Geometria Espacial;
-Geometria Analítica;
-Geometria não-euclidiana.
-Análise Combinatória;
-Binômio de Newton;
-Estudo das Probabilidades;
-Estatística;
-Matemática Financeira.
3.4.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Os conteúdos estruturantes, ou seja, os saberes que identificam e
organizam os campos de estudo do ensino da Matemática, considerados básicos e
fundamentais para a compreensão de seu objeto de ensino, constituem-se
historicamente e são legitimados socialmente. Estes conteúdos abordados são:
Números e Álgebra, Geometrias, Funções e Tratamento da Informação.
Os conteúdos ao serem abordados em nossa prática docente,
evocam além dos conteúdos estruturantes, os conteúdos específicos, dando
prioridade as relações e interdependências, enriquecendo o processo ensino-
aprendizagem em Matemática. A articulação que ocorre entre conteúdos -
estruturantes e específicos - é realizada na medida em que os conceitos são
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181
tratados em diferentes momentos históricos e, as situações de aprendizagem podem
e devem ser retomadas e aprofundadas, sempre que necessário.
Entretanto, devemos induzir o aluno ao espírito questionador,
discutindo questões relativas sobre a utilidade da matemática, destacando que as
situações de aprendizagem precisam estar centradas na construção de significados,
na elaboração de estratégias e na resolução de problemas, em que o mesmo
desenvolve processos como a intuição, a analogia, a indução e a dedução.
A teoria é distribuída de modo equilibrado, os temas são abordados
por meio de uma linguagem simples, mas precisa, estabelecendo um diálogo com o
aluno, permitindo que ele progrida sem dificuldades. Sempre que necessário, são
retomados assuntos que fazem parte do conhecimento prévio dos alunos e
relacionando-os à prática cotidiana, com o intuito de atrair-lhe a atenção e o
interesse.
Os Conteúdos Básicos de Matemática no Ensino Médio, deverão ser
abordados articuladamente, contemplando os conteúdos ministrados no ensino
fundamental e também através da intercomunicação dos Conteúdos Estruturantes.
As tendências metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares
de Matemática sugerem encaminhamentos metodológicos e servem de aporte
teórico para as abordagens dos conteúdos propostos neste nível de ensino, visando
desenvolver os conhecimentos matemáticos a partir do processo dialético que possa
intervir como instrumento eficaz na aprendizagem das propriedades e relações
matemáticas, bem como as diferentes representações e conversões através da
linguagem e operações simbólicas, formais e técnicas. É importante a utilização de
recursos didático-pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem.
Os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo
professor objetivam garantir ao aluno o avanço em estudos posteriores, na aplicação
dos conhecimentos matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas, das
ciências e da própria ciência matemática.
Em relações ás abordagens, destacam-se análise e interpretação
crítica para resolução de problemas, não somente pertinentes à ciência matemática,
mas como nas demais ciências que, em determinados momentos, fazem uso da
matemática.
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182
Enfim, deve-se criar situações que convidem os alunos a
analisarem, discutirem, proporcionarem, explorarem, investigarem e resolverem
problemas matemáticos diversos. Os problemas devem ser apresentados aos alunos
do ensino médio por meio de situações diversificadas, uso de materiais
manipuláveis, os jogos, os desafios, o uso de recursos tecnológicos, etc.
3.4.4 AVALIAÇÃO
A avaliação tem grande importância pois favorece o
desenvolvimento do aluno e auxilia o professor no planejamento e na continuidade
do seu trabalho, não sendo somente um instrumento para aprovação ou reprovação
dos educandos, mas, sim, de diagnóstico da situação cotidiana escolar, que visa
estabelecer critérios para a promoção do educando, como: expor idéias com clareza
oralmente e/ou por escrito, apropriar-se progressivamente do conteúdo ampliando
seu conhecimento, formular perguntas e comentar os assuntos trabalhados com
autonomia, utilizar-se do conhecimento prévio relacionando-o com o conteúdo, cabe
ao professor considerar a trajetória do educando e relacionar conteúdos estudados e
a ética.
O processo de avaliação dentro da prática de ensino, pode ocorrer
em qualquer momento dependendo dos resultados obtidos através dos alunos, afim
de que o professor possa acompanhar o seu crescimento procurando oferecer
melhores condições de desenvolvimento, ajudando no processo de construção do
conhecimento e incentivando-os a prover oportunidades de êxito no rendimento
escolar.
A avaliação deve dar informações sobre o conhecimento e
compreensão de conceitos e procedimentos; a capacidade para aplicá-los na
resolução de problemas do cotidiano e as habilidades de pensamento como analisar,
generalizar, inferir.
A avaliação ocorre de forma permanente vindo a ser diagnosticada
por meio dos instrumentos de: avaliação escrita, avaliação oral, atividades em
equipe considerando o empenho individual do aluno, atividades individuais,
construção de tabelas e gráficos, pesquisas, debates, busca de resoluções de
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183
situações problemas envolvendo trabalhos práticos em sala e fora dela, portanto, a
avaliação é um processo de ação contínua.
3.4.5 REFERENCIAS
FILHO, Benigno Barreto. Matemática. São Paulo: FTD.
GIOVANNI, José Ruy. Matemática fundamental. São Paulo, FTD.
LONGEN, Adilson. Matemática: uma atividade humana, ensino médio. Curitiba:
Base Editora, 2003.
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná.
Matemática .
Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias/ Secretaria de Educação
Básica. - Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006
(Orientações curriculares para o ensino médio; volume 2)
3.5 QUÍMICA
3.5.1 JUSTIFICATIVA
O estudo da Química proporciona o entendimento de muitos
fenômenos relacionados a nossa vida e em toda sua complexidade, entendido como
processo do desenvolvimento humano.
Os conhecimentos químicos podem ser entendidos como produto
histórico e tratados como indispensáveis à compreensão da prática social, pois
revelam a realidade de forma crítica, dando possibilidades aos alunos de atuação no
processo de transformação dessa realidade, capacitando os alunos a tomar suas
decisões em situações problema, contribuindo para o desenvolvimento do educando
como pessoa humana e cidadão.
É importante salientar que a Química é um pontos articuladores
entre a realidade social e o saber científico, porém não é possível tratar no ensino
médio, de todo conhecimento químico ou tecnológico a ele associado. Mas é
importante tratar esses conhecimentos de forma contextualizada, revelando como e
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184
porque foram produzidos e em que época.
O estudo da Química deve favorecer o julgamento crítico de
questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento da humanidade, ao
aproveitamento de recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam
intensa intervenção humana, cuja avaliação deve levar em conta o comportamento
do meio e como a vida.
É necessário que os conteúdos sejam abordados de forma integrada
destacando os aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionando-o
a conceitos oriundos da Química. Tais relações deverão ser desenvolvidas ao longo
do ensino médio num aprofundamento conceitual e reflexivo, com a garantia do
significado dos conteúdos para a formação do aluno neste nível de ensino.
- OBJETIVOS 3.5.2.1 Objetivos Gerais
Identificar, compreender e utilizar os conhecimentos adquiridos,
relacionando-se às suas aplicações e implicações, no ambiente, na economia, na
política e principalmente na vida dos indivíduos.
Levar o sujeito a se apropriar do conhecimento de Química,
questionando a realidade e utilizando o pensamento lógico, a criatividade, a intuição
e a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua
adequação. Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades
humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao
equilíbrio da natureza e do ser humano.
3.5.2.2 Objetivos Específicos
− Identificar os conhecimentos químicos como meios para compreender e
transformar o mundo à sua volta, estimulando o interesse, a curiosidade, o
espírito de investigação e o seu desenvolvimento;
− Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da
realidade, estabelecendo inter-relações entre eles, utilizando o conhecimento
químico (investigação, interpretação de bulas de remédios, rótulos de produtos
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185
de limpeza, higiene pessoal, etc.) e com isso compreender os códigos e símbolos
próprios da química atual;
− Selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-las e
avaliá-las criticamente;
− Resolver situações problema, sabendo validar estratégias e resultados,
desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como intuição, indução,
dedução, analogia, estimativa, e utilizando conceitos e procedimentos químicos,
bem como instrumentos tecnológicos disponíveis;
− Comunicar-se quimicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar
resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da
linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações
químicas;
− Estabelecer conexões entre diferentes temas químicos de diferentes campos e
entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares;
− Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos químicos,
desenvolvendo a autoestima e a perseverança na busca de soluções de
situações que envolvam problemas de ordem pessoal (a saúde física), ambiental,
tributárias, etc.
− Interagir em trabalhos de grupo de forma cooperativa, trabalhando coletivamente
na busca de soluções para problemas propostos, respeitando o modo de pensar
dos colegas e aprendendo com eles;
− Perceber que a disciplina estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de
investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver situações
problemas;
− Observar mudanças que ocorrem ao seu redor descrevendo essas
transformações em linguagens discursivas e traduzi-las para outras formas de
linguagem como: gráficos, tabelas etc;
− Identificar produtos naturais muito utilizados no cotidiano e analisar a abundância
e desperdícios de materiais primordiais da natureza;
− Construir uma imagem da Química como algo agradável e prazeroso,
desmistificando o mito da “complexidade” e demonstrando o quanto o
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186
entendimento da disciplina é benéfico para o educando resolver situações do
cotidiano e auxiliá-lo na construção de uma visão articulada que contribua para
ele se veja como agente de transformação.
3.5.2 CONTEÚDOS
1º Anos
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos
Matéria e sua natureza
Biogeoquímica
Química sintética
− Propriedades da matéria
− Fases de Agregação
− Sistemas
− Fenômenos Físicos e Químicos
− Substância Pura e Composta
− Sistemas homogêneos e heterogêneos
− Processos de separação de misturas
− Modelos Atômicos
− Estudo do átomo
− Distribuição Eletrônica por Linus Pauling
− Tabela Periódica
− Ligações Químicas
− Geometria Molecular
− Funções Inorgânicas:
− Ácidos
− Bases
− Sais
− Óxidos
− Massa Atômica e Massa Molecular
− Cálculo Estequiométrico
− Estudos dos Gases
2º Anos
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187
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos
Matéria e sua natureza
Biogeoquímica
Química sintética
− Soluções
− Termoquímica
− Cinética Química
− Equilíbrio Químico
− Eletroquímica
− Radioatividade
3º Anos
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos
Matéria e sua natureza
Biogeoquímica
Química sintética
− Características dos Compostos Orgânicos
− Histórico da Química Orgânica
− Cadeias Carbônicas
− Funções Orgânicas: Hidrocarboneto, Álcoois,
Enóis, Fenóis, Éteres, Ésteres, Aldeídos,
Cetonas, Ácidos Carboxílicos, Haletos,
Aminas, Amidas, Nitrilos e Nitrocompostos
− Composto Organometálicos
− Compostos Sulfurados
− Composto de Função Mista
− Isomeria
− Reações Orgânicas
− Polímeros
3.5.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Como construção, o conhecimento é um processo contínuo e
inacabado. Devemos partir do conhecimento prévio dos estudantes, no qual se
incluem as ideias preconcebidas sobre o conhecimento da Química, ou as
concepções espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito cientifico,
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188
bem como a aprendizagem científica.
Diante do fato de que a Química assim como todos os movimentos
sociais e os conhecimentos humanos sofreram interferências e transformações do
momento histórico social, dos valores e ideologias, das necessidades materiais do
ser humano em cada momento histórico. Ao mesmo tempo em que sofreu a sua
interferência, neles interferiu. A Encaminhamentos Metodológicos de ensino de
Química não poderá ser como se estivesse ensinando um conhecimento pronto,
acabado, concluído e imutável.
É o ensino do conhecimento que se constrói a cada momento, a
cada fato, a cada novo registro, um fenômeno descoberto ou explicado partindo ou
não de outro já conhecido. Assim o método experimental não pode ser abandonado,
seja apenas para demonstrar o conhecimento adquirido ou para construir um novo.
O conhecimento bibliográfico é fundamental; nele buscam-se os
conceitos produzidos, os históricos construídos, os caminhos percorridos, as
técnicas utilizadas e os resultados obtidos. Para que a formação do sujeito crítico,
reflexivo, venha romper com concepções anteriores e estejam fundamentadas e com
bases sólidas, deve-se propiciar um entendimento sobre os problemas que afetam
diretamente a vida dos seres vivos e do ambiente, provocando uma reflexão sobre o
atual momento histórico, social, científico e tecnológico.
Para que o objetivo de relação entre teoria e prática seja alcançado,
a Encaminhamentos Metodológicos utilizada deve ser diversificada, de maneira a
possibilitar aos educandos a construção de conceitos químicos que lhes
proporcionem uma melhor compreensão da sua realidade e da realidade do outro.
Isso ocorre quando o ensino é contextualizado para que os alunos assim adquiram
seus conceitos, favorecendo o processo ensino-aprendizagem. Serão utilizados os
modelos, a experimentação prática e/ou virtual, leituras de textos relacionados com
os conteúdos, resolução de exercícios e vídeos.
Essa Encaminhamentos Metodológicos favorece a prática
pedagógica, aumentando a participação dos estudantes e proporcionando a
contextualização e a interdisciplinaridade.
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189
3.5.4 AVALIAÇÃO
A avaliação em Química será diagnóstica e contínua, entendida
como um instrumento de obtenção de informações necessárias sobre o
desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, para nele intervir e
transformar. Assim a avaliação prevê ações pedagógicas pensadas e realizadas
para que se possa observar avanços e dificuldades dos alunos, visando sempre um
diagnóstico qualitativo em detrimento ao quantitativo.
O aluno deverá compreender as relações que se estabelecer na
sociedade entre os seres humanos, e seres humanos – natureza. Possibilitando
dados para a compreensão de conceitos científicos, que serão utilizados no dia-a-dia
do aluno adaptado a sua realidade, interagindo melhor com o meio em que vive.
A avaliação irá valorizar os conhecimentos alternativos do estudante,
construídos no cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de diferentes
estratégias que envolvem recurso pedagógico diversos. Dentro dessa Proposta
Pedagógica Curricular a avaliação é entendida como finalidade de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, de forma contínua e formativa,
diagnosticar seus resultados de modo a orientar nossas intervenções e atribuir-lhe
valor.
De acordo com as DCEs o principal critério de avaliação em química
é a formação de conceitos científicos. Assim, para que este e outros critérios sejam
contemplados, se faz necessário utilizar os mais diversos meios de avaliações, os
quais proporcionem ao educando expressar os avanços na aprendizagem. Em tais
instrumentos de avaliações, o aluno poderá interpretar, produzir textos, debater,
relacionar, refletir, analisar, justificar, argumentar, defender seus pontos de vista e se
posicionar diante de cada evento apresentado. Portanto, a avaliação levará em
consideração as múltiplas inteligências, bem como a capacidade de sistematizar e
formalizar o seu conhecimento.
O registro das avaliações acontece bimestralmente, de forma
somatória. O processo de avaliação ocorre de maneira intencional e planejada,
acontecendo de diversas formas, a fim de eleger o instrumento mais apropriado às
suas finalidades.
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Alguns instrumentos que serão utilizados:
• Atividades de leitura compreensiva de textos;
• Trabalho em grupo ou com consulta;
• Provas, testes e trabalhos individuais;
• Pesquisas na internet, livros, jornais e revistas;
• Montagem de painel e/ou cartazes;
• Atividades experimentais;
• Levantamento e coleta de dados a partir de um problema levantado;
• Acompanhamento da sistematização e registros das atividades no caderno;
• Produção de textos e debates – argumentação, levantamento de hipóteses.
• Outros instrumentos convenientes.
A recuperação de estudos ocorrerá com a retomada de conteúdos,
com novo encaminhamento metodológico, para assegurar a possibilidade de
aprendizagem.
3.5.5 REFERENCIAS
DO CANTO, E.L.; PERUZZO, F.M.; Química na Abordagem do Cotidiano. Volume
1. Editora Moderna. 4º Edição. 2006.
FELTRE, R.; Fundamentos da Química. Volume 1,2,3. Editora Moderna. 7ºEdição.
FELTRE, R.; Fundamentos da Química. Volume Únido. Editora Moderna. 4º
Edição. 2005.
REIS, M.; Química Orgânica. Volume 3. Editora FTD. 1º Edição. 2007.
SALVADOR, E.; Química- Volume Único. Editora Saraiva. 7º Edição. 2006.
NOGUEIRA NETO, A.C.; Química para o Ensino Médio. Volume Único. Editora
IBEP. 2º Edição.2005.
USBERCO, J.; SALVADOR, E.; Química Essencial: Ensino Médio. Editora
Saraiva. 3º Edição, 2007.
USBERCO, J.; SALVADOR, E.; Química Geral. Volume 1,2,3. Editora Saraiva. 11º
Edição. 2005.
VÁRIOS. Química para o Ensino Médio.Volume Único. Secretaria de Estado da
Educação. 2º Edição. 2007.
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191
DIRETRIZES CURRICULARES DE QUÍMICA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA.
3.6 FÍSICA
3.6.1 JUSTIFICATIVA
A ciência surge em função da necessidade do ser humano em
decifrar o universo que o rodeia, e pela necessidade da resolução dos problemas
que surgem em determinados períodos da sua trajetória vivencial.
Como ciência, a Física é histórica e busca uma visão do universo em
que vivemos, procurando expressar através de modelos, conceitos e definições,
amparando-se em teorias aceitas por uma comunidade científica, mediante rigorosos
processos de validação. As teorias depois de validadas tornam-se leis universais
que possibilitam a estabelecer um conhecimento definitivo sobre um determinado
fenômeno.
Sendo a ciência que estuda os fenômenos naturais, e como a
natureza está em constante evolução, essa ciência não tem caráter estagnado e
definitivo, e acompanha as transformações do pensamento humano, evoluindo
através de novas tecnologias e teorias científicas. Sua evolução não ocorre apenas
no âmbito científico, abrange também um caráter filosófico, pois possibilita
questionar as “verdades” ou dogmas instituídos pelo conhecimento empírico.
A Física corresponde a um conjunto de conhecimentos estruturados,
sistematizados, reconhecidos pela sociedade em geral e, especialmente, pela
comunidade científica. O ensino da Física, no Ensino Médio, deve contribuir para a
formação de uma cultura científica efetiva, que permita aos alunos a interpretação
dos fatos, fenômenos e processos naturais, situando e dimensionando a interação
do ser humano com a natureza, como parte da própria natureza em transformação.
É fundamental apresentar uma física com a qual o aluno possa perceber seu
significado no momento em que aprende, não num momento posterior do
aprendizado. O conhecimento deve ser voltado a fenômenos significativos com
utilização do saber adquirido.
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O aprendizado de Física deve estimular os jovens a acompanhar as
notícias científicas, orientando-os para a identificação sobre o assunto que está
sendo tratado e promovendo meios para a interpretação de seus significados. A
física contemporânea deve apresentar-se em forma culturalmente significativa e
contextualizada, transcendendo naturalmente os domínios disciplinares escritos.
É fundamental ressaltarmos a importância de levar em conta os
conhecimentos já adquiridos pelos alunos, suas concepções acerca do mundo em
que vivem. A interação entre professor-aluno,o diálogo entre aluno-professor-ciência
é indispensável na construção do conhecimento pelo próprio aluno.
Enfim, a aprendizagem deve ser considerada uma produção cultural,
que irá transformar o cidadão, propiciando ao educando uma visão científica e crítica
da realidade e das tecnologias em que ele interage, libertando o educando das
vendas do universo empírico.
O ensino de Física tem seu ponto de partida no meio em que o aluno
vive, explicando os fenômenos que acontecem no seu cotidiano e no resto do
mundo. Este aprendizado ocorre através da experimentação, demonstração,
observação, confronto, dúvida, interpretação e construção conceitual dos fenômenos
físicos. Neste processo o aluno apropriar-se-á da linguagem própria de códigos e
símbolos, desenvolvida pela física, utilizando-a para sua comunicação oral e escrita.
Incorporado à cultura e integrado como instrumento tecnológico,
esse conhecimento tornou-se indispensável à formação da cidadania
contemporânea.
Ao propiciar esses conhecimentos, o aprendizado da física promove
a articulação de toda uma visão de mundo, de uma compreensão dinâmica do
universo, mais ampla do que nosso entorno material imediato, capaz, portanto, de
transcender nossos limites de tempo e espaço.
Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo foram escolhidos
como conteúdos estruturantes porque indicam campos de estudo da Física, que a
partir de desdobramentos, possam garantir os objetos de estudo da disciplina de
forma abrangente.
Não se pode negar, aos estudantes, condições para que
contemplem a beleza, a elegância das teorias físicas. Ao debruçar-se sobre o estudo
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193
de gravitação, por meio do modelo de Newton, em que a força aparece variando
com o inverso do quadrado da distância, numa equação que considera a presença
da massa, o aluno deveria poder perceber, ali, não apenas uma equação
matemática, onde basta, tão somente, colocar alguns dados para obter uma
resposta, mas um resultado que sintetiza toda uma concepção de espaço, matéria e
movimento desde que o homem se interessou, movido pela necessidade ou pela
curiosidade, pelo estudo dos movimentos.
Considerando que, para a maioria dos nossos jovens, o Ensino
Médio assume o caráter de terminalidade, os professores de Física da Rede Pública
Estadual do Paraná constroem essas orientações curriculares, ressaltando a
importância de um enfoque conceitual que não leve em conta apenas a equação
matemática, mas que considere o pressuposto teórico que afirma que o
conhecimento científico é uma construção humana com significado histórico e social.
Além disso, se queremos contribuir para a formação de sujeitos que
sejam capazes de refletir e influenciar, de forma consciente, nas tomadas de
decisões, é importante buscarmos o entendimento das possíveis relações entre o
desenvolvimento da Ciência e da tecnologia e as diversas transformações culturais,
sociais e econômicas decorrentes deste desenvolvimento que, em muitos aspectos,
depende de uma percepção histórica de como estas relações foram sendo
estabelecidas ao longo do tempo.
A Física sendo uma ciência que tem por fim a compreensão dos
fenômenos naturais deve preconizar os seguintes objetivos:
� Trabalhar a Física além da matemática aplicada, pois esta é uma linguagem e
não um fim, construindo os conceitos físicos através da compreensão do
universo, sua evolução, suas transformações e as interações que nele se
apresentam.
� Saber matemática não pode ser um pré-requisito para ensinar Física , ainda
que a linguagem matemática seja uma ferramenta para a Física. Entendemos
que precisamos permitir aos estudantes de Física que se apropriem do
conhecimento físico, daí a ênfase aos aspectos conceituais sem, no entanto,
descartar o formalismo matemático.
� Partir do conhecimento prévio trazido pelos estudantes, como fruto de suas
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experiências de vida em seu contexto social e que na escola, se fazem
presentes no momento em que se inicia o processo. Enfatizando,
particularmente, as concepções alternativas apresentadas pelos estudantes, a
respeito de alguns conceitos, as quais
� acabam por influenciar a aprendizagem desses conceitos do ponto de vista
científico.
� Entender que o ensino de Física deve ser voltado para fenômenos físicos,
enfatizando-os qualitativamente, porém, sem perda da consciência teórica.
� Propor um tratamento qualitativo dos temas da Física moderna, apresentado
a Física como ciência em processo de construção.
� Fazer a ligação entre a teoria e a prática, através da experimentação, por
proporcionar uma melhor interação entre professor e alunos e, entre grupos,
contribuindo para o desenvolvimento cognitivo e social dos estudantes, dentro
de um contexto especial que é a escola.
� Repassar os conhecimentos historicamente acumulados de forma que
possibilite a formação crítica do educando, valorizando desde a abordagem
de conteúdos específicos até suas implicações históricas.
� Contribuir para a formação de uma cultura científica efetiva, que permita aos
alunos a interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais, situando e
dimensionando a interação do ser humano com a natureza, como parte da
própria natureza em transformação.
3.6.2 CONTEÚDOS
Os três conteúdos (MOVIMENTO, TERMODINÃMICA E ELETROMAGNETISMO)
foram escolhidos como estruturantes por que indicam campos de estudo da Física
que, a partir de desdobramentos em conteúdos específicos, possam garantir os
objetivos de estudo da disciplina da forma mais abrangente possível.
CONTEÚDOS GERAIS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
� Introdução ao estudo da Física
� Evolução da Física
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� Partes da Física
� Sistemas de Medidas
� O Sistema Internacional de Unidades
� Medidas de comprimento e de intervalo de tempo
� Cinemática Escalar
� Conceitos básicos
� Deslocamento escalar
� Velocidade escalar média
� Emprego do conhecimento físico e das fórmulas na resolução de problemas
� Movimento Retilíneo Uniforme
� Função Horária
� Encontro entre dois carros
� Leitura e interpretação de gráficos e tabelas
� Movimento Retilíneo Uniforme
� Variado
� Aceleração
� Funções Horárias
� Equação de Torricelli
� Leitura e interpretação de gráficos e tabelas
� Interpretação dos conceitos em aplicações de
� fórmulas na resolução de problemas
� Queda livre
� Lançamento Oblíquo e
� Horizontal
� Características do lançamento
� Equações dos lançamentos
� Alcance máximo e trajetórias reais
� Gravitação Universal
� Campo Gravitacional
� Leis de Kepler
� Intensidade do campo gravitacional
� Força
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� Conceito de Força
� Componentes perpendiculares de uma Força
� Força resultante
� Massa e Peso
� Diferenças entre massa e peso
� Cálculo do peso de um corpo
� Leis de Newton
� Lei da Inércia dos corpos -1ªLei de Newton
� Princípio fundamental da dinâmica – 2ª Lei de Newton.
� Princípio da ação e reação – 3ª Lei de Newton
� Aplicações das leis de Newton.
� Movimento Circular Uniforme
� determinar a posição e a velocidade de um
� corpo em MCU
� Apresentar as grandezas período, freqüência
� e velocidade angular.
� Relações entre essas grandezas.
� Aplicações do MCU
� Energia e trabalho
� Energia mecânica
� Trabalho de uma força constante e variável
� Trabalho do peso e da força elástica
� Conservação da energia mecânica;
� Potência e Rendimento;
� Quantidade de movimento e impulso;
� Conservação da quantidade de movimento;
� Colisão frontal.
� Hidrostática
� Densidade de um corpo
� Pressão média
� Pressão atmosférica
� Teorema de Stevin
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� Experiência de Torricelli
� Princípio de Arquimedes
� Termometria
� Conceitos básicos
� Equilíbrio térmico
� Escalas de temperatura
� Conversão de temperaturas
� Relação entre as escalas
� Dilatação dos sólidos
� Dilatação linear
� Dilatação superficial
� Dilatação Volumétrica
� Calorimetria
� Relação entre calor, temperatura e energia
� Capacidade térmica e calor específico dos materiais
� Princípio das trocas de calor
� Mudanças de fase
� Calor latente
� Diagrama de fases
� Cálculo das calorias nos alimentos
� Transmissão de calor
� Estudo dos gases
� Termodinâmica
� Mudanças de estado físico
� Transformações gasosas
� Equação de Clapeyron
� Leis da termodinâmica
� Aplicação das leis da termodinâmica
� Óptica geométrica
� Conceitos básicos da óptica geométrica
� Princípios da Óptica geométrica
� Eclipses do sol e da lua
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� Espelhos planos e esféricos
� Fenômenos ópticos: reflexão, refração e absorção
� Construção das imagens nos espelhos
� Óptica da visão – partes do olho
� Defeitos e doenças da visão
� Ondulatória
� Introdução ao estudo das ondas
� Velocidade de propagação das ondas
� Fenômenos ondulatórios
� Ondas estacionários
� Acústica
� Velocidade de propagação do som
� Qualidade do som
� Fenômenos sonoros
� Efeito Doppler
� Tubos sonoros
� Eletricidade
� Princípios da eletricidade
� Processos de eletrização
� Força Elétrica – Lei de Coulomb
� Vetor campo elétrico e Potencial Elétrico
� Energia potencial eletrostática
� Capacitância ou capacidade Elétrica
� Corrente elétrica e seus efeitos
� Intensidade da corrente elétrica
� Resistência elétrica e Leis de Ohm
� Associação de resistores
� Potência elétrica e energia elétrica
� Geradores e receptores
� Circuitos elétricos
� Eletromagnetismo
� Imãs – conceituação e propriedades
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� Princípios do magnetismo
� Noções de geomagnetismo
� Vetor indução magnética
� Força Magnética
3.6.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O trabalho do professor é o de mediador, ou seja, responsável por
apresentar problemas ao aluno que o desafiem a buscar a solução. O professor
pode adotar procedimentos simples mas que exijam a participação efetiva do aluno.
O ensino de Física no Ensino Médio precisa estar em sintonia com o
objetivo maior da educação, que é o da formação de um cidadão crítico, capaz de
interferir com qualidade na dinâmica social em que está inserido.
O papel da Física, classicamente, é o de elaborar uma descrição
quantitativa dos fenômenos físicos observados na natureza. Porém, entendemos
que o “quantitativo” não pode ser entendido simplesmente como e repasse ao aluno
de fórmulas prontas, com o devido treino para a resolução de questões numéricas.
A abordagem histórica dos conteúdos se apresenta útil e rica, pois
auxilia o aluno a reconhecer a ciência como um objeto humano, tornando o conteúdo
científico mais interessante e compreensível, além de ajudar os professores na
busca da estrutura das concepções espontâneas de seus estudantes. Permite ao
professor estabelecer um paralelismo entre história e ciência. O conhecimento do
passado, das idéias e suas relações econômicas e sociais podem ajudar a entender
a ciência como parte da realidade transformando a física em algo compreensível,
iniciando uma ruptura, com uma Encaminhamentos Metodológicos própria do senso
comum, fazendo a ponte entre as idéias espontâneas e o conhecimento científico.
O processo pedagógico na disciplina de Física deve partir do
conhecimento prévio do estudante, com o objetivo de chegar ao conceito científico.
Sendo o objetivo principal entre professores e estudantes
compartilhar a busca da aprendizagem que ocorre na interação com o conhecimento
prévio do sujeito e, simultaneamente, adicionam, diferenciam, interam, modificam e
enriquecem o saber já existente.
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Para melhor contextualização dos conteúdos serão proporcionados
aos alunos, cabe ao professor, propiciar ao aluno a apropriação do respectivo
conteúdo através de exposição oral e dialogada, exercícios, questionamentos,
demonstrações, seminários, palestras, textos interdisciplinares, estudo dirigido e
aulas práticas em laboratórios, utilizando-se, quando possível, dos recursos
tecnológicos disponíveis.
3.6.4 AVALIAÇÃO
O processo de avaliação visa a julgar como e quanto dos objetivos
iniciais definidos, no plano de trabalho do professor foram cumpridos.
Necessariamente, deve estar estreitamente vinculado aos objetivos da
aprendizagem. Além disso, têm a finalidade de revelar fragilidades e lacunas, pontos
que necessitam de reparo e modificação por parte do professor. Ou seja, a avaliação
deve estar centrada tanto no julgamento dos resultados quanto na análise do
processo de aprendizado.
A avaliação é um elemento integrador do processo ensino e
aprendizagem, visando o aperfeiçoamento, a confiança e naturalidade do processo,
como um instrumento que possibilita identificar avanços e dificuldades, levando-nos
a buscar caminhos para solucioná-los.
O aluno será avaliado à medida que possa desenvolver relações
entre o conhecimento empírico e o conhecimento científico, mostrando habilidades
em ler e interpretar textos, fazendo uso das representações físicas como tabelas,
gráficos, equações sistemas de unidades,etc.
Outra possibilidade é a verificação do quanto o conhecimento inicial
do aluno foi modificado (ou não), dado o desenvolvimento da disciplina. A partir daí,
pode-se gerar uma discussão bastante vantajosa sobre o aprendizado, ao mesmo
tempo em que se avalia o quanto, como e por que o aprendizado se deu.
Enfim, sendo a avaliação um processo somatório e contínuo, está
ligada a todas as ações do aluno, levando-se em conta os pressupostos teórico-
metodológicos da disciplina; deverá também ser diversificada, para contemplar as
diferentes habilidades apresentadas pelos educandos. Para tanto, entre outros
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201
instrumentos que possam se tornar pertinentes no decorrer do processo de
aprendizagem, serão utilizados os seguintes instrumentos de avaliação:
� Prova escrita
� Trabalhos individuais e em grupo
� Experiências
� Pesquisa bibliográfica
� Testes orais e escritos
� Criatividade observada nos trabalhos
� Produção nas aulas práticas
� Auto-avaliação
� Debates e seminários
3.6.5 REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação
Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná. Versão
Preliminar.
Curitiba: SEED/ DEF, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede
Pública
de Educação Básica do Estado do Paraná.Física . Curitiba: SEED/ DEF, 2006.
BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação- LDB 9.394/96.
BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília:
MEC/SENTEC, 2002.
3.7 HISTÓRIA
3.7.1 JUSTIFICATIVA
A História enquanto disciplina escolar passou a ser obrigatória a
partir da criação do Colégio D. Pedro II, em 1837. Neste mesmo ano foi criado o
IHGB, que instituiu a História como disciplina acadêmica. Sob a influencia do
Positivismo e da Escola Metódica, caracterizada pela História Política, o ensino de
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202
História de orientava pela linearidade e valorização dos heróis, bem como, justificava
o modelo de nação brasileira como extensão da História européia, contribuindo para
a legitimação dos valores aristocráticos.
No inicio da republica a Historia do Brasil ganhou um espaço
reduzido no currículo, no entanto, a maioria dos professores dificilmente conseguia
tratá-la.
No governo Vargas, para atender ao projeto político nacionalista do
Estado Novo, ocorreu um resgate da História do Brasil no Ensino Secundário, que
por ser restrito à elite, configurou-se numa preparação para conduzir o povo. O
ensino de Historia se ocupava em reforçar o caráter moral e cívico dos conteúdos
escolares.
Após a implantação do Regime Militar (1964), o ensino de História
manteve seu caráter político e factual. Os grandes heróis como sujeitos da História
narrada, mantiveram-se como modelos a serem seguidos. Modelos de ordem,
hierarquia e nacionalismo. O Estado era o grande sujeito histórico.
Na década de 70 surgiu o Segundo Grau Profissionalizante. O
ensino tornou-se técnico e voltado para a preparação de mão-de-obra para o
mercado de trabalho. Em decorrência disso, as disciplinas da área de Ciências
Humanas perderam espaço nos currículos, pois no Primeiro Grau, as disciplinas de
História e Geografia foram condensadas nos Estudos Sociais e no Segundo Grau a
carga horária foi reduzida para abrir espaço para a disciplina de OSPB. Com estas
medidas, o Estado objetivava o controle ideológico, despolitizar o professor e centrar
a formação na transmissão de conteúdos escolares dos manuais didáticos. A
prioridade era ajustar o aluno ao cumprimento de seus deveres patrióticos. A História
continuava linear e cronológica, conduzida pelos heróis em busca de um ideal de
progresso da nação.
No final dos anos 80 e inicio dos anos 90 cresceram os debates em
torno de reformas democráticas na área educacional.
No Paraná em 1991, o Currículo Básico renovou o ensino de História
com base na Historiografia Social, pautada no Materialismo Histórico Dialético,
indicando elementos da Nova História. O Currículo Básico procurou ser contrario ao
ensino tradicional, ou seja, eurocêntrico, factual e heróico, pautado na memorização
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203
e nos questionários. Na pratica, tendeu-se a uma supervalorização dos conteúdos
em detrimento dos temas que tinham como orientação as formações sociais do
processo histórico. Não se superou a História linear e cronológica. A falta de uma
orientação curricular comum para o ensino de História, deu margem para que cada
professor organiza-se os conteúdos, levando mais tarde, à adoção dos PCNs e dos
livros didáticos como referencias para a organização dos currículos escolares.
Nos PCNs a disciplina de História assumiu a função de resolver
problemas imediatos e próximos ao aluno. Ressaltou-se a relação que o
conhecimento deve ter com a vivência do educando, principalmente no contexto do
trabalho e do exercício da cidadania. Essa perspectiva não apresentava uma
preocupação com a contextualização dos períodos históricos estudados. Apesar dos
PCNs proporem uma valorização do ensino humanístico, a preocupação maior era
de preparar o individuo para o mercado de trabalho.
A partir de 2003 a SEED, juntamente com os professores da Rede
Pública de Educação vem construindo as Diretrizes Curriculares de História com
base nos Conteúdos Estruturantes, sustentados pelos campos da investigação de
História Política, econômico-social e cultural, à luz da Nova Esquerda Inglesa e da
Nova História Cultura, inserindo conceitos relativos à consciência histórica.
II – Fundamentos Teórico-metodológicos
A História tem como objeto de estudo as ações e relações humanas
praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos conscientes ou não,
deram as mesmas. As relações demarcam as estruturas sócio-históricas e isto não
ocorre de modo linear, pois os processos históricos são mercados por vários
acontecimentos distintos que produzem uma nova relação enquanto diversas
relações distintas convergem para um novo acontecimento histórico.
A produção do conhecimento histórico possui um método especifico
baseado na explicação e interpretação de fatos do passado. A problematização
construída produz uma narrativa histórica que tem o desafio de contemplar a
diversidade das experiências políticas, sócio-econômicas e culturais dos sujeitos e
suas relações, abrindo perspectivas para validação, refutação e complementação da
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204
produção historiográfica existente.
A finalidade da História é expressa no processo de produção do
conhecimento humano sob a forma de consciência histórica dos sujeitos, voltando-
se para a interpretação dos sentidos do pensar histórico e para a compreensão da
provisoriedade deste conhecimento, porém, isto não significa um relativismo teórico.
No século XXI estabeleceu-se um conflito entre diferentes correntes
historiográficas. As Diretrizes Curriculares de História buscaram seu fundamento na
Nova História Cultura e na Nova Esquerda Inglesa.
A Nova História Cultural se utiliza das categorias de representação e
apropriação para a produção do conhecimento histórico. Representação é aqui
entendida como as diferentes formas através das quais as comunidades, partindo de
suas diferenças sociais e culturais, percebem e compreendem sua sociedade e sua
própria História. A apropriação tem por objetivo uma História social das
interpretações.
A Nova História Cultural se baseia na correlação entre
representações e práticas sociais que permitem examinar os objetos culturais
produzidos, os sujeitos produtores e receptores de cultura e os processos que
envolvem a produção e difusão cultural.
O ensino de História pode se beneficiar desta corrente
historiográfica, na medida em que esta valoriza a diversificação dos documentos, na
construção do conhecimento histórico, permitindo também as relações
interdisciplinares com outras áreas do conhecimento. De um lado, a abordagem
local, os conceitos de representação, prática cultural e apropriação e por outro lado,
a circularidade cultural e a polifonia, possibilitam aos alunos e professores, tratarem
esses documentos através de problematizações mais complexas em relação à
História Tradicional, desenvolvendo uma consciência histórica que leve em conta a
diversidade das práticas culturais dos sujeitos, sem abandonar o rigor do
conhecimento histórico.
A Nova Esquerda Inglesa pauta seus estudos na experiência do
historiador, na sua dimensão social e investigativa, o que possibilita novos
questionamentos sobre o passado, a partir dos quais tem surgido novo método de
pesquisa histórica. Essa concepção de História valoriza a possibilidade de
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205
transformação social.
As Diretrizes Curriculares de História propõe-se a fazer articulações
entre as distintas abordagens teóricas embora privilegie como um dos caminhos
possíveis para o ensino de História as correntes da Nova História Cultura e da Nova
Esquerda Inglesa, visto que ambas, possibilitarão aos alunos compreender as
experiências e os sentidos que os sujeitos dão as mesmas, é uma abordagem que
combina a micro–história com a macro-história. Para que de fato ocorra a articulação
na abordagem curricular de História, as Diretrizes Curriculares de História, colocam
como principio norteador a idéia de Consciência Histórica, pois esta é uma condição
para a existência do pensamento humano. Nessa perspectiva os sujeitos se
constituem a partir de suas relações sociais em qualquer local e período do processo
histórico, ou seja, a Consciência Histórica é inerente à condição humana em toda a
sua diversidade. Ao optar pelas contribuições das correntes historiográficas da Nova
História Cultura e da Nova Esquerda Inglesa como referenciais teóricos objetiva-se
propiciar aos alunos a formação da Consciência Histórica, inclusive superando
também a idéia de História como algo dado como verdade absoluta.
OBJETIVOS
Ao longo do Ensino Médio os alunos, gradativamente, devem ter a
oportunidade de ampliar a compreensão de sua realidade, especialmente
confrontando-a e relacionando-a com outras realidades históricas e assim, possam
fazer suas escolhas e estabelecer critérios para orientar suas ações. Nesse sentido
os alunos deverão ser capazes de:
� Identificar relações sociais no seu grupo de convívio, na comunidade e em
outras manifestações estabelecidas em outros tempos e espaços;
� Situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma multiplicidade de
tempos;
� Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento
interdisciplinar;
� Compreender que as histórias individuais são partes integrantes das histórias
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206
coletivas;
� Conhecer e respeitar o modo de diferentes grupos, em diversos tempos e
espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais,
reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles, continuidades e
descontinuidades, conflitos e contradições sociais;
� Questionar sua realidade, identificando problemas e possíveis soluções,
conhecendo formas político-institucionais e organizações da sociedade civil
que possibilitem modos de atuação e participação efetiva;
� Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto,
aprendendo a observar e colher informações de diferentes paisagens e
registros escritos, iconográficos, sonoros e materiais;
� Valorizar o patrimônio sócio-cultural e respeitar a diversidade social,
considerando os critérios éticos;
� Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos como
condições de efetivo fortalecimento da democracia, mantendo-se o respeito
às diferenças e a luta contra as desigualdades.
3.7.2 CONTEÚDOS
- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes, para a disciplina de História no Ensino
Médio, são as relações de poder, as relações de trabalho e as relações culturais
dentro de um recorte que privilegie o estudo das relações humanas. As ações e
relações humanas constituem o processo histórico, o qual é dinâmico.
1) Relações de Trabalho
O trabalho expressa a relação que os seres humanos estabelecem
entre si e a natureza. Ao realizar as atividades de transformação de elementos da
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207
natureza os homens se relacionam entre si. Essas relações de trabalho permitem
diversas formas de organização do mundo do trabalho.
Assim, o estudo de relações de trabalho deve contemplar diversos
tipos de fontes históricas. A Nova Esquerda Inglesa entende que a consciência de
classe dos sujeitos não se constrói somente entre a luta de classes, mas também
em conflitos intraclasse e nas relações interclasses, por meio de experiências vividas
pelos trabalhadores.
O estudo das relações de trabalho deve contemplar as esferas:
domestica, a pratica comunitária, as manifestações artísticas e intelectuais e a
participação do homem nas instancias de representações políticas, trabalhistas e
comunitárias; partindo de problemáticas do presente tais como: impactos ambientais,
movimentos sociais e culturais, desemprego, desigualdade social, fome, violência e
outros.
2) Relações de Poder
As relações de poder se manifestam como relações sociais e
ideológicas estabelecidas entre aqueles que exercem o poder e aqueles que se
submetem.
A Nova Esquerda Inglesa analisa as relações de poder a partir da
valorização das condições materiais, das estruturas socioeconômicas das classes e
grupos sociais e dos movimentos coletivos, reintroduzindo a ideologia como
categoria analítica do discurso histórico.
O entendimento que as relações de poder são exercidas nas
diversas instancias sócio-históricas, como o mundo do trabalho, as políticas públicas
e as diversas instituições, permite ao aluno perceber que setas relações fazem parte
do seu cotidiano. Assim ele poderá identificar onde se localizam as arenas
decisórias, o porque da tomada de determinadas decisões e de que forma estas
decisões foram executadas, para que ele entenda como, quando e onde reagir.
3) Relações Culturais
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208
O estudo das relações culturais deve considerar a especificidade de
cada sociedade e as relações entre elas. O processo histórico constituído na relação
entre as diversas sociedades é o que pode ser chamado de cultura comum.
Os historiadores da Nova Esquerda Inglesa repensaram o conceito
de cultura a partir de sujeitos históricos antes ignorados pela História Tradicional e
passaram a valorizar a “história vista de baixo”.
O uso de documentos antes desvalorizados pela historiografia
tradicional, tais como processos judiciais, interrogatórios, boletins de ocorrência,
canções populares, relatos de tradições orais, livros populares e outros permitem a
construção de narrativas históricas que incorporam olhares alternativos em relação
às ações dos sujeitos ao produzir e vivenciar o processo histórico de constituição da
humanidade.
Conteúdos Básicos 1º ANO Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
Relações de Trabalho e Relações de Poder
Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre
oConceito de trabalho; oTrabalho Livre nas sociedades indígenas, africanas e nômades e seminômades; oTrabalho Escravo e Servil; oTransição e constituição do Trabalho Assalariado; oO sistema Industrial de produção; oToyotismo, Fordismo e Taylorismo; oSindicalismo e lutas trabalhistas;
Relações de Trabalho
Urbanização e Industrialização
oCidades neolíticas, greco-romanas, medievais, pré-colombianas, africanas e asiáticas; oOcupação do território brasileiro e a formação de vilas e cidades; oUrbanização e industrialização no Brasil e nas sociedades orientais, ocidentais e africanas; oOcupação e urbanização do Paraná;
Relações de Trabalho, de Poder e de Cultura
A África que os europeus encontraram
oGrandes reinos africanos; oSociedades tribais;
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2º ANO Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
Relações de Poder
O Estado e as Relações de Poder
-Estados Teocráticos; -Estados na Antiguidade Clássica; -Poder Temporal e Espiritual na sociedade medieval; -Formação dos estados nacionais; -Exploração Colonial; -Iluminismo e processos de Independência na América; -Emancipação do Paraná; -Doutrinas Sociais (anarquismo, socialismo e positivismo); -Regimes Totalitários; -Populismo e Ditaduras na América; -Guerra Fria e América; -Independências das colônias africanas e asiáticas.
Relações de Poder e Relações Culturais
Os Sujeitos, as revoltas e as guerras
6. Política e resistência nas cidades gregas e romanas;
7. Resistência Servil; 8. Revoltas contra a dominação colonial na
África e América; 9. Quilombos; 10. Revoltas Sociais na América Portuguesa
e Independente. Relações de Trabalho, Poder e de Cultura
África e Brasil: os afro-descendentes
11. Resistência africana à escravidão; 12. Leis contra a discriminação racial no
Brasil; 13. Respeito á diversidade étnico racial.
3º ANO Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
Relações de Poder e Relações Culturais
Movimentos Sociais, Políticos e Culturais e as Guerras e Revoluções
� Revoluções Democráticas-liberais no Ocidente; � Guerras Mundiais; � Revoluções Socialistas na Ásia, América e África; � Resistências as Ditaduras na América Latina; � África e Guerras Étnicas; � Luta pela terra; � Questões Agrárias no Paraná
Relações Culturais
Cultura e Religiosidade
� Ritos, Mitos e Imaginário (África, Ásia, América e Europa);
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210
� Mito e Arte nas sociedades greco-romanas; � Formação das grandes religiões (hinduísmo, budismo, confucionismo, judaísmo, cristianismo e islamismo); � Movimentos religiosos e culturais na transição do feudalismo para o capitalismo; � Sociedade, política e Cultura brasileira através das artes; � Etnias indígenas e africanas e suas manifestações no Brasil;
3.7.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Como o passado não pode ser representado em toda a sua
complexidade, os conteúdos estruturantes propõem uma abordagem a partir de
temas.
Primeiramente, deve-se focalizar o acontecimento, processo ou
sujeito. Em segundo lugar, delimitar o tema histórico em um período bem definido,
demarcando referencias temporais e por fim, professores e alunos definem um
espaço ou território de observação do conteúdo tematizado. Além destas três
dimensões, faz-se necessário instituir um sentido à seleção temática realizada, o
qual é dado pela problematização.
Para construir uma narrativa histórica pode-se, depois de selecionar
o tema, utilizar três formas:
� Narração: discurso de ordenação dos fatos que se sucederam em um
‘período de tempo’;
� Descrição: é a forma de representar através de exemplos ou provas, um
contexto histórico;
� Argumentação, Explicação e Problematização: A problematização
fundamenta a explicação e a argumentação histórica. A explicação é a
busca das causas e origens de determinadas ações e relações humanas.
A argumentação é a resposta dada à problemática, a qual é construída
através da narração e da descrição.
As imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias,
pinturas, gravuras, museus, filmes, músicas e outros, são documentos que podem
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211
ser transformados em materiais didáticos de grande valia na construção do
conhecimento histórico.
A proposta de seleção de temas é também pautada em relações
interdisciplinares, considerando que é na disciplina de História que ocorre a
articulação dos conceitos e Encaminhamentos Metodológicoss entre as diversas
áreas do conhecimento. Tal estudo acontecerá de forma crítica e dinâmica
associando-se temas sociais como ética, educação sexual e meio ambiente.
No estudo do mundo contemporâneo a escola tem por objetivo
fornecer elementos que possibilitem ao aluno pensar-se como cidadão em seu
tempo. Essa proposta, melhor se consolidará através de debates, troca de
experiências, acesso ao material didático e pesquisa. Os objetivos serão
gradativamente atingidos, verificando-se a aprendizagem a partir daquilo que é
básico e fundamental. Assim, a avaliação terá função diagnostica e não
classificatória e será feito com critérios e formas que valorizem a individualidade e o
contexto social do educando.
A avaliação do conteúdo dar-se-á no sentido de priorizar que o aluno
compreenda a diversidade do social (transformações e relações) dentro de suas
dimensões espaciais e temporais. Analisando a construção da noção de tempo
social, saindo de si e, do tempo dos acontecimentos dos grupos da sociedade.
No sentido de contribuir para que os alunos compreendam as
realidades em perspectivas históricas, é significativo o desenvolvimento de
atividades nas quais se possa questionar o presente, identificar questões implícitas
às relações sociais e suas relações em diferentes esferas da vida em sociedade,
identificar as relações entre passado e presente, discernindo semelhanças e
diferenças, permanências e transformações.
3.7.4 AVALIAÇÃO
Para o ensino de História a avaliação deverá ser formal, processual,
continuada e diagnostica.
O acompanhamento do processo de ensino-aprendizagem tem
como finalidade principal, dar indicativos do desenvolvimento deste processo e
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212
assim, permitir uma reflexão sobre o método de trabalho, possibilitando o
redirecionamento, caso necessário. A avaliação deve possibilitar a verificação de
quanto cada educando desenvolveu-se na apropriação do conhecimento histórico.
Ao longo do Ensino Médio, o aluno deverá entender que as relações
de trabalho, as relações de poder e as relações culturais se articulam e constituem o
chamado processo histórico, além de compreender que o estudo do passado se
realiza a partir de questionamentos feitos no presente por meio da analise de
diferentes documentos históricos.
Ao estudar as relações de trabalho, o aluno deverá compreender
como elas se configuram atualmente e como se configuravam no passado. No que
diz respeito as relações de poder, o aluno deverá compreender que estas se
encontram em todos os espaços sociais, identificando-as e analisando-as. E ainda,
quanto às relações culturais, o aluno deverá reconhecer a si mesmo e aos outros
como construtores de uma cultura comum, compreendendo a especificidade de cada
sociedade e as relações entre elas, identificando as permanências e mudanças nas
diversas tradições e costumes sociais.
A avaliação do ensino de História para o Ensino Médio considerará
três aspectos importantes:
� A apropriação de conceitos históricos;
� O aprendizado dos conteúdos estruturantes;
� O aprendizado dos conteúdos específicos.
Esses três aspectos são entendidos como complementares e indissociáveis. Para
tanto, são necessárias diversas atividades como: leitura, interpretação e analise de
textos historiográficos, mapas e documentos históricos; produção de narrativas
históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos históricos,
apresentação de seminários, entre outras atividades.
É importante que os critérios de avaliação sejam definidos
previamente e que qualquer que seja a modalidade escolhida de avaliação, ela
deverá possibilitar a reelaboração e expressão do conteúdo aprendido, a isto se
chama, recuperação paralela dos conteúdos.
Entende-se, portanto que a avaliação da aprendizagem será feita a
todo o momento, até porque a construção do conhecimento constitui um processo
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213
amplo de verificação contínua. O professor irá acompanhar o desenvolvimento da
turma, colhendo dados que lhe forneçam subsídios para uma avaliação completa.
Qualquer que se seja a forma de avaliação ela deve possuir uma
coerência com os objetivos a que se propôs.
Critérios de Avaliação
� Utilizar-se do conhecimento prévio relacionando-o com o conteúdo;
� Situar temporal e cronologicamente os conteúdos;
� Expor idéias com clareza oralmente e por escrito;
� Elaborar textos com coerência;
� Apropriar-se progressivamente do conteúdo ampliando seu conhecimento;
� Formular perguntas e comentar os assuntos trabalhados, com autonomia;
� Interpretar diferentes documentos históricos;
Instrumentos de Avaliação
� Avaliação escrita;
� Avaliação oral;
� Atividades coletivas considerando o empenho individual;
� Atividades individuais;
3.7.5 REFERENCIAS
SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo:
Scipione, 2004.
BURKE, Peter. O que é História Cultural? Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 14 ed. São Paulo:
Cortez, 2002.
DIRETRIZES CURRICULARES DO ENSINO MÉDIO PARA HISTÓRIA – 2008.
3.8 GEOGRAFIA
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214
3.8.1 JUSTIFICATIVA
O estudo dos elementos naturais da paisagem e seus fenômenos
em consonância com o dinamismo das relações sociais e econômicas são objetos
da Geografia.
A Ciência Geográfica que analisa fenômenos de diversos tipos,
biológicos e sociais, é classificada como a ciência que estuda o espaço e é da sua
organização que resulta na interação dos homens entre si e deste com o meio.
A variedade de abordagens e a complexidade da dinâmica social,
sobretudo os problemas e transformações atuais, fazem parte de um contexto de
circulação de informações associada a elementos econômicos. O neoliberalismo e a
globalização que por hora, necessitam de exaustivos estudos, bem como, a desigual
distribuição de renda e os processos de desenvolvimentos tecnológicos.
Assim, a Geografia possui grande importância para a compreensão
do homem, da sociedade e a distribuição e participação desta, mediante a repartição
do excedente econômico ou não, e os objetos que orientam essa Ciência são: a
Paisagem, a Região, o Lugar, o Território, a Natureza e a Sociedade, assim,
configura-se como objetivo maior do ensino da Geografia que conjuga o plano de
ação do educando, conhecer o Espaço Geográfico para melhor agir no processo de
sua construção.
Dessa forma, o Ensino Médio deve orientar a formação de um
cidadão para aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender
a ser. Isto é, deve buscar um modo de transformar indivíduos tutelados e
infantilizados em pessoas em pleno exercício da cidadania, cujos saberes se
revelem em competências cognitivas, sócio-afetivas e psicomotoras e nos valores de
sensibilidade e solidariedade necessários ao aprimoramento da vida neste país e
fora dele.
- OBJETIVOS
A Geografia no Ensino Médio além de rever conceitos já apropriados
no Ensino Fundamental tem como objetivo o desenvolvimento da consciência crítica
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215
do aluno e, a partir do trabalho proposto pela escola, levá-lo a formação de um
raciocínio geográfico articulando às demais disciplinas e aos fatos do cotidiano
próximo e distante.
3.8.2 CONTEÚDOS
• A formação e transformação das paisagens.
• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
• A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da
paisagem, a (re) organização do espaço geográfico.
• A formação, localização e exploração dos recursos naturais.
• A Revolução Técnico Científica - Informacional e os novos arranjos no espaço
da produção.
• O espaço rural e a modernização da agricultura.
• O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual
configuração territorial.
• A circulação de mão-de-obra, do capital, mercadorias e das informações.
• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
• A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e
a urbanização recente.
• Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço.
• A Evolução Demográfica, a Distribuição Espacial da População e os
Indicadores Estatísticos.
• Os movimentos migratórios e suas motivações.
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216
• A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade
cultural.
• O comércio e as implicações sócio-espaciais.
• As diversas regionalizações do espaço geográfico.
• As implicações sócio-espaciais do processo de mundialização.
• A Nova Ordem Mundial, os Territórios supranacionais e o papel do Estado.
• Questões Territoriais Indígenas.
• Cultura Afro-brasileira.
• Geografia Física do Paraná.
• Geografia Humana do Paraná .
3.8.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Propõe-se que os conteúdos específicos sejam trabalhados de
forma crítica e dinâmica, de maneira que a teoria, a prática e a realidade estejam
interligadas, em coerência com os fundamentos teóricos propostos.
A partir dos conteúdos estruturantes, recomenda-se que se amplie a
abordagem dos conhecimentos específicos que deles são derivados, disponíveis em
diferentes materiais didáticos.
Enfatiza-se, portanto, que no Ensino Médio os quatro conteúdos
estruturantes serão o ponto de partida e de chegada para a seleção e organização
dos conteúdos específicos por série, ou seja, para a construção da proposta
curricular.
Questões geográficas relacionadas ao atual período histórico
poderão ser enfocadas a seguir para que os conceitos básicos da Geografia – lugar,
território, paisagem, região, sociedade, natureza e rede – sejam tratados de maneira
mais complexa.
O uso de recursos audiovisuais nas aulas de Geografia como filmes,
trechos de filmes, reportagem e imagens em geral (fotografias, slides, charges,
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217
ilustrações) podem ser utilizados para a problematização dos conteúdos da
Geografia, desde que sejam explorados à luz de seus fundamentos teórico-
conceituais.
Propõe-se que os mapas e seus conteúdos sejam lidos pelos
estudantes como textos passíveis de interpretação, problematização e análise
crítica. Que jamais sejam meros instrumentos de localização dos eventos e
acidentes geográficos, pois, ao final do Ensino Médio, espera-se que os alunos
sejam capazes, por exemplo, de “correlacionar duas cartas simples, saber levantar
hipóteses reais sobre a origem de uma paisagem, analisar uma carta temática que
apresenta vários fenômenos”.
“Cabe ao professor ser mediador e entender que as teorias são elaboradas para explicar de forma sistemática determinados fenômenos; e a ele também cabe o discernimento na sua aplicação, para que se estabeleçam parâmetros entre o real e o ideal, entre a teoria e a prática. É importante precisar que a didática não se resume em métodos e técnica ou procedimentos para se dar aulas, mas tem como objeto de estudo o processo ensino/aprendizagem, ou melhor, o processo educativo. A intenção é obter concomitantemente à aquisição de conhecimentos o desenvolvimento de habilidades e a adoção de atitudes mais adequadas ao desempenho do ser humano, o que exige inúmeras contribuições da psicologia, sociologia, biologia e filosofia”. RIBAS e SCHMIDT (1988, p.19).
Com base nestas acepções pode-se perceber o quão importante é o
papel do educador mediador do conhecimento, que mais do que repassar os
saberes historicamente acumulados pelos homens, deve-se primar por reconstruir
com os alunos, partindo de sua realidade e aprofundando com a cientificidade.
Mediante um conjunto de ações e procedimentos e práticas
pedagógicos que intencionalmente venham despertar a reflexão, a capacidade de
identificar, discernir sobre os mais variados aspectos da sociedade e natureza, o
professor como mediador poderá levar o aluno a compreender seu papel
participativo e reconhecer-se elemento desse complexo de relações e interações.
Segundo Libâneo (1994, p.150):
“O conceito mais simples de ‘método’ é o caminho para atingir um objetivo. Na vida cotidiana estamos sempre perseguindo objetivos. Mas estes não se
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218
realizam por si mesmos, sendo necessária a nossa atuação, ou seja, a organização de uma sequência de ações para atingí-los. Os métodos são, assim, meios adequados para realizar objetivos”.
Há uma afinidade de recursos que podem ser utilizados pelo professor,
mas sabe-se que cabe a ele selecionar os procedimentos cabíveis a sua realidade.
“A observação, descrição, analogia e síntese são procedimentos importantes e podem ser praticados para que os alunos possam aprender a explicar, compreender e representar os processos de construção dos diferentes tipos de paisagens, territórios e lugares. Isso não significa que os procedimentos tenham um fim em si mesmos: observar, descrever e comparar servem para construir noções, espacializar os fenômenos, levantar problemas e compreender as soluções propostas”. (BRASIL, 1998, P.30).
Assim, imbuídos no propósito de que a organização da aula deve
atender a um dinamismo, o professor pode criar oportunidades que estimulem a
construção do saber, onde o aluno não seja um ser passional, mas sim um agente
capaz de transformar sua própria realidade.
A finalidade dessas orientações deve nortear a educação voltada
para o despertar da capacidade crítica do indivíduo, ajustando-o a sua própria
realidade.
Sabe-se que uma nova postura exige dedicação. Cabe, portanto ao
professor reavaliar seu posicionamento quanto aos objetivos a que se propõe.
Ao refletir sobre a realidade do aluno e as características locais, é
possível encontrar meios mais adequados para a compreensão da problemática
social, bem como despertar para alternativos e soluções.
O envolvimento do aluno, mediante a consciência de sua
responsabilidade, vem aumentar seu potencial, sua autonomia, visando
particularmente, a pensar sobre a sua atuação no meio em que vive.
Vemos, pois, que somente através de propostas sólidas, de uma
educação voltada para uma igualdade social (mesmo que apenas disponibilizando
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219
informações a essa parcela da sociedade menos favorecida), poder-se-á ao menos
tentar mudar essa lógica opressora própria do regime capitalista.
3.8.4 AVALIAÇÃO
É fundamental que a avaliação seja mais do que a definição de uma
nota ou um conceito. É imprescindível que seja contínua e priorize a qualidade e o
processo de aprendizagem; ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
A LDBEN determina a avaliação formativa, considerada um avanço
em relação à avaliação tradicional somativa ou classificatória.
De fato, a avaliação formativa deve ser diagnóstica e continuada,
porque considera que os alunos mantêm ritmos e processos de aprendizagem
diferentes, aponta dificuldades e possibilita que a intervenção pedagógica aconteça
a todo o tempo. Informa que o sujeito do processo (professor e alunos), ajudá-los a
refletir. Permite que o professor procure caminhos para que todos os alunos
aprendam e participem mais das aulas, envolvendo-se realmente no processo de
ensino e de aprendizagem.
Por isso, em lugar de avaliar apenas por meio de provas, o professor
deve usar instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão
dos alunos, como:
• Leitura e interpretação de textos;
• Produção de textos;
• Leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;
• Pesquisas bibliográficas;
• Relatórios de aulas de campo;
• Apresentação de seminários;
• Construção e análise de maquetes, entre outros.
Esses instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada
conteúdo e objetivo de ensino.
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220
A partir dessas considerações sobre as formas de avaliação, é
preciso refletir sobre os critérios que devem norteá-la. Em Geografia, os principais
critérios são: a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das
relações sócio - espaciais. O professor deve observar, então, se os alunos formaram
os conceitos geográficos e assimilaram as relações de poder, de espaço-tempo e de
sociedade-natureza para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.
Para isso, o professor usa o estudo e a reflexão como alicerces para
sua ação pedagógica, o que, por sua vez, instigá-lo a prosseguir o aprofundamento
teórico.
Finalmente, estas Diretrizes Curriculares valorizam a noção de que
também o aluno possa, ao final do percurso, avaliar melhor a realidade em que vive
sob a perspectiva de transformá-la, onde quer que esteja.
A avaliação é o caminho pelo qual o educador pode recolher
informações sobre o rendimento do aluno, seus limites e eventuais falhas do
processo de ensino/aprendizagem.
Compreende-se, portanto, que a avaliação escolar não deve ser um
recurso utilizado pelo professor a fim de “marginalizar” o aluno, muito menos excluí-
lo, mas sim utilizar-se deste meio para adequar sua prática educativa, onde possa
despertar o interesse para minimizar as possíveis dificuldades em sua jornada
escolar.
Vale ressaltar que a “trajetória” percorrida por cada um de nós,
desde a infância até nos tornarmos adultos, está relacionada às condições
biológicas, sociais e intelectuais em que variadas etapas e situações que se
caracterizam pelos mais diferentes aspectos de relações e da leitura que cada um
faz do mundo, sucedem e resultam em um processo contínuo de elaboração de
conceitos, mediante ensaios e erros que experimentamos no decorrer de nossas
vidas.
Os indivíduos que ingressam na escola trazem consigo uma carga
importante de conhecimentos e experiências particulares, e, então a exploração de
conteúdos deve tornar-se algo significativo para o aluno.
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221
Em razão do que foi mencionado, é importante lembrar que somente
teremos sucesso na qualidade de ensino, mediante uma avaliação consistente que
vise diagnosticar as limitações e dificuldades dos educandos.
3.8.5 REFERENCIAS
� DIRETRIZES CURRICULARES DE GEOGRAFIA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA
– Secretaria de Estado da Educação – Superintendência da Educação. Curitiba,
2006.
� GIOVANNETTI, Gilberto Lacerda, Madalena. Melhoramentos: dicionário de
geografia: termos, expressões, conceitos. SP: Companhia Melhoramentos,
1996.
� HST 1042. HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA. BIBLIOGRAFIA
BÁSICA. ABECON, 1995. - LUZ, Marco Aurélio. Agadá: dinâmica da civilização
africano.
� LIBÂNEO, José Carlos. Didática. SP: Cortez, 1994.
� MOREIRA, Igor; Construindo o Espaço. 2ª edição. São Paulo, Editora
Ática,2005.
� MOREIRA, Ruy. O que é geografia. 14.ª ed. SP: Brasiliense, 1994.
� OLIVEIRA, Ariovaldo do U. de, Etal. Para onde vai o ensino de Geografia? 5.ª
ed. SP: Contexto,1994.
� ALCINA, José Franch. Indianismo e Indigenismo em América . O QUE É SER
ÍNDIO NO BRASIL HOJE? “ A QUESTÃO INDÍGENA NA AMÉRICA
LATINA...2003 .p.p 20-42
� PARANÁ Aspectos da Geografia – José Mauro Palhares. Foz do Iguaçu 2ª ed.: o
autor , 2001. 17 .
� RIBAS, Mariná Holzmann; SCHMIDT, Leide Mara. Encontros e desencontros
da didática e da prática de ensino. Didática: ser ou estar comprometido. SP:
Cortez Editora, 1988.
� SANTOS, Milton. Metamorfose do Espaço Habitado. 5ª ed. SP: Hucitec, 1997.
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3.9 FILOSOFIA
3.9.1 JUSTIFICATIVA
O mundo contemporâneo leva-nos a questionar seus próprios
condicionantes e características, geradores de graves problemas sociais,
econômicos, políticos, demográficos, étnicos, estéticos, éticos, religiosos e
ecológicos. Para tal questionamento é necessário capturar, através da história do
pensamento ocidental, os fatores que nos levaram a atual situação, desencadeando
ações transformadoras, individuais e coletivas, nos sujeitos do fazer filosófico,
através da analise dos conceitos e da discussão promissora e criativa.
A disciplina de filosofia é importante para a constituição da
identidade do Ensino Médio enquanto etapa educacional. Pois, a dimensão
pluridimensional e democrática, que possibilita aos estudantes a compreensão das
complexidades do mundo contemporâneo, não pode ocorrer sem um saber que
opera por questionamento, conceitos e categorias de pensamento que buscam
articular a totalidade espaço- temporal e sócio-histórica em que se dá o pensamento
e a experiência humana.
Desse modo, o papel da Filosofia, é focalizar os problemas que
moldam a realidade, questionando-os e buscando de diferentes sentidos e de
diversas formas, respostas múltiplas para a construção de caminhos viáveis que
favoreçam os aspectos humanizantes.
A disciplina de filosofia atuara de maneira intensiva em questões
sobre os princípios da ética e da política, bem como, nas questões epistemológicas,
cientificas e estéticas, analisando autores consagrados da civilização ocidental,
como Platão, Aristóteles, Santo Agostinho, Maquiavel, Rousseau, Freud, Nietzsche,
Kant, Marx entre outros.
O interesse pela inclusão da Filosofia nos currículos do Ensino
Médio não é novo e tem provocado uma discussão em âmbito nacional,
transformando-se em uma proposta coletiva que finalmente com a nova LDB tem
garantido o seu espaço no currículo e ressalta sua importância, afirmando que os
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223
alunos ao final do ensino médio, detenham conhecimentos filosóficos e
sociológicos básicos para o exercício da cidadania, uma vez que esses
conhecimentos são indispensáveis num mundo que à medida que cresce, mais
diferencia e isola os homens e os grupos entre si.
A disciplina de filosofia dará uma atenção especial à cultura Afro e
indígena, trabalhando de maneira positiva, evitando caracteriza-lás como exóticas,
as questões relacionadas as mesmas, como as contribuições culturais e científicas,
por exemplo. Há também a necessidade de se abordar nas disciplinas escolares a
questão de gênero e diversidade sexual, pois superar preconceitos e valorizar a
liberdade individual de escolha, tem sido um dos temas principais da discussão
filosófica contemporânea, e não podemos nos eximir disso.
Em nosso mundo contemporâneo a discussão em torno da
educação ambiental ganha um espaço maior nas mesas de discussões, seja no
ambito nacional e internacional, pois enfrentamos um problema de relacionamento
entre o ser humano e seu meio, onde necessitamos nos posicionar de maneira ética
diferente, por uma questão de sobrevivência.
O ambiente escolar é um reflexo da sociedade e por isso devemos,
enquanto membros dessa comunidade escolar, enfrentar o problema da violência,
seja ela física ou verbal, provocada pela irascibilidade humana, transportando-o para
o nível do diálogo, da tolerância, para que nossos jovens, como futuros reflexos
sociais, possam alterar esse panorâma. Isso vale também para o problema da
drogatização de nossas crianças e jovens, do qual demonstram o quanto nossa
socidade é doente, necessitando racionalizar, com estudos e reflexões em sala de
aula, sobre esse problema, conscientizando os nossos alunos.
O conhecimento filosófico tenta explicar as relações entre
acontecimentos complexos e diferenciados, unindo fenômenos aparentemente
dissociados, permitindo ao homem transpor os limites de sua condição particular,
para percebê-la como parte de uma totalidade mais ampla que é o todo social.
Em um mundo em que os valores morais parecem esquecidos, onde
a política parece algo sem importância, o belo parece absurdo e a verdade se tornou
confusa, existe a necessidade de resgatar reflexões que permeiam a vida do ser
humano, tornando-o crítico-responsável e agente de transformação.
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224
O dialogo e a reflexão torna as pessoas mais humanas, pois à
medida que se descobre o outro, fornece a base para uma melhor socialização e
convivência dos indivíduos, uma vez que nossa sociedade caminha por caminhos
perigosos do egocentrismo.
OBJETIVOS
•Desenvolver a capacidade critica no educando, visando um melhor
desenvolvimento na capacidade de argumentação e entendimento;
•Aprimorar o senso moral, visando a ação por princípios;
•Discutir os princípios éticos, políticos e científicos nos textos dos grandes autores
ocidentais;
•Entender a filosofia como busca da compreensão do homem e da realidade social
em que está inserido;
•Identificar os valores que orientam a atividade humana;
•Relacionar as ações políticas como fatores econômicos e sociais;
•Conceber a ciência como produto histórico, não sendo neutro, mas influenciadas
pelas circunstâncias em que está inserido;
•Reavaliar a os aspectos sociais, éticos, políticos, econômicos e científicos de nossa
sociedade, visando a construção de uma sociedade mais humana e justa.
3.9.2 CONTEÚDOS
SÉRIE CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDO BÁSICO
MITO E FILOSOFIA 14. SABER MÍTICO;
15. SABER FILOSÓFICO;
16. RELAÇÃO MITO E FILOSOFIA;
17. ATUALIDADE DO MITO;
18. O QUE É FILOSOFIA?
1ºANO
ÉTICA 19. ÉTICA E MORAL;
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225
20. PLURALIDADE ÉTICA;
21. ÉTICA E VIOLÊNCIA;
22. RAZÃO, DESEJO E VONTADE;
23. LIBERDADE: AUTONOMIA DO SUJEITO E
A NECESSIDADE DA NORMA.
FILOSOFIA POLÍTICA
24. RELAÇÕES ENTRE COMUNIDADE E
PODER;
25. LIBERDADE E IGUALDADE POLÍTICA;
26. POLÍTICA E IDEOLOGIA;
27. ESFERA PÚBLICA E PRIVADA;
28. CIDADANIA FORMAL E/OU
PARTICIPATIVA.
2ºANO
ESTÉTICA NATUREZA DA ARTE.
FILOSOFIA E ARTE.
CATEGORIAS ESTÉTICAS.
ESTÉTICA E SOCIEDADE.
TEORIA DO
CONHECIMENTO
29. POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO;
30. AS FORMAS DE CONHECIMENTO;
31. O PROBLEMA DA VERDADE;
32. QUESTÃO DO MÉTODO;
33. CONHECIMENTO E LÓGICA.
3ºANO
FILOSOFIA DA CIÊNCIA CONCEPÇÕES DE CIÊNCIA;
A QUESTÃO DO MÉTODO CIENTIFICO;
CONTRIBUIÇÕES E LIMITES DA CIÊNCIA;
CIÊNCIA E IDEOLOGIA;
CIÊNCIA E ÉTICA
3.9.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A filosofia exige do educando uma interpretação crítica, isto porque
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226
ao se deparar com cada tema proposto ele deve transcender para a sua realidade
pessoal de maneira lógica. O melhor caminho para atingir este objetivo é a leitura
reflexiva e a produção de textos analíticos. Por este motivo, uma compreensão dos
principais pensadores ocidentais é tão importante.
Ao se trabalhar com os conteúdos propostos na DCE de filosofia,
buscar-se-a trabalhar quatro momentos com os educandos: mobilização para o
conhecimento; a problematização; a investigação e a criação de conceitos. É um
convinte a reflexão.
A mobilização para o conhecimento é o momento em que o
professor irá sensibilizar o seu educando sobre a importância do assunto proposto,
problematizando as questões pertinentes, fornecendo as bases para que ocorra uma
investigação critica e que esta, gere um conceito para o educando.
Vale salientar que os conteúdos básicos devem incluir, em seus
desdobramentos, a cultura africana e indígena, a educação fiscal, a diversiade
(sexual, religiosas, etnico, entre outros), além das questões ecológicas tão
discutidas atualmente.
3.9.4 AVALIAÇÃO
A disciplina de Filosofia tem claro que um processo avaliativo não
faz sentido se o resultado típico é a exclusão do aluno. Deve-se buscar discutir com
o aluno o que vai ser avaliado e como isso se efetivará. É necessário abrir espaço
para o acompanhamento individual, trabalhando continuadamente a formação para o
exercício da cidadania, auxiliando no despertar das potencialidades, superando as
limitações impostas pela sociedade.
Nesse contexto é necessário analisar o desempenho do aluno (nível
de pesquisa, nível de elaboração, capacidade crítica, diálogo, liderança e
competência ética).
A avaliação deverá ser contínua, progressiva, sem caráter
classificatório e sim como parte do processo de ensino-aprendizagem, pois assim
possibilitará o redirecionamento da prática.
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227
Buscar-se-a na recuperação paralela, dar oportunidade ao aluno de
retomar temas que ainda não foram dominados.
Partindo do pressuposto de que a avaliação é contínua, diagnóstica
e processual, se tomará a nota referente a trabalhos, desdobrando-a em diversas
formas de avaliação como, por exemplo: atividades realizadas em caderno,
atividades escritas e orais realizadas em grupos, trabalhos de pesquisas, relatórios,
pequenos testes, participação em sala de aula e outros que forem oportunos. Desta
forma se estará garantindo um processo avaliativo e especulativo que ajudará a
definir os melhores procedimentos para se efetivar o processo de ensino-
aprendizagem.
Quanto à recuperação, esta poderá utilizar o formato proposto pela
avaliação ou poderá buscar outra forma, aumentando a probabilidade de verificação
de aprendizado.
De qualquer forma, se buscará a melhor maneira de avaliar e isso
somente é possível no dia-a-dia; abandonando práticas que não se mostram
produtivas e adotando formas que de fato evidenciem as potencialidades do aluno.
Critérios de Avaliação
-Utilizar-se do conhecimento prévio relacionando-o com o conteúdo;
-Considerar a trajetória do educando;
-Situar o conhecimento no tempo e espaço;
-Expor idéias com clareza oralmente e por escrito;
-Elaborar textos com coerência;
-Apropriar-se progressivamente do conteúdo ampliando seu conhecimento;
-Formular perguntas e comentar os assuntos trabalhados com autonomia;
Instrumentos de Avaliação:
-Avaliação escrita;
-Avaliação oral;
-Atividades coletivas considerando o empenho individual;
-Atividades individuais;
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
228
3.9.5 REFERENCIAS
-CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática (obra disponível
na Internet).
-ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia.
3a ed. São Paulo: Moderna, 2003.
-SANTOS, Antônio Raimundo dos. Ética: caminhos a realização
humana. 3a ed. São Paulo: Ave Maria, 2001.
-DIRETRIZES CURRICULARES DE FILOSOFIA DO ESTADO DO PARANÁ
- MARÇAL, Jairo - organizador. Antologia de Textos Filosóficos - Curitiba: SEED
3.10 SOCIOLOGIA
3.10.1 JUSTIFICATIVA
O ritmo acelerado das transformações sociais, propiciados pelos
contatos estabelecidos com a globalização e a tecnologia, faz com que se acentue a
necessidade do ser humano se perceber como ser social, pertencente a uma
sociedade específica, assim como compreender a diversidade cultural e social
aproximados pelos meios de comunicação, pelas indústrias culturais, pela mídia e
novas formas de comunicação.
A sociologia surgiu em um período histórico bastante conturbado,
uma nova ordem social se estabelecia com as idéias trazidas pelo iluminismo, com a
derrubada da monarquia absoluta pela Revolução Francesa e com as novas formas
de trabalho, surgidas com a Revolução Industrial. Estes elementos transformaram a
ordem social vigente, inaugurando novas formas de produção, de relacionamento e
de sociedade. Para tentar entender essas transformações, nasce a sociologia, a
principio procurando ordenar aquelas formas de relações. Representantes deste
pensamento são Augusto Comte e Émile Durkheim. Comte utilizou o termo
sociologia pela primeira vez, enquanto Durkheim procurou estabelecer as regras do
método sociológico e o objeto dessa disciplina, para agregar a ela valor científico.
Os debates entre objeto e método de pesquisa em sociologia
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
229
motivaram diversos autores, e ainda hoje constituem questões relevantes para a
atuação do sociólogo. Com relação ao sujeito e objeto de pesquisa, Max Weber
conclui, diferentemente de Durkheim que acreditava em uma neutralidade entre
sujeito/objeto, que o sujeito pesquisador é também inserido no processo social, mas
valida a cientificidade da sociologia ao afirmar que ela possui caráter objetivo.
Outro autor fundamental para o entendimento da área da sociologia
é Karl Marx, o qual se preocupou em pesquisar a sociedade capitalista pelo prisma
das classes sociais e os antagonismos gerados entre burguesia e proletariado pela
detenção dos meios de produção, por uns, e a exploração do trabalho de outros.
A sociologia brasileira também possui seus representantes.
Inicialmente preocupados com a definição da identidade brasileira, reforçam temas
como raça e cultura, posteriormente a sociologia, através de representantes como
Florestan Fernandes e Otavio Ianni, expandem a produção sociológica
brasileira, situando-a entre as dimensões apresentadas por esta sociedade.
Partindo do estudo da sociologia clássica e do conhecimento
sistematizado historicamente, passando por conceitos fundamentais, de cultura,
grupos sociais, classes sociais, instituições, etc, chegando a compreensão do
fenômeno da modernidade, relações de trabalho e globalização, é possível despertar
a consciência do ser humano para aspectos fundamentais das suas relações
cotidianas e gerar um olhar mais crítico e ativo diante dos processos vividos.
O interesse pela inclusão da sociologia nos currículos de Ensino
Médio, não é novo e tem provocado uma discussão em âmbito nacional,
transformando-se em uma proposta coletiva e que finalmente com a nova LDB tem
garantido o seu espaço no currículo e ressalta sua importância, afirmando que os
alunos ao final do Ensino Médio, detenham conhecimentos filosóficos e sociológicos
para o exercício da cidadania, uma vez que esses conhecimentos são
indispensáveis num mundo globalizado para que se exercite o respeito à diferença.
Assim, o conhecimento sociológico, desvenda acontecimentos
complexos e diferenciados, o que permite ao indivíduo se perceber como ser
integrante da sociedade e como tal assumir o seu papel de agente de
transformação.
A disciplina de sociologia dará uma atenção especial à cultura Afro e
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
230
indígena, trabalhando de maneira positiva, evitando caracteriza-lás como exóticas,
as questões relacionadas as mesmas, como as contribuições culturais e científicas,
por exemplo. Há também a necessidade de se abordar nas disciplinas escolares a
questão de gênero e diversidade sexual, pois superar preconceitos e valorizar a
liberdade individual de escolha, tem sido um dos temas principais da discussão
filosófica contemporânea, e não podemos nos eximir disso.
Em nosso mundo contemporâneo a discussão em torno da
educação ambiental ganha um espaço maior nas mesas de discussões, seja no
ambito nacional e internacional, pois enfrentamos um problema de relacionamento
entre o ser humano e seu meio, onde necessitamos nos posicionar de maneira ética
diferente, por uma questão de sobrevivência.
O ambiente escolar é um reflexo da sociedade e por isso devemos,
enquanto membros dessa comunidade escolar, enfrentar o problema da violência,
seja ela física ou verbal, provocada pela irascibilidade humana, transportando-o para
o nível do diálogo, da tolerância, para que nossos jovens, como futuros reflexos
sociais, possam alterar esse panorâma. Isso vale também para o problema da
drogatização de nossas crianças e jovens, do qual demonstram o quanto nossa
socidade é doente, necessitando racionalizar, com estudos e reflexões em sala de
aula, sobre esse problema, conscientizando os nossos alunos.
OBJETIVOS
� Desenvolver o pensamento sociológico crítico e criativo;
� Compreender a sociologia como um conhecimento científico, mas
historicamente e socialmente determinado;
� Compreender a complexidade dos fenômenos sociais e seus determinantes;
� Compreender a recente reestruturação produtiva e suas conseqüências nas
relações sociais;
� Perceber criticamente o processo de globalização da economia e as relações
estabelecidas entre os Estados-nação;
� Perceber os direitos e deveres do cidadão como frutos de uma construção
social;
� Compreender os elementos pertencentes à identidade brasileira, percebendo-
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
231
se como seu integrante;
� Compreender as diferenças culturais e sociais, possibilitando o respeito à
diferença.
3.10.2 CONTEÚDOS
SÉRIE CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
CONTEÚDO BÁSICO
O SURGIMENTO DA
SOCIOLOGIA E TEORIAS
SOCIOLÓGICAS
� FORMAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DA
SOCIEDADE CAPITALISTA E O
DESENVOLVIMENTO DO
PENSAMENTO SOCIAL;
� TEORIAS SOCIOLÓGICAS CLÁSSICAS:
COMTE, DURKHEIM, ENGELS, MARX E
WEBER;
� O DESENVOLVIMENTO DA
SOCIOLOGIA NO BRASIL.
1ºANO
O PROCESSO DE
SOCIALIZAÇÃO E AS
INSTITUIÇÕES SOCIAIS
� PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO;
� INSTITUIÇÕES SOCIAIS: FAMILIARES,
ESCOLARES, RELIGIOSAS;
� INSTITUIÇÕES DE REINSERÇÃO
(PRISÕES, MANICÔMIOS,
EDUCANDÁRIOS, ASILOS, ETC);
2ºANO CULTURA E INDÚSTRIA
CULTURAL
� DESENVOLVIMENTO
ANTROPOLÓGICO DO CONCEITO DE
CULTURA E SUA CONTRIBUIÇÃO NA
ANÁLISE DAS DIFERENTES
SOCIEDADES;
� DIVERSIDADE CULTURAL;
� IDENTIDADE;
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232
� INDÚSTRIA CULTURAL;
� MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA;
� SOCIEDADE DE CONSUMO;
� INDÚSTRIA CULTURAL NO BRASIL;
� QUESTÕES DE GÊNERO;
� CULTURA AFRO-BRASILEIRA E
AFRICANA;
� CULTURAS INDÍGENAS.
TRABALHO, PRODUÇÃO E
CLASSES SOCIAIS
� O CONCEITO DE TRABALHO NAS
DIFERENTES SOCIEDADES;
� DESIGUALDADES SOCIAIS:
ESTAMENTOS, CASTAS, CLASSES
SOCIAIS;
� ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NAS
SOCIEDADES CAPITALISTAS E SUAS
CONTRADIÇÕES;
� GLOBALIZAÇÃO E NEOLIBERALISMO;
� RELAÇÕES DE TRABALHO;
� TRABALHO NO BRASIL.
3ºANO PODER, POLÍTICA E
IDEOLOGIA
� FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
DO ESTADO MODERNO;
� DEMOCRACIA, AUTORITARISMO,
TOTALITARISMO;
� ESTADO NO BRASIL;
� CONCEITOS DE PODER;
� CONCEITOS DE IDEOLOGIA;
� CONCEITOS DE DOMINAÇÃO E
LEGITIMIDADE;
� AS EXPRESSÕES DA VIOLÊNCIA NAS
SOCIEDADES CONTEMPORÂNEAS.
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233
DIREITO, CIDADANIA E
MOVIMENTOS SOCIAIS
� DIREITOS: CIVIS, POLÍTICOS E
SOCIAIS;
� DIREITOS HUMANOS;
� CONCEITOS DE CIDADANIA;
� MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL;
� A QUESTÃO AMBIENTAL E OS
MOVIMENTOS ANBIENTALISTAS;
� A QUESTÃO DAS ONG'S
3.10.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A problematização do conteúdo deve ocorrer através de aulas
expositivas dialogadas, ou por meio de diversas atividades (dramatização, jornais,
maquetes, linguagens musicais, cinematográficas, poéticas, pesquisa
bibliográfica e de campo) que visem aliar o teórico (cientificidade) e o cotidiano
(senso-comum) de forma que propicie a reflexão e a crítica, para que assim, os
alunos possam ampliar suas visões de mundo e ter consciência do seu papel como
sujeitos/agentes na sociedade.
É tarefa do professor problematizar a compreensão existente,
através de uma abordagem interdisciplinar e construir problemas ou questões e
buscar em conjunto com os alunos um confronto com as incoerências ou limitações
de raciocínios inicialmente elaborados, para que a partir disso, sejam encontradas,
através de conteúdos e da prática pedagógica, incursões da dinâmica das relações
sociais do mundo contemporâneo em que ele se insere.
3.10.4 AVALIAÇÃO
A disciplina de Sociologia tem claro que um processo avaliativo não
faz sentido se o resultado típico é a exclusão do aluno. Deve-se buscar discutir com
o aluno o que vai ser avaliado e como isso se efetivará. É necessário abrir espaço
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
234
para o acompanhamento individual, trabalhando continuadamente a formação para o
exercício da cidadania, auxiliando no despertar das potencialidades, superando as
limitações impostas pela sociedade.
Nesse contexto é necessário analisar o desempenho do aluno (nível
de pesquisa, nível de elaboração, capacidade crítica, diálogo, liderança e
competência ética).
A avaliação deverá ser contínua, progressiva, sem caráter
classificatório e sim como parte do processo de ensino-aprendizagem, pois assim
possibilitará o redirecionamento da prática.
Buscar-se-a na recuperação paralela, dar oportunidade ao aluno de
retomar temas que ainda não foram dominados.
Partindo do pressuposto de que a avaliação é contínua, diagnóstica
e processual, se tomará a nota referente a trabalhos, desdobrando-a em diversas
formas de avaliação como, por exemplo: atividades realizadas em caderno,
atividades escritas e orais realizadas em grupos, trabalhos de pesquisas, relatórios,
pequenos testes, participação em sala de aula e outros que forem oportunos. Desta
forma se estará garantindo um processo avaliativo e especulativo que ajudará a
definir os melhores procedimentos para se efetivar o processo de ensino-
aprendizagem.
Quanto à recuperação, esta poderá utilizar o formato proposto pela
avaliação ou poderá buscar outra forma, aumentando a probabilidade de verificação
de aprendizado.
De qualquer forma, se buscará a melhor maneira de avaliar e isso
somente é possível no dia-a-dia; abandonando práticas que não se mostram
produtivas e adotando formas que de fato evidenciem as potencialidades do aluno.
Critérios de Avaliação
-Utilizar-se do conhecimento prévio relacionando-o com o conteúdo;
-Considerar a trajetória do educando;
-Situar o conhecimento no tempo e espaço;
-Expor idéias com clareza oralmente e por escrito;
-Elaborar textos com coerência;
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235
-Apropriar-se progressivamente do conteúdo ampliando seu conhecimento;
-Formular perguntas e comentar os assuntos trabalhados com autonomia;
Instrumentos de Avaliação
-Avaliação escrita;
-Avaliação oral;
-Atividades coletivas considerando o empenho individual;
-Atividades individuais;
3.10.5 REFERENCIAS
� BRUNER, J. Cultura e educação. Porto Alegre: Artes Méd, 1999.
� GIDDENS, A. As conseqüências da modernidade. São Paulo: UNESP, 1991.
� FERREIRA, R. M. Sociologia da educação. SP: Moderna, 1993.
� KRUPPA, S. M. Sociologia da educação. SP: Cortez, 1994.
� MORAIS, R. Cultura brasileira e educação. São Paulo: Papirus, 1996.
� VERGER, J. Cultura, ensino e sociedade. Florianópolis: Edusc, 1998.
� VILA NOVA, S. Introdução à sociologia. São Paulo: Atlas, 2000.
� DIRETRIZES CURRICULARES DE FILOSOFIA DO ESTADO DO PARANÁ
3.11 LEM-ESPANHOL
3.11.1 JUSTIFICATIVA
A língua espanhola atualmente não é mais um diferencial e, sim,
uma necessidade para ingressar e participar ativamente do mundo globalizado atual,
principalmente pelo tratado do Mercosul.
Para que haja aprendizado efetivo, este entendido como
compreensão e expressão em espanhol, são necessárias práticas de fala, escrita,
leitura e audição. Todas constituirão o discurso, que é a colocação dessas
habilidades na prática diária de interação com o mundo letrado.
Deve-se considerar que, por menor que seja, toda interação provoca
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
236
resultados perceptíveis, é assim em uma conversa informal ou num discurso de
formatura. Por isso, o ensino de espanhol deve ser o mais abrangente possível com
aulas dinâmicas e significativas aos alunos.
É importante, também, valorizar o conhecimento internalizado dos
alunos e alunos, com seus conhecimentos linguísticos, gramaticais e de estratégia
de discurso. Esse aspecto facilita o trabalho, pois eles são capazes de perceber as
diferenças, e também as semelhanças entre a língua portuguesa e a inglesa.
A língua espanhola recuperou de alguma forma, a importância que
durante muito tempo lhe foi negada. Considerada, muitas vezes e de maneira
injustificada, como disciplina pouco relevante, ela adquire, agora, a configuração de
disciplina tão importante como qualquer outra do currículo, do ponto de vista da
formação do indivíduo.
A língua estrangeira, pelo seu distanciamento de outra língua,
qualifica a compreensão das possibilidades de visão de mundo e permite o acesso à
informação e à comunicação internacional, necessário ao desenvolvimento pleno do
indivíduo na sociedade atual.
Entender-se a comunicação como ferramenta imprescindível, no
mundo moderno, com vistas à formação pessoal, acadêmica ou profissional, deve
ser a grande meta de aprendizagem da língua espanhola. Assim, também, as
similitudes e diferenças entre as várias culturas, a constatação de que os fatos
sempre ocorrem dentro de um contexto determinado, a aproximação das situações
de aprendizagem à realidade pessoal e cotidiano dos estudantes, entre outros
fatores, permitem estabelecer, de maneira clara, vários tipos de relações entre as
línguas estrangeiras e as demais disciplinas.
Como objetivos a serem atingidos no ensino da língua espanhola,
espera-se conduzir o aluno a uma aprendizagem natural, integrando a língua
espanhola à sua realidade dando-lhe ferramentas das quais pode se beneficiar em
momentos oportunos; conhecer a literatura e a cultura popular em língua espanhola,
colaborando com o conhecimento científico, tecnológico e artístico do aluno;
relacionar a língua portuguesa e a língua espanhola, comparando estruturas
gramaticais, formação de palavras, técnicas de produção de texto.
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica, o ensino de
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237
Línguas Estrangeiras em nosso país sofreu inúmeras mudanças em virtude da
organização social, política e econômica no decorrer da história.
O Espanhol é uma das línguas mais importantes da atualidade e a
segunda língua nativa mais falada no mundo. Com mais de 332 milhões de falantes
nativos, ela perde apenas para o chinês.
Cada vez mais o Brasil aproxima-se dos países hispano-americanos,
não somente por questões comerciais que foram o ponto de partida para o
fortalecimento da língua, mas também por questões sociais e políticas. Em função
disso, o ensino da Língua Estrangeira Espanhola em nosso sistema educacional é
essencial, uma vez que possibilita a elevação do nível de conhecimento das pessoas
oferecendo-lhes novas oportunidades no mercado de trabalho.
OBJETIVOS
� Conduzir o aluno a uma aprendizagem natural, integrando a língua
espanhola à sua realidade dando-lhe ferramentas das quais pode se
beneficiar em momentos oportunos.
� Conhecer a literatura e a cultura popular em língua espanhola, colaborando
com o conhecimento científico, tecnológico e artístico do aluno.
� Relacionar a língua portuguesa e a língua espanhola, comparando estruturas
gramaticais, formação de palavras, técnicas de produção de texto.
3.11.2 CONTEUDOS:
CONTEÚDOS BÁSICOS:
DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS.
Caberá ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas
sociais de circulação, de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o
Plano de Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade a cada série.
LEITURA
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238
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Marcadores do discurso;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da
língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística.
• Acentuação gráfica;
• Ortografia.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
• Vozes sociais presentes no texto;
• Vozes verbais;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
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239
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica.
ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
• Adequação da fala ao contexto;
• Pronúncia.
1º Ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
� Discurso como prática discursiva.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
� El alfabeto o abecedario
� Saludos y despedidas
� Pronombres personales
� Días de la semana, meses del anõ
� Verbo SER y ESTAR, TER Y HABER
� Signos ortográficos
� Los articulos definidos e indefinidos
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240
� El nombre o sustantivo
� El adjetivo
� Los demonstrativo
� Los posesivos
� Los numerales
� Los indefinidos
� Textos diversos
� Diálogos
2º Ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
� Discurso como prática discursiva.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
� Revision
� Textos (diversos)
� Dialogos
� Los pronombres relativos
� La apócope
� Los diminutivos y aumentativos
� La conjugación regular
� La conjugación irregular
� Auxiliares y construcciones verbales
� Modo indicativo
� Modo subjuntivo
� Modo imperativo
� El infinitivo
� El participio
� El gerundio
3º Ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
241
� Discurso como prática discursiva.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
� Revision
� Textos diversos.
� Diálogos.
� El adverbio
� La preposición
� La conjunción
� La interjección
� La oración simple
� La oración compuesta
O temas transversais: Afro-descendente e cultura serão trabalhados
em todos os bimestres das seguintes maneiras:
� Texto Reflexivo: (diversos)
� Filme
3.11.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Os conteúdos serão apresentados de forma significativa para os
alunos. Variados gêneros textuais, sejam eles orais, escritos ou não verbais, como
filmes, entrevistas, desenhos, histórias em quadrinho, cartuns, entre outros, têm a
função de auxiliar no processo de aprendizagem. Também devem ser comtemplados
momentos de leituras, produções textuais, e práticas de conversação, a fim de
desenvolver e explorar as habilidades de leitura, escrita e oralidade. Atividades de
cunho lúdico-pedagógico, como tradução de músicas, encenações, dramatizações,
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
242
são motivadoras para a desinibição e à prática de oralidade relevante. Jogos e
brincadeiras também fazem parte desse processo, completando, assim, os eixos de
aprendizagem: auditivo, visual, oral e sinestésico.
Primeiramente, para que o ensino de Língua Estrangeira tenha uma
função formativa no sistema educacional, deve-se encontrar maneiras de garantir
que essa aprendizagem deixar de ser uma experiência decepcionante, levando à
atitude fatalista de que língua estrangeira não pode ser aprendida na escola.
Torna-se, pois, fundamental, conferir ao ensino escolar da língua
espanhola um caráter que, além de capacitar o aluno a compreender e a produzir
enunciados corretos no novo idioma, propicie ao aprendiz a possibilidade de atingir
um nível de competência linguística capaz de permitir-lhe ter acesso a informações
de vários tipos, ao mesmo tempo em que contribua para a sua formação geral
enquanto cidadão.
Para o auxílio da prática docente alguns recursos tecnológicos como
o uso do laboratório de informática, Tv, rádio, multimídia, podem ser utilizados,
tornando as aulas mais atrativas, diferenciadas e ricas.
Espera-se que desta forma, além de trabalhar um conteúdo
relacionado à gramática, estará sendo desenvolvida, simultaneamente a
competência sociolinguística, posto que aspectos sociais e culturais
obrigatoriamente serão abordados. A aprendizagem passa a ser vista, então, como
fonte de ampliação dos horizontes culturais. Ao conhecer outra(s) cultura(s), outra(s)
forma(s) de encarar a realidade, os alunos passam a refletir, também, muito mais
sobre a sua própria cultura. Para tanto, também será trabalhado, através de textos e
debates, a temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” a fim de explorar
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
243
em sala um pouco mais a cultura de nosso país, um grande conjunto de culturas,
que sintetizam as diversas etnias que formam o povo brasileiro. Sendo assim, o
aluno amplia a sua capacidade de analisar o seu entorno social com maior
profundidade, tendo melhores condições de estabelecer vínculos, semelhanças e
contrastes entre a sua forma de ser, agir, pensar e sentir e o de outros povos,
enriquecendo a sua formação.
Para trabalhar com os desafios educacionais contemporâneos a
escola necessita discutir os desafios cotidianos como expressões históricas, políticas
e econômicas da realidade, pois conhecendo sua própria realidade e desafios, a
partir da compreensão dos mesmos em sua totalidade, o coletivo escolar buscará
os fundamentos conceituais adequando-os e tornando-os parte da proposta
pedagógica curricular.
3.11.3 AVALIAÇÃO
� Se o aluno usa a língua espanhola de forma integrada a sua realidade,
dispondo de recursos linguísticos às diferentes situações comunicativas,
consegue compreender sua própria língua contrastando-a com a de países de
língua espanhola materna;
� Relaciona as práticas discursivas entre a língua portuguesa e a espanhola;
� Conhece a cultura popular e a literatura de países de língua espanhola,
promovendo a articulação entre as diferentes áreas do saber;
� Desenvolve e explora as habilidades de leitura escrita e oralidade;
� Para avaliar o aluno, os instrumentos que podem ser utilizados são: provas,
trabalhos, pesquisas, prática de exercícios, participação e interação dos
alunos, uma vez que estão sendo continuamente.
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA IRIA BORGES DE MACEDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
244
3.11.5 REFERENCIAS
� ALVES, Adda Nari. MUCHO: Epañol para Brasileños. São Paulo: Moderna,
2000.
� Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira da Rede Pública de
Educação Básica do Estado do Paraná- Língua Estrangeira Moderna.
� PCN’s de Língua Estrangeira Moderna.
� VYGOTSKY, L.S. Pensamento e Linguagem. 2a edição. São Paulo, 1989.
� FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática
da autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001.
3.12 BIOLOGIA
3.12.1 JUSTIFICATIVA
O estudo da Biologia proporciona o entendimento do fenômeno Vida
em toda sua complexidade, entendido como processo do desenvolvimento humano.
Os conhecimentos biológicos devem ser entendidos como produto
histórico e tratados como indispensáveis à compreensão da prática social, pois
revelam a realidade de forma crítica, dando possibilidades aos alunos de atuação no
processo de transformação dessa realidade. Trazendo entendimento e compreensão
das reais condições da natureza, suas interações, seu equilíbrio dinâmico e os
mecanismos da vida no planeta. A Biologia deve subsidiar a análise e a reflexão de
questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento de recursos naturais e a
utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana no ambiente,
levando-se em conta à dinâmica dos ecossistemas e dos organismos.
É importante salientar que a Biologia é o ponto articulador entre a
realidade social e o saber científico, porém não é possível tratar no ensino médio, de
todo conhecimento biológico ou tecnológico a ele associado. Mas é importante tratar
esses conhecimentos de forma contextualizada, revelando como e porque foram
produzidos e em que época.
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245
O estudo da Biologia deve favorecer o julgamento crítico de
questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento da humanidade, ao
aproveitamento de recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam
intensa intervenção humana, cuja avaliação deve levar em conta o comportamento
do meio e como a vida.
É necessário que os conteúdos sejam abordados de forma integrada
destacando os aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionando-o
a conceitos oriundos da biologia. Tais relações deverão ser desenvolvidas ao longo
do ensino médio num aprofundamento conceitual e reflexivo, com a garantia do
significado dos conteúdos para a formação do aluno neste nível de ensino.
OBJETIVOS - Objetivos Gerais
Estabelecer relações se torna essencial para que possamos
entender os dois objetivos principais do ensino da Biologia, a complexidade da vida
e a importância da preservação do meio ambiente.
É preciso construir com os alunos a noção de pertencimento e de
que se é parte integrante dessa totalidade. Perceber-se integrante, dependente e
agente transformador. Levar o sujeito a se apropriar do conhecimento de Biologia,
questionando a realidade e utilizando o pensamento lógico, a criatividade, a intuição
e a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua
adequação. Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades
humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao
equilíbrio da natureza e do ser humano.
Objetivos Específicos
� Descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos;
� Perceber e utilizar códigos intrínsecos da Biologia;
� Apresentar de forma organizada o conhecimento biológico apreendido, por
meio de textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, entre outros;
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246
� Conhecer diferentes formas de obter informações selecionando aquelas
pertinentes ao tema biológico em estudo;
� Relacionar fenômenos, fatos, processos e idéias em Biologia, elaborando
conceitos, identificando regularidades e diferenças, formulando relações com
o cotidiano;
� Utilizar critérios científicos para realizar classificações dos seres vivos;
� Selecionar e utilizar Encaminhamentos Metodológicoss científicas adequadas
para a resolução de problemas;
� Reconhecer a Biologia como um fazer humano, e, portanto histórico, fruto da
de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos;
� Julgar ações de intervenção, identificando aqueles que visam à
implementação e preservação da saúde individual, coletiva e do ambientes;
� Identificar as relações entre conhecimento científico e o desenvolvimento
tecnológico, considerando a preservação da vida e as concepções de
desenvolvimento sustentável.
3.12.2 CONTEÚDOS
1º Anos
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Organização dos seres vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
� As características da vida.
� A química da célula.
� Metabolismo celular
� Mecanismos celulares biofísicos e
bioquímicos
� Origem da vida
� Transmissão das características
hereditárias
2º Anos
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Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Organização dos seres vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
� Classificação dos seres vivos:
critérios taxonômicos e
filogenéticos.
� Sistemas biológicos: anatomia,
morfologia e fisiologia (animal e
vegetal)
� Mecanismos de desenvolvimento
embriológico.
� Mecanismos celulares biofísicos e
bioquímicos.
� Seres vivos e o ambiente
� Biomas terrestres e aquáticos.
� Transmissão das características
hereditárias
3º Anos
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Organização dos seres vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
� Mecanismos celulares biofísicos e
bioquímicos
� Teorias evolutivas.
� Transmissão das características
hereditárias
� Dinâmica dos ecossistemas:
relações entre os seres vivos e
interdependência com o ambiente
� Ciclos Bioquímicos;
� Cadeias e Teias alimentares
� Equilíbrio ambiental (urbano e
rural);
� Organismos geneticamente
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248
modificados
� Leis de Mendel;
� Anomalias Genéticas Humanas;
3.12.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Como construção, o conhecimento é sempre um processo
inacabado. Assim, a uma idéia atribui-se valor quando ela pode ser frequentemente
usada como resposta a questões propostas. Essa idéia, entretanto, se mantida de
maneira a impedir novas questões formativas, pode construir um obstáculo ao
desenvolvimento do conhecimento científico bem como a aprendizagem científica.
Diante do fato de que a Biologia assim como todos os movimentos
sociais e os conhecimentos humanos sofreram interferências e transformações do
momento histórico social, dos valores e ideologias, das necessidades materiais do
ser humano em cada momento histórico. Ao mesmo tempo em que sofreu a sua
interferência, neles interferiu. A Encaminhamentos Metodológicos de ensino de
Biologia não poderá ser como se estivesse ensinando um conhecimento pronto,
acabado, concluído e imutável.
É o ensino do conhecimento que se constrói a cada momento, a
cada fato, a cada novo registro, um fenômeno descoberto ou explicado partindo ou
não de outro já conhecido. Assim o método experimental não pode ser abandonado,
seja apenas para demonstrar o conhecimento adquirido ou para construir um novo.
O conhecimento bibliográfico é fundamental; nele buscam-se os
conceitos produzidos, os históricos construídos, os caminhos percorridos, as
técnicas utilizadas e os resultados obtidos. Para que a formação do sujeito crítico,
reflexivo, venha romper com concepções anteriores e estejam fundamentadas e com
bases sólidas, deve-se propiciar um entendimento sobre os problemas que afetam
diretamente a vida dos seres vivos e do ambiente, provocando uma reflexão sobre o
atual momento histórico, social, científico e tecnológico.
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3.12.4 AVALIAÇÃO
A avaliação em Biologia será diagnóstica e contínua, entendida
como um instrumento de obtenção de informações necessárias sobre o
desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, para nele intervir e
transformar. Assim a avaliação prevê ações pedagógicas pensadas e realizadas
para que se possa observar avanços e dificuldades dos alunos, visando sempre um
diagnóstico qualitativo em detrimento ao quantitativo.
O aluno deverá compreender as relações que se estabelecer na
sociedade entre os seres humanos, e seres humanos – natureza. Possibilitando
dados para a compreensão de conceitos científicos, que serão utilizados no dia-a-dia
do aluno adaptado a sua realidade, interagindo melhor com o meio em que vive.
A avaliação irá valorizar os conhecimentos alternativos do estudante,
construídos no cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de diferentes
estratégias que envolvem recurso pedagógico diversos. Dentro dessa Proposta
Pedagógica Curricular a avaliação é entendida como finalidade de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, de forma contínua e formativa,
diagnosticar seus resultados de modo a orientar nossas intervenções e atribuir-lhe
valor.
Para que todos os critérios sejam contemplados, se faz necessário
utilizar os mais diversos meios de avaliações, os quais proporcionem ao educando
expressar os avanços na aprendizagem. Em tais instrumentos de avaliações, o
aluno poderá interpretar, produzir textos, debater, relacionar, refletir, analisar,
justificar, argumentar, defender seus pontos de vista e se posicionar diante de cada
evento apresentado. Portanto, a avaliação levará em consideração as múltiplas
inteligências, bem como a capacidade de sistematizar e formalizar o seu
conhecimento.
O registro das avaliações acontece bimestralmente, de forma
somatória. O processo de avaliação ocorre de maneira intencional e planejada,
acontecendo de diversas formas, a fim de eleger o instrumento mais apropriado às
suas finalidades.
Alguns instrumentos que serão utilizados:
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� Atividades de leitura compreensiva de textos;
� Trabalho em grupo ou com consulta;
� Provas, testes e trabalhos individuais;
� Pesquisas na internet, livros, jornais e revistas;
� Montagem de painel e/ou cartazes;
� Atividades experimentais;
� Levantamento e coleta de dados a partir de um problema levantado;
� Acompanhamento da sistematização e registros das atividades no caderno;
� Produção de textos e debates – argumentação, levantamento de hipóteses.
� Outros instrumentos convenientes.
A recuperação de estudos ocorrerá com a retomada de conteúdos,
com novo encaminhamento metodológico, para assegurar a possibilidade de
aprendizagem.
3.12.5 REFERÊNCIAS
BRASIL/MEC. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In: BRASIL/MEC. Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná.
Biologia, 2009
Vários autores. Biologia – Livro Didático Público. 2ed. Curitiba: SEED-PR, 2006.
JUNIOR, C. S.; SASSON, S. Biologia. 1ª série. 8ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
JUNIOR, C. S.; SASSON, S. Biologia. 2ª série. 8ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
JUNIOR, C. S.; SASSON, S. Biologia. 3ª série. 8ed. São Paulo: Saraiva, 2005.