1 - ocupaÇÃo antrÓpica e problemas de ordenamento

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ESPAÇO ESCOLAR RESUMOS GEOLOGIA 11ºANO www.espacoescolar.co.cc 1 OCUPAÇÃO ANTRÓPICA E PROBLEMAS DE ORDENAMENTO Risco geológico probabilidade de acontecimentos perigosos ocorrerem numa determinada área e num determinado período de tempo, como os relativos a diversas erupções vulcânicas, inundações, erosão costeira ou deslizamentos de terras, com prejuízos humanos e materiais. Ordenamento do território regras que asseguram um processo integrado de organização do espaço biofísico, tendo como objectivo a sua ocupação e transformação de acordo com as capacidades do referido espaço. A necessidade da sua criação decorre: do crescimento populacional , da existência de áreas de risco , da maior pressão sobre o ambiente e da maior perigosidade dessas áreas . Bacias hidrográficas: Rede hidrográfica conjunto de todos os cursos de água ligados a um rio principal. Bacia hidrográfica área do território drenada por uma rede fluvial. Leito do rio espaço que pode ser ocupado pelas águas, sendo possível distinguir o leito ordinário ou aparente, o leito de cheia e o leito de estiagem ou de seca . Débito de um rio quantidade de água que num determinado momento passa numa determinada secção do rio. A actividade geológica de um rio compreende: a meteorização e a erosão, o transporte (por solução, suspensão, rolamento ou deslizamento e saltação) e a deposição de sedimentos. Os fragmentos sólidos resultantes do desgaste das rochas são designados por detritos . Após a deposição, os materiais designam-se por sedimentos . Factores de risco: - Construção de barragens ou diques destinados ao aprisionamento da água para a agricultura e abastecimento do público, produção de energia eléctrica, regularização de caudais e prática de desportos náuticos (turismo). Contudo, dá-se a retenção de sedimentos o que afecta o equilíbrio na orla costeira, a interrupção de rotas migratórias de alguns peixes e a alteração de ecossistemas. - Construção em zonas de leito de cheia, aumentando o risco da ocorrência de cheias nessas áreas ocupadas indevidamente, devido à impermeabilização dos solos e à ocupação do espaço que seria ocupado pela água em épocas de cheia. - Remoção de inertes do fundo dos rios (areias), alterando a dinâmica das correntes. Zonas costeiras: Como resultado da acção do mar nas faixas costeiras, podem considerar-se as formas de erosão e as formas de deposição .

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OCUPAÇÃO ANTRÓPICA E PROBLEMAS DE ORDENAMENTO

Risco geológico – probabilidade de acontecimentos perigosos ocorrerem numa determinada área e num determinado período de tempo, como os relativos a diversas erupções vulcânicas, inundações, erosão costeira ou deslizamentos de terras, com prejuízos humanos e materiais. Ordenamento do território – regras que asseguram um processo integrado de organização do espaço biofísico, tendo como objectivo a sua ocupação e transformação de acordo com as capacidades do referido espaço. A necessidade da sua criação decorre: do crescimento populacional, da existência de áreas de risco, da maior pressão sobre o ambiente e da maior perigosidade dessas áreas.

Bacias hidrográficas: Rede hidrográfica – conjunto de todos os cursos de água ligados a um rio principal. Bacia hidrográfica – área do território drenada por uma rede fluvial. Leito do rio – espaço que pode ser ocupado pelas águas, sendo possível distinguir o leito ordinário ou aparente, o leito de cheia e o leito de estiagem ou de seca. Débito de um rio – quantidade de água que num determinado momento passa numa determinada secção do rio. A actividade geológica de um rio compreende: a meteorização e a erosão, o transporte (por solução, suspensão, rolamento ou deslizamento e saltação) e a deposição de sedimentos. Os fragmentos sólidos resultantes do desgaste das rochas são designados por detritos. Após a deposição, os materiais designam-se por sedimentos. Factores de risco: - Construção de barragens ou diques destinados ao aprisionamento da água para a agricultura e abastecimento do público, produção de energia eléctrica, regularização de caudais e prática de desportos náuticos (turismo). Contudo, dá-se a retenção de sedimentos o que afecta o equilíbrio na orla costeira, a interrupção de rotas migratórias de alguns peixes e a alteração de ecossistemas. - Construção em zonas de leito de cheia, aumentando o risco da ocorrência de cheias nessas áreas ocupadas indevidamente, devido à impermeabilização dos solos e à ocupação do espaço que seria ocupado pela água em épocas de cheia. - Remoção de inertes do fundo dos rios (areias), alterando a dinâmica das correntes.

Zonas costeiras: Como resultado da acção do mar nas faixas costeiras, podem considerar-se as formas de erosão e as formas de deposição.

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Formas de erosão – resultantes do desgaste (abrasão marinha) provocado pelo impacto dos movimentos das águas do mar sobre a costa. Os seus efeitos são notórios em costas altas e escarpadas, designadas por arribas. Plataforma de abrasão – superfície constituída por detritos que, devido ao impacto do mar, caem e que se acumulam nas zonas mais baixas. “A zona de contacto entre o espaço terrestre e o espaço marítimo constitui um bem único e frágil.” Formas de deposição – os materiais ao se depositarem podem constituir formas diversas, tais como, praias, restingas, baías, tômbolos, lagunas, ou ilhas-barreira.

Factores de risco: - avanço das águas do mar; - diminuição da sedimentação; - acção abrasiva do mar; - grandes intervenções na faixa litoral; - ocupação antrópica de zonas da orla marítima. Obras de intervenção na faixa litoral: - esporões, construções perpendiculares à linha de costa (molho – esporão de maiores dimensões construído junto à costa); - paredões, construções paralelas aderentes à linha de costa; - quebra-mares, construções paralelas destacadas da linha de costa. Estas construções resolvem os problemas num determinado local e agravam-no noutros, provocando a necessidade de novas intervenções.

Zonas de vertente: A erosão das vertentes é fundamentalmente causado por: Erosão hídrica – provocada essencialmente pela água das chuvas – pelas águas de escorrência. Movimentos em massa – deslocamentos, em zonas de vertente, de grandes volumes de materiais, de solo ou de substrato rochoso.

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Factores condicionantes: - gravidade (forças de resistência que se opõem ao movimento) (escorregamentos - lentamente, avalanches - brutamente, creeping – grão a grão) - inclinação do terreno - teor de água - tipo de rocha - variações de temperatura Factores desencadeantes: - precipitação elevada - acção humana - sismos - tempestades Medidas de intervenção para controlar as zonas de vertente: - construção de muros de suporte - construção de pregagens - colocação de redes - plantação de vegetação de crescimento rápido - colocação de tubagem de drenagem da água que se acumula nos solos - monitorização de situações de risco