03 - texto 01 - aula 01

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  • 8/17/2019 03 - Texto 01 - Aula 01

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    Material de Apoio – Leitura Necessária e ObrigatóriaSexualidade e Mediunidade – Curso Virtual

    Desenvolvido e Ministrado por Rodrigo Queiroz

    Umbanda e sexualidade Por Alexandre Cumino

    Recebi, no curso virtual de Teologia de Umbanda Sagrada, uma pergunta sobre sexualidade. Apergunta foi respondida de forma direta no curso. Mas, como continuei refletindo sobre a questão,

    acabei por escrever um texto sobre o assunto. Abaixo mantenho a pergunta do aluno e, em seguida,a resposta e o texto.PERGUNTA DO ALUNO: “Um amigo meu disse que só não frequentava a Umbanda porque ele via que "todo pai-de-santo

    era gay". Longe de concordar ou discordar, pergunto: Se a alma tem uma qualidade masculina oufeminina? Que explicação a Umbanda dá à homossexualidade / homoafetividade / transexualidade? Aumbanda acredita na possibilidade de um ser dual, como uma gradação entre estes dois pólos?”  

    RESPOSTA de Alexandre Cumino:Não existem pré-requisitos de opção sexual para se exercer o sacerdócio umbandista (“pai de

    santo”, “mãe de santo”, dirigente, comandante, cacique, padrinho, madrinha e etc.), assim comonão há relação entre a opção sexual e a mediunidade. Estabelecer qualquer conceito entre

    sacerdócio e sexualidade, na Umbanda, é preconceito. Alguns espíritos têm uma natureza masculina e estão em corpos femininos, outros tem

    natureza feminina em corpos masculinos. Não existe um ser “dual” em sua natureza ancestral. Há,sim, pessoas que independente de sua natureza se atraem, se relacionam, trocam carinho e amorcom pessoas de ambas as naturezas e sexos.

    Ou seja, podemos definir o sexo (biológico), o corpo (soma), como masculino ou feminino. Oque independe da natureza do espírito, da alma (ancestral), que também é masculina ou feminina. Omais comum é que espíritos de natureza feminina encarnem em corpos de natureza feminina e quecorpos de natureza masculina encarnem em corpos de natureza masculina. Mas também é possívelencarnar em corpos com o sexo diferente de sua natureza, ou seja: espírito de natureza femininaencarnado em corpo masculino e espírito de natureza masculina encarnado em corpo feminino.Assim, podemos verificar que há: mulheres com natureza masculina e homens com naturezafeminina.

    Partindo deste princípio, é bem natural e fácil de entender que há mulheres de naturezamasculina que se atraem por outras mulheres de natureza feminina. Há homens de naturezafeminina que se atraem por outros homens de natureza masculina. No entanto, há mulheres denatureza feminina que se atraem por outras mulheres de natureza feminina e, também, há homensde natureza masculina que se atraem por outros homens de natureza masculina. As pessoas não seatraem apenas por uma questão sexual de polaridade.

    As pessoas também são atraídas por sentimentos de afetividade, admiração e sensualidade.Muitos amam e querem trocar amor, carinho e convivência com outras pessoas, independente dosexo ou de sua natureza. Quanto aos rótulos de homossexual, homoafetivo, heterossexual, transexuale outros são apenas títulos utilizados na tentativa de classificar o comportamento humano. Para a

    Umbanda, o que importa é o amor, o sentimento, o carinho, a afetividade, a convivência e, claro, orespeito.

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