1 programas de preparação para a aposentadoria : um desafio atual à responsabilidade social das...

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Programas de Preparação para a Aposentadoria :

um Desafio Atual à Responsabilidade Social das Organizações

Francisco Sobreira Netto

Ilha Solteira / SP2009

unespII Congresso de Preparação Para a

Aposentadoria

2PPA – Desafio à Responsabilidade Social das Organizações

Problema O que se entende por PPAs? Qual a sua relação com os conceitos de RS no campo

das org.? Como as empresas estão se comportando diante

desses programas? Como se pode medir o grau de adesão e implantação

dos PPAs nas org. preocupadas com a RS?

Objetivo Responder as estas questões...


Continuidade do Trabalho

Discussões globais recentes: Assembléias Mundiais da ONU sobre envelhecimento da população de Viena-1982 e Madri-2002 – formas dos aposentados participarem ativamente da vida comunitária das nações, com benefícios à sociedade;

Recomendações para ações governamentais e empresariais contidas no Report of the Second World Assembly on Ageing – Madrid/2002;


Continuidade do Trabalho

Oficina Internacional do Trabalho – a OIT e as pessoas de idade avançada – 1992: facilitar a continuidade do trabalho de pessoas pré e pós-aposentadoria. Duas recomendações:

1) Condições de trabalho: respeitar limitações físicas e psicológicas, e ritmo de trabalho – uso da experiência e conhecimento;

2) PPA: incentivar uma transição paulatina entre vida laboral e pós-aposentadoria; novas atividades junto às comunidades: educação, cultura, lazer, esportes, trabalhos manuais, filantropia, etc.


Moragas (1991) propõe atividades ocupacionais pós-aposentadoria, de desenvolvimento:

psíquico: com objetivo na auto-realização e na criatividade – ex: artes manuais, pintura, escultura, desenho, fotografia, restauração de obras de arte; social: com objetivo nas relações em grupo – ex: participação em associações, clubes, centros recreativos, grupos de intercâmbios, grupos religiosos, grupos familiares; recreativo: com objetivo de lazer e descanso – ex: cinema, música, teatro, dança, jogos, viagens, grupos de excursões; físico: com objetivo de manter a forma física – ex: ginástica, natação, caminhadas, futebol, basquetebol, voleibol, atividades físicas em geral; educacional e cultural: com objetivo no desenvolvimento intelectual e social – ex: participação em cursos, seminários, conferências, pesquisas acadêmicas, grupos de estudo, universidades da Terceira Idade; do meio ambiente: com objetivo no contato e preservação da natureza – ex: cursos, palestras, trabalhos de jardinagem, hortas, pomares, cultivo de flores, combate à poluição; ideológico-político: com objetivo na manutenção e no desenvolvimento do bem comum – ex: participação política em geral, assessoria, ações de cidadania e respeito aos direitos dos indivíduos, fiscalização de órgãos públicos e ações de governo; social e comunitário: com objetivo na colaboração de todos em prol da comunidade – ex: participação em organizações sociais públicas ou privadas, organizações sem fins lucrativos, trabalhos voluntários, gestão de projetos sociais.


PPA – Breve histórico

Primeiros registros: década de 50, nos EUA, com foco na prestação de informações sobre sistemas de aposentadorias e pensões. Após, foram agregados novos conteúdos;

No Brasil, iniciativas no final dos anos 70 (ditadura e tensão entre empresários e sindicatos geravam desconfiança), refreamento na década de 90 (instabilidade econômica, privatizações, incentivo à aposentadoria, enxugamento de org.) e retomada no novo milênio.

Até 1994 não existia política para velhice. Antes, só ações assistenciais em favor dos idosos e iniciativas privadas para idosos carentes;


PPA – Breve histórico

Após CF 88, surgiram a Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (1993) e a Política Nacional do Idoso – PNI (1994);

Efeitos da falta de preparação traduzem-se na brusca redução da qualidade de vida do inativo, gerando doenças e até a morte;

Art 28 do Estatuto do Idoso (2003): prevê a criação de programas de “profissionalização especializada para idosos, aproveitando potenciais e habilidades para atividades regulares e remuneradas”

No Brasil, a partir de 2003, trata-se de movimento consolidado e crescente nas empresas de grande porte, rumo à educação e capacitação na PPA.

8PPA – Desafio à Responsabilidade Social das

Organizações

PPA – Principais Características

Aposentadoria – traz idéias contraditórias: Antes: liberdade, realizações e desobrigações Depois: nostalgia, saudade, enfado

Se algo penoso libertação do sofrimento Se algo gratificante problema

Estudo: 16.827 gregos, durante 12 anos – quem se aposentou mais cedo apresentou taxa de mortalidade 51% mais alta do que aqueles que continuaram trabalhando.



Victorelli (2007): um PPA deve contribuir para que:

Ex: Blue Zones – Okinawa (Japão), Golfo Nicoya (C. Rica), Sardenha (Itália), Loma Linda (EUA) – não uso de alimentos processados; atividades físicas normais; valor à vida, à espiritualidade ou religiosidade; projeto maior de vida.

as pessoas construam o seu próprio projeto de vida; reflitam e discutam sobre as maneiras de usar o tempo livre após o

desligamento; se informem sobre as regras e leis que regem o sistema previdenciário; melhorem sua qualidade de vida e participem de atividades ligadas à saúde, ao

lazer e a interação social.



Processo educativo, continuado, interligado a planejamento de vida;

Para o bom andamento do programa, a empresa deve viabilizar:

a concessão de recursos humanos e materiais; a realização de pesquisas preliminares para se detectar as principais

necessidades do público-alvo; a formação de uma equipe multidisciplinar de profissionais para coordenar e

implantar o programa; a participação de outros aposentados que desenvolveram experiências positivas

pós-aposentadoria; a participação de familiares próximos no processo de transição do empregado

que se encontra prestes a se desligar.



Motivos do alto índice de óbitos pós-aposentadoria nos 2 a 3 anos: perda de identidade (parte dela ligada ao nome ou cultura da org.), falta de convívio social, sensação de inutilidade, falta perspectiva futura;

Preparar funcionário com palestras de profissionais de diversas áreas com relato de suas experiências pós-aposentadoria;

Proporcionar, pelo autoconhecimento, possibilidade de elaboração de projeto de vida com gama considerável de opções para o futuro;



Inclusão no programa os membros da família – problemas dentro de casa e

Combate ao desestímulo inconsciente dos novos com o tratamento dispensado aqueles prestes a se desligar;

Problemas inusitados: aposentados entre 40 e 50 anos podem adquirir vícios pelo ócio improdutivo (dependências de fumo, álcool, bingo, medicamentos);



Exercício de atividades em outro emprego formal (ME), autônomo, consultor, negócio próprio, franquia;

Noções sobre atitudes pós saída da org. e aposentadoria empreendedora ganham relevância;

PPA deve começar pelo menos 3 anos antes do desligamento;

PPA deve incluir identificação de habilidades e capacidades, armas de combate ao estresse e gerenciamento eficaz do tempo;

Novo círculo de convivência: net living (convivência) x net work (trabalho);



Entraves: principalmente financeiros (instabilidade e estagnação econômica, enxugamentos de quadros por fusões, novas tecnologias, impossibilidade de mensuração dos ganhos com PPA);

Org. que demonstram maior interesse: já equacionaram questões previdenciárias e assistenciais e acreditam que a educação para aposentadoria faz parte da RS;

Boa PPA, ética e transparente, mantêm a lealdade e comprometimento até o último dia e auto-estima positiva;

Autoestima elevada reduz problemas psicológicos, médicos, depressão, estresse, hipertensão, com ganhos para as org.;



Funcionário com visão futura e bem resolvido quanto à atividade pós aposentadoria trabalhará sem traumas na formação do sucessor e transmissão de conhecimento aos substitutos;

Riscos de aposentado ir para concorrentes ou levar segredos profissionais diminuem significativamente;

Curiosidade: funcionários com habilidades manuais ou especializadas são mais valorizados que executivos e gestores no reingresso ao mercado de trabalho;



Três pilares básicos a pensar:

psicológico: o executivo, gerente ou chefe de seção terá de se acostumar com a idéia de que não irá mais comandar um grupo de pessoas, não será mais responsável pela empresa, não terá que se preocupar mais com faturamento e vendas. Deve se preparar psicologicamente para esta nova realidade, em que estas demandas não existirão mais;

atividades futuras: o aposentado deve pensar no seu perfil de trabalho, fazer análise de suas características pessoais, habilidades, preferências, para descobrir o que irá fazer depois. Pode se associar a ONGs, entidades assistenciais, igrejas, entidades filantrópicas, etc.;

financeiro: se este aspecto não estiver bem equacionado, dificilmente o aposentado conseguirá realizar as outras coisas. É fundamental o planejamento financeiro, saber o quanto vai gastar do momento do desligamento para frente e fazer uma análise de expectativa de vida.



Dois conceitos recentes: aposentadoria ativa - maximizar as oportunidades de

êxito profissional e pessoal pós desligamento – sentido da vida e novos desafios;

envelhecimento ativo – Organização Mundial de Saúde - OMS define como o processo em busca do bem estar físico-mental-social, participação e segurança com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas. Manter a autonomia e independência no processo de envelhecimento é meta fundamental;


RS – Principais Conceitos

NBR 16001:2004, Instituto Ethos (2007) e FNQ (2006): RS é a “atuação que se define pela relação ética e

transparente da organização com todos os públicos com os quais ela se relaciona, estando voltada para o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais como parte integrante da estratégia da organização”.


Responsabilidade Social – atributos conceituais comuns

Atributo Conceito Compromisso RS envolve o compromisso em gerenciar o seu papel na sociedade, com seus sócios,

empregados, mercado, clientes e cidadãos, de maneira sustentável e responsável. Este compromisso pode incluir um conjunto de princípios voluntários, buscando que as organizações promovam impactos positivos na comunidade a que pertencem

Requisitos Legais RS são ações que vão além das obrigações requeridas por lei Discurso e Prática RS é reconhecer suas responsabilidades com seus stakeholders, agindo para aperfeiçoar

estas relações, não buscando apenas ter boa visibilidade de ações Sustentabilidade A organização, em sua efetiva prática de ações com foco na RS, deve encontrar o

equilíbrio entre os fatores econômicos, ambientais e sociais, conciliando as expectativas e demandas dos seus stakeholders, de maneira a gerar valores sustentáveis ao longo de sua cadeia de influência

Integração com stakeholders

A ação socioambiental da organização deve estar alinhada com a integração e com o diálogo entre os stakeholders


PPA e a RS nas organizações

Nos EUA e Europa é cada vez maior nº de fundos de investimento formados por ações de empresas com conceitos de RS;

Índice Sustainability Index – Dow Jones: dá ênfase à necessidade de integração dos fatores econômicos, sociais, ambientais nas estratégias de negócio das empresas;



Normas e Padrões certificáveis relacionados à RS:

SA8000 (Relações de Trabalho)

AA1000 (Diálogo com Stakeholders)

ABNT-NBR 16001:2004 (Sistema de Gestão da Responsabilidade Social)

Diretrizes da OCDE para Empresas Multinacionais

Princípios Básicos de Responsabilidade Social – ABRAPP

Indicadores Ethos

Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE)/Bovespa.



Em 2000, a ONU convidou dirigentes de org., trabalhadores e sociedade civil para apoiar novos princípios universais em direitos humanos, trabalho e meio ambiente;

Surge o Pacto Mundial – Agenda Global Compact, derivado da Declaração Universal de Direitos Humanos; da Declaração de Princípios da OIT; da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento;



Agenda Global Compact: 6 de 10 princípios universais se relacionam com a gestão do público interno nas org.:

1. As empresas devem apoiar e respeitar a proteção dos direitos humanos; 2. Assegurar-se de sua não participação em violações destes direitos; 3. Apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à

negociação coletiva; 4. Apoiar a eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou compulsório; 5. Apoiar a erradicação efetiva do trabalho infantil; 6. Apoiar a igualdade de remuneração e a eliminação da discriminação no

emprego.



Para fortalecer o movimento da RS no Brasil, o Instituto Ethos concebeu um rol de indicadores como instrumento de avaliação para org. e reforço da tomada de consciência de dirigentes públicos, empresários e sociedade brasileira;

Indicadores de RS: “ferramenta de auto-diagnóstico cuja principal finalidade é auxiliar as organizações a gerenciarem os impactos sociais e ambientais decorrentes de suas atividades”.



Objetivo Indicadores Ethos: mobilizar org. para a RS, com ferramenta de gestão de caráter holístico e melhorar a qualidade de relatórios e balanços sociais, ao servir como sistema de avaliação do estágio em que se encontram as práticas de RS nas empresas;

Calculados a partir de dados, obtidos por questionários, classificados em temas, subtemas e índices propriamente ditos;



Indicadores Ethos - Temas:

1. Valores, Transparência e Governança; 2. Público Interno; 3. Meio Ambiente; 4. Fornecedores; 5. Consumidores e Clientes; 6. Comunidade; 7. Governo e Sociedade.



Público Interno: empresa RS não se limita a respeitar direitos dos funcionários contido na legislação trabalhista ou padrões OIT.

Faz mais, investindo no desenvolvimento pessoal e profissional de funcionários, melhoria das condições de trabalho e firmeza de relação com seus empregados;

Respeito às culturas locais, relacionamento ético e responsável com minorias e instituições que os representem.



Subtemas e indicadores de RS – Público Interno

Diálogo e Participação Respeito ao Indivíduo Trabalho Decente Relações com Sindicatos Compromisso com o futuro das

crianças Política de Remuneração, Benefícios e Carreira

Gestão Participativa Compromisso com o Desenvolvimento Infantil

Cuidados com Saúde, Segurança e Condições de Trabalho

Valorização da Diversidade Compromisso com o Desenvolvimento Profissional e Empregabilidade

Compromisso com a Não-Discriminação e Promoção da Equidade Racial

Comportamento nas Demissões

Compromisso com a Promoção da Equidade de Gênero

Preparação para a Aposentadoria

Relações com Trabalhadores Terceirizados



Estágio de RS – Indicador PPA

Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Estágio 4 Oferece informações básicas quanto à obtenção da aposentadoria.

Orienta e oferece assessoramento regular quanto a modificações na legislação, alternativas e procedimentos administrativos necessários para a obtenção da aposentadoria.

Desenvolve atividades sistemáticas de orientação (coletiva e individual), aconselhamento e preparação para a aposentadoria, discutindo seus aspectos psicológicos e de planejamento financeiro.

Além de possuir programa sistemático de preparação interna, oferece oportunidades de aproveitamento da capacidade de trabalho dos aposentados.

Não vemos aplicação disso em nossa empresa Não havíamos tratado antes desse assunto



Informações adicionais do Indicador PPA:

A empresa SIM NÃO 1.Oferece programa de previdência complementar a todos os seus empregados

2.Envolve familiares dos empregados no processo de preparação para a aposentadoria 3.Participa da elaboração de políticas públicas com foco em idosos

4.Participa ou apóia programas e campanhas públicas ou privadas de valorização dos idosos Ano 2007 2008 2009 5.N° de empregados que participaram do programa de preparação para a aposentadoria 6.N° de lideranças e chefias treinadas quanto à questão do impacto emocional da aposentadoria e importância da preparação do empregado


Pesquisa Relatada - NUPEGSA. Indústria de grande porte, MG, maioria trabalhadores

casados, com filhos, 2° grau completo, homens, trabalho em minas – VALE DO RIO DOCE.

B. Setor de serviços de telecomunicações, MG, trabalhadores solteiros, sem filhos, jovens, universitários, pouco tempo de casa – TELEMIG.

C. Setor alimentício para mercado interno e externo, MG - ITAMBÉ.

D. Setor metalúrgico, multinacional, Brasil e exterior, funcionários sindicalizados - ARCELOR MITTAL.

E. Serviços de engenharia e tecnologia, Brasil e exterior, atuação no setor público e privado - PROMON.


Pesquisa Relatada – NUPEGS – Evolução da Compatibilidade

1° Nível – aproximação entre os princípios de RS firmados pelas empresas e a prática percebida por trabalhadores, sindicalistas e gestores;

2° Nível – alguma coerência entre as percepções; 3° Nível – menor consistência entre o discurso e a prática.

Empresa Setor N° Total Funcs

Ouvidos Empresa se insere PPA Nível Funcs Sinds Gestor Ethos G.Comp. Melhor

A Ind. Minério

2919 X X X X X - 1°

B Serv. Telecom.

1272 X - X X X - 3°

C Ind. Aliment.

650 X X X X - - 3°

D Ind. Metalurg.

1236 X X X X X - 3°

E Serv. Engª

641 X - X - - X 2°


Pesquisa Relatada – NUPEGS – PPA por empresa

Preparação para Aposentadoria

A %

B %

C %

D %

E %

Q A empresa possui PPA? Sim Não Não Não Sim 1 A empresa oferece informações sobre aposentadoria aos

funcionários? 94,3 46,8 52,3 31,2 70,0

2 A empresa orienta os funcionários sobre mudanças na lei da aposentadoria?

84,0 17,7 42,3 37,0% 70,0

3 A empresa aconselha os empregados sobre aspectos psicológicos e de planejamento financeiro para a aposentadoria?

85,7 25,8 23,2 - 44,0

4 A empresa oferece oportunidades de trabalho voluntário para os aposentados na comunidade?

31,8 16,1 20,4 - 31,0

Q Nível de Evolução da Compatibilidade das Percepções 1° 3° 3° 3° 2° OBS: Os funcionários que informaram que suas empresas não possuem PPA, disseram que participam de Programas de Previdência Complementar.


Pesquisa Relatada – NUPEGS – PPA Geral

Preparação para Aposentadoria Sim %

Não %

Não Sei %

Não Resp.

% 1 A empresa oferece informações sobre aposentadoria aos

funcionários? 88,5 6,9 2,3 1,1

2 A empresa orienta os funcionários sobre mudanças na lei da aposentadoria?

70,1 18,4 5,7 3,4

3 A empresa aconselha os empregados sobre aspectos psicológicos e de planejamento financeiro para a aposentadoria?

88,5 9,2 1,1 1,1

4 A empresa oferece oportunidades de trabalho voluntário para os aposentados na comunidade?

41,4 28,7 26,4 2,3


Pesquisa Relatada – AFPESP

Assessoria Técnica da AFPESP – Não existem PPAs 1 Participar de grupos de estudos de novas alternativas de viver no período pós-trabalho; 2 Cuidar sempre da aparência; 3 Preparar-se espiritualmente; 4 Descobrir projetos que o realizem como cidadão; 5 Participar de atividades comunitárias; 6 Dar atenção à saúde; 7 Não guardar dinheiro e deixar os problemas dos filhos e netos para que eles próprios resolvam. Fonte: Jornal da AFPESP – Junho/2008.


Considerações Finais – Pesquisa HSBC/Oxford

Aumento da longevidade dos povos; Avanços das ciências humanas, médicas e

tecnológicas; Conclusões da pesquisa HSBC/Oxford corroboram a

preocupação das org. em preparar pessoas e famílias para nova etapa de vida de sua força de trabalho;

Busca do auto-desenvolvimento pessoal e profissional contínuo;

Emancipação do ser humano das org. ditas eminentemente produtivas;


Considerações Finais Relatório Anual HSBC e Oxford Institute of Ageing (2008):

as pessoas mais velhas estão colaborando com bilhões de dólares para a economia mundial em trabalho voluntário; no mundo todo, as pessoas nos 60 anos e mesmo as nos 70, que estão em trabalhos remunerados, colaboram com suas comunidades e suas economias por meio de seu trabalho e do pagamento de tributos; há mais idosos dando dinheiro, apoio e assistência aos cônjuges, filhos e amigos do que recebendo; há evidências de que muitos que se aposentaram antecipadamente se arrependeram e as gerações subseqüentes estão mais resistentes aos programas de incentivos à aposentadoria precoce; em todas as economias, entre as pessoas que ainda trabalham e que esperam continuar trabalhando em vez de se aposentarem antecipadamente, 71% responderam que é porque querem continuar trabalhando e se sentirem úteis; apesar de todas as mudanças que afetaram o conceito e a natureza da família, a maioria das pessoas acredita que as famílias deveriam ser responsáveis por seus membros aposentados.

38PPA – Desafio à Responsabilidade Social das

Organizações

Considerações Finais

PPA surgiu como tema significativamente importante quando se fala em RS nas org.;

PPA: incipiente, porém crescente, nas economias de transição e desenvolvimento, e grande avanço nas desenvolvidas;

Entraves por oscilações de ordem econômica, política e social não tiram da pauta as discussões em foruns nacionais e internacionais sobre a continuidade do trabalho;



PPA já é incluído no planejamento estratégico e gerencial das organizações. Já é questão de sobrevivência das orgs.;

Conceitos como aposentadoria ativa e envelhecimento ativo são assimilados com mais naturalidade;

A sustentabilidade da sociedade e a preservação de recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, e o respeito às diversidades e diminuição das desigualdades sociais devem fazer parte das estratégias de todas as empresas;



A análise, a avaliação e o acompanhamento das ações de RS devem ser feitos pelas empresas em conjunto com todos os stakeholders envolvidos;

Nada mais pragmático e objetivo do que a concepção e aplicação de indicadores de processos e de resultados, a fim de que as ações gozem de transparência e estejam sujeitas a correções e ajustes ao longo do tempo.



Não se tem conhecimento de relatos estatísticos ou dados recentes do universo de empresas brasileiras que possuem algum tipo de PPA;

As experiências brasileiras também necessitam de registros em que se possa não apenas observar uma situação pontual, mas de continuidade, com destaque para os pontos fortes dos programas e oportunidades de melhoria.



O que se conhece no rol de notícias esparsas em periódicos e em sites da Internet, sujeitas à verificação de veracidade e consistência, é que surpreendentemente, são as empresas públicas as que mais mencionam iniciativas de PPAs, tais como universidades, prefeituras municipais, tribunais ligados ao poder judiciário, secretarias de governos estaduais e empresas estatais do governo federal brasileiro.


Considerações Finais - Experiências diversas

Universidade Federal de SC Unicamp PUC-RS Universidade Federal do PA Universidade Federal de GO UnaTi – UERJ Universidade Estadual Ciências Saúde AL Universidade Católica de GO Universidade de Brasília



Com um mapeamento qualitativo e quantitativo do que acontece com os empregados prestes a se aposentar e dos já aposentados, e de como as org. estão agindo e reagindo às demandas ditadas pelos aspectos da RS e a implantação de PPA nas org., certamente as análises e avaliações dos aspectos aqui apresentados poderão evoluir.

A discussão sobre o tema e as experiências dele decorrentes encontram-se em aberto.

45Programas de Preparação para a Aposentadoria :

um Desafio Atual à Responsabilidade Social das Organizações

OBRIGADO!!!

Francisco – [email protected]

DÚVIDAS?? MUITAS ...

mailto:[email protected]

1 programas de preparação para a aposentadoria : um desafio atual à responsabilidade social das...

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