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A TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E O NOVO ESPAÇO DO
HOMEM
As inovações tecnológicas e do trabalho
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Revolução Industrial - fases• 1ª - transição de métodos da produção artesanal para a
produção por máquinas à vapor. Energia do carvão mineral; (início da indústria – séculos XVIII/XIX)
• 2ª - desenvolvimentos dentro da indústria do aço, da química, da eletricidade, do petróleo. (segunda metade do século XIX)
• 3ª - desenvolvimento da chamada , da eletrônica, química fina, a escalada espacial, a robótica, a biotecnologia, e a nanotecnologia, entre outros importantes avanços. (Pós Segunda Guerra Mundial)
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Ambiente Pós-2ª Guerra
• Bomba atômica de Hiroshima e Nagasaki – 1945
– Mais que o fim da guerra, as bombas atômicas marcam o início da “Guerra Fria” entre EUA e URSS;
• 1949 – URSS detona sua primeira bomba atômica;
• Divisão do mundo: capitalistas X socialistas;
• EUA ajuda na reconstrução da Europa e do Japão;
• Indústria química avança estudos na área de química fina (derivados do petróleo que levarão ao surgimento de novos produtos);
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Corrida Nuclear
• Ao final da 2ª Guerra Mundial, analistas america-nos acreditavam que a URSS levaria mais de 10 anos para conseguir desenvolver um projeto nuclear, mas ela levou apenas 4 anos;
• Isso desencadeia uma corrida por armamentos nucleares pelos dois países;
• A década de 1950 marca também o início da “Corrida Espacial”, com o lançamento de foguetes e colocação de satélites em órbita da Terra.
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Década de 1950 – Japão se desenvolve na área eletrônica
• A reconstrução do Japão e a proibição de organizar exércitos e produzir armas, injeta uma grande quantidade de recursos dos EUA na região;
• A indústria japonesa se especializa na área eletrô-nica em particular com o desenvolvimento de pro-dutos menores e mais compactos, baseados no desenvolvimento do transistor;
• Marcas como a Sony, Panasonic, Mitsubishi, Toshiba, Hitachi, tornam-se mundialmente conhecidas;
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Avanços na Eletrônica
• 1941 – Válvulas
• 1948 – Transistor
– 1955 e 1957 – redução dos transistores
• 1967 – Circuitos integrados
• 1997 – redução dos tamanhos dos circuitos integrados
O desenvolvimento de circuitos integrados tem revolucionado os campos de comunicações, tratamento da informação, e computação. Circuitos integrados reduziram o tamanho dos dispositivos e os custos de produção e ao mesmo tempo, proporcionando a alta velocidade e maior confiabilidade.
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Tecnologias – anos 50/60
• 1954 – IBM lança “cérebro eletrônico”;
• 1957 – início da “corrida espacial”;
• 1961 – Y.Gagarin, primeiro homem no espaço;
• 1963 – primeiro Boing 727;
• 1964 – Olimpíadas de Tóquio – transmissão via satélite p/os EUA; trem bala;
• 1967 – primeiro transplante de coração;
• 1969 – primeiro homem na lua (Apolo 11);
• 1969 – primeiro voo do Concorde (avião de passageiros supersônico);
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Circuito impresso
Tecnologia conhecida desde o início do século XX, serve como base para os projetos de produtos eletrônicos, na distribuição dos diferen-tes componentes.As grandes mudançasocorrem a partir da redução do tamanho dos circuitos até se chegar ao nível atômico,hoje utilizado, reduzindoo tamanho de diversosaparelhos eletrônicos.
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Tecnologias – anos 70/80
• 1971 - Intel 4004 – primeiro microprocessador; circuito integrado (chip);
• Laser (sigla em inglês, significa Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation);
• Fibra ótica - transmissão de dados em filamento de vidro
• 1976 – primeiro supercomputador (EUA);
• CD (disc laser), subsitui os discos de vinil;
• 1981 – IBM lança o primeiro PC (computador pessoal);
• 1984 – primeiro celular (Motorola Dynatec 8000x), na época US$ 3.950 (hoje cerca de US$ 9.000);
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Disquetes de 8 polegadas (1971-
75), 5 ¼ polegadas (1976-84) e 3 ½ polegadas (1984-93)
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Química Fina• Grã-Bretanha – segunda metade do século XIX;
– Produtos elaborados em laboratório com alto valor agregado;
• Gigantes da ind.química alemãs surgem nessa época: Bayer (1863), a Hoechst (1863), a Basf (1865), a Agfa (1867).
• Após da 2ª. Guerra, surgem novos materiais derivados do petróleo, que passam a ser utilizados em escala, em novosprodutos, em substituição aos metais, madeiras, e outrasmatérias-primas.
• As empresas do setor também passam a atuar junto a indústria farmacêutica, na elaboração de compostos para a fabricações de remédios;
• Ainda hoje essa área desenvolve novos materiais com alto valor agregado. A nonotecnologia é uma área de atuação;
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Joseph Alois Schumpeter 1883-1950) foi um economista austríaco. É considerado um dos mais importantes economistas da primeira metade do século XX, e foi um dos primeiros a considerar as inovações tecnológicas como motor do desenvolvimento capitalista.
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Ciclos de Evolução Tecnológica
1785-1845 – Força Hidráulica, têxteis, ferro1845-1900 – Vapor, ferrovias, aço1900-1950 – Eletricidade, químicos, motor a combustão
1950-1990 – Petroquímicos, eletrônicos, aviação1990-2020 – Redes digitais, software, novas mídiasFuturo – biotecnologia, nanotecnologia (?)
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Comunicações • Por mais de 150 anos, as informações estiveram na dependên-
cia dos transportes (marítimo, aéreo, rodoviário);
• Na década de 70, as composers (máquinas elétricas) substituem o chumbo nas gráficas e jornais;
• Os satélites passam a fazer parte do nosso dia-a-dia;
• A década de 1980 marca a mudança tecnológica dos meios ana-lógicos para digitais, permitem a ampliação da rede de telefonia e origina a telefonia móvel;
• O telex utilizado nas comunicações é substituído pelo fax;
• Na década de 1990 os filmes fotográficos são substituídos pela imagem digital;
• A popularização dos computadores e impressoras, aposenta a máquina de escrever manual;
• O correio convencional dá lugar ao correio eletrônico;
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Transportes• No século XX as mudanças nos meios de transportes possibili-
taram uma nova atividades mundial: o turismo de longa distância e intercontinental;
• Se no século XIX os navios permitiram migrações em massa transoceânicas, a partir da década de 1920 surge o transporte aéreo de passageiros;
• No mar, além de navios de passageiros mais confortáveis, o transporte de carga também ganha espaço, levando e trazendo mercadorias entre diferentes continentes;
• A globalização que se iniciou com as grandes navegações dos séculos XV/XVI, agora se consolida;
• Os negócios, a atividade esportiva, o trabalho, etc. pode ser realizado a grandes distâncias, e mesmo em diferentes continentes;
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Trabalho
• A Revolução Industrial marca o início de atividades fabris em grande escala nas áreas urbanas;
• No início, utiliza-se a força das máquinas para substituir a força humana e dos animais;
• No início do século XX, Henry Ford, baseado nas ideias de Taylor (taylorismo), organiza a sua linha de montagem industrial; o trabalho era repetitivo e mecânico e pouco criativo, bastando a repetição de movimentos;
• Na década de 1980, seguindo as mudanças tecnológicas da Terceira Revolução Industrial, surge o Toyotismo, trabalho que combina o uso de robôs e o trabalho do operário especializado em diversas partes do automóvel;
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Relações Trabalhistas
As inovações tecnológicas, transformaram as relações de trabalho, na medida em que os novos meios comunicacionais e de transporte se tornaram mais eficientes;
Se antes instalava-se uma indústria numa determinada região e ela se tornava símbolo de desenvolvimento, hoje, com as novas condições logísticas, a localização passou a ser relacionada a custos: do terreno, dos transportes, das matérias-primas, do mão-de-obra disponível, dos custos da mão-de-obra em cada país;
Assim, passa-se a um processo de “precarização da mão-de-obra”, com a perda de poder dos sindicatos e com a queda do valor médio dos sa-lários industriais. O fato, por exemplo de uma indústria estar localizada nos Estados Unidos, ou alguns quilômetros ao sul, no México, pode sig-nificar milhares de dólares de lucro a mais para os empresários. Na Chi-na, ou outro país do Sudeste asiático, mais alguns milhares de dólares, pois os salários locais são muito baixos se comparados aos EUA.
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Indústria• No final do século XX, os países que originalmente se industrializa-
ram até o século XIX, passam por transformações na sua organização e no final do século XX, muitas empresas multinacionais procuram localizações “mais vantajosas” do seu ponto de vista;
• O barateamento dos transportes e comunicações permite a realiza-ção de trabalhos mais elaborados nos países industrializados e traba-lhos que exigem mais mão de obra nos países onde os custos são menores;
• A tecnologia e a formação de mão de obra especializada em diferen-tes partes do mundo, cria as novas localizações industriais;
• Outra característica da produção industrial é a “obsolescência progra-mada”. Diversos produtos, após curto período de uso, passa a apre-sentar defeitos. O conserto custa mais da metade de um produto novo, o que leva o consumidor a descartar o produto “quebrado”.
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Comércio• Os transportes, as comunicações, as viagens, a fotografia, o cinema,
cria no século XX o que denominamos “cultura de massa”;
• São objetos, alimentos, modo de vida que passam a ser “modelo” em diferentes lugares e, como consequência, aumenta o comércio internacional;
• Os países industrializados (as matrizes) são poucos e estes são os principais produtores e vendedores de produtos, mesmo que estes sejam feitos longe de sua matriz;
• As matérias-primas são transportadas para diferentes partes do mundo e, muitas vezes, um único produto é produzido a partir de peças de diversos países;
• Países pobres tornam-se meros consumidores de produtos e condenados à dependência tecnológica dos países industrializados;
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CulturaUm dos fenômenos observados após a Segunda Guerra Mundial é a divulgação da cultura norte-americana, o “american way of life”, principalmente a partir da divulgação da indústria cinematográfica americana que passa a dominar em escala internacional;
Mas, o início do “american way of life” é anterior, a partir do fordismo e do aumento da produção da indústria norte-americana, o país torna-se um centro de consumo e consumismo, que acaba levando à crise de 1929, de superprodução;
Ironicamente, a Segunda Guerra será um importante fator do crescimento econômico americano, pós-crise de 1929. Mesmo se mantendo neutro na guerra até 1942, a indústria americana vendia produtos, principalmente armamentos às nações em conflito;
Com o fim da guerra e início da “Guerra Fria” os norte-americanos passam a dominar o cenário mundial: político, econômico e cultural.
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Contracultura
A década de 60 nos Estados Unidos se caracteriza pela corrida arma-mentista da Guerra Fria por um lado e pelo consumismo desenfreado por outro;
Nesse ambiente conturbado surge o movimento de contracultura: trata-se de jovens que não veem sentido na guerra, no armamentismo, no consumismo e pregam a volta à natureza e valorização da vida comunitária;
Seu personagem mais típico é o “hippie” de cabelos e barbas longas, cultuando as religiões orientais (hinduísmo, budismo, entre outros) , tocando instrumentos e pregando a paz mundial;
Recusam-se a se alistar ou convocações do exército, criando conflitos dentro da sociedade americana. O movimento pacifista faz atos que chegam a reunir milhões de participantes e divulgam seus símbolos de paz e amor.
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Símbolos da Contracultura
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Movimentos Ecológicos
A contracultura também marca o surgimento dos movimentos ecológi-cos, primeiro nos Estados Unidos e depois na Europa. Na Europa, mui-tos desses movimentos deram origens aos “Partidos Verdes”, que che-garam a ter importantes representações nos parlamentos europeus;
Nos Estados Unidos, o maior apelo foi pelo surgimento de comunida-des avessas à tecnologia, ocupando locais isolados, longe das cidades e do consumo. Muitos dos membros eram “hippies”;
Os movimentos ecológicos também se caracterizavam pelo combate à guerra nuclear que se mostrava cada dia mais próxima, na Guerra Fria. Com o fim da Guerra Fria, esses movimentos passaram a defender “energia limpa” e formas sustentáveis de vida como a agroecologia;
Atualmente, apesar do apelo dos movimentos ecológicos, a questão do consumismo ainda tem forte apelo cultural.
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Conflito Cultural no Leste Europeu
O “American way of life” é muito sedutor, e foi um dos fatores do fim da Guerra Fria, pois esse modo de vida seduz aqueles que veem no consumo de produtos a possibilidade de “mudança de vida”;
Os regimes que se diziam socialistas, na medida em que não conseguiam expandir os seus domínios e suas ideias, tornam-se produtores obsoletos, com veículos, eletrônicos e eletrodo-mésticos que não conseguem concorrer com os produtos capitalistas, apesar de durarem muito tempo, o “desejo do novo” seduz as pessoas;
Certamente a cultura do consumo teve forte apelo para a queda do Muro de Berlin e do fim dos regimes socialistas europeus.
Um dos últimos regimes desse tipo, é o da ilha de Cuba. Apesar das pressões americanas, a população cubana sofreu privações de diversas ordens, mas muitos moradores ainda resistem ao modo de vida ameri-cano. Os próximos anos nos mostrará o que acontecerá a ilha.