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[email protected] INTRODUÇÃO À FORRAGICULTURA Carlos Eduardo Nogueira Martins

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Page 1: 1-Introdução Forragicultura

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INTRODUÇÃO À FORRAGICULTURA

Carlos Eduardo Nogueira Martins

Page 2: 1-Introdução Forragicultura

AGROSTOLOGIA

É a ciência que consiste no correto uso do solo para

o plantio de espécies forrageiras destinadas ao

consumo animal.

Page 3: 1-Introdução Forragicultura

FORRAGI CULTURA l  Forragem ? Tudo que pode ser utilizado como alimento para os

animais. Origem: Animal : Farinhas de ossos, carne,….

Leite Vegetal : 1) Herbáceas= P. forrageiras 2) Concentrados = grãos 3) Resíduos ind.= farelos/tortas 4) Raízes e tubérculos 5) Palhas (resíduos de culturas)

Page 4: 1-Introdução Forragicultura

Produção Animal Produção Vegetal

Meteorologia e Climatologia

Fitopatologia/Entomologia

Manejo solo

Fisiologia Vegetal

Page 5: 1-Introdução Forragicultura

Por que estudar Plantas Forrageiras?

- Efeito da pastagem sobre o solo

•  Física do solo

•  Química do solo

•  Biologia do solo

•  Conservação do solo

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ZOT 1048- FORRAGICULTURA 2008

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ZOT 1048- FORRAGICULTURA 2008

Page 8: 1-Introdução Forragicultura

ZOT 1048- FORRAGICULTURA 2008

Por que estudar Plantas Forrageiras?

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Degradação em áreas secas e Perdas florestais

Page 9: 1-Introdução Forragicultura

Fonte: Steinfeld et al., 2006.

Gramas de CO2/m2/ano

Produção primária estimada em áreas de pastagens

15 ton CO2/ha/ano

Page 10: 1-Introdução Forragicultura

Fonte: Steinfeld et al., 2006.

Equivalentes de toneladas de CO2 Bovinos Ovinos

Aves e suínos

Emissões totais de gases de efeito estufa por espécies animais e tipo de sistema de produção

Equivalentes a 150 mil toneladas de CO2

Equivalente a 30 mil ha de pastagens

Page 11: 1-Introdução Forragicultura

Conversão energética* em sistemas agrícolas

Trigo/soja : 5 a 5,61 (1) Trigo/soja e ervilhaca/milho ou sorgo: 8,58 (1) Trigo/soja e aveia preta –ervilhaca (pastejo)/milho : 5,78 (2) Produção de feno de alfafa: 3,19 (3)

(1) Santos et al., 2001 (2) Santos et al., 2000 (3) Campos et al, 2004 (4) Santos e Lucas Jr., 2004

(4)

* Conversão energética = Energia produzida/energia consumida (Mcal/ha)

Page 12: 1-Introdução Forragicultura

ZOT 1048- FORRAGICULTURA 2008

(Koslowski e Ciocca, 2000)

Page 13: 1-Introdução Forragicultura

Estamos num ambiente potencialmente produtivo!

Page 14: 1-Introdução Forragicultura

Produção carne bovina

Page 15: 1-Introdução Forragicultura

Rebanho de bovino de corte

Page 16: 1-Introdução Forragicultura

Síntese anual da agricultura de SC 2012 (Epagri/Cepa)

Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina - 2011-201296

Mercado internacional

A previsão do United States Department of Agriculture (USDA) para os principais países produtores e

exportadores de carne bovina em 2012 é diferenciada. Os Estados Unidos devem diminuir suas exporta-

ções e mais ainda a sua produção. O Brasil aumenta sua produção, mas as exportações não acompanham

e os dois crescimentos são pequenos (2% e 0,7%). A Índia, que se tornou terceiro, e está muito abaixo

do Brasil, foi o país que mais cresceu. Esses três países somados crescem mais em exportação do que os

demais (Tabela 1).

O Brasil em 2012 deverá ser o segundo produtor, segundo consumidor e terceiro exportador, porque a

Índia e a Austrália passariam a ocupar as duas primeiras posições, ficando os Estados Unidos em quarto e

a Nova Zelândia em quinto. A diferença está nos grandes percentuais que Índia, Austrália e Nova Zelândia

exportam em relação a sua produção, enquanto Estados Unidos e Brasil destacam-se como grandes con-

sumidores, exportando percentuais menores (Tabela 2).

Carne bovina

Tabela 1/I. Carne bovina – Principais países produtores e exportadores – 2011-12(mil t)(1)

Produtor Exportador

2011 2012 2011 2012

Ustados Unidos 11.997 11.469 -4,4 1.265 1.236 -2,3

Brasil 9.030 9.210 2,0 1.340 1.350 0,7

Índia 3.170 3.505 10,6 1.220 1.525 25,0

Subtotal 24.197 24.184 -0,1 3.825 4.111 7,5

Outros países 32.691 32.817 0,4 4.330 4.617 6,6

Total 56.888 57.001 0,2 8.155 8.728 7,0

(1) Em equivalente carcaça.

Fonte: Usda (abril/2012).

%2012/11%2012/11País

Desempenho da produção animal

Julio Alberto Rodigheri

Engo Agro. Epagri/Cepa

[email protected]

CARNE BOVINA

Page 17: 1-Introdução Forragicultura

Distribuição porcentual média da principal motivação dos pecuaristas para praticar a bovinocultura de corte (SENAR, 2005 – adaptado)

26,5%

25,4%14,4%

8,7%

9,5%

15,5%

Por tradiçãoSatisfação pessoalAtividade seguraObtenção de lucroÚnica atividade possívelOutras

Page 18: 1-Introdução Forragicultura

Produção de leite bovino brasileiro

Page 19: 1-Introdução Forragicultura

Síntese anual da agricultura de SC, 2012 (Epagri/Cepa)

117Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina - 2011-2012

Produção e mercado mundiais

A produção mundial de leite de vaca, búfala, cabra, ovelha e camela, em 2011, segundo a FAO – Perspec-tivas Alimentarias de maio de 2012 – foi estimada em 730,1 milhões de toneladas, crescimento de 2,3%em relação à produção de 2010. Para 2012, a FAO projeta um crescimento de 2,7%, elevando a produçãopara 750,1 milhões de toneladas. Os países em desenvolvimento são os principais responsáveis por essecrescimento. Nos últimos quatro anos a produção desses países cresceu mais de 10% acima do cresci-mento dos países desenvolvidos (Figura 1).

Nos últimos anos o comércio mundial esteve bastante aquecido. O crescimento anual, segundo estima-tiva da FAO de maio de 2012, foi de 7,4 %, 9,9% e 6,1%, respectivamente, em 2009, 2010 e 2011. Para2012, no entanto, a projeção indica uma queda mais significativa no volume comercializado que a ocorri-da no ano anterior. O volume total de lácteos comercializados deverá situar-se ao redor de 52,7 milhõesde toneladas, em equivalente leite fluido, o que implica um crescimento ao redor de apenas 4,0% sobreo volume de 2011.

Os países asiáticos foram os grandes compradores mundiais de lácteos, sendo responsáveis em 2011por, aproximadamente, 54,0% das importações. Os principais países importadores foram a China (11,3%),Arábia Saudita (4,0%), Indonésia (3,2%), Singapura (3,0%) e Japão (2,6%). O restante das importaçõesforam efetuadas por países da África (19,4%), América Central ( 7,7%), América do Sul ( 4,0%), com des-taque para a Argélia (6,3%), México (4,7%) e Egito (4,4%). O restante das importações foram efetuadaspor países da Europa, América do Norte e Oceania (somando 14,9%) com destaque para a FederaçãoRussa (6,1%).

As exportações mundiais de lácteos estão concentradas na Nova Zelândia (30,1%), União Europeia (25,3%),Estados Unidos (10,1), Austrália (6,5%), Belarus (5,2%) e Argentina (4,0%).

O consumo mundial médio per capita de 2011, segundo dados da FAO de maio de 2012, foi estimado em104,5 quilos de leite, apresentando um acréscimo de 1,2% sobre o consumo médio de 2010. Para 2012, aexpectitiva é de que haja um crescimento de 1,6%, elevando o consumo médio para 106,1 quilos percapita.

Leite

LEITEFrancisco Carlos Heiden

Téc. Agr. e Sociólogo - Epagri/[email protected]

Page 20: 1-Introdução Forragicultura

ZOT 1048- FORRAGICULTURA 2008

Zoneamento da pecuária leiteira da Região Sul do Brasil (Fernandes et al., 2004)

9,5 l/vaca/dia

Abaixo do potencial de produção de leite a pasto para gramíneas de estação quente e fria.

Page 21: 1-Introdução Forragicultura

ZOT 1048- FORRAGICULTURA 2008

Page 22: 1-Introdução Forragicultura
Page 23: 1-Introdução Forragicultura

Números da agropecuária catarinense, 2008 (Epagri/Cepa)

Page 24: 1-Introdução Forragicultura

Representação simplificada dos componentes de um ecossistema pastoril. (adaptado de Wilkinson e Lowrey, 1973)

Page 25: 1-Introdução Forragicultura

Capt

ura

da

ener

gia

solar

Eficiênc

ia d

e co

lheita

Ef

iciênc

ia d

e co

nver

são

Intensidade de pastejo

Intensidade de pastejo

Intensidade de pastejo

Intensidade de pastejo

Prod

ução

animal

Produção/área

Produção/animal

Produção animal no Ecossistema Pastoril. (Briske e Heitschmidt, 1991)

Page 26: 1-Introdução Forragicultura

Baixa pressão de pastejo

Alta pressão de pastejo

Page 27: 1-Introdução Forragicultura

Relação entre oferta de forragem e respostas produtivas em pastagem nativa. (Maraschin, 1998)

Page 28: 1-Introdução Forragicultura

Sustentabilidade de Ecossistemas Pastoris em função da intensidade de pastejo. (adaptado de THUROW, 1991)

Diminuição da taxa de infiltração

Deterioração da estrutura

do solo

Diminuição da cobertura do solo e da matéria orgânica

Diminuição da cobertura do solo e da matéria orgânica

EQUILÍBRIO

Aumento na intensidade de pastejo

Diminuição na intensidade de pastejo

Aumento da cobertura do solo e da matéria orgânica

Melhoria da estrutura do solo

Aumento da cobertura do solo e da matéria orgânica

Aumento da taxa de infiltração

SUST

ENTÁ

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SU

STEN

TÁVE

L

Page 29: 1-Introdução Forragicultura

Eventos históricos relevantes associados às pastagens

l  10 000 AC : domesticação dos animais l 500 a 150 AC : introdução da alfafa

na Grécia e Roma l 800 DC : Uso dos trevos pelos Saxons l  1600 DC : Sir Richard Weston

introduz o trevo vermelho na Inglaterra

l  1600 DC : Pastagens são introduzidas na América

Page 30: 1-Introdução Forragicultura

l  1600 DC : As bermudas (Cynodon) são introduzidas nos EUA

l  1700 DC : Panicum é introduzido no Brasil

l  1873 DC : Construção do primeiro silo nos EUA

l  1886 : Descoberta da fixação simbiótica

Eventos históricos relevantes associados às pastagens

Page 31: 1-Introdução Forragicultura

Ø  Histórico Ø  Vegetação original

89% florestas e 11% campos CAMPOS: Sul (gramíneas), altitude, cerrados, inundáveis.

Ø  Demais campos – origem antrópica Ø  homem + animais: fogo, pisoteio, pastejo (climax) Ø  início deste século: culturas anuais e pastagens sobre mata

Ø  BOI: elemento desbravador (até hoje) Ø  Capins: Gordura (Melinis minutiflora), Colonião e Guiné (Panicum maximum), Jaraguá (Hyparrhenya rufa) e Angola (Brachiaria mutica). Quicuio (Pennisetum clandestinum) no subtropical.

Ø  Degradação pelo uso continuado levou ao Ciclo dos Capins.

Page 32: 1-Introdução Forragicultura

Ø  CICLO DOS CAPINS Ø  A nova forrageira deveria apresentar: Ø Boas produções em terras fracas; e Ø Alguma produção durante o período seco.

Ø  Décadas de 50 e 60 destacaram-se: Ø Digitaria decumbens e vários Cynodon

Ø  décadas de 60 e 70: Ø Panicum maximum e Setaria sphacelata utilizados ainda hoje em áreas restritas

Ø  A partir daí: CICLO DAS BRAQUIÁRIAS Ø  B. decumbens cvs. IPEAN e Basilisk (Cerrados), B. ruziziensis e B. humidicola (Amazônia). Ø  B. decumbens – maior área cultivada (boa produtividade em solos ácidos e de baixa fertilidade) Aumentos de lotação de 5 a 10 x pastagens nativas.

Page 33: 1-Introdução Forragicultura

Ø  CICLO DOS CAPINS (cont...)

Ø  Nas áreas subtropicais (Sul): Ø  Introduções de imigrantes e pesquisa: Ø  Lolium, Festuca, Medicago, Phalaris, Trifolium, Lotus, etc... Ø  Quicuio, coastcross, pensacola, Paspalum spp. Ø  Anuais: inverno (aveias centeio, ervilhaca) e verão (sorgo e milheto).

Ø  Década de 80: Ø  Amazônia e Cerrado = B. brizantha cv Marandu e Andropogon gayanus cv Planaltina – CVs lançados pela EMBRAPA Ø  também P. maximum (tobiatã, Tanzânia, Centenário, Vencedor, Aruana, Mombaça) e A. gayanus cv Baeti.

Ø  Leguminosas - utilização restrita: Ø Desconhecimento de exigências nutricionais Ø Desconhecimento do manejo dos consórcios (desafio ainda atual)

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Ø  Pastagens no BR: Ø  Implantação de 5.500.000 ha/ano Ø  15 kg/ha = 82.000 ton sementes Ø  Destas, B. brizantha = 50% Ø B. brizantha, B. decumbens e B. humidicola = 88% Ø  8.000 ton azevem, 100.000 ton aveia e 15.000 ton de milheto (expansão no Centro-oeste)

Ø  Pastagens nativas - 50% pastos BR Ø  Pastagens cultivadas – 250%/25 anos Ø  30 milhões de ha em 1970 Ø  105 milhões em 1995 Ø  crédito, produtividade, espécies adaptadas.