1ª aula renasc-urb
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CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA: THAUP II
PROFESSORA: MS MARCIA CRISTINA NUNES
UNIDADE I
O RENASCIMENTO NO ESPAÇO
EUROPEU
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CIDADE MEDIEVAL
A queda do Império Romano do Ocidente
significou uma mudança drástica na
configuração das cidades. As grandes
cidades da época deram passo a cidades
fortificadas, em menor escala . O
urbanismo monumental desapareceu,
surgindo uma nova concepção medieval
da cidade: um conjunto perfeitamente
estratificado, centro do poder espiritual e
político;
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Um lugar de intercâmbio comercial e
sistema de exploração agrícola, onde a
população procurava segurança entre
suas muralhas e em torno de um castelo
ou de uma catedral, com ruas de desenho
estreito que pareciam proteger o cidadão,
tanto do clima como dos intrusos.
Para Lewis Mumford a configuração das
cidades escapava de qualquer tipo de
uniformidade, podendo distinguir-se
alguns modelos: a) As cidades que
perduraram desde a época dos romanos
em geral conservaram o sistema
retangular de desenho das quadras.
b) As que cresceram sob o amparo de um
mosteiro ou castelo, bem mais anárquicas, que
adotaram uma forma radial a partir de um
centro, onde se encontrava a catedral, a praça
e os principais edifícios públicos. Neste
desenvolvimento orgânico se apreciavam duas
origens: a cité e o burgo. A cité era um centro
de proteção momentânea, controlado pela
igreja que cumpria o papel protetor que o
Estado não proporcionava, e estava destinada
a proteger a população contra o inimigo
bárbaro;
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O burgo era um estabelecimento militar
no qual além de uma igreja se encontrava
uma torre de defesa, celeiros, depósitos e
a residência dos cavaleiros…
c) Por último, encontra-se o modelo de
cidade traçada para a colonização de
postos de fronteira, caracterizada por uma
clara ordem geométrica.
A vida cotidiana Na Idade Média giravaem torno do comércio e da fé cristã. Éassim como as ruas se transformaramno espaço público destinado a essasatividades. E suas distâncias forampensadas a partir do cidadão comum,o pedestre. Durante séculos, odesenho das ruas e sua perspectiva foium tipo de analogia entre a visualidadedo espaço e a espiritualidade daépoca. A arquitetura destes espaçosnão permitia olhar à direita ou àesquerda, senão para cima, para océu.
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Ambrogio Lorenzetti: Alegoria do Bom Governo, c.
1328. Palazzo Pubblico, Siena
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Como sempre acontece na história, em nome
do antigo surgirá o algo completamente novo.
O intelectual da Renascença não é um romano
da Antiguidade, mas um novo tipo de europeu
do qual descendemos por linhagem direta. A
Europa dos feudos se foi. A Europa das cidades,
do comércio e da técnica, cresceu e se
consolidou.
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O Renascimento atingiu seu ápice, mas nunca
se esgotará. Seus mestres são as grandes
estrelas de nossos museus e cidades históricas.
Está entre nós, na nossa língua, em nossas
opiniões, no culto ao humanismo, na aspiração
à grandeza, na nossa ciência, na nossa arte, na
visão do cristianismo, na glorificação dos heróis
gregos e romanos, no nosso cinema popular, na
sensação de que, entre os séculos XII e XVI, a
Europa acendeu uma chama cultural que nunca
se apagou.
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ica IDADE MODERNA
ARTE RENASCIMENTO
MANEIRISMO
ARTE BARROCA
ROCOCÓ
ARTENEOCLÁSSICA
ROMANTISMO
Século XV a XVIII
• HUMANISMO – glorificação do homem e da
natureza humana, em contraposição ao
divino e ao sobrenatural.
•ANTROPOCENTRISMO – colocava o homem
como a suprema criação de Deus e como o
centro do universo.
• RACIONALISMO – a razão é o único
caminho para se chegar ao conhecimento.
HUMANISMO
HUMANISMO
Arquitetura matematicamente perfeita:
humanistas acreditavam que tais proporções
matemáticas, estavam relacionadas as
medidas do corpo humano (Homem
vitruviano).
• O tratado De architectura libri decem .
"utilitas" (utilidade), "venustas" (beleza) e
"firmitas" (solidez).
• Valorização da cultura greco-romana.
• A imitação do antigo torna-se como uma
„‟função‟‟.
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CONTEXTO ECONÔMICO-
SOCIAL POLÍTICO E
IDEOLÓGICO
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Uma das mais significativas rupturas renascentistas com as tradições medievais
verifica-se no campo da história.
A visão renascentista da história possuía três partes:
ANTIGUIDADE IDADE MÉDIAIDADE DE OURO
OU RENASCIMENTO
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•
Renascimento, período da história européia
caracterizado por um renovado interesse pelo
passado greco-romano clássico, especialmente
pela sua arte. O Renascimento começou na Itália,
no século XIV, e difundiu-se por toda a Europa,
durante os séculos XV e XVI.
A fragmentada sociedade feudal da Idade Média
transformou-se em uma sociedade dominada,
progressivamente, por instituições políticas
centralizadas, com uma economia urbana e
mercantil, em que floresceu o mecenato da
educação, das artes e da música.
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ica O Renascimento italiano foi,
sobretudo, um fenômeno
urbano, produto das
cidades que floresceram no
centro e no norte da Itália,
como Florença, Ferrara,
Milão e Veneza, resultado
de um período de grande
expansão econômica e
demográfica dos séculos
XII e XIII.
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ica No campo das belas-artes, a ruptura
definitiva com a tradição medieval teve lugar
em Florença, por volta de 1420, quando a
arte renascentista alcançou o conceito
científico da perspectiva linear, que
possibilitou a representação tridimensional
do espaço, de forma convincente, numa
superfície plana. Os ideais renascentistas de
harmonia e proporção conheceram o
apogeu nas obras de Rafael, Leonardo da
Vinci e Michelangelo, durante o século XVI.
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Os estudos humanísticos e as grandes
conquistas artísticas da época foram
fomentadas e apoiadas economicamente
por grandes famílias como os Médici, em
Florença; os Este, em Ferrara; os Sforza,
em Milão; os Gonzaga, em Mântua; os
duques de Urbino; os Dogos, em Veneza; e
o Papado, em Roma.
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MECENAS: poderosos comerciantes,
príncipes, condes, bispos e banqueiros que
financiavam e investiam na produção de arte
como maneira de obter reconhecimento e
prestígio na sociedade.
BURGUESIA: enriqueceu muito com o
renascimento comercial, viu na prática do
mecenato uma forma rápida de alcançar o
status de nobreza.
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No campo da tecnologia, a invenção da
imprensa, no século XV, revolucionou a
difusão dos conhecimentos através de livros
– tratados - e o uso da pólvora transformou
as táticas militares, entre os anos de 1450 e
1550.
Guttemberg e a
descoberta da imprensa.
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FASES DO
RENASCIMENTO
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Etimologicamente, Renascimento significa “voltar a nascer”, ou seja, voltar as formas
da arte da antiguidade romana e grega, como motivos de inspiração.
TRECENTO QUATROCENTO CINQUENCENTO
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TRECENTO(Referência ao século XIV): Também
chamado de pré-renascimento representa a
fase inicial de elaboração da cultura
Renascentista.
Manifesta-se predominantemente na Itália,
mais especificamente na cidade de Florença
(pólo político, econômico e cultural da
região).
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CARACTERÍSTICAS GERAIS:
Rompimento com o imobilismo e a hierarquia da pintura medieval - valorização do individualismo e
dos detalhes humanos.
Giotto, Biccaccio e Petrarca estão entre os representantes do período.
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QUATROCENTO(Referência ao século XV) Espalha-se pela
península itálica, atingindo seu auge.
É a época das grandes realizações do
Renascimento.
Florença reassume a hegemonia
incontestável da cultura
italiana e europeia.
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CARACTERÍSTICAS GERAIS:
inspiração greco-romana (paganismo e línguas
clássicas), racionalismo, experimentalismo.
Neste período atuam Botticelli, Leonardo da Vinci,
Rafael e, no final, Michelangelo (com ideais
anticlássicos caracterizando o Maneirismo, parte final
do Renascimento).
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CINQUECENTO
( Século XVI): último período do Renascimento italiano no qual suas obras
artísticas atingiram seu mais elevado grau de elaboração.
O Renascimento tornou-se no século XVI um movimento universal na Europa, junto
com início da decadência.
Surgem as primeiras manifestações maneiristas, e a Contra Reforma instaura o
Barroco como estilo oficial da Igreja Católica.
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CIDADES–ESTADO
MERCANTIS, REINOS
ABSOLUTISTAS E ESPAÇOS
COLONIAIS
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Durante a Era das Navegações, o comércio
deslocou-se do Mediterrâneo para o Atlântico e o
MERCANTILISMO desenvolveu-se apoiado pela
expansão do Capital comercial e usurário, este
incentivado pela Reforma religiosa.
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MERCANTILISMO é o nome dado a um
conjunto de práticas econômicas
desenvolvido na Europa na Idade Moderna,
originado de um conjunto de medidas
econômicas diversas de acordo com os
Estados.
Caracterizou-se por uma forte intervenção
do Estado na economia. Consistiu numa
série de medidas tendentes a unificar o
mercado interno e teve como finalidade a
formação de fortes Estados-Nacionais.
As expedições
oceânicas, por
sua vez,
alargaram a
visão do homem
europeu. À
medida que saía
de Florença, na
Itália, adquiria
aspectos
diferentes e se
difundia pelo
resto da Europa.
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Quadro de Claude Lorrain que representa um porto de mar francês de 1638,
no momento fundamental do mercantilismo.
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No século XVI, emergiu um novo
padrão de vida
– CAPITALISMO MERCANTILISTA – novo
modo de produção econômica , assim como
uma nova estrutura política, expressa
principalmente pelo despotismo
centralizado ou pela oligarquia, em geral
personificada em um Estado nacional
(Mumford, 2001).
Os burgueses eram ex-servos que viviam
nos campos e passaram a fazer parte da
vida nas cidades e do mercado.
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A burguesia, enriquecida com o comércio,
estava ainda presa a um modo de produção
contraditório, a valores da Igreja e da
nobreza medievais.
Para contestá-los e difundir seus valores,
mercadores e banqueiros, burgueses em
geral, promoveram um estilo de Artes,
Letras, Religião e Ciências mais de acordo
com suas concepções racionalistas,
antropocêntricas e valorizadoras do acúmulo
de riquezas a qualquer custo.
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Como contraponto, a nobreza decadente – tal
como o faz hoje a burguesia decadente –
buscava cooptar os intelectuais e artistas do
Renascimento patrocinando suas pesquisas e
seus trabalhos com vistas a manter o statu quo,
ou seja, o ABSOLUTISMO MONÁRQUICO.
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A CIDADE IDEAL E OS
TRATADISTAS
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ica •Não existe uma cidade renascentista.
Existem cidades medievais (Siena) e cidades
barrocas (Roma) na Idade Moderna.
•O Renascimento é mais do que a simples
retomada de valores clássicos. É um amplo e
complexo processo de transformação cultural,
social e religioso que se dá na Europa na
formação de uma cultura humanista nos
séculos XV e XVI.
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As cidades dos séculos XIII e XIV são centros
ativos de artesãos e mercadores, densos
núcleos de habitações e oficinas. Não tendo
papel político importante, seu aparato militar
resume-se ao círculo das fortificações.
As ideias dos arquitetos e humanistas, sem força
para alterar uma realidade cotidiana construída
através de séculos, foram relegadas aos livros e
a seus conhecimentos de geometria utilizados
para o desenvolvimento da arquitetura militar,
que alterou apenas as fortificações das cidades,
mantendo intacto o tecido medieval..
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Os exemplos do urbanismo antigo tinham
sepultado, restávamos algumas passagens
de Vitruvio, no livro I, onde aparece a
descrição de como deve ser uma cidade para
cumprir seus requisitos: firmitas, utilitas e
venustas.
Daqui nascerá a cidade ideal do Renascimento,
criação mais intelectual que real. Para
Vitruvio a cidade ideal, que foi descrita, mas
não desenhada, deveria obedecer o seguinte
traçado: defendê-las dos ventos
predominantes.
O Renascimento se viu hipnotizado por um tipo de
cidade representada nos textos de Vitrúvio e que por
um século e meio – de Filarete a Scamozzi –
caracterizou todos os planos utópicos: a cidade em
forma de estrela.
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ica A cidade estelar foi concebida pela primeira
vez por Florentine Filarete , que escreveu
seu Trattato d’Architettura entre 1451 e 1464
quando trabalhava para Francesco Sforza.
Daí o nome da cidade de “Sforzinda” que foi
proposta e descrita em grande detalhe,
desde o palácio do príncipe e a catedral até
as áreas a serem alocadas aos mercadores
e artesãos, sem esquecer as prisões.
Sforzinda: a cidade
radial estrelada.
Dezesseis ruas
principais se irradiam a
partir da piazza central
em direção aos oito
portões da cidade e às
oito torres situadas nas
pontas da estrela.
Na metade de seu
percurso, oito dessas
ruas atravessam uma
praça aberta, nas
outras oito uma igreja é
situada no centro.
O traçado geométrico dessa cidade é localizado em um ameno “vale
circundado por colinas através das quais o rio inda corre”, descrito
por Filarete em seu segundo livro.
Antonio Filarete
Cidade Ideal (Sforzinda: 1460 - 1464)
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Certamente a conformação radiocêntrica dessas
estrelas de seis, oito, nove ou doze pontas foi
influenciada pela introdução da pólvora. O muro
circundante é transformado numa série de
bastiões denteados a partir dos quais o fogo
pode varrer os atacantes.
Na figura abaixo apresenta-se os modelos de
bastiões dentados utilizados.
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As cidades da Europa haviam sido configuradas na Idade Media e são poucos os centros
urbanos que se fundam nos novos núcleos. É por isso que cidades como Palma Nuova,
nascida no momento oportuno e como consequência de uma necessidade militar,
adquire prestígio especial - cidade real.
A cidade de Palmanova, construída em 1593 na então República de Veneza e que realmente materializa a idéia das cidades estreladas e
poligonais do Renascimento, mas sua função principal foi defensiva – manter os turcos longe
do território veneziano – e não a criação de uma utopia urbana.
Pianta di Palmanova (século XVII – Museo Correr de Veneza) onde é
possível verificar todo o seu sistema defensivo, baseado nas teorias
geométricas e pirobalísticas desenvolvidas desde o final do século XV.
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A cidade é um polígono de nove lados, sendo no centro, uma praça hexagonal de onde saem seis
ruas principais que vão dar a três portas e três baluartes.
Aos outros seis baluartes vão dar ruas que não desembocam na praça, mas sim no primeiro anel
concêntrico.
O esquema é completado por outros dois anéis concêntricos. Este é o mais perfeito exemplo de
cidade estelar.
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Vista aérea atual de Palmanova, onde é possível ver a estrutura urbana
dentro dos padrões renascentistas, seu sistema de defesa abaluartado e
as ampliações externas que não seguiram os princípios renascentistas.
Fonte:Google Earth, 2007.
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AS INTERVEÑÇÕES
URBANÍSTICAS DO
RENASCIMENTO
As muralhas das cidades limitavam o espaço das
cidades medievais. Quando a população crescia
muito, algumas cidades expandiam suas muralhas.
Outras simplesmente deixavam as muralhas de pé
e construíam novas cidades e vilas ao redor da
antiga cidade.
A maior cidade medieval: Paris.Imagem: Le Point
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A atividade urbanística durante os séculos XV e XVI
consiste em alterações no interior das velhas
cidades que, geralmente, modificam muito pouco
a estrutura geral. Enquanto o pensamento
utópico elabora cidades geométricas ideais, a
vida decorre nos velhos ambientes medievais,
nas praças irregulares e pitorescas e nas
estreitas e tortuosas ruelas de outros tempos.
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A abertura de algumas ruas novas, com edifícios
solenes e uniformes, e sobretudo, a criação de
novas praças, regulares ou quase regulares, para
enquadramento de um monumento destacado,
uma estátua para honrar um rei, ou para
representações e festejos públicos, são os
empreendimentos urbanos mais apoiados, que o
período Barroco irá continuar em maior escala.
Pro
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No início do século XV, em Florença, essa concepção foi traduzida em termos artísticos por meio da descoberta da PERSPECTIVA.
No decorrer dos cinco séculos seguintes a perspectiva será um dos fatos constituintes da história da arte, o cânone incontestável
ao qual toda representação artística deverá conformar-se.
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Vista sobre Florença, Stefano Bonsignori, Museu de Florença,
1470-1490
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Para o século XV, esse princípio significou uma revolução completa, uma extrema e violenta ruptura com a medieval, concepção plana e desarticulada de espaço, que constituía sua
expressão artística. Numa representação em perspectiva, cada elemento acha-se relacionado
com um único ponto de vista, o do espectador.
A arte renascentista confundiu-se com a de projetar cidades, fazendo com que as LEIS DE
PERSPECTIVA se tornassem as regras de construção de vias, praças e conjuntos urbanos,
segundo princípios universais de simetria e proporção.
Hans Vredeman de Vries
(1527-1609)
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As cidades surgiram em períodos de autoritarismo, quando o déspota –
governante que abusa de sua autoridade -detinha o poder de obrigar todos a
construírem de acordo com um único projeto.
Os novos esquemas urbanísticos são, numa primeira fase, desenvolvidos através de
cenários da pintura. São os pintores quem primeiro constroem o espaço urbano.
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No Renascimento, a concepção urbana
aspirava uma geometrização geral de toda a
cidade, na qual ruas e praças passaram a
ser definidas pelos edifícios que pareciam
estar constituídos por idênticas unidades
estereométricas (formas geométricas puras).
Procurou-se, na medida do possível, aplicar as
regras da PERSPECTIVA e do processo de
composição aditivo, no qual cada elemento
espacial conservava um alto grau de
independência dentro do conjunto,
Pro
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O traçado urbano renascentista foi objeto de um
intenso esforço de interpretação crítica e
experimentação que, na prática, resultou em várias
realizações fragmentárias, as quais exemplificam
as relações adotadas entre o assentamento e o
entorno natural (relação figura/fundo).
Prospettiva di una piazza (c.1470)
Francesco di Giorgio (1439-1501) e Luciano Laurana (1420-79)
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ica O novo método de projeção – estabelecido desde
os princípios do século XV – passou a ser
aplicado teoricamente a todo gênero de objetos,
dos espaços arquitetônicos à cidade e ao
território.
Entretanto, por limitações práticas, não conseguiu
produzir grandes transformações nos organismos
urbanos antes do período barroco, a partir do
século XVII.
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Morfologia Urbana e Desenho da Cidade . José
Lammas
Introdução à História da Arquitetura, das origens
ao século XXI. José Ramón Pereira;