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    CONFUCIONISMO E TICA: UMA PRTICA INTEGRADA VIDA

    CONFUCIANISM AND ETHICS: AN INTEGRATED PRACTICE TO LIFE

    Ana Sor Arajo SimesInalgia de Figueirdo GomesMaria Lucia AbaurreGnerreUniversidade Federal da Paraba

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    Resumo: O objetivo deste artigo correlacionar os ensinamentos do filsofo chins Confcio, voltado para amoral e suas virtudes, assim como o pensamento do filsofo Emmanuel Levinas, direcionado para a tica radicaldevido a grande desumanizao vigente na poca. Objetiva ainda enfocar, o conceito de confucionismo queconstitui um conjunto de pensamentos, regras e rituais sociais que eram praticados pelos chineses at a queda doregime imperial, em 1911. A metodologia utilizada ser atravs de uma reviso literria referente ao assunto.

    Dessa forma pretendemos estudar os ensinamentos de Confcio e a filosofia de Levinas, tecendo um olhar novis de encontro dos dois pensadores.

    Palavras-chave: Confcio, tica/Moral, Levinas.

    Abstract:The aim of this paper is to correlate the teachings of Chinese philosopher Confucius, and focused onthe moral virtues, and the thought of the philosopher Emmanuel Levinas, directed to the radical ethics due to thegreat dehumanizing prevailing at the time. It also aims at focusing on the concept of Confucianism which is acollection of thoughts, rules and social rituals that were practiced by the Chinese until the fall of the imperialregime in 1911. The methodology will be through a literature review on the subject. Thus we will study theteachings of Confucius and the philosophy of Levinas, weaving a look at bias against the two thinkers.

    Keywords: Confucius, Ethics/Morality, Levinas.

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    Introduo

    Este trabalho tem por finalidadeabordar os ensinamentos de Confcio,enfatizando a moral e suas virtudes,prticas integradas vida da pessoa, umdos seus princpios bsicos fundamentais.Neste ponto vamos trazer a viso da ticade Emmanuel Levinas (1906-1995),filsofo judeu de nacionalidade lituana,naturalizado francs em 1930, onde estinserida toda a subjetividade daresponsabilidade, tema essencial para seatingir a condio humana.

    Pouco se conhece a respeito da vidado filsofo chins Confcio. Acredita-seque nasceu por volta de 550 antes da eracrist (551-479 a. C.). Confcio chamava-se Kung-Fu-Tzu que significa venervelmestre Kun (em chins), viveu numa pocade aguda crise cultural e poltica, onde serevelava um mundo inserido na violncia ena barbrie (LEYS, S.2000) por esta razodizia: Para sobreviver numa poca como anossa, no basta ter a beleza do prncipeZhao de Song. Necessita-se tambm dalngua gil do sacerdote Tuo(Analectos,6.16, pag.29). Pode-se dizer que h umasimilaridade entre perodo de Confcio na

    china antiga, marcado por guerras e pela

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    barbrie, e o perodo vivido por Levinas,em meados do sculo XX, poca deelevado grau de violncia, a qual cresceu medida que a Europa pronunciou-se nas

    guerras, onde as atitudes tornam-se as maisdesumanas possveis. nesse perodo queLevinas expe seu pensamento centradonuma tica radical (COELHO, W. 2007).

    Confcio surge num momento emque o Taosmo (e seu grande expoente,LaoTse)i1j existia, e o pensamento taostalhe imprimiu grande influncia. O conceitode Tao, a busca do caminho, que garante oequilbrio entre o cu e a terra se faz

    presente em diversos momentos de suaobra, como nesta passagem: O mestredisse: De manh escuta o caminho; noite,morre contente.(Analectos, cap.4.8,pg.17).

    Confcio exerceu grande influnciana cultura chinesa, tido como umidealizador, e consta que foi um dosprimeiros professores profissionais daChina. Veio de bero de ouro, ficandorfo aos 3 anos, e com isso muito cedoprecisou trabalhar para vencer a condioque se encontrava de pobreza. Era umhomem muito inteligente e desde cedodesenvolveu o poder de ensinar pessoas detodas as classes sociais e por isso ele dizia:Armazenar conhecimento em silncio,permanecer para sempre faminto deaprendizagem, ensinar os outros sem secansar tudo isso natural para mim.

    (Analectos. Cap.7.2, Pg.33). Fundou umaescola aos 30 anos como forma de por emprtica seus ensinamentos, pois para ele o

    1LaoTs, ou Laozi viveu na China por volta do sc.VI A.C. considerado o autor do livro Tao TeChing( Ou Dao De Jing, escrito h mais de 2600anos). Esta obra considerada o principal texto doTaosmo, onde o mestre se prope a ensinar sempalavras e agir sem atividade. Foi contemporneode Confcio, Pitgoras e Buda.

    aprender uma experincia que se praticacom os outros, e a aprendizagem eeducao precisam caminhar sempre juntaspara que possam estar unidas junto s

    experincias de vida. Esse ensinar eraapoiado em diversas obras, que eramclssicos da literatura chinesa sendo o livrodos versos (Shijing coletnea potica), olivro da histria (Shujjing editos reais), olivro das mutaes (I Ching adivinhaoda evoluo csmica e social pelo mtodooctograma) e outras obras importantes querepresentavam a base do pensamentochins. H uma passagem dos analectos emque Confcio narra sua prpria trajetria:

    Aos quinze anos, orientei minha mentepara aprender. Aos trinta, plantei meus psfirmemente no cho. Aos quarenta, notinha mais dvida. Aos cinquenta, conheciaa vontade dos cus. Aos sessenta, meuouvido estava sintonizado. Aos setenta, sigotodos os desejos do meu corao semtransgredir nenhuma regra. (Analectos,cap. 2.4, pg. 7. 2004).

    Confcio e o Nascer do Confucionismo

    Confcio, na verdade, foi umreformador, morreu sem saber o que suasidias representariam para a China, maselas foram de tal importncia que se podedizer:uma espcie de religio estatalpraticada pelos chineses elitistas chegandoalgumas vezes a atacar outras religies.

    Certa vez perguntaram a um dos seusdiscpulos que tipo de homem eraConfcio, e o discpulo no souberesponder e ao falar para o mestre, eis querespondeu:

    Confcio um homem arrebatado portamanha paixo que, em seu entusiasmo, elefrequentemente se esquece de comer epermanece inconsciente do incio davelhice. O mestre evitava absolutamentequatro coisas: extravagncia, dogmatismo,

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    teimosia e presuno(Analectos, cap.9.4, p.43).

    O mestre escolheu o entusiasmo

    como forma de definir seu carter e isto foisempre confirmado em outras colocaesdo livro Analectos (ou Lunyu oudiscursos), que consiste numa srie deafirmaes descontnuas, breves dilogos eanedotas, compilados por seus discpulosfiis, sobre os seus ensinamentos aps suamorte. Livro este, que exerceu o maioralicerce espiritual da mais antiga epopulosa civilizao viva da terra, servindode inspirao aos chineses e a todos os

    povos da sia Oriental com sua afirmaode uma tica humanista e da fraternidadeuniversal do homem (LEYS, S.2000).Alm dos Analectos, seus seguidoresfizeram uma compilao dos seusensinamentos, que esto divididos em maistrs livros consagrados e que registram aslies do mestre Confcio: TaHsuech ou AEducao Superior; ChungYung ou ADoutrina do Equilbrio e o MengTzu ouMencius.

    Segundo Gaarder (2001, p.86) otermo confucionismo abrange uma srie deidias filosficas e polticas que formavamos pilares do governo e da burocracia daChina imperial, muito embora a ticaconfucionista tambm permeasse amplascamadas da populao chinesa. O que sedestaca na doutrina de Confcio aimportncia dada tica dosrelacionamentos humanos, o interessepelas questes sociais reais, exemplificadono papel do indivduo na sociedade e asregras bsicas de conduta, levando comisso a demonstrar que seu interesse poressas questes eram maiores do que pelasquestes religiosas e da metafsica, comodescreve nesse trecho: Um homem semhumanidade no poderia viver por muitotempo na adversidade nem poderiaconhecer a alegria por muito tempo. Um

    homem bom apia-se em sua humanidade,

    um homem sbio beneficia-se de suahumanidade (Analectos, cap.4. 2, p.16).

    Confcio acreditava que a base de

    uma educao formadora de pessoas debem, devia comear na famlia com ademonstrao de respeito pelos maisvelhos, o que demonstrado quando eledisse: Em casa, um jovem deve respeitaros mais velhos. Deve falar pouco, mas deboa-f; amar todas as pessoas, masassociar-se aos virtuosos. Tendo feito isso,se ainda tiver energia disponvel, queestude literatura(Analectos, cap.1.6, p.4).

    Alm da Educao, a grandepreocupao de Confcio era com apoltica, por esta ser uma extenso da tica,podemos perceber isso quando ele afirma:Sobre Taibo, pode-se dizer que seu podermoral era supremo. Trs vezes elerenunciou ao domnio sobre o mundointeiro, sem dar ao povo oportunidade delouv-lo (Analectos, cap.8.1, p. 39).

    Igualmente, acreditava na educaocomo processo relacionado ao ser humanono sentido de que objetivos ecomportamentos so moldados e realizadosdentro da estrutura familiar, no havendosentido de recompensa em vida posterior amorte. A entra o conceito de aprender, ouseja, a formao do indivduo; atravs daautodisciplina, ele chega ao conhecimentoe prtica da virtude, descobre suaautntica natureza. Isso fica presente nessa

    afirmao de generosidade pertencente aConfcio: Nunca neguei meusensinamentos a quem quer que osbuscasse, mesmo que fosse algum pobredemais para oferecer mais do que umpresente simblico por sua instruo(Analectos,cap.7.7,p.33).

    Confcio dedicou muita ateno educao, porm nunca considerou oensino sua primeira e real inclinao

    apesar de sempre afirmar que: Aprender

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    como uma perseguio na qual, quandono consegues alcanar a meta, temesperder o que j ganhastes.(Analectos, cap.8.17, Pg. 42).

    Sua verdadeira vocao era apoltica, possua uma f mstica em suamisso poltica. Essa f era tanta, queafirmou que o governo e a administraodo estado deveriam ser exclusivamenteconfiados a uma elite moral e intelectual decavalheiros, Confcio estabeleceu umvnculo permanente e decisivo entreeducao e poder poltico, ou seja, satravs da educao que se chegaria a

    alguma forma de poder e com essa visopreparava seus discpulos para seremhomens de valor e dizia: Quando vires umhomem de valor procura equiparar-te a ele.Quando vires um homem sem valor,examina a ti mesmo. (Analectos,cap.4.17, Pg. 18). A educao confucianaestava aberta para todos, sem exceo,ricos e pobres, nobres e plebeus.Acreditava que a realizao intelectual eraapenas um meio para oautodesenvolvimento tico. O importanteno era a pessoa acumular informaestcnicas e habilidades especializadas, masdesenvolver sua prpria humanidade.Educao no se refere a ter, mas, a ser.

    A Relao entre Humanose a Relao deRespeito e Responsabilidade

    A sabedoria do homem nasce dosentimento de onde deriva a gnese doconhecimento e da prtica moral(APARECIDA, 2004). Pois moralidade nafilosofia Confucionista despertada pelarealizao dos ritos tradicionais quegarantem a disciplina e a harmonia social,devendo ser a famlia o ambiente gerador

    do exemplo moral que se expande para a

    sociedade. Podemos perceber aimportncia dos ritos nesta passagem dosAnalectos (cap.6.27, p.30), quando oMestre diz: Um cavalheiro amplia sua

    aprendizagem por meio da literatura e serefreia pelo ritual; por isso, improvvelque cometa erros.Enfatizamosaquiumconceito bsico, junzi, o homem de bem,onde a aprendizagem do agir comautenticidade se desenvolve no seio dafamlia, como podemos observar nestepensamento de Confcio:

    Ao servires teus pais, podes gentilmentediscordar deles. Se perceberes que eles no

    aceitaram teu conselho, continua sendorespeitoso e no os contradigas. Nopermitas que teus esforos se transformemem amargura (Analectos,cap.4.18, p.18).

    Mncio, seguidor do Confucionismoacreditava tambm que a moralidade natural uma vez que a compaixo avergonha, o discernimento entre o certo e oerrado e a cortesia que nos predispe avirtude, so prprias do ser humano. Aquipodemos enfatizar outroconceitoconfucionista, a qualidadehumana, o senso do humano (Ren), umavirtude fundamental, cujo extensosignificado compreende tudo o que torna ohomem verdadeiramente bom. Como dizConfcio: Um homem sobrevive graas sua integridade. Se ele sobrevive sem isso pura sorte(Analectos, cap.6.19, p.29).

    Trazendo um pouco do pensamento

    de Levinas, grande filsofo da tica dosculo passado, que foi fortementeinfluenciado pelo livro sagrado dos judeus,Bblia e o Talmud, como tambm pelaliteratura Russa, permeada porinquietaes, que fazem parte do sentidomais profundo da vida humana. Recebetambm influncias do filsofo alemoFranz Rosenweig, para o qual, a paz aprpria tica, sendo o essencial para umarelao autenticamente humana. Houve

    tambm significativos encontros literrios

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    com Husserl e Heidegger, levando-o aabrir-se s novas possibilidades depensamento, onde adota a fenomenologiapara trabalhar a sua tica (COELHO.

    2007). A fenomenologia como nenhumafilosofia retoma e aprofunda o papel dasubjetividade humana, da auto-reflexo, dadinmica da conscincia e identidade comrigor e sutileza sui generis (PELIZZOLI.2002 p. 35).

    Para melhor entendimento dotrabalho, se faz necessrio definir melhortica e moral. A palavra tica vem dogrego ethos, originalmente tinha o sentido

    de morada, lugar em que se vive eposteriormente significou carter, modode ser que se vai adquirindo durante avida. O termo moral procede do latimmores que originariamente significavacostume e em seguida passou a significarmodo de ser, carter.

    No obstante, no contextoacadmico, o termo tica refere-se filosofia moral, isto , ao saber que refletesobre a dimenso da ao humana,enquanto que moral denota os diferentescdigos morais concretos. A moralresponde pergunta O que devemosfazer? e a tica, Por que devemos?tica daquelas coisas que todo mundosabe o que , mas que no so fceis deexplicar quando algum pergunta.(VALLS, 1996)

    Para Levinas na tica entendidacomo responsabilidade (que um princpiotico bastante antigo, que leva o sujeito aresponder totalmente pelos seus atos eassumi-los), que se d o prprio n dosubjetivo. A proposta de Levinas deconstruo de uma responsabilidade comofundamento da relao Eu-Outro. Noexistindo tica quando no se respeita OOutro, quando se considera apenas oindivduo. assim que chego a afirmar

    que a responsabilidade constitui o humano,

    no homem, constitui a subjetividade comorelao ao outro relao de alteridade(tpica modalidade do outro de sertotalmente outro) e no como relao de

    identidade em que o Eu se refere a simesmo (PIVATTO.apudCOELHO,2007,p.36).

    Podemos perceber que estaresponsabilidade trazida por Levinas, aprpria vida do humano, o que rege avida desempenhando um forte papel nohumanismo do Outro homem, sendo assimsua essncia, antecedendo o prprio ato daconscincia e da liberdade. Nesta

    passagem dos Analectos (cap.12. 2, p.62),RanYong perguntou sobre humanidade. OMestre disse:

    Quando estiveres fora de casa, comporta-te como se estivesses diante de umimportante convidado. Conduz o povo comose estivesses realizando uma grandecerimnia. Aquilo que no desejas para timesmo no imponha aos outros. Nopermitas que o ressentimento se imiscua nosassuntos pblicos; no permitas que o

    ressentimento se imiscua nos assuntosprivados.

    Essa passagem reflete bem apreocupao de Confcio com o outro, aresponsabilidade sempre presente no inter-relacionamento. Isso pode ser bementendido quando Levinas afirma que:Ningum pode permanecer em si: ahumanidade do homem, a subjetividade uma responsabilidade pelos outros, uma

    vulnerabilidade extrema. O retorno a sifaz-se desvio interminvel. Bem antes daconscincia e da escolha antes que acriatura se rena em presente representaopara se fazer essncia o homemaproxima-se do homem. Ele tecido deresponsabilidade. Por elas lacera ele aessncia (LEVINAS,2005,p.124).

    Podemos entender que a partir docuidado o homem conduzido para suaessncia. Como afirma Coelho (2007), a

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    responsabilidade para Levinas no apenas um princpio tico, adquirida apartir de uma racionalidade e incorporada moral, ao dia-a-dia. No se trata de uma

    responsabilidade que em primeiro lugardita o modo como se fala como se faz. outra responsabilidade que instala umaconscincia moral desarvorada, que sevolta para o Outro, no mais preocupadaapenas com o seu Eu.

    Confcio quando diz: Coloca teu coraono Caminho; confia no poder moral;persegue a bondade; desfruta das artes(Analectos, cap.7.6, p.32), est revelando

    sua grande confiana na responsabilidadeprimeira, que a essncia da tica,segundo Levinas. Para ele aresponsabilidade no um princpio ticoapenas, mas tornam-se fundamentos deprincpios ticos, pois semresponsabilidade no existe verdade,liberdade, amor, no existe relao com oOutro (COELHO, 2007).

    Consideraes Finais

    Finalizando a reviso literria quefoi o objetivo deste artigo, observamos queembora os dois filsofos vivessem empocas muito distantes, suas experincias eideias convergiam principalmente, no quetange o alto grau de violncia que cada umenfrentou, sendo este, incentivo para os

    seus posicionamentos perante a sociedade.Confcio enquanto mestre ensinava osvalores que deveriam comear sendopraticados dentro do seio da famlia,desenvolvendo respeito, moral e asvirtudes como princpios bsicos para oprocesso de crescimento do ser humano,entrava pela poltica que dizia ser umaextenso da tica, fonte de seu interessemaior e onde at hoje seus ensinamentosso usados como se tivessem sido escritos

    nos dias atuais. O pensamento de

    Levinasmostra-se em sintoniacom opensamento do mestre chins ao mostrar,tambm, uma tica baseada em princpiosdo humano, o respeito pelo outro, em que a

    essncia do seu pensamento colocadocomo subjetividade da responsabilidadecondio si ne qua non para se atingir ohumano.

    Por fim, podemos nos perguntar: Ser quea experincia comum da violncia estligada grande preocupao com aTICA? A anlise do pensamento destesdois autores parece responder de formaafirmativa a esta indagao.

    Referncias

    APARECIDA M, A. tica, moralidade eeducao ambiental.INCI, mar. 2004, vol.29,no. 3, p.153-157. ISSN 0378-1844.

    COELHO, W.O. A Responsabilidade a partirde Emmanuel Levinas: dimenso de

    concretude tica para nosso contexto.Dissertao de Mestrado, UFPE, 2007.

    FIGUEIREDO. A M. tica: origens edistino da moral. Ethics: Origens and themoral distinction. Sade, tica & Justia.2008; 13 (1):1-9. .

    GAARDER, J; HELLERN, V; NOTAKER, H.O Livro das Religies. Ed. Companhia dasletras, 2001.

    LEVINAS, E. tica e infinito: dilogos comPhilipe Nemo. Ed. edies 70, Lisboa Portugal, 1982.

    Os Analectos/Confcio; traduo para oingls, apresentao e notas de Simonleys;Traduo Claudia Berliner. So Paulo:Martins Fontes, 2000. (clssicos)

    Tao Te Ching/Lao-Tse; traduo e notas deHumberto Rodhen. 19 edio So Paulo:

    Martin Claret.

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    VALLS, A. L. M. O que tica. 8. SoPaulo: Brasiliense; 1996.

    Sobre os autores

    Ana Sor Arajo Simes: 1Psicloga e Psicoterapeuta. Especialista em crianas e adolescente; Mestranda emCincias das Religies UFPB. E-mail: [email protected]

    Inalgia de Figueirdo Gomes: Psicloga e Psicoterapeuta individual,adolescente/adulto; Especialista emgestalt-terapia de grupo; Mestranda em Cincias das Religies UFPB. E-mail: [email protected]

    Maria Lucia AbaurreGnerre: Doutora em Histria, professora adjunta do departamento de Cincias das

    Religies da Universidade Federal da paraba. E-mail: [email protected]