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  • ALUNO: ________________________________________________ RA: _____________

    CURSO ________________________________________________ SALA ____________

    Profa. Chafiha Maria Suiti Laszkiewicz

    [email protected]

  • 1. LNGUA, LINGUAGEM E FALA

    A Lngua pode ser definida como um cdigo formado por signos (palavras) e leis combinatrias usados por uma mesma comunidade.

    Por sua vez, a linguagem serve como instrumento de comunicao que faz uso de um cdigo, permitindo, assim, a interao entre as pessoas - a atividade comunicativa.

    As linguagens apresentam caractersticas prprias de composio para adequarem-se

    aos veculos especficos, aos receptores, s pocas e s situaes determinadas - so os

    diversos tipos de linguagem: linguagem de teatro, linguagem de programao, linguagem de

    cinema, linguagem popular.

    H inmeros tipos de linguagem: a fala, os gestos, o desenho, a pintura, a msica, a

    dana, o cdigo Morse, o cdigo de trnsito.

    As linguagens podem ser organizadas em dois grupos: a linguagem verbal, modelo de

    todas as outras, e as linguagens no verbais. A linguagem verbal aquela que tem por unidade

    a palavra; as linguagens no verbais tm outros tipos de unidade, como o gesto, o movimento,

    a imagem.

    Cada indivduo pode fazer uso prprio e personalizado da lngua, dando origem fala, embora esta prtica deva estar sempre condicionada s regras socialmente estabelecidas da

    lngua.

    Nesse sentido convm ressaltar que a colocao das palavras na frase e a mudana de

    relao entre elas so fatores de mudana de significado. Alm disso, a leitura dos sinais de

    pontuao tambm significativa, influenciando todo o significado de um enunciado.

    2

    Quanto maior o domnio que temos da lngua, maior a possibilidade de um

    desempenho lingstico eficiente.

    Lngua: sistema de signos, pertencente a toda uma comunidade de falantes.Linguagem: a faculdade humana atravs da qual o homem se comunica.Fala o uso que cada indivduo faz da lngua comunitria.

    ( NICOLA, de Jos & INFANTE, Ulisses. Gramtica Contempornea da Lngua Portuguesa.. 15 ed. So Paulo, Scipione, 2003)

    1 SEMESTRE DE 2012

  • 2. VARIAO LINGSTICA E NORMA

    Como falantes da Lngua Portuguesa, percebemos que existem situaes em que a

    lngua apresenta-se sob uma forma bastante diferente daquela que nos habituamos a ouvir em

    casa ou nos meios de comunicao. Essa diferena pode manifestar-se tanto pelo vocabulrio

    utilizado, como pela pronncia ou organizao da frase.

    Nas relaes sociais, observamos que nem todos falam da mesma forma. Isso ocorre

    porque as lnguas naturais so sistemas dinmicos e extremamente sensveis a fatores como,

    por exemplo, a regio geogrfica, o sexo, a idade, a classe social dos falantes e o grau de

    formalidade do contexto. Essas diferenas constituem as variaes lingsticas.

    Entre as variedades da lngua, h uma que tem maior prestgio: a variedade padro conhecida tambm como lngua padro e norma culta. Essa variedade utilizada nos livros, jornais, textos cientficos e didticos e ensinada na escola. As outras variedades lingsticas

    so chamadas de variedades no padro.

    Observe no quadro abaixo as especificidades de cada variao:

    Profissional

    No exerccio de algumas atividades profissionais, o domnio de certas formas

    de lnguas tcnicas essencial. As variaes profissionais so abundantes em

    termos especficos e tm seu uso restrito ao intercmbio tcnico.

    Situacional

    As diferentes situaes comunicativas exigem de um mesmo indivduo

    diferentes modalidades da lngua. Empregam-se, em situaes formais,

    modalidades diferentes das usadas em situaes informais, com o objetivo de

    adequar o nvel vocabular e sinttico ao ambiente lingstico em que se est.

    3

  • Geogrfica

    H variaes entre as formas que a lngua portuguesa assume nas diferentes

    regies em que falada. Basta prestar ateno na expresso de um gacho em

    contraste com a de um amazonense. Essas variaes regionais constituem os

    falares e os dialetos. No h motivo lingstico algum para que se considere

    qualquer uma dessas formas superior ou inferior s outras.

    Social

    O portugus empregado pelas pessoas que tm acesso escola e aos

    meios de instruo difere do portugus empregado pelas pessoas privadas de

    escolaridade. Algumas classes sociais, assim, dominam uma forma de lngua

    que goza prestgio, enquanto outras so vitimas de preconceito por

    empregarem estilos menos prestigiados. Cria-se, dessa maneira, uma

    modalidade de lngua - a norma culta -, que deve ser adquirida durante a vida

    escolar e cujo domnio solicitado como modo de ascenso profissional e

    social.

    Tambm so socialmente condicionadas certas formas de lngua que alguns

    grupos desenvolvem a fim de evitar a compreenso por aqueles que no fazem

    parte do grupo. O emprego dessas formas de lngua proporciona o

    reconhecimento fcil dos integrantes de uma comunidade restrita. Assim se

    formam, por exemplo, as grias, as lnguas tcnicas. Pode-se citar ainda a

    variante de acordo com a faixa etria e o sexo.

    Do ponto de vista estritamente lingstico, no h nada nas variedades lingsticas que

    permita consider-las boas ou ruins, melhores ou piores, feias ou bonitas, primitivas ou

    elaboradas.

    Dino Preti, autor e professor da PUC-SP, em reportagem na Folha de S.Paulo, afirma

    no haver mais linguagens puras ou padres melhores ou piores. O que existem so

    4

  • variaes. A linguagem culta ideal em certas condies e, em outras, no. At palavro

    ideal algumas vezes. O falante culto, afirma, no o que conhece a gramtica, mas o que

    sabe se adaptar s variaes de linguagem, de acordo com cada situao. Uma coisa o

    especialista usar deletar entre colegas, outra ostentar o fato de ser um tcnico em

    computao. (Folha de S.Paulo, 24 jun. de 2003.)

    Seja na fala seja na escrita, a linguagem de uma pessoa pode variar, ou seja, passar de

    culta ou padro coloquial ou at mesmo vulgar. O gramtico Evanildo Bechara ensina que

    preciso ser poliglota de nossa lngua. Poliglota a pessoa que fala vrias lnguas. No caso,

    ser poliglota do portugus significa ter domnio do maior nmero possvel de variedades

    lingsticas e saber utiliz-las nas mais diferentes situaes.

    A linguagem culta aquela utilizada pelas pessoas de instruo, niveladas pela escola.

    Ela mais restrita, pois constitui privilgio e conquista cultural de um nmero reduzido de

    falantes.

    J a linguagem coloquial pode ser considerada um tipo de linguagem espontnea, ou

    seja, utilizada para satisfazer as necessidades vitais do falante sem muita preocupao com

    as formas lingsticas. a lngua cotidiana, que comete pequenos mas perdoveis deslizes

    gramaticais.

    A linguagem vulgar, porm, prpria das pessoas sem instruo. natural, expressiva,

    livre de convenes sociais.

    OBSERVE:

    5

  • Sapassado, era sessetembro,

    taveu na cuzinha tomando uma

    pincumel e cuzinhando um

    kidicare cumastumate pra fazer

    uma macarronada cum

    galinhassada. Quasca de susto

    quanduvi um barui vinde

    denduforno parecenum tidiguerra.

    A receita mandop midipipoca

    denda galinha prass,

    O forno isquent,o mistor e o

    fiof da g alinhispludiu!

    Nossinhora! Fiquei brando quinein

    um lidileite. Foi um trem doidimais!

    Quasca dendapia! Fiquei

    sensab doncovim, noncot,

    proncov. pceve quilocura!

    Grazadeus ninguem semaxuc!

    6

  • La Vie en Rose

    Ado Iturrusgarai Folha de So Paulo, 11 de agosto de 2007.

    Identifique a regio em que cada um dos assaltos teria ocorrido:

    Ei, bichim . Isso um assalto . Arriba os braos e num se bula ....e num faa munganga.

    Arrebola o dinheiro no mato e no faa pantim se no enfio a peixeira no teu bucho e boto teu

    fato pra fora:. Perdo meu Padim Cio, mas que eu t com uma fome da molstia.

    s, presteno: isso um assarto, uai: Levanta os brao e fica quetin quesse trem na minha

    mo t cheio de bala . Mi pass logo os trocados que eu num t bo hoje. Vai andando, uai!

    Ta esperando o que , uai!

    O gur, ficas atento:. Bh, isso um assalto:. Levantas os braos e te aquieta, tch ! No tentes

    nada e cuidado que esse faco corta uma barbaridade, tch. Passa as pilas pr c ! E te manda

    a la cria, seno o quarenta e quatro fala.

    Seguiiiinnte, bicho: Tu te. Isso um assalto...Passa a grana e levanta os braos rap:. No fica

    de bobeira que eu atiro bem .... Vai andando e se olhar pra traz vira presunto.

    7

  • meu rei . (longa pausa ) Isso um assalto . (longa pausa ) Levanta os braos, mas no se

    avexe no .(longa pausa ) Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado:. Vai

    passando a grana, bem devagarinho (longa pausa ) Num repara se o berro est sem bala, mas

    pra no ficar muito pesado:. No esquenta, meu irmozinho ( longa pausa ) Vou deixar teus

    documentos na encruzilhada.

    rra, meu:. Isso um assalto, meu . Alevanta os braos, meu:. Passa a grana logo, meu! Mais

    rpido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pa comprar o ingresso do jogo do

    Curintia, meu: P, se manda, meu:.

    Querido povo brasileiro, estou aqui no horrio nobre da TV para dizer que no final do ms,

    aumentaremos as seguintes tarifas: Energia, gua, Esgoto, Gs, Passagem de nibus, IPTU,

    IPVA, Licenciamento de veculos, Seguro Obrigatrio, Gasolina, lcool, Imposto de Renda, IPI,

    CMS, PIS, COFINS, mas no se preocupe, somos PENTA!!!!

    (http://www.osvigaristas.com.br/textos/listas/84.html)

    3. DIFERENAS E SEMELHANAS ENTRE FALA E ESCRITA

    O primeiro mito que deve ser desfeito na relao entre fala e escrita o de que a fala

    o lugar da informalidade, da liberdade, do dizer tudo e da forma que quiser, e a escrita, por sua

    vez, o lugar da realizao formal, controlada e bem elaborada.

    A perspectiva da dicotomia estrita tem o inconveniente de considerar a fala

    como o lugar do erro e do caos gramatical, tomando a escrita como o lugar da

    norma e do bom uso da lngua. Seguramente, trata-se de uma viso a ser

    rejeitada. (Marcuschi, 2001: 28)

    Na verdade, fala e escrita so duas realizaes possveis de uma mesma lngua que

    tanto podem ser elaboradas quanto informais. O que determinar o grau maior ou menor de

    formalidade o contexto em que o falante ou escritor estar inserido.

    O que existe uma maior valorizao da escrita pela sociedade, justamente pelo fato de

    esta ser aprendida e desenvolvida em uma instituio social que a escola. Entretanto, assim

    como a fala no possui uma propriedade negativa, a escrita tambm no uma modalidade

    privilegiada, ou seja, no existe superioridade de uma modalidade em relao outra.

    8

  • Sendo assim, fala e escrita so duas prticas sociais que se realizam em um continuum

    e no de maneira dicotmica.

    Isso equivale a dizer que tanto a fala como a escrita apresentam um

    continuum de variaes, ou seja, a fala varia e a escrita varia. Assim, a

    comparao deve tomar como critrio bsico de anlise uma relao

    fundada no continuum dos gneros textuais para evitar as dicotomias

    estritas. (Ibidem: 42).

    As diferenas entre lngua oral e lngua escrita permitem traar um quadro contrativo dos

    componentes bsicos dessas modalidades.

    Quanto ... Fala Escrita

    InteraoInterao face a face. Mesmo contexto

    situacional.

    Interao distncia (espao

    temporal). Contexto situacional

    diverso.

    PlanejamentoSimultneo ou quase simultneo

    produo. Anterior produo.

    Criao Coletiva, administrada passo a passo. Individual.

    Memria Impossibilidade de apagamento. Possibilidade de reviso.

    ConsultaSem condies de consulta a outros

    textos. Livre consulta.

    Reformulao

    A reformulao pode ser promovida

    tanto pelo falante como pelo

    interlocutor.

    A reformulao promovida apenas

    pelo escritor.

    AcessoAcesso imediato s reaes do

    interlocutor. Sem possibilidade de acesso imediato.

    Processamento O falante pode processar o texto,

    redirecionando-o a partir das reaes do

    interlocutor.

    O escritor pode processar o texto a

    partir das possveis reaes do leitor.

    9

  • Processo de

    Criao

    O texto mostra todo o seu processo de

    criao.

    O texto tende a esconder o seu

    processo de criao, mostrando

    apenas o resultado.

    Adaptado de Fvero (2000:74)

    EXERCCIOS

    1. O articulista Luiz Nassif em seu artigo O FMI vem a. Viva o FMI, publicado na revista caro,

    fez uso do registro culto tpico do jornalismo, mas utilizou tambm algumas expresses da

    linguagem caracterstica da economia e outras prprias da linguagem informal. Leia o trecho

    abaixo e resolva as questes propostas a seguir.

    Pases j chegam ao FMI com todos esses impasses, denotando a incapacidade de suas elites

    de chegarem a frmulas consensuais para enfrentar a crise mesmo porque essas frmulas

    implicam prejuzos aos interesses de alguns grupos poderosos. A a burocracia do FMI deita e

    rola. H, em geral, economistas especializados em determinadas regies do globo. Mas, na

    maioria das vezes, as frmulas aplicadas aos pases so homogneas, burocrticas, de quem

    est por cima da carne-seca e no quer saber de limitaes de ordem social ou poltica.(...)

    Sem os recursos adicionais do Fundo, a travessia de 1999 seria um inferno, com as reservas

    cambiais se esvaindo e o pas sendo obrigado ou a fechar sua economia ou a entrar em

    parafuso. O desafio ser produzir um acordo que obrigue, sim, o governo e Congresso a

    acelerarem as formas essenciais. ( caro, 170, outubro de 1998 questo adaptada do

    vestibular da Unicamp)

    a) Transcreva as expresses que nos remetem ao universo econmico.

    b) Transcreva as expresses que tm caractersticas de informalidade.

    c) Substitua essas expresses apresentadas no nvel coloquial por outras tpicas da linguagem

    formal.

    2. Elabore os textos de duas mensagens eletrnicas uma para o coordenador de seu curso e outra para um colega de turma. Os textos devem apresentar:

    10

  • a) o destinatrio (vocativo);

    b) sua identificao;

    c) uma solicitao;

    d) as razes dessa solicitao;

    e) encerramento

    f) assinatura

    4. LEITURA: O ENTENDIMENTO DO TEXTO

    Um dos grandes desafios no estudo da leitura tem sido como interpretar de modo

    adequado o significado dos textos a que somos diariamente expostos, j que vivemos em uma

    sociedade letrada.

    Esse desafio se acentua quando, em sala de aula, proposta a anlise e a discusso de um

    texto, prtica comum, especialmente no ensino superior. Uma das grandes queixas dos alunos

    que suas consideraes s esto corretas quando vo ao encontro do que os professores pensam.

    Isso no verdade, os textos trazem idias reveladas explicitamente, ou de maneira

    implcita (mas que podem ser depreendidas); fazem referncias a verdades externas ao texto ou a

    outros textos e ainda trazem idias perifricas cuja funo dar sustentao idia central. Esses

    aspectos so a base da interpretao e compreenso que, portanto, devem ser percebidos e

    utilizados no processo de leitura e entendimento dos textos.

    At mesmo as questes da rea de exatas pedem senso crtico e compreenso de

    enunciados, muitas vezes erra-se uma questo de fsica por no entender o que foi pedido. Trata-

    se ento de interpretao de textos, que se torna exigncia de todas as disciplinas e tambm da

    vida profissional.

    Quando voc for buscar uma vaga no mercado de trabalho a criticidade,

    a capacidade de comunicao e de compreenso do mundo sero

    atributos importantes nessa concorrncia. ( RUSSO, 2004:15)

    Assim, nossos estudos visam a minimizar esse problema. Para iniciar esse processo

    necessrio ampliar o conhecimento de mundo, ou seja, ler um pouco de tudo e entrar em contato

    com algumas tcnicas de leitura que, certamente, o auxiliaro em seus estudos.

    11

  • 5. ESTRATGIAS DE LEITURA I

    H procedimentos que podem ser utilizadas na leitura de um texto. Observe:

    a) o texto deve ser lido na ntegra, ou seja, a leitura se inicia no ttulo e termina na fonte de onde

    foi retirado o texto. Essas referncias, muitas vezes, esto ao final do texto. Recomenda-se uma

    primeira sem interrupes para que se tome conhecimento do texto como um todo (skimming).

    b) uma segunda leitura deve ser feita com o auxlio do dicionrio, a fim de dirimir dvidas em

    relao a uma ou outra palavra cujo significado no se pde apreender pela leitura do todo.

    c) observar palavras repetidas ou retomadas, j que elas orientam a identificao do tema abordado no texto.

    d) perceber as evidncias tipogrficas que tambm nos oferecem informaes relevantes

    compreenso dos textos como, por exemplo, letras maisculas, negrito, itlico, aspas.

    e) muitas vezes, lemos com o objetivo de encontrar informaes especficas no texto, os

    procedimentos dos itens anteriores certamente favorecero a localizao dessas informaes

    (scanning).

    f) a verificao de palavras do mesmo contexto semntico (ndices, inflao, taxa de juros,

    porcentagem, longo prazo), a observao de elementos do contexto no-lingstico como

    gravuras, grficos, tabelas, nmeros e at a prpria estrutura do texto ( a diviso de pargrafos e a

    disposio das imagens) nos auxiliam a inferir o contedo do texto - trata-se de acionar nosso

    conhecimento prvio, nosso conhecimento de mundo (prediction).

    EXERCCIOS

    1. Observe o texto a seguir, em dinamarqus, e veja se voc consegue responder s questes:

    CASINO AALBORG

    Velkommen til Danmarks mest venlige kasino

    12

  • Ved Stranden, 14-16 Tlf. 98 10 15 50. Glaed dig til spaendende og morsomme timer i selskab

    med festlige mennesker i en international atmosfaere. Aben alle ugens dage fra kl. 20.00 04.00.

    Entr DKK 50,00,-. Der er legitimationspligt i henhold til dansk lov. Ingen adgang for unge

    under 18 ar. (exerccio extrado de: Munhoz, Ingls Instrumental: estratgias de leitura. 2003

    p.18)

    a) Qual o horrio de atendimento do cassino?

    b) Quanto custa o ingresso?

    c) Qual o telefone do cassino?

    d) Quem pode freqentar o cassino?

    3. ERROS COMUNS NA INTERPRETAO DE TEXTOS

    As questes em relao a textos podem ser estruturadas de vrias maneiras, entre elas:

    a) perguntas que exigem respostas diretas, pois incidem sobre o texto como um todo.

    b) questes que incidem sobre trechos especficos do texto, o que exige um volta ao texto.

    Entretanto, quando as questes so discursivas, a ateno aos enunciados de extrema

    importncia para que voc responda exatamente o que lhe foi perguntado e no incorra em erros

    muito comuns como a extrapolao, a reduo ou a contradio.

    Segundo Amaral, Severino & Patrocnio (1991) , esses processos podem ser definidos da

    seguinte maneira:

    Extrapolao

    13

  • Ocorre extrapolao quando se vai alm do texto, fazendo outras associaes ou evocando

    outros elementos, quando se cria a partir do que foi lido, quando se d asas imaginao e

    memria, abandonando o texto que era o objeto de interpretao.

    A extrapolao muitas vezes um exerccio de criatividade inadequada - porque leva a perder o

    contexto que est em questo. Geralmente, o processo de extrapolao se realiza por associaes

    evocativas, por relaes analgicas: uma idia lembra outra semelhante e assim o pensamento se

    encaminha para fora do texto. Outras vezes, a extrapolao acontece pela preocupao de se

    descobrir pressupostos das idias do texto, pontos de partida bem anteriores ao pensamento

    expresso, ou, ainda, pela preocupao de se tirar concluses decorrentes das idias do texto, mas j

    pertencentes a outros contextos, a outros campos de discusso.

    Reconhecer os momentos de extrapolao - sejam analgicos ou lgicos - significa

    conquistar maior lucidez, maior capacidade de compreenso objetiva dos textos, do contexto que

    est em questo. Essa clareza necessria e criadora: significa, inclusive, uma liberdade maior de

    imaginao e de raciocnio, porque os vos para fora dos textos tornam-se conscientes, por opo,

    sero realizados por um projeto intencional, e no mais por incapacidade de reconhecer os limites

    de um texto colocado em questo, nem por incapacidade de distinguir as prprias idias das idias

    apresentadas por um texto lido.

    Reduo

    Outro erro exerccios de entendimento de texto, oposto extrapolao, o que se chama de

    reduo ou particularizao indevida. Neste caso, ao invs de acrescentar outros elementos, faz-se

    o inverso: aborda-se apenas uma parte, um detalhe, um aspecto do texto, dissociando-o do

    contexto. Seria privilegiar um elemento (ou uma relao) que verdadeiro, mas no suficiente

    diante do conjunto, ou ento que se torna falso porque passa ser descontextualizado. Desse modo, o

    leitor detm-se a um aspecto menos relevante do conjunto, perdendo de vista os elementos e as

    relaes principais. Reconhecer os processos de reduo representa tambm um salto de qualidade

    em nossa capacidade de ler e entender textos, assim como em nossa capacidade de perceber e

    compreender conjuntos de qualquer tipo, reconhecendo seus elementos e suas relaes.

    Contradio

    14

  • O mais grave de todos, o da contradio. Por algum motivo - uma leitura desatenta, a no

    percepo de algumas relaes, a incompreenso de um raciocnio, o esquecimento de uma idia, a

    perda de uma passagem no desenvolvimento do texto - leva a uma concluso contrria ao texto.

    Como esse erro tende a ser mais facilmente reconhecido - por apresentar idias opostas s idias

    expressas pelos textos - os testes de interpretao muitas vezes so organizados com uma espcie

    de armadilha: uma alternativa apresenta muitas palavras do texto, apresenta at expresses inteiras

    do texto, mas com um sentido contrrio. Um leitor desatento ou/e ansioso provavelmente escolher

    essa alternativa, por ser a mais parecida com o texto. Por ser a que apresenta mais literalmente,

    mas ao p da letra, elementos presentes no texto.

    EXEMPLOS

    Leia atentamente o texto que se segue. Faa a primeira leitura, a de entrar em contato e,

    depois, faa a segunda leitura, captando as ideias centrais. Em seguida, discuta com seus colegas as

    questes abordadas nos textos.

    Einstein x Newton: uma boa briga

    Paulo Markun

    Britanicamente, s seis e meia da tarde de quarta-feira, 23 de novembro de 2005, lorde Robert May,

    presidente da Royal Society apresentou os resultados da pesquisa feita entre os 345 cientistas

    associados e 1363 ingleses e que procurava saber qual fora o cientista mais importante para a

    humanidade: Albert Einstein ou Isaac Newton?

    Se houvesse uma bolsa de apostas, o autor da clebre equao E=MC2 seria o favorito, j que o

    evento integrava as comemoraes do cinquentenrio de suas descobertas. Mas Newton venceu de

    ponta a ponta, como diria um locutor de turfe. Quando perguntado sobre quem deu a maior

    contribuio para a cincia, 61,8% do pblico votou em Newton e 38,2% em Einstein. Entre os

    cientistas, a vitria foi ainda mais expressiva: 86,2% para Newton e 13,8% para Einstein. Diante da

    questo que procurava estabelecer quem der a maior contribuio positiva para a humanidade, o

    resultado foi empate tcnico entre o pblico (50,1% de Newton e 49,9% para Einstein) enquanto os

    cientistas preferiram Newton claramente: 60,9% a 39,1%.

    Impressionado com a repercusso da enquete, lorde May olhou para diante: Muitos diriam que

    15

  • comparam Newton e Einstein como comparar mas e laranjas, mas as pessoas esto apreciando a

    enorme importncia que estes dois fsicos tiveram e constatar que o impacto do trabalho deles se

    espalhou muito alm dos laboratrios e das equaes. Mas o que realmente importa saber de onde

    viro os futuros Newtons e Einsteins.

    Cincia e a religio so mundos paralelos, que podem conviver tranquilamente, desde que um no

    interfira no outro. o que pregava o paleontlogo norte-americano Stephem Jay Gould, um dos mais

    reconhecidos divulgadores cientficos do sculo XX e um incansvel combatente da pseudocincia.

    Para Gould, cincia e religio so Magistrios No Interferentes. O magistrio da cincia o

    conhecimento factual do mundo natural. O da religio trata dos desgnios do homem, sua conduta

    moral e tica. Sendo assim o nico conflito possvel entre cincia e religio se d quando uma tenta

    invadir o territrio da outra. Para ele, essas invases no so muito frequentes e podem acontecer de

    um lado e de outro, embora os cientistas costumem fazer estardalhao sobre a ao dos religiosos,

    omitindo seus prprios pecados, digamos.

    Gould reuniu um elenco de religiosos que foram ardorosos defensores do mtodo cientfico e no

    outro corner um time de cientistas que permitiram a interferncia do pensamento religioso em sua

    investigao cientfica. E quem est entre estes? Isaac Newton, que numa srie de cartas a Thomas

    Burnet defendeu a idia deque a Terra fora criada em seis dias. Tese rejeitada pelo destinatrio, um

    reverendo que era confessor do rei e empregou argumentos verdadeiramente cientficos para enfrentar

    as convices de Newton. (Hoje, tanto Newton quanto Burnet so relacionados numa impressionante

    lista dos cientistas que acreditavam piamente que a Bblia tinha razo.)

    O debate sobre o uso de clulas-tronco embrionrias to apaixonado quanto o do ensino do

    criacionismo, mas ao contrrio deste que e inscreve no campo da f est na fronteira entre os dois

    magistrios de Gould. Seu uso tem tudo a ver com moralidade de nossas aes. Devem ser elas uma

    decorrncia de nossas convices religiosas ou de nossas certezas cientficas?

    A resposta para esse dilema certamente mobilizar os futuros Einsteins e Newtons com que se

    preocupava lorde May. Uns e outros sairo das universidades e centros de pesquisas, no de

    conventos, mesquitas ou sinagogas e carregaro consigo novas dvidas e dilemas, porque assim

    caminha a humanidade. De tropeo em tropeo, ante a imensido do como uma criana pequena que

    d seus primeiros passos.

    Por tudo isso, prefiro ficar com Albert Einstein, que assim definiu nosso maior desafio: O esforo

    humano mais importante o esforo para imprimir moralidade a nossas aes. Nosso equilbrio

    16

  • interior e nossa existncia dependem disso. Somente a moralidade de nossas aes pode dar beleza e

    dignidade vida. Tornar essa fora viva, deixando seu papel claro na conscincia das pessoas a

    principal tarefa da educao. O fundamento da moralidade no deve depender de mito, nem estar

    vinculado a qualquer autoridade para que dvidas sobre o mito, ou sobre a legitimidade da autoridade

    na comprometam o bom julgamento da ao.

    ___________________________________________________________

    Paulo Markun editor e presidente do Conselho Editorial do Jornal de Debates que circula

    internamente na Uninove.

    EXERCCIO

    1. Leia, com ateno, o texto abaixo e, em seguida, relacione as idias bsicas nele

    apresentadas.

    O mistrio

    O que podemos experimentar de mais belo o mistrio. Ele a fonte de toda a arte e cincia

    verdadeira. Aquele que for alheio a essa emoo, aquele que no se detm a admirar as colinas,

    sentindo-se cheio de surpresa, esse j est, por assim dizer, morto e tem os olhos extintos. O que

    fez nascer a religio foi essa vivncia do misterioso - embora mesclado de terror. Saber que existe

    algo insondvel, sentir a presena de algo profundamente racional e radiantemente belo, algo que

    compreenderemos apenas em forma muito rudimentar - esta a experincia que constitui a atitude

    genuinamente religiosa. Neste sentido, e unicamente neste sentido perteno aos homens

    profundamente religiosos. (Albert Einstein - Como vejo o mundo)

    Texto II

    17

  • 6. ESTRATGIAS DE LEITURA INFORMAES IMPLCITAS

    Segundo Fiorin & Plato (1995), um dos aspectos mais intrigantes da leitura de um texto

    a verificao de que ele pode dizer coisas que parece no estar dizendo: alm das

    informaes explicitamente enunciadas, existem outras que ficam subentendidas ou

    pressupostas. Para realizar uma leitura eficiente, o leitor deve captar tanto os dados explcitos

    quanto os implcitos.

    Leitor perspicaz aquele que consegue ler nas entrelinhas. Caso contrrio, ele pode

    passar por cima de significados importantes ou decisivos ou o que pior pode concordar

    com coisas que rejeitaria se as percebesse.

    No preciso dizer que alguns tipos de texto exploram, com malcia e com intenes

    falaciosas, esses aspectos subentendidos e pressupostos.

    Pressupostos so aquelas ideias no expressas de maneira explcita, mas que o leitor

    pode perceber a partir de certas palavras ou expresses contidas na frase.

    18

  • Observe:

    Fiz faculdade, mas aprendi alguma coisa.

    Nessa frase, h duas informaes explcitas:

    Ele frequentou um curso superior;

    Ele aprendeu algumas coisas.

    Porm ao ligar essas duas informaes com um mas comunica tambm de modo

    implcito sua crtica ao sistema de ensino superior, pois a frase passa a transmitir a ideia de que

    nas faculdades no se aprende nada.

    Na leitura e interpretao de um texto, muito importante detectar os pressupostos, pois

    seu uso um dos recursos argumentativos utilizados inteno de levar o leitor a aceitar o que

    est sendo comunicado.

    EXERCCIOS

    1. Encontre os pressupostos (dados que no so colocados em discusso) nos trechos abaixo:

    a) preciso construir msseis nucleares para defender o Ocidente de um ataque sovitico.

    b) Os resultados da pesquisa ainda no chegaram at ns.

    c) O caso do contrabando tornou-se pblico.

    d) Os candidatos a prefeito, que s querem defender seus interesses, no pensam no

    povo.

    19

  • e) Os candidatos a prefeito que s querem defender seus interesses no pensam no povo.

    f) Os partidos radicais acabaro com a democracia no Brasil.

    2. Leia o texto abaixo e faa a identificao dos pressupostos e, a seguir, tea um comentrio

    sobre os objetivos do autor, a coerncia e estrutura do texto.

    A burocracia da terra

    O modelo agrrio brasileiro, embora com inmeros defeitos, possui uma

    caracterstica que merece ser destacada, elogiada e preservada: a produo agropecuria

    brasileira a ltima atividade econmica ainda totalmente nas mos de brasileiros. Pouco se

    fala disso, mas o fato que no encontramos multinacionais responsveis por qualquer parcela

    significativa da produo. Tambm no encontramos, no campo, as famigeradas empresas

    estatais. Embora existam multinacionais proprietrias de terra, o percentual de produo rural

    em suas mos no significativo. A produo rural, na verdade, o reduto final da livre

    iniciativa brasileira. Com a nossa economia cada vez mais estatizada e desnacionalizada, a

    agropecuria permaneceu uma atividade essencialmente de brasileiros.

    Temos certeza de que esta parcela da populao, hoje responsvel pela produo rural do

    pas, simptica a medidas que enriqueam o trabalhador rural e favoream a justia social.

    Somos todos a favor de medidas que facilitem o acesso propriedade rural, tornando um maior

    nmero de brasileiros proprietrios e produtores. Somos todos a favor de medidas que

    aumentem a produtividade no campo. Somos todos contra, enfim, a especulao com terras, a

    ociosidade, o desperdcio. No o produtor rural quem lucra com isso, e sim o especulador,

    quase sempre alheio atividade produtiva.

    Repudiamos, porm, a planejada reforma agrria da Nova Repblica da maneira como foi

    apresentada pelo diretor do INCRA, senhor Jos Gomes da Silva, e por seu superior

    hierrquico, o ministro Nelson Ribeiro. Autoritria e de critrios arbitrrios, fatalmente levar a

    uma crescente estatizao da atividade rural no pas - e isso quer dizer que chegaro ao campo

    20

  • a ineficincia, a burocracia e a corrupo hoje encontradas em quase todas as outras

    atividades j estatizadas.

    CAMARGO NETO, Pedro de. - Veja, 7 ago. 1985.

    7. VERBOS DE COMANDO

    Material organizado pelos professores: Patrcia Quel e Jorge Lus Torresan

    Para medir o nvel do aproveitamento e o desenvolvimento dos alunos em sala de aula, o professor

    pode utilizar vrios instrumentos de avaliao. Entre esses instrumentos, muito comum o emprego de

    provas e/ou testes dissertativos nos quais os alunos tm um espao para mostrar, sobre algum assunto

    determinado, a sua capacidade de anlise, criao, comparao, identificao, conceituao etc. muito

    comum nas discusses entre professores comentrios sobre a dificuldade que os alunos tm diante do

    momento de dissertar numa prova, mesmo que ela seja composta por questes breves. Essa dificuldade

    pode ocorrer, muitas vezes, porque eles no conseguem compreender exatamente o que pedido numa

    questo. Se observarmos com ateno, todas as questes geralmente se iniciam ou se desenvolvem

    tendo como base um verbo-comando (quase sempre na forma do imperativo) que especifica para o

    aluno a forma como ele deve responder a uma questo. A tabela abaixo demonstra alguns dos verbos-

    comando mais utilizados.

    Verbos-comando

    Definio dos verbos (com base no Moderno Dicionrios da Lngua Portuguesa de Michaelis)

    Especificao dos procedimentos

    Analise Determinar os componentes ou elementos fundamentais de alguma ideia, teoria, fato etc.; determinar por discernimento a natureza, os aspectos do que est sendo examinado.

    Exige a elaborao de um texto prprio como resposta.

    Justifique Explicar ou demonstrar a veracidade ou no de algum fato ou ocorrncia por meio de elementos/argumentos plausveis.

    Exige a elaborao de um texto prprio como resposta.

    Transcreva Reproduzir, extrair, copiar algum trecho de algum texto sem qualquer tipo de modificao.

    A resposta no pode ser elaborada e sim apenas recortada utilizando-se sinais adequados com as aspas

    Compare Examinar, simultaneamente, as particularidades de duas ou mais ideias, fatos, ocorrncias.

    Exige a elaborao de um texto prprio como resposta.

    Explique Tornar claro, fazer entender de forma coerente particularidades de fatos, ideias ou ocorrncias.

    Exige a elaborao de um texto prprio como resposta.

    Diferencie Estabelecer caractersticas que no sejam semelhantes entre dois ou mais fatos, ideias ou ocorrncias.

    Exige a elaborao de um texto prprio como resposta. Diferenciar no o mesmo que definir.

    Defina Expor com preciso caractersticas ou particularidades Exige a elaborao de um texto prprio

    21

  • de algum fato, ideia ou ocorrncia. como resposta.

    Conceitue Formar uma ideia, noo ou entendimento de forma clara sobre algum fato ou ocorrncia.

    Exige a elaborao de um texto prprio como resposta. Conceituar no o mesmo que justificar.

    Destaque Separar, de dentro de um todo (de um texto por exemplo), uma ou mais informaes, ideias ou conceitos mais relevantes ou no.

    Pode ser apenas uma transcrio de um trecho de um texto ou a exposio de um trecho seguido de um texto-comentrio.

    Cite Transcrever ou apontar fatos, ideias, ocorrncias ou caractersticas de algum elemento.

    Pode ser apenas uma transcrio de um trecho de um texto ou a exposio de um trecho seguido de um texto-comentrio.

    Confronte Observar o comportamento, atitude, opinio de duas ou mais pessoas, teorias ou posicionamentos a fim de se estabelecer alguns juzos e/ou relaes como por exemplo de igualdades, de diferenas etc.

    Exige a elaborao de um texto prprio como resposta. Confrontar est intimamente ligado ao ato de comparar.

    Critique Examinar com muito critrio alguma ideia, noo ou entendimento tentando perceber qualidades e ou defeitos, pontos negativos e/ou positivos etc.

    Exige a elaborao de um texto prprio como resposta. Importante observar que criticar no somente levantar aspectos negativos do que se est observando a crtica pode ser tambm de carter positivo/construtivo.

    1. Leia com ateno o texto e, em seguida, responda ao que se pede. Procure responder

    exatamente o que foi solicitado nos enunciados.

    CONSUMO JOVEM

    Como abordar um pblico afluente, mas avesso s mensagens comerciais.

    Uma das tendncias mais instigantes do marketing na atualidade a segmentao dos

    consumidores. Dez anos atrs, os especialistas ainda pensavam em sexo e idade quando saam em

    busca de nichos de clientes. Uma enxurrada de pesquisas a respeito das nuances do pblico

    feminino desaguou nos departamentos de marketing at meados dos anos 90. Com a incorporao

    das ferramentas etnogrficas ao arsenal de pesquisas, o conceito acabou por se alargar. Fala-se

    agora em estilo de vida, tribos, atitudes. Num recente estudo, a consultoria McKinsey constatou a

    existncia de 250 fatores tangveis e intangveis que cercam uma marca.

    22

  • O mercado fragmentado tornou mais complexa a tarefa de acessar os clientes, para usar

    um jargo da moda. E com os jovens, aqui e l fora, que os pesquisadores vm se ocupando nos

    ltimos tempos. Por qu? Estima-se em 30 bilhes de reais o poder de consumo dos 28 milhes

    de brasileiros na faixa de 15 a 22 anos (movimentam o triplo desse valor, em dlar, nos Estados

    Unidos). Segundo um levantamento do instituto Ipsos/Marplan, so consumidores vidos que

    freqentam cinemas, viajam e gostam de comprar roupa em proporo bem acima da mdia da

    populao. Trocam seu aparelho celular uma vez por ano, enquanto os mais velhos o fazem a

    cada dois anos.

    Foi mirando nesse pblico que o finlands Nokia acelerou suas vendas de celulares no

    Brasil. Os aparelhos possuem opes de cor e toques personalizveis, o que casa com a busca de

    afirmao do jovem. A marca conquistou o prmio Top Teen como a mais lembrada (47%) entre

    jovens de 16 a 24 anos. O Top Teen um prmio especial da pesquisa Top of Mind, do instituto

    Datafolha.

    Alm de consumidores vorazes, os jovens tambm so hbeis pilotos de computadores,

    DVSs e todo tipo de novidade tecnolgica. Nessa condio, passaram a ser influenciadores,

    quando no decisores de compras domsticas. Oito em cada dez aparelhos de som passam pelo

    crivo dos filhos antes de serem comprados.

    Desafiada no ano passado por um de seus clientes, a Semp Toshiba, que lidera as vendas

    de televisores, a desenhar uma estratgia que ampliasse as vendas de aparelhos de som, a agncia

    de propaganda Talent mergulhou no mundo das tribos adolescentes. Dele emergiu com a idia de

    uma campanha publicitria centrada no exatamente nos atributos do equipamento, mas na

    linguagem capaz de unir a juventude: a msica. O jovem no gosta de quem quer parecer jovem

    nem de sentir que esto vendendo algo para eles, afirma o relatrio da Talent. Sintonizados com

    essa tendncia, os comerciais de TV, inspirados em videoclips, so coerentes com um dos

    mandamentos da juventude no que diz respeito propaganda: em vez de slogans vendedores ou

    mensagens informativas, h msica, uma sucesso de danas e imagens divertidas. Num dos

    filmes, uma galeria com orelhas de ces de diferentes raas sobreposta aos rostos da garotada.

    Os aparelhos s aparecem nas ltimas cenas, como se fossem personagens tambm embalados

    pelo ritmo tecno.

    At ento o mercado de udio buscava apelos diferenciais na potncia e nos acessrios.

    Afirma Oswaldo Ubrig, diretor de propaganda da Semp Toshiba. Lanada no incio do ano com

    23

    Tpico frasal

  • investimento de 7 milhes de reais (pouco menos da metade da verba publicitria anual da

    Semp), a campanha Toshiba Planet inclui anncios em revistas, spots em rdios e patrocnio de

    um festival de bandas. Qual foi o retorno? Num ano em que as vendas no mercado de som

    caram 4%, crescemos quase 15%, diz Lus Freitas, diretor de vendas da Semp Toshiba. So 2

    milhes de aparelhos que devem representar cerca de um tero do faturamento da empresa, acima

    de 1 bilho de reais. (Revista Exame 10/12/2003, p. 135)

    Questes

    a) Cite a mudana de estratgia que os profissionais de marketing fizeram para buscar

    clientes?

    b) Justifique o fato de que os pesquisadores vm, ultimamente, se preocupando muito mais

    com os jovens.

    c) Diferencie, de acordo com o texto, a atitude dos jovens e dos adultos em relao ao

    consumo.

    d) Explique por que a empresa Talent apostou na linguagem jovem e no nos atributos do

    equipamento para produzir uma campanha publicitria para a Semp Toshiba.

    e) Transcreva do texto um trecho em que fique comprovada a eficincia da mudana de

    atitude da Talent para anunciar um produto da Semp Toshiba.

    f) Critique a forte presena da publicidade de produtos e/ou servios no nosso meio

    8. PARAGRAFAO E ARTICULAO ENTRE OS PARGRAFOS DO TEXTO

    A ESTRUTURA DO PARGRAFO - PARGRAFO-PADRO

    O pargrafo uma unidade de composio do texto em que desenvolvida uma idia

    central a que se agregam outras secundrias, estabelecendo entre si sentido e lgica.

    Muito comum em textos dissertativos, o pargrafo-padro estrutura-se em tpico frasal,

    desenvolvimento e concluso.

    24

    Tpico frasal

  • Introduo, tambm conhecida denominada tpico frasal, formada de uma ou de duas frases curtas que expressam, de maneira sucinta, a ideia principal do pargrafo, definindo seu

    objetivo.

    Desenvolvimento: corresponde ampliao do tpico frasal, sua fundamentao ou que o esclarecem ( exemplos, detalhes, demonstrao e fatos, comparaes, referncias histricas

    ou cientficas).

    Concluso: nem sempre presente, especialmente em pargrafos mais simples e curtos, a concluso retoma a ideia central, levando em considerao os diversos aspectos selecionados

    no desenvolvimento.

    OBSERVAO: Cada um dos pargrafos do texto deve apresentar necessariamente um tpico frasal.

    Observe o pargrafo a seguir em que esto destacados cada um dos elementos que

    constituem o pargrafo.

    A comunicao por computador ameniza as distncias - fsicas ou de

    hierarquias. Um jornalista americano surpreendeu-se ao descobrir que o mais

    humilde empregado de Bill Gates, o mitolgico criador e presidente da Microsoft,

    empresa que domina o Mercado mundial de programas de computador, pode

    facilmente comunicar-se com ele apenas enviando uma mensagem para o

    endereo eletrnico. A tendncia cada vez mais empresas terem as prprias

    redes internas de comunicao eletrnica. Desse modo, pode-se prever que haver

    uma revoluo nos sistemas de administrao baseados em nveis hierrquicos.

    Vejamos no texto a seguir, extrado de VIANA, 1998 como os tpicos frasais podem ser

    identificados.

    25

    Tpico frasal

    Concluso

    Desenvolvimento

  • Trapalhadas do Fisco

    O contribuinte brasileiro precisa receber um melhor tratamento das autoridades fiscais.

    Ele vtima constante de um Leo sempre descontente de sua mordida. No h ano em que se

    sinta a salvo. sempre surpreendido por novas regras, novas alquotas, novos assaltos ao seu

    bolso.

    A Receita Federal precisa urgentemente estabelecer regras constantes que facilitem a vida

    do brasileiro. Essas regras no podem variar ao sabor da troca de ministros. Cada um que entra se

    acha no direito de alterar o que foi feito anteriormente.

    Agindo assim, a nica coisa que se faz de concreto perpetuar dois tipos de contribuintes.

    O que paga em dia seus tributos e o que sonega de tudo quanto forma. Enquanto este continua

    livre de qualquer punio, aquele vtima de impostos cada vez maiores. A impresso que se tem

    de que mais vale ser desonesto que honesto.

    Se o brasileiro empurrado para sonegao porque h razes muito fortes para isso.

    Ningum sabe para onde vai o dinheiro arrecadado. O que deveria ser aplicado na educao e

    sade some como por milagre e ningum sabe onde. H muitos anos que no se fazem

    investimentos em transportes. Grande parte da populao continua sofrendo por falta de moradia.

    Paga-se muito imposto em troca de nada.

    Vale a pena lembrar o ano de 1991 quando, alm das complicaes costumeiras, os

    contribuintes foram surpreendidos com a suspenso da entrega da declarao na data prevista.

    Um deputado entrou na Justia alegando inconstitucionalidade no fator multiplicador do imposto

    a pagar e a receber. Todos sentiram um alvio, mesmo que temporrio.

    O texto nos mostra como se pode desenvolver um tema de forma bem objetiva. Cada

    pargrafo foi escrito obedecendo a uma estrutura.

    Formas de desenvolvimento de pargrafos

    H vrias formas para desenvolver um pargrafo. No texto estudado, temos:

    Primeiro pargrafo (retomada da palavra-chave):

    a) O contribuinte brasileiro precisa receber um melhor tratamento das autoridades fiscais.

    b) Ele vtima constante de um Leo sempre descontente de sua mordida.

    26

  • c) No h ano em que se sinta a salvo.

    d) sempre surpreendido por novas regras, novas alquotas, novos assaltos ao seu bolso.

    A expresso-chave deste pargrafo contribuinte brasileiro (frase a). Ela retomada nas

    frases seguintes atravs dos mecanismos de coeso.

    Na frase b, contribuinte brasileiro substitudo pelo pronome ele. Nas frases c e d, aparece

    como sujeito oculto de se sinta e de sempre surpreendido.

    O termo contribuinte brasileiro est presente em todos os enunciados. Como podemos

    observar, basta retomar a expresso-chave a cada frase (de preferncia sem repeti-la),

    acrescentando sempre uma informao nova a seu respeito.

    Segundo pargrafo (por encadeamento):

    a) A Receita Federal precisa urgentemente estabelecer regras constantes que facilitem a vida do

    brasileiro.

    b) Essas regras no podem variar ao sabor da troca de ministros.

    c) Cada um que entra se acha no direito de alterar o que foi feito anteriormente.

    Aqui a estrutura j bem diferente da anterior. A frase b retoma a palavra regras da frase a, e

    a frase c retoma ministro (cada um) da frase b, num encadeamento de frase para frase.

    No primeiro exemplo, todo o pargrafo est amarrado a uma s palavra. Neste pargrafo,

    como se houvesse uma corrida de revezamento, em que o segundo enunciado leva adiante uma

    palavra do primeiro, o terceiro do segundo e assim sucessivamente. Por esse mtodo, o pargrafo

    pode prolongar-se at onde acharmos conveniente.

    Terceiro pargrafo (por diviso):

    a) Agindo assim, a nica coisa que se faz de concreto perpetuar dois tipos de contribuintes que

    bem conhecemos.

    b) O que paga em dia seus tributos e o que sonega a torto e a direito.

    c) Enquanto este continua livre de qualquer punio, aquele vtima de impostos cada vez

    maiores.

    d) A impresso que se tem de que mais vale ser desonesto que honesto.

    Temos agora um terceiro tipo de estrutura de pargrafo. A frase inicial delimita o nosso

    campo exploratrio do dividir os contribuintes em dois tipos. Quando isso acontece, o

    27

  • desenvolvimento do pargrafo restringe-se a explicar os componentes dessa diviso. A frase b

    esclarece quais so esses dois tipos de contribuintes. A frase c explica o que acontece com cada

    um deles. E a frase d conclui o assunto.

    Quarto pargrafo (por recorte):

    a) Se o brasileiro empurrado para a sonegao porque h razes muito fortes para isso.

    b) Ningum sabe para onde vai o dinheiro arrecadado.

    c) O que deveria ser aplicado na educao e na sade some como por milagre ningum sabe

    onde.

    d) H muitos anos que no se fazem investimentos em transportes.

    e) Grande parte da populao continua sofrendo por falta de moradia.

    f) Paga-se muito imposto em troca de nada.

    Ao contrrio da frase delimitadora do incio do terceiro pargrafo, aparece aqui uma de sentido

    muito amplo. A palavra razes leva-nos a pensar muita coisa de uma s vez. Quando isso

    acontece, devemos fazer um recorte nas ideias que ela suscita, escolher apenas um ngulo para

    ser explorado, fazendo uma enumerao dos exemplos mais pertinentes.

    Que razes seriam essas para o brasileiro driblar o fisco? Entre as muitas que existem,

    escolhemos a malversao do dinheiro arrecadado pelo governo (frase b). As frases c,d e e

    exemplificam as reas para as quais deveria convergir o imposto, se no fosse to mal aplicado.

    A frase f conclui, dizendo por que h tanta sonegao.

    Quinto pargrafo (por salto):

    a) Vale a pena lembrar o ano de 1991 quando, alm das complicaes costumeiras, os

    contribuintes foram surpreendidos com a suspenso da entrega da declarao na data prevista.

    b) Um deputado entrou na Justia alegando inconstitucionalidade no fator multiplicador do

    imposto a pagar e receber.

    c) Todos sentiram um alvio, mesmo que temporrio.

    Diferentemente do que aconteceu nos pargrafos anteriores, aqui no se retoma nenhum

    termo da frase de abertura. primeira vista, parece no haver um elo entre a primeira e a

    segunda frase, pois no existe um fator de coeso explicito inter-relacionando-as. O vnculo que

    existe mental, por isso precisamos reconstitu-lo com nosso raciocnio. Por que houve tal

    28

  • suspenso? Porque o fator multiplicador do imposto a pagar e a receber era inconstitucional, da o

    deputado ter entrado na justia.

    Exerccio

    1. Leia atentamente o texto abaixo, divida-o em pargrafos e, a seguir, responda ao que se pede:

    Viver em sociedade

    A sociedade humana um conjunto de pessoas ligadas pela necessidade de se ajudarem umas s

    outras, a fim de que possam garantir a continuidade da vida e satisfazer seus interesses e desejos.

    Sem vida em sociedade, as pessoas no conseguiriam sobreviver, pois o ser humano, durante

    muito tempo, necessita de outros para conseguir alimentao e abrigo. E no mundo moderno,

    com a grande maioria das pessoas morando na cidade, com hbitos que tornam necessrios

    muitos bens produzidos pela indstria, no h quem no necessite dos outros muitas vezes por

    dia. Mas as necessidades dos seres humanos no so apenas de ordem material, como os

    alimentos, a roupa, a moradia, os meios de transportes e os cuidados de sade. Elas so tambm

    de ordem espiritual e psicolgica. Toda pessoa humana necessita de afeto, precisa amar e

    sentir-se amada, quer sempre que algum lhe d ateno e que todos a respeitem. Alm disso,

    todo ser humano tem suas crenas, tem sua f em alguma coisa, que a base de suas esperanas.

    Os seres humanos no vivem juntos, no vivem em sociedade, apenas porque escolhem esse

    modo de vida; mas porque a vida em sociedade uma necessidade da natureza humana. Assim,

    por exemplo, se dependesse apenas da vontade, seria possvel uma pessoa muito rica isolar-se em

    algum lugar, onde tivesse armazenado grande quantidade de alimentos. Mas essa pessoa estaria,

    em pouco tempo, sentindo falta de companhia, sofrendo a tristeza da solido, precisando de

    algum com quem falar e trocar idias, necessitada de dar e receber afeto. E muito provavelmente

    ficaria louca se continuasse sozinha por muito tempo. Mas, justamente porque vivendo em

    sociedade que a pessoa humana pode satisfazer suas necessidades, preciso que a sociedade

    seja organizada de tal modo que sirva, realmente, para esse fim. E no basta que a vida social

    permita apenas a satisfao de algumas necessidades da pessoa humana ou de todas as

    necessidades de apenas algumas pessoas. A sociedade organizada com justia aquela em que se

    29

  • procura fazer com que todas as pessoas possam satisfazer todas as suas necessidades, aquela em

    que todos, desde o momento em que nascem, tm as mesmas oportunidades, aquela em que os

    benefcios e encargos so repartidos igualmente entre todos. Para que essa repartio se faa com

    justia, preciso que todos procurem conhecer seus direitos e exijam que eles sejam respeitados,

    como tambm devem conhecer e cumprir seus deveres e suas responsabilidades sociais. (DALLARI, Dalmo de D Viver em sociedade. So Paulo: Moderna, 1985. p. 5-6)

    a) Que ideia Dalmo de Abreu Dallari defende em seu texto?

    b) No texto, o autor nos apresenta uma srie de argumentos, ordenados logicamente, a fim de

    convencer o leitor. Quais so esses argumentos e como eles nos so apresentados?

    c) Qual a funo do ltimo pargrafo? Que ideias so agora apresentadas?

    9. O PARGRAFO CHAVE

    O primeiro pargrafo do texto deve ser criativo, deve atrair a ateno do leitor. Assim

    preciso evitar expresses desgastadas como: nos dias de hoje, hoje em dia, atualmente, a cada

    dia que passa, desde os primrdios, desde pocas remotas, no mundo de hoje, na atualidade, o

    mundo em que vivemos.

    Para auxiliar seu trabalho, observe abaixo dezoito formas de comear um texto,

    sugeridas pelo professor Antnio Carlos Viana.

    Algumas formas para voc comear um texto

    1. Uma declarao

    (tema: liberao da maconha)

    um grave erro a liberao da maconha. Provocar de imediato violenta elevao do consumo.

    O Estado perder o precrio controle que ainda exerce sobre as drogas psicotrpicas e nossas

    instituies de recuperao de viciados no tero estrutura suficiente para atender demanda.

    Alberto Corazza, Isto, 20 dez. 1995.

    30

  • A declarao a forma mais comum de comear um texto. Procure fazer uma declarao forte, capaz de surpreender o leitor.

    2. Definio

    (tema: o mito)

    O mito, entre os primitivos, uma forma de se situar no mundo, isto , de encontrar o seu lugar

    entre os demais seres da natureza. um modo ingnuo, fantasioso, anterior a toda reflexo e

    no-crtico de estabelecer algumas verdades que no s explicam parte dos fenmenos

    naturais ou mesmo a construo cultural, mas que do tambm, as formas da ao humana.

    ARANHA, Maria Lcia de Arruda & MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. So

    Paulo, Moderna, 1992. p. 62.

    A definio uma forma simples e muito usada em pargrafos-chave, sobretudo em texto dissertativos. Pode ocupar s a primeira frase ou todo o primeiro pargrafo.

    3. Diviso

    (tema: excluso social)

    Predominam ainda no Brasil duas convices errneas sobre o problema da excluso social: a

    de que ela deve ser enfrentada apenas pelo poder pblico e a de que sua superao envolve

    muitos recursos e esforos extraordinrios. Experincias relatadas nesta Folha mostram que o

    combate marginalidade social em Nova York vem contando com intensivos esforos do poder

    pblico e ampla participao da iniciativa privada.

    Folha de S. Paulo, 17 dez. 1996.

    31

  • Ao dizer que h duas convices errneas, fica logo clara a direo que o pargrafo vai tomar. O autor ter de explicit-las na frase seguinte.

    4. Oposio

    (tema: a educao no Brasil)

    De um lado, professores mal pagos, desestimulados, esquecidos pelo governo. De outro,

    gastos excessivos com computadores, antenas parablicas, aparelhos de videocassete. este

    o paradoxo que vive hoje a educao no Brasil.

    As duas primeiras frases criam uma oposio (de um lado / de outro) que estabelecer o rumo da argumentao.

    Tambm se pode criar uma oposio dentro da frase, como neste exemplo:

    Vrios motivos me levaram a este livro. Dois se destacam pelo grau de envolvimento:

    raiva e esperana. Explico-me: raiva por ver o quanto a cultura ainda vista como algo

    suprfluo em nossa terra; esperana por observar quantos movimentos culturais tm

    acontecido em nossa histria, e quase sempre como forma de resistncia e/ou transformao.

    (...)

    FEIJ, Martin Csar. O que poltica cultural. So Paulo, Brasiliense, 1985. p. 7.

    O autor estabelece a oposio e logo depois explica os termos que a compem.

    5. Aluso histrica

    (tema: globalizao)

    Aps a queda do Muro de Berlim, acabaram-se os antagonismos leste-oeste e o mundo parece

    ter aberto de vez as portas para a globalizao. As fronteiras foram derrubadas e a economia

    entrou em rota acelerada de competio.

    32

  • O conhecimento dos principais fatos histricos ajuda a iniciar um texto. O leitor situado no tempo e pode ter uma melhor dimenso do problema.

    6. Citao

    (tema: poltica demogrfica)

    As pessoas chegam ao ponto de uma criana morrer e os pais no chorarem mais, trazerem a

    criana, jogarem num bolo de mortos, virarem as costas e irem embora. O comentrio, do

    fotgrafo Sebastio Salgado, falando sobre o que viu em Ruanda, um acicate no estado de

    letargia tica que domina algumas naes do Primeiro Mundo.

    DI FRANCO, Carlos Alberto. Jornalismo, tica e qualidade. Rio de Janeiro, Vozes, 1995. p. 73.

    A criao inicial facilita a continuidade do texto, pois ela retomada pela palavra comentrio da segunda frase.

    7. Citao de forma indireta

    (tema: consumismo)

    Para Marx a religio o pio do povo. Raymond Aron deu o troco: marxismo o pio dos

    intelectuais. Mas nos Estudos Unidos o pio do povo mesmo ir s compras. Como as modas

    americanas so contagiosas, bom ver de que se trata.

    Cludio de Moura e Castro, Veja, 13 nov. 1996.

    33

  • Esse recurso deve ser usado quando no sabemos textualmente a citao. melhor citar de forma indireta que de forma errada.

    PRODUO DE PARGRAFOS

    2. Desenvolva os seguintes tpicos frasais.

    a) Dois so os principais motivos que contribuem para o empobrecimento acelerado da

    sociedade...

    b) Nos ltimos dez anos, a internet tornou-se necessria a todas as pessoas que desejam

    ser bem sucedidas ...

    3. Elabore, para a concluso apresentada a seguir, o tpico frasal e o desenvolvimento do

    perodo.

    a) ... por isso que a sociedade se encontra nessas condies.

    10. TEXTO VERBAL E NO-VERBAL

    A capacidade humana ligada ao pensamento que se manifesta por meio de palavras

    (verbum, em latim) de uma determinada lngua caracteriza o texto ou linguagem verbal.

    Existem, porm, outras formas de linguagem de que o homem lana mo para

    representar o mundo, expressar-se, comunicar-se: os gestos, a msica, a pintura, a mmica, as

    cores. Trata-se da linguagem ou do texto no-verbal.

    possvel apontar semelhanas e diferenas entre os dois tipos de textos. A anlise

    criteriosa (leitura) dos signos utilizados nos textos no-verbais permite que o sentido seja

    apreendido e que se estabelea comunicao, mesmo que a correspondncia no seja

    absoluta e um mesmo tipo de mecanismo assuma contornos especficos em cada tipo de

    linguagem.

    A utilizao de recursos no-verbais na comunicao freqente e exige que o leitor

    esteja atento a essas formas de interao que, muitas vezes tomam o lugar dos textos verbais

    34

  • -ou a eles se associam -com o objetivo de produzir sentido de maneira mais rpida e eficiente

    o caso das tabelas, dos grficos, dos sinais de trnsito, charges.

    Observe a mensagem transmitida com a charge abaixo:

    (http://www.patodelaranja.com/colunistas/clauro/cla_070205.php)

    Exerccio:

    As capas da revista Veja, apresentadas abaixo, associam a linguagem verbal e a linguagem

    no-verbal. Analise-as e, a seguir, indique e comente a mensagem transmitida.

    22/06/2005

    35

  • (http://veja.abril.com.br/busca/resultadoCapas)

    36

  • http://veja.abril.com.br/161209/sumario.shtml

    37

  • 11. GRAMTICA DE USO

    DIFICULDADES COM A LINGUAGEM ESCRITA

    EMIGRANTE O que sai de um pas

    IMIGRANTE O que entra em um pas

    EMINNCIA Figura ilustre

    IMINNCIA Proximidade

    APRESSAR Acelerar

    APREAR Perguntar ao ajustar o preo de

    INFLIGIR Aplicar pena

    INFRINGIR Transgredir, violar

    INTERCESSO Ato de interceder, interveno

    INTERSEO Ato de cortar

    MANDADO Ordem escrita que emana de autoridade judicial

    MANDATO Delegao, procurao

    EMPOSSAR Tomar posse

    EMPOAR Formar poa

    SOAR Produzir som

    SUAR Transpirar

    38

  • TAXA Imposto

    TACHA Prego

    TRFEGO Relativo a trnsito

    TRFICO Negcios fraudulentos

    EXPECTADOR Aquele que tem expectativa

    ESPECTADOR Aquele que v um espetculo

    SEO Diviso, repartio

    SESSO Tempo de uma reunio ou espetculo

    CESSO Ato de ceder

    CELA Pequeno quarto

    SELA Arreio

    SELA Verbo selar

    COMPRIMENTO Extenso

    CUMPRIMENTO Saudao

    EMINENTE Alto, elevado

    IMINENTE Prestes a ocorrer

    ASSESSRIO Relativo a assessor

    39

  • ACESSRIO Suprfluo

    CASSAR Tirar os direitos de algum

    CAAR Perseguir a caa

    DEFERIR Conceder, concordar

    DIFERIR Discordar, ser diferente

    DESCRIO Ato de descrever

    DISCRIO Qualidade de quem discreto

    DESTRATAR Insultar

    DISTRATAR Desfazer contrato

    RATIFICAR Confirmar, corroborar

    RETIFICAR Corrigir

    POR QUE, POR QU, PORQUE OU PORQU?

    POR QUE Utilizado no incio de frases interrogativas. Com sentido de razo / motivo pelo(a) qual.

    Por que voc no foi festa?

    Gostaria de saber por que voc no foi festa.

    40

  • POR QU Utilizado no final de frases interrogativas ou quando estiver isolado.

    Voc no foi festa, por qu?

    PORQUE Utilizado em respostas, na introduo de causa ou explicao.

    No fui festa porque estava doente.

    PORQU Com valor substantivo, precedido de determinante. Pode ser substitudo por motivo.

    Quero saber o porqu de tanta gritaria.

    A FIM DE ou AFIM?

    A FIM DE Com intuito

    Ns procuramos a fim de estabelecermos relaes comerciais.

    AFIM Com afinidade

    So pessoas afins.

    ONDE ou AONDE?

    ONDE Usado quando o verbo indica permanncia (em que lugar).

    Onde est o meu carro?

    41

  • AONDE Usado quando o verbo indica movimento (a que lugar).

    Aonde voc vai agora?

    H CERCA DE, ACERCA DE ou CERCA DE?

    H CERCA DE Indica tempo decorrido.

    A pea teatral est sendo apresentada h cerca de dois anos.

    ACERCA DE a respeito de.

    Falvamos acerca de sua demisso.

    CERCA DE Indica arredondamento (perto de, coisa de, por volta de, em torno de, aproximadamente)

    Cerca de 10 mil pessoas compareceram manifestao.

    Obs: No usar para nmeros exatos. Ex.: Cerca de 543 pessoas...

    HAJA VISTO ou HAJA VISTA?

    A expresso correta HAJA VISTA, mesmo antes de palavras masculinas.

    Vamos repetir a demonstrao. Haja vista o interesse dos participantes.

    42

  • TAMPOUCO ou TO POUCO?

    TAMPOUCO Tambm no.

    No compareci a festa tampouco ao almoo.

    TO POUCO Muito pouco.

    Tenho to pouco tempo disponvel para essa tarefa.

    A ou H?

    A Preposio, indica tempo futuro, idia de distncia e na expresso a tempo.

    Ele chegar daqui a duas semanas.

    A cidade fica a 20 km daqui.

    No chegaremos a tempo de ver o espetculo.

    H Indica tempo decorrido, passado.

    H tempo que no trabalho tanto quanto agora.

    Saiu h pouco do Rio de Janeiro.

    A PAR ou AO PAR?

    A PAR Estar ciente de, sabedor.

    43

  • Estou a par do ocorrido.

    AO PAR Termo usado em Operadores de Mercado Financeiro (indica paridade ou igualdade).

    O lanamento de aes foi feito ao par (com base no valor nominal).

    MENOS ou MENAS?

    Forma correta : H menos pessoas aqui do que l.

    No esquea que NO existe a forma MENAS.

    MS, MAS ou MAIS?

    MS Ruins.

    Essas pessoas so muito ms.

    MAS Conjuno coordenativa adversativa: entretanto, porm.

    A virtude comunicvel. Mas o vcio contagioso.

    MAIS Antnimo de menos.

    O jornal de hoje publicou mais fotos da vencedora do festival.

    MAL ou MAU?

    MAL Antnimo de bem.

    44

  • A criana estava passando mal desde ontem.

    MAU Antnimo de bom.

    Houve mau uso dos equipamentos eletrnicos.

    AO INVS DE ou EM VEZ DE?

    AO INVS DE Significa ao contrrio de.

    Maura, ao invs de Alice, resolveu se dedicar msica.

    EM VEZ DE o mesmo que em lugar de.

    Em vez de Jos, Carlos esteve presente.

    A NVEL DE ou EM NVEL DE?

    A forma A NVEL DE dita com tanta propriedade no existe, portanto deve ser eliminada ou substituda por EM RELAO A, NO QUE DIZ RESPEITO A.

    A nvel de presidente, eu acredito que...(INCORRETO)

    No que diz respeito ao presidente, eu acredito que...(CORRETO)

    A expresso EM NVEL DE pode ser usada quando for possvel estabelecer nveis /patamares em relao ao que se fala.

    45

  • As decises tomadas em nvel federal (estadual, municipal) podero ser definitivas.

    Obs: Em relao ao mar, aceita-se ao nvel do mar ou no nvel do mar.

    A PRINCPIO ou EM PRINCPIO?

    A PRINCPIO Significa inicialmente, no comeo, num primeiro momento.

    A princpio havia um homem e uma mulher.

    EM PRINCPIO Quer dizer em tese, por princpios, teoricamente.

    Em princpio, sou contra a pena de morte.

    Ou use simplesmente:

    Em tese, sou contra a pena de morte.

    EM CORES

    O pronunciamento do presidente foi filmado em cores ontem.

    Conserta-se TV em cores.

    NA RUA

    46

  • Todos moramos em algum lugar e no a algum lugar.

    Roberto residia na rua Augusta.

    EM DOMICLIO ou A DOMICLIO?

    O correto entregas em domiclio. o mesmo que fazer entregas em casa, no escritrio.

    Fazemos entregas em domiclio.

    Obs.: S usamos a domiclio com verbos de movimento.

    Conduziram o doente a domiclio (melhor: ...ao seu domiclio).

    SITO A ou SITO EM?

    Nosso escritrio situa-se na Avenida Brasil.

    DIA-A-DIA ou DIA A DIA?

    DIA-A-DIA Cotidiano.

    Isso freqente no nosso dia-a-dia.

    DIA A DIA Diariamente.

    47

  • Suas chances de vitria aumentam dia a dia.

    SE NO ou SENO?

    SE NO Pode ser substitudo por caso no.

    Devolva o relatrio se no estiver de acordo.

    SENO Pode ser substitudo por somente, apenas.

    No vejo outra alternativa seno concordar.

    SENO Substantivo, significando contratempo.

    O show no teve nenhum seno.

    PORISSO ou POR ISSO?

    NO existe a forma PORISSO.

    A forma correta POR ISSO.

    por isso que voc no vai mais errar.

    AO ENCONTRO DE ou DE ENCONTRO A?

    48

  • AO ENCONTRO DE Designa uma situao favorvel.

    Nossas propostas vo ao encontro das atuais tendncias do mercado.

    DE ENCONTRO A D a idia de oposio, contrariedade, choque.

    Temos pontos de vista diferentes: minhas idias vo de encontro s suas.

    COM CERTEZA OU CONCERTEZA?

    Com certeza, com certeza, separado!

    CONTUDO OU COM TUDO?

    COM TUDO Faz referncia a algo mencionado anteriormente, invariavelmente acompanhado do pronome ISSO.

    Com tudo isso possvel perceber que estudar essencial!

    CONTUDO Introduz uma idia oposta ao que foi mencionado anteriormente, pode ser substitudo por entretanto, porm, todavia, mas.

    Contudo no possvel afirmar que todas as pessoas so felizes.

    DERREPENTE OU DE REPENTE?

    S existe a forma DE REPENTE.

    49

  • INFELIZMENTE OU INFELISMENTE?

    Grafa-se infeliz com Z, portanto o advrbio INFELIZMENTE, derivado de infeliz, deve tambm ser grafado com Z.

    OQUE OU O QUE?

    Trata-se de uma expresso formada por duas palavras, portanto O QUE.

    A falta de desenvolvimento sustentvel O QUE acarreta tantos problemas ao meio ambiente.

    QUIZ OU QUIS?

    O verbo querer deve ser grafado com S, assim:

    Eu no QUIS incomodar voc. Ele tambm no QUIS. Talvez os outros QUISESSEM...

    AGENTE OU A GENTE?

    AGENTE substantivo.

    Este o AGENTE 007.

    Ele um AGENTE da Polcia Federal.

    A GENTE forma oral que na linguagem coloquial substitui o pronome NS.

    50

  • - Vocs preferem ir ao cinema ou ao teatro?

    - claro que A GENTE preferi ir ao cinema.

    OPNIO OU OPINIO? / OPITAR OU OPTAR? CORRUPTO OU CORRUPITO?

    As formas corretas so OPTAR, OPINIO E CORRUPTO.

    ERRO NA ACENTUAO DE ALGUMAS PALAVRAS

    Em algumas situaes, a acentuao altera no s a classe gramatical, mas tambm o

    sentido da palavra.

    influncia Influencia

    Pronncia Pronuncia

    Tecnolgico Tecnologia

    Maquinaria maquinria no existe

    Ms Meses

    Vocs Voces, vocis, vos no existem

    Secretria Secretaria

    ERRO NA PRONNCIA DE ALGUMAS PALAVRAS

    PRONNCIA CORRETA PRONNCIA ERRADA

    Aeronutica Areonutica

    Bandeja Bandeija

    Emagrecer Esmagrecer

    Progresso Pogresso

    51

  • Coincidncia Conhicidncia

    Advogado Adevogado

    Mortadela Mortandela

    Bicarbonato Bicarbornato

    Problema Poblema, probrema, ploblema

    Salsicha Shalchicha

    Prprio Pprio

    Sobrancelha Sombrancelha

    Perturbar Pertubar

    Frustrado Frustado

    Cabeleireiro Cabelereiro, cabeleileiro

    Entretela Entertela

    Engajamento Enganjamento

    Mendigo Mendingo

    Meteorologia Metereologia

    Ignorante Inguinorante

    Reivindicao Reinvidicao

    Privilgio Previlgio

    Superstio Supertio

    Lagartixa Largatixa

    Receoso Receioso

    Digladiar Degladiar

    Subsdio Subzidio

    Rubrica Rubrica

    Disenteria Desinteria

    52

  • Empecilho Impecilho

    Estupro Estrupo

    Beneficente Beneficiente

    Irrequieto Irriquieto

    Prazerosamente Prazeirosamente

    Misto Mixto

    Caderneta Cardeneta

    Xifpagos Xipfagos

    Dignitrio Dignatrio

    Cinqenta Cincoenta

    Asterisco Asterstico

    5.1. Gramtica de uso TESTE I

    1. Meus avs saram do Japo e vieram para o Brasil em 1933. Portanto, aqui no Brasil, eles

    podem ser considerados ____________.

    a) emigrantes b) imigrantes

    2. Na __________ de erupo do vulco Etna, os habitantes da Siclia foram retirados de suas

    casas pelo governo italiano.

    a) eminncia b) iminncia

    3. Com o ajuste no preo da gasolina marcado para a prxima semana, muitos consumidores

    _____________-se em encher o tanque dos seus automveis.

    a) apressaram b) aprearam

    53

  • 4. Por (I) o limite de velocidade, os guardas rodovirios (II) advertncias e multas aos

    motoristas mais descuidados.

    (I) a) infligirem b) infringirem

    (II) a) infligem b) infringem

    5. A __________ de Hugo Chvez foi decisiva na libertao dos seqestrados pelas FARC.

    a) intercesso b) interseo

    6. Vinte e quatro horas aps terem prestado depoimentos, o casal recebeu ____________ de

    priso preventiva.

    a) mandado b) mandato

    7. O novo ministro, ao (I) no Palcio do Planalto, jurou comprometimento e transparncia at o

    fim de seu (II).

    (I) a) empossar b) empoar

    (II) a) mandado b) mandato

    8. Correndo sem parar debaixo desse sol, as crianas __________ muito e se desidratam.

    a) soam b) suam

    9. O IGPM e o INPC, assim como outras tantas _________, foram anunciados com moderados

    aumentos.

    a) taxas b) tachas

    10. Com o (I) de drogas descendo os morros e invadindo a cidade, o (II) nas principais avenidas

    tem se intensificado devido s constantes blitze policiais.

    (I) a) trfego b) trfico

    (II) a) trfego b) trfico

    54

  • 11. Espera-se que os _____________ mantenham a paz no estdio no clssico de domingo.

    a) expectadores b) espectadores

    12. Com a (I) de um novo prdio, todas as audincias acontecero somente na (II) de

    Audincias e podero ser realizadas em mais de uma (III).

    (I) a) seo b) sesso c) cesso

    (II) a) Seo b) Sesso c) Cesso

    (III) a) seo b) sesso c) cesso

    13. Cumprindo (I) preventivo, a suspeita do crime foi colocada em (II) individual para no sofrer

    agresses de outras presas.

    (I) a) mandado b) mandato

    (II) a) sela b) cela

    14. Os organizadores das Olimpadas em Pequim j encerraram as medies dos (I) de todas

    as pistas de atletismo. Esto todas de acordo com o (II) dos regulamentos.

    (I) a) comprimentos b) cumprimentos

    (II) a) comprimento b) cumprimento

    15. Comprar um carro zero com seus ________ pode ficar at R$ 6.000,00 mais caro.

    a) assessrios b) acessrios

    16. Apesar de ter passado por um impeachment e seus direitos polticos terem sido

    __________, o ex-presidente elegeu-se senador na ltima eleio.

    a) cassados b) caados

    55

  • 17. Embora o pedido tenha sido (I) pelo reitor, os alunos (II) em suas opinies quanto (III) de

    almoo gratuito para estudantes de baixa renda.

    (I) a) deferido b) diferido

    (II) a) deferem b) diferem

    (III) a) seo b) sesso c) cesso

    18. Gostaria de saber _________ libertaram os suspeitos do crime.

    a) por que b) por qu c) porque d) porqu

    19. (I) libertaram os suspeitos do crime? Todos questionam o (II) dessa ao.

    (I) a) por que b) por qu c) porque d) porqu

    (II)a) por que b) por qu c) porque d) porqu

    20. Libertaram os principais suspeitos do crime. _________ ?!

    a) por que b) por qu c) porque d) porqu

    21. Libertaram os principais suspeitos do crime _________ a justia alega que eles no

    interferem nas investigaes.

    a) por que b) por qu c) porque d) porqu

    5.2. GRAMTICA DE USO TESTE II

    1. Os alunos fizeram uma pesquisa prvia sobre o assunto _______ de escreverem seus

    artigos.

    a) a fim b) afim

    2. (I) voc foi? Eu o procurei ali por (II) voc costuma estar, mas no o encontrei.

    56

  • a) Onde b) Aonde c) a e b so possveisa) onde b) aonde c) a e b so possveis

    3. (I) dez anos, no se falava (II) celulares, DVDs, i-pods e MP 3. No entanto, (III) 70% de

    crianas da classe mdia possuem um ou mais desses eletrnicos em casa.

    (I) a) H cerca de b) Acerca de c) Cerca de

    (II) a) h cerca de b) acerca de c) cerca de

    (III) a) h cerca de b) acerca de c) cerca de

    4. O prefeito j pensa em instituir um outro tipo de rodzio de veculos, (I) o intenso (II) na capital

    nos ltimos meses.

    (I) a) haja visto b) haja vista

    (II) a) trfego b) trfico

    5. Tenho (I) tempo disponvel durante a semana que no consigo estudar (II) ler o livro

    recomendado pela professora.

    (I) a) tampouco b) to pouco

    (II) a) tampouco b) to pouco

    6. (I) muitos anos, o homem sonhou em pisar na lua. Hoje (II) aqueles que j podem fazer suas

    reservas para uma (III) espacial.

    (I) a) A b) H

    (II) a) a b) h c) ho

    (III) a) viagem b) viajem

    7. J (I) anos que trabalho nesta empresa. (II), vim substituir um funcionrio afastado, (III)

    acabei sendo efetivado.

    (I) a) faz b) fazem

    57

  • (II) a) Em princpio b) A princpio

    (III) a) mais b) ms c) mas

    8. Quando ficou (I) das causas da doena, o governador verificou tambm que, cada vez mais,

    (II) pessoas seguem as medidas de preveno.

    (I) a) ao par b) a par

    (II) a) menas b) menos

    9. Os alunos que foram (I) na prova disseram que seu (II) desempenho deveu-se ao fato de

    terem perdido muitas aulas.

    (I) a) mal b) mau

    (II) a) mal b) mau

    10. O tcnico preferiu realizar uma (I) de condicionamento fsico (II) treino com bola.

    (I) a) seo b) sesso

    (II) a) ao invs de b) em vez de

    11. As medidas preventivas institudas ___________ estadual podem ajudar no combate

    dengue.

    a) a nvel b) em nvel

    12. Muitas pizzarias devem corrigir suas placas para: Fazemos entregas ______________.

    a) em domiclio b) a domiclio

    13. Nosso escritrio situa-se (I) Avenida Naes Unidas, mas residimos (II) Avenida

    Higienpolis.

    (I) a) na b)

    (II) a) na b)

    58

  • 14. O (I) do paulistano fica cada vez mais curto com o tempo gasto no seu deslocamento pela

    cidade. (II), este tempo tende a aumentar (III).

    (I) a) dia a dia b) dia-a-dia

    (II) a) infelizmente b) infelismente

    (III) a) dia a dia b) dia-a-dia

    15. _________ estiver de acordo com as exigncias do cliente, a encomenda poder ser

    devolvida e reposta por outro produto.

    a) Seno b) Se no

    16. O professor contraiu uma virose e est de cama. _____________ a aula de hoje foi

    cancelada.

    a) Porisso b) Por isso

    17. No adianta voc querer ir _________________ novos projetos do diretor. Ele j decidiu

    coloc-los em prtica.

    a) ao encontro dos b) de encontro aos

    18. _____________ o diretor no vai mudar de idia. Sabemos o quanto ele irredutvel.

    a) Com certeza b) Concerteza

    19. Hoje em dia, o jovem tem acesso a muita informao devido aos sites de pesquisa na

    internet, os canais por assinatura e aos aparelhos eletrnicos de alta tecnologia. (I) isso, o

    jovem atual pode crescer melhor preparado para a vida e para o mercado de trabalho. (II),

    alguns jovens ainda se negam a estudar.

    (I) a) Contudo b) Com tudo

    (II) a) Contudo b) Com tudo

    59

  • 20. A noite caa normalmente. Os postes se (I), os maridos voltavam s casas e as portas e

    portes eram (II) at que, (III), ouviu-se um grito ecoando pela vizinhana.

    (I) a) acendiam b) ascendiam

    (II) a) serrados b) cerrados

    (II) a) derrepente b) de repente

    21. Desculpe, no (I) incomodar voc, mas talvez as crianas (II) sair um pouco para

    passear.

    (I) a) quis b) quiz

    (II) a) quisessem b) quizessem

    22. O (I) da Polcia Federal perguntou se (II) viajava a negcios ou como turistas.

    (I) a) a gente b) agente

    (II) a) a gente b) agente

    23. O (I) tinha a inteno de investigar a (II) da sociedade brasileira (III) da legalizao do porte

    de armas por qualquer indivduo.

    (I) a) plebicito b) plebiscito

    (II) a) opnio b) opinio

    (III) a) h cerca b) acerca

    24. Os eleitores (I) pelo poltico (II) e se deixaram levar pela sua boa imagem.

    (I) a) optaram b) opitaram

    (II) a) corrupto b) corrupito

    12. REGNCIA VERBAL

    60

  • Regncia verbal a relao de dependncia que se estabelece entre o verbo e seu

    complemento.

    Dependendo da regncia, os verbos podem ter o seu sentido modificado. Veja:

    Ele aspira o perfume das flores.

    Ele aspira ao cargo de diretor.

    REGNCIA DE ALGUNS VERBOS

    ASSISTIR.

    Exige a preposio a quando significa ver, presenciar.

    Assistimos a um belo espetculo.

    Assistiu ao filme.

    Assistimos novela.

    Usa-se sem preposio quando significa socorrer, prestar ajuda.

    O mdico assistiu o ferido.

    Assistiu o doente com carinho.

    A enfermeira assistiu a criana.

    Exige a preposio em quando significa morar, residir.

    O presidente assiste em Braslia.

    Assisto em Joo Pessoa.

    ASPIRAR

    usado sem preposio quando significa sorver, cheirar, inalar

    Aspirou o perfume da rosa.

    Aspiro o ar da manh.

    O doente aspirou o lcool e comeou a melhorar.

    Exige a preposio a quando significa desejar, almejar, pretender.

    Ele aspirava ao cargo poltico.

    61

  • Aspirei ao cargo de chefe da seo.

    Os trabalhadores aspiravam a maior segurana no trabalho.

    AGRADECER.

    usado com a preposio a quando significa demonstrar gratido por algum.

    Agradeo ao amigo.

    Agradeci professora.

    usado sem preposio quando se refere a coisas.

    Agradeo o presente que me deram.

    Agradeci o presente.

    CHEGAR .

    usado com a preposio a quando indica direo, alcanar.

    Cheguei atrasado ao colgio.

    Chegamos faculdade muito cedo.

    usado com a preposio em quando se refere a tempo.

    A ambulncia chegou em meia hora.

    ESQUECER / LEMBRAR

    So usados sem preposio quando no esto acompanhados de pronomes.

    Esqueci o livro de Histria.

    Ele esqueceu o dinheiro.

    Lembrei o nome do artista.

    No esquea os amigos.

    Exigem a preposio de quando esto acompanhados de pronomes.

    Esqueci-me de seu endereo.

    Mrio esqueceu-se do dinheiro.

    Lembrei-me do nome do artista.

    No se esquea dos amigos.

    62

  • OBEDECER / DESOBEDECER

    Exigem a preposio a

    Obedecia aos seus instintos.

    Obedea sua me.

    Paulo obedece ao regulamento.

    No desobedea s leis do trnsito.

    O motorista desobedece ao sinal.

    Poucos desobedeciam faixa de pedestre.

    PRECISAR

    empregado sem preposio quando indica preciso, certeza.

    O legista precisou a hora do acidente.

    Ele precisou o lugar do encontro.

    Exige a preposio de quando indica ter necessidade.

    Os presos precisam de melhores condies de tratamento.

    O homem do campo precisa de terra para trabalhar.

    PREFERIR

    Sem preposio, (ter preferncia, sem sugerir a escolha).

    O menino prefere chocolate.

    Ele prefere cinema.

    Com preposio, (ter preferncia, sugerindo a escolha).

    O menino prefere chocolate a doce de leite.

    Ele prefere jogar futebol a jogar tnis.

    Preferia a dura verdade do filho doce mentira do marido.

    VISAR

    usado com a preposio a quando significa ter em vista, desejar

    63

  • Ele visava ao cargo de gerente da firma.

    Eles visam ao lucro..

    Ns visvamos a um pouco de sol e aos dias calmos da praia.

    suado sem preposio quando significa apontar, mirar assinar,

    rubricar.

    O caador visou o animal.

    O homem visou o alvo e disparou o tiro.

    Elas visaram o passaporte.

    Para nossa segurana, visamos o cheque antes de viajar.

    EXERCCIOS

    I - Complete as frases com a preposio exigida pelos verbos em destaque.

    1) Aqui est a ferramenta _______ que preciso.

    2) Esse o documento _____ que necessito.

    3) Essa a pessoa ______ quem devemos entregar a encomenda.

    4) Essa a comida _____ que mais gosto.

    5) O prmio ______ que aspiramos valioso.

    6) A piada ____ que ele lembrou muita engraada. de

    7) A causa _____ que lutamos justa.

    8) Esse o homem _____ quem a justia perdoou.

    9) Esse o regulamento _____ que todos devem obedecer.

    10) Ele preferia multiplicar os seus ganhos ____ dividir com os empregados os seus lucros.

    11) Os condminos no obedeciam _____ regulamento do prdio.

    12) No me refiro _____ voc e sim ____ seu irmo.

    13) Fomos ____ cinema mais prximo.

    14) Os espectadores assistiam ____ pea de teatro muito emocionados.

    II D o significado dos verbos em destaque.

    1)Algumas rdios assistem os doentes com programaes assistencialistas.

    64

  • 2) Os turistas assistiram a apresentaes folclricas na Bahia.

    3) O jogador visou as traves e chutou a bola certeira.

    4) Tudo que fazia era visando tranqilidade dos pais.

    5) O gerente do banco visou o cheque.

    6) Na primavera, aspiramos o perfume das flores.

    7) H homens que aspiram ao poder pela fora.

    8) O helicptero precisou o local onde o avio havia cado.

    13. CRASEA