12.- annex 7 - ghg inventory manual

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inventario de gases estufa

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  • Delivering sustainable solutions in a more competitive world

    Manual de Clculo para o Inventrio de Emisses Atmosfricas de Gases de Efeito Estufa (GEE)

    Odebrecht

    Referncia: 0121278

    www.erm.com

  • RELATRIO PRELIMINAR

    Odebrecht

    Manual do Inventrio de Emisses Atmosfricas de Gases de Efeito Estufa (GEE)

    Dezembro, 2010

    Referncia: 0100797

    Verificado por: Flavia de Azevedo Soares

    Cargo: Gerente Tcnico

    Assinatura: __________________________________

    Aprovado por: Flavia de Azevedo Soares

    Cargo: Diretor Tcnico

    Assinatura: __________________________________

    Autorizado por: Braulio Pikman

    Cargo: Scio Responsvel pelo Projeto

    Assinatura: __________________________________

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010

    SUMRIO

    1 OBJETIVO 6

    2 GASES DE EFEITO ESTUFA 6

    3 METODOLOGIA DE CLCULO 7

    4 FONTES DE EMISSO 9

    4.1 FONTES DE COMBUSTO ESTACIONRIAS 9 4.2 FONTES DE COMBUSTO MVEIS (INCLUI TRANSPORTE DE

    MATRIAS- PRIMAS E RESDUOS) 14 4.3 SISTEMA DE REFRIGERAO 18 4.4 USO DE EXPLOSIVOS 19 4.5 DISPOSIO DE RESDUO 20 4.6 TRATAMENTO DE EFLUENTES 29 4.7 USO DE CO2 , ACETILENO E ELETRODO EM SOLDAGEM 35 4.8 DESMATAMENTO 39 4.9 REFLORESTAMENTO 41 4.10 COMPRA DE ENERGIA ELTRICA 43 4.11 VIAGENS EM AERONAVES 45 4.12 PRODUO DE CIMENTO 48 4.13 PRODUO DE AO 50

    ANEXO 1 PROTOCOLOS DE CLCULOS ANEXO 2 DIRETRIZES PARA O CONTROLE DE QUALIDADE DO INVENTRIO ANEXO 3 REFERECIA A EQUAES E EQUAES UTILIZADAS ANEXO 4 DOCUMENTOS DE REFERNCIA

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010

    LISTA DE ABREVIATURAS

    AEAC lcool Etlico Anidro Combustvel.

    AEHC lcool Etlico Hidratado Combustvel.

    ANFO Ammonium Nitrate Fuel Oil.

    AP-42 Compilation of Pollutant Emission Factors EPA.

    BEN Balano Energtico Nacional.

    CaCO3 Carbonato de clcio.

    CaO xido de clcio.

    CH4 Metano.

    CO2 Dixido de Carbono.

    CO2e* Dixido de Carbono Equivalente. A unidade universal de medio para indicar o potencial de aquecimento global (PAG) para cada um dos gases de estufa, expressas em termos do PAG de unidade de dixido de carbono. usado para avaliar nova libertao (ou evitando a libertao) de gases de estufa diferentes de base comum.

    COD Carbono Orgnico Degradvel.

    Combustvel renovvel Derivado de processos naturais que so constantemente regenerados, ou seja, aqueles obtidos de fontes naturais capazes de se regenerar, portanto virtualmente inesgotveis, ao contrrio dos combustveis no-renovveis. Exemplo de combustveis renovveis: etanol, biodiesel, biomassa, etc.

    Combustvel no renovvel Derivado de processos naturais que no so constantemente regenerados. Exemplo: gasolina, diesel, gs liquefeito de petrleo, querosene de aviao, etc.

    DBO5,20 Demanda Bioqumica de Oxignio (ensaio de 5 dias a 20C). A DBO5,20 de uma gua a quantidade de oxignio necessria para oxidar a matria orgnica por decomposio microbiana aerbia para uma forma inorgnica estvel.

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010

    DQO Demanda Qumica de Oxignio. a quantidade de oxignio necessria para oxidao da matria orgnica atravs de um agente qumico.

    Desnitrificao Processo anaerbio (sem oxignio) que envolve a converso biolgica de nitrato em gs de nitrognio (N2).

    EPA Environmental Protection Agency (Agncia de Proteo Ambiental Norte-Americana).

    Fator de emisso* Fator que permite que as emisses de GEE sejam estimadas a partir de uma unidade de dados de atividade disponvel (ex. toneladas e combustvel consumido, toneladas de produto produzido).

    Fonte de GEE* Qualquer unidade ou processo que liberta GEE para a atmosfera.

    GEE* Gs de Efeito Estufa regulados pelo Protocolo de Quioto: dixido de carbono (CO2), metano (CH4), xido nitroso (N2O), hidrofluocarbonetos (HCFs), perfluorcarbonetos (PFCs), e hexafluoreto de Enxofre (SF6).

    GHG Greenhouse Gas (Gs de Efeito Estufa).

    GHG Protocol GHG Protocol Corporate Accounting and Reporting Standard. Guia que estabelece diretrizes para contabilizao e report das emisses de GEE de uma organizao.

    GRI Global Reporting Initiative. O GRI um uma organizao pioneira no desenvolvimento de modelo mundialmente difundido de relatrio de Sustentabilidade.

    PAG Potencial de Aquecimento Global - Um fator que descreve o impacto do foramento radiativo (grau de dano atmosfera) de uma unidade de determinado GEE relativo a uma unidade de CO2.

    HFC Hidrofluorcarboneto. Fluido refrigerante do tipo hidrofluorcarbono, regulado pelo Protocolo de Quioto.

    Inventrio* Lista quantificada das emisses e fontes de GEE da CNO.

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010

    IPCC* Intergovernmental Panel on Climate Change - Painel Intergovernamental sobre Mudana do Clima. O papel do IPCC avaliar a informao cientfica, tcnica e scio-econmica relevante s alteraes climticas induzidas pelo homem.

    IQD Indicador de Qualidade de Dados:

    M Mensurado: valor obtido por medio;

    C Calculado: valor derivado de clculos;

    E Estimado: valor obtido atravs do julgamento tcnico de um profissional da organizao.

    MCT Ministrio da Cincia e Tecnologia.

    Mudanas Climticas* Informao tcnica e scio-econmica relevante para a compreenso do risco de mudanas de clima induzidas pelo homem.

    N2O xido Nitroso.

    Nitrificao Processo aerbio (com oxignio) de converso de nitrognio amoniacal em nitrato (NO3-).

    Organismo metanognico Organismos que, atravs do metabolismo anaerbio, utilizam o elemento qumico hidrognio como co-fator de reaes que transformam o gs carbnico (CO2) em metano (CH4).

    PCI Poder Calorfico Inferior.

    PFC Fluido do tipo perfluorcarbono, regulado pelo Protocolo de Quioto.

    Protocolo de Quioto* Protocolo Conveno-Quadro das Naes Unidas sobre Mudanas do Clima (sigla em ingls: UNFCCC). Requerer que os pases listados no Anexo B (naes desenvolvidas) cumpram metas de reduo de emisses de GEE relativamente aos seus nveis de emisses de 1990 durante o perodo de 2008-2012.

    Qualidade do inventrio* Medida em que um inventrio fornece um relato fiel, verdadeiro e justo das emisses de GEE de uma organizao.

    SF6 Hexafluoreto de enxofre.

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010

    UNFCCC United Nation Framework Convention on Climate Change (Conveno-Quadro das Naes Unidas sobre Mudanas do Clima). Assinado em 1992 na Cpula da Terra no Rio de Janeiro, um marco sobre tratados das Conferncias sobre Alteraes Climticas que abordam um quadro de referncia para esforos internacionais para mitigar alteraes climticas.

    Verificao* Avaliao independente da confiabilidade (considerando a completude e exatido) de um inventrio de GEE.

    WBCSD World Business Council for Sustainable Development.

    WRI World Resources Institute.

    * Conforme glossrio da traduo portuguesa do GHG Protocol (www.ghgprotocolbrasil.com.br)

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 6

    1 OBJETIVO

    Este Manual tem como objetivo definir a metodologia de clculo estabelecida para a elaborao do inventrio de Gases de Efeito Estufa, a serem utilizados nas Unidades e escritrios da Construtora Norberto Odebrecht (CNO).

    2 GASES DE EFEITO ESTUFA

    Os Gases de Efeito Estufa GEE (ou Greenhouse Gases GHG), estabelecidos pela regulamentao da UNFCCC (United Nation Framework Convention on Climate Change) atravs do Protocolo de Quioto (assinado em Quioto/Japo em 11 de dezembro de 1997), includos neste manual so considerados significativos para a tipologia de atividades conduzidas pela CNO. Entre estes:

    CO2 Dixido de Carbono gerado na queima de combustveis fsseis (carvo, petrleo e derivados), florestas e pastagens; no consumo de CO2, acetileno e eletrodo em processo de soldagem; na degradao/queima de resduo orgnico; na compra de energia eltrica; na produo de cimento e ao; no uso de explosivos; no tratamento de efluentes; no desmatamento e no reflorestamento;

    CH4 O Metano um gs que se forma como subproduto da queima de combustveis fsseis e tambm como produto da decomposio de matria orgnica e fermentao entrica; no uso de explosivos; na degradao/queima de resduo orgnico; na produo de cimento e ao e no tratamento de efluentes;

    N2O O xido Nitroso gerado na queima de combustveis; na degradao/queima de resduo orgnico; na produo de cimento e ao e no tratamento de efluentes;

    HFCs Hidrofluorcarbonos: gases substituintes aos CFCs utilizados como fluidos refrigerantes. As principais fontes de emisso deste gs na CNO so as fugitivas das linhas de fluidos refrigerantes.

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 7

    3 METODOLOGIA DE CLCULO

    Para a elaborao dos protocolos de clculo foram adotados principalmente os mtodos descritos no IPCC 2006 Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories (GNGGI).

    As abordagens de clculo de emisses de gases de efeito estufa podem ser realizadas por:

    Mensurao direta: monitoramento da concentrao de GHG e da taxa de fluxo, assim como com filtro em um tubo de escape. Ex: Sistema de monitoramento de emisses contnuas (CEMS)

    Clculo estequiomtrico: mensurao com elementos que entram e saem do sistema. Ex: abordagem de balano de massa

    Estimativa de emisses: dados de emisso (ex: registro de uso de combustvel) multiplicado por um fator de emisso propriado

    As abordagens descritas neste manual seguem basicamente clculo estequiomtrico e estimativas de emisso utilizando fatores de emisso apropriado.

    As emisses de gases de Efeito estufa so expressas em CO2 equivalente (CO2e), isto , considera o potencial de aquecimento global - PAG de cada um dos gases emitidos inerentes s atividades da CNO.

    O Potencial de Aquecimento Global ou GWP (Global Warming Potential) uma medida de como uma determinada quantidade de gs de efeito estufa (GEE) contribui para o aquecimento global. uma medida relativa que compara o gs em questo com a mesma quantidade de dixido de carbono (cujo potencial definido arbitrariamente como sendo 1). O potencial de aquecimento global calculado sobre um intervalo de tempo especfico e este valor deve ser declarado para a comparao. Este clculo baseado em uma srie de fatores, incluindo a eficincia radiativa (habilidade de absorver o calor) de cada gs relativo ao CO2, assim, como a taxa de degradao de cada gs (quantidade removida da atmosfera em um determinado perodo).

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 8

    Tabela 1 Potencial de Aquecimento Global de alguns gases de efeito estufa (PAG)

    Gs de Efeito Estufa GEE

    Frmula Qumica Potencial de Aquecimento Global (em 100 anos)

    Dixido de Carbono CO2 1 Gs Metano CH4 21 xido nitroso N2O 310 HFC-32 CH2F2 650 HFC-125 C2HF5 2800 HFC-134 CH2FCF3 1000 HFC-134a CH2FCF3 1300 HFC-152a CH3CHF2 140 Fonte: Climate Change 1995, The Science of Climate Change: Summary for Policymakers and Technical Summary of the Working

    Group I Report, pg. 22.

    Para saber se o fluido refrigerante do tipo HFC, consultar o MSDS (Material Safe Data Sheet) do produto ou a especificao tcnica junto ao fabricante.

    Para uma fonte emissora de CO2, CH4, N2O e HFCs, a quantidade de CO2e, em toneladas mtricas (t), expressa da seguinte forma:

    ( )=

    +++=n

    iiiONCHCOeCO HFCPAGEEEE

    12422

    31021

    (Equao 1.0)

    Na qual:

    =eCOE 2 Emisso total em dixido de carbono equivalente (t);

    =2CO

    E Emisso total de dixido de carbono (t);

    21 = Potencial de Aquecimento Global do metano em 100 anos;

    =4CH

    E Emisso total de metano (t);

    310 = Potencial de Aquecimento Global do xido nitroso em 100 anos.

    =ONE 2 Emisso total de xido nitroso (t);

    iPAG = Potencial de Aquecimento Global do fluido refrigerante HFC do tipo i

    HFC = Emisso Total de Fluido refrigerante HFC do tipo i

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 9

    4 FONTES DE EMISSO DE GASES DE EFEITO ESTUFA

    As fontes de emisso de gases de efeito estufa encontradas nas operaes da CNO so basicamente:

    Fontes de combusto estacionrias

    Geradores de energia

    Motores estacionrios

    Fontes de Combusto mveis

    Caminhes

    Veculos Leves

    Sistema de Refrigerao

    Uso de Explosivo

    Disposio de Resduos

    Tratamento de Efluente

    Uso de CO2, Acetileno e Eletrodo em soldagem

    Desmatamento

    Reflorestamento

    Viagens em Aeronaves

    Produo de cimento e Produo de ao

    Consumo de Energia Eltrica

    4.1 FONTES DE COMBUSTO ESTACIONRIAS

    Este protocolo (Anexo 1) calcula as emisses de GEE provenientes das fontes fixas de emisso inventariadas. A reao de combusto gera alm da energia necessria para a operao, os gases de combusto: CO2, CH4 e N2O. A quantidade gerada desses GEE na reao de combusto depende das

  • PRELIMINAR

    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 10

    condies de operao da reao (tais como presso e temperatura), do tipo e da quantidade do combustvel fornecido1.

    Como dados de entrada para a fonte emissora, o protocolo utiliza basicamente:

    Descrio da fonte emissora: identificao do equipamento e descrio do equipamento;

    Potncia do motor: maior ou menor que 447,4 kW ou 600 HP ou 608,46 CV;

    Tipo de combustvel consumido;

    Consumo de combustvel pelo equipamento (em litros);

    Respectivo IQD;

    Informaes adicionais so obtidas em bancos de dados, por clculo ou transformaes de unidades, como por exemplo:

    Densidade do combustvel (kg/m);

    Poder Calorfico Inferior do combustvel PCI (TJ/m3);

    Consumo de combustvel pelo equipamento (em m);

    Energia total (TJ);

    Teor de carbono do combustvel por energia (tC/TJ);

    Fator de oxidao (%);

    Fator de emisso para CH4 (kg/TJ);

    Fator de emisso para N2O (kg/TJ).

    As emisses em CO2e so calculadas segundo a equao 2.0:

    ONCHCOeCO EEEE 2422 31021 ++= (Equao 2.0) Na qual:

    =eCOE 2 Emisso total em dixido de carbono equivalente (t);

    1 Por definio, todos os dados levantados e clculos efetuados no protocolo foram obtidos nas condies

    normais de operao, ou seja, 20C e 1atm de presso.

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 11

    21 = Potencial de Aquecimento Global do metano em 100 anos;

    =4CH

    E Emisso total de metano (t);

    310 = Potencial de Aquecimento Global do xido nitroso em 100 anos;

    =ONE 2 Emisso total de xido nitroso (t).

    Emisso de CO2

    O protocolo calcula as emisses de CO2 no-renovvel e renovvel por balano de massa de carbono aplicado ao consumo de combustvel, na fonte estacionria, sendo:

    1244

    2= lcombustvelcombustvelcombustvelcombustveCO FOFcPCICE

    (Equao 3.0)

    Na qual:

    =2CO

    E Emisso total de dixido de carbono (t);

    =lcombustveC Consumo de combustvel (m3);

    =lcombustvePCI Poder calorfico inferior do combustvel (TJ/m3);

    =lcombustveFc Teor de carbono do combustvel por energia (tC/TJ);

    =lcombustveFO Fator de oxidao de carbono para dixido de carbono (%);

    44 = Massa molecular do dixido de carbono (kg/kmol);

    12 = Massa atmica do carbono (kg/kmol).

    Os valores padro utilizados para o PCI dos combustveis so os referenciados no BEN 2010, Tabela VIII.9 (Densidades e Poderes Calorficos Inferiores 2009), com exceo do biodiesel, em que utiliza-se o PCI apresentado no documento Biodiesel Handling and Use Guidelines, US Department of Energy, 2004.

    Os valores padro para os teor de carbono do combustvel (Fc) dos combustveis so os referenciados pelo IPCC 2006, Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 2, Chapter 1 Table 1.3 - Default Values of Carbon Content.

  • PRELIMINAR

    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 12

    A tabela 2 apresenta os valores padro para o PCI e o Fc, conforme o tipo combustveis.

    Tabela 2 Valores Padro Densidade, Poder Calorfico Inferior e Fator de Emisso de Carbono

    Dado Combustvel Densidade

    (kg/m3) PCI (TJ/m3) Fc (tC/TJ)

    leo diesel 840 3,552E-02 20,20 Biodiesel 880 3,297E-02 19,30 Gasolina 740 3,220E-02 18,90 Gas Liquefeito do Petrleo GLP 550 2,556E-02 17,20 Madeira (lenha comercial) 390 5,061E-03 30,50

    Fontes: Balano Energtico Nacional (BEN) 2010, Tabela VIII.9 Densidades e Poderes Calorficos -2009; Biodiesel - Handling and Use Guidelines, US Department of Energy, 2004 ; IPCC 2006: Volume 2, Chapter 1 Table 1.3 - Default Values of Carbon Content.

    O valor padro utilizado para o fator de oxidao de carbono em dixido de carbono de 100%, considerando que todo o carbono existente no combustvel oxidado a dixido de carbono.

    As emisses provenientes da queima de combustveis de fontes renovveis, tais como biodiesel, lcool e madeira, so reportadas separadamente, sendo que se deve considerar:

    Adio de 5% de biodiesel no diesel nacional comercializado, segundo a Resoluo da ANP 07 de 20.03.2008 e a Lei 11097 de 13.01.2005);

    lcool adicionado gasolina tipo A para formulao da gasolina tipo (lcool Etlico Anidro Combustvel - AEAC) - adio de 25% de etanol na gasolina nacional segundo a Resoluo CIMA 37 de 27.06.07 e Resoluo ANP N 36, de 6.12.2005 - Especificaes do AEAC e do AEHC;

    Emisso de CH4

    ( )310

    4

    4

    CHlcombustvelcombustveCH

    FPCICE

    = (Equao 4.0)

    Na qual:

    =4CH

    E Emisso total de metano (t);

    =lcombustveC Consumo de combustvel (m3);

    =lcombustvePCI Poder Calorfico Inferior do combustvel (TJ/ m3);

    =4CH

    F Fator de emisso de metano para o combustvel (kg/TJ).

  • PRELIMINAR

    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 13

    =310 Converso de unidades (de kg para t; 1t=103kg)

    Emisso de N2O

    ( )310

    2

    2

    ONlcombustvelcombustveON

    FPCICE

    = (Equao 5.0)

    Na qual:

    =ONE 2 Emisso total de xido nitroso (t);

    =lcombustveC Consumo de combustvel (m3);

    =lcombustvePCI Poder Calorfico Inferior do combustvel (TJ/ m3);

    =ONF 2 Fator de emisso de xido nitroso para o combustvel (kg/TJ).

    =310 Converso de unidades (de kg para t; 1t=103kg)

    Os clculos das emisses de CH4 e N2O so realizados por fatores de emisso referenciados pelo documento da API: Compendium of Greenhouse Emissions Methodologies for the Oil and Gas Industry, 2004 - Tabela 4-5 e Tabela C-1, respectivamente. Esses fatores so apresentados na tabela 3.

    Tabela 3 Fatores utilizados para a estimativa das emisses de CH4 e N2O em motores.

    Fator de emisso Combustvel Potncia do motor (HP) CH4 (kg/TJ) N2O (kg/TJ) > 600 3,49 2,09 leo diesel < 600 15,51 10,43 > 600 3,49 2,09 Biodiesel < 600 15,51 10,43

    Gasolina - 3,00 0,60 Fontes: Compendium of Greenhouse Gases Tabela C-1 (para N2O) e Tabela 4-5 (para CH4).

    Tabela 4 Fatores utilizados para a estimativa das emisses de CH4 e N2O em fornos.

    Fator de emisso Combustvel CH4 (kg/TJ) N2O (kg/TJ)

    GLP 1 0,1 Madeira 30 4,0

    Fonte: IPCC 2006 Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 2: Energy - Chapter 2: Stationary combustion - Table 2.3: "Default emission factors for stationary combustion in Manufactoring industries and construction".

  • PRELIMINAR

    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 14

    4.2 FONTES DE COMBUSTO MVEIS (INCLUI TRANSPORTE DE MATRIAS- PRIMAS E RESDUOS)

    Este protocolo calcula as emisses provenientes das fontes de combusto mveis inventariadas. A reao de combusto gera os gases de combusto CO2, CH4 e N2O. A quantidade gerada desses GEE na reao de combusto depende das condies de operao da reao (tais como presso e temperatura), do tipo e da quantidade do combustvel fornecido2.

    Como dados de entrada para a fonte emissora, os protocolos utilizam:

    Descrio da fonte emissora: identificao do veculo e descrio do veculo;

    Tipo de veculo: se off-road (fora de estrada) ou road (de estrada);

    Tipo de combustvel consumido;

    Consumo de combustvel (em litros). O consumo de combustvel pode ser estimado pelas horas trabalhadas e rendimento (litro/hora) ou quilmetros rodados e rendimento (litro/km)

    Respectivo IQD;

    Informaes adicionais so obtidas em bancos de dados, por clculo ou transformaes de unidades, como por exemplo:

    Densidade do combustvel (kg/m);

    Consumo de combustvel pelo veculo (em m);

    Poder Calorfico Inferior do combustvel PCI (TJ/m3);

    Energia total (TJ) calculado atravs do consumo de combustvel x PCI;

    Teor de carbono do combustvel por energia (tC/TJ);

    Fator de oxidao (%);

    Fator de emisso para CH4 (kg/TJ);

    Fator de emisso para N2O (kg/TJ).

    Quando no informado, o rendimento de referncia adotado para o consumo de leo diesel foi de 0,336 litro/km, fonte: US-EPA 2001 Guide, Table 4 Default

    2 Por definio, todos os dados levantados e clculos efetuados foram obtidos nas condies normais de operao, ou seja,

    20C e 1atm de presso.

  • PRELIMINAR

    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 15

    Fuel Economy factors for different types of mobile sources and activity data (GHG Protocol - Mobile Guide. 03/21/05) vl.3.

    Os Protocolos calculam as emisses em CO2e, segundo a equao 2.0:

    ONCHCOeCO EEEE 2422 31021 ++= (Equao 2.0) Na qual:

    =eCOE 2 Emisso total em dixido de carbono equivalente (t);

    =2CO

    E Emisso total de dixido de carbono no renovvel(t);

    21 = Potencial de Aquecimento Global do metano em 100 anos;

    =4CH

    E Emisso total de metano (t);

    310 = Potencial de Aquecimento Global do xido nitroso em 100 anos.

    =ONE 2 Emisso total de xido nitroso (t);

    Emisso de CO2

    O protocolo calcula as emisses de CO2 no-renovvel e renovvel por balano de massa de carbono aplicado ao consumo de combustvel na fonte mvel, sendo:

    1244

    2= lcombustvelcombustvelcombustvelcombustveCO FOFcPCICE

    (Equao 3.0)

    Na qual:

    =2COE Emisso total de dixido de carbono (t);

    =lcombustveC Consumo de combustvel (m3);

    =lcombustvePCI Poder calorfico inferior do combustvel (TJ/m3);

    =lcombustveFc Teor de carbono do combustvel por energia (tC/TJ);

    =lcombustveFO Fator de oxidao de carbono para dixido de carbono (%);

    44 = Massa molecular do dixido de carbono (kg/kmol);

  • PRELIMINAR

    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 16

    12 = Massa atmica do carbono (kg/kmol).

    Os valores padro utilizados para o PCI dos combustveis so os referenciados no BEN 2010, Tabela VIII. 9 (Densidades e Poderes Calorficos Inferiores 2009), com exceo do biodiesel, onde utiliza-se o PCI apresentado no documento Biodiesel Handling and Use Guidelines, US Department of Energy, 2004

    Os valores padro para o teor de carbono do combustvel (Fc) dos combustveis so os referenciados pelo IPCC 2006, Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories Volume 2, Chapter 1 Table 1.3 - Default Values of Carbon Content.

    Os fatores de emisso de carbono para os equipamentos "road" e "off-road" so iguais.

    A tabela 5 apresenta os valores padro para o PCI e o Fc, conforme os combustveis.

    Tabela 5 Valores padro Densidade, Poder Calorfico Inferior (PCI) e Fator de Emisso de Carbono (Fc).

    Dado Combustvel Densidade

    (kg/m3) PCI (TJ/m3) Fc (tC/TJ)

    leo diesel 840 3,552E-02 20,20 Biodiesel 880 3,297E-02 19,30 Gasolina Automotiva tipo A 740 3,220E-02 18,90 Etanol / lcool etlico hidratado combustvel 791 2,230E-02 18,44 Gas Liquefeito do Petrleo GLP 550 2,556E-02 17,20

    Fontes: Balano Energtico Nacional (BEN) 2010, Tabela VIII.9 (Densidades e Poderes Calorficos Inferiores 2009); Biodiesel - Handling and Use Guidelines, US Department of Energy, 2004; lcool - calculado pela ERM considerando 52% de carbono; IPCC 2006: Volume 2, Chapter 1 Table 1.3 - Default Values of Carbon Content.

    O valor padro utilizado para o fator de oxidao de carbono em dixido de carbono de 100%, considerando que todo o carbono existente no combustvel oxidado a dixido de carbono.

    As emisses provenientes da queima de combustveis de fontes renovveis, tais como biodiesel e lcool, so reportadas separadamente, sendo:

    Adio de 5% de biodiesel no diesel nacional comercializado, segundo a Resoluo da ANP 07 de 20.03.2008 e a Lei 11097 de 13.01.2005);

    Adio de 25% de lcool Etlico Anidro Combustvel - AEAC gasolina tipo A, segundo a Resoluo CIMA 37 de 27.06.2007 e a Resoluo ANP N 36, de 6.12.2005 - Especificaes do AEAC e do AEHC; e

    Composio do lcool Etlico Hidratado Combustvel - AEHC utilizado como combustvel direto, com adio de corantes: 95,1% etanol; 3% hidrocarboneto (adotado como gasolina); 1,9% corante (este ltimo no

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 17

    contabilizado como emisso CO2) segundo a Resoluo ANP N 36, de 6.12.2005 - Especificaes do AEAC e do AEHC.

    Emisso de CH4

    ( )310

    4

    4

    CHlcombustvelcombustveCH

    FPCICE

    = (Equao 4.0)

    Na qual:

    =4CH

    E Emisso total de metano (t);

    =lcombustveC Consumo de combustvel (m3);

    =lcombustvePCI Poder Calorfico Inferior do combustvel (TJ/ m3);

    =4CH

    F Fator de emisso de metano para o combustvel (kg/TJ);

    =310 Converso de unidades (de kg para t; 1t=103kg).

    Emisso de N2O

    ( )310

    2

    2

    ONlcombustvelcombustveON

    FPCICE

    = (Equao 5.0)

    Na qual:

    =ONE 2 Emisso total de xido nitroso (t);

    =lcombustveC Consumo de combustvel (m3);

    =lcombustvePCI Poder Calorfico Inferior do combustvel (TJ/ m3);

    =ONF 2 Fator de emisso de xido nitroso para o combustvel (kg/TJ);

    =310 converso de unidades (de kg para t; 1t=103kg).

    Os clculos das emisses de CH4 e N2O so realizados por fatores de emisso referenciados pelo IPCC 2006: Guidelines for National Greenhouse Gas InventoriesChapter 3: Mobile sources - Table 3.2.2 (Default Emission Factors for Road Transport N2O and CH4 Default Emission Factors); Table 3.3.1 (Default Emission Factors for off-Road mobile sources and machinery)., segundo apresentado na tabela 6.

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 18

    Tabela 6 Fatores utilizados para a estimativa das emisses de CH4 e N2O em veculos e equipamentos pesados.

    Fator de emisso (Road)

    Fator de emisso (off-Road) Combustvel

    CH4 (kg/TJ) N2O (kg/TJ) CH4 (kg/TJ) N2O (kg/TJ) leo Diesel 3,9 3,9 4,15 28,6 Biodiesel 3,9 3,9 4,15 28,6 Gasolina Automotiva 25,0 8,0 50,0 2,0 Etanol 18,0 * 18,0 *

    Fontes: IPCC 2006: Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories Volume 2, Chapter 3: Mobile sources - Table 3.2.2 (Default Emission Factors for Road Transport N2O and CH4 Default Emission Factors); Table 3.3.1 (Default Emission Factors for off-Road mobile sources and machinery). Considerado o mesmo fator de emisso do diesel para o biodiesel e o mesmo fator de emisso do etanol de off-road para road.. * informao no disponvel

    4.3 SISTEMA DE REFRIGERAO

    As emisses fugitivas, nas linhas dos fluidos refrigerantes hidrofluorcarbonos - HFCs so calculadas com base nas reposies (ou perdas) destes fluidos no ano, descontando as quantidades recuperadas, aplicando esses valores diretamente aos PAGs dos referidos fluidos refrigerantes.

    Como dados de entrada para a fonte emissora, o protocolo utiliza:

    Tipo de fluido refrigerante (nome comercial);

    Total reposto (kg);

    Respectivo IQD;

    Respectivo PAG.

    Os PAGs adotados para os clculos das emisses esto apresentados na Tabela 1. - Potencial de Aquecimento Global de alguns gases de efeito estufa (PAG)

    A frmula para clculo das emisses de CO2e descrita na equao 6.0:

    = 3102

    fluidoFluidoeCO

    PPAGE (Equao 6.0)

    Na qual:

    =eCOE 2 Emisso total de dixido de carbono equivalente (t);

    =FluidoPAG Potencial de Aquecimento Global do fluido refrigerante em 100 anos;

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 19

    =FluidoP Total de perda ou reposio do fluido refrigerante no ano (kg);

    =310 Converso de unidades (de kg para t; 1t=103kg).

    4.4 USO DE EXPLOSIVOS

    Este protocolo engloba a emisso de GEE resultante de atividades que utilizam explosivos para escavao de reas da obra. A maioria das exploses empregada em dois, trs e quatro passos, sendo as emisses das exploses de ignio desprezadas pela falta de medio e por elevadas incertezas. As emisses computadas referem-se carga principal de explosivos.

    Atualmente, no h um sistema universal de classificao. Para a determinao das emisses a partir das exploses, utiliza-se uma classificao baseada na composio qumica dos explosivos.

    O principal explosivo empregado no Brasil o ANFO. um explosivo constitudo pela mistura de hidrocarbonetos lquidos (leo diesel ou querosene) com nitrato de amnio.

    As emisses de CO2 computadas referem-se carga principal de explosivos. O fator de emisso definido em funo da composio do explosivo principal.

    Como dados de entrada para a fonte emissora, o protocolo utiliza:

    Tipo de explosivo (nome comercial);

    Quantidade consumida;

    Unidade (kg ou t);

    Respectivo IQD;

    Fator de emisso de CO2 (t CO2 / t explosivo).

    O protocolo calcula as emisses em CO2e, seguindo a equao:

    22 COeCOEE =

    Na qual:

    =eCOE 2 Emisso total em dixido de carbono equivalente (t);

    =2CO

    E Emisso total de dixido de carbono no-renovvel (t);

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 20

    O protocolo calcula as emisses de CO2 segundo a equao 7.0:

    ( )=

    =n

    iiiCO EFQE

    1expexp2 (Equao 7.0)

    Na qual:

    =2COE Emisso total de dixido de carbono (t);

    iQexp = Quantidade de explosivo utilizado (t);

    iEFexp = Fator de emisso do explosivo i (tCO2/t de explosivo).

    A tabela 7 apresenta o fator de emisso fornecido pelo governo australiano3.

    Tabela 7 Fator de emisso para o explosivo ANFO

    Tipo de explosivo Fator de emisso (tCO2/t de explosivo)1

    ANFO 0,17 1 Fonte: National Greenhouse Accounts (NGA) Factors - Updating and replacing the AGO Factors and Methods Workbook - January, 2008 - Australian Government, Department of Climate Change

    4.5 DISPOSIO DE RESDUO

    Aterro

    Durante a reao de decomposio da matria orgnica em um aterro, h emisso do gs metano (CH4) para a atmosfera. Essa emisso varia de acordo com as caractersticas do aterro e as condies meteorolgicas locais. Como premissas, o Protocolo calcula as emisses diretas (aterros prprios) e indiretas (aterros terceirizados) de GEE provenientes da disposio dos resduos orgnicos em aterros sanitrios, controlados e com sistema de manejo anaerbico.

    Como dados de entrada o protocolo utiliza-se:

    Classe do resduo;

    Descrio do resduo;

    Nome do aterro;

    Total do resduo disposto em aterro;

    3 Melhor referncia disponvel

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 21

    Unidade (kg ou tonelada);

    Respectivo IQD;

    Caracterizao do resduo: incluindo a frao de resduo sanitrio (%), a frao de resduo de restaurante (%), a frao de resduo inerte (%); frao de resduo de madeira (%), frao de poda (%);

    Frao de carbono orgnico degradvel no papel (kg C / kg papel);

    Frao de carbono orgnico degradvel no alimento (kg C / kg alimento);

    Frao de carbono orgnico degradvel no material inerte (kg C / kg material inerte);

    Frao de carbono orgnico degradvel na madeira (kg C / kg madeira);

    Frao do carbono orgnico degradvel que decomposto no aterro;

    Fator de correo de CH4;

    Frao de CH4 em volume gerado no gs de aterro.

    As emisses em CO2e so calculadas conforme o potencial de aquecimento global do gs metano conforme a equao 8.0:

    4221 CHeCO EE = (Equao 8.0)

    Na qual:

    =eCOE 2 Emisso total em dixido de carbono equivalente (t);

    21 = Potencial de Aquecimento Global do metano em 100 anos;

    =4CH

    E Emisso total de metano (t);

    Emisso de CH4

    O protocolo calcula as emisses de CH4 por balano de massa aplicado carga orgnica degradvel disposta em aterro sanitrio, segundo o protocolo IPCC 2006 - Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories Volume 5, Chapter 3: Solid Waste Disposal. As equaes 9 e 10 apresentam o clculo dessas emisses:

    )1()1216( 44 OXCHFFCMCODfCODQE recuperadoTotalCH =

    (Equao 9.0)

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 22

    podapodamadeiramadeiraInerteinerteentoAentoaSanitriosanitrioTotal CODCODCODCODCODCOD ++++= %%%%% limlim (Equao 10.0)

    Nas quais:

    4CHE = Emisso de CH4 (t);

    Q = Total de resduo destinado em aterro sanitrio (t);

    TotalCOD = Frao de carbono orgnico degradvel total (kg C/kg resduo);

    CODf = Frao de carbono orgnico degradvel que decomposto em aterro (kg C/kg resduo);

    FCM = Fator de correo de metano (adimensional);

    F = Frao de metano em volume gerado no gs de aterro (%);

    OX = Fator de oxidao (adimensional);

    recuperadoCH 4 = metano coletado e queimado no aterro;

    16 = Massa molecular do metano (kg/kmol);

    12 = Massa atmica do carbono (kg/kmol);

    Sanitrio% = Frao de resduo sanitrio (adimensional);

    SanitrioCOD = Frao de carbono orgnico degradvel no papel (kg C/kg resduo);

    entoa lim% = Frao de resduo de restaurante (adimensional);

    entoaCODlim = Frao de carbono orgnico degradvel no alimento (kg C/kg resduo);

    inerte% = Frao de resduo de material inerte (adimensional);

    inerteCOD = Frao de carbono orgnico degradvel no material inerte (kg C/kg resduo);

    madeira% = Frao de resduo de madeira (adimensional);

    madeiraCOD = Frao de carbono orgnico degradvel na madeira (kg C/kg resduo);

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 23

    poda% = Frao de resduo de poda de rvore (adimensional);

    podaCOD = Frao de carbono orgnico degradvel na poda de rvore (kg C/kg

    resduo).

    A tabela 8 apresenta os dados necessrios para o clculo de CH4 em aterros sanitrios.

    Tabela 8 - Parmetro para o Clculo de CH4 em Aterros Sanitrios.

    Parmetro Descrio Unidade Padro (base mida)

    COD papel (1) Frao de carbono orgnico degradvel no papel Kg C/kg papel 40%

    COD alimento (1) Frao de carbono orgnico degradvel no alimento Kg C/kg alimento 15%

    COD inerte (1) Frao de carbono orgnico degradvel no material inerte Kg C/kg inerte 0%

    COD madeira (1) Frao de carbono orgnico degradvel na madeira kg C/ kg madeira 43%

    COD poda (1) Frao de carbono orgnico degradvel em podas e resduos de jardim

    kg C/ kg poda 20%

    CODf (2) Frao de carbono orgnico degradvel que decomposto no aterro

    kg C/kg resduo 50%

    FCM (3) Fator de correo de metano adimensional 1,00

    F (4) Frao de metano gerado no gs de aterro % 50%

    OX (5) Fator de oxidao adimensional 0,1 Fontes: 1 IPCC 2006 - Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 5: Waste, Chapter 2: Waste Generation, Composition and Management Data - Table 2.4 - Default dry matter content, DOC content, total carbon content and fossil carbon fraction of different MSW components. 2 Valor padro para aterros sanitrios com sistema de manejo anaerbico. IPCC 2006 - Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 5: Waste, Chapter 3: Solid Waste Disposal, seo 3.2.3.. 3 Considerando a disposio do resduo em aterros sanitrios controlados e com sistema de manejo anaerbico. IPCC 2006 - Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 5: Waste, Chapter 3: Solid Waste Disposal - Table 3.1 (SWDS Classification and Methane Corrections Factors - MCF). 4 Valor padro, considerando que o resduo disposto no contm, em sua composio, quantidade substancial de leo ou gordura. IPCC 2006 - Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 5: Waste, Chapter 3: Solid Waste Disposal, seo 3.2.3.. 5 Valor padro, considerando que o aterro coberto com solo. IPCC 2006 - Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 5: Waste, Chapter 3: Solid Waste Disposal, Table 3.2 Oxidation factor (OX) for SWDS.

    Tratamento Biolgico

    Os sistemas de tratamento de resduo biolgico emitem CO2, em sua maioria do tipo biognico, ou seja, onde a degradao de material orgnico ocorre por ao de microorganismos vivos. As emisses de CO2 biognicas, assim como as provenientes de biomassa, so reportadas separadamente no inventrio de GEE corporativo, no sendo includo em nenhum dos escopos 1, 2 ou 3.

    Como dados de entrada o protocolo utiliza:

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 24

    Classe do resduo;

    Descrio do resduo;

    Tipo de tratamento;

    Local de disposio;

    Quantidade;

    Unidade (kg ou t);

    Respectivo IQD;

    CH4 recuperado (se houver);

    Unidade (kg ou t);

    Respectivo IQD;

    Fator de emisso (kg CH4/ t resduo);

    Fator de emisso (kg N2O/ t resduo).

    As emisses em CO2e so calculadas segundo a equao 2.0:

    ONCHCOeCO EEEE 2422 31021 ++= (Equao 2.0) Na qual:

    =eCOE 2 Emisso total em dixido de carbono equivalente (t);

    =2CO

    E Emisso total de dixido de carbono no renovvel(t);

    21 = Potencial de Aquecimento Global do metano em 100 anos;

    =4CH

    E Emisso total de metano (t);

    310 = Potencial de Aquecimento Global do xido nitroso em 100 anos.

    =ONE 2 Emisso total de xido nitroso (t).

    Os tipos de tratamento biolgicos mais utilizados so apresentados a seguir.

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 25

    Compostagem

    A compostagem um processo aerbio no qual uma grande frao do carbono orgnico degradvel dos resduos convertido em CO2. No h referncia disponvel e reconhecida para o clculo da estimativa da emisso de CO2 para este processo, alm disso, essa no uma fonte significativa de emisso de GEE para a CNO.

    O CH4 formado em sees anaerbia do composto, mas oxidado na regio aerbia do resduo. A compostagem tambm pode produzir emisses de N2O.

    Digesto anaerbia

    A digesto anaerbia de resduos orgnicos acelera a decomposio natural da matria orgnica sem oxignio por manter a temperatura, umidade e pH prximo a seus valores timos. Quando o lodo de tratamento dos efluentes transferido para uma unidade anaerbia, a emisso de CH4 e de N2O deve ser includa nesta categoria.

    Emisso de CH4

    O clculo de CH4 segue a equao 11.0:

    RFeMECH

    = 3104 (Equao 11.0)

    Na qual:

    4CHE = Emisso de CH4 (t);

    M = Massa de resduo tratado no sistema biolgico (kg);

    Fe = Fator de emisso de CH4 (kg CH4/Kg resduo tratado);

    R = Quantidade de CH4 utilizado para gerao de energia ou queima, quando aplicvel (t);

    =310 Converso de unidades (de kg para t; 1t=103kg).

    Emisso de N2O

    O clculo de N2O segue a equao 12.0:

    = 3102FeME ON (Equao 12.0)

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 26

    Na qual:

    ONE 2 = Emisso de N2O (t);

    M = Massa de resduo tratado no sistema biolgico (kg);

    Fe = Fator de emisso de N2O (kg N2O /Kg resduo tratado);

    =310 Converso de unidades (de kg para t; 1t=103kg).

    A tabela 9 apresenta os fatores de CH4 e N2O para os clculos de Tratamento Biolgico.

    Tabela 9 - Fatores de emisso para Tratamento Biolgico.

    Tratamento Unidade Fator de emisso

    (referncia) Condies

    kg CH4/ t resduo 4,00 Base mida Compostagem kg N2O/ t resduo 0,30 Base mida kg CH4/ t resduo 1,00 Base mida Digesto anaerbia kg N2O/ t resduo Desprezvel Base mida

    Fontes:IPCC 2006 - Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 5: Waste, Chapter 4: Biological Treatment of Solid Waste - Table 4.1 - Default Emission Factors for CH4 and N2O Emissions form Biological Treatment of Waste.

    Incinerao

    O mtodo comum para estimar as emisses de CO2, provenientes da queima a cu aberto e incinerao de resduos, baseado em uma estimativa do teor de carbono existente nos resduos queimados e convertendo a quantidade de produto (de carbono fssil oxidado) para CO2.

    Os dados de entrada para o clculo so:

    Classe;

    Descrio do resduo;

    Tipo de incinerao / tecnologia;

    Quantidade de resduos incinerados;

    Unidade (kg ou t);

    Respectivo IQD;

    Teor de Carbono total;

    % massa seca;

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 27

    Frao de carbono fssil;

    Fator de emisso de CH4 (kg CH4 / t resduo);

    Fator de emisso de N2O (kg N2O / t resduo).

    Emisso de CO2

    O clculo de CO2 segue a equao 13.0:

    1244)%(

    2= FCFMSTCTE TotalresduoCO (Equao

    13.0)

    Na qual:

    2COE = Emisso de CO2 (t);

    resduoT = Total de resduo disposto (t);

    TotalTC = Teor de carbono total;

    MS% = Total de massa seca no resduo (%);

    FCF = Frao de Carbono Fssil;

    44 = Massa molecular do dixido de carbono (kg/kmol);

    12 = Massa atmica do carbono (kg/kmol).

    Emisso de CH4

    O clculo de CH4 segue a equao 14.0:

    3104tecnresduo

    CHEFTE = (Equao 14.0)

    Na qual:

    4CHE = Emisso de CH4 (t);

    resduoT = Total de resduo disposto (t);

    tecnEF = Fator de emisso para CH4 da tecnologia empregada;

    =310 Converso de unidades (de kg para t; 1t=103kg).

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 28

    Emisso de N2O

    O clculo de N2O segue a equao 15.0:

    3102tecnresduo

    ONEFTE = (Equao 15.0)

    Na qual:

    ONE 2 = Emisso de CH4 (t);

    resduoT = Total de resduo disposto (t);

    tecnEF = Fator de emisso para N2O da tecnologia empregada;

    =310 Converso de unidades (de kg para t; 1t=103kg).

    A tabela 10 apresenta os fatores de emisso para CH4 e N2O e a tabela 10, informaes sobre as caractersticas de alguns resduos.

    Tabela 10 Fatores de emisso para CH4 e N2O no processo de incinerao.

    Tipo de Incinerao/ Tecnologia (para resduo slido urbano em base mida)

    Fator de emisso (kgCH4/t)1

    Fator de emisso (kgN2O/t)2

    Incinerao contnua Grelha mecnica 0,0002 0,047 Incinerao contnua Leito fluidizado Aproximadamente zero 0,067 Incinerao semicontnua Grelha mecnica 0,006 0,041 Incinerao semicontnua - Leito fluidizado 0,188 0,068 Incinerao em srie Grelha mecnica 0,060 0,056 Incinerao em srie Leito fluidizado 0,237 0,221

    Fontes: 1 IPCC 2006 - Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 5: Waste ,Chapter 5: Incineration and Open Burning of Waste, Table 5.3 - CH4 Emission Factors for Incineration of MSW. 2 IPCC 2006 - Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 5: Waste, Chapter 5: Incineration and Open Burning of Waste, Table 5.4 - N2O Emission Factors for Incineration of MSW (Japan)

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 29

    Tabela 11 Caractersticas de alguns resduos.

    Resduo

    Teor de CTOTAL na

    massa seca (1) (2)

    % Massa seca (1) (2)

    Frao de carbono

    fssil no teor de CTOTAL (1) (2)

    Lodos e borras 40% 90% 0% Residuos de servios de sade 60% 90% 40% Resduos e materiais contaminados com leos e graxas

    80% 90% 100%

    Resduos inertes: Areia, brita, entulho de obra etc

    30% 90% 100%

    Borrachas e pneus 67% 84% 20% Madeira 50% 85% 0% Papel e papelo 46% 90% 1% Plsticos 75% 100% 100% Podas e varrio 49% 40% 0% Resduos de comida 38% 40% 0% Tecidos, lonas e polmeros 50% 80% 20%

    (1) Fonte: IPCC 2006 - Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 5: Waste, Chapter 2: Waste Gerenation, Composition and Management Data, Table 2.4 - "Default Dry Matter Content, DOC Content, Total Carbon Content and Fossil Carbon Fraction". (2) Fonte: IPCC 2006 - Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 5: Waste, Chapter 5: Incineration and Open Burning of Waste, Table 5.2 - Default data for CO2 emission for incineration and open burning of waste.

    4.6 TRATAMENTO DE EFLUENTES

    Os efluentes gerados por fontes domsticas, comerciais e industriais podem ser uma fonte de emisso de CO2, CH4 e N2O, dependendo do tipo de tratamento. Os efluentes podem ser tratados no local ou em estaes de tratamento, podendo ser enviados a uma planta centralizada de tratamento externo.

    Os parmetros normalmente utilizados para medir o componente orgnico dos efluentes so DBO5,20 e a DQO. Nas mesmas condies, efluentes com maiores concentraes de DQO e DBO5,20 resultam em maiores emisses de CH4 do que os efluentes com menores concentraes.

    A concentrao de DBO5,20 indica a quantidade de carbono que biodegradvel por via aerbia. A concentrao de DQO mede o material orgnico total disponvel para a oxidao qumica (biodegradveis e no-biodegradveis). Normalmente, a DBO5,20 utilizada para monitorar efluentes domsticos, enquanto a DQO para efluentes industriais.

    Como no h efluentes industriais para a obra, o protocolo somente contm o clculo de emisses para efluente domstico.

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 30

    Efluente domstico

    Os dados de entrada para o clculo so:

    Origem do efluente;

    Mtodo de tratamento;

    Nmero de funcionrio/dia;

    Respectivo IQD;

    Quantidade de efluente;

    Unidade (m3);

    Respectivo IQD;

    Quantidade de CH4 recuperado;

    Unidade (t);

    Respectivo IQD;

    Quantidade de N removido do lodo;

    Unidade (t);

    Respectivo IQD;

    Fator de emisso CH4 (kg CH4/funcionrio/dia);

    Fator de emisso N (kg N/funcionrio/dia).

    As emisses em CO2e so calculadas segundo a equao 2.0:

    ONCHeCO EEE 242 31021 += (Equao 2.0)

    Na qual:

    21 = Potencial de Aquecimento Global do metano em 100 anos;

    =4CH

    E Emisso total de metano (t);

    310 = Potencial de Aquecimento Global do xido nitroso em 100 anos.

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 31

    =ONE 2 Emisso total de xido nitroso (t);

    Emisses de CO2 biognico

    Os sistemas de tratamento de efluentes aerbios geram emisso de CO2, em sua maioria do tipo biognico (biodegradvel) onde a degradao de material orgnico ocorre por ao de microorganismos vivos. As emisses de CO2 biognicas, assim como as provenientes de biomassa, so reportadas separadamente no inventrio de GEE corporativo, no sendo includo em nenhum dos escopos 1, 2 ou 3.

    Para o clculo de CO2 para tratamento de efluente em sistema aerbio, a nica referncia identificada foi o documento do API (American Petroleum Institute): Compendium of Greenhouse Gas Emission Methodologies for the Oil and Gas Industry, dezembro 2009. De acordo com a equao 6-1 do referido documento, o clculo dessa emisso dado pela equao16.0:

    3

    5

    103244365

    7,02

    =

    PDBO

    ECO (Equao 16.0)

    Na qual:

    2COE = Emisso de CO2 (t);

    =7,0

    5DBO Total da Demanda Bioqumica de Oxignio no ltimo estgio da

    degradao (kg de matria orgnica degradvel/funcionrio/dia);

    P = nmero de funcionrios;

    365 = nmero de dias no ano;

    44 = Massa molecular do dixido de carbono (kg/kmol);

    32 = Massa atmica do oxignio (kg/kmol).

    =310 Converso de unidades (de kg para t; 1t=103kg).

    O valor padro para a DBO5,20 para efluente domstico apresentado na tabela 12.

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 32

    Tabela 12 Dados para tratamentos de efluente domstico

    Parmetro Dados Tratamento Domstico Unidade Valor

    5DBO 1 Demanda bioqumica de

    oxignio Kg de matria

    orgnica/funcionrio/dia

    0,05

    Fonte: 1 IPCC 2006, Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories Volume 5: Waste, Chapter 6 - Wastewater Treatment and Discharge, Table 6.4 - Estimated BOD5 Values in Domestic Waste Water for Selected Regions and Countries.

    Emisses de CH4

    O clculo de CH4 para efluente domstico segue a equao 17.0 e 18.0:

    ( ) RiQMCFBTUE OCH = 3104 (Equao 17.0) 3655 = IDBOPQ (Equao 18.0)

    Nas quais:

    4CHE = Emisso de metano (t);

    U = Nvel de urbanizao (adimensional);

    T = Grau de uso do mtodo de tratamento (adimensional);

    OB = Capacidade biolgica mxima de produo de metano (kg CH4/kg DBO);

    MCF = Fator de correo do metano (adimensional)

    Q = Quantidade total de matria orgnica degradvel no efluente (kg matria orgnica degradvel no ano).

    Ri = Quantidade de CH4 removido (t);

    =310 Converso de unidades (de kg para t; 1t=103kg);

    P = nmero de funcionrios;

    5DBO = Demanda Bioqumica de Oxignio (kg de matria orgnica degradvel/funcionrio/dia);

    I = Fator de Correo para coleta de esgoto (adimensional);

    365 = nmero de dias no ano

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 33

    Os valores padro utilizados para as equaes 22.0 e 23.0 so apresentados nas tabelas 13 e 14. Os demais parmetros devem ser fornecidos pela obra.

    Tabela 13 Dados para tratamentos de efluentes domsticos

    Parmetro Dados Tratamento Domstico Unidade Valor

    U 1 Nvel de Urbanizao adimensional 0,59 T 1 Grau de uso do mtodo do

    tratamento adimensional 1,00

    5DBO 2 Demanda bioqumica de oxignio Kg DBO/funcionrio/dia 0,05

    I 3 Fator de Correo para coleta de esgoto

    adimensional 1,25

    Bo Capacidade biolgica mxima de produo de metano

    kg CH4/kg DBO 0,6

    Fontes: 1 IPCC 2006, Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 5: Waste, Chapter 6 - Wastewater Treatment and Discharge, Table 6.5 - Suggested Values for Urbanization (U) and Degree of Utilization of Treatment, Discharge Pathway or Method (Ti,j) for Each Income Group for Selected Countries. 2 IPCC 2006, Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 5, Chapter 6 - Wastewater Treatment and Discharge, Table 6.4 - Estimated BOD5 Values in Domestic Waste Water for Selected Regions and Countries. 3 IPCC 2006, Volume 5: Waste, Chapter 6 - Wastewater Treatment and Discharge, Equation 6.3 - Total Organically Degradable Material in Domestic Wastewater 4 IPCC 2006, Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 5, Chapter 6 - Wastewater Treatment and Discharge, Table 6.2 Default Maximum CH4 producing Capacity for domestic wastewater

    Tabela 14 Fatores de emisso para tratamentos de efluentes domsticos (Ef ).

    Mtodo de Tratamento Domstico1 Fator de correo do metano (FCM)

    Tratamento centralizado aerbio 0,3 Digestor anaerbio para lodo 0,8 Reator anaerbio 0,8 Lagoa anaerbia rasa (< de 2m de profundidade) 0,2 Lagoa anaerbia profunda (> de 2m de profundidade) 0,8 Sistema sptico (tanque anaerbio) 0,5 No tratado (lanado sem tratamento em corpo hdrico)

    0,1

    No tratado (esgoto a cu aberto) 0,5 Fonte: 1 IPCC 2006, Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 5: Waste, Chapter 6 - Wastewater Treatment and Discharge, Table 6.3 - Default MCF Values for Domestic Wastewater.

    Emisses de N2O

    O N2O associado degradao dos componentes de nitrognio no efluente, como uria, nitrato e protena. Sistemas centralizados de tratamento de efluentes podem incluir uma variedade de processos, que vo desde a tecnologia de lagoas de tratamento tercirio avanado at a remoo de compostos de nitrognio. As emisses diretas de N2O podem ocorrer durante a nitrificao e desnitrificao do nitrognio. Ambos os processos podem ocorrer na ETE ou no corpo dgua que est recebendo o efluente.

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 34

    O clculo de N2O segue a equao 19.0:

    3102844)365(

    2

    =

    EfNFFFPROTPE

    LODOINDCONSNONPR

    ON

    (Equao 19.0)

    Na qual:

    ONE 2 = Emisso N2O (t);

    P = Nmero de funcionrios;

    PROT = Consumo de protena per capita (kg de protena/funcionrio/dia);

    365 = nmero de dias no ano;

    NPRF = Frao de nitrognio na protena (kg de nitrognio/kg protena);

    CONSNOF = Fator de protena no consumida no efluente (adimensional);

    INDF = Fator de protena para indstrias no efluente (adimensional);

    LODON = Nitrognio removido do lodo (kg de nitrognio);

    Ef = Fator de emisso de N2O (kg N2O /kg de nitrognio);

    44 = Massa molecular do xido nitroso (kg/kmol);

    28 = Massa atmica do nitrognio (kg/kmol);

    =310 converso de unidades (de kg para t; 1t=103kg).

    Os valores padro utilizados para a equao 21.0 so apresentados na tabela 15. Os demais parmetros devem ser fornecidos pela obra.

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 35

    Tabela 15 Dados (N2O).para tratamentos de efluentes industriais.

    Parmetro Descrio Unidade Valores

    PROT 1 Consumo de protena per capita Kg protena/ funcionrio/dia

    0,053

    NPRF 2 Frao de nitrognio na protena kg N/kg protena 0,160

    CONSNOF 2 Fator de protena no consumida no efluente adimensional 1,400

    INDF 2 Fator de protena para indstrias no efluente adimensional 1,250

    Ef 2 Fator de emisso de N2O para efluente kg N2O-N//kg-N 0,005 Fontes: 1 Necessidade diria de protena (http://www.scielo.br/img/revistas/rsp/v11n1/03t3.gif). 2 IPCC 2006, Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 5: Waste, Chapter 6 - Wastewater Treatment and Discharge - Table 6.11 - N2O Methodology Default Data.

    4.7 USO DE CO2, ACETILENO E ELETRODO EM SOLDAGEM

    H vrios mtodos pra realizar soldagens em obras, contudo so citados os trs meios mais comuns: CO2, acetileno e eletrodos revestidos.

    As emisses em CO2e so calculadas segundo a equao:

    22 COeCOEE =

    Na qual:

    =eCOE 2 Emisso total em dixido de carbono equivalente (t);

    =2CO

    E Emisso total de dixido de carbono (t).

    Uso de CO2

    Durante o processo de soldagem de arco eltrico com o gs de proteo ativo, tambm conhecido como soldagem MAG (Metal Active Gas), o CO2 aplicado emitido para a atmosfera. As emisses de CO2 so contabilizadas como a massa de CO2 consumida neste tipo de solda.

    Os dados de entrada para o clculo so:

    Consumo de CO2;

    Unidade (kg);

    Respectivo IQD.

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 36

    Emisso de CO2

    O clculo de CO2 segue a equao 20.0:

    310_2

    2

    SoldaCOCO

    CE = (Equao 20.0)

    Na qual:

    =2CO

    E Emisso total de dixido de carbono (t);

    =SoldaCOE _2 Consumo total de dixido de carbono na soldagem MAG (kg);

    =310 Converso de unidades (de kg para t; 1t=103kg).

    Uso de acetileno

    Durante o processo de soldagem tambm pode ser utilizado o gs acetileno (C2H2), cuja emisso de CO2 gerada pela combusto desse gs e seu valor calculado por balano de massa para uma fonte fixa de combusto (92% de teor de carbono, segundo a composio do combustvel).

    Os dados de entrada para o clculo so:

    Consumo de C2H2;

    Unidade (kg);

    Respectivo IQD.

    Emisso de CO2

    O clculo de CO2 segue a equao 21.0:

    3

    ,

    101244

    22

    2

    =

    tCCE

    SoldaHC

    CO (Equao 21.0)

    Na qual:

    =2CO

    E Emisso total de dixido de carbono (t);

    =SoldaHCC _22 Consumo total de acetileno na soldagem (kg);

    tC = teor de carbono do acetileno (92%);

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 37

    44 = Massa molecular do dixido de carbono (kg/kmol);

    12 = Massa atmica do carbono (kg/kmol);

    =310 Converso de unidades (de kg para t; 1t=103kg).

    Uso de eletrodos

    Podem ser utilizados no processo de soldagem, arcos eltricos com eletrodo revestido, cuja queima produz uma quantidade significativa de fumos. Esses vapores provenientes da degradao do revestimento, alm de protegerem a poa de soldagem dos efeitos da atmosfera, contm em sua composio gases de efeito estufa, que devem ser contabilizados.

    Os dados de entrada para o clculo so:

    Tipo de eletrodo;

    Consumo de eletrodo;

    Unidade (kg);

    Respectivo IQD.

    Emisso de CO2

    Para o clculo das emisses de CO2 na queima dos eletrodos, a referncia identificada foi o documento da ESAB Eletrodos Revestidos OK, 2005.

    Foram considerados dois tipos de eletrodos: E6010 e E7018.

    E6010: possui um revestimento composto basicamente por uma pasta de celulose modificada por silicatos minerais, desoxidantes e silicato de sdio, de acordo com as seguintes porcentagens: 35% celulose, 15% rutilo, 5% ferro-mangans, 15% talco, 25% silicato de sdio e 5% umidade. Assim, pode-se calcular a emisso de gs carbnico, considerando que toda a celulose (C6H10O5), quando queimada, se oxida em CO2 e H2O.

    E7018: verso mais moderna de eletrodos de baixo hidrognio, caracterstica importante devido ao danificadora do gs hidrognio durante a soldagem. Sua composio a seguinte: 30% carbonato de clcio, 20% fluorita, 5% ferro-mangans, 15% silicato de potssio, 30% p de ferro. Assim, pode-se calcular a emisso de gs carbnico, considerando que todo carbonato de clcio (CaF2) queimado se decompe em gs carbnico e xido de clcio.

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 38

    As emisses de CO2 seguem a seguinte equao 22.0:

    3102eletrodo

    CO

    FEmE = (Equao 22.0)

    Na qual:

    =2CO

    E Emisso de dixido de carbono (t);

    m = massa de eletrodo queimado (kg);

    eletrodoFE = fator de emisso do eletrodo (kg CO2 / kg eletrodo);

    =310 Converso de unidades (de kg para t; 1t=103kg).

    Os fatores de emisso para os dois tipos de eletrodo so calculados a partir da equao 23.0 abaixo:

    068,01244%100%35

    16272%126010 ==FE

    (Equao 23.0)

    Na qual:

    6010FE = fator de emisso do eletrodo E6010 (kg CO2 / kg eletrodo);

    12% = porcentagem em massa de revestimento no eletrodo;

    72/162 = teor de carbono da celulose;

    44 = massa molecular do dixido de carbono;

    12 = massa atmica do carbono;

    35% = porcentagem de celulose no revestimento;

    100% = fator de oxidao.

    016,01244%100%30

    10012%127018 ==FE

    (Equao 24.0)

    Na qual:

    7018FE = fator de emisso do eletrodo E7018 (kg CO2 / kg eletrodo);

    12% = porcentagem em massa de revestimento no eletrodo;

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 39

    12/100 = teor de carbono do carbonato de clcio;

    44 = massa molecular do dixido de carbono;

    12 = massa atmica do carbono;

    30% = porcentagem de carbonato de clcio no revestimento;

    100% = fator de oxidao.

    4.8 DESMATAMENTO

    Esse protocolo engloba as atividades de desmatamento ou corte de rvores. Portanto, as rvores possuem uma quantidade de carbono significativa que ser oxidada a gs carbnico, ou devido queima ou decomposio. As emisses de CO2 so calculadas a partir de valores estimados da biomassa acima do solo e do teor de carbono presente na mesma. Devido dificuldade de classificar e quantificar a biomassa extrada quanto s suas partes, como, por exemplo, definir quantidades de tronco, folhas ou massa seca, foram utilizados fatores mdios para a biomassa acima do solo.

    Os dados de entrada para o clculo so:

    Zona ecolgica;

    Espcie nativa;

    rea desmatada (hectare). Pode-se obter a rea desmatada pelo nmero de rvores cortadas e a relao rvore/hectare;

    Respectivo IQD;

    Houve replantio dessa rea desmatada?

    Destino da madeira;

    Biomassa acima do solo (t biomassa / hectare).

    Para a madeira encaminhada para fins de artesanato as emisses de CO2e podem ser desconsideradas.

    As emisses em CO2e so calculadas segundo a equao:

    22 COeCOEE =

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 40

    Na qual:

    =eCOE 2 Emisso total em dixido de carbono equivalente (t);

    =2CO

    E Emisso total de dixido de carbono (t).

    Emisso de CO2

    As emisses de CO2 seguem a seguinte equao 25.0:

    )1244(

    2= tCBAE i

    iiCO

    (Equao 25.0)

    Na qual:

    2COE : emisso de CO2 total (t);

    iA : rea desmatada correspondente espcie nativa i (hectare);

    iB :biomassa acima do solo correspondente espcie i (t biomassa / hectare);

    tC: teor de carbono presente na biomassa acima do solo (t C/ t biomassa);

    44: massa molar do dixido de carbono;

    12: massa atmica do carbono;

    Os valores padro utilizados para a equao so apresentados na tabela 16 e 17. Os demais parmetros devem ser fornecidos pela obra.

    Tabela 16 Frao de carbono da biomassa florestal acima do solo.

    Domnio Parte da rvore t C / t biomassa

    Default Todas 0,47

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 41

    Tabela 17 Biomassa acima do solo por hectare de floresta

    Domnio Zona Ecolgica Espcie Nativa t / hectare

    Americas Eucalyptus sp. 200 Americas Pinus sp. 300

    Americas Tectona grandis 240

    Floresta Tropical Chuvosa

    Americas other broadleaf 150 Americas Eucalyptus sp. 90

    Americas Pinus sp. 270 Americas Tectona grandis 120

    Floresta Tropical Decdua

    Americas other broadleaf 100 Americas Eucalyptus sp. 90

    Americas Pinus sp. 110 Americas Tectona grandis 90

    Tropical

    Floresta Tropical Seca

    Americas other broadleaf 60 Americas Eucalyptus sp. 140

    Americas Pinus sp. 270

    Americas Tectona grandis 120

    Subtropical Floresta Subtropical mida

    Americas other broadleaf 100

    Fonte: IPCC 2006 Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 4 AFOLU; Chapter 4: Forest Land; Tabelas 4.3, 4.4, 4.9. A base de clculo para biomassa matria orgnica seca.

    4.9 REFLORESTAMENTO

    O reflorestamento em determinada rea resulta na absoro de CO2 da atmosfera, decorrente da fotossntese realizada pela planta e a incorporao da sua biomassa.

    Os dados de entrada para o clculo so:

    Zona ecolgica;

    Idade da vegetao;

    rea reflorestada (hectare). Pode-se obter a rea reflorestada pelo nmero de rvores cortadas e a relao rvore/hectare;

    Respectivo IQD;

    t biomassa acima do solo/ hectare;

    t carbono / t biomassa acima do solo;

    t C acima do solo / hectare;

    Razo de biomassa abaixo e acima do solo (%);

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 42

    T C abaixo do solo / hectare

    tCO2 / hectare.

    As redues de emisses de CO2e so calculadas segundo a equao 26.0:

    22 COeCORR = (Equao 26.0)

    Na qual:

    =eCOR 2 Reduo de Emisso total em dixido de carbono equivalente (t);

    =2CO

    R Reduo de Emisso total de dixido de carbono (t).

    Reduo de Emisso de CO2

    O clculo da reduo de emisses de CO2 dado pela seguinte equao 27.0 (para o crescimento anual at 20 anos):

    1244)1()( /2 +=

    iiabacacacCO ARFCBR , (Equao 27.0)

    Na qual:

    2COR = reduo de emisses de CO2;

    iA = rea reflorestada correspondente espcie nativa i (hectare);

    acB = t biomassa acima do solo por hectare (t biomassa / hectare);

    asFC = frao de carbono presente na biomassa acima do solo (t C / t biomassa);

    acabR / = razo entre a biomassa abaixo do solo e acima do solo.

    44 = massa molar do dixido de carbono;

    12 = massa atmica do carbono;

    Cabe ressaltar que foram desprezados os efeitos de perdas de biomassa devido a distrbios

    Os valores padro utilizados para a equao 27.0 so apresentados na tabela 18, 19 e 20. Os demais parmetros devem ser fornecidos pela obra.

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 43

    Tabela 18 Frao de carbono da biomassa florestal acima do solo.

    Frao de carbono da biomassa florestal acima do solo

    Domnio Parte da rvore t C / t biomassa

    Default Todas 0,47

    Tabela 19 Crescimento lquido de biomassa acima do solo nas florestas

    t / (ano.hectare) Zona Ecolgica Regio

    (20 anos) (>20 anos) Floresta tropical seca

    Amrica do Norte ou Sul 4,0 1,0

    Floresta Tropical Decdua

    Amrica do Norte ou Sul 7,0 2,0

    Floresta Tropical Amrica do Sul 11,0 3,1 Floresta mida Subtropical

    Amrica do Norte ou Sul 7,0 2,0

    Tabela 20 Razo entre biomassa abaixo do solo e acima do solo - R

    Domnio Zona Ecolgica Biomassa acima do solo

    (t / hectare) R

    Floresta Tropical - 0,37

    125 0,24

    20 0,28

    125 0,24

    Fonte: IPCC 2006 Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 4 AFOLU; Chapter 4: Forest Land; Tabelas 4.3, 4.4, 4.9. A base de clculo para biomassa matria orgnica seca.

    4.10 COMPRA DE ENERGIA ELTRICA

    O protocolo calcula as emisses de GEE provenientes da rede interligada de energia eltrica de distribuio. As emisses de CO2 so produzidas durante a gerao de eletricidade, cujos fatores de emisso dependem da matriz energtica dos processos geradores dessa energia.

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 44

    Como dados de entrada no protocolo so utilizados:

    Total consumido de energia eltrica da rede de distribuio;

    Unidade (kWh);

    Respectivo IQD;

    Fator de emisso para CO2. .

    As emisses em CO2e so calculadas segundo a equao:

    22 COeCOEE =

    Na qual:

    =eCOE 2 Emisso total em dixido de carbono equivalente (t);

    =2CO

    E Emisso total de dixido de carbono (t).

    Emisso de CO2

    O clculo para as emisses de CO2 realizado atravs de fator de emisso, conforme equao 28.0:

    ( )310

    2

    2

    COCO

    FECE

    = (Equao 28.0)

    Na qual:

    =2CO

    E Emisso total em dixido de carbono (t);

    =C Consumo da rede nacional de distribuio de energia eltrica (kWh); =

    2COFE Fator de emisso para dixido de carbono (kg CO2 / kWh);

    =310 converso de unidades (de kg para t; 1t=103kg).

    A tabela 21 apresenta a mdia do fator de emisso de 2010.

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 45

    Tabela 21 Fatores de emisso de CO2 da rede eltrica nacional de distribuio de acordo com a matriz energtica brasileira, disponibilizados pelo MCT

    Ms Fator mdio 2010 (tCO2/MWh)

    Janeiro 0,0211

    Fevereiro 0,0280

    Maro 0,0243

    Abril 0,0238

    Maio 0,0341

    Junho 0,0506

    Julho 0,0435

    Agosto 0,0774

    Setembro 0,0907

    Outubro No disponvel

    Novembro No disponvel

    Dezembro No disponvel

    Mdia anual* 0,0437

    Fonte: MCT - Ministrio da Cincia e Tecnologia (www.mct.gov.br / caminho: Meteorologia e Mudanas Climticas Programa Nacional de Mudanas Climticas Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) Fatores de Emisso de CO2 pela gerao de energia eltrica no Sistema Interligado Nacional do Brasil).

    4.11 VIAGENS EM AERONAVES

    As emisses de GEE a partir de viagens em aeronaves so geradas durante a combusto do combustvel consumido pela aeronave.

    Este Protocolo calcula as emisses de GEE provenientes das viagens nacionais e internacionais dos funcionrios da CNO em aeronaves, considerando todas as passagens areas emitidas no perodo.

    Como dados de entrada, utilizam-se:

    Descrio da viagem, incluindo todos os trechos percorridos;

    Nmero de vezes que a viagem foi realizada no perodo;

    Respectivo IQD;

    E-ticket;

    Agncia de viagens;

    Distncia do trecho (km);

    Fator de emisso de CO2 (kgCO2 / passageiro km);

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    Fator de emisso de CH4 (kgCH4 / passageiro km);

    Fator de emisso de N2O (kgN2O / passageiro km).

    O Protocolo calcula as emisses em CO2e, segundo a equao 2.0:

    ONCHCOeCO EEEE 2422 31021 ++= (Equao 2.0) Na qual:

    =eCOE 2 Emisso total em dixido de carbono equivalente (t);

    =2CO

    E Emisso total de dixido de carbono no renovvel (t);

    21 = Potencial de Aquecimento Global do metano em 100 anos;

    =4CH

    E Emisso total de metano (t);

    310 = Potencial de Aquecimento Global do xido nitroso em 100 anos;

    =ONE 2 Emisso total de xido nitroso (t).

    Emisso de CO2

    Atravs dos dados de entrada automtico, provenientes do banco de dados, so utilizados os fatores de emisso para CO2, conforme a distncia de cada trecho percorrido por viagem4, por passageiro. A tabela 22 apresenta os fatores de emisso utilizados.

    Tabela 22 Fatores utilizados para a estimativa das emisses de CO2 nas viagens em aeronaves

    Tipo de trecho Distncia area

    (km) Fator de emisso para CO2

    (kg CO2 /km passageiro) Curto < 500 0,1753 Mdio 500 > distncia < 3.700 0,0983 Longo >= 3.700 0,1106

    Fonte: GHG Protocol Programa Brasileiro

    Quanto menor o trecho percorrido, maior o fator de emisso, visto que o impacto nas emisses de CO2, durante decolagens e pousos, proporcionalmente maior em viagens curtas.

    4 Distncias reas de trechos conforme estimativas divulgadas nos sites: www.world-airport-codes.com; www.airrouting.com e www.webflyer.com

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 47

    O protocolo calcula as emisses de CO2 por fator de emisso aplicado s distncias dos trechos areos percorridos durante a viagem, sendo:

    ( )310

    09,12

    2

    trechoCOtrecho

    trechoCO

    FEDAE

    = (Equao 29.0)

    Na qual:

    =trechoCO

    E2

    Emisso de dixido de carbono no trecho (t);

    =trecho

    DADistncia do trecho areo (km);

    trechoCOFE

    2= Fator de emisso para dixido de carbono no trecho areo por

    passageiro (kg/km passageiro);

    =310 Converso de unidades (de kg para t; 1t=103kg).

    1,09 = acrscimo de 9% nas emisses de CO2 refletir a rota real.

    =

    =n

    iCOviagemCO trechoi

    EnE1

    22 (Equao 30.0)

    Na qual:

    =viagemCO

    E2

    Emisso total de dixido de carbono na viagem (t);

    n = Nmero de viagens realizadas;

    =trechoiCO

    E2

    Emisso de dixido de carbono no trecho i (t);

    i = Nmero de trechos da viagem.

    Emisso de CH4

    Atravs dos dados de entrada automtico, provenientes do banco de dados, so utilizados os fatores de emisso para CH4, conforme a distncia de cada trecho percorrido por viagem5, por passageiro. A tabela 23 apresenta os fatores de emisso utilizados.

    5 Distncias reas de trechos conforme estimativas divulgadas nos sites: www.world-airport-codes.com; www.airrouting.com e www.webflyer.com

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    ENVIRONMENTAL RESOURCES MANAGEMENT PRELIMINAR - ODEBRECHT DEZEMBRO, 2010 48

    Tabela 23 Fatores utilizados para a estimativa das emisses de CH4 nas viagens em aeronaves

    Tipo de trecho Distncia area

    (km) Fator de emisso para CO2

    (kg CO2 /km passageiro) Curto < 500 0,00012 Mdio 500 > distncia < 3.700 0,00006 Longo >= 3.700 0,00006

    Fonte: GHG Protocol Programa Brasileiro

    O clculo de emisses de CH4 similar s emisses de CO2, s alterando os fatores de emisso.

    Emisso de N2O

    Atravs dos dados de entrada automtico, provenientes do banco de dados, so utilizados os fatores de emisso para N2O, conforme a distncia de cada trecho percorrido por viagem6, por passageiro. A tabela 24 apresenta os fatores de emisso utilizados.

    Tabela 24 Fatores utilizados para a estimativa das emisses de N2O nas viagens em aeronaves

    Tipo de trecho Distncia area (km)Fator de emisso para CO2

    (kg CO2 /km passageiro)Curto < 500 0,000004 Mdio 500 > distncia < 3.700 0,000002 Longo >= 3.700 0,000002

    Fonte: GHG Protocol Programa Brasileiro

    O clculo de emisses de N2O similar s emisses de CO2, s alterando os fatores de emisso.

    4.12 PRODUO DE CIMENTO

    Durante a produo de cimento, na etapa de produo, o clnquer (principal matria prima composta basicamente de CaCO3), aquecido ou calcinado, produzindo CaO e CO2.

    23 COCaOCaCO + (Equao 31.0)

    O clculo das emisses de CO2 na produo do cimento realizado sobre a frao do clnquer no cimento, que para o cimento tipo Portland7 considera-se 96%.

    6 Distncias reas de trechos conforme estimativas divulgadas nos sites: www.world-airport-codes.com; www.airrouting.com e www.webflyer.com 7 Tipologia de cimento mais utilizado em construo civil no Brasil.

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    Como dados de entrada no protocolo so utilizados:

    Total consumido de cimento. Caso o concreto seja comprado, necessrio alm do volume do concreto comprado (m3) a relao de cimento no concreto (t cimento / m3 concreto);

    Unidade (t);

    Respectivo IQD;

    Frao de clnquer no cimento (%);

    Fator de emisso de CO2 da produo de clnquer (tCO2/ t clnquer).

    As emisses em CO2e so calculadas segundo a equao:

    22 COeCOEE =

    Na qual:

    =eCOE 2 Emisso total em dixido de carbono equivalente (t);

    =2CO

    E Emisso total de dixido de carbono (t).

    Emisso de CO2

    Para o clculo de emisso de CO2.

    52,096,02

    = ciCO ME (Equao 32.0)

    Na qual:

    2COE = Emisso total de dixido de carbono (t);

    ciM = Quantidade de cimento comprado (t);

    96,0 = Frao de clnquer no cimento1;

    52,0 = Fator de emisso do clnquer (t CO2/t clnquer)2. Fontes: 1 IPCC 2006 - Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 3: Industrial Processes and Product Use, Chapter 2: Mineral Industry Emissions - Table 2.2 - Clinker Fraction of Blended Cement Recipes and Overall Product Mixes. 2 IPCC 2006 - Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 3: Industrial Processes and Product Use, Chapter 2: Mineral Industry Emissions Equation 2.4 - Emission Factor for Clinker. Considera-se que todo clnquer produzido na prpria cimenteira, no h importao de clnquer e exportaes de clnquer.

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    4.13 PRODUO DE AO

    A produo de um ao comea com carregamento de um recipiente com 70 90% de ferro fundido e ao, e 10-30% de sucata. A alta pureza do oxignio em combinao com o carbono do ferro cria uma reao exotrmica que derrete o produto, baixando o teor de carbono. O ferro do alto forno contm geralmente 3-4% de carbono, o que reduz a 1%, refinado, com liga para produzir o grau de pureza desejado.

    As emisses na produo de ao variam amplamente, dependendo do mtodo de produo - Basic Oxygen Furnaces, Electric Arc Furnaces, e Open Hearth Furnaces. Considerando que a CNO apenas compra o ao e no o produz, adota-se um padro de fator de emisso de acordo com a produo total de ao, correspondente ao consumo da CNO.

    Como dados de entrada no protocolo so utilizados:

    Total consumido de ao;

    Unidade (t);

    Respectivo IQD;

    Fator de emisso de CO2 para produo do ao (tCO2/ t ao).

    As emisses em CO2e so calculadas segundo a equao:

    22 COeCOEE =

    Na qual:

    =eCOE 2 Emisso total em dixido de carbono equivalente (t);

    =2CO

    E Emisso total de dixido de carbono (t).

    Emisso de CO2

    Para o clculo de emisso de CO2:

    06,12

    = aoCO QE (Equao 33.0)

    Na qual:

    2COE = Emisso total de dixido de carbono (t);

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    aoQ = Quantidade de ao comprado (t);

    06,1 = Mdia do fator de emisso global (t CO2/t ao produzido)1. Fonte: 1 IPCC 2006 - Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 3: Industrial Processes and Product Use, Chapter 4: Metal Industry Emissions- Table 4.1 - Tier 1 Default CO2 Emission Factors for Coke Production and Iron & Steel Production.

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    Anexo 1

    Protocolos de Clculos

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    Anexo 2

    Diretrizes para o Controle de Qualidade do Inventrio

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    DIRETRIZES PARA O CONTROLE DE QUALIDADE DO INVENTRIO

    O roteiro apresentado a seguir deve ser implementado total ou parcialmente pela CNO em um eventual programa de controle de qualidade do inventrio. O roteiro inclui todas as etapas de um programa corporativo para oferecer uma viso geral deste tipo de programa. Entretanto, caso a CNO decida por uma implementao parcial, recomenda-se, como requisito mnimo, a adoo das etapas 1, 2, 3, 5 e 7 da Figura 3, exibida abaixo.

    A importncia da adoo de um Sistema de Gerenciamento da Qualidade para um Inventrio de Emisses de GEE est associada a um processo sistemtico de preveno e correo de erros, identificando as reas que necessitam maior ateno e investimento para garantir a qualidade do inventrio. Prioritariamente, o objetivo de um sistema desse tipo assegurar a qualidade e confiabilidade das informaes includas e geradas no inventrio de emisses da CNO. A primeira etapa para atingir este objetivo a elaborao de um procedimento para a realizao do inventrio e gerenciamento de sua qualidade.

    O procedimento permite estabelecer uma sistemtica a ser adotada para a elaborao do inventrio e uma descrio dos protocolos de clculo. Este procedimento deve ser interligado ao programa corporativo de inventrio de emisses de GEE da CNO.

    Na elaborao do procedimento devem ser levados em considerao os cinco princpios do GHG Protocol Corporate Standard, sendo:

    1. Relevncia (realidade das emisses);

    2. Completude (emisses significativas);

    3. Consistncia (permitir comparao);

    4. Transparncia (documentao);

    5. Exatido (reduo das incertezas).

    O procedimento e o programa de qualidade nele contido devem contemplar as 7 etapas descritas no fluxo apresentado na figura 1:

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    Figura 1 Etapas para Implantao de um Sistema de Gerenciamento da Qualidade do Inventrio de Emisses de GEE

    1. Criao de uma equipe gerencial de qualidade

    7. Formalizao de documentos, relatrios e arquivos

    5. Reviso dos resultados finais e dos relatrios

    Dados

    Mtodos

    Sistema

    Documentao

    2. Desenvolvimento do Plano de gerenciamento da qualidade

    6. Definio de procedimentos de feedback

    3. Verificaes de carter geral acerca da qualidade

    4. Verificaes de carter detalhado (desagregado)

    1. Criao de uma equipe gerencial de qualidade

    7. Formalizao de documentos, relatrios e arquivos

    5. Reviso dos resultados finais e dos relatrios

    Dados

    Mtodos

    Sistema

    Documentao

    Dados

    Mtodos

    Sistema

    Documentao

    Dados

    Mtodos

    Sistema

    Documentao

    2. Desenvolvimento do Plano de gerenciamento da qualidade

    6. Definio de procedimentos de feedback

    3. Verificaes de carter geral acerca da qualidade

    4. Verificaes de carter detalhado (desagregado)

    1 DESCRIO DA EQUIPE GERENCIAL DO INVENTRIO

    Deve-se criar uma equipe gerencial do Inventrio, responsvel pela implementao e atualizao do inventrio e de sua qualidade, alm de coordenar as interaes entre as diversas reas de negcios da CNO e suas instalaes.

    2 DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE GERENCIAMENTO DA QUALIDADE

    O plano de gerenciamento da qualidade deve ser parte do procedimento e deve descrever as diretrizes da CNO para a implementao do inventrio de GEE, contemplando todas as medies necessrias para averiguar a qualidade do Sistema. Para maior eficincia e compreenso, o plano deve ser integrado em todos os nveis da CNO, desde a coleta inicial de dados at o relatrio final e prestao de contas.

    Quando vivel, o plano deve ser incorporado na estrutura do programa de inventrio j no incio da sua implantao. Demais sistemas pertinentes qualidade, como os sistemas ISO, devem ser igualmente integrados ao plano.

    Metas intermedirias devem ser estipuladas para perodos definidos, e as melhorias, obtidas anualmente, adequadamente documentadas.

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    3 VERIFICAO DE CARTER GERAL ACERCA DA QUALIDADE

    Nenhum plano de gerenciamento de qualidade ser efetivamente eficiente sem a verificao da qualidade do sistema implantado. Desta forma, o programa de gerenciamento da qualidade do inventrio de emisses deve contemplar essas verificaes em todos os nveis da CNO, principalmente nos que possuem maior potencial de ocorrncia de erros, como na fase inicial de coleta de dados, durante os clculos e na gerao dos dados agregados.

    A CNO dever assegurar a qualidade do histrico de estimativas de emisses anteriores e de dados atuais, atravs da verificao da qualidade de inventrio, minimizando impactos tendenciosos provenientes das caractersticas dos dados e dos mtodos utilizados para a estimativa dessas emisses.

    A verificao mnima da qualidade do inventrio pode ser realizada atravs dos itens apresentados a seguir:

    3.1 AQUISIO E MANIPULAO DE DADOS

    3.1.1 Verificar dados de entrada quanto a erros de transcrio

    Este processo ocorrer por meio da verificao dos resultados das emisses nas planilhas de clculo. O primeiro passo identificar grandes variaes nas emisses em relao ao ano anterior, possibilitando, desta forma, o rastreamento de valor(es) que, por ventura gere grandes variaes nas emisses por unidades, operaes e, at mesmo, por fontes.

    3.1.2 Registrar as modificaes do Protocolo de Clculo

    Os protocolos de estimativa das emisses, bem como os fatores de emisso utilizados, esto registrados nas planilhas de clculos. O registro da atualizao desses protocolos e fatores de emisso no Manual do Inventrio de suma importncia na garantia da consistncia das informaes.

    Quaisquer alteraes de protocolos, fatores de emisso, metodologia de clculo, ou incluso de novos protocolos, que por ventura venham a ocorrer, devem ser registradas junto ao Manual do Inventrio, sendo divulgadas a todos os usurios.

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    3.2 DOCUMENTAO DOS DADOS

    As principais aes relativas documentao de dados so as seguintes:

    Garantir a incluso de todas as referncias bibliogrficas e equaes relativas aos dados tpicos ou fatores de emisso;

    Garantir a existncia e acessibilidade destas referncias para consulta dos usurios;

    Garantir que todas as hipteses e critrios de deciso relativos a temas como ano base, fatores de emisso e rotinas de clculo, estejam documentadas. A Equipe Gerencial da Qualidade dever registrar as hipteses e critrios de deciso adotados para definio do ano base e outras que se faam pertinentes;

    Garantir que modificaes de dados e respectivas metodologias de coleta sejam registrveis e facilmente localizveis. Antes de realizar quaisquer modificaes de dados, o usurio deve solicitar permisso ao responsvel na empresa.

    3.3 CLCULOS DAS EMISSES E SUA VERIFICAO

    Os protocolos de clculo das emisses devem ser colocados em planilha eletrnica. Esta planilha deve conter informaes padro, tais como: dados de entrada, anlises de combustveis, propriedades de produtos e fatores de emisso da rede eltrica, de forma a possibilitar o clculo das emisses de todos os tipos de fontes. Tambm devem ser realizadas as seguintes aes:

    Verificar as unidades de medida de dados de entrada e garantir sua compatibilidade;

    Garantir o uso de equaes aderentes aos fenmenos que representam;

    Garantir a clara distino entre dados de entrada e resultados;

    Promover frequentemente a reviso manual/eletrnica dos clculos;

    Promover a verificao de resultados com outras metodologias;

    Garantir a consistncia de sries temporais de dados e clculos.

    As metodologias utilizadas na implantao do inventrio da CNO basearam-se nas melhores tecnologias disponveis internacionalmente, incluindo balano

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    de massa, clculos estequiomtricos e uso de fatores. Estas metodologias podem ser verificadas nas planilhas de clculo do inventrio;

    3.4 ANLISE DO COEFICIENTE DE INCERTEZA

    3.4.1 Definio e Tipologia

    Usualmente, os coeficientes de incertezas associados ao inventrio podem ser categorizados segundo incertezas cientficas e incertezas estimadas. Incertezas cientficas esto associadas ao grau de conhecimento cientfico das emisses e/ou seus processos de tratamento. Citamos como exemplo, o envolvimento significante da incerteza cientfica no uso de fatores diretos e indiretos associados ao aquecimento global para a estimativa das emisses de vrios GHGs.

    As incertezas estimadas so classificadas em dois tipos:

    Modelo de incerteza: incerteza associada a equaes matemticas usadas para caracterizar o relacionamento entre vrios parmetros e processos de emisses;

    Parmetro de incerteza: incerteza associada quantificao dos parmetros usados como dados de entrada nos modelos estimados.

    Para a avaliao da incerteza do dado de entrada, so consideradas trs categorias de Indicador de Qualidade de Dados (IQD), sendo:

    IQD = M: Mensurado (refere-se a um valor medido);

    IQD = C: Calculado (refere-se a um valor derivado de clculo);

    IQD = E: Estimado (refere-se a um valor fornecido atravs do julgamento de uma profissional da organizao).

    Quanto melhor a qualidade do dado, menor ser a incerteza associada e, portanto, espera-se que no aprimoramento da coleta de dados, quando possvel, devem-se priorizar dados mensurados, calculados e estimados, respectivamente.

    3.4.2 Aproximaes e Limitaes