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Menino de Engenho José Lins do Rego

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Menino de Engenho

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  • Menino de Engenho

    Jos Lins do Rego

  • Introduo

    Em 1932, foi publicado Menino de

    engenho, de Jos Lins do Rego. A obra

    uma melanclica histria da vida de um

    garoto que passa a viver no engenho de

    seu av.

    ndice

  • ndice

    Introduo

    Biografia

    Personagens

    Resumo da obra

    Anlise crtica da obra

    Questes de vestibular

    Consideraes finais

  • Biografia

    Jos Lins do Rego

    Nascimento 3 de julho de 1901

    Pilar, Brasil

    Falecimento 12 de dezembro de

    1957

    Rio de Janeiro, Brasil

    Movimento

    literrio

    Modernismo (Segunda

    Gerao)

    Magnum opus Fogo Morto

  • Filho de Joo do Rego Cavalcanti e de Amlia Lins Cavalcanti, fez as primeiras letras no Colgio

    de Itabaiana, no Instituto N. S. do Carmo e no

    Colgio Diocesano Pio X de Joo Pessoa. Depois

    estudou no Colgio Carneiro Leo e Osvaldo Cruz,

    em Recife. Desde esse tempo revelaram-se seus

    pendores literrios. de 1916, por

    exemplo, o primeiro contato com

    O Ateneu, de Raul Pompia. Em

    1918, aos dezessete anos portanto,

    Jos Lins travou conhecimento com

    Machado de Assis, atravs do Dom

    Casmurro.

  • Desde a infncia, j trazia consigo outras razes, do sangue e da terra, que vinham de seus pais, passando de gerao em gerao por outros homens e mulheres sempre ligados ao mundo rural do Nordeste aucareiro, s senzalas e aos negros rebanhos humanos que a escravido foi formando.Aps passar sua infncia no interior e ver de perto os engenhos de acar perderem espao para s usinas, provocando muitas transformaes sociais e econmicas, foi para

    Joo Pessoa, onde fez o curso

    secundrio e depois, para

    Recife, onde matriculou-se,

    em 1920, na faculdade de

    Direito.

  • Nesse perodo, alm de colaborar periodicamente com o Jornal do Recife, fez amizade com Gilberto Freyre, que o influenciou e, em 1922, fundou o semanrio Dom Casmurro. Em Macei, tornou-se colaborador do Jornal de Alagoas e passou a fazer parte do grupo de Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Aurlio Buarque de Holanda, Jorge de Lima, Valdemar Cavalcanti, Alosio Branco, Carlos Paurlio e outros. Ali publicou o seu

    primeiro livro, Menino de

    engenho (1932), chave de

    uma obra que se revelou

    de importncia fundamental

    na histria do moderno

    romance brasileiro.

  • Alm das opinies elogiosas da crtica,

    sobretudo de Joo Ribeiro, o livro mereceu o

    Prmio da Fundao Graa Aranha. Em 1933,

    publicou Doidinho, o segundo livro do "Ciclo da

    Cana-de-Acar".

    ndice

  • Personagens

    Carlos: rfo da me aos quatro anos; que vai morar no engenho com o av.

    Jos Paulino: Av de Carlos; dono do engenho; homem bom e justo. Construra o grande engenho de Santa Rosa de uma pequena herana.

    Tio Juca: O tio que vai buscar Carlinhos para morar no engenho. Convive com o garoto quase toda sua infncia e ele que o leva para

    o colgio.

    Tia Maria: como se fosse uma segunda me para Carlos no

    engenho; tem muito carinho e

    ternura por ele.

    ndice

  • Resumo da obra

    Na obra "Menino de engenho" Carlos Melo narra, a infncia vivida no engenho Santa Rosa. Carlos, ou melhor, Carlinhos, ficou rfo de pai e me e foi viver no engenho Santa Rosa, que pertencia ao seu av materno, o Coronel Jos Paulino. A infncia de Carlinhos "dividida" entre o "bem e o mal", ou seja, na

    companhia de sua tia seu

    comportamento era mais

    terno, j quando convivia

    com seus primos, era

    extrovertido e libertino.

  • Vivendo no engenho, Carlinhos conheceu as desigualdades sociais entre os senhores de engenho e os seus empregados, promiscuidade e desrespeito sexual. Ali, Carlinhos conheceu tambm o amor, primeiro com a prima Lili, que veio a falecer ainda criana e, depois, com outra prima, Maria Clara, que morava no Recife e foi passar alguns dias no engenho. Maria Clara era um pouco mais velha que Carlinhos e

    contava-lhe as diverses

    e novidades da cidade.

  • Mas o romance durou pouco, a prima voltou para Recife e, logo em seguida, Carlinhos perdeu a sua "segunda me": sua tia Maria (moa de corao bom), casou-se e o garoto ficou aos cuidados da fria e austera tia Sinhazinha, uma mulher velha, com aproximadamente sessenta anos e que implicava com tudo.

    No entanto, a Austeridade da tia Sinhazinha faz com que Carlinhos torne-se ainda mais libertino a ponto de o garoto, com apenas doze

    anos contrair gonorria.

    A sada encontrada para colocar o garoto no "bom caminho" foi envi-lo para o colgio.

    ndice

  • Anlise crtica da obra

    Menino de engenho uma autobiografia das cenas da infncia de Jos Lins do Rego, que ainda estavam marcadas em sua mente.

    Segundo depoimento do prprio autor, a sua inteno ao elaborar a obra era escrever a biografia do av, o coronel Jos Paulino, a quem considerava uma figura das mais representativas da realidade patriarcal nordestina.

    Constatamos que o bigrafo foi

    superado pela imaginao criadora do

    romancista. A realidade bruta recriada

    atravs da criatividade do gnero

    nordestino.

  • TEMA O livro enfoca os abalos de estruturas de uma sociedade rural aristocratizante, latifundiria e escravocrata. O universo complexo em questo o mundo do menino de engenho, que vai da pureza s maledicncias , caracterizando uma realidade totalizadora e ao mesmo tempo um destino individual.

    O autor, no ltimo pargrafo do livro faz uma comparao de Carlos com Srgio, do livro O Ateneu (Raul Pompia), sendo que o

    primeiro sai de uma vida jovem, mas

    com muita experincia, para seguir

    seus estudos e o segundo sai de uma

    vida de mimos para um mundo onde

    experimentar sensaes que ainda

    no foram vividas.

  • No romance de Raul Pompia h uma atitude de

    exigncia interior de libertao de uma amargura

    avassaladora, intensificada e marcada pela

    caricatura, pelo sarcasmo e impiedade. J o que

    ocorre no romance de Jos Lins do Rego algo de

    ternura e intensa humanidade, dominado pela

    nostalgia do ambiente do engenho sob a decadncia

    do poderio da civilizao aucareira. Esse autor

    procura sentir e compreender

    a grandeza e a memria da

    natureza, humanos limites de

    um mundo do qual no deseja

    se desprender.

  • CRENDICES POPULARES O livro faz referncias a crendices populares, como a do lobisomem, que citada atravs de Joo Cutia, um comprador de ovos da Paraba. No tinha uma gota de sangue na cara e andava sempre de noite, para melhor fazer as suas caminhadas, sem sol. Achava-se que ele era lobisomem.

    O lobisomem outro mito, que existe no resto do Brasil, no Nordeste explicado

    de vrias formas. Uma delas que

    quando um casal tem sete filhos

    homens, se no der o ltimo para

    ser batizado pelo mais velho, ele

    vira lobisomem. Irmo que tem

    relaes sexuais com a irm, se

    tiver filho, ele ser lobisomem.

  • Quando Jos Gonalo, um negro que trabalhava no engenho de Jos Paulino, morto por Man Silvino, aparece o lendrio do engenho mal-assombrado, o qual no Nordeste ocorre meia-noite, no meio do silncio, quando o engenho comea a funcionar sozinho. Dizem que

    esta noite assombrada, s pode ser

    presenciada por aqueles que tm amor

    aos tempos que no voltam mais.

    Jos Paulino tambm fazia remdios uma crena nos medicamento naturais

    ele tratava de tudo, fazia sinapismos de

    mostarda, dava banhos quentes, leo de

    rcino, jacarati para vermes. Curava

    assim os negros, os netos, os

    trabalhadores e lancetava furnculos. ndice

  • Questes de vestibular

    01.(FAENQUIL / VUNESP) Leia o fragmento do romance Menino de Engenho, de Jos Lins do Rego, e responda questo. Meu av me levava sempre em suas visitas de corregedor s terras de seu engenho. Ia ver de perto os seus moradores, dar uma visita de senhor nos seus campos. O velho Jos Paulino gostava de percorrer a sua propriedade, de and-la canto por canto, entrar pelas suas matas, olhar as suas nascentes, saber das precises de seu povo, dar os seus gritos de chefe, ouvir queixas e implantar a ordem. Andvamos muito nessas suas visitas de patriarca. Sobre Menino de Engenho, correto afirmar que a) integra o conjunto de romances regionalistas brasileiros da primeira metade do sculo XX. b) se destaca pela narrativa maravilhosa, voltada pata a investigao psicolgica das personagens. c) foi a primeira obra em prosa a se voltar para os problemas sociais do Nordeste brasileiro. d) inicia, ao lado de Os Sertes, de Euclides da Cunha, o modernismo na prosa brasileira. e) faz parta da prosa nacionalista romntica, preocupada cm exaltar o homem brasileiro.

  • 02. (FAENQUIL / VUNESP) Leia o fragmento do romance Menino de Engenho, de Jos Lins do Rego, e responda questo. Meu av me levava sempre em suas visitas de corregedor s terras de seu engenho. Ia ver de perto os seus moradores, dar uma visita de senhor nos seus campos. O velho Jos Paulino gostava de percorrer a sua propriedade, de and-la canto por canto, entrar pelas suas matas, olhar as suas nascentes, saber das precises de seu povo, dar os seus gritos de chefe, ouvir queixas e implantar a ordem. Andvamos muito nessas suas visitas de patriarca. A repetio do pronome possessivo - seu(s), sua(s) - ao longo do texto serve ao intuito de a) chamar ateno para o tamanho do engenho. b) aproximar Jos Paulino dos habitantes do

    engenho. c) revelar o amor de Jos Paulino por sua terra. d) ressaltar a soberania do senhor de Engenho. e) mostrar o orgulho do narrador, por ser dono

    de tudo.

  • 03. (UFAM) Reproduzem-se abaixo alguns trechos do romance Menino de Engenho, de Jos Lins do Rego, os quais so relacionados, em seguida, a personagens da obra a que correspondem. Assinale a opo em que a correspondncia NO est correta. a) Ningum lhe tocava num capo de mato, que era mesmo que arrancar um pedao de seu corpo. Podiam roubam as mandiocas que plantava pelas chs, mas no lhe bulissem nas matas. Ele mesmo, quando queria fazer qualquer obra, mandava comprar madeira nos outros engenhos Jos Paulino. b) Mas ele pouco se importava comigo. Eu mesmo gostava de ouvir o bate-boca imundo. Pelo caminho, o moleque continuava nas suas lies, falando de mulheres e de doenas-do-mundo Z Guedes. c) Pequenina e toda engelhada, to leve que uma ventania poderia carreg-la, andava lguas e lguas a p, de engenho a engenho, como uma edio viva das Mil e Uma Noites Tia Maria. d) Mas ns, quando o vamos passar com as suas cestas de ovos, fugamos da estrada com medo. Diziam tambm que ele comia fgado de menino e que tomava banho com sangue de criana de peito Jos Cutia. e) Um dia amanheceu vomitando preto e com febre. Entrei no quarto onde ela estava, mais branca ainda, e a encontrei muito triste, ainda mais magrinha. Suas bonecas andavam por cima da cama como se fossem as suas amigas em despedidas Lili.

    ndice

  • Consideraes finais

    um romance melanclico, descritivo, e montono em muitas partes. Porm regionalista e mostra como era a realidade nos engenhos daquela poca.

    Apesar de ser uma histria que fala o tempo todo do mesmo assunto e do mesmo modo de explicar os fatos, uma leitura interessante e pode ser considerada uma biografia do autor.

    ndice