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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

Edição janeiro/2009

Gerência de Comunicação

Ana Paula Costa

Transcrição:

Else Albuquerque

Copidesque:

Adriana Santos

Revisão:

Marcelo Ferreira

Capa e Diagramação:

Luciano Buchacra

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Introdução

Há e deve haver propósitos a cada ano que se inicia. Não para contarmos os dias ou para ficar-mos mais velhos. Absolutamente! O propósito de Deus em nos conceder anos de vida não é para envelhecermos. Tudo tem uma razão, e há sem-pre “um propósito debaixo do céu”, como diria o sábio Salomão ao escrever o livro de Eclesiastes. Não existe nada que Deus não tenha o controle. Não há um só pardal que caia sobre a Terra sem o consentimento do Senhor. Foi o próprio Jesus quem dissera isso. (Veja Mateus 10.29).

Deus tem um propósito muito grande para nós. E pelo término de mais um ano que passou e por este que se inicia, é um bom momento

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para refletirmos. Podemos avaliar como vivemos e estamos, e como está o nosso relacionamento com Deus. Quero dividir com os irmãos uma pa-lavra do Senhor que está apenas no Evangelho de Lucas. Somente Lucas foi guiado pelo Espíri-to de Deus para registrar esta palavra de Jesus. Nenhum outro evangelista a registrou. Está no capítulo 13, versos de 6 ao 9. Antes, porém, de aprofundarmos nesta mensagem, convido você a fazer uma oração, para que o Espírito do Senhor possa ministrar em sua vida. Ore comigo:

Pai, esta é a tua Palavra, venha vivificá-la em nossos corações nesta hora. Transforma-a em alimento para as nossas vidas, porque não vive-mos apenas do pão, nós vivemos também da tua Palavra. Que ela seja não apenas como alimento, mas também como martelo, como luz, como ca-minho, para que possamos realmente pautar as nossas vidas por meio dela. Para o louvor e a gló-ria do teu nome. Em nome de Jesus, amém!

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A pArábolA dA fIgueIrA

Leiamos, primeiramente, o texto de Lucas 13. 6 a 9:

“Então, Jesus proferiu a seguinte parábola: Cer-to homem tinha uma figueira plantada na sua vi-nha e, vindo procurar fruto nela, não achou. Pelo que disse ao viticultor: Há três anos venho procu-rar fruto nesta figueira e não acho; podes cortá-la; para que está ela ainda ocupando inutilmente a terra? Ele, porém, respondeu: Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e lhe po-nha estrume. Se vier a dar fruto, bem está; se não, mandarás cortá-la”.

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“Ele, porém, respondeu: Senhor, deixa-a ain-da este ano”. Todas as vezes que alguém planta uma árvore frutífera, esse alguém o faz em busca de algo: que ela dê frutos. Há uma diferença en-tre uma árvore que é plantada apenas para dar sombra, para dar flores ou enfeitar e aquelas que são plantadas para dar frutos. Diz a Palavra que o viticultor queria uma árvore frutífera em seu ter-reno. E um dia, ele plantou uma figueira num de-terminado espaço da terra, num lugar bonito. Ele desejava ver o fruto dessa figueira. A figueira en-tão cresceu, seus galhos se estenderam, as folhas vieram. Mas no momento em que ele aguardava o fruto, qual não fora a sua surpresa naquele ano? Ela não dera frutos. Ele esperou mais um ano e nada. E de novo, mais um ano, e nada de novo. Infelizmente, a figueira não dera o seu fruto que ele tanto desejava.

Aquela figueira não nascera ali por acaso, por acidente. Ela fora plantada. Há uma diferença en-tre uma floresta e uma plantação. Em uma plan-tação, a terra é arada antes, as pedras são retira-das e toda uma preparação é feita para se plantar algo. Com a floresta é diferente. Deve ser linda uma floresta, apesar de algumas árvores estarem em desordem. Isso acontece porque muitas ve-zes as sementes são levadas pelo vento ou pelos

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passarinhos, diferentemente de algo que é plan-tado. Aquela figueira havia sido plantada. E não nascera ali por acaso, por acidente, mas por um proposto pré-estabelecido por quem a plantou. Tudo fora feito para que ela pudesse produzir frutos, o que não aconteceu. Não produzira fruto algum. O viticultor esperou mais um ano, e nada. Ele não queria apenas sombra, mas frutos. Aque-la figueira estava sugando a seiva e a energia de outras figueiras que estavam à sua volta, mas ela mesma não produzia absolutamente nada. No verso 7 de Lucas 13 está escrito: “Há três anos ve-nho procurar fruto nesta figueira e não acho; podes cortá-la; para que está ela ainda ocupando inutil-mente a terra?”

Deus deseja aquilo que Ele sempre desejou: frutos, resultados. Podemos ter passado um ano frutificando, como também podemos ter pas-sado pelo ano sem fruto algum. É mais um ano que se passou, em que ficamos mais velhos e não produzimos absolutamente nada. Eis o que disse o viticultor quando soube do destino que a figueira teria, que era o de ser cortada e lançada no fogo: “Senhor, deixe-a ainda este ano. Dê uma nova chance, mais um ano; uma nova oportunida-de. Eu vou fazer tudo de novo” A resposta: “[...], até que eu escave ao redor dela e lhe ponha estrume”

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[...] Ou seja, até que tudo seja feito de novo. Só mais uma chance, mais um ano. E: “Se vier a dar fruto, bem está; se não, mandarás cortá-la”.

Uma nova chance. Nós recebemos, pela gra-ça de Deus, um novo ano que se inicia. E se há alguma coisa que nós, os homens, não temos absolutamente nenhum domínio é sobre o tem-po de nossas vidas no sentido de duração. Mas temos responsabilidades para vivermos a cada dia. Jesus disse: “Qual de vós, por ansioso que este-ja, pode acrescentar um côvado ao curso da vossa vida?” (Lucas 12.22). Ninguém tem esse domínio.

Deus tem nos mostrado que temos sido “plan-tados” por Deus onde estamos hoje. E ele quer frutos. Ele está nos mostrando, a você, a mim e a todos nós, que esse é o momento quando po-demos nos ver, nos encontrar, como está escrito: “[...], deixa-a ainda este ano”. Ao lermos a Palavra, encontramos uma verdade muito profunda: so-mos comparados a uma árvore. Mas em nenhum lugar é dito acerca da árvore apenas como ador-no, ou seja, o Senhor sempre nos compara a uma árvore frutífera. “Produzi, pois, frutos dignos de ar-rependimento.” (Mateus 3.8). Ele queria encontrar frutos naqueles que iriam segui-lo. Eles deveriam produzir arrependimento.

Nossa vida tem sido frutífera ou ocupamos

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apenas espaço, sem produzir frutos? Que possa brotar, nesta hora, um arrependimento sincero por termos deixado passar um ano sem que te-nhamos produzido os frutos que o Senhor tem esperado de cada um de nós.

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frutIfIcAr é precIso

Em João, capítulo 15, verso 8, começamos a ver o coração do Senhor do quão é importante para Ele que demos fruto: “Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.” Muitos frutos nos fazem discí-pulos do Senhor. Ele plantou uma figueira para produzir figos, frutos. Espiritualmente falando, no momento em que nos entregamos a Ele, Ele nos fez “árvores frutíferas”. Assim é dito: “Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e as-sim vos tornareis meus discípulos.” Veja o verso 16, do capítulo 15: “Não fostes vós que me escolhestes

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a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedir-des ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.”

Deixe o seu coração ser inundado por esta verdade: “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros.” O Senhor escolheu a mim, escolheu você, não sim-plesmente para segui-lo, mas para darmos frutos. Ele disse: “[...] escolhi a vós outros e vos designei - ele deu uma ordem - para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça”. Em João 15, nos dois primeiros versos, Jesus diz: “Eu sou a videira ver-dadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda.”

No seu próprio casamento, na sua vida, você tem um Pai; você tem o testemunho interior do Espírito Santo e sua vida está pautada segundo a Palavra do Senhor. E de repente, vem uma poda. Aquele que está sendo podado, certamente está igualzinho ao outro que está sendo disciplinado. Mas embora as situações sejam semelhantes, o que está sendo podado e o outro que está sen-do cortado por não dar fruto aparentemente es-tão na mesma condição. Mas aquele que não dá

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fruto é cortado, enquanto o outro que dá fruto é cortado também, mas para que possa produzir muito mais fruto. Ele já produziu, mas o Senhor não quer um fruto apenas; ele quer frutos, e fru-tos com abundância. A Palavra diz assim: “Para que deis muito fruto”. Não apenas frutos, mas mui-tos frutos.

Quando começamos a colocar a nossa vida dentro da Palavra, como está escrito em Roma-nos, capítulo 7, verso 4: “Assim, meus irmãos, tam-bém vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus.” Frutifiquemos para Deus. Ainda que muitas vezes pareça que não produzimos frutos por realizar algo que aos olhos humanos parece ser pequeno, você está fazendo para o Senhor.

Há um momento em nossas vidas que nós pa-ramos de frutificar. E a expectativa de Deus, des-de o momento da nossa conversão, é para que déssemos frutos sempre, sempre. No Salmo 92, versos 13 e 14, há algo muito bonito: “Plantados na Casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor.” “Plantados na Casa do Senhor”. Atualmente, vivemos dentro de um contexto em

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que algumas pessoas andam de um lado para o outro; um dia estão em uma igreja, no outro dia, estão em outra. É importante que uma árvore esteja plantada. Um membro da igreja deve es-tar “plantado” na Casa do Senhor. É certo que somos livres para visitarmos outras igrejas, par-ticiparmos de uma reunião ou de cultos em ou-tras denominações. Não fazemos nenhum tipo de patrulhamento da vida do irmão, pois ele é livre. Mas aqueles que não são “plantados” e “replantados”, que mudam muito de um lugar para outro, não frutificam porque não criam ra-ízes para isso.

A expectativa de Deus é que você floresça, que você dê fruto. Alguns vão atrás de bênçãos aqui e acolá, sendo que o desejo de Deus é que você seja uma bênção, e que haja frutos na sua vida. E você deve florescer onde Deus o “plantou”. Se Deus o plantou em Lagoinha, você vai flores-cer e frutificar na Lagoinha. Algumas pessoas de-savisadas andam, simplesmente, correndo atrás de frutos. Você pode correr, mas precisa estar “plantado”. Ao ser plantado na Casa do Senhor, certamente você florescerá nos átrios do Senhor. “Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de sei-va e de verdor”. Nunca você experimentará a se-quidão. Aquele que está “plantado”, aquele que

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vive dentro da expectativa de Deus, sempre será cheio da seiva e de verdor.

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revendo os frutos. e A

fIgueIrA

No livro do profeta Ezequiel, no capítulo 47, verso 12, há uma profecia. Temos sempre que ter a compreensão que o Senhor não nos tem “plan-tado” em um deserto. Ele sempre nos “planta” na vinha onde há água, onde há luz. Veja o que re-vela a Palavra: “Junto ao rio, às ribanceiras, de um e de outro lado, nascerá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer; não fenecerá a sua folha, nem faltará o seu fruto; nos seus meses, produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário; o

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seu fruto servirá de alimento, e a sua folha, de re-médio.”

Há um rio cujas águas fluem do santuário das moradas do Altíssimo. Diz a Palavra que à medida que as nossas carências aparecem, escorre o po-der para o rio. Diz a Palavra que nós vamos rece-ber a seiva, o vigor, a vida. E uma das coisas mais espontâneas é o fruto. O fruto virá; você nunca encontrará uma árvore se “esforçando” para dar o fruto. A árvore dá o seu fruto naturalmente, mas é importante que ela tenha raízes, que ela tenha saúde, que não tenha nada a sufocando.

Por isto que o viticultor pediu: “Senhor, dei-xa-a ainda este ano”. Mais um ano. E ele olhou e viu que a árvore estava com suas raízes cheias de pedras, de ervas daninhas e tantas coisas que a sufocavam, que a amarguravam e que não deixavam aquela figueira produzir. Então ele disse: “Vou escavar ao redor dela, vou tirar os empecilhos, vou afastar as pedras, vou arrancar as ervas daninhas, vou tirar tudo o que está su-gando a vida dela, e vou colocar estrume. Deixa mais um ano”.

Há algo que precisamos entender: “As miseri-córdias do Senhor são a causa de não sermos con-sumidos.” (Lamentações 3.22). “Fomos plantados” na vinha. Conforme está registrado na Palavra, o

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bom terreno é aquele que ouve a Palavra e a obe-dece. Qual fruto é este que o Senhor quer colher? Qual fruto é este que Ele vem procurar? Qual fru-to, que depois de três anos, Ele procura? Três é uma figura, quem sabe depois de trinta anos, ou de dois anos, ou de dez anos que você já tenha a vida do Senhor em você? Deus quer o fruto. E que fruto é este? Em Gálatas, capítulo 5, versos 22 e 23, encontramos este fruto: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, be-nignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domí-nio próprio.”

Mais um ano se foi. Será que foi um ano inú-til? Como passamos por ele? Que haja uma nova oportunidade. Deixe o Senhor o renovar para produzir o fruto da luz. Paulo escreve em Efésios 5, verso 9: “Porque o fruto da luz consiste em toda bondade, e justiça, e verdade”. Quem seria o cul-pado pelo fato de a figueira não produzir frutos? Deus não é o culpado. Deus nunca é o culpado. Isaías, capítulo 5, versos 1 e 2, nos mostra, de uma forma tão clara, que Deus não é o culpado de não frutificarmos: “Agora, cantarei ao meu amado o cântico do meu amado a respeito da sua vinha. O meu amado teve uma vinha num outeiro fertilíssi-mo. Sachou-a, limpou-a das pedras e a plantou de vides escolhidas; edificou no meio dela uma torre

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e também abriu um lagar. Ele esperava que desse uvas boas, mas deu uvas bravas.”

Tudo o que Deus podia fazer, Ele fez. Eu creio que durante este ano que passou, você queria não apenas ouvir da Palavra, mas se relacionar de fato com o Mestre. Quem sabe no seu relaciona-mento em casa, na leitura da Bíblia e em outras reuniões, Deus esteve contigo e não se aperce-beu disso? Deus o tem “plantado” num outeiro fertilíssimo. O Senhor preparou a terra, limpou as pedras, plantou vides escolhidas, edificou uma torre, abriu lagares e esperou colher muitos fru-tos nesse ano que findou. Cada um deveria se le-vantar tão cheio de vida, tão cheio de frutos, tão cheio de alegria, da graça do Senhor. Cada um é responsável por si diante do Senhor e cada um se vê diante do Pai. Como diz em Lucas 13.6: “Então, Jesus proferiu a seguinte parábola: Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e, vindo procurar fruto nela, não achou. Pelo que disse ao viticultor: Há três anos venho procurar fruto nesta figueira.”

Nesta figueira, cada um tem que ter a preo-cupação consigo mesmo. Muitas outras estavam florescendo, tantas outras ali estavam cheias de frutos. Mas aquela estava ocupando espaço inu-tilmente. Havia uma que não estava produzindo,

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e ele disse: “Corta, corta”. Mas veio a intervenção: “Senhor, deixa ainda este ano”. Nós temos um intercessor diante de Deus e este intercessor é Jesus Cristo. Isaías 53 termina com uma palavra: “[...] e pelos transgressores intercedeu”.

Há um mistério oculto em torno do Pai. Quan-do os discípulos do Senhor estavam ali, não os livrou da tentação, mas na tentação. Jesus dis-se: “O diabo irá peneirá-lo Pedro, mas eu intercedi por você para que a sua fé não desfaleça”. (Lucas 22.32). Há um intercessor. Há um intercessor por mim, por você. Há este ministério que o Senhor realiza intercedendo por nós. Há algo que o Espí-rito Santo, que está em nós, testifica: somos filhos de Deus. João, capítulo 17, versículo 9 diz: “É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.”

Quando começamos a conhecer o caráter de Deus, vemos também que Deus é longânimo. Deus é longânimo. Três anos esperando. Ele po-deria ter dito: “Eu não esperei por três e não encon-trei nada, e você pede mais uma oportunidade?” Ele não disse: Não! Deus é um Deus longânimo.

Encontramos, em Números 13, o episódio de quando o Senhor havia mandado Moisés enviar doze espias para espiarem a terra. Aqueles doze espias foram, entraram em Canaã, viram as plan-

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tações e ficaram tão extasiados que trouxeram um cacho de uva tão grande a ponto de ser ne-cessário dois homens para carregá-lo. Era uma terra fértil, uma terra de abundância, que real-mente manava leite e mel. Mas quando os doze voltaram, dez trouxeram um relatório diferente. “A terra é boa, é fértil, rica, como o Senhor prometeu. Mas é habitada por gigantes; aos seus olhos, éra-mos como gafanhotos. As cidades são fortificadas e nós éramos tão pequenos!” E, quando disseram estas palavras, no meio do arraial, todos come-çaram a murmurar, lembrando de onde saíram. Fizeram um altar para o inimigo, quiseram aban-donar tudo e apedrejar Moisés e Arão. Mas Josué e Calebe disseram: “Não, nós não vamos morrer sem pisar na terra. Nós vamos conseguir”. Todos os dez espias que disseram que não iriam con-seguir, não conseguiram de fato. Eles gastaram quarenta dias espiando a terra e Deus trouxera-lhes uma palavra dura de correção: “Porque vo-cês não creram, irão percorrer, durante quaren-ta anos, de um lado para o outro, até que todos vocês morram, mas os filhos, que vocês disseram que seriam mortos pelos gigantes, irão possuir a terra; porém, vocês não, com exceção de Josué e Calebe que, desde o início, sabiam que iriam pos-suir a terra” .

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Quando olhamos para as expectativas da vida, nos deparamos com os gigantes da desi-gualdade. Você vê os gigantes do desemprego, da fome, da miséria, da corrupção, os mais terrí-veis. E muitas vezes nos vemos tão pequenos que dizemos: “Nós não vamos conseguir! É um ano que mana leite e mel, um ano que Deus está nos dando, mas não vamos conseguir; os gigantes são grandes demais. Não conseguiremos vencê-los!” Quantas vezes, diante das situações, você proclama: “Não vai dar certo, nós seremos massacrados e pisados; vamos ser comidos pelos gigantes!” Esta idéia en-trou no meio do povo e o pessimismo começou a dominá-los. Deus veio para o povo e disse: “Não é assim”.

Quando você começa a proclamar esta men-tira dizendo que o gigante é maior do que Deus, que os problemas, as dificuldades são maiores do que o Senhor, de fato eles se tornam maiores para você. E você não irá vencê-los. O que fizeram Josué e Calebe? Quando entraram em Canaã, de-pois de quarenta anos, escolheram a região que era habitada por gigantes. Depois de quarenta anos, o seu corpo envelhecera, mas o seu espíri-to era o mesmo. Normalmente quando você dá a vida aos gigantes, eles crescem. Mas no momen-to quando você dá força ao seu Deus, descobre

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que é infinitamente maior do que os gigantes. Procure ver que Deus continua sendo um Deus que desfaz as fortalezas, que derruba os muros das dificuldades desta vida.

No capítulo 14 de Números, versos 18 e 19, no meio de toda aquela situação, quando Deus dizia “Não suporto mais, eu vou acabar com este povo”, Moisés então lembrou: “O Senhor é longânimo e grande em misericórdia, que perdoa a iniqüidade e a transgressão, ainda que não inocenta o culpado, e visita a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta gerações. Perdoa, pois, a iniqüidade deste povo, segundo a grandeza da tua misericórdia e como também tens perdoado a este povo desde a terra do Egito até aqui.”

“Ainda este ano. Senhor, deixa ainda este ano”. E ele diz: “até”. Há um “até”. Há um momento quan-do o Senhor coloca este “até”. O Senhor diz: “Até que eu escave ao redor dela e lhe ponha estrume”. Tem que ter o cuidado de escavar no sentido de tirar tudo, e colocar ali o “estrume”. Você conhe-ce as pedras que estão aí; você sabe o que está impedindo-o de produzir os frutos. Por isso, o vi-ticultor disse: “Até que eu escave ao redor”. Aque-las coisas que estão enxertadas, comodamente, no momento em que são escavadas e arranca-das, muitas vezes há dor e a “terra” é removida.

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É preciso que os empecilhos saiam, porque sabe-mos que o que Deus deseja são frutos. “Até que eu escave ao redor dela, tire todos os empecilhos, e coloque o estrume, o alimento, então ela poderá dar frutos”.

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conclusão

A Bíblia registra a seguinte verdade: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vos-so Pai que está nos céus”. (Mateus 5.16) Nós po-demos ter vivido inutilmente todo o ano que se passou. Para cada um de nós, foi maldição ou foi bênção? Produzimos frutos ou não? Conforme a Palavra: “Se vier a dar frutos, bem está”.

Deus é um Deus maravilhoso. Ele sempre nos oferece uma nova oportunidade. Deus nos dá um novo ano. Ele restaura uma oportunidade nova. Para quê? Simplesmente para ficarmos mais ve-lhos? Não! “Se vier a dar frutos, bem está; se não, mandarás cortá-la”. Não vamos perder mais um

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ano e viver a vida sem dar, ao menos, um único fruto. Assim escreveu Davi, no Salmo 1:

“Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnece-dores. Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido. Os ímpios não são assim; são, porém, como a palha que o vento dispersa. Por isso, os perversos não prevale-cerão no juízo, nem os pecadores, na congregação dos justos. Pois o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá.”

O verso 3 registra: “Ele é como árvore planta-da”. Ao começar este novo ano, que você conti-nue “plantado”. “Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas que, no devido tempo, dá o seu fruto”. Querido, que você possa ser “plantado” pelo Senhor, e a cada dia dando frutos. Que o Senhor possa se alegrar com o seu fruto, “cuja fo-lhagem não murcha”. Mesmo no meio das adver-sidades, do calor, até o limite, que haja o verdor na sua vida, e “tudo o quanto você fará, será bem sucedido”. No ano que se passou, nesse momento de balanço, um momento sério, que haja no seu

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coração o desejo do Senhor de estar “plantado junto a correntes de água, que em todo tempo dá fruto”. Que você diga: “Senhor, eu quero, em todo tempo, dar fruto. Que a minha folhagem não mor-ra; que eu seja sombra na minha casa; que eu seja sombra para o meu irmão; que esta folhagem viva em mim. Senhor, em tudo o que eu fizer, que eu seja bem sucedido”.

Este é o desejo do coração de Deus. Se apro-prie da nova oportunidade que o Senhor lhe dá. Viva com frutos para a glória do Senhor. Escolha ser a videira com frutos. Permita que o Senhor afaste aquilo que está “afogando” esta figueira, a fim de que dê então frutos. Deixe que a glória de Deus seja sobre a sua vida.

Deus abençoe!

Pr. Márcio Valadão

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Jesus te AMA e Quer

vocÊ!

1º PASSO: Deus o ama e tem um plano maravilhoso para sua vida. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Fi-lho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16).

2º PASSO: O Homem é pecador e está separado de Deus. “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b).

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3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus, para o conflito do homem. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6).

4º PASSO: É preciso receber a Jesus em nosso coração. “Mas, a todos quan-tos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.“ (Jo 1.12a). “Se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu co-ração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação.” (Rm 10.9-10).

5º PASSO: Você gostaria de receber a Cristo em seu coração? Faça essa oração de decisão em voz alta:

“Senhor Jesus eu preciso de Ti, confesso-te o meu pecado de estar longe dos teus ca-minhos. Abro a porta do meu coração e te re-cebo como meu único Salvador e Senhor. Te agradeço porque me aceita assim como eu

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sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo estar sempre dentro dos teus planos para minha vida, amém”.

6º PASSO: Procure uma igreja evan-gélica próxima à sua casa.

Nós estamos reunidos na Igreja Batista da Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairro São Cristóvão, Belo Horizonte, MG.

Nossa igreja está pronta para lhe acom-panhar neste momento tão importante da sua vida.

Nossos principais cultos são realizados aos domingos, nos horários de 10h, 15h e 18h horas.

Ficaremos felizes com sua visita!

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

Gerência de Comunicação

Rua Manoel Macedo, 360 - São Cristóvão

CEP 31110-440 - Belo Horizonte - MG

www.lagoinha.com