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SAFRA 2014 Segundo Levantamento Maio/2014 ISSN 2318-7913

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levantamento do cafe

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  • SAFRA 2014Segundo Levantamento

    Maio/2014

    ISSN 2318-7913

  • Presidenta da RepblicaDilma Rousseff

    Ministro da Agricultura, Pecuria e AbastecimentoNeri Geller

    Presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)Rubens Rodrigues dos Santos

    Diretoria de Poltica Agrcola e Informaes (Dipai)Joo Marcelo Intini

    Superintendncia de Informaes do Agronegcio (Suinf)Aroldo Antonio de Oliveira Neto

    Gerncia de Levantamento e Avaliao de Safras (Geasa)Francisco Olavo Batista de Sousa

    Equipe Tcnica da GeasaAirton Camargo Pacheco da SilvaBernardo Nogueira SchlemperCleverton Tiago Carneiro de SantanaEledon Pereira de OliveiraJuarez Batista de OliveiraJuliana Pacheco de AlmeidaMartha Helena Gama MacdoRoberto Alves de Andrade

    Superintendncias RegionaisBahia, Esprito Santo, Gois, Minas Gerais, Paran, Rondnia e So Paulo

  • SAFRA 2014Segundo Levantamento

    Maio/2014

    ISSN: 2318-7913Acompanhamento da Safra Brasileira de Caf, Segundo Levantamento, Braslia, p. 1-61, maio de 2014

  • Copyright 2014 Companhia Nacional de Abastecimento ConabQualquer parte desta publicao pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.Disponvel tambm em: Depsito legal junto Biblioteca Josu de CastroPublicao integrante do Observatrio AgrcolaISSN: 2318-7913Tiragem: 1.000Impresso no Brasil

    ColaboradoresAndrea Malheiros Ramos (INMET) Andr Luiz Farias de Souza (Geote)Candice Mello Romero Santos (Suinf) Fernando Arthur Santos Lima (Geote)Francielle do Monte Lima (Geote) Patrcia Mauricio Campos (Geote)Trsis Rodrigo de Oliveira Piffer (Geote)Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrcola (EBDA)Ramiro Neto Souza do AmaralEmpresa de Assistncia Tcnica e Extenso Rural do Estado de Rondnia (Emater-RO)Jos Tarcsio Batista MendesInstituto Capixaba de Pesquisa Assistncia Tcnica e Extenso Rural (Incaper-ES)Romrio Gava FerroSecretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de So Paulo (SAA-SP)Coordenadoria de Assistncia Tcnica Integral (CATI)Antnio Jos Torres; Paulo Srgio Vianna Mattosinho; Shigueru Kondo Instituto de Economia Agrcola (IEA)Celma da Silva Lago Baptistella, Celso Luiz Rodrigues Vegro, Jos Alberto ngelo, Carlos Fredo, Vera LciaFerraz dos Santos FranciscoSecretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento - Paran (SEAB-PR)Departamento de Economia Rural (Deral)Francisco Carlos Simioni e Paulo Srgio Franzini

    Colaboradores das SuperintendnciasES Kerley Mesquita de Souza, Paulo Roberto de Luna, Pedro Antnio Medalane CravinhoGO Adayr Malaquias de Souza, Espedito Leite Ferreira, Fernando Wilson Ferrante, Rogrio CsarBarbosaMG Eugnio Teixeira de Carvalho, Hygino Felipe Carvalho, Joo Eduardo Lopes, Jos Henrique RochaViana de Oliveira, Mrcio Carlos Magno, Patrcia de Oliveira Sales, Srgio de Lima Starling, Telma Ferreirae Silva, Terezinha Vilela de Melo Figueiredo, Warlen Csar Henriques MaldonadoRO Erik Colares de Oliveira, Joo Adolfo KsperEditorao:Superintendncia de Marketing e Comunicao (Sumac)Gerncia de Eventos e Promoo Institucional (Gepin)Diagramao:Marlia YamashitaFotos:Arquivo Dirab/Conab, Clauduardo Abade, Marlia Yamashita, Virglio NetoNormalizao:Thelma Das Graas Fernandes Sousa CRB-1/1843, Adelina Maria Rodrigues CRB-1/1739, Narda PaulaMendes CRB-1/562

    Catalogao na publicao: Equipe da Biblioteca Josu de Castro

    Acompanhamento da Safra Brasileira de Caf, Segundo Levantamento, Braslia, maio de 2014 1

    633.73(81)(05) C737a Companhia Nacional de Abastecimento.

    Acompamento da safra brasileira : caf v. 1, n. 1 (2013- ) Braslia : Conab, 2013-v.

    Trimestral

    Disponvel em: http://www.conab.gov.br

    ISSN:

    1. Caf. 2. Safra. 3. Agronegcio. I. Ttulo.

  • Sumrio

    1. Introduo........................................................................................................................ 32. Produo.......................................................................................................................... 43. rea cultivada...................................................................................................................44. Avaliao por estado...................................................................................................... 5

    4.1. Minas Gerais............................................................................................................. 54.1.1. Condies climticas....................................................................................... 54.1.2. Estimativa de produo................................................................................... 54.1.3. Situao das lavouras..................................................................................... 84.1.4. Consideraes finais....................................................................................... 8

    4.2. Esprito Santo.......................................................................................................... 94.2.1. Caf arbica.................................................................................................... 104.2.2. Caf robusta.................................................................................................... 10

    4.3. So Paulo................................................................................................................ 114.4. Bahia....................................................................................................................... 124.5. Paran..................................................................................................................... 134.6. Rondnia................................................................................................................ 144.7 Gois....................................................................................................................... 15

    5. Aspectos fisiolgicos do cafeeiro estresse abitico............................................ 166. Monitoramento agrcola via satlite........................................................................... 197. Receita bruta do caf.................................................................................................. 368. Custos de produo de caf....................................................................................... 389. Preos do caf beneficiado........................................................................................ 4110. Crdito rural............................................................................................................... 4711. Exportao................................................................................................................. 4812. Localizao das reas de cultivo............................................................................. 5013. Tabelas e grficos dos resultados obtidos no levantamento............................... 5114. Referncias bibliogrficas consultadas.................................................................. 60

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  • 1. INTRODUO

    A CONAB realiza quatro levantamentos de campo ao longo do ano safra da cultura,como segue:Primeiro levantamento ms de dezembro - perodo ps-florada; Segundo levantamento ms de abril perodo pr-colheita;Terceiro levantamento ms de agosto perodo plena colheita; eQuarto levantamento ms de dezembro perodo ps-colheita.

    Aps tratamento estatstico dos dados obtidos em campo, so divulgadas as quatroprevises para as safras em curso, sinalizando a tendncia da produo de caf em cadaestado, com o objetivo de permitir a elaborao de planejamentos estratgicos por toda acadeia produtiva do caf, bem como, a realizao de diversos estudos pelos rgos degoverno envolvidos com a cafeicultura, visando a criao e implantao de polticaspblicas para o setor.

    Ressaltamos que estas previses iniciais so passveis de correes e ajustes aolongo do ano safra, notadamente as duas primeiras, visto que informaes mais precisassomente se consolidam com a finalizao da colheita. Quaisquer fenmenos climticosque por ventura tenham ocorrido so detectados e estimado o provvel efeito, porm, asconsequncias reais sero efetivamente mensuradas a medida que a colheita avana.

    A realizao destes levantamentos de dados pela Conab, para efetuar a estimativada safra nacional de caf, somente possvel graas s parcerias estaduais, ocompromisso e a dedicao profissional dos tcnicos das seguintes instituies:

    Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de So Paulo(SAA/IEA/SP);

    Coordenadoria de Assistncia Tcnica Integral (CATI); Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistncia Tcnica e Extenso Rural

    (Incaper/ES); Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrcola S/A (EBDA/BA); Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paran (SEAB)

    Departamento de Economia Rural (Deral/PR); Empresa de Assistncia Tcnica e Extenso Rural do Estado de Rondnia

    (Emater/RO).So consultados tambm, escritrios e tcnicos do Instituto Brasileiro de Geografia

    e Estatstica (IBGE), para obter estatsticas dos demais estados com menores proporesde produo e para compatibilizar os nmeros globais dos estados de maior produo.

    O trabalho conjunto rene interesses mtuos, aproveitando o conhecimento localdos tcnicos dessas instituies, que ao longo dos anos realizam esta atividade deavaliao da safra cafeeira com muita dedicao, aos quais, na oportunidade, a Conabregistra os seus agradecimentos, cujo apoio tem sido decisivo para a qualidade ecredibilidade das informaes divulgadas.

    As informaes disponibilizadas neste relatrio se referem aos trabalhos realizadosno perodo de 06 a 17 de abril 2014, quando foram visitados os municpios dos principaisestados produtores (Minas Gerais, Esprito Santo, So Paulo, Bahia, Paran, Rondnia eGois), que correspondem a 98,3% da produo nacional.

    Foram realizadas entrevistas e aplicados questionrios aos informantespreviamente selecionados. Apesar deste ano safra ser de ciclo negativo de bienalidade da

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  • produo, o resultado desta estimativa uma produo recorde dentro deste ciclo,resultado da melhora dos tratos culturais das lavouras, influenciada pela recuperao dospreos nos mercados externo e interno.

    2. PRODUOA segunda estimativa para a produo da safra cafeeira (espcies arbica e

    robusta) em 2014, indica que o pas dever colher um volume de 44,57 milhes de sacasde 60 quilos de caf beneficiado (Tabela 1). O resultado representa uma reduo de9,33%, ou 4,58 milhes de sacas quando comparado com a produo de 49,15 milhesde sacas obtidas no ciclo anterior.

    O caf arbica representa 72,4% da produo total (arbica e robusta) de caf dopas. Para a nova safra estima-se que sejam colhidas 32,23 milhes sacas. O resultadorepresenta uma reduo de 15,81% (-6.051,3 mil sacas). Tal reduo se deve as forteestiagem verificada nos primeiros meses de 2014, ao das podas nos cafezais e inversoda bienalidade em algumas regies produtoras.

    A produo do robusta, estimada em 12,33 milhes de sacas, representa umcrescimento de 13,49%. Este resultado se deve, sobretudo, recuperao daprodutividade, que na safra anterior sofreu com a forte estiagem, e ao crescimento darea em produo, principalmente no estado do Esprito Santo, maior produtor da espcierobusta.

    Com este resultado nesta nova safra, quebra-se a tendncia de crescimento daproduo que, desde a safra de 2005 vinha se observando nos ciclos de alta bienalidade,inclusive ficando abaixo da ltima safra que foi de baixa.

    Na tabela abaixo, observa-se a evoluo da produo de caf no pas. Os anospares correspondem aos anos de produo em safras de alta bienalidade.

    3. REA CULTIVADA

    A rea total plantada com a cultura de caf (espcies arbica e robusta) no pastotaliza 2.267.577,8 hectares, 1,90% inferior rea colhida na safra passada ecorresponde a uma reduo de 44.021,2 hectares. Desse total, 341.504,4 hectares(15,06%) esto em formao e 1.926.073,4 hectares (84,94%) esto em produo.

    Em Minas Gerais est concentrada a maior rea com 1.245.710 mil hectares,predominando a espcie arbica com 98,89% no estado. A rea total estadual representa53,89% da rea cultivada com caf no pas.

    No Esprito Santo est a segunda maior rea plantada com a cultura cafeeira,totalizando 488.583 hectares, sendo 310.088 hectares com a espcie robusta e 178.495hectares com a arbica. O estado o maior produtor da espcie conilon, com participao

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    CAF BENEFICIADOCOMPARATIVO DE PRODUO

    (Em m ilhes de sacas)SAFRA 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014(*)ARBICA 31,71 23,81 33,01 25,10 35,48 28,87 36,82 32,19 38,34 38,29 32,23CONILON 7,56 9,13 9,50 10,97 10,51 10,60 11,27 11,29 12,48 10,86 12,33TOTAL 39,27 32,94 42,51 36,07 45,99 39,47 48,09 43,48 50,82 49,15 44,56Legenda: (*) Ponto mdio entre o interv alo (46,53 a 50,15) maio/2014Fonte: Conab

  • de 75,82% na semeada com a espcie no pas.

    4. Avaliao por estado

    4.1. Minas Gerais

    As informaes da safra, ora divulgados, refletem a percepo dos informantesligados cafeicultura mineira, comparativamente aos nmeros alcanados na safrapassada, levando-se em conta fatores ligados produo, tais como: bienalidade dacultura, tratos culturais, ataques de pragas e doenas, condies climticas ocorridas aolongo do ciclo produtivo da cultura, preos de comercializao do caf e custos deproduo, dentre outros.

    4.1.1. Condies climticas

    As chuvas iniciaram no final de setembro, esparsas e bastante irregulares, e assimse mantiveram at meados de novembro, quando passaram a ocorrer com maiorfrequncia e volume, contribuindo para a abertura de floradas, viabilizando o vingamentodos gros e indicando boa carga produtiva para as lavouras. Dezembro iniciou comchuvas mais constantes, atrasando e dificultando as operaes de adubao da cultura,mas garantindo o teor de umidade necessrio para o desenvolvimento dos cafezais, esem expectativa de prejuzos para as lavouras. Seguiu-se, no entanto, um longo e severoperodo de estiagem no decorrer do primeiro trimestre de 2014, em todo o estado deMinas Gerais, mas de durao e intensidade bastante heterognea entre regies, entremunicpios, e mesmo de uma lavoura para outra, muitas vezes comprometendo, pelomenos, uma etapa da adubao, devido falta de umidade, e concorrendo, tambm, paraintensificar o ataque de pragas, com destaque para cercspora, bicho mineiro, carovermelho e broca.

    O deficit hdrico, provocado pela escassez e irregularidade das chuvas ocorridasneste perodo, e agravado pelas condies de elevadas temperaturas, vem causandosrios danos s lavouras de caf, atingidas na fase de formao e enchimento de gros -estdio em que se define o tamanho, o peso e a qualidade dos gros -, e j sinalizandoperdas no rendimento da safra 2014, bem como um possvel comprometimento daproduo da safra 2015, em face do menor crescimento vegetativo dos ramos produtivosque vem sendo constatado em grande parte do parque cafeeiro.

    A partir de maro voltou a chover moderadamente, e embora o volume deprecipitaes ainda no seja suficiente para repor o deficit hdrico acumulado, nemtampouco para reverter a expectativa de perdas na safra 2014, vem conseguindo, aomenos, viabilizar a adubao das lavouras, impulsionada pelo aquecimento dos preos demercado, e que pode vir a impactar, positivamente, a safra 2015.

    4.1.2. Estimativa de Produo

    A produo de Minas Gerais est estimada em 22.992.048 sacas de caf na safra2014. A produtividade mdia do estado dever atingir 22,97 sc/ha. Em comparao com asafra anterior, a estimativa sinaliza um recuo da produo cafeeira em 16,9%, refletindo

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  • um cenrio diferente do esperado nos levantamentos iniciais. Tal reduo decorreu pela inverso da bienalidade em algumas regies do estado,

    tais como: a Zona da Mata Mineira, da reduo da rea em produo provocada peloaumento das podas nos cafezais e pela forte estiagem acompanhada de altastemperaturas nos primeiros meses do ano, que alm de comprometer os trabalhos deadubao das lavouras, trar prejuzos para a quantidade e qualidade do caf a sercolhido.

    A produo de caf na regio do Sul de Minas foi reavaliada para 10.873.552sacas, revertendo a tendncia de ligeiro crescimento projetada poca do primeirolevantamento e sinalizando uma retrao de 18,58% comparada safra 2013 e de20,83% em relao ao prognstico inicial da safra 2014. Houve algumas reavaliaes derea na regio, decorrentes do aumento de podas, com destaque para osesqueletamentos, manejo que vem sendo cada vez mais utilizado nos ltimos anos e quetem concorrido para diminuir a amplitude de variao entre a produo das safras debienalidade alta e de bienalidade baixa. Comparativamente a 2013, a reduo da rea emproduo no Sul de Minas foi da ordem de 17 mil hectares, representando uma variao amenor de apenas 3,32%.

    A projeo de queda na produo decorreu, portanto, notadamente da reavaliaoda produtividade mdia da regio, estimada em 21,58 sc/ha, com uma retrao de15,77% em comparao com a safra 2013 e de 20,28% em relao ao primeirolevantamento da safra 2014, em decorrncia da forte estiagem que atingiu as lavouras noprimeiro trimestre, e que chegou a motivar a decretao de estado de emergncia emalguns municpios, tamanha a intensidade do problema, bem como a demanda deelaborao de laudos de perdas para efeito de acionamento de seguro nas reas maisfortemente prejudicadas.

    De fato, h uma forte tendncia de queda no rendimento, visto que as condiesclimticas adversas concorreram para o aumento significativo da presena de frutos comgros chochos, mal formados, nicos, com sintomas de corao negro e/ou midos,sobretudo nas lavouras mais novas, em que pese grande parte das lavouras se mostrarbem enfolhada e bastante carregada.

    Regio do Cerrado Mineiro - A segunda estimativa de produo de caf na regiodo cerrado mineiro para a safra 2014 de 5.813.520 sacas de 60 kg, o que representaum aumento de 11,52%, comparativamente safra anterior. A produtividade mdiaapresentou um incremento de 8,25%, estimada em 33,31 sacas/ha. A rea de caf emproduo teve um acrscimo de 3,03% em relao safra anterior, totalizando 174.554hectares.

    Este aumento na produo de caf na safra atual se deve ao ganho deprodutividade decorrente do ciclo bienal da cultura, que embora atenuado nas ltimassafras, por fatores diversos, como clima, investimentos, manejo das lavouras, entreoutros, de bienalidade positiva na regio, aliado a um aumento da rea de caf emproduo, resultante da incorporao de novas reas que se encontravam em formao erenovao. Devido aos baixos preos do caf, praticados at recentemente, houve umaumento da rea de podas nas lavouras, principalmente esqueletamentos, com afinalidade de reduzir os custos com a manuteno da cultura.

    Na regio do cerrado mineiro, as condies climticas de outubro a dezembro de2013, apesar de alguma irregularidade na distribuio das chuvas, se mostraram bastantefavorveis para as lavouras, ensejando a formao de boas floradas, assim como o bom

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  • pegamento e desenvolvimento dos frutos em sua fase inicial. Entretanto, em janeiro efevereiro de 2014, fase de granao dos frutos, as chuvas foram escassas e com grandeirregularidade na distribuio espacial e temporal, ocorrendo em forma de pancadasisoladas, atingindo de forma diferenciada, lavouras de uma mesma localidade ou sub-regio. As temperaturas tambm estiveram bastante elevadas no perodo. Lavouras maisjovens, com sistema radicular menos desenvolvido, tambm sofreram mais os efeitos daestiagem.

    Em maro e abril as chuvas voltaram a ocorrer com maior frequncia na regio,melhorando as condies de armazenamento de gua no solo. Atualmente as condiesdas lavouras sob o aspecto vegetativo so consideradas dentro da normalidade.

    Com um regime pluviomtrico um pouco mais favorvel e uma rea significativa delavouras irrigadas, estima-se que as perdas na regio do cerrado mineiro, decorrentes degros mal formados e menor renda no beneficiamento, sejam menores que em outrasregies produtoras do estado. Dessa forma, a real extenso das perdas provocadas peloperodo de estiagem na produtividade das lavouras, s devero ser conhecidas a partir doincio da colheita e beneficiamento do caf, previsto para o final de maio e incio de junho.

    Na Zona da Mata a produo estimada de caf para a safra 2014 de 5.566.510sacas de 60 kg. Os levantamentos de campo apontam para um recuo da produo de33%, equivalente a 2.749.452 sacas, quando comparados com a safra anterior. A rea emproduo para a regio est estimada em 285.838 hectares, decrscimo de 7,7% emrelao safra passada. A produtividade mdia estimada de 19,5 sc/ha. Tal expectativade reduo da produo deve-se bienalidade negativa das lavouras, ao aumentosignificativo das podas dos cafezais com diminuio da rea em produo, e a forteestiagem acompanhada de altas temperaturas de janeiro e fevereiro, que alm deprejudicar os trabalhos de adubao das lavouras, trar prejuzos para a quantidade equalidade do caf a ser colhido, em razo do forte deficit hdrico a que foram submetidosos cafezais durante o perodo de crescimento dos frutos.

    Ressaltamos que todos os municpios visitados apontam para uma diminuioexpressiva da produtividade na prxima safra, refletindo a reduo do potencial produtivodos cafezais da regio na esteira de uma safra recorde em 2013, e demonstrando umavez mais o descompasso de produo existente entre a regio da Zona da Mata e asdemais regies cafeeiras do estado.

    Nas Regies Norte de Minas, Jequitinhonha e Mucuri, outubro e novembro forammarcados por precipitaes esparsas e irregulares, porm, suficientes para minimizar odeficit hdrico caracterstico da regio e favorecer a abertura de boas floradas naslavouras. Dezembro foi caracterizado por intensas precipitaes intercaladas com brevesperodos de estio, favorveis, portanto, ao bom pegamento dos frutos. A produoestimada para a regio de 738.466 sacas de caf, com uma produtividade mdia de 20sc/ha. Dessa forma, estima-se uma reduo de 4,9% na produo da safra 2014 emrelao safra 2013, contrariando as estimativas iniciais, em razo da forte estiagem ealtas temperaturas ocorridas na regio ao longo dos primeiros meses de 2014, quedevero provocar perdas significativas nas lavouras.

    As regies Norte de Minas, Jequitinhonha e Mucuri, possuem cento e cincomunicpios produtores de caf perfazendo uma rea de produo de 36.805 hectares,com produtividade mdia variando entre sete a oitenta sacas por hectare. Esta diferenade produtividade faz com que a variao percentual da regio, quando da expanso dosdados da base amostral, os resultados se enquadram em patamares elevados de desviopadro sob o ponto de vista da estatstica. Cerca de 40% da rea cultivada nestas regies

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  • se referem a lavouras conduzidas com baixo nvel tecnolgico, com pouca ou nenhumautilizao de insumos, localizadas fora da rea de zoneamento agrcola do caf e semacesso aos benefcios do crdito e pesquisa. Em contrapartida, as reas restantes secaracterizam por lavouras de elevado nvel tecnolgico, irrigadas e bem conduzidas,apresentando produtividade mdia bastante elevada.

    4.1.3. Situao das lavouras

    A despeito do longo perodo de estiagem e das altas temperaturas nos primeirosmeses do ano, coincidindo com o perodo de enchimento dos gros, quando sodemandados altos nveis de nutrientes e comum o desgaste fisiolgico das lavouras,especialmente aquelas com alta produo, a situao atual dos cafezais, sob o aspectovegetativo, so consideradas dentro da normalidade. Tal condio reflete o retorno daschuvas em todo o estado a partir de maro e abril e a retomada dos tratos culturais daslavouras, ainda que tardios, incentivados pela recuperao dos preos do caf em 2014.

    As lavouras se apresentam, predominantemente, na fase de maturao dos frutos,com registros de incio da colheita em alguns municpios ainda em abril, devido aoamadurecimento prematuro, principalmente nas lavouras novas de primeira e segundacargas, localizadas em regio de baixa altitude. Essas lavouras tm apresentado baixorendimento, uma vez que os gros no se desenvolveram de forma adequada, sendonecessrio um maior volume de litros para a formao de uma saca de caf.

    Em relatrio anterior, publicado em janeiro, a Conab registrou a preocupao dacadeia produtiva do caf em Minas Gerais com o recrudescimento dos ataques da broca(Hypothenemus hampeii) nas lavouras, cujo combate vem sendo dificultado pela proibiode uso do defensivo endosulfan, haja vista a baixa capacidade de resposta dos produtosregistrados no MAPA para o controle desta praga. Considerando a gravidade do problemae o risco iminente de surto pela infestao da praga, o MAPA, em 12 de maro de 2014,decretou estado de emergncia fitossanitria em Minas Gerais, atravs da Portaria n188, que autoriza a adoo das medidas emergenciais necessrias ao controle da broca.

    4.1.4. Consideraes finais

    Discusses refletindo a apreenso geral de produtores e tcnicos quanto aoresultado da presente safra tm sido frequentes, coletas aleatrias de gros tm sidorealizadas nas lavouras para fundamentar previses de rendimento com base na prticados mais diversos testes, especulaes distintas permeiam toda a cadeia, algumas maisconservadoras, outras bastante pessimistas, e embora seja indiscutvel a ocorrncia deperdas na presente safra, a tarefa de traduzir em nmeros esta expectativa de quebra,vem se mostrando uma tarefa bastante difcil, sendo consensual a concluso de que ssero obtidos dados mais consistentes com o avano da colheita e beneficiamento daproduo, ainda incipientes.

    Acompanhamento da Safra Brasileira de Caf, Segundo Levantamento, Braslia, maio de 2014 8

  • 4.2. Esprito Santo

    Os dados para a segunda estimativa da safra de 2014 no Esprito Santo foramlevantados entre maro/abril de 2014. Estas informaes foram levantadas por tcnicosdo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistncia Tcnica e Extenso Rural (Incaper), nosmunicpios produtores de caf arbica e de caf conilon do estado.

    Como resultado desse trabalho verifica-se que a produo total da segundaestimativa de safra cafeeira de 2014 no Esprito Santo ser de 12.208 mil de sacas.Desse quantitativo, 2.858 (23,42%) mil de sacas sero de caf arbica e 9.350 (76,58%)mil de sacas de caf conilon. Esse total oriundo de um parque cafeeiro em produo de447.355 hectares. Assim, a pesquisa indica uma produtividade mdia de 17,60 sacas porhectare para o caf arbica e 32,81 sc/ha para o caf conilon, resultando em umaprodutividade estadual, ponderando caf arbica e conilon de 27,29 sc/ha.

    Fazendo um paralelo entre a produo de 2013 e 2014, verifica-se o acrscimo de4,37% na produo geral do Esprito Santo. Houve o decrscimo de 18,01% para o cafarbica e o acrscimo de 13,87% para o caf conilon.

    O decrscimo significativo previsto da produo de caf arbica, deve-se ao fato deuma grande safra em 2013, a instabilidade e os baixos preos, problema climticoenvolvendo altas temperaturas e deficit hdrico de janeiro a maro de 2014,principalmente na regio do Capara, nas plantaes entre 500 e 700 metros de altitudes,que concentra expressiva rea de plantio. Assim, a bienalidade pronunciada, associadosa instabilidade e preos muito baixos, levaram a muitos produtores a diminuir asadubaes, os tratos culturais e efetuarem podas intensas nas lavouras.

    Para o caf conilon em 2014, o acrscimo de produo deve-se ao fato doPrograma de Renovao e Revigoramento de Lavouras, a baixa produo de 2013, oelevado vigor das plantas, a adequada florada e sua fertilizao e, as condiesclimticas favorveis na regio norte do estado, onde encontra-se cerca de 80% daproduo capixaba. As lavouras possuem potencial para maior produo, mas ainstabilidade climtica e os preos baixos, levaram a muitos produtores diminurem asadubaes e os tratos culturas.

    As lavouras de caf arbica e conilon do Esprito Santo apresentam capacidade deresponder ainda mais produo. Para tal, h ainda, necessidade de estabilidade depreos, uma vez que, os produtores necessitam de recuperao de suas capacidades deinvestimentos e de condies financeiras para realizarem de forma adequada asadubaes, tratos culturais e fitossanitrios. As lavouras tm sido renovadas comvariedades superiores e outras tecnologias associadas, que com certeza poderocontribuir para aumentar de forma significativa a produo, e, melhoria da qualidade finaldo produto do caf no Esprito Santo.

    Registra-se a renovao na ordem de 6% do parque cafeeiro do estado, utilizandoas tecnologias desenvolvidas pelo programa de pesquisa desenvolvido pelo Incaper. Arenovao e revigoramento das lavouras com o uso adequado das tecnologias(variedades, adensamento, poda, manejo de solo, pragas doenas, irrigao, tmproporcionado obteno de resultados muito satisfatrio em produtividade esustentabilidade da atividade. Muitos produtores tm alcanado produtividades superioresa 60 e 100 sacas beneficiadas/por hectare para caf arbica e conilon.

    Acompanhamento da Safra Brasileira de Caf, Segundo Levantamento, Braslia, maio de 2014 9

  • 4.2.1. Caf Arbica

    Para a segunda estimativa de previso de safra cafeeira 2014, a produo doEsprito Santo foi estimada em 2.858 milhes de sacas, 18,01% inferior produo de2014 que foi de 3.486 mil de sacas. Essa produo oriunda de um parque cafeeiro emproduo de 162.352 hectares. A pesquisa indica uma produtividade mdia de 17,60sc/ha.

    O decrscimo significativo previsto da produo de caf arbica, deve-se ao fato deuma grande safra, a baixa remunerao recebida pelo produtor em 2013 e problemasclimticas devido s altas temperaturas e baixa precipitao pluviomtrica de janeiro amaro de 2014, na regio Capara, sobretudo, nas plantaes que se encontram de 500a 700 metros de altitudes. A bienalidade pronunciada do caf arbica, associados instabilidade e baixos preos levaram a muitos produtores a diminuirem as adubaes, ostratos culturais e efetuarem podas intensas nas lavouras.

    As lavouras tm potencial para o incremento da produo, devido insero cadavez maior dos cafeicultores no programa de renovao e revigoramento de lavouras(Programa Renovar Caf Arbica), com a utilizao das boas prticas agrcolas.

    O parque cafeeiro de arbica capixaba encontra-se envelhecido. H necessidadede acelerar o processo de renovao. A dificuldade na renovao e revigoramento delavouras, e, a realizarem adequadamente as adubaes, dos tratos culturais efitossanitrios, deve-se ao fato da descapitalizao dos cafeicultores, em funo dospreos muito baixos pago pelo caf, que est aqum do custo de produo para muitoscafeicultores.

    Registra-se que por intermdio do uso dos resultados de pesquisa nas diferentesreas do conhecimento desenvolvidos pelo Incaper, na renovao e revigoramento delavouras, amparado pelo Programa Renovar Caf Arbica, muitos produtores vmalcanando produtividades acima de 60 sacas beneficiadas por hectare e produto finalcom qualidade superior.

    4.2.2. Caf Robusta

    Para a segunda previso de estimativa de safra 2014 de caf robusta, a produofoi estimada em 9.350 mil de sacas, que representa o acrscimo de 13,87% em relao safra 2013. Essa produo oriunda de um parque cafeeiro em produo de 285.003hectares. A pesquisa indica uma produtividade mdia de 32,81 sc/ha.

    Para o caf robusta em 2014, o acrscimo de produo deve-se ao fato doprograma de renovao e revigoramento de lavouras, a baixa produo de 2013, oelevado vigor das plantas, a adequada florada e sua fertilizao e, as condiesclimticas favorveis, sobretudo, na regio norte do estado que responsvel por mais de80% da produo do robusta capixaba. As lavouras possuem potencial para maiorproduo, mas os preos baixos e instveis, levaram a muitos produtores a diminurem asadubaes e os tratos culturas.

    Registra-se que as lavouras apresentam capacidade de responder ainda mais produo. Para tal, h ainda, necessidade de melhoria e estabilidade de preos, uma vezque os produtores necessitam de recuperao de suas capacidades de investimentos ede se capitalizarem para aquisio dos insumos e realizao adequadas dos tratosculturais e fitossanitrios, seguindo as recomendaes tcnicas. As lavouras tm sido

    Acompanhamento da Safra Brasileira de Caf, Segundo Levantamento, Braslia, maio de 2014 10

  • renovadas usando as tecnologias das diferentes reas do conhecimento, desenvolvidaspelo programa de pesquisa do Incaper que tem sido realizado desde 1985. Assim, namaioria do estado tem ocorrido muitas mudanas nos aspectos tecnolgicos, referentesao uso de variedades clonais, plantios mais adensados, a poda programada de ciclo, airrigao, as melhorias nas estruturas de colheita, secagem, beneficiamento earmazenamento, em prol do aumento da produtividade, melhoria da qualidade esobretudo, na sustentabilidade da atividade.

    Muitos produtores seguindo as recomendaes tcnicas, tm alcanadoprodutividades superiores a 100 sacas beneficiadas por hectare e caf com qualidadesuperior. Salienta-se ainda, que nos ltimos 20 anos a produtividade e produo estadualaumentou cerca de 300%, colocando o Esprito Santo em destaque, como o maiorprodutor de caf robusta do Brasil. Os 9,35 milhes de sacas representam cerca de 76%da produo nacional de cerca de 20% do caf robusta do mundo.

    Na Tabela 7 encontra-se a previso de estimativa dos meses de colheitas para asafra de 2014. Verifica-se a maior concentrao da colheita de caf no Esprito Santo emmaio, junho e julho. Aproximadamente 90% da colheita do caf arbica se realizar emmaio e agosto e mais de 90% da colheita de caf robusta, em maio e junho.

    Registra-se que essa a segunda estimativa de produo para a prxima safra.Atualmente, os frutos nas lavouras, encontram-se na fase de maturao. Melhor aferiodos dados e dos resultados ocorrer na terceira estimativa de safra, em agosto/setembrode 2014. Nessa poca, sero mais bem avaliadas, as interferncias do clima, uma vezque naquela poca, mais de 85% do caf do Esprito Santo j ter sido colhido.

    4.3. So Paulo

    Neste levantamento so apresentados os resultados da segunda campanha delevantamento da safra 2014 de caf arbica, em So Paulo, apurados em abril de 2014,os quais diferentemente da primeira campanha, realizada em novembro de 2013, destavez refletem os efeitos da anomalia climtica que incidiu sobre os cintures produtores.

    Tendo em conta as repercusses da anomalia climtica sobre as lavouras,observada no primeiro trimestre de 2014, neste levantamento procurou-se estimar amdia da renda obtida ps-beneficiamento. Em ciclos de alta espera-se renda entre 20kga 22kg de caf verde por saca de 40kg de caf coco beneficiado. Todavia, em razo damencionada anomalia espera-se reduo desse rendimento (por m formao/mgranao/chochamento), estabeleceu-se percentual de correo do volume esperado(renda de 21kg) e para aquele produto efetivamente comercializado (renda mdiadeclarada 19,1kg).

    A estimativa de rea ocupada com lavouras de caf em So Paulo somou nesselevantamento 162.832 hectares cultivados, dos quais 152.665 hectares em produo e10.167 hectares em formao. Enquanto as lavouras em produo exibem estande de3.004pl/ha, as lavouras em formao alcanam as 3.914pl/ha, indicando que oscafeicultores esto adensando suas lavouras, visando, principalmente, o incremento daprodutividade mdia obtida nesses talhes.

    O levantamento estimou produo comercial de 4.233.800 sacas de 60kg de cafbeneficiado, representando incremento de apenas 5,58% frente obtida na safra anterior,porm 4,68% abaixo da primeira estimativa da safra 2014 (levantamento denovembro/13).

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  • No principal cinturo cafeicultor paulista, a Alta Mogiana como tambm nosudoeste paulista (Ourinhos/Avar), os efeitos da anomalia climtica no foram todrsticos, comparativamente a outras regies do estado (Mantiqueira de So Joo da BoaVista e de Bragana Paulista). Esse fenmeno conferiu maior resilincia produo totalobtida no estado, que se manteve dentro daquela esperada para um ciclo de baixa.

    Nesse levantamento constatou-se reduo de 40,29% na rea em formao frente previso final de 2014. Similar comportamento observou-se para as reas erradicadas,que nesse levantamento somou 16.432 hectares, concentrando-se, em mais 85%, noextrato dos municpios sem expresso na cafeicultura paulista. Espera-se que tanto osnovos plantios quanto a erradicao de talhes invertam suas tendncias, com aconsolidao de cenrio otimista para a remunerao obtida pelo produto nessa e naprxima safra.

    4.4. Bahia

    Nesta segunda estimativa da previso de safra cafeeira na Bahia, a ser colhida em2014, verificou-se que o parque cafeeiro demonstra claramente os efeitos da seca, pelaqual tem passado e mesmo com as chuvas ocorridas mais recentemente e que tambmno tm sido regulares nos diversos municpios produtores de caf, os resultadosaparecero no momento da colheita que j se iniciou. A rea total cultivada (em formaoe em produo) com caf no estado, totaliza 147.005,5 hectares, praticamente a mesmacultivada na safra anterior.

    Como muitas lavouras velhas de robusta foram substitudas e nas regiesprodutoras de arbicas, houve muitas reas podadas de forma mais drsticas para forarsua recuperao e utilizar menos insumos, j que os preos do caf no satisfazem osprodutores, a atual safra apresenta um incremento em relao colhida, estimado nomomento em 10,2%, ou seja, passando de 1.803,3 mil sacas colhidas em 2013, para1.987,3 mil sacas na nova safra.

    As lavouras podadas permanecem se recuperando bem com as chuvas maisnormalizadas na maioria das regies produtoras, podendo evoluir para produes maioresnas prximas safras, embora, ainda sofra os efeitos dos preos praticados no mercado, oque reflete em menor uso de insumos e tendncia ao abandono de reas, comoconsequncia do desnimo de muitos produtores com a cultura, os quais passam aprocurar outras alternativas.

    Regio do CerradoLocalizada no oeste da Bahia, a Regio do Cerrado, apresenta para esta safra

    2014, uma rea total cultivada de 14.910,5 hectares de caf arbica, totalmente irrigadapelo sistema de piv central, destacando-se como lavoura que emprega a mais altatecnologia disponvel, atingindo as melhores produtividades do pas, a exemplo das reasirrigadas de outros estados produtores.

    Estas condies tcnicas, aliada a um solo plano, permitem que a colheita que toda mecanizada se concentre quase que totalmente em maio, com uma expectativa deque se possa atingir em torno de 456.600 sacas, ou seja, uma produtividade de 38,5sc/ha, descontados os 3.052 hectares da rea em formao e/ou recuperao, o queseria um incremento de 14,49% na produo em relao safra anterior.

    A qualidade do caf produzido no cerrado baiano permite que o produto seja

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  • colocado com maior facilidade no mercado externo, o que valoriza e favorece acomercializao do produto, que complementada pela demanda mais exigente domercado interno.

    Regio do PlanaltoEsta regio, abrangida em sua maioria pelo semirido baiano, passou por um

    longo perodo de 3 anos de seca, o que afetou seriamente a planta e compromete a suaprodutividade para esta e as prximas safras. Aquela rea j contava com uma lavouradeficiente, por conta dos baixos preos do produto que no compensavam ao produtorinvestir em melhorias, agora precisar de novos investimentos para sua recuperao.Regies tradicionais produtoras de caf de qualidade, como a Chapada Diamantina, terque investir na recuperao da cultura, para voltar a produzir um dos melhores cafbrasileiro. A produo para a regio est estimada em 761,2 mil sacas, com umaprodutividade de 7,73 sc/ha.

    Regio do AtlnticoRegio localizada no extremo sul baiano, composta pelos municpios que se

    situam em torno do Municpio de Ilhus e Eunpolis, a cultura predominante do cafrobusta, o qual, com a grande influncia de agricultores capixabas, vem sendoincrementada nos ltimos anos em que o produto daquela variedade passou a ser melhorremunerado. Nessa regio que abrange o litoral, onde se produz o caf de sequeiro oclima foi mais razovel e existem boas perspectivas de safras para este ano, podendoatingir um volume de 769,5 mil sacas.

    4.5. Paran

    A estimativa da rea cultivada com caf no Paran de 58.040 hectaresconfirmando a diminuio de quase 30% dos 81.960 hectares existentes no fechamentoda safra 2013. Lembrando que esta reduo reflexo da forte crise de renda que oscafeicultores sofreram a partir da safra 2012 sendo agravada em 2013 onde os preosrecebidos ficaram abaixo do custo de produo, aliada dificuldade em gerenciaratividade com grande dependncia de mo de obra e as fortes geadas que atingiram amaioria das lavouras do estado em julho do ano passado.

    A rea em produo est estimada em 34.335 hectares, ou seja, apenas 59% darea total ter alguma produo nesta safra sendo que os 41% restante est em formaopredominado nestas reas as lavouras que sofreram com as geadas e que em suamaioria foram manejadas com podas e, portanto, no tero colheita este ano. Segundodados apurados na pesquisa objetiva por amostragem realizada em dezembro de 2013,os 23.705 ha que se encontram em formao em assim distribudos: 8% lavouras novas(< 3 anos), 15% lavouras decotadas (poda leve), 21% lavouras recepadas (poda baixa)e 56% lavouras esqueletadas (poda lateral).

    A previso de produo para 2014 foi ajustada peara 545 mil sacas de 60kg,volume 67% menor em comparao aos 1.650 mil sacas colhidas em 2013, sendo osprincipais fatores: a reduo da rea, as geadas e a diminuio dos tratos culturais emfuno dos baixos preos recebidos pelos cafeicultores nos ltimos dois anos.

    A prolongada estiagem e altssimas temperaturas registradas no primeiro trimestredeste ano, perodo de plena frutificao das lavouras fase de maior necessidade de

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  • regularidade hdrica para formao normal dos gros, provou reduo de cerca de 15%na produo em relao ao informado no primeiro levantamento realizado emdezembro/13 quando a expectativa era colher entre 610 a 670 mil sacas. O maiorpercentual de perda pela falta de chuvas ocorreu na rea cultivada nos municpios doNcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (SEAB) deJacarezinho no Norte Pioneiro principal regio produtora do Estado responsvel por 49%da rea de 60% da produo esperada nesta safra.

    A colheita da safra 2014 teve incio em algumas regies, atingindo 5% at o dia 28de abril devendo se intensificar a partir da segunda quinzena de maio, sendo que 43% daproduo encontra-se em maturao. As condies das lavouras so consideradas boasem 45% da rea, mdia em 41% e ruim em 14%, levando-se em considerao o clima eos tratos culturais conforme relatrio de previso de safras subjetiva de abril, pesquisadopelo DERAL. A estiagem e altas temperaturas que comprometeu a produo da atualsafra tambm dever afetar o potencial da produo para 2015, uma vez que ocrescimento dos ramos responsveis pela produo futura ficou abaixo do normal,conforme constatado em avaliao feita no campo pela assistncia tcnica dascooperativas e da Emater, mas que ainda no possvel quantificar estas perdas.

    Mesmo com menor produo neste ano, a escassez e a baixa qualificao da mode obra preocupa os cafeicultores neste incio da safra, uma vez que as despesas com acolheita e secagem representa o maior desembolso do custo de produo, sem falar dasexigncias trabalhistas no meio rural que dificulta a administrao da atividade. Quantomenor for o rendimento da lavoura (saca/ha) maior o custo por saca para colheita esecagem, e nesta safra a produtividade ser baixa em grande parte das lavouras, emmdia 38% menor que a obtida na ltima safra. Ainda com relao mo de obra preocupante a falta de sucesso familiar, havendo pouca informao da atividadeagropecuria pelos filhos mais jovens, o que sem dvida afeta o processo de renovao einovao tecnolgica com maior mecanizao, o qual exige melhor qualificao dosprodutores e trabalhadores.

    Aps um perodo de forte retrao nas vendas por parte dos produtores, atingindoapenas 53% at dezembro/13, o mais baixo j observado, o ndice de comercializao dasafra passada evoluiu para 90% em abril/14. A expressiva recuperao dos preos nomercado fsico a partir de janeiro, com aumento de 88% se comparado o valor mdiorecebido em novembro/13 (R$ 203,07/sc60kg) com o de abril/14 (R$381,77/sc60kg)motivou os produtores a aproveitar o bom momento para aumentar o volume de vendasda produo que estava armazenada aguardando reao nos preos. Os atuais preosmelhora muito o nimo dos produtores dispostos em investir em tecnologia e renovaodas lavouras.

    4.6. Rondnia

    Distante dos demais estados produtores, Rondnia se dedica a produo de cafRobusta da variedade Conilon (coffea canephora) por ser a que mais se adaptou a regio.Conta com 21.500 produtores, a maioria constituda de integrantes da agricultura familiar,ou seja, distribudos em pequenas propriedades. O estado o sexto maior produtor decaf do Brasil e o segundo maior produtor de robusta.

    O sistema de produo utilizado pela maioria dos produtores caracterizado pelobaixo uso de tecnologia e insumos. Tais fatores, aliados baixa qualidade do produto, tmfeito com que os cafeicultores do estado sejam pouco competitivos em relao aos

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  • produtores de outros estados do Brasil.Todavia, dada a importncia da cafeicultura, uma vez que est presente em quase

    todos os municpios, torna-se necessrio que esta seja conduzida de forma racional e quesejam envidados esforos para a superao dos fatores que tanto tm determinado acondies desfavorveis cafeicultura de Rondnia.

    O regime das chuvas, a partir de agosto/2013, favoreceu o desenvolvimento dasfloradas e frutificao das lavouras, o que refletir em incremento de produtividade dasafra a colher em 2014, em relao safra colhida em 2013

    O atual levantamento indica que a safra a colher em 2014 (1.624.968 sacas) 19,75% superior colhida em 2013 (1.357.020 sacas), enquanto que a produtividadecrescer 24,17% (13,2 sacas/ha em 2013 e 16,39 sacas/ha em 2014). Tais incrementosse devem a maiores investimentos em tratos culturais, utilizao de materiais clonais econdies climticas favorveis por ocasio das floradas e enchimento dos gros.

    As reas de caf esto dando lugar s de pastagens, reflexos da ntida escassezde mo de obra, elevados custos de produo, baixa produtividade das lavouras, dentreoutros, associados aos preos pouco atrativos do caf, que tm levado os cafeicultores amigrarem para outras atividades.

    Por fim, cabe ressaltar que cerca de 5% dos produtores esto adotandotecnologias e prticas culturais como o emprego de cultivares melhoradas, controlefitossanitrio, adubao, irrigao, conduo de copa, boas prticas de colheita e ps -colheita, que tm possibilitado a obteno de elevadas produtividades e um produto deboa qualidade, a um custo compatvel com a explorao da lavoura, consequentementede forma mais lucrativa.

    4.7. Gois

    Em Gois, onde as lavouras so de maior porte e esto concentradas em regiesdistintas, foi possvel visitar diversas propriedades rurais, cooperativas e empresasagrcolas as quais detm as informaes necessrias realizao da quantificao eestimativa da safra de caf daquele estado.

    Foi possvel apurar uma rea total de 7.749,3 hectares plantados com a cultura decaf do tipo caffea arabica L., sendo que, deste total, 6.024,3 hectares esto em produoe 1.725 hectares encontram-se em formao. Nesta rea, o nmero total estimado decovas de 34.523.400, sendo que 27.826.800 covas esto em produo e 6.696.600covas em formao, ou seja, aproximadamente 81% das covas esto em produo e 19%em formao.

    A concluso de que foram produzidos um total aproximado de 265.500 sacas decaf arbica de 60kg na safra 2013 e estima-se que sejam produzidas 261.800 sacas nasafra 2014, no estado. Esta reduo se deve aos seguintes fatores levantados: reduonos gastos com tratos culturais, erradicao de reas devido aos baixos preos recebidospelo produtor nos anos anteriores, idade avanada de cafezais em alguns municpios eerradicao por concorrncia com culturas mais rentveis, principalmente em reas sobpiv central. Ocorreram em algumas reas importantes o esqueletamento e a recepa doscafezais.

    De acordo com informaes levantadas, as pragas que mais atingem os cafezaisda regio so: o bicho mineiro e caros. Quanto s demais doenas, as principais so:ferrugem do cafeeiro e a phoma (fngicas). No se constatou qualquer rea de caf

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  • robusta e, dentre as variedades do caf arbica predomina a catu (90%) e outras comoacai, topzio e outros (10%).

    O nmero mdio de covas por hectare (adensamento) de 3.800; o financiamento prprio em quase que 100% dos casos e a participao (percentual) do caf na rendatotal do produtor na regio est entre 30% a 40%. O padro tecnolgico alto(praticamente 100%), sendo que a idade das lavouras de caf em mdia est entre 7 a 9anos.

    5. Aspectos fisiolgicos do cafeeiro estresse abitico

    A planta caf pertence famlia Rubiaceae, gnero Coffea. Tal gnero constitudode 66 espcies separadas em quatro sees, isto , Eucoffea, Mascarocoffea, Paracoffeae Argocoffea. A seo mais importante Eucoffea, possui cinco subsees, das quaisErythrocoffea a mais importante comercialmente, pois abrange as principais espciescultivadas, Coffea arabica L. (caf arbica) e a Coffea canephora Rerre ex Pierre (cafconilon/robusta).

    Dentre mais de 100 espcies de caf existentes, Coffea arabica e Coffeacanephora respondem por quase todo o caf produzido e comercializado no mundo.Individualmente, o caf Arbica representa mais de 60% da produo mundial, sendocultivado em regies mais frias, geralmente com altitudes superiores a 500 metros,responsvel pela produo de cafs mais finos, com melhor aroma e sabor. O cafConilon, responde por aproximadamente, 40% da produo mundial, adaptado a regiesmais quentes e a altitudes inferiores a 500 metros, apresenta bebida neutra, sendoutilizado na produo de caf solvel e nas misturas com caf Arbica.

    Atualmente, mais de 75,1% da produo brasileira de caf derivada de cultivaresArbica e o restante caf Conilon (Conab, 2014). Os fatores que influem sobre aprodutividade dos cafezais, no Brasil, so principalmente, econmico conjunturais,climticos e referentes ao manejo da cultura. Quanto as condies climticas, destaca-seo efeito da temperatura, restrio hdrica, geadas e veranicos.

    Estdios fenolgicos

    O cafeeiro leva dois anos para completar o ciclo fenolgico de frutificao, aocontrrio da maioria das plantas que completam o ciclo reprodutivo no mesmo anofenolgico. No primeiro ano, formam-se os ramos vegetativos, com gemas axilares nosns, que sero induzidos a se transformarem em gemas reprodutivas, sendo esseprocesso determinado por condies ambientais. O segundo ano fenolgico inicia-se coma florada, formao dos chumbinhos, que precede a expanso dos gros at atingir otamanho normal. Em seguida ocorre a granao dos frutos e a fase de maturao.

    Estresse hdrico e temperatura elevada

    De maneira geral, pode-se considerar que as fases fenolgicas dos cafeeirosArbica e Conilon mais exigentes em suprimento hdrico so: vegetao e formao degemas foliares; florada e granao dos frutos. Os nveis de danos cafeicultura,devido a restrio hdrica, dependero do estdio fenolgico da cultura. Quando o deficithdrico muito acentuado, as plantas apresentam murchamento, desfolha, seca dos

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  • ramos, deficincias nutricionais e favorecimento de pragas e doenas.

    Os prejuzos no cafeeiro, causados por falta de gua, so de quatro categorias: a)perdas no desenvolvimento da planta e na produo de frutos; b) Tamanho dos frutos(peneira mdia); c) tipo do caf;d) Rendimento e cco - beneficiado.

    A temperatura ambiente elevada associada a um intenso deficit hdrico, durante oincio da florada, provoca a morte dos tubos polnicos pela desidratao das flores,causando o abortamento das flores, resultando nas conhecidas estrelinhas. Aps afecundao, desenvolve-se os chumbinhos e a expanso dos frutos. Essa etapacompreende entre os meses de setembro a dezembro. Havendo estiagem forte nessafase, poder haver prejuzo no crescimento dos frutos e resultando na ocorrncia depeneira baixa.

    A fase de granao (janeiro a maro) caracterizada por alta demanda decarboidratos, onde os lquidos internos solidificam-se e ocorre a formao dos gros.Temperaturas relativamente elevadas e estiagem severa nesse perodo podem limitar afotossntese do cafeeiro, ocasionando queda na produo de frutos; frutos mal granados,que causam defeitos preto, verde e ardido, como tambm o chochamento de frutos.

    O decrscimo na fotossntese, causado pelo deficit hdrico, ocorre pela limitao deCO2, bem como seu transporte para a folha, resultante do fechamento dos estmatos ouatravs de um efeito direto sobre a capacidade da fotossinttica nos cloroplastos. Ocontrole estomtico da transpirao considerado o principal processo determinado resposta em curto prazo de uma planta a condies de seca, e afeta diretamente aabsoro de gua do solo, o potencial hdrico e o transporte de solutos.

    Os principais mecanismos fisiolgicos de tolerncia diferencial seca sogovernados pela eficincia de extrao da gua do solo e pelas taxas de uso da guapelas plantas. As plantas que mantm a produo em condies de seca so capazes demanter potenciais hdricos foliares adequados, por meio da combinao doaprofundamento do sistema radicular e aumento do controle estomtico.

    Algumas caractersticas bioqumicas tambm so importantes para o aumento datolerncia ao estresse hdrico, entre elas, a manuteno da capacidade de transporte defotoassimilados da parte area para as razes, que pode permitir maior crescimentoradicular, dessa forma, maior acesso a horizontes mais profundos do solo, de modo aaumentar a absoro de gua.

    Chuva excessiva ou excesso hdrico prolongado

    O cafeeiro no tolera solos sujeitos a encharcamentos. Caso ocorram 3 a 4 mesesde chuvas intensas, o solo, encontrando-se com pouca aerao, favorecer a falta deoxigenao no sistema radicular, levando a clorose generalizada.

    A persistncia do encharcamento poder ocasionar o apodrecimento das razes,levando a planta morte. Durante o perodo de recuperao do crescimento das gemasflorais, aps quebra da dormncia que, no Brasil, normalmente se estende de agosto

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  • outubro, a ocorrncia de chuvas pesadas e continuas pode resultar em anomalias floraisde vrios tipos.

    Geadas

    O cafeeiro da espcie Arbica uma planta pouco tolerante ao frio. A ocorrncia defrio, mais ou menos intenso, e a ameaa continua de geadas constituem um dosproblemas para a cafeicultura brasileira, limitando o cultivo em diversas reas. Astemperaturas muito baixas e as geadas provocam danos parciais ou totais planta,exigindo um perodo prolongado para a recuperao.

    As folhas das plantas danificadas por resfriamento mostram inibio dafotossntese, translocao mais lenta de carboidratos, taxas respiratrias mais baixas,inibio de sntese proteca e aumento da degradao de protenas existentes. A partirde -2C inicia os danos celulares, quando a temperatura no tecido foliar atinge -3C a-4C, ocorre a morte celular. Temperaturas inferiores a -2C, prximo ao solo, ocorremorte dos tecidos, ocasionando o dano conhecido como geada de canela.

    A geada tpica de radiao/geada branca provoca o dano mais intenso das partesexpostas perda de calor. Dependendo da intensidade, ocorre o dano conhecido comogeada de capote, em que a parte superior da copa exposta perda direta de caloratinge o limiar de dano. Este tipo de geada normalmente requer a poda dos ramosatingidos.

    Durante o deslocamento de massas polares, pode ocorrer ventos frios que causama geada de vento ou geada negra, principalmente na face exposta aos ventos.Independente da formao ou no de cristais de gelo na parte externa da planta (geadabranca ou negra), a ao das geadas se d pela formao de cristais de gelo nosespaos intercelulares. Como o gelo formado por gua pura, haver um aumento naconcentrao intercelular, que forar a retirada de gua de dentro das clulas. Se aparede celular for permevel e tiver boa elasticidade, a clula poder perder gua e serecuperar posteriormente, caso contrrio poder haver rompimento da parede, levando aclula morte.

    Caf Conilon

    O caf Conilon apresenta uma reduo na condutncia estomtica com a reduoda disponibilidade hdrica, no entanto, ocorre uma rpida recuperao da hidratao foliare da condutncia estomtica. Tal comportamento parece ser de grande importncia nadeterminao do rpido restabelecimento do crescimento e do desenvolvimento da copado caf aps perodos de seca, e atesta o maior grau de tolerncia a seca ao cafConilon.

    Os principais componentes da adaptao diferencial seca do caf Conilonparecem ser comportamentais, sendo possivelmente, governados pelas taxas de uso dagua e/ou pela eficincia de extrao da gua do solo. Avaliaes fisiolgicas sugeremque clones com produo relativamente elevada, sob estresse hdrico, o fazem viamanuteno de status hdrico adequado (via de combinao de sistemas radicularesprofundos e controle estomtico satisfatrio da transpirao) e manuteno da rea foliar.

    Acompanhamento da Safra Brasileira de Caf, Segundo Levantamento, Braslia, maio de 2014 18

  • O caf Conilon mantm a capacidade de exportao, durante a restrio hdrica,mantendo o transporte de fotoassimilados da parte area para as razes, que favorece ocrescimento radicular e permite o acesso aos horizontes mais profundos do solo,aumentando a absoro de gua.

    As caractersticas bioqumicas, tambm colaboram para a manuteno daproduo do caf Conilon em ambientes sujeitos a restrio hdrica, com a existncia deum sistema oxidativo. Ocorre um aumento na atividade de enzimas antioxidantes(superxido dismutase, catalase e ascorbato peroxidase) sob deficit hdrico, sugerindoque essas enzimas promovem uma proteo das clulas e compartimentos subcelularesdos efeitos citotxicos do estresse oxidativo.

    6. Monitoramento agrcola via satlite

    O mapeamento da cultura do caf tem por objetivo contribuir com o fortalecimentoda capacidade de produzir e divulgar previses relevantes, oportunas e precisas daproduo agrcola nacional. A localizao das reas de cultivo permite quantificar,acompanhar a dinmica do uso do solo e auxiliar no monitoramento agrometeorolgico.

    No monitoramento, dentre os parmetros agrometeorolgicos observados,destacam-se: a precipitao acumulada, o desvio da precipitao com relao mdiahistrica (anomalia) e a temperatura. Para os principais estados produtores, h umatabela que apresenta o resultado do monitoramento por ms, de acordo com a fasefenolgica predominante. A condio pode ser:- favorvel: quando a precipitao adequada para a fase do desenvolvimento dacultura; - baixa restrio: quando houver problemas pontuais por falta ou excesso de chuvas;- mdia restrio: quando houver problemas generalizados por falta ou excesso dechuvas;- alta restrio: quando houver problemas crnicos ou extremos por falta ou excesso de precipitaes, que podem causar impactos significativos na produo.

    Abaixo, verificam-se as cores que representam as diferentes condies nastabelas:

    Acompanhamento da Safra Brasileira de Caf, Segundo Levantamento, Braslia, maio de 2014 19

  • Nas Figuras 1 a 9, Mapas 1 a 7 e Grficos 1 a 4 verificam-se os dados utilizados nomonitoramento do caf.

    Acompanhamento da Safra Brasileira de Caf, Segundo Levantamento, Braslia, maio de 2014 20

    Figura 1 Precipitao total e anomalia de precipitao e de temperatura mxima em setembro de 2013

    Figura 2 Precipitao total e anomalia de precipitao e de temperatura mxima em outubro de 2013

  • Acompanhamento da Safra Brasileira de Caf, Segundo Levantamento, Braslia, maio de 2014 21

    Figura 4 Precipitao total e anomalia de precipitao e de temperatura mxima em dezembro de 2013

    Figura 5 Precipitao total e anomalia de precipitao e de temperatura mxima em janeiro de 2014.

    Figura 3 Precipitao total e anomalia de precipitao e de temperatura mxima em novembro de 2013

    Figura 5 Precipitao total e anomalia de precipitao e de temperatura mxima em janeiro de 2014

  • Acompanhamento da Safra Brasileira de Caf, Segundo Levantamento, Braslia, maio de 2014 22

    Figura 6 Precipitao total e anomalia de precipitao e de temperatura mxima em fevereiro de 2014.

    Figura 7 Precipitao total e anomalia de precipitao e de temperatura mxima em maro de 2014

    Figura 8 Precipitao total e anomalia de precipitao e de temperatura mxima em abril de 2014

  • Minas Gerais

    A Conab j produziu uma srie de quatro mapeamentos em Minas Gerais.O mais atual teve como base as imagens do sensor LISS3 do satlite indiano IRSP6, e foi validado por meio de imagens RapidEye, de alta resoluo espacial. Oresultado final do trabalho mostra que o mapeamento avaliado apresenta uma boaqualidade, com preciso geral de 90,3%.

    Mapa 1 Mapeamento do caf em Minas Gerais

    Na Tabela 1, verifica-se o monitoramento agrometeorolgico em MinasGerais. Na Zona da Mata, Rio Doce e Central, verifica-se um impacto por excessode chuva em dezembro (Figura 4). A estao meteorolgica de Capelinha (Grfico1), localizada ao norte, registrou 188 mm de chuva no dia 17 de dezembro.

    J em janeiro e fevereiro, foi observado outro cenrio, com chuvas abaixoda mdia e altas temperaturas que comprometeram os cafezais em estgio crticode granao dos frutos (Figuras 5 e 6). Atravs das estaes meteorolgicas(Grfico 1), verifica-se baixo volume de chuva nesses meses. Alm disso, as altastemperaturas podem ser observadas atravs da linha de temperatura mxima.

    Em maro, houve regies que ainda sofreram com restrio hdrica, pormcom menor intensidade quando comparado estiagem dos meses anteriores(Figura 7). Em abril, no foram observados eventos anormais (Figura 8).

    Acompanhamento da Safra Brasileira de Caf, Segundo Levantamento, Braslia, maio de 2014 23

  • Acompanhamento da Safra Brasileira de Caf, Segundo Levantamento, Braslia, maio de 2014 24

    INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA - INMETEstao Meteorolgica Automtica de Capelinha - Minas Gerais (MG)

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    PRECIPITAO TEMPMAXIMA TEMPMINIMA

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    PRECIPITAO TEMPMAXIMA TEMPMINIMA

    Grfico 1 Estaes meteorolgicas do INMET em Minas Gerais

  • *(F)=florao; (CH)=formao dos chumbinhos; (EF)=expanso dos furtos; (GF)=granao dos frutos; (M)=maturao; (C)=colheita.

    Acompanhamento da Safra Brasileira de Caf, Segundo Levantamento, Braslia, maio de 2014 25

    Tabela 1 Monitoramento agrometeorolgico no perodo de setembro a abril comimpactos de acordo com as fases* do caf em Minas Gerais

    INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA - INMETEstao Meteorolgica Convencional de Viosa - Minas Gerais (MG)

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    PRECIPITACAO TEMPMAXIMA TEMPMINIMA

  • Gois

    Em Gois, foi realizado um primeiro mapeamento em 2013 com o uso deimagens Landsat 8 e com pontos georreferenciados nas propriedades.

    Mapa 2 Mapeamento do caf em Gois

    Na Tabela 2, verifica-se o monitoramento agrometeorolgico em Gois. Aausncia de eventos climatolgicos extremos se traduziu em normalidade daproduo.

    *(F)=florao; (CH)=formao dos chumbinhos; (EF)=expanso dos frutos; (GF)=granao dos frutos; (M)=maturao; (C)=colheita.

    Acompanhamento da Safra Brasileira de Caf, Segundo Levantamento, Braslia, maio de 2014 26

    Tabela 2 Monitoramento agrometeorolgico no perodo de setembro a abrilcom impactos de acordo com as fases* do caf em Gois

  • Paran

    No Paran, foram realizados dois mapeamentos com o uso de imagensLandsat 5. A verificao da eficcia do mapeamento ocorreu por meio da coleta depontos georreferenciados em campo.

    Mapa 3 Mapeamento do caf no Paran

    Na Tabela 3, verifica-se o monitoramento agrometeorolgico no Paran.Alm dos efeitos da restrio hdrica de dezembro a fevereiro, perodo no qualhouve registro das maiores temperaturas mximas (Grfico 2), o potencialprodutivo foi afetado por geadas ocorridas em 2013.

    Na regio cafeeira ao norte do estado, a geada de maior relevncia ocorreuno 3 decndio de julho. Pelas estaes meteorolgicas, as menores temperaturasmnimas foram observadas nesse perodo (Grfico 2). No dia 24 de julho, atemperatura mnima chegou a ser negativa na maior parte do estado segundo oIAPAR (Figura 9).

    Acompanhamento da Safra Brasileira de Caf, Segundo Levantamento, Braslia, maio de 2014 27

    Figura 9 Temperatura mnima diria em 23 e 24 de julho de 2013

  • Acompanhamento da Safra Brasileira de Caf, Segundo Levantamento, Braslia, maio de 2014 28

    INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA - INMETEstao Meteorolgica Automtica de Nova Ftima - Paran (PR)

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    PRECIPITAO TEMPMAXIMA TEMPMINIMA

    INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA - INMETEstao Meteorolgica Convencional de Londrina - Paran (PR)

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    PRECIPITACAO TEMPMAXIMA TEMPMINIMA

    INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA - INMETEstao Meteorolgica Convencional de Maringa - Paran (PR)

    05

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    PRECIPITACAO TEMPMAXIMA TEMPMINIMA

    Grfico 2 Estaes meteorolgicas do INMET no Paran

  • * (R)=repouso; (F)=florao; (CH=formao dos chumbinhos; (EF)=expanso dos frutos; (GF)=granao dos frutos; (M)=maturao;(C)=colheita.

    So Paulo

    Em So Paulo, foram realizados dois mapeamentos com o uso de imagensLandsat 5.

    Mapa 4 Mapeamento do caf em So Paulo

    Acompanhamento da Safra Brasileira de Caf, Segundo Levantamento, Braslia, maio de 2014 29

    Tabela 3 Monitoramento agrometeorolgico no perodo de julho a abril comimpactos de acordo com as fases* do caf no Paran

  • Na Tabela 4, verifica-se o monitoramento agrometeorolgico em So Paulo.Foram observadas chuvas abaixo da mdia aliada a altas temperaturas nosmeses de dezembro a fevereiro que impactaram lavouras no estgio crtico degranao dos frutos (Figuras 4 a 6). As estaes meteorolgicas (Grfico 3),localizadas a norte, registraram chuvas irregulares e altas temperaturasobservadas atravs da linha de temperatura mxima. Em maro, as condiesmelhoraram com melhor volume de chuva e reduo na temperatura, mascontinuaram desfavorveis. Em abril, no se verificaram eventos anormais.

    Acompanhamento da Safra Brasileira de Caf, Segundo Levantamento, Braslia, maio de 2014 30

    INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA - INMETEstao Meteorolgica Convencional de Franca - So Paulo (SP)

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    PRECIPITACAO TEMPMAXIMA TEMPMINIMA

    INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA - INMETEstao Meteorolgica Automtica de Casa Branca - So Paulo (SP)

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    PRECIPITAO TEMPMAXIMA TEMPMINIMA

    Grfico 3 Estaes meteorolgicas do INMET em So Paulo

  • *(F)=florao; (CH)=formao dos chumbinhos; (EF)=expanso dos frutos; (GF)=granao dos frutos; (M)=maturao; (C)=colheita.

    Acompanhamento da Safra Brasileira de Caf, Segundo Levantamento, Braslia, maio de 2014 31

    INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA - INMETEstao Meteorolgica Automtica de Itapira - So Paulo (SP)

    05

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    PRECIPITAO TEMPMAXIMA TEMPMINIMA

    Tabela 4 Monitoramento agrometeorolgico no perodo de setembro a abril com impactos de acordo com as fases* do caf em So Paulo

  • Bahia

    Na Bahia, a identificao do caf foi realizado com o uso de imagensLandsat 5 e tendo como base a localizao dos produtores.

    Mapa 5 Mapeamento do caf na Bahia

    Na Tabela 5, verifica-se o monitoramento agrometeorolgico na Bahia. Aregio do Planalto sofreu com a estiagem nos meses de outubro a maro, comexceo do ms de dezembro. Nas estaes meteorolgicas de Piat e Itau,localizadas nessa regio, (Grfico 4) apenas em dezembro foram observadaschuvas regulares.

    Na regio do Atlntico, a estiagem ocorreu nos meses de janeiro e fevereirocom menor intensidade em relao regio do Planalto (Figuras 5 e 6). No msde novembro, na estao de Guaratinga, localizada nessa regio, houve registrode bom volume de chuva (Grfico 4).

    Na regio do Cerrado, as condies so favorveis devido irrigao daslavouras.

    Acompanhamento da Safra Brasileira de Caf, Segundo Levantamento, Braslia, maio de 2014 32

  • Acompanhamento da Safra Brasileira de Caf, Segundo Levantamento, Braslia, maio de 2014 33

    INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA - INMETEstao Meteorolgica Automtica Piat- Bahia (BA)

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    PRECIPITAO TEMPMAXIMA TEMPMINIMA

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    o

    (mm

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    PRECIPITACAO TEMPMAXIMA TEMPMINIMA

    INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA - INMETEstao Meteorolgica Convencional de Guaratinga- Bahia (BA)

    05

    10152025303540

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