1. enquadramentoearpe/conteudos/tppc/introducaoec6.pdf · d anchorage of reinforcing steel 1,7 2,0...
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Estabilidade de paredes de Estabilidade de paredes de alvenaria de acordo com o alvenaria de acordo com o
Eurocódigo 6Eurocódigo 6
IntroduçãoIntrodução
Hipólito de SousaHipólito de Sousa
FEUPFEUP
�� A utilização de alvenarias estruturais tem A utilização de alvenarias estruturais tem importância diferente em vários países europeusimportância diferente em vários países europeus
�� Em Portugal, embora esta solução tenha sido Em Portugal, embora esta solução tenha sido dominante no passado, na actualidade o seu dominante no passado, na actualidade o seu emprego é pouco relevante, assistindoemprego é pouco relevante, assistindo--se a uma se a uma ddependência acentuadíssima do betão armado feito ependência acentuadíssima do betão armado feito “in situ” sem qualquer paralelo noutros países“in situ” sem qualquer paralelo noutros países
0
20
40
60
80
100
Dinam. Itália Luxem. Port.
BetãoArmado
AlvenariasResistentes
Outros
%
1. ENQUADRAMENTO
2
0
20
40
60
80
100
75 80 85 90 92
AlvenariaResistente
EstruturaReticulada
�� A caracterização experimental nas alvenarias é A caracterização experimental nas alvenarias é muito mais complexa e envolve em geral custos mais muito mais complexa e envolve em geral custos mais avultados do que noutros materiais de construçãoavultados do que noutros materiais de construção
�� O estudo das alvenarias através de métodos O estudo das alvenarias através de métodos modernos, veio a ocorrer muito mais tarde do que o modernos, veio a ocorrer muito mais tarde do que o verificado noutros domínios da engenharia e da verificado noutros domínios da engenharia e da construçãoconstrução
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� Antes do aparecimento do EC6, em Portugal, e aocontrário do observado noutros países, praticamentenão existia documentação regulamentar e normativaportuguesa moderna aplicável às alvenarias e seusmateriais constituintes (havia algumas recomendaçõesno RGEU e num regulamento de segurança dasconstruções aos sismos)
� Geralmente, nos poucos casos em que as alvenariasresistentes são/eram usadas, estas são confinadas porelementos de betão levemente armado e a concepção edimensionamento em projecto são em geral suportadospor critérios muito simplistas, embora com algumaracionalidade económica e estrutural
2. O EC6 E AS ALVENARIASESTRUTURAIS
� O EC6, intitulado, projecto de estruturas em alvenariafaz parte do conjunto de eurocódigos em elaboraçãopelo CEN visando a eliminação de barreiras na UE
� Os Eurocódigos procuram ajudar a satisfazer 2exigências essenciais da Directiva Produtos daConstrução (edifícios e Obras de Engª Civil) –resistência mecânica e estabilidade e segurança aofogo
� O EC6 é constituído por 4 partes e um anexo nacional.Nem todos estão no mesmo estado de desenvolvimento
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� EN1996-1-1 – Regras comuns para estruturas de alvenariareforçada e não reforçada� EN1996-1-2 – Projecto de estabilidade ao fogo� EN1996-2 – Regras comuns para estruturas de alvenariareforçada e não reforçada� EN1996-3 – Projecto, selecção de materiais e execução dealvenarias� DNA – Documento Nacional de aplicação
� O Eurocódigo 8 (estruturas em zonas sísmicas temuma parte relativa a estruturas de alvenaria)� O EC6 faz apelo a uma série de normas com ligaçõesàs alvenarias:
� EN 206-1 – Betão� EN 771-1 a 6 – Elementos para alvenaria� EN 772 -…- Métodos de ensaio� EN 845-1 a 3 – Componentes auxiliares� EN 998-1 e 2 – Argamassas para alvenaria� EN 1015-1 – Método de ensaio de argamassa para alvenaria� EN 1052-1a 5 – Métodos de ensaio para alvenaria
� O aparecimento do Eurocódigo 6 relativo a estruturasde alvenaria pode alterar a situação portuguesa nestedomínio. Com efeito o EC6 é uma ferramenta modernapara o dimensionamento de estruturas de alvenaria epara a verificação de estabilidade de paredes desimples preenchimento.
� Estudos recentes desenvolvidos em Portugal têm aliásevidenciado que a adopção de estruturas em alvenariaresistente pode ser económica e funcionalmenteinteressante para edifícios de porte moderado.
� Com os materiais mais vulgares actualmentedisponíveis em Portugal apenas é expectável realizaredifícios de pequeno porte (até 4 pisos), atendendo àmoderada resistência dos materiais e ao risco sísmicoexistente no país.
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�� No entanto esta solução pode ser interessante nas No entanto esta solução pode ser interessante nas perspectivas economia, simplicidade tecnológica e p razo perspectivas economia, simplicidade tecnológica e p razo de execução, atendendo a que em Portugal os pequeno s de execução, atendendo a que em Portugal os pequeno s edifícios têm expressão significativa, em número:edifícios têm expressão significativa, em número:
7%
51%
42% 1 piso
2 pisos
3 e mais pisos
Percentagem de edifícios construídos na região nort e até 1991, em função do número de pisos:
�� O recurso ás alvenarias resistentes obriga a uma O recurso ás alvenarias resistentes obriga a uma concepção arquitectónica que tenha em conta esta concepção arquitectónica que tenha em conta esta solução estrutural solução estrutural
IMPORTÂNCIA DA ORGANIZAÇÃO ARQUITECTÓNICA
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Comparação estruturas reticuladas de betão armado Comparação estruturas reticuladas de betão armado com alvenaria de enchimento e alvenaria resistentecom alvenaria de enchimento e alvenaria resistente
Aspecto Estrutura reticulada Alvenaria resistente
Alvenaria Acção permanente Sistema Estrutural
Fundações Maior volume, concentradas
Repartidas
Cofragem , aço e betão
Maior consumo Consumo reduzido, simplicidade
Execução e mão de obra
Trabalhos mais longos, maior racionalização, m.o. diversificada
Trabalhos mais rápidos, menor racionalização, importância dos roços
Argamassas e elementos
Controlo reduzido Exigem controlo cuidado
Implicações arquitectónicas
Concepção mais livre, alterações sem restrições
Concepção específica, modificações mais limitadas
3. ANÁLISE MAIS DETALHADA DA SEGURANÇA 3. ANÁLISE MAIS DETALHADA DA SEGURANÇA ESTRUTURAL SEGUNDO O EC6ESTRUTURAL SEGUNDO O EC6
3.1 PRINCÍPIOS3.1 PRINCÍPIOS
� Adoptam-se os princípios válidos para as restantes soluções estruturais:
� Verificação de estabilidade aos estados limites, úl timos e de utilização, com coeficientes parciais de segura nça;
� Acções e combinações de acordo com EC1 e RSA;
� Coeficientes de segurança dos materiais definidos n o EC6 em função da experiência do pessoal executante, da existência de fiscalização e das medidas de controlo no estaleiro, designadamente da argamassa.
- γγγγM - entre 1.5 e 3.0, ver quadro (valores a serem definidos no DNA português)
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Coeficientes de segurança parcelares relativos aos materiais
MaterialγγγγM
Class
1 2 3 4 5
ABC
Masonry made with:Units of Category I, designed mortar1
Units of Category I, prescribed mortar 2
Units of Category II, any mortar1,2,5
1,51,7
2,0
1,72,0
2,2
2,02,2
2,5
2,22,5
2,7
2,52,7
3,0
D Anchorage of reinforcing steel 1,7 2,0 2,2 2,5 2,7
E Reinforcing steel and prestressing steel
1,15
F Ancillary components3,4 1,7 2,0 2,2 2,5 2,7
G Lintels according to EN 845-23 1,5 to 2.5
Notes:1. Requirements for designed mortars are given in EN 998-2 and EN 1996-22. Requirements for prescribed mortars are given in EN 998-2 and EN 1996-23. Declared values are mean values.4. Damp proof courses are assumed to be covered by masonryγγγγM.5. When the coefficient of variation for Category II units is not greater than 25%.
3.2 CONSTITUINTES
� Unidades ou elementos – Materiais passíveis deutilização estrutural, divididos em 2 categorias decontrolo de qualidade de produção e 4 grupos emfunção da percentagem de furação:
� cerâmicos – EN 771-1;
� cálcio-silicato (sem aplicação em Portugal) – EN 771 -2;
� de betão de agregados leves ou naturais – EN 771-3;
� de betão celular autoclavado – EN 771-4;
� de pedra artificial (sem aplicação em Portugal) – EN 771-5;
� de pedra natural – EN 771-6.
� Propriedade mais relevante – resistência àcompressão normalizada – fb – Nota: Resistência àcompressão de blocos de alvenaria convertida em resistênci a àcompressão equivalente, na condição “seco ao ar”, de um bloc o de 100mm de largura ×××× 100 mm de altura, ou 200 mm x 100 mm.
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Altura da unidadede alvenaria ( mm)
Menor dimensão horizontal da unidade de alvenaria (mm)
50 100 150 200 ≥250
50 0,85 0,75 0,70 - -
65 0,95 0,85 0,75 0,70 0,65
100 1,15 1,00 0,90 0,80 0,75
150 1,30 1,20 1,10 1,00 0,95
200 1,45 1,35 1,25 1,15 1,10
250 ou maior 1,55 1,45 1,35 1,25 1,15
Pode-se efectuar interpolação linear
Coeficientes de correcção para conversão em valores normalizados
Categoria I - Bloco com uma resistência à compressão declarada com umaprobabilidade de erro que não exceda 5%. Esta pode ser determinada através dovalor médio ou do valor característico. Categoria II são os elementos nãoincluídos na Categoria I
Materials and limits for Masonry Units
Group 1 (material indep,)
Group 2 Group 3 Group 4
Materials Vertical holes Horizontal holes
Volume of holes (% of the gross volume)
≤ 25 clay > 25; ≤ 55 ≥ 25; ≤ 70 > 25; ≤ 70
calcium silicate
> 25; ≤ 55 not used not used
concrete > 25; ≤ 60 > 25; ≤ 70 > 25; ≤ 50
Volume of any hole(% of the gross volume)
≤ 12,5 clay each of multiple holes ≤ 2 gripholes up to a total
of 12,5
each of multiple holes ≤ 2 gripholes up to a
total of 12,5
each of multiple holes ≤ 30
calcium silicate
each of multiple holes ≤ 15 gripholes up to a total
of 30
not used not used
concrete each of multiple holes ≤ 30 gripholes up to a total
of 30
each of multiple holes ≤ 30 gripholes up to a
total of 30
each of multiple holes ≤ 25
Minimum thickness in and around holes (mm)
No requirement
web shell web shell web shell
clay ≥ 5 ≥ 8 ≥ 3 ≥ 6 ≥ 5 ≥ 6
calcium silicate
≥ 5 ≥ 10 not used not used
concrete ≥ 15 ≥ 18 ≥ 15 ≥ 15 ≥ 20 ≥ 20
Combined thickness2 of webs and shells (% of the overall width)
No requirement
clay ≥≥≥≥ 16 ≥≥≥≥ 12 ≥≥≥≥ 12
calcium silicate
≥≥≥≥ 20 not used not used
concrete ≥≥≥≥ 18 ≥≥≥≥ 15 ≥≥≥≥ 45
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Argamassas para assentamento – Tipos de argamassas:
� Convencionais;
� Cola;
� Leve.
� Especificação:
� Argamassa calculada – Pela designação da resistência à compressão – Mx ( x resistência) – exº M10;
� Argamassa prescrita – Pela designação da resistência à compressão – Mx ( x resistência), seguida do traço –exº M5 1:1:5.
� Propriedades mais relevantes –
Calculadas ou prescritas
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� Propriedades relevantes –
� Argamassa Fresca
� Tempo aberto
� Teor em cloretos
� Teor em ar
� Argamassa endurecida
� Resistência à compressão – fm – para a qual estão estabelecidas as seguintes classes:
Classes
M1 M2,5 M5 M10 M15 M20 Md
1 2.5 5 10 15 20 d
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� Resistência inicial ao corte da alvenaria fv0argamassa – (é influenciada pela argamassa e pelo elemento):
� Determinável por ensaios
� Valores tabelados
- 0.15 MPa – argamassas correntes e leves
- 0.3 MPa – argamassas cola
Outros constituintes – Referência:� Betão de enchimento;� Caldas;� Armaduras de reforço;
� Armaduras de pré-esforço.
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3.3 PROPRIEDADES MECÂNICAS DAS ALVENARIAS
� Resistência característica à compressão - f k
� Resistência característica ao corte - f vk
� Resistência característica à flexão (segundo dois planos) – fxk1 e fxk2
� Aderência característica de reforços metálicos
� Relação tensões / extensões
� Módulo de elasticidade
� Módulo de distorsão
� Fluência, expansão com a humidade, retracção e movimentos térmicos
fk =K fb0.7 fm0.3
K- constante dependente do tipo de elemento e do tipo de argamassa
fb – resistência á compressão normalizada dos elementos na direcção da aplicação da carga
fm – resistência à compressão da argamassa
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Masonry Unit General purpose mortar
Thin layer mortar
(N/mm2)0.15
(≤3 mm bed joint)
Lightweight mortar of density
600 ≤ ρ ≤ 700kg/m3
700 < ρ ≤ 1500kg/m3
Clay Group 1 0,55 0,75 0,30 0,40
Group 2 0,45 0,70 0,25 0,30
Group 3 0,35 0,50 0,20 0,25
Group 4 0,35 0,35 0,20 0,25
Calcium Silicate
Group 1 0,55 0,80 ‡ ‡
Group 2 0,45 0,65 ‡ ‡
Aggregate Concrete
Group 1 0,55 0,80 0,45 0,45
Group 2 0,45 0,65 0,45 0,45
Group 3 0,40 0,60 ‡ ‡
Group 4 0,35 ‡ ‡ ‡
Autoclaved Aerated Concrete
Group 1 0,55 0,80 0,45 0,45
Manufactured Stone
Group 1 0,45 0,75 ‡ ‡
Dimensioned Natural Stone
Group 1 0,45 ‡ ‡ ‡
‡ Combination of mortar/unit not normally used, so no value given.
Valores de K
fvk = ?
fvk = fvk0 + 0.40σd
� Via analítica
� Via experimental
fvk
fvk0
σd
fvk0 – resistência ao corte inicial característica, sem pré compressão
σd – valor de cálculo da acção de pré compressão
Há expressões mais penalizadoras para juntas verticais não preenchidas
Provetes antigos Provetes modernos
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Masonry units
fvko (N/mm2)
General purpose mortar of the Strength Class given
Thin layer mortar
Lightweight mortar
Clay
M10 - M20 0,30
0,30 0,15M2,5 - M9 0,20
M1 - M2 0,10
Calcium silicate
M10 - M20 0,20
0,40 0,15M2,5 - M9 0,15
M1 - M2 0,10
Aggregate concrete
Autoclaved Aerated Concrete
Manufactured stone
Dimensioned natural stone
M10 - M20 0,20
0,30 0,15
M2,5 - M9 0,15
M1 - M2 0,10
Valores de f vko
fxk1 ou fxk2 = ?
� Tabelada
� Via experimental
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Masonry Unit fxk1 (N/mm2)
General purpose mortar
Thin layer mortar
Lightweight mortar
fm < 5 N/mm2
fm ≥ 5 N/mm2
Clay 0,10 0,10 0,15 0,10
Calcium silicate 0,05 0,10 0,20 not used
Aggregate concrete
0,05 0,10 0,20 not used
Autoclaved aerated concrete
0,05 0,10 0,15 0,10
Manufactured stone
0,05 0,10 not used not used
Dimensioned natural stone
0,05 0,10 0,15 not used
Valores de f xk1
Masonry Unit fxk2 (N/mm2)
General purpose mortar
Thin layer mortar
Lightweight mortar
fm < 5 N/mm2
fm ≥ 5 N/mm2
Clay 0,20 0,40 0,15 0,10
Calcium silicate 0,20 0,40 0,30 not used
Aggregate concrete 0,20 0,40 0,30 not used
Autoclaved aerated concrete
ρρρρ < 400 kg/m3 0,20 0,20 0,30 0,15
ρρρρ ≥ 400 kg/m3 0,20 0,40 0,30 0,15
Manufactured stone 0,20 0,40 not used not used
Dimensioned natural stone 0,20 0,40 0,15 not used
Valores de f xk2
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Relação Tensões - Extensões
Módulo de elasticidade secante a curto prazo: via experimental ou E = 1000 f k
G = 0.4 E
Módulo de elasticidade secante a longo E Ф = E/(1+ ǾФ)
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Fluência, expansão com a humidade, retracção e movimentos térmicos
Type of masonry unit Final creep coefficient(see note 1)
φ∞
Long term moisture expansion or shrinkage
(see note 2)mm/m
Coefficient of thermal expansion, α, 10-6/K
Range Range Range
Clay 0,5 to 1,5 -0,2 to +1,0 4 to 8
Calcium Silicate 1,0 to 2,0 -0,4 to –0,1 7 to 11
Dense aggregate concrete and manufactured stone
1,0 to 2,0 -0,6 to -0,1 6 to 12
Lightweight aggregate concrete
1,0 to 3,0 -1,0 to -0,2 6 to 12
Autoclaved aerated concrete 0,5 to 1,5 -0,4 to +0,2 7 to 9
Natural stone
Magmatic
(see note 3) -0,4 to +0,7
5 to 9
Sedimentary 2 to 7
Metamorphic 1 to 18
Notes:
1. The final creep coefficientφφφφ∞∞∞∞ = εεεεc∞∞∞∞ / εεεεel , where εεεεc∞∞∞∞ is the final creep strain and εεεεel = σ / E.
2. Where the long term value of moisture expansion or shrinkage is shown minus it indicates shortening and where plus it indicates extension.3. Values are normally very low.
• Segurança estrutural
• Análise da estabilidade de paredes exteriores estruturais
ACÇÕES Reacções de coberturas, pavimentos e outros elementos
Peso próprio incluindo revestimentos
Cargas suspensas
Vento
Sismo
Acções térmicas –variações de temperatura e choque térmico
Acções acidentais – incêndio, explosões e impactos
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Tipo de verificação
Acção de base
Verificação específica
Global Acção do vento Corte
Acção sísmica Corte
Local Sobrecarga Compressão
(em cada parede)
Acção do vento Corte no plano da parede
Flexão no plano perp. à parede
Acção sísmica Compressão e corte nas paredes suportando lajesCompressão e corte nas paredes de contraventamentoTracção nos confinamentos verticais
Verificações de estabilidade aos estados limites úl timos das estruturas em alvenaria resistente confinada
Exigências Constantes do EC 8 Relativas a Edifícios de Alvenaria de acordo com o DNA
� Exigências relativas aos Materiais
- Percentagem de furação ≤≤≤≤ 60% (DNA)
- Espessura mínima dos septos – 5 mm (DNA)
- Espessura mínima das paredes – 8 mm (DNA)
- Espessura combinada ≥ 16% (DNA)
- Argamassa ≥≥≥≥ M5
- Preenchimento das juntas verticais de assentamento, salvo em zonas de baixa sismicidade
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- Resistência à compressão
• fb ≥ 2.5 MPa• fbh ≥ 2,0 MPa (paralela ao assentamento)
ffbhbh
ffbb
�� Exigências de Carácter Dimensional e Geométrico Exigências de Carácter Dimensional e Geométrico ao nível das paredesao nível das paredes
Tipo de alvenaria tef(mm)
hef / t L / hmin
Simples ≥ 240 ≤ 10 ≥ 0.4
Confinada ≥ 150 ≤ 16 ≥ 0.4
Armada ≥ 150 ≤ 16 ≥ 0.3
ttefef -- espessura efectiva da paredeespessura efectiva da parede
hhefef -- altura efectiva de parede altura efectiva de parede -- hhefef= = ρρnn.h.h
hh -- pé direitopé direito
ρρnn -- factor de reduçãofactor de redução
LL -- comprimento da paredecomprimento da parede
hhminmin-- menor das alturas livres das aberturas menor das alturas livres das aberturas adjacentesadjacentes
Lh2 = hmin
h1h
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�� Exigências para edifícios simples não requerendo Exigências para edifícios simples não requerendo verificação explícita à acção dos sismos:verificação explícita à acção dos sismos:
Tipo de alvenaria
Nº de pisos em fundação da zona sísmica
D C B A
Simples 2 Não admissível
Não admissível
Não admissível
Confinada ou Armada 2 2 2 2
• Condicionantes em planta
- Planta aproximadamente rectangular:
a / b ≥ 25%
ab
• Condições das reentrâncias a respeitar:
- a`/ a ≤ 15%
- b`/ b ≤ 15%
b
a`b` a
• Distribuição simétrica de paredes resistentes nas2 direcções ortogonais
• Existência no mínimo de 2 paredes por cada direcção com umdesenvolvimento mínimo de 30 % nessa direcção
• No mínimo 75% da carga vertical é suportada pelas paredes
• Entre pisos adjacentes a variação de massa e de secção nãopode ultrapassar 20% nas 2 direcções
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• Percentagem limite de paredes resistentes relativamente à área do piso superior de acordo com o DNA do EC8:
Tipo de alvenaria
Piso nºZona Sísmica
D C B A
Simples1 2 Não
admissívelNão
admissívelNão
admissível2 3
Confinada ou Armada
1 2 2 2 2.5
2 2 2.5 3 3.5
�� ConfinamentosConfinamentos• Os confinamentos verticais e horizontais devem de estar lig ados
ao sistema estrutural
• Devem de ser betonados após a construção da alvenaria
• Em paredes duplas estabelecer uma largura de modo a que:
- assegure a ligação entre os 2 panos
- assegure o confinamento efectivo entre ambos
• Secções dos elementos de confinamento – 200 mm 2
• Devem colocar-se confinamentos verticais – montantes:
- Cunhais de edifícios
- Nos extremos das paredes consideradas resistentes
- Num mesmo pano de parede com afastamento não superior a 5m
- De ambos os lados dos vãos com uma área superior a 1.5 m2
- Nas intersecções das paredes estruturais, quando os elementos deconfinamento impostos estejam a uma distância superior a 1.5m
26
�� ConfinamentosConfinamentos
• Devem colocar-se confinamentos horizontais – cintas:
- Na parede e em cada piso não afastado mais do que 4 m
• Armadura longitudinal mínima dos montantes e cintas:
- Aslmin ≥ 300mm2 ou 1% da área de secção transversal do
elemento de confinamento
• As armaduras de reforço devem ter um diâmetro mínimo de 4mm
• As armaduras devem assegurar continuidade nos nós eestabelecer adequados comprimentos de amarração
• Classe mínima do betão de enchimento – C16/20
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• Análise da estabilidade de paredes exteriores nãoestruturais
ACÇÕES Peso próprio incluindo revestimentos
Cargas suspensas
Vento
Impacto
Deformação dos suportes
Acções térmicas –variações de temperatura e choque térmico
Acções acidentais – sismo, incêndio e explosões
• Aspectos a ter em conta na estabilidade deparedes exteriores:� Ligações à estrutura� Zonamento em termos de vento e acções
térmicas� Tipo de parede
• Simples• Dupla
� Dimensão e forma dos vãos
• Forma de avaliação da estabilidade:� Cálculo� Ensaio� Esbelteza (forma expedita)
30
3. DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS EM GERAL3. DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS EM GERAL
Algumas acções a desenvolver para melhorar o comportamento das paredes de preenchimento:
• Limitar as flechas das estruturas• Rigidificar os elementos estruturais complanares co m as paredes exteriores• Limitar o recurso a zonas balançadas• Diferir o mais possível a realização das alvenarias da estrutura• Aumentar a deformabilidade das paredes e a sua capacidade de suportarem sem fissurarem a deformação da estrutura • Atenuar os efeitos da deformação da estrutura na alvenaria, introduzindo juntas (pode gerar outros problemas que é necessário ter em conta)
� Exemplo de melhoria do comportamento em paredes
- Cunhais em betão armado em alvenarias não estruturais
31
Armaduras e ligadores em juntas
• Assegurar o recobrimento
• Não usar diâmetros superiores a 6 mm
• Adequar a protecção anticorrosiva às condições da parede
• Amarrar de um comprimento suficiente as armaduras nas juntas de argamassa (função da aderência)
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Armaduras e ligadores em juntas
• Ligar os 2 panos de paredes duplas por ligadores, calculados em função da acção do vento
• Ligar os 2 panos de paredes compostas, > 2 / m2
• Ligar convenientemente as alvenarias de preenchimento às estruturas
• Ligar e travar as paredes exteriores e interiores
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Armaduras e ligadores em juntas
• Tratar cuidadosamente as zonas dos vãos, arranques de paredes, etc.
Juntas de movimento em paredes
• Prever juntas verticais que permitam o movimento da s paredes sem comprometer as outras funções da parede
• O espaçamento das juntas depende dos movimentos previsíveis nos suportes
• Localizar as juntas onde a probabilidade de fissuraç ão é maior
• A adopção de armaduras longitudinais contínuas permite aumentar a distância entre juntas
• Em geral desenvolvimentos de paredes superiores a 1 2 m obrigam a disposições construtivas, embora este limite possa ser inferior
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Capacidade de absorver deformações da estrutura
• Indispensável em alvenarias de preenchimento
• Particularmente importante em paredes interiores
• Prever disposições construtivas, em geral na base ou no topo da parede
Roços
• Limitar os roços, sobretudo os horizontais e estudar o seu traçado
• O EC6 tem exigências para alvenarias estruturais
• Usar energia limitada na sua realização
Lâminas de estanquidade
• Garantir que têm capacidade de transferir esforços de corte sem danos, necessitando para o efeito de superfície de fricção suficiente
35
Table 8.1 : Sizes of vertical chases and recesses in masonry, allowed without calculation.
Thickness of wall (mm)
Chases and recesses formed after construction of masonry
Chases and recesses formed during construction of masonry
max depth (mm)
max width(mm)
max width (mm) minimum wall thickness remaining (mm)
≤ 115 30 100 300 70
116 - 175 30 125 300 90
176 - 225 30 150 300 140
226 - 300 30 175 300 175
over 300 30 200 300 215
Notes:
1. The maximum depth of the recess or chase should include the depth of anyhole reached when forming the recess or chase.2. Vertical chases which do not extend more than one third of the storey height above floor level may have a depth up to 80mm and a widthup to 120mm, if the thickness of the wall is 225mm or more.
3. The horizontal distance between adjacent chases or between achase and a recess or an opening should not be less than 225mm.
4. The horizontal distance between any two adjacent recesses,whether they occur on the same side or on opposite sides of the wall, orbetween a recess and an opening, should not be less than twice thewidth of the wider of the two recesses.
5. The cumulative width of vertical chases and recesses should notexceed 0,13 times the length of the wall.
Exigências do EC6 para roços verticais
Table 8.2 : Sizes of horizontal and inclined chases in masonry, allowed without calculation.
Thickness of wall (mm) Maximum depth (mm)
Unlimited length Length ≤ 1250 mm
≤ 115mm 0 0
116 - 175 0 15
176 - 225 10 20
226 - 300 15 25
over 300 20 30
Notes:
1.The maximum depth of the chase should include the depth of any hole reached when forming the chase.2.The horizontal distance between the end of a chase and an opening should not be less than 500mm.
3.The horizontal distance between adjacent chases of limited length, whether they occur on the same side or on opposite sides of the wall, should benot less than twice the length of the longest chase.
4.In walls of thickness greater than 115mm, the permitted depth of the chase may be increased by 10mm if the chase is machine cut accurately totherequired depth. If machine cuts are used, chases up to 10mm deep may be cut inboth sides of walls of thickness not less than 225mm.
5.The width of chase should not exceed half the residual thickness ofthe wall.
Exigências do EC6 para roços horizontais