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CURSO ONLINE ATUALIDADES O TJ – SP PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 1 Prof a Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br Olá, amigos, tudo bem? Meu nome é Virgínia Guimarães e minha relação com os concursos públicos se iniciou quando me dei conta de que minha única opção para alcançar o ensino superior seria adentrar numa Universidade Federal – onde me graduei em História no ano de 2005. Após a graduação, busquei o mestrado e, mais uma vez, tinha que ser na Federal onde adentrei em 2006 e me tornei mestre em História do Brasil. Sou autora do livro, Ex-combatentes do Brasil – entre a História e a Memória, mas, infelizmente, isso ainda não é cobrado nos concursos públicos. rsrsrs Enfim, atualmente, leciono várias disciplinas da área de humanas em uma faculdade na cidade de Olinda/PE e, desde 2010, dou aulas de Conhecimentos Gerais, Atualidades e Geografia aqui no site do Ponto dos Concursos. Bem, é sempre um grande prazer estar com vocês nesse caminho, às vezes tão árduo e cheio de sacrifícios, que é o da aprovação! Sobre a disciplina de atualidades é importante saber que ela é sempre muito ampla, como vocês mesmo já devem ter percebido, no entanto, o concurso do Tj trouxe uma cobrança de forma bem inusitada perto do normalmente é exigido. Calminha, pois essa mudança foi muito positiva uma vez que ela estabeleceu o prazo dos acontecimentos os quais ela espera que o candidato esteja a par e isso é maravilhoso. Digo isso, pois assim podemos ir direto aos assuntos que estão mais em voga e nos interessam diretamente , sem ficar tendo que divagar sobre as mil e uma possibilidades de cobrança dentro de política, por exemplo. Como

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Profa Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br

Olá, amigos, tudo bem?

Meu nome é Virgínia Guimarães e minha relação com os

concursos públicos se iniciou quando me dei conta de que minha única

opção para alcançar o ensino superior seria adentrar numa Universidade

Federal – onde me graduei em História no ano de 2005. Após a

graduação, busquei o mestrado e, mais uma vez, tinha que ser na

Federal onde adentrei em 2006 e me tornei mestre em História do Brasil.

Sou autora do livro, Ex-combatentes do Brasil – entre a História e a

Memória, mas, infelizmente, isso ainda não é cobrado nos concursos

públicos. rsrsrs

Enfim, atualmente, leciono várias disciplinas da área de

humanas em uma faculdade na cidade de Olinda/PE e, desde 2010, dou

aulas de Conhecimentos Gerais, Atualidades e Geografia aqui no site do

Ponto dos Concursos.

Bem, é sempre um grande prazer estar com vocês nesse

caminho, às vezes tão árduo e cheio de sacrifícios, que é o da aprovação!

Sobre a disciplina de atualidades é importante saber que ela é

sempre muito ampla, como vocês mesmo já devem ter percebido, no

entanto, o concurso do Tj trouxe uma cobrança de forma bem inusitada

perto do normalmente é exigido. Calminha, pois essa mudança foi muito

positiva uma vez que ela estabeleceu o prazo dos acontecimentos os

quais ela espera que o candidato esteja a par e isso é maravilhoso. Digo

isso, pois assim podemos ir direto aos assuntos que estão mais em voga

e nos interessam diretamente , sem ficar tendo que divagar sobre as mil

e uma possibilidades de cobrança dentro de política, por exemplo. Como

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a banca só cobra os últimos 6 meses nem precisaremos falar tanto do 11

de setembro ou da crise econômica de 2008 especificamente.

É claro, amigos, que certos acontecimentos pregressos

precisaremos sim abordar, pois eles fazem parte de um contexto

importante de termos domínio. Ainda assim, é apenas pra isso que

falaremos de certos fatos: pra solidificar e ampliar o conhecimento de

fatos importantes e relevantes da atualidade.

Pois então, pessoal, isso abre caminho para a dedicação de

todos e o foco nos estudos, tendo em vista a aprovação neste importante

concurso público, não é mesmo?

Dessa forma, vamos dar mais uma olhadinha no resumidíssimo

edital dessa matéria para compreendermos a seleção de temas que fiz

pras nossas três aulas. :

Nem tem mistério, não é mesmo, amigos? Teremos uma aula

de cada um dos temas citados: política/economia/sociedade, mas não se

enganem com essa aparente pouco matéria, pois são três tópicos muito

abrangentes e isso torna tudo um pouquinho mais complicado. Assim

nosso cronograma ficou assim:

26/09 - Aula Economia

09/10 - Aula Política

23/10 –Aula Sociedade

(04) questões: relacionadas a fatos políticos, econômicos e sociais, ocorridos a partir do primeiro semestre de 2012.

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Atenção hein, pessoal? Nossas aulas serão a cada 15 dias

pra podermos pegar os acontecimentos mais recentes com o seu

desenrolar mais completo!! Já que esse curso é compilado e não

veremos muito dos processos acho ideal termos mais tempo pra

nos atualizar, não é mesmo?

De todo modo, apesar da relativa amplitude dos temas nós os

estudaremos aqui da forma mais objetiva possível, certo? Isso porque

existem alguns assuntos são muito mais prováveis de serem cobrados do

que outros e é, exatamente, em cima desses que nosso curso trabalhará!

Pois bem, acho importante ressaltar que, ao contrário do que

muitos pensam, Atualidades é uma matéria que exige muito estudo! Digo

isso porque muitos concurseiros pensam, por exemplo, que a simples

leitura de jornais pode valer para resolverem as questões, mas o que

tenho visto, cada vez mais, é exatamente o contrário. Acompanhar os

últimos acontecimentos até faz alguma diferença para compreensão da

questão, todavia, o que determina que tenhamos firmeza na opção a ser

marcada é o conhecimento sólido do assunto – e isso, jornais e

noticiários não nos fornecem, pois os abordam de forma muito

superficial.

Nossos assuntos são estudados mesmo!!! Por isso chamamos

esse curso de teoria+exercícios. Minha função aqui não é treinar ninguém

pra ganhar o “Show do milhão” (rsrsrs) e sim prepará-los para responder

as perguntas mais inteligentes possíveis e, isso é o que esperamos da

VUNESP.

Assim, ao final dessas nossas 3 aulas vocês estarão bem mais

seguros para responder as 4 questões de Atualidades que cairão na

prova, então chega de papo e vamos a nossa aula! ;)

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- PANORAMA ECONOMICO

Bem, falar de um panorama geral é algo muito amplo, e, com

toda certeza, não é meu objetivo abordar todas as situações do mundo

numa única aula, ok? De qualquer modo, para compreendermos os

tópicos econômicos mais relevantes do Brasil e do mundo no século XXI,

é preciso começarmos com uma ideia mais geral de como funcionam as

políticas e as economias mundiais, ok?

Temos que pensar, amigos, que todas, absolutamente todas,

as situações políticas, econômicas, sociais e ambientais pelas quais

passamos na atualidade tiveram origem em algum momento e foram

desencadeadas por algum fator pregresso.

Por isso, amigos, para compreender as transformações que

vemos hoje à nossa volta, ou seja, para entender a dinâmica do

processo é imprescindível que conheçamos o próprio processo, as suas

origens e aí então poderemos entender suas consequências.

Um exemplo disso que estou dizendo são as conhecidas revoltas

em alguns países da África do Norte, como o Egito, a Líbia e, mais

recente, a Síria. É praticamente impossível compreendermos a situação

política atual daquela região se não tivermos clareza das disputas em

que esses países estão inseridos? Mas disso nós falaremos na próxima

aula, ok?

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Bom, pra iniciarmos nosso papo queria tocar num assunto que

vocês já devem tirar de letra: a globalização. Apesar de não ser

exatamente um tema atual, ele continua caindo em concursos e é o

ponto de partida para compreendermos muitos aspectos de nossa

economia ainda hoje. Afinal. Como falar da crise econômica na Europa

sem ter compreendido a globalização? Portanto, queridos, eu gostaria de

reforçar um pouco mais alguns conceitos teóricos pra depois fazermos

uma questãozinha que caiu num concurso do ano passado.

Nesse sentido, queria que estivesse bem sólido na cabeça de

vocês que a globalização é

um processo com muitos efeitos, positivo e negativo.

Essas transformações atingiram a TODOS os setores nos

mais diversos aspectos mundiais, sejam econômicos,

sociais, culturais ou políticos.

Estão lembrados disso? Pois então, sem compreender a

globalização quase nada poderia ser compreendido pois ela não diz

respeito apenas à integração, uma vez que ela também acarreta divisão e

exclusão.

A essa altura já podemos entender que a globalização é pedra

fundamental do nosso conhecimento, porque todas as crises mundiais,

políticas e econômicas, passam por este fenômeno. Deste modo, também

podemos conceituar a globalização como sendo:

“um fenômeno de aprofundamento do intercâmbio

político, econômico, social e cultural entre as

diversas nações do planeta, atualmente

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intensificado pelas profundas transformações e

inovações científicas e tecnológicas na área da

comunicação e nos transportes.”

Vocês devem estar se perguntando, porque, afinal de contas,

estou voltando a falar de globalização já que nosso assunto só deve

abarcar os últimos 6 meses, não é?

Pois bem, vimos que a globalização projeta três importantes

processos que seriam os movimentos internacionais de capitais, a

produção capitalista internacionalizada e as ações internacionais

de governo. Destes três aspectos, nos interessa, para a aula de hoje: os

movimentos de capitais.

Isso porque se esses movimentos não existissem toda essa crise

econômica que assola a Europa e alguns países em especial não estaria

existindo

Deste modo, podemos dizer que as ações internacionais de

governo são a conseqüência direta da movimentação internacional

de capitais e da produção internacionalizada, que, somados à

necessidade de intervenção do Estado na economia e em projetos de

cooperação internacional resulta na construção de organizações

“reguladoras”. Deste modo, uma vez que os capitais estão se

movimentando pelo mundo e empresas estão se internacionalizando,

torna-se necessário o surgimento de organizações internacionais, que

se tornaram uma realidade no pós-Segunda Guerra Mundial. Concordam

comigo?

As ações internacionais de governo deram origens a verdadeiros

estados internacionais. Assim, é importante termos bem claro que a

unificação do capital mundial com a força de trabalho mundial resultou

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num sistema que exigia a formação de instituições supranacionais para

regular suas ações, como a ONU, a OMC etc.

A essa altura do campeonato, acho que todos concordamos que

a globalização trouxe uma indiscutível integração da sociedade, cultura e

políticas mundiais. Não quero parecer uma propagandista liberal

levantando aqui uma bandeira pró-globalização, mas o fato é que junto

com ela surgiram sim alguns avanços que não podem ser ignorados.

A globalização das comunicações tem sua face mais visível na

internet, que permite um fluxo de troca de ideias e informações jamais

vista na história da humanidade. Um bom exemplo disso somos nós que

estamos, nesse momento, nos relacionando com pessoas das mais

diversas regiões do Brasil. Em outro momento, quando é que uma pessoa

do interior de Minas Gerais teria aula com uma professora que mora em

Pernambuco? Mas com o advento da internet, cá estamos nós interagindo

e aprendendo além de, obviamente, desfrutar da tecnologia. Assim, é

correto afirmar que o processo de globalização diz respeito à forma como

os países interagem e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo,

levando em consideração os aspectos que falei acima.

Vejamos como os efeitos da globalização foram cobrados em

provas anteriores e como estão relacionados aos temas de

Atualidades/Conhecimentos gerais!

1) (FUNIVERSA / Auditor Fiscal - Transportes – Seplag-DF /

2011) A imprensa mundial noticiou, em fevereiro de 2011, que a

crise nos países árabes, com destaque para o Egito, pode

intensificar o movimento de elevação dos preços das

commodities, especialmente o do petróleo. A partir dessa

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observação e considerando o cenário econômico global

contemporâneo, assinale a alternativa correta.

(A) Eventuais oscilações no preço do barril de petróleo já não causam

impacto como no passado, tendo em vista a significativa redução de seu

uso na atualidade, com a substituição por outras fontes de energia.

(B) Uma das características essenciais da globalização é a ampliação e a

interdependência dos mercados. Assim, fatos aparentemente isolados e

ocorridos em região determinada podem repercutir na economia mundial.

(C) Crises como a vivida pelo Egito podem interferir na cotação de

produtos no comércio global, mas são incapazes de influir no

comportamento dos mercados financeiros, hoje blindados contra

situações de risco.

(D) Na ordem global dos dias atuais, a mesma liberdade de circulação de

bens e capitais verifica-se na locomoção das pessoas, tanto como turistas

quanto na condição de trabalhadores em busca de novas oportunidades.

(E) Por ser um país emergente, o Brasil insere-se no comércio mundial

como exportador de produtos industrializados, sendo diminuta sua

participação na venda de commodities.

COMENTÁRIOS

A letra A está incorreta. É verdade que se tem, cada vez mais,

se buscado alternativas para substituir o petróleo, entretanto, esse

combustível ainda é largamente usado em todo mundo. Por outro lado,

dizer que as oscilações no preço do petróleo não causam impacto, é

contradizer a realidade que vemos diariamente nas mídias: as oscilações

no preço do petróleo atingem diretamente a economia mundial.

A letra B está correta. A globalização promove a integração e

interconexão de mercados que antes não tinham ligação nenhuma. Assim

sendo, quando ocorre uma crise, pequena ou grande, em um

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determinado lugar, o mercado internacional pode ser afetado

diretamente.

As distancias dos mercados em todo mundo não representam

mais a separação dos mesmos. Há, como foi afirmado, uma

interdependência das economias e mercados mundiais.

A letra C está incorreta. Seria tão bom se os mercados

financeiros estivessem blindados contra crises, não é mesmo? Mas não

estão. Portanto, a crise do Egito não somente interfere como também

condiciona o comportamento dos mercados financeiros internacionais. É o

que podemos constatar facilmente na crise que se expande pela Europa

(principalmente) e pelo mundo como um todo.

A letra D está errada. Ao contrário do que ela afirma, o

deslocamento de trabalhadores pelo mundo sofre rigorosa restrições e

intervenções estatais.

A letra E está incorreta. A exportação de produtos

industrializados no Brasil cresceu, é verdade. Mas, as commodities ainda

ocupam grande espaço na pasta dos produtos brasileiros exportados.

Gabarito: B

2) (FUNVERSA / CEB / 2010)

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A disseminação do McMundo

Em seu livro Jihad versus McWorld, publicado em 1995, Benjamin Barber

foi incrivelmente profético ao descrever nosso mundo complicado, em

que dois cenários aparentemente contraditórios desenrolam-se

simultaneamente: um onde “cultura é lançada contra cultura, pessoas

contra pessoas, tribos contra tribos”, e outro onde “o ímpeto de forças

econômicas, tecnológicas e ecológicas” exigem integração e uniformidade

e hipnotizam as pessoas em todo o planeta com o universo fast de

música, computador, comida, um McMundo unido pela comunicação,

informação, entretenimento e comércio.

(Worldwatch Institute. Citado em Conexões. Lygia Terra, Regina Araújo e

Raul Borges Guimarães. São Paulo: Moderna, 2008.)

A partir das ideias expressas no texto e na figura, assinale a

alternativa incorreta.

a) A intensificação dos fluxos globais de tecnologias, capitais, pessoas e

serviços podem ser entendidos como uma das características da

globalização.

b) Benjamin Barber estabelece, no título de seu livro, uma relação entre

a fé islâmica e o modo de vida das sociedades ocidentais.

c) Uma importante rede de lanchonetes é citada, ainda que de forma

indireta, no texto.

d) O texto menciona apenas aspectos negativos da globalização.

e) A figura que acompanha o texto remete ao extraordinário avanço das

comunicações no mundo atual.

COMENTÁRIOS

A letra A está correta. A globalização é responsável pela

intensificação dos fluxos globais de tecnologias, capitais, pessoas e

serviços. Com a globalização, a sociedade internacional tornou-se muito

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mais interdependente. Como vocês já devem estar cansados de saber

depois de tanto verem isso nesta e na última aula.

A letra B está correta. Essa questão sempre gera dúvidas e

creio que elas estejam diretamente ligadas à complexidade do assunto, já

que, quando entra comparações com o mundo Islâmico sempre ficamos

na dúvida, não é mesmo? ...rs

Mas o grande "X" dessa letra B é entendermos que o simples

fato do autor citar a Jihad no título de seu livro, já indica uma referência

a fé islâmica e que o mesmo ocorre quando ele fala em Mc, posto que, o

McDonald’s é o grande símbolo do modo de vida da sociedade ocidental,

certo?

Assim, ao citar esses dois termos ele já indica a relação entre

esses dois conceitos.

Deste modo, o título do livro – Jihad x McWorld– indica um

choque de culturas, mais especificamente entre a cultura islâmica e a

cultura ocidental. Jihad é um conceito da região islâmica que significa a

busca pessoal pela perfeição. Já no que diz respeito a McWorld, a

referência a que o autor faz é a rede McDonalds, que acabou se tornando

um símbolo do capitalismo e da globalização devido à sua grande

expansão pelo mundo e ainda aos conceitos de rapidez, instantaneidade,

eficiência e padronização (afinal, esses são os pilares da propaganda do

McDonalds!).

A letra C está correta. Conforme comentei, quando o autor fala

em McWorld, a referência é à rede de lanchonetes McDonalds, que se

tornou um verdadeiro símbolo da globalização.

A letra D está errada, é, portanto, a resposta da questão! O

texto faz alusão a aspectos positivos e negativos da globalização. Fica

fácil de visualizarmos isso quando é feita referência a dois cenários

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aparentemente contraditórios. O primeiro cenário (negativo) é onde

ocorre o choque de culturas e “pessoas são lançadas contra pessoas”. O

segundo cenário (positivo), por sua vez, é o que une as pessoas por meio

da comunicação, informação, entretenimento e comércio

A letra E está correta. A figura que acompanha o texto mostra

duas pessoas em lados opostos do globo apertando as mãos, o que

simboliza o estreitamento das distâncias e a facilidade de comunicação

decorrentes da globalização.

Gabarito: D

3) (FMP / Auditor Público Externo – TCE-RS / 2011) Para José

Eduardo Faria, a globalização “transformou radicalmente as

estruturas de dominação política e de apropriação de recursos,

subverteu as noções de tempo e espaço, derrubou barreiras

jurídicas entre nações, revolucionou os sistemas de produção e

modificou estruturalmente as relações trabalhistas.” Nesse

sentido, pode-se afirmar que a globalização significa

fundamentalmente:

(A) transnacionalização de mercados apenas em países desenvolvidos,

não trazendo, portanto, repercussões para governos dos Estados da

Federação brasileira.

(B) comercialização, transnacionalização e produção de gêneros

alimentícios em determinados países do CONESUL e NAFTA.

(C) a habilidade para a mudança devido aos novos avanços tecnológicos

que permitem uma redução do tempo e espaço na comercialização de

produtos oriundos de países do Ocidente.

(D) transnacionalização dos mercados de insumos, produção, capitais,

finanças e consumo, enfatizando uma relação dialética entre o global e o

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local, de tal modo que as relações sociais locais passam a ser definidas

por eventos e atores que operam no âmbito global.

(E) a dominação de países ocidentais por países orientais, podendo ser

considerada a derrocada final do sistema de produção capitalista.

COMENTÁRIOS

A letra A está incorreta porque a globalização é um fenômeno

que engloba todo o mundo, inclusive países em desenvolvimento.

Portanto, quando se afirma que a “globalização significa

fundamentalmente transnacionalização de mercados apenas em países

desenvolvidos”, como está disposto na opção A, está desconsiderando

outros aspectos deste fenômeno. A globalização não se reduz apenas aos

mercados e muito menos apenas aos países desenvolvidos, deste modo,

esta opção está errada.

A opção B também está incorreta. Novamente se limita a

globalização a “comercialização, transnacionalização e produção de

gêneros alimentícios”, incorrendo no erro de reduzir a alguns países do

CONESUL e NAFTA. Como dito acima, a globalização é um fenômeno que

engloba todo o mundo e não está localizado apenas em algumas regiões

ou blocos políticos e econômicos.

A letra C está incorreta. Embora num primeiro momento possa

parecer correto o que está sendo afirmado nesta opção, pois a

globalização realmente cria a habilidade para a mudança devido aos

novos avanços tecnológicos, reduzindo assim o tempo de produção e

aumentando as facilidades de comercialização de produtos em diferentes

partes do mundo. Ela não reduz o espaço, na verdade ela amplia o

espaço de produção e de comercialização. E, por outro lado, embora os

produtos ocidentais estejam mais presentes, pois a maior parte das

multinacionais e transnacionais sejam de países do Ocidente, não

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podemos excluir do processo de globalização produtos de outras partes

do mundo. Assim sendo, a afirmativa torna-se incorreta ao fazer

reduções e limitações que não cabem no significado de globalização.

A letra D é a opção correta! Vejamos uma descrição do que vem

a ser Globalização: “Globalização é um fenômeno de aprofundamento do

intercâmbio político, econômico, social e cultural entre as diversas nações

do planeta atualmente intensificado pelas profundas transformações e

inovações científicas e tecnológicas na área da comunicação e nos

transportes.” Podemos perceber que se trata de um fenômeno bastante

amplo, que interconecta aspectos políticos, sociais e culturais. Quando a

afirmativa diz que a globalização se caracteriza pela transnacionalização

de mercados (...) e enfatiza uma relação dialética do local com o global,

está afirmando exatamente essa extensa conexão promovida pela

Globalização. Portanto, essa é a opção correta para responder à questão

proposta.

A letra E está errada, pois afirma que existe uma dominação

dos países Orientais sobre os países Ocidentais (foi, inclusive, escrita de

forma a tentar confundir o leitor). Afirma ainda que ela pode ser

considerada a derrocada do sistema capitalista. Dois erros gritantes.

Primeiro porque a maior dominação é dos países Ocidentais sobre os

Orientais. E em segundo lugar, porque a globalização fortaleceu e

continua fortalecendo o capitalismo e não o leva à derrocada.

Gabarito: D

A GLOBALIZAÇÃO E A ECONOMIA

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Bem, queridos, agora que já relembramos os principais pontos

sobre globalização precisamos saber o que isso tem a ver com os fatos

econômicos recentes, não é mesmo?

Se eu pedisse pra você me dizer o que lhe vem a cabeça

quando pensa em fato econômico atual o que você diria? Certamente a

crise econômica mundial e suas sérias conseqüências na Europa seria

uma das primeiras lembranças, acertei?

Pois então, como poderemos compreender essa crise sem ter

uma boa compreensão do fenômeno que permite com que um “erro

econômico” ocorrido nos EUA atinja todo o mundo? Ou ainda que uma

crise na economia grega desestabilize toda zona do euro? Aliás, você

sabe como se formou essa zona?

BLOCOS REGIONAIS - Generalidades

Conforme já vimos, a integração econômica e política é uma

consequência da globalização. Após a Segunda Guerra Mundial, os

países se deram conta de que se unissem forças, eles teriam muito maior

voz no cenário internacional do que se agissem isoladamente.

Concomitante a isso, começam a proliferar organizações internacionais,

as quais materializam a ideia de que problemas em comum da

humanidade deveriam ser enfrentados pela cooperação internacional.

E por que estou falando isso agora? Porque é ai que se encontra

a sementinha que possibilitou o surgimento dos blocos econômicos que

conhecemos hoje.

Se a integração e cooperação entre os países tiveram início por

motivações eminentemente políticas, podemos estar certo de que depois

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também se evidenciaram no campo econômico. Deste modo, surgiram os

blocos regionais, que tiveram seu embrião na Europa e depois se

espalharam às outras regiões do planeta. E foi essa expansão que

originou o que hoje conhecemos como acordos preferenciais e blocos

regionais, dentre os quais destacamos a União Europeia, o NAFTA e o

MERCOSUL.

Pessoal, quando falo de blocos regionais, há uma tendência de

vocês pensarem que são todos uma coisa só, não é mesmo? Entretanto,

eles possuem diferentes estágios de integração.

Segundo Bela Balassa, criador da teoria da integração regional,

existem os seguintes estágios de integração econômica:

Área de Livre Comércio: caracteriza-se pela livre circulação de

mercadorias e serviços. Dizer que há livre circulação de mercadorias

significa que o substancial do comércio (a maior parte do fluxo de

mercadorias) circula sem pagar impostos de importação (direitos

aduaneiros) entre os países do bloco.

A livre circulação de serviços, por sua vez, fica caracterizada

quando não há restrições à prestação de serviços dentro do bloco. Nesse

sentido, um médico do país A poderia fazer consultas normalmente no

país B, sem qualquer restrição. Ou então, uma empresa de A poderia

instalar-se e prestar serviços de extração de petróleo no país B. Tudo

isso, é claro, se A e B fossem integrantes da área de livre comércio.

Na prática, o que se verifica é que a completa liberalização do

comércio de mercadorias e serviços é algo muito difícil de ser alcançado.

Como exemplo de área de livre comércio, citamos o NAFTA.

União Aduaneira: Na união aduaneira, além da livre circulação

de mercadorias e serviços, haveria harmonização da política comercial

em relação a terceiros países. Assim, os países-membros desse bloco

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comercial estabeleceriam as mesmas regras alfandegárias em relação aos

não-membros. Em outras palavras, as normas de comércio exterior

seriam essencialmente as mesmas em todos os países, aplicando-se,

inclusive, uma Tarifa Externa Comum (TEC).

A Tarifa Externa Comum (TEC) é uma tabela que estabelece as

alíquotas do imposto de importação para os produtos importados de

terceiros países. Imagine que o país A, B e C forme uma união aduaneira.

Nesse caso, há livre circulação de mercadorias entre eles (no comércio

regional não incide imposto de importação) e, ainda, cobram o mesmo

imposto de importação em relação a terceiros países. Como exemplos de

uniões aduaneiras citamos, o MERCOSUL e a Comunidade Andina.

Mercado Comum: possui, cumulativamente, as características

da união aduaneira somadas à livre circulação dos fatores de produção.

Assim, não há restrições ao movimento de capitais e de pessoas.

Para que seja possível a livre circulação de fatores de produção,

é necessário, todavia, a harmonização das políticas previdenciária,

trabalhista e de capitais entre os integrantes do bloco. Vale ressaltar que,

no mercado comum, existirá, assim como na união aduaneira, uma

harmonização da política comercial intrabloco (comércio livre de barreiras

entre seus integrantes) e extrabloco (regras de comércio exterior

unificadas, incluindo tributação).

União Econômica: caracteriza-se pela harmonização das

políticas econômicas dos países-membros.

Integração Econômica Total: caracteriza-se pela

equalização das políticas econômicas.

“Mas, professora, qual a diferença entre harmonização e

equalização de políticas econômicas?”

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Para ficar bem fácil de visualizar, pensemos num quadro. Nesse

quadro, foi pintada uma imagem cuja simples admiração lhe traz uma

sensação de bem estar. Muito provavelmente, essa tela está repleta de

cores que se harmonizam, ou seja, possui cores que combinam entre si.

Apesar de diferentes, uma vez juntas num mesmo contexto, elas não

interferem uma na outra, resultando numa diversidade que se combina,

que se harmoniza.

Por outro lado, se pretendermos que essa tela

fique equalizada, usaríamos uma cor só e ela estaria preenchida

totalmente por apenas uma cor, ou seja, em qualquer ponto da tela, as

cores utilizadas seriam exatamente iguais, tal como um quadro negro.

Assim, elas também não se agrediriam, pelo simples fato de serem

absolutamente iguais.

No caso das políticas econômicas é a mesma coisa! Elas estarão

em harmonia quando, apesar de diferentes, não ferirem ou influenciarem

negativamente uma na atuação da outra. Em contrapartida, elas estarão

equalizadas quando a política adotada em um país for também adotada

em outra. Pra ficar mais claro fiz um esqueminha que permite vocês

visualizarem bem melhor a diferença entre essas organizações que

confundem tanto a cabecinha de vocês...rs

1. Área de livre comércio: livre circulação de mercadorias e serviços;

2. União aduaneira: livre circulação de mercadorias e serviços + política comum de comércio internacional em relação a terceiros países com TEC;

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3. Mercado comum: livre circulação de mercadorias e serviços + política comum de comércio internacional em relação a terceiros países com TEC + livre circulação dos fatores de produção

4. União Econômica: livre circulação de mercadorias e serviços + política comum de comércio internacional em relação a terceiros países com TEC + livre circulação dos fatores de produção + HARMONIZAÇÃO das políticas econômicas entre os países membros 5. Integração econômica total: livre circulação de mercadorias e serviços + política comum de comércio internacional em relação a terceiros países com TEC + livre circulação dos fatores de produção + EQUALIZAÇÃO das políticas econômicas entre os países membros

Agora acho que ficou mais claro, né??Caso contrário voltem ao

fórum ok?

Mas já que falamos em blocos econômicos vamso entender um

pouco mais do bloco econômico mais famoso do momento: a União

européia

União Européia

Bem, para compreender esse bloco que não sai dos telejornais

devido a crise que o acomete precisamos compreender um pouco mais o

que é e como se originou esse bloco, não é mesmo? Para isso, vamos

fazer uma pequena regressão histórica? Por favor, não se assustem, eu

juro que é pequena mesmo!!!rsrs

Bem, a origem do fenômeno integracionista no continente

europeu remonta ao período pós-guerra e à constituição de uma união

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aduaneira formada por Bélgica, Holanda e Luxemburgo, que ficou

conhecida como BENELUX. Passados alguns anos, surgiu a Comunidade

Europeia do Carvão e do Aço (CECA), cujo objetivo era a integração das

indústrias do carvão e do aço dos países europeus ocidentais. Em 1957,

esse bloco evoluiu para a Comunidade Econômica Europeia (CEE),

também chamada de Mercado Comum Europeu.

No ano de 1992, as ambições integracionistas europeias deram

origem ao Tratado de Maastricht, constitutivo da União Europeia. Dentre

todos os blocos regionais, a UE é o que se encontra atualmente no

estágio mais avançado de integração.

Como grande pilares do Tratado de Maastricht podemos citar a

união econômica e monetária dos Estados-membros (moeda única), a

definição e a execução de uma política externa e de segurança comum, a

cooperação em matéria jurídica e a criação de uma cidadania europeia.

A moeda única (euro) é uma das grandes marcas da União

Europeia, concretizando a ideia de uma união monetária. A adoção do

euro como moeda oficial por parte de um membro da União Europeia

exige, em conformidade com o Tratado de Maastricht, certo grau de

amadurecimento econômico. Assim, é necessário que haja uma

estabilidade de preços – baixo índice de inflação – sustentabilidade das

finanças públicas – inexistência de déficits fiscais excessivos – flutuações

da taxa de câmbio dentro de margens normais e baixas taxas de juros de

longo prazo.

O euro (€) é provavelmente a realização mais tangível da União

Européia, já que a moeda única é partilhada por 16 países (2009), que

representam mais de dois terços da população da União. E outros ainda

irão adotar o Euro, assim que as suas economias estejam preparadas.

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Todas as notas e moedas em euros podem ser usadas nos

países onde o euro é aceite. Enquanto as notas são sempre iguais, as

moedas têm uma face comum e outra que ostenta um símbolo nacional

do país emissor.

Países da União Europeia que usam o euro: Alemanha, Áustria,

Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Finlândia, França,

Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal.

Atualmente, fazem parte da União Europeia 27 membros,

havendo ainda três outros Estados em processo de adesão: Macedônia,

Turquia e Croácia. O processo de adesão à União Europeia consiste em

preparar os países candidatos para cumprirem as obrigações decorrentes

da qualidade de Estado membro. Assim, para a adesão ao bloco, exige-se

o cumprimento dos requisitos conhecidos como critérios de Copenhague,

que consistem em requisitos políticos, econômicos e de aplicação da

legislação européia.

Quando a União Europeia foi efetivamente criada pelo Tratado

de Maastricht em 1992, ela era integrada por apenas 12 membros. Hoje

são mais de 27 membros, o que reclama um aperfeiçoamento da

estrutura dessa instituição. Dessa forma, o Tratado de Lisboa foi assinado

em dezembro de 2007 pelos 27 Estados-membros da União Europeia com

vistas a dotar a União Europeia de uma estrutura institucional e jurídica

que lhe permita fazer frente aos desafios atuais.

Dentre as principais mudanças a serem introduzidas pelo

Tratado de Lisboa podemos citar:

� Melhoria do processo de tomada de decisão no âmbito da

União Europeia;

� Reforça a democracia através da atribuição de um papel

mais importante ao Parlamento Europeu (maior número de

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matérias sujeitas ao processo de co-decisão) e aos parlamentos

nacionais;

� Criação da figura de um presidente estável da União, eleito

por um período de dois anos e meio, renovável uma vez;

� Criação do cargo de Alto Representante da União para

Relações Exteriores e a Política de Segurança, que será

simultaneamente vice-presidente da Comissão Europeia;

� Possibilidade de que um grupo de 1 milhão de cidadãos da União

Europeia, de um número significativo de Estados dirija-se

diretamente à Comissão Europeia para solicitar a apresentação de

uma proposta legislativa (iniciativa popular);

� Possibilidade dos Estados de abandonar a União.

Em 1º de dezembro de 2009, o Tratado de Lisboa entrou em

vigor, após a ratificação por todos os 27 membros da União Européia.

Esse processo de ratificação não foi, todavia, realizado de forma

tranquila.

As maiores dificuldades foram na ratificação pela Irlanda, que

em virtude de especificidades de sua legislação, teve que submeter o

Tratado de Lisboa a referendo popular. Na primeira vez em que ele foi

submetido a esse processo, os irlandeses responderam de forma

negativa. Somente em uma segunda oportunidade o Tratado de Lisboa

foi aceito pela população irlandesa.

A União Europeia, apesar de ser um bloco que atingiu elevado

nível de integração, ainda apresenta fortes assimetrias internas. Isso

ficou particularmente evidente com o ingresso em 2004 e 2007 de 12

(doze) novos membros à União. Dentre estes, 10 (dez) são países do

Leste Europeu, oriundos do antigo bloco socialista, o que evidencia uma

significativa mudança política nos destinos da região.

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Recentemente, o fato que mais chama a atenção e que tem

aparecido como objeto de cobrança em provas de

Atualidades/Conhecimentos Gerais é a crise financeira atravessada por

países europeus pois apesar de fazerem de tudo para ter o melhor

sistema econômico possível, a união européia foi duramente atingida pela

crise e somente na Espanha, 52,9% dos jovens não têm emprego.

Portanto o mercado de trabalho na zona do euro atingiu, em julho, um

recorde negativo. Os dois países que registraram as piores taxas de

desemprego na zona do euro foram Grécia e Espanha, ambos duramente

atingidos pela crise da dívida.

Vejamos a seguir algumas questões sobre a União Européia!

4(ESAF/ MI-2012)A formação de blocos de países é uma

característica marcante da ordem global contemporânea. A União

Europeia (UE) é, provavelmente, o melhor exemplo de superação

de históricas divergências para o êxito do projeto integracionista.

No que se refere à UE e aos seus mais recentes problemas,

assinale a opção correta

Ao liderarem o processo de criação da UE, Alemanha e França

reafirmaram os laços da histórica aliança que os une, fato

decisivo para assegurar o isolamento do Reino Unido no contexto

continenta

b) A atual crise a envolver a UE é essencialmente financeira,

colocando em sério risco a estabilidade do euro, moeda única

adotada por todos os países integrantes do bloco.

c) Com o objetivo de superar a atual crise e depois de difíceis

negociações, os países da UE decidiram que as respectivas

Constituições nacionais deverão incluir a obrigatoriedade de

orçamentos equilibrados.

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d) A exclusão da zona do euro de países com economia em crise,

como Grécia, Itália, Portugal e Espanha, foi uma saída radical

entendida como necessária para salvar o projeto integracionista

europeu.

e) Demonstrando absoluta maturidade política e compreensão

acerca da gravidade da situação, a opinião pública dos países em

crise econômica, a exemplo da grega e da portuguesa, apoiou as

medidas de austeridade propostas.

Comentários

Vejam que essa questão caiu agorinha, a muito pouco tempo

Bem, amigos, vejamos o que está errada em cada uma das

questões, já que apenas uma está correta, como afirma o enunciado

A letra A está errada, pois o Reino Unido faz parte SIM da União

Européia, mas muita gente se confundi com isso pelo fato deles não

terem adotado o euro como moeda.

A letra B também está errada, pois como vimos no caso do

Reino Unido (que ainda possui a libra esterlina) nem todos os países do

bloco adotaram o Euro como prática monetária oficial.

A letra C é a alternativa correta, pois no mês de Abril de 2012

os líderes europeus adotaram numa reunião extraordinário da Comissão

Européia, um novo tratado orçamentário para reforçar a disciplina

comum, implementando a "regra de ouro", que impõe o equilíbrio das

contas. Essa regra nada mais é do que os países se comprometendo a ter

orçamentos equilibrados ou com superávit, ou seja, chegar a médio prazo

a um déficit estrutural (fora de elementos excepcionais e do serviço da

dívida) de um máximo de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Os

países que tiverem uma dívida global moderada, abaixo de 60% do PIB,

terão direito a um déficit estrutural tolerado de 1%.

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O tratado prevê uma correção automática em caso de desvio da

meta, com a obrigação de adotar medidas corretivas durante um certo

tempo. Deste modo, pessoal, um país que violar esta regra ficará mais

facilmente exposto a sanções quase automáticas. Mas o importante

mesmo, é saber que a regra de ouro deverá ficar preferencialmente

inscrita na Constituição de cada país, ainda que não seja uma obrigação.

Um texto de lei basta se seu valor jurídico garantir que não será

questionada de forma recorrente.

A letra D está errada, pois não houve nenhuma exclusão de país

da Zona do Eur.

A letra E está errada. Há muitos protestos contra as medidas de

austeridade, principalmente na Grécia.

5(CESPE / Analista de Empresa de Comunicação Pública -

Advocacia – EBC / 2011) Atualmente, o euro, moeda adotada em

todos os países integrantes da União Europeia, passa por crise de

grande dimensão, principalmente em razão da instabilidade

econômica em alguns países do bloco, como Grécia, Portugal e,

em especial, Rússia.

COMENTÁRIOS

Afirmativa incorreta. Existem alguns erros que invalidam a

afirmação apresentada. Primeiro erro: não são todos os 27 países que

fazem parte da União Europeia (UE) que adotaram o euro. Exemplos de

membros da UE que não adotam atualmente o euro: Bulgária,

Dinamarca, Suécia, entre outros. Segundo erro: a Rússia não faz parte

nem da UE, nem da zona euro.

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De resto, como já vimos acima, o euro realmente passa por

crise propiciada principalmente pela instabilidade econômica e dívidas

públicas de alguns países. Entre eles estão Portugal, Espanha, Itália,

principalmente, Grécia, o que apresenta crise mais agravada até agora.

Gabarito: Errado

5(FCC / Escriturário-Banco do Brasil / 2011) BRUXELAS − Os

líderes da União Europeia ordenaram a "liberação até o início de

julho" do novo pacote de socorro para [o país] e prometeram

fazer "o que for necessário" para manter a estabilidade cambial,

de acordo com um esboço da declaração da cúpula do grupo

realizada nesta quinta-feira, 23. [junho/2011] "Os chefes de

Estado e de governo da zona do euro pediram aos ministros das

Finanças para completarem o trabalho sobre esses elementos

para permitir a implementação até o início de julho", destacou o

documento, fazendo referência a um "financiamento adicional",

após o empréstimo de € 110 bilhões concedido no ano passado

[ao país].

(http://economia.estadao.com.br/noticias/not_72976.htm)

O país a que se refere a notícia acima é

(A) a Alemanha.

(B) a Ucrânia.

(C) o Reino Unido.

(D) a Grécia.

(E) a República Checa.

COMENTÁRIOS

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A letra D, Grécia, é a resposta correta. Como pudemos observar

em questões anteriores e também ao longo da aula, não resta dúvida que

esta questão faz referência à Grécia, não é mesmo?

Gabarito: D

6) (CESPE / Escriturário – BRB / 2011) Mesmo após a aprovação

do pacote fiscal, a União Européia se recusou a conceder novos

empréstimos aos gregos, dado o caráter contraproducente desse

tipo de medida, que poderia incentivar outros países a contrair

dívidas sem condições de honrá-las no futuro.

COMENTÁRIOS

Afirmativa errada. Ao contrário do que diz a afirmação, os

líderes da União Européia fizeram sim novas concessões de empréstimos

à Grécia. Portanto, quando a questão diz que a UE recusou novos

empréstimo, torna a afirmativa incorreta.

A situação grega ainda é bastante indefinida. A princípio tinha

sido aprovado um pacote de ajuda financeira ao país, mas a situação

grega não deu sinal de melhoras durante todo ano de 2011. Mesmo

tendo adotado medidas de austeridade para economizar, como por

exemplo, o congelamento dos salários do setor público e o aumento de

impostos, a situação do país ainda não tinha apresentado sinal de

melhoras. Nesse sentido, novas negociações foram feitas para tentar

obter mais ajuda tanto da UE quanto do FMI. Mas, as implicações para a

sociedade na Grécia são enormes, uma vez que a ajuda vem

acompanhada de uma série de exigências e restrições que devem ser

obedecidas. Tais medidas de austeridade acabaram levando

manifestantes às ruas, essas manifestações continuam ainda agora em

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janeiro numa clara demonstração de contrariedade da população contra

as exigências do FMI e da UE.

Gabarito: Errado

Bem, pessoal, agora que já compreendemos bem o que é essa

tal União Européia já podemos entender bem melhor como a crise que

acomete um país da zona do euro acaba afetando praticamente todos os

outros, não é mesmo?

Mas, pra ficar ainda mais claro é preciso, vamos precisar

compreender a origem de toda essa crise, pois, ainda que poucas

pessoas se lembrem em 2008 tivemos uma das piores crises econômicas

já vivenciadas.

CRISE FINANCEIRA MUNDIAL

Hoje em dia, sempre quando ligamos a TV só ouvimos falar em

crise financeira, não é mesmo? Portanto, esse é um assunto fatalmente

importante pra nossa disciplina e, por isso, vamos analisar as últimas

que balaram – e ainda abalam – tanto a economia mundial, ok?

A economia mundial atingiu meados de 2009 afundada na pior

crise desde o fim da Segunda Guerra Mundial, afetando de uma só vez os

Estados Unidos, a Europa Ocidental e o Japão. Em outras palavras, a

crise econômica afetou os principais pólos econômicos mundiais, os quais

sofreram redução drástica em suas atividades produtivas.

Nos países da União Europeia, onde a moeda utilizada é o euro,

os principais índices econômicos mostraram que a queda nas atividades

econômicas foi acima de 20%, o que resultou em dolorosos meses de

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retração econômica. Do mesmo modo, os EUA cruzam a mais extensa

depressão em 64 anos. Ora, num mundo economicamente integrado

como o nosso, a queda das atividades nos países da União Europeia

certamente afetará o Brasil, que deixará de exportar laranjas, ou a

Argentina, que perderá a venda de carne, por exemplo.

Tudo bem! Que a crise afetou o mundo inteiro, não é novidade

pra ninguém. Mas afinal, como ela começou?

A grande responsável pelo desencadeamento desta crise

econômica foi a falência do mercado imobiliário dos EUA, que ficou

conhecida como o estouro da “bolha imobiliária”.

Em agosto de 2007, duas grandes companhias de financiamento

de imóveis norte-americanas quebraram e foi ai que tudo começou. Essas

empresas faliram porque a maioria das pessoas que haviam tomado

empréstimos para comprar casas não estava conseguindo arcar com os

custos das prestações, que encareciam a cada dia devido ao aumento da

taxa de juros. Aproximadamente um ano depois, diversos bancos norte-

americanos, que possuíam boa parte de seu patrimônio composto de

papéis baseados nesses empréstimos que não estavam sendo pagos

foram arruinados também. Atravessando sérias dificuldades financeiras,

esses bancos pararam de contribuir para a execução de atividades em-

presariais, o que atacou diretamente a economia dos EUA. E ai vocês

podem querer saber: como uma forte crise lá pode ter tanta força no

restante do mundo?

Vocês se lembram que eu tinha falado antes da hegemonia

capitalista americana? Pois bem, como os EUA são responsáveis por pelo

menos um quarto da produção mundial, todo o mercado internacional

sofreu as consequências de sua crise.

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Mas, pessoal, é claro que isso foi só uma descrição sumária de

alguns dos principais elementos da crise mundial em questão que, como

todas as anteriores, possuem muitas peculiaridades. Essa, por exemplo,

pouco tempo depois de seu início, começou a ser comparada à crise de

1929 devido, justamente, ao aspecto global da turbulência financeira.

Pensem agora sobre alguns dados da crise de 1929. É claro que

os detalhes daquela crise possivelmente não nos venha à mente nesse

momento, mas com certeza nos lembramos do choque mundial

proporcionado por ela, não é mesmo?

Naquela ocasião, mais de 9 mil bancos e 85 mil empresas

faliram e a cotação de suas ações despencou. Além disso, os salários se

reduziram e o desemprego atingiu os maiores índices da História. A

situação só começou a melhorar quando o presidente Franklin Roosevelt

assumiu a presidência dos EUA e colocou em prática, como vimos acima,

um plano de reformas econômicas e sociais que intervieram diretamente

na economia americana.

Só para melhor exemplificar, Roosevelt criou: frentes de

trabalho, mecanismos de controle de crédito, um banco para financiar as

exportações, fixou salários mínimos, limitou a jornada de trabalho e

ampliou o sistema de previdência social. E só a partir da intervenção do

Estado na Economia, ao contrário do que prega o neoliberalismo, é que o

mundo foi gradualmente se recuperando daquela crise mundial.

Se naquela época, quando as economias do mundo nem

estavam ainda tão interligadas como atualmente, já houve caos mundial,

imagina agora, não é? E o Brasil, como fica nossa economia diante desta

crise?

Em outros tempos, certamente o Brasil seria muito mais

castigado do que foi agora, quando esteve relativamente preservado.

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Isso se deu porque, atualmente, as exportações brasileiras para o

mercado dos Estados Unidos representam menos de 20% do nosso total

de exportações. Todavia, o que num primeiro momento pode parecer

vantagem não é exatamente uma! Mas, por que não? Vocês poderiam

dizer: “Ora, ainda restam 80% das exportações para serem vendidas

para diferentes países do mundo, então dos males o menor!” Essa lógica

seria perfeita se os outros países do mundo não estivessem fortemente

vinculados à economia norte-americana! Mas vocês sabem que essa não

é a realidade! Dessa forma, pessoal, tal como um dominó enfileirado, a

queda da primeira peça leva à queda sequencial das outras que se

posicionam atrás dela.

“Ué, mas então eu não entendi! Os EUA em crise, os outros

países exportadores em crise, como o Brasil pode não ter sido afetado

tão fortemente pela recessão?”

Pra não ficarmos falando de números e nos atermos ao que é

mais importante, precisamos compreender que o nosso sistema

financeiro é bem regulamentado e suas regras de financiamento são

muito mais rígidas do que as existentes em outros países. Pensem em

como é complicado e burocrático financiar uma casa própria no Brasil!

Toda essa burocracia existe para contribuir com as financeiras, que

exigem todo tipo de documentação para comprovar que o cidadão é

capaz de arcar com aquela despesa, para evitar ao máximo o número de

calotes – ao contrário dos EUA onde o crédito imobiliário é extremamente

fácil.

Além disso, o governo brasileiro tomou medidas que

estimulassem o consumo interno, como por exemplo, a redução de IPI

em uma série de produtos. Tenho certeza que todos vocês se cansaram

de ver propagandas na TV sobre vendas de carros e de toda a linha

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branca (fogões, geladeiras, etc.) com redução de IPI, não é? Essa foi

justamente uma das estratégias adotadas pelo Brasil para diminuir o

impacto da crise no mercado interno, o que, de certa forma, deu certo!

Infelizmente, essas medidas não foram suficientes para evitar

que a crise mundial chegasse ao Brasil. Elas diminuíram sua força, mas

não conseguiram impedir totalmente que seu impacto fosse sentido por

aqui.

Por possuir como uma das bases da economia nacional a

exportação de mercadorias, principalmente para países ricos, não poderia

ser diferente e também tivemos nossas vendas afetadas. Vamos dar uma

olhada em como esse assunto já foi cobrado em prova.

7(CESPE / IRB / 2010) Acerca da atual crise econômica

internacional, julgue C ou E.

I – Além de envolver grandes bancos e o sistema financeiro

internacional, a crise atual tem sido considerada uma crise de

paradigmas, em particular da certeza de que os mercados podem

autorregular-se e recuperar o equilíbrio automaticamente,

dispensando a intervenção do Estado.

II – Diante da crise, as instituições de Bretton Woods não

conseguiram propor soluções concretas por ocasião da reunião de

Cúpula do G 20 realizada em Londres em 2009.

III – Como membro do G-20, o Brasil insistiu na necessidade de

se prover a economia mundial com créditos para o

desenvolvimento, incrementar a regulação financeira,

desenvolver políticas anticíclicas e combater os paraísos fiscais.

IV – Apesar de discordar da resistência de países ricos em

realizar reformas nos organismos multilaterais, como o FMI e o

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Banco Mundial, o Brasil comprou títulos emitidos pelo Fundo em

2009.

Marque a alternativa

a) se todos os itens estiverem corretos.

b) se todos os itens estiverem errados.

c) se somente os itens II, III e IV estiverem corretos.

d) se somente os itens I, II e IV estiverem corretos.

e) se somente o item I estiver correto.

COMENTÁRIOS

Pessoal, apesar dessa questão ser de 2010 ela continua muito

atual justamente por ter sido o estopim de tudo o que ainda hoje vemos

na Europa, sobretudo!

A primeira assertiva está correta. Que a recente crise econômica

envolveu grandes bancos e o sistema financeiro internacional nós já

temos certeza, não é mesmo? Todavia, para entender o porquê essa

crise representou também uma quebra de paradigmas, é preciso saber

qual era a crença econômica dominante.

Desde o Consenso de Washington, as políticas neoliberais são

preponderantes e, com elas, a crença de que o mercado tem capacidade

para autorregular-se. Todavia, diante da crise, economistas e governos

se viram diante de um beco sem saída. Eles perceberam que o Estado

não poderia ficar inerte e deveria intervir para estimular a economia, o

que representou uma quebra dos paradigmas neoliberais.

Dessa forma, o que a crise mostrou empiricamente? Ela

mostrou que, mesmo no capitalismo financeiro, que se baseia no poder

das empresas e capitais privados, a economia ainda precisa da ajuda do

Estado pra não entrar em colapso. Deste modo, a certeza de que os

mercados podiam se autorregular independentemente da intervenção do

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Estado se evapora, desembocando sim numa crise do paradigma liberal.

Voltamos, portanto, às ideias keynesianas de intervenção estatal.

A segunda assertiva está correta. Para compreendermos este

item, há três informações importantes que devemos saber:

1 – O que é Bretton Woods?

2 – O que é o G20?

3 – O que foi estabelecido no último encontro do G20 em 2009?

Bem, amigos, no início de nossa aula, já vimos que Bretton

Woods foi o nome dado a uma conferência realizada quase ao final da

Segunda Guerra com o objetivo de conduzir a política econômica

mundial. Por ter sido o primeiro modelo de uma ordem econômica

totalmente negociada para reger as relações entre Estados ele foi

responsável pela criação de instituições que regulassem seus objetivos:

FMI e BIRD.

Bom, outro ponto importante para que respondêssemos

corretamente essa pergunta era compreender o que é o G20. O G20 foi

criado em 1999 ao término de uma década marcada por agitações

econômicas na Ásia, México e Rússia. Ele foi instituído como forma dos

países ricos reconhecerem a importância dos países emergentes, que se

apresentaram capazes de colocar os mercados em risco com suas

inconstâncias.

Assim, pessoal, a verdade é que não há regras formais para se

adentrar no G20, mas é nítida a intenção de se reunir num mesmo grupo

os países mais desenvolvidos e os que estão em desenvolvimento.

“Ok, professora! Mas esses países se juntam e fazem o quê,

afinal?”

Então, quando se reúnem os representantes da equipe que

compõem o G20, seus dirigentes debatem os mais diversos temas de

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interesse comum, como assuntos orçamentários, monetários, comerciais,

energéticos, soluções para o crescimento e formas de combater o

financiamento ao terrorismo.

Por exemplo, na reunião do G20 ocorrida em abril de 2009, em

Londres, o foco principal foi a crise financeira. Durante o encontro,

representantes de vários países solicitaram medidas que respondessem à

depressão econômica global. Isso significou que todos os países do G20

se dispuseram a se empenhar em estabilizar o sistema financeiro e

difundir os fundamentos de uma economia sustentável. Para isso seria

necessário resguardar o livre comércio e evitar o aumento do

protecionismo, ponto em que todos os países se manifestaram a favor e

se propuseram a tomar medidas concretas. Apesar dessa decisão, não

foram adotadas medidas concretas pelas instituições de Bretton Woods,

ou seja, a assertiva está correta.

A terceira assertiva está correta. Como membro do G20, o

Brasil esteve na presidência rotativa da organização e, em 2008,

apresentou como pontos de discussão a competição nos mercados

financeiros, desenvolvimento econômico e elementos fiscais de

crescimento e desenvolvimento. Assim, é correto afirmar que o Brasil

insistiu sim na necessidade de prover a economia mundial com créditos

para seu desenvolvimento.

O Brasil também se posicionou a favor do aumento da rigidez na

regulação financeira. Conforme o próprio ministro da fazenda Guido

Mantega afirmou, a falta de regulação no mercado financeiro dos EUA foi

a raiz da crise econômica global.

A quarta assertiva está correta. Muito se noticiou na mídia no

ano passado que o Brasil havia, pela primeira vez, emprestado dinheiro

ao FMI, vocês se lembram? Na verdade, o Brasil se tornou um credor do

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FMI ao comprar US$10 bilhões em notas dessa organização

internacional. É como se o Brasil tivesse dado dinheiro ao FMI e em

troca recebeu essas notas, que nada mais são do que papéis que dão

direito ao recebimento de valores!

Gabarito: A

CRISE EUROPEIA

Creio que, justamente por ser a mais atual, essa é a crise que

mais nos interessa por ter maior probabilidade de ser cobrada, já que

quando se fala em Europa vem logo à mente a crise financeira e a

turbulências de mercado pela qual a maioria dos países daquele

continente está passando. Mas, daí vem a pergunta: por que a Europa

passa por uma crise?

Bem, pessoal, o fato é que a crise tem um caráter tão sério que

líderes das maiores economias mundiais deram início em novembro do

ano passado - em Cannes, na França - à tentativa de resolver uma das

crises mais profundas do capitalismo.

A reunião do G20, o grupo dos países mais desenvolvidos

ocorreu num contexto em que União Europeia e Estados Unidos se viram

novamente afetados pelo baixo crescimento, um problema iniciado em

2008 e que ganhou novos contornos.

Se na crise de 2008 os bancos estavam no centro do impasse,

agora o problema é outro... Agora, a capacidade dos Estados pagarem

suas dívidas soberanas é que foi colocada em questão. Deste modo,

podemos dizer que é a origem dos recursos que outrora socorreram as

instituições financeiras e ajudaram a reaquecer a economia que, neste

momento, concentra as maiores preocupações.

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Assim, podemos entender que formação da crise na zona do

euro aconteceu, fundamentalmente, por problemas fiscais. Alguns

países, como a Grécia, gastaram mais dinheiro do conseguiram arrecadar

por meio de impostos nos últimos anos. Para se financiar, passaram,

então, a acumular dívidas. Assim, a relação do endividamento sobre PIB

de muitas nações do continente ultrapassou significativamente o limite de

60% estabelecido no Tratado de Maastricht, de 1992, que criou a zona do

euro (veremos isso mais à frente, ok?).

No caso da economia grega, a razão dívida/PIB é mais que o

dobro deste limite. A desconfiança de que os governos da região teriam

dificuldade para honrar suas dívidas fez com que os investidores

passassem a temer possuir ações, bem como títulos públicos e privados

europeus.

Os principais países que enfrentam a situação de crise são:

Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha – que formam o chamado

grupo dos PIIGS. Estes países são os que se encontram em posição mais

delicada dentro da zona do euro, exatamente porque foram os que

atuaram de forma mais indisciplinada nos gastos públicos e se

endividaram excessivamente.

Além de possuírem elevada relação dívida/PIB, estes países

possuem pesados déficits orçamentários ante o tamanho de suas

economias. Como não possuem sobras de recursos (chamado superávit),

entraram no radar da desconfiança dos investidores.

Outro dia tive uma pergunta interessante no fórum sobre essa

crise que gostaria de partilhar com vocês. A aluna perguntou por que a

crise na Grécia era a que tinha mais visibilidade na mídia já que não era

o único país que enfrentava dificuldade?

Já pensaram sobre isso?

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Acho que vou deixar vocês curiosos e só respondo no fórum de

novo...rsrsrs

Vejamos como esses assuntos aparecem nas prova! :-P

8(CESGRANRIO/ Escriturário- BB / 2012 ) Em novembro de 2011, o

governo da Grécia desistiu de convocar um referendo popular, cedendo à

pressão dos líderes europeus preocupados com o futuro do continente.

Esse referendo popular decidiria sobre a(o)

(A) presença das forças militares da OTAN na Europa

(B) pacote de socorro financeiro do resto da Europa

(C) efeito político da Primavera Árabe na economia grega

(D) aliança estratégica com os países dos Bálcãs

(E) ajuda humanitária oferecida pelas Nações Unidas

COMENTÁRIOS

Bem, pessoal essa questão aqui é bem recente pois foi cobrada

na prova do BB deste ano, portanto, está bem fresquinha.

A alternativa correta é a letra B. No último dia do mês de

outubro do ano passado, o primeiro-ministro da Grécia, George

Papandreou, surpreendeu a todos anunciando que iria convocar um

referendo sobre a adoção das medidas anticrise aprovadas pelos líderes

da União Europeia.

Papandreou, no entanto, defendia a necessidade do referendo

afirmando que este era um assunto que determinava o futuro do país e,

portanto, o cidadão tem a primeira palavra. O último referendo realizado

na Grécia tinha ocorrido em 1974, quando a monarquia foi abolida,

meses depois do colapso da ditadura militar.

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Todavia, após forte pressão da União Europeia, o referendo

popular foi cancelado e o pacote de medidas de austeridade fiscal para

combater a crise econômica que afeta o país foi aprovado depois de

intensos debates entre os países da zona do euro.

Gabarito: B

10(CESPE / Escriturário – BRB / 2011 / com adaptações) Com

referência à aprovação, em junho de 2011, e à repercussão, na

Europa, do conjunto de medidas econômicas e fiscais proposto

pela Grécia para conter a crise econômica no país, julgue os itens

a seguir.

I – Mesmo após a aprovação do pacote fiscal, a União Européia se

recusou a conceder novos empréstimos aos gregos, dado o caráter

contraproducente desse tipo de medida, que poderia incentivar outros

países a contrair dívidas sem condições de honrá-las no futuro.

II – A população da Grécia reagiu à aprovação das medidas de contenção

da crise propostas pelo governo, promovendo greve geral e

manifestações políticas nas ruas da capital do país, Atenas.

III – O aprofundamento da crise na Grécia deveu-se à recusa do governo

local em adotar o euro como moeda nacional, fato que impediu esse país

de se beneficiar do ciclo de crescimento econômico europeu da primeira

década do século XXI.

IV – Além da Grécia, outros países europeus, como Espanha, Itália,

Portugal e Irlanda, também podem ser afetados pela crise econômica, em

razão das dificuldades que eles enfrentam para pagar suas dívidas

públicas.

Marque a alternativa correta

a) EECC

b) ECCE

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c) ECEC

d) CCCC

e) CCEE

COMENTÁRIOS

A afirmativa I está errada. Ao contrário do que diz a afirmação,

os líderes da União Europeia fizeram sim novas concessões de

empréstimos à Grécia. Portanto, quando a questão diz que a UE recusou

novos empréstimo, torna a afirmativa incorreta.

Como vimos anteriormente a situação grega ainda é bastante

indefinida e o país está lutando para sair da complicada situação em que

se encontra, muitas vezes sacrificando sua própria população.

A assertiva II está correta. Como já foi dito em questões

anteriores, para tentar resolver a situação financeira grega foram

aplicadas medidas de austeridade, até como uma forma de atender às

exigências da UE e FMI.

Mas, a população da Grécia não aceitou, nem tem aceitado,

essas imposições de forma tranquila. Uma das formas encontradas para

mostrar o descontentamento foi por meio de greves organizadas em

várias partes da Grécia e que continuam sendo noticiadas ainda agora.

Exemplo claro deste tipo de manifestação, ocorreu há um ano

atrás no dia 20 de setembro de 2011, quando houve uma greve que

paralisou os transportes públicos em Atenas, afetando também muitos

vôos, já que os controladores aéreos aderiram ao movimento. A

manifestação foi um protesto contra a fusão de diversas empresas do

setor de transportes e pela demissão ou aposentadoria antecipada de

muitos trabalhadores, medidas adotadas em nome dos acordos

internacionais feitos a partir da ajuda financeira que o país vem

recebendo. Deste modo, pessoal, a afirmativa está realmente certa.

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A afirmativa III está incorreta. O erro da afirmativa está no fato

de dizer que o governo grego se negou a adotar o euro como moeda

corrente. Na verdade, a Grécia foi o primeiro país a aderir ao euro (em

2001) depois de sua introdução na Europa, em 1999.

O que realmente levou o país à situação em que hoje se

encontra foram os altos gastos que a Grécia teve na última década.

Principalmente devido aos gastos públicos e salários do funcionalismo.

Para tentar resolver a situação recorreu a empréstimos pesados, o que

fazia a dívida externa do país crescer vertiginosamente. Em 2009, em

plena crise mundial de crédito, os cofres públicos gregos eram

esvaziados, não tendo receitas suficientes para cobri-los.

O crescimento da dívida externa da Grécia deixou os

investidores relutantes em emprestar mais dinheiro ao país, fazendo com

que os juros da dívida aumentassem muito. Para tentar resolver a

situação, em abril de 2010, a Grécia entrou com pedido oficial de ajuda

na União Européia e no FMI. Mas, sua situação continua se agravando de

lá para cá.

A afirmativa IV está certa. É isso mesmo, além da Grécia,

outros países da zona do euro estão passando por dificuldades,

principalmente no que se refere às dívidas públicas. O caso mais grave é

o da Itália, tendo um estoque de dívida mais elevado, mas outras

regiões, como Espanha, Irlanda, Portugal, Chipre e mais recentemente, a

França também correm o risco de serem afetadas pela crise.

Em julho a taxa de juros dos títulos da dívida pública dos

governos italiano e espanhol subiu, levando o Banco Central Europeu

(BCE) a procurar formas de reverter a situação. No caso francês, a

preocupação diz respeito à exposição dos bancos deste país à “periferia”

da zona do euro, principalmente Grécia e Itália e suas dificuldades.

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Houve uma queda nos preços das ações destes bancos franceses,

similares aos declínios sofridos pelos bancos italianos.

Gabarito: C

Bem, pessoal, depois de falar tanto da Grécia acho que nem

precisaremos esperar o fórum para saber que ela tem maior visibilidade

porque além da crise econômica que se instalou no país, temos ali

também uma grave crise política e social o que torna qualquer medida

“anticrise” mais difícil de ser efetivada, não é mesmo? Por isso ela causa

maior medo aos órgãos internacionais e repercutem tanto na imprensa,

entenderam?

MERCOSUL

Bem, meus amigos, não podíamos encerrar essa aula sem falar

de um dos maiores rebuliços econômicos deste ano: a entrada da

Venezuela no Mercosul, não é mesmo? Ainda que estejamos num estágio

muito diferente da União européia já demos alguns passos importantes

para, quem sabe um dia, atingir o nível de liberalização e

homogeneização econômica que eles possuem.

Portanto, não podemos esquecer que temos, aqui bem pertinho

de nós, um importante mercado do qual fazemos parte e que assume ,

cada vez mais, uma enorme importância pra todos nós: o MERCOSUL.

O MERCOSUL é um bloco regional constituído por Brasil,

Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela (desde 31 de julho de 2012)

que tem por objetivo formar um mercado comum. Esse estágio de

integração pressupõe a livre circulação de mercadorias e serviços entre

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seus membros, uma política comercial comum em relação a terceiros

países e a livre circulação dos fatores de produção.

As origens do MERCOSUL estão na Declaração de Iguaçu, que

formalizou a cooperação econômica entre Brasil e Argentina no ano de

1985. Posteriormente, Fernando Collor de Melo e Carlos Menem

assinaram em 1990 a Ata de Buenos Aires, visando à integração

econômica entre esses dois países. Em 1991, com a assinatura do

Tratado de Assunção e a entrada de Uruguai e Paraguai no bloco, surge o

MERCOSUL.

Ainda falta muito para o MERCOSUL atingir objetivo de

constituição de um mercado comum, pois há uma série de dificuldades

políticas e institucionais que impedem o aprofundamento da integração

regional. Em primeiro lugar, os países que integram o MERCOSUL são

economicamente muito heterogêneos. Enquanto o Brasil e Argentina

possuem economias maduras, o Paraguai ainda é uma economia bem

frágil. Em termos políticos, o Brasil goza de maior prestígio no cenário

internacional e sua política externa tem objetivos ambiciosos, como

conquistar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

No que diz respeito às dificuldades institucionais do

MERCOSUL, ressalto que não existe nesse bloco regional um órgão

supranacional com capacidade legislativa. Isso dificulta a produção

normativa no âmbito do MERCOSUL, enfraquecendo, por conseguinte, a

segurança jurídica. Para que uma norma tenha vigor no âmbito do

MERCOSUL, ela deve ser aprovada pelos seus quatro países-membros.

Quanto às práticas protecionistas adotadas entre seus

membros, é incontroverso dizer que elas recrudesceram nos últimos

tempos. Principalmente no comércio entre Brasil e Argentina, o que se

percebe é uma verdadeira “troca de gentilezas” entre esses países.

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Todavia, apesar de todas essas dificuldades para a consolidação

da integração entre os seus integrantes, a corrente de comércio do Brasil

com o bloco intensificou-se nos últimos anos.

O Brasil tem dado grande prioridade ao fortalecimento do

MERCOSUL. Isso se deve, conforme já comentei anteriormente, às

ambições da política externa brasileira, cujo objetivo é conseguir um

assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Para isso, o

Brasil almeja ser visto pelo mundo como um autêntico líder e promotor

da estabilidade regional.

A criação do FOCEM (Fundo para Convergência Estrutural) e do

Parlamento do MERCOSUL foram, nesse sentido, iniciativas apoiadas pelo

Brasil. O FOCEM é um fundo destinado a apoiar projetos de infra-

estrutura das economias menores e das regiões menos desenvolvidas do

MERCOSUL, visando, acima de tudo, a redução das assimetrias regionais.

O Parlamento do MERCOSUL, por sua vez, representa um passo no

caminho do aprofundamento do processo de integração. Como principais

funções, o Parlasul busca agilizar o processo de incorporação de normas

do MERCOSUL ao ordenamento jurídico de seus membros bem como

fortalecer a cooperação inter-parlamentar.

Outra iniciativa que pretende aprofundar a integração no âmbito

do MERCOSUL é o Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML), que já

permite hoje que Brasil e Argentina utilizem em suas relações comerciais

recíprocas o peso e o real. Existe a possibilidade, ainda não transformada

em realidade, de que esse sistema seja estendido a todas as relações

comerciais entre os países do MERCOSUL.

Vamos resolver uma questão sobre o MERCOSUL?

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11(CESPE/STM/2011) Em março de 2010, a Venezuela passou a

integrar, como membro pleno, o MERCOSUL.

COMENTÁRIOS

Essa é uma questão que hoje poderia deixar o candidato em dúvida pelo

simples fato de que AGORA, EM JULHO DE 2012, essa afirmação ficou

correta, já que a Venezuela passou mesmo a integrar o MERCOSUL. O

único país membro do bloco que se opunha a entrada da Venezuela no

era o Paraguai, que, com seu afastamento depois da crise política que

assolou o país e que veremos na próxima aula, até as próximas eleições

democráticas não teve como impedir que essa aliança se concretizasse.

12(CESPE / IRB / 2010) Após a aprovação, pelo Senado Federal,

em dezembro de 2009, do protocolo de adesão da Venezuela ao

MERCOSUL, resta apenas a ratificação por parte do Paraguai para

que o processo de incorporação daquele país à União Aduaneira

seja concluído, ratificação essa que tende a ser facilitada pelo

fato de o Paraguai fazer parte da chamada aliança bolivariana,

dado o perfil político de esquerda do Presidente Fernando Lugo.

COMENTÁRIOS

Essa é uma questão um pouco complicada de explicarmos hoje uma vez

que ela foi construída no momento em que a Venezuela ainda não fazia

parte do MERCOSUL – o que só ocorreu no dia 31 de julho deste ano,

quando o Paraguai foi suspenso do bloco! Portanto, podemos entender

que realmente, a efetiva adesão da Venezuela ao MERCOSUL somente

dependia da aprovação do Paraguai. Todavia, ao contrário do que afirma

a questão, a ratificação paraguaia do Protocolo de Adesão não seria algo

tão fácil assim. Muito pelo contrário, o Congresso paraguaio, nunca foi a

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favor do ingresso desse país no MERCOSUL. Portanto, a questão está

errada.

Gabarito: Errado

____________________________________________________

Bem, queridos, acho que por hoje ficaremos por aqui, espero que tudo

tenha ficado claro, mas caso fique alguma dúvida não hesitem em

consultar o nosso fórum, ok?

Até daqui a 15 dias!!

Abraços e bons estudos

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LISTA DE QUESTÕES 1) (FUNIVERSA / Auditor Fiscal - Transportes – Seplag-DF /

2011) A imprensa mundial noticiou, em fevereiro de 2011, que a

crise nos países árabes, com destaque para o Egito, pode

intensificar o movimento de elevação dos preços das

commodities, especialmente o do petróleo. A partir dessa

observação e considerando o cenário econômico global

contemporâneo, assinale a alternativa correta.

(A) Eventuais oscilações no preço do barril de petróleo já não causam

impacto como no passado, tendo em vista a significativa redução de seu

uso na atualidade, com a substituição por outras fontes de energia.

(B) Uma das características essenciais da globalização é a ampliação e a

interdependência dos mercados. Assim, fatos aparentemente isolados e

ocorridos em região determinada podem repercutir na economia mundial.

(C) Crises como a vivida pelo Egito podem interferir na cotação de

produtos no comércio global, mas são incapazes de influir no

comportamento dos mercados financeiros, hoje blindados contra

situações de risco.

(D) Na ordem global dos dias atuais, a mesma liberdade de circulação de

bens e capitais verifica-se na locomoção das pessoas, tanto como turistas

quanto na condição de trabalhadores em busca de novas oportunidades.

(E) Por ser um país emergente, o Brasil insere-se no comércio mundial

como exportador de produtos industrializados, sendo diminuta sua

participação na venda de commodities.

2) (FUNVERSA / CEB / 2010)

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A disseminação do McMundo

Em seu livro Jihad versus McWorld, publicado em 1995, Benjamin Barber

foi incrivelmente profético ao descrever nosso mundo complicado, em

que dois cenários aparentemente contraditórios desenrolam-se

simultaneamente: um onde “cultura é lançada contra cultura, pessoas

contra pessoas, tribos contra tribos”, e outro onde “o ímpeto de forças

econômicas, tecnológicas e ecológicas” exigem integração e uniformidade

e hipnotizam as pessoas em todo o planeta com o universo fast de

música, computador, comida, um McMundo unido pela comunicação,

informação, entretenimento e comércio.

(Worldwatch Institute. Citado em Conexões. Lygia Terra, Regina Araújo e

Raul Borges Guimarães. São Paulo: Moderna, 2008.)

A partir das ideias expressas no texto e na figura, assinale a

alternativa incorreta.

a) A intensificação dos fluxos globais de tecnologias, capitais, pessoas e

serviços podem ser entendidos como uma das características da

globalização.

b) Benjamin Barber estabelece, no título de seu livro, uma relação entre

a fé islâmica e o modo de vida das sociedades ocidentais.

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c) Uma importante rede de lanchonetes é citada, ainda que de forma

indireta, no texto.

d) O texto menciona apenas aspectos negativos da globalização.

e) A figura que acompanha o texto remete ao extraordinário avanço das

comunicações no mundo atual.

3) (FMP / Auditor Público Externo – TCE-RS / 2011) Para José

Eduardo Faria, a globalização “transformou radicalmente as

estruturas de dominação política e de apropriação de recursos,

subverteu as noções de tempo e espaço, derrubou barreiras

jurídicas entre nações, revolucionou os sistemas de produção e

modificou estruturalmente as relações trabalhistas.” Nesse

sentido, pode-se afirmar que a globalização significa

fundamentalmente:

(A) transnacionalização de mercados apenas em países desenvolvidos,

não trazendo, portanto, repercussões para governos dos Estados da

Federação brasileira.

(B) comercialização, transnacionalização e produção de gêneros

alimentícios em determinados países do CONESUL e NAFTA.

(C) a habilidade para a mudança devido aos novos avanços tecnológicos

que permitem uma redução do tempo e espaço na comercialização de

produtos oriundos de países do Ocidente.

(D) transnacionalização dos mercados de insumos, produção, capitais,

finanças e consumo, enfatizando uma relação dialética entre o global e o

local, de tal modo que as relações sociais locais passam a ser definidas

por eventos e atores que operam no âmbito global.

(E) a dominação de países ocidentais por países orientais, podendo ser

considerada a derrocada final do sistema de produção capitalista.

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4(ESAF/ MI/2012)A formação de blocos de países é uma

característica marcante da ordem global contemporânea. A União

Europeia (UE) é, provavelmente, o melhor exemplo de superação

de históricas divergências para o êxito do projeto integracionista.

No que se refere à UE e aos seus mais recentes problemas,

assinale a opção correta

5(CESPE / Analista de Empresa de Comunicação Pública -

Advocacia – EBC / 2011) Atualmente, o euro, moeda adotada em

todos os países integrantes da União Europeia, passa por crise de

grande dimensão, principalmente em razão da instabilidade

econômica em alguns países do bloco, como Grécia, Portugal e,

em especial, Rússia.

6(FCC / Escriturário-Banco do Brasil / 2011) BRUXELAS − Os

líderes da União Europeia ordenaram a "liberação até o início de

julho" do novo pacote de socorro para [o país] e prometeram

fazer "o que for necessário" para manter a estabilidade cambial,

de acordo com um esboço da declaração da cúpula do grupo

realizada nesta quinta-feira, 23. [junho/2011] "Os chefes de

Estado e de governo da zona do euro pediram aos ministros das

Finanças para completarem o trabalho sobre esses elementos

para permitir a implementação até o início de julho", destacou o

documento, fazendo referência a um "financiamento adicional",

após o empréstimo de € 110 bilhões concedido no ano passado

[ao país].

(http://economia.estadao.com.br/noticias/not_72976.htm)

O país a que se refere a notícia acima é

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(A) a Alemanha.

(B) a Ucrânia.

(C) o Reino Unido.

(D) a Grécia.

(E) a República Checa.

7) (CESPE / Escriturário – BRB / 2011) Mesmo após a aprovação

do pacote fiscal, a União Européia se recusou a conceder novos

empréstimos aos gregos, dado o caráter contraproducente desse

tipo de medida, que poderia incentivar outros países a contrair

dívidas sem condições de honrá-las no futuro.

8(CESPE / IRB / 2010) Acerca da atual crise econômica

internacional, julgue C ou E.

I – Além de envolver grandes bancos e o sistema financeiro

internacional, a crise atual tem sido considerada uma crise de

paradigmas, em particular da certeza de que os mercados podem

autorregular-se e recuperar o equilíbrio automaticamente,

dispensando a intervenção do Estado.

II – Diante da crise, as instituições de Bretton Woods não

conseguiram propor soluções concretas por ocasião da reunião de

Cúpula do G 20 realizada em Londres em 2009.

III – Como membro do G-20, o Brasil insistiu na necessidade de

se prover a economia mundial com créditos para o

desenvolvimento, incrementar a regulação financeira,

desenvolver políticas anticíclicas e combater os paraísos fiscais.

IV – Apesar de discordar da resistência de países ricos em

realizar reformas nos organismos multilaterais, como o FMI e o

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Banco Mundial, o Brasil comprou títulos emitidos pelo Fundo em

2009.

Marque a alternativa

a) se todos os itens estiverem corretos.

b) se todos os itens estiverem errados.

c) se somente os itens II, III e IV estiverem corretos.

d) se somente os itens I, II e IV estiverem corretos.

e) se somente o item I estiver correto.

9(CESGRANRIO/ Escriturário- BB / 2012 ) Em novembro de 2011, o

governo da Grécia desistiu de convocar um referendo popular, cedendo à

pressão dos líderes europeus preocupados com o futuro do continente.

Esse referendo popular decidiria sobre a(o)

(A) presença das forças militares da OTAN na Europa

(B) pacote de socorro financeiro do resto da Europa

(C) efeito político da Primavera Árabe na economia grega

(D) aliança estratégica com os países dos Bálcãs

(E) ajuda humanitária oferecida pelas Nações Unidas

10(CESPE / Escriturário – BRB / 2011 / com adaptações) Com

referência à aprovação, em junho de 2011, e à repercussão, na

Europa, do conjunto de medidas econômicas e fiscais proposto

pela Grécia para conter a crise econômica no país, julgue os itens

a seguir.

I – Mesmo após a aprovação do pacote fiscal, a União Européia se

recusou a conceder novos empréstimos aos gregos, dado o caráter

contraproducente desse tipo de medida, que poderia incentivar outros

países a contrair dívidas sem condições de honrá-las no futuro.

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II – A população da Grécia reagiu à aprovação das medidas de contenção

da crise propostas pelo governo, promovendo greve geral e

manifestações políticas nas ruas da capital do país, Atenas.

III – O aprofundamento da crise na Grécia deveu-se à recusa do governo

local em adotar o euro como moeda nacional, fato que impediu esse país

de se beneficiar do ciclo de crescimento econômico europeu da primeira

década do século XXI.

IV – Além da Grécia, outros países europeus, como Espanha, Itália,

Portugal e Irlanda, também podem ser afetados pela crise econômica, em

razão das dificuldades que eles enfrentam para pagar suas dívidas

públicas.

Marque a alternativa correta

a) EECC

b) ECCE

c) ECEC

d) CCCC

e) CCEE

11(CESPE/STM/2011) Em março de 2010, a Venezuela passou a

integrar, como membro pleno, o MERCOSUL.

12(CESPE / IRB / 2010) Após a aprovação, pelo Senado Federal,

em dezembro de 2009, do protocolo de adesão da Venezuela ao

MERCOSUL, resta apenas a ratificação por parte do Paraguai para

que o processo de incorporação daquele país à União Aduaneira

seja concluído, ratificação essa que tende a ser facilitada pelo

fato de o Paraguai fazer parte da chamada aliança bolivariana,

dado o perfil político de esquerda do Presidente Fernando Lugo.

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CURSO ONLINE ATUALIDADES O TJ – SP

PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES

54

Profa Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br

Gabarito

1. B 2. D 3. D 4. C

5. ERRADO 6. D 7. ERRADO 8. A

9. B 10. C 11.ERRADO 12.ERRADO

Bibliografia consultada GREMAUD, Amaury Patrick. Economia brasileira contemporânea. São

Paulo: Atlas, 2009.

MAGNOLI, Demétrio. Geografia para ensino Médio. São Paulo: Atual,

2008.

ROSS, Jurandir Sanches (org). Geografia do Brasil. - 6ª- edição - São

Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.

SANTOS, Milton. Por uma Geografia nova. São Paulo: Editora da

Universidade de São Paulo, 2008.

_____________. O Espaço dividido: os dois circuitos da Economia

urbana dos países subdesenvolvidos. São Paulo: Editora da

Universidade de São Paulo, 2008.

SILVEIRA, Maria Laura (org.). Continente em Chamas. Globalização e

território na América Latina. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,

2005.