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Pierre Monnet Comunicações Extraterrestres Relatos Inéditos de Contatos Alienígenas Tradução Luca Albuquerque

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Pierre Monnet

Comunicações Extraterrestres

Relatos Inéditos de Contatos Alienígenas

Tradução

Luca Albuquerque

Título original:

Contacts D´Outre espace

Copyright 1994 Amrita Éditions

Dedico inicialmente este livro a J. C. de N,, um ser maravilhoso a quem amo bastante e cujos laços afetivos recíprocos vão além de qualquer expressão conhecida até hoje; um amor fora do comum, que não precisa de nenhuma base material para existir e manifestar-se...

Dedico-o igualmente a todos os homens e mulheres de boa vontade, que compreenderam que só o amor prodigaliza a vida... a verdadeira...

A ti, ser humano transbordante de amor e afeição, que não podes exteriorizar nem comunicar-te com o homem agressivo que representa a maioria que cerca o ambiente em

que vives. Neste meio, tu se sentes isolado, sem poder levá-lo a compreender que tu o amas e que gostaria de ensiná-lo a amar novamente.

Dedico ainda estas páginas aos presentes e futuros cavaleiros da Ordem da Cavalaria da Estrela de Prata, que depositam e continuarão depositando em mim confiança na missão que me determinaram os extraterrestres que entram em contato comigo desde 1951.

Pierre Monnet

Índice

PREFÁCIO ................................................................................................................................................... 7

Apresentação do Editor Francês ................................................................................................................. 11

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 13

A MEUS LEITORES ................................................................................................................................. 17

Primeira Parte Primeiros Encontros .......................................................................................................... 25

1951 – Meu primeiro contato físico com quatro seres humanos vindos de além espaço ......................... 27

Em face das portas do insólito .................................................................................................................... 39

A extraordinária presença de certas proteções ao longo da minha vida ..................................................... 51

O veículo do contactado usado pelos extraterrestres durante dez minutos a 110 quilômetros horários ..... 57

As atribulações de um contactado na França .............................................................................................. 63

Segunda Parte Os Contatos ....................................................................................................................... 77

Os extraterrestres que me contatam ............................................................................................................ 79

Eles me deram a prova de que estão entre nós ........................................................................................... 91

No interior da nave ..................................................................................................................................... 95

Eu viajei em torno do sistema de Vega ...................................................................................................... 99

A conjuração mundial e as declarações de alguns cientistas .................................................................... 109

As declarações dos cosmonautas .............................................................................................................. 119

O chefe de estado que conversou com cinco extraterrestres – Os contactados e os diferentes tipos de contatos ...................................................................................... 125

Viajantes do futuro e do passado .............................................................................................................. 137

Algumas respostas às cartas de meus leitores........................................................................................... 141

Terceira Parte As Mensagens .................................................................................................................. 159

Quarta Parte Ensinamentos e Iniciação ................................................................................................... 191

O tempo não existe ................................................................................................................................... 193

Algumas páginas de uma história antiquíssima ........................................................................................ 199

As civilizações dos tempos antigos até as glaciações terrestres ............................................................... 201

Como os terráqueos transformaram a verdade ......................................................................................... 207

A destruição de nosso mundo ................................................................................................................... 209

O homem, o céu, as religiões e a Terra .................................................................................................... 213

As ondas-pensamentos ............................................................................................................................. 217

Para que possamos nos juntar aos extraterrestres ..................................................................................... 221

Algumas indicações para os pesquisadores .............................................................................................. 225

Do amor à décima potência ...................................................................................................................... 233

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PREFÁCIO

Com esta obra, Pierre Monnet toma a feliz iniciativa de completar o relato de sua prodigiosa odisséia espacial desde o seu re-encontro com extraterrestres, seres dotados de supertecnologia e de poderes psíquicos de ordem superior, semelhantes, por assim dizer, aos dos grandes iniciados da Antiguidade, cujo último entre eles (last but not least) foi o iniciador da era cristã atual.

Ainda que pareça espantoso ou absurdo aos olhos do leitor profano, este livro deve ser lido e meditado em todos os seus detalhes. Com efeito, cada elemento é importante e imbrica-se num quebra-cabeça complexo capaz de colocar-nos na pista de nossos insólitos viajantes espaciais.

Por um lado, minha longa experiência na matéria (GEPA)1, bem como os conhecimentos que adquiri a partir de informações e depoimentos dignos de fé, autorizam-me a confirmar sua autenticidade; por outro lado, minhas entrevistas aprofundadas com Pierre Monnet permitem-me testemunhar em favor de sua perfeita probidade intelectual, assim como de sua boa fé, e solicitar para ele um posicionamento favorável por parte do leitor – principalmente porque o autor teve a idéia, ao mesmo tempo judiciosa e original, de incorporar ao relato as observações e declarações de cosmonautas americanos e russos, cujo equilíbrio mental não poderia ser posto em dúvida. Aliás, sem precisar 1 Em francês: Groupement d´Etude dês Phénomènes Aériens et Spatiaux (Grupo de Estudos de Fenômenos Aéreos e Espaciais) (N. do T.)

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remontar aos tempos bíblicos, a história do nosso mundo até os dias atuais acha-se repleta de exemplos incontestáveis de reiterados contatos entre os visitantes do espaço e os habitantes do nosso planeta2. O aparecimento dos OVNIs constitui por si mesmo o maior enigma dos tempos modernos, e eu penso na companhia do ufólogo Guy Tarade, que os contatos com os seus pilotos serão o sinal de uma explosão psicológica que abalará os fundamentos filosóficos e religiosos de nosso velho mundo.

Não raro, porém, por ocasião de contatos do terceiro grau, os próprios contactados recusam-se a divulgar sua inacreditável aventura por medo de serem ridicularizados e marginalizados, sem falar que, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, os governos e seus poderes públicos tudo fizeram para ocultar os fatos e sufocá-los sob o peso da ignorância e da má fé. Estes últimos chegaram a criar pseudo-organismos de estudo do fenômeno, que, a exemplo dos “buracos negros galácticos”, onde a luz desaparece sem retorno, não ofereceram quaisquer dados concretos, a não ser informações sistematicamente preocupadas em ridicularizar e desacreditar depoimentos e contactados.

Ao oferecer aos leitores privilegiados sua extraordinária aventura, Pierre Monnet apresenta um esclarecimento novo e revelador, para não dizer “iniciático”, ao mesmo tempo em que cobre um vasto campo de investigação. Com efeito, o próprio lugar em que se desenrola o seu contato parece uma permanente pista de aterrissagem3, uma região do nosso globo onde os extraterrestres realizam missões que ainda não compreendemos e a cujo respeito o autor faz revelações-chave.

De minha modesta parte, espero que meus colegas cientistas e os pesquisadores autênticos não bloqueados por estruturas universitárias ultrapassadas concentrem sua abertura de espírito sobre a “referência grande ângulo”, com vistas a uma investigação profunda sobre esta tecnologia de sonho de que dispõem os extraterrestres desde a noite

2 Jacques Vallée em Autres Dimensions, Editions Robert Laffont, 1989. 3 Ver Phénomènes Spatiaux, no. 9, 3º trimestre, 1966, p. 10: “Valensole serait-il um haut lieu de tourisme insolite?” (O caso de Maurice Masse, 1965.)

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dos tempos e minuciosamente descrita por Frank Seully4, a qual lhes permite “brincar de carniça” com a constante de Plank combinada com o espaço-tempo, e aniquilar, ao fazê-lo, nosso soberbo raciocínio cartesiano.

Henri Perret Doutor em Engenharia

Premiado pela Academia das Ciências Prêmio Edouard Belin 1968

N.B: Em todos os casos de contatos do terceiro grau de que temos conhecimento, ficou mais ou menos claro que eles não eram fortuitos NE devidos ao acaso, mas sempre “programados” e determinados; os contactados ficavam como que “imantados” e dirigidos para pontos previamente determinados.

4 Frank Seully, Le mystère dês soucoupes volantes, Editions Delduca, 1951.

Apresentação do Editor Francês

Ao publicar um livro como o de Pierre Monnet, todo editor sabe muito bem o que terá pela frente: desdém, zombarias, insultos, intimidações e até mesmo ameaças.

Foi assim, com plena consciência, que as Editions Amrita resolveram dar a forma de livro àquilo que, faz algum tempo, esperava prudentemente sob a rubrica “manuscrito”.

Por que tal decisão? Porque às vezes é preciso ter a coragem de ir além de tudo quanto se faz “razoavelmente” e também porque temos a íntima convicção de que o depoimento de Pierre Monnet é perfeitamente autêntico.

Sem dúvida, é um trabalho que incomoda, que chega a irritar, mas tem em compensação a espontaneidade da experiência vivida... e o recuo de uma experiência fora do comum que já vai para mais de quarenta anos.

Pierre Monnet não é um escritor. Ele mesmo vive repetindo isso, mas o seu relato tem a força do coração, o coração de um homem que sofreu, e ainda sofre a incompreensão dos seus semelhantes. O leitor o achará às vezes desajeitado, mas tivemos de conservá-lo assim, pois o seu depoimento nos coloca diante de um fenômeno e de uma tomada de consciência a que já não podemos fazer vista grossa.

O editor

INTRODUÇÃO

Não importa que livro é este... Ele foi escrito por um homem que teve contatos extraterrestres. O autor não faz outra coisa senão retransmitir a mensagem deles à nossa civilização.

Portanto, o ensinamento que esta obra contém é dedicado aos seres humanos de nosso planeta que procuram o caminho e a voz da verdade, pela reflexão simples e lógica sobre a natureza que os cerca e lhes “fala”, a fim de fazê-los compreender o respeito pelas leis propícias ao desenvolvimento de seu bem-estar e pela continuidade da vida na sabedoria universal.

As palavras e as frases contidas neste volume não são a obra de um escritor de ficção científica, de um religioso ou de um demente; apenas revelações de um ser que conhece por experiência certas coisas.

Esta obra explica como a iniciação de alguns homens puros foi deformada pelas religiões, que fizeram disso um mito com fins vilmente especulativos; o autor mostra o entrave assim feito à evolução normal da espécie humana, deformação que acabou por ocultar três quartos da verdade.

Ele relata com força e detalhes os dois contatos físicos que teve com os extraterrestres.

Sua maior parte representa a tradução decodificada em linguagem inteligível, e na língua original do autor, de algumas revelações que

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lhe fizeram os “galácticos” que o contatam.

O autor deixa igualmente claro que uma grande parcela deste livro permanece de difícil compreensão para ele e que não pode, portanto, desenvolver detalhes precisos nos planos científico, psicológico e ideológico; isto pela razão maior de que este volume foi redigido sob o impulso exterior dos seres que lhe transmitem “telepaticamente” as informações.

Assim como Georges Adamski (EUA), Howard Menger (EUA) e alguns outros contactados humanos de nosso planeta, Pierre Monnet assimilou as informações e as mensagens recebidas dos representantes de uma civilização extraterrestre muito mais adiantada que a nossa... Transmitiu por sua vez essa soma de informações sem deformá-las, sem manchá-las com sua própria personalidade, sem filtrá-las através de suas imperfeições pessoais, convicções religiosas, políticas, etc. Ele retransmite a mensagem de modo cabal, claro e autêntico, tal como lhe foi pedido.

De 1951 a 1972, esse foi para Pierre Monnet um longo período de assimilação e de “tradução” reveladora das informações. Era preciso passar os ”impulsos telepáticos” recebidos para as palavras de nossa linguagem, até que chegou o momento (1972) em que ele pôde cumprir a promessa feita aos extraterrestres. Esses “irmãos galácticos”...

Com efeito, estes haviam dito ao seu contactado: “Fale, escreva... Faça saber quem somos e o que somos...”

Pierre Monnet pôs mãos à obra, guiado e influenciado por eles. Criticado, incompreendido, chamado de louco, lunático e até mesmo de trapaceiro, ele não recuou diante do dever de transmitir a mensagem. Ao risco de perder tudo – a mulher, os amigos, o emprego e a consideração alheia -, ele falou e escreveu. Apareceu várias vezes na televisão e no rádio em quase todos os países francófonos, onde também deu numerosas entrevistas coletivas, conferências secretas e públicas, durante as quais tentou reunir os humanos dispostos a amar, como seus “irmãos do alto” lhe tinham pedido,

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Com o seu primeiro livro5, as conferências, os programas de rádio e televisão, e a imprensa, Pierre Monnet, desde 1979, pôde dirigir-se a milhões de seres humanos.

Depois de certa desaceleração devida ao desencoraja-mento diante do homem que não ouve, o autor da presente obra retoma o cajado do peregrino e volta a partir em “cruzada”...

Malgrado os obstáculos que se erguem, Pierre Monnet assume a sua missão de informação pública, e, sobretudo a maravilhosa missão de amar e de ensinar o ser humano a amar novamente, a fim de evitar a catástrofe que nos espreita.

Espinhosa missão, realmente falar de amor ao homem do século XX, em meio a pensamentos, palavras e atos negativos baseados nas noções de violência, sexo, drogas, energia nuclear e dinheiro...

Pierre Monnet lança assim um novo apelo à humanidade inteira... Possa esse apelo ser ouvido, pois ele é maravilhoso de pureza. Esse apelo fala de Amor... Amor... Amor à décima potência! Pois o tempo urge...

P.M

5 Les Extra-terrestres m´ont dit...

A MEUS LEITORES

Não sou escritor. Não tenho, aliás, a intenção de me tornar um escritor, e isso por várias razões. Em primeiro lugar, a mediocridade de minha instrução escolar, que não me deixa exprimir-me de maneira muito “literária”. Falo e escrevo de modo simples e sem ornamento, utilizando apenas a linguagem do coração e da sinceridade. Outra razão é que não disponho de muito tempo e tenho realmente coisas e mais coisas para fazer. Além disso, estou sempre dando prova de negligência por não ser constante em meus trabalhos de escrita. Não sendo um intelectual, escrever é bastante fastidioso para mim. Enfim, não tenho a intenção de contar o que quer que seja apenas para cobrir folhas em branco e chegar, aos trancos e barrancos, ao número de páginas previsto para que os meus rabiscos se tornem um “verdadeiro livro”. Tudo o que o leitor tem diante dos olhos é, portanto, coisa vivida. Não enfeito nem invento nada.

Não! O leitor pode ficar tranqüilo. A obra que tem em mãos relata uma história autêntica, que retransmite uma certa iniciação recebida quando de meus contatos com os representantes de uma civilização extraterrestre originária de um sistema solar bastante conhecido dos astrônomos do mundo inteiro, já que se trata de Vega, estrela da constelação de Lira. Paralelamente aos meus contatos físicos, o leitor encontrará nesta obra os numerosos relatórios telepáticos que recebi de 1974 a 1981, sendo este último o ano em que essas informações vindas de “outro lugar” foram interrompidas para finalmente serem retomadas em 1984.

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Estas páginas guardam igualmente o relato de certa parte de minha vida insólita passada ao lado de minha mãe, que era médium. Aqui poderão ser encontrados os comentários mais ou menos humorísticos sobre os numerosos programas de rádio e de televisão e sobre as conferências que dei em quase todos os países francófonos.

O relato dessas pequenas conferências relaxará o leitor, mostrando que um verdadeiro contactado por extraterrestres não é forçosamente um indivíduo triste ou “sério”, mas um homem como todo mundo, que gosta de rir de suas aventuras terrestres. Deus sabe que a vida presente é curta e que precisamos saber aproveitá-la com alegria, amor e bom humor. As coisas mais importantes e mais graves devem ser ditas e feitas com serenidade, alegria e sorrisos.

Desde a publicação de meu primeiro livro (esgotado em 1979), recebi cartas do mundo inteiro, inclusive da antiga União Soviética. Fiquei feliz por ler mais de quarenta mil cartas, sentindo-me encorajado em prosseguir em minha “missão”. Para mitigar o fato de que não tenha podido responder senão a um milhar dessas cartas, escrevi nesta obra um longo capítulo onde respondo às questões mais recorrentes que me fizeram nessa gigantesca correspondência.

Em geral, o ser humano sabe ou não sabe de certas coisas essenciais que se acham recalcadas no mais profundo de si mesmo desde suas origens mais longínquas e mais misteriosas.

O saber hereditário adormecido no inconsciente transmite-se pelo código genético sem que o indivíduo possa suspeitar dessa transmissão. De acordo com o grau de evolução e de predisposição natural de cada um, o subconsciente intervém ativamente, fazendo ressurgir esse saber, permitindo assim compreender, crer e afirmar a autenticidade de certas revelações que lhe são feitas no decorrer de sua vida. Vejamos um exemplo pessoal, a fim de ilustrar o parágrafo anterior:

Com a idade de quatro ou cinco anos, ainda matriculado no maternal, eu observava meus colegas com bastante perplexidade. Durante as recreações, sentava-me num banco e pensava profundamente na

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imensidão do universo. Enquanto via meus colegas brincando, erguia os olhos para o céu e pensava: “Que fazem as outras consciências nos outros mundos?”

Sempre a propósito de meus colegas de escola, eu pensava também: “Porque costumam brincar de maneira tão desordenada, incoerente e agressiva? Eles não pensam. O cérebro deles está embaralhado. São cascas vazias.”

Esse modo de pensar para uma criança de quatro anos deve parecer ao leitor algo impossível!

Posso garantir que não estou inventando nada.

Pode-se atribuir essa angústia latente, essa nostalgia de um “outro lugar vivido”, a influxos intuitivos? Aos restos de memórias saídos de vidas anteriores? Nunca se saberá...

Sou um “pesquisador” que não sente a menor repugnância pela meditação. Durante toda a minha vida, apliquei-me a buscar o porquê das coisas e dos seres. Vejo-me agora recompensado. Nisso reside a verdadeira riqueza do homem: ter compreendido que esse prisioneiro das trevas que é o ser humano ainda não sabe se o quiser verdadeiramente, pode ser o mais rico do mundo pelo conhecimento interior. Pois o humano que descobriu e compreendeu o essencial da vida, a verdadeira vida, é mais rico que aquele que acumulou bens materiais...

Claro, isso não é nada fácil, e eu passei por muitos tormentos. Não se conquista o conhecimento sem duras penas. Precisamos inicialmente desembaraçar-nos do “velho homem” que está dentro de nós e aplicar esse saber essencial na vida de todos os dias.

Quando falo de conhecimento, não pretendo ter recebido a “ciência infusa”. Refiro-me, claro, a esse conhecimento universal latente que se acha impresso em todo ser e que, dependendo de nossa vontade, pode ressurgir das profundezas mais secretas das menores fibras do ser: o conhecimento do coração...

Trata-se realmente de reencontrar sua consciência cósmica; de

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compreender a verdadeira significação da vida e porque a perdemos tão tolamente. Pois o ser humano, em vez de progredir rumo às alturas de sua evolução original cósmica, rola pelos caminhos da inexistência. O homem retarda e anula a própria meta de sua vida, a ponto de não se lembrar mais que essa meta existe.

Se eu fosse um desequilibrado, um louco, não estaria em liberdade. Embora, diga-se de passagem, nem todos os loucos se encontram trancafiados... e a prova:

Livres se acham os loucos que atiçam milhões de homens contra outros milhões de homens em guerras abomináveis. Livres se acham os loucos que aceitam isso. Livres se acham os loucos que destroem a natureza que os faz viver. Livres se acham os loucos que inventam e mandam fabricar e ainda aqueles que aceitam a tarefa de fabricar as bombas de napalm, as bombas atômicas, as bombas de hidrogênio, as bombas bacteriológicas, a bomba de nêutrons, e tantos outros engenhos inventados para destruir toda a vida na superfície do globo.

Todos esses loucos se acham em liberdade!

Que se espera para reagir contra a loucura dos homens do planeta Terra?

Não faz muito ouvi de um escritor num programa de rádio: “Nenhum Deus será capaz de curar o homem de sua loucura; o homem não será verdadeiramente um homem senão quando for educado e iniciado por um ser superior.”

Encontrei esses seres superiores. São os galácticos que entram em contato comigo. Aliás, sempre estiveram em comunicação conosco e muitas vezes mudaram a orientação de nossas civilizações sucessivas ao longo do tempo. Mas quando se faz o cálculo do número de seres superiores que vieram educar e iniciar o homem em todos esses milênios, sem querer bancar o pessimista, penso que há motivos para alarme. Embora nada ainda esteja definitivamente perdido, já que eles voltaram em nossa época.

Alguns amigos, pois ainda tenho amigos, aconselharam-me a começar

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minha obra situando-me aos olhos dos leitores. Curvo-me de bom grado a essa convenção literária e aproveito a oportunidade para assinalar que minha situação social modesta não influiu em nada do que escrevo. Isso, a fim de acertar as coisas, desde o início, com os tortuosos psicólogos que quiserem dar-se o trabalho de demolir a veracidade de minhas palavras.

Situar-me... é o que farei da maneira mais breve possível, pois minha vida de “terráqueo” nada tem de extraordinário, a não ser que se possa dizer tal coisa sobre o fato de tê-la passado estudando o comportamento da sociedade humana em que me vejo inserido.

Sou filho de médium e por isso mesmo vivi, apesar de tudo, momentos pouco comuns para a maioria dos mortais. Este livro tem um capítulo especial a tal respeito.

Sou, portanto, filho de médium, proveniente de uma família de operários pobres, mas ligeiramente acima da média, e me sentia feliz nesse meio.

Deixei a escola aos quatorze anos (limite facultativo legal da época) para trabalhar numa vidraçaria aonde rapidamente cheguei a gravador de vidro. A arte de fazer vidro me atraía porque eu sempre tiver a inclinação por todas as formas de arte em que se pudesse dar vazão à criatividade. Infelizmente, fui obrigado a largar esse belo ofício para servir o Exército. Não o retomei mais. Mesmo porque, um pouco mais para frente, recebi “ordens do alto”. Fui, por assim dizer, orientado para uma missão bem precisa: visitar outros continentes, estudar de perto outros costumes, outras nações, outros homens. Além da duração legal do serviço militar, voltei a sentar praça três vezes; não por espírito militarista, mas para poder assumir minha “missão do alto”.

Com efeito, acho-me em contato latente com extraterrestres desde a idade de quatro anos, a partir de quando elem me deram sinais de sua existência. Aos 21, por ocasião de meu desligamento do Exército, eles me confiaram minha primeira missão de “observação” a fim de que eu conhecesse melhor meus congêneres terráqueos e a sociedade

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terráquea na qual eu tinha sido colocado. Além disso, antes do Exército cheguei a filiar-me a uma religião, a uma seita e a um partido político. Depois dessa “missão de estudo”, julgo saber o que é o homem da Terra.

Retornando à vida civil, “vegetei” enquanto exercia esse e aquele ofício para ganhar minha vida, depois me estabilizei numa profissão que me propiciou algum tempo para pensar e escrever, fora da confusão incoerente daquilo que o homem chama de vida. Aposentado desde 1º de Julho de 1992, pude finalmente ocupar-me com o presente manuscrito, cujo primeiro esboço data de 1985 e que agora posso burilar, corrigir e completar.

As diferentes profissões que exerci ao longo da vida nunca me atrapalharam. Os seres humanos com quem eu convivia é que me davam e me dão condições de meditar sobre o homem e sobre o que ele faz de sua vida.

Pouco a pouco, mudei de estado interior e, mesmo vivendo no meio dos homens, “afastei-me” dos seres humanos a fim de observá-los melhor, de apreciá-los melhor e amá-los dentro de sua justa medida.

Sempre me senti estimulado a buscar o conhecimento das verdades universais por meio de profundas reflexões.

O objetivo real da vida do ser humano sempre foi para mim um importante problema para o qual eu mesmo não pude encontrar solução satisfatória. Até o dia em que obtive uma resposta quando menos esperava, em julho de 1951, época do meu primeiro contato com extraterrestres.

Imagine o leitor minha surpresa: Pierre Monnet, contactado “do alto”... Que reviravolta!

Por que eu, que não sou nada? Meditei bastante sobre isso, e não pude atribuir tal privilégio se não a essa sede de conhecimento espiritual e cósmico que me acompanha e certo grau de mediunidade deixado por minha mãe, mediunidade graças à qual, acho eu, os extraterrestres puderam me contatar. Deverão existir outros critérios, que

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desconheço. Malgrado o caráter extraordinário de que se reveste meu “contato do terceiro grau”, quero reafirmar que esse primeiro contato e os outros eram bastante reais e não fruto de uma alucinação, como costumam alegar aqueles que não acreditam em OVNIs. Tenho comigo várias provas que me permitirão demonstrar cientificamente a verdade de minhas “aventuras cósmicas”. Meus escritos contêm (por menos que os cientistas saibam ler entre as linhas de alguns capítulos) sinais que falam por si mesmos, que os verdadeiros pesquisadores não deixarão de reconhecer à passagem, pois eles são de tal ordem científica, que nem o mais malicioso contador de histórias poderia inventar.

Que necessidade teria eu de simular? Só teria a perder montando uma farsa. Perder o que? Perguntaria o leitor. Ora, minha reputação como um sujeito sensato, meus amigos, meu emprego, minha mulher, e tantas outras coisas. Pois acabei arriscando tudo isso, e apesar da verdade contida em meus escritos, não pude evitar essas perdas...! Mas se assumi todos esses riscos sem nenhuma hesitação e sofri suas conseqüências, não creia o leitor que minha decisão de falar sobre os meus contatos com alienígenas foi tomada irrefletidamente.

Existe na vida pelo menos um instante em que se precisa saber escolher. Minha opção foi, portanto, retransmitir as informações e a mensagem de amor dos seres que me contatam. E eu sei em quem acreditei...

Se resolvi escrever este livro a partir dos meus encontros e contatos com seres vindos de outro lugar, isso se deve a que esse caso de “discos” é dos mais sérios e merece ser estudado. Os fatos são os seguintes:

Uma civilização extraterrestre bastante evoluída pretende entrar em contato com todos os terráqueos; ela tem coisas importantíssimas a nos dizer e ensinar.

O poder psíquico e técnico desses seres é simplesmente colossal. Não é menos verdade que tal poder é pacífico – posso assegurá-lo sem risco de erro, pois estou em contato com eles.

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Gostaria de render homenagem aos numerosos pesquisadores e escritores que freqüentemente estiveram muito perto da verdade sobre os OVNIs e seus ocupantes. Pesquisadores como Franck Edwards, J. Allen Hyneck, Von Danicken, Henri Durrant, Desmond Leslie, Jimmy Guieu, Guy Tarade, Brisley Le Poer Trench, James Chuchward, T. Lobsang Rampa, Jean Sendy, Jean-Gérard Dhomen, Robert Charroux, entre tantos outros que deixo de citar para não tornar a lista demasiadamente longa.

Primeira Parte

Primeiros Encontros

-

1951 –

Meu primeiro contato físico com quatro seres humanos vindos de

além espaço

Foi numa noite de Julho. Eu estava em Courthezón, uma cidadezinha da Provença, situada a dezoito quilômetros de Avignon. Achava-me no acostamento da antiga Nacional 7, que atravessa a cidade e contorna uma pracinha em cujo centro eleva-se uma fonte circular. Não longe dali, podia ver uma porta medieval onde se incrustava um pêndulo elétrico que marcava, no começo de minha aventura 1h30. Nesse período do ano, e por causa da época, o movimento de carros era relativamente intenso: vivia-se a estação turística, além da abertura do festival de Orange, minha cidade natal, situada a sete quilômetros dali.

A estrada entre Courthezón e Orange é reta a partir do primeiro quilômetro. Eu a percorria habitualmente em quinze ou vinte minutos, às vezes menos, de acordo com o meu humor e a minha coragem no momento. Nessa época, eu tinha apenas uma bicicleta. Fazia o percurso duas vezes por semana, nos mesmos dias e mais ou menos nas mesmas horas, para visitar minha noiva, com quem casei depois.

Preocupado em verificar meu desempenho entre a partida e a chegada, aonde quer que eu fosse, sempre regulava meu relógio de pulso com o

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relógio dos lugares em que me achava; tinha-se tornado um hábito. Os jovens estão sempre procurando superar sua própria marca, nem que seja para poder vangloriar-se junto aos amigos de que o recorde da véspera foi batido.

Nesse dia não foi diferente, e depois das verificações habituais, montei na bicicleta. As coisas, entretanto, tomaram outro rumo.

Tive a extraordinária surpresa de ser instantaneamente “tele-transportado” cinco quilômetros mais longe, sempre no acostamento da estrada Nacional 7, à entrada de uma vasta, sinuosa e profunda cascalheira. Eu conhecia o local, mas nunca tinha posto os pés ali. Ficava ao lado da estrada, a três ou quatro quilômetros de Orange. A distância da estrada à cascalheira podia ser de uns quinze metros, e entre as duas erguia-se um matagal, com arbustos de pouca importância.

Esse “tele-transporte” instantâneo me deixou atônito. Sentia meu cérebro vazio. Estava boquiaberto. Depois, à maneira de um homem vencido pelos acontecimentos, mas ainda assim consciente da realidade da situação e de mim mesmo, como se estivesse sendo arrastado por uma força irresistível, peguei a ladeira que descia uns dez metros na direção da cascalheira sinuosa. Ao chegar lá embaixo, no ponto mais fundo da cascalheira, não sei por quê, desmontei e continuei o caminho a pé, empurrando a bicicleta.

Sentia-me extremamente leve. Tinha a impressão de que meus pés não tocavam o solo. Estava muito calmo e descontraído, apesar do insólito da situação. Sentia-me como alguém que sabe que algo está para acontecer. Não experimentava qualquer sinal de cansaço. A emoção suspendia-me o fôlego, e meu coração batia mais rápido. Mas não estava com medo; ao contrário, experimentava dentro de mim certa paz.

Curiosamente, quanto mais prosseguia, maior era aquela impressão que a gente tem quando entra na água pela primeira vez; ou seja, uma leve opressão nos pulmões. E, coisa esquisita, de maneira progressiva os sons exteriores iam sumindo à medida que em penetrava mais na

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cascalheira, como se soubesse com precisão onde estava indo.

Numa pequena curva, uns sessenta metros diante de mim e atrás de um dos vários montes de areia que as escavadeiras tinham empilhado, percebi um clarão... Continuei me aproximando, e, a uns dez metros ou mais de distância, vi diante de mim, “flutuando”, pairando a mais de meio metro do chão, um disco em forma de lentilha, medindo cerca de vinte metros de diâmetro.

O disco era encimado por uma proeminência central em forma de cúpula. Da base ao cume, o engenho podia medir uns três metros de altura. Pulsava lentamente, irradiando uma cor “branco-azul prateada” iluminando com nitidez os paredões da cascalheira distantes uma dezena de metros. A irradiação parecia ter como fonte o próprio metal insólito de que parecia feito esse engenho extraordinário e de uma beleza fascinante. Emanava do disco um poder dificilmente concebível para quem não o viu com os próprios olhos.

O “metal” do disco parecia ao mesmo tempo material e imaterial, ou pelo menos guardava uma estrutura atômica interna constantemente em movimento. Quase uma coisa viva. Era a um tempo impressionante, inquietante e belo...

Lentamente, muito lentamente, aproximei-me dessa coisa que me atraía. Em seguida, quando já me achava bastante perto (a uns seis ou sete metros), percebi que um silencia total se estabelecera há muito em volta de mim. Não ouvia mais o barulho da circulação de automóveis na estrada, que não podia estar distante dali mais de cinqüenta metros. Não ouvia mais o canto dos pássaros noturnos e dos grilos, o som dos meus passos, nem o crepitar dos pneus da bicicleta no cascalho. Esse silêncio total me deu a impressão de que me haviam colocado dentro de uma redoma, completamente isolado. Eu só escutava o ruído de minha respiração, as batidas do coração e a circulação do sangue nas veias.

Apesar de tudo, sentia-me bem. Maravilhado pelo que estava vendo, eu continuava em frente. Muito calmo. Provavelmente muito fascinado pelo engenho, não me dei conta que ao lado dele e um

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pouco à frente achavam-se de pé quatro seres humanos não-terrestres. Vestiam uma roupa colante feita de um “tecido” flexível prateado e luminescente formado de “escamas”. A roupa iluminava o chão em volta num diâmetro de uns cinco metros.

Desviei-me um pouco para a direita ao percebê-los. Enquanto os examinava, avancei calmamente até ficar a uns três metros de distância desses quatro seres magníficos.

Não sentia mais meu corpo. Imóvel diante deles, deitei minha bicicleta no chão, perto de mim, e contemplei os quatro seres vivos de aspecto perfeitamente humano, embora não fossem de origem terrestre; isso eu sabia! Não me perguntem por quê; eu seria incapaz de dar uma resposta.

Eles estavam “descalços”, não usavam luvas nem qualquer capacete de respiração. Eram altos, atléticos. Podiam medir cerca de um metro e oitenta de altura (não me animei a medi-los de perto, eles poderiam ficar envergonhados... humm!). OS quatro eram parecidos. Bem proporcionado e de igual constituição, verdadeiras duplicatas. Seus cabelos eram ao mesmo tempo louros e brancos, descendo de maneira regular pelos ombros. O rosto era bonito e fino. Podiam ter cerca de trinta anos de idade. O olhar guardava um brilho, uma suavidade e uma franqueza que nunca vi entre nossos semelhantes, os terráqueos. Vendo que me aproximava, sorriram para mim. Eram tão delicados e tão belos, que na hora, à parte da ausência de seios (no sentido feminino do termo), nos primeiros segundos achei difícil determinar se pertenciam ao sexo feminino ou masculino. Mas, depois de alguma hesitação, não pude mais enganar-me quanto a isso: eram realmente “machos”. Irradiava-se deles uma impressão geral de grande força a um só tempo interior e exterior; eram talhados como atletas e sorriam, revelavam tranqüilidade, gentileza e bondade. Parecia habitá-los uma paz profunda. O aspecto simpático desses alienígenas era comunicativo; eu tinha vontade de me jogar nos braços deles, como se já os conhecesse há muito.

Em seguida, levantaram o braço direito em minha direção, horizontalmente, a palma da mão voltada para o alto. Fizeram esse

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movimento quase juntos e sempre no mais perfeito silêncio.

Essa atitude, no mínimo simpática, me deu confiança. Acabavam de fazer o mesmo gesto que faríamos para encorajar um visitante a entrar em nossa casa.

Entretanto, fiz um movimento de recuo, e um grande calafrio me percorreu dos pés À cabeça, pois eles tinham-se expressado em mim sem ter aberto a boca! Eu ouvia poderosamente seus pensamentos no interior de meu cérebro e de todo o meu ser! Algo de uma nitidez, de uma clareza extraordinária. Ao mesmo tempo, logo percebi que os pensamentos não se traduziam em palavras, eram antes como impulsos codificados misturados com imagens e conceitos profundos que me eram estranhos, embora familiares. Eles me faziam participar, pela primeira vez, de um processo de comunicação telepática a que não estava habituado e cujo “mecanismo” não compreendia; processo que, segundo eles, era a coisa mais natural do mundo, existente desde o começo dos tempos, mas que foi “esquecido” pelo homem de nosso planeta quando ele se afastou das leis universais. O “mecanismo” desse processo permitia, por assim dizer, uma superimpressão dos elementos fonéticos de meu vocabulário sobre os pensamentos emitidos por esses seres que eu não tardaria a qualificar de “maravilhosos”.

Mesmo admitindo que encontrássemos em nossa pobre linguagem as palavras precisas capazes de traduzir perfeitamente o que me foi “dito” (expressado é uma palavra mais adequada), a quantidade do que me revelaram, no exíguo espaço de uns vinte minutos, exigiria horas e mais horas para ser vertida na nossa linguagem. Horas? Calculo que levaríamos um ou dois anos para cada oito horas de discurso.

Encontro, por um lado, dificuldade para traduzir o que foi impresso em mim, por causa da pobreza de nosso vocabulário, e, por outro, julgo impossível dizer tudo na hora atual. Deixo ao leitor o cuidado de imaginar o número de volumes que eu precisaria escrever para que a retransmissão fosse realmente completa. Deveria esperar um “desbloqueamento lingüístico” ulterior? Confesso humildemente que

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por enquanto estou no máximo de minhas possibilidades, coisa que lamento bastante. Não se usaram palavras, mas algo como pensamentos e conceitos codificados, sob forma de impulsos para os quais não tenho encontrado os vocábulos certos senão de maneira muito lenta, com o passar dos anos; com exceção de algumas frases isoladas que pude traduzir instantaneamente, porque isso era necessário em tais ou quais situações urgentes quando de alguns contatos.

A tradução dos conceitos que foram registrados em mim no dia desse primeiro contato físico só começou a ser feita dois anos depois. Passo ao leitor algumas frases esparsas que pude compreender imediatamente no momento em que foram emitidas:

“Sentimos que você está com medo. Não tenha medo. Queremos o bem de todo ser vivo, sobretudo se ele não for violento.”

“Não se aproxime muito de nosso veículo; ele é perigoso para qualquer ser vivo que não se ache em sintonia com sua amplitude de ondas. As vibrações que ele emite destruiriam as células do seu corpo.”

Esta entrevista conosco poderá causar-lhe indisposições que influirão em sua saúde; você terá problemas nervosos durante algum tempo, mas isso passará. “Depois do que, nossa conversa se tornará mais clara e você poderá transmitir aos homens do planeta o que lhe dissemos.”

“Sabemos que vocês empregam a linguagem por intermédio da escrita. Se esta maneira lhe parece mais rápida, use-a, mas cuidado para não adotar os seus conceitos habituais; isso poderia deformar a nossa mensagem, tornando-a falsa.”

“Falamos longamente com você. Você levará muito tempo traduzindo, mas quando acabar, diga aos homens de seu planeta aquilo que lhe é permitido dizer.”

“Estamos aqui pelo bem dos homens desse planeta. Faça com que eles compreendam isso.”

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“Esta mensagem está registrada em você de maneira indelével. Saiba servir-se dela com prudência e ficaremos felizes com a sua colaboração.”

“Você não é o único do planeta que conversou conosco. Infelizmente, a maioria recusa-se a falar de nós, e os outros não são levados a sério pelos seus.”

“À medida que você for traduzindo, escreva e faça saber quem somos e o que somos.”

“Não tenha medo, mas seja prudente junto aos seus semelhantes ao falar de nós.”

“Nós o protegeremos da melhor maneira possível, desde que entre sempre em contato conosco do modo como lhe ensinamos.”

“A duração da sua vida não nos parede suficientemente longa. Por isso, propomos-lhe regenerar as células de seu corpo a fim de que você possa chegar aos 120 anos, pela contagem de vocês. É o máximo que podemos fazer por você. Faremos essa regeneração dentro de nosso veículo. Queira nos perdoar: julgamos necessário agir dessa forma. Você não se lembrará da operação.”

Os seres interromperam a emissão de pensamentos. Muito preocupado até ali em “recebê-los”, não tinha percebido que uma abertura se fizera na frente do domo. Podia dar passagem a dois homens. Lá dentro imperava uma luz branco-alaranjada que feria os olhos. Os quatro seres continuavam ali, à minha frente, sorridentes e silenciosos.

Foi então que, sem me despedir, peguei minha bicicleta, fiz meia volta e subi a pé até a estrada. Alcançando a Nacional 7, montei e pela segunda vez vi-me instantaneamente teletransportado à entrada da cidade de Orange, onde eu morava.

Instintivamente, consultei meu relógio e fiquei estupefato ao ver que ainda marcava 1h30. Ora, ora, meu relógio teria parado nesse meio tempo? Cartesiano e curioso como era, quis tirar a limpo aquilo tudo! Pedalando desta vez, percorri o quilômetro e meio que faltava para a prefeitura e pude constatar que o relógio do prédio e o meu marcavam

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1h35.

Desde o começo de minha aventura, posso assegurar ao leitor que me belisquei várias vezes para confirmar se não estava sonhando.

“Tudo aquilo era para mim uma coisa impensável! E além do mais não me lembrava do trajeto dos quase oito quilômetros; exatamente como se não os tivesse feito; não me achava cansado nem sem fôlego depois da “viagem”... Para piorar, não me dera conta de nada: o desfilar da paisagem, os faróis dos carros que habitualmente me incomodavam bastante, os pássaros noturnos, os grilos... Nada.

Eu devia naturalmente concluir: “O tempo material não tinha escoado...”, mas ainda duvidava. Em meu espírito, nada disso podia ser possível. Para convencer-me de que não estivera sonhando, eu precisava de provas! Diante do relógio da prefeitura, decidi refazer o trajeto Orange-Courthézon-Orange. Desta vez pedalando, pois não fui mais teletransportado (era bem prático). Chegando à porta medieval de Courthézon, comparei o pêndulo elétrico e meu relógio, ambos marcando 1h55. Voltei, portanto ao relógio na frente da prefeitura de Orange para constatar que ele e o meu marcavam 2h25. Verifiquei na ocasião que para o retorno a Orange eu tinha levado mais tempo, pois então sentia-me cansado. Sendo de natureza muito objetiva, a prova do tempo que não escoara não me bastava; era preciso outra coisa. Pois a aventura que tinha acabado de viver era muito fantástica para não ser simplesmente fruto de um sonho. Pensei então numa astúcia que consistiu no seguinte: para ter certeza de que não tinha sonhado, naquela noite (eu deveria dizer “naquela manhã”), entrando em casa, fiz barulho de propósito para acordar minha mãe e inventei um pretexto qualquer para justificar esse despertar intempestivo. Alimentava a secreta esperança de que no dia seguinte levaria uma bronca por ter acordado toda a casa. E foi o que aconteceu. Tinha, portanto “minha prova” de que não havia sonhado. Tudo que tinha acabado de experimentar – teletransporte, contato com extraterrestres, reteletransporte, e o tempo material que não tinha escoado – era de tal modo estupidificante, que eu precisava escorar-me em alguma coisa “palpável”. Todo mundo sabe a diferença, enorme, sob todos os pontos de vista, que existe entre o sonho e a realidade. O que me

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aconteceu não pode ser comparado a um sonho. E não acredito que os movimentos dos relógios sonhem!

Por muitos dias e longas noites de insônia, refleti com intensidade naquilo que realmente ocorrera comigo. Todo tipo de hipóteses veio-me naturalmente ao espírito:

Ter dormido na bicicleta ao longo daqueles oito quilômetros era impensável. Teria sido massacrado na estrada ou acordado num valão ou no hospital. De qualquer modo, há o “caso” do tempo que não transcorreu.

A amnésia momentânea, duas vezes seguidas; aí também há o “caso” do tempo que não transcorreu... e depois a memória completa da maior parte do contato com esses seres vindos de além-espaço, que permanece em meu espírito como se tivesse acontecido ontem. Só a hipótese da amnésia momentânea durante o trajeto podia ser eliminada,

Por ocasião das numerosas conferências que dei na época da publicação de meu primeiro livro, organizadas entre 1979 e 1981 por centros de pesquisas e institutos de parapsicologia, faziam-me não raro a seguinte pergunta: “Você sentiu que teria podido tocar os quatro seres à sua frente? Pareciam-lhe sólidos?” Eu respondia sempre que esses seres achavam-se realmente ali, diante de mim, em carne e osso.

Mas, refletindo melhor, e levando em conta o fantástico avanço científico que eu reconhecia neles, meu contato de 1951 poderia ter sido não mais que uma projeção tridimensional perfeita num certo espaço ambiente artificial e fora do tempo terrestre. Isso pode ter uma relação direta com o tempo que, para mim, não tinha escoado, pois meu corpo provavelmente fora projetado para fora do tempo terrestre, em outra dimensão vibratória, em um ponto determinado na superfície da Terra (o lugar de meu contato). Não sou cientista, e isso não passa de mera hipótese de explicação do tempo que se congelou enquanto eu vivia a minha aventura de contato do terceiro grau.

Sei que tal hipótese é perturbadora, mas ela nos coloca diante do poder psíquico e científico de que são dotados os seres cósmicos. Em

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nosso planeta relativamente subdesenvolvido, as pessoas têm dificuldade em acreditar nessas coisas, pois elas ultrapassam seu entendimento e as noções que lhes impingiu “a intelligentsia mundial”, fazendo-as considerar tudo isso pura “ficção científica”. Contudo, eu sei... que é muito grande o número de pesquisadores e estudiosos oficiais de nosso mundo que conhecem a verdade sobre os extraterrestres. Sim, nossos sábios oficiais tem as provas concretas e absolutas dessa realidade e sabem, como decorrência de poderosos cálculos de probabilidades matemáticas e técnicas, que, em algum lugar à nossa volta, a realidade vai muito além de toda a “ficção” que se pode encontrar nas livrarias...

Voltando ainda ao assunto de meu primeiro contato físico em 1951, no caso de uma projeção, mesmo em três dimensões (ou holograma), como teria sido possível recorrer a aparelhagens “fantasmas” para praticar em mim a regeneração celular de que me falaram? Devemos escolher:

Aterrissagem real.

Projeção real da matéria.

Projeção visual por intermédio de uma certa telepatia a distância. Mas nesse caso os seres não teriam podido praticar regeneração celular em mim no interior de sua nave espacial.

Meu caso de contato interessa muito aos “ufólogos” e aos céticos. Devo abrir para estes últimos um parêntese sobre dois parágrafos que dizem respeito à “conversa” com “meus” extraterrestres. Esses parágrafos retraçam dois pontos precisos de meu primeiro contato físico, pontos que não deixarão de ter interesse para os leitores “ufólogos” ou pesquisadores isolados que elegeram a tarefa de demolir a veracidade de meus contatos.

Com efeito, desde o começo da entrevista com os quatro magníficos seres que eu tinha á minha frente, eles me disseram:

“Não se aproxime muito de nosso veículo; ele é perigoso para qualquer ser vivo que não se ache em sintonia com sua amplitude de

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ondas. As vibrações que ele emite destruiriam as células do seu corpo...”

O leitor pode ainda ler mais adiante:

“...propomos-lhe regenerar as células de seu corpo, a fim de que você possa chegar aos 120 anos, pela contagem de vocês. (...) Faremos essa regeneração dentro de nosso veículo.”

Este parágrafo parece em flagrante contradição com o mencionado linhas atrás. Realmente:

Não posso aproximar-me do engenho sem correr o risco de morte.

Submeto-me à regeneração celular no próprio interior da nave.

O cético logo pensará que o suposto contactado se contradiz em seu relato, portanto tudo isso não passa de invenção.

E vocês, queridos leitores... O que pensam?

O homem de espírito aberto dirá: “Nossos cosmonautas começam a viajar no espaço. Em breve sairão do sistema solar e irão certamente mais além na galáxia. Não podemos ser os únicos humanos no cosmo. Então, o que sabemos nós das possibilidades científicas de eventuais ‘extraterrestres’ que nos visitariam?”

Quanto aos próprios contactados (em número de setecentos mil), eles não pensam nada.

No que diz respeito, a aventura que vivi e tantas outras que ainda vivo pareceram-me absolutamente normais e lógicas; uma normalidade e uma lógica que decorrem da colossal evolução de tudo o que vive, mexe-se e vibra no cosmo para assegurar a vida no espaço e no tempo.

Eu sou um dos numerosos contactados que existem na Terra e que viveram, mais ou menos bem, a maravilhosa experiência de um contato do terceiro grau com extraterrestres para os quais nada, absolutamente nada, é cientificamente impossível. Então, por que esses seres não teriam podido fazer-me entrar em sua nave sem qualquer risco para mim? Se eu tivesse me aventurado sozinho e sem

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precauções a uma certa proximidade do veículo, teria encontrado a morte! Daí a advertência que me fizeram. Eles disseram a mesma coisa a Moisés no dia em que este recebeu as tábuas da lei (escritas e recortadas a laser na própria nave). À luz da tecnologia atual, já não cabem dúvidas de que as visões de Ezequiel e as viagens aéreas de Elias e Enoque foram para cada um deles um contato importante com alienígenas, representando os “exércitos do Eterno”. Leiam o que se acha escrito na Bíblia:

Salmos 68-18: “Os carros de Deus são vinte milhares, milhares de milhares. O Senhor está entre eles...”

Isaías 13-5: “Já vem duma terra de longe, desde a extremidade do céu...”

Notemos, de passagem, que toda essa “gente” vinda do céu ganhou nomes como “arcanjos”, “anjos”, “querubins”, etc. Tenhamos em mente que “querubim” em hebreu quer dizer “cheio de saber”. De fato, os extraterrestres que nos visitam através de “carros de fogo”, discos voadores e outras naves espaciais, são “cheios de saber”. Em todo caso, no que diz respeito aos que me contatam, eles tem mais de quinze mil anos de avanço científico e tecnológico sobre nós.

Os seres galácticos que encontrei várias vezes em pessoa contatam-me freqüentemente desde 1974, mas não os vejo mais; os contatos são unicamente telepáticos. Não posso duvidar da realidade dessas comunicações à distância.

Tudo isso é, para mim, a aventura mais extraordinária que possa viver um habitante da Terra, malgrado os inconvenientes que tudo isso comporta em relação aos céticos em geral. Tenho, contudo, a esperança de que aquilo que vivi e afirmo venha a ser experimentado por outras pessoas, e em breve. Com efeito, alguma coisa começa a “mexer-se” entre os cientistas oficiais e a mídia.

Ainda que tenha a aparência de uma ficção científica, meu relato, que é autêntico, contém a promessa de um futuro melhor, muito próximo, para a humanidade.

Em face das portas do insólito

Nunca deixei de me perguntar por que fui escolhido para ser contactado. A palavra “escolhido”, aliás, não me convém; dá a idéia de alguma coisa ligada a seitas, religiões, gurus e fanatismo.

Por que eu?...

Recuando no tempo, ao longo de profundas reflexões sobre minha vida passada, por associação de idéias, acabei entendendo...

Este capítulo tenciona esclarecer o leitor sobre esse “por que eu?” Muitos correspondentes fizeram-me a seguinte pergunta: Quem era Pierre Monnet antes de seu primeiro contato? De fato, como já dei a entender, fui contactado desde a mais tenra infância, sem saber que era “isso”, contatos.

Tentarei, portanto, responder a essa pergunta sem, contudo, transgredir as leis do respeito de minha vida privada. Procuremos satisfazer o desejo que tem o leitor de me conhecer melhor.

Nasci em 27 de Junho de 1932, às 21h.

Por mais extraordinário que possa parecer, tornei-me filho único, embora sendo o quinto de seis irmãos, quase todos natimortos. Os outros morreram dias ou semanas depois de nascerem. Por que tantos falecimentos? Nunca ficou explicado, mas, de qualquer modo, a medicina na época não era o que é hoje. Ainda se morria de uma

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simples apendicite. Confesso que o fato de ter sobrevivido levou-me a fazer interrogações correlatas com minhas aventuras com extraterrestres; tal sobrevivência teria sido prevista “do alto”?...

Continuemos a deslocar-nos no tempo até os dias de hoje. Tudo isso se passou em duas casas geminadas que tinham acabado de ser construídas. Eu devia andar pelos meus sete ou oito anos. Meus pais, que não recuavam diante do trabalho duro para ganharem honestamente a vida, atarefavam-se, depois da passagem dos pedreiros, pintores, tapeceiros e vidraceiros, em limpar o chão das duas moradias, situadas exatamente do lado oeste do Arco do Triunfo de Orange.

Naquele dia, enquanto meus pais “penavam” no primeiro andar, eu brincava no jardim de uma das casas. Foi então que testemunhei um fenômeno insólito que me causou um grande pavor. Eu estava sentado junto a um muro, à sombra, pois fazia calor. Imóvel e compenetrado. Absorto por não sei que reflexão de criança, meu olhar fitava adiante um lagarto aquecendo-se ao Sol, completamente estirado sobre um tijolo esquecido numa mureta situada a cinco ou seis metros.

Fiquei apreciando o lagarto por um bom momento, quando subitamente ele pulou do tijolo. Em seguida, saiu correndo, como se alguma coisa o tivesse incomodado. Ao perder o réptil de vista, meus olhos deram com o tijolo onde ele estivera. Eu estava calmo e relaxado, e o tempo realmente estava muito quente.

Para meu espanto, vi então o tijolo erguer-se lentamente quase meio metro do chão. Ficou levitando durante dois ou três segundos, depois desceu para retomar o lugar exato que ocupava antes.

A estupefação e o medo foram tão grandes, que fiquei absolutamente bloqueado, imóvel, incapaz de soltar um grito. Os olhos presos no tijolo, meu medo só fazia aumentar. Um calafrio percorreu-me da cabeça aos pés, depois me levantei de um salto. Subi rapidamente até o andar onde meus pais trabalhavam. Atravessei o cômodo correndo, escorregando de bunda na espuma do sabão que minha mãe estava usando para a limpeza das janelas. Na passagem, derrubei um balde

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cheio de água suja e derrubei uma vassoura que veio cair em minha cabeça. Agarrei-me às pernas de mamãe. Chorava e gritava: “Mamãe, eu vi... Mamãe, eu vi... a pedra que voava sozinha. Mamãe, estou com medo, não quero mais brincar no jardim.”

Parece que eu estava pálido, e meus olhos nunca estiveram tão escancarados de pavor. Mamãe me consolou, prometendo explicar-me mais tarde o que tinha acontecido. Aparentemente, a situação que eu tinha acabado de viver não pareceu afetá-la de maneira especial. Mas ela só explicou aquilo alguns anos depois. Segundo ela, desse modo eu poderia entender melhor as coisas.

Na idade de seis ou oito anos, o fato de minha mãe ser “médium” não me dizia praticamente nada.

Não consigo recordar a época de minha vida em que ela me explicou que todos esses fenômenos seguiam-na por toda parte. Eu lhe disse: “Mas no dia em que aquilo me aconteceu, eu não estava com você. Então, porque coisas como o tijolo e tantas outras ocorrem sem que você esteja por perto, perto de mim? Ela me respondeu que isso acontecia porque eu era seu filho, carne de sua carne, que essas coisas se manifestavam, e aquilo não era tudo, eu ainda veria muitas outras...

Eu não sabia se devia regozijar-me pelo futuro que me aguardava ou, ao contrário... Com efeito, fui testemunha de muitos outros fenômenos paranormais com os quais acabei me familiarizando. Tínhamos muitas moradias na comunidade de Orange. Em cada uma delas ocorriam manifestações insólitas. As portas abriam-se sozinhas, como para dar passagem a uma pessoa. Páginas de livros viravam sozinhas diante dos olhos de minha mãe, que não fazia o menor gesto para ler certas obras. Eram em geral obras que tratavam de amor universal ou de fraternidade humana. Nessa época, eu ainda não tinha aberto nenhum desses livros, mas conhecia-lhes o conteúdo pelos títulos que aparecia quando um deles arrastava-se na mesa.

Mamãe lia muito. Suas leituras eram instrutivas e tratavam de tudo o que chamamos de parapsicologia. Ela lia livros sobre “a vida depois da morte” (já se falava nisso) ou que tivessem relação com os

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fenômenos de levitação, hipnose, estados catalépticos das pessoas hipnotizadas, fenômenos de aparição de “fantasmas” ou ectoplasmas, comunicação pelo espírito com os desaparecidos... Em suma, leituras ricas de ensinamentos que não me interessavam nem um pouquinho e que eu não entendia muito bem.

Para azar de mamãe, nada disso me atraía. Eu a escutava porque ela era a minha mãe e porque meu pequeno cérebro de criança pensava que essas coisas realmente existiam, mas não queria interessar-me por elas e menos ainda manipulá-las, pois isso ia além do meu entendimento e me causava um pouco de medo. Algo como o medo de alguém que se encontrasse sozinho numa floresta em noite de tempestade. Mas também um medo respeitoso das coisas desconhecidas, que, apesar de tudo, eu queria sufocar.

Entretanto, eu contrapunha a esse medo do desconhecido o espírito cartesiano, que diz: “Só acreditarei realmente quando puder verificar e tocar com o dedo.”

Uma noite, ainda nessa jovem idade, quando realmente sentia que minha mãe resolvera comigo mesma iniciar-me em todos esses “mistérios”, ouvi-a dizendo-me o seguinte: “Você não deve temer a morte, pois depois dela você voltará à Terra para viver uma nova vida no corpo de outra criança. Isso acontecerá numerosas vezes.”

Nessa noite, ela me explicou todo o processo da reencarnação e suas conseqüências. Eu não compreendia nada, mas estava interessado; aquilo não entrava muito bem na minha cabeça, mas me seduzia. Sentia haver certa lógica... Durante essa “iniciação”, ela fazia-me conhecer um Deus diferente, bem mais agradável e humano do que aquele que me era descrito nas aulas de catecismo.

Escrevo à medida que as recordações acorrem-me ao espírito, e uma delas ficou intensamente gravada:

Era noite de inverno. Morávamos no terceiro andar de um velho imóvel de Orange. Lá fora nevava e ouviam-se os passos surdos de alguns raros transeuntes perdidos naquela hora tardia. Meia-noite e meia. Na cozinha familiar, onde eu dormia numa cama encostada

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contra a parede, fazia uma quentura gostosa. Minha mãe lia até tarde, como sempre, sobretudo nessa estação. Ela tinha os pés sobre a porta aberta do compartimento de serviço de nossa velha cozinheira. Lá dentro havia dois ferros de passar, alguns pedaços de lixa, alguns panos e... Kai-Kai. Tínhamos dado esse nome à nossa magnífica gata siamesa preta e branca, manchada de amarelo e ruço. Esse local era, portanto, sua residência de inverno. Tratava-se de uma gata muito inteligente, que conversava telepaticamente com minha mãe e às vezes comigo. Não ria, por favor! As personagens religiosas do Egito antigo veneravam o gato como símbolo do conhecimento e da espiritualidade. Esses animais, pelo que parece, correspondiam-se telepaticamente com os grandes iniciados para transmitir-lhes informações do além e de outros mundos. Por que não? Nós, gente supostamente civilizada, estamos longe de conhecer tudo...

Naquela noite, tudo estava tranqüilo dentro de casa. Só ouvíamos o ronronar da gata e o lento tique-taque do pêndulo de nosso velho relógio provençal. Kai-Kai tinha o hábito de seguir com uma expressão engraçada o balanço desse pesado disco de cobre. Eu me achava deitado, saboreando o ambiente calmo da vida em família quando fazia muito frio lá fora.

Em certo momento, mamãe descansou o livro sobre os joelhos e a gata deixou precipitadamente o seu abrigo. Nosso gentil felino colocou-se a pouco menos de um metro da parede, de frente para ela, olhando-a com insistência. Tinha as patas imóveis, o dorso erguido, o pêlo eriçado e os olhos quase fora das órbitas. Grunhia e respirava forte na direção da parede. Aparentemente não havia nada ali. Minha mãe dizia-me então: “Não tenha medo, é ‘fulano’, desaparecido há mais de dez anos, que vem nos fazer uma visita.” Depois dessas palavras, os olhos de minha mãe caíram no vazio e ela se pôs a conversar com o desaparecido invisível. Já estava começando a me acostumar com esse tipo de situação, mas posso assegurar-lhes que era uma coisa impressionante para um simples garoto. Passava-se manifestamente algo de invisível, mas ativo e muito real, considerando a atitude da gata, que devia realmente sentir e até mesmo “ver” a presença desse personagem insólito na casa. Minha mãe conversava com ele e, ainda

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por cima, falava de mim!

Para minha sorte, ela me informava progressivamente de todas essas coisas estranhas que podiam acontecer em qualquer tempo ou lugar, sobretudo nas horas calmas da noite. Habituei-me aos poucos a tais situações, e isso começou inclusive a se transformar num jogo; um jogo em que eu só queria ser espectador, sem ter parte ativa na experiência, como teria desejado minha mãe. Apesar de tudo, a atração pelo insólito que desapontava em mim era tingida por uma suspeita de temor. Isso não me impedia de brincar de detetive, pois uma parte de mim não queria ouvir que essas coisas extraordinárias pudessem realmente existir. Então, fiquei à espreita...

Os “desaparecidos” visitavam mamãe freqüentemente, e as “conversas” corriam bem entre eles. Tudo isso me intrigava, e eu me esforçava por achar uma trapaça qualquer que teria explicado todos esses fenômenos que iam além de meu entendimento. Por falta de sorte, o caçador de fantasmas em que eu me transformara nunca conseguiu descobrir o menor truque. Isso me deixou por muito tempo perplexo.

Por amor, mamãe passou grande parte de sua vida fazendo-me colocar o dedo nisso que o comum dos mortais chama de “o invisível”, “o insólito”, “o oculto”, coisas a que se fecham os ouvidos por medo supersticioso.

Enquanto viveu, ela sempre voltava à carga para explicar-me o que se passa “depois”. Apesar de minhas reticências em acreditar naquilo que me ultrapassava, ela não perdia a confiança e fazia o seu trabalho de formiga, estocando em meu subconsciente aquilo que supostamente eu viria a compreender mais tarde.

Foi assim que um dia ela me disse: “Tudo que lhe explico é importante e existe realmente. Quando o corpo morre, nosso verdadeiro ‘eu’ eleva-se e prepara-se para uma vida nova. Ao morrer, não fazemos outra coisa senão largar uma roupa que está nos incomodando porque se tornou inútil; pois somos imortais. No momento, ainda é difícil para você compreender isso, mas quando eu

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‘partir’ provarei o que estou dizendo hoje.”

Quando de seu falecimento, fiquei surpreso ao dar-me conta de que não estava triste e tudo isso era natural. Ao olhar o caixão onde ela supostamente se achava descansando, tive o sentimento profundo de que aquela caixa de madeira estava vazia... absolutamente vazia. E então compreendi que mamãe tinha-me iniciado para que eu aprendesse a não dar qualquer importância às coisas materiais. E tinha conseguido, porque efetivamente, eu não conferia nenhuma importância a nada que, desde o meu nascimento, tivesse aparência física. A fúnebre caixa de madeira estava, para mim, inteiramente vazia. Mamãe achava-se em outro lugar, que é ao mesmo tempo nosso passado, nosso presente e nosso futuro; daí a explicação, pelos meus amigos extraterrestres, da inexistência do tempo.

Um ano exato depois do falecimento de minha mãe, às três horas da manhã, levantei-me para trabalhar. Preparei café, estava contente e longe de pensar nela. EM certo momento, atravessei a cozinha e, num lugar preciso, experimentei em todo o corpo uma impressão de frio glacial. Entretanto, fazia calor no cômodo. Uma impressão de frio glacial num cômodo quente teria que me parecer anormal, mas não dei atenção especial a isso. Disse apenas para mim mesmo que era esquisito, só isso... Entrei numa despensa sob a escada para apanhar um salsichão e voltei à cozinha, para me ver cara a cara com a visão efetiva, nítida e precisa, embora levemente transparente à primeira abordagem, de minha mãe, de pé diante de mim, bem viva e sorridente, que me olhava. Essa visão de volume em três dimensões situava-se exatamente no lugar onde eu tinha experimentado a sensação de frio glacial. O senti medo; já fazia algum tempo que o insólito não me assustava. A aparição estava ligeiramente luminosa, quase cintilante. Mamãe estava vestida como de costume, radiante. Eu podia jurar que ela se achava viva, em carne e osso, não fosse o aspecto luminoso ligeiramente cintilante. Olhava-me com doçura e com aquele fiapo de malícia que havia em seu olhar e em seu sorriso. Pouco tempo depois da aparição, ouvi-lhe a voz em minha mente: “Eu lhe disse que provaria que depois não era o fim.” EM seguida, a visão perdeu rapidamente os contornos e desapareceu.

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Uma outra experiência insólita. Foi em 1941. Eu tinha nove anos e meio. Mamãe lia à mesa da cozinha. Eu estava sentado em minha mesa de trabalho. Como de hábito, por volta das dez horas da noite mamãe folheava livros, a gata ronronava em minha cama e nosso velho relógio provençal ritmava o silêncio.

Eu estava fazendo os deveres da escola para o dia seguinte. Tudo estava ali: livros, cadernos, tinteiro, régua e esquadro, borracha e apontador. Em minha mesa podia-se sentir o cheiro da sala de aula.

Estava sublinhando de tempos em tempos uma ou outra palavra e as frases de um texto que eu examinava com uma atenção especial.

Sem afastar os olhos do livro, estendi o braço direito para pegar a régua, quando senti sob a mão um objeto que não fazia parte do material da escola. Surpreso, sem coragem para levantar os olhos e ver afinal o que tinha tocado, tateei suavemente o objeto estranho, que se deixava enrolar em meus dedos. Ergui por fim a cabeça e vi na mão um objeto esférico, duro e leve. Parecia uma liga de alumínio, de cor prateada, fosca. Mas o mais insólito e mais impressionante ao mesmo tempo, era que o objeto emitia uma fonte de doce calor e uma ínfima vibração. Aquilo começava a me dar medo. Com a ajuda da imaginação, fiz a mim mesmo perguntas do tipo: de onde saiu esta esfera de metal, como apareceu ali de repente em minha mesa, e por quê?... Tantas perguntas, que faziam nascer em mim algum medo.

A verdade é que logo devolvi o objeto ao lugar onde aparecera morto de medo, sobretudo quando percebi que mamãe tinha deixado a mesa, indo deitar-se.

Decidi, portanto, corajosamente, tentar esquecer a situação e voltar aos meus deveres. Já não podia, porém fixar a atenção no trabalho; como evitar examinar o objeto misterioso com o canto dos olhos?

Depois, entre duas linhas de leitura, o objeto aproveitou para desaparecer, sem que eu tivesse notado. Procurei-o por toda a parte: embaixo dos livros, dos cadernos, em minha pasta que estava aberta junto à mesa. Procurei-o por todo o cômodo e não o achei.

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Continuei, portanto meu trabalho sem me ocupar mais do “caso”.

Ao cabo de meia hora, absorvido pelo estudo, já não pensava na esfera, e aconteceu-me repetir o gesto de estender o braço, tateando para pegar a régua. Tive dessa vez a surpresa de encontrar em minha mão não uma esfera, mas um cubo! Um cubo da mesma matéria, mesmo calor e mesmas vibrações que a esfera... Ergui então a cabeça para vê-lo, guardei-o na mão, senti-o realmente ali dentro, firme, quente e vibrante, e em seguida depositei-o sobre a mesa. Foi então que sob meus olhos, lentamente, ele apagou-se e desapareceu totalmente. Dessa vez senti menos medo, mas resolvi ir para a cama, porque aquilo já era demais!

Quem disse que eu conseguia pegar no sono? Nunca falei sobre isso a ninguém, pois era muito fantástico, e não acreditariam em mim.

Em julho de 1957, aos 25 anos de idade, eram seis e meia da manhã quando senti uma vontade irresistível de ir ao passeio público, onde tantas vezes brincara na infância e na adolescência.

Era uma manhã a um só tempo de primavera e verão. Os mesmos perfumes das árvores, os mesmos perfumes das flores que conhecera na infância exalavam por toda a parte. Não havia ninguém no jardim àquela hora. Eu estava sentado num banco, sentindo-me ótimo. Atirara a cabeça para trás, fechara os olhos e me deixara invadir pelos raios do Sol matinal. Ouvia os passarinhos cantando e, suavemente, lentamente, respirava o ar da manhã. Queria que aquele momento se eternizasse... Em seguida, pouco a pouco, percebi inicialmente de modo atenuado uma música; um canto de uma harmonia, de uma pureza e de uma perfeição que nunca tinha ouvido em minha vida. Essa música, essa sinfonia, parecia vir do alto e de toda parte ao mesmo tempo e até de dentro de mim. Isso me proporcionou uma paz e uma serenidade desconhecidas até então. Achava-me bem e não ousava mexer um cílio, com medo de que aquilo acabasse. Considerei que todas essas coisas estavam acontecendo por causa da minha presença ali, fora do mundo, sozinho com Deus, pois me surpreendi falando mentalmente com ele, agradecendo-lhe por me dar coisas deliciosas, por fazer-me experimentar essas sensações sublimes que

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pareciam regenerar-me, agradecendo-lhe pela oportunidade de estar em comunhão perfeita com a natureza, tão bela.

Ouvi um trinado no espaldar metálico do banco. Abri um olho, oh!... surpresa e alegria, um passarinho achava-se ali, a meio metro de meu rosto. Ele me olhava e parecia não ter medo. Retive a respiração, temendo que ele saísse dali voando.

A música harmoniosa que vinha de toda parte e de lugar nenhum aumentava de volume e me enchia inteiramente. Mais atento, abri os dois olhos, endireitei o torso; o pássaro voou. Pus-me de pé a fim de detectar o lugar de onde vinha a harmonia sublime e senti-me subitamente leve e feliz. As coisas à minha volta eram mais belas, mais luminosas e ligeiramente irisadas.

Para minha estupefação, vi que eu levitava suavemente e que não tinha qualquer medo desse fenômeno insólito. Via o azul do céu, que também se iluminava. Eu estava subindo, de pé, verticalmente. Ao cabo de um tempo, dei-me conta de que meus pés achavam-se à altura do cume das árvores, ou seja, quase dez ou quinze metros acima do solo. E ali, inesperadamente, ouvi no mais profundo de mim uma voz que me falava, dizendo-me “Bem aventurado filho da Terra... Eu o enchi com Meu espírito. Saiba servir-se dele e conservá-lo de verdade... Que assim seja.”

E foi tudo. Eu nunca tinha sentido uma felicidade tão grande como aquela. As lágrimas desceram; lágrimas de intensa alegria, pois eu sabia que o espírito de Deus tinha entrado em mim. O tempo parecia ter parado. Depois de alguns minutos, ou segundos, suspenso entre céu e terra na altura do cume das árvores, desci como tinha subido, todo sonhador, todo trêmulo de alegria, todo emocionado. Desci com extrema lentidão. Nunca tinha experimentado tamanho bem estar. O ar era bom, ainda fresco e vivificante, e enchia meu ser. Eu continuava ouvindo a música e os passarinhos. Durante minha descida, continuava vendo tudo que se encontrava à minha volta, irisado, quase luminescente, quase cintilante. Sentia interiormente a presença de Deus; o bem estar que isso me proporcionava era intenso... imenso...

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Já com os pés no chão, o “encanto” rompeu-se. Eu estava ali, de pé, embasbacado com o que tinha acabado de me acontecer, mas feliz. Nunca esquecerei aquele momento.

Eis outra história pouco banal, que me deixou uma grande impressão:

Estamos em 27 de Outubro de 1984. São 18h15, estou em minha casa em Aix-em-Provence. Contrariamente ao hábito, e pela primeira vez então com amigos me visitando, sinto subitamente a vontade de ir até Aix, a cerca de três quilômetros do meu domicílio. Faz bom tempo, e penso que ir até lá a pé seria algo bastante agradável. Sinto-me bem, calmo e em forma. Depois de ter percorrido sem qualquer cansaço físico os três quilômetros, chego à cidade, sobre a larga calçada da Avenida Mirabeau, lado direito em relação à grande fonte Rotonde, que se acha atrás de mim.

A noite tinha acabado de cair. As calçadas da Avenida Mirabeau e das outras ruas populares da cidade fervilhavam de transeuntes. As luzes multicoloridas das lojas e dos postes de iluminação pública, assim como os faróis dos automóveis, davam à cidade de Aix um jeito de cidade americana em plena efervescência.

Descontraído, tinha acabado de percorrer a terça parte da Mirabeau, quando subitamente... Tomo a consciência de que saí inteiramente de meu corpo, e, estranhamente, embora a situação fosse insólita, tudo me parece normal. Não me questiono. Hoje compreendo que, sim, em determinado momento tive realmente a impressão de sair do corpo. A partir desse instante, durante a experiência, a visão das coisas em volta efetuava-se como se meu olhar, um olhar sem corpo, se achasse situado a quase três metros de altura. Eu me dava conta de que a função de enxergar já não era preenchida pelo corpo e que meus olhos de carne de nada valiam ali, pois eu contemplava meu próprio corpo deambular uns cinco metros para “trás”. Estava cercado por uma aura prateada muito luminosa que ninguém parecia perceber, exceto um menino de seus cinco ou seis anos que puxava a saia da mãe, dizendo-lhe: “Mamãe... Olhe esse moço...” A criança tinha os olhos escancarados. Era então o único na multidão capaz de perceber alguma coisa estranha sobre mim?

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Pela primeira vez na vida, eu me via a mim mesmo semo auxílio de um espelho, e completamente separado de meu “eu”, que flutuava no espaço cinco metros à “frente” e a quase três metros de altura. Quando digo que meu corpo estava completamente independente de meu “eu”, isto quer dizer na verdade que esse corpo tinha vida própria, passeava, relaxado, sorrindo, e apreciava as vitrines como qualquer outro transeunte por ali.

Meu “eu” sem corpo, que passeava o olhar à sua volta, podia abarcar todas as direções ao mesmo tempo e podia também ver o que meus olhos físicos percebiam através das vitrines. Meu “eu” sem corpo tinha consciência de sua própria existência independente do corpo físico afastado. Meu “eu” sem corpo pensava e tinha sensações diversas. Para ele, o barulho da cidade tinha desaparecido completamente, assim como as sensações de temperatura, de higrometria e de frescura da noite. Meu “eu” sem corpo já não sentia as vibrações negativas emitidas pelas formas e pensamentos das pessoas que andavam na rua. Para esse “eu” invisível, tudo era belo e positivo. Todas as pessoas eram desprovidas de pensamentos negativos e agressivos. O negativo não existia; de qualquer modo, não podia atingir-me.

Eu era “eu” mais todos os seres humanos. Eu estava em todos e eles estavam em “mim”, como se cada indivíduo fosse eu mesmo; como se fôssemos um único e mesmo ser, uma única e mesma substância. Era agradável, era bom, era “Tudo”. Era um bem estar sublime em que o tempo e a morte já não existiam, onde tudo era de essência eterna, onde tudo era vida verdadeira, onde tudo era Deus...

Quando o fenômeno chegou a seu termo, senti um mal estar muito grande; como se estivesse apertado, prisioneiro dentro de uma roupa que me sufocava. Tinha a impressão de que o corpo reintegrado era-me estranho, e o detestava, como se não me pertencesse. Uma intensa emoção tomou conta de mim. Uma certa nostalgia invadiu-me; nostalgia de um estado sublime vivido e passado, acompanhado do arrependimento de ter voltado ao meu corpo...

A extraordinária presença de certas proteções ao longo da minha vida

Há todo um contexto no mínimo incomum que me tem acompanhado por toda a vida; no caso presente, o fato de sentir junto a mim, permanentemente, a presença de certas proteções vindas da parte de meus amigos extraterrestres.

Teriam esses seres previsto, durante uma de minhas vidas anteriores, um programa preciso de ação na qualidade de contactado na Terra? Deve ser isso; vários acontecimentos perturbadores permitiram-me, graças a uma proteção “intuitiva”, evitar em diversas ocasiões a morte física. Houve pelo menos três situações realmente impressionantes.

Primeiro salvamento. Ocorreu quando eu era aprendiz de vidraceiro em Orange, numa vidraçaria situada na Avenida do Arco do Triunfo.

Meu patrão tinha duas oficinas; uma quase em frente à outra, à esquerda e à direita dessa avenida, que era uma via de grande circulação, já que se tratava da Nacional 7. Eu tinha quinze ou dezesseis anos. Atravessava a avenida quase trinta vezes por dia para ir de uma oficina à outra. Naquele dia, distraído como todo garoto na minha idade, passei por trás de um caminhão estacionado e atravessei sem olhar. O leitor pode imaginar... Certas placas ferroviárias dizem: Não atravesse, um trem pode esconder outro. Naquela ocasião, eu teria precisado de uma placa como essa adaptada à estrada, pois me vi

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cara a cara com um Citroën a toda velocidade e que só parou uns cinqüenta metros mais adiante, depois de uma espetacular freada.

Onde estava o jovem afoito que eu era? Bem, ele não foi tomado por qualquer pânico e teve a surpresa de sentir o seu corpo erguer-se como se uma mão invisível o tivesse pegado pela cintura e o colocado com os pés sobre o pára-choque do veículo, o rosto de frente para o motorista, mais morto que vivo pelo medo que havia sentido. Fiz, portanto, cinqüenta metros debruçado sobre o capô, as mãos agarradas às abas laterais de ventilação. Não me ficou mais que uma marca azul sobre o umbigo, só isso!

Se naquele tempo eu tivesse contado que uma mão invisível me levantara e salvara, as pessoas me teriam encarado como ainda hoje encaram os contactados quando estes falam dos OVNIs. O leitor sabe o que quero dizer...

Segundo salvamento: Neste caso, fui salvo por um cinto, a respeito do qual devo algumas explicações. Eu o tinha comprado numa loja americana. Era um tipo de cinto de seis centímetros de largura, em pano trançado, espesso e duro, assim como extensível graças a um passador de cobre, munido de um fecho de pára-quedas. Agradeço ao “acaso” e à “sorte” que me levaram a comprá-lo, pois sem ele o leitor não estaria me lendo agora.

Eu estava com dois colegas de trabalho sobre o telhado da casa de um cliente. Trocávamos vidraças de uma clarabóia que encimava o vão da escada da casa. Achávamo-nos acima do quinto andar, de onde se via a rampa descer em espiral retangular em torno de um vão de vinte metros, com a forma de um retângulo de três metros por quatro.

Tínhamos, erradamente, como muitos vidraceiros muito seguros de si, o hábito de andar sobre as armações de ferro para aplicar a massa nas traves que iam receber as folhas longas de vidro trabalhado. Eu me achava, portanto, de pé, apoiando-me nas armações e acabava de me endireitar para pôr um pouco de massa na mão.

Subitamente meus pés escorregaram. Passei entre duas armações sem poder me agarrar, pois tinha as mãos cheias de óleo.

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Era a queda livre, o corpo vertical num vazio pavoroso que pareceu aspirar-me como o olho de um turbilhão gigantesco. Não havia como me agarrar a nada. Uma queda vertical no vazio, do alto dessa casa de cinco andares. Eu caía a uma velocidade vertiginosa, como a maçã de Newton, justamente no centro do vão da escada. Posso dizer que em tal velocidade não se pode sequer esboçar a primeira palavra de uma prece antes de estatelar no chão lá embaixo.

Mas eis que chegamos ao momento mais estranho desse acidente. Antes de cair, eu não tinha visto um grosso cabo de ferro de uma seção de aproximadamente dois centímetros e terminando em forma de gancho. Ele media a altura de quatro andares. A posição desse cabo rígido era central no vão da escada, portanto paralela à minha trajetória. O cabo devia outrora ter servido de sustentação de um lustre, como era comum em velhas casas burguesas. Eu já tinha percorrido três andares, quando, durante minha queda, o gancho prendeu-se ao meu cinto americano. Este subiu até debaixo de meus braços com um choque doloroso ao longo de minhas costelas e vértebras dorsais. O gancho não chegou a tocar-me a pele nem me rasgou a camisa. Agora, em retrospectiva, vejo que isso não é lógico. Minha camisa e minha carne teriam que ficar consideravelmente rasgadas. Sobre um plano de estudo mecânico dos fatos, sou tentado a dizer que foi um milagre eu não ter morrido desmembrado, arrancado, deslocado pelo gancho e pelo choque da parada brusca durante a queda. Embora seja verdade que depois desse dia passei a ter alguns problemas de coluna, a qual nunca recebeu cuidados.

Vi-me, portanto, suspenso como um animal no abatedouro, até que viram desenganchar-me. Pedi aos colegas que não falassem desse caso a meu patrão, pois tinha medo de ser mandado embora. O certo é que depois daquele dia, meus colegas de trabalho e eu mesmo passamos a utilizar a prancha tradicional do vidraceiro, prancha que se coloca perpendicularmente às armações de ferro e onde o vidraceiro se deita para fazer o serviço.

Conservei por muito tempo o cinto americano como lembrança do grande pavor que tive com ele. Cinto providencial que por muito

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pouco não teria comprado naquela ocasião.

Foi durante o terceiro acidente que me dei conta da existência de um “guia invisível”. Aquele que me soprou bons conselhos durante toda a minha vida. Alguns grupos de espiritualistas acreditam que cada ser humano tem um guia pessoal que o ajuda sempre que necessário. No momento atual não só me acho convencido disso, como o sei. Sei que essa presença invisível está sempre ali. Essa presença aconselha, ordena e sugere por meio de uma voz nítida e precisa que raciocina no interior de mim independentemente de minhas elucubrações mentais! Mas como explicar uma coisa tão impalpável como a presença na vida de cada um de nós desse guia que as religiões, com ou sem razão, chamam de “anjo da guarda”?

Estávamos em 1955. Eu servia o Exército e fora designado para uma imensa base no seio da qual se acotovelavam todas as armas. Esta base, situada no Extremo Oriente, chamava-se Than-Son-Yut (um bairro de Saigon).

A septuagésima quinta esquadrilha de helicópteros, onde eu servia, achava-se numa das extremidades de Than-Son-Yut,e o bar da esquadrilha vizinha, aonde eu tinha o hábito de ir duas vezes por dia, encontrava-se na outra extremidade. A totalidade da base, um grande terreno vazio e plano, era cortada por numerosas estradas desertas e alguns prédios velhos, abandonados por causa dos perigos de desabamento.

Eu sempre usava a mesma estrada de ligação, e nunca outra qualquer. Ao longo dessa artéria, achava-se um prédio abandonado. Era uma construção de dois andares, de concreto, aparentemente não construída pelo Exército, mas que lhe tinha servido durante um certo tempo. Eu caminhava sempre pela calçada do prédio, nunca passava por outro lugar. Durante quinze meses, fiz esse trajeto duas vezes por dia.

Naquele dia, chegado ao cruzamento, que me teria permitido escolher outro caminho do quadrilátero, peguei a estrada habitual. Não sei por que, senti um “incômodo”, uma impressão interior esquisita, como alguma coisa me dizendo que nesse dia era preciso fazer um outro

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itinerário. Esse sentimento tornou-se muito forte em mim e senti pouco a pouco minha resistência a essa injunção debilitar-se, tanto mais que essa impressão tinha se tornado rapidamente uma voz interior que me ordenava em palavras precisas e imperativas. Dei meia-volta e refiz em sentido inverso os quarenta metros que tinha acabado de percorrer para pegar a artéria paralela. Senti-me melhor fazendo isso. Enquanto caminhava, ia pensando nessa impressão estranha que tomara conta de mim. Eu sou formal, era realmente uma presença invisível, uma voz exterior que ressoava em mim e me habitava.

Eu não tinha caminhado cinqüenta metros na nova estrada, quando ouvi um estrondo terrível. Virei a cabeça e desloquei-me para ver de onde vinha o barulho.

Vi então uma grande nuvem de poeira destacando-se de um amontoado de ruínas no chão. Já havia no lugar alguns militares curiosos que apreciavam o desastre. O que tinha acabado de acontecer não fora outra coisa senão o desmoronamento completo do prédio por onde eu deveria passar.

Perturbador, não é mesmo?

Eu poderia mencionar muitos outros fatos, como esses que acabo de escrever, e que ocorreram durante a minha vida, mas não quero tornar pesado o conteúdo dessa obra.

O veículo do contactado usado pelos extraterrestres durante dez minutos a 110

quilômetros horários

Embora não faça parte do período de minha vida anterior a 1951, durante o qual se produziram vários fatos insólitos, seria uma pena silenciar sobre o que conto a seguir.

Certamente esta aventura não é muito recente, mas é pouco banal. Eu poderia mencionar sua data precisa e citar o nome das pessoas presentes em meu veículo, mas isso não me parece de utilidade absoluta; por um lado, porque a maioria dessas testemunhas espalhou-se geograficamente; por outro, porque muitas delas estão em “guerra fria” comigo por múltiplas razões, e isso já há muitos anos.

Os fatos seguintes deram-se durante o primeiro semestre do ano de 1980.

No curso dos vários deslocamentos em todos os sentidos que eu efetuava nessa época, conheci pessoas notáveis no domínio da percepção extrassensorial, entre as quais uma senhora, médium relativamente dotada, com quem mantive por muito tempo contatos estreitos que poderiam ser qualificados de “paraprofissionais”. Essa senhora, já em idade avançada e de nobre lastro social, tinha me convidado para passar alguns dias em Nice, acompanhado de uma amiga.

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Durante uma dessas visitas, éramos em número de sete na sala de estar, quando a velha senhora, em transe natural, recebeu uma mensagem telepática de uma entidade extraterrestre que falava por sua boca. Todo mundo no recinto tinha ouvido a mensagem, menos eu!

Com efeito, durante esse tempo aconteceu de também eu me achar em condicionamento para a recepção de outra mensagem. Meu condicionamento durou dez minutos, ocasião em que a médium transmitiu a sua própria mensagem. Não ouvi, portanto, nada do que foi dito, apesar da mobilidade dos seus lábios. Esse fenômeno era tanto mais insólito para mim quanto, durante esse tempo, eu percebia à minha volta o tilintar das colheres nas xícaras e o barulho dos carros passando lá fora. Tudo, exceto a mensagem da médium! Quando esta acabou de ser transmitida, os extraterrestres que me contatavam imobilizaram-me (com exceção do braço direito) e me fizeram escrever o que tinham transmitido através de mim em velocidade extrema. Tive de usar uma página inteira formato 21 x 29,7 em menos de meio minuto. Só me dei conta disso quando voltei a mim, a caneta na mão, exatamente depois de ter escrito a última palavra.

No outro dia, anda na casa da médium, achávamo-nos à mesa e podia ser meio-dia e trinta, quando ela caiu em transe e transmitiu outra mensagem de além-espaço. Mas aí se produziu um fenômeno estranho e diferente. Durante a passagem do texto por sua boca, não ouvi absolutamente nada vindo do exterior. Isso era impressionante para mim, pois não somente eu via os lábios da médium se mexendo, mas também ouvia sua mensagem no interior do meu corpo, como se aquilo estivesse nascendo em mim a partir do plexo solar.

Naquela mesa, fui a única pessoa que recebeu a mensagem dessa maneira. Os demais convivas a ouviam do modo mais normal do mundo, enquanto viam meus lábios mexendo-se, sem me ouvirem. No entanto, quando eu transmitia a mensagem da médium, ouvia o som de minha voz. Os outros convidados sentiam bem, vendo-me com aquela expressão estranha que se pintava em meu rosto, que nesse momento preciso eu não me achava inteiramente m meu estado habitual. Fiquei tão impressionado pela experiência, que não consegui mais falar e pus-me a chorar de emoção.

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Esses poucos dias em Nice chegavam ao fim. Minha amiga e eu preparávamo-nos para retomar a estrada rumo a Montélimar.

Deixamos, portanto, a velha senhora e os outros convivas para apanhar as bagagens, que tinham ficado na casa dos pais de minha amiga, quando subitamente esta foi tomada por um grande mal estar. Apesar disso, ela insistiu em que tomássemos a estrada. Eu estava muito preocupado com ela, pois tínhamos pela frente 350 quilômetros. Quanto a mim, minhas dores na coluna (dores desaparecidas há muitos meses) tinham voltado a dar sinal de vida na véspera de nossa partida. Eu estava tão mal quanto minha amiga.

Mas mesmo assim partimos. Na estrada, ela queixou-se de fortes dores na barriga. Já não podia esconder o sofrimento. Tinha-se estirado no banco do carona, que eu reclinara para proporcionar-lhe mais conforto. Não conseguia mais abrir os olhos, crispada pelo sofrimento, incapaz de falar. Eu respeitava-lhe o silêncio, embora estivesse preocupado. Tinha pressa em chegar.

Coberto um terço do percurso, ambos tivemos uma impressão esquisita. Olhamo-nos pensando a mesma coisa. Tínhamos o hábito... Nós sabíamos de quê, ou antes, de quem se tratava. Sentíamos uma presença no carro, atrás de nós. Claro que não havia ninguém; quer dizer, ninguém visível.

Eu disse então à amiga: “Não está sentindo nada?” Ela me respondeu que também estava percebendo essa presença.

Passaram-se alguns minutos e, de repente, parei de sentir as dores lombares. Depois, foi a vez de minha amiga sentir-se súbita e rapidamente bem. Seu rosto iluminou-se. Retomou de imediato as cores, e nos sentimos repletos de vibrações por todo o corpo. Vibrações insignificantes, embora perceptíveis, que logo nos tiraram o cansaço, para não dizer instantaneamente. Sentimo-nos regenerados. A partir desse minuto, passamos a experimentar um bem-estar extraordinariamente agradável. Ficamos em plena forma sem deixar de sentir a presença no carro. Não ousávamos mais falar, de tanto que estávamos bem.

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Rodávamos a 110 quilômetros horários na estrada há coisa de uma hora, quando tive outra impressão esquisita. Como se um pedaço do trajeto tivesse desaparecido de minha memória. Conheço perfeitamente a estrada Nice-Avignon, por tê-la percorrido várias vezes quando de minhas visitas a meu primeiro editor, cujo escritório fica em Nice.

Quando se conhece bem um percurso, recorda-se com facilidade a situação geográfica em que se está, sabendo onde se acaba de passar e o que falta percorrer. Ora, parecia-me que me faltavam uns quinze quilômetros no trajeto que acabava de efetuar. Isso me deixou tão intrigado, que senti uma vontade imperiosa de comentar o problema com minha amiga.

Depois de explicar-lhe o que tinha sentido, vi que ela me olhava de maneira estranha, um pouco como se fosse cúmplice de alguma coisa que me dissesse respeito e que tinha acontecido sem o meu conhecimento. Ela me disse: “Sim... eu sei...”, gratificando-me com um meio sorriso enigmático. Então me contou... Que subitamente eu ficara de olhos fixos, no mais total vazio. As cores do meu rosto tinham mudado, e minha expressão se tornara grave e severa. Tinha também, parece, o maxilar inferior caído. Vendo-me nesse estado, minha amiga me chamara várias vezes sem que eu atendesse aos seus apelos. Eu estava indiscutivelmente ausente; ela tinha tido a sensação real de que meu corpo estava vazio e sem qualquer reação. Não sentia mais a minha presença.

Rodávamos sobre um trecho da estrada que tinha muitas curvas. Eu tinha os olhos atônitos, mas também a parte inferior dos punhos simplesmente colocada no alto do volante, as mãos inertes e “mortas”. A velocidade era constante, e as curvas foram feitas normalmente. Minha amiga constatou que esse fenômeno insólito tinha durado dez minutos. Depois de certo tempo de pânico, vendo que, apesar de tudo, o carro se movimentara com a maior precisão, ela parou de se preocupar. A velocidade do carro estava estabilizada em sessenta ou setenta quilômetros por hora.

A partir desse fato insólito, não pudemos deixar de pensar na presença

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dos extraterrestres no carro e na recepção de ondas de condução do veículo ao curso de um contato particular, durante o qual lhes foi necessário dissociar-me de meu corpo. No início, talvez para nos causar prazer, os galácticos nos desembaraçaram do mal-estar e das dores. Em muitos outros casos ainda, fizeram-nos sentir a existência deles e sua presença no invisível, sobre outro plano de consciência, numa outra dimensão.

Hoje contamos com setecentos mil contactados no planeta; por que não querem nos ouvir, escutar e compreender? Poderíamos despertar em vocês aquilo que o seu ser profundo já sabe e que não foi conscientizado...

As atribulações de um contactado na França

Ninguém desconhece que a França é o país cartesiano por excelência.

Como querem então que um provençal, a quem não raro qualificam de “galego” por ser primo, com os marselheses, de nosso saudoso Marcel Pagnol, possa ser levado a sério quando declara, com todo aquele sotaque do Sul, que esteve em contato com extraterrestres? Parece cômico... No espírito francês, isso só pode fazer pensar na história da célebre sardinha que entupiu o velho porto de Marselha. Entendem o que eu quero dizer?...

A primeira coisa que dizem quando falamos de contatos com extraterrestres é o seguinte: “Só acredito no que vejo. Só acreditarei em discos voadores quando vir algum.”

Para poder acreditar na existência das naves espaciais extraterrestres, cada cético desejaria ver seu pequeno OVNI diante de sua porta todas as manhãs.

E se tal ocorresse, finalmente acreditariam? Pois quando alguma coisa “mexe” conosco, a má-fé é tão grande, que se faz todo o possível para encontrar uma desculpa suficientemente razoável para não confessarmos nossa crença.

Para ilustrar o que acabo de dizer, basta recordar aquilo que um certo cientista declarou num programa de entrevistas na televisão: “Se ao acordar eu visse um engenho espacial de origem extraterrestre em meu jardim, já que isso não me interessa, voltaria tranquilamente para

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dentro de casa, pois tal coisa na pode existir.”

Depois de uma resposta como essa por parte de um pesquisador de renome internacional, dando prova de um espírito tão pouco científico, tudo é possível vindo dessa gente.

O provérbio está certo: “Ninguém é profeta em sua própria terra.” Em minha família mesmo (com exceção dos meus filhos, que sempre se abstiveram de qualquer comentário, embora, ao que me parece, estejam atentos às minhas atividades), quando falo desses contatos passo por um indivíduo que não é inteiramente normal.

De tempos em tempos, entretanto, vingo-me de certas pessoas com convicções religiosas relativamente arraigadas. Seu ceticismo forçado torna-as demasiadamente peremptórias em suas opiniões. Costumo responder-lhes: “Acreditam em Deus? Já o viram? Então por que acreditam...” Não está escrito na Bíblia: “Existem muitas moradas no reino de meu Pai?” Era o que dizia Jesus, e se os crentes não entenderam a parábola, seriam dignos da visita de nossos “primos” galácticos, que querem nos ajudar a recobrar a razão?

Com um pouquinho de inteligência e lógica, qualquer um se daria conta de que, se governos como os dos Estados Unidos e da Rússia gastam fortunas para pesquisar os Objetos Voadores Não Identificados, não é por simples diversão.

Não obstante a importância das informações recebidas da parte desses seres do espaço, levei muito tempo para me referir a eles. Em 1951, quando de meu primeiro contato físico com os ocupantes das naves espaciais, as pessoas não se achavam preparadas para aceitar a possibilidade de contatos extraterrestres com alguém encontrado por “acaso” sobre o nosso planeta. Ainda hoje é muito difícil para muitos terráqueos aceitar a presença de uma vida inteligente fora da Terra. Entretanto, vários cientistas reconhecem finalmente que, na região galáctica mais próxima de nós, muitos milhares de planetas apresentam todas as características necessárias para produzir a vida. É, portanto bastante provável que vários milhões entre eles contenham humanóides. Partindo do fato de que a maioria desses planetas é muito

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mais antiga que o nosso, os mesmos cientistas chegaram à conclusão de que seus eventuais habitantes teriam milhões de anos de avanço científico sobre nós. Ora, nós viajamos bem no espaço... agora...

Se tivesse falado de meus encontros com extraterrestres em 1951, com certeza me internariam num hospício. Qualquer um diria que um rapaz de dezenove anos poderia estar fazendo coisas bem mais interessantes.

Lembro-me de uma viagem a Nice. Um amigo dirigia. Estávamos muito cansados dessas idas e vindas em um só dia pela R-5. E a isso juntava-se o fato de ter de andar a pé por toda a cidade.

Rodávamos tranquilamente em nosso caminho de volta. A noite tinha caído, o céu estava lindo com todas aquelas estrelas. Nenhuma brisa vinha tocar as folhas das árvores, embora estivesse começando a esfriar. Achávamos na Nacional 7, em direção a Brignole. A cerca de dez quilômetros da cidade – eram quase oito horas da noite -, vimo-nos num trecho de estrada absolutamente reto durante muitos quilômetros. Nesse momento, percebemos no céu, exatamente perpendicular ao eixo da estrada, uns mui metros diante de nós, e numa altitude de centenas de metros, um magnífico engenho. Um disco voador, de forma lenticular e cor azul elétrica, vinha direto na nossa direção. Esse “aparelho” devia medir uns vinte metros de diâmetro e evoluía no maior silêncio a uma velocidade vizinha à nossa, mas no sentido inverso.

Meu amigo, que nunca tinha visto um engenho extraterrestre, estava fascinado pelo que se apresentava aos seus olhos. Perdendo altitude, o disco tinha passado exatamente acima de nosso carro, e ambos nos inclinamos para a frente a fim de apreciá-lo melhor.

Coisa estranha, os cintos de segurança perderam completamente o poder de bloqueio. Por curiosidade, pois isso nos intrigara, tentamos novamente, e dessa vez o sistema de segurança funcionou normalmente.

No momento em que o engenho passou bem acima de nós, nosso cansaço desapareceu como por encanto. Ganhamos, ao contrário, mais energia e vigor. Sentíamo-nos eletrizados, como se a energia nos

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tivesse penetrado. O motorista contou-me que sentiu uma vibração intensa na cabeça e um calor que não parou de aumentar. Este partia do plexo solar para o exterior do corpo. Tudo acompanhado de uma sensação indescritível em todo o seu ser. O calor interno que ele sentia obrigou-o a abrir todas as janelas do carro, apesar do frio que fazia lá fora.

Quanto a mim, no momento em que o engenho passou sobre o carro, recebi uma mensagem telepática muito nítida, cujo texto é o seguinte:

“Confiança... Nós estamos aqui... Revitalização... Confiança, estamos atentos... Revitalização celular... Estaremos sempre aqui... Estaremos sempre com você... Sua missão está apenas começando...”

O amigo que me acompanhava propôs-me então organizar um longo ciclo de conferências. Decidi, não sem medo, fazer essa turnê.

Quando digo “não sem medo”, é por uma razão muito precisa, que tem a ver com minha personalidade profunda. Com efeito, onde já se viu um indivíduo do signo de Câncer fazer conferências, falar em público? Eu não tinha a menor queda para isso. Não tenho o vocabulário, nem a envergadura, nem o estofo de um conferencista capaz de cativar seu público à maneira de um contactado que eu admiro nesse domínio. É verdade que o público gosta do fantástico, do espetacular. Ora, meus contatos nada tem de espetacular, e eu não poderia apresentar provas materiais, como marcas no corpo ou outras particularidades que se vêem com nossos olhos de carne. Não, meus contatos são do tipo “normal” em sua comunicação. Nada que possa cativar além da medida o “espectador ávido de fantástico”. Nada que possa, no diálogo, interessar a um público muito apegado à matéria tangível.

“Fale... Ficaremos felizes com a sua colaboração...”, disseram-me eles. Era realmente preciso que eu me arriscasse. Foi o que fiz, voluntariamente, sem que “eles” me tivessem forçado a isso. Pois a mensagem que traziam, as informações transmitidas e sua maneira interior de viver no plano espiritual e em harmonia com o cosmo casavam-se bem com meus conceitos pessoais.

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Eu amigo e eu organizamos um plano de trabalho sobre mapas de estado-maior. Ele improvisou-se oficialmente como “organizador de espetáculos, especializado em conferências”. Saibam, caso o ignorem, que os conferencistas estão classificados na categoria “espetáculos” e são, em termos administrativos, supervisionados (para fins de imposto de renda) pelo Escritório Nacional dos Monumentos Históricos. Como as leis são estranhas na França! Quando meu organizador me faliu sobre isso, retorqui-lhe: “Essa é muito boa!”, e rimos juntos. Mas não podíamos contornar a burocracia se quiséssemos estar em paz com a lei.

Meu amigo tornou-se, portanto meu patrão, e eu seu empregado, com tudo o que essas relações comportam no plano administrativo.

A situação causava-me um certo mal estar. Enfim, ou me dobrava ou podia renunciar às conferências.

Para não fatigar o público com o mesmo sujeito durante várias horas, tínhamos organizado as conferências de tal modo que o meu amigo funcionava como apresentador e ilustrador do assunto. Ele ocupava a cena durante o primeiro terço da primeira parte com um texto de divulgação sobre o fenômeno dos OVNIs e os problemas conexos. Relacionava os grandes clássicos da ufologia, para em seguida tratar dos contactados que existiam no mundo inteiro. Depois de algumas questões de ordem banal, eu pegava a palavra durante o último terço da primeira parte e durante toda a segunda parte.

Minha primeira conferência teve lugar em Menton, e foi mais uma vez com um certo medo que cheguei a essa cidade. Amigos bem-intencionados, e parece muito competentes, tinham nos prevenido contra o fato de que a cidade era essencialmente composta de aposentados que não saíam à noite. Até o porteiro da sala onde nos preparávamos disse o seguinte: “Podem lamber o beiço se conseguirem atrair cinqüenta pessoas para este auditório, onde cabem trezentas.”

Diante dessa expectativa tão promissora para a nossa “grande estréia”, cabia-nos apenas sorrir. De qualquer modo, a sorte estava lançada: os

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cartazes estavam impressos, a imprensa fora avisada, o canal de televisão FR3 Côte d´Azur tinha acabado de transmitir a entrevista do contactado Pierre Monnet, a sala fora alugada e paga.. Já não se podia voltar atrás temendo um fiasco.

Alguns dias antes da conferência eu, que não era experiente nesse tipo de coisa, com medo de gaguejar, tive o que me pareceu uma idéia genial. Gravei minha conferência! Previ que, usando o fone do gravador no ouvido, bastaria repetir minhas próprias palavras. Um pouco aliviado por essa astúcia destinada a contrabalançar o excesso de angústia, fiquei sereno até o dia do “lançamento”. Entretanto, não precisava decorar o que devia dizer, pois que o tinha vivido. De qualquer modo, a angústia deixava-me atrozmente doente, minhas pernas ficaram bambas. Sim, os nativos de Câncer, mesmo com o ascendente em Capricórnio, o que é o meu caso, são obrigados a reagir violentamente contra si mesmos antes de enfrentar o público.

A noite da “grande estréia” em Menton chegou, e, apesar da astúcia do gravador, tive uma senhora tremedeira. Pois, contrariamente ao que dissera o porteiro, a sala estava superlotada, havia umas cinqüenta pessoas de pé no hall de entrada e ainda umas vinte do lado de fora. Fomos obrigados a deixar as portas do recinto abertas para que todo mundo pudesse ouvir. Não havia como receber mais gente.

Fora do palco, antes de entrar em cena, eu escondera o fio do fone por baixo do paletó e o gravador já se achava numa gaveta da mesa do conferencista. Chegando ao meu lugar, pluguei discretamente o aparelho e esperei a minha vez de falar. Ver tanta gente assim na minha frente enrijeceu-me como um poste, a tal ponto que sentia os músculos doerem. Percebia que meus lábios tremiam um pouco. Sob a mesa, minhas pernas não paravam no lugar.

Chegou finalmente o momento em que o apresentador me passava a palavra.

Liguei o gravador e comecei a falar, quando um calafrio percorreu-me a espinha. Dei-me conta de que não poderia seguir o texto gravado. Tinha-o feito em voz muito alta e em grande velocidade. Ainda por

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cima, não tinha contado com o eco dos alto-falantes que me devolviam o som de minha própria voz com uma ligeira defasagem. Horrível!

Estava embaraçado e, como se já não bastassem os contratempos daquele dia, a fita emperrou dentro do aparelho, que então emitiu um assovio estridente que me obrigou a arrancar com ansiedade o fone do ouvido; fiz uma careta atroz. Foi então que percebi uma agitação na sala e ouvi ao fundo risos abafados que me fizeram mudar de cor. A maioria das pessoas não tinha a menor idéia do que estava ocorrendo. Por causa de todas essas “dificuldades” que se abatiam sobre mim ao mesmo tempo, coisa inabitual, uma grande cólera me invadiu. Essa raiva interior foi para mim o melhor dos estimulantes, pois não somente acabou com o meu medo, como também fez parar de gaguejar e levar a conferência até o fim.

Terminada a reunião, meu apresentador e eu fomos cercados por numerosas pessoas que queriam sobre detalhes sobre questões fora da conferência, pessoas com quem ainda me correspondi através de cartas. Ficamos felizes, porque o público foi embora satisfeito e nós também.

A partir dessa reunião, fiz outras 84, de Menton a Toulouse e de Lourdes a Besançon. Não passei mais por “inconvenientes” técnicos, mas durante esse ciclo houve outras peripécias de uma intensidade tão cômica quanto a precedente.

Vínhamos de sofrer uma série catastrófica de conferências em que o preço dos ingressos, embora razoável, estava longe de cobrir as nossas despesas. Era de fato indispensável contar com o montante dos gastos: viagens, restaurantes, hotéis, combustível, impostos, aluguel do sistema de som e da sala. Quando penso que, sob o pretexto de que eu falava de amor universal, certos espectadores censuravam o fato de cobrarmos pelas palestras... Se eles soubessem o quanto coloquei de meu dinheiro para fazer essas conferências, ficariam impressionados e não acreditariam em mim.

Sempre me lembrarei da cólera, exterior esta, que me fez sentir meu

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apresentador e “organizador de espetáculos”.

Naquele dia, chateado por não ter conseguido um centavo havia algum tempo, vendo uma platéia exígua na sala, depois de ter literalmente despachado sua primeira parte e me apresentado rapidamente ao público, esse querido companheiro de infortúnio (é o caso de dizer) abriu ostensivamente um jornal local e, ao meu lado, se pôs tranquilamente a lê-lo enquanto eu fazia minha conferência. Acho que é a pior injúria que se pode fazer a um público. Sou por natureza, conciliador e sereno, mas naquele dia jurei nunca mais perdoá-lo por essa indelicadeza para com um público que saía de casa e pagara para nos escutar. Mas não sou rancoroso. Esse pequeno incidente fazia parte dos imponderáveis do “ofício” de conferencista. Perdoei, portanto esse “pobre homem” , a quem aliás, perdi de vista depois do fim de nossas conferências infrutíferas através da França e dos países francófonos. Talvez tenha se “arruinado” comigo e largado a sociedade para exilar-se em outro continente. Quem sabe...

Em minhas atribulações de contactado na França, se tivesse sido apenas isso, estaria tudo bem. Infelizmente, tivemos decepções com alguns jornalistas que não mediam suas palavras. Com a mídia, a gente realmente anda em areia movediça.

Graças a Deus, nem todos os jornalistas, nem todos os programas de televisão devem ser criticados, e agradeço particularmente à Antenne 2 e Philippe Bouvard, que me receberam em 20 de Janeiro de 1979.

Terminarei portanto, o capítulo de minhas atribulações falando da gravação que fiz para a Antenne 2.

Tudo começou no dia em que um amigo me disse que Philippe Bouvard me convidava à Antenne 2, em Paris para aparecer num programa de Sábado à noite intitulado Sur La sellette (No banquinho).

Ao ouvir a notícia levei um susto. Eu, um contactado, na frente de Bouvard... Tinha a certeza de que seria devorado no ar por aquele que gozava da reputação de não ter papas na língua. Eu sabia o que tinham passado todos os contactados diante de Philippe Bouvard. Podem acreditar, meu medo era justificável. Achava que Bouvard ia

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ridicularizar-me diante de milhões de telespectadores.

Imaginem minha angústia.

Desembarquei em Paris como um bom provençal que nunca viu a capital.

Depois de ter conseguido localizar-me, jantei e às vinte horas apresentei-me no estúdio do Sr. Bouvard.

A sala já estava cheia de gente, e os técnicos acabavam de ajustar a iluminação e o som.

Impressionado, timidamente, nas pontas dos pés, encostando-me nas paredes, eu observava o movimento. Depois tomei coragem e decidi dar-me a conhecer. Tinha observado à direita, num canto do reduzido auditório, um pequeno grupo em volta de uma mesa com toalha onde se servia champanhe. Aproximei-me e perguntei pelo responsável pelo programa. Apontaram-me uma senhora encantadora que caminhou em minha direção, apresentando-se como a colaboradora do Sr. Bouvard. Declinei minha identidade e perguntei se não estava atrasado. Soube que era um dos primeiros convidados do programa e que me esperavam para beber uma taça. Muito cercado por algumas pessoas que tinham ouvido falar de meus contatos e que me consideravam o “herói” de uma aventura fantástica, tive de contá-los pela enésima vez. Isso acabou me descontraindo um pouco.

Em seguida, a colaboradora de Bouvard exclamou: “Ah, enfim... A Sra. Jeanne Moreau... Não achava que ela pudesse vir... Sr. Monnet, conhece Jeanne Moreau? Venha, vou apresentá-la ao senhor.” E fui tomado pelo braço e levado para junto dessa artista por quem sentia certa admiração. Muito feliz por estar diante dessa glória do cinema francês, senti-me embalado por uma nuvem.

Fui assim apresentado a Jeanne Moreau na qualidade de contactado pelos extraterrestres. Achando que ela teria uma reação meio irônica, meio zombeteira, estive quase a enfiar a cabeça nos ombros, prestes a ouvir os sarcasmos habituais do ceticismo. Qual não foi minha surpresa quando Jeanne Moreau me encarou e disse: “Extraterrestres?

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Em contato? Adoro falar sobre isso, pois acho que essas coisas podem realmente acontecer. Por que não? Nós mesmos já vamos ao espaço e iremos cada vez mais longe.”

Algumas pessoas aproximavam-se e tiravam fotos. Levando-me para um canto mais tranqüilo do estúdio, Jeanne Moreau pediu-me que lhe falasse de minha aventura. Parecia bastante interessada. Confessei-lhe que estava muito nervoso com aquele programa na televisão. Ela me tranqüilizou e durante as preparações não parou de encorajar-me a enfrentar Philippe Bouvard diante das câmeras.

Devo dizer que Jeanne Moreau é uma pessoa de grande doçura e grande simplicidade. Agradeço-lhe por suas palavras de incentivo.

Passados alguns minutos, chamaram-nos para a maquiagem. Depois, voltei a aproximar-me de Jeanne Moreau, quando o Sr. Bouvard chegou e dirigiu-se a nós.

Ele cumprimenta Jeanne Moreau, conversa com ela, olha-me franzindo as sobrancelhas e me diz: “o senhor... já o vi em algum lugar.” Respondi-lhe: “Os extraterrestres...” Ele exclama: “Ah, sim! Como vai? Tudo azul? Estas coisas por aqui não o impressionam?” Respondi-lhe que não e procurei informar-me sobre uma possível entrevista antes do programa para pôs as coisas em ordem. Uma espécie de ensaio. Ele me disse que não precisava preocupar-me e que, uma vez no ar, bastava deixá-lo tomar todas as iniciativas (era bem o que me inquietava). E acrescentou: “Apenas responda às minhas perguntas, e tudo irá bem.” Prosseguiu, dirigindo-se a Jeanne Moreau e a mim mesmo: “Estão preparados? Tomem o seu lugar no praticável. Podem distrair-se tranquilamente.” Depois, voltando-se para os responsáveis pela iluminação: “Projetores sobre o praticável, por favor... Obrigado.”

O Sr. Bouvard toma todas as providências, Jeanne Moreau e eu mesmo nos lugares respectivos, um ao lado do outro. Percebo então que me acho num lugar ainda vazio, brilhantemente iluminado, com um auditório à nossa frente de umas duzentas pessoas, que começam a aplaudir Jeanne Moreau. Ela retribui alguns acenos simpáticos e volta-

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se para mim, dizendo: “Não se deixe impressionar por nada disso. Continue me falando de suas aventuras.”

Ela escuta com atenção. Os técnicos nos pedem alguns testes e nos enquadram, enquanto continuamos a conversar. Jeanne vai pontuando minhas palavras com exclamações: “É incrível... Sensacional... Extraordinário... Prodigioso... Fantástico.”

Chegam os demais convidados. A maioria artistas de cinema, atores, Daniel Cécaldi entre outros, e o presidente Edgard Faure.

A gravação começa; contrariamente à atitude habitual do Sr. Bouvard para com os “contactados”, em geral ridicularizados por ele, dessa vez tudo se passa bem, e Bouvard declara: “Devo dizer que, de todos os ‘contactados’ que aqui estiveram, o senhor é o de maior credibilidade.” Uma sensação de alívio interior encheu-me agradavelmente. A imprensa falou do encontro entre Bouvard e Monnet nos seguintes termos:

“O programa de Philippe Bouvard sábado à noite passado era esperado com impaciência e curiosidade por nossos leitores em geral, e em particular pelos leitores que acompanham assiduamente nossa seção sobre OVNIs.“

Já na quarta-feira, nosso repórter havia Ito tudo sobre esse ‘contactado’, nas palavras do próprio Sr. Monnet, trabalhador numa fábrica de Sorgues, casado e pai de três filhos.

Sua história rocambolesca já é conhecida de todos aqueles que se interessam pelo assunto.

Os convidados de Bouvard sabem a que se expõem, e, mais ainda que os outros, as testemunhas desse tipo de aparição arriscam-se a ser ridicularizadas.

Isso não impediu o Sr. Monnet de enfrentar a causticidade e, no seu caso, a incredulidade do apresentador de Antenne 2.

Reconheçamos que o nosso ‘contactado’ saiu-se muito bem.

Ele tem um rosto que respira equilíbrio e sinceridade, expressa-se

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bem, sem ênfase nem atavios, e ofereceu um comportamento totalmente isento de extravagância. Bouvard, contudo, pronto a fustigar a mistificação e soberano em desmascarar a trapaça, guardou as unhas.

‘Devo dizer’, confessou ele, ’que de todos os contactados que aqui estiveram, o senhor é o de maior credibilidade. ’

Jeanne Moreau, outra convidada, valorizou, e o esgar de Edgar Faure foi de aquiescência.

No entanto, que história!

Encontrar entre Orange e Courthézon quatro extraterrestres irisados e luminescentes, que impressionam o cérebro e fazem com que uma bicicleta ande cinco quilômetros sem a menor pedalada, não é uma coisa banal.

O Sr. Pierre Monnet concorda.

Aproveitamos o ensejo para convidá-lo à nossa redação, a fim de conversarmos sobre esse assunto tão eletrizante.

“A fronteira é doravante bastante flexível entre a fábula e a história verdadeira.”

Le Dauphiné – Vaucluse Matin

A partir daí, fiz vários programas da televisão regional em toda a França. Aproveito para agradecer a todas as estações que me apresentaram na telinha, assim como a todas as estações de rádio nacionais que me receberam, e aos jornalistas sérios que me convidaram para entrevistas coletivas, tanto na França como nos países francófonos.

Assim, durante dez meses rodei pela metade sul da França, com a média de três conferências por semana. Oitenta e cinco no total.

Em conclusão, posso dizer ao leitor que não foram minhas conferências que me enriqueceram financeiramente. Bem ao

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contrário...

Entretanto, para mim isso não tem a menor importância. Eu devia somente fazer todo o possível para transmitir a mensagem de amor dos extraterrestres que me contatam.

Mas também, durante esses dez meses de conferências, aprendi muitas coisas sobre o espírito humano. Encontrei todo tipo de pessoas e de personalidades, que, podem acreditar, “ensinaram-me a viver”.

Em compensação, felizmente, também conheci pessoas simplesmente maravilhosas que compreenderam o que eu trazia. Seres que correspondem àquilo que eu busco profundamente no espírito humano. Desgraçadamente, esses seres maravilhosos são pouco numerosos em nosso planeta. Ainda que só houvesse dez, com eles eu removeria montanhas.

Segunda Parte

Os Contatos

O mal que os homens fazem continua a existir depois

que eles desaparecem

Os extraterrestres que me contatam

Os extraterrestres que me contataram em 1951 vêm de um planeta cujo nome, traduzido foneticamente, equivale a “Silxtra” em nossa linguagem. Segundo seus próprios termos, acha-se evidentemente muito longe, embora para eles a distância não faça muito sentido, já que o espírito viaja no espírito; a velocidade de um pensamento é maior que a de um risco de luz.

São seres humanos aproximadamente idênticos aos terráqueos, morfológica e biologicamente, embora maiores.

O universo a que pertence sua galáxia é o mesmo que o nosso, e a galáxia na qual evolui o seu sistema solar é a nossa.

Enfim, seu sistema solar é composto dos mesmos elementos que o nosso.

O planeta de onde vêem é, em volume, vinte vezes maior que o nosso e só possui três enormes continentes, cuja superfície total é igual à superfície do mar que os cerca. Na superfície desses continentes existem mares interiores às vezes tão grandes quanto o oceano Pacífico.

Quanto ao clima geral do planeta, é mantido e controlado por rotações artificiais da massa planetária.

Tais rotações artificiais são produzidas por técnicas prodigiosas de uma ciência da qual nossos sábios mais geniais não poderiam

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sequer fazer uma idéia.

Por isso, graças ao clima controlado que impera no planeta, a fauna aérea, terrestre e aquática é muito diversa, e a flora é luxuriante.

Qual é neste momento o sistema social dos seres que ali vivem?

Ele se baseia na:

− Utilização judiciosa e racional dos valores humanos de cada indivíduo em evolução permanente, em benefício de toda a sociedade, que restitui centuplicado a cada indivíduo o fruto do serviço prestado;

− Ausência total da noção de dinheiro;

− Ausência total de partidos políticos;

− Ausência total de religião, no sentido em que nós terráqueos a entendemos. Pois existe entre eles uma “crença” geral (o termo crença não tem aqui qualquer analogia com o conceito de crença que anima o espírito religioso dos terráqueos) no interior mesmo de cada indivíduo, que venera em silencia a energia suprema. Em seu conceito de “crença” interior, seria desarrazoado dar um nome a essa energia suprema cujas vibrações benéficas sentem intimamente e logo retransmitem à sua volta na vida cotidiana.

Esses seres são telepatas, e suas faculdades psíquicas naturais são colocadas em grande parte à disposição da ciência.

Suas ciências estão baseadas na pesquisa, na domesticação, no tratamento e na utilização racional dos elementos da natureza, sem o emprego de substâncias poluentes. Estas não precisam sequer ser proibidas. Cada indivíduo nesse planeta tem por princípio absoluto o mais profundo respeito pela vida humana e por tudo o que vive no mundo e em outros lugares.

Suas ciências são basicamente centradas na eletricidade, no magnetismo, na eletrostática, nos ultra-sons, nos infra-sons e vários milhares de ondas que eles descobriram e das quais se servem para

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fazer a ciência avançar em favor do bem estar da espécie humana a que pertencem.

Em termos relativos, nada lhes é impossível no plano científico, tanto souberam empregar o espírito e a inteligência num sentido positivo, isto é, em concordância com as leis universais que regem toda a criação.

O conhecimento interior permite-lhes modificar sensivelmente a duração da vida física. Entre eles, o tempo médio de vida de um indivíduo é de 2.800 anos. Quer dizer, 2.800 dos nossos anos. Tal longevidade é devida a um processo natural de regeneração celular espontânea que estabiliza as vibrações vitais das células até a idade de 2.400 anos sem envelhecimento nem enfermidade hereditária, preservando em cada indivíduo o equivalente da saúde e da força dos nossos melhores atletas. Esse processo eliminou todas as taras hereditárias, suprimindo assim as doenças e as malformações congênitas.

No plano afetivo, só uma coisa conta para eles: o amor. O amor por todo ser vivo, o amor por tudo o que vive, o amor entre os povos dos diferentes planetas habitados que eles descobriram.

Suas técnicas permitiram-lhes ser grandes viajantes cósmicos, evoluindo nos espaços galácticos e intergalácticos à velocidade da luz multiplicada por 28.

Vejamos agora as metas dessas viagens. São pela ordem:

− As descobertas de todos os tipos, inclusive científicas, nos universos limítrofes do seu, objetivando aperfeiçoar seus conhecimentos.

− Salvar as vidas humanas dos mundos em perigo que encontram à sua passagem.

− Educar os seres com vistas ao seu desenvolvimento e ajudá-los espiritual e tecnicamente.

− Supervisionar e proteger as civilizações que perderam toda a

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sabedoria e que deram início em seus planetas a processos às vezes irreversíveis de autodestruição, próprios de civilizações que evoluíram à margem das leis que regem seus universos.

− Propagar seu saber objetivando a harmonização galáctica e intergaláctica das espécies humanas concebidas pelo grande construtor de todas as coisas.

Em face de todos esses aspectos de sua evolução, não passamos de uma civilização subdesenvolvida; eles conhecem o valor nocivo das forças psíquicas insuspeitadas de que são dotados nossos cérebros, e com as quais criamos sem saber verdadeiras catástrofes. Tudo isso porque não sabemos ou não queremos controlar as freqüências vibratórias do pensamento. Com efeito, este pode modificar a matéria.

Em nosso setor do universo, esses seres esperam apenas por nós e alguns raros planetas de vibrações nocivas idênticas para que o nosso mundo se junte à grande união do pensamento que se prepara o plano galáctico. Eles estão pasmos de ver a que ponto evoluímos tão pouco desde uma de nossas primeiríssimas guerras nucleares. Essas guerras destruíram o décimo planeta de nosso sistema solar.

Gostariam de oferecer-nos os meios de acelerar nossa evolução mental, tecnológica e científica a fim de que saiamos disso por nós mesmos, antes da catástrofe planetária natural prevista para dentro de cinco mil anos.

Declaram não serem os únicos extraterrestres que visitam nosso planeta. São pacíficos e, no entanto, dotados de uma força dificilmente concebível para um terráqueo. Estão em condições de neutralizar a “respeitável” distância e sem derramamento de sangue qualquer tentativa de guerra nuclear grave.

Se, como pensam certos espíritos agressivos de nosso planeta, a meta deles fosse invadir-nos e dominar-nos por qualquer meio que fosse, inclusive a força armada, já o teriam feito há muito e bem antes que nossa ciência reunisse condições para assegurar nossa defesa. E, mesmo neste caso, poderiam fazê-lo sem combates,

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simplesmente influenciando psiquicamente nosso cérebro. Poderiam fazê-lo igualmente suprimindo à distância e para o planeta inteiro todas as energias elétricas, magnéticas e eletrostáticas. Já tentaram essa experiência nos Estados Unidos, sobre uma vasta extensão acima de uma cidade muito importante e durante várias horas. Para isso, bastou estacionar a imensa altitude uma nave-mãe de várias centenas de metros de comprimento, coisa percebida por muito pouca gente. Certos filmes, encomendados pelo governo, inspiraram-se nesse caso.

Imaginem a operação “supressão das energias” executada no nosso planeta. A economia de toda a civilização terrestre seria reduzida a nada: mais nenhum veículo terrestre, marinho ou aéreo seria utilizável. As centrais elétricas e as usinas não funcionariam mais. Pensem no golpe aplicado à humanidade e na vulnerabilidade do planeta em face de um eventual ataque do exterior.

Se uma simples nave-mãe (podendo atingir vários quilômetros de comprimento ou de diâmetro) evoluísse a cinco mil metros de altitude a partir de nosso solo, bastariam as vibrações ultra e infra-sonoras que asseguram a sustentação dessa nave para provocar graves sismos abaixo de si.

É para não causar danos que essas naves evoluem e estacionam muito longe da camada atmosférica dos planetas que sobrevoam. É pelas mesmas razões e ainda outras, relativas à primeira partida desses engenhos gigantescos, que não podem decolar do solo de qualquer planeta, que essas naves são construídas em órbita no espaço.

Os extraterrestres que se dirigem a mim fazem parte de uma delegação de contato composta de 35 milhões de homens que estacionam em bases intermediárias situadas na maioria dos satélites de nosso Sol e em naves-mãe em número de duzentas e 1.500 discos voadores de todos os tamanhos.

A totalidade do pessoal que navega permanentemente a bordo dos discos voadores – e que representa disciplinas como Estudos,

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Explorações, Salvamentos – compõe-se de seis milhões de homens. Mas podem ficar tranqüilos, pois toda essa gente é absolutamente pacífica.

Por motivos de segurança para o nosso planeta e seus ocupantes, essas naves-mãe, que são poderosos engenhos intergalácticos, estão “estacionadas” às margens do sistema solar, bem depois de Plutão e Antares.

Essas naves têm vários quilômetros de comprimento ou de diâmetro, de acordo com os modelos e a utilização. São animadas por uma força energética colossal quando se deslocam e mesmo durante sua aparente imobilidade. Isso proíbe-lhes aproximarem-se dos planetas que pertencem aos sistemas solares que visitam.

Somente os discos de pequeno tamanho, que medem até quinhentos metros de diâmetro, podem sobrevoar e aterrissar nos planetas sem causar-lhes danos.

As naves-mãe podem atingir velocidades de vinte e oito vezes a velocidade da luz quando de suas translações intergalácticas.

Todos esses veículos espaciais viajam no tempo com a ajuda de sábias e complexas manipulações do espaço-tempo.

Desde muito antes da presença dos humanos sobre a Terra, bases intermediárias de origem extraterrestre achavam-se implantadas em Saturno, Marte, um dos satélites de Júpiter, um satélite de Vênus e sobre a Lua.

A vida humana, no sentido em que a entendemos atualmente, foi importada para o nosso sistema solar por extraterrestres da civilização cujos representantes estão em contato comigo desde 1951.

A Terra é visitada, assim como todos os planetas de nosso sistema, por quatro civilizações extraterrestres de desenvolvimento, costumes e evolução espiritual e intelectual mais ou menos semelhantes. Essas quatro civilizações são aliadas e perseguem os mesmos objetivos altruístas.

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Certos espíritos cartesianos vão zombar e achar que estamos em plena ficção científica. Posso apenas responder que dentro de “algum tempo”, “muito em breve”, esses espíritos fechados vão rapidamente dar-se conta de que as realidades cósmicas vão bastante além de todas as “ficções” terrestres de que eles falam. Todos os verdadeiros contactados sabem disso. Estes são atualmente várias centenas de milhares no mundo (setecentos mil).

A Terra está sob controle relativo e proteção da mais evoluída das quatro civilizações extraterrestres. Tive a sorte de entrar em contato com a última delas. Sorte, porque se trata da “aventura” mais extraordinária, mais maravilhosa e mais fantástica que é dada a um terráqueo vivenciar. Mas ser contactado é também um transtorno... O transtorno de não ser levado a sério e de saber que a situação é grave...

Um contactado deve saber assimilar corretamente as informações que recebe sem nem por isso “vangloriar-se” e, tendo compreendido a importância capital de seus contatos para a nossa civilização, colocar-se bem acima de todas as mesquinharias que possam atingi-lo. Ele cumpre a sua “missão”, que é a de retransmitir as mensagens que recebe.

O conteúdo dessas informações pode mudar a face do mundo, desde que não seja usado para destruí-lo.

A proteção supramencionada consiste primeiramente numa rede de forças espaciais, em seguida na aceleração de nossa evolução em todos os domínios, mas, sobretudo espiritual e científico, a fim de restabelecer em nós o equilíbrio das forças que asseguram a continuidade da vida e o respeito por ela. É por isso que certo número de terráqueos é contactado e instruído em novos conceitos que favorecem nossa evolução em harmonia com as leis universais cósmicas.

Além disso, graves transformações geológicas, provocadas pela negatividade do homem, já começaram o seu processo de evolução catastrófica acelerada e vão danificar seriamente a crosta terrestre.

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Esse processo iniciou-se em 1974 e logo alcançará seu apogeu, se o homem não puser um pouco de ordem em seu espírito.

É, portanto, absolutamente necessário que progridamos no domínio espacial (coisa que os governos sabem muito bem). Isso permitirá à nossa civilização expatriar-se para outros sistemas solares habitáveis, do contrário...

Se não conseguirmos atingir esse ponto, os extraterrestres que cuidam de nossa proteção limitarão os danos humanos ao máximo possível, realizando uma evacuação em massa em “cargueiros especiais e espaciais”, que estarão a postos depois do ano 2000. Essa evacuação já se acha em parte organizada e prevista, na eventualidade de uma catástrofe nuclear.

Os extraterrestres que me contatam querem nos ajudar, trazendo-nos de uma só leva uma grande parte de sua ciência. Entretanto, não estamos psicologicamente preparados para recebê-la (colocaríamos nas mãos de uma criança o material e a fórmula da nitroglicerina, se essa criança não tivesse alcançado sabedoria suficiente para evitar uma explosão?). Carecemos tanto de prudência, que os nossos governos fingem ignorar a realidade da presença extraterrestre em nosso espaço e em nosso sistema solar.

Infelizmente, esses alienígenas não podem nos ajudar senão com o nosso consentimento unânime e de comum acordo com os governos da Terra. É uma lei cósmica formal de que depende a evolução normal e natural das espécies humanas disseminadas nos universos cósmicos. Os extraterrestres que me contatam dão uma grande importância a essa lei. Isso explica por que deixam sempre, voluntariamente, pairar uns cinqüenta por cento de dúvida a respeito de sua existência, a fim de não forçar nosso livre-arbítrio. Entendo, por isso, o livre-arbítrio de todos aqueles que não os viram ainda em nosso céu ou em pessoa durante eventuais contatos. É o que explica também em parte o silencio de milhares de contatados no mundo ou a descrença de que são alvo quando falam.

Esses benevolentes extraterrestres têm a pesada tarefa de incitar-nos

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a realizar os Estados Unidos do Mundo no amor e na fraternidade entre os povos: sua tarefa é criar em nós o desejo de abolir essa noção de dinheiro que causa a nossa perda e suprimir nossa agressividade doentia, fonte de insegurança em todos os domínios.

Eles gostariam de transmitir-nos sua ciência, e principalmente a sabedoria para que nos sirvamos dela com amor, na paz e não no ódio.

Com efeito, surpreende-os a maneira como utilizamos nossa ciência para destruir a vida e a harmonia da natureza terrestre, tão bela no princípio do povoamento.

Ficam estupefatos também por ver que, à beira do século XXI, mantivemo-nos atrasados a ponto de conservarmos ainda ritos, cultos e seitas sem fundamento.

Admiram-se, sem acreditar em seus olhos, de nossa permanente necessidade de lutas políticas nefastas e corrosivas para estabelecer uma ordem social tão medíocre como a nossa.

Estão aterrados, enfim, ao se darem conta de que ainda experimentamos sentimentos de egoísmo, egocentrismo e vantagem pessoal. Tais sentimentos Sá fazem acentuar nossa agressividade e bloqueiam nossas chances reais de evolução normal.

Querem, portanto, associar-nos ao grande conjunto do pensamento universal que se prepara. Mas se nossa evolução não se acha ainda à altura disso, eles desejam ajudar. Só que nós os recusamos mentalmente; eles o sabem, e isso os entristece, porque são nossos irmãos genéticos.

Há muito conhecem todas as nossas línguas e dialetos, mas preferem usar a telepatia com os seus contatados, desde que neles detectem um baixo grau de agressividade e a mais ampla abertura de espírito.

Alguns milhares desses extraterrestres vivem entre nós; há bastante tempo que se acham por aqui. Em 1974, tive a oportunidade de encontrar dois deles nas vizinhanças de minha casa. Sentem uma

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profunda gratidão pelos contatados. Esses dois extraterrestres comunicaram-me telepaticamente algumas palavras, em plena cidade, num sábado, por volta das dez horas da manhã.

Neste livro, transcrevo numerosas mensagens e informações, todas de grande importância, parece-me, para nossa civilização decadente. Espero que os leitores possam compreender sua mensagem de amor através desses contatos. Sentir-me-ei feliz com isso, pois esse é o principal objetivo do contactado que sou.

EM RESUMO:

Quem são eles?

Os extraterrestres com que estou em contato desde 1951 são seres humanos como nós, mas que souberam evoluir de acordo com as leis universais cósmicas, ou seja, na construção daquilo que é verdadeiro e belo, na colaboração estreita com a natureza e os elementos da criação, a fim de conservar, de desenvolver a continuidade de tudo quanto existe no tempo e no espaço. Mas, sobretudo, no amor, primeira lei que permite, conserva e cria a vida.

De onde vêm?

Vêm de um planeta chamado Silxtra. Este planeta evolui no sistema solar de Vega, estrela alfa da constelação de Lira. Permitiram-me uma visita superficial a esse planeta através de um contato telepático.

Como vivem?

Vivem felizes. Entre eles não existe a noção de dinheiro. Só os valores humanos são levados em conta, colocados a serviço de toda a sociedade, onde o amor resolve todos os problemas.

Não existe agressividade, senão numa taxa praticamente inacreditável.

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A política, os sindicatos, as guerras não existem entre eles; tampouco as religiões.

Isso não os impede de venerar, em seu foro íntimo, a energia pura e inteligente a que não conferem qualquer denominação e que concebeu tudo o cosmo. Não praticam, portanto, qualquer ritual e não rendem qualquer culto. Alimentam apenas o mais profundo respeito pela natureza e por tudo o que vive. Eles festejam o amor, a vida e as estações.

Como são eles?

Em seu sistema solar, os planetas são geralmente enormes e quase todos habitados. Não sei quantos existem. São muitos, mas, em relação aos espaços de que dispõem no planeta, esse número tem pouca importância.

O que sabem?

Para alcançar o saber que possuem, precisaríamos ainda de quinze mil anos de progresso espiritual, intelectual e científico.

Mas considerando nossa maneira de evoluir à margem das leis naturais nesse lapso de tempo de quinze mil anos, há 99 por cento de “chances” para que recaiamos ainda quatro ou cinco vezes a zero durante numerosas catástrofes e desregramentos planetários que teremos provocado com nossa ciência. O homem não deseja fazer o esforço de adquirir a sabedoria necessária para abolir em si mesmo a agressividade.

Que querem de nós?

Querem nos trazer a sabedoria e comunicar seus conhecimentos, a fim de que possamos estar próximo deles no conjunto do pensamento, pela adesão à confederação galáctica dos planetas unidos. No respeito pela fraternidade, esta visa ao desenvolvimento das espécies humanas disseminadas pelo universo.

Eles me deram a prova de que estão entre nós

Eis o relato de meu segundo contato físico com dois extraterrestres que se acham entre os terráqueos. Esse contato confirmou-me o que eles tinham declarado em 1951, quando de meu primeiro encontro com eles: “Achamo-nos entre vocês, vocês andam junto de nós sem saber.”

Era Junho de 1974. Fazia um belo dia. Era um sábado, por volta das dez horas da manhã, e eu tinha acabado de encher o tanque do carro. Freguês de um posto de gasolina no centro da cidade, eu tinha o hábito, quando o tanque estava cheio, de afastar o veículo alguns metros para liberar a vaga diante da única bomba de gasolina.

Assim, avancei mais alguns metros dentro do posto para preencher um cheque. As costas voltadas para fora, ainda não tinha acabado de preencher o cheque, quando subitamente fiquei imóvel, a caneta na mão. Durante quatro ou cinco segundos, senti meu cérebro expulsar todos os pensamentos. Um grande calafrio percorreu-me a espinha, e uma sensação de suave calor invadiu progressivamente meu cérebro. Em seguida, não pude resistir à vontade de virar-me, pois tinha a convicção de que deveria fazê-lo.

O que vi então encheu-me ao mesmo tempo de estupor e alegria. Eles estavam lá. Ambos olhavam-me com simpatia e sorriam. Exatamente como em 1951, quando de meu primeiro contato físico, pois – não havia como duvidar – eu sabia que eram extraterrestres e

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originários da mesma civilização que aqueles que eu encontrara antes. Será que me haviam condicionado para que eu pudesse sentir e saber aquilo?

Bem, continuavam ali. Em pleno dia. Em pleno tráfego, por volta das dez da manhã no centro da cidade, enchendo o tanque de um Renault 16 novo, reluzente, cinza metálico e com vidros fumê azul-escuros. Ainda não estava emplacado, mas trazia as letras “WW” numa fita preta de plástico provisoriamente pregada no pára-brisa.

Eu estava petrificado, fascinado, boquiaberto, incapaz de qualquer movimento ou gesto e sem conseguir pronunciar uma única palavra.

Como em 1951, eu olhava para eles com uma espécie de admiração e alegria interior. Uma emoção indescritível tomava conta de mim.

Como em 1951, eu estava em êxtase diante desses dois homens. Sentia-me leve e num estado de bem-estar excepcional. Em uma palavra, experimentava quase as mesmas impressões que tivera no meu primeiro contato com eles.

Como em 1951, enfim, ambos irradiavam tranqüilidade, força, paz, amor e bondade empática.

O frentista tinha ainda na mão direita a pistola de distribuição e acabava de recolher o dinheiro entregue por um dos homens. Ele voltou a pendurar a pistola, deu o troco e entrou no escritório para guardar as cédulas que recebera. Enquanto isso, os dois homens me olhavam com uma intensidade crescente, mas sempre sorrindo. Foi então que ouvi nitidamente em meu espírito um impulso telepático correspondente a “Até breve”. Ambos continuavam sorrindo, sem emitir qualquer som pela boca.

Em seguida, voltaram a entrar tranquilamente o R-16 e olharam-me sorrindo mais uma vez e deram a partida.

Em tudo isso, quatro coisas me chamaram a atenção:

Nenhuma palavra foi trocada entre o frentista e esses “clientes”. Seus lábios não se mexeram.

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Os ruídos externos tinham-se apagado à minha volta.

O frentista dava a impressão de alguém que, naquele momento, estivesse olhando o vazio. Em nenhum instante levantou a cabeça para ver o rosto dos seus “clientes”. Parecia condicionado, programado como um autômato.

Os vidros do R-16 novo eram de um azul-escuro anormal. Poucos segundos depois da partida do veículo, acabei de preencher meu cheque, entreguei-o ao frentista, que parecia ter recuperado a consciência, e peguei a estrada para casa.

Há outro detalhe. Da mesma forma que em 1951 não voltei ao lugar do meu primeiro contato, no caso presente não senti a menor necessidade de perguntar ao frentista se tinha reparado naqueles dois homens excepcionais. De qualquer modo, no estado em que presumo estivesse o frentista, é mais provável que me tomasse por um maluco se lhe fizesse uma pergunta como esta. Imaginem os leitores o que me diria o empregado do posto: “Um Renault com vidros fumê?! Com dois gêmeos de seus 45 anos, altos simpáticos? Sr. Monnet, faça-me o favor.”

No entanto, os dois homens eram suficientemente visíveis para que o frentista pudesse falar deles comigo. Só que, com toda a certeza, ele não “viu nada”.

Quando um homem está vestido de maneira impecável, a expressão habitual das pessoas é a seguinte: “Fulano está numa linha!” Pois era o caso daqueles dois. Pareciam dois manequins saídos na hora da vitrine de uma grande loja de confecções.

Usavam ternos cinza-claros do mais requintado corte clássico, com pochetes e gravatas cinza semeadas de losangos vermelhos, com um prendedor de pérola. Calçavam sapatos pretos, bem engraxados. Tinham um porte magnífico.

O mais notável era que homens, ternos, pochetes, gravatas, prendedores e sapatos eram idênticos. Não eram gêmeos, eram duplicatas.

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Possuíam corpo atlético. Cabelos castanhos agrisalhados nas têmporas, cortados rente, num estilo bastante moderno. Usavam um pequeno bigode, discreto, fino e reto.

Era-me difícil determinar-lhes a idade, mas podia ser algo em torno dos 45 e 50 anos. Eram, em su8ma, homens saudáveis, de aspecto bem cuidado, muito bonitos e simpáticos. A expressão do olhar não era muito comum. Nele se misturavam força e paz.

Tive, portanto, naquele dia a prova, a confirmação de que a raça de extraterrestres encontrada em 1951 misturava os “seus” com nossas populações. Apesar dos produtores de filmes de ficção científica tipo Os invasores, os extraterrestres que conheço são pacíficos e simpáticos.

Nesses filmes, contrariamente à realidade a que tenho acesso, eles são quase sempre apresentados sob o aspecto de homens agressivos e inescrupulosos, ávidos para se apoderarem da Terra.

Por que tal campanha contra os extraterrestres?

Posso assegurar a meus leitores que, embora não tendo nenhuma prova material de meus contatos físicos e de minhas múltiplas comunicações telepáticas... quando se viveram essas maravilhosas “aventuras” já não se pode duvidar da realidade da presença extraterrestre em nosso círculo próximo ou longínquo.

No interior da nave

“Você viverá 120 anos.”

Durante o relato de meu primeiro contato físico com os “meus” extraterrestres, tive oportunidade de assinalar o que me disseram: “Propomos-lhe regenerar as células de seu corpo, a fim de que você possa chegar aos 120 anos. Queira nos perdoar, você não se lembrará da operação.”

Essa “operação-regeneração” me pareceu tão fantástica e impensável, que tive durante certo tempo muita dificuldade para acreditar nisso, tanto mais que ainda por muitos anos não me sentia particularmente diferente. Depois, de maneira mais ou menos progressiva, todos os meus males, indisposições passageiras ou crônicas quase desapareceram. Durante um tempo, eu achava isso formidável. Não ter mais sofrimentos. Não ficar mais doente e, de quebra, senti-me pouco a pouco tomado por uma renovação de energias e de equilíbrio físico e moral. Não é uma coisa reconfortante para nós, seres humanos, que queremos envelhecer o menos rápido possível? Mas meu espírito objetivo, lógico e cartesiano – não seria um terráqueo sem tais características – incitava-me a ser mais inclinado a pensar num feliz acaso. Até o dia em que ocorreu um fato novo. Entre 1972 e 1973, recebi “flashes-imagens” duas ou três vezes por ano. Esses flashes finalmente me convenceram de que eu tinha realmente entrado na nave para ser regenerado e que devia levar a sério esse caso de regeneração.

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Fui paulatinamente convencido de que o desaparecimento de minhas indisposições e doenças não era devido ao acaso. Vocês vão compreender por quê.

Esses flashes que duravam um ou dois décimos de segundo, eram em cores naturais. Imprecisos entre 1972 e 1973, tornaram-se nítidos entre 1973 e 1975. Não os recebo mais desde fins de 1975. Eles surgiam quando menos os esperava, não importa onde nem quando. Quando sobrevinham, apagavam completamente a imagem das realidades comuns físicas. A imagem que eu recebia era sempre a mesma e de um efeito “vivo” surpreendente; como se eu ainda estivesse ali.

Esses flashes representavam uma sala circular com chão, paredes e teto metálicos, de uma cor azulada.

A sala tinha cerca de dez metros de diâmetro. AO fundo, em posição avançada, havia um console reto, espesso e chato, em aço cromado, liso como um espelho. O console podia ter uns quatro metros de comprimento e dois metros e meio de altura. A uma altura de quase um metro e ao longo do console reto, achava-se fixado um elemento achatado (um painel eletrônico de trabalho) ligeiramente inclinado medindo cinqüenta centímetros de largura e vinte centímetros de espessura. Era também em aço azulado liso como um espelho, que, como o console, refletia os instrumentos contidos na sala, inclusive uma escada de aço constituída de degraus diretamente fixados contra a parede circular da sala. Tais degraus detinham-se no vazio um metro acima do chão.

No centro da sala imperava uma esfera de matéria translúcida de um metro e meio de diâmetro, que se firmava num pé em forma de tulipa, como certos suportes de tevê.

No interior e no centro da esfera, girava, sem qualquer apoio, uma massa de energia em forma de bola de rúgbi de quarenta centímetros de largura e sessenta centímetros de comprimento. No alinhamento axial da massa de energia, e sempre sem apoio, girava, em sentido inverso, de cada um dos lados mais alongados dessa

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massa, um disco de aço azulado de quarenta centímetros de diâmetro e um centímetro de espessura. Sempre nesse alinhamento axial e fixadas no exterior e sobre a esfera translúcida, havia duas calotas metálicas em aço cromado, de cujo centro partia um cabo elétrico descendo na vertical e diretamente no soalho da sala. A massa de energia girando no interior da esfera translúcida era de uma luminosidade quase insustentável pelo olhar; uma luz de um branco ofuscante. Em volta da esfera, dispostos em quadrado e a uma distância de quase três metros da massa de energia, emergiam do soalho quatro suportes em forma de tulipa sobre os quais estavam fixados dois punhos que tinham a mesma forma (aliás, algo cômico) de guidons de bicicleta. Seus suportes eram de aço cromado. Em torno do pé em forma de tulipa de cada suporte, e fixada sobre o soalho de aço azulado da sala, achava-se uma placa de cobre de dois centímetros de espessura, quarenta centímetros de largura e em forma semicircular. Sobre o lado dos suportes de cada “guidom” partia um tubo cromado curvado de modo a dirigir-se para o lado e verticalmente para o alto até uma altura de um metro e setenta e cinco centímetros, a extremidade do tubo achando-se a uma distância de cerca de meio metro atrás de cada conjunto suporte-guidom e placa de cobre. Ainda na extremidade do tubo estava fixada uma placa de cobre de seis a oito centímetros de largura e vinte centímetros de comprimento, cujos dois lados eram ligeiramente curvados para a frente.

Duas observações devem ser feitas sobre o console reto (ou painel de bordo) e a esfera translúcida:

O console e sua plataforma horizontal funcionavam ambos como o grande painel de bordo de um supercomputador. Sobre toda a superfície, acendiam-se de tempos em tempos numerosos retângulos de cor vermelha, verde, azul, amarela e branca. Quando os retângulos estavam apagados, não restava qualquer traço de sua existência.

Durante alguns de meus flashes, a energia central não se achava em atividade. Nesses momentos de repouso da massa energética, a

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esfera não se mostrava mais translúcida; tinha o aspecto de um espelho esférico que refletia a imagem externa dos aparelhos existentes na sala. Em seus momentos de inatividade, nada se via dos elementos interiores contidos na esfera.

Não posso afirmar que esses flashes representavam o interior da nave que esteve diante de mim em 1951 ou o interior de outra coisa.

O certo é que, depois que esses flashes começaram a surgir, vi-me inclinado a pensar que a “operação-regeneração” acontecera e que sua ação progressiva continuou ao longo dos anos de minha vida para retardar o meu envelhecimento.

Se agora acredito piamente nesse caso de regeneração, é que tenho o sentimento (sem estar inteiramente seguro) de que esses flashes representam realmente o interior de uma nave. Podemos inclusive deduzir que o apagamento de minha memória da “sequência regeneração” não foi tão bem-sucedido como eles desejavam. Esses flashes são provavelmente a ressurgência memorial daquilo que me impressionou no momento em que vi pela primeira vez o aspecto extraordinário do interior de seu maravilhoso veículo espacial.

O fato é que, de acordo com os seres, salvo acidente mortal, minhas células receberam o “piparote” necessário para que o mecanismo da degenerescência física da matéria que constitui meu corpo seja relativamente retardado, ao longo de minha vida no planeta, para me conduzir até os 120 anos.

Nasci em 1932. No momento em que escrevo, tenho 54 anos e 27 dias e existência. Restam-me, portanto, 66 anos. Pela lógica, deveria vivê-los relativamente em bom estado de saúde. Vamos ver...

O ano de 2052 será para mim um dos mais belos momentos de minha vida, pois então estarei em condições de provar que encontrei extraterrestres. A regeneração das células de meu corpo por meus amigos galácticos é a única prova tangível de meus contatos e da autenticidade da mensagem que retransmito da parte deles ao nosso mundo enlouquecido.

Eu viajei em torno do sistema de Vega

Prevendo os sarcasmos do tipo “Você andou sonhando com isso”, devo assinalar, antes de começar o relato desse contato, que na véspera tinha me deitado às oito horas da noite, tendo dormido maravilhosamente.

No dia em que esse contato telepático um tanto especial me surpreendeu – é realmente a palavra certa -, eram três horas da manhã. Eu estava em meu local de trabalho, sentado à escrivaninha. A noite era bela. Corria o mês de Dezembro. Não consigo recordar o ano, não prestei atenção a isso; creio apenas que foi entre 1974 e 1976.

Achava-me, portanto, sentado à escrivaninha fazendo cálculos para o setor de pessoal da empresa onde então trabalhava. Naquele dia sentia-me particularmente em boa forma. Desembaraçava-me da tarefa com facilidade. De tempos em tempos, tirava os olhos do papel para efetuar mentalmente alguns cálculos simples, quando de súbito fui tomado por um estranho torpor que me paralisou em meu último gesto e fixou meu olhar no vazio diante de mim. Apesar disso, encontrava-me perfeitamente consciente e lúcido. Uma lucidez “extra”; diria mesmo, uma certa “extralucidez”. Com efeito, antes de “partir”, ouvi a “parasitagem” de vozes humanas em meu cérebro. Vozes humanas que pareciam pertencer à outra dimensão. Reparei na conversa entre essas vozes. Havia a voz de um homem velho e a de um adolescente:

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− “Tu os está vendo, meu menino?

− Sim, meu avô, mas ainda estão muito afastados da Terra.

− Não tenhas medo. Eles vêm, e tu os verás. Foi a promessa que te fiz.

− Poderei falar com eles?

− mas claro, eles estão vindo à nossa procura.”

Ouvir essas vozes deixou-me emocionado.

Tinha a impressão de captar tais palavras de maneira extraordi-nariamente nítida, como se viessem do outro lado da Terra. Mas que Terra? Não podiam ser palavras veiculadas por ondas incomuns provindo de outra dimensão? A “parede” parece tão fina entre dois mundos paralelos! A menos que elas não fossem captadas por acaso num passado longínquo ou num futuro já pertencente ao nosso planeta.

Para mim, essa audição era esquisita e não parecia dizer respeito ao mundo presente.

Em seguida, pouco a pouco, sempre consciente do que me acontecia, meu cérebro esvaziou-se de todos os pensamentos parasitas. Tudo tornou-se cinza-claro à minha volta. Não via mais o cômodo onde estava, nem seus móveis. Esse espaço cinza ganhou profundidade. Senti-me de repente muito leve. Deslocava-me flutuando numa profundidade de campo de cor cinza que se constelava paulatinamente de uma multidão de pontos pretos, longínquos, que se afastavam cada vez mais rápido para trás. Depois, fiquei estupidificado ao constatar que me encontrava cuidadosamente instalado num assento confortável posto ao centro, na frente e no interior de um domo translúcido hemisférico. Ele estava em posição vertical de onde eu podia ver, sentado, num nível horizontal segundo me pareceu, tudo que se achava à frente. De fato, isso não significava quase nada, porque de repente perdi a noção do alto e do baixo. Continuava vendo esse espaço cinza constelado de pontos pretos que desfilavam para trás, mantendo

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uma velocidade vertiginosa. Fiquei surpreso por não me sentir mal, pois comumente sou acometido de vertigens e enjôos.

Depois, progressivamente, o quadro mudou. Em menos de um minuto, o espaço à minha frente ficou de um azul-marinho muito escuro, e os pontos pretos, de um branco luminoso. Eu estava menos deslocado vendo agora as cores e o aspecto normal de um céu estrelado, uma bela noite de verão. Para minha grande surpresa, não havia como duvidar: eu viajava no espaço. Houve manifestamente uma desaceleração, mas as estrelas não deixaram de desfilar com rapidez. Logo constatei que não conhecia as constelações que estava vendo.

Percebi que diante de mim, no centro da massa de estrelas que se afastavam de um lado e de outro, havia uma que aumentava rapidamente de tamanho; a tal ponto, que em menos de cinco minutos não pude mais olhar para ela senão piscando fortemente os olhos. Fui obrigado a fechá-los. Quando os reabri, cerca de dez minutos depois, tive a surpresa de ver que já não era noite em cujo centro imperava a ofuscante estrela, mas como que um amanhecer que se erguia em volta de um magnífico planeta. Planeta enorme, que avançava em minha direção aumentando lentamente de tamanho e deslocando-se para a esquerda.

Ele era cercado por uma atmosfera azul que ia clareando rumo à superfície. No interior e em torno desse espesso halo azul filtrava-se um céu na gama predominante dos vermelhos, laranja e amarelos, estes últimos voltados para a superfície do planeta.

A partir de oito mil metros de altitude (apreciação visual inteiramente gratuita; as profundidades, distâncias e altitudes eram muito difíceis de avaliar do espaço), pude ver a beleza de uma atmosfera quase sem nuvem. Num céu de um azul puro muito peculiar, um sol radiante dispensava o calor e a vida a imensas florestas que recobriam a quase totalidade desses três gigantescos continentes, cavados por múltiplos mares e imensos lagos interiores, semeados de pequenas ilhas às vezes vulcânicas.

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Enquanto as estrelas apagavam-se uma a uma, preocupei-me subitamente com uma intensa luminescência amarela viva, como fogo, cercando o domo sobre o exterior do enquadramento onde ele parecia estar fixado.

Inquieto, voltei-me para ver o que estava acontecendo atrás de mim, mas o espaldar forrado da poltrona onde me achava confortavelmente sentado não me deixava ver o que quer que fosse.

Durante esse tempo, o veículo espacial que me transportava já estava evoluindo paralelamente ao horizonte ainda ligeiramente curvo do planeta. Eu perdia altitude. Depois, a noite caiu rapidamente, e eu vi aqui e ali grupos de luzes que desfilavam abaixo de mim. Eu imaginava que eram cidades, mas tudo estava ainda muito indistinto para que eu pudesse pronunciar-me. Creio que também sobrevoamos a goela escancarada de um vulcão.

Ao cabo do que me pareceram várias horas, a manhã surgiu. E ali, o que apreciei era imensamente belo. Era de cortar o fôlego. Eu nunca tinha visto algo parecido. Senti-me inexistente em relação à beleza e ao poder do astro do dia... Mas a velocidade era ainda muito grande, e fui rapidamente ofuscado pelo enorme sol que subia muito rápido sobre um magnífico fundo de céu azul-claro. Acabava de ver o solo do planeta a uma altitude menor e pude constatar que o seu volume era no mínimo vinte vezes o da Terra. “Eles” portanto, tinham razão.

Em certo momento houve uma parada quase suave, uma estabilização, uma oscilação para trás no domo, enquanto meu assento recuava uns bons dois metros. A beira do domo translúcido posicionara-se 45 graus para trás em relação à sua posição anterior. Na claridade do dia, um pouco mais tarde, pude perceber que o “nosso” veículo espacial tinha uma forma discoidal encimada por um hemisfério translúcido com um diâmetro de cerca de cinco metros, pertencendo ele mesmo a uma esfera móvel, translúcida, incrustada no centro do disco exterior.

Esse disco era feito de um metal prateado ligeiramente luminoso,

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podendo girar em todos os sentidos em volta da esfera exterior sem modificar a posição do ocupante, sentado em posição supostamente normal, no sentido da marca do aparelho.

O engenho desceu muito lentamente até cerca de quinhentos metros. Deteve-se e pairou durante alguns minutos acima de um vasto mar azul margeado por uma longa e grande praia de areia amarela em alguns lugares, e vermelha em outros.

Imobilizou-se de novo durante alguns minutos. Percebi que estava acima de um mar interior cuja costa era bordejada de árvores. Pude ver ao longe plantas exóticas, palmeiras e bananeiras que tinham crescido a um quilômetro da praia. Para o interior da floresta havia árvores muito mais altas e de grande diâmetro. Pareceram-me da família das coníferas. Aparentavam-se bastante com os nossos pinheiros.

O engenho voltou a subir rapidamente até cerca de mil metros e rumou na direção de outro continente. Passaram-se minutos até que desacelerou e sobrevoou uma maravilhosa paisagem. Sobre este território juntavam-se todos os tipos de árvores e de flores. Somente algumas me eram familiares. Constatei, por exemplo, que as flores de certas espécies eram enormes em relação às nossas flores terrestres.

Depois surgiram pradarias e terras cultivadas – como entre nós – atravessadas por canais artificiais ligados a grandes rios naturais, não raro com largas pontes de um quilômetro ou mais, sem arcos, sem pilares, sem cabos, feitas simplesmente de uma fina faixa de um material que não pude determinar. Essas pontes atravessavam os rios com um movimento majestoso, sem alterar a harmonia da natureza em volta.

Nas extremidades dessas pontes, eu podia distinguir estradas mergulhando entre as árvores das florestas, no interior das quais erguiam-se cidades com prédios de todos os tamanhos. Essas construções, geralmente de formas hemisféricas e lenticulares, com bela arquitetura e agradáveis de ver, casavam-se perfeitamente com

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a harmonia natural do ambiente. Nunca pude desenhar de memória nem mesmo descrever as formas arquitetônicas dessas habitações, tal a diferença em relação ao que temos na Terra. Só posso dizer uma coisa a esse respeito: com muita imaginação, poder-se-ia, a rigor, compará-las ao trabalho de Le Corbusier, só que eram muito mais bonitas e mais harmoniosas.

Sobre ou acima das pontes que atravessavam os rios, evoluíam veículos semiterrestres e aéreos. A mil metros de altitude e até mais, pude ver os movimentos e as cores, mas não as formas desses veículos. Essa visão a distância era muito imprecisa para poder descrevê-las.

Os lagos como os mares interiores, eram bordejados de praias. Às vezes, pequenas esferas aéreas translúcidas e prateadas planavam no cume das árvores da floresta.

No interior dos continentes, sobrevoei às vezes superfícies semelhantes a “concreto” de cerca de vinte quilômetros de lado, sobre as quais elevavam-se prédios sóbrios e cúbicos, encimados por altas torres quadradas de tetos hemisféricos lisos e prateados, repletos de antenas que lembravam radares.

Quando saía de um continente, o engenho sobrevoou rapidamente, cinquenta metros sobre o mar, um local onde flutuavam esferas de uns vinte metros de diâmetro.

O hemisfério inferior imerso era de cor vermelha e opaca, e separado do hemisfério translúcido superior por um soalho metálico recoberto de madeira. Esse soalho tinha no centro um orifício circular cercado por um pequeno parapeito em tubo. Sobre esse soalho estavam seres humanos, homens e mulheres, apenas em roupas de banho.

Eles acenaram com simpatia para o engenho onde eu me encontrava. Infelizmente eu não podia responder-lhes, pois tinha os antebraços imobilizados no apoio da poltrona. Por outro lado, como em resposta aos acenos dos “banhistas”, o engenho oscilou várias vezes em torno do seu eixo “longitudinal”.

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Essa pequena manobra me fez constatar que aqueles que pilotavam o engenho (quem sabe... talvez por telecomando) viam tudo o que se passava. Percebi apenas que nesse instante preciso...

Uns vinte quilômetros ao largo, quando o engenho se achava a duzentos quilômetros de altitude e sobrevoei um setor onde cilindros metálicos semitransparentes flutuavam balançando-se suavemente. Eles emergiam de aproximadamente cinquenta metros acima do mar. Em sua parte superior, que era feita de uma matéria transparente, percebia-se uma dúzia de andares interiores. Os cilindros deviam ter trezentos metros de diâmetro. Viam-se com nitidez discos voadores estacionados em sua plataforma superior.

Uns trinta quilômetros mais longe, o engenho repicou lentamente até vinte metros acima do mar num local relativamente pouco profundo. Pude ver ali, sob o mar, várias cidades? Usinas? Não saberia dizer. Os prédios estavam sob enormes cúpulas transparentes ligeiramente fumês.

Tais cúpulas deviam ter cada uma cinco quilômetros de diâmetro, eram circulares, mas achatadas e não inteiramente hemisféricas. Essas “aglomerações” submarinas eram compostas de prédios cúbicos e retangulares de ângulos fortemente arredondados. Os globos dessas enormes aglomerações, onde não vi nenhum ser vivo, ligavam-se entre si por túneis translúcidos que pareciam simplesmente depositados no fundo marinho. Mas eu não podia distinguir os seus detalhes, apesar da limpidez do mar calmo.

Sobre o solo, no interior dessas imensas cúpulas, podiam-se distinguir nos espaços vazios entre os prédios grandes amontoados do que me pareceu um mineral brilhante de cor amarela. Havia também pilhas de metal prateado e outros parecidos com giz ou cal; de qualquer modo, da mesma cor branca esmaltada.

Num dos continentes, este muito montanhoso, sobrevoei uma enorme cratera de pelo menos dez quilômetros de diâmetro em sua parte mais larga. O fundo da cratera e o solo exterior achavam-se no mesmo nível. Em volta, sobre os declives, a vegetação era

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luxuriante. A profundidade da cratera tinha no mínimo trezentos metros. De seu fundo quase chato jorravam gêiseres até cinquenta metros de altura.

Depois, o engenho ultrapassou tudo isso e disparou para subir verticalmente a uma velocidade fantástica. Em menos de trinta segundos já era noite e apareciam novamente as estrelas. Ao cabo de cinco minutos o planeta ficou do tamanho de uma laranja e desapareceu rapidamente para dar lugar ao seu sol, que se fundiu entre as outras estrelas. Eu já não podia situá-lo. Aparentemente, a “visita” tinha terminado. Não me lembro de mais nada no que diz respeito ao fim de meu retorno do espaço.

Sei apenas que tudo terminou com um grande flash luminoso em meu espírito e que me vi sentado à minha escrivaninha, exatamente na posição em que estivera quando tudo começara, ou seja, o busto vertical, a mão esquerda sobre a folha de cálculos, o cotovelo direito apoiado na mesa. A mão direita, que segurava o lápis, estava suspensa no vazio em seu último movimento, uns vinte centímetros acima da folha de cálculo. Meu olhar dirigia-se horizontalmente para a frente. Sem transição, tudo se tornara normal à minha volta. Como sempre, depois de um contato, apressei-me a escrever e desenhar o que tinha acabado de vivenciar enquanto a memória ainda estivesse fresca.

Essa viagem “telepática” no espaço longínquo de Vega e em volta desse magnífico planeta tinha durado várias horas, quando na realidade não se tinham materialmente passado cinco a sete minutos na Terra.

Durante minha permanência no interior do engenho, constatei que tudo era absoluta e perfeitamente nítido. Eu sentia meu corpo no assento, sentia o cheiro de plástico (?) do seu forro. Percebi enfim as impressões e os efeitos de aceleração e de pico. O que vi era tão nítido e colorido quanto o que veria se estivesse diante do leitor conversando durante um almoço na sala de jantar.

Além do mais, se tivesse dormido e sonhado, ao despertar me

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encontraria assustado, caído sobre a escrivaninha, a cabeça e os braços sobre os papéis.

O mais importante é que eu tinha os olhos bem abertos e não sentia qualquer torpor, nenhuma fadiga, nem vontade de dormir.

Devo confessar que tal contato “telepático”, concernente a essa “viagem” em torno de um planeta longínquo desconhecido que bem poderia ser Silxtra, deve ser de difícil admissão por quem não viveu essa aventura fantástica. Mas que posso fazer? Só posso alegar minha sinceridade. E acho realmente que apenas eu tenho condições de acreditar em cada detalhe do ocorrido... porque o vivenciei.

A conjuração mundial e as declarações de alguns cientistas

Todo homem é um São Tomé em potencial, que só acredita no que vê, toca e ouve. Mas é preciso saber que muitos cientistas, entre os mais renomados no mundo da astronáutica, da balística e das forças aéreas, fizeram aos jornalistas as declarações mais sérias a respeito dos OVNIs:

− Walter Reidel, célebre especialista dos foguetes alemães, declarou à revista Life de 4 de Julho de 1952: “Estou convencido de que os discos voadores tem uma base fora deste mundo.”

− Herman Oberth, também famoso especialista dos foguetes alemães, disse à American Weekly de 24 de Outubro de 1954: “Os discos voadores provêm de mundos afastados.”

− O secretário da Força Aérea dos Estados Unidos declarou aos comandantes de base em 5 de Agosto de 1960: “A Força Aérea exerce uma vigília permanente perto da Terra para pesquisar os OVNIs.”

− A instituição Brooklong sobre a vida extraterrestre comunicou ao New York Times de 15 de Dezembro de 1960: “Se essas criaturas têm uma inteligência suficientemente superior à nossa, poderiam muito bem manter contatos conosco.”

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− O general da Dowin (comandante da RAF em 1940) declara à agência Reuter em agosto de 1954: “Os discos voadores existem realmente e são interplanetários.”

− Alberto M. Chop, diretor-adjunto do Serviço de Relações Públicas da NASA, escreveu na revista True de 5 de janeiro de 1965: “Estou há muito convencido de que os discos voadores são engenhos interplanetários. Temos sido observados por extraterrestres.”

− O contra-almirante da reserva Delmar Fahrney escreveu numa carta a um comitê norte-americano de investigações aéreas (o NICAP) em 1956: “Objetos voadores não identificados, dirigidos por gente inteligente, estão penetrando a grande velocidade em nossa atmosfera. Precisamos elucidar esse mistério o mais rápido possível.”

− O tenente O. R. Pagini, membro do gabinete do secretariado na Marinha Argentina escreveu ao NICAP em setembro de 1965: “O caso da intervenção dos OVNIs junto a nosso navio de transporte Le Punta Mendota não é mais que um dos quinze desse tipo assinalados pela Marinha Argentina desde 1963.”

− Declaração do Dr. Mitrovan Zverev, sábio soviético em serviço em Santiago do Chile: “Uma coisa desconhecida visita nossa Terra.”

− Declaração do Prof. Claudio Anguila, diretor do observatório de Cerro Calan (Chile): “Não estamos sozinhos no universo.”

− Declaração do Prof. Gabriel Alvia, do observatório de Cerro Calan (Chile): “Existem provas científicas demonstrando que estranhos objetos têm visitado o nosso planeta. É lamentável que os governos tenham lançado um véu de segredo sobre a questão.”

As três últimas citações provêm da agência Reuter, em 26 de agosto de 1965.

− O Washington Daily News noticiou nas páginas de seu

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número de 25 de julho de 1952: “O Departamento de Defesa ordenou a seus soldados que abatessem os OVNIs que se recusassem à ordem de aterrissar.”

Alguns outros grandes estudiosos de nosso planeta têm às vezes dado sinais de inteligência e de abertura de espírito. Assim, por exemplo, o grande professor alemão Ernest Haeckel, que apresentou uma magnífica teoria sobra a pluralidade dos mundos habitados por espécies humanas inteligentes. Ele declarou, claramente: “É perfeitamente possível que outros planetas tenham produzido outros tipos aperfeiçoados de plantas e animais desconhecidos na Terra. Saídos de uma linha de formação superior à dos vertebrados, seres superiores puderam desenvolver-se, seres que transcendem em inteligência o homem terrestre.”

Eis outro estudioso, considerado nos meios científicos como um pensador “na moda”. Ele inventou a asa-delta e os torpedos rastreadores; é um eminente sábio atomista. Chama-se Bernard Benson.

Vou reproduzir suas próprias palavras numa entrevista à Paris-Match de 4 de setembro de 1981. Aqui estão, portanto, extraídas do documento, algumas frases de grande peso.

“Perguntei recentemente a um lama tibetano: ‘Como se explica que eu tenha cometido tantas tolices durante os primeiros 45 anos de minha vida (a parte de sua vida em que trabalhou como um grande cientista) antes de fazer alguma coisa inteligente? O lama me deu a seguinte resposta: ‘Primeiro é preciso ter conhecimentos ordinários, e em seguida ter conhecimentos extraordinários.’”

A Paris-Match quis saber qual tinha sido o processo dessa tomada de consciência, dessa passagem da ciência para a luta contra a corrida armamentista.

“A verdadeira resposta está no conceito de Karma, o meu Karma. Os sábios sentem-se à vontade com as grandes vias espirituais porque elas não passam de física do cosmo. Fui outrora físico. Há uma lei da física de Newton onde se diz que a cada ação

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corresponde uma reação igual e contrária. Se ponho minha mão sobre a mesa, esta resiste a ela com uma força equivalente; do contrário, ela se abaixaria ou minha mão se levantaria. Nosso espírito funciona exatamente da mesma maneira, e todos os nossos atos, todos os nossos pensamentos, todas as nossas palavras saem de nosso espírito mais ou menos como um tiro de espingarda; a bala parte para a frente, enquanto nosso ombro recua.

Então, quando emitimos energia construtiva ou destrutiva, a sua marca fica gravada em nosso espírito. Se fazemos coisas positivas e utilizamos energia positiva, fica uma marca positiva. Quando se morre, o corpo cumpriu o seu tempo, mas a energia do espírito continua a existir. Deixa-se sua mala, e esta mala é o conjunto de coisas que o espírito permitiu-se fazer. Quando se retoma o corpo, retoma-se a mala e continua-se a viagem.

“Os antropólogos consideram que os tibetanos são, com os incas, o povo mais inteligente do mundo. Eles viveram seiscentos anos de solidão no Tibete, concentraram os melhores elementos de sua sociedade nos monastérios, onde se consagraram a descobrir a natureza do espírito humano e sua relação com o universo.

Alguém de disse outro dia: ‘Nós somos muito numerosos sobre a Terra, seria preciso que metade de toda essa gente desaparecesse.’ Perguntei-lhe: ‘Que metade?’

O que acontecerá neste mundo depende do que faremos de nosso espírito. Se de repente o mundo inteiro se abrisse a uma grande compaixão e utilizasse sua energia nesse sentido, o destino da humanidade seria totalmente diferente. Se, graças ao ‘livro da paz’, que escrevi em 1981, um movimento mundial fosse detonado, eu ficaria mais confiante no futuro. Imaginem se de repente, à mesma hora, quatro bilhões de seres no planeta tivessem, presentes no espírito, idéias de paz; o mundo se transformaria totalmente. Se toda essa energia fosse acumulada no espírito de quatro bilhões de seres vivos, os chefes de Estado eu estivessem preparando confrontos armados não conseguiriam resistir. As tendências agressivas desmoronariam, a boa vontade inundaria o mundo, cada

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qual se sentiria transformado. Trata-se, portanto, unicamente de um problema de comunicação e de vontade.

“Penso que, já que não temos bastante bom senso para dominar as descobertas científicas, deveríamos desacelerar-lhes o ritmo e digerir primeiro o que já se sabe. Mas há algo mais importante. Devia-se criar uma confraria de sábios digna de confiança, que tudo faria no intuito de não contribuir para a destruição de seus semelhantes. Pois tudo ou quase tudo pode ser utilizado para servir o mal, e nós já não somos capazes de impedir isso.”

O homem sensato, por mais objetivo que seja, não pode deixar de sensibilizar-se com essas declarações provenientes de sumidades científicas mundiais. Os ocupantes dos OVNIs estão aí, mais uma vez, à véspera de nossa destruição total, para nos dizer o que Bernard Benson tem gritado para o mundo. E os contatados estão aí para retransmitir sua mensagem de paz e de amor.

Não, os OVNIs não são ilusões. E é exatamente por isso que as autoridades internacionais, assim como o corpo científico mundial, interessam-se pelo assunto com maior seriedade.

Infelizmente, os sábios suficientemente inteligentes para compreender e mudar de rumo podem ser contados nos dedos da mão. Sim... quantos são os cientistas como Benson... como Haeckel, que ousam falar de paz, amor e... extraterrestres?

Entretanto, no seio do infinito cósmico, tudo é vivo e consciente. O ser humano de nosso planeta está programado para tornar-se ainda “maior” do que é, pois acaba de sair há pouco de sua evolução animal. Deve agora tornar-se plenamente humano. Ainda tem um longo caminho para a luz, na eternidade do espaço e do tempo.

Se o homem quisesse compreender, saberia que a vida é bela e harmoniosa. O faraó Amenhotep sentia profundamente essa verdade, que exprimiu maravilhosamente em seu hino ao Sol: “Embora estejas longe, teus raios acham-se na Terra, teu amor é grande e poderoso...”

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Em sua sabedoria, Amenhotep tinha compreendido o poder da capacidade de amar. E expressou à sua maneira.

Agora, sem querer engrandecer-me no plano científico junto a sumidades da ciência e, no plano espiritual, junto a Amenhotep, eis que o contatado que sou tem o dever de transmitir aos leitores.

Desde 1945, o fenômeno dos OVNIs está presente em todos os instantes na vida de cada ser humano de nosso planeta.

Dos mais indiferentes aos mais fanáticos e aos mais encarniçados céticos, cada habitante de nosso mundo conhece a expressão “discos voadores”, aliás, errônea.

Desde o começo do aparecimento desses engenhos, que apresentam formas além da matéria tangível, as defesas nacionais de todos os países do mundo sufocam a verdade sobre a realidade da existência dos OVNIs e agem de maneira a deixar caírem no ridículo todos aqueles que já viram discos voadores.

Desde o começo, os pilotos civis e militares, os agentes técnicos ligados aos serviços de detecção aérea, assim como os cosmonautas de todas as nações do mundo, são mantidos no mais absoluto silêncio. São punidos se falarem do que viram no céu, na tela dos radares ou nos relatórios provenientes de nossos numerosos satélites artificiais que giraram em torno da Lua e de Vênus, e dos módulos que se encontram na superfície de Marte.

Os meios de comunicação só podem divulgar aquilo que as autoridades permitem.

Os “Departamentos OVNI” dos centros oficiais de pesquisa científica, assim como os grupos privados de pesquisa dos OVNIs, apresentando ao público a palavra – pomposa e tão fácil – “objetividade”, limitam-se a estudar o lado técnico desses “objetos”: velocidade, desempenho, resistência e natureza dos materiais, modo de propulsão etc. etc.

Os pesquisadores em questão, civis ou militares, oficiais ou privados, evitam cuidadosamente falar daqueles que pilotam esses

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engenhos e do motivo de sua presença à beira de nosso sistema solar, em nossa atmosfera e, sobretudo no solo. Aquilo que nos traz o “fenômeno dos OVNIs” incomoda consideravelmente os governos do mundo. Os governos só tem uma maneira de retardar o momento da verdade: mantendo a conjuração.

O que o público deve ficar sabendo é que no mundo inteiro, numerosos contatos foram e vêm sendo feitos sem cessar entre o “terráqueo” médio e os representantes extraterrestres de uma civilização galáctica social, científica e filosoficamente muito à frente da civilização atual de nosso mundo enlouquecido.

Mas o minucioso trabalho da conjuração instalado por nossos governos age de tal maneira, que os contatados são ridicularizados pela imprensa, o rádio, a televisão e todos os meios postos a serviço do grande público.

Sou um desses contatados e, sob tal condição, posso dizer a meus leitores que, agindo dessa forma, nossos governos perdem e fazem nossa civilização perder, perigosamente, um tempo precioso. O corpo científico mundial fecha voluntariamente os olhos e irrita-se quando se lhe apresentam casos de contatos entre seres humanos de origem extraterrestre e simples humanos de nosso planeta. O corpo científico não quer ouvir falar de histórias de contatados. Rejeita sistematicamente tal eventualidade e zomba dos relatos. Fizeram a mesma coisa outrora, quando se acenou com a possibilidade de fazer voar um engenho mais pesado que o ar.

De acordo com as informações dos extraterrestres, se uma mudança tivesse início, o aspecto de nossa civilização ficaria completa e profundamente modificado. Parecer-nos-ia então impossível que tivéssemos perdido tantos milhares de anos freando nossa evolução, tanto no plano social, quanto no científico e no espiritual. É por isso que os governos de nosso mundo escondem a verdade sobre os visitantes do espaço.

Os contactados são os precursores de uma nova era. São os mensageiros, os representantes interinos das civilizações

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extraterrestres evoluídas que nos visitam. Tudo isso faz parte de um plano universal.

Assim como os contatados, seres humanos de nosso planeta, conscientes do nível de degradação de nossa raça ainda no estado quase animal, estão programados para ajudar no agrupamento mundial dos verdadeiros contatados e dos humanos de boa vontade que se incumbirão de erguer as bases de um mundo novo.

É desse mundo novo que os extraterrestres querem nos falar por intermédio dos contatados informados, ensinados e instruídos em diversos níveis, de acordo com as capacidades de cada um.

Esse ensinamento espiritual, essas instruções trazem à nossa civilização as informações necessárias à construção lógica dos “Estados Unidos do Mundo”.

Tal construção deverá ser feita, antes de tudo, no coração do homem, na paz, fraternidade e amor de todos os povos, a fim de que estejamos preparados para juntar-nos, nós terráqueos, ao grande agrupamento do pensamento espiritual universal, ao lado das civilizações extraterrestres que nos observam com amor, embora com alguma desconfiança, há vários milênios. Tal é, em suas grandes linhas, a estrutura geral da mensagem que os verdadeiros contatados têm por missão retransmitir.

A conjuração de que tratamos aqui é uma injúria feita aos homens de ciência, às sumidades e aos estudiosos bem conhecidos, como:

− O Prof. Hall, astrônomo do Observatório Lowell (Arizona).

− O Dr. Lincoln Lapaz, do Instituto de Estudo dos Meteoritos.

− O Dr. Walter Riddel, criador dos V-2, trabalhando agora na North American Corporation (EUA).

− O Dr. Biot, aerodinâmico.

− O Dr. Seaborg, prêmio Nobel.

− O Prof. S. Zohntein (URSS).

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− O Prof. Kasantsev (URSS).

− Assim como aos 35 estudiosos brasileiros que afirmam que os discos voadores existem, sem esquecer os cosmonautas, quaisquer que sejam, americanos ou russos.

Todo um contexto de provas materiais constituídas por múltiplos relatórios produzidos por pessoas sérias e dignas de fé perfaz o espectro da prova global do fenômeno dos OVNIs como engenhos extraterrestres.

Da percentagem de crédito que os povos da Terra concedem aos OVNIs depende a salvação da humanidade inteira. Falo de maneira afirmativa e com conhecimento de causa.

Seres humanos extraterrestres tentam contatar-nos ultimamente, com o objetivo de salvar nossa espécie em perigo. Mas mentalmente recusamos esse contato, e eles o sabem. Pois, por meio de detectores centralizadores de ondas cervicais, medem a todo instante o grau de agressividade de cada indivíduo da humanidade terrestre. Isso lhes permite, entre outras coisas, escolher os locais e momentos em que podem manifestar-se.

Por enquanto, esses seres limitam-se a catalogar ao máximo todos os comportamentos catastróficos para o homem e seu planeta. Em seguida, quando acharem que o homem tornou-se voluntariamente receptivo e preparado para aceitar a sua ajuda sem demonstrar agressividade mental, eles se manifestarão de maneira oficial e mundial.

Essa lentidão no agir prende-se ao fato de que ninguém pode atentar contra a liberdade de outrem. Esta é uma das principais leis cósmicas.

Estou perfeitamente consciente do fato de que certos críticos vão tentar por todos os meios desmentir minhas afirmações, tão habituados estão a isso em cada circunstância em que as realidades ultrapassam seus conceitos. Garanto que seus ataques não mudarão em nada a situação, e só posso dizer, desde já, que, sabendo o que

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sei sobre a realidade das coisas e dos seres, perdôo-lhes sinceramente a reação cética. Sei que é difícil aumentar as vibrações do espírito para compreender os conceitos extra-universais. Será que os compreenderemos um dia, em um só instante, sem manchá-los com a nossa teimosia?

As declarações dos cosmonautas

Fico imensamente feliz por não ser o único a falar dos extraterrestres. As pessoas cujos nomes mencionarei são famosas no mundo inteiro, já que se trata de cosmonautas. Estes não apenas falam da presença real de extraterrestres, mas ainda do bem estar “insólito e inesperado” que experimentaram no espaço.

Lá em cima ainda não existe poluição devida às emissões de ondas negativas criadas pelos pensamentos agressivos dos homens sobre a Terra.

As declarações adiante me enchem de esperança. Sairemos beneficiados, enfim, por aquilo que o grande construtor de todas as coisas pôs a nosso alcance para educar nossos corações e nossos espíritos na direção da verdadeira espiritualidade.

Os leitores encontrarão nessas declarações as reações psicológicas dos diversos cosmonautas, durante e após suas viagens no espaço.

− Rusty Schweickart, missão Apollo 9: “Não sou mais o mesmo homem. Todos mudamos. Eu me sentia como uma parte de cada um e de cada coisa que deslizava abaixo de mim.”

− Ed. Mitchell, missão Apollo 14: “Algo nos acontece lá em cima. Você adquire uma instantânea consciência global, uma orientação geral, uma insatisfação pelo estado em que se encontra o mundo e uma vontade terrível de mudar tudo isso.”

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− Jim Irwin, missão Apollo 15: “É com a mais bela emoção que constato pela primeira vez a real beleza dos astros e penso ter experimentado a presença de Deus.”

− Charles Duke, missão Apollo 16: “Fiquei transtornado pela certeza de estar testemunhando uma parte da universalidade de Deus.”

− Tom Stafford, missão Apollo 10: “Do alto, você não olha o mundo como americano, mas como ser humano.”

A fonte oficial dessas declarações é o jornal Times de 11 de Dezembro de 1972.

Em começos de 1973, realizou-se em Nova York uma reunião internacional com vistas a discutir o fenômeno dos OVNIs. Estudiosos do mundo inteiro aplaudiram a declaração do cosmonauta Gordon Cooper.

Gordon Cooper é um verdadeiro pioneiro da descoberta do espaço. Foi ele quem descreveu 22 órbitas em torno da Terra a bordo da cápsula Mercury 9 em 1963, e em seguida girou 128 vezes em volta de nosso globo com Charles Conrad na cápsula Gemini 5, em 1965.

Gordon Cooper exigiu que sua declaração fosse reproduzida palavra por palavra, a fim de preservar sua seriedade. Assim, o experimentado cosmonauta encontrou-se com o jornalista Benny Manocchia no Congresso de Nova York. Sua declaração foi gravada e reproduzida sem a menor modificação.

Eis o texto integral, já histórico:

“Seres inteligentes vindos de outros planetas visitam a Terra e buscam entrar em contato conosco. Encontrei vários de seus engenhos durante minhas viagens espaciais. A NASA e o governo americano sabem disso. Possuem mesmo numerosas provas. Continuam, porém, a guardar silêncio. É sem dúvida para não alarmar as populações. Todavia, estou decidido a dizer tudo que sei, pois no fim de contas esse muro de silencio é terrivelmente nefasto.

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Durante anos, vivi no segredo imposto a todos os especialistas da astronáutica. Mas presentemente posso afirmar que todos os dias, nos Estados Unidos, nossos radares captam objetos de uma forma e de uma composição desconhecidas entre nós. Milhares de depoimentos e grande quantidade de documentos existem, mas ninguém quer torná-los públicos. Por que? Porque se teme que as populações acreditem tratar-se de invasores. A palavra de ordem é sempre a mesma: é preciso evitar o pânico a todo custo.

Eu mesmo fui testemunha de um fenômeno extraordinário aqui mesmo na Terra. Foi há alguns meses, na Flórida, quando vi, com meus próprios olhos, um espaço de terra queimada com traços deixados pelos quatro pés de uma ‘aranha voadora’, um engenho que tinha aterrissado no meio do campo. Seres tinham desembarcado como mostravam outros traços, estudado a topografia dos locais, colhido alguns fragmentos de terra, e depois partiram como chegaram sem dúvida, a uma velocidade vertiginosa.

Sei que as autoridades tudo fizeram para que a imprensa e a televisão nada soubessem desse caso, sempre devido ao medo das reações, que poderiam ser sinais de pânico da população.

O mais grave é que a ignorância em que somos mantidos não nos permite responder a esses visitantes. Ora, é evidente que estamos em presença de seres inteligentes que buscam comunicar-se conosco. É angustiante que os discos voadores sejam sempre tomados como assunto para brincadeiras, quando o que está em jogo é da maior importância. Trata-se antes de tudo de salvar nosso mundo, de abrir-lhe uma série de contatos e de relações importantes com seres originários de outros planetas próximos ou longínquos.

Ora, se não tentarmos fazer imediatamente alguma coisa nesse sentido, amanhã será tarde demais. Estamos lidando, não há dúvida, com representantes de civilizações de nível mais elevado e vários séculos mais adiantadas que a nossa. Somente eles podem salvar nosso velho mundo do apocalipse que o espreita.

Pois estou convencido de que nos precipitaremos para o desastre se

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não formos ajudados por inteligências superiores. A Terra está sufocando lenta, mas inexoravelmente. Um dia, precisaremos olhar para o céu e descobrir outros mundos para colonizar. Do contrário, sucumbiremos à fome, à sede, à doença. Vejam o Japão: esse país prefigura o que nos espera dentro de algumas dezenas de anos apenas. Quando atingirmos tal estágio, nosso único recurso será viajar pelo céu em busca de novas pátrias. Nossos conhecimentos científicos e técnicos são ainda insuficientes para nos permitir construir as naves interestelares que nos permitiriam alcançar outras galáxias. Ora, poderíamos receber a ajuda desses extraterrestres cuja existência tentam nos esconder com tanta obstinação.

Os discos voadores são uma realidade, nunca deixarei de repetir. Estou decidido a obrigar as autoridades a saírem de seu mutismo. O público deve ser preparado, desde hoje, para os novos contatos que, cedo ou tarde, serão forçados a estabelecer. A salvação de todos depende disso.”

Foi esta a declaração oficial do cosmonauta americano Gordon Cooper.

Nos meios científicos bem-informados, a presença dos extraterrestres e de seus engenhos são portanto, uma realidade. Se existem numerosas provas que os governos não querem divulgar ao público, sempre vaza alguma coisa, mesmo entre os serviços oficiais. Em relação aos cosmonautas, eis o que os governos negam, mas já não podem esconder:

Gordon Cooper, cuja declaração o leitor acabou de ler, viu, durante um vôo orbital, uma grande esfera luminosa que vinha ao seu encontro. Era um disco verde que evoluía no sentido inverso de nossos satélites. Esse disco foi observado pelos técnicos da NASA em 1963.

Ainda em 1963, Valerij, Bikowskij declarou pelo rádio durante um vôo: “Aqui, Nibio. Alguma coisa me acompanha no espaço, voando ao lado da cápsula, e está vindo ao meu encontro.”

Em 1962, Scott Carpenter foi salvo pelos extraterrestres. Ele disse

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pelo rádio: “É verdade, eles existem. Estão aqui, informem Glenn.”

Nesse mesmo vôo, quando ele pilotava manualmente, cometeu um erro de quatrocentos quilômetros, perdendo o sinal de rádio. Acreditaram-no desintegrado. Quando finalmente amerrissou, e já da porta da saída, ele gritou: “Quem são vocês? De onde vêm?”

Depois, de retorno à base, explicou: “A entrada na atmosfera foi suave, não senti nenhum calor: a cápsula estava cercada por um halo verde que piscava e que desapareceu à entrada na atmosfera.”

Os técnicos não acreditavam em seus próprios olhos.

Em 1962, Pavel R. Popovic, no Vostok 4, e Walter Scharra, no Mercury Sigma 7, viram formas luminosas em formação que escoltavam a cápsula.

Em 1962, John Glenn foi seguido por um globo luminoso.

Em 1969, Armstrong e Aldrin estiveram na Lua e declararam à base: “São objetos enormes, senhores, enormes. Oh, Deus!... Há outras naves alinhadas do outro lado da cratera. Eles estão sobre a Lua e nos observam.”

Desde esse dia, nem os americanos nem os russos procuraram voltar outra vez à Lua, apesar do programa previsto.

Como vêem os leitores, um contatado é um homem comum que não tem por que orgulhar-se de seu “privilégio”. Não é um privilégio. Existem no momento vários milhares de contatados em nosso mundo (setecentos mil).

Infelizmente, inúmeros desses contatados – uma quantidade imensurável – não ousam falar de suas aventuras com medo de caírem no ridículo, de passarem por loucos.

Mas é uma pena que não o façam. As informações que detêm da parte dos seres vindos de outros lugares no espaço são importantes, fundamentais para a nossa civilização.

Quanto a mim, aprendi coisas extraordinárias que só posso

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retransmitir.

Já não podendo responder às cartas que chegam, consagro neste livro todo um capítulo em resposta às questões que me fazem sem parar. Mas não esperem que eu responda a todas de maneira precisa. Não sou cientista. Meus amigos extraterrestres não me ensinaram tudo, e foi melhor assim. Eu, simples terráqueo, não teria suportado tanto saber.

O chefe de estado que conversou com cinco extraterrestres – Os contactados e os diferentes

tipos de contatos

Se me perguntassem qual é a coisa ao mesmo tempo mais bela, mais extraordinária e, no entanto também a mais incômoda que possa ocorrer a um homem em sua vida, eu responderia sem pestanejar: ser contatado por seres vindos de outro mundo.

Desde o instante em que comecei a falar de meus contatos, ou seja, doze anos depois, o riso foi geral.

Depois de doze anos de silêncio (1951-1963), senti de repente intensa vontade de falar; como se uma força independente de minha vontade me obrigasse a fazê-lo. Entretanto, eu tinha medo. Estava com dezenove anos de idade. Daí meu silencio de 26 anos antes de escrever uma primeira obra relatando minha “aventura”.

Mas esse longo silencio tem outra razão, mais forte. Eu devia traduzir, em palavras, informações e conceitos incomuns e novos para mim. Essa “tradução” efetuou-se lentamente no curso dos anos.

Eu só podia falar de meu contato de 1951 e dos outros em função do volume de informações inicialmente bem assimilado, depois traduzido em palavras. Em 1962 ou 1963, comecei, portanto a exprimir-me, já sabendo qual seria a reação.

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Se existe um provérbio cuja exatidão pude particularmente apreciar, é este: “Ninguém é profeta em sua terra.” Esse provérbio é ainda mais verdadeiro no seio da família, onde passo por um sujeito esquisito que as pessoas consideram como fora de esquadro. Situação incômoda e irritante. Mas com uma boa dose de compreensão, a gente acaba chegando lá.

O ser humano de nosso planeta acha difícil acostumar-se com fatos e conceitos que vão além do seu entendimento.

Quando uma aventura do tipo contato do terceiro grau acontece, já no primeiro momento a coisa nos parece tão fantástica, que é realmente impossível evitar questionamentos.

Em Novembro de 1975, uma das mensagens que eu recebia telepaticamente desde 1974 informou-me que existiam sobre o nosso planeta 296 mil contatados como eu. Desde esse instante, levando em conta a aventura que me ocorrera em 1951, fiquei estupidificado ao perceber que toda essa gente não falava de seus contatos.

Mas será que eu tinha razão em surpreender-me, sabendo que eu mesmo não tinha começado a falar publicamente do meu contato doze anos depois? Era, portanto, lógico e bastante provável que os outros tivessem feito a mesma coisa.

Sempre por intermédio de mensagens telepáticas, os representantes da civilização extraterrestre que me contatam informaram-me igualmente sobre uma idéia de reorganização básica, podendo adaptar-se ao estado atual da situação em que se encontra nossa civilização. Essa reorganização do planeta deve efetuar-se com a ajuda de todos os homens conscientes da gravidade da situação. Uma tarefa bastante pesada de retransmitir para nós, os contatados, já que se trata de deter a queda de nossa civilização na loucura. Nada menos. Eis o programa:

− Agrupamento mundial dos “disquistas”. Entendemos por “disquistas” as pessoas que concebem positivamente a presença de naves extraterrestres em nosso sistema solar.

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− Formação em escala nacional e depois internacional de um grupo de pesquisa e de seleção dos contatados. Entendemos por contatados os verdadeiros contatados e não os farsistas, os iluminados, os mitômanos, os loucos em busca de poder e os escroques de todos os tipos.

− Estudo aprofundado dos contatos.

− Decodificação precisa da mensagem extraterrestre.

− Colóquios internacionais dos contatados com aviso público por parte destes sobre a mensagem dos extraterrestres.

− Elaboração de um programa social, científico e espiritual internacional, de acordo com as leis universais cósmicas ensinadas pelos extraterrestres em sua mensagem.

− Elaboração e construção efetiva e sólida dos Estados Unidos do Mundo.

Depois de dez anos de organização, de estabelecimento e de bom funcionamento da união total dos povos do nosso planeta, a Organização das Nações Unidas deverá fazer com que os Estados Unidos do Mundo entrem na Confederação Interplanetária Universal criada pelos extraterrestres originários dos múltiplos mundos habitados, que nos observam há muito tempo.

Somente a partir da realização efetiva desse último parágrafo é que os extraterrestres nos contatarão visivelmente em pessoa e de maneira oficial, diante dos representantes legais das instâncias do saber que dirigem nosso planeta.

Fiquem tranqüilos. Não sou um desses “iluminados” que se crêem “embaixadores supremos” dos extraterrestres, “embaixadores” a quem serão obrigatoriamente confiados os postos mais importantes dessa constituição governamental planetária. Em meu nível, não tenho o estofo nem o desejo de ocupar um dos lugares nessa estrutura, qualquer eu seja ele.

Em tempo hábil, se essas idéias se materializarem, a colocação dos

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seres humanos de nosso planeta em seus respectivos postos será feita a partir de homens e mulheres terráqueas de grande qualidade moral e espiritual. Humanos dotados de grande sabedoria e de uma evolução espiritual e intelectual maior que a minha. Numa sociedade bem-organizada, cabe a cada um ocupar seu posto na medida de suas capacidades e dos seus valores humanos. Como todos os contatados de mesmo nível, eu teria tido o meu papel de retransmissão inicial e me contento com isso. Fico feliz por ter tido a honra e a alegria de trabalhar, mesmo no nível mais baixo, pela sobrevivência de meu planeta e de seus habitantes, a quem amo, pois eles são outros eu-mesmo.

Estou perfeitamente consciente de que tudo isso parece estar saindo direto de um romance de ficção científica aos olhos de todos aqueles que se julgam suficientemente objetivos. Ou seja, os que não querem nem podem conceber outra coisa senão aquilo que o “condicionamento” unilateral de um punhado de terráqueos ávidos de poder e de dinheiro obriga-os a conceber. Infelizmente, o homem parece sentir-se à vontade com os antolhos que seus ancestrais vinham usando há milênios. Graças a esses antolhos, sentem-se bem, porque não se vêem obrigados a ter responsabilidade pessoal. Isso parece aliviar qualquer peso de seus ombros.

Neste ponto, dirijo-me particularmente aos contatados:

“Não deixem que a mensagem que receberam se deixe impregnar com as suas paixões, com suas crenças e com sua agressividade doentia, pois neste caso vocês deformarão a sua verdade e simplicidade, que se resume numa única palavra, compreensível para todos: amor.

Somente com a compreensão dessa palavra ‘mágica’ ocorrerá a verdadeira evolução de nossa civilização, da espécie humana, do próprio planeta.”

“Meus” extraplanetários ensinaram-me ainda o seguinte:

“Não odeie. Não odeie mais. Ame. Ame intensamente. Você não terá mais problemas. Tudo ficará simples, fácil, e tudo que lhe

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parecia impossível tornar-se-á possível.”

O amor é a vida. Desejamos que daqui até o ano 2000 o homem atinja o grau de sabedoria necessário que lhe permita compreender e servir-se da ajuda que queremos trazer-lhe, para que ele possa enfim construir o que nunca conseguiu construir de perfeito, de verdadeiro, de belo e duradouro sobre o planeta.

Mas só se adquire essa sabedoria através de um trabalho interior individual de cada homem em face de si mesmo. Ele deve conscientizar-se de que cada indivíduo traz em si mesmo parte da responsabilidade para com toda a humanidade, e o que acontece à sua civilização não é senão o reflexo de seu próprio comportamento individual. Pois nenhum gesto, nenhum pensamento podem ser mais apagados. A partir de sua emissão no tempo e no espaço, um pensamento torna-se criado de ódio ou de amor, de destruição ou de vida.”

É espantoso constatar que, diante de tais mensagens propaladas pelos contatados, estes sejam tratados como loucos, sonhadores e visionários. Mas então o que se deve pensar, em matéria de loucura, daqueles que promovem as guerras, dos que vendem armas, dos construtores de armas nucleares e bacteriológicas para destruir as vidas humanas? O que se deve pensar dos que propagam a poluição industrial, auferindo imensos lucros por essa falta de respeito à vida humana? Estes não são tratados como loucos.

Abramos os olhos. Vivemos num mundo louco, onde a responsabilidade de cada ser humano é grande, ainda que por sua não-intervenção. Somente por seu comportamento egoísta de avestruz.

Já que falamos de contatados, acho útil saber como distinguir os verdadeiros dos falsos.

É muito simples. O verdadeiro contatado é reconhecido por sua simplicidade, a maneira clara como conta a sua “aventura”. Para saber se os extraterrestres que contataram a suposta testemunha são verdadeiros, é preciso ter em conta que o relato deles não deve fazer

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nenhuma menção a qualquer nova religião imposta aos homens, a qualquer tipo de política, a questões relacionadas a dinheiro. Pois assim são os seres do espaço que nos contatam. Os alienígenas que nos visitam adquiriram, desde a noite dos tempos, a prudência de não cometer nossos erros: dinheiro, religião, política, agressividade, destruição e guerra. Não é menos verdade que detêm um poder de que não podemos fazer sequer uma pálida idéia. Um poder colossal, pacífico e não poluente.

Em nome dos seres vindos de outros lugares que tive a oportunidade de encontrar em meu caminho, peço a todos os verdadeiros contatados que conservem a simplicidade, desçam ao mais profundo de si mesmos e adquiram essa paz interior que abre a porta para a sabedoria, a fim de servirem à vida.

As pessoas conscientes e sensatas que quiserem caminhar comigo para fazer triunfar o amor e a paz saberão o que fazer se realmente compreenderam.

Dirijo-me agora aos contatados que não se deram a conhecer com medo do ridículo, para reafirmar-lhes:

“É muito mais ridículo ter medo de passar por ridículo que não participar da maior obra de todos os tempos. O objetivo desta é a reconstrução de nossa humanidade e de nossa civilização, no amor e na sabedoria de todos os povos, na verdadeira fraternidade de todos os homens.”

Só existe o modo de contato individual.

Na verdade, desde o aparecimento das naves extraterrestres em nosso sistema solar (para não falar da época mais recente: 1945-1986), os ocupantes das naves tentaram e praticaram vários modos de contato com o nosso planeta. Esses diferentes modos de contato são os seguintes:

− Contatos por sinais de ondas.

− Contatos psíquicos de alta altitude.

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− Contatos visuais pela evolução de certos veículos aéreos a média e baixa altitudes.

− Contatos verbais com certos responsáveis por nosso planeta.

− Sensibilidade psíquica de condicionamento em toda a extensão da superfície do globo.

− Contatos individuais isolados com seres humanos telepaticamente mais receptivos e escolhidos em função de seu menor grau de agressividade, assim como por sua maior abertura de espírito, o que lhes permite assimilar os conceitos neles colocados durante os contatos.

Contatos por sinais de ondas:

Especialistas em rádio e detecção, assim como as maiores estações do mundo de detecção e recepção de “rádio-fonte”, com a ajuda de antenas parabólicas gigantes captaram sinais enviados por uma fonte inteligente.

Diz-se publicamente que esses sinais não puderam ser decifrados.

Contatos psíquicos a grande altitude:

Influências “hipnopsíquicas” são emitidas a partir de naves-laboratórios estacionadas à beira de nosso sistema solar. Essas influências de ordem telepática são enviadas todos os dias para as partes de nosso planeta que se encontram na fase noturna, a fim de impressionar o subconsciente de todos os seres humanos durante o sono. Tais influências telepáticas têm o objetivo de tranqüilizar e familiarizar os terráqueos com a presença de seres humanos extraterrestres com intenção pacífica. Tudo isso para evitar o pânico provocado por eventuais idéias de invasores vindos do espaço. Verifica-se infelizmente que os terráqueos, exceto por algumas centenas de milhares, mostram-se refratários à telepatia.

Contatos visuais:

Para familiarizar nossa civilização com sua presença pacífica, os

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extraterrestres realizam “operações de sobrevôo” a médias e baixas altitudes. Considerando a fraca abertura de espírito e a agressividade doentia dos terráqueos, tais operações ainda provocam terror.

Contatos verbais com nossos responsáveis:

Desde começos do surgimento das naves espaciais de outros mundos, seus ocupantes tentaram contatos com governos da Terra, pedindo um encontro com nossos chefes de Estado.

Todos os governos imprimiram o famoso top-secret sobre o caso. Apesar disso, diante do aspecto insólito dos fatos, houve vazamentos no espesso muro dos sistemas de informação, alcançando algumas instâncias de pesquisas científicas civis. Diante da amplitude dos vazamentos, a informação foi considerada ridícula e, por intermédio de certos processos jurídicos hábeis, as pessoas bem colocadas para “saber” foram forçadas a desmentir. Desde sua indiscrição concernente a esse segredo de Estado, tais pessoas “inconvenientes” já não ocupam cargos públicos de importância.

Paralelamente a isso, certos “serviços especiais” desses governos “sugeriram” a empresas cinematográficas que aumentassem a produção de filmes de ficção científica, cujos temas, deformados, se pareceriam com os vazamentos supramencionados. O objetivo era levar as pessoas a acreditarem, pensarem e dizerem à sua volta que as histórias sobre discos voadores não passavam de ficção científica. Era preciso espalhar o boato de que aqueles que afirmavam ter visto discos voadores eram farsantes, e os que declaravam ter tido contatos com extraterrestres, visionários e ingênuos bem-intencionados (segundo a expressão bem conhecida por parte de um jornalista francês de televisão, que acredita nos OVNIs mas não pode conceber que haja contatos com a gente comum das ruas).

Eis os fatos:

Para não atrair sérios transtornos, não direi de que chefe de Estado

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ou de governo se trata, nem o nome de um grande chefe de Estado que recebeu uma delegação extraterrestre, em pleno dia, numa base militar importante, sem que os radares tivessem tido tempo, meios e poder de detectar o engenho discoidal que aterrissou numa pista desativada. Esse chefe de estado conversou durante quatro horas, cara a cara, verbalmente, intramuros, com cinco extraterrestres originários do sistema solar de Vega, estrela alfa da constelação da Lira.

Esses seres superiormente inteligentes e evoluídos tinham vindo preveni-lo (corria o ano de 1952) contra os perigos que nós terráqueos fazíamos o planeta correr com nossas experiências científicas.

Tais seres tinham vindo trazer os meios científicos de viajar no espaço e curar oitenta por cento de nossas doenças mais graves.

Traziam igualmente e, sobretudo, um sistema de estrutura social baseado na abolição da noção de dinheiro, que entrava atualmente nossa evolução. O bem estar de cada pessoa aumentaria cem por cento.

Conheço os riscos a que me exponho revelando tudo isso, mas já é hora de pôr aquilo que até agora esteve escondido.

Sei também, uma vez que todas essas informações me foram passadas telepaticamente, que não posso oferecer nenhuma prova do que estou dizendo. Será, portanto, bastante fácil acusar-me de visionário, escroque e louco.

Sensibilidade psíquica ao condicionamento:

Esse meio de contato opera-se no nível de alguns terráqueos parcialmente receptivos, que acreditam incondicionalmente na presença dos extraterrestres em nossa atmosfera e entre nós, sem jamais tê-los visto. Esse condicionamento não cerceia em nenhum caso a liberdade de escolha do indivíduo.

Contatos individuais isolados:

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Isto provém de meus numerosos contatos ocorridos entre 1951 e 1986.

Esses contatos são essencialmente telepáticos, excetuados aqueles em que vi pessoalmente os extraterrestres em 1951 e 1974.

Minhas ligações telepáticas com esses seres superiores são pacíficas e fraternas. A existência deste livro deve-se à promessa que lhes fiz. Nem por isso sou seu único “embaixador”.

Vendo a atitude dos governos de nosso mundo, os extraterrestres utilizam contatos individuais com os seres humanos menos agressivos, mais receptivos, mais abertos à sabedoria, ao amor e à fraternidade. Eles pedem aos contatados que sirvam de intermediários entre eles e todos os homens sem exceção, a fim de pressionar os governos com vistas a uma cooperação em favor de uma evolução normal de nossa humanidade.

As “conversações” ocorrem geralmente em sentido único, a testemunha sendo mentalmente condicionada para receber. Os diálogos são quase sempre de ordem filosófica, científica, espiritual ou social.

Os ocupantes dos discos voadores são pacíficos e gentis, além de absolutamente desprovidos de agressividade. Pregam o amor a tudo o que vive. São muito bonitos e atraentes.. Essa gentileza e essa simpatia são tão fortes, que a testemunha acaba caindo numa espécie de êxtase. Este é o “retrato falado” daqueles que contatam os terráqueos para passar-lhes informações.. São bem constituídos e têm o rosto fino. Usam não raro um conjunto muito colante feito de um tecido metálico flexível e prateado luminescente. Seu aspecto luminoso faz deles, historicamente, os descendentes dos “anjos de luz” vindos dos céus, dos quais falam sistematicamente os ensinamentos básicos de todas as religiões, quaisquer que sejam, existentes em nosso globo, desde a noite dos tempos.

Paralelamente a isso, e de acordo com numerosos relatórios guardados por múltiplos grupos de pesquisa sérios de todos os países do mundo, existiriam outras raças de extraterrestres que nos

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visitam. Estas seriam de aspecto e costumes diferentes. Eu teria muito a dizer aqui sobre as reações psicológicas surpreendentes das testemunhas desses encontros, reações negativas que podem deformar consideravelmente o aspecto real desses extraterrestres. Por meu lado, nunca encontrei outros extraterrestres que os descritos neste livro.

Existem vários tipos de contatados cujas atitudes falseiam as verdadeiras pesquisas feitas pelos ufólogos sérios. São os seguintes:

O contatado que fala o menos possível de seu contato por medo de cair no ridículo ou de passar por louco.

O contatado que filtra e transforma as informações recebidas em função de suas aspirações religiosas, criando uma nova religião com o aspecto de seita.

O contatado mais ou menos sonhador e ao mesmo tempo enojado da sociedade humana que o cerca. Ele cria “comunidades universais cósmicas”, com a firme convicção de que é “o eleito”, de que os extraterrestres virão buscá-lo, assim como aos membros da comunidade, a bordo de naves cósmicas que os salvarão de uma catástrofe planetária prevista para “punir” o mundo por suas más ações.

O contatado que filtra e transforma as informações recebidas em função de suas aspirações políticas e sociais, criando clãs ou sociedades mais ou menos secretas e negativas.

O contatado a quem o contato não virou a cabeça, mas que é bastante incomodado, porque deve difundir ao máximo as informações recebidas.

Este último tipo de contatado é o menos freqüente. O contatado neste caso não deformou a mensagem. Mas o que lhe foi revelado acha-se de tal forma fora de nossos conceitos sociais, científicos e filosóficos, que o público tem grande dificuldade para “engolir” a mensagem, tanto ela se mostra espantosa e transtornante. No entanto, ela está impregnada de amor, não é religiosa, política,

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agressiva, mostra-se bastante social e baseada na abolição total da noção de dinheiro. Em outros termos, ela defende tudo aquilo que nos parece o mais utópico no estado atual da evolução de nossa sociedade. Há dois mil anos, um homem desceu no meio de nós para nos servir de modelo; o modelo do que deveríamos ser. Vocês bem sabem como ele acabou...

Não obstante o aspecto fantástico e incrível de que se reveste para o homem a vinda de seres humanos extraterrestres à beira de nosso sistema solar e em volta do planeta, os contatados têm confiança total nesses seres vindos de outros lugares. Eles, cuja vida interior foi totalmente reestruturada em seus conceitos profundos, tudo põem em ação para atingir o grande público, e isso à custa de riscos e perigos.

Acho que os leitores precisavam saber o que é um contatado. Expliquei-o em detalhes, tentando esquecer que eu mesmo sou um deles. Procurei usar toda a neutralidade possível, à maneira de um pesquisador.

Viajantes do futuro e do passado

Por mais fantástico que nos possa parecer, os seres que me contatam desde 1951 viajam no futuro, no passado e outras eras ainda. Não está excluído o fato de que eles tenham podido contatar, em outra dimensão, o plano “divino”, pois de certa maneira eles vem dali.

Entendemos por plano divino o momento no espaço e no tempo em que uma espécie humana compreendeu que existe outra coisa além da matéria, e que, para atingir esse desconhecido pressentido, é absolutamente indispensável aproximar-se o mais possível da perfeição concebida na escala do planeta. A resposta acha-se no respeito às leis cósmicas universais.

Para isso, não existe qualquer necessidade de criar seitas e religiões, como tem feito o homem até o presente.

Os extraterrestres que me contatam trazem inicialmente a ciência da sabedoria e o amor. Está previsto um plano ao curso do qual, se compreendermos a importância do seu ensinamento e nos esforçarmos para aplicá-lo, eles se mostrarão pública e oficialmente em massa aos homens de nosso planeta.

Já o disse, éramos 296 mil em 1975. No momento, o número dos contatados conta-se em vários milhões. Mas o que são alguns milhões para um planeta tão povoado quanto o nosso?

Esses seres vindos de longe explicaram-me, entre outras coisas, que

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muitos deles acham-se entre nós. Esbarramos com eles nas ruas sem saber que não pertencem ao nosso planeta. Grandes terráqueos existem igualmente entre nós, o que nos impede de ver a diferença entre estes e nossos “primos galácticos”.

Só os médiuns e as pessoas dotadas de certo grau de faculdade telepática poderiam perceber uma irradiação vibratória específica emanando do cérebro desses seres alienígenas.

Por outro lado, pessoas que tiveram um primeiro contato com esses seres podem detectar novamente sua presença na multidão de transeuntes entregues às suas ocupações habituais.

Muitos contatados (falo aqui dos contatos onde ocorreu transmissão telepática) deram-se conta, em seguida, de que certas percepções sensoriais e extra-sensoriais ficaram mais acentuadas. Infelizmente, sua capacidade de detecção não se realiza, quase sempre, senão em função da boa vontade dos seres.

Eis a tradução textual de uma mensagem extraterrestre importante:

“Homens deste planeta, vocês devem aprender a substituir a palavra ‘dinheiro’ pela palavra ‘amor’. Devem aprender a falar de amor em vez de falar de ‘canhões’.

Nós o observamos há muito tempo e estamos pasmos de ver quão pouco evoluíram nestes últimos cinco milênios.

Constatamos que vocês são como crianças que não querem ouvir os pais. Por isso, chegaram à beira do abismo que vocês mesmos cavaram e onde vão cair se não fizerem um esforço para compreender o valor do que lhe trazemos.

Sob o pretexto de que não aterrissamos em suas praças públicas para falarmos pessoalmente com vocês, desprezam e ridicularizam o ensinamento que transmitimos a certos homens desse planeta. Os homens que contatamos falam em nosso nome.

Se por enquanto ainda não viemos oficialmente até vocês, é que temos nossas razões, e a primeira é a preocupação de não criar

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pânico entre as pessoas. Seus conceitos atuais são muito pouco evoluídos para que possam suportar a visão de nossa chegada. Alguns entre vocês já falam de invasores. Seus pilotos de aparelhos voadores não tem a prudência de parar com a perseguição às nossas naves. Não se dão conta da fragilidade de seus veículos aéreos, que explodem em pleno vôo. Algumas de nossas naves, para não dizer todas, são impressionantes. À vista dessas naves a baixa altitude ou no solo, alguns entre vocês experimentam um terror tal, que podem ter problemas mentais às vezes irreversíveis. Queremos evitar isso.

O ensinamento que prodigalizamos a alguns de vocês, os contatados, gente que selecionamos em função do grau mais elevado de abertura de espírito e cuja curva do diagrama de agressividade á praticamente nula ou pelo menos muito baixa, tem por objetivo fazer deles nossos porta-vozes, a fim de familiarizar as mais amplas camadas de sua humanidade com o nosso espírito de paz e de fraternidade.

Dentro de alguns dos seus anos e de acordo com o seu grau de compreensão do ensinamento que receberão dos nossos contatados (são centenas de milhares), evoluiremos de modo mais freqüente em seus céus, a fim de que vocês se familiarizem com a visão de nossas naves. Quando estas já não representarem nenhum perigo psíquico para vocês, encontraremos o momento oportuno para manifestarmo-nos oficialmente.

Se, apesar do ensinamento que lhes dão nossos contatados, vocês se recusarem a compreender que percorremos um grande número de anos-luz para trazer-lhes os meios de alcançar a sabedoria e a felicidade, nós não nos manifestaremos mais. E será com a mais profunda dor que nos desinteressaremos de vocês.

Devido aos contatos que praticamos em grande número em seu mundo, sabemos que certos grupos científicos de pesquisa censuram-nos por ser o que vocês chamam de ‘pueris’. Este estado de espírito entre os cientistas e os chefes de governo deve-se a que estes se acham muito enraizados na matéria e não tem a menor idéia do lugar que o espírito deve ter para assegurar o equilíbrio do ser

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humano na sabedoria.

Já que falamos em espírito, devemos deixar claro que achamos deplorável, absurdo e sem fundamento o estado de espírito geral de suas religiões. Estas foram a causa de oitenta por cento dos transtornos que os levaram à beira do abismo onde vão cair se não acordarem a tempo. Mas atenção” O tempo urge. Vocês não tem mais que alguns decênios para tomar consciência dos próprios erros e, para isso, começar ontem a apagar do espírito essa ‘noção de dinheiro’ que acarreta a sua infelicidade. Devem em seguida conscientizar-se unicamente dos valores humanos ao serviço da vida e do bem estar de toda a humanidade.”

Algumas respostas às cartas de meus leitores

Desde o aparecimento de minha primeira obra – Les Extraterrestres m´on dit -, recebi uma grandiosa correspondência. Já não posso responder a todos, é muita coisa para um homem só. Peço, portanto a meus leitores que me desculpem por minhas “não-respostas” Entretanto, podem continuar me escrevendo, pois leio todas as cartas que me chegam. Só respondo em casos muito excepcionais, mas suas cartas são bem vindas.

Não sei o que dizer-lhes de minha alegria por receber cartas não somente da França, mas também do mundo inteiro, em especial da Turquia e da União Soviética. É de fato reconfortante constatar que enfim alguns pesquisadores bem conhecidos interessam-se pelo conteúdo das mensagens extraterrestres que recebo. Uma dessas cartas estrangeiras veio do Science Research Center Bilim Arastrima Istambul, Turquia. Tive a grata surpresa de saber que esse centro de pesquisas ocupava-se com Ury Geller.

Outra correspondência não menos interessante me veio da União Soviética, do maior centro de pesquisa científica mundial: Novosibirsk. Trata-se de algumas cartas enviadas por um dos maiores estudiosos soviéticos, pois não é outro senão V. I. Sanarov (não confundir com Sakarov). Ele me pedia um exemplar do meu primeiro livro.

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Mais uma vez confirma-se o provérbio: ninguém é profeta em sua terra.

O começo deste capítulo não passa de um parêntese a fim de mostrar que os “absurdos” que escrevo, alijados por tanta gente para o plano da ficção científica e do domínio pseudocientífico, interessam a sábios notórios como Sanarov. Ele me escreveu em papel timbrado: “Institute of Clinical Experimental Medecine – Academy of Medical Science – Siberian Branch – Novosibirsk – URSS.”

Perturbador, não?

Fecho portanto o parêntese e continuo o presente capítulo destinado a responder às múltiplas questões levantadas por meus leitores.

Os extraterrestres que entram em contato com o senhor podem curar doenças como o câncer, a lepra, etc.?

No planeta deles, não é preciso saber curar as doenças, tal como as “entendemos”. Lá não existem doenças há muitos milênios, pois seus habitantes vivem em harmonia com as leis universais cósmicas que dão origem à existência do processo da regeneração celular espontânea.

Eles podem efetivamente trazer ao nosso mundo meios muito simples de curar todas as doenças, inclusive as mais graves.

Entre 1952 e 1954, quando de um contato com dois chefes de Estado importantes, eles trouxeram fórmulas de preparação de produtos naturais feitos com plantas capazes de curar com eficácia e rapidamente as doenças que existem em nosso globo.

Tais chefes de Estado tinham o dever de comunicar essas fórmulas aos corpos científicos. Que fizeram? Cabe-me apenas dizer-lhes que uma planta chamada “cauda-de-cavalo”, encontrada em toda parte do mundo, cura o câncer.

Antes de seu contato em 1951, o senhor acreditava nos OVNIs?

Por volta de 1947, publicava-se na França um jornal chamado

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Radar. Era um jornal em formato grande e tratava, sobretudo de problemas científicos e de pesquisas, assim como de descobertas extraordinárias de toda ordem. Um dia, li nesse jornal um fato classificado como “fantástico”, sobre o aparecimento e a evolução no céu daquilo que então chamavam de “charutos voadores”, Belas fotos e ótimas montagens mostravam aquilo que muita gente idônea tinha visto. Essas reportagens tornavam-se cada vez mais numerosas e tomei conhecimento de algumas delas. Já se formulavam hipóteses sobre os extraterrestres. Por mais extraordinários que esses artigos me tivessem parecido na época, não me vi muito preocupado com isso. Meu desinteresse, porém, não me impediu de perguntar-me: por que não? Só isso. Depois não esquentei mais a cabeça. Às vezes, ouvia conversas que tratavam dessas aparições celestes misteriosas, mas concedia-lhes o mesmo peso de notícias como: um acidente acaba de ocorrer no trevo da Nacional , entre tal e qual cidade. Ou ainda: um raio caiu em tal lugar, mas não houve vítimas. Ou ainda mais: a agência do banco tal, no bairro tal, acaba de ser assaltada. Vejam vocês a que ponto ia o meu interesse pelo fenômeno dos OVNIs.

Ou seja, eu não podia dizer se acreditava ou não. Sequer me fazia esse tipo de pergunta.

Por que o senhor não procura formar uma associação com os contatados que conhece, com o objetivo de cruzar as informações e até se sentir mais forte em face dos céticos?

É bastante difícil responder a essa pergunta, mas vou tentar, com a maior honestidade possível. Para isso, precisaria antes explicar que não estou “programado” para entrar em relação com os contatados de Vega.

Ora, existem várias civilizações extraterrestres que visitam a Terra, com metas e conceitos às vezes um pouquinho diferentes entre si. Tentei conhecer alguns contatados por outros extraterrestres. Elas declararam ostensivamente, ou ainda de maneira habilmente velada em certos casos, serem os únicos verdadeiros contatados e sustentam que todos os demais são “mentirosos”. Descobri, todavia

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outros contatados de Vega que devo encontrar. A maioria tem medo e não quer falar de sua “aventura”. Muitos entre eles desviaram-se completamente de sua missão como retransmissores e criaram seitas. É preciso saber que o homem da Terra é frágil diante de um encontro com seres vindos de outros planetas. Além disso, cada contatado tem absoluta liberdade de agir como entende, de aceitar ou repudiar o que os galácticos de Vega lhe pedem.

Por que os extraterrestres não lhe fornecem provas materiais para ajudá-lo em sua missão, reforçando com isso suas declarações? Quanto a mim, o que o senhor diz é crível. Mas e quanto aos outros?

Tenho comigo provas materiais do poder deles e de sua ação sobre a matéria. Mas a mais importante dessas provas materiais não se poderá verificar senão dentro de 58 anos (a contar de 1994). Algumas dessas provas me foram passadas na frente de testemunhas, mas infelizmente não se trata de objetos materiais tangíveis, conserváveis com a passagem do tempo.

Mas para que. Mesmo que forneçamos ao cético uma determinada prova, ele logo exigirá dez outras. Você lhe apresenta essas dez, e ele vai querer cem. E daí por diante.

Creia-me, quando um cético decide que não pode haver provas de qualquer coisa que o incomode, tudo que lhe pusermos à frente não constituirá nunca uma prova

Além do mais, é absolutamente necessário deixar cinqüenta por cento de dúvidas no espírito dos humanos de nosso planeta. O esforço de querer evoluir deve partir inteiramente de nós. Sem isso, não haverá qualquer valor real nos empreendimentos dos seres humanos.

Civilizações pouco desenvolvidas como a terráquea devem ter inteira liberdade para evoluir ou não. Esta é uma das mais importantes leis cósmicas. Quantos povos supostamente inferiores às civilizações “modernas” da Terra desapareceram totalmente porque sua colonização foi muito rápida? Procure na história do

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planeta; há exemplos que não acabam mais.

As explosões de supernovas não têm perigo. Então...?

Quem lhe disse que as supernovas não nos atingem?

Poderia ficar por aqui, mas vamos lá... O que provocou a explosão de nosso décimo planeta?

Quem encheu de crateras os nove planetas que existem no sistema solar?

Para onde foi a segunda lua que girava em torno da Terra há milhões de anos? Em que astro, em que outro sistema solar essa lua lançou a perturbação e a destruição, em sua fuga fora de hora?

O senhor procura estar sempre em contato com grupos de pesquisas ufológicas?

Tentei muitas vezes, mas é praticamente inútil. O orgulho de certo número de grupos ufológicos proíbe-lhes admitir a possibilidade de contatos com os terráqueos da rua, sobretudo se na ocasião houve diálogos e informações. Além do mais, os grupos ufológicos não raro são muito “meticulosos”, gostam de parecer objetivos. Ora, em geral, entre essas pessoas que se autodenominam pesquisadores honestos, a possibilidade de existência extraterrestre e de contatos com a Terra de modo algum pode entrar no quadro do que é objetivo, tendo a ver apenas com disfunções no psiquismo das testemunhas que lhes acarretam todas essas fantasias.

De qualquer modo, sempre que um grupo ufológico tenta falar aberta e publicamente de contatos reais com uma civilização extraterrestre, é automaticamente posto sob observação pelo governo, sob pena de sanções e das pressões mais diversas, mais ilegais, mais desleais e, sobretudo, mais sutis.

Como se vê, não há saída. Não se deve esquecer que todos os capitais do mundo estão comprometidos em mercadorias, matérias-primas, ciências e políticas que de um dia para o outro se revelariam errôneas e perfeitamente ridículas se se levassem em

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consideração as informações dos contatados. Os bilionários do petróleo iriam à bancarrota, pois uma outra energia, não-poluente, trazida pelos extraterrestres, seria utilizada. Os traficantes bilionários de armas e todos os seus fabricantes e vendedores estariam igualmente arruinados. Com efeito, em relação às ciências consideravelmente avançadas e ao pacifismo dos extraterrestres, nossos armamentos pareceriam brinquedos inúteis. Nossa pesquisa espacial está vários milênios atrasada, e tudo o que se acha em curso deveria ser jogado no lixo, inclusive a “famosa” nave espacial e os bilhões gastos em sua construção. Todas as políticas dos governos atuais e todos os seus métodos cairiam imediatamente em desuso, revelando todo o seu ridículo. Como querem vocês que os governos da Terra admitam tal fracasso? Nossos governantes planetários sabem que eles perderão a batalha um dia. Mas quando? Eles procuram retardar ao máximo a data do desmoronamento escondendo a verdade aos povos.

Que pensa o senhor sobre o fenômeno Ury Geller?

Na qualidade de contactado, acho que Ury Geller não é um fenômeno, mas um mutante. Ou seja, aquilo que todo ser humano deveria tornar-se e, ainda melhor, deveria ter-se tornado depois de tantos milênios transcorridos.

Teremos no devido tempo muitos Ury Geller. Essa categoria de contactados está prevista pelos extraterrestres para mostrar aos humanos de nosso planeta o que teríamos de ter sido e o que devemos nos tornar. Temo infelizmente que os terráqueos continuem ainda por muito tempo no ponto em que se acham. Ou seja, com um cérebro que funciona com apenas um décimo de suas capacidades reais.

O senhor sabe qual é o nome de todos os planetas que giram em torno de Vega?

Não, só conheço o nome de um dos quatorze planetas que gravitam em torno de Vega, dos quais nove são habitados.

Em sua primeira viagem, o senhor contou que eles lhe disseram:

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“Nós o protegeremos da melhor maneira possível se você utilizar o meio que lhe demos.” Que meio é esse?

Realmente, foi o que me disseram. Mas algo não andou funcionando, pois eu mesmo não posso contatar esses seres. Não me lembro de ter recebido um método particular para isso. Mas não é coisa que me incomode, pois fui orientado com a maior precisão em todos os instantes de minha vida. Mesmo em minha vida mais íntima.

O senhor disse que os homens de SIlxtra são muito bonitos. E as mulheres?

Quando de meu contato físico com eles, só encontrei homens. Não me falaram de mulheres, mas sei intuitivamente que também são belas. Quando de minha viagem telepática em volta do planeta deles, vi efetivamente uma mulher, mas a uma altitude de cinqüenta metros, portanto um pouco longe para fazer uma apreciação adequada. No entanto, o lapso de tempo em que vi essa mulher permite-me dizer que elas são tão altas quanto os homens e que sua silhueta é das mais agradáveis.

Existem doenças entre eles?

Não existem doenças em Silxtra nem nos outros planetas do sistema, pois o modo de vida está em harmonia com a natureza, e o avanço científico é tal que a longevidade é de 2.800 de nossos anos com saúde e juventude.

Existe banditismo no planeta?

Se vocês leram atentamente minha primeira obra, terão compreendido que o código moral dos “meus” extraterrestres apagou há muitos milênios de seus conceitos todo e qualquer traço de agressividade.

Por exemplo: entre eles não existem sindicatos, políticos, religiões, seitas, guerras, armas ou portas trancadas. São coisas absolutamente inúteis.

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Em sua primeira obra, o senhor contou como era o planeta deles. Não existe nenhuma possibilidade de um cataclismo abalar este mundo?

Na maior parte dos casos, os cataclismos, mesmo naturais, são provocados pelos pensamentos negativos dos seres que habitam os planetas. Se, portanto, o ser humano de nossa Terra tivesse evoluído de acordo com as leis universais cósmicas, 99 por cento dos cataclismos que se produziram e que ainda se produzirão em nosso sistema solar poderiam ter sido evitados. Isso responde à sua pergunta?

Como se alimentam eles?

Os extraterrestres que me contatam não julgaram por enquanto necessário dar-me informações a tal respeito.

Entretanto, uma informação filtrou quando foi o caso de me explicarem, em suas grandes linhas, a organização dos efetivos que servem a bordo das duzentas naves-mãe estacionadas próximo ao nosso sistema solar. Eles se alimentam, entre outras coisas, de algo que se apresenta sob a forma de um paralelepípedo de doze centímetros de comprimento por seis de largura e dois de espessura. Esse alimento tem o aspecto de um bloco gelatinoso transparente. É fresco e muito gostoso. Os seres de além-espaço o adoram. O alimento tem qualidades nutritivas consideráveis. Protídios, glucídios e lipídios aí aparecem da maneira mais equilibrada, a fim de manter um funcionamento do metabolismo capaz de fazer viver um ser humano no espaço de modo permanente. No planeta propriamente dito, não sei do que se alimentam, não fui informado.

Como eles se procriam?

Também não me deram detalhes quanto a isso, mas posso afirmar que não fazem amor no mesmo estado de espírito que nós, com nossa noção de posse material, quando não obtemos nada além do mero gozo físico.

Seus amigos do espaço aconselharam-no a não temer a morte. Por

Comunicações Extraterrestres 149

que?

Simplesmente porque eles sabem que o tempo não existe e que o ser que apresentamos no veículo terrestre que é nosso corpo já viveu outrora, vive hoje e reviverá amanhã, até sua imortalidade no tempo e no espaço.

Quando vocês dizem “A vida é curta, não posso realizar tudo o que desejaria”, laboram em erro, pois a vida é eterna. O tempo de uma vida não é o Tempo. O tempo de uma vida não é mais que um breve lapso de tempo da existência. É, por assim dizer, inexistente em relação ao infinito da eternidade em escala cósmica.

O senhor disse que eles prepararam um plano de evacuação dos terráqueos no caso de uma eventual catástrofe planetária. Mas como vão selecionar entre os “bons” e os “maus”?

Esta pergunta mostra perfeitamente a preocupação dessa egoísta categoria de terráqueos fanatizados pelas seitas e as religiões, que acreditam numa seleção de “elites” da qual cada um desses fanáticos deve necessariamente fazer parte.

A realidade é bem outra.

Há realmente um plano de evacuação-relâmpago previsto em seus menores detalhes. Mas a operação só será detonada em último caso.

E não existe seleção alguma. Durante essa evacuação espacial, todos os seres humanos que o desejarem serão salvos, reeducados, ensinados e instruídos a fim de servir de “semente” redimensionada e regenerada. Esta será depositada na Terra quando todos os perigos estiverem afastados.

Vocês, que se acreditam mais puros que os outros, perguntarão: por que levar todo mundo?

Simplesmente porque os alienígenas que me contatam são infinitamente bons e sabem que uma catástrofe planetária sempre provoca a reflexão e a mudança de opiniões e conceitos até entre os piores homens.

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Eles sabem que um ser humano é o que é... que os melhores não são sempre os melhores e que os maus não são sempre os mais irredutíveis. Isso porque experimentaram as conseqüências de suas ações há séculos e mais séculos.

Quando os sobreviventes tiverem sido ensinados e instruídos, toda a parte negativa que traziam em si terá desaparecido totalmente. Ter-se-ão tornado enfim integralmente filhos de Deus.

Como pode ter acontecido que, quando de sua viagem telepática, os homens e as mulheres do planeta Silxtra lhe tivessem acenado, já que se tratava de uma viagem telepática?

Será que conhecemos todos os poderes dos extraterrestres que me contatam? Sabemos qual foi o tipo de telepatia que utilizaram para que eu fizesse essa viagem em torno do planeta deles? Quando falo de telepatia neste caso preciso, é que não encontrei explicação alguma. De que “técnica” se tratava exatamente? Não sei.

Por que meio físico me fizeram viajar em volta do planeta deles, seguro por correias, a bordo de um de seus discos voadores, de onde eu via tudo pelo domo? Não podia ser uma viagem astral muito particular, em que outras pessoas podiam ver meu corpo físico? Não sei. Só sei de uma coisa: foi maravilhoso e faria tudo outra vez.

Você chegou a fazer perguntas aos extraterrestres?

Estou na incapacidade mais total, em nível consciente, de fazer perguntas aos “meus” extraterrestres. Por outro lado, quando tenho um problema grave a resolver, não preciso submetê-los a questões ou formular um pedido de ajuda, pois quase sempre eles me trazem a solução correspondente. Isso prova que eles conhecem bem as necessidades de cada terráqueo, e que ajudam os contactados em função de seus méritos e esforços.

O senhor tentou entrar em contato com o chefe de Estado que falou com cinco extraterrestres durante quatro horas?

E vocês, já tentaram, aos vinte anos de idade, entrar em contato com um chefe de Estado? Já o fizeram? Não? Nem eu.

Comunicações Extraterrestres 151

Alguns dos 296 mil contactados já procuraram conhecê-lo?

Não, mas já é tempo de fazê-lo. Se algum deles leu meu livro, que me escreva. Mas, por favor, visionários, excêntricos, falsos contactados podem abster-se. De qualquer modo, saberei com quem devo relacionar-me.

Aproximar-se de um engenho extraterrestre, parece ser perigoso. Não lhe aconteceu nada em 1951, quando o senhor se aproximou de um?

Sim. Desde aquele dia tenho uma conjuntivite aguda nos dois olhos e suporto mal a luz do dia. Por outro lado, à noite enxergo melhor que todos os outros seres humanos.

Já que seus extraterrestres dizem que oitenta por cento das religiões são más, por que se interessam por Jesus e Maria?

Basta olhar o passado para nos darmos conta da quantidade de sangue derramado por causa daqueles que pretendem deter a verdade sobre o Deus em que acreditam. Podemos concluir que, desde o instante em que duas religiões guerreiam entre si, fazendo correr sangue humano, não podem ser consideradas como estando de acordo com o plano divino.

Por outro lado, seria bom que o ser humano da Terra parasse com essa coisa de relacionar Jesus com as religiões.

Jesus não veio criar uma nova religião. Jesus não veio senão para nos ensinar a vida... Ensinar-nos as leis cósmicas universais que criam, conservam e perpetuam a vida. Jesus veio para ensinar-nos a primeira lei cósmica universal: a lei de amor... O amor na simplicidade.

Jesus nunca desejou que se criasse uma religião a partir dos ensinamentos que nos trouxe nem a partir de si mesmo. Sou categórico quanto a isso.

Que pensam os extraterrestres sobre a utilidade de nossas provas e lutas? Nossos sofrimentos físicos e morais têm realmente algum

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sentido?

Os extraterrestres acham que somos crianças que desobedecem às leis cósmicas universais. Eles nos ajudam porque somos seus irmãos genéticos. Eles estão aí para nos fazer avançar em nossa evolução, mas não podem transgredir as leis kármicas.

Cosmicamente falando, não existe mérito. Não há mais que a realização daquilo que deve ser ou não. A lei kármica é implacável. Se não queremos nem sabemos nos servir de nosso livre-arbítrio, devemos recolher as conseqüências que os nossos atos acarretam e pagar por nossos desvios das leis universais. Esse mecanismo nos acompanha de reencarnação em reencarnação até a realização da perfeição necessária à ascensão a planos superiores. Isso nos permite continuar nossa viagem eterna sobre esferas de vibrações mais rápidas e evoluir para a luz.

As ordens contemplativas, graças a suas almas de elite, fizeram abstração de tudo para estar mais em harmonia com Deus, no sacrifício e na prece. O que o senhor pensa sobre isso?

Na verdade, esses seres humanos da Terra, excepcionais em sua fé e aparentemente inúteis, são, ao contrário, de uma utilidade insuspeitada pelo comum dos mortais. Em cada planeta existem diferentes estágios de evolução do ser. Isso vai do mais amoroso ao mais agressivo; de acordo com o grau de vibração alcançado pelo indivíduo, vai também do mais ativo ao mais inativo e do mais consciente ao mais inconsciente. Pode ser material-materialista ou ainda cada vez mais etéreo.

Digo sempre: o espírito criou a matéria e pode por isso mesmo modificá-la à sua vontade. Os pensamentos são vivos e têm uma ação sobre o consciente individual e o inconsciente coletivo. O comum dos mortais não sabe que seu cérebro tem possibilidades e faculdades latentes consideráveis. Quanto mais o ser vive na matéria, menos suas faculdades se desenvolvem. Quanto mais ele vive no espiritual, mais suas faculdades aumentam. Os pensamentos portanto têm uma ação sensível que pode agir por egrégora coletiva

Comunicações Extraterrestres 153

e individual (segundo o poder psíquico do experimentador) sobre o consciente e o inconsciente coletivo. Isso se realiza por simples concentração, focalização de pensamentos e difusão de ondas-pensamentos positivas que mantêm o espírito de massa dos humanos fora dos caminhos que destroem a vida.

Esses seres contemplativos desempenham um importante papel em nosso mundo enlouquecido.

São seres tão etéreos que não podem viver no meio dos humanos comuns. Eles perceberiam interferências negativas que os impediriam de trabalhar pelo bem de nossa civilização decadente.

Existe um sem-número de graus mais ou menos etéreos que trabalham pela conservação da vida do espírito sobre a Terra. Vocês já podem ter encontrado algum desses seres e pensado a respeito: fulano não é sociável, ele não tem os mesmos conceitos que nós. Ele é selvagem... É verdade que tais seres experimentam a necessidade de isolar-se.

Que pensa o senhor do livro de Raël: o livro que diz a verdade?

Eu responderia com uma pergunta: que verdade?

Como posso fazer para convencer as pessoas sobre a realidade dos extraterrestres?

Ninguém pode convencer ninguém. Tudo é uma questão de “intuição” ditada pelo grau de consciência cósmica desenvolvido em cada ser humano da Terra.

De qualquer modo, em tudo isso a questão não é convencer, mas informar, passar adiante o que se aprendeu.

QUE DEVEMOS FAZER PARA SER CONTATADOS?

Escrevo essa pergunta em maiúsculas, porque parece que em noventa por cento dos casos de “crença” nos extraterrestres é essa a preocupação das pessoas. E me pergunto: por quê?

Não se preocupem, pois neste domínio são eles que decidem. Nada

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podemos fazer quanto a isso.

Por que os extraterrestres não sobrevoam a Suíça?

Eles sobrevoam todos os países do mundo, mas nem todos podem vê-los. O leitor por acaso passa o dia inteiro olhando para o céu?

Que sabe o senhor sobre o desaparecimento de navios e aviões? Todos esses desaparecimentos de pessoas no Triângulo das Bermudas e em outros lugares insólitos da Terra? Essas pessoas voltarão ao nosso convívio?

Não sei mais do que vocês, e os “meus” extraterrestres tampouco. Se o leitor está se referindo a “seqüestros” em geral, inclusive no solo terrestre, de pessoas isoladas ou de regimes inteiros, como em Norfolk, devo observar que na maioria dos casos os representantes da civilização extraterrestre que me contatam não praticam seqüestros à força. Os terráqueos que desaparecem durante um contato partiram por livre e espontânea vontade.

O senhor tem feito viagens a outras galáxias?

Em primeiro lugar, devo deixar claro que uma viagem como aquela que fiz não é coisa corrente, como se bastasse tomar um ônibus e partir.

Não posso responder a essa pergunta, pois freqüentemente estou fora de meu corpo e não sei até onde eles me fazem viajar. Nesses momentos, há um buraco negro. Eles se ocupam comigo às vezes durante horas nesse tipo de contato, ao fim do qual não trago qualquer informação, embora experimente profundas modificações em meu mundo interior. Tenho cada vez mais consciência de ser um estranho no planeta em que vivo. Não posso dizer-lhes mais.

Devido a essa “operação de regeneração celular”, o senhor chegará aos 120 anos. Por que não mais?

Falando cientificamente, sendo muito elevado o grau hereditário de destruição de minhas células, eles não puderam fazer mais do que isso. Contudo, esses 120 anos na Terra são o bastante para que eu

Comunicações Extraterrestres 155

realize o meu trabalho.

Seria possível procriar com esses seres do espaço?

Não tenho tal informação, mas isso não me desagradaria, pois o elemento feminino dessa raça é muito atraente ao olhar.

Eles têm, como nós, necessidade de dormir?

Nesse aspecto, são como nós. Todo ser humano, de onde quer que seja, precisa recarregar-se com energia cósmica motriz. Além do mais, cada momento de sono é uma viagem astral da entidade. Esta parte em busca de informações no plano espiritual superior a fim de ser guiada na vida.

O que pensar dos extraterrestres?

Tudo depende da abertura de espírito e do grau de consciência cósmica de cada indivíduo.

A telepatia pode servir como uma maneira de abordar os extraterrestres?

Sim, mas infelizmente poucos terráqueos são telepatas de maneira conveniente e satisfatória.

Os extraterrestres que se acham entre nós comunicam-se com o homem da Terra e observam as mesmas condições de vida?

Eles podem comunicar-se conosco. Vocês talvez já tenham falado com um deles durante a existência sem saber que não se tratava de um terráqueo.

Certo número entre eles vive entre nós em condições aproximadamente parecidas com as nossas. No plano social, e por razões precisas que dizem respeito ao seu programa, em suas atividades oficiais eles devem identificar-se totalmente com o modo de vida de nossa sociedade. Por enquanto, não devem ser descobertos no curso de sua infiltração pacífica de estudo e de ajuda aos terráqueos.

Seria possível agruparmo-nos para formar uma egrégora e aumentar

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nossas forças para o contato?

Afirmativo. Algumas experiências já foram tentadas com sucesso, mas é uma coisa delicada. Num grupo de pessoas com os mesmos conceitos e afinidades neste domínio, não pode haver um único elemento negativo ou cheio de dúvidas.

Eu mesmo fiz a experiência com pessoas “escolhidas a dedo”. Essas pessoas não somente viram um engenho, mas também se sentiram num estado de “transformação” muito agradável. Durante experiências desse tipo, só os contactados podem receber informações. Às vezes, no grupo, uma pessoa aparentemente “comum” recebe informações, para surpresa de todos os outros.

Os tremores de terra têm uma relação direta com os OVNIs ou com os humanos nocivos?

Se quisessem, os extraterrestres poderiam provocar grandes sismos no planeta. Não o fazem pela razão maior de que fazem justamente todo o possível para diminuir a intensidade de nossos tremores, limitando-lhe os danos.

No que diz respeito à força negativa dos cérebros humanos agindo sobre o fenômeno da aceleração dos deslocamentos das camadas tectônicas, sou afirmativo: oitenta por cento dos sismos que aconteceram, acontecem e acontecerão em futuro próximo são decorrentes da negatividade dos pensamentos humanos. Já o disse: os pensamentos negativos dos humanos tem mais força que os pensamentos positivos. Esses pensamentos negativos agrupam-se e ganham uma força insuspeitada, criando uma egrégora que alimenta o inconsciente coletivo, cristaliza-se e age sobre a matéria pelo efeito de bumerangue sobre o cinturão de Van Allen.

Viveremos uma nova vida junto a eles?

O ciclo de reencarnação de um ser humano em nosso planeta é de aproximadamente 72 mil anos. Desejo que já estejam nos seus 71.980 anos... Só assim terão chances de reencarnar num planeta de vibrações superiores similares às deles. Mas não contem muito com

Comunicações Extraterrestres 157

isso. Nesse tipo de cálculo de vidas sucessivas, o ser humano da Terra nunca sabe em que ponto se acha.

Em seu livro, o senhor afirma que o homem já perdeu há muito a noção desse processo natural e permanente da regeneração celular espontânea. Seria possível voltar a encontrar essa capacidade se os homens juntassem um dia todo o seu saber e poder científicos? Haveria grandes chances para que os seres humanos alcançassem a perfeição, a sabedoria e o amor?

Vou começar dizendo, com toda a delicadeza, que meu missivista acaba, como costumam fazer os terráqueos, de colocar a carroça adiante dos bois.

No caso específico dos terráqueos, o saber científico dos homens só apareceu por causa da perda dos poderes psíquicos colossais que eles detinham no começo dos tempos. O homem perdeu os poderes com os quais tudo podia sem esforço, seu espírito criando a matéria. Essa perda foi devida à negatividade criada pelo mau uso do livre-arbítrio. Desde esse momento e muito rapidamente, o homem precisou de uma compensação para poder sobreviver. Então construiu o seu saber bebendo na fonte do negativo. Continua assim a degenerar.

O homem nunca alcançará a perfeição começando por adquirir o que ele chama de saber e poder no estado atual das coisas.

Só o homem que desenvolveu em si a lei do amor poderá adquirir o conhecimento. Por mais paradoxal que isso possa parecer a um cientista cartesiano, o processo da regeneração celular espontânea, ao conceder ao homem a imortalidade do corpo e da alma, não poderá manifestar-se senão quando ele se tornar amor. Só o amor regenera, pois ele é a vida, a vida eterna, perpétua.

O processo da partenogênese que o senhor menciona em seu livro me fez compreender melhor o problema do nascimento de Jesus, decretado como um “milagre” pela Igreja. Esse procedimento é sempre praticado em nosso planeta pelos galácticos?

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Nada sei a respeito.

Informaram-lhe se Jesus voltou à Terra depois de sua morte? Seria a ressurreição essa vinda definitiva dos galácticos em nosso planeta?

Apesar de suas origens partenogenéticas, Jesus era um homem como os outros. Ele nos foi apresentado como o modelo daquilo que o ser humano deveria ter sido. Os humanos não entenderam nada, mataram-no. O fenômeno visível da ressurreição foi provocado para ensinar o princípio da vida depois da morte. Mesmo nesse caso, os humanos continuaram sem entender e ainda se acham no mesmo nível de antes.

O senhor acha que as pessoas com o dom de descobrir parcialmente o futuro podem ser contatadas pelos extraterrestres?

Desde o instante em que alguém possui faculdades ditas “paranormais”, passa a encaixar-se na categoria dos fenômenos “mediúnicos”. Da mesma maneira que os contactados são “médiuns” de uma certa categoria, os “médiuns” reconhecidos como tais pela sociedade humana de nosso planeta podem ser contatados. Mas nem todos o são, pois existem “médiuns” negativos... que não têm qualquer chance de ser contatados.

Ouvi no rádio, num programa sério, o caso de uma mulher que falava com um homem invisível. Esse homem podia ser um galáctico?

Sim. Poderia Sr um galáctico. Eu mesmo conheço um caso de contato com um galáctico que só a contatada (de dezessete anos) podia ver e ouvir. Posso assegurar-lhe que o teor das mensagens recebidas não podia manifestamente vir da imaginação dessa moça.

Como fazer para ser guiado na vida por esses maravilhosos galácticos de que o senhor fala em seu primeiro livro?

Seja amor e espere.

Terceira Parte

As Mensagens

Tal como a criança que envelheceu, cujo espírito revê em sonho as vibrações do passado nas chamas de um pacote de notas que

queima, o homem deve esquecer os momentos difíceis de sua vida, para conservar só o que é amor, a fim de reviver mais puro no

futuro, pois nosso destino não depende do acaso; somos nós que o escolhemos...

Desde a publicação de meu primeiro livro, os extraterrestres que me contatam não ficaram por aí, pois aquilo que voluntariamente aceitei acha-se longe de estar terminado.

Numerosos contatos telepáticos me chegaram até o dia de hoje e muitos mais estão previstos. Retransmito neste capítulo o texto de alguns daqueles que recebi dos galácticos.

Alguns são curtos, outros mais longos. Os mais curtos chegaram-me em circunstâncias particulares que comentarei, a fim de que o leitor possa compreender melhor os fatos.

Recebo também mensagens muito pessoais que não reproduzirei aqui, mas posso lhes dizer que me foram de grande utilidade e de grande ajuda para fortalecer meu equilíbrio moral nos momentos difíceis. Os textos que se seguem não virão sempre em ordem cronológica, mas isso é intencional.

20 de Novembro de 1974, 23h20 (uma testemunha achava-se presente).

“Silxtra é a nossa ‘Terra’; é muito longe. Mas para nós a distância não conta, pois o espírito viaja no espírito. O tempo de um pensamento é mais rápido que um risco de luz. Apesar disso, nós o chamamos e você quase chegou ao nosso alcance. Conhecemos melhor sua amplitude de onda há alguns instantes. Prepare-se...”

No mesmo dia, vinte minutos depois.

“Atenção. A conjugação dos pensamentos nocivos dos homens de seu planeta forma atualmente uma massa de energia psíquica negativa, capaz de provocar muito em breve transtornos geológicos consideráveis. Falhas internas, de cuja presença ainda não pode suspeitar, vão ameaçar um setor de seu planeta numa curva de cinco mil quilômetros, do sul da Índia até o Mar Mediterrâneo, onde novas ilhas poderão surgir.

Se as forças psíquicas em questão chegarem ao paroxismo, grandes superfícies da Terra serão devastadas. Mas durante tais sismos

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descobrir-se-ão vestígios muito antigos. Essa descoberta propiciará o conhecimento de uma civilização desaparecida há várias dezenas de milhares de anos.

“Nós lhe oferecemos essa informação a título pessoal.”

Quarta-feira, 9 de Junho de 1976, 3h45.

“Viemos de uma base situada no interior mesmo do anel do planeta que vocês chamam de Saturno.”

Quinta-feira, 10 de Junho de 1976, 3h45.

“Silxtra é o nome da nave que comanda nossa frota estacionada no limiar do sistema solar de vocês. Mas Silxtra é também o nome do planetóide onde construímos os elementos de nossas grandes naves interestelares. Esse planetóide gira em torno do sistema de Vega.

Sexta-feira, 11 de Junho de 1976, 3h45.

“Somos originários da estrela que vocês chamam de Vega, situada na constelação da Lira. Essa estrela é um sistema complexo que compreende quatorze planetas, dos quais nove habitados. Pertencemos a um desses planetas, cujas proporções em volume são 20,29 vezes as do planeta de vocês.”

8 de Dezembro de 1976, 11h27.

“Não viemos até vocês como conquistadores nem como sectários. Não trazemos uma nova religião nem uma nova maneira política de viver.”

Viemos como civilizadores, pois tivemos a oportunidade e a felicidade de descobrir o meio de viver quase eternamente, no amor, na paz e na alegria de ser.

Por isso mesmo, nossa evolução, tanto material quanto espiritual, surgiu há incontáveis milhões de anos, uma curva ascensional que nos permite viajar muito longe a velocidades quase-absolutas sem danificar o suporte material de nosso ser, aquilo que vocês chamam

Comunicações Extraterrestres 163

habitualmente de corpo físico.

Há vários milhões de anos achamo-nos em contato com múltiplos sistemas solares que pertencem à galáxia na qual o mundo de vocês evolui.

Nesses sistemas, existem numerosos mundos habitados por seres cuja qualidade espiritual é muito pura. Entretemos com esses mundos contatos humanos e pacíficos que nos permitiram estabelecer entre eles e nós as estruturas de uma confederação galáctica. Gostaríamos que vocês também se juntassem a essa confederação, mas sua civilização é relativamente jovem e experimentou um período muito acentuado de estagnação antes que pudéssemos contatá-los eficazmente. Tivemos de esperar que um certo desenvolvimento científico se verificasse no planeta de vocês, a fim de que os seus esquemas de compreensão estivessem aptos para aceitar a vinda de seres de origem exterior ao seu mundo.

As querelas ‘pró’ e ‘contra’ a nosso respeito atrapalham consideravelmente a execução de nosso programa. Por causa disso, o contato oficial com as personagens importantes de sua civilização corre o risco de ser perigosamente retardado.

Perigosamente, porque o seu estado de espírito agressivo e a má direção de suas ciências podem degenerar ainda mais as celular de seus invólucros e pôr um termo a tudo que vive no planeta.

Vocês não devem esquecer que não se acham sozinhos no universo. Os múltiplos mundos evoluídos e pacíficos existentes na galáxia os observam. Eles não aceitarão que vocês se mostrem um elemento perigoso de desequilíbrio de sua galáxia e além. Vocês detêm um potencial muito elevado de forças negativas. Nosso dever será neutralizar essas forças antes que os terráqueos as façam detonar. Temos condições para isso.

Gostaríamos que vocês adquirissem a sabedoria de compreender o significado do que acabamos de transmitir-lhes por intermédio de um de nossos contactados e aceitassem a ajuda considerável que estamos determinados a trazer-lhes, a fim de que sua civilização

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não soçobre na destruição e se junte a nós no seio da confederação galáctica do pensamento, no amor, na paz e na vida.

Devem considerar esta mensagem telepática como sendo a primeira de uma série de mensagens de massa que vocês receberão, não necessariamente por intermédio da mesma pessoa. Cuidado com os falsos contactados...”

27 de Dezembro de 1976, 22h35.

“Toda criação natural foi feita por amor e pelo amor... Amor do movimento, amor da vida, amor da perfeição. A perfeição é vida; a vida é amor; o amor é perfeição na criação da vida, a vida estando prevista para ser continuidade pelo grande construtor de todas as coisas. A tentativa de dar um nome e de emprestar uma forma material a esse construtor seria puro sacrilégio.

Esse conjunto é um círculo sem fim representando o todo da criação. Não é difícil dar-se conta de que, em toda parte a vida apareceu nos múltiplos universos cósmicos, os elementos a ela necessários tinham sido perfeitamente reunidos. Esses elementos são o produto do amor pelo bem estar, o desenvolvimento e a expansão dessa vida. O exemplo mais tangível é o do planeta de vocês, onde a natureza existe para servir o homem e conservar sua vida: o calor do Sol, o sabor dos frutos e dos legumes, o frescor e a pureza da água que corre nas veias da Terra para matar a sede do homem, a flora e a fauna. Todo esse conjunto, inclusive o homem, foi previsto desde o começo para vibrar em harmonia. O homem destruiu essa harmonia por falta de amor, e experimenta agora os frutos amargos que semeou sobre o planeta.”

20 de Abril de 1977, 23h.

“Cada qual dispõe de uma das mais importantes leis cósmicas; estamos falando da lei do livre-arbítrio. Num momento específico da consciência coletiva de seus povos, cada qual poderá decidir, com seus riscos e perigos, vivem como quiser os últimos momentos futuros, lapso de tempo muito curto que ele tem à sua disposição no

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planeta.

Entretanto, num caso como em outro, nada pode escapar a nosso controle. Nada poderá desorganizar nossa maneira de realizar a missão que temos junto a vocês.

Muito em breve, grandes acontecimentos vão precipitar-se sobre o mundo. Não se apavorem. Tenham confiança, muitas coisas estarão sob nossa supervisão. Por exemplo, já temos o controle de sua energia nuclear. Com isso, tentamos limitar os danos ao mínimo. Já começamos, aliás, por destruir inteiramente uma de suas bases de mísseis que colocava o mundo num equilíbrio instável. Os governos da Terra mantiveram o caso na rubrica do ‘top secret’, como sempre fazem para que os povos não entrem em pânico e ignorem o perigo que paira minuto a minuto sobre o globo. Queremos falar do perigo a que expõe o planeta de vocês o alto potencial de forças negativas que possuem.

O começo dos grandes acontecimentos em questão terá lugar na China, e eles tomarão o rumo da União Soviética e da Europa. O planeta se tornará rapidamente infernal. Será nesse momento que detonaremos nosso plano de evacuação dos sobreviventes, como lhes prometemos, especialmente durante os contatos precedentes. Os sobreviventes serão transportados para outros planetas, fora do seu sistema solar, onde lhes ministraremos o ensinamento espiritual e o conhecimento das leis cósmicas universais que vocês perderam há muitos milênios. Ao mesmo tempo, a bordo de nossas naves espaciais começará para vocês o estudo dos conhecimentos científicos que lhes permitirá reconstruir o mundo, quando o trouxermos novamente até ele com o material necessário para estabelecer sobre a Terra uma civilização dez vezes mais avançada do que antes de sua destruição.

Pedimos a vocês que acreditem no que estamos dizendo. Não há em nossa manifestação lugar algum para o acaso. Pedimos-lhes que não duvidem de nossa existência e de nossa palavra. Tenham confiança, e logo compreenderão o que representamos para vocês.

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Fiquem tranqüilos; nossa operação de salvamento foi minuciosamente estudada e não há como cometer enganos.

Acontecimentos prodigiosos terão lugar em seu planeta. Na hora presente, vocês seriam incapazes de compreendê-los, e é exatamente por não poderem compreender que não ousam acreditar nisso.

Não se inquietem. Agimos com precisão e sabemos exatamente o que devemos trazer-lhes.

Quando menos esperarem, estarão mudados, assim como aquilo que estão habituados a ver. Essa mudança sobrevirá de maneira tão rápida, que cada ser humano não se reconhecerá nem reconhecerá mais nada do que antes conhecia; isso ocorrerá de um dia para o outro.

Muitos seres humanos estão conscientes da preparação dessas grandes transformações. Isso os deixa nervosos. Esse estado de espírito dá origem a certa agitação, que acaba rompendo a qualidade das freqüências harmônicas de sua vida.

Muitos seres humanos do planeta procuram ‘meios de evasão’ dessa vida má que eles mesmos e a maioria dos homens criaram para si. Esses meios são estimulantes ou tranqüilizantes de toda ordem, criando no espírito um mundo artificial a que se aferram perigosamente. Dizemos perigosamente porque todos esses meios artificiais de evasão são nocivos e afastam o ser humano da linha lógica e natural de sua evolução mental, psíquica e espiritual que assegura a continuidade da vida em harmonia com as leis cósmicas universais. Faremos com que todos esses paliativos se tornem inúteis, trazendo-lhes um estimulante espiritual muito mais eficaz, natural e seguro para as células que constituem o seu invólucro e o seu espírito.

Essa estimulação se dará telepaticamente durante o tempo dos espaços noturnos de revolução do planeta. Nossos emissores de ondas psíquicas fixados a bordo das naves-mãe que gravitam próximo ao sistema solar, realizarão esse trabalho. Não é uma coisa

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certa que o grau de receptividade de seus cérebros assegure o sucesso total dessa ‘Operação Influência’, pois noventa por cento de suas células cerebrais acham-se inutilizadas e atrofiadas há mais de um milhão de anos. Mas se houver um sucesso de apenas trinta por cento, a civilização de vocês será dotada de novos conhecimentos e aptidões no que diz respeito a técnicas, além de experimentar uma mudança total de seus conhecimentos matemáticos. Descobrirão novas energias não-poluentes de um poder e de uma qualidade jamais conhecidos. Uma dessas energias será dotada de qualidades polivalentes infinitas. Empregada de certo modo, essa energia estará na base da descoberta ou, mais precisamente, da ‘redescoberta’ da regeneração celular espontânea, que assegura um rejuvenescimento e uma longevidade consideráveis do invólucro físico de cada ser humano do planeta.

Há séculos agimos de modo que as energias colossais que domesticamos, e que utilizamos desde quando o planeta de vocês não era habitado, não caiam em suas mãos. Esse o motivo por que nenhum de seus sábios alcançará a realização científica antes que os julguemos espiritualmente dignos de se comportarem como homens e saberem servir-se das forças cósmicas indispensáveis à sua expansão galáctica.

Os precursores dos tempos futuros que nos contataram, ajudados por sábios, seus filósofos, seus sociólogos e todos os homens de boa vontade capazes de se reunir, estão aí para guiar sua civilização, sua humanidade rumo à conquista dos seus títulos de nobreza, no amor, na sabedoria, na fraternidade, a fim de fazer renascer o que suas religiões chamam, sem nunca terem realmente acreditado nisso, de ‘paraíso perdido.’”

2 de Junho de 1977, 4h.

“O material que utilizamos para a construção de nossas naves espaciais é constituído de moléculas instáveis de silício e ligas metálicas muito leves e de alta resistência.

Essas ligas metálico-silicosas em que cada molécula se transforma,

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sob o efeito de manipulações magnéticas que mudam a ordem atômica da matéria de que são feitas, podem, à vontade, tornar-se transparentes e, em certos casos específicos, deixar-se atravessar por um corpo humano, sem danos para uma parte e outra. Basta-nos, para isso, modificar e adequar as vibrações das duas categorias de matéria a freqüências convenientes, procedendo a uma leve defasagem no tempo, para que os dois grupos de núcleos atômicos se interpenetrem sem se tocarem. O procedimento equivale ao começo da projeção de um corpo sólido, de uma dimensão ‘X’ em uma outra dimensão ‘X-‘ ou ‘X+’.

Por um derivado dessa técnica, asseguramos não raro a invisibilidade de nossos veículos durante o vôo ou sua aparente imobilidade. O pessoal do móvel de referência experimenta os mesmos efeitos que a matéria que constitui nossas naves. A operação não oferece risco para o corpo humano, mas exige grandes precauções.

O simples erro de um bilionésimo de mícron na manipulação das amplitudes de ondas magnéticas e ultra-sônicas, que asseguram a operação de desmaterialização de uma nave e seu pessoal, reduziria pura e simplesmente o conjunto ao nada, não deixando nenhum traço no tempo nem no espaço. Um tal erro, por mais ínfimo que seja, equivale ao encontro de um átomo de matéria com um átomo de antimatéria, ou seja, o desaparecimento total do móvel em translação no espaço-tempo.

Os acidentes desse tipo são extremamente raros.

Vocês podem assim compreender por que nossas naves em dificuldades não deixam qualquer traço.

Outras mensagens técnicas se seguirão. Esteja preparado.”

3 de Junho de 1977, 4h27.

“Contrariamente ao que pensam muitos de seus sábios, não existem quarta, quinta, sexta dimensões etc. etc. Na verdade, existe uma multidão de dimensões cuja gama se estende ao infinito, de grau em

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grau.

Para passar de um a outro desses graus dimensionais, a fim de efetuar viagens intersiderais a velocidades quase instantâneas, nossas naves possuem uma mudança de polaridade magnética que modifica a freqüência vibratória da estrutura atômica da matéria de que são feitas.

Ocorre então um efeito de desmaterialização e de repulsão agindo entre o magnetismo do móvel e do planeta, do sistema ou da galáxia que queremos deixar ou reintegrar.

Para um observador de fora e próximo a uma nave que esteja operando uma translação dimensional, o efeito é surpreendente. No caso de um disco voador, esse observador percebe as vibrações do disco e sua mudança de cores. O disco parece deformar-se, tornar-se uma esfera de energia intensa que desaparece de maneira quase instantânea.

O efeito de transformação de disco lenticular em esfera de um vermelho-alaranjado quase insustentável ao olhar deve-se à formação esférica de um invólucro ionizado, de que se cerca o móvel durante o aporte de energia magnética que permite a translação de uma dimensão em outra.

Cada uma de nossas naves possui quatro meios de propulsão: atômico, iônico, magnético e translação hiperdimensional.

A propulsão atômica é usada nas viagens interplanetárias. A propulsão iônica, nas viagens de uma ponta a outra de uma galáxia. A propulsão magnética, nas viagens em torno dos planetas.

A translação hiperdimensional é usada nas viagens intergalácticas e nas viagens aos diferentes universos do cosmo. Mas também a empregamos em viagens temporais.

Outras mensagens técnicas se seguirão. Aguarde.”

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4 de Junho de 1977, 23h10.

“Nossos discos de exploração de superfície são dotados de um receptor de ondas magnéticas e ultra-sônicas que recebe o influxo necessário à sua sustentação e manipulação. As emissões de influxo fazem-se a partir de nossas naves-mãe estacionadas à beira do sistema solar de vocês. Essas naves-mãe estão equipadas de um gerador de energia cósmica.

Nossos geradores de energia enviam a cada um de nossos discos um feixe de energia magnética que os receptores captam. Estes tratam essa energia por polarização ou despolarização positiva ou negativa, de acordo com a natureza do magnetismo próprio ao planeta a ser explorado.

A tripulação de nossos discos de exploração pode deixar um desses veículos, este sendo automaticamente convocado por teleguiagem ao seio da nave-mãe a que pertence.

Nossos discos de superfície, inteiramente manipulados a partir das naves-mãe, podem efetuar sozinhos missões de exploração; mas preferíamos que eles sejam guiados por uma tripulação viva a bordo.

Por simples contato telepático, a tripulação, onde quer que esteja, pode conseguir com que o disco lhe seja enviado de volta e assumir o seu comando.

O raio de ação de nossos discos de exploração de superfície não ultrapassa o volume do sistema solar de vocês, tal como o conhecemos atualmente.

A complexidade e a extrema precisão dos procedimentos eletrossensitivos de nossos aparelhos permitem que dirijamos os veículos e ainda outros através do pensamento. Da mesma forma que os especialistas de vocês registram as reações dos cérebros por meio de eletroencefalógrafos, adaptamos aos comandos eletromagnéticos de nossos discos uma aparelhagem algo parecida com os seus aparelhos médicos.

Comunicações Extraterrestres 171

Eletrodos são colocados sobre o couro cabeludo de nossos pilotos, que não tem mais que pensar as evoluções que desejam imprimir aos discos. As ondas-pensamentos passam pelo computador de bordo, que as transformam em impulsos eletromagnéticos. Tais impulsos são amplificados e dirigidos a um coordenador eletrônico que age sobre circuitos a alta tensão, fazendo variar os diferentes campos magnéticos que levam o disco a deslizar no seio do campo magnético natural do planeta a ser explorado.

Sabemos que os seus esquemas de compreensão não podem ainda assimilar certos aspectos de nossas técnicas científicas. Por isso, é inútil atualmente oferecer-lhes explicações mais detalhadas, que vocês não compreenderiam.

Esperamos apenas que as informações técnicas que lhes trazemos estimulem a imaginação criativa de seus sábios e pesquisadores em função de sua tecnologia atual.

Outras mensagens técnicas se seguirão. Aguardem.”

5 de Junho de 1977, 23h4.

“Nossas bases de superfície implantadas no planeta de vocês estão protegidas do olhar por um poderoso campo magnético que age sobre as moléculas da camada de ar ambiente, cercando os locais onde essas bases se acham construídas.

O princípio desse procedimento magnético baseia-se na deformação das moléculas de ar, tomando desde então a forma de prismas que desviam os raios luminosos.

Tal procedimento torna invisível qualquer objeto que não pertença à natureza do local e se encontre dentro do raio de ação do campo magnético de invisibilidade.

Paralelamente a isso, emitimos uma sucessão de ondas que agem sobre uma parte específica do cérebro dos raros transeuntes que se aproximam de nossas bases.

É uma sucessão de ondas telepáticas programada para ordenar a

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quem quer que passe uma mudança de direção assim que se aproxime de nossas instalações.

Nossas instalações no planeta de vocês não podem, portanto, ser vistas nem no solo nem em altitude; elas passam despercebidas às objetivas fotográficas de suas missões de observação aérea. Devemos informar-lhes que, num período confuso de sua civilização, um de seus veículos aéreos em dificuldades caiu numa dessas bases, causando consideráveis prejuízos. Pudemos salvar todos os homens da tripulação e os passageiros; no total 35 pessoas, entre as quais duas crianças.

Essas 35 pessoas, gravemente feridas, foram regeneradas e tratadas dentro de uma de nossas instalações situada a bordo de uma de nossas naves-mãe, próximo ao sistema solar de vocês.

Tais sobreviventes encontram-se agora em perfeita saúde. Ensinamos-lhes nossos princípios e vida social e nossos conceitos cósmicos; desde então, eles manifestaram o desejo de viver conosco. A esse pedido, enviamo-las ao nosso planeta de origem, onde gozam uma vida feliz, de acentuada longevidade. Essas 35 pessoas vivem entre nós há 34 dos seus anos e estão perfeitamente integradas em nossa civilização. Oito entre elas tornaram-se brilhantes pesquisadores, e cinco outras fazem parte de nossos melhores exploradores cósmicos.

Sabemos que para vocês tudo isso é fantástico e impensável. No entanto, asseguramos-lhes que podem acreditar no que dizemos. Somos capazes de muitas outras coisas que lhes pareciam mais fantásticas ainda; por exemplo, o deslocamento de um planeta de pequeno tamanho, como o de vocês, de um sistema solar a outro.

Pedimo-lhes não esquecer que estamos cientificamente quinze mil de seus anos à sua frente em matéria de conhecimento.

Vocês não conseguirão alcançar-nos nesse particular, a menos que aceitem pacificamente a nossa ajuda.”

Permito-me abrir aqui um parêntese importante para mim a respeito

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da prova da mensagem anterior:

Desde a publicação de meu primeiro livro (1978), recebi uma considerável correspondência da parte de meus leitores. Entre as cartas, uma era subscrita por um oficial de polícia aposentado interessado em meus escritos, e que efetuou uma pesquisa minuciosa para relacionar aviões desaparecidos entre 1942 e 1944.

Tive a surpresa de saber, por várias cartas enviadas por esse senhor, que um desaparecimento de avião e de seus passageiros correspondia ao que “meus” extraterrestres me haviam explicado, uma coisa que realmente aconteceu (na época eu contava dez ou quatorze anos de idade). Guardei essas cartas.

20 de Julho de 1977, 0h50.

“Vamos lhe falar sobre a vida e a morte.

Você transmitirá aos seus semelhantes o que vamos lhe dizer. Tentaremos simplificar ao máximo para que possa traduzir aquilo que vocês costumam chamar de ondas PSI nas palavras de seu dialeto.

Sabemos que vocês têm um medo terrível do que chamam de morte. Sempre cometeram o erro de pensar que, depois da desintegração do suporte físico, nada mais podia existir. A realidade é bem outra; um de seus estudiosos tinha parcialmente razão quando lhes ensinou que “’nada se perde, nada se cria, tudo se transforma...’

A verdade é que o ser humano, qualquer que seja, não vive no presente senão um momento das vibrações do seu futuro, que logo se tornam vibrações do passado. O presente, o futuro, o passado não são mais que imagens fictícias fracionando o tempo de vocês em momentos de vida material. Seus esquemas de compreensão só podem compreender uma realidade. O tempo não existe.

O lapso de tempo de vida de que têm consciência não é outro senão uma das múltiplas vibrações do ato de vida energética que o seu eu imortal imprimiu no invólucro físico. Seu eu interior, de origem

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divina, é o próprio criador do ser humano integral que vocês são – corpo, alma e espírito. Mas o seu invólucro físico degenera por falta de aplicação das leis universais cósmicas. Em outros termos, em cada momento presente seu invólucro dirige-se para o passado, até o desaparecimento total.

A partir desse instante, seu eu interior, que é energia-vida imperecível, reúne-se à massa energética universal. Ali ele espera que os elementos materiais sejam reunidos para permitir-lhe reintegrar seja um invólucro físico neste mesmo plano terrestre, seja em outro planeta, seja uma outra dimensão de vibrações mais rápidas, de acordo com o grau de evolução de sua consciência individual.

Quanto mais longa a vida de uma entidade física, maior o tempo para aperfeiçoar sua evolução no momento presente, em direção de seu próximo futuro constituído pelas múltiplas mudanças de estado que ela experimenta ao longo das estações que se sucedem.

Vocês não devem temer a morte. Nestes termos, vocês têm medo do que estão experimentando desde o nascimento. Por mais incrível que pareça, a morte é exatamente o que vocês estão vivendo, ou seja, a velhice, a decrepitude e a desintegração progressiva de seu invólucro físico. O ser humano passa sua vida morrendo para renascer ainda e ainda... Tal é o seu ciclo da vida e da morte.

Não há nada mais natural do que isso. E não compreendemos por que vocês criaram religiões que deformaram o que acabamos de explicar de modo simplificado.”

12 de Outubro de 1978, 21h30.

“durante numerosas grandes reuniões com muitos semelhantes seus, muitos deles lhe farão perguntas sobre um problema insólito que vocês chamam de Triângulo das Bermudas.

Há muitos milênios que estudamos o belo planeta de vocês. Sabemos do que se trata. Nós lhe passamos agora informações a tal respeito, coisa que preocupa um número considerável de terráqueos.

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Quando lhe perguntarem sobre isso, responda o seguinte:

A Terra sofreu várias oscilações em seu eixo de rotação. A cada oscilação, o magnetismo do planeta vê-se conturbado e muda ao mesmo tempo de posição e de polaridade. Mas não é uma mudança instantânea; o antigo eixo só desaparece progressivamente; o novo eixo magnético instala-se da mesma maneira. O que vocês chamam de Triângulo das Bermudas provêm da existência esporádica no tempo daquilo que vocês poderiam chamar de a impressão persistente do antigo eixo magnético, que continua agindo sobre sua antiga localização. Isso provoca fenômenos de conturbação em termos do espaço-tempo, que lhes poderíamos explicar, embora o seu atual nível intelectual científico muito pouco evoluído não lhes permitisse assimilar esse mecanismo complexo.

Podemos apenas dizer-lhes que estudamos e acompanhamos em profundidade os fenômenos que disso decorrem sobre o plano da desmaterialização da matéria nesse meio energético.”

10 de Dezembro de 1978, 1h15.

“Você deve prevenir seus semelhantes sobre informações importantes que vamos lhe dar: o planeta Terra está no limiar de um período de graves perturbações magnéticas e geológicas que vão mudar consideravelmente o aspecto geográfico do globo terrestre.

Paralelamente a isso, a Terra vai sofrer um sensível reaquecimento interno, provocando rachaduras inabituais: sismos, aparecimento de novas ilhas e novos vulcões em lugares inesperados.

Todas essas perturbações vão acelerar a oscilação progressiva do planeta sobre o seu eixo, acarretando deslocamentos climáticos em grande escala.

Entretanto, apesar do aspecto inquietante desses transtornos e dos desacertos que isso provocará em termos da economia planetária, não haverá por que se alarmar além da medida. Esse ciclo já ocorreu várias vezes ao longo dos milênios que a humanidade de vocês atravessou; vocês sempre enfrentaram condições adversas e

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aí estão.

Mas desta vez a ajuda mútua científica internacional deverá desde o presente esquecer suas disputas e trabalhar conjuntamente a fim de prever e minimizar os danos. Será talvez então, é o que desejamos, a partida para uma ajuda mútua sincera em favor da paz e da fraternidade de todos os povos do planeta.

De qualquer forma, nós mesmos colocamos em circuito um dispositivo cuja complexidade nem o melhor dos seus sábios conseguiria imaginar. Esse dispositivo age sobre as polaridades do planeta, a fim de evitar uma oscilação muito rápida e muito brusca, que se revelaria catastrófica. Pedimos que acreditem em nós quando lhes falamos dos meios científicos, gigantescos aos olhos de vocês, que estamos operando para vocês. Não devem subestimar-nos, subestimar o nosso poder em qualquer domínio que seja. Já o dissemos numa mensagem anterior: somos capazes de deslocar um planeta de pequeno tamanho como o de vocês de um sistema solar a outro.

Fiquem calmos diante do que quer que aconteça do futuro. Estamos aí, velamos pela segurança do seu planeta. É no interesse dos sistemas planetários vizinhos, que são eles também, habitados por seres inteligentes como vocês e nós. Até breve.”

18 de Dezembro de 1978, 0h55.

“Quando de nosso último contato com você, falamos das desordens magnéticas e geológicas que podem ocorrer em seu planeta.

Esperamos que tenha compreendido que estas previsões são apenas previsões teóricas, mas bastante prováveis, que os nossos computadores calcularam a partir de dados que detemos há mais de 25 mil de seus anos, graças aos aparelhos de controle que nossos ancestrais deixaram no planeta de vocês antes de deixá-los e cujos sinais ainda hoje recebemos.

Repetimos: as desordens magnéticas e geológicas de que lhe falamos são essencialmente provocadas pelas forças negativas

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emitidas pelo cérebro de cada indivíduo desse planeta.

Vocês devem modificar as freqüências vibratórias dos seus pensamentos para que eles emitam unicamente sobre gamas positivas que são propícias a uma harmonização de nosso espírito com os conceitos universais de amor, de perfeição e de sabedoria. Esses conceitos lhes darão o conhecimento das leis universais que criam, conservam, desenvolvem e perpetuam a vida na ordem e na coerência entre o espírito e a matéria, no espaço e no tempo.

O espírito comanda a matéria; é uma lei cósmica que vocês já não conhecem nem podem mais aplicar há muito tempo, porque voluntariamente cortaram todo o contato com a natureza. Vocês já não vivem como uma parte integrante do planeta, que é um dos elementos essenciais de suas vidas.

Vocês se desligaram de todos os circuitos ondiônicos cósmicos e telúricos. O progresso negativo que criaram para o seu ilusório bem-estar fez com que seus próprios corpos já não tivesse contato com o planeta de vocês. Desse modo, vocês se transformaram em condensadores de energias negativas nocivas que o cérebro e o corpo emitem em detrimento de vocês mesmos e de tudo o que os cerca. Assim, vocês se degeneram sem permitir mais às suas células a regeneração espontânea que tornaria sua vida sensivelmente mais longa: da ordem de vinte a trinta vezes mais.

Vocês devem aprender a reencontrar o contato direto com o planeta e a natureza, pois são eles que permitem a continuidade da vida. Devem reaprender a alimentar-se, respirar e pensar:

Contato energético vital direto.

Nutrição do corpo e do espírito.

Respiração.

Desenvolvimento do pensamento positivo pela meditação.

Dessas quatro capacidades dependem o reaparecimento do processo de regeneração celular espontânea e uma maior facilidade de

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mudança de freqüências vibratórias do cérebro, que então exercerá seu domínio sobre a matéria, modificando-a à sua vontade. Graças a isso, vocês evitarão as desordens magnéticas e geológicas que surgem em seu planeta e cuja principal causa vocês ignoram.

Nossos contactados, e de maneira intuitiva os seres do planeta de vocês, conscientes da realidade do que lhe ensinamos, tudo farão para mudar o espírito de cada ser humano, sob pena de degenerescência acelerada e de destruição, por culpa de vocês, de toda a vida sobre a Terra. Procure fazer com que eles compreendam isso.

Vocês podem aceitar ou recusar estes ensinamentos. No primeiro caso, nós os ajudaremos e restabeleceremos pessoalmente a ordem; mas nada poderemos realizar sem o seu consentimento unânime.

No segundo caso, será com a mais profunda dor no coração que nos desinteressaremos de vocês, pois não temos o direito de interferir muito diretamente no curso da evolução de um mundo diferente sem que ele realmente o queira. Esta é uma das principais leis cósmicas. Nós os amamos; vocês são nossos irmãos genéticos, mas não devemos forçar seu livre-arbítrio. Amor, paz e fraternidade. Até breve.”

29 de Abril de 1979. 1h47.

“Nossos uniformes de vôo são feitos de matéria flexível metalizada que absorve ceras partículas ionizadas, com propriedades luminosas. A vantagem desses procedimentos é manter em bom funcionamento os fluxos bioenergéticos naturais das células de nosso invólucro físico, que por isso mesmo, não deixa escapar certos elementos bioquímicos necessários ao nosso organismo durante os vôos a grande velocidade.

Quando descemos sobre um planeta cujas propriedades atmosféricas são mais ou menos parecidas com as de nosso astro, saímos dos discos descalços, a fim de que as partículas ionizadas nas fibras do uniforme se descarreguem ao contato com o solo.

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A descarga no solo dessas partículas se faz em quatro horas. Depois do que, os uniformes perdem sua luminescência.

Essa duração de quatro horas é suficiente para que os nossos invólucros físicos se acostumem com os diferentes campos magnéticos dos planetas onde descemos e andamos a pé.

Depois de ter caminhado sobre a superfície de um planeta, antes de voltar para a nave nós a colocamos em contato direto com o solo a fim de poder entrar.

Pois uma nave espacial que não se tivesse descarregado de seu potencial ionizado e eletrostático seria absolutamente inabordável.

O ser humano que dela se aproximasse a um metro somente, mesmo sem tocá-la correria sérios riscos.

Se esse mesmo ser humano tivesse a possibilidade de tocar a nave, seria literalmente esvaziado de sua energia vital.

Já que acabamos de falar de ionização da matéria, achamos que vocês estariam interessados em saber que em nosso planeta, na vida corrente de cada um de nós, durante as fases noturnas, não usamos o que vocês chamam de eletricidade. Nossos elementos luminosos são feitos de massas de diferentes formas. Essas massas são ionizadas sob vácuo e recobertas de uma matéria translúcida. Esses elementos luminosos são praticamente eternos e inócuos para o organismo humano.

Chamamos a isso luz fria, pois esse princípio luminoso não libera nenhum calor.”

20 de Junho de199, 20h.

“Comemos também pétalas de certas flores cujo valor nutritivo é largamente superior à carne dos animais do planeta de vocês.”

22 de Fevereiro de 1980, 0h55.

“Nós retomamos o contato com você como no passado (...)

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Informamos que, em relação ao seu planeta, a altitude de nossas naves-mãe vai mudar. Isso com o objetivo de uma eficácia maior sobre a modificação das camadas superiores da crosta terrestre.”

11 de maio de 1980, 21h40.

“Captamos as freqüências adequadas da sinusóide vibratória do planeta de vocês. Nosso planetóide artificial de comando está prestes a envolver o globo com um feixe de ondas apropriadas, que os protege dos efeitos desastrosos da influência negativa de certos corpos celestes desse sistema.”

12 de maio de 1980, 22h.

“A onda portadora de nossos pensamentos pode agora selecionar um maior número de canais. O número de contatos entre os mais puros de vocês vai aumentar, pois os acontecimentos vão se precipitar e vocês terão necessidade disso.”

13 de Julho de 1979, 17h.

“Nossos irmãos de Vega que se acham sobre esse planeta não apresentam sua verdadeira identidade a seus irmãos terráqueos. Esses irmãos de Vega III estão entre vocês para observar como vivem e ainda para se adaptar aos diferentes climas do planeta e ao seu peso. Depois de várias temporadas determinadas, eles foram escolhidos para substituir o pessoal de nossas bases instaladas na Terra, tanto na superfície quanto embaixo do solo. Essa rotatividade permanente de nosso pessoal entre a Terra e as duzentas naves-mãe de Vega que estacionam no limiar do sistema solar tem como objetivo familiarizar nossa gente com esse mundo, já prevendo o momento em que seremos obrigados a intervir. Essa intervenção só ocorreria no caso de um erro cometido por seus sábios e pesquisadores, apresentando o risco de uma catástrofe planetária imprevista que não tivéssemos podido controlar eficazmente desde o começo. Sabemos que você tentou verificar as informações que alguns dos seus lhe deram, mas garantimos que está perdendo tempo. Nenhum dos nossos que vivem entre vocês recebeu a ordem

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de se identificar. Mas é para breve essa possibilidade; você será avisado. Pois começaremos a familiarizar os contactados aos encontros físicos com os nossos irmãos que vivem entre vocês. Eles os conhecem. Cada contactado será telepaticamente dirigido para os locais de encontro. Você sabe como reconhecer um dos nossos... Até breve.”

18 de Agosto de 1979, 2h32.

“Temos bases nos Pireneus e material importante embaixo do monte Ventoux.”

17 de Julho de 1979, 23h10.

“O mundo de vocês está morrendo. O ser humano que o habita sabe disso e não tem mais força para reagir, pois falta-lhe coragem para reencontrar o caminho da sabedoria, que entretanto lhe estava destinado e que ele abandonou devido à má utilização da lei do livre arbítrio, esse livre arbítrio que o grande construtor de todas as coisas pôs a sua disposição para direcionar sua evolução para o amor, a sabedoria e a perfeição, condição única para a criação, a propagação, a conservação e a continuidade da vida.

Os seres humanos ainda conscientes e sábios desse planeta sabem disso. Mas esses homens estão isolados no meio dos inconscientes e daqueles que perderam a razão a ponto de não se darem conta de que participam, devido ao consentimento silencioso, da destruição de toda a vida no planeta.

Desde agora, o primeiro dever de cada ser humano consciente e sábio é procurar em torno de si aqueles que se parecem com ele e unir-se para pressionar toda a civilização, a fim de abrir-lhe rapidamente os olhos. A própria sobrevivência da espécie depende disso.

São chegados os tempos em que o homem, em sua multiplicidade deve juntar-se aos outros e criar o corpo do homem novo, o homem de amanhã, o homem do futuro, que deverá harmonizar-se com toda criação a que pertence. O homem novo, este homem da raça de

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hoje, deve voltar a ser o homem da raça primordial que era antes que tivesse começado a abusar do livre-arbítrio.

O homem deve recuperar a sua consciência cósmica.

Nós temos estudado esse planeta com mais minúcia desde os anos 1934-1947, período durante o qual pressentíamos os futuros projetos das ciências de vocês. As pesquisas realizadas pelos cientistas terráqueos a partir desse período agravaram as coisas. Um importante processo de desestabilização foi detonado em termos dos elementos magnéticos do globo, reações químicas daí decorrentes estão se acelerando até atingir um ponto de não-retorno, se os dirigentes dos corpos científicos das nações desse mundo não reagirem entre o momento atual e o ano 2200. Depois disso será tarde. As radiações que vocês criaram detonaram o sinal de alerta dos nossos computadores.

Essas radiações destroem os elementos bioquímicos e biofísicos das células vivas e dos cristais moleculares da matéria inerte e viva em seus núcleos atômicos. Em seguida a esse processo, mutações celulares vão efetuar-se cada vez mais freqüentemente sobre os seres humanos do planeta. Tais mutações já começaram há mais ou menos vinte anos, mas numa freqüência ainda não alarmante. Todavia, durante os últimos cinco anos, esse processo vem sendo acelerado perigosamente. A civilização de vocês pode deter o processo em marcha suprimindo o mais rápido possível qualquer produção de radioatividade, inclusive a aparelhagem radiográfica e o seu sistema televisivo, que todas as crianças e as mocinhas em idade de procriar deviam deixar completamente de lado. Não lhes restam mais do que quarenta dos seus anos para seguir rigorosamente nossos conselhos e voltar às fontes naturais da vida, sem perda de tempo. Do contrário, vocês se verão chamados a experimentar um período de vários milênios do mais atroz dos pesadelos vividos pelo homem desse planeta. Sabemos do que estamos falando por termos encontrado vários planetas contaminados durante nossas viagens intersiderais. Trata-se de algo que não podemos esquecer.”

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12 de Outubro de 1979, 23h.

“Materializamos esferas micro-energéticas no interior da matéria que constitui esse planeta, a fim de situar os pontos onde devemos instalar nossos aparelhos de regulação dos sismos que afetam as camadas tectônicas do mundo de vocês.

Efetuamos não raro essa operação em numerosos planetas em catástrofe. Podemos cometer enganos, e isso já ocorreu várias vezes, mas sempre conseguimos superar esses enganos graças ao avanço de nossa ciência.

Sabemos que, naquilo que diz respeito a vocês, as coisas estão bem encaminhadas. Vamos poder limitar consideravelmente os danos. Tenham confiança. Até breve.”

Abro um parêntese importante: quatro dias depois das informações telepáticas precedentes, recebidas em público diante de cinco testemunhas, ocorreu a enchente de Nice. A versão da imprensa foi montada com o objetivo de não assustar a população. Os meios de comunicação divulgaram que a causa fora toda aquela terra retirada do leito do rio para os trabalhos de ampliação do aeroporto. Mesmo assim, um importante jornal local publicou um longo artigo, que oferecia as verdadeiras explicações para o fenômeno.

“Os cabos telefônicos que ligam Gênova (Itália) à Espanha foram rompidos e literalmente volatilizados sobre uma extensão de oitenta quilômetros. Pesquisas realizadas a esse respeito permitiram descobrir que um vulcão situado a 250 quilômetros de Nice e a cerca de 1.500 metros de profundidade tinha entrado em erupção, arrasando os leitos marinhos por várias centenas de quilômetros. É incontestável que a enchente, que causou vítimas em Nice e em Antibes, foi provocada por essa erupção...”

Pouco tempo depois, um tornado se abatia sobre o cabo de Antibes. Em 16 de Outubro, no mesmo momento, houve na Califórnia um tremor de terra devido à abertura de uma falha colossal. Um abalo desse teor não se havia produzido há mais de quarenta anos. Os tremores acusavam 6,4 pontos na escala Richter.

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O parêntese citado (verificável) pode provar a autenticidade dos meus contatos com os seres de além-espaço superiormente evoluídos, tanto no plano científico quanto no plano espiritual. Durante meus numerosos contatos telepáticos, assim como nos meus dois encontros com extraterrestres, eles me declararam ser os “anjos” representando “os exércitos de Deus” de que falam as escrituras sagradas. Devo acrescentar que o fato de terem sido nomeados “anjos” nos tempos antigos provoca-lhes um sorriso gentil, devido ao aspecto demasiadamente místico dessa definição.

10 de Maio de 1980, 23h10.

“Sabemos há muito que os múltiplos transportes do pensamento se fazem por indução de partículas cósmicas simples, que os sábios terráqueos pressentem mas ainda não descobriram, e que temos o controle quase perfeito no que concerne À direção, seleção, velocidade e freqüências vibratórias.

Os contactados e todos os seres humanos receptivos do planeta recebem os impulsos dessas partículas cósmicas simples, que veiculam nossos pensamentos e nossos conceitos de paz, de fraternidade e de amor universal.

Utilizamos o mesmo procedimento um pouco modificado para controlar a energia nuclear de vocês.

Numa mensagem precedente, informamos que tínhamos o controle de sua energia nuclear. Sabíamos que não podíamos conceber esse controle senão pela aplicação de sistemas científicos muito elaborados. Assinalamos, a fim de que transmitisse a informação aos seus semelhantes, que efetuamos esse controle unicamente por uma influência psíquica tendo uma ação sobre a matéria. Para nós, basta concentrar nosso pensamento na aceleração, na desaceleração ou na neutralização total de qualquer desintegração radioativa.

Podemos, portanto, efetivamente, controlar a desintegração isotópica pela concentração de nosso poder mental, isso valendo em torno e sobre a superfície do planeta. Nisso, somos ajudados por nossos potentes amplificadores de ondas psíquicas instalados a

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bordo de nossas maiores naves interestelares e daquelas que se acham cuidadosamente instaladas no planeta de vocês.

Estamos assim preparados para limitar consideravelmente os danos no caso de efeito catastrófico de reação em cadeia, a partir de um eventual conflito nuclear de sua parte ou da parte das suas energias nucleares domésticas.

Informamos que acabamos de verificar a instalação de usinas nucleares em diferentes locais do país em que vivem.

Estamos pasmos por constatar que quase todas essas instalações estão perigosamente situadas sobre falhas geológicas precárias e que as suas estruturas de construção são insuficientes para garantir a segurança dos seres humanos em caso de acidente.

Para dar um exemplo, suas instalações de produção de energia nuclear podem se comparar à construção de uma cuba de dois quilômetros cúbicos construída em papel fino e destinada a guardar nitroglicerina, esse potente explosivo que vocês inventaram sem se darem conta de seus perigos.

Vocês fazem avançar sua ciência de modo inconsiderado, sem qualquer respeito pela vida humana. Vocês são aos nossos olhos crianças que teimam em manipular forças que não conseguem controlar totalmente.

Paz em você. Nós o acompanharemos em suas ações.”

2 de Julho de 1980, 19h23.

(Enquanto eu ouvia Jean-Pierre Prévot e Franc Fontaine, no momento em que um espectador fazia uma pergunta sobre as “bolhas falantes”. Não tendo havido nenhuma resposta durante uma entrevista televisada, aqui ofereço uma.)

“Aquilo que a maioria das testemunhas terráqueas que tiveram contato com nossas esferas luminosas falantes chama de ‘bolhas falantes’ é a cristalização semimaterial de alguns de nossos ‘corpos sutis’. Utilizamos esse procedimento de sublimação de nossos seres

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para facilitar o teletransporte instantâneo. Isso é muito fácil para nós, se considerarmos que o espírito cria e comanda a matéria.

Embora nunca o tenha sabido, usamos para você um procedimento parecido, não visível do exterior e do interior. Esse procedimento suprime o que vocês chamam erroneamente de tempo. Essas esferas, que são uma parte de nós mesmos, criam-se a partir da força dos nossos pensamentos, vibrando a freqüências bastante particulares que vocês não conseguiriam ainda alcançar e aparentando-se um pouco com aquilo que chamam de ‘viagem astral’. Concentramos, amplificamos e emitimos essas forças psíquicas por meio da aparelhagem que lhe permitimos ver num flash. Em sua linguagem científica, vocês poderiam chamar essa aparelhagem de transmutador a ondas curtas. Ela permite a materialização e a desmaterialização de alguns de nossos corpos sutis no tempo e no espaço, de acordo com as dimensões a serem investigadas.

Essa forma esférica é produzida por uma sucessão de ondas mentais que captamos nos esquemas de procedimentos construtivos das estruturas atômicas da matéria em todos os níveis de fluidez. O infinitamente pequeno e o infinitamente grande sendo idênticos e intimamente ligados entre si, as moléculas de cristalização esférica que produzem a materialização de nossos corpos sutis se lhes assemelham, de onde a forma esférica de nossas energias falantes e portadoras. Até breve.”

27 de Julho de 1980, 23h10.

“Muitos de seus semelhantes colocaram-se questões sobre nossa maneira de viver na sabedoria, no conhecimento cósmico e numa noção muito acentuada do amor universal.

Perguntam-se não raro há quanto tempo alcançamos este grau de evolução.

Na verdade, se nos fosse preciso dizê-lo, ficaríamos bastante embaraçados, pois acreditamos sinceramente que alcançamos este grau de evolução desde (gostamos de ouvi-los dizer, pois achamos a

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expressão muito bonita) a ‘noite dos tempos’. Não nos pertence tal mérito; isso faz parte da nossa vida, como para vocês a função respiratória. Mas também e, sobretudo, nos sentimos infinitamente pequenos em relação aos seres superiores que conhecemos e que são nossos mestres, guias e instrutores. O número de esferas de vibrações superiores que estão ‘acima’ de nós é infinito como o volume e o espaço cósmico que nos cerca. Nós não podemos nos situar na escala hierárquica dos níveis de evolução em relação ao que se acha acima e abaixo de nós. Sabemos apenas que nossa missão é evoluir e fazer com que evoluam todos os elementos da criação para o grande construtor de todas as coisas. Não nos sentimos absolutamente superiores em relação a vocês e a tantas outras esferas que devemos ajudar, pois sabemos que se o quisessem realmente, vocês poderiam igualar-nos rapidamente em todos os planos. No plano cósmico, não há superiores nem inferiores. Apenas seres que retardam a própria evolução por falta de amor.

O fato de não haver qualquer mérito em atingir o que vocês chamam de um certo nível elevado de evolução deve-se a que temos a faculdade, em todo momento de nossa vida naquilo que vocês chamam de ‘presente’, de consultar aquilo que os iniciados terráqueos denominam ‘anais akáshicos’. Por esse meio, retificamos constantemente o curso de nosso comportamento, e isso já há um bom número de bilhões de seus anos. Mas para chegar até aí, desde esse tempo incomensurável, foi voluntariamente que decidimos respeitar a lei de amor, sem a qual não há evolução, sem a qual não há verdadeira vida.

Nós amamos vocês e gostaríamos de levá-los a compreender essa lei sem infringir a lei do livre-arbítrio; levá-los a compreender que se apenas um de vocês quisesse realmente, o conhecimento lhe seria dado instantaneamente. O conhecimento cósmico das coisas e dos seres pelo poder do amor universal.

Esse amor, alguns de vocês o possuem, mas não podem nem querem demonstrá-lo, porque os seus semelhantes o recusariam;

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eles ainda não estão preparados, e essa falta de preparação cega-os a ponto de não verem onde o amor se encontra, em que olhos ele brilha e suplica em vão.

Àqueles entre vocês a quem foi concedido compreender perfeitamente a lei do amor, dizemos: não percam a paciência, continuem a mostrar e a oferecer amor em cada minuto da vida; pois breve, muito breve, mudanças terão lugar no coração dos homens, e a satisfação será grande para vocês; serão recompensados por todo o amor que dispensaram, pois o receberão centuplicado. Até muito breve.”

20 de Novembro de 1980, 3h45.

“Vocês vivem no interior do pensamento criador da energia pura e inteligente que suas religiões chamam de Deus.

No plano da descrição material científica, esse pensamento criador cósmico é de ordem química, sendo idêntico na qualidade de elemento eletroquímico, ao cérebro humano, criado à imagem da energia central (Deus).

O processo de funcionamento eletroquímico do pensamento humano é rigorosamente idêntico ao processo eletroquímico de funcionamento do elemento central. Este cria por amor de perfeição sempre crescente e por necessidade vital de eternidade na criação perpétua do pensamento cósmico, de que cada ser vivo é um elemento preponderante, agindo sobre a conservação da forma e da vida de cada planeta, bem como do pensamento universal vital cósmico. O espírito criou a matéria. A matéria tornada viva na criação do homem juntar-se-á ao espírito, no espaço e no tempo, pela eternidade, desde que o espírito do homem, em suas possibilidades de escolha, não destrua a obra do grande construtor de todas as coisas. Até breve.”

Esta mensagem mostra bem como o infinitamente pequeno acha-se estreitamente ligado ao infinitamente grande, a tal ponto que se um desregulamento fora das leis universais se produzir nesse nível, tudo o mais receberá o contragolpe. Poderíamos deduzir que é

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possível ao homem, se ele assim o desejar, destruir todo o cosmo. Ele pode pelo menos destruir para sempre seu próprio sistema solar pela criação de ciências negativas. Felizmente, a criação cósmica prossegue sem parar e não é estática. Para destruir a criação, seria necessário que o pensamento de todos os seres pensantes, inteligentes, juntasse todas as forças negativas ao mesmo tempo. O elemento energético central seria talvez atingido... Mas pode-se imaginar o homem “matando” Deus? Ele talvez seja até capaz disso. No entanto, se ele continua a se tornar tão negativo, “mata” Deus em seu coração.

13 de Março de 1981, 10h16.

“Nosso planetóide artificial de comando e de coordenação do programa prossegue em seu itinerário rumo ao planeta de vocês e não se encontra a mais de cinco mil anos-luz do seu sistema solar. É a partir desse planetóide e de nossas duzentas naves-mãe estacionadas no limiar do sistema de vocês que vamos programar a última fase de sua reestruturação em todos os planos. É também nesse planetóide que serão recebidos os mais sábios entre vocês, a fim de ganharem os conhecimentos cósmicos necessários à sua reinstalação eventual sobre a Terra depois da depuração das forças negativas aí existentes. Desde então tudo será mudado para vocês, e compreenderão finalmente o que é viver. Esse planeta e vocês mesmos, regenerados, mal serão conhecidos. Mas essa regeneração só depende de vocês. Só depende de que queiram amar e espalhar esse amor em torno de si. Estamos falando de Amor, não de amor.”

As mensagens telepáticas que o leitor acaba de ler são as mensagens que eu devia retransmitir. Recebi outras durante os meus numerosos contatos. Não achei bom inseri-las aqui, pois são em sua maioria mensagens pessoais que dizem respeito à melhor condução de minha própria vida. A maior parte dessas mensagens pessoais me fizeram não raro evitar cometer terríveis enganos que me teriam prejudicado.

Quarta Parte

Ensinamentos e Iniciação

O tempo não existe

Mesmo correndo o risco de dar ao leitor a impressão de ser um autor “que vive se repetindo”, é importante para mim insistir mais uma vez sobre o fato essencial de que sou apenas um homem de Deus, tal como ele o desejou. Por isso, acontece-me às vezes dizer às pessoas: “minha instrução tem dois mil anos de experiência.” A maioria não compreende tais palavras e gostam de dizer, zombando: “Nossa! Ele se considera o próprio Jesus Cristo.” As pessoas gostam de rotular os indivíduos que as incomodam. Não conseguem entender que um homem possa estar muito atento a dois mil anos de experiência da palavra de Cristo. Foi essa palavra que finalmente me levou a trilhar o caminho realista do amor universal que Deus nos ensina no seio de seu único templo verdadeiro, que é o próprio homem.

Ser-me-ia bastante desagradável querer passar por um desses farsantes mais ou menos perigosos que se tomam por eleitos de uma raça extraterrestre de semideuses astronautas a bordo de engenhos vários, para anunciar o fim do mundo.

Sou na verdade um ser que sempre procurou soluções simples e naturais para todas as indagações, pois no fundo de mim mesmo sempre tive a convicção, certeza desde 1951, de que o misterioso e o sobrenatural não existem em parte alguma no universo. Tudo que vem de Deus é simples.

Desde o primeiro contato com seres de além-espaço, minha alma e

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meu coração continuaram sendo o que eram quando eu estava com dezenove anos. Não podem mais envelhecer. Quando eu “partir”, renascerei ainda e ainda. Não se trata de um sentimento de imortalidade?

O tempo não existe. Ele só existe na ignorância do homem. Não há necessidade de procurar em outro lugar o que se encontra dentro de nós mesmos e de que só saberemos nos servir quando tivermos sabedoria. Aí reside todo o segredo. Que não chega a ser propriamente segredo, pois está ao alcance de todos; basta ter compreensão; ora o amor é antes de tudo compreensão (compaixão).

Quando o homem deixar de ser antinatural, compreenderá e se tornará eterno, corpo e alma. Esse raciocínio é mais simples e mais claro que a água da fonte, que corre do alto da montanha e deve matar a nossa sede, se quisermos obter a purificação. Creiam-me, para entender tudo isso não é necessário acreditar nos deuses absurdos que as múltiplas religiões do mundo nos impingiram. Basta ser simplicidade, basta ser amor.

Eu sei... É sempre espantoso, no meio das várias tendências agressivas do século XX, ouvir falar de amor universal, sobretudo da parte de um homem comum. Existe um grande número de homens verdadeiros, mas infelizmente eles se afogaram na massa dos outros. Desejo que tais homens sintam a influência do espírito que me habita e espero que me ajudem a falar, ainda com mais intensidade, à nossa civilização de hoje.

Uma pessoa muito crente, com que tive ocasião de corresponder-me, escreveu-me o seguinte: “À força de procurar, o senhor teve de Deus a recompensa pelos seus esforços.”

Por que falar de recompensa? Não há em tudo isso recompensa, mas apenas um justo e lógico retorno das coisas. Para a pessoa que é honesta com aquilo que experimenta de suas origens, não há qualquer esforço ou mérito em alcançar finalmente a luz, já que desde o princípio éramos luz.

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A mesma pessoa ainda comentou: “Para ter essa fé e essa energia para com a natureza viva e inteligente de que o senhor fala e que sente em seu íntimo, e para realizar a grande missão de comunicá-la ao mundo através do seu livro, é que o senhor foi escolhido, como aconteceu com Jesus há dois mil anos...”

Respondi-lhe que na verdade ninguém é escolhido. Cada qual escolhe o seu caminho: o bem ou o mal, a luz ou as trevas, a vida ou a morte. Aquele que escolhe a morte participa quando esta vem de um pedaço de energia. Não estou nem acima nem abaixo, não sou tampouco igual a ninguém e principalmente não de Jesus, a que sempre respeitei. Embora tenha sido um homem como vocês e eu, ele foi sobretudo amor.

Jesus nos foi apresentado por Deus como o modelo do que deveríamos ter sido e devemos ser. Mas nós não entendemos nada. Quanto a mim, considero Jesus nosso irmão e meu mestre espiritual.

Sou apenas um homem que foi aconselhado e instruído com justeza por aqueles que as antigas escrituras chamam de anjos ou, mais propriamente, exércitos de Deus.

Compreendi que o amor confere o conhecimento, mesmo intuitivo, da beleza e da imensidão cósmica, que não se detém nos limites de nosso próprio universo.

Mas como levar as pessoas a admitir um tal conceito?

De qualquer modo, vou tentar: peguem uma gaveta. Encham-na de esferas translúcidas de cinqüenta milímetros de diâmetro. Quando o fundo da gaveta estiver repleto, com as esferas tocando-se umas às outras, despejem outra camada de esferas idênticas, que irão naturalmente alojar-se nos espaços livres, onde estarão calçadas entre três outras esferas. Vão fazendo isso de acordo com o tamanho da gaveta. Completado o serviço, observem o que acabaram de realizar. Terão ali a representação estilizada e aproximativa da estrutura de uma parte ínfima do cosmo, cada esfera representando um universo tão grandioso quanto o nosso. No

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interior de cada um desses universos gravita um número incalculável de sóis como o nosso, em torno dos quais giram numerosos planetas habitados por seres humanos parecidos conosco. Todos esses seres humanos fora de nosso planeta, que somos logicamente forçados a chamar de “extraterrestres” são da mesma maneira que nós, filhos de Deus. São criados e disseminados por toda parte no seio da criação.

Entre tais humanidades, a evolução espiritual e a tomada de consciência cósmica podem apresentar algumas diferenças e por isso mesmo, os habitantes de certos planetas como o nosso acham-se ainda repletos de vibrações negativas e são prisioneiros de seu próprio mundo. Desse modo, não podem contaminar os mundos cujo espírito dos habitantes está próximo de Deus.

Para tentar forjar a compreensão dos humanos atuais, a tecnologia científica é utilizada por nossos visitantes galácticos.

Entre os universos, como entre suas esferas translúcidas, existem “vazios” que são zonas de compressão do espaço-tempo. Esses vazios contam-se em número de um para cada cinco universos.

As naves espaciais extra-universais utilizadas pelas humanidades extraterrestres cientificamente e altamente evoluídas usam esses “vazios” para viajar de um universo a outro, ou ainda de uma ponta a outra da criação ou de uma galáxia, a velocidades que superam qualquer imaginação. Elas fazem isso sem empregar a energia produzida pelo “móvel” em funcionamento, ou seja, a nave. O deslocamento de um móvel extra-universal se faz por oposição das forças repulsivas colossais produzidas pelo movimento de expansão dos universos.

Não gostaria de parecer ao leitor esse senhor pedante e pretensioso que acaba de dar um curso de cosmologia a fim de se mostrar superior. Assim, devo dar agora a razão desse “curso”, que não foi para mim senão um meio de fazê-los avaliar de mais perto a pequenez do ser humano habitante de nosso planeta, que se acredita o centro do universo. Quero falar da evolução lógica e verdadeira,

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daquela que só se pode fazer através do amor, pelo amor do conhecimento, pela felicidade, a alegria e o bem-estar da espécie humana.

Algumas páginas de uma história antiquíssima

Numa época muito longínqua, situada entre o começo do universo e a primeira glaciação terrena, as civilizações humanas, espalhadas pelos vários universos cósmicos, eram cientificamente muito evoluídas.

Elas estavam sete mil anos mais adiantadas que a ciência do homem deste fim do século XX. Tinham adquirido essa evolução científica no mais profundo respeito à natureza e à sabedoria, sem a qual não existe evolução científica, espiritual e moral possível.

Naquele tempo, tais civilizações conheciam a juventude permanente e uma longevidade muito acentuada, devido à regeneração celular espontânea.

Esses homens sabiam criar a matéria inerte e a matéria viva graças à descoberta de energias naturais colossais tiradas ao cosmo e tratadas cientificamente.

Eles desenvolveram sua civilização em colaboração estreita com a natureza e fizeram crescer suas ciências com amor na direção do futuro positivo da espécie, então prodigiosamente poderosa.

Conheciam e dominavam perfeitamente a gravitação e a anti-gravitação. Isso lhes permitiu efetuar viagens cósmicas, descobrir outras galáxias, encontrar outros mundos e outras civilizações.

Conheciam igualmente os princípios da levitação por concentração

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e projeção das ondas eletrostáticas e magnéticas dos planetas, dando-lhes condições de fazer sem qualquer dificuldade as manipulações mais pesadas. O homem de hoje ficaria espantado ao ver com que facilidade eles erguiam e dirigiam com precisão blocos de pedra de trinta metros de comprimento, vinte metros de largura e dez metros de espessura. Erguiam tais blocos a mais de duzentos metros de altura. O comando dessas manipulações era feito por intermédio de um único homem, graças a um pequeno aparelho eletrônico muito especial do tamanho de nossos telefones atuais. Eles realizavam proezas ao reunir esses blocos com extrema precisão.

Dominavam as ondas vibratórias, com as quais efetuavam todos os trabalhos penosos, sujos e perigosos para eles e as coisas que viviam.

Esses homens viajavam no espaço-tempo a velocidades “zero menos X” e “trezentos mil mais X”.

A “televisão” era aperfeiçoadíssima. O “telespectador” vivia no meio do programa de sua escolha. Os programas televisados eram em relevo e em cores, tridimensionais, multissensitivos e multifônicos. A percepção dos programas fazia-se por um efeito eletromagnético agindo sobre o córtex cerebral.

Os seres desse tempo viajavam no cosmo a fim de aumentar seus conhecimentos e para que as espécies que encontravam pelo caminho tirassem proveito dos resultados de sua ciência.

Aqui não foram dados senão pequenos detalhes das grandes linhas que constituem a estrutura geral do conjunto dos conhecimentos desses seres evoluídos e sábios, nos mais antigos tempos de nosso sistema solar e ainda mais além.

As civilizações dos tempos antigos até as glaciações terrestres

Uma expedição muito importante foi organizada por uma dessas civilizações, partida da Terra antes da primeira glaciação. Seus representantes voltaram à nossa galáxia e encontraram nosso sistema solar que tinha mudado bastante. Plantaram as bases da expansão de sua espécie em diferentes planetas do sistema. Inicialmente Saturno, depois Vênus, Marte e o satélite natural da Terra, a Lua. Esta foi preparada como local de observação, servindo para vigiar a Terra, então em plena glaciação. Que se tinha passado durante essa ausência de vários milhões de anos? Só havia água em sua superfície, e ela só tinha um dos satélites naturais que possuía antes.

O potencial científico e tecnológico desses seres permitiu-lhes acelerar o fim do processo de glaciação. Trataram, portanto, artificialmente a espessa camada de nuvens que cercava o nosso planeta de todos os lados, a fim de que os raios regeneradores do Sol o alcançassem, e a vida mineral, vegetal e animal reaparecesse na superfície e nos mares.

Esse trabalho colossal de transformação de um planeta durou várias centenas de anos, antes que os viajantes do espaço pudessem organizar sua instalação na Terra.

Aqui, eles colocaram raças de seres humanos pouco evoluídos, tiradas de outros planetas que tinham sofrido gigantescos

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cataclismos naturais e artificiais.

Essa importação humana explica as diferenças de raças, cor da pele e costumes.

Paralelamente aos milênios necessários à reeducação desses “emigrados” importados pelos galácticos, desenvolveu-se entre todos esses seres vivos uma espécie de “hominídeos” que os galácticos julgaram-se tratar de antigos humanos degenerados por uma guerra atômica no planeta de onde tinham sido tirados. Essa espécie sensivelmente diferente, de forma quase humana, com predominância “intelectual” latente, evoluiu até a época atual; são os nossos grandes macacos de hoje, que serão talvez a espécie humana de amanhã, em alguns bilhões de anos. Mas devemos temer que, em sua ignorância e seu nefasto espírito de “superioridade”, as civilizações modernas de hoje os exterminarem antes de tomarem conhecimento do que lhes estava destinado.

Para reeducar os homens trazidos para a Terra, foi preciso muito tempo. Foi preciso modelá-los, “recriá-los” à imagem biológica, fisiológica e intelectual de seus mestres educadores, que eles veneravam como a “deuses vindos do céu”, que lhes prodigalizavam a vida, o bem estar, a beleza, a dignidade humana e os conhecimentos.

Vários milhares de anos depois do fim da reeducação desses homens, estes formaram por sua vez poderosas civilizações.

No entanto, embriagadas pelo imenso conhecimento que haviam adquirido, essas civilizações não tardaram a mostrar divergências de opiniões quanto à utilização das ciências descobertas. Pouco a pouco, com o correr do tempo, os terráqueos revelaram intenções nitidamente belicosas para com os próprios educadores.

Vendo que o homem não agia de acordo com as leis que regiam a harmonia universal, os galácticos conceberam um plano de neutralização, escondendo e apagando as somas dos conhecimentos adquiridos, bem como o material científico, no único e gigantesco continente que existia então sobre a Terra. Este começava

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progressivamente a se tornar um verdadeiro “inferno” de fogo e de sangue.

Os galácticos decidiram enfim partir do planeta. Antes disso, porém, deixaram cinqüenta mil de seus homens embaixo da Terra para que vigiassem e ajudassem secretamente os humanos decadentes que, na superfície, infringiam as leis da vida.

Esses homens decadentes, que com a ajuda dos galácticos e malgrado as diferenças de raças, tinham chegado a constituir os Estados Unidos do Mundo, continuaram a regredir. Fizeram rapidamente uso do que lhes restava ainda de seu alto saber científico para detonar uma guerra de tal poder, que o aspecto físico e químico mudou completamente.

As repercussões dessa guerra se fizeram sentir durante cerca de cinqüenta mil anos. Os poucos sobreviventes, contaminados e em mutação biológica e genética, teriam descido ao nível de animais quase selvagens, não tivesse sido a sobrevivência de uma insignificante centelha do passado. Como num pavoroso filme fazendo a retrospectiva do cataclismo planetário, esses sobreviventes guardaram na memória a recordação infernal do único continente da Terra arrasado pelos sismos. Estes haviam cindido o continente em múltiplos pedaços que andam à deriva ainda em nossos dias, cujos maiores são os nossos cinco continentes atuais. A memória desse terrível passado ficou adormecida durante longos milênios até que os infelizes sobreviventes (período chamado de pré-histórico) começassem a reorganizar-se em criaturas humanas relativamente decentes.

Nesse meio tempo, de geração em geração, os primeiros educadores e os poucos milhares de “terráqueos de importação” partidos com eles para outros sistemas planetários adaptaram-se extremamente bem aos elementos desses novos mundos e ali instalaram brilhantes civilizações.

Oitenta mil anos terrestres depois da reinstalação sobre esses novos mundos, um retorno instintivo às fontes se fez sentir no coração dos

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descendentes dos terráqueos sábios partidos com os galácticos. Eles decidiram regressar à Terra para aí reatar relações pacíficas com os que tinham ficado.

Novamente uma importante expedição foi enviada ao planeta para aí fundar uma nova civilização sobre outras bases. Esses homens encontraram, portanto, à sua chegada um planeta transtornado, cujo único continente estava “estilhaçado” em vários pedaços, mas onde a fauna e a flora haviam retomado os seus direitos, desaparecidas além disso, as ruínas e a radioatividade.

Instalaram-se em vários pontos do globo. Ali, pouco a pouco, reencontraram os descendentes dos sobreviventes que tinham escapado à destruição quase total. Seu nível intelectual tinha descido tão baixo, que foi preciso reeducá-los, pois já haviam até iniciado um processo de involução.

À imagem de seus antigos educadores, os antigos “terráqueos” que ali regressavam voltaram a ensinar-lhes a sabedoria, o amor entre os povos e os conhecimentos perdidos.

Infelizmente, esses novos educadores não puderam terminar sua tarefa de ensino, pois não conseguiram sobreviver por muito tempo em seu planeta de “origem”, de tal modo se achavam modificados os elementos desde o cataclismo e eles próprios se achavam modificados no curso da longa temporada nos confins da galáxia desde quase uma centena de milhares de anos. Depois de sua volta à Terra, em apenas cem anos declinaram e desapareceram sem poder voltar a partir.

Para preservar a iniciação, tiveram, de qualquer modo, tempo para procriar a contragosto com os descendentes contaminados, que continuaram, de maneira bastante imperfeita, a iniciar seus descendentes.

Infelizmente, a cintilante novidade da iniciação científica venceu mais uma vez o respeito pela iniciação espiritual e moral. Isso acarretou outras destruições humanas por múltiplas guerras nucleares, reduzindo de cada vez tudo a zero, destruindo totalmente

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um dos planetas do nosso sistema, o décimo, e prejudicando seriamente nosso satélite natural, a Lua.

Exatamente antes desse novo período de conflitos e de acordo com o programa preestabelecido, os sobreviventes dos descendentes dos cinqüenta mil educadores secretamente escondidos embaixo da terra saíram à superfície para ver se o homem tinha se tornado razoável. Vendo que nada disso ocorrera, deixaram o planeta, largando para trás o material e os conhecimentos primários embaixo dos cinco continentes, onde tinham ficado por mais de cem mil anos. E recuperaram a maioria de suas antigas bases, ou seja, a Lua (onde reconstruíram suas bases destruídas), Júpiter, Saturno (as bases e os satélites de Marte achavam-se imprestáveis) e Vênus, ainda em estado de glaciação parcial, mas habitável.

Desde a retirada dos representantes dessa civilização vinda do céu, estes e alguns educadores de Vega fazem aparições periódicas para observar e proteger a Terra contra eventuais conflitos irreparáveis.

Como os terráqueos transformaram a verdade

Mais próximo aos tempos atuais, o homem recebeu uma mensagem de sobrevivência.

Alguns seres da Terra, escolhidos por causa de suas grandes qualidades morais, foram assim contactados pelos visitantes do espaço a fim de preparar a massa humana para a vinda ulterior de um mensageiro oficial.

Essa mensagem trouxe ao homem regras e princípios de vida que garantiam sua continuidade, em harmonia com a natureza e com todo o universo.

Para esses visitantes vindos do céu, o problema era, primeiro a regeneração de alguns seres humanos da Terra, os menos decadentes, os mais puros. Os galácticos praticaram, de maneira mais elaborada e com uma aparelhagem científica muito mais sofisticada, o que nossos sábios atuais chamam nos dias de hoje de partenogênese artificial. Eles aplicaram esse procedimento a um certo número de indivíduos para que a descendência melhorasse por meio da hereditariedade.

Mulheres, correspondendo às normas da operação, eram tornadas inconscientes, discretamente raptadas e transportadas para laboratórios espaciais durante algumas horas. Ali, praticava-se nelas a partenogênese artificial. Essa “operação” consistia na aplicação de uma sessão de raios projetados a partir de aparelhagens muito

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aperfeiçoadas, desenvolvendo sobre o “paciente” um influxo de energia vital natural próprio a detonar a formação de embriões humanos no óvulo feminino, sem a presença de qualquer espermatozóide. Terminada a “operação”, cada mulher era devolvida ao local onde tinha sido apanhada.

Dessas mulheres, nasceu com maior ou menor sucesso, uma nova raça de homens parcialmente regenerados, capazes de assimilar a mensagem de sobrevivência. Essa mensagem era uma iniciação espiritual e científica que garantia a evolução normal da descendência pela transmissão memorial hereditária no mesmo nível dos cromossomos.

Essa operação “partenogenética” não era absolutamente uma manipulação genética antinatural, muito pelo contrário; a aplicação de uma radiação de ondas cósmicas inteiramente naturais era efetuada sem o uso de qualquer instrumento, sem absorção nem injeção química.

Esses “deuses vindos do céu” são nomeados em hebraico como os “heloim” ou “eloim”... Foram também chamados de “anjos”, ou seja, “mensageiros” em grego.

Abro aqui um parêntese para mencionar as escrituras sagradas. Os textos iniciais da Bíblia foram antes escritos em sânscrito e em seguida traduzidos para o hebraico, o grego e todas as línguas modernas do mundo inteiro.

A cada tradução, vários tradutores eliminaram o que não podiam compreender, o que os chocava ou era consideravelmente perturbador em função dos conceitos estabelecidos em cada época. Acrescentem-se ainda as transformações e os erros voluntários e involuntários.

Assim, a verdade suprema nunca atingiu o âmago das múltiplas religiões de nosso planeta.

A destruição de nosso mundo

São chegados os tempos em que o homem deve tomar consciência do que ele é, a fim de preservar seu futuro.

Muitos erros involuntários e infelizmente, não raro voluntários foram cometidos e perpetuados desde tempos imemoriais até os nossos dias. Tais erros retardaram a evolução do homem.

Paralelamente a isso, ele foi ajudado por aquilo que os seres humanos têm o hábito de nomear como “acaso”.

No momento atual, de qualquer forma, não se precisaria de muito tempo para que toda a harmonia fosse rompida. Uma ruptura poderia provocar o mesmo caos que há cerca de 25.997 anos.

Não seria lamentável voltar mais uma vez à estaca zero? Isso seria uma afronta para com esse “acaso” que ensejou tanto ao homem redescobrir toda a ciência de que ele se vangloria e cuja paternidade reivindica.

Desde algumas centenas de anos, e mais recentemente desde cerca de sessenta anos, o trabalho de pesquisa de seres esclarecidos fez a humanidade progredir. Tais pesquisas foram infelizmente desviadas num sentido nefasto, por causa do orgulho e do egoísmo de alguns.

Com efeito, uma certa casta de homens esmera-se em tirar a maior vantagem pessoal possível da comercialização das invenções.

Não estão longe os tempos (1999 a 2200) em que o homem deverá

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compreender que vive à margem das leis naturais que regem todo o cosmo.

Qualquer astrônomo sabe desde 1950, que os movimentos cósmicos da Terra fizeram-na entrar numa nova fase.

De acordo com a mecânica celeste, a Terra acha-se desde há pouco, naquilo que os astrólogos chamam de o signo de aquário.

A passagem da Terra nessa fração do espaço vai durar vários milênios, durante os quais o homem deverá, na sabedoria, alcançar o cume de sua evolução terrestre, se não quiser voltar à estaca zero. Para isso, será necessário que cada qual, numa certa medida, se desinteresse por si mesmo e se volte para os múltiplos problemas que garantam a sobrevivência da espécie antes do fim da passagem do seu planeta no signo de aquário.

Para ajudar o homem indicações muito claras ser-lhe-ão dadas durante os próximos séculos. Ele estará livre para aceitá-las ou não. Tudo dependerá do grau de evolução atingido no momento da escolha. E que se encontra ao seu alcance de modo bastante visível desde 1947-1950.

Para alcançar o cume dessa necessária evolução e a fim de tomar o impulso final nas melhores condições para assegurar a continuidade da espécie, o homem deverá traçar para si mesmo um programa de acordo com as leis universais.

Desse programa deverão destacar-se seis grupos predominantes de trabalho, reconsiderando totalmente os aspectos intelectuais, espirituais, psicológicos, científicos e técnicos básicos. Em torno desses seis grupos de trabalho, ele deverá estudar e encontrar rapidamente soluções para os problemas que dizem respeito à estrutura de uma nova sociedade humana, no sentido de construir uma poderosa e única civilização mundial.

É claro que no estado de coisas atual, e por algum tempo ainda, o homem encontrará dificuldades para se adaptar a esse modo radical de reconversão quase totalmente estranho aos seus conceitos

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habituais. No entanto, elementos novos até então desconhecidos dele surgirão no momento oportuno, estimulando suas faculdades de assimilação, e aumentarão seu potencial intelectual há tanto tempo letárgico.

Todo planeta que possa permitir o aparecimento de uma espécie com predominância intelectual latente tornar-se-á uma escola.

Desde o seu surgimento na Terra, o homem segue os cursos de um ensino primário que deve conduzi-lo a um “exame” em seguida ao qual poderá passar para um nível de ensino secundário.

Para ser bem-sucedido nos exames é preciso responder com inteligência. Ora, até o presente se fosse preciso estimar a evolução do homem relativamente ao que ela deveria ser sua nota seria muito baixa. Isso não é nada glorioso.

O homem, o céu, as religiões e a Terra

Por causa de seus atrasos e erros o homem atual não está tecnológica e cientificamente preparado para a grande saída cósmica.

Certamente há mais ou menos um século ele adquiriu um número impressionante de conhecimentos que o levaram a algum bem-estar e até a pôr os pés nesse subúrbio que é o satélite natural da Terra: a Lua.

Mas não nos esqueçamos: o equilíbrio do planeta encontra-se perigosamente ameaçado pela poluição. Essa poluição provocada pelos dejetos de um avanço científico inconsiderado põe em risco a sobrevivência na superfície do globo, além de torná-lo um verdadeiro inferno.

Já que pronunciamos a palavra “inferno”, é bom dar aos crentes fanáticos as dimensões reais do alcance e do significado dessa palavra mencionada com tanta freqüência nas escrituras sagradas. Com efeito, as religiões parece que se esmeraram, desde tempos longínquos, em desnaturar as noções exatas de “céu” e de “inferno”.

Dizem elas: “Homem! Se não tens prudência nem observas as leis de Deus, irás para o inferno.”

Essa é uma linguagem de repressão empregada com fins pouco honestos de dominação das massas.

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Na verdade ele é o resultado da transformação primária dada por uma civilização de fora do planeta. Essa “advertência” deve ser interpretada como se segue:

“Se o homem não tiver a prudência de uma boa utilização da ciência em vista das leis naturais, destruirá a si mesmo assim como ao planeta, seja pela poluição deste provocando desequilíbrios irreversíveis, seja pelo uso do átomo ou outros meios mal manipulados. O planeta se transformará assim, em ‘inferno’, criado pelo egoísmo do homem.”

As religiões ensinam igualmente os seguintes conceitos: “Homem! Se és prudente e não pecas contra as leis de Deus, irá para o céu, para o paraíso.”

Em linguagem clara é preciso interpretar tal advertência como se segue:

“Se o homem tiver a prudência de elevar-se intelectualmente e, portanto, também materialmente, cientificamente respeitando as leis naturais, poderá atingir o nível tecnológico necessário para fabricar maravilhosas e imensas naves cósmicas que o transportarão ‘ao céu’ em busca de novos planetas ou ‘paraísos’ habitáveis, em vista da implantação nova da espécie humana em expansão. Evitará assim os fenômenos cataclísmicos e dará início ao ciclo universal da continuidade da vida da espécie humana no tempo e no espaço.”

A transformação das verdades primárias no espírito do homem por intermédio das múltiplas religiões e seitas que existem desde os tempos mais recuados da história foi o erro capital que sufocou o desenvolvimento geral das civilizações.

Muito felizmente é claro doravante para o homem de bom senso, que as escrituras sagradas e os hieróglifos de tantos monumentos antigos não são lendas fabricadas por organizações secretas, mas a soma do saber iniciático trazido do exterior pelos... “deuses vindos do céu”, sobre “nuvens” ou em “carros de fogo”, coisas de que falam todas as tradições e lendas antigas.

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Para ter a confirmação da intervenção dos extraterrestres nos tempos bíblicos, basta compulsar a história de qualquer religião do mundo. Logo se percebe que o conteúdo desses relatos está semeado de verdadeiros relatórios. Estes dizem respeito ao aparecimento e à aterrissagem de engenhos procedentes do céu contendo estrangeiros considerados como deuses que trazem bem-estar e vida nova, mas também deixando à sua partida recomendações importantes quanto à utilização das ciências colocadas à disposição dos seus autóctones.

Somos visitados desde milênios com objetivo salvador.

Pacíficos, malgrado seu colossal poder, tais seres estabeleceram bases muito organizadas e povoadas sobre diferentes planetas do sistema, notadamente uma base importante sobre e sob o solo do satélite natural da Terra.

Recordemos que o ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter declarou publicamente que tinha visto um OVNI e que ia tomar providências a respeito desses fenômenos. A notícia foi acolhida como um acontecimento importante na história da ufologia.

As ondas-pensamentos

Aprendi que os movimentos das estruturas atômicas da matéria estão indiretamente ligados às funções psíquicas do ser humano.

O cérebro humano consciente ou inconsciente, dá origem a um poder psíquico considerável de qualidade nociva ou benéfica que se traduz pela emissão de uma sucessão de ondas-pensamentos que agem sobre tudo o que o cerca.

Por essa razão, sem que realmente tenha consciência disso, o homem age sobre os próprios elementos da natureza e pode modificar-lhes sensivelmente a ação.

De acordo com o grau de poder e direção das emissões de ondas-pensamentos que produz, o homem cria e conserva cargas eletromagnéticas estáticas.

Estabelece então em volta de seu planeta uma verdadeira rede de forças que agem por reação ou contra-reação sobre o processo natural de troca energética dos raios telúricos e cósmicos.

Tal processo é o vetor de equilíbrio vibratório universal da matéria e de tudo o que vive no universo.

As ondas-pensamentos do ser humano harmonizam-se ou interferem no equilíbrio do processo de troca energética cósmica; a união das forças psíquicas que emanam de grupos importantes e até mesmo de nações inteiras influi sobre o comportamento geral do

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espírito de todas as outras nações do planeta de onde, por sua vez, outras forças positivas ou negativas são emitidas em função da reação produzida.

Podemos constatar esse fato na mais baixa escala das sociedades humanas, ou seja, na família. Basta que um único indivíduo da família se afaste das regras morais que conservam o equilíbrio desta, e logo se precipitam os problemas, a decadência, o desequilíbrio. Em caso contrário, quando o entendimento e a harmonia reinam, temos a saúde, a alegria de viver e a prosperidade.

No que diz respeito aos grupos importantes ou às nações, se seu espírito é animado por ondas-pensamentos de amor, certamente o impulsionará no sentido de se transformar rapidamente no facho da paz e da harmonia universal, na união de todos os povos.

O desequilíbrio pode ser evitado. Se o homem o quiser verdadeiramente pode estabelecer a ordem universal das coisas e alcançar assim a plenitude que alega, com razão, nunca ter tido. Para isso, é absolutamente necessário que faça o esforço de estar receptivo ao influxo da vida que recebe do cosmo. É preciso que deixe de ficar contra a natureza. Que tome consciência das dualidades internas que o assaltam, que medite, que sufoque toda e qualquer agressividade. Deve abrir seu ser à clareza da mensagem genética que recebe permanentemente e que diz o seguinte: vida = amor + perfeição... vida = felicidade e continuidade no espaço e no tempo.

Desde muito temos o extremo mau hábito de tudo tomar à vida sem nada oferecer em troca. Está aí e somente aí a única razão de nossa distância em relação à felicidade.

Da mesma forma que a pedra lançada ao pântano não pode deixar de respingar no lançador, ao destruir a ordem universal o homem será destruído pelos resultados de suas próprias ações e de seus erros, sejam ou não “voluntários”.

Tudo são apenas vibrações, inclusive o processo eletrônico do

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pensamento.

O pensamento é uma combinação de múltiplas freqüências vibratórias cujo registro é muito extenso e em perpétua transformação; a palavra “expansão” conviria melhor.

O ser humano ao mesmo tempo compositor e regente da orquestra e, portanto, criador de seus próprios pensamentos, compõe a melodia de sua vida.

De acordo com o jogo da escolha das freqüências o pensamento toma corpo, desenvolve-se e pode ser ou não ser elevado. Tudo depende do talento do compositor que pode criar uma obra grandiosa de alto valor harmônico, assemelhando-se a uma pirâmide de beleza “musical” luminosa e cujo cume pode chegar a atingir a perfeição.

O homem está se afogando nos elementos complicados e lodosos do que ele acredita ser sua vida.

Entretanto foi-me dito que do ponto de vista biológico o indivíduo humano é concebido para viver saudável e robusto durante cerca de 2.800 anos.

A diferença que se constata é devida unicamente à perda do processo de regeneração celular espontânea.

A sede da captação, da conservação e da evolução desse processo de regeneração é o cérebro, de onde não devem jorrar senão pensamentos evolutivos positivos. O homem deve, portanto, esforçar-se por alimentar apenas pensamentos elevados se quiser voltar a encontrar o bom sentido da vida.

Por mais extraordinário que possa parecer, o indivíduo atual é um homem morto, pois que não evolui pela continuidade da vida de sua espécie, mas apenas por “si mesmo” dentro do mais perfeito egoísmo.

Não posso impedir-me aqui de pensar nas palavras que Jesus dirigiu a alguns de seus apóstolos: “Deixem os mortos enterrarem seus

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mortos”. Essas palavras ilustram bem o que acabo de escrever.

De par com sua não-evolução, sua imobilidade, o homem tem voltado as costas ao “tempo” que parece fugir e acredita estar evoluindo na direção do futuro, quando na verdade é apenas o tempo que se “dirige” para o porvir.

Quando o indivíduo de nosso planeta pensa: “eu” ou “a mim” está pensando em si mesmo, na existência de seu ser, na proteção da massa de carne e osso que serve de veículo à energia que o anima e que é o seu verdadeiro “eu”. Nesse veículo de carne e osso foi afixado o certificado de qualidade de uma personalidade não raro fictícia, servindo para enganar seu semelhante com fins sorrateiros de exploração. Esse é o “retrato falado” do ser humano atual, que ele mesmo poderia admirar à vontade se tivesse coragem de dispor de tempo e esforço para consultar o espelho de sua consciência. Nós podemos mudar alguma coisa em tudo isso.

Para que possamos nos juntar aos extraterrestres

O homem tem a terrível tendência a eliminar tudo o que o incomoda.

Exemplo: em alguma parte do mundo os pescadores de cavalas – esse excelente peixe – mataram milhares de alcatrazes alegando que os pássaros os atrapalhavam em sua pesca. Quando se sabe que setenta por cento do alimento das cavalas compõe-se de excrementos de alcatrazes, os pescadores não poderiam espantar-se por não encontrarem mais cavalas na região...

Outro exemplo: Há mais de quinze anos numa importante região agrícola da Austrália o Ministério da Agricultura decidiu eliminar massivamente numa escala inacreditável todos os insetos. Aviões foram encarregados da operação “inseticida” que foi levada a termo com eficácia total, com absoluto sucesso. Não houve mais moscas nem mosquitos, nenhum inseto.

Infelizmente, a medida causou uma catástrofe que custou muito caro ao governo australiano: no ano seguinte, oitenta por cento das plantas, flores, frutos e culturas de todos os tipos não cresceram mais.

A causa foi o desaparecimento de zangões, abelhas e outros insetos úteis por deu trabalho de fecundação da vegetação. Além disso já não havia pássaros. Tinham emigrado por falta de uma nutrição essencialmente constituída de insetos. Para refazer parte do

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equilíbrio natural o governo australiano foi obrigado a comprar no exterior todo tipo de insetos, abelhas e pássaros.

Em volta de nós, o homem não substitui os espaços verdes por concreto armado e betume? Não provoca o desmoronamento dos terrenos por causa de desmatamentos inconsiderados?

Os regatos, os rios e os mares estão seriamente poluídos, assim como o ar que respiramos.

Quanto aos desertos eles ganham dois metros por ano à vegetação.

Que dizer do gelo dos pólos? Derrete de maneira anormal e com tal rapidez que os cientistas começam a se preocupar. As causas desse degelo anormal são as fumaças e os vapores decorrentes de toda a poluição industrial e das fugas radioativas das centrais nucleares disseminadas pelo mundo.

Devemos afirmar aqui: a finalidade do ser humano não reside no aperfeiçoamento do suporte que é a matéria.

Não percamos de vista que a matéria não passa do instrumento que serve para modelar o suporte do espírito. Ela não deve constituir uma finalidade em si mesma.

Em vez de assistir à evolução do homem em vista das leis naturais universais na sabedoria e na imortalidade, assistimos à sua involução na matéria que conduz ao nada.

Nós podemos evitar isso através do amor.

Devemos literalmente mudar de estado e o mais rápido possível. As vibrações de nosso passado não devem mais interferir com os pensamentos novos luminosos e puros que devem suscitar em nós a força de reflexão e de compreensão.

Quando tivermos voluntariamente aprendido a evitar a repetição dos erros passados veremos enfim esse “futuro” tão desejado e ignorado, mas pressentido.

Um futuro não apenas e essencialmente a serviço do corpo, mas

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também e sobretudo a serviço do espírito na elevação do pensamento, tornando-se enfim energia criadora universal.

Já não é tempo de revermos nossas noções educacionais?

Nada que decorra da agressividade, do ódio e da morte é natural.

A agressividade da criança não é natural. Ela é o fruto de um condicionamento hereditário desejado pelo homem em seu desvario, isso já há milhões de anos.

Cito textualmente o que me explicaram os extraterrestres a respeito de nosso pensamento:

“Acariciem seu pensamento, não o agitem, falem-lhe com suavidade, tornem-no receptivo ao influxo de energia vital que recebem do universo inteiro. Vocês verão que ele se abrirá por si mesmo para deixar jorrar belas e grandes coisas que os farão melhores.

Quando os homens desse planeta pararem de só se ocupar consigo mesmos, o dia em que erguerem os olhos, a partir desse dia estarão livres de toda a servidão e sua verdadeira vida começará.”

A mensagem que constitui o objeto deste livro dirige-se apenas aos seres humanos amantes da perfeição, da conduta reta, da justiça e do bem.

“Meus” extraterrestres acrescentaram ainda isto:

“Não odeiem, não odeiem mais. Amem, amem intensamente. Mas só se adquire essa sabedoria através de um trabalho interior individual de cada homem, cara a cara consigo mesmo. Ele deve conscientizar-se de que cada indivíduo traz em si sua parte de responsabilidade para com toda a humanidade e o que acontece à humanidade não é mais que o reflexo de seu próprio comportamento. Pois nenhum gesto, nenhuma palavra, nenhum pensamento podem ser apagados. Desde sua emissão no espaço, o pensamento torna-se criador de amor ou ódio, de destruição ou de vida.”

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O homem acha-se numa curva da história de sua humanidade em que deverá escolher entre duas vias. O lucro ou o amor. Um o levará à destruição total e o outro à perfeição, à quase imortalidade biológica e à eternidade espiritual para o infinito do espaço-tempo.

Algumas indicações para os pesquisadores

Setenta por cento desta obra foi escrito pelo autor sob o impulso psíquico dos extraterrestres que o contatam. Isso se efetua numa assimilação e tradução em palavras de nossa linguagem e em seguida numa espécie de escrita automática que permite a retransmissão das informações e mensagens recebidas da parte dos extraterrestres de Vega.

Os trinta por cento restantes do livro, malgrado a transparência da personalidade do autor, foram redigidos sob a influência benevolente desses seres galácticos.

O autor achou que seria útil para as múltiplas disciplinas de pesquisa em parapsicologia explicar aos estudiosos que trabalham com os fenômenos de percepção extra-sensorial o que ele experimenta durante os contatos e as ressurgências memoriais do teor das informações recebidas de maneira telepática desde 1951 até os nossos dias.

Essas ressurgências e traduções escritas se produziram ao longo dos anos de modo irregular desde 1956.

Embora os contatos se cumpram não importa onde nem quando, em geral ocorrem durante a noite em pleno sono. Neste caso preciso desperto bruscamente. Meus olhos ficam escancarados. Conservo-me perfeitamente consciente e calmo Sinto-me disponível. Meu cérebro fica cheio da totalidade de um longo texto traduzido que

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vejo ao mesmo tempo em conjunto e em detalhes. Uma forte sugestão interior indica-me que preciso levantar-me e escrever o conteúdo da porção de mensagem que acaba de desbloquear-se. A escrita é extremamente rápida e às vezes ilegível, a não ser para mim.

Enquanto escrevo a mensagem experimento um bem-estar extraordinário. Sinto certo isolamento no qual não ouço ruídos de fora senão fracamente e como se viessem de muito longe.

No momento em que escrevo a maior parte do meu cérebro fica quase inteiramente voltada para o que estou fazendo, mas conservo-me perfeitamente consciente do fato de que se quisesse, não precisaria olhar a folha de papel. Aliás, não vejo essa folha senão muito distraidamente.

O mais curioso nesses momentos é que outra parte de meu cérebro (quase um segundo cérebro independente) acha-se colocada nitidamente ao meu lado e muito normalmente observa-me enquanto escrevo. Aquilo que vê outra parte de mim mesmo (que também tem um corpo) é tão nítido quanto o que eu veria se me encontrasse ao lado de outra pessoa que estivesse escrevendo.

Quando termino a redação, as duas partes de mim mesmo que agiam de maneira independente, interpenetram-se, fundem-se uma na outra e tudo retoma sua ordem. Estiro-me então longamente sobre minha cadeira. Não sinto qualquer cansaço por ter passado a noite inteira escrevendo. Não sinto a sensação de falta de sono. Acho-me saudável e bem disposto. Por mais incrível que possa parecer, sinto-me a cada vez regenerado.

Desde o registro inicial da mensagem (1951) guardo seu conteúdo em minha memória sem poder traduzi-lo em palavras. Entretanto, ao longo dos anos a mensagem desbloqueia-se paulatinamente e tenho o sentimento profundo de que esses momentos de ressurgências são escolhidos e detonados por uma força exterior contra a qual é inútil opor qualquer barreira. Não posso nem quero combater a receptividade da mensagem que chega. Na verdade

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pressinto (alguns minutos ou algumas horas antes) o que vou receber e fico feliz por ser o depositário, pois sei que se trata de algo muito importante.

A título de experiência, tentei várias vezes resistir a essa força que parece neutralizar meu cérebro e meu corpo. Isso sempre revelou-se um tremendo fracasso, no sentido de que logo sou invadido por uma impaciência que me tira imediatamente da cama; depois do que, vejo-me obrigado a sentar-me À mesa e ceder minha mão para o registro da mensagem.

Só uma vez consegui resistir a essa força e fiquei na cama. Ganhei uma terrível noite de insônia, com preguiça e bolsas sob os olhos. Tudo acompanhado de um mau humor que durou uns dois dias.

Não resistindo, ao contrário, depois de cada ressurgência bebo um grande copo de água fresca, volto a deitar-me e passo o resto da noite de modo maravilhoso. Ao levantar-me na manhã seguinte releio o texto e fico rapidamente convencido de que ele não partiu de mim.

As ressurgências às vezes sobrevêm nos momentos mais inesperados: enquanto reflito sobre os problemas do cotidiano, quando estou escrevendo uma carta a um amigo, ao ouvir rádio, conversando com parentes e amigos e ainda quando estou lendo. Neste caso específico, não consigo mais me concentrar na leitura. Tudo se embaralha e a mensagem vem toda traduzida por migalhas de palavras e de frases que se misturam no começo com os meus pensamentos pessoais. Mas essa mistura não dura muito. Em minha leitura detenho-me não raro no meio de uma frase e volto à primeira palavra sem conseguir mudar de linha. Tento dissipar esse efeito forçando a atenção e a concentração sobre o que estou fazendo, mas é praticamente impossível. Então fecho o livro que fica em meus joelhos e passo os olhos ao acaso a fim de eliminar a perturbação. Então, meu olhar é quase forçado a deter-se sobre um canto de móvel, um objeto qualquer ou um ponto brilhante e dali não consegue mais se desviar. Em seguida progressivamente, já não ouço ruídos de fora e o vazio produz-se em torno de mim à medida

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que as palavras e as frases chegam a meu espírito de maneira coerente. Sou forçado a me levantar, pegar papel e escrever.

Durante a redação meu espírito não faz o menor esforço, pois alguém pensa por mim servindo-se de palavras e frases minhas, colhidas em meu vocabulário pessoal. Sinto-me leve e não sinto mais o corpo. Relaxamento e repouso absolutos.

Quando a mensagem chega em hora em que estou vendo televisão a coisas se passam assim:

Meu olhar se fixa irresistivelmente numa parte qualquer da tela onde não vejo mais as cenas senão em forma de silhuetas que se movem, embaçadas e longínquas. O som se reduz progressivamente e me encontro no mesmo isolamento que nos casos precedentes. Sou então forçado a deixar a cadeira com a impressão de que isso não foi uma decisão minha. Vou sentar-me à mesa em outro cômodo e escrevo.

O fato de poder descrever em detalhes esses momentos de estado secundário deve-se unicamente à independência de uma parte de meu cérebro que se encontra presente diante da animação de meu corpo e de meu espírito, por assim dizer, teleguiados a partir do exterior. É pelo menos o que experimento. Sinto-me totalmente isolado do exterior. É como a sensação de estar no centro de uma concha invisível, espessa e mole. Sinto uma espécie de calor emanando do cérebro, acumulando-se de maneira regular por toda a superfície interior do corpo sem escapar para o exterior. Quando esse estado secundário se dissipa, a sensação de calor cede terreno a uma sensação de frio durante alguns minutos. Depois meu corpo retoma sua temperatura normal.

Quando das ressurgências da mensagem recebida em 1951 imediatamente antes da passagem da informação, conservo a disponibilidade de meus movimentos para deslocar-me como um autômato a fim de apanhar papel e sentar-me à mesa.

Em desses contatos telepáticos efetuou-se na presença de um amigo belga ufólogo que veio passar alguns dias em minha casa.

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Estávamos tranquilamente sentados na sala de visitas em confortáveis poltronas. O amigo contava-me certas passagens de sua vida particular que não tinham nada a ver com OVNIs e seus ocupantes.

Eu não dizia nada e limitava-me a ouvi-lo. Eram cerca de onze horas da noite quando subitamente “mergulhei” num estado secundário que me petrificou em minha posição. Depois do contato meu amigo explicou-me que eu tinha conservado os olhos escancarados sem piscar uma única vez e fixos no vazio à minha frente.

Quanto a mim tinha-me sentido de outra maneira. O contato operou-se em mim como se segue:

Meus olhos tinham passeado sobre o reflexo luminoso que produzia a claridade matizada sobre a porta interna do living a três metros diante de mim. Pouco a pouco deixei de ouvir os ruídos externos e de ver meu amigo, o cômodo e os móveis. Meu espírito, excessivamente consciente de uma outra dimensão onde se achava, flutuava no centro de uma enorme esfera com superfície cinza, meio formada por uma espessa neblina que se movia. Atrás dela estendia-se uma leve luz mortiça. Foi então que ouvi dentro de mim em perfeito francês sem que fosse propriamente uma voz:

”Silxtra é a nossa Terra. Fica muito longe, mas para nós a distância não conta, pois o espírito viaja no espírito. O tempo de um pensamento é mais rápido que um risco de luz.

Apesar disso, nós o chamamos e você quase chegou ao nosso alcance. Conhecemos melhor a sua amplitude de onda desde alguns instantes; esteja preparado.”

Essa foi a primeira mensagem telepática à distância no presente.

Foi nesse momento da mensagem que meu amigo belga interpelou-me e tocou-me o braço. Saído de meu estado secundário precipitei-me sobre uma folha de papel e escrevi a mensagem para não esquecê-la.

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Quando meu amigo tocou-me o braço, vi interiormente um enorme flash ofuscante que me causou um sobressalto e fortes palpitações durante alguns minutos.

Entreguei a mensagem ao companheiro para que a lesse e ele achou-a extraordinária.

Depois de ter feito um rápido comentário sobre a mensagem ele me deixou sozinho para não interferir na eventual continuação das informações. Com efeito, tínhamos prestado atenção às duas últimas palavras da mensagem: “Esteja preparado.”

Efetivamente, vinte minutos depois de sua partida, achei-me novamente presa de um estado secundário idêntico ao precedente, com a diferença de que minhas faculdades motoras continuavam presentes um pouco como um autômato. Levantei-me, portanto, da minha poltrona para escrever a continuação da mensagem.

“Atenção. A conjugação dos pensamentos nocivos dos homens de seu planeta forma atualmente uma massa de energia psíquica negativa capaz de provocar muito em breve transtornos geológicos consideráveis. Falhas internas de que vocês ainda não podem suspeitar vão ameaçar um setor de seu planeta numa curva de cinco mil Mediterrâneo, quilômetros do sul da Índia até o Mar onde novas ilhas poderão surgir.

Se as forças psíquicas em questão chegarem ao paroxismo, grandes superfícies da Terra serão devastadas. Mas uma descoberta de vestígios muito antigos decorrentes do sismo abrirá novos horizontes em seus conhecimentos científicos no que concerne a uma certa civilização desaparecida há várias dezenas de milhares de seus anos.

Nós lhe oferecemos essa revelação a título pessoal. C...”

A primeira letra de uma frase seguinte desenhou-se e depois o contato foi cortado.

No dia seguinte meu amigo belga tomou conhecimento da continuação da mensagem que ele bateu à máquina e eu fotocopiei.

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Esse contato telepático ocorreu em 20 de Novembro de 1974.

Na noite de 22 para 23 de Dezembro de 1974 (não posso precisar o dia exato por tê-lo esquecido e por não haver guardado os jornais que falavam do assunto, embora isso continue verificável) um sismo de excepcional amplitude fez quatro mil mortos no Paquistão.

Do amor à décima potência

O que é um homem “realizado”? Pode-se encontrar no planeta Terra um homem realizado?

O Amor é a vibração que permite a estruturação de todas as coisas criadas por essa energia pura e inteligente denominada Deus.

A vibração Amor é a onda que atinge o nível frequencial mais rápido, o mais puro em suas estruturas e o mais difícil de alcançar para um ser de carne da Terra.

Todo um ciclo de reencarnações é quase sempre necessário para atingir o nível adequado capaz de estimular as freqüências vibratórias Amor.

Nesta hora em que tudo é agressividade, violência e destruição, pode parecer que as vibrações Amor Universal são difíceis de conservar e promover em nós mesmos. Todavia, nesse curto lapso de tempo que temos para existir dentro da matéria será que realmente pensamos uma única vez, mas uma verdadeira vez, em ser Amor de verdade?

O ser humano de nossa civilização tende muito a confundir o “conteúdo” com o “continente”. É preciso que o homem do século XX e m breve o do século XXI saibam que a capacidade Amor não se resume à palavra esvaziada de seu sentido pelo egoísmo.

É preciso que o homem saiba que o Amor não se diz e não se fala.

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Ele se descobre, assimila-se e experimenta-se. O Amor se vive. O Amor se manifesta e se dá pela irradiação.

Como se reconhece um ser que ama verdadeiramente senão por sua notável faculdade de esquecer de si mesmo, de dar e dar-se inteiramente aos outros?

Amar é a um só tempo fácil e difícil. É fácil desde que tenhamos a vontade de descer ao fundo de nós mesmos e de encaramo-nos. Então nos pegamos pela mão e nos alçamos à superfície do amontoado confuso que nos sufocava e nos impedia de respirar e de viver no Amor.

É difícil se não fizermos o esforço de descobrir que há coisas mais importantes que se levantar pela manhã e amarrar a cara só ao pensamento de ir trabalhar, enfrentar com agressividade toda pessoa com quem cruzamos no elevador, xingar o mau motorista que acabou de nos dar uma fechada, de arrumar uma briga desnecessária com a esposa só porque nosso chefe chamou nossa atenção durante o expediente, etc, etc.

Mas isso não basta. É preciso ir mais longe. Amem a natureza. Amem as pessoas, quaisquer que sejam Amem os animais, amem a vida. Destruam em vocês o velho mito do negativo que sempre se deseja ver nos outros. Amem esses outros, não cristalizando o negativo sob qualquer pretexto. A partir desse momento preciso, vocês se sentirão leves e felizes, pois terão manifestado o Amor; serão Amor.

Amem e verão.

Vocês acabam de descobrir um livro que de crta forma, parece uma censura dirigida à humanidade do planeta Terra, mas ele é também e sobretudo um hino de amor e de sabedoria ditado ao autor pelos extraterrestres.

Esta obra foi construída de maneira a provocar-lhes a reflexão. Doravante, tudo o que nestas páginas os surpreendeu, espantou, chocou, fascinou ou apenas entreteve ficará impregnado em vocês

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para o melhor ou para o pior, para salvar ou para destruir.

Sob os aspectos anódinos de aparência “utópica” eu o coloco a serviço da verdade.

Entre vocês haverá os “prós” e os “contras”. Aqueles que acreditarão em meus contatos e aqueles que não acreditarão.

Na verdade pouco importam o autor e a aventura de que ele foi testemunha isolada. O que conta é a importância da mensagem que estas páginas contêm.

“Paz para além de todas as fronteiras. Estamos aqui para ajudá-los, mas não podemos fazer sem o seu consentimento unânime. Desejamos que o amor e a sabedoria inundem seus corações e espíritos.. Estaremos aqui, vigiando. Mas façam-no rápido, pois o tempo urge.”