01 - o temor do senhor

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O TEMOR DO SENHOR Texto básico: Ec 12.1-8

INTRODUÇÃO

A palavra "temor" tem dois significados principais: ato ou sentimento de medo (que é o de uso mais comum); respeito ou reverência. Nesta lição, estamos empregando a expressão "temor de Deus" no sentido de "respeito ou reverência para com Deus". "A fé e o amor a Deus transformam o temor-medo em temor-reverência" (Odayr Olivetti).

Em síntese, temor de Deus é a atitude de respeito por tudo o que se relaciona com Deus: Seu nome, Sua pessoa, Seu culto. Sua Palavra... O cristão não tem medo de Deus, porque Ele não mete medo em ninguém; ao contrário, Deus nos dá o prazer de chegar perto de Sua pessoa. Contudo, temos pelo Criador profundo e sincero respeito. Isso é temor de Deus.

1 - MOCIDADE: TEMPO DE PENSAR EM DEUS — Ec 12.1

O sábio Salomão diz, no texto, que é justamente a juventude o tempo de se procurar o Criador e de se pensar em Deus.

Ainda perdure, na mente de muitas pessoas, a ideia errada de que religião, culto e vida espiritual são coisas para velhos, doentes e pessoas atrasadas. A mocidade, especialmente, não se lembra de sua origem divina e de sua relação com Deus.

É bem verdade que há muitas influências contrárias que levam o jovem a desinteressar-se de Deus:

• A necessidade de estudar, que o leva a ter contato com professores materialistas;

• O relacionamento com pessoas que centram suas vidas no interesse de ganhar dinheiro; a necessidade de se divertir, que o coloca em risco, diante de atrações e tentações mundanas;

• A desintegração da família, que promove a instabilidade emocional de seus membros;

• E, infelizmente, o descaso, o desinteresse e a incompreensão de alguns segmentos da Igreja para com a problemática do jovem.

Cremos, apesar de tudo Isso, que a juventude é o momento mais propício para a busca de Deus. Por quê? Porque ela está no esplendor de sua vida física e desenvolve suas aptidões mentais e emocionais. É a época de pensar e de sentir. E Deus é uma realidade que incomoda a mente e agita o coração.

Quando a pessoa se aproxima de Deus, na juventude, tem mais tempo e disposição para servir a Deus e usufruir a Sua companhia. "Antes que venham os maus dias", diz o escritor bíblico, é melhor lembrar-se do Criador.

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Lembro-me do que disse certo jovem convertido (cujo rosto estampava as marcas do vício em que se tinha envolvido) à mocidade da igreja, reunida para ouvi-lo:

"Vocês são privilegiados porque já conhecem Jesus e a Palavra de Deus, e não precisam passar pelas dolorosas experiências que me envelheceram antes do tempo. A igreja ainda é o melhor lugar para o jovem. Não desprezem esse privilégio".

Renovamos esse apelo, porque sabemos que é justamente na mocidade que o crente é mais tentado a se afastar da igreja, substituindo o temor de Deus pelo amor ao mundo. "O mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente" — 1 Jo 2.17.

2 - DEUS: UMA PESSOA DE RESPEITO

"Lembra-te do teu Criador". Só se lembra aquilo que se sabe. E todo cristão sabe muito bem que Deus é a pessoa mais importante de sua vida. Deus é merecedor de nosso respeito (em outras palavras, de nosso culto), por várias razões:

a) Ele é nosso Criador. Foi Ele quem nos fez e dele somos, diz o salmista. Quem cria tem o direito sobre o que fez. E o que Deus quer de nós? Culto e adoração expressos em amor.

b) Ele é nosso Senhor. Como servos e criaturas, devemos ser submissos ao nosso Deus. No Velho Testamento, quando o escravo (no ano da libertação) desejava continuar com o senhor, este lhe furava a orelha, como sinal dessa submissão. O crente tem a orelha furada pelo Seu Deus.

c) Ele é nosso Salvador. Pecadores que somos, mereceríamos a condenação. Mas Deus mostrou Seu amor para conosco, resgatando-nos da perdição, pagando elevado preço por isso — a morte do próprio e único Filho. Não merece Ele nosso culto e nossa maior consideração?

Li, certa vez, a história de um jovem príncipe de uma tribo africana que foi atacado por um tigre. Um caçador, que passava, atirou na fera e salvou a vida do rapaz. E este, segundo o costume e as leis do lugar, se considerou escravo do seu salvador.

Foi difícil ao homem civilizado convencer o moço de que não precisava acompanhá-lo e servi-lo por toda a vida, como pretendia. Não podemos ter sentimento menos nobre para com Deus do que mostrou o jovem, na sua sinceridade e na sue demonstração de gratidão ao seu salvador!

d) Ele é nosso Pai. Jesus nos revelou essa particularidade de nossa relação com Deus. Na Oração Dominical, Ele nos ensina a orar: "Pai Nosso". Nada é mais gostoso para nós do que conhecer Deus como nosso Pai. E Ele é Pai bondoso, justo, amigo, compreensivo e fiel. Merece, como tal, todo nosso respeito.

3 - RESPEITO: UM ATO ESPONTÂNEO

Em termos bem simples, o temor de Deus é a prática da religião que tem como centro a pessoa de Deus. Embora pareça contraditório, temer a Deus é amar a Deus.

Ora, religião é um exercício espontâneo: brota do coração e da vontade da pessoa. Não é uma prática obrigatória nem imposta. Existem algumas religiões "do chicote", da imposição, do medo. Mas a religião cristã acha que o que não for voluntário não é matéria de fé.

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Deus é nosso Pai. Como tal, deseja que nos aproximemos dele, com todo respeito e amor, mas de modo voluntário. Adoramos a Deus porque o amamos e queremos, desse modo, mostrar nossa gratidão para com Ele. Nenhum pai gosta de saber que o filho o respeita por medo ou imposição.

Como se exerce a religião cristã?

a) Coletivamente , através do culto público, de louvor e adoração a Deus, como também pelo serviço à igreja, que é o povo de Deus. Tanto o tabernáculo do deserto quanto o templo de Jerusalém foram construídos por ordem de Deus, que deseja o nosso culto. Ele tem prazer no culto que Lhe oferecemos voluntariamente.

b) Pessoalmente , pela vida devocional, com o exercício de nosso culto individual, com a leitura e meditação pessoal da Bíblia, a oração e a busca da santificação pessoal.

c) Socialmente , com a prática do testemunho cristão, mostrando ser o sal e a luz do mundo, mediante uma vida pautada nos princípios cristãos, cujo resumo se encontra nos Dez Mandamentos e no Sermão do Monte. Como também pelo esforço de levar outros ao conhecimento de Jesus, oportunidade que Deus nos multiplica todos os dias.

A melhor forma de mostrar o nosso amor é procurar viver uma vida de conformidade com a Sua vontade. Se amarmos a Deus, procuraremos agradá-lo.

E isso fazemos não somente indo à igreja, mas vivendo cada dia o exemplo fiel de vida cristã, cumprindo aquilo que Jesus disse, em Mt 5.16: "Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus".

CONCLUSÃO

O temor de Deus é o respeito por Sua pessoa, a reverência por Sua presença e o reconhecimento de que Ele é Criador, Senhor, Rei, Salvador e Pai. Temer a Deus é cultuá-lo pelo louvor e adoração, pelo exercício da vida devocional, pela prática de Seus ensinos, pelo testemunho pessoal e pela divulgação de Seu Evangelho.

AUTOR: REV. THIAGO ROCHA