08/03/2014 - jornal semanário - edição 3008

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Casa Azaleia Página 25 Desenhista é morto a facadas Ladrões atacam loja no Cidade Alta Segurança Página 24 Mulheres diferentes Albergue sob investigação Bento Gonçalves e Esportivo viram notícia em mídia nacional por caso de racismo contra Márcio Chagas da Silva Até quando vamos tolerar atos racistas? No dia dedicado a elas, mostramos como é o cotidiano de quatro mulheres que se destacam em suas atividades BENTO GONÇALVES sábado 8 DE MARÇO DE 2014 ANO 47 N°3008 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Fábio Luís Garcia Dias, de 36 anos, foi atacado quando caminhava pelo Loteamento Universitário. Páginas 14, 15, 16 e 17 FOTOS JOSIANE RIBEIRO DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO Página 8 Após denúncias de maus-tratos a crianças, prefeitura apura existência de irregularidades no local

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Bento Gonçalves/RS

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Page 1: 08/03/2014 - Jornal Semanário - Edição 3008

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Casa Azaleia

Página 25

Desenhista é mortoa facadas

Ladrões atacam loja no Cidade Alta

Segurança

Página 24

Mulheres diferentes

Albergue sob investigação

Bento Gonçalves e Esportivo viram notícia em mídia nacional por caso de racismo contra Márcio Chagas da Silva

Até quando vamos tolerar atos racistas?

No dia dedicado a elas, mostramos como é o cotidiano de quatro mulheres que se destacam em suas atividades

BENTO GONÇALVESsábado8 DE MARÇO DE 2014ANO 47 N°3008 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Fábio Luís Garcia Dias, de 36 anos, foi atacado quando caminhava pelo Loteamento Universitário.

Páginas 14, 15, 16 e 17

FOTO

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Página 8Após denúncias de maus-tratos a crianças, prefeitura apura existência de irregularidades no local

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Em busca da escola idealSempre ao final do período letivo a busca de uma escola

ideal se torna uma preocupação para os pais e para as mães. Algumas variantes são características desse cenário. Crian-ças que saem dos Centros de Educação Infantil para uma escola com oferta do Ensino Fundamental, ou adolescentes que estão em escolas cuja oferta vai até o 9.º ano do Ensino Fundamental, daí a procura pela escola com a oferta do En-sino Médio. Ou ainda famílias que querem mudar de escola e aquelas que mudaram de cidade ou até de endereço. A procura da escola ideal em qualquer uma dessas situações deve primeiro passar por uma reflexão sobre “o que se es-pera da escola para meu filho ou minha filha”. A família busca uma escola que fomenta a criatividade, a busca de novos conceitos, o questionamento, a argumentação, a au-tonomia, uma escola preocupada com a formação integral do ser humano ou uma escola cujo foco está mais voltado na formação de excelentes profissionais, nos conteúdos a serem ministrados e no mercado de trabalho. Essas ques-tões aparentam ser simplista, mas elas geram outro rol de questionamentos que a família deve se fazer e tentar encon-trar alguma resposta. Normalmente a passagem da Edu-cação Infantil para o 1.º ano do Ensino Fundamental acaba gerando uma ansiedade muito maior entre os familiares da criança. Já na passagem do fundamental para o médio a família e o próprio adolescente já avaliam com mais segu-rança a escolha do espaço educacional. Tendo claro qual o perfil da escola a visita às instituições de ensino torna-se obrigatória. Alguns procedimentos devem ser observados: a escola deve ter um Ato Oficial, expedido pela Secretaria de Estado da Educação, que a credencia e autoriza seu funcio-namento; atestada a legalidade da instituição é importante conhecer seu Projeto bem como seu Regimento; conhecer o projeto da escola é um elemento esclarecedor para as per-guntas que foram formuladas; na visita a conversa com a direção e/ou com a equipe pedagógica é bastante relevan-te, pois todas as dúvidas com relação ao funcionamento da instituição poderão ser esclarecidas: o sistema de ava-liação, que deve ser muito bem esclarecido; como é feito o

atendimento às famílias; qual é a metodologia; as normas e regulamentos; as atribuições, deveres e proibições de alu-nos e das famílias, entre todas outras questões que estão postas tanto no Projeto e Regimento; conhecer o espaço físico, que é um elemento educador e imprescindível em todo o processo ensino aprendizagem deve fazer parte da observação atenciosa da família; em algumas instituições o espaço físico é a ferramenta mais importante da escola; a existência da biblioteca e seu funcionamento, laboratórios, auditório, quadra poliesportiva, os lugares cobertos para dias chuvosos, os sanitários, a cantina e seu cardápio; os es-paços irão apontar: se a escola realmente está preocupada com as questões ambientais e de saúde; para o respeito às diferenças de cada um; para o desenvolvimento de todo o processo de ensino e aprendizagem; o cuidado com a hi-giene, a limpeza e a segurança também deve ser criteriosa-mente observado; também conversar com os profissionais que lá atuam e com outras famílias que já têm suas crianças há mais tempo naquela instituição; a criança deve acom-panhar essa visita e a família deve estar atenta na empatia da criança com esse novo espaço que irá preencher grande parte de seu dia.

Para as crianças que estão iniciando na escolaridade for-mal de ensino essa porta de entrada irá refletir em todo o processo futuro de escolarização do filho ou da filha. O pra-zer pelo aprender sempre é plantado nessa primeira etapa educacional. A família deve estar consciente de que não se transfere a educação de seus filhos e filhas para a escola. A família deve valorizar aquele espaço educativo e respeitá--lo demonstrando assim que a instituição escola ocupa um lugar social de relevância.

Artigo

O texto para esta seção deve conter aproximadamente 2.500 caracteres, incluindo os espaços, e ser enviado para o endereço de e-mail [email protected]

FÁTIMA CHUEIRE HOLLANDAAssessora Pedagógica

SEDEWolsir A. Antonini, 451

Bairro Fenavinho - Caixa Postal 12695 700.000 - Bento Gonçalves - RS

ESCRITÓRIO CENTRALMal. Deodoro, Centro, 101Galeria Central - Sala 501

DIRETOR PRESIDENTE HENRIQUE ALFREDO CAPRARA

DIRETORES ANA INÊS FACCHIN

HENRIQUE ANTÔNIO FRANCIO

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Telefones:Central/Fax: 3455.4500

Escritório Centro: 3452.2186Rádio - Estúdio: 3455.4530

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JORNALISTA RESPONSÁVEL HENRIQUE ALFREDO CAPRARA

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Semanário na Internet

Ah, o racismo!!!Editorial

O racismo é, por qualquer ângulo que se analise, uma chaga a ser combatida. No plano ético, há poucos compor-tamentos mais perniciosos do que qualificar alguém em função de um estereótipo vazio, como a cor da pele ou a ascendência étnica, e, a partir daí, julgar o indivíduo, como se tudo o que ele possa fazer, pensar e sen-tir já estivesse predeterminado por esse único traço. Existem ocasiões em que o ato racista, dito cordial, deixa de sê-lo. Perde a compostura, a invisibilidade e se mostra em toda sua crueza. Abandona seu status de coisa anônima praticada por terceiros, ganha um rosto e uma assinatura.

Recentemente, o Brasil viu multiplica-rem-se ações ligadas à prática do racismo nos últimos dias. Desde ofensas dirigidas por torcedores adversários ao jogador Tin-ga, do Cruzeiro, em jogo realizado no Peru, até a notícia de que em Fernandópolis uma mulher foi condenada a pagar indenização a outra a quem ofendeu usando termos racis-tas, o assunto ocupou as páginas da imprensa e também as

Somos os primeiros a levantar a bandei-ra contra o racismo, mas, nós somos os primeiros a cometê--los logo ali na frente

redes sociais. Tinga recebeu grande solidariedade dos bra-sileiros, especialmente por ter sido ofendido no exterior, mas também pela declaração que deu após a partida, em que disse que trocaria seus títulos pelo fim de todo tipo de hostilização por motivos étnicos.

Porém, nem isso foi suficiente para que, alguns dias depois, o árbitro Márcio Chagas da Silva sofresse com mais um ato racista, vergonhoso em todos os sentidos. Além dos xingamentos desde o início da partida, o homem do apito teve bananas deixadas em seu automóvel. A covardia de quem come-teu este ato é maior do que aqueles que gri-tavam nas arquibancadas.

Infelizmente, todos nós carregamos em nosso interior algum tipo de preconceito. Quem nunca usou uma expressão do tipo:

“aquele gordo”, “este viado”, ou “aquele nanico”. Somos os primeiros a levantar a bandeira contra o racismo e qual-quer outro tipo de preconceito, mas, nós somos os primei-ros a cometê-los logo ali na frente.

Sábado, 8 de março de 20142 Opinião

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Deputado Vieira Cunha, falando sobre o PDT

“Precisamos deixar de ser coadjuvantes para voltarmos

a ser protagonistas”

Painel

A primeira campanha de vacina-ção contra o HPV inicia na segunda--feira, 10, e terá a duração de um mês. As doses serão disponibiliza-das gratuitamente e previne contra o Papilomavírus Humano (HPV), usada na prevenção do câncer de colo de útero. As vacinas são desti-nadas meninas entre os 11 e 13 anos. No estado, a meta é imunizar 80% desta população, ou seja, 206 mil meninas.

O Governo do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria de Saúde, vai antecipar um plus orçamentá-rio para os municípios colocarem em funcionamento as Unidades de Pronto Atendimento 24 horas (UPAs) em 2014. Na prática, as pre-feituras contarão desde o primeiro dia de funcionamento com um apor-te mensal extra, resultante da ante-cipação da parcela estadual e federal relativa à qualificação das unidades. Estes valores variam entre R$ 105 mil e R$ 375 mil, dependendo do porte da UPA. Desta forma, o custeio mensal dos primeiros seis meses de uma UPA de porte III passará de R$ 475 mil para R$ 850 mil, conside-rando os repasses das duas esferas.

Na manhã desta sexta-feira, 7, o Sis-tema S de comunicação recebeu a visita da cúpula estadual do Partido Demo-crático Trabalhista (PDT). Estiveram dando entrevista na Rádio Rainha os pré-candidatos ao Senado e ao Piratini, Lasier Martins e Vieira da Cunha, além do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gilmar Sossela, e o deputado Vinícius Ribeiro. Eles estiveram acompa-nhados do presidente do partido, Evan-dro Esperanza, e do ex-candidato a pre-feito pelo PDT, Juarez Piva, entre outros correligionários.

Foi de impressionar a mobilização dos pede-tistas para a recepção ao pré-candidato Vieira da Cunha. Muitos fotógrafos e até uma câmera de TV faziam o registro por onde passava o deputado fe-deral e seu grupo. Após as visitações, o grupo par-ticipou de um seminário do partido realizado na Câmara. O objetivo era ouvir sugestões da região

para a montagem do plano de governo.Porém, também chamou a atenção o fato de, na

maioria das visitas, os vereadores do PDT em Bento Gonçalves não estarem participando. No Sistema S de Comunicação, apenas o vereador Clemente Mie-znikowski apareceu, mas muito timidamente. Val-decir Rubbo e Jocelito Tonietto não foram vistos.

Vacinação

Impulso estatal para as UPAs

PDT no Sistema S

Mas e os vereadores?

Estragos da chuva

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HUMOR Moacir Arlan

Semáforo

PARE!

ATENÇÃO

SIGA!

A falta de tolerância e os atos ra-cistas que ocorrem nos estádios.

Para o investimento de dinheiro público no esporte de alto nível.

A criação de ciclofaixas para que as bicicletas tenham o seu espa-ço garantido nas ruas da cidade.

Sábado, 8 de março de 2014 3

Ônibus queimados em ato público em São Paulo e um jovem de 19 anos morto. Cinegrafista morto em ato público de protesto. Paciente protesta na porta de hospital em Goiânia por adiamento de cirurgia, ato comum por aqui também. Manifestantes voltam a protestar nas ruas do Rio. Lula (Lula?) pede confiança a investidores e minimiza impactos de incertezas no país. Estamos a perigo? Envie a sua sugestão de pergunta pelo e-mail [email protected]

A pergunta que não quer calar

Mais uma cratera? Alguém da prefeitura iniciou um estudo para verificar o motivo do surgimento de tantas crateras em Bento Gonçalves nos últi-mos tempos? É melhor olhar para isso com aten-ção, antes da cidade ser engolida por uma cratera muito maior.

Gabrielle Signor Rodrigues

Alguém tem alguma explicação sobre isso tudo que "APARECEU" hoje? Quem pode nos responder essa pergunta??? Já... já...São Pedro será culpado por isso!!! Por que mandou chuva para cá? Nãnãnã!!! Que absurdo isso!!!

Angela Maria Fontoura

Isso porque fizeram um excelente trabalho por isso que voltou a ceder o asfalto, isso se chama boa ad-ministração.

Idi Selli da Costa

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Sábado, 8 de março de 20144 Opinião

[email protected]

No público é assimIndiscutivelmente, todos devem ganhar bem pelo seu trabalho.

Normalmente, porém, os que ganham bem, mesmo, são poucos e não é difícil saber quem é. Os parlamentares, por exemplo, ganham muito bem porque são os próprios que se fixam os salários; funcio-nários ligados a parlamentares ganham, via de regra, bem mais do que poderiam auferir se estivessem na iniciativa privada; funcioná-rios públicos de alto escalão ou de “bom QI” (Quem Indica) riem sozinhos quando veem o crédito do salário em suas contas bancá-rias; Outros, graças a chicanas, conseguem burlar a Constituição recebendo mais do que o limite máximo legal. Tudo isso está ligado à coisa pública, não interferindo, pois, nos índices inflacionários.

Mas no privado... Pois é, no sistema privado o papo é outro. Os ganhos de traba-

lhadores, em todos os níveis, são amplamente controlados e man-tidos dentro de um patamar pré-estabelecido e regrado pela lei da oferta e da procura. Ganham mais os que melhor exercem suas funções, pela qualificação profissional e cuja procura no mercado é maior. Há, todavia, categorias que detem maior poder de pres-são por exercerem funções de interesse público, mesmo estando na iniciativa privada. Há categorias que sequer pensam em fazer greves por salários porque seu poder de pressão é praticamen-te nulo, na medida em que elas – as greves – afetariam setores de pouco interesse público. Mas, por isso, há categorias que tem muito poder de pressão. Os rodoviários, por exemplo, pararam a região metropolitana de Porto Alegre por 15 dias. E suas reivindi-cações têm efeito imediato sobre os índices inflacionários e refle-xos nos ganhos de várias outras categorias. Portanto, não poderá haver nenhuma surpresa se os índices de inflação subirem mais do que o que se poderia esperar neste ano.

Isso também é custoJá ouvimos muito falar em “Custo Brasil”, não é mesmo? E ele

não é só composto pela alta carga tributária brasileira ou, mesmo, pelos entraves burocráticos, infraestrutura, etc. Temos que somar nesse custo todo o excesso de feriados municipais, estaduais e fe-derais, além dos tais de “pontos facultativos”, que nada mais são do que um eufemismo para qualificar os “feriados” inventados no poder público de todas as esferas. O carnaval é um exemplo em-blemático de “custo Brasil”. Não é feriado, mas o que se vê é indús-tria, comércio e prestação de serviços parados ou cumprindo meio expediente. Nos poderes públicos é “ponto facultativo”, feriado prolongado, portanto. Estranho que até agora não tenhamos visto quanto esse “feriadão” indevido, inventado de carnaval contribui para o “Custo Brasil”. Certamente, pouco não é.

AntônioFrizzo

E isso tambémImpressionante o descaso que se vê aqui, na ERS-470, bem

próximo do acesso sul da cidade. O asfalto entre o trevo da Pipa Pórtico e até uns 400 metros além do Posto da Polícia Rodovi-ária está uma vergonha. São ondulações absurdas que colocam até mesmo em risco a segurança do trânsito. Aliás, o trecho en-tre Bento e Carlos Barbosa é uma vergonha. Fazem operações tapa-buracos eventuais, mas a sinalização horizontal é ridícula, precaríssima. Não dá para entender como esse estado de coisas se prolonga por décadas. Entra governo, sai governo e pouco ou nada se vê na busca de soluções. Claro que a burocracia, as exi-gências legais contribuem para isso, mas, por favor, o básico, o elementar deveria ser feito sempre que necessário. E agora está mais do que necessário. Alguém resolverá, senhores do DAER?

Pobre Esportivo!O Esportivo é, mesmo, azarado. Conseguiu ter uma dire-

toria, capitaneada por Luis Delano Ozelame, dedicada, tra-balhadora, lutadora, que enfrenta com galhardia todas as dificuldades possíveis e impossíveis e que obteve méritos in-discutíveis. Conseguiu subir da segundona para a elite do fu-tebol gaúcho e, agora, está mantendo as contas em dia. Mas, o que acontece? O primeiro jogo do ano, que deveria ser em casa, foi em Veranópolis porque o Esportivo teve que cum-prir punição. Agora, quando luta heroicamente contra um novo rebaixamento e vence um jogo dificílimo contra o Ve-ranópolis, alguns sem noção decidem agredir verbalmente, com palavras racistas, o árbitro. Que miudinha, meu Deus! Pobre Esportivo!

O que diz o POEMas, eis que ontem, sexta-feira, ao meio-dia, o Jornal Sema-

nário publica em seu site – www.jornalsemanário.com.br – a informação oriunda do comando do Pelotão de Operações Es-peciais - POE -, dizendo “que policiais que estavam atuando no local identificaram os torcedores e que, ao final da partida, o árbitro foi interpelado se queria registrar ocorrência, mas Cha-gas não teria manifestado interesse, alegando que a situação estava tranquila”. E o Semanário publicou, também, que o co-mandante do POE mostrou preocupação com a repercussão e disse: “- Do jeito que a notícia está sendo divulgada, parece que o árbitro foi ameaçado e a Brigada Militar não fez nada”. Já o vice-presidente do Esportivo, segundo o Semanário, registrou ocorrência contra o árbitro por difamação. Como se vê, tudo precisará ser alvo de profunda investigação e avaliação. En-quanto isso me parece que o Esportivo não pode ser punido.

ÚLTIMASPrimeira: Está sendo feita a demar-

cação da Faixa Seletiva no lado direito, sentido Rua Saldanha Marinho, da Rua Barão do Rio Branco. A partir do dia 10, segunda-feira, somente ônibus, táxis e vans poderão transitar por ela;

Segunda: Claro que TODOS os moto-ristas e motociclistas sabem que transi-tar por ela é infração de trânsito passível de multa e perda de pontos na carteira;

Terceira: E amanhã de manhã estará aberta a ciclofaixa, a partir das 9 horas. Ela abrange os trechos das Ruas Xingú, Carlos Flores e Herny Hugo Dreher, no Bairro São Bento e Planalto. Será exclu-siva para bicicletas nos domingos e feria-dos, das 8 às 20h;

Quarta: E a prefeitura anuncia que somente no segundo semestre, se pos-sível, fará a recuperação do asfalto nas ruas centrais;

Quinta: Quando começaram a asfal-tar ruas sobre paralelepípedos, escrevi na coluna que estava sendo aberto um custo de manutenção constante. Era o óbvio-ululante;

Sexta: 612 mijões foram conduzidos às delegacias do Rio de Janeiro – 147 mu-lheres – por terem urinado na via pública. Pagaram R$ 157,00 de multa. Por que isso não vira LEI NACIONAL? Certamente os porcões procurariam sanitários;

Sétima: O que prejudica mais o Brasil? A roubalheira – de membros de TODOS os partidos – ou os “feriadões” inventados, como esse de carnaval? Será que alguma instituição já estudou isso?

Oitava: O tamanho da “crise” aumen-tou. Segundo a revista Forbes, o número de bilionários brasileiros cresceu em 2013;

Nona: Esse campeonato “mau caráter” (conforme o qualificou o jornalista Lauro Quadros há décadas passadas) faz com que o Grêmio tenha que disputar três jogos em cinco dias;

Décima: E os demais clubes, como o Esportivo, são prejudicados com isso já que há um desequilíbrio técnico. O Grêmio perdeu para o São Paulo de Rio Grande;

Décima-primeira: Neste Dia da Mu-lher quero dar um beijão na melhor mu-lher do mundo: a minha Bete. E com este beijo nela, cumprimentar a todas as leito-ras que são, certamente, as melhores do mundo para seus maridos e namorados.

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Sábado, 8 de março de 20148 Geral

Município investiga denúncia de agressão

A Secretaria de Habita-ção e Assistência Social (Se-mhas) informa que na pró-xima semana deve prestar esclarecimentos ao Ministé-rio Público. A denúncia re-passada pelo MP está sendo analisada. “Já entramos em contato com a coordenação do albergue e estamos pro-curando esclarecer os fatos. Na próxima semana devemos informar ao MP sobre a pos-sível negligência”, explica a secretária Rosali.

Conforme o promotor de justiça, Dr. Elcio Resmini Me-neses, a questão foi encami-nhada para a Secretaria que é responsável pela manutenção do albergue. “Recebemos a

Após denúncia registrada no Disque Direitos Huma-

nos, do departamento de ou-vidoria nacional, a prefeitura de Bento Gonçalves investiga um suposto caso de maus tra-tos contra crianças e adoles-centes do albergue municipal Casa Azaleia. De acordo com a denúncia, os fatos ocorrem há aproximadamente seis meses. Conforme o relato, as vítimas seriam agredidas psicologica-mente e negligenciadas pela coordenadora do albergue. A denúncia foi registrada no dia 25 de fevereiro.

No relato do(a) denuncian-te as agressões psicológicas por parte da coordenadora consistem em palavras de bai-xo calão, gritos e termos hu-milhantes contra as vítimas. Além disso, a acusada estaria usando termos depreciativos e apelidos pejorativos em tom

Albergue Casa Azaleia

Crianças estariam sendo vítimas de maus tratos pela coordenadora

Assistência Social deve enviar parecer ao MP

JOSIAN

E RIBEIR

O

Denúncia anônima foi realizada através do Disque Direitos Humanos

Josiane [email protected]

Trecho da denúnciaCrianças e adolescentes são agredidas psicologicamente e

negligenciadas pela coordenadora do Albergue Municipal Ca-sa Azaleia. Os fatos ocorrem há aproximadamente seis me-ses, diariamente, na casa da vítima. Mas agressões psicoló-gicas, são proferidas palavras de baixo calão, gritos, termos humilhantes, depreciativos e apelidos pejorativos com tom de ameaça. Ressalta-se que a suspeita tem uma personalidade muiito forte e comportamento agressivo

de ameaça. Alimentação, hi-giene e saúde das crianças es-taria em situação regular.

De acordo com a secretária de Habitação e Assistência Social, Rosali Faccio For-nazier, o município já está

verificando a veracidade da denúncia e estudando a acu-sação. “Não podemos infor-mar muito, pois essa situação está sendo apurada. É preciso estudar com muito cuidado a denúncia”, afirma.

denúncia e enviamos para ve-rificação. Não podemos afir-mar a consistência do fato, por isso é necessário a aná-lise. Se o caso se comprovar mais específico, com consis-tência, existe a possibilidade de instaurarmos um inquéri-to”, afirma o promotor.

O juiz da Infância e da Ju-ventude, Rudolf Reitz, infor-ma que nenhuma denúncia sobre o assunto foi formali-zada. “É preciso cautela para apurar a veracidade da ques-tão, evitando que a situação não se leve adiante por denún-cias infundadas. Em caso de uma denúncia formal do MP, tomaremos as providências necessárias”, destaca.

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Sábado, 8 de março de 2014 9Geral

Greve adia primeiro pagamento

Desde o dia 27 de fevereiro os contribuintes come-

çaram a receber os carnês do IPTU 2014. Porém, por causa da greve dos Correios, a Se-cretaria de Finanças adiou o pagamento em cota única, com 10% de desconto, ou da primeira parcela, passando-os do dia 15 de março para o dia 28 deste mês.

Para quem optar em reali-zar o pagamento de maneira parcelada, terá que fazer em quatro parcelas nos dias 28 de março, 15 de maio, 15 de julho e 15 de setembro.

O secretário municipal de Finanças, Marcos Fracalos-si, explica que o valor lan-çado para este ano é de R$ 10.069.237,19, entretanto, a expectativa de arrecada-ção é de R$ 7 milhões. Caso

IPTU 2014

Problemas com Correios fazem com que Secretaria de Finanças mude a data de pagamento da primeira parcela e cota única

Secretaria de Finanças estima que a arrecadação com o imposto deste ano alcance cerca de R$ 7 milhões

Fernando [email protected]

ARQ

UIVO

esse valor se confirme, será superior ao que foi arreca-dado com o imposto no ano passado. Em 2013 a Secre-taria de Finanças lançou R$ 9.307.637,50, porém, o mon-tante arrecadado atingiu R$ 6.459.411,90. Fracalossi ex-plica que a diferença entre o valor lançado e o arrecadado acontece com pagamentos fora do prazo estabelecido e o desconto de 10% para quem optar pelo pagamento em cota única.

Sobre os pagamentos reali-zados de maneira integral, o secretário de Finanças estima arrecadar cerca de 50% do va-lor lançado.

Imóveis cadastrados

Atualmente o setor de IPTU conta com 59.430 imóveis ca-dastrados. Em 2013 este nú-mero era de 56.564.

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Sábado, 8 de março de 201410 Geral

Esperando por um final trágico?

Após mais de 100 dias do desmoronamento do qui-

lômetro 13,5 da rodovia ERS-431, a situação atual é um re-trato do descaso do governo do Estado com as rodovias da Serra Gaúcha. As chuvas, que atingiram a região no início deste mês, causaram mais des-moronamentos no trecho, já em estado precário, onde pas-sam veículos diariamente.

O agricultor Paulo José Fe-lippe, que mora nas proxi-midades, afirma que o novo desmoronamento ocorreu de maneira considerável na ma-nhã da quinta-feira, 6. “As úni-cas coisas boas feitas aqui foi o povo que fez”, enfatiza. O agri-cultor, que possui uma tenda onde vende produtos coloniais, reclama de prejuízos desde que a rodovia cedeu, no dia 22 de

ERS-431

Após mais de 100 dias do deslizamento, recuperação da rodovia que liga Bento a Lajeado Grande continua sem solução

Veículos pesados e leves continuam passando por trecho precário, que ameaça desabar após novas chuvas

Fernando [email protected]

novembro do ano passado. “Eu tive muito prejuízo, deve estar entre 40% e 50%”, revela.

Na tarde da quinta-feira, o Grupamento Rodoviário de Bento Gonçalves esteve no

local para autuar os condu-tores que não respeitassem o bloqueio. Quem passar com um veículo no ponto desabado está cometendo uma infração gravíssima por transpor blo-

queio rodoviário, além da sus-pensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e reco-lhimento do veículo.

Oficialmente o Departa-mento Autônomo de Estradas

de Rodagem (Daer), que é res-ponsável pela manutenção da rodovia, realizou o bloqueio daquele ponto. Entretanto, os motoristas que precisam tran-sitar pelo local têm ignorado os avisos.

Obras

A contratação da empresa que realizará o trabalho de re-construção da rodovia está na fase de análise dos documen-tos. O Daer, por meio de sua assessoria, informou que ainda não tem prazo para a divulga-ção do nome da empresa que realizará o trabalho.

Inicialmente o governo do Estado informou que a rodo-via seria consertada até a pri-meira quinzena de fevereiro, o prazo foi mudado novamen-te e, atualmente, a data pre-vista para entrega é o mês de abril.

FERN

AND

O LEVIN

SKI

Page 8: 08/03/2014 - Jornal Semanário - Edição 3008

Fluxo de veículos continua grandeA reportagem do Semanário

esteve no quilômetro 13,5 da ERS-431 na manhã de quinta--feira, 6, por pouco mais de 30 minutos. Durante este período foi possível constatar o grande fluxo de veículos pesados ou leves.

Apesar dos avisos das pes-soas que estavam no trecho, muitos motoristas de cami-nhões se arriscaram a atraves-sar. Durante o período, apenas dois caminhoneiros preferiram retornar ao invés de atravessar.

Quase todos os motoristas, antes de seguir em frente, des-ciam dos veículos para analisar a situação da via. No barranco era possível ver uma quantida-de de água vertendo da terra e, além disso, constantes desmo-ronamentos de porções de terra. O desvio que passa ao lado do trilho do trem está em condições precárias para qualquer veículo.

Além do quilômetro 13,5, há placas na ERS-431 e na RSC-470 que alertam para uma in-terdição também do quilôme-tro 21. Entretanto, não há nada que bloqueie o trânsito neste local, apenas algumas placas.

Fluxo de veículos continua grande, apesar da piora das condições

Caminhoneiro não se arriscou e preferiu retornar no sentido Cotiporã Uma vertente de água está saindo do trecho desmoronado da rodovia

Sábado, 8 de março de 2014 11GeralFO

TOS FER

NAN

DO

LEVINSKI

Page 9: 08/03/2014 - Jornal Semanário - Edição 3008

Sábado, 8 de março de 201412 Geral

Oficina vai debater potenciais regionais

Os representantes dos mu-nicípios da Região Uva

e Vinho estarão reunidos na terça-feira, 11, participando de uma oficina que dará início ao processo de elaboração ao Planejamento Estratégico Re-gional de Turismo. O encontro organizado pela Secretaria Es-tadual de Turismo (Setur-RS), em parceria com a Associação de Turismo da Serra Nordeste (Atuaserra) ocorerrá no Farina Park Hotel, das 8h30min às 18h30min.

Segundo a secretaria executi-va do Atuaserra, Beatriz Paulus, a proposta é qualificar e fortale-cer o plano de desenvolvimento. “A Atuasserra já vinha retoman-do esse trabalho e para atender essa demanda é necessário que se tenha claro qual é o perfil”, aponta. Para ela, a Região Uva e Vinho possui características muito semelhantes e ao mesmo tempo diferentes em virtude da discrepância do desenvol-

Turismo

Encontro deverá reunir representantes de 24 cidades, em Farroupilha

ESTEFANIA V. LIN

HAR

ES

DIVU

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ÃO

Caminhos de Pedra é uma das opções para os turistas que visitam Bento

Vitelo al menarosto sendo assado à moda antiga em um dos eventos

O Distrito de Faria Lemos estará realizando no domingo, 16 de março, a 5ª Sagra Trevi-sana di Faria Lemos. A Sagra será um dia de encontro e ale-gria, com objetivo resgatar e valorizar as tradições, a cultu-ra e os costumes dos imigran-tes italianos que se fixaram nesta região, sendo a maioria de origem Trevisana.

A programação inicia às 9h30min com a missa em dialeto Trevisano (talian), du-rante o dia serão apresentados ‘saberes e fazeres’ dos imi-grantes, tais como, pão cozido no forno à lenha, vitelo al me-narosto, confecção de cestos de vime, artesanato em palha de trigo – dressa, elaboração de melado de cana e açúcar mascavo, bater feijão com o

Faria Lemos

Quinta edição da Sagra Trevisana acontece dia 16

manguape, jogos populares como roleta e pesca, pisa das uvas à moda antiga na réplica da Cantina Histórica e se es-tende até as 15h30min quando será servido café com grostoli e cuca. Às 12h30min será ser-vido o delicioso pranzo – al-moço, típico, que contará com o seguinte cardápio: massa, salada de radicci com panceta, salada de batatas cozidas com ovos, vitelo e galeto assado AL menarosto, churrasco, pão de forno, vinhos finos e suco de uva integral. O ingresso terá o custo de R$ 35. Os interessa-dos em participar podem obter informações complementares através do através do e-mail [email protected] ou pelo telefone (54) 9917.1903.

vimento e da compreensão de cada município. “A maioria das cidades possuem cerca de 10 mil habitantes e se deve atentar para essa realidade e avançar consi-derando os potenciais atrativos através de políticas para divul-gação”, comenta.

A expectativa é que 24 mu-nicípios participem da oficina

pois, além dos associados, es-tão sendo convidados outros representantes de cidades da região. Por meio da oficina será possível identificar os princi-pais produtos turísticos da re-gião e o posicionamento deles no mercado, além de facilitar a priorização de investimentos por parte do governo estadual.

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Geral

Faixa seletiva inicia na segunda

A prefeitura coloca em prática, a partir das 6h da segunda-

-feira, 10, o funcionamento das faixas seletivas para ônibus e tá-xis. O projeto funcionará em fase experimental e tem como objeti-vo melhorar a mobilidade urba-na na área central da cidade.

De acordo com o titular da Secretaria de Gestão e Mobi-lidade Urbana, Mauro Moro, apesar da resistência de alguns comerciantes, o projeto vai se-guir em frente. A princípio, a separação será válida entre 6h e 23h. Hoje, funcionários da Se-cretaria de Obras devem ir até a rua Barão Rio Branco para realizar a pintura da sinalização e efetuar a colocação de placas.

O secretário afirma que a mu-dança valerá para as três qua-dras da Barão até a sinaleira na esquina com a rua Cândido

Ônibus

Pintura do espaço e colocação de tachões refletivos iniciam hoje e testes serão em três quadras da Barão do Rio Branco

A partir da segunda-feira, 10, será proibido trafegar à direita no horário entre 6h e 23h na Barão do Rio Branco

Marcelo [email protected] O que muda na Barão

Para viabilidade da faixa, é preciso que as vagas de es-tacionamento da lateral direita (Área Azul) sejam retiradas. Essas vagas serão reposicio-nadas nas mesmas quadras, sem prejuízos aos motoristas.

A faixa restringe a circulação de determinados veículos em determinados horários, sendo liberada apenas para ônibus, táxis e veículos de emergên-cia, como ambulâncias.

Será permitido cruzamento de vias e também em situações de garagem. Fora dos horários de maior movimento, o espaço poderá ser usado também pe-lo comércio para carga e des-carga de mercadorias.

Sábado, 8 de março de 2014 13Geral

Costa. Além da pintura no as-falto, também serão colocados tachões refletivos para facilitar a identificação por parte dos motoristas.

Mauro Moro adianta que nos primeiros dias da alteração, fis-

cais de trânsito estarão orientan-do os condutores, a fim de evitar que o trecho seja utilizado. O secretário acredita que durante um mês serão feitas análises do movimento e da agilidade que a mudança deu, ou não, ao tráfego

dos coletivos. Após este período, as faixas seletivas devem ganhar outros pontos. A ideia da prefei-tura é ampliar o projeto para as ruas Osvaldo Aranha e Saldanha Marinho ainda no primeiro se-mestre deste ano.

JOSIAN

E RIBEIR

O

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Sábado, 8 de março de 201414 Especial

Empreendedora e pé no chão

Para os colaboradores da imobiliária da qual é ge-

rente e sócia, Marines Brian-sini, 44 anos, é “faca na bota”. O jeito direto, sem rodeios e determinado, faz com que ela sempre saiba as palavras certas para usar. “Sou muito impa-ciente e direta. Comigo é sem rodeios. Não gosto de deixar nada para depois”, afirma. Tal-vez essa impaciência tenha sido peça fundamental o seu cresci-mento. Uma pressa para o su-cesso e para a vitória.

Natural do interior de Carlos Barbosa, Mari veio para Bento Gonçalves com 17 anos traba-lhar como empregada domés-tica e babá. Aos 25 ingressou

Dia da Mulher

A corretora de imóveis, Marines Briansini, 44 anos, conta um pouco da sua história e abre as homenagens às mulheres

JOSIAN

E RIBEIR

O

Vida profissional e pessoal administradas com muita organização

no ramo imobiliário e não saiu mais. “Não me vejo fazendo outra coisa. Quero continuar nessa área pelo resto da vida”. O sonho de comandar o pró-prio negócio e a veia empreen-dedora sempre caminharam com ela. Com humildade e muita coragem Marines ar-riscou. “Nesse Dia da Mulher me acho vitoriosa. Eu não ti-nha nada e com muito traba-lho consegui conquistar coisas que nem imaginava. Tudo foi possível com muito trabalho e determinação”.

Entre o trabalho de correto-ra de imóveis, Mari encontra tempo para cuidar da saúde, do corpo e também do na-

morado. “Sou muito vaidosa e me cuido. Vou à academia todas as manhãs e faço cami-nhadas”, conta. Nos finais de semana atenção também para a família – os sobrinhos são tratados como filhos. “Como não tive filhos meus afilhados e sobrinhos representam mui-to pra mim”, conta.

Como hobby, a gastronomia: no Senac ela fez cursos de mas-sas, molhos e risotos. Os ami-gos são os privilegiados para testarem o talento dela tam-bém na cozinha. “Gosto muito de receber meus amigos, mi-nha família. Quero aproveitar a vida, viajar mais. Temos que curtir o agora”, finaliza.

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Geral

ARQ

UIVO

PESSOAL

Sábado, 8 de março de 2014 15Especial

Um brinde sincero à coragemA manhã de sexta-feira dela

foi corrida. O resto do dia também prometia ser acele-rado. Enquanto prepara um chimarrão após a aula de Di-reito na faculdade, Gicelda B. Fantin, 44 anos, atende bre-ves telefonemas, arruma um pouco a cozinha – uma espécie de escritório improvisado – e se prepara para contar parte da vida pessoal e profissional. Sem papas na língua, a co-ragem, determinação e força para crescer ficam perceptí-veis. Os ingredientes para o su-cesso e realização profissional são simples, porém a trajetória é de muitos obstáculos.

Aos sete anos Gicelda saiu do interior de Monte Belo para morar com a mãe em Bento Gonçalves. Com 15 anos, en-gravidou da primeira filha, Suziane, hoje com 28 anos. Com o primeiro namorado acabou casando. Alguns anos depois veio a segunda filha de-les, Gisele, 23. “Foi um pouco difícil ter engravidado muito nova. As pessoas diziam que era uma criança cuidando de outra. Precisei ser responsável muito cedo”, conta.

A aptidão com a área comer-cial veio por acaso, quando começou a trabalhar em uma empresa de seguros. Em se-

Com alto astral contagiante, a empresária Gicelda Fantin fala de desafios, realizações e conquistas de vida

guida, foi convidada a assumir a gerência de uma empresa de cosméticos. A partir dessa oportunidade, Gisa, como é conhecida, decidiu abrir seu próprio negócio. Hoje ela atua como distribuidora de produ-tos de cosméticos e se prepa-ra para abrir uma loja que irá atender diretamente profissio-nais, consumidores e turistas. “O acaso me levou até onde cheguei hoje. Cresci na medida que a vida foi me conduzindo, sem perder a força”.

A coragem empreendedo-ra vem acompanhada de um temperamento forte, de quem nasceu para liderar. “Nunca gostei de ser comandada, sem-pre tive muitos conflitos com chefes. Procurei ter meus ob-jetivos concretos e estimular a cada dia um crescimento”, afirma. Desistir, para ela, é uma palavra quase inexisten-te. “Não desisto nunca de uma ideia. Todo o dia eu apren-do alguma coisa. A vida é um aprendizado”.

Para aliviar a correria do dia a dia, Gisa pratica Boxe duas vezes por semana, namora, sai com as filhas, viaja e participa de maratonas. “Adoro viajar e estar ao lado das minhas filhas. No tempo livre desligo todos os celulares. Já cheguei a ter oito

números”, revela.Apesar da realização pro-

fissional e pessoal, no último ano Gisa foi em busca de uma parte que lhe fazia falta. A mu-lher alto astral, sorridente e de bem com a vida não conheceu o pai. “Minha mãe sempre foi

mãe solteira. Quando eu tinha poucos meses de vida eles se separaram”. Mas a vontade de conhecer o pai falou mais alto. Através das redes sociais ela encontrou alguns paren-tes em Foz do Iguaçu. “Acabei descobrindo que ele já tinha

falecido, mas ele me deixou mais quatro irmãos. Agora nós mantemos contato e tam-bém nos conhecemos pessoal-mente. Era uma necessidade preencher esse vazio do meu pai, e meus irmãos fizeram esse papel”.

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Sábado, 8 de março de 201416 Especial

O desafio diário das mulheres

Pela bandeira da independência

O discurso de Débora é de-terminado. Ela não acre-

dita em príncipe encantado e batalha para que as mulheres percam o estereótipo de mu-lher frágil. Empolgada pelo as-sunto colocado em pauta para o Dia da Mulher, por alguns momentos ela esquece que está em uma entrevista e assume a posição de professora. Com determinação, ela fala como se estivesse em uma sala repleta de alunos, com o objetivo de passar uma lição. Na aula da psicóloga e professora univer-sitária o ensinamento é que-brar paradigmas. “As mulheres precisam se realizar profissio-nalmente e crescer. Vejo ainda jovens esperando um príncipe encantado para, só em seguida, poderem dar um rumo em suas vidas. O foco deve estar na pro-fissão e na educação das novas gerações”, afirma.

Débora Frizzo, 44 anos, é psicóloga formada pela Unisi-nos, possui mestrado, doutora-do, é professora universitária na área de Gestão de Pessoas, diretora da Faculdade Ftec de Bento Gonçalves e Caxias do Sul e mãe do Otávio, de 8 anos. Para ela, o foco profissional

Josiane [email protected]

sempre foi uma prioridade. “Sempre busquei o sucesso e a independência. É isso que tento passar também para as minhas alunas. O trabalho e a carreira são fontes importan-tes de prazer”, avalia.

Para Débora, o Dia da Mu-lher merece também uma re-flexão. “A ideia das mulheres independentes está mais no discurso do que na prática. Es-tamos muito longe daquilo que se imagina. Pertencemos ainda a uma sociedade machista dis-farçadamente”, diz. O exemplo de Débora para crescer esteve em casa. Na mãe Jurema Car-raro Frizzo, o apoio para seguir a profissão em uma época que a independência feminina não era vista com bons olhos. “Mi-nha família sempre foi humilde e meus pais sempre estiveram do meu lado. Como dona de casa, a minha mãe me incenti-vava a ter uma vida melhor que a dela”, conta.

A lição de vida também é passada para o filho. “Lá em casa não existe tarefa de mu-lher ou de homem, ou brinque-do de menina ou de menino. Não faço essa diferenciação. Educo meu filho para ser ma-rido de uma mulher indepen-dente. Esse deve ser o caminho para as novas gerações”.

Ao assumir um cargo de ges-tão, Débora sentiu na pele as di-ficuldades e alguns preconceitos por ser mulher. “Quando uma mulher está à frente de um car-go, gerindo pessoas, a exigên-cia é maior. Precisamos provar mais competência. Se falhamos é porque somos mulheres ou mães”, explica. Para a psicóloga, o desafio é diário. “O preconcei-to que às vezes surge não é es-cancarado, fica apenas no ar, é sutil. Por isso as mulheres preci-sam crescer, meter a cara e evo-luir”, complementa Débora, que é diretora das unidades da Ftec de Bento e Caxias há três anos.

A saída para contornar este cenário, de acordo com a profes-sora universitária, é reconhecer e respeitar o espaço de cada um. “Acredito que a mulher não pre-cisa querer se igualar ao homem. Ela tem que crescer de acordo com as suas características, per-sonalidade, reconhecer suas li-

mitações, saber viver com as di-ferenças e se fazer respeitar”.

Sem tempo ruim com ela

O segredo para conciliar tudo isso? Sem querer, a professora fica sem respostas. “Não sei”, confessa entre risadas. “Devo muito às pessoas que trabalham comigo, que me ajudam com os prazos, tarefas, agenda”. A ajuda especial surge para contornar o lado desorganizado que ela re-vela como defeito. “O bom é po-der reconhecer esse defeito e ter pessoas especiais ao meu redor para me ajudar”.

Mas a desorganização não ofusca a determinação e persis-tência de Débora. Muito otimis-ta, ela procura ver sempre o lado bom das situações e das pessoas. “Não tem tempo ruim comigo. Adoro lidar com pessoas, de me relacionar e de conhecer as parti-

cularidades de cada um. Hoje sou mais professora do que psicóloga e adoro o que faço”, afirma.

O nascimento do filho, ape-sar de não ter sido planejado, é considerado por ela um dos mo-mentos mais marcantes de sua vida. “Um filho sempre acaba mudando a mulher e foi muito significativo pra mim. No meu tempo livre passo a maior parte do tempo com ele”, revela.

Vaidosa, não abre mão de se cuidar. “Estar bem com a parte exterior também revela como você está interiormente”.

A cada semestre de aula, a realização de Débora. Com aulas geralmente em três turmas, ela leciona para cerca de 150 estu-dantes. Nesses alunos, a satisfa-ção de ensinar. “O segredo está em estar disponível para ajudar as pessoas a crescerem. Nesse Dia da Mulher, uma mensagem de sucesso para todas as minhas alunas”, finaliza.

JOSIAN

E RIBEIR

O

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Sábado, 8 de março de 2014 17Especial

Praticidade e bom humor é com elaEm meio a panelas, porcela-

nas, taças, canecas e centenas de acessórios, um refúgio. Mas nada de cozinhar ou cuidar apenas da casa. Na loja espe-cializada no comércio de utili-dades para restaurantes, bares e hotéis, a empresária Vitória Zatt, 46 anos, encontra a rea-lização. No colorido das lou-ças e na paixão pela venda, ela encontrou uma combinação perfeita. A empresa, que admi-nistra há quatro anos, é apenas o reflexo de uma trajetória de crescimento pessoal, deter-minação e realizações. Entre notas fiscais, recebimento de mercadoria e ligações, ela en-contra tempo para contar a sua história.

Natural de Bento Gonçalves, Vitória atua com vendas desde a adolescência – aos 14 anos começou trabalhando nas Lojas Mejolaro. Após essa época, to-dos os seus empregos foram na área de venda externa. A ideia de montar uma empresa para atender o segmento de hotéis e restaurantes surgiu em con-junto com uma amiga. “Inicial-mente vendíamos por meio de catálogos. Como minha sócia

JOSIAN

E RIBEIR

O

Para a empresária Vitória Zatt o sucesso para o crescimento é fruto de muita determinação e sorriso no rosto

teve que se afastar após uma gravidez, acabei dando conti-nuidade a empresa”, conta.

O olhar visionário verificou a necessidade de expandir o em-preendimento. “As pessoas ge-ralmente queriam ver as peças,

conferir tamanhos, comparar, e apenas no catálogo ficava di-fícil. Há um ano abri um show-room onde recebo clientes, revendedores e posso mostrar todos os produtos”, destaca.

No antigo porão de casa,

onde o pai guardava as ferra-mentas, a solução para fugir do aluguel. “Com a ajuda do meu marido reformamos esse local. A rotina ficou mais puxada, mas é possível administrar”.

A rotina é puxada, mas ela

tira de letra. A praticidade aliada à determinação faz com que as coisas não sejam tão difíceis. “Sou muito ansiosa, e por essa ansiedade gosto de resolver tudo rápido. A prati-cidade me ajuda a organizar a minha rotina”, comenta. A mãe Nair é seu braço direito. “Minha mãe sempre me ajuda com almoço ou janta, organi-zação da casa e apoio. Sem ela não sei se eu conseguiria dar conta”.

Com jeito brincalhão e sor-riso no rosto, Vitória não deixa o cansaço tomar conta. “Quando se faz o que gosta e com amor o sucesso é garan-tido. Mesmo quando saio da loja meu celular fica ligado. Sempre dou um jeito de aten-der”, afirma. No tempo livre a atenção é totalmente para a família. No lugar das vendas o filho Lucas, 23 anos, e o mari-do Mauro Trevisan.

No Dia da Mulher, Vitória passa uma mensagem de su-cesso e, porque não, vitória. “O caminho que nos leva a vitória é cheio de provas. Quanto mais somos provados mais nos tor-namos aptos a vencer”.

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Sábado, 8 de março de 201418 Geral

Inauguração acontece amanhã

Visando incentivar o uso da bicicleta pela população

bento-gonçalvense como meio de transporte ou como forma de lazer ocorre amanhã, 9, a inauguração da Ciclofaixa, no bairro São Bento e Planalto, localizadas nas ruas Xingú, Carlos Flores e Herny Hugo Dreher. O trecho de 1,6 km de extensão delimita o uso exclu-sivo de bicicletas apenas aos domingos e feriados, no horá-rio das 8h às 20h.

Para a comerciante Lúcia Moro, a implantação das ci-clofaixas é importante, pois não se tinha um local ade-quado para os ciclistas. Ela comenta que algumas pessoas procuram a Fervi ou o Parque da Fenavinho para pedalar, porém nesses locais estava fi-cando complicado em virtude do movimento. Além disso,

Ciclofaixas

Ciclistas poderão utilizar nos domingos e feriados cerca de 1,6km localizados nos bairros Planalto e São BentoESTEFAN

IA V. LINH

ARES

Pintura e instalação de placas que identificam a área foram concluídas na tarde de ontem, 7, por empresa

Estefania V. [email protected]

lembra que outras cidades já disponibilizavam o serviço. “Estive em Encantado e me surpreendi com o local que eles tinham”, comenta. Em Bento, faltava um local desti-

nado a esse público que fosse mais protegido.

Com a implantação da ciclo-faixa, a comerciante espera que mais pessoas sejam adeptas ao ciclismo. “Tem algumas pessoas

que possuem bicicletas e aca-bam deixando guardadas, e ago-ra terão um local de fácil acesso para andar”, comenta. Outro ponto positivo é que as famílias passam pedalar unidas.

O ciclismo proporciona mo-mento de lazer. Lúcia espera que as pessoas deem valor e saibam usufruir. “Parece que quando não é realizada a ação, as pessoas cobram, e quando é feita algumas vezes não dão valor”, analisa. A luta pela im-plantação de uma ciclofaixa no município é antiga, confor-me ela, fazem cerca de 20 anos que estão na luta.

Para o condutor Paulo Sa-raiva, será precisa a educa-ção dos motoristas para que ninguém seja atropelado no local. “No domingo é comum ver a gurizada neste local com o som auto e bebendo, depois saem para dar umas voltas. Vai ser preciso de segurança”, aponta. Para ele, o local será bom para as crianças, porém ressalta a importância da pre-sença dos agentes de trânsito e da consciência dos condu-tores para que não ocorram acidentes.

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Vacina será aplicada em duas unidades

A vacinação da Bacilo Calmette-Guérin (BCG)

acontecerá a partir da pró-xima segunda-feira, 10, em apenas duas unidades de saú-de em Bento: na Central e no Centro de Referência Materno Infantil. Os pais devem ficar atentos aos dias da semana em que é realizada a imunização, pois apenas serão aplicadas as doses as segundas e terças--feiras.

Conforme o enfermeiro Mai-chel Manfredini, a vacina BCG, que previne a tuberculose, é administrada no nascimento, sendo obrigatória para aos menores de um ano, de acordo com a Portaria 452 de 6 de de-zembro de 1976, do Ministério da Saúde. A vacina é feita sob o esquema de dose única. Os pais devem estar atentos para que ao se dirigirem a uma das unidades para que as crianças não estejam em estado febril e estejam munidos pela carteira de vacinação.

Segundo o enfermeiro, a orientação é que sejam obser-vados os horários de funciona-mento e que os responsáveis não cheguem aos locais de va-cinação próximo ao horário de fechamento, pois é necessário o preenchimento de um for-mulário com os dados o que demanda tempo. “É uma vaci-na que demora para ser apli-cada, pois existe todo um pro-cesso a ser seguido”, comenta.

Estoque

No Rio Grande do Sul, di-versos postos de saúde estão enfrentando o desabasteci-mento momentâneo em virtu-de da diminuição nos repasses

Racionamento de BCG

Doses serão disponibilizadas apenas às segundas e terças-feiras

ESTEFANIA V. LIN

HAR

ES

Unidade Central e o Centro Materno serão os locais para a vacinação

Estefania V. [email protected]

Horário de atendimentoUnidade de Saúde Central: Segundas-feiras, das 7h30min às

11h30min e das 13h30min às 17h30min;

Centro de Referência Materno Infantil: Terças-feiras, das 7h30min às 11h30min e das 13h30min às 17h30min.

Sábado, 8 de março de 2014 19Geral

realizados pelo Ministério da Saúde ocorrido há cerca de duas semanas. Segundo infor-mações do Ministério da Saú-de, a diminuição nos repasses é devido a uma mudança no processo de compra e uma al-teração no calendário de en-trega para todos os estados. As doses são adquiridas junto à Fundação Ataulpho de Pai-va, do Rio de Janeiro. Assim, além do estado, outras regiões do país estão enfrentando o mesmo problema.

Atualmente, o município

está trabalhando com esto-ques existentes. Assim, Man-fredini esclarece que foi to-mada essa medida, pois cada frasco possui dez doses, com a restrição nos dias de vacina-ção se evita que outras nove doses sejam desperdiçadas, e a duração é de seis horas. Ain-da, as unidades possuem um tempo determinado de vali-dade. Os pais ou responsáveis que tiverem alguma dúvida podem contatar com o Setor de Imunizações pelo telefone (54) 3055.7268.

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Sábado, 8 de março de 201420 Geral

É proibido chuva forte em Bento

Apenas 25 minutos de uma intensa chuva, ocorrida na

quarta-feira, 5 de março, foram suficientes para mostrar a fra-gilidade em que se encontram o sistema de canalização de Bento Gonçalves. Resultado: inundação, ruas interditadas e buracos, vários buracos. A si-tuação mais crítica encontra-se no bairro São Francisco, onde a rua General Vitorino está in-terditada por tempo indeter-minado.

O temporal, que teve misto de chuvarada com granizo pe-gou a população bento-gon-çalvense de surpresa. Os 25 minutos de aguaceiro foram suficientes para tocar o terror em vários bairros da cidade. No Centro, as ruas Saldanha Marinho e Marechal Floriano ficaram inundadas e o trânsi-to ficou ainda mais congestio-nado. No São Francisco, uma verdadeira enxurrada des-truiu o asfalto da rua General Vitorino, no trecho entre a Borges do Canto e a Garibal-di, e o local está interditado por tempo indeterminado. Na rua Carlos Flores, próximo ao Senac, a força das águas abriu uma cratera na via e o asfalto está cedendo.

No Fenavinho, a água inva-diu pelo menos quatro casas na rua Domingos Rubichini. No Santa Helena, a chuvara-da destruiu a tubulação da rua Amos Peressutti.

Imagens dos 25 minutos de chuva que caíram em Bento

Infraestrutura urbana

Tubulação das ruas da cidade não suporta o grande volume d’água e ruas estão afundando e crateras estão aparecendo

JULIAN

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Aguaceiro invadiu casas no bairro FenavinhoRuas Marechal Floriano e Saldanha Marinho registraram alagamentos durante a chuvarada

Na Carlos Flores, a chuva abriu uma cratera no asfalto e rua está cedendo

Tubulação também estourou na rua Amos Peressutti, no Santa Helena

Rua General Vitorino virou canteiro de obras e não tem previsão de abertura

Na Góes Monteiro com Borges do Canto o asfalto está afundando de novo

Marcelo [email protected]

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A situação da tubulação exis-tente na parte subterrânea da cidade é considerada crítica pela prefeitura. De acordo com o prefeito Guilherme Pasin, um dos problemas identificados é que o poder público não se preparou para o crescimento de forma adequada. Pasin afir-ma que não é uma crítica aos prefeitos anteriores, mas sim ao fato de que vários empreen-dimentos imobiliários foram construídos ao longo dos anos, mas a infraestrutura não acom-panhou este crescimento. “Só para citar um exemplo, no bair-ro São Francisco a tubulação que recebe a água é de 60 cen-tímetros, quando deveria ser de 1,20 metro”, destaca o prefeito.

O chefe do Executivo revela que a situação é preocupante, mas precisa ser encarada de frente. Pasin afirma que, ini-cialmente, equipes da Secreta-ria de Obras estão trabalhando para recuperar as ruas General

Prefeitura prepara contratação emergencial de empresa

NO

EMIR

LEITÃO

Rua General Vitorino será uma das ruas atendidas pela empresa especializada que será contratada pela prefeitura

Sábado, 8 de março de 2014 21Geral

Vitorino, no bairro São Fran-cisco, e Amos Peressutti, no Santa Helena. O objetivo é fa-zer os reparos necessários para que o trânsito seja normalizado o mais rápido possível.

Contrato emergencial

Guilherme Pasin adianta que a prefeitura irá fazer um contrato emergencial para que uma empresa especializada realize um trabalho para evi-tar que novos problemas nas tubulações aconteçam nas ruas General Vitorino, Carlos Flores e Amos Perissutti. Segundo o prefeito, o objetivo é melhorar a vazão de água nas tubulações, a fim de evitar que ela retorne para o asfalto, provocando des-truição nas ruas. “Infelizmente, o poder público não consegue avançar no mesmo ritmo da iniciativa privada. Precisamos de uma resposta rápida para estes problemas”, finaliza.

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Sábado, 8 de março de 201422 Obituário

Faleceram em Bento

OSVALDO GETÚLIO KRANZ, no dia 26 de Fevereiro de 2014. Natural de São Valentim/Erechim, RS, era filho de João Kranz Filho e Antônia Dongeski e tinha 71 anos.

VOLMIR CRISTOFOLI, no dia 28 de Fevereiro de 2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Victório Angelo Cristofoli e Fiorinda Fiorentina Agostini Cristofoli e tinha 80 anos.

ADELINO GUIERINO BRESSIANI, no dia 28 de Fevereiro de 2014. Natural de Veranópolis, RS, era filho de Cesar Luiz Bressiani e Genevra Collet e tinha 86 anos.

NAIRO CAIO, no dia 01 de Março de 2014. Natural de Muçum, RS, era filho de Albino Caio e Adelina Pavi Caio e tinha 74 anos.

ANTONINHA CARDOSO DA SILVA, no dia 01 de Março de 2014. Natural de Muçum, RS, era filha de Albino Caio e Adelina Pavi Caio e tinha 70 anos.

VALDOMIRO LOPES, no dia 02 de Março de 2014. Natural de Barracão, RS, era filho de Sebastião Lopes e Thereza Nunes Lopes e tinha 90 anos.

LUCAS BAGISTON, no dia 02 de Março de 2014. Natural de Guaporé, RS, era filho de Neri Getúlio Bagiston e Eni dos Santos e tinha 24 anos.

SEVERINO DE TONI, no dia 03 de Março de 2014. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Miguel de Toni e Angela Rubbo e tinha 78 anos.

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23Publicações LegaisSábado, 8 de março de 2014

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Desenhista é morto no Universitário

O desenhista Fábio Luís Garcia Dias, de 36 anos,

foi morto na madrugada de quarta-feira, 5 de março, no Loteamento Universitário. Ele foi atacado com golpes de faca e não resistiu aos ferimentos.

O corpo de Dias foi encontra-do por populares por volta das 5h45min caído próximo a um matagal. A Brigada Militar foi acionada e se dirigiu ao local. O desenhista estava de bruços, com os pertences e documen-tos jogados em cima do corpo. O ataque aconteceu com uma faca de serrinha.

Familiares da vítima infor-maram aos policiais que ele havia ido visitar um amigo e depois não tiveram mais notí-cias dele. Ele costumava cami-

Violência

Fábio Luís Garcia Dias, de 36 anos, foi atacado a facadas na madrugada da quarta-feira, 5, quando voltava para casa

Dias era ligado à família

Artista fazia trabalhos voluntários

Corpo do desenhista foi encontrado por populares no início da manhã

Fábio Dias (E) com o irmão Douglas e a mãe Evanir da Rosa Garcia

Marcelo [email protected]

Sábado, 8 de março de 201424 Segurança

nhar a pé durante a noite para ir até em casa.

Segundo a delegada Deise Ruschel, as investigações tra-tam o caso como homicídio e não latrocínio. Ela afirma que a Polícia Civil tem recebido

Considerado um homem muito inteligente e um ar-tista detalhista, Fábio Luís Garcia Dias era visto como uma pessoa muito ligada à família. Segundo o irmão dele, Douglas Dias, o dese-nhista tinha planos de voltar à faculdade e concluir a gra-duação em marketing.

Além disso, Douglas reve-la que tinha uma verdadeira simbiose com o irmão, que lhe ensinou a desenhar. “Ás vezes eu pensava uma coisa e ele já vinha falando, como se tivesse adivinhado”. Os dois fizeram diversos trabalhos juntos ao longo dos anos e estavam há oito morando em Bento Gon-çalves, no bairro São Roque.

Entre os trabalhos realiza-dos pelos irmãos Dias esta-

A ilustração era a vida do desenhista Fábio Luís Gar-cia Dias. Além de atuar pro-fissionalmente, ele realizava trabalho voluntário em algu-mas entidades de Bento Gon-çalves. Dias desenvolveu tra-balhos no Instituto Pequeno Grande Campeão e também nos Ceacris municipais.

Nestes locais ele ensinava a crianças e adolescentes a arte do desenho e da ilustração sem cobrar por estes serviço. O amor pela arte e a realiza-

muitas ligações anônimas dan-do informações importantes sobre este crime. Por enquanto tudo o que está sendo recebido é apurado para que os autores da morte do desenhista sejam descobertos.

vam as ilustrações para o li-vro Peteleco e das histórias de Caravaggio e Santo Antônio, ambos da editora dos amigos Gilmar e Fabiane Caio.

Fábio Dias era também um amante da Filosofia e um questionador nato. Douglas lembra que ele e o irmão não se satisfaziam com apenas uma resposta. Tudo era ques-tionado e todos os pontos eram analisados. “Em nossa casa ele era espírita, minha mãe católica e eu ateu. Mas mesmo assim, tínhamos uma discussão respeitosa quando conversávamos sobre reli-gião. Ele vai fazer uma falta tremenda, pois estávamos com muitos planos para co-locar em prática”, afirma um emocionado Douglas.

ção dos pequenos eram o seu maior pagamento. De acordo com o professor e coreógra-fo Moacir Corrêa, Dias era uma pessoa muito querida no meio artístico. Era con-siderado uma pessoa muito inteligente e preocupada com o bem-estar e a qualidade de vida da família e dos amigos. “A gente sempre falava para ele não ir embora a pé, mas ele gostava de caminhar. Per-demos um grande amigo”, la-menta Corrêa.

Filme e séries

O irmão Douglas Dias revela que Fábio era apaixonado pela série Sobrenatural. Ele o irmão se consideravam “oitentistas” e estavam programando ver o filme Robocop. “Iríamos levar nossa mãe e ver se o filme real-mente foi bem feito. Ele gostava muito do Robocop e era um crí-tico dos filmes do gênero. Infe-lizmente este momento da nossa família nunca mais vai aconte-cer”, lamenta Douglas Dias.

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Polícia Militar esteve no local para averiguação e registro do ocorrido

Sábado, 8 de março de 2014 25Segurança

Uma loja de moda foi as-saltada no início da tarde

desta sexta-feira, 7, no bairro Cidade Alta. Um homem de estatura mediana entrou ar-mado, rendeu a proprietária que trabalhava no interior do estabelecimento e levou che-

ques e uma certa quantia em dinheiro, além de um tablet e o celular da vítima.

No momento da ação, o as-saltante saiu correndo e em-barcou em um veículo, onde um cumplice o aguardava.

A Polícia Militar esteve no

Loja é assaltada no bairro Cidade Alta

local e realizou o registro. A dona da loja afirma que so-mente conseguirá reconhecer o assaltante caso este seja pre-so. Ela estava muito assusta-da, pois foi a primeira vez que seu estabelecimento sofre as-salto.

Insegurança

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EMIR

LEITÃO

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Sábado, 8 de março de 201426

[email protected]

Que desperdício, Bial! O cara é talentoso. Jornalista – inclusive cobriu a

queda do muro de Berlim e a guerra do Golfo Pérsico – diretor de cinema, escritor, poeta... E que voz! Lem-bram da versão em português do antológico “Filtro So-lar”? De uma singeleza encantadora!

Mas sua voz não convence mais. As odes para os “he-róis e heroínas” dos BBBs, os discursos poéticos ou pro-féticos durante as eliminações e os seus apelos para que gastemos nosso suado dinheirinho com ligações idio-tas, fazem mal ao ouvido. E ao bolso e à inteligência.

Mas que ele tem talento, ah, isso ele tem! Joga com sutileza as palavras: “Poesia não dá camisa/ Mas quan-do o poeta tem uma musa/ não precisa de blusa/ vive de brisa”.

Filosofa com humor: “Não se preocupe com o futuro. Ou então preocupe-se, se quiser, mas saiba que pré--ocupação é tão eficaz quanto mascar chiclete para ten-tar resolver uma equação de álgebra.”

Fala com sabedoria: “A verdade é tão preciosa que precisa de tantas mentiras para não ser revelada”.

E ainda é romântico sem ser meloso: “Conte a sua his-tória ao vento/ cante aos mares/ cante para os muitos marujos/ cujos olhos são faróis sujos e sem brilho...”

Eu não disse que ele é bom? Com seu talento, pode-ria estar “tocando em frente” este “Brazil” de tantas desigualdades, divulgando “o sabor das massas e das maçãs...”, para que cada um, como ele próprio bradou no poema “Escreva a sua história”, pudesse realmente compô-la, e não copiá-la. Mas, Big Brother? Tenha a santa paciência, Bial!

Eu sei! Azar é nosso, que tecemos expectativas a cer-ca dele. Afinal, qualquer cidadão é vulnerável a cachês milionários. Assim como a nova estrela da Friboi, exe-crada pelas redes sociais. E como o ator que precedeu o Rei. Aliás, assim como a maioria dos famosos que fazem propagandas de produtos sem conhecê-los ou consumi-los. Ou que migram de um lado para outro dependendo da proposta financeira... Lembram? “Fui provar outro sabor, eu sei. Mas não largo meu amor, voltei”. Que bonitinho!

Azar é nosso que consumimos o que “mandam”, que engolimos o que nos apresentam e, com o copo na mão, ficamos dançando pagodinho...

E, principalmente, azar é nosso que damos audiência nos deleitando com peitos e bundas e ouvindo parvoí-ces; que instalamos antenas especiais para podermos espiar a qualquer momento a “casa mais vigiada do Brasil”, quando deveríamos vigiar, sim, a atuação de nossos representantes.

“ACORDA, BRASIL”... ou então azar é nosso.

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Sábado, 8 de março de 2014 27

O Governo do Estado é proprietário da área que aparece na foto ao lado das dependências do Colégio Estadual e onde estavam localizadas as dependências do Daer. Segundo o Diretor daquele estabelecimento de ensino, Prof. Jau-ri Peixoto, a Secretaria da Educação pretende construir o novo Colégio, – o levantamento da área já foi feito e o Projeto está sendo ela-borado – em vista de as atuais dependências não comportarem o número de alunos exis-tente. Mas nem todos são da opinião de que o Colégio Estadual deva ali ser construído. As opiniões se dividem e a mais forte corrente,

de que é o Prefeito Darcy Pozza, entende que naquele local deva ser construída uma Praça Pública. O Prefeito está propondo à Secreta-ria de Educação a permuta daquela área por outra que poderá estar localizada onde se si-tua o Aeroclube, que está as vias de transferir--se pois os entendimentos nesse sentido estão bastante adiantados. O Prof. Loreno José Dal Sasso, Presidente da Fundação Educacional, reivindica a construção do Colégio Estadual na área da propriedade daquela entidade sita no Bairro São Roque, e para tanto já fez o ofe-recimento do imóvel

Local parece não estar definido ainda

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A Ediçãowww.jornalsemanario.com.br

BENTO GONÇALVES

Sábado8 DE MARÇO DE 2014ANO 47 N°3008R$ 3,00

56 páginas

Primeiro caderno .................. 28 páginasEsportes ................................. 4 páginasEmpresas & Empresários ......... 8 páginasSaúde & Beleza ........................ 8 páginasCaderno S ................................ 8 páginas

Apesar de novo desmoronamento, o trânsito de veículos continua intenso, na estrada que liga Bento a Lajeado Grande

Condutores se arriscam em rodovia

ERS 431

Sitracom

Presidente Itajiba Soares Lopes vai seguir no comando

Empresas&Empresários

CapaS

Bruna Bottega dá valor para as coisas simples da vida

Caderno S

FERN

AND

O LEVIN

SKI

Páginas 10 e 11