1 plano ensino tga pub 2011.1 (mauricio serafim)

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO E SÓCIO-ECONÔMICAS – ESAG PLANO DE ENSINO I. IDENTIFICAÇÃO Curso: Administração Pública Departamento: Departamento de Administração Pública Disciplina: Teoria Geral da Administração Pública Código: TGAP Carga horária: 72 horas Período letivo: 2011.1 Termo: Professor: Mauricio C. Serafim E-mail/msn: [email protected] Horário de atendimento: terças-feiras 14h30 às15h30 II. EMENTA Escolas do pensamento administrativo público. Heranças intelectuais e políticas. Tradições do estudo de administração pública: administração pública antiga, gerencialista, novo serviço público e coprodução de serviços públicos. Administração democrática e foco em política pública. Dicotomias: entre política e administração, entre teoria e prática, autonomia e responsabilidade, eficiência e responsividade, entre fato e valor. Administração dos valores publicamente definidos (eficiência, bem comum, democracia, justiça etc.). III. OBJETIVOS (1) Conhecer as principais teorias de Administração Pública. (2) Relacioná-las à realidade político-cultural nos três poderes e níveis de governo. (3) Adequá-las às organizações dos três setores (público, privado e terceiro). IV. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Unidade I: Introdução - Teoria e modelos na administração pública - Organizações modernas - O que é teoria da administração Unidade II: Administração versus política - Primórdios da teoria da administração pública - Dicotomia entre política e administração - Influência persistente da dicotomia - Adoção de técnicas da gestão de negócios - Abordagens científicas à gestão - Eficiência: a medida-chave do sucesso Unidade III: Abordagem clássica - Administração científica de Taylor - Teoria clássica de Fayol - Fordismo - Burocracia Unidade IV: Abordagem humanística - Teorias transitivas: Follet e Barnard - Escola de relações humanas: Mayo e a experiência de Hawthorne 1

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINACENTRO DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO

E SÓCIO-ECONÔMICAS – ESAG

PLANO DE ENSINO

I. IDENTIFICAÇÃOCurso: Administração PúblicaDepartamento: Departamento de Administração PúblicaDisciplina: Teoria Geral da Administração Pública Código: TGAPCarga horária: 72 horas Período letivo: 2011.1 Termo: 2ºProfessor: Mauricio C. SerafimE-mail/msn: [email protected] Horário de atendimento: terças-feiras 14h30 às15h30

II. EMENTA

Escolas do pensamento administrativo público. Heranças intelectuais e políticas. Tradições do estudo de administração pública: administração pública antiga, gerencialista, novo serviço público e coprodução de serviços públicos. Administração democrática e foco em política pública. Dicotomias: entre política e administração, entre teoria e prática, autonomia e responsabilidade, eficiência e responsividade, entre fato e valor. Administração dos valores publicamente definidos (eficiência, bem comum, democracia, justiça etc.).

III. OBJETIVOS

(1) Conhecer as principais teorias de Administração Pública.(2) Relacioná-las à realidade político-cultural nos três poderes e níveis de governo.(3) Adequá-las às organizações dos três setores (público, privado e terceiro).

IV. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Unidade I: Introdução- Teoria e modelos na administração pública- Organizações modernas- O que é teoria da administração

Unidade II: Administração versus política- Primórdios da teoria da administração pública- Dicotomia entre política e administração- Influência persistente da dicotomia- Adoção de técnicas da gestão de negócios- Abordagens científicas à gestão- Eficiência: a medida-chave do sucesso

Unidade III: Abordagem clássica- Administração científica de Taylor- Teoria clássica de Fayol- Fordismo- Burocracia

Unidade IV: Abordagem humanística- Teorias transitivas: Follet e Barnard- Escola de relações humanas: Mayo e a experiência de Hawthorne- Decorrências da Escola de relações humanas

Unidade V: Abordagem comportamentalista- Motivação - Modelo racional de administração- Processos decisórios nas organizações

Unidade VI: Abordagem neoclássica da administração- O retorno da teoria clássica- Peter Drucker: a prática administrativa e a administração por objetivos

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Unidade VII: Administração e política- Waldo e sua crítica a Wilson- A nova administração pública (NAP)- Pluralismo versus elitismo: Mills e Dahl- Desenvolvimento da orientação pela política pública- Responsividade na política pública- Eficácia na política pública- A descoberta da implementação de políticas- Poder nas organizações

Unidade VIII: Abordagem estruturalista- Estruturalismo e os tipos de organizações- Organização como sistema- O homem organizacional

Unidade IX: Abordagens sistêmica e contingencial- Teoria geral dos sistemas e a perspectiva sociotécnica das organizações- Teoria da contingência: as organizações e sua relação com o ambiente

Unidade X: Interfaces entre Administração pública e Economia- Teoria da opção racional (rational choice): contratos e a teoria da agência- Teoria da dependência de recursos- Teoria dos custos de transação- Instituições e a nova economia institucional- Teoria dos jogos

Unidade XI: A Nova Gestão Pública- O esgotamento do modelo de intervenção estatal- Empreendedorismo no setor público: Osborne e Gaebler- A adoção da nova gestão pública no Brasil- Limitações da nova gestão pública

Unidade XI: O Novo Serviço Público- Crítica ao modelo racional- Administração pública e novo serviço público: a proposta de Denhardt- Governança democrática em rede

V. METODOLOGIA DE ENSINO

No desenvolvimento da programação são utilizadas diversas técnicas de ensino dentre as quais se destacam: aulas expositivas e dialogadas com apoio de textos, slides e seminários. Também são utilizados casos, bem como exercícios individuais e em grupo. São utilizadas diversas leituras como fator de estímulo ao aprendizado. A metodologia utilizada enfatiza a participação ativa dos alunos nas aulas.

IV. SISTEMA DE AVALIAÇÃO

A avaliação será feita a partir de provas escritas e o trabalho integrado na seguinte proporção: Avaliação 1 (prova 1): 25% Avaliação 2 (prova 2): 25% Avaliação 3 (prova 3): 25% Trabalho integrado: 25%

Informações sobre realização de Prova de 2ª Chamada

A Resolução nº 018/2004-CONSEPE regulamenta o processo de realização de provas de segunda chamada.

Segundo esta resolução, o aluno que deixar de comparecer a qualquer das avaliações nas datas fixadas pelos professores, poderá solicitar segunda chamada de provas na Secretaria Acadêmica através de requerimento por ele assinado, pagamento de taxa e respectivos comprovantes, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados a partir da data de realização de cada prova, sendo aceitos pedidos, devidamente comprovados, motivados por:I - problema de saúde, devidamente comprovado, que justifique a ausência;

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II - doença de caráter infecto-contagiosa, impeditiva do comparecimento, comprovada por atestado médico reconhecido na forma da lei constando o Código Internacional de Doenças (CID);III - ter sido vítima de ação involuntária provocada por terceiros;IV - manobras ou exercícios militares comprovados por documento da respectiva unidade militar;V - luto, comprovado pelo respectivo atestado de óbito, por parentes em linha reta (pais, avós, filhos e netos), colaterais até o segundo grau (irmãos e tios), cônjuge ou companheiro(a);VI - convocação, coincidente em horário, para depoimento judicial ou policial, ou para eleições em entidades oficiais, devidamente comprovada por declaração da autoridade competente;VII - impedimentos gerados por atividades previstas e autorizadas pela coordenação do respectivo curso ou instância hierárquica superior;VIII - direitos outorgados por lei;IX - coincidência de horários de exames finais, fixados por edital próprio;X – convocação para competições oficiais representando a UDESC, o Município, o Estado ou o País.

Leia a resolução na integra na página da Secretaria dos Conselhos: http://secon.udesc.br/ (ou acesse aqui)

V. BIBLIOGRAFIA

Básica:

ANDRADE, Rui Otávio B.; AMBONI, Nério. Teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

DENHARDT, Robert B. Theories of Public Organization. 6th ed. Belmont, CA: Thomson/Wadsworth, 2011. (TOP). Traduzido para fins didáticos por Francisco Gabriel Heidemann.

MOTTA, Fernando C. P.; VASCONCELOS, Isabella F. G. Teoria geral da administração. 3. ed. rev. São Paulo: Thomson Learning, 2006.

Complementar:

BARNARD, Chester I. As funções do executivo. São Paulo: Editora Atlas, 1971.

BOUDON, Raymond; BOURRICAUD, François. Dicionário crítico de sociologia. São Paulo: Editora Ática, 2000.

CAMPOS, Edmundo. Sociologia da burocracia. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1976.

CARAVANTES, Geraldo R. Teoria geral da administração. Porto Alegre: Editora AGE, 1998.

CLEGG, S. R; HARDY, C.; NORD, W. R. Handbook de estudos organizacionais. São Paulo: Atlas, 1999. v. 1.

DAHL, Robert A. Um prefácio à democracia econômica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1990.

DAHL, Robert A. Poliarquia: participação e oposição. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1997.

DAHL, Robert A. Sobre a democracia. Brasília: Editora UnB, 2001.

DRUCKER, Peter F. A prática de administração de empresas. São Paulo: Pioneira, 1981.

DRUCKER, Peter F. A eficiência empresarial. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1986. (Coleção Harvard de Administração).

DRUCKER, Peter F. O melhor de Peter Drucker: obra completa. São Paulo: Nobel, 2001.

DRUCKER, Peter F. 50 casos reais de administração. São Paulo: Cengage Learning, 2010.

FAYOL, Henri. Administração industrial e geral. São Paulo, Atlas, 1981.

GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4a ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.

HEIDEMANN, Francisco G.; SALM, José Francisco. Políticas públicas e desenvolvimento: bases epistemológicas e modelos de análise. Brasília: Editora UnB, 2009.

KISSLER, Leo; HEIDEMANN, Francisco G. Governança pública: novo modelo regulatório para as relações entre Estado, mercado e sociedade? Revista de Administração Pública, v. 40, n. 3, pp. 479-99, 2006.

LOBATO, Monteiro. Henry Ford. In: _____. Conferências, artigos e crônicas. Rio de Janeiro: Globo, 2010. Disponível em <http://goo.gl/zoFhw>. Acessado em 18.02.2011.

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MAGALHÃES JR., R. O conto da vida burocrática. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1960.

MATIAS-PEREIRA, José. Curso de administração pública. São Paulo: Atlas, 2008.

MILLS, C. Wright. A nova classe média. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1976.

MILLS, C. Wright. A elite no poder. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981.

MOTTA, Fernando C. P. Teoria das organizações: evolução e crítica. 2 ed. São Paulo: Pioneira, 2003.

OSBORNE, David; GAEBLER, Ted. Reinventando o governo: como o espírito empreendedor está transformando o setor público. Brasília: MH Comunicação, 1995.

RIBEIRO, Renato Janine. A democracia. São Paulo: Publifolha, 2002. (Folha Explica).

RAMOS, Alberto Guerreiro. Administração e estratégia do desenvolvimento: elementos de uma sociologia especial da administração. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1966.

SHAFRITZ, Jay M.; HYDE, Albert C.; PARKES, Sandra J. (eds.). Classics of Public Administration. Belmont, Cal.: Wadsworth/Thomson Learning, 2004.

SIMON, Herbert. A. Comportamento administrativo: estudo dos processos decisórios nas organizações administrativas. 2a.ed. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1965.

STARLING, Grover. Managing the public setor. 6th ed. Orlando, FL: Harcourt, 2002.

TAYLOR, Frederick W. Princípios de administração científica. São Paulo: Atlas, 2006.

WALDO, Dwight. O estudo da administração pública. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1964.

WALDO, Dwight. Problemas e aspectos da administração pública. São Paulo: Pioneira, 1966.

WILSON, Woodrow. Estudo da administração (1887). In: WALDO, Dwight. Problemas e aspectos da administração pública. São Paulo: Pioneira, 1966.

Revistas:Revista do Serviço Público – ENAP/Brasília.Revista de Administração Pública – FGV/Rio.Cadernos EBAPE.BR – FGV/Rio.Revista de Administração – USP/São Paulo.Revista de Administração de Empresas – RAE/FGV/São Paulo.Revista de Administração Contemporânea – ANPAD. Revista Organizações & Sociedade – UFBAPublic Administration Review – PAR/Washington. (Portal da Capes)Administrative Science Quarterly – ASQ/Cornell Univ.-NY (Portal Capes)

IMPORTANTE!

Critérios gerais de avaliação: Freqüência regular: a não permanência em sala durante todo o período das aulas implicará em presença

parcial. Não serão aceitas entradas e saídas sistemáticas da sala durante as aulas sem motivo justificável. Em apresentações de trabalhos: todos os integrantes do grupo deverão participar ativamente da apresentação. Em trabalhos apresentados por escrito: lógica na escrita, clareza conceitual, correta ortografia, cumprimento às

normas de elaboração de trabalhos acadêmicos (ABNT). Propõe-se estabelecer um ambiente de respeito, bom relacionamento interpessoal entre todos os envolvidos

na disciplina: alunos e professor. Para tanto, são requisitos fundamentais demonstrar maturidade e postura ética, de responsabilidade e compromisso com a própria aprendizagem.

Para o bom desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem: Permanecer com o telefone celular desligado durante toda a aula. Não utilizar laptops, tablets ou equipamentos do gênero durante toda a aula. Cumprir os prazos determinados para entrega de trabalhos. Trabalhos nos quais se constatar evidência de cópias de outros trabalhos, livros ou da internet, sem a devida e

correta menção às fontes, serão desconsiderados e não poderão ser refeitos.

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