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Espírito Santo Investment2

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Espírito Santo Investment 3

Dir. de Auditoriae Inspecção(Grupo BES)

Dep. de Contabilidade

Dep. deOperações

Dep. de Informática

Dep. de Informação

Dep. Administrativo

Conselho de Administração

Comissão Executiva

Conselho de Crédito e Riscos

Comité de Activose Passivos

Comité de Investimentos

Direcção Mercado Capitais - Financ. e Gestão de Risco

Direcção de Serviços

Financeiros

Direcção de Clientes

Direcção deMercado

de Cap. - Acções

Direcção de Tesouraria

Direcção de Private Equity

Direcção deProject Finance

Direcção deFinanciamentosEstruturados

Departamentos de Apoio

Área de Compliance

Dep. de Planeam.eControlo de

Gestão e Risco

Dep. deOperaçõesEspeciais

Dep. deComunicação

e Imagem

Dep.Jurídico

Dep. deRecursosHumanos

Banco Espírito Santo de Investimento

Escritório de Representação SubsidiáriasAssociadas c/ actividade

complementar

Benito yMonjardín(Espanha)

Espírito SantoDealer

Londres

Espírito SantoSecurities

(EUA)

Espírito SantoInvestment plc (Irlanda)

BESInvestimento

(Brasil)

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Espírito Santo Investment4

> Orgãos Sociais

> Mesa da Assembleia Geral

Presidente Jorge Luís Soromenho Gomes de Abreu

Secretária Maria Salgado Poppe Almeida de Carvalho

> Conselho de Administração

Presidente Ricardo Espírito Santo Silva Salgado

Vice-Presidentes Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida(1)

José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi

Manuel António Gomes de Almeida Pinho

Vogais Duarte José Borges Coutinho Espírito Santo Silva

António Espírito Santo Silva Salgado

Bernard M. Basecqz

Ulrich Grete

Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde

Manuel de Magalhães Villas-Boas

Christian Georges Jacques Minzolini

Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia

Francisco Ravara Cary

José Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva

Mário da Silveira Teixeira Júnior

Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto

> Conselho Fiscal

Presidente Bernardo Leite de Faria Espírito Santo

Membros Efectivos Tito Manuel das Neves Magalhães Basto

“Amável Calhau, Ribeiro da Cunha e Associados” -

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, representada por

José Maria Sousa Rego Ribeiro da Cunha

Membros Suplentes José Alberto Pereira Monteiro Gomes

José Manuel Macedo Pereira - Revisor Oficial de Contas

> Comissão Executiva

Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida(1)

José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi

Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde

Christian Georges Jacques Minzolini

Francisco Ravara Cary

Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto

(1) O Eng. Manuel Serzedelo de Almeida encontra-se suspenso das suas funções de Administrador do Banco EspíritoSanto de Investimento, na sequência do pedido de suspensão temporária por si apresentado ao Presidente doConselho Fiscal em 24 de Janeiro de 2003.

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Espírito Santo Investment 5

> Directores com Assento na Comissão Executiva

Tiago Vaz Pinto Cyrne de Castro

Luís Miguel Pina Alves Luna Vaz

Paulo José Lameiras Martins

Filipe Sebastião Perestrelo Câmara Ribeiro Ferreira

Secretário da Comissão Executiva

Carlos Alberto de Sousa Moreira

> Direcções

Direcção de Mercado de Capitais - Acções: Luís Luna Vaz

Direcção de Mercado de Capitais - Financiamento e Gestão de Risco: Carlos Nogueira

(Tesouraria); Cristina Frazão (Originação); Carlos Pinto (Distribuição); Vasco Serpa

(Gestão de Risco)

Direcção de Serviços Financeiros: Paulo Martins

Direcção de Clientes: Rafael Valverde

Direcção de Project Finance: Pedro Ferreira Neto; Nuno Cardoso; Nigel Purse

Direcção de Financiamentos Estruturados: Rui Baptista

Direcção de Private Equity: João Arantes e Oliveira

> Departamentos

Departamento de Operações Especiais: Tiago Cyrne de Castro

Departamento de Planeamento e Controlo de Gestão e Risco: Tiago Cyrne de Castro /

Filipa Empis / Pedro Ventaneira

Departamento de Informática: António Coutinho

Departamento de Comunicação e Imagem: Tiago Cyrne de Castro / Pedro Pereira Santos

Departamento Jurídico: Patrícia Goldschmidt

Departamento de Recursos Humanos: José Gabriel

Departamento Administrativo: José Gabriel

Departamento de Informação: Paula Ramalhete

Departamento de Operações: António Coutinho / João Pereira da Silva

Departamento de Contabilidade: Pedro Ventaneira / Delfina Mendes

Área de Compliance: Nuno Pignatelli Pereira

> Estrangeiro

Irlanda (Espírito Santo Investment plc): Nuno Pignatelli Pereira

Brasil (Espírito Santo Investment): Ricardo Espírito Santo

Espanha (Espírito Santo ByM): Christian Minzolini

Reino Unido (Escritório de Representação BES Investimento): Nigel Purse

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Espírito Santo Investment6

> Comissão Executiva

Manuel Serzedelo de Almeida(1)

Presidente da Comissão Executiva

(Vice-Presidente do Conselho de Administração)

José Maria Espírito Santo Ricciardi

Administrador

(Vice-Presidente do Conselho de Administração)

(1) O Eng. Manuel Serzedelo de Almeida encontra-se suspenso das suas funções de Administrador do Banco Espírito Santo de Investimento, na sequência do pedido de suspensãotemporária por si apresentado ao Presidente do Conselho Fiscal em 24 de Janeiro de 2003.

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Espírito Santo Investment 7

> Comissão Executiva

Rafael Valverde

Administrador

(Clientes)

(Serviços Financeiros)

(Financiamentos e Gestão de Risco-Originação)

(Financiamentos Estruturados)

(Informação)

Francisco Cary

Administrador

(Financiamentos e Gestão de Risco -

-Tesouraria, Gestão de Risco e Distribuição)

(Brasil)

Christian Minzolini

Administrador

(Mercado de Capitais - Acções)

(Espanha)

Pedro Neto

Administrador

(Project Finance, Escritório de Representação

de Londres e PALOP’s)

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8

> Directores com Assento na Comissão Executiva

Tiago Cyrne de Castro

Director Central

(Dep. de Operações Especiais)

(Dep. de Planeamento e Controlo de Gestão e Risco)

(Dep. de Comunicação e Imagem)

Filipe Ribeiro Ferreira

Espírito Santo ByM (Espanha)

Administrador

Espírito Santo Investment

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9

> Directores com Assento na Comissão Executiva

Paulo Martins

Director Central

(Direcção de Serviços Financeiros)

Luís Luna Vaz

Director Central

(Direcção de Mercados de Capitais - Acções)

Espírito Santo Investment

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Vieira da SilvaL’Aube Chromatique Óleo s/telaSede do Banco Espírito Santo

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Espírito Santo Investment 11

1Situação Económica

Internacional e Nacional

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Espírito Santo Investment12

1

> Situação EconómicaInternacional

O ano de 2002 foi marcado por uma

frágil e moderada recuperação da econo-

mia mundial, com o PIB a crescer 2,3%,

depois de uma subida de 1,4% no ano

anterior. Esta recuperação não foi, no

entanto, extensível a todas as áreas

económicas. Em particular, é de registar o

abrandamento da economia da Zona

Euro, em contraste com a ligeira recupe-

ração da economia dos Estados Unidos.

Não obstante o moderado crescimento

do PIB mundial, a conjuntura económica

caracterizou-se por uma quebra acentua-

da dos níveis de confiança dos agentes

económicos. Esta evolução resultou do

clima de instabilidade político-militar que

se seguiu ao 11 de Setembro de 2001,

traduzido numa intervenção militar norte-

-americana no Afeganistão, numa cons-

tante ameaça de novas acções terroristas

e na perspectiva de uma nova guerra no

Golfo. A crescente tensão militar entre os

Estados Unidos e o Iraque levou o preço

do petróleo a atingir os 30 dólares por

barril no final do ano.

A conjuntura económica foi também ca-

racterizada por uma sucessão de escân-

dalos contabilísticos e financeiros, sobre-

tudo nos Estados Unidos, os quais con-

duziram os principais índices bolsistas a

mínimos de cinco anos. O efeito riqueza

negativo, associado a esta quebra dos

mercados accionistas, contribuiu decisiva-

mente para o abrandamento do con-

sumo e do investimento, quer nos

Estados Unidos quer na Europa. A

economia mundial foi ainda afectada pelo

clima de instabilidade económica na

América Latina, em particular no Brasil, na

Argentina e na Venezuela.

Japão

Zona Euro

EUA

Economia mundial

200220012000

4,4%

3,8%3,5%

2,8%

1,4%

0,3%

1,4%

0,4%

2,3% 2,4%

0,8%

0,3%

Evolução do PIB (em termos reais) Economia Mundial, EUA, Zona Euro e Japão2000/2002 Fontes: Eurostat, FMI, Cabinet Office (Japão)

Depois de um crescimento de 0,3% em

2001, a economia dos Estados Unidos

terá crescido 2,4% em 2002. A reposição

de existências no primeiro trimestre, o

crescimento das despesas de defesa e um

comportamento muito positivo do con-

sumo das famílias terão sido os principais

responsáveis pela aceleração do cresci-

mento do PIB numa conjuntura difícil.

Para o crescimento do consumo privado

contribuíram uma política orçamental

expansionista e uma postura agressiva da

Reserva Federal que, depois de ter desci-

do a taxa dos fed funds por onze vezes

em 2001, procedeu a um novo corte dos

juros de referência em 2002, levando

aquela taxa de 1,75% para 1,25% no final

do ano.

Na Zona Euro, o PIB deverá ter crescido

0,8% em 2002, o que constitui um forte

abrandamento face à subida de 1,4% em

2001. Para além dos factores negativos

que afectaram a economia a nível global,

a actividade económica na área do euro

foi marcada por um desemprego muito

elevado (8,5% em Dezembro), o qual

condicionou os níveis de confiança e de

despesa das famílias. Por outro lado, uma

inflação média de 2,2% terá impedido

uma postura mais agressiva do Banco

Central Europeu na descida das taxas de

juro de referência. O abrandamento da

economia na área do euro foi particular-

mente sentido na Alemanha, a qual regis-

tou um crescimento de 0,2%.

Em Espanha, a actividade económica teve

um desempenho relativamente favorável,

com um crescimento real do PIB de 2%.

As condições monetárias definidas pelo

Banco Central Europeu para a Zona Euro

como um todo encontraram a economia

espanhola numa fase de abrandamento

cíclico muito mais moderado que no con-

junto da economia dos Doze. O con-

sumo privado cresceu, assim, em torno

de 1,7%, sendo também de referir o

desempenho muito positivo do sector da

habitação, com o nível baixo das taxas de

juro a favorecer o investimento em cons-

trução residencial e a aquisição de casa

própria. O facto de o governo ter con-

seguido aproximar o saldo orçamental do

equilíbrio (previsão de -0,2% do PIB) per-

mitiu a adopção de uma política orça-

mental contra-cíclica, minorando os

efeitos do abrandamento da actividade. O

resultado menos favorável para a econo-

mia espanhola fez-se sentir ao nível do

crescimento dos preços. A pressão dos

custos unitários de trabalho, as elevadas

margens observadas no sector da cons-

trução e os efeitos da introdução das

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Espírito Santo Investment 13

1

notas e moedas do euro contribuíram

para uma inflação média de 3,6%.

O Japão, por seu turno, terá verificado

um crescimento marginalmente positivo

(0,3%), conseguindo assim evitar a situa-

ção de recessão admitida ao longo de

grande parte do ano. As exportações

foram o elemento mais dinâmico da

procura, com o consumo privado a regis-

tar um desempenho muito moderado e o

investimento a regredir face ao ano ante-

rior. Pelo quarto ano consecutivo, os

preços evidenciaram uma tendência de

queda, com a taxa de inflação em -0,9%.

Entre os países emergentes, o clima de

extrema incerteza que caracterizou a con-

juntura económica em 2002 afectou parti-

cularmente o Brasil. Nos meses que ante-

cederam as eleições presidenciais de

Outubro, as dúvidas quanto às políticas

económicas a adoptar pelo novo governo

levaram o real a desvalorizar-se fortemente

face ao dólar, tendo atingido o mínimo do

ano em Outubro, com 3,94 USD/BRL. A

necessidade de criar uma expectativa

credível anti-inflacionista, num contexto de

aceleração dos preços provocada pela

forte depreciação do real, obrigou o Banco

Central Brasileiro a subir a taxa de juro

Selic de 19% para 25,5%. O risco-país

atingiu um máximo de 2147 pontos em

Setembro. A postura de responsabilidade

orçamental adoptada pelo novo governo

contribuiu decisivamente para um clima de

maior estabilidade macroeconómica no

último trimestre do ano, com o real a

cotar-se em 3.54 USD/BRL e o risco-país a

atingir os 1300 pontos no final de

Dezembro. A depreciação do real acabou

por beneficiar o sector exportador, no qual

assentou o crescimento do PIB em 2002

(1.5%). Na América Latina, o ano foi tam-

bém marcado pela instabilidade política na

Venezuela, a qual afectou o mercado

petrolífero a nível global, contribuindo para

a subida do preço do barril do petróleo no

último trimestre do ano. Na Argentina, a

actividade voltou a contrair-se, com uma

variação de cerca de -12% do PIB.

Numa conjuntura de excesso de capaci-

dade e de elevados níveis de endivida-

mento, o clima global de incerteza vivido

em 2002 contribuiu decisivamente para

um crescimento do PIB abaixo do poten-

cial nas principais áreas económicas. Este

facto reflectiu-se na evolução dos preços,

observando-se uma redução das taxas de

inflação nas principais áreas económicas.

Nos Estados Unidos, o índice geral dos

preços desacelerou de 2,8% para 1,7%,

em resultado do baixo crescimento da

actividade e também do crescente clima

de concorrência enfrentado pelas empre-

sas. Na Zona Euro, a inflação desceu de

2,5% para 2,2%, mantendo-se – apesar da

apreciação do euro em termos efectivos

e de alguma desaceleração observada nos

custos com a mão-de-obra – acima do

nível de referência do Banco Central

Europeu.

A fragilidade da retoma da economia

norte-americana e o abrandamento

económico da Zona Euro, em particular

da Alemanha, criaram o receio de que

uma dinâmica deflacionista se pudesse vir

3,6% 34%

2,3%

-0,7%

3,6%

2,5%2,8%

-0,7%

2,9%

1,7%

2,2%

0,9%Japão

Zona Euro

EUA

Economia mundial

2001 20022000

Taxa de Inflação Economia Mundial, EUA, Zona Euro e Japão 2000/2002Fontes: Eurostat, Bloomberg

a instalar, a médio prazo, nestas áreas.

Manteve-se, assim, o ciclo de política

monetária expansionista que havia carac-

terizado o ano de 2001. Nos Estados

Unidos, a Reserva Federal desceu a taxa

dos fed funds de 1,75% para 1,25%. Na

Zona Euro, o Banco Central Europeu

desceu também as taxas de juro de refe-

rência em 50 pontos base, colocando a

taxa principal de refinanciamento em

2,75% no final do ano.

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Espírito Santo Investment14

1

Janeiro 2002 Dezembro 2002

2,75%

1,25%

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

Refirate

Fed funds

Evolução da Taxa Fed Funds e da Taxa RefiFontes: BCE, US Federal Reserve

Janeiro 2002 Dezembro 2002

EUR/

USD

USD

/JPY

0,80

0,85

0,90

0,95

1,00

1,05

1,10

110

115

120

125

130

135

140

EUR/USD

USD/JPY

Evolução das Cotações EUR/USD e USD/JPYFonte: Bloomberg

Janeiro 2002 Dezembro 2002

40

60

80

100

120

Nikkei 225

Nasdaq

Dow Jones

DJ Euro Stoxx 50

Evolução dos Índices BolsistasFonte: Bloomberg

positivamente para a contenção dos

preços, com as importações de petróleo a

tornarem-se mais acessíveis. A evolução

do euro face ao dólar foi determinada por

diversos factores: em primeiro lugar, pela

crise de confiança gerada pelos escândalos

contabilísticos e financeiros conhecidos na

primeira metade do ano, os quais con-

tribuíram para afastar os investidores de

activos denominados em dólares; em

segundo lugar, pela instabilidade político -

militar (associada às ameaças terroristas e

à perspectiva de uma nova guerra no

Golfo), a qual levou muitos investidores a

procurar activos de refúgio alternativos,

como o euro ou o ouro; e, finalmente,

pela subida do défice externo dos Estados

Unidos para níveis considerados insusten-

táveis a médio prazo (cerca de 5% do

PIB), coincidindo ainda com um superavit

na conta corrente da Zona Euro.

Ao nível dos mercados accionistas, man-

teve-se a tendência negativa dos dois

anos anteriores, com os principais índices

a registarem uma forte desvalorização. À

frágil retoma da economia americana,

reflectida nos resultados das empresas e

numa sucessiva revisão em baixa das

perspectivas de resultados futuros, jun-

taram-se os efeitos dos escândalos con-

tabilísticos envolvendo empresas de re-

ferência nos Estados Unidos, bem como

os receios de novos ataques terroristas

(sobretudo na primeira metade do ano)

e de uma intervenção militar norte-ame-

ricana no Golfo (no final do ano). O

índice Nasdaq desvalorizou-se 32%,

sendo a queda dos índices gerais, Dow

Jones e S&P 500, mais moderadas, com

quebras de 17% e 23%; na Zona Euro,

dois dos principais índices bolsistas, o

DAX de Frankfurt e o IBEX 35, regis-

taram quebras de 44% e 28%, respectiva-

mente, com os mínimos do ano a serem

atingidos também no quarto trimestre.

Para esta decisão do Banco Central

Europeu terá contribuído a apreciação do

euro ao longo de 2002, invertendo a

evolução negativa observada nos anos

anteriores. Entre Janeiro e Dezembro, a

moeda europeia apreciou-se 18% face ao

dólar (no final de Dezembro, a cotação

EUR/USD atingiu 1,05), contribuindo assim

índice (pontos)

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Espírito Santo Investment 15

1

> Situação EconómicaNacional

O ano 2002 não constituiu um momento

favorável para a economia portuguesa,

não obstante as correcções verificadas

em alguns desequilíbrios estruturais. O

Produto Interno Bruto (PIB) registou um

crescimento de 0,5%, o que compara

com 1,6% observado em 2001 e repre-

senta o nível de actividade económica

mais baixo desde a recessão de 1993. O

comportamento da economia portuguesa

resultou, fundamentalmente, da evolução

desfavorável da procura interna. As

exportações, embora sem a vitalidade de

outros anos, representaram o vector mais

dinâmico da Procura.

O consumo privado verificou uma varia-

ção modesta (0,7%), dada a deterioração

generalizada da confiança das famílias. A

quebra dos índices de confiança decor-

reu, em grande medida, do aumento do

desemprego, num contexto de elevados

níveis de endividamento. Em 2002, o

endividamento dos particulares terá

crescido para um valor próximo de 100%

do seu rendimento disponível, o que

compara com pouco mais de 60%, cinco

anos antes. A taxa média de desemprego

subiu de 4,1%, em 2001, para 5,1%, em

2002. Este quadro afectou particular-

mente o consumo de bens duradouros e

o investimento em habitação. Em termos

globais, o investimento em formação

bruta de capital fixo observou uma con-

tracção (de 5,1%), após a variação nula

verificada em 2001.

1999 2000 2001 2002E

Consumo privado 5.1 2.6 1.2 0.7

Consumo público 5.6 4.0 3.4 3.2

Formação bruta de capital fixo 7.4 3.3 0.0 -5.1

Exportações de bens e serviços 2.9 8.0 1.9 2.0

Importações de bens e serviços 8.5 5.4 0.9 -0.4

Produto Interno Bruto (PIB) 3.8 3.7 1.6 0.5

Balança corrente (em % PIB) -8.3 -10.3 -8.6 -6.7

Défice orçamental (em % PIB) -2.4 -2.9 -4.1 -2.7

Dívida pública (em % PIB) 54.4 53.3 55.5 59.3

Taxa de Desemprego

(em % da população activa) (1) 4.4 4.0 4.1 5.1

Inflação (IPC)

Taxa Média Anual (%) 2.3 2.9 4.4 3.6

Taxas de Juro (2)

Curto Prazo (MMI 3 meses, %) 3.3 4.9 3.3 2.9

Longo Prazo (OT 10 anos, %) 5.7 5.3 5.2 4.3

E - Estimativas.(1) Em sentido estrito: somente indivíduos que procuraram activamente emprego nos 30 dias imediatamente anteriores ao inquérito sãoincluídos como desempregados de entre a população activa.(2) Taxas no final de cada ano.Fontes: Espírito Santo Research, Banco de Portugal, INE (Portugal), Ministério das Finanças, Comissão Europeia, OCDE, Bloomberg.

Valores Consolidados milhares de euros

Zona Euro Portugal

200220012000

3,5%

1,6%

0,5%

3,5%

1,4%

0,8%

Evolução do PIB (em termos reais), Portugal e Zona Euro 2000/2002Fontes: INE, Eurostat, Espírito Santo Research

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Espírito Santo Investment16

1

Ao nível dos preços, assistiu-se a uma

redução na taxa média de inflação de

4,4%, em 2001, para 3,6%, em 2002. Os

reflexos da entrada em circulação do

euro, as consequências do aumento dos

preços dos combustíveis e da subida de

dois pontos percentuais no escalão máxi-

mo do IVA e a manutenção dos custos

unitários de trabalho em níveis relativa-

mente elevados foram razões que con-

tribuíram para uma desaceleração dos

preços abaixo do esperado.

As contas externas observaram uma cor-

recção com algum significado, tendo o défi-

ce conjunto das balanças corrente e de ca-

pital evidenciado uma redução, de 8,6% do

PIB em 2001 para 6,7%, em 2002. A trajec-

tória positiva verificada, que se deverá pro-

longar em 2003 e 2004, não deixa, no en-

tanto, de manter Portugal como o país que

regista um dos mais elevados défices exter-

nos na OCDE – uma situação que, não sen-

do geradora de uma crise financeira grave

(dado que a economia portuguesa integra a

zona monetária do euro), constitui, ainda

assim, uma restrição importante à competi-

tividade e às perspectivas de crescimento a

médio e longo prazo. A correcção do défi-

ce externo observado assentou, fundamen-

talmente, na queda das importações, fruto

da desaceleração da procura interna, uma

vez que as exportações, não obstante se-

rem o vector mais dinâmico da procura, re-

gistaram um crescimento moderado.

2002 20012000

10,3%

8,6%

6,7%

Contas Externas: Evolução do défice conjunto das balanças corrente e de capital (em % do PIB) 2000/2002 Fontes: INE, Eurostat, Espírito Santo Research

Zona Euro Portugal

200220012000

4% 4,1%

5,1%

8,4%8,0% 8,3%

Taxa média de Desemprego (em % da população activa), Portugal e Zona Euro2000/2002 Fontes: INE, Eurostat

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Espírito Santo Investment 17

1

Em 2002, foi conduzida uma política orça-

mental pro-cíclica: o Governo foi con-

frontado com a necessidade de reduzir e

suspender despesas, particularmente as de

investimento, a fim de atingir a meta orça-

mental proposta de 2,8% do PIB. O défice

global do Sector Público Administrativo

ter-se-á reduzido, assim, de 4,1% do PIB

para cerca de 2,7% do PIB. Esta evolução

assentou fundamentalmente num conjun-

to de medidas envolvendo a obtenção de

receitas extraordinárias. Incluíram-se nes-

tas medidas a venda de património públi-

co e a recuperação de receitas fiscais pela

via do perdão de juros relativos a dívidas

por regularizar.

Na vertente do mercado de capitais, o ano

caracterizou-se pela entrada em funciona-

mento do novo mercado resultante da

fusão entre a BVLP e a Euronext. Não

obstante este facto, o mercado português,

acompanhando a tendência manifestada

internacionalmente, não revelou uma

evolução positiva, tendo o valor no merca-

do a contado registado uma queda de

quase 30%. A vertente accionista, que re-

presenta cerca de 92% do mercado, resva-

lou quase 30%, com o PSI a registar uma

queda de cerca de 25%, após as descidas

de cerca de 13% e 25%, ocorridas em

2000 e 2001, respectivamente.

Zona Euro Portugal

200220012000

2,9%

4,4%

3,6%

2,3% 2,5%2,2%

Taxa de Inflação (média anual) Portugal e Zona Euro 2000/2002Fontes: INE, Eurostat

2002 (E)20012000

2,9%

4,1%

2,7%

Contas Públicas: Evolução do défice do SPA (em percentagem do PIB) 2002Fontes: Ministério das Finanças, DGO e Eurostat

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José MalhoaCuidados de Amor ÓleoSede do Banco Internacional de Crédito

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Espírito Santo Investment 19

2Actividade e Resultados

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Espírito Santo Investment20

2

> Direcção de Clientes

Em 2002, a actuação comercial do Banco

Espírito Santo de Investimento, S.A. (BES

Investimento ou o Banco) ficou marcada

pelo alargamento a Espanha do nosso

Projecto Wholesale de Banca de Investi-

mento, que constitui um importante vec-

tor de desenvolvimento do fundo de co-

mércio do Banco.

Este projecto tem exigido às equipas

comerciais de Portugal e Espanha um par-

ticular esforço de coordenação e entrosa-

mento, visando reforçar o posicionamen-

to do Banco como interveniente activo

no mercado ibérico. Neste domínio, a

nossa actuação comercial foi, sobretudo,

orientada para a originação de operações

cross-border, onde o BES Investimento

tem provado ter uma oferta de valor

acrescentado, assente na relação de

proximidade com os clientes, na especia-

lização sectorial das equipas comerciais e

de produto e na oferta integrada de

soluções multiproduto.

A par com a exploração do potencial de

cross border do mercado ibérico, as nossas

equipas comerciais sediadas em Espanha

focalizaram a actuação no desenvolvimen-

to de operações no segmento empresarial

mid-market. Os bons resultados entretan-

to alcançados consubstanciam as nossas

expectativas quanto ao potencial de negó-

cio desta vertente estratégica, sendo por

isso intenção do Banco reforçar em 2003

este enfoque comercial. A título ilustrati-

vo, salientamos o nosso envolvimento no

project finance da auto-estrada Radial II de

Madrid, no financiamento estruturado no

âmbito do LBO da Colomer, bem como

na Oferta Pública Inicial da Enagás.

Em Portugal, o BES Investimento consoli-

dou a sua liderança na Banca de Inves-

timento, capitalizando nas sólidas rela-

ções comerciais estabelecidas com os

clientes habituais do Banco e captando

novos clientes, que decidiram apostar

nos atributos de rigor, competência e

especialização técnica em que assenta a

nossa oferta comercial.

No Brasil, a actividade comercial em 2002

foi condicionada negativamente pelo

processo eleitoral pela situação económi-

ca. Esta envolvente não só originou uma

elevada volatilidade no mercado finan-

ceiro brasileiro, como também conduziu

os agentes económicos a diferir investi-

mentos e a limitar a exposição económica

a este mercado.

Não obstante este enquadramento desfa-

vorável, o BES Investimento logrou con-

cretizar os objectivos comerciais estabele-

cidos para 2002, facto que em boa parte

é explicado pelo esforço comercial de

dinamização de operações cross-border

triangulares entre o Brasil e a Espanha e

Portugal. São disso exemplos a colabo-

ração prestada à PT e Telefónica Móviles

na aquisição da Telecentro Oeste (Brasil)

e a assessoria prestada ao Grupo Ode-

brecht (Brasil) na alienação da posição

accionista detida pela sua subsidiária BPC

na Lusoponte.

A performance comercial de 2002, que foi

concretizada em condições de mercado

particularmente adversas, permite-nos

assim estar confiantes relativamente ao

sucesso do nosso Projecto Wholesale de

Banca de Investimento e, mais imediata-

mente, ao cumprimento das metas orça-

mentais de 2003.

Direcção de Clientes

Portugal BrasilEspanha

Filipe Ribeiro Ferreira

• Rui Simões Coelho• José Luís Muñoz

Rafael Valverde

• Danielle van der Grinten• Luís Bandeira• Afonso Rocha• Vasco Pinto Ferreira• Jorge Moya

José Pinto Basto

• Miguel Lins• Rodrigo Aguiar

Rafael Valverde

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Espírito Santo Investment 21

2

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22

2

Os sectores de infra-estrutura, transportes,

municípios e ambiente são dependentes

do Estado, directa ou indirectamente. Este

facto tem motivado algumas restrições ao

desenvolvimento das Empresas nomeada-

mente em relação ao financiamento da sua

actividade corrente e aos projectos de

expansão. Igualmente, constata-se alguma

indefinição relativamente a potenciais con-

cessões destas actividades a empresas pri-

vadas, ou, mesmo, à privatização de activos

do sector.

Durante 2002, o enquadramento econó-

mico negativo, o nível de endividamento

do país e das respectivas empresas e a

mudança de Governo, provocaram dúvidas

e adiamentos sucessivos no arranque dos

principais projectos de infra-estrutura, tais

como o Novo Aeroporto de Lisboa, a

Rede de Alta Velocidade e os projectos de

metropolitano de superfície.

O acompanhamento permanente destes

sectores pelo BES Investimento tem permi-

tido assessorar grupos nacionais e interna-

cionais na área de infra-estruturas e trans-

portes de passageiros e carga, na vertente

de análise de oportunidades e na pers-

pectiva de criar condições para o desen-

volvimento futuro das oportunidades de

negócio identificadas, tanto em corporate

como em project finance.

No sector de serviços foram ainda desen-

volvidos vários trabalhos de assessoria

financeira com vista à aquisição de clínicas

de saúde e, procedeu-se à valorização de

empresas da área de segurança e de pres-

tação de serviços de logística e transportes.

No sector gráfico foi iniciada e concluída a

assessoria no processo de fusão de três

empresas (Litografia de Portugal, Novotipo

e Valentim Santos), operação que permitiu

criar o maior grupo português de produção

de embalagens de cartolina.

> Danielle Van der Grinten

Infra-estruturas

Ambiente

Municípios

Transportes

Serviços

Equipamentos

Extractivo

Farmacêutico

> Luís Bandeira

Alimentação

Distribuição

Bebidas

Embalagem

Têxtil e Calçado

Cerâmicas de mesa

Rodovias

O ano 2002 continuou a evidenciar movi-

mentações importantes no sector das

bebidas, designadamente envolvendo a

transacção de activos de referência e de

marcas com posição de liderança de mer-

cado. Importa aqui sublinhar a aquisição

da Sandeman pelo Grupo Sogrape, que o

BES Investimento assessorou como con-

sultor financeiro.

Depois de alguns anos de forte expansão

geográfica e pendor fortemente aquisitivo,

o sector da distribuição alimentar entrou

num período de consolidação e focaliza-

ção das actividades no seu core business,

e alienando os activos de exploração não

satisfatória. O BES Investimento tirou par-

tido desta tendência, assessorando clien-

tes nestes processos de consolidação

operacional e reestruturação financeira.

Registe-se igualmente o apoio prestado

aos nossos clientes multinacionais nos

seus esforços de expansão nos mercados

ibérico e brasileiro.

No sector das concessões, o panorama

geral revela uma relativa atomização das

participações nas várias concessionárias

que, em conjugação com as crescentes

apports de capital que o desenvolvimento

dos projectos vai exigindo, tendem a

gerar movimentos de concentração, cujo

potencial de transacção o BES Investi-

mento tem acompanhado atentamente.

Destacamos neste enquadramento a

assessoria prestada à Bento Pedroso

Construções na alienação da sua partici-

pação no capital da Lusoponte.

> Direcção de ClientesPortugal

Espírito Santo Investment

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23

2

Os escândalos contabilísticos associados a

algumas empresas energéticas de renome

internacional acabaram por afectar a ge-

neralidade das empresas do sector. Esta

situação, a par com a crise energética vivi-

da na América Latina, levou a que os títu-

los das utilities perdessem a qualidade de

“Valor de Refúgio”.

Em Portugal, durante 2002 caminhou-se

para a homogeneização do tarifário no

Continente e Ilhas (onde o Banco esteve

a trabalhar com a EDA na estimativa do

impacto desta homogeneização nos resul-

tados da Empresa). Foram também dados

os primeiros passos para a criação do

Mercado Ibérico da Energia (Mibel),

processo que continua em desen-

volvimento.

As petrolíferas assistem à quebra das

margens de refinação e o gás acompanha

a volatilidade dos preços destas commodi-

ties, não compensada na totalidade pela

quebra do dólar norte-americano. Do

acompanhamento prestado às empresas

deste sector, o BES Investimento destaca

a assessoria prestada à GalpEnergia na

compra de 5% do capital da CLH e a reti-

rada de bolsa da Sacor Marítima.

As energias renováveis registaram um

grande dinamismo. Tanto a nível interna-

cional como nacional, o número de inter-

venientes reduz-se. Esta tendência de

concentração resulta dos esforços de

investimento que o desenvolvimento dos

projectos obriga. O Banco tem tido uma

actuação comercial muito activa neste

segmento de mercado, de que é exemplo

o apoio prestado ao IPE na venda da par-

ticipação detida na Generg.

O sector automóvel está a antecipar a

alteração das regras de distribuição e

comércio automóvel a nível Europeu:

Block Exemption. Em Portugal, a cres-

cente liberalização de sector, a par com

a contração da procura (a ACAP regis-

tou uma quebra na venda de veículos

ligeiros de 11,4% face a 2001), pro-

moveram movimentos de concentração

alguns das quais com o envolvimento do

Banco.

No sector da Pasta e Papel, a privatização

da Portucel e da Gescartão tem alimenta-

do o interesse dos investidores e o seu

adiamento para 2003 é acompanhado

com natural expectativa.

> Afonso Rocha

Energia

Petróleo e Gás

Pasta e Papel

Automóvel

Madeira e Cortiça

Institucionais

Espírito Santo Investment

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24

2

Espírito Santo Investment

Vasco Pinto Ferreira

Telecom

Média

Tecnologia

Químico

Vidro

Desporto

O ano 2002 foi particularmente adverso

para as Telecomunicações, Média e

Tecnologia (TMT), com a generalidade

das empresas a sofrerem uma acentuada

degradação da rentabilidade operacional

e financeira, em resultado da forte

retracção da procura e da contínua

degradação dos respectivos ratings de

crédito. A performance bolsista destes

sectores foi igualmente negativa, reflexo

da crescente preferência dos investidores

institucionais por activos de menor risco e

pela revisão em baixa das estimativas de

evolução destes negócios.

Toda esta envolvente negativa provocou

uma diminuição generalizada do número

de operações de Banca de Investimento

envolvendo empresas destes sectores,

com especial ênfase no segmento de

mercado de capitais e de M&A.

Antecipando este quadro recessivo, o

BES Investimento focalizou a sua actuação

na dinamização da vertente de aconse-

lhamento em processos de racionalização

e consolidação de negócios, e na pro-

posição de soluções criativas e de valor

acrescentado que melhor se adaptassem

aos objectivos e necessidades dos nossos

clientes.

Desta forma, lográmos desenvolver uma

intensa actividade nestes domínios, que

possibilitou alcançar os objectivos de

negócio estabelecidos para o ano e con-

solidar a liderança na prestação de

serviços de Banca de Investimento nos

sectores de TMT.

A título ilustrativo, salientamos a colabo-

ração prestada ao Grupo Impresa e à

Edipresse International na montagem e

financiamento da aquisição da partici-

pação accionista do Grupo Abril na Abril

Controljornal, e a assessoria prestada à

multinacional GE Capital na venda da sua

subsidiária GE ITS Portugal.

Em paralelo com a actividade desenvolvi-

da nos sectores de TMT, o Banco

procurou aprofundar o envolvimento no

segmento de desporto, que tem eviden-

ciado grande dinamismo e propiciado a

angariação de importantes operações

para o Banco.

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25

2

Espírito Santo Investment

Jorge Moya

Imobiliário

Construção

Banca e Seguros

Cimento

Turismo

O agravamento da situação económica

global registado em 2002 teve grandes

reflexos na actividade dos nossos clientes,

bem como nos tipos de produtos de

investimento pretendidos pelos merca-

dos. Tendo em conta tal facto, o BES

Investimento apresentou soluções ino-

vadoras que permitiram aos nossos Clien-

tes/Investidores minorar os efeitos atrás

referidos.

- No sector imobiliário, dinamizamos a

prestação de assessoria na colocação de

activos imobiliários em fundos, e apoiá-

mos a constituição de FII e a colocação

de unidades de participação junto de

investidores.

- No sector da construção, apoiámos os

nossos clientes na montagem de opera-

ções de crédito estruturado.

- No sector financeiro, privilegiámos a li-

derança e organização de Programas de

Papel Comercial, bem como a mon-

tagem de operações de securitização de

que é exemplo a operação de 409 mi-

lhões de euros montada para o BES e

Besleasing, em parceria com o BNP

Paribas. Neste produto, foi desenvolvi-

do em 2002 um forte esforço comer-

cial, cujos resultados deverão materia-

lizar-se em 2003.

O sector de turismo, embora também

tenha sofrido com o agravamento da si-

tuação económica global, foi aquele onde

as suas consequências foram menos gra-

vosas e onde se apresentam as melhores

perspectivas de crescimento. Neste sec-

tor destacamos a atribuição de diversos

mandatos para estudar o financiamento

em project finance de projectos turísticos.

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26

2

Espírito Santo Investment

> Direcção de ClientesEspanha

O ano 2002 foi importante para a conso-

lidação do projecto de Banca de Investi-

mento em Espanha. Apesar da envol-

vente geral negativa, optou-se pelo

reforço das equipas de execução e pela

intensificação do esforço comercial, no

âmbito de um projecto de Banca

Wholesale integrado com Portugal e

Brasil. Como resultado, foi concluído com

sucesso um número relevante de ope-

rações em distintas áreas de negócio.

Em 2002 a economia espanhola sofreu

um abrandamento sensível, embora não

tão acentuado como em outros países da

UE.

No entanto, ao nível do negócio de

Banca de Investimento em Espanha exis-

tiram realidades distintas, conforme os

diversos segmentos. Por um lado, as

actividades de mercados estiveram, em

geral, bastante deprimidas, enquanto as

actividades de fusões & aquisições e

financiamentos registaram assinalável

dinamismo.

O mercado bolsista apresentou uma

tendência negativa, com o IBEX 35 a cair

cerca de 28% em 2002, os volumes nego-

ciados a reduzirem-se 10% em relação a

2001 e 22% em relação a 2000, e global-

mente observando-se um estreitamento

das comissões para os operadores de

mercado. Mesmo assim, foi possível rea-

lizar algumas operações, sendo de des-

tacar o IPO da Enagás, a OPS do Banesto

e o aumento de capital da Ebro Puleva

(concluído em 2003).

O mercado de dívida evoluiu mais favo-

ravelmente, com os volumes negociados

de dívida pública e privada a crescerem

cerca de 35% em relação a 2001. No

entanto, a deterioração do perfil de

risco/rating das empresas teve impacto

directo no alargamento de spreads, o que,

aliado a uma maior selectividade do

regime de concessão de crédito, originou

uma redução no número de operações

realizadas.

Filipe Ribeiro Ferreira

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27

2

Espírito Santo Investment

> Direcção de ClientesBrasil

Apesar das conhecidas dificuldades

enfrentadas pelo Brasil em 2002, o BES

Investimento do Brasil SA - Banco de

Investimento aumentou muito sua actu-

ação neste mercado através de um rela-

cionamento mais estreito com impor-

tantes grupos económicos que actuam no

Brasil.

A área de Mercado de Capitais logo no

início do ano coordenou o IPO da CCR -

Companhia de Concessões Rodoviárias,

única operação do género no ano de

2002. Fomos igualmente contratados

como Market Maker para o Latibex pela

Copel, Petrobrás e Cemig.

A área de Gestão de Risco realizou um

número muito maior de transacções com

clientes em 2002. Fechou desde ope-

rações plain vanilla até operações estrutu-

radas com derivativos, obtendo uma

rentabilidade excelente ponderada a

reduzida exposição de crédito.

Considerando a nossa ligação e inte-

gração com outras casas do Grupo Banco

Espírito Santo (Grupo BES) com presença

nos principais mercados internacionais,

buscamos ser vistos como padrão de

referência em serviços financeiros, para

empresas e investidores que têm inte-

resse no País.

Assim, importantes operações que foram

trabalhadas durante o ano de 2002 vie-

ram a ser divulgadas nos primeiros dias de

2003. São elas, assessoria ao Bradesco na

aquisição do BBV Brasil e assessoria à

Brasilcel (joint-venture para telefonia móvel

no Brasil entre Portugal Telecom e

Telefónica) na aquisição do controle da

Tele Centro Oeste.

Nossa abordagem baseada no espírito de

equipa e contando com a qualidade dos

colaboradores que fazem parte do Grupo

Espírito Santo, nos permite oferecer um

alto nível de excelência no desenvolvi-

mento e execução dos negócios de nos-

sos clientes, o que nos possibilitou estrei-

tar a relação com os mais importantes

grupos e empresas presentes no Brasil.

A Direcção de Clientes Brasil está sempre

atenta as oportunidades de oferecer pro-

dutos do Banco Espírito Santo em diver-

sos países, nas suas diversas áreas e

nichos de atuação, sempre visando o cross

selling de negócios e a satisfação dos nos-

sos Clientes.

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Espírito Santo Investment28

2

> O Mercado de Capitais Acções

No ano 2002 voltou a verificar-se um

comportamento muito desfavorável dos

principais mercados accionistas, em grande

parte devido ao agravamento da crise que

a economia mundial atravessa, às sequelas

deixadas pelos acontecimentos de 11 de

Setembro de 2001 e aos escândalos finan-

ceiros da Enron e da Worldcom. Por

outro lado, a performance das empresas

ficou aquém das expectativas dos analistas,

o que originou sucessivos anúncios de

profit warnings por parte de inúmeras

empresas.

Há ainda a assinalar o clima de instabilidade

gerado pela possibilidade de ocorrência de

novos actos terroristas de dimensão inter-

nacional, o espectro da guerra contra o

Iraque, a crise na Argentina e na Venezuela

e as eleições brasileiras, que afectaram par-

ticularmente a performance das principais

empresas ibéricas com exposição significa-

tiva à América-Latina.

A nível europeu, e relativamente ao mer-

cado primário, o número de Ofertas

Públicas Iniciais IPO realizadas em 2002 foi

cerca de metade das realizadas no ano

anterior, número que já de si havia sofrido

uma acentuada redução. Também nos

EUA registou-se uma retracção no

número de Ofertas efectuadas face a 2001.

O mercado português não constituiu

excepção a esta tendência, não se tendo

registado a entrada na Euronext Lisbon

de nenhuma nova empresa no decorrer

de 2002.

O esforço de diversificação dos meios de

financiamento por parte das empresas,

imposto pela deterioração da procura de

acções desde a segunda metade de 2000,

reflectiu-se igualmente ao nível das disper-

sões secundárias de capital.

No que respeita ao mercado secundário,

todas as principais praças financeiras

mundiais registaram significativas perdas

durante 2002, acentuando as quedas já

ocorridas nos 2 anos anteriores(1).

No que se refere à Euronext Lisbon, o

cenário não foi muito diferente daquele

que se fez sentir na generalidade dos

mercados. O volume negociado no ano e

a capitalização bolsista do Mercado de

Cotações Oficiais registaram um decrésci-

mo de 29% e 24%, respectivamente, face

aos valores de 2001. O decréscimo no

volume transaccionado é ainda mais signi-

ficativo se tivermos em conta que em

2001 já se havia registado uma quebra

anual de 48%.

Ainda assim, há a destacar pela positiva, a

performance do PSI 20 (principal índice da

Euronext Lisbon), que, apesar da desvalo-

rização de -25,6%, registou uma das me-

lhores performances entre os principais

índices europeus, só superada pelo FTSE

100 (-24,5%).

Entre as empresas que compõem o

PSI 20, cinco empresas valorizaram-se em

2002 (PT Multimédia, Brisa, BES, Cofina e

BPI), enquanto que a Pararede, a Sonae

SGPS, o BCP, a Sonae.com e a Teixeira

Duarte registaram perdas acumuladas

superiores a 45%.

-24,5% -25,6%-28,1%

-31,5%

-43,9%

-37,3%-33,7%

34%

2,3%

-17,0%

2,5%

-18,6% -16,8%

-50%

-40%

-30%

-20%

-10%

0%

DAX

DJ

Euro

Stox

x 50

CAC

40

NAS

DAQ

IBEX

35

PSI 2

0

FTSE

100

NIK

KEI 2

25

BOVE

SPA

Dow

Jon

es

Performance dos Principais Índices Bolsistas em 2002Fonte: Bloomberg

50

60

70

80

90

100

110

PSI 20

DJ Euro Stoxx 50

Performance do PSI 20 versus EuroStoxx 50 em 2002Fonte: Bloomberg

Índice de base 100

(1) Na secção “Situação Económica Internacional e Nacional” apresenta-se na descrição não detalhada da evolução dos mercados accionistas em 2002

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Espírito Santo Investment 29

2

O ano 2002, a nível doméstico, foi ainda

marcado pela integração jurídica da bolsa

portuguesa no Euronext B.V., e por pas-

sos importantes no que se refere ao

processo de integração para as platafor-

mas únicas de negociação (NSC) e com-

pensação (Clearing®21), disponibilizadas

pelo Euronext B.V.

A migração para os sistemas NSC e

Clearing®21 constituirá o último passo na

direcção de uma única plataforma de

negociação e de um único sistema de

compensação para todos os mercados a

contado em ambiente Euronext.

> Actividade desenvolvidaem 2002

Mercado Primário

Em 2002, o BES Investimento na área de

mercado de capitais/acções, prosseguiu

uma estratégia de actuação centrada no

Mercado Ibérico e América Latina, como

forma de manter um nível sustentado da

sua actividade, diversificando as fontes de

receitas e reduzindo a exposição ao mer-

cado doméstico.

Neste contexto, as ofertas de acções que

o BES Investimento liderou e/ou par-

ticipou em Portugal, consistiram principal-

mente em operações de reorganização

de grupos empresariais, como sejam as

ofertas públicas de aquisição.

Assim, das ofertas públicas de aquisição

de acções realizadas pelo BES Inves-

timento em 2002 há a assinalar as OPAs

lançadas pela Petrogal sobre a Sacor

Marítima, pela Triângulo-Mor sobre a

Sociedade Comercial Orey Antunes e

ainda pela Grão-Pará sobre a Interhotel.

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

200220012000

DezNovOutSetAgoJulJunMaiAbrMarFevJan

Volume mensal de Transacções de Acções na Euronext Lisbon (MEUR)Fonte: Euronext Lisbon

20022001200019991998

53.612

116.017

96.640

67.99173.239

Evolução da Capitalização Bolsista de Acções da Euronext LisbonFonte: Euronext Lisbon

milhões de euros

milhões de euros

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Espírito Santo Investment30

2

Adicionalmente, no âmbito da estrutu-

ração de Planos de Stock Options o BES

Investimento organizou as Ofertas em

Portugal destinadas aos colaboradores do

Grupo Suez e aos colaboradores do

Grupo Securitas.

Apesar do clima globalmente negativo

atrás descrito, que caracterizou os merca-

dos accionistas quer na Europa, quer nos

EUA e América Latina, há a destacar o

facto de o BES Investimento ter sido o

único Banco Português convidado para

integrar os sindicatos de colocação das

únicas ofertas importantes que tiveram

lugar quer em Espanha, quer no Brasil.

O ano 2002 pautou-se igualmente pelo

aprofundamento da interacção entre a

equipa sediada em Lisboa com a equipa

da Espírito Santo ByM sediada em Madrid

e com a equipa do BES Investimento do

Brasil. A combinação da experiência acu-

mulada no mercado de capitais por-

tuguês com os conhecimentos locais de

cada mercado contribuíram activamente

para o desenvolvimento de uma estraté-

gia comercial adequada nestes países.

Assim, em 2002 a Espírito Santo ByM par-

ticipou no IPO da Enagás e liderou o

Aumento de Capital da Ebro Puleva.

Relativamente ao mercado brasileiro, o

BES Investimento participou em ope-

rações de relevo neste mercado, como

sejam:

• Companhia de Concessões Rodoviárias

(CCR): a maior empresa brasileira

detentora de concessões rodoviárias e

participada da Brisa, realizou a abertura

do seu capital através de um aumento

de capital destinado ao retalho e a

investidores institucionais brasileiros e

internacionais, tendo as acções sido

admitidas à negociação no Novo

Mercado da Bovespa. O papel do

Banco nesta transacção foi de joint lead

manager;

• Companhia Vale do Rio Doce (CVRD):

o Banco integrou o sindicato de colo-

cação para venda da participação do

BNDES no valor de cerca de $R 3,9 bi-

liões, com o estatuto de co-manager;

• Telesp Celular Participações: o Banco

actuou como financial advisor da empre-

sa na organização e montagem da ope-

ração de aumento de capital de cerca

de $R 2,5 biliões.

Mercado Secundário

A área de Institucionais

A área de Institucionais tem por missão

promover os serviços financeiros junto de

investidores institucionais, encontrando-se

segmentada em três áreas: research, ven-

das e trading.

O serviço oferecido visa ajudar os seus

clientes a tirar o melhor partido dos seus

investimentos, beneficiando do know-how,

profissionalismo e qualidade do quadro

de pessoal.

Relativamente à área de research, conta-

mos com uma equipa ibérica, e encon-

tra-se especial izada por sectores.

Actualmente, quatro analistas localiza-

dos em Portugal e sete em Espanha

proporcionam uma cobertura alargada

das principais empresas ibéricas. Esta

base de research é ainda complementa-

da pela equipa de Research do BES

Securities do Brasil, a qual disponibiliza

a cobertura local das principais empre-

sas presentes no mercado de capitais

brasi leiro. Este aspecto é part i-

cularmente importante e tem-se tradu-

zido num ponto forte em termos da

€ 10.182.286

Oferta Pública de Aquisição

e

Aquisição Potestativa

Organização

Setembro/Dezembro 2002

€ 3.778.964

Oferta Pública de Aquisição

Organização

Setembro 2002

INTERHOTEL-Soc. Internacional de

Hotéis, S.A.

€ 557.285

Oferta Pública de Aquisição

Organização

Setembro 2002

Securitas EmployeeConvertible 2002

Oferta aos trabalhadores doGrupo SECURITAS em Portugal

€ 1.533.500

Oferta Pública de Aquisição

Organização

Setembro 2002

SPRING 2002Oferta aos trabalhadores do

Grupo SUEZ em Portugal

€ 43.410

Oferta Pública de Aquisição

Organização

Julho 2002

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Espírito Santo Investment 31

2

qualidade do serviço de research e de

vendas que temos proporcionado aos

nossos clientes. Portugal e Espanha são

as economias europeias mais expostas à

América Latina, e tudo o que se passa

naquele continente tem grande influên-

cia nos mercados de capitais ibéricos.

Nas áreas de vendas e trading, benefi-

ciamos de uma posição concorrencial

que tem vindo a ser progressivamente

capitalizada através do incremento dos

níveis de penetração junto dos principais

brokers europeus e americanos e junto de

investidores institucionais finais na Euro-

pa. Ao mesmo tempo, cada vez mais nos

afirmamos como operador ibérico, enfati-

zando a mensagem de qualidade que

sempre caracterizou o nosso serviço em

Portugal e que agora tem paralelo em

Espanha.

Ao nível da corretagem, o ano 2002 foi

marcado por uma intensificação da con-

corrência no mercado português, o que

se reflectiu na agressividade das comis-

sões praticadas, com a agravante de se

processar num contexto de acentuada

contracção nos volumes transacciona-

dos na Euronext Lisbon.

Em Espanha, o ano 2002 foi de consoli-

dação e de oportunidades da nossa actua-

ção na área de corretagem, através da

Espírito Santo ByM. A gestão e abor-

dagem no mercado espanhol são reali-

zadas de uma forma integrada, tirando

benefício do know-how e da experiência

adquiridos ao longo dos últimos anos.

O mercado espanhol registou uma que-

bra menos acentuada que o mercado

português nos volumes transaccionados,

registando, em média, um volume que é

cerca de 18 vezes o volume do mercado

português.

A área de Particulares

A área de Particulares tem como missão

desenvolver as condições necessárias para

que o cliente particular usufrua de um

serviço profissional, baseado nos valores de

independência, segurança e dinamismo,

cobrindo todas as actividades que pro-

movam a tomada de decisões de investi-

mento em mercados accionistas globais.

Esta missão é levada à prática através da

disponibilização de serviços de aconse-

lhamento e execução em bolsa, de Gestão

Discricionária de Carteiras em mercados

accionistas e de Produção de Conteúdos,

especialmente concebidos para clientes

não institucionais.

Em 2002, também esta área foi afectada

pelas condições adversas dos mercados

accionistas, sobretudo porque, ao con-

trário do cliente institucional, o cliente

particular não tem necessidades perma-

nentes de investir em bolsa, apenas con-

siderando esse tipo de investimento

atractivo quando existem condições que

potenciam a obtenção de taxas de

retorno superiores às taxas de juro.

Entretanto, também este ano, se aprofun-

dou significativamente a interacção entre

a Espírito Santo Dealer e algumas

unidades do Grupo BES, nomeadamente

o private banking, com o objectivo de

dinamizar ainda mais esta actividade, pro-

porcionando-lhes um know-how de inves-

timento em acções que é muito específi-

co e que requer actualização constante

face à rápida evolução das condições de

mercado.

Gostaríamos ainda de destacar os

seguintes aspectos:

• o peso dos Clientes particulares nas

receitas líquidas da Espírito Santo

Dealer situou-se nos 40%, o que é assi-

nalável, tendo em conta a natural maior

passividade da base de Clientes num

contexto de bear market;

• os negócios realizados em bolsas inter-

nacionais mantiveram um peso de cerca

de 64% da facturação desta área, assu-

mindo já uma importância relativa no

conjunto da actividade da corretora

(cerca de 25%);

• a performance das Carteiras geridas,

ainda que inevitavelmente em terreno

negativo, destaca-se positivamente em

mais de 16% da performance dos princi-

pais benchmarks accionistas mundiais, o

que demonstra uma clara evolução na

qualidade técnica do serviço prestado e

do valor acrescentado.

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Espírito Santo Investment32

2

> Mercado de Capitais

Financiamento e Gestão de Risco

A actividade de mercado de capitais do

BES Investimento durante o ano de

2002 foi condicionada pela conjuntura

económica recessiva, que induziu os

investidores institucionais direccionados

a privilegiar os investimentos de menor

risco. Esta postura defensiva com procu-

ra para emitentes de elevado rating, teve

especial impacto para emitentes

brasileiros no mercado Euro. A procura

de emissões de dívida por estes emi-

tentes foi praticamente inexistente

durante o segundo semestre, dada a

grande expectativa e incerteza que

rodearam a campanha e as eleições

presidenciais no Brasil.

De uma maneira geral, continuou-se a

assistir à degradação do risco de crédito

das empresas europeias e americanas,

sendo as acções de downgrade dos emi-

tentes corporate uma constante no mer-

cado de capitais durante todo o ano.

O pessimismo generalizado e a postura

defensiva e avessa ao risco dos investi-

dores levou inevitavelmente ao agrava-

mento do custo de financiamento das

empresas que recorrem ao mercado de

capitais internacional.

Em Portugal poucas foram as empresas

que recorreram ao mercado de capitais

europeu, dado que durante este período

conturbado os corporates nacionais sus-

penderam os investimentos de elevado

montante e os projectos estratégicos de

internacionalização.

Apesar desta envolvente, continua a

aumentar o número de empresas e enti-

dades estatais/regionais a sujeitarem-se ao

processo de atribuição de notação de ra-

ting por agências internacionais. Esta ten-

dência demonstra a consciencialização,

por parte das maiores empresas nacionais

da necessidade de preencherem os requi-

sitos para aceder aos mercados interna-

cionais de dívida, da forma mais eficiente

possível.

Enquadrado neste cenário internacional, o

BES Investimento continuou o seu esfor-

ço de internacionalização, com as seguin-

tes linhas orientadoras:

• Internacionalização geográfica centrada

na Península Ibérica e no Brasil;

• Alargamento da base de investidores

institucionais, reforçando em especial a

equipa em Espanha;

·• Participação em posição de destaque

nas operações globais/benchmark de

Eurobonds;

• Participação em posição de destaque

nas principais operações de Eurobonds

de entidades brasileiras.

Destacamos a liderança conjunta do BES

Investimento nas operações de securitiza-

ção do Banco Espírito Santo (Lusitano

Finance), cujos montantes e importância

justificaram uma sindicação global de

grande sucesso.

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Espírito Santo Investment 33

2

Obrigações

Emitente Montante Estatuto

Empresas Domésticas

SPORTING - SAD Eur. 11,996,440 Líder Conjunto

INDASA II Eur 10,000,000 Líder

Eurobonds

BES Finance Eur. 500,000,000 Líder Conjunto

BES Finance Eur. 600,000,000 Líder Conjunto

Premiere Funding International Eur. 300,000,000 Co-Manager

Lusitano Finance II plc Eur.1,144,300,000 Líder Conjunto

Lusitano Finance II plc Eur. 450,000,000 Líder Conjunto

Brasil / Mercados Emergentes

BES Investment Brasil Eur 20,000,000 Arranger

BES Investment Brasil USD 2,600,000 Arranger

Unibanco USD 200,000,000 Manager

Banco ITAU USD 100,000,000 Co-Manager

República do Brasil Eur. 500,000,000 Co-Manager

Banco Bradesco USD 150,000,000 Manager

Metropolitana Overseas II Ltd. Eur. 6,000,000 Dealer

Odebrecht Overseas Limited Eur. 30,738,000 Arranger

Odebrecht Overseas Limited USD 20,150,000 Arranger

Schuldschein

Mutuário Montante Estatuto

ANAM Eur. 47,400,000 Líder conjunto

RAM Eur. 30,000,000 Líder conjunto

PAPEL COMERCIAL

Emitente Montante Estatuto

Sogrape Eur. 27,650,000 Lider e Agente

Transinsular Eur. 5,000,000 Líder e Agente

EMEF Eur. 5,000,000 Co-Líder

Corticeira Amorim Eur. 37,500,000 Líder e Agente

Banco Mais Eur. 30,000,000 Líder e Agente

CRÉDITO

Mutuário Montante Estatuto

Odebrecht Overseas Limited USD 8,500,000 Líder e agente

Negociação e Gestão de Risco

A área de Negociação e Gestão de Risco

continuou o seu processo de integração

no Departamento de Financiamentos,

Mercados e Estudos (DFME) do Banco

Espírito Santo, S.A. A exploração de siner-

gias e a criação de economias de escala

dentro do novo quadro permitiram me-

lhorar a qualidade e a abrangência do

serviço prestado aos seus Clientes.

Esta área continuou a desenvolver a sua

actividade no sentido de providenciar

soluções adaptadas às necessidades especí-

ficas dos seus clientes, em produtos de

taxa de juro e de mercado cambial. Apesar

da forte concorrência, o Banco consolidou

a sua posição neste segmento do mercado.

Durante o ano 2002, continuou também

a dar suporte às outras áreas do banco

ao nível de pricing, definição e desenvolvi-

mento de estruturas de taxa de juro e

cambiais, determinantes para o sucesso

dessas áreas.

Relativamente aos mercados financeiros,

as grandes tendências estimadas para

2003, de continuação de descida das

taxas de juro nas principais economias

mundiais, continuação de fraqueza nos

mercados accionistas, alargamento de

spreads de crédito, e muita preocupação

face aos mercados emergentes, são sinais

evidentes de que a crise económica tarda

em passar.

Esta envolvente, que levou a um ciclo de

baixa nas taxas de juro e recuperação do

euro para níveis não vistos há vários anos.

Por outro lado, registou-se uma forte

procura de produtos de fixação de taxa

de juro por parte dos nossos Clientes

corporate.

Principais Operações de Dívida Fechadas em 2002

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Espírito Santo Investment34

2

Funding e Emissão de Dívida

Própria

O BES Investimento manteve ao longo

de 2002 a política de diversificação das

fontes de financiamento iniciada em

1999, quando do estabelecimento de um

programa de EMTN. Esta política visa um

maior equilíbrio das fontes de financia-

mento, alargando a sua base em termos

geográficos, de produto e investidores.

Os resultados deste esforço sobre a base

de clientes e investidores têm-se traduzi-

do numa redução sustentada da depen-

dência dos mercados interbancários, com

alargamento da maturidade média do

funding e um perfil mais equilibrado das

fontes de financiamento.

Apesar da retracção global do mercado

de dívida, sentida em particular no segun-

do semestre após o alargamento de

spreads, o BES Investimento, através da

Espírito Santo Investment plc, continuou

a emitir a bom ritmo e sem aumento sig-

nificativo do prémio de risco.

Continuamos a merecer a confiança dos

investidores, apresentando soluções

desenhadas à medida das suas necessida-

des e respondendo com estruturas ade-

quadas ao perfil de risco pretendido.

O total de dívida viva outstanding a 31 de

Dezembro de 2002, emitida ao abrigo do

Programa de EMTN, ascendia a 217 mi-

lhões de euros, mantendo-se sensivel-

mente aos níveis do ano anterior.

25%

42%

9%

17%

7%

27%30%

27%

15%

DívidaClientesBancos

200220012000

Perfil de Diversificação das Fontes de Funding

25%

230

17%

7%

27%

105

217

90

Total outstanding

2002200120001999

Emissões Vivas a 31 Dezembro ao Abrigo do Programa de EMTN

milhões de euros

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Espírito Santo Investment 35

2

> Serviços Financeiros

Internacional

Manteve-se durante o ano de 2002 a

envolvente negativa iniciada no ano ante-

rior. O volume global de fusões e

aquisições continuou a decrescer, em

resultado da diminuição acentuada do

número e do elevado valor unitário das

transacções concretizadas. Esta situação

forçou os operadores globais a proce-

derem a fortes reduções de pessoal e a

aumentar o focus da sua actividade.

De relevante para o posicionamento dos

bancos de investimento, constata-se que

há um crescente número de mandatos /

operações onde o requisito de financia-

mento associado assume uma especial

relevância na sua atribuição. Como conse-

quência, a dimensão dos balanços dos

bancos e a sua disponibilidade para finan-

ciar operações de M&A tem assumido

cada vez maior importância, num enqua-

dramento global em que o acesso aos

mercados financeiros se encontra mais

restringido e os investidores são mais

selectivos.

Com o acesso aos mercados financeiros

mais limitado, as empresas preocupam-se

crescentemente com a sua liquidez, tendo

aumentado o número de operações de

assets disposals (quer de imobiliário, quer

de subsidiárias fora do core business).

Neste contexto, as casas de Private Equity

têm vindo a desempenhar um papel cres-

cente, tendo atingido, na Europa, uma

quota de cerca de 13% das transacções

de fusões e aquisições em 2002, sendo

que em mercados mais desenvolvidos,

como no Reino Unido, chegaram a atingir

17%.

Península Ibérica

Não obstante a envolvente global negati-

va, a actividade de fusões e aquisições na

Península Ibérica conseguiu apresentar em

2002 um desempenho muito positivo.

O volume de operações manteve-se

sensivelmente ao nível do ano anterior,

sobretudo suportado pela relativa “boa

performance” da economia espanhola,

bem como pelas reestruturações secto-

riais que se verificaram como conse-

quência da crescente liberalização da

economia.

A crescente integração das economias

dos dois países também contribuiu para

o bom desempenho da actividade de

M&A, tendo o número de operações

cross-border entre Portugal e Espanha re-

gistado um aumento significativo.

A nível sectorial, verificou-se um desem-

penho favorável nos sectores tradicionais,

nomeadamente na construção, distri-

buição, imobiliário, energia, auto-estradas

e telecomunicações.

Como resultado da estratégia seguida

pelos bancos globais, de enfoque em

grandes operações e em mercados de

maior dimensão, verificou-se uma ligeira

redução da concorrência por parte destes

no mercado ibérico, o que de alguma

forma veio facilitar o bom desempenho

dos operadores locais.

Neste contexto, os players locais con-

seguiram obter a liderança por número

de operações durante o ano de 2002.

Valor

N.º de operações

0

200

400

600

800

1000

1200

200220012000

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000US $ bliões N.º de operações

Evolução da Actividade Global de Fusões e Aquisições 2000-2002Fonte: Bloomberg

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Espírito Santo Investment36

2

1 Banco Espírito Santo de Investimento 10

2 Deutsche Bank AG 3

3 UBS Warburg 3

4 Banco Santader Central Hispano 2

5 Merrill Lynch & Co Inc 2

6 J.P. Morgan 1

7 Goldman Sachs 1

8 Lehman Brothers 1

9 Salomon Smith Barney 1

10 Banco Português de Investimento 1

Actividade desenvolvida em 2002

Para a área de Serviços Financeiros, o ano

de 2002 foi, deste modo, um ano de con-

solidação nos mercados estratégicos. O

perfil das operações executadas durante

2002 comprovam o sucesso e o reconhe-

cimento do trabalho desenvolvido ao

longo dos últimos anos.

A estratégia de implantação no eixo

Portugal - Espanha - Brasil tem permitido

reforçar a nossa posição junto das grandes

empresas ibéricas e brasileiras como par-

ceiro de referência nestes mercados para

operações de fusões e aquisições.

Assim, o BES Investimento manteve a sua

posição de liderança no mercado domésti-

co e reforçou significativamente a sua pre-

sença no mercado espanhol. No Brasil,

onde os efeitos de uma conjuntura interna-

cional adversa foram ainda ampliados pela

incerteza da longa campanha presidencial,

o mercado de M&A esteve praticamente

inactivo a partir do 2º semestre de 2002.

2002 League Tables1st place in

M&A Financial Advisory Portugal

Global Financial Multimedia

Information and Communications

Fonte: Bloomberg

Ranking# Assessor #Operações

Alvos Portugueses, qualquer comprador Ranking por n.º de operações (1/1/2002 - 12/31/2002)

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Espírito Santo Investment 37

2

Durante o ano 2002 merecem destaque as

seguintes operações de M&A, em que o

BES Investimento teve um envolvimento

activo:

Financial Advisory to BPC in

the sale of their participa-

tion in Lusoponte

2002

Acquired

Financial advisoryto the bidders

2002

These companies mergedtheir activities in one new

holding. Each company has ashareholder position

of 33,33%.

Assessoria

na operaçãodo

2002

Generg

Venda daparticipação do

IPE

Dezembro 2002

GalpEnergiaCompra de 5% docapital da CLH

Outubro 2002

Venda de 100%da GE ITSPortual

à

Dezember 2002

Venda de 80%da EASYSOFT

à

na vertente MBIDecember 2002

Aquisição pelada participação de

33% do GrupoAbril na

November 2002

Advisory to NeoplásticaHolding SGPS, SA in theacquisition of 100% of

Trevira Fibras, SA

€ 27,4 milion

Adquiriu100%

Assessoria aosVendedores

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Espírito Santo Investment38

2

> Project Finance

O ano de 2002 confirmou a estratégia de

expansão internacional das actividades de

Project Finance do Grupo BES, com o com-

pletar do primeiro ano de actividade da

actual Escritório de Representação do BES

Investimento em Londres e com o reforço

da equipa sediada em Madrid, mantendo-se

a posição de destaque no mercado

nacional.

O Grupo BES foi reconhecido em 2002

pelo mercado internacional como uma insti-

tuição de referência na área de Project

Finance, tendo sido classificado nas League

Tables de 2002 elaboradas pela revista

“Infrastructure Journal” em 2º e 3º lugar no

mercado europeu, respectivamente, em ter-

mos de actividade de Arranger (n.º de pro-

jectos) e Assessoria (n.º de mandatos), e

igualmente pela revista “Project Finance” In-

ternational como o 1º e 2º Banco Ibérico

em termos de actividade de Assessoria e de

Lead-Arranger, respectivamente. Por outro

lado, o projecto LusoScut Beira Litoral e Al-

ta ("IP5") em que o Banco actuou como As-

sessor, e Lead-Arranger e Coordenador da

Sindicação Internacional foi reconhecido em

2002 pela “Project Finance Magazine” como

“Infrastructure Deal of the Year 2001”.

Em Portugal é de referir a concretização do

projecto rodoviário Lusoscut Grande Porto,

com um investimento de 841,2 milhões de

euros, onde o Banco foi Assessor e Lead-

Arranger, representando o 4º projecto nos

últimos 4 anos ganho pelo Consórcio lide-

rado pela Mota & Companhia e apoiado

pelo Banco. Também no sector dos trans-

portes o Banco actuou como Lead-Arranger

do financiamento do material rolante para o

projecto do Metro do Sul do Tejo no mon-

tante de 64 milhões de euros.

Destaque ainda para o sector de lazer, com a

intervenção não só no projecto de constru-

ção do Novo Estádio do Sporting Clube de

Portugal, com um investimento estimado de

131 milhões de euros, em que actuou nas

vertentes de Assessor e Lead-Arranger, como

também no projecto de construção do No-

vo Estádio da Luz do Sport Lisboa e Benfica

em que tem vindo a actuar como Assessor.

No mercado internacional, 2002 foi o pri-

meiro ano completo de actividade da equi-

pa de Project Finance sediada em Londres

tendo sido atingidos os objectivos propos-

tos, nomeadamente, com a actuação como

Lead Arranger em dois dos projectos de

maior referência no mercado londrino: o fi-

nanciamento de £1.0 bilião da Tubelines pa-

ra a concessão a 30 anos das linhas Jubilee,

Northern e Piccadilly do Metro de Londres,

e que foi nomeado como "Project Finance

Deal of The Year 2002" pela “Infrastructure

Journal Magazine”, e, o financiamento no

montante de £757 milhões do novo Está-

dio de Wembley.

É de igual modo importante referir, ao nível

da actividade de assessoria, o apoio presta-

do a consórcios ingleses concorrentes aos

futuros hospitais de Leeds e Lewisham no

Reino Unido, ao consórcio composto pela

Mota & Companhia, Acciona e Mowlem na

concessão rodoviária N8 Fermoy-Bypass na

Irlanda, e também ao Consórcio Escom Mi-

ning - Alrosa no concurso e negociação da

concessão diamantífera dos kimberlitos Ca-

matchia e Camagico em Angola.

Refira-se ainda o trabalho desenvolvido no

mercado espanhol, tendo-se participado co-

mo Co-Arranger quer no financiamento para

a auto-estrada Radial 2 Madrid-Guadalajara

(Irasa), quer no financiamento do projecto

de energia renovável Eurovento, o qual foi

designado como "European Renewables Deal

of the Year 2002" pela “Project Finance

Magazine”. Em termos de actividade de

assessoria de salientar o mandato em curso

para a Liga de Futebol Profissional.

Janeiro-Dezembro2002

ASSESSORIARanking Europeu de

mandatos em Project Finance(número de acordos

fechados)

15º lugar

Janeiro-Dezembro2002

LEAD ARRANGER

Ranking Europeu de valor de mandatos em Project Finance(valor e número de operações)

17º lugar (em valor)

18º lugar (em número)

Janeiro-Dezembro2002

ASSESSORIA E LEAD ARRANGERRanking de Bancos Ibéricos

Assessoria - 1º lugar (número de mandatos)Lead Arranger: 2º lugar

(número e valor de mandatos)

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Espírito Santo Investment 39

2

Assessoria

Portugal

Assessoria Financeira ao

Consórcio VIA PANORÂMICA

no projecto DBFO em regime

de portagem virtual

na concessão SCUT da Ilha

de São Miguel.

2002-2003 (em curso)

Portugal Portugal

Assessoria Financeira na

concessão DBFO, em regime

de portagem virtual, de uma

rede de 66 km de auto-

-estrada no Grande Porto.

€ 842 milhões

2002

Assessoria Financeira ao Sport Lisboa e Benfica

no Projecto deConstrução do novo

Estádio.2001-2003 (em curso)

Portugal

Assessoria Financeira aoSporting Clube de

Portugal no Projecto deConstrução do novo

Estádio. € 135 milhões

2002

Portugal

Assessoria Financeira aoconsórcio concorrente àConcessão de exploraçãodo Terminal Multiusos do

Porto de Setúbal.€ 19 milhões

2001-2003 (em curso)

Togher TollAssessoria ao Consórcio

Togher Toll no Programa deConcessões Rodoviárias da

República da Irlanda. O consórcio é formado pelas

seguintes empresas:Acciona, Mota-Engil,

Mowlem, Coffey, Priority e BES.

2001-2003 (em curso)

ODOPOIESISAssessoria ao Consórcio

Odopoiesis no Programa deConcessões Rodoviárias daGrécia. O consórcio é for-

mado pelas seguintesempresas: Acciona, Mota-

Engil, Themeliodomi,Michaniki e BES.

2001-2003 (em curso)

REPÚBLICA DA IRLANDA GRÉCIA

Assessoria Financeira no

processo de venda colectiva

dos Direitos de Audiovisuais

dos Clubes da Liga de

Fútbol Profesional

2002-2003 (em curso)

ESPANHA

Assessoria Financeira

no acompanhamento da

concessão da exploração

da rede de distribuição

de Gás Natural na Região

do Porto.

2002-2003 (em curso)

PORTUGAL

Assessoria Financeira àCâmara Municipal de Santa

Maria da Feira para o projecto de Concessão dossistemas de distribuição de

água e saneamento€ 138,828 milhões

2002 – 2003

PORTUGAL

Lewisham Hospital

Consultor Financeiro aoconsórcio formado pela

Mowlem e Barclays PrivateEquity no consurso público

para o hospital deLewisham

2002-2003 (em curso)

REINO UNIDO

Chelmsford Hospital

Consultor Financeiro aoconsórcio formado pela

Mowlem e Barclays PrivateEquity no consurso público

para o hospital deChelmsford

2002-2003 (em curso)

REINO UNIDO

Leeds Oncology

Consultor Financeiro ao consórcio formado

pela Mowlem e BarclaysPrivate Equity

no consurso públicopara o hospital de Leeds

2002

REINO UNIDO

Assessoria Financeira à Luó –

Soc. Mineira do Camatchia-

Camagico SARL, a qual detém a

concessão da prospecção,

reconhecimento, exploração e

comercialização dos diamantes

extraidos naqueles kimberlitos.

2002 (em curso)

ANGOLA

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Espírito Santo Investment40

2

Financiamento

Financiamento da Concessão

Rodoviária SCUTdo Grande Porto

2002

Project Finance Deal of the Year2002 (Infrastructure Journal

Financiamento à Tube Linesrelativo ao projecto PPP

do metro de Londres

GBP 1.802 milhões

Lead Arranger2002

REINO UNIDO

Financiamento para a auto-estrada Radial 2:Madrid-Guadalajara, com

uma extensão total de 80,3 km

Fin. Longo Prazo

€ 424,5 milhõesCo-Arrangers

2002

ESPANHA

IRASA

Financiamento do NovoEstádio de Wembley

GBP 426 milhões

Lead Arranger

2002

REINO UNIDO

Financiamento à NEJA, doGrupo Sporting Clube dePortugal no Projecto de

Construção do novoEstádio.

Fin. Longo Prazo€ 115 milhõesLead Arranger

2002

PORTUGAL

European Renewables Deal of the Year2002 (Project Finance Magazine)

EUROVENTOFinanciamento de 6

parques eólicos com umacapacidade total de 201MW

€ 180,111 milhões

Co-Arranger2002

ESPANHA

Financiamento daConcessão Ferroviária

do Sul do Tejo

Fin. Longo Prazo e Garantias

€ 64 milhões

Lead Arranger

2002

PORTUGAL

Tricomm HousingFinanciamento à Tricomm

Housing Limited responsável pelo

concepção, construção,financiamento e

manutenção de 317 novaspropriedades residenciais

GBP 75 milhõesLead Manager

2002

REINO UNIDO

Financiamento à ChilternRailways e M40 Trains

Limited para o melhoramento de estações

e linhas ferroviáriasGBP 50 milhõesLead Manager

2002

REINO UNIDO

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Espírito Santo Investment 41

2

> Private Equity

Ao longo de 2002, acentuaram-se os

sinais de abrandamento da actividade um

pouco por toda a Europa. De acordo

com os dados disponibilizados pela

EVCA relativos ao 1º semestre, é possível

observar uma forte quebra quer dos fun-

dos levantados, quer do investimento.

A análise do tipo de operações con-

tratadas, sugere o acentuar da tendência

já verificada no ano anterior de reforço

da área de Capital de Desenvolvimento

(Expansões e Buy Outs), que passou a

representar cerca de 88% do montante

total investido, em detrimento da área de

Venture Capital.

48.023.389

38.218.772

7.384.100

17%

7.960.403

20.001.510 20.342.696

25.401.452

4.398.223

1º Semestre 20022001200019991998199719961995

Montante de FundoFonte: EVCA

34.985.753

24.331.362

8.552.400

17%

6.787.6469.654.942

14.460.781

25.115.694

5.546.060

1º Semestre 20022001200019991998199719961995

InvestimentosFonte: EVCA

0

20

40

60

80

100

BuyoutReplacement capitalExpansãoSeedStart-up

1º semestre 20021º semestre 200120012000

Repartição de Investimentos por Tipo de OperaçãoFonte: EVCA

milhares de euros

milhares de euros

milhares de euros

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Espírito Santo Investment42

2

Actividade desenvolvida em 2002

A actividade de Private Equity centrou-se

sobretudo na defesa do valor da carteira,

tendo sido concretizadas duas operações

de MBO, através da aquisição da maioria

do capital da Sotancro - Embalagens de

Vidro, SA e da KPNQwest Telecomu-

nicações - Portugal, SA - operação esta

que viria a consumar-se já no decurso de

2003.

Há ainda a destacar a alienação total ou

parcial de diversas participações finan-

ceiras, com destaque para a maioria do

capital da ESFI - sociedade que controla

a maioria do capital da Tecnovia, SA.

No que respeita à captação de novos

fundos, concretizou-se o aumento de

capital do Fundo FCR - PME/BES em

cerca de 12,5 milhões de euros.

€ 3.018.050

Aquisição de participação maioritária

€ 5.018.050

Alienação de participação

Aquisição de participação maioritária

ESFI - SGPS

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Espírito Santo Investment 43

2

> FinanciamentosEstruturados

Em termos de operações de acquisition

finance, em 2002 o mercado ibérico conti-

nuou a acentuar diferenças de ritmo entre o

desenvolvimento do produto em Portugal e

Espanha.

O mercado espanhol, apesar de não ter

ficado imune aos efeitos adversos do

enquadramento económico vivido e de, por

isso, não ter conseguido repetir o volume

de operações do ano anterior (que havia

sido um ano record), continuou mesmo

assim a mostrar uma notável dinâmica, com

um número considerável de operações

realizadas, ainda que de menor dimensão

média.

Já no tocante ao mercado português,

assistiu-se a uma significativa redução do

número de transacções, do comporta-

mento já observado em 2001. Tal resulta

do duplo efeito de, em Portugal, (i) a

dimensão média das oportunidades de

transacção ser relativamente pequena,

não motivando o interesse de investi-

dores e (ii), dos preços ainda não se

terem ajustado suficientemente em baixa,

isto apesar da conjuntura marcadamente

depressiva que se registou.

Em 2003, apesar da conjuntura económi-

ca continuar a não ser promissora, pen-

samos que os efeitos prolongados desta

crise sobre a "saúde financeira" das

empresas deverão conduzir empresários

e investidores a tomar decisões de con-

centração de esforços nos seus core busi-

nesses, com desinvestimento de outras

actividades marginais. Também as pe-

quenas empresas, que ainda não atingem

dimensão crítica, terão necessariamente

de enveredar por processos de consoli-

dação.

Estes factores, conjugados com a disponi-

bilidade de enormes volumes de equity de

investidores (especialmente sob a forma

de private equities), deverão abrir boas

oportunidades de investimento e criar um

buyer's market, o que, em termos do pro-

duto acquisition finance, esperamos que

atenue os efeitos da conjuntura económi-

ca globalmente negativa que se antevê

para 2003.

Neste cenário, estamos confiantes que em

2003 não registaremos volumes de tran-

sacções inferiores aos verificados em 2002,

esperando-se mesmo que ocorra o ponto

de viragem do ciclo.

Actividade desenvolvida em 2002

Num enquadramento adverso, o 2002 foi

um ano de marcado sucesso, realidade essa

a que, pelas razões expostas, não é alheia

uma opção estratégica bem conseguida,

encetada no passado, de progressivo

envolvimento em Espanha.

Efectivamente, complementando a nossa

liderança do mercado português, foi possí-

vel incrementar significativamente a nossa

actividade através de um importante

número de operações relevantes con-

cretizadas em Espanha.

Entre as operações concretizadas em

2002 permitimo-nos destacar:

• Sandeman - Aquisição dos negócios

de Vinho do Porto e Sherry da Sande-

man pela Sogrape Investimentos, ope-

ração estruturada de que o BES

Investimento foi lead-arranger e cuja

dívida senior, integralmente tomada

firme pelo Grupo BES, foi posterior-

mente sindicada;

• Abril Controljornal - Aquisição de parte

do capital desta sociedade (que pros-

segue a actividade de edição e publicação

de revistas), através de operação estrutu-

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Espírito Santo Investment44

2

rada, cuja dívida foi integralmente tomada

firme pelo BES Investimento;

• Neoplástica - No âmbito da alienação

do capital da empresa (que produz e

vende PET para fabrico de embalagens),

operação em que o BES Investimento

disponibilizou a um dos accionistas

vendedores facilidades de crédito e

garantias bancárias relacionadas com a

preparação da transacção e a sua efecti-

vação;

• Trevira Fibras - Aquisição da Trevira

Fibras (empresa que produz grânulo de

PET e fibras sintéticas) operação em que

o BES Investimento disponibilizou à

Imatosgil (um dos compradores, por via

da sua participação na Neoplástica) uma

facilidade de crédito relacionada com a

transacção;

• Soc. Comercial Orey Antunes (SCOA) -

Aquisição pela Triângulo-Mor do contro-

lo do capital da SCOA (sociedade cotada

que desenvolve a sua actividade no

âmbito do transporte marítimo e repre-

sentações técnicas) operação que o BES

Investimento estruturou e da qual foi

lead-arranger, tomando firme a totalidade

da dívida de aquisição;

• The Colomer Group - Refinanciamento

da aquisição da empresa (produz e co-

mercializa produtos de beleza para o seg-

mento profissional) e financiamento de

novas aquisições, operação em que o

BES Investimento foi co-arranger;

• Hitecsa - Aquisição da empresa (espe-

cializada no fabrico e montagem de insta-

lações de ar condicionado), através de

operação de Buy-In Management Buy-Out,

em que o BES Investimento foi arranger;

• Alcasa - Aquisição desta empresa (dedi-

cada à produção de alumínio reciclado)

através de operação de Management Buy-

Out e em que, no âmbito de um club

deal, o BES Investimento foi co-arranger,

tomando uma parte da dívida senior.

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45

2

Espírito Santo Investment

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Espírito Santo Investment46

2

> Área Internacional

BrasilO ano 2002 caracterizou-se pela con-

tinuidade das turbulências iniciadas no ano

anterior e confirmou a deterioração de

expectativas sobre a economia brasileira,

com reflexos intensos sobre câmbio,

juros, inflação e nível de actividade da

economia.

A volatilidade do mercado financeiro, pre-

sente desde o início do ano, acentuou-se no

segundo semestre de 2002, sob influência

da corrida eleitoral e da deterioração do

cenário internacional, este ainda abalado

pelos escândalos corporativos e o crescente

temor de guerra no Médio Oriente.

Ao longo do ano a restrição crescente de

recursos aos países emergentes no merca-

do internacional e o temor sobre o proces-

so de sucessão política, resultaram em forte

desvalorização dos activos brasileiros, em

especial os títulos da dívida soberana

doméstica e externa e o Real. Os efeitos da

desvalorização cambial de 52,27% estende-

ram-se sobre os índices de inflação, com a

inflação ao consumidor a atingir 12,5%,

patamar não visto desde 1999 e conduzin-

do o Banco Central a elevar as taxas básicas

de juros (Selic) até 25% a.a..

O aumento dos juros e um cenário pouco

propício para investimentos nos sectores

produtivos, afectaram a economia e o nível

de actividade apresentou uma desacele-

ração, resultando num pequeno crescimen-

to de cerca de 1,52% do PIB. O ganho de

competitividade dos sectores exportadores

devido à desvalorização cambial e a recupe-

ração da crise energética de 2001, consti-

tuíram factores que contribuíram para o

crescimento económico em 2002.

Ao longo do processo de transição política

o governo estendeu o acordo de crédito

com o FMI (Fundo Monetário Internacio-

nal), com desembolsos previstos da ordem

de US$27 biliões, condicionados ao cum-

primento de metas trimestrais até Dezem-

bro de 2003. O novo governo, antes mes-

mo de entrar em função, concordou com

os termos do acordo, além de reafirmar a

necessidade de manutenção de fundamen-

tos de credibilidade da dívida soberana –

superavit primário das contas públicas, po-

lítica de metas de inflação, respeito dos

contratos, entre outros. Estas acções da

nova Administração, acrescida de uma ati-

tude de prestígio na indicação e postura

junto ao Banco Central, contribuíram para

uma considerável melhoria de expectativas

e preços de activos no final do ano.

Homologação pelo Banco Central do

Brasil da alteração nas participações

societárias

Em 14 de Outubro de 2002, o Banco

Central do Brasil homologou a operação

de compra e venda de acções realizada

em Novembro de 2001, pela qual a nossa

holding brasileira BES Investimento do

Brasil SA - Banco de Investimento, adqui-

riu ao Boavista, S.A. Comércio e Serviços,

30% (trinta por cento) do capital social do

BES Investimento do Brasil, assumindo o

respectivo controle accionista do Banco

com uma participação de 80%. O Banco

BCN S.A., do Grupo Bradesco, detém a

participação complementar de 20%.

O BES Investimento do Brasil, é o único

accionista da nossa corretora BES Securities

do Brasil, CCVM, S.A..

Actividade desenvolvida em 2002

Os objectivos para o exercício de 2002

foram, à semelhança de 2001, plenamente

atingidos, na medida em que foi possível

consolidar a nossa presença no mercado

e obter um resultado acima das metas

estabelecidos. O Banco fechou o ano de

2002 com um resultado líquido de R$

13,6 milhões (um crescimento de 93%

face a 2001), com capitais próprios de R$

65,7 milhões e um volume de activos to-

tais de R$ 259 milhões (1 euro – R$

3.7071), dentro de um contexto macro-

económico local, regional e global muito

adverso.

O modelo de negócio foi ligeiramente alte-

rado por forma a adaptá-lo à realidade do

mercado brasileiro, tendo sido criado o

Departamento de Mercado de Capitais que

congrega as actividades de mercado

primário de renda fixa e renda variável.

O conjunto das actividades gerou receitas

brutas de R$ 42,5 milhões, distribuídas da

seguinte forma:

Capital próprio

Corretagem

Corporate Finance

Mercado de Capitais

Tesourariae Gestão de Risco67,5%

4,7%

7,7%

7,8%

13,3%

Percentagem de Receitas por àrea

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Espírito Santo Investment 47

2

Nas diversas áreas de negócio, desta-

camos os seguintes factos:

Tesouraria e Gestão de Risco: o ano de

2002 caracterizou-se como o ano da

confirmação. A gestão da carteira própria

– dentro dos limites operacionais bem

definidos e sob controles rigorosos – não

só contribuiu com resultados expressivos,

como alavancou de forma decisiva os

negócios com clientes. A prestação de

um serviço de qualidade junto com um

nível competitivo de pricing permitiu con-

cluir importantes transacções com

clientes – tanto em volume como em

complexidade – diversificando assim as

fontes de receitas e contribuindo de

forma positiva para a divulgação e boa

imagem do Banco no mercado brasileiro.

As Operações Estruturadas com Deri-

vados corresponderam a US$ 54.7 mi-

lhões, enquanto que as Operações Plain

Vanilla com Derivados ascenderam a US$

85 milhões. As captações atingiram US$

46.7 milhões, sendo US$ 22 milhões

através da emissão de Short Term Notes

distribuídos no mercado europeu e total-

mente resgatados no próprio exercício.

No mês de Setembro, o Banco Central

do Brasil autorizou o BES Investimento do

Brasil a efectuar operações de câmbio, as

quais deverão ser iniciadas em Janeiro de

2003.

Mercado de Capitais: as actividades

foram fortemente afectadas pelas incer-

tezas associadas às eleições presidenciais

que tiveram lugar no final de 2002. O vo-

lume de emissões de mercado, quer de

renda variável quer de renda fixa, ficou

muito aquém do verificado em 2001,

tendo o BES Investimento do Brasil acen-

tuado a sua actuação na colocação no

mercado de capitais internacional de títu-

los de empresas privadas em regime de

private placement, na organização e mon-

tagem de operações de crédito sindicados

no exterior e na listagem no Latibex de

alguns de seus clientes.

Em 2002, o BES Investimento do Brasil

ficou colocado em 24.º lugar no ranking

de originação de Renda Fixa da ANBID -

Associação Brasileira dos Bancos de

Investimento, destacando-se pela partici-

pação como coordenador contratado na

emissão de Debêntures de R$ 500 mi-

lhões da COPEL - Companhia Paranaense

de Energia S.A., em 11.º lugar no ranking

de originação de renda variável da

ANBID, sendo de referenciar a coorde-

nação da Oferta Pública Inicial da CCR -

Companhia de Concessões Rodoviárias, e

em 7.º lugar no ranking ANBID de Co-lide-

rança de emissões privadas externas, evi-

denciando-se na colocação de emissão de

US$ 150 milhões do Banco Bradesco S.A.

No mês de Dezembro o BNDES - Banco

Nacional de Desenvolvimento Económico

e Social, credenciou o BES Investimento

do Brasil para actuar como Agente Finan-

ceiro para repasse de recursos daquela

instituição, destinados ao financiamento

de investimentos das empresas instaladas

no país.

Corretagem: a BES Securities do Brasil,

S.A. - CCVM, que actua na BOVESPA -

Bolsa de Valores de São Paulo e na

BM&F - Bolsa de Mercadorias e de

Futuros, continuou o seu esforço de con-

solidação e alargamento da sua base de

clientes brasileiros e estrangeiros. Apesar

de 2002 ter sido um ano adverso para as

bolsas, ambiente que não facilita a con-

quista de novos clientes, a corretora

manteve a posição a meio da tabela

(existem cerca de 90 corretoras) na

BOVESPA e teve um significativo avanço

para o 24.º lugar no ranking de broke-

ragem da BM&F. O Espírito Santo

Research sobre o mercado brasileiro foi

em 2002 o segundo mais lido produzido

por uma corretora local (fonte: First Call),

contribuindo significativamente para a

divulgação da marca Espírito Santo neste

mercado. Um rigoroso controlo de cus-

tos contribuiu para a obtenção de resul-

tados compatíveis com o orçamentado

do ano, ainda que modestos em termos

quantitativos.

Corporate Finance: a indefinição

política no Brasil e a conjuntura económi-

ca mundial adversa resultaram numa

redução de volume de transacções de

M&A no país de 38% (em US$) face a

2001. Apesar de não ter concretizado

nenhuma operação de M&A no ano, o

Banco estruturou toda a operação de

aumento de capital da Telesp Celular

Participações S.A. - TCP, uma das maiores

operações desse tipo no mercado

durante o exercício.

Qualitativamente, continuou a dinamizar-se

a ligação com as unidades em Portugal e

Espanha, visando apoiar o investimento

ibérico no Brasil e na medida do possível,

investimentos brasileiros na Europa. Apesar

da escassa concretização de 2002, foi

construído um pipeline extremamente

promissor, sendo de destacar que nos

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Espírito Santo Investment48

2

primeiros dias de 2003 foram anunciadas

duas transacções muito relevantes cuja

conclusão está ainda pendente e nas quais

o banco é interveniente: assessoria ao

Bradesco na incorporação do BBV Brasil e

à Brasilcel (joint-venture para telefones

móveis no Brasil entre Portugal Telecom e

Telefonica) na aquisição do controlo da

Tele Centro Oeste.

No contexto global das actividades do

banco e da corretora para 2003, as

expectativas de desenvolvimento são

boas, embora tenham sido estabelecidas

metas de desenvolvimento conservado-

ras, face às incertezas quanto ao cenário

macroeconómico brasileiro e mundial.

Os tombstones seguintes referem-se às prin-

cipais operações em que o BES Investimento

do Brasil participou ao longo de 2002.

> Renda Fixa - Captações no Mercado Doméstico

> Renda Fixa: Captações no Mercado Externo

2002

IFC - B Loan 4 Yaer term loan facility

USD 280,000,000

Arranger

2002

EUR 18,588,000 Zero Coupon Notes due 2002

USD 140,050,000 Zero Coupon Notes due 2002

Arranger

2002

3 - Year Term Loan Facility

USD 150,000,000

Lead Manager

2002

9.735 per cent Notes due 2012

USD 200,000,000

Co - Manager

2002

5.675 per cent Fixed Rate Notes due 2004

USD 150,000,000

Co - Manager

2002

Zero Coupom Notes due 2002

USD 3,000,000

Arranger

R$ 900,000,000

Notas Promissórias

Coordenador Contratado

2002

R$ 500,000,000

Debêntures Simples

Coordenador Contratado

2002

R$ 100,000,000

Debêntures Simples

Coordenador Contratado

2002

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Espírito Santo Investment 49

2

> Acções Transacções Recentes:

2002

LATIBEX

Makket Maker

PN

LATIBEX

Makket Maker

ON / PN

2002

LATIBEX

Makket Maker

PN

2002

R$ 2,500,134,753

Oferta pública secundáriapara aumento de capitalEuro Commercial Paper

Assessor Financeiro

2002

R$ 31,283,179

Oferta das sobras doaumento de capital porsubscrições de direitos

Intermediados

2002

R$ 4,512,425,950

Oferta pública secundária

Participação Especial

2002

R$ 305,344,818

Oferta pública Inicial de acções

Novo Mercado

Coordenador

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Espírito Santo Investment50

2

Espanha

2002 foi um ano de transformação e

evolução para o Espírito Santo ByM. No

que se refere as áreas de mercado de

capitais, tirando partido da época de crise

vivida, foram realizadas importantes

restruturações no sentido do seu redi-

mensionamento e da contratação de

novos colaboradores para consolidar a

nossa posição no mercado, assim como o

desenvovimento de novas linhas de negó-

cio de elevado potencial e o reforço das

actividades de controlo de risco. Nas

áreas de Advisory optou-se pelo reforço

das equipas de execução e uma intensifi-

cação do esforço comercial, o que con-

duziu a conclusão com sucesso de um

número relevante operações em distintas

áreas de negócio. Por último foi tomada a

decisão de proceder à integração, no iní-

cio de 2003, das actividades de particu-

lares da Espírito Santo ByM no Banco

Espírito Santo em Espanha (BESSA) no

sentido de proporcionar uma maior

homogeneidade no serviço aos clientes e

um maior foco estratégico às actividades

de Banca de Investimento.

A totalidade dos trabalhos acima referidos

foram sempre implementados uma óptica

de integração com as actividades do BESI

em Portugal e Brasil podendo actual-

mente o Grupo BES proporcionar ser-

viços de Banca de Investimento duma

forma totalmente integrada nestes três

mercados.

Esta transformação, realizada num contex-

to de mercado adverso, unida a prejuízos

extraordinários herdados da anterior

gestão conduziu a Espírito Santo ByM a

apresentar um resultado negativo em

2002.

Coincidindo com a entrada de quadros

do Grupo BES na Espírito Santo ByM no

final de 2001, foi dado um ênfase especial

à integração da empresa dentro de uma

lógica de gestão do Grupo BES tanto em

termos organizativos, como de controle

de riscos e sua integração com as equipas

de Lisboa e São Paulo.

A Espírito Santo ByM foi historicamente

uma corretora também orientada para a

distribuição de produtos financeiros a par-

ticulares possuíndo uma rede de 23

sucursais nas principais capitais de região

em Espanha. A deterioração dos merca-

dos de capitais implicou um afastamento

dos Particulares dos instrumentos de risco

e consequentemente uma redução do

nível de actividade desta área.

Perante esta situação o Grupo BES decidiu

em meados de 2002 passar a totalidade

do negócio de Particulares da Espírito

Santo ByM para o BESSA. Este movimen-

to estratégico corresponde a necessidade

de concentrar as equipas especializadas no

aconselhamento a particulares proporcio-

nando uma maior massa crítica ao Grupo

BES na Banca Privada e Pessoal em

Espanha e uma maior homogeneidade na

exploração deste segmento face aos

clientes.

Esta decisão implicou por um lado uma

importante diminuição de pessoal - a

maioria por passagem para o BESSA - de

cerca de 215 colaboradores no príncipio

de 2002 para cerca de 100 uma vez con-

cluído o processo de cisão do negócio de

Particulares, e por outro proporcionou a

Espírito Santo ByM um maior foco

estratégico - serviços de Mercado de

Capitais e Banca de Investimento para

clientes institucionais e corporativos.

Assim as actividades actuais da Espírito

Santo ByM podem-se resumir em três

grandes linhas:

1 - Mercado de Capitais - Intermediação

em primário e secundário de instru-

mentos de cash e derivados de Dívida

e de Acções.

2 - Actividades de Carteira Própria e

Arbitragem para clientes institucionais

centradas sobre Ibex e Eurostocks.

3 - Banca de Investimento em três áreas

principais: (i) Fusões e Aquisições, (ii)

Project Finance e (iii) Financiamentos

estruturados

A filosofia de intervenção da Espírito

Santo ByM nestas actividades insere-se

numa estratégia centrada sobre três mer-

cados principais de intervenção: Portugal,

Espanha e Brasil e propondo produtos

integrados entre estes três paises no sen-

tido de oferecer uma vantagem competi-

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Espírito Santo Investment 51

2

tiva e diferenciadora aos nossos clientes.

Na área de Dívida, a equipa de Madrid

passou a intervir como uma unidade

avançada de vendas do BES Investimento

no mercado espanhol. Por outro lado,

foram distribuídas, diversas operações de

mercado primário Português e Brasileiro

com um elevado nível de aceitação pelos

clientes da equipa de Madrid o que lhe

permitiu realizar um ano acima das expec-

tativas.

Na área de Acções, a conjuntura deu

lugar a uma grande imobilidade dos

clientes institucionais, o que implicou a

necessidade de alargar a base de clientes

mediante um esforço comercial redo-

brado e a uma restruturação das equi-

pas. Em particular foi atribuído um foco

especial às instituições financeiras estran-

geiras com menor vocação de investi-

mento de longo prazo e a novos oper-

adores de mercado cujas características

permitam responder a estas novas apos-

tas. Assim 2002 ficou aquém da perfor-

mance esperada, mas foram introduzidas

as alterações estruturais necessárias que

vão permitir o Espírito Santo ByM tirar

partido a fundo de uma possível recu-

peração dos mercados em 2003.

Na área de Derivados de Acções, um

segmento onde o Espírito Santo ByM

possui uma base de clientes activa, foi

realizada o mesmo tipo de aposta

estratégica, reorientando a actividade da

mesa para clientes que exigem maior

valor acrescentado. Foi criada uma peque-

na unidade de Research o que, conjugada

com uma mudança de equipas contribuiu

para modificar o perfil desta actividade e,

apesar do fecho da unidade de Barcelona,

realizar um ano satisfatório na venda dos

mercados organizados MEFF e Eurex e na

área de produtos OTC.

A área de Carteira Própria continuou a

sua trajectoria de sucesso, embora tenha

sofrido as consequências negativas da

forte diminuição de líquidez dos merca-

dos de Acções - cash e derivados. Neste

sentido, um esforço específico de investi-

gação tem sido realizado pela equipa de

Research de Derivados para apoiar tanto

as actividades de Carteira Própria como

as de Clientes na proposta de estratégias

alternativas de arbitragem.

Finalmente, as áreas de Banca de

Investimento têm continuado a sua estraté-

gia de implementação no mercado espa-

nhol, apoiada sobre uma equipa específica

de 10 pessoas integrada com as restantes

equipas de Lisboa e São Paulo. Tanto em

financiamentos estructurados e em Project

Finance por conta do BES Investimento

como em Fusões e Aquisições directa-

mente, foram concluídas várias operações

que proporcionaram comissões a esta

actividade que permitiram de terminar o

exercício com um resultado positivo.

A actividade de fusões & aquisições em

Espanha não foi afectada pelo arrefeci-

mento económico, tendo o volume de

transacções evoluído positivamente. De

facto, alguns dos principais grupos espan-

hóis, pressionados por questões de

líquidez e por problemas ligados às suas

actividades na América Latina, foram le-

vados a realizar avultados desinvestimen-

tos. Destacamos a alienação pelo Banco

Santander das participações na Dragados

e na Vallehermoso à ACS e à Sacyr

respectivamente, a alienação pelo BBVA

da Metrovacesa à Bami e a alienação

pela Repsol YPF/BP/Shell de uma parcela

do capital da CLH a um pool de investi-

dores entre os quais se incluí a Galp

Energia.

Por outro lado, os Fundos de Capital

Risco internacionais e domésticos tam-

bém estiveram bastante activos no mer-

cado nacional, sobretudo em importantes

operações ligadas à aquisição de infra-

estruturas. Nesta vertente, destacamos a

aquisição da rede de alta tensão da

Iberdrola pela CVC Partners, em conjunto

com a Red Electrica Española (REE), a

aquisição da Esmalglass pela 3i e a

aquisição da Ence por um grupo de

investidores liderado pela Caixa Galicia,

Banco Zaragozano e Bankinter.

Por último, nas áreas de Leverage Finance

e Project Finance o mercado espanhol

esteve igualmente bastante activo. Os

produtos de leverage finance apresen-

taram uma forte procura ligada ao finan-

ciamento da actividade de fusões e

aquisições, enquanto que o Project Finance

foi beneficiado pelo lançamento e con-

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Espírito Santo Investment52

2

clusão de uma série de projectos de

grande envergadura, ao abrigo do plano

de desenvolvimento de infra-estruturas

do Governo espanhol para o horizonte

temporal de 2010.

Neste contexto, o BES Investimento actu-

ou com um enfoque principal nas ope-

rações cross-border Espanha, Portugal e

Brasil, para as quais a organização possui

uma proposta diferenciada e de elevado

valor acrescentado. No entanto, foi tam-

bém dado ênfase à angariação de ope-

rações domésticas, tendo-se em ambos

os casos alcançado um número já rele-

vante de operações mandatadas, algumas

delas concluídas em 2002 e outras ainda

em fase de execução.

Esta abordagem triangular integrada -

Portugal, Espanha, Brasil - apesar de com-

plexa e de apresentar um processo de

consolidação mais longo, tem permitido

ao BES Investimento capitalizar nas suas

competências e capacidades em Portugal

e no Brasil para, através da operações

cross-border, penetrar com sucesso no

mercado doméstico espanhol.

Assim, a actividade desenvolvida nestes

domínios possibilitou-nos alcançar os

objectivos propostos de negócio esta-

belecidos para o ano e introduzir a nossa

marca no mercado espanhol.

A título ilustrativo, na área de Fusões &

Aquisições, salientamos, como operações

concluídas em 2002, a assessoria prestada

ao Grupo Imatosgil na aquisição da

Trevira Fibras (Portugal) e na venda da

sua divisão de embalagens de PET

(Neoplástica Europa) à Klockner Penta-

plast Gmbh, bem como a assessoria à

GALP Energia na aquisição de uma parti-

cipação de 5% na CLH.

Em Project Finance destacamos a co-lide-

rança, em conjunto com a Caja Madrid e

o Banc Sabadell, no financiamento conce-

dido ao consórcio liderado pelos Grupos

Acciona e Dragados na construção da

Radial 2 de Madrid e a assessoria à "Liga

de Futbol Profesional" espanhola sobre as

alternativas de financiamento ligadas à

negociação dos direitos de TV dos clubes

de primeira e segunda divisão para as tem-

poradas 2003-2006.

Em Leverage Finance salientamos a partici-

pação do BES Investimento como Co-

-Arranger no financiamento de 3 opera-

ções de MBO - Sammic, Hitecsa e Alcasa -

bem como na aquisição / releverage da

Colomer e na aquisição da Trevira, ope-

ração onde participamos como Lead-

-Arranger.

Na área de mercado de capitais de Renda

Variável salientamos a liderança da ope-

ração de aumento de capital da Ebro

Puleva e a participação, como co-manager,

no IPO da Enagás.

Em conclusão, um exercício em 2002

fortemente negativo devido as grandes

dificuldades sentidas na área de Par-

ticulares e aos custos de reestruturação

resultantes da adaptação da empresa à

lógica de gestão do Grupo BES. 2002 foi

tambem o ano da integração das áreas de

corretagem e de Banca de Investimento

para clientes institucionais, permitindo

desenvolver em 2003 a sua estratégia de

Banca de Investimento entre Portugal,

Brasil e Espanha.

FrançaO Escritório de Representação em França

beneficiou de uma presença permanente

ao longo do triénio 1999-2001, a qual se

saldou por resultados positivos em ter-

mos de actividade comercial.

No entanto, face ao estado actual dos

mercados, decidiu-se encerrar este

escritório, passando o mercado francês a

ser acompanhado directamente a partir

de Portugal, mediante um plano regular

de visitas aos nossos clientes. Com isto

pretende-se assegurar uma melhor e mais

eficiente utilização dos nossos recursos

humanos, mas garantindo-se sempre o

adequado grau de cobertura do mercado

e a preservação dos relacionamentos

comerciais anteriormente estabelecidos.

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Espírito Santo Investment 53

2

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Espírito Santo Investment Relatório e Contas 200254

2

> Gestão Integrada dos Riscos

O controlo e a gestão dos riscos, pelo

papel que têm vindo a desempenhar no

apoio activo à gestão do Grupo BES apre-

sentam-se actualmente como um dos

principais eixos estratégicos de suporte ao

seu desenvolvimento equilibrado e sus-

tentado.

Os princípios orientadores desta activi-

dade assentam na incorporação das me-

lhores e mais avançadas técnicas de gestão

e controlo de risco, conciliando de forma

equilibrada a experiência com a inovação.

Os desafios e oportunidades decorrentes

do Novo Acordo de Capital (Basileia II)

têm vindo a merecer por parte do Grupo

BES um acompanhamento atento. A

aproximação da visão regulamentar à

perspectiva económica implícita na nova

moldura regulamentar proposta pelo

Comité de Basileia – cujos princípios cor-

roboram os fundamentos e as práticas

seguidas pelo Grupo – reforça a oportu-

nidade e estimula o esforço que se tem

vindo a desenvolver na área de risco.

No final do ano, o Grupo BES participou

no terceiro Estudo de Impacto Quan-

titativo sobre o Novo Acordo de Capital

(Basileia II), vulgo QIS3, no qual foi pos-

sível avaliar os resultados favoráveis de

um conjunto alargado de iniciativas ao

nível tecnológico, processual e meto-

dológico empreendidas durante o pre-

sente exercício.

Com o objectivo de assegurar um ade-

quado controle e gestão do risco durante

todas as fases dos processos e em todas

as instituições do Grupo, a função de

gestão de risco mantém-se estruturada

em duas grandes áreas, Risco Global e

Acompanhamento de Empresas e

Recuperação de Crédito, e tem como

objectivos:

– identificar, quantificar e controlar os

diferentes tipos de risco assumidos, em

termos que permitam reforçar o conheci-

mento e a gestão da exposição global do

Grupo;

– implementar de forma progressiva as

políticas de risco traçadas pela Comissão

Executiva, homogeneizando princípios,

conceitos e metodologias a todas as enti-

dades do Grupo;

– contribuir continuamente para o aper-

feiçoamento das técnicas internas de

avaliação de performance e de optimiza-

ção da base de capital;

– dotar as áreas comerciais de ferramen-

tas de apoio à estruturação e pricing de

operações no momento da sua origi-

nação;

– gerir, com eficiência, situações de atra-

sos significativos e incumprimentos defini-

tivos de obrigações contratuais.

No seguimento das directrizes emanadas

para todas as instituições/unidades de

negócio do Grupo BES, em termos de

políticas, processos e metodologias de

risco, a actividade de risco do Banco de

Investimento assenta nos seguintes princí-

pios básicos:

• Avaliação contínua do risco, controlado

através de limites de tolerância pré

estabelecidos tendo em conta a solvên-

cia e a maximização do binómio re-

torno/risco;

• Análise, Quantificação, Controlo e

Monitorização de risco por uma enti-

dade independente da área de negócio;

• Mensuração disciplinada do risco,

através da utilização de diversas

metodologias, nomeadamente na

atribuição de ratings, de VaR, análises

de sensibilidade e de posições;

• Análise das especificidades dos merca-

dos onde as suas diversas unidades de

negócio estão implantados, bem como

o tipo de portfólios (negociação, investi-

mento ou de detenção até à maturi-

dade).

O controlo e a supervisão de risco é

efectuado pela Comissão Executiva do

Banco de Investimento, que delega no

Comité de Crédito e Risco a revisão das

normas e procedimentos conducentes da

actividade e no Comité de Activos e

Passivos (ALCO) as politicas de gestão de

balanço e de liquidez.

O Comité de Crédito e Risco tem como

principais atribuições:

• Providenciar o acompanhamento do

perfil de risco da instituição;

• Rever e aprovar políticas e estratégias

de tomada de risco, de modo a garantir

a sua adequação ao perfil de risco

definido pela Comissão Executiva,

tendo em conta os necessários requisi-

tos legais e regulamentares vigentes,

bem como as best practices de merca-

do;

• Aprovar limites individuais e agregados,

de acordo com as linhas de negócio e

produto definidos;

• Monitorizar as exposições mais impor-

tantes, graus de concentração, medidas

qualitativas da carteira, a exposição ver-

sus limites aprovados.

O Comité de Activos e Passivos tem

como principais atribuições:

• Definir politicas de afectação e estrutu-

ração do balanço;

• Acompanhar a evolução dos Activos e

Passivos face aos riscos de taxa de juro,

de câmbio e de Liquidez, propondo

medidas de gestão de balanço ade-

quadas às suas necessidades através da

monitorização de limites de MCO

(Maximum Cumulative Outflow), rácios

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Relatório e Conta Espírito Santo Investment 55

2

de cobertura dos Activos de Longo

Prazo e planos de contingência.

> Riscos de Crédito

É efectuada uma gestão dinâmica que se

sustenta numa eficiente interacção entre as

várias equipas envolvidas na gestão de risco

ao longo das suas sucessivas e diferenciadas

fases de vida, complementada pela revisão

e introdução de contínuas melhorias tanto

no plano das políticas, normas e metodolo-

gias, como de procedimentos, circuitos de

decisão e ferramentas utilizadas na avali-

ação e controlo dos riscos.

A esse nível deu-se continuidade no

Banco de Investimento à cobertura do seu

Portfólio de crédito (inclui Crédito,

Garantias, Obrigações e Produtos Deri-

vados) através da atribuição de ratings

internos, com o intuito de cobrir a carteira

na sua totalidade.

A determinação do risco da carteira de

crédito a empresas assenta nos sistemas

de rating internos utilizados no Grupo

BES, os quais foram desenvolvidos à luz

das recomendações do Comité de

Basileia no âmbito do Novo Acordo de

Capital, bem como nas práticas das agên-

cias internacionais de rating.

Com o intuito de avaliar o risco de crédi-

to nos principais segmentos de actuação

do Banco de Investimento – Grandes

Empresas, Institucionais e Financeiros e

ainda operações de Project Finance – a

atribuição de ratings internos pela sua

complexidade e importância das expo-

sições neste universo, assenta na utiliza-

ção combinada de modelos de risco e

análises de risco de crédito, efectuadas

pela Mesa de Rating, estrutura composta

por uma equipa de quadros técnicos

especializados, organizada por sectores de

actividades.

Os ratings internos, bem como as análises

de risco, além do papel que desempen-

ham no apoio ao processo de aprovação

de crédito bem como no da monitoriza-

ção do perfil de risco, tem permitido o

melhoramento na discriminação da quali-

dade entre os diversos tipos de clientes,

com repercussões imediatas na definição

de preços, nomeadamente por via das

perdas esperadas e capital económico.

Num ambiente macro-económico que se

mostrou bastante adverso, o regular

desenvolvimento das acções de acom-

panhamento e de controlo do risco de

crédito envolvendo as direcções - comer-

cial e de produto- mereceu naturalmente

um especial cuidado na perspectiva de,

antecipadamente, se poderem definir e

implementar as medidas concretas de

gestão de risco mais ajustadas ao universo

de clientes que, neste período, acusaram

sinais de deterioração de risco.

O avanço na avaliação do risco de crédito

foi, aliás, reconhecido através da cele-

bração de um acordo de sponsorização

com a Moodys Risk Management Services

para acelerar o desenvolvimento e a

disponibilização de uma versão de um

modelo de Rating RiskCalcTM para

empresas não cotadas domiciliadas em

Portugal.

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Espírito Santo Investment Relatório e Contas 200256

2

> Carteira de CréditoConsolidada

A carteira de crédito bruta sobre clientes

atingiu 400,1 milhões de euros no final de

2002, o que significou um crescimento de

32,3% face ao ano transacto.

Tanto o perfil de rating como a dis-

tribuição sectorial da carteira de crédito

reflectem as operações lideradas pelo

Banco nos seus dois principais segmentos

de actuação em termos de concessão de

crédito - project finance e financiamentos

estruturados.

A carteira de crédito apresenta uma

diversificação razoável em termos sectori-

ais, com a maior exposição a um sector -

financeiro - a representar 10,6% do port-

fólio total.

Em termos de exposição por países, esta

assenta essencialmente em riscos assumi-

dos perante entidades cuja actividade se

desenvolve em Portugal e Espanha.

A sinistralidade manteve-se em níveis

baixos no decorrer de 2002, com o mon-

tante de crédito vencido a reduzir-se face

a 2001, representando 2,2% da carteira

de crédito bruta (3,0% em 2001).

O rácio de cobertura das provisões face

ao crédito vencido apresentou igualmente

uma evolução positiva, atingindo 136,6%

no final do ano (117,5% em 2001).

Refira-se ainda que atendendo à especifi-

cidade e complexidade das operações de

crédito tomadas pelo Banco, a sua grande

maioria encontra-se garantida por activos

reais.

0

5

10

15

20

25

30

C[Caa1-Ca][B1-B3][Ba1-Ba3][Baa1-Baa3][Aaa-Aa3][Aaa-Aa3]

Perfil de Rating - Carteira de Crédito em Curso

Outros �� 20,9%

Adm. Centrais, Regionais e Supranacionais

Produção de Detergentes e Produtos de Higiene

Produção e Distribuição de Energia 4,0%

Bebidas

Estradas e Vias de Comunicações 7,3%

Comércio por Grosso e a Retalho

Media

Telecomunicações

Instituições Desportivas

Construção

Financeiro

9,9%

9,8%

8,9%

8,3%

7,4%

6,8%

3,1%

3,1%

10,6%

Distribuição Sectorial da Carteira de Crédito

2002 2001

Crédito a Clientes (Bruto) 400.089 295.857

Crédito e Juros Vencidos 8.615 8.820

Provisões para Crédito a Clientes 11.770 10.366

Crédito e Juros Vencidos/Crédito a Clientes 2,2% 3,0%

Provisões Crédito/Crédito e Juros Vencidos 136,6% 117,5%

milhares de euros

Rating Interno

%

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Relatório e Conta Espírito Santo Investment 57

2

> Carteira de Títulos de Rendimento Fixo

A carteira de títulos de rendimento fixo

atingiu 266,5 milhões de euros em ter-

mos líquidos, tendo decrescido cerca de

26% face ao ano anterior.

O perfil de risco da carteira de títulos de

rendimento fixo é influenciado pela con-

solidação integral da carteira do BES

Investimento do Brasil, constituída, essen-

cialmente, por Notas do Banco Central

Brasileiro e Notas do Tesouro Nacional.

De notar que o funding destas operações

é feito em moeda local, pelo que esta

carteira não se encontra exposta a risco

soberano.

A forte volatilidade que caracterizou a

generalidade dos mercados emergentes

no segundo semestre do ano, conduziu a

que o BES Investimento reduzisse drasti-

camente a sua exposição a esses merca-

dos, com especial relevo para o Brasil.

Refira-se, no entanto, que o Banco tem

vindo a manter a sua política de cobertura

do risco soberano subjacente aos títulos

emitidos por entidades sediadas em mer-

cados emergentes (essencialmente Brasil),

através da emissão de Credit Linked Notes,

aquisição de Credit Default Swaps, bem

como através de garantias prestadas por

terceiras entidades.

Em termos de distribuição sectorial, verifi-

ca-se que cerca de 48% da carteira diz

respeito a títulos emitidos por entidades

financeiras e "Administrações Centrais,

Regionais e Supranacionais", assente em

títulos com boas notações de risco e ele-

vada liquidez.

Com vista à diversificação do risco por

áreas geográficas e sectores, o Banco tem

na sua carteira de investimento vários

150

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12

250

350

450

Evolução Anual - Portfólio

0

5

10

1515

20

15

25

30

C[Caa1-Ca][B1-B3][Ba1-Ba3][Baa1-Baa3][A1-A3][Aaa-Aa3]

Perfil de Rating – Carteira de Títulos de Rendimento Fixo

0

10.000 000

20.000 000

30.000 000

40.000 000

50.000 000

60.000 000

70.000 000

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Evolução Anual - Exposição e Mercados Emergentes

euros

%

euros

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Espírito Santo Investment Relatório e Contas 200258

2

produtos estruturados ( "Port fó l ios

Diversificados", que dizem respeito essen-

cialmente a CBO´s e CLO´s), cujos princi-

pais activos subjacentes se encontram se-

diados nos mercados norte-americano e,

em menor escala, europeu.

Em termos de exposição por países, e se

expurgarmos o portfólio do BES Inves-

timento do Brasil, a generalidade da

carteira dizia respeito a riscos assumidos

perante entidades sediadas na Europa e

Estados Unidos.

> Produtos Derivados

O risco de crédito subjacente à carteira

de derivados (quantificado através das

regras definidas pelo Aviso 10/93, e que

assenta na soma entre o custo de substi-

tuição e o risco de crédito potencial

futuro) era de 57,9 milhões de euros no

final do exercício, tendo-se reduzido em

cerca de 45% face ao valor registado no

final de 2001 (106,1 milhões de euros).

O perfil de risco reflecte a forte concen-

tração face ao sector financeiro, que re-

presenta cerca de 55% da exposição glo-

bal, e que diz respeito, na sua maior parte,

a riscos assumidos perante instituições

financeiras sediadas na Europa.

Outros

Construção

ImobiliárioTelecomunicações

Comércio por Grosso e a Retalho

Adm. Centrais, Reg. e Supranac.

Portfólios Diversificados

Financeiro34,5%

28,9%

11,9%

1,2%

2,8%

2,4%

4,9%

13,4%

Distribuição Sectorial de Títulos de Rendimento Fixo

0

10

20

30

40

50

60

70

C[Caa1-Ca][B1-B3][Ba1-Ba3][Baa1-Baa3][A1-A3][Aaa-Aa3]

Perfil de Risco - Carteira de Derivados

Financeiro 55,4%

Bebidas15,8%

Produção e Distribuição de Energia 3,7%

Telecomunicações 5,6%

Estradas e Vias de Comunicação 6,4%

Distribuição por Grosso e a Retalho 2,0%

Outros 11,1%

Distribuição Sectorial da Carteira de Derivados

%

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Relatório e Conta Espírito Santo Investment 59

2

> Risco de Mercado

O risco de mercado é gerido numa base

diária, sendo supervisionado e monito-

rizado por uma área independente das

áreas de negócio. Em função do modelo

organizacional implementado, o controlo

de risco de mercado é efectuado em três

unidades de negócio situadas em

Portugal, em Espanha e no Brasil, caben-

do ao primeiro a consolidação dos indi-

cadores de risco. Cada unidade tem por

função e responsabilidade, o acompa-

nhamento dos resultados numa base

diária e o controlo e supervisão local do

conjunto de limites atribuídos.

Limites de VaR (Value at Risk), limites de

sensibilidades, limites de posição são

aprovados pelos Comités de Crédito e

Risco locais e posteriormente submetidos

à aprovação do Comité de Crédito e

Risco e ou Comissão Executiva do Banco

de Investimento de acordo com a

estratégia por este definida.

Os limites de VaR propostos e aprova-

dos são atribuídos tendo em conta os

mercados, produtos, moeda e maturi-

dades. Na medida em que nenhum mo-

delo estatístico capta todos os aspectos

do risco de mercado, o Banco utiliza

também outros instrumentos cuja utiliza-

ção conjunta com os limites de VaR, de

sensibilidade e com os níveis de aviso de

perda (stop losses), mitigam e reduzem a

probabilidade de ocorrência de ultrapas-

sagens do VaR e das próprias medidas de

sensibilidade.

Os limites são aprovados e implementa-

dos, após a análise profunda dos merca-

dos, sua liquidez, experiência passada de

actuação e dos objectivos propostos

estrategicamente. As suas revisões ocor-

rem com carácter anual ou sempre que

sucedam alterações de mercado ou de

posicionamento estratégico das áreas de

negócio que assim o justifiquem.

As principais medidas de risco utilizadas

são o VaR e o BPV (Basis Point Value). No

sentido de calibrar os modelos são ainda

realizados testes de aderência (Back

Testing). Outras medidas de risco utilizadas

são as de posições abertas, concentração

de posições, medidas de turnover e "gre-

gos" dos instrumentos que contenham

opcionalidade.

A forma de implementação das metodolo-

gias referidas foi devidamente adaptada em

função das características específicas dos

mercados onde as unidades de negócio

operam. Apesar de uma só medida estatís-

tica não reflectir todos os aspectos do

risco de mercado, o quadro seguinte apre-

senta uma visão global do risco de merca-

do captado pelo VaR (calculado com um

holding period de 10 dias e com um nível

de confiança de 99%) com referência à

data mencionada:

No quadro seguinte observa-se a posição

direccional de BPV detida pelo Banco, à

mesma data, indicando que caso a estru-

tura temporal de taxas sofresse um incre-

mento de um ponto base o valor das

posições detidas seriam afectadas positi-

vamente em aproximadamente 23,8 mil

euros.

31-12-2002Portugal Brasil Espanha

Taxa de Juro 1 555 693 0

Cambio 150 144 0

Títulos de Capital 420 0 281

Diversification Effect 320 224 0

Total 1 805 613 281

milhares de euros

31-12-2002Tenor Portugal Brasil Espanha

<2 Y 25 047 -1 043 0

>2 Y -554 363 0

Total 24 493 -680 0

euros

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Espírito Santo Investment Relatório e Contas 200260

2

De seguida apresenta-se o perfil de sen-

sibilidade a variações de taxa de juro

dado pela medida BPV ou Vo1, ao longo

dos meses em 2002. Verifica-se que em

função dos acontecimentos ocorridos ao

longo do ano houve necessidade de

alterar o posicionamento do Banco face

às potenciais variações de taxas.

Quanto à sensibilidade da carteira de

opções a um aumento da volatilidade em

1%, e consequente impacto no seu valor,

verificamos que em 31/12/2002 era a

seguinte.

No ano de 2002 a actividade desenvolvi-

da sobre o livro de volatilidade centrou-

se em Mercados Organizados, com espe-

cial destaque no LIFFE, Eurex, CME e

CBOT. O gráfico apresentado demon-

stra a evolução diária dos valores em

Euros de VEGA e de DeaR (95%, 1 dia).

Por último, o portfólio de Acções sofreu

no decurso do ano de 2002, uma acen-

tuada redução quando comparado com

o ano anterior, tendo apresentado a

seguinte progressão:

-80

-60

-40

-20

0

20

40

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Evolução Anual - Vo1

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

450.000

500.000 Dear

VEGA

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Evolução Anual - DeaR / VEGA

29.000 000

31.000 000

33.000 000

35.000 000

38.000 000

40.000 000

42.000 000

45.000 000

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Evolução Anual - Portfólio de Acções

31-12-2002Portugal Brasil Espanha

Taxa de Juro -64 855 0 0

Cambio 0 0 0

Total -2 011 0 56 613

euros

euros

milhares de euros

euros

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> Risco Operacional

O risco operacional traduz-se, geralmente,

na eventualidade de perdas originadas por

falhas na prossecução de procedimentos

internos, pelo comportamento das pessoas

ou dos sistemas informáticos, ou ainda por

eventos externos à organização.

O Grupo BES tem estado particularmente

atento às discussões em torno da revisão

dos requisitos mínimos de fundos próprios

com origem no Comité de Basileia,

nomeadamente no que diz respeito à alo-

cação de capital a este tipo de risco e às

recomendações que permitirão, caso

sejam seguidas pelas instituições, evoluir de

uma gestão tradicional para uma gestão

integrada e sistemática do risco opera-

cional, incluindo a sua identificação, moni-

torização, quantificação e mitigação.

Pela sua crescente importância, o risco

operacional possui uma área exclusivamente

dedicada que desenvolve a sua actividade

de forma transversal realizando, entre outras

actividades, o acompanhamento das me-

lhores práticas de gestão deste tipo de risco.

Neste sentido e, na sequência da realiza-

ção de um diagnóstico preliminar, incidindo

em algumas áreas da organização do

Grupo BES, onde se encontra incluído o

Banco de Investimento, foi lançado um

conjunto de iniciativas, das quais desta-

camos: (i) início da recolha e categorização,

em base de dados, para algumas tipologias

de eventos resultantes de risco opera-

cional; (ii) identificação e análise qualitativa

de pontos críticos em termos de risco

operacional, em alguns processos de áreas

de negócio específicas. Para o sucesso

destas iniciativas contribui a revisão de lev-

antamentos e análise de processos que se

encontra actualmente em curso.

2002 2001 Variação 2002/2001

Valor %

Margem Financeira 78.734,8 11.221,0 67.513,8 601,7%

Comissões Líquidas 11.938,6 10.158,0 1.780,6 17,5%

Resultados de Operações Financeiras (62.683,2) 3.200,0 (65.883,2) n.a.

Outros Proveitos de Prestação de Serviços 25.553,0 23.362,0 2.191,0 9,4%

PRODUTO BANCÁRIO 53.543,2 47.941,0 5.602,2 11,7%

Custos com Pessoal (14.398,9) (14.289,0) (109,9) 0,8%

Outros Gastos Administrativos (15.662,7) (15.952,0) 289,3 -1,8%

CUSTOS DE ESTRUTURA (30.061,6) (30.241,0) 179,4 -0,6%

Outros Proveitos(Reemb. Despesas) - Outos Custos (256,6) (3.198,0) 2.941,4 -92,0%

RESULTADOS CORRENTES 23.225,1 14.502,0 8.723,1 60,2%

Amortizações (2.056,6) (2.107,0) 50,4 -2,4%

Provisões Líquidas (8.870,2) (2.688,0) (6.182,2) 230,0%

Resultados Extraordinários Líquidos 89,0 (949,0) 1.038,0 -n.a.

Interesses Minoritários (759,6) (907,0) 142,4 -16,3%

Reultados em empresas associadas excluídas de consolidação (4.052,6) (3.182,0) (870,6) 27,4%

RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS 7.575,1 4.669,0 2.906,1 62,2%

Impostos s/Lucros (4.810,8) (2.581,0) (2.229,8) 86,4%

RESULTADOS LÍQUIDOS 2.764,3 2.088,0 676,3 32,4%

> Análise Financeira Comparativa para os Anos 2002/2001

milhares de euros

Evolução da conta de resultados (consolidado 2002 vs 2001)

Relatório e Conta Espírito Santo Investment 61

2

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Espírito Santo Investment Relatório e Contas 200262

2

O BES Investimento encerrou o ano de

2002 com resultados líquidos consolida-

dos de cerca 2,8 milhões de euros, o

que representou um acréscimo de

32,4% face aos 2,1 milhões de euros

verificados em 2001. A crise profunda

que afectou os Mercados de Capitais

teve um impacto importante na activi-

dade do BES Investimento, na medida

em que não permitiu a realização de

operações significativas no mercado

primário e condicionou fortemente a

actividade das nossas associadas Espírito

Santo Dealer e Espírito Santo ByM.

Como a actividade das associadas do BES

Investimento - Espírito Santo Dealer e

Espírito Santo ByM - se encontra forte-

mente dependente da evolução dos mer-

cados de capitais, que continuaram forte-

mente depressivos em 2002, os seus

resultados mantiveram-se negativos, o

que conduziu a que o efeito da sua con-

solidação passasse de cerca de 3 milhões

de euros negativos, em 2001, para 4 mi-

lhões de euros, igualmente negativos,

neste exercício.

Os Resultados Correntes atingiram 23,2

milhões de euros, significando um acrésci-

mo de 60% (8,7 milhões de euros) com-

parativamente com 2001.

Este acréscimo foi resultante, fundamen-

talmente, da evolução das Comissões -

que passaram de 10,2 milhões de euros

para 11,9 milhões de euros, o que repre-

senta um crescimento de 17,5% - e dos

Proveitos pela Prestação de Serviços, que

cresceram 9,4%, passando de 23,4 mi-

lhões de euros, em 2001, para cerca de

25,6 milhões de euros, no período em

análise.

Quer a Margem Financeira, quer os

Resultados de Operações Financeiras

tiveram uma evolução que foi fortemente

influenciada pela actividade do Banco de

Investimento do Brasil, o qual contribuiu

com cerca de 87% (69 milhões de euros)

para a Margem Financeira e com 97%

dos Resultados de Operações Financeiras

(61 milhões de euros de resultados nega-

tivos). A intensa actividade de trading de

Dívida Pública brasileira, indexada ao

USD, foi a fundamental responsável por

este resultados.

As Provisões líquidas apresentam um

valor bastante elevado, fruto, fundamen-

talmente, da necessidade do reforço

efectuado de cerca de 7,8 milhões de

euros para a carteira de Obrigações, uma

vez que para a Carteira de Crédito, não

foram efectuados reforços significativos.

Globalmente, o ano de 2002, para o BES

Investimento traduziu-se num acréscimo

de cerca de 11,7% do Produto Bancário

e com a relação cost to income a passar

de 67,5% para 60%.

Margem Financeira

A Margem Financeira cresceu perto de

67,5 milhões de euros, entre 2001 e

2002. Como referido atrás este acrésci-

mo foi devido à consolidação das activi-

dades no Brasil, em que uma actuação

muito activa no trading de Dívida Pública

local, indexada ao USD, alavancou de

forma extremamente importante os Juros

de Obrigações (cerca de 74 milhões de

euros), tendo, em contrapartida, regista-

do fortes perdas em Resultados de

Mercado, com Menos Valias em Obri-

gações atingindo um valor de 57,2 mi-

lhões de euros.

0

20.000

2000 2001 2002

40.000

60.000

80.000

100.000

Margem Financeira

milhares de euros

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Relatório e Conta Espírito Santo Investment 63

2

> Comissões e Proveitos de Prestação de Serviços

As Comissões e os Proveitos de

Prestação de Serviços apresentaram, no

período em análise, um acréscimo de

11,9%, ao passarem de 33,5 para 37,5

milhões de euros.

As receitas provenientes da Prestação

de Serviços mantiveram sustentado o

seu crescimento, tendo crescido 9,4%,

passando de 23,4 para 25,6 milhões de

euros.

A evolução das Comissões Líquidas, é

devida, exclusivamente, às Comissões de

Crédito que aumentaram cerca de 2,5

milhões de euros, entre 2201 e 2002,

fruto do desenvolvimento registado nas

actividades de Project Finance e Finan-

ciamentos Estruturados.

> Resultados de Operações Financeiras

Os Resultados de Operações Financeiras

reflectiram a actividade do mercado

brasileiro, mencionada na Margem

Líquida, pelo que as Menos Valias em

Obrigações, neste mercado, atingiram os

57,2 milhões de euros. A existência, na

Europa, de uma importante carteira de

negociação de obrigações brasileiras, as

quais viram as suas cotações profunda-

mente afectadas pelas incertezas que

rodearam o país, durante 2002, vieram

provocar resultados de operações finan-

ceiras francamente negativos.

Comissões

Proveitosde Prestaçãode Serviços

Comissões e Proveitos de Prestação de Serviços

Resultados de Operações Financeiras

milhares de euros

milhares de euros

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milhares de euros

Activo 31 DEZ. 02 31 DEZ. 01 31 DEZ. 2002 2002/01

% ATL Variação

Activos Monetários 11.159,0 5.845,0 1,3% 90,9%

Crédito sobre Instituições de Crédito 50.092,0 14.202,0 5,7% 252,7%

Crédito sobre Clientes 392.486,0 288.386,0 45,0% 36,1%

Carteira de Obrigações e outros

De emissores Públicos 34.433,0 60.884,0 4,0% -43,4%

De Outros 232.066,0 298.044,0 26,5% -22,1%

Carteira de Acções 35.400,0 53.498,0 4,1% -33,8%

Participações 27.334,0 32.782,0 3,1% -16,6%

Imoblizações 5.675,0 7.426,0 0,7% -23,6%

Activos diversos 81.303,0 89.436,0 9,3% -9,1%

Total do Activo Líquido 869.948,0 850.503,0 100,0% 2,3%

PASSIVO E SITUAÇÃO LÍQUIDA

Débitos para com Instituições de Crédito 233.478,0 256.907,0 26,7% -9,1%

Débitos para com Clientes 149.271,2 77.224,0 17,2% 93,3%

Débitos representados por títulos 218.399,0 233.139,0 25,1% -6,3%

Passivos diversos 53.012,0 60.127,0 6,1% -11,8%

Provisões para riscos gerais 4.330,0 5.280,0 0,5% -18,0%

Passivos subordinados 49.880,0 49.880,0 5,7% 0,0%

Capital 70.000,0 70.000,0 8,0% 0,0%

Prémios de emissão 8.796,0 8.796,0 1,0% 0,0%

Reservas 24.560,0 25.181,0 2,8% -2,5%

Resultados transitados 50.400,0 55.920,0 5,8% -9,9%

Interesses Minoritários 5.058,0 5.961,0 0,6% -15,1%

Lucros do exercício 2.763,8 2.088,0 0,3% 32,4%

Total do Passivo e Situação Líquida 869.948,0 850.503,0 100,0% 2,3%

Espírito Santo Investment Relatório e Contas 200264

2

> Custos de Estrutura

Os Custos de Estrutura, incluindo as

Amortizações, verificaram um ligeiro

decréscimo de 2001 para 2002 - cerca

de 230 mil euros, ou seja 0,7% - registan-

do um valor de 32,1 milhões de euros.

Custos de Estrutura

milhares de euros

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Relatório e Conta Espírito Santo Investment 65

2

No que respeita ao Balanço do Banco,

verificou-se um ligeiro acréscimo (19,5

milhões de euros, ou seja, 2,3%). Este

acréscimo foi devido, fundamentalmente,

à rubrica de Crédito sobre Clientes que

registou um crescimento de 36,1%, ou

seja, 104,1 milhões de euros. Para este

acréscimo contribuíram, decisivamente, os

aumentos verificados nas carteiras de

empréstimos em regime de Project

Finance (cerca de 54 milhões de euros) e

de Financiamentos Estruturados (34,6 mi-

lhões de euros).

Também as rubricas "Activos Monetários"

e "Créditos sobre Instituições de Crédito"

verificaram aumentos significativos.

A Carteira de Obrigações, na sua compo-

nente de Obrigações de Emissores

Públicos apresentou uma redução muito

significativa, cerca de 26,5 milhões de

euros. Também a carteira de obrigações

Corporate verificou um decréscimo subs-

tancial - cerca de 66 milhões de euros

(22,1%) - entre os dois períodos em

análise.

A Carteira de Acções sofreu uma

redução de 33,8% (18 milhões de euros),

na medida em que a depressão verificada

nos mercados de capitais conduziram a

uma redução substancial dos valores em

risco das carteiras do Banco.

> Análise dos Resultados por Área de Negócio

Esta secção do Relatório analisa o desem-

penho das diversas áreas de negócio do

Banco, mostrando os valores mais rele-

vantes do relatório de gestão do Banco.

Contudo, é de salientar que, para efeitos

de gestão, os procedimentos são os

seguintes:

(i) Foi definido um centro de proveitos de

Capitais Próprios. Assim, todas as áreas

de negócio são financiadas pela

Tesouraria, a qual, por sua vez, se financia

quer no mercado quer utilizando os

Capitais Próprios de Banco, remunerando

devidamente estes capitais;

(ii) Os Proveitos e Custos das associadas

no Brasil (BES Investimento do Brasil, BES

Securities e Espírito Santo Investimento,

S.A.), em Espanha (Espírito Santo ByM) e

Espírito Santo Dealer são consolidados

integralmente nas áreas de negócio do

BES Investimento, retirando-se a parte

proporcional dos resultados, de acordo

com a parte do capital não pertença do

Banco, na rubrica interesses minoritários;

(iii) Os Custos Distribuídos pelas diversas

áreas de negócio referem-se aos Custos

Directos dos Centros de Custo e aos

Overheads, cuja distribuição pelas áreas de

negócio é feita segundo critérios definidos

internamente, quando da elaboração do

Orçamento anual;

(iv) Existem comissões e/ou receitas de

prestações de serviços que são divididos

pelas diversas áreas, de acordo com o

envolvimento respectivo no sucesso das

operações e que carecem de acordo

prévio dos responsáveis dessas mesmas

áreas;

(v) No caso de operações envolvendo

equipas dos diversos países onde o

Banco está representado (operações

cross-border), as receitas provenientes das

mesmas são divididas pelas equipas inter-

venientes, segundo o seu grau de envolvi-

mento, independentemente da entidade

que recebe o respectivo proveito.

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Espírito Santo Investment Relatório e Contas 200266

2

2002 2001 Variação 2002/2001

Portugal/ Espanha Brasil Total Portugal/ Espanha Brasil Total Valor %

Área de Acções Irlanda Irlanda

Comissões líquidas do Mercado Primário 4,757.1 216.6 123.2 5, 096.9 8,906.7 790.0 11.0 9,707,7 (4,611) -47.50%

Resultados das Carteiras de Acções (inc. Derivados) 1,569.6 1,912.0 (13,2) 3,468.3 (12,925,5) 3,000.0 (200.0) (10.125,5) 13,594 n.a.

Comissões líquidas de Intermediação e Outras 8,042.2 9,268.2 853.0 18,163.5 8,986.4 14,957,0 1,080.0 25,023.4 (6,860) -27.41%

Total de Receitas da área de Acções 14,368.9 11,396.8 963.0 26,728.7 4,967.7 18,747.0 891.0 24,605.7 2,123 8.63%

Total de Custos Directos (7,645.1) (12,253.9) (1,074.0) (20,973,0) (9,336.9) (10,233.2) (1,904.6) (21,474,7) 502 -2.34%

Total de Custos Distribuídos (2,311,5) (6,086.0) (213,4) (8,610.9) (4,855.0) (5,739.3) (92.1) (10,686.4) 2,076 -19.42%

Total de Custos de área de Acções (9,956.5) (18,339.9) (1,287.4) (29,583.9) (14,191.9) (15,972.5) (1,996.8) (32,161.2) 2,577 -8.01%

Provisões líquidas para acções de investimento 105.9 105.9 (766,6) (766,6) 872 -113.81%

Outras Provisões líquidas para a área de Acções (78.1) (927.0) (1,005.1) (1,114.6) (1,726.0) (2,840.6) 1,835 -64.62%

Resultado operacional da área de Acções 4,440.1 (7,870.1) (324.5) (3,754.5) (11,105.4) 1,048.5 (1,105.8) ((11,162.7) 7,408 -66.37%

Resultados Extraordinários 7.7 (1,280.0) (1,272.3) (820.8) (4,426.0) (5,246.8) 3,974 -75.75%

Interesses minoritários na área de Acções 83.6 4,046.1 4,129.7 839.9 2,669.0 3,508.9 621 17.69%

Resultado antes de impostos da ára de Acções 4,531.4 (5104.0) (324.5) (897.1) (11,086,3) (708.5) (1,105.8) (12,900.6) 12,004 -93.05%

milhares de euros

Ao nível da área de Acções verificamos

um acréscimo no Total da Receitas,

fruto, exclusivamente, do facto do resul-

tado de gestão das carteiras ter passado

de um prejuízo de cerca de 10 milhões

de euros, para um resultado positivo de

3,4 milhões de euros. No entanto, a ma-

nutenção de um clima fortemente

depressivo que caracterizou o mercado

de capitais, com a queda continuada dos

principais índices bolsistas e as reduções

verificadas nos turnovers das bolsas onde

o Banco e as suas associadas são activos

(Europa, U.S.A. e Brasil) veio provocar

uma forte quebra nas Comissões de

Intermediação, as quais sofreram uma re-

dução de 27,4%, passando de cerca de

25 milhões de euros, para perto dos

18,2 milhões de euros.

As Comissões de Mercado Primário

decresceram cerca de 47,5% (4,7 mi-

lhões de euros), visto o mercado finan-

ceiro português - que representa a quase

totalidade nas receitas nos anos em

análise - ter reduzido substancialmente o

número e o montante de operações

O Total de Custos decresceu cerca de

8% (2,6 milhões de euros). No entanto,

o Total de Custos Directos apresentou

um decréscimo de 502 mil euros, ou

seja, 2,3%, o qual foi resultante de um

decréscimo substancial verificado em

Portugal, visto que, em Espanha, como

consequência da restruturação levada a

efeito durante o ano de 2002 – e cujos

efeitos só se virão a verificar nos anos

subsequentes – os custos respectivos

aumentaram de cerca de 2 milhões de

euros.

Também os Resultados Extraordinários

de montante extremamente elevado

verificado no ano de 2001, consequên-

cia, nomeadamente, de write-offs de imo-

bilizado – resultantes da mudança de

instalações da Espírito Santo Dealer e da

Benito y Monjardín – foram significativa-

mente reduzidos em 2002.

Assim e após o enquadramento descrito,

temos então:

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Relatório e Conta Espírito Santo Investment 67

2

2002 2001 Variação 2002/2001

Área de Financiamento e Gestão Portugal/ Espanha Brasil Total Portugal/ Espanha Brasil Total Valor %de Risco (Incluindo a Tesouraria) Irlanda Irlanda

Resultados de Originação 2.309,5 183,7 2.493,2 2.005,7 1.230,0 3.235,7 (742) -22,95%

Resultados de Distribuição (incluindo Comissões

de Intermediação) (6.271,7) 2.034,0 353,5 (3.884,2) 4.146,3 1.272,0 224,0 5.642,3 (9.527) -168,84%

Resultados de Negociação e Derivados com Clientes 2.043,4 12,6 8.264,0 10.320,1 3.822,9 49,0 3.099,0 6.970,9 3.349 48,04%

Resultados da Tesouraria 4.220,6 265,4 4.486,0 4.091,8 2.497,0 6.588,8 (2.103) -31,91%

Total de Receitas da F.G.R. 2.301,8 2.046,6 9.066,7 13.415,1 14.066,7 1.321,0 7.050,0 22.437,7 (9.022,6) -40,21%

Total de Custos Directos (2.827,7) (880,1) (779,0) (4.486,8) (2.802,6) (2.178,4) (935,8) (5.916,8) 1.430 -24,17%

Total de Custos Distribuidos (4.981,7) (307,0) (2.009,4) (7.298,2) (4.277,7) (406,9) (729,1) (5.413,6) (1.885) 34,81%

Total de Custos da F.G.R. (7.809,5) (1.187,1) (2.788,4) (11.784,9) (7.080,3) (2.585,3) (1.664,8) (11.330,4) (454,6) 4,01%

Provisões para Instrumentos de Dívida (7.312,5) (7.312,5) (1.543,9) (1.543,9) (5.769) 373,64%

00,0 (153,4) (153,4) 153 -100,00%

Resultado operacional da F.G.R. (12.820,1) 859,5 6.278,3 (5.682,3) 5.289,1 (1.264,3) 5.385,2 9.410,0 (15.092,3) -160,39%

Resultados Extraordinários 50,5 50,5 0,0 00,0 51 n.a.

Interesses minoritários na área de F.G.R. 16,2 (759,6) (743,5) 44,0 (553,9) (509,9) (234) 45,81%

Resultado antes de Impostos da F.G.R. (12.753,4) 859,5 5.518,7 (6.375,2) 5.333,1 (1.264,3) 4.831,3 8.900,1 (15.275) -171,63%

milhares de euros

Na área de Financiamento e Gestão de

Risco, incluindo a Tesouraria, as Receitas

totais registaram um decréscimo subs-

tancial - 9 milhões de euros (40,2%) -

comparativamente com 2001.

Os Resultados de Distribuição foram os

responsáveis fundamentais por este

decréscimo, ao passarem de um valor pos-

itivo de 5,6 milhões de euros para um

valor negativo 3,9 milhões de euros. Esta

evolução foi consequência, fundamental-

mente, das menos valias registadas na

carteira de dívida de títulos brasileiros.

Os Resultados de Negociação e Derivados

com Clientes (incluindo FOREX) tiveram

uma evolução francamente positiva, ao

registarem um acréscimo de 3,3 milhões

de euros (48%). Esta evolução foi devida,

em exclusivo, aos resultados obtidos no

Brasil, em que a intensa actividade de tra-

ding de títulos de dívida pública brasileira se

revelou extraordinariamente profícua, pelo

que estes resultados aumentaram 5,2 mi-

lhões de euros, entre 2001 e 2002.

O Total de Custos Directos desta área

decresceu 24,2% (1,4 milhões de euros).

O andamento das Provisões Líquidas foi

francamente desfavorável, uma vez que no

ano de 2002, houve a necessidade de um

reforço substancial - perto de 7,3 milhões

de euros - das Provisões para Obrigações

de Investimento, geridas pela Tesouraria.

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Espírito Santo Investment Relatório e Contas 200268

22002 2001 Variação 2002/2001

Portugal/ Inglaterra Total Portugal/ Inglaterra Total Valor %

Área de Project Finance Irlanda IrlandaMargem Financeira 1.127,8 1.127,8 213,3 213,3 914 428,64%

Comissões de Crédito 3.265,2 3.265,2 1.824,0 1.824,0 1.441 79,02%

Outras Comissões de Serviços de Advisory 5.164,4 2.626,7 7.791,1 3.681,8 3.681,8 4.109 111,61%

Total de Receitas da área de PROJECT FINANCE 9.557,4 2.626,7 12.184,1 5.719,1 0,0 5.719,1 6.465 113,04%

Total de Custos Directos (2.456,3) (3.244,2) (5.700,5) (3.070,5) (3.070,5) (2.630) 85,65%

Total de Custos Distribuidos (2.433,7) (2.433,7) (1.677,8) (1.677,8) (756) 45,05%

Total de Custos da área de PROJECT FINANCE (4.890,0) (3.244,2) (8.134,2) (4.748,3) 0,0 (4.748,3) (3.386) 71,31%

Provisões líquidas para Crédito e Devedores (88,2) (88,2) (224,0) (224,0) 136 -60,62%

Resultado operacional da área de PROJECT FINANCE 4.579,3 (617,5) 3.961,8 746,8 0,0 746,8 3.215 430,51%

Resultados Extraordinários

Interesses minoritários na área de Acções

Resultado antes de Impostos da área de PROJECT FINANCE 4.579,3 (617,5) 3.961,8 746,8 0,0 746,8 3.215,0 430,51%

milhares de euros

milhares de euros

2002 2001 Variação 2002/2001

Área de Corporate Finance Portugal/ Espanha Brasil Total Portugal/ Espanha Brasil Total Valor %

Margem Financeira (39,7) (39,7) (37,7) (37,7) (2) 5,33%

Comissões de Fusões e Aquisições 6.053,9 6.053,9 9.673,9 9.673,9 (3.620) -37,42%

Outras Comissões de Serviços de "Advisory" e Outras 3.762,2 1.934,0 948,7 6.645,0 2.426,8 114,0 4.403,0 6.943,8 (299) -4,30%

Total de Receitas da área de CORPORATE 9.776,4 1.934,0 948,7 12.659,2 12.063,0 114,0 4.403,0 16.580,0 (3.921) -23,65%

Total de Custos Directos (2.137,7) (1.067,6) (427,4) (3.632,8) (2.486,3) (739,9) (887,7) (4.113,9) 481 -11,70%

Total de Custos Distribuidos (2.706,0) (668,8) (210,3) (3.585,1) (3.413,3) (35,1) (455,3) (3.903,7) 319 -8,16%

Total de Custos da área de CORPORATE (4.843,7) (1.736,4) (637,7) (7.217,8) (5.899,6) (775,0) (1.343,1) (8.017,7) 800 -9,98%

Provisões líquidas para Crédito e Devedores (433,5) (433,5) (232,2) (232,2) (201) 86,68%

Resultado operacional da área de CORPORATE 4.499,2 197,6 311,1 5.007,8 5.931,2 (661,0) 3.059,9 8.330,1 (3.322) -39,88%

Resultados Extraordinários 38,7

Interesses minoritários na área da área de CORPORATE (354,1)

Resultado antes de Impostos da área de CORPORATE 4.537,9 197,6 311,1 5.007,8 5.931,2 2.705,8 8.330,1 (3.322,2) -39,88%

A área de Corporate Finance viu o Total

das suas Receitas decrescer cerca de 24%

(3,9 milhões de euros). O decréscimo foi

mais acentuado no Brasil em que, devido

à inexistência de operações de relevo sig-

nificativo, aliada a uma desvalorização

importante da moeda local (cerca de

76%) entre os dois períodos considera-

dos, a quebra de comissões foi de cerca

de 3,5 milhões de euros.

O forte envolvimento no mercado espan-

hol, deu os seus primeiros frutos em

2002, com comissões na ordem dos 2

milhões de euros, representando 15% das

receitas desta área.

O Total de Custos Directos sofreu uma

redução de 11,7%, ou seja 481 mil euros

entre 2001 e 2002.

A área de Project Finance viu o Total das

suas Receitas mais que duplicarem em

relação ao ano de 2001, ao passarem de 5,7

milhões de euros para 12,2 milhões de

euros.

A criação de um portfólio de crédito espe-

cializado originou que a Margem Financeira

passasse de 213 mil euros, em 2001, para

cerca de 1,2 milhões de euros no ano cor-

rente.

O envolvimento em projectos de relevo -

quer no mercado nacional quer no merca-

do inglês - levou a que o volume de comis-

sões duplicasse, ao passar de 5,5 milhões de

euros, em 2001, para cerca de 11,1 milhões

de euros, em 2002.

O Total de Custos Directos, em conse-

quência da ampliação do quadro de colabo-

radores e a existência de uma equipa de

especialistas em Londres, sofreu um acrésci-

mo de 2,6 milhões de euros, ou seja 85,7%.

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Relatório e Conta Espírito Santo Investment 69

2

2002 2001 Variação 2002/2001Portugal / Portugal / Valor %

Área de Financiamento Estruturados Irlanda Irlanda

Margem Financeira 2.079,9 1.059,3 1.020,6 96,34%

Comissões de Crédito 1.387,3 678,7 708,6 104,39%

Outras Comissões de Serviços de "Advisory" 3,1 77,1 (74,0) -95,96%

Total de Receitas da D.F.E. 3.470,3 1.815,2 1.655,1 91,18%

Total de Custos Directos (312,0) (441,6) (129,6) 29,35%

Total de Custos Distribuidos (618,9) (416,1) 202,8 -48,73%

Total de Custos da D.F.E. (930,9) (857,7) 73,2 -8,53%

Provisões líquidas para Crédito e Devedores (511,7) (0,1) 511,6 n.a

Resultado operacional da D.F.E. 2.027,7 957,4 1.070,3 111,80%

milhares de euros

A área de Financiamentos Estruturados

viu o Total das suas Receitas registarem

um acréscimo de cerca de 91%, ao pas-

sarem de 1,8 milhões de euros, em 2001,

para 3,5 milhões de euros, no exercício

corrente.

A Margem Financeira, fruto de um

aumento substancial do volume de crédi-

to, duplicou entre 2001 e 2002, o mesmo

se tendo verificado no volume de

Comissões.

O Total de Custos Directos sofreu uma

redução de cerca de 130 mil euros

(29,4%) devido, fundamentalmente, ao

decréscimo verificado em F.S.E.'s (Des-

pesas jurídicas e notariais).

milhares de euros

2002 2001 Variação 2002/2001

Área de Participadas Portugal/ Espanha Brasil Total Portugal/ Espanha Brasil Total Valor %e Remuneração dos Capitais Próprios

Irlanda IrlandaMargem Financeira (150,5) (150,5) (1.711,0) (1.711,0) 1.560 -91,21%

Comissões de Crédito 27,6 27,6 68,2 68,2 (41) -59,59%

Outros Proveitos 3.257,2 3.257,2 2.500,0 2.500,0 757 30,29%

Resultado de empresas participadas 00,0 00,0 0 n.a.

Remuneração do Capital Próprio 4.330,9 1.484,8 5.815,6 4.030,2 3.321,0 7.351,2 (1.536) -20,89%

Total de Receitas de Crédito e Participadas 7.465,2 0,0 1.484,8 8.950,0 4.887,5 0,0 3.321,0 8.208,5 742 9,03%

Total de Custos Directos (673,0) (746,3) (1.419,3) (601,7) (920,2) (1.521,9) 103 -6,74%

Total de Custos Distribuidos (798,1) (329,1) (1.127,1) (494,5) (343,4) (838,0) (289) 34,51%

Total de Custos de Crédito e Participada (1.471,1) 0,0 (1.075,3) (2.546,4) (1.096,2) 0,0 (1.263,7) (2.359,9) (187) 7,90%

Provisões líquidas para Crédito e Participadas (585,8) (585,8) 595,8 (46,9) 548,8 (1.135) n.a.

Resultados Extraordinários (2.622,6) (2.622,6) (1.629) (5.201,2) (5.201,2) 4.208 n.a.

Resultado operacional de Crédito e Participadas 5.408,3 0,0 (2.213,2) 3.195,1 2.757,7 0,0 (3.190,8) 3.190,8 3.628 n.a.

O Total de Receitas desta área verificou

um acréscimo de 742 mil euros (9,03%)

em comparação com o ano de 2001. Este

acréscimo foi resultante, fundamental-

mente, da evolução extremamente

favorável da Margem Líquida que passou

de um valor negativo de 1,7 milhões de

euros, em 2001, para um valor igualmente

negativo, mas de 150,5 mil euros, em

2002.

O Total de Custos Directos desta área

registou um ligeiro decréscimo, cerca de

6,7%, ou seja, 103 mil euros.

O andamento das Provisões Líquidas foi

francamente desfavorável, uma vez que

no ano de 2001 a reposição de Provisões

excedeu em 549 mil euros a sua constitu-

ição, enquanto que em 2002 se verificou

o oposto, constituição de

Provisões Líquidas no montante de 586

mil euros. O ano de 2001, devido à regu-

larização de alguns créditos antigos de

montante elevado e que se encontravam

totalmente provisionados, possibilitou

uma substancial Reposição de Provisões,

enquanto que, durante 2002, se efectu-

aram provisões para Participadas.

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Espírito Santo Investment Relatório e Contas 200270

2

> Relatório de Corporate Governance

1. Introdução

O Conselho de Administração do BES

Investimento, apresenta o relatório anual

sobre o Governo da Sociedade, seguindo

o modelo determinado pelo Regula-

mento nº 07/2001, da Comissão do

Mercado dos Valores Mobiliários

(“CMVM”).

O Regulamento não se aplica, enquanto

exigência legal, ao Banco, por não ter este

acções admitidas à negociação em merca-

do regulamentado. Porém, na linha das

recomendações da CMVM, e de acordo

com a política do BES Investimento, a

apresentação do presente Relatório con-

substancia um exercício de reflexão crítica

e de tomada de posição, pelo Banco,

sobre as melhores práticas do Governo

das Sociedades, matéria em constante

evolução.

Como principais aspectos da evolução do

Governo da Sociedade durante o ano de

2002, destacam-se:

• a constituição, em Maio, da Área de

Compliance, com poderes efectivos de

supervisão sobre as actividades do

Banco, no que respeita à sua conformi-

dade com as normas legais em vigor, e

de controlo sobre o cumprimento

pelos colaboradores da Lei e do corpo

normativo interno. Designadamente,

compete-lhe prevenir a ocorrência de

práticas de inside trading e de branquea-

mento de capitais. A Área de Compli-

ance é uma das áreas do Banco que

intervém activamente no relacionamen-

to institucional do Banco com as enti-

dades de supervisão, nacionais e

estrangeiras.

• a aprovação, no mês de Setembro, de

um novo Código de Conduta aplicável

a todos os colaboradores do Banco. O

Código de Conduta visa fundamental-

mente estabelecer um conjunto de

deveres deontológicos, prevenir situa-

ções de conflitos de interesses e regular

as operações pessoais efectuadas sobre

valores mobiliários. O novo Código de

Conduta é uma adaptação do Código

do Banco Espírito Santo.

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Relatório e Conta Espírito Santo Investment 71

2

2. > Divulgação de informação

2.1.> Organigrama

Apresenta-se em seguida o organigrama

do BES Investimento, onde se sistemati-

zam as unidades pelo tipo de actividade

que desenvolvem:

i) Direcção de Clientes

ii) Direcções de Produtos

iii) Departamentos de Apoio

Conselho de Administração

Comissão Executiva

Direcções de Produtos

Departamento de Apoio

BANCO ESPÍRITO SANTO DE INVESTIMENTO

Comité de Investimentos

Conselho deCrédito de Riscos

Direcção de Clientes

Direcção deServiços

Financeiros

Direcção de Financiamentos

Estruturados

Direcção de Private Equity

Área deCompliance

Dep. de Planeam. eControlo de

Gestão e Risco

Dep. de OperaçõesEspeciais

Dep. de Comunicação

e Imagem

Dep. Jurídico

Dep. de Recursos Humanos

Dep. de Auditoriae Inspecção(Grupo BES)

Dep. de Contabilidade

Dep. de Operações

Dep. de Informática

Dep. de Informação

Associadosc/ actividade

complementar

Escritório deRepresentação Subsidiárias

Dep.Administrativo

Direcção de Project Finance

Direcção de Tesouraria

Direcção MercadoCapitais . Financ. e

Gestão de Risco

Benito y Monjardín(Espanha)

Espírito SantoDealer

Londres BES Investimento(Brasil)

Espírito SantoSecurities (EUA)

Espírito SantoInvesment p.l.c.

(Irlanda)

Direcção deMercado de

Capitais - Acções

Comité de Activose Passivos

BANCO ESPIRITO SANTO DE INVESTIMENTO

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Espírito Santo Investment Relatório e Contas 200272

2

i) Direcção de Clientes

O Front Office do BES Investimento está

organizado de forma matricial entre a

Direcção de Clientes - a quem compete

a coordenação comercial - e as

"Unidades de Produto", com que a

primeira se relaciona de forma transver-

sal, permitindo a prestação de um serviço

global ao cliente em operações com-

plexas e multi-produto, como seja, por

exemplo, a assessoria de Corporate

Finance associada à montagem de ope-

rações de financiamento ou, ainda, a

gestão de risco de taxa de juro.

A Direcção de Clientes, sob a orientação

do Administrador Executivo, Dr. Rafael

Caldeira de Castel-Branco Valverde, está

organizada por sectores de actividade.

A sua principal missão é o relacionamento

continuado com os Clientes, de modo a

promover a obtenção de mandatos e a

fidelização daqueles. Tem por principais

funções:

• Intensificar a relação junto das empresas-

alvo e assegurar a sua fidelização, medi-

ante um acompanhamento sistemático

dos Clientes que permita detectar novas

oportunidades / soluções;

• Criar uma visão mais integrada sobre os

clientes e as suas necessidades, por

forma a garantir: (i) que todos os pro-

dutos do Banco ou do Grupo BES são

oferecidos e (ii) que sejam desenvolvi-

dos esforços comerciais concertados,

para garantir um grau superior de

sucesso;

• Coordenar a actividade com os repre-

sentantes do Banco em Madrid, Londres

e S. Paulo, por forma a aumentar o fluxo

de operações cross border específicas,

objectivando sempre as vantagens com-

petitivas do Grupo BES, seja a nível de

presença local, conhecimento dos sec-

tores/mercados ou know-how específico;

• Manter a aproximação às diferentes

áreas de actuação do Grupo BES e

garantir a maximização de soluções de

valor acrescentado para o cliente, inde-

pendentemente da sua origem;

• Coordenar as equipas que se respon-

sabilizarão pela montagem dos diversos

"produtos bancários" oferecidos aos

Clientes, integrando os "gestores de

produtos";

• Acompanhar a execução das operações

negociadas;

• Colaborar na detecção de problemas

que, eventualmente, possam surgir com

os Clientes (early problem recognition).

ii) Direcções de Produto

As unidades especializadas de produto

são as seguintes:

ii.1 - Direcção de Mercado de Capi-

tais - Acções (“DMC-A”)

Administrador

Dr. Christian Georges Jacques Minzolini

Esta Direcção tem por função a mon-

tagem e organização de operações sobre

títulos de capital orientadas para o

Mercado, a colocação de acções junto de

investidores institucionais, nacionais e

estrangeiros e o trading para carteira

própria de títulos representativos de capi-

tais de empresas e de produtos derivados

sobre os mesmos. Compete ainda à

DMC-A a montagem de novos produtos

estruturados relacionados com as ope-

rações anteriormente referidas, com

incidência especial nos "derivados".

A DMC-A assegura a integração funcional

da área de Equity nos mercados em que o

Grupo BES intervém, designadamente o

eixo Portugal-Espanha-Brasil.

ii.2 - Direcção de Mercado de Capi-

tais - Financiamentos e Gestão de

Risco (“DMC-FGR”)

Administradores:

Dr. Rafael Valverde - Mercado primário

de dívida e research de crédito

Dr. Francisco Ravara Cary - Sectores da

distribuição, negociação e gestão de risco

Esta Direcção tem como funções as

seguintes:

• Montar operações de dívida, estrutura-

da ou plain vanilla, recorrendo aos pro-

dutos: Obrigações, Papel Comercial e

Crédito (sindicado ou não). As ope-

rações englobam dívida directa, securiti-

zação ou dívida emitida por veículos

especiais de financiamento colateraliza-

da por activos mobiliários;

• Angariar mandatos de operações de

dívida emitidas por empresas, entidades

governamentais ou supranacionais, com

especial foco nos mercados ibérico e

brasileiro;

• Sindicar as operações de dívida junto de

instituições financeiras nacionais e/ou

estrangeiras;

• Colocar os produtos de dívida, junto de

investidores institucionais nacionais e

estrangeiros;

• Emitir relatórios de research de crédito

sobre o mercado em geral, sectoriais e

de emitentes específicos, para distribuir

junto dos clientes corporate, investidores

institucionais e outros bancos;

• Efectuar Trading para Clientes e para

carteira própria de títulos da dívida

pública portuguesa, de títulos da dívida

pública estrangeira, de outros títulos do

Euromercado e de produtos de dívida

de empresas;

• Estudar, montar e gerir novos produtos

estruturados relacionados com as ope-

rações acima, com incidência especial

nos "derivados";

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Relatório e Conta Espírito Santo Investment 73

2

• Estudar e montar produtos de cobertu-

ra de risco de taxa de câmbio e de taxa

de juro para imunização de Balanços,

quer do Banco, quer dos seus Clientes;

• Analisar as curvas de "risco" dos emi-

tentes integrados no research de crédito

para investidores;

ii.3 - Direcção de Serviços Finan-

ceiros (“DSF”)

Administrador:

Dr. Rafael Valverde

As funções principais desta Direcção, em

ligação estreita com a Direcção de

Clientes, são:

• Montar e efectivar operações de Fusão

e Aquisição (M&A);

• Avaliar Empresas, quer como suporte

às suas actividades, quer como apoio a

outras Direcções;

• Dar ênfase especial às operações de

cross border com Espanha e Brasil, países

onde existe presença local do Banco;

• Participar activamente na (i) consoli-

dação das operações internacionais do

Banco e (ii) no desenvolvimento de

oportunidades nos mercados africanos,

com destaque para Marrocos, Tunísia e

PALOP, para operações de M&A

ii.4 - Direcção de Project Finance

(“DPF”)

Administrador:

Dr. Pedro Manuel de Castro Simões

Ferreira Neto

As funções principais desta Direcção, em

ligação estreita com a Direcção de

Clientes, e áreas congéneres das partici-

padas BES Investimento do Brasil e

Espírito Santo ByM e, ainda, com a colab-

oração das áreas de originação do BES,

são:

• Intervenção em operações non-recourse

e limited-recourse, ligadas a projectos de

investimento, usualmente denominadas

de project finance, envolvendo entre

outros concessões e parcerias público-

-privado;

• Proporcionar aos clientes do Grupo BES

um serviço de alta qualidade e inovação

técnica quer numa perspectiva de advi-

sory quer numa perspectiva de arranging

e lending proporcionando-lhes acesso às

estruturas de financiamento ideais, nas

melhores condições de mercado;

• Participar activamente no processo de

internacionalização do Grupo BES,

nomeadamente, desenvolvendo opor-

tunidades nos mercados africanos, com

destaque para os PALOP, e no merca-

do europeu;

• Desenvolver a relação banco-cliente

com independência e isenção de confli-

tos de interesses, adoptando uma pos-

tura de partnership;

• Realizar, com elevados padrões de rigor

técnico e profissionalismo, a gestão do

portefólio de projectos em regime de

Project Finance em que o Grupo BES

participa.

ii.5 - Direcção de Financiamentos

Estruturados (“DFE”)

Administrador:

Dr. Rafael Valverde

As funções principais desta Direcção, em

ligação estreita com a Direcção de

Clientes e com a colaboração das áreas

de originação do BES e Benito y

Monjardín, consistem em:

• Apoiar os clientes do Grupo BES na

estruturação de operações com recurso

a operações estruturadas de endivida-

mento, que envolvam simultaneamente

montantes elevados e que requeiram

uma montagem financeira mais elabora-

da, nomeadamente as operações de

leverage buy-out e management buy-out,

bem como operações de financiamento

de activos em non-recourse ou de

releverage.

A DFE procura posicionar-se nestas ope-

rações como lead-arranger e seu tomador

firme, procedendo depois à sua sindi-

cação, quando a dimensão e característi-

cas o justifiquem.

ii.6 - Direcção de Private Equity

(“DPE”)

Administrador:

Dr. José Maria Espírito Santo Silva

Ricciardi

A actividade de Private Equity, ao nível do

Grupo BES, encontra-se sobre a respon-

sabilidade do BES Investimento, com-

petindo-lhe a actuação no eixo geográfico

Portugal, Espanha e Brasil. As funções

principais desta Direcção são:

• Tomar participações de equity e quasi-

-equity em empresas, com o objectivo

de saída com mais valia, a médio prazo;

• Envolver-se na administração das

empresas, em que foram tomadas par-

ticipações, bem como negociar direitos

especiais, através de Acordos Paras-

sociais ou outros, a celebrar;

• Privilegiar a constituição de instrumen-

tos específicos - Fundos de Private

Equity - como instrumentos pros-

secutores da actividade, de forma a ala-

vancar a actividade através de fundos

de terceiros;

• Estabelecer acordos / parcerias com

terceiras entidades - através da consti-

tuição de sociedades gestoras, com a

participação dos diversos intervenientes

e com equipas de gestão próprias -

para desenvolver, em conjunto, a activi-

dade de Private Equity.

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Espírito Santo Investment Relatório e Contas 200274

2

ii.7 - Direcção de Tesouraria

Administrador:

Dr. Francisco Cary

São as seguintes as principais responsabili-

dades desta Direcção:

A - Gestão do balanço:

• Gestão do risco de taxa de juro do

Bank Book (todo o risco existente em

balanço com excepção dos portfólios

de trading);

• Gestão do risco de liquidez (de acordo

com as directrizes aprovadas em

ALCO), adequando o funding mix às

características e qualidade do activo;

• Monitorar e cumprir os limites e rácios

internos e externos bem como outros

requisitos regulamentares e prudenciais

aplicáveis;

• Optimização do capital;

• Promover a realização de reuniões perió-

dicas de ALCO, assegurando a informa-

ção e indicadores relevantes;

B - Portfólio de Investimento (Dívida):

• Propor ao Conselho de Crédito e Risco

investimentos para o portfólio de acor-

do com critérios de diversificação, quali-

dade e rentabilidade;

• Gestão do portfólio tendo como objec-

tivo rebalancear os riscos do balanço e

proporcionar uma fonte de receita

estável;

C - Gestão da emissão de dívida e pricing

do passivo

D - Pricing interno:

• Pricing interno do activo e passivo por

forma a garantir a correcta alocação dos

custos do uso de fundos; e

• Assegurar aos "clientes internos" - as

Direcções de Produto - as melhores

condições possíveis por forma a pro-

porcionar-lhes o desenvolvimento do

negócio em termos competitivos.

iii) Departamentos de Apoio

As Unidades de Apoio consistem num

grupo de estruturas que garantem a logís-

tica de suporte à actividade. Neste grupo

inserem-se todas as estruturas, internas

ou ao nível do Grupo BES, que desen-

volvem a sua actividade técnica/operativa

em apoio directo às restantes unidades.

Este grupo é constituído pelas seguintes

unidades:

iii.1 - Departamento de Operações

Especiais (“DOE”)

Administrador:

Dr. José Maria Ricciardi

Tem por função o acompanhamento e

gestão de todo o crédito directo vivo

(incluindo o crédito por assinatura) - com

excepção das operações de financiamento

apoiadas no mercado (Créditos Sin-

dicados e Papel Comercial) - das partici-

pações financeiras e da carteira de valores

mobiliários considerada como de longo

prazo. Tem também por competência a

recuperação de créditos vencidos.

iii.2 - Departamento de Planea-

mento e Controlo de Gestão e

Risco (“DPCGR”)

Administrador:

Dr. José Maria Ricciardi

As funções deste Departamento, de acor-

do com as suas diversas áreas, são as

seguintes:

A - Análise de Risco

• Atribuição de Rating interno e elabo-

ração de análises de risco de crédito,

sempre que se pretenda a tomada

deste tipo de risco no Banco;

• Analisar o risco mercado em operações

especificas sempre que se pretenda a

tomada deste tipo de risco no Banco,

com o objectivo da sua quantificação;

• Rever os factores de risco utilizados

para medir e fixar limites de risco de

crédito e de mercado.

B - Controlo de Risco de Crédito e de

Mercado / Reporting

• Recolher, preparar, controlar e difundir

diariamente pelas diferentes áreas de

negócio informação sobre posições das

carteiras de acções, obrigações, deriva-

dos, utilização dos limites aprovados

(VaR, Stop Losses, Concentração, etc).

• Elaborar com base mensal, o Perfil de

Risco de crédito da carteira do Banco

(Exposição Global, por instrumento,

por país, por rating interno, por sector

económico, etc);

• Preparar toda a informação de apoio à

elaboração dos diversos reportings

externos e internos sobre crédito, risco

de contraparte, risco de liquidez e risco

de mercado;

• Controlar periodicamente, a pedido das

áreas de Front Office responsáveis pela

originação do negócio, as covenants dos

diversos contratos do Banco;

• Controlar, para além dos riscos já

descritos, o risco do Banco na vertente

operacional;

• Desenvolver metodologias de aferição

de risco (ex: modelização de risco de

crédito, avaliação de títulos não cota-

dos, derivados não lineares, etc.);

• Administrar o sistema de front office do

Banco;

• Apoiar a Auditoria Interna, nos traba-

lhos destinados a quantificar e analisar

os riscos de execução, informação e

operacional.

Na identificação, quantificação e controlo

dos diferentes tipos de risco assumidos, o

DPCGR trabalha em consonância com o

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Relatório e Conta Espírito Santo Investment 75

2

Departamento de Risco Global ("DRG")

do BES, que numa óptica de gestão da

exposição global do Grupo BES

(sociedades incluídas no perímetro de

supervisão em base consolidada a que o

BES está sujeito), desenvolve aquelas tare-

fas, em termos que permitam reforçar o

conhecimento e a gestão da exposição

global do Grupo através da implemen-

tação progressiva das políticas de risco

traçadas pela Comissão Executiva do BES,

homogeneizando princípios, conceitos e

metodologias a todas as entidades que

integram o Grupo.

Existe também uma interligação estreita

entre o Director Central do DPCGR e o

Director Coordenador do Departamento

de Auditoria e Inspecção ("DAI") do BES,

de forma a apoiar os trabalhos programa-

dos pela Auditoria Interna. O DAI é res-

ponsável pela aplicação, coordenação e

aperfeiçoamento das medidas de controlo

interno do Grupo BES, por forma a melho-

rar o funcionamento das organizações e,

assim, diminuir as condições gerais de risco.

O Administrador responsável pelo

DPCGR - Dr. José Maria Ricciardi - é tam-

bém o Administrador executivo que, no

BES, tem a cargo o DRG e o DAI.

C - Informação de Gestão

• Elaborar o Plano e Orçamento anuais

do Banco e realizar, mensalmente, o

Controlo Orçamental, com indicação e

análise de desvios, resultante do acom-

panhamento estreito da evolução dos

negócios do Banco, extraindo a infor-

mação necessária dos sistemas onde

esta se encontre residente (p.e.

Interfaces e Sistemas de front-office);

• Consolidar integralmente, em termos

do "Sistema de Informação de Gestão -

Grupo BES Investimento”, as contas de

gestão das participadas Espírito Santo

Dealer, Benito y Monjardín, Banco de

Investimento do Brasil, Corretora no

Brasil - BES Securities - e Espírito Santo

Investment p.l.c. (Irlanda);

• Implementar, em coordenação com o

Grupo BES, um Sistema de Informação

de Gestão (SIG), para o BES Inves-

timento, tendo em vista a rendibilidade

por Cliente.

Este Departamento é dirigido por um

Director Central que acumula as funções

de Director Coordenador do Depar-

tamento de Risco Global do BES.

iii.3 - Área de Compliance

Administrador:

Dr. José Maria Ricciardi

Esta Área só foi criada por Ordem de

Serviço de Maio de 2002 e a ela estão

cometidas as seguintes funções:

(a) Na vertente interna:

• Divulgar e assegurar o cumprimento

das normas internas - com realce, para

os manuais de procedimentos e códigos

de conduta em vigor - e propor e

implementar, sob a égide da Comissão

Executiva do Banco, normas de âmbito

geral ou aplicação restrita, tidas por

adequadas conforme as circunstâncias;

• Acompanhar a actividade de conta

própria, de clientes, de colaboradores e

relacionados e das Direcções e contro-

lar a utilização indevida de informação

privilegiada de forma a prevenir a ocor-

rência de situações propensas à prática

de inside trading;

• Acompanhar a actividade e operações

tendo presente a problemática do bran-

queamento de capitais, atentas as dis-

posições legais em vigor;

• Assegurar, em articulação com o

Departamento Jurídico, a conformidade

face aos regulamentos internos e à Lei

dos contratos e garantias, celebrados

sob jurisdição Portuguesa, em que o

Banco seja parte.

(b) Na vertente externa, adjacente às

funções anteriores:

• Acompanhar a publicação de normas e

leis pelas entidades supervisoras dos

mercados de actuação - Comissões de

Mercados de Valores Mobiliários,

Bancos Centrais e Agências Governa-

mentais em geral - e verter tais dis-

posições em regulamento interno, com

o apoio do Departamento Jurídico e

sob a égide da Comissão Executiva;

• Responder, ou coordenar a resposta, a

inquéritos oriundos de entidades super-

visoras, associações bancárias ou profis-

sionais e entidades financeiras ou outras;

• Coordenar a elaboração e assinatura de

contratos de âmbito genérico (con-

tratos ISDA) com o apoio jurídico ade-

quado.

As competências da Área de Compliance

compreendem o BES Investimento e algu-

mas das suas participadas: Espírito Santo

Dealer e Espírito Santo Investment p.l.c.

(Irlanda).

iii.4 - Departamento de Contabili-

dade, que assegura o registo e controlo

das operações contabilísticas, bem como,

em conjunto com o DPCGR, o reporting

associado para o Banco de Portugal.

iii.5 - Departamento de Comunica-

ção e Imagem (“DCI”), que tem por

função tudo o que se refere à gestão da

imagem da marca Espírito Santo Inves-

tment (Banco Espírito Santo de Inves-

timento - em Portugal, no Brasil, em

Espanha, na Inglaterra e na Irlanda -

Espírito Santo Dealer - Portugal e

Espanha - e Benito y Monjardín). O DCI é

responsável pelo Site institucional BES

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Espírito Santo Investment Relatório e Contas 200276

2

Investimento, bem como pela coorde-

nação de projectos de marketing, campan-

has de publicidade, e de contactos com

os media em relação a toda a publicidade

/ publicação do Banco na imprensa

nacional / estrangeira; tem a seu cargo o

controlo da qualidade gráfica de toda a

documentação interna de research de

Portugal, Espanha e Brasil e a manutenção

dos manuais normativos relativamente à

identidade corporativa do Grupo Espírito

Santo Investment; controla a produção

gráfica do Relatório e Contas e das publi-

cações de natureza económica ou finan-

ceira a enviar à CMVM, Euronext Lisboa e

APB.

Os dois Departamentos acima menciona-

dos dependem ainda de um Director

Central, que reporta a um Administrador,

o Dr. José Maria Ricciardi.

iii.6 - Departamento de Operações,

que funciona como back-office dos sec-

tores operacionais, assegurando a exe-

cução operativa de processos, nomeada-

mente de crédito, garantias, transferências

e valores.

Administrador:

Dr. José Maria Ricciardi

iii.7 - Departamento de Informática

Tem por função o levantamento das

necessidades, selecção ou desenvolvi-

mento e implementação dos sistemas

informáticos e de comunicações em

todas as áreas do Banco; assegura a

manutenção dos sistemas informáticos e

de comunicações, a realização das tarefas

de rotina associadas e optimizações e,

ainda, o apoio permanente aos uti-

lizadores dos sistemas informáticos e

comunicações.

Administrador:

Dr. José Maria Ricciardi

iii.8 - Departamento Jurídico, para

acompanhamento dos negócios do

Banco, dando-lhe a estrutura jurídica mais

adequada. Assegura a prestação de

serviços de consultoria ou assessoria fiscal,

bem como serviços de contencioso judi-

cial. Tem uma colaboração estreita com o

DPCGR e a Área de Compliance, designa-

damente no que respeita ao risco legal.

Administrador:

Dr. José Maria Ricciardi

iii.9 - Departamento de Recursos

Humanos, que tem a seu cargo tudo o

que se relaciona com política de Recursos

Humanos, sendo responsável pela elabo-

ração do orçamento anual de custos com

pessoal e assegurando os processamentos

das remunerações e encargos.

Administrador:

Dr. José Maria Ricciardi

iii.10 - Departamento Administra-

tivo, que tem a seu cargo a supervisão

das instalações, a recepção e o economa-

to, bem como a expedição e a recepção

da correspondência do Banco. Reporta ao

Director de Recursos Humanos.

Administrador:

Dr. José Maria Ricciardi

iii.11 - Departamento de Informa-

ção, que tem por função o tratamento e

armazenagem informática de toda a infor-

mação recebida no Banco, além da gestão

dos documentos de arquivo, socorrendo-

se de microfilmagem.

Administrador:

Dr. Rafael Valverde

2.2. > Descrição da evoluçãoda cotação das acções

O BES Investimento tem um capital social

de 70.000.000,00 de euros dividido em

14.000.000 de acções, com o valor nomi-

nal unitário de 5 euros integralmente

subscritas e realizadas pelo BES. Não é

uma sociedade de capital aberto,

O valor do dividendo líquido por acção

pago pelo BES Investimento ao seu

accionista único, em 2002, e relativo aos

resultados de 2001, foi de aproximada-

mente 0,155 euros num total de

2.167.000,00 de euros.

2.3 > Política de distribuição de dividendos

A distribuição de dividendos depende da

evolução das condições financeiras e dos

resultados do BES Investimento e de ou-

tros factores que o Conselho de

Administração considere relevantes.

Neste contexto e conforme consta da

proposta de aplicação dos resultados do

exercício de 2002, o Conselho de

Administração do Banco vai apresentar

à Assembleia Geral a proposta de paga-

mento de um dividendo bruto por

acção no valor aproximado de 0,0194,

euros no total de 271.370,00 de euros.

2.4.> Planos de atribuição de acções e planos de atribuição de opções de aquisição de acções

Os Administradores Executivos e os

colaboradores do BES Investimento bene-

ficiam de duas práticas remuneratórias:

• retribuição fixa

• retribuição variável.

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Relatório e Conta Espírito Santo Investment 77

2

A retribuição fixa dos Administradores

Executivos é definida pela Comissão de

Fixação de Vencimentos, sendo a dos

colaboradores aprovada pela Comissão

Executiva. A remuneração dos Admi-

nistradores Executivos e dos colabo-

radores encontra-se enquadrada no

ACTV - Acordo Colectivo de Trabalho

Vertical do Sector Bancário.

Relativamente à retribuição variável, esta

caracteriza-se por duas formas de paga-

mento, independentemente do cargo ou

das categorias profissionais:

• prémios

• plano de incentivos (SIBA)

Os prémios encontram-se associados aos

resultados do Banco, tendo subjacente o

SAD - Sistema de Avaliação de

Desempenho.

O SAD aplica-se exclusivamente ao

quadro de colaboradores, permitindo

avaliar Competências, Objectivos Espe-

cíficos e de Negócio. São intervenientes

neste processo de avaliação os colabo-

radores, os responsáveis hierárquicos e os

administradores dos pelouros.

O plano de incentivos do BES Inves-

timento decorre do SIBA - Sistema de

Incentivos Baseado em Acções instituído

no Grupo BES, aplicando-se na integra

todas as condições e objectivos do Banco

Espirito Santo.

Este programa de incentivos caracteriza-

-se pela venda aos colaboradores de um

ou mais lotes de acções representativas

do capital social do BES, com liquidação

do preço em diferido. No que ao BES

Investimento respeita, poderão ser bene-

ficiários do SIBA os membros da

Comissão Executiva e os colaboradores

no activo. É à Comissão Executiva que

compete determinar o universo de bene-

ficiários e a quantidade de acções colo-

cadas à disposição de cada um. O limite

máximo de acções a distribuir é fixado

pelo Conselho de Administração do BES.

Na elaboração da sua proposta, a

Comissão Executiva do Banco tem em

consideração a avaliação do desempenho

dos potenciais beneficiários, em função

da responsabilidade do cargo e dos

objectivos fixados. Quando estiver em

causa qualquer membro da Comissão

Executiva do BES Investimento, a decisão

será tomada pelo Conselho de Admi-

nistração do Banco Espírito Santo.

O preço de alienação unitário das acções

é o que resultar da divisão, pelo seu

número total, do valor correspondente à

cotação de fecho das acções na sessão de

bolsa da Euronext Lisbon imediatamente

anterior à data da alienação, acrescido do

valor equivalente aos dividendos que lhes

tiverem sido atribuídos até à data do inte-

gral pagamento daquele preço, bem

como do valor equivalente aos encargos

financeiros resultantes de eventual finan-

ciamento concedido por força de aumen-

to de capital por entradas em dinheiro.

2.5. > Utilização de novas tecnologias na divulgação de informação

A utilização de meios electrónicos para a

divulgação, disponibilização e envio de

informação financeira do BES Inves-

timento tem ganho uma importância cres-

cente na relação da instituição com os

nossos clientes.

O BES Investimento disponibiliza na sua

página na Internet (www.esinvestment.com),

diversa informação institucional, designada-

mente uma corporate presentation e infor-

mação relativa às áreas de actividade

(incluindo contactos) e à sua presença

geográfica (Portugal, Espanha e Brasil).

2.6. > Gabinete de apoio ao investidor

Não existe um gabinete de apoio ao

investidor. O relacionamento com o

accionista único é assegurado ao nível da

Administração.

O Departamento de Comunicação e

Imagem garante, através do seu Director,

Pedro Pereira Santos, a prestação de

informação a analistas e órgãos de comu-

nicação, nomeadamente no que respeita

ao esclarecimento de questões ou divul-

gação de informação periódica ou pontu-

al. Este departamento tem competência

para elaborar apresentações e emitir

comunicados ou press releases sobre os

resultados semestrais ou anuais, bem

como sobre quaisquer factos que ocor-

ram passíveis de interesse da comunidade

financeira em geral.

A relação do BES Investimento com os

investidores - o Banco tem apenas dívida,

na forma de obrigações, admitida à nego-

ciação em mercado regulamentado - e as

autoridades de supervisão é assegurada

pelo Representante para as Relações com

o Mercado, Nuno Pignatelli Pereira, direc-

tor da Área de Compliance.

O investidor pode contactar o Banco por

via postal, telefónica ou electrónica, para

os seguintes endereços:

Área de Compliance (Att: Nuno Pereira)

Rua Alexandre Herculano, 38

1269-161 Lisboa

Tel. / Fax: (351) 21 319 69 00 / (351) 21

330 95 00

E-mail: [email protected]

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Espírito Santo Investment Relatório e Contas 200278

2

3. > Representação de accionistas e exercíciodo direito de voto

O BES Investimento tem actualmente um

único accionista - o Banco Espírito Santo,

S.A.. Daí que não se coloquem questões

ao nível da representação dos accionistas

e do exercício dos direitos de voto.

As assembleias gerais do BES Inves-

timento têm decorrido sob a forma de

assembleia universal (sem "observância

de formalidades prévias"), mediante a

apresentação de "carta mandadeira" assi-

nada por legais representantes do

accionista único, na qual se indica a pes-

soa ou as pessoas que o representam e a

menção de que a assembleia se pode

constituir e deliberar validamente sob

forma universal.

4. > Regras societárias

4.1. > Código de Conduta e outra regulamentaçãointerna

Foi aprovado, em Setembro de 2002, um

novo Código de Conduta (o "Código")

aplicável a todos os colaboradores do

Banco (membros dos órgãos sociais,

empregados, mandatários e demais

colaboradores), documento esse que foi

adaptado a partir do Código de Conduta

do BES, a exemplo do que tem ocorrido

com as várias instituições de crédito e

sociedades financeiras do Grupo BES.

Como principais previsões do Código de

Conduta há a destacar:

• A imposição de um conjunto de

deveres éticos a todos os colabo-

radores (princípio da igualdade de trata-

mento de todos os clientes do Banco,

deveres de profissionalismo, seriedade,

competência, diligência, lealdade, neu-

tralidade e integridade, princípio da

prevalência dos interesses dos clientes

do Banco sobre o interesse dos traba-

lhadores e dos membros dos órgãos de

administração, dever de sigilo e de

colaboração com todas as autoridades

de supervisão, deveres de conduta

interna e deveres especiais de tutela do

mercado e da sua transparência);

• regulamentação detalhada sobre a

matéria do conflito de interesses;

• regulamentação da realização de opera-

ções pessoais sobre valores mobiliários

efectuada pelos colaboradores do

Banco, de modo a prevenir o abuso de

informação privilegiada (inside trading);

• Regula a situação dos colaboradores

que efectuam análise económica;

• Estabelece princípios gerais relacionados

com a prevenção do branqueamento

de capitais;

• Regulamenta o tratamento a dar a recla-

mações dos clientes;

• Prescreve expressamente que qualquer

incumprimento do Código de Conduta

será considerado uma infracção discipli-

nar, quando cometido por um colabo-

rador do BES Investimento, ou como a

preterição de deveres contratuais, no

caso de o infractor ser membro do

órgão de administração ou fiscalização.

Ainda e com vista ao cumprimento dos

objectivos definidos pela Comissão

Executiva, a actividade do BES Inves-

timento encontra-se normalizada e disci-

plinada, tendo carácter obrigatório a apli-

cação dos diversos procedimentos e con-

trolos estabelecidos. Os métodos e

processos de trabalho estão definidos, são

do conhecimento obrigatório de todos os

colaboradores e constam de documentos

escritos, os quais - tal como o Código de

Conduta - são difundidos informatica-

mente (via Intranet), através de computa-

dor pessoal, instalado em cada um dos

postos de trabalho.

Estes documentos assumem a forma de:

• Manual de Procedimentos e Manual de

Risco, que são textos regulamentadores

dos produtos comercializados e das

actividades de suporte;

• Ordens de Serviço, que são textos nor-

mativos emanados pela Comissão

Executiva e que se destinam a definir as

regras básicas do funcionamento do

Banco; e

• Comunicações Internas, que são textos

de carácter informativo e restrito, emiti-

dos pelos diversos sectores do Banco,

com vista à comunicação de situações

específicas de interesse para as relações

inter-serviços.

4.2. > Procedimentos internos para o controlo dorisco na actividade do Banco

O Banco dispõe de uma estrutura interna

especialmente dedicada ao controlo de

risco da sua actividade. A informação re-

ferente às atribuições funcionais, organiza-

ção e níveis de risco, encontra-se ampla-

mente desenvolvida no capítulo - "Gestão

Integrada de Riscos" do Relatório de

Gestão.

O controlo e supervisão de risco é efec-

tuado pela Comissão Executiva do Banco,

que delega no Conselho de Crédito e

Risco a revisão das normas e procedi-

mentos conducentes da actividade

comercial e de controlo dos riscos ine-

rentes, bem como a apreciação dos riscos

de crédito, de mercado, legal e de

imagem; e no Comité de Activos e

Passivos (“ALCO”), as políticas de gestão

de balanço e liquidez.

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Relatório e Conta Espírito Santo Investment 79

2

i) Conselho de Crédito e Risco

(“CCR”)

A este Conselho compete:

• Providenciar o acompanhamento do

perfil de risco da instituição;

• Rever e aprovar políticas e estratégias

de tomada de risco, de modo a garantir

a sua adequação ao perfil de risco

definido pela Comissão Executiva, tendo

em conta os necessários requisitos legais

e regulamentares vigentes, bem como as

best practices de mercado;

• Aprovar limites individuais e agregados,

de acordo com as linhas de negócio e

produto definidas;

• Monitorizar as exposições mais impor-

tantes, graus de concentração, medidas

qualitativas da carteira, a exposição ver-

sus limites aprovados;

A composição deste órgão é a seguinte:

• Membros Permanentes: todos os

Administradores do Banco com funções

executivas e responsáveis de Direcção

ou Departamento que a Comissão

Executiva possa vir a nomear em

ordem de serviço.

A Presidência deste Conselho está a

cargo do Dr. José Maria Espírito Santo

Silva Ricciardi, Vice-Presidente do

Conselho de Administração.

• Membros Consultivos: Senior Bankers

que apresentam as operações a discu-

tir, e se farão acompanhar por repre-

sentantes das Direcções de Produto

envolvidas nas operações, o(s) Ana-

lista(s) de Risco que estudaram e clas-

sificaram as mesmas, o responsável

pela Direcção de Tesouraria e um ele-

mento do Departamento Jurídico.

É sempre obrigatória a presença do

Director Central com o pelouro do

Departamento de Planeamento e de

Controlo de Gestão e Risco, podendo

este na sua ausência ser representado

pelo seu Director Responsável.

As decisões são tomadas sempre por

maioria de 2/3 dos votos dos Membros

Permanentes, com expressão mínima de

quatro assinaturas, sendo que uma delas

terá sempre de ser de um Administrador

e outra de um representante do Risco.

As operações que não reunam uma

maioria favorável de 2/3 dos votos dos

Membros Permanentes presentes

poderão, caso o Administrador presente

assim o entenda, ser reapreciadas no

CCR seguinte ou ser enviadas para apre-

ciação pela Comissão Executiva.

Este órgão reúne-se com periodicidade

bissemanal ou quando se justifique e toda

a documentação objecto de apreciação,

incluindo o teor da decisão e respectivas

assinaturas é arquivada em sede de

Administração e digitalizada.

ii) Comité de Activos e Passivos

(“ALCO”)

O ALCO tem como principais atri-

buições:

• Definir políticas de afectação e estrutu-

ração do balanço;

• Acompanhar a evolução dos Activos e

Passivos face aos riscos de taxa de juro,

de câmbio e de liquidez, propondo

medidas de gestão de balanço ade-

quadas às suas necessidades através da

monitorização de limites de MCO

(Maximum Cumulative Outflow), rácios

de cobertura dos Activos de Longo

Prazo e planos de contingência.

O ALCO é presidido por um Adminis-

trador executivo - o Dr. José Maria Espírito

Santo Silva Ricciardi - integrando ainda o

Presidente da Comissão Executiva e mem-

bros da Comissão Executiva, o responsável

pela Tesouraria do Banco e os primeiros

responsáveis pelas unidades orgânicas com

envolvimento expressivo na gestão do ba-

lanço e do risco: Direcção de Mercado de

Capitais - Financiamentos e Gestão de

Risco, Direcção de Mercado de Capitais -

Acções, Direcção de Clientes, Depar-

tamento de Operações Especiais e

Departamento de Planeamento e Con-

trolo de Gestão e Risco.

O ALCO reúne com frequência trimestral

ou sempre que as circunstâncias assim o

aconselham. O ALCO do BES Inves-

timento não tem reunido com a frequên-

cia que seria suposto ter, uma vez que

tem sido substituído amiudadamente pelo

Comité ALCO ao nível do topo do

próprio Banco Espírito Santo. Foi, entre-

tanto, decidido que o ALCO do BES

Investimento permanecerá em pleno de

funções.

O Comité ALCO do BES que reúne, pelo

menos, com periodicidade mensal, é pre-

sidido pelo Dr. Ricardo Espírito Santo

Silva Salgado, Presidente da Comissão

Executiva do BES, e conta com a partici-

pação de todos os membros da

Comissão Executiva, entre os quais o Dr.

José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi,

Vice-Presidente do Conselho de Adminis-

tração e membro da Comissão Executiva

do BES Investimento.

De referir, ainda, a existência das

seguintes unidades orgânicas a nível do

BES dedicadas à auditoria interna e à

gestão de riscos:

iii) Comité de Risco Global

Este comité do BES tem como principais

atribuições, entre outras, propor à

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Espírito Santo Investment Relatório e Contas 200280

2

Comissão Executiva do BES a aprovação

de metodologias, políticas, procedimentos

e instrumentos para todos os tipos de

risco no Grupo BES; assegurar a coorde-

nação da actividade do Departamento de

Risco Global com as unidades de negócio

e departamentos centrais; e actuar como

comité de acompanhamento para todos

os projectos conduzidos no Grupo, em

matéria de risco.

O comité reúne, em regra, todos os

meses, dele fazendo parte adminis-

tradores executivos do BES, entre os

quais se conta o Dr. José Maria Espírito

Santo Silva Ricciardi, Vice-Presidente do

Conselho de Administração e membro da

Comissão Executiva do BES Investimento.

iv) Departamento de Auditoria e

Inspecção ("DAI")

A acção deste departamento do BES é

extensiva às sociedades do Grupo BES,

incluindo o BES Investimento e suas par-

ticipadas.

No âmbito das suas atribuições, com-

pete-lhe designadamente, avaliar as

condições de funcionamento das

unidades de estrutura e a eficiência dos

processos de trabalho, com o objectivo

de garantir práticas consistentes e de tes-

tar as condições gerais de adesão às

decisões dos órgãos de administração.

Emite relatórios das actividades direc-

cionados para a resolução dos constran-

gimentos funcionais e operativos detecta-

dos, mediante a aplicação criteriosa de

meios/processos de teste e validação dos

procedimentos operativos. Garante tam-

bém conferências regulares, de forma a

acautelar os valores monetários e docu-

mentais pertença do Grupo BES ou a ele

confiados.

4.3. > Existência de limites ao exercício dos direitos devoto, de direitos especiais ede acordos parassociais

O BES Investimento tem um accionista

único, pelo que não existe qualquer acor-

do parassocial nem cláusula estatutária

com incidência no exercício de direitos

sociais ou transmissibilidade das acções

do Banco.

5. > Órgão de Administração

5.1. > Caracterização doConselho de Administração

Ao Conselho de Administração compete

a discussão e aprovação das decisões

estratégicas do Banco, reunindo-se, em

princípio, quatro vezes por ano (artigo

13º número 1 dos Estatutos).

Para que este Conselho delibere valida-

mente é necessário que esteja presente a

maioria dos seus membros, sendo as suas

deliberações tomadas por maioria dos

votos dos Administradores presentes ou

representados. Em caso de empate nas

votações, o Presidente ou quem o substi-

tuir, terá voto de qualidade (artigo 13º

números 3 e 4 dos Estatutos). As

reuniões deste órgão dão sempre lugar à

elaboração de Actas.

O Conselho de Administração, de acordo

com o artigo 14º dos Estatutos, pode de-

legar a gestão corrente do Banco numa

Comissão Executiva, constituída por parte

dos seus membros, em número ímpar.

Nos termos do artigo 16º número 1 dos

Estatutos, o Conselho de Administração é

composto por um número ímpar de

membros, de 5 (cinco) a 21 (vinte e um)

administradores.

De acordo com o Regulamento n.º

07/2001 da CMVM, cada sociedade

deverá indicar os membros do órgão de

administração independentes, explicitando

o conceito de administrador indepen-

dente adoptado.

Os administradores do Banco Espírito

Santo de Investimento, S.A. são, obvia-

mente, independentes, uma vez que são

obrigados por lei a actuar no exercício

das suas funções exclusivamente nortea-

dos pelo interesse do Banco, tendo em

conta os interesses do accionista e dos

trabalhadores. Contextualizando a inde-

pendência a que se refere a CMVM nas

especiais relações dos administradores

com outras entidades ou com a própria

sociedade, o Banco decidiu adoptar o

seguinte conceito: administrador indepen-

dente é todo aquele que não tenha laços

económicos, familiares ou laborais com o

accionista único da sociedade ou com

sociedades que sobre este exerçam

domínio.

Assim, metade dos membros do

Conselho de Administração do Banco

serão membros independentes, não

obstante a sua recondução ou nomeação

depender do accionista único.

O Conselho de Administração do Banco

é, na presente data, composto pelos

seguintes membros (encontra-se em

anexo ao presente relatório a lista de car-

gos sociais exercidos pelos membros do

Conselho de Administração):

• Presidente (não executivo)

Dr. Ricardo Espírito Santo Silva Salgado (é

Vice-Presidente do Conselho de Adminis-

tração do Banco Espírito Santo, S.A., onde

exerce o cargo de Presidente da

Comissão Executiva, sua actividade princi-

pal; é membro não independente).

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Relatório e Conta Espírito Santo Investment 81

2

• Vice-PPresidente (Presidente da Comis-

são Executiva)

Eng. Manuel António Ribeiro Serzedelo

de Almeida(1) (exerce o cargo no Banco

como actividade principal; é membro não

independente, sendo também vogal não

executivo do Conselho de Administração

do BES).

• Vice-PPresidente (executivo)

Dr. José Maria Espírito Santo Silva

Ricciardi (exerce o cargo no Banco como

actividade principal, a par das funções que

exerce como vogal do Conselho de

Administração e da Comissão Executiva

do BES; é membro não independente).

• Vice-PPresidente (não executivo)

Dr. Manuel António Gomes de Almeida

Pinho (é membro não independente,

exercendo como actividade principal os

cargos de vogal do Conselho de

Administração e da Comissão Executiva

do BES).

• Vogais membros

da Comissão Executiva

Dr. Rafael Caldeira de Castel-Branco

Valverde (exerce o cargo no Banco como

actividade principal; é membro indepen-

dente).

Dr. Christian Georges Jacques Minzolini

(exerce o cargo no Banco como activi-

dade principal; é membro independente).

Dr. Francisco Ravara Cary (exerce o

cargo no Banco como actividade principal;

é membro independente).

Dr. Pedro Manuel de Castro Simões

Ferreira Neto (exerce o cargo no Banco

como actividade principal; é membro

independente).

• Vogais não executivos

Dr. Duarte José Borges Coutinho Espírito

Santo Silva (não exerce o cargo no Banco

como actividade principal; é membro não

independente).

Dr. António Espírito Santo Silva Salgado

(não exerce o cargo no Banco como

actividade principal; não é membro inde-

pendente).

Dr. José Manuel Pinheiro Espírito Santo

Silva (não exerce como actividade princi-

pal o cargo no Banco; é membro não

independente, porquanto exerce as

funções de vogal do Conselho de

Administração e da Comissão Executiva

do BES).

Sr. Bernard Marcel Fernand Basecqz (não

exerce o cargo no Banco como actividade

principal; é membro independente).

Sr. Ulrich Grete (não exerce o cargo no

Banco como actividade principal; é mem-

bro independente).

Dr. Manuel de Magalhães Villas-Boas (não

exerce o cargo no Banco como actividade

principal; não é membro independente).

Sr. Bernardo Ernesto Simões Moniz da

Maia (não exerce o cargo no Banco

como actividade principal; é membro

independente).

Dr. Mário da Silva Teixeira Júnior (não

exerce o cargo no Banco como actividade

principal; é membro independente).

5.2. > Caracterização daComissão Executiva e deoutras comissões com competência em matéria de gestão

Nos termos do artigo 14º número 2 dos

Estatutos, o Banco criou uma Comissão

Executiva constituída por um número

ímpar de administradores, a quem o

Conselho de Administração delegou a

gestão corrente, bem como a discussão e

preparação do processo de aprovação

das decisões estratégicas do Banco, a

apresentar ao Conselho de Adminis-

tração.

Este órgão reúne-se, em princípio, com

periodicidade semanal. As reuniões

decorrem de acordo com Agenda dis-

tribuída previamente pelos seus membros

e cujos pontos para discussão são apre-

sentados pelos componentes da

Comissão.

As decisões são tomadas por maioria dos

membros presentes, sendo lavradas actas

das suas reuniões.

A composição da Comissão Executiva e a

atribuição de áreas aos seus membros

eram, à data de 31 de Dezembro de

2002, as seguintes:

• Presidente

Eng. Manuel António Ribeiro Serzedelo

de Almeida(1) - Preside também ao

Comité de Investimento do Banco, como

se refere mais adiante.

• Vogais

Dr. José Maria Espírito Santo Silva

Ricciardi - Operações Especiais, Private

Equity , Planeamento e Controlo de

Gestão e Riscos, Compliance e Depar-

(1) O Eng. Manuel Serzedelo de Almeida encontra-se suspenso das suas funções de Administrador do Banco Espírito Santo de Investimento, na sequência do pedido de suspensãotemporária por si apresentado ao Presidente do Conselho Fiscal em 24 de Janeiro de 2003.

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Espírito Santo Investment Relatório e Contas 200282

2

tamento Jurídico, Contabilidade, Opera-

ções (back office), Informática, Comuni-

cação e Imagem, Recursos Humanos e

Departamento Administrativo. Preside ao

Conselho de Crédito e Risco e ao

Comité ALCO do Banco.

Dr. Rafael Caldeira de Castel-Branco

Valverde - Direcção de Clientes, Serviços

Financeiros, Financiamentos Estruturados,

Mercado Primário de Dívida, Research de

Crédito, Informação.

Dr. Christian Georges Jacques Minzolini -

Mercado de Capitais - Acções e negócio

Ibérico de corretagem (Espírito Santo

Securities).

Dr. Francisco Ravara Cary - Negócio

Corporate no Brasil, Distribuição e

Negociação de Dívida e Gestão de

Riscos, Tesouraria.

Dr. Pedro Manuel de Castro Simões

Ferreira Neto - Project Finance e Escritório

de Representação de Londres.

A maioria dos membros da Comissão

Executiva são independentes, na acepção

dada no princípio do ponto 5.1 supra.

Existem, ainda as seguintes comissões

com competência especializada em

matéria de gestão:

Comités de Acompanhamento

Especializado

Para além do Conselho de Crédito e

Risco e do Comité de Activos e Passivos

(ALCO), já referidos no ponto 4.2 do

presente Relatório, há ainda a considerar:

i) Comité de Investimento

O Comité de Investimento tem como

objectivos estabelecer as linhas orientado-

ras de gestão das carteiras de negociação

e investimento de acções do Banco, bem

como aprovar cada investimento/desin-

vestimento a realizar para a carteira de

investimento de acções do Banco.

O Comité de Investimento reúne men-

salmente ou sempre que convocado pelo

Presidente da Comissão Executiva e as

propostas de investimento/desinvestimen-

to em acções deverão ser distribuídas

pelo menos 48 horas antes da realização

da respectiva reunião.

Fazem parte do Comité de Investimento:

• Com direito de voto: os membros da

Comissão Executiva;

• Sem direito de voto: os representantes

do DPCGR (Departamento de Planea-

mento e Controlo de Gestão e Risco); o

responsável da Direcção de Mercado de

Capitais - Acções e os elementos da

Direcção de Serviços Financeiros, sempre

que seja necessário apresentar uma ope-

ração originada por uma destas unidades.

As decisões são tomadas por maioria sim-

ples, sendo o "quorum" mínimo de 3

membros da Comissão Executiva, com

participação obrigatória do Presidente da

Comissão Executiva. O Comité de

Investimento, na impossibilidade física de

se reunir, pode ser realizado via telefone.

À parte os comités próprios do BES

Investimento, existem comités ao nível do

BES que controlam o negócio do Banco,

numa perspectiva de gestão integrada do

Grupo BES.

ii) Comité Wholesale (Banca de

Empresas, Investimento e Interna-

cional)

Este comité tem como atribuições, entre

outras, as de propor à Comissão

Executiva do BES as grandes linhas de

desenvolvimento estratégico para a área

de Wholesale Banking, assegurar a articu-

lação entre a actividade de Corporate

Banking do BES e a actividade do BES

Investimento.

Nele têm assento o Eng. Manuel António

Ribeiro Serzedelo de Almeida(1), Presi-

dente da Comissão Executiva do BES

Investimento, o Dr. José Maria Espírito

Santo Silva Ricciardi e o Dr. Rafael

Caldeira de Castel-Branco Valverde,

ambos membros da Comissão Executiva

do Banco.

iii) Comité de Risco Global

Cfr. ponto 4.2 - iii) deste Relatório.

iv) Comité ALCO

Cfr. referência feita no ponto 4.2 - ii).

5.3. > Modo como o órgão de administração exerce ocontrolo da sociedade

De acordo com os estatutos do Banco, o

Conselho de Administração reúne, em

princípio, pelo menos quatro vezes por

ano, e sempre que for convocado pelo

Presidente ou por dois administradores. A

Comissão Executiva do Conselho de

Administração reúne, em regra, pelo

menos uma vez por semana, sem prejuízo

do acompanhamento diário que, quando

necessário, implica reuniões extra-

ordinárias.

O secretariado do Conselho de

Administração assegura que os membros

do Conselho de Administração e da

(1) O Eng. Manuel Serzedelo de Almeida encontra-se suspenso das suas funções de Administrador do Banco Espírito Santo de Investimento, na sequência do pedido de suspensãotemporária por si apresentado ao Presidente do Conselho Fiscal em 24 de Janeiro de 2003.

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83

2

Comissão Executiva recebam atempada-

mente a documentação adequada à apre-

ciação dos pontos em agenda para cada

uma das reuniões dos respectivos órgãos.

Das decisões da Comissão Executiva são

lavradas actas que estão à disposição do

Conselho de Administração.

5.4. > Comissões de controlo internas

O BES Investimento não criou comissões

de controlo internas. Porém, sobre o

Banco têm jurisdição o Departamento de

Auditoria e Inspecção [cfr. ponto 4.2 do

presente Relatório] e a Comissão de

Auditoria (Audit Committee) do BES.

Comissão de Auditoria

Esta comissão, criada no âmbito do

Conselho de Administração do BES em

Outubro de 2001, tem competências que

abrangem todas as sociedades que inte-

gram o Grupo BES, incluindo o BES Inves-

timento e suas participadas.

Entre as suas funções conta-se assistir o

Conselho de Administração do BES na

supervisão do sistema adoptado para

confirmação do efectivo cumprimento das

leis e regulamentos aplicáveis ao Grupo

BES, e ainda da adesão de todos os

administradores, directores e restantes

colaboradores, aos Códigos de Conduta

aprovados para as sociedades do Grupo.

A Comissão é actualmente composta por

dois membros não executivos do

Conselho de Administração do BES e tem

plena autoridade para conduzir ou autori-

zar investigações na sua área de responsa-

bilidade. Nomeadamente, a Comissão

tem poderes para obter de qualquer

colaborador das sociedades do Grupo

BES - independentemente do seu estatu-

to profissional e das suas funções - toda a

informação que considere necessária para

o cabal desempenho das suas atribuições,

estando todos os colaboradores autoriza-

dos e obrigados a prestar essas infor-

mações sem quaisquer limitações.

Entre as diversas competências da

Comissão de Auditoria é de realçar, no

domínio da Auditoria e Inspecção, a

análise dos termos de referência, dos

planos de actuação, das actividades, dos

recursos humanos e da estrutura organi-

zacional da função de auditoria interna e

inspecção, bem como a análise regular da

eficácia do controlo do risco global e da

auditoria interna e inspecção.

5.5. > Dependência da remuneração dos titulares do órgão de administração dos resultadosdo Banco

Parte da remuneração dos titulares do

órgão de administração do Banco está

dependente dos resultados, como referido

no ponto 2.4 do presente Relatório. Os

administradores que não pertencem à

Comissão Executiva não são remunerados.

5.6. > Indicação da remuneração auferida pelos membros do órgão de administração

A remuneração auferida em 2002 pelo

conjunto dos membros do Conselho de

Administração (apenas os Administra-

dores que integram a Comissão Executiva

são remunerados), é a que consta do

quadro abaixo apresentado:

Remuneração

Total de remuneração fixa 905

Total de remuneração variável 769

Total do Conselho de Administração 1.674

milhares de euros

Relatório e Conta Espírito Santo Investment

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Espírito Santo Investment Relatório e Contas 200284

2

> Anexo

Outros Cargos de que são titulares os membros do Conselho de

Administração do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. (31 de

Dezembro de 2002)

DR. RICARDO ESPÍRITO SANTO SILVA SALGADO

Presidente do Conselho de Administração (Não Executivo)

Outros cargos

Presidente da Comissão Executiva e Vice-Presidente do Conselho de Administração do

Banco Espírito Santo, S.A.

Presidências de Conselho de Administração

Espírito Santo Financial Group, S.A.

Espírito Santo Financial (Portugal) - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

Espírito Santo Financial (BVI), S.A.

Espirito Santo Overseas, Ltd.

Espírito Santo Saúde, SGPS, S.A.

ESAF - Espírito Santo Activos Financeiros, SGPS, S.A.

BESPAR - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

PARTRAN - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

Bank Espírito Santo (International) Limited

BES.com, SGPS, S.A.

BEST - Banco Electrónico de Serviço Total, S.A.

Casa dos Pórticos - Soc. de Administração de Bens, S.A.

Sociedade de Administração de Bens Pedra da Nau, S.A.

Vice-PPresidente do Conselho de Administração de:

E.S. Holding Administração e Participações, S.A.

Espírito Santo Bank of Florida

Vogal do Conselho de Administração de:

Banco Espírito Santo do Oriente, SARL

Banco Espírito Santo, S.A. (Espanha)

Banque Espírito Santo et de la Vénétie

BES Finance, Ltd.

BES Overseas, Ltd.

Cariges, S.A.

Compagnie Bancaire Espírito Santo, S.A.

E.S. Control (BVI), S.A.

E.S. Control Holding, S.A.

E.S. International Holding, S.A.

ESCA Participation Limited

Esfint Holding, S.A.

Espírito Santo BP Invest, S.A.

Espírito Santo BVI Participation Limited

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Relatório e Conta Espírito Santo Investment 85

2

Espírito Santo Industrial (BVI), S.A.

Espírito Santo International (BVI), S.A.

Espírito Santo Property (BVI), S.A.

Espírito Santo Resources Limited

GESPETRO, SGPS, S.A.

Novagest Assets Management, Ltd.

Cargos de Direcção

Espírito Santo Financial Services, Inc.

Maes - Administração, Participações e Consultoria, S.A.

Membro do Supervisory Board

Euronext NV - Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A.

ENG.º MANUEL ANTÓNIO RIBEIRO SERZEDELO DE ALMEIDA(1)

Vice-Presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão Executiva

Outros cargos

Vogal (não executivo) do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo, S.A.

Presidências de Conselho de Administração

Espírito Santo Dealer - Sociedade Financeira de Corretagem, S.A.

Espírito Santo de Investimentos, S.A. (S. Paulo, Brasil)

BES Investimento do Brasil, S.A. - Banco de Investimento (S. Paulo - Brasil)

Benito y Monjardín, S.A., S.V. (Madrid, Espanha)

Companhia de Cervejas Estrela, S.A.

Vogal do Conselho de Administração de:

Espírito Santo Financial Group, S.A.

Espírito Santo Financial (Portugal) - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

Espírito Santo Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A.

BES.com, SGPS, S.A.

Portugal Telecom, SGPS, S.A

PT Multimédia - Serviços de Telecomunicações e Multimédia, S.G.P.S., S.A.

VTR, SGPS, S.A.

PARFIL, SGPS, S.A.

URFIL, S.A.

SCC - Sociedade Central de Cervejas, S.A.

(1) O Eng. Manuel Serzedelo de Almeida encontra-se suspenso das suas funções de Administrador do Banco EspíritoSanto de Investimento, na sequência do pedido de suspensão temporária por si apresentado ao Presidente doConselho Fiscal em 24 de Janeiro de 2003.

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Espírito Santo Investment Relatório e Contas 200286

2

DR. JOSÉ MARIA ESPÍRITO SANTO SILVA RICCIARDI

Vice-Presidente do Conselho de Administração (Executivo)

Outros cargos

Vogal do Conselho de Administração e da Comissão Executiva do Banco Espírito

Santo, S.A.

Presidente do Conselho de Administração de:

Espírito Santo Investment p.l.c. (Dublin, Irlanda)

ESSI, SGPS, S.A

ESSI - Comunicações, SGPS, S.A.

ESSI - Investimentos, SGPS, S.A.

Espírito Santo Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A.

MULTIGER - Sociedade de Compra, Venda e Administração de Propriedades, S.A.

Vice-PPresidente do Conselho de Administração da:

ESAF - Espírito Santo Activos Financeiros, SGPS, S.A.

Vogal do Conselho de Administração de:

Espírito Santo Financial Group S.A.

BESPAR - SGPS, S.A.

COPORGEST - Companhia Portuguesa de Gestão e Desenvolvimento Imobiliário, S.A.

Presidente da Mesa da Assembleia Geral de:

Controlled Sport (Portugal) Turismo, Cinegética e Agricultura, S.A.,

PT Meios - Serviço de Publicidade e Marketing, S.A.

Secretário da Mesa da Assembleia Geral de:

Espart - Espírito Santo Participações Financeiras, SGPS, S.A.,

Vice-PPresidente do Conselho Fiscal do Sporting Clube de Portugal e Membro do Conselho

Fiscal da SCC – Sociedade Central de Cervejas, S.A.

Director-GGeral Adjunto do Banco Internacional de Crédito, S.A.

DR. MANUEL ANTÓNIO GOMES DE ALMEIDA PINHO

Vice-Presidente do Conselho de Administração (Não Executivo)

Outros cargos

Vogal do Conselho de Administração e da Comissão Executiva do Banco Espírito

Santo, S.A.

Vogal do Conselho de Administração de:

BES Finance, S.A.

BES Overseas, Ltd.

ESAF - Espírito Santo Activos Financeiros, SGPS., S.A.

Gesfinc - Espírito Santo, Estudos Financeiros e de Mercado de Capitais, S.A.

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Relatório e Conta Espírito Santo Investment 87

2

DR. RAFAEL CALDEIRA DE CASTEL-BRANCO VALVERDE

Vogal do Conselho de Administração (Executivo)

Outros cargos

Membro do Conselho de Administração do BES Investimento do Brasil, S.A. - Banco de

Investimento (São Paulo, Brasil)

Membro do Conselho Fiscal da SEMAPA -Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS,

S.A. e da Academia de Música de Sta. Cecília

DR. CHRISTIAN GEORGES JACQUES MINZOLINI

Vogal do Conselho de Administração (Executivo)

Outros cargos

Administrador Delegado da Benito y Monjardín, S.A., S.V. (Madrid, Espanha)

Presidente do Conselho de Administração da Espírito Santo Securities Inc (EUA)

Vogal do Conselho de Administração de:

Espírito Santo Dealer - Sociedade Financeira de Corretagem, S.A.

Espírito Santo Inversiones, S.A.

ESSI, SGPS, S.A

ESSI - Comunicações, SGPS, S.A.

ESSI - Investimentos, SGPS, S.A.

Administrador Executivo de:

Benito y Monjardín Ibiza, S.A

Cartera BJC, S.A., S.U.

BM Capital, S.A., S.U.

DR. FRANCISCO RAVARA CARY

Vogal do Conselho de Administração (Executivo)

Outros cargos

Vogal do Conselho de Administração de:

BES Investimento do Brasil, S.A. - Banco de Investimento (São Paulo, Brasil)

Espirito Santo de Investimentos, S.A. (S. Paulo, Brasil)

Benito y Monjardín, S.A,, S.V.B. (Madrid, Espanha)

Bradespar, S.A. (São Paulo, Brasil)

Membro suplente do Conselho Fiscal do Banco Bradesco, S.A. (São Paulo, Brasil)

Gerente da JAMPUR - Trading Internacional, Lda. (Madeira, Portugal)

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Espírito Santo Investment Relatório e Contas 200288

2

DR. PEDRO MANUEL DE CASTRO SIMÕES FERREIRA NETO

Vogal do Conselho de Administração (Executivo)

Outros cargos

Presidente do Conselho de Administração (funções não executivas) da E.S. Concessões,

SGPS, S.A

DR. DUARTE JOSÉ BORGES COUTINHO ESPÍRITO SANTO SILVA

Vogal do Conselho de Administração (Não Executivo)

Não existem outros cargos a referir.

DR.ANTÓNIO ESPÍRITO SANTO SILVA SALGADO

Vogal do Conselho de Administração (Não Executivo)

Outros cargos

Presidente do Conselho de Administração de:

Controlled Sport (Portugal) - Turismo Cinegética e Agricultura, S.A.

Empresa Hotel Astória de Monfortinho, S.A.

MONFORTUR - Monfortinho Turismo, S.A.

Vogal do Conselho de Administração de:

Companhia das Águas da Fonte Santa de Monfortinho, S.A.

Empresa das Águas do Vimeiro, S.A.

DR. JOSÉ MANUEL PINHEIRO ESPÍRITO SANTO SILVA

Vogal do Conselho de Administração (Não Executivo)

Outros cargos

Vogal do Conselho de Administração e da Comissão Executiva do Banco Espíritro

Santo, S.A.

Presidente do Conselho de Administração de:

Compagnie Bancaire Espírito Santo, S.A. (Lausanne)

Banco Espírito Santo, S.A. (Espanha)

Espírito Santo Financial Consultants (Gestão de Patrimónios), S.A.

Fiduprivate - Sociedade de Serviços, Consultoria, Administração de Empresas, S.A.

Quinta dos Cónegos - Sociedade Imobiliária, S.A.

Sociedade Imobiliária e Turística da Quinta do Peru

Vice-PPresidente do Conselho de Administração de:

Espírito Santo Financial Group, S.A.

Espírito Santo Financial (Portugal) - SGPS, S.A.

Espírito Santo Enterprises, S.A.

Vogal do Conselho de Administração de:

E. S. International Holding, S.A.

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Relatório e Conta Espírito Santo Investment 89

2

Espírito Santo Resources Limited

E.S. Control Holding, S.A.

E.S. Holding - Administração e Participações, S.A.

ESFG Overseas Limited

Espírito Santo Bank of Florida

Espírito Santo BVI Participation Limited

Espírito Santo Control (BVI), S.A.

Espírito Santo Industrial (BVI), S.A.

Espírito Santo Internacional (BVI), S.A.

Espírito Santo Internacional Panamá, S.A.

Espírito Santo Overseas. Ltd.

Espírito Santo Property (BVI), S.A.

Espírito Santo Services, S.A.

Banque Espírito Santo et de la Vénétie, S.A.

BESPAR - SGPS, S.A.

ESAF - Espírito Santo Activos Financeiros, SGPS, S.A.

Europ Assistance - Companhia Portuguesa de Seguros de Assistência, S.A.

GESPETRO - SGPS, S.A.

SR. BERNARD MARCEL FERNAND BASECQZ

Vogal do Conselho de Administração (Não Executivo)

Outros cargos

Membro do Conselho de Gestão do Kredietbank Luxembourg Group

Administrador Executivo de:

Banque Continentale du Luxembourg, S.A.

SR. ULRICH GRETE

Vogal do Conselho de Administração (Não Executivo)

Outros cargos

Presidente do Conselho de Administração do Swiss Social Security Fund

Vice-Presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Banca del

Gottardo (Lugano)

Vogal do Conselho de Administração de:

Banque Jacob Safra (Suisse) S.A. (Genebra)

ZKB Finanz Vision AG (Zurique )

ZKB Axxess Vision AG (Zurique)

DR. MANUEL DE MAGALHÃES VILLAS-BOAS

Vogal do Conselho de Administração (Não Executivo)

Outros cargos

Vogal não executivo do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo, S.A.

Vice-Presidente do Conselho de Administração da Espírito Santo Overseas, Limited

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Espírito Santo Investment Relatório e Contas 200290

2

Vogal do Conselho de Administração de:

Bank Espirito Santo International Limited

BES Finance, Limited

BES Overseas, Limited

ESFG Overseas, Limited

Espírito Santo Financial Group, S.A.

Espírito Santo Investment Management

SR. BERNARDO ERNESTO SIMÕES MONIZ DA MAIA

Vogal do Conselho de Administração (Não Executivo)

Outros cargos

Vice-Presidente do Conselho de Administração da Mague - Gestão e Participações, S.A.

Membro do Conselho de Administração de:

Euro - Yser, S.A.

Aqua - Yser, S.A.

G.P.M.G.- Gestão e Participações, S.A.

SOGEMA - SGPS, S.A.

IMOMAGUE, S.A

RIOS E OCEANOS - Soc. de Exploração Turística, S.A.

TOTALPART - SGPS, S.A.

FINOVA, SGPS, S.A.

DEPIN, S.A.

DR. MÁRIO DA SILVEIRA TEIXEIRA JÚNIOR

Vogal do Conselho de Administração (Não Executivo)

Outros cargos

Vice-Presidente do Conselho de Administração do BES Investimento do Brasil S.A. -

-Banco de Investimento

Presidente do Conselho de Administração de:

VBC Energia, S.A. (Brasil)

VBC Participações, S.A. (Brasil)

Membro do Conselho de Administração de:

Banco Bradesco, S.A. (Brasil)

Bradespar, S.A. (Brasil)

CPFL - Companhia Paulista de Força e Luz (Brasil)

Valepar, S.A. (Brasil)

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91

2

> Recursos Humanos

Quadro de Colaboradores

Face ao actual momento da economia

mundial, com reflexo directo numa pro-

funda crise do sector bancário, o BES

Investimento decidiu aplicar um plano de

redução dos seus gastos de estrutura,

com especial incidência ao nível dos cus-

tos com pessoal.

Em conformidade com as decisões

tomadas pela Comissão Executiva sobre

esta matéria, o Departamento de Recur-

sos Humanos (DRH) apresentou um

Plano para a redução do Quadro de

Efectivos, tendo centralizado todo o

processo de negociação com os colabo-

radores envolvidos.

Em termos globais a variação percentual

foi de -1.36%, devido ao crescimento da

actividade do BES Investimento do Brasil

e consequente aumento do quadro de

colaboradores local.

BES Investimento Dez /01 Dez/02

Portugal 137 128

Irlanda 4 4

Espanha 1 0

França 1 0

Inglaterra 6 7

Brasil 72 79

Total (*) 221 218(*) Não inclui Pessoal Eventual

0

5

10

15

20

25

Mais de 60 Anos

55 aos 59 anos

50 aos 54 anos

45 aos 49 anos

40 aos 44 anos

35 aos 39 anos

30 aos 34 anos

25 aos 29 anos

Até 24 anos

3

Homem

Mulher

5

16 16

22

11

1415

10

54

23

1 10 0 0

Média Etária: H: 34,5 M: 32,8

Estrutura Etária

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

Mais de 60 Anos

Dos 55 aos 59 anos

Dos 50 aos 54 anosDos 45 aos 49 anos

Dos 35 aos 39 anos

Dos 30 aos 34 anos

25 aos 29 anos

Até 24 anos

8

Homem

Mulher

0

19

6

17

6

12

4

6

32

01

01

0

20

Média Etária: H: 31,5 M: 33,4

Mais de 60 Anos

55 aos 59 anos

50 aos 54 anos

45 aos 49 anos

40 aos 44 anos

35 aos 39 anos

30 aos 34 anos

25 aos 29 anos

Até 24 anos

Estrutura Etária Estrangeiro

Distribuição Etária

O BES Investimento em Portugal é com-

posto uma população maioritariamente

jovem onde 80% dos quadros têm idades

inferiores a 40 anos. A média ronda os

35 anos nos Homens e 33 nas Mulheres.

SAD - Sistema de Avaliação de

Desempenho

Este ano o Sistema de Avaliação de

Desempenho foi alargado a outras

empresas do Grupo BES.

Em Portugal o processo decorreu em

várias fases:

No primeiro trimestre do ano foram

definidos conjuntamente pelos respon-

sáveis de cada área e o DRH os objec-

tivos específicos e de negócio para cada

colaborador.

O processo das avaliações decorreu no

princípio de Dezembro. De salientar o

grande envolvimento de todos os colabo-

radores e das suas chefias.

Relatório e Conta Espírito Santo Investment

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Espírito Santo Investment Relatório e Contas 200292

2

A validação dos resultados por parte da

Comissão Executiva do Banco foi efectua-

da no final do ano tendo sido analisados

também os resultados alcançados tanto

individualmente como por equipas.

Formação

O BES Investimento continuou no decor-

rer do ano de 2002 a apostar na for-

mação profissional como meio de valo-

rização e aprofundamento de conheci-

mentos dos seus colaboradores.

A formação em línguas estrangeiras, no-

meadamente em Espanhol, continuou a

ser muito requisitada pelos colaboradores

devido à relação permanente com a Espí-

rito Santo ByM.

Outro tipo de acções também apoiadas

pelo banco passaram por Cursos

Superiores, Seminários, Conferências, Pós

Graduações e MBA's quer em Portugal

quer no Estrangeiro.

Um resumo sobre os principais dados de

formação estão ilustrados no seguinte

quadro:

BES Investimento

Acções de Formação # Acções # Horas Totais €

Pais 93 4 139 57.842,94

Estrangeiro 28 563 134.767,02

Total 121 4 702 192.609,96

23%

77%

País

Estrangeiro

Acções de Formação

2002

2002

1999

608

57.842,94

134.767,02

País Estrangeiro

Custos de Formação

euros

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Relatório e Conta Espírito Santo Investment 93

2

> Proposta para o Ponto três da Ordem de Trabalhosda Assembleia Geral Anualde 28 de Fevereiro de 2003

"Considerando que a conta de resultados

do exercício apresenta em trinta e um de

Dezembro de dois mil e dois um saldo

positivo de 603.045,13 euros (seiscentos

e três mil e quarenta e cinco euros e

treze cêntimos), submete-se à Assembleia

Geral a aprovação da seguinte proposta

de aplicação de resultados:

Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde

(Vogal)

Manuel de Magalhães Villas-Boas

(Vogal)

Christian Georges Jacques Minzolini

(Vogal)

Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia

(Vogal)

Francisco Ravara Cary

(Vogal)

José Manuel Pinheiro Espirito Santo Silva

(Vogal)

Mário da Silveira Teixeira Júnior

(Vogal)

Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto

(Vogal)

(i) para o fundo de reserva legal 60.305,13

(ii) para distribuição de dividendos 271.370,00

(iii) para distribuição a Colaboradores 271.370,00

O Conselho de Administração

Ricardo Espírito Santo Silva Salgado

(Presidente)

Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida(1)

(Vice-Presidente)

José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi

(Vice-Presidente)

Manuel António Gomes de Almeida Pinho

(Vice-Presidente)

Duarte José Borges Coutinho Espírito Santo Silva

(Vogal)

António Espírito Santo Silva Salgado

(Vogal)

Bernard M. Basecqz

(Vogal)

Ulrich Grete

(Vogal)

Lisboa, 25 de Fevereiro de 2003.

(1) O Eng. Manuel Serzedelo de Almeida encontra-se suspenso das suas funções de Administrador do Banco Espírito Santo de Investimento, na sequência do pedido de suspensãotemporária por si apresentado ao Presidente do Conselho Fiscal em 24 de Janeiro de 2003.

euros

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Demonstrações Financeiras

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BANCO ESPÍRITO SANTO DE INVESTIMENTO, S.A.

Balanço em 31 de Dezembro de 2002 e 2001

(Valores expressos em milhares de Euros)

2002 2001Activo Amortizações Activo Activo

Notas Bruto e Provisões Líquido Líquido

Activo

1. Caixa e disponibilidades em bancos centrais 3 6 982 - 6 982 1 871 2. Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito 4 654 - 654 1 839 3. Outros créditos sobre instituições de crédito 5 57 229 3 57 226 48 197 4. Créditos sobre clientes 6 257 247 7 603 249 644 179 322 5. Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 7 143 874 11 643 132 231 166 880

a) De emissores públicos 2 315 157 2 158 3 972 b) De outros emissores 141 559 11 486 130 073 162 908 (Dos quais: Obrigações próprias) (2 683) - (2 683) (2 495)

6. Acções e outros títulos de rendimento variável 7 40 079 9 543 30 536 46 675 7. Participações 8 13 431 1 581 11 850 12 150 8. Partes de capital em empresas coligadas 9 8 295 633 7 662 6 744 9. Imobilizações incorpóreas 11 6 355 5 144 1 211 2 043 10. Imobilizações corpóreas 12 8 331 4 791 3 540 4 059

(Dos quais: Imóveis) (2 033) (434) (1 599) (1 723)11. Capital subscrito não realizado - - - - 12. Acções próprias ou partes de capital próprias - - - - 13. Outros activos 13 131 452 2 907 128 545 120 810 15. Contas de regularização 14 20 134 - 20 134 48 025 16. Prejuízo do exercício - - - -

Total do Activo 694 063 43 848 650 215 638 615

Rubricas extrapatrimoniais (Nota 25) 2002 2001

1. Garantias prestadas e passivos eventuais 135 543 106 272 Dos quais: 1.1 Aceites e endossos - - (Dos quais: Aceites e compromissos por endosso de efeitos redescontados) - - 1.2 Garantias e avales 108 943 77 072 1.3 Cauções e activos dados em garantia 26 600 29 200

2. Compromissos 164 467 96 726 Dos quais: 2.1 Resultantes de operações de venda com opção de recompra - -

300 010 202 998

As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

O DIRECTOR DO DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE

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Balanço em 31 de Dezembro de 2002 e 2001

(Valores expressos em milhares de Euros)

Notas 2002 2001

Passivo e Capitais Próprios

1. Débitos para com instituições de crédito 15 308,371 362,455 a) À vista 1,853 991 b) A prazo ou com pré-aviso 306,518 361,464

2. Débitos para com clientes 16 135,856 74,207 a) Depósitos de poupança - - b) Outros débitos 135,856 74,207 ba) À vista 42,666 16,192 bb) A prazo 93,190 58,015

3. Débitos representados por títulos 17 3,077 5,571 a) Obrigações em circulação 3,077 5,571 b) Outros - -

4. Outros passivos 18 8,348 2,940 5. Contas de regularização 19 33,042 27,816 6. Provisão para riscos e encargos 20 4,330 4,727

a) Provisões para pensões e encargos similares - - b) Outras provisões 4,330 4,727

6A. Fundo para riscos bancários gerais - - 8. Passivos subordinados 17 49,880 49,880 9. Capital subscrito 23 70,000 70,000 10. Prémios de emissão 23 8,796 8,796 11. Reservas 23 27,912 27,889 12. Reservas de reavaliação - - 13. Resultados transitados - - 14. Lucro do exercício 603 4,334

Total do Passivo e Capitais próprios 650,215 638,615

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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Demonstração dos Resultadospara os anos findos em 31 de Dezembro 2002 e 2001

(Valores expressos em milhares de Euros)

Nota 2002 2001

Débito

1. Juros e custos equiparados 28 21,298 31,042 2. Comissões 30 2,424 21,025 3. Prejuízos em operações financeiras 31 198,015 232,844 4. Gastos gerais administrativos 23,579 23,381

a) Custos com o pessoal 29 10,921 10,406 Dos quais: (- salários e vencimentos) (8,924) (8,712) (- encargos sociais) (1,607) (1,660) Dos quais: (- com pensões) (592) (546) b) Outros gastos administrativos 12,658 12,975

5. Amortizações do exercício 11 e 12 1,905 1,985 6. Outros custos de exploração 32 144 114 7. Provisões para crédito vencido e para outros riscos 20 15,967 13,682 8. Provisões para imobilizações financeiras 20 51 216 10. Resultado da actividade corrente 3,335 5,727 11. Perdas extraordinárias 33 9 1,727 13. Impostos sobre lucros 34 2,636 73 14. Outros impostos 133 281 15. Lucro do exercício 603 4,334

Total 266,764 330,704

As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

O DIRECTOR DO DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE

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Crédito

1. Juros e proveitos equiparados 28 21,868 31,285 Dos quais: (- de títulos de rendimento fixo) (4,829) (5,857)

2. Rendimentos de títulos 3,308 8,405 a) Rendimento de acções, de quotas e outros títulos de rendimento variável - 222 b) Rendimento de participações 3,308 8,183 c) Rendimento de partes de capital em empresas coligadas - -

3. Comissões 30 13,335 29,858 4. Lucros em operações financeiras 31 197,628 231,332 5. Reposições e anulações respeitantes a correcções

de valor relativas a créditos e provisões por passivos eventuais e por compromissos 20 8,338 11,643

6. Reposições e anulações respeitantes a correcções de valor relativas a valores mobiliários que tenham o carácter de imobilizações financeiras, a participações e a partes de capital em empresas coligadas 51 -

7. Outros proveitos de exploração 32 22,190 17,493 8. Resultado da actividade corrente - - 9. Ganhos extraordinários 33 46 688 11. Prejuízo do exercício - -

Total 266,764 330,704

Demonstração dos Resultadospara os anos findos em 31 de Dezembro 2002 e 2001

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2002 e 2001

(Valores expressos em milhares de Euros) 2002 2001

Activo Amortizações Activo ActivoNota Bruto e Provisões Líquido Líquido

Activo 1. Caixa e disponibilidades em bancos centrais 3 6.982 - 6.982 1.871 2. Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito 4 4.177 - 4.177 3.974 3. Outros créditos sobre instituições de crédito 5 50.095 3 50.092 14.202 4. Créditos sobre clientes 6 400.089 7.603 392.486 288.386 5. Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 7 278.787 12.288 266.499 358.928

a) De emissores públicos 34.590 157 34.433 60.884 b) De outros emissores 234.203 12.131 222.072 293.549 c) Títulos próprios 9.994 - 9.994 4.495

6. Acções e outros títulos de rendimento variável 7 45.111 9.711 35.400 53.498 7. Partes de capital em empresas associadas 9 11.582 - 11.582 15.386 8. Partes de capital em empresas filiais

excluídas da consolidação - - - - 9. Outras participações financeiras 8 17.619 1.867 15.752 17.396 10. Imobilizações incorpóreas 11 6.815 5.410 1.405 2.206 11. Imobilizações corpóreas 12 9.220 4.950 4.270 5.220

(Dos quais: Imóveis de serviço próprio) (2.429) (435) (1.994) (2.264)12. Diferenças de reavaliação - Equivalência patrimonial - - - - 13. Diferenças de consolidação - - - - 14. Capital subscrito não realizado - - - - 15. Acções próprias - - - - 16. Outros activos 13 34.284 2.981 31.303 26.108 17. Contas de regularização 14 50.000 - 50.000 63.328 18. Prejuízo consolidado do exercício - - - - 19. Interesses minoritários - - - -

Total do Activo 914.761 44.813 869.948 850.503

Rubricas extrapatrimoniais (Nota 25)

1. Garantias prestadas e passivos eventuais 132.421 106.272 Dos quais: 1.1 Aceites e endossos - - 1.2 Garantias e avales 105.821 77.072 1.3 Cauções e activos dados em garantia 26.600 29.200 1.4 Outros - -

2. Compromissos 266.811 166.530 Dos quais: 2.1 Resultantes de operações de venda com opção de recompra - -

399.232 272.802

As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

O DIRECTOR DO DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE

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(Valores expressos em milhares de Euros)

Nota 2002 2001

Passivo e Capitais Próprios

1. Débitos para com instituições de crédito 15 233.478 256.907 a) À vista 1.853 642 b) A prazo 231.625 256.265

2. Débitos para com clientes 16 149.271 77.224 a) Depósitos de poupança - - b) Débitos à vista 42.657 16.142 c) Débitos a prazo 106.614 61.082

3. Débitos representados por títulos 17 218.399 233.139 a) Obrigações em circulação 218.399 233.139 b) Outros - -

4. Outros passivos 18 12.947 5.486 5. Contas de regularização 19 40.065 54.641 6. Diferenças de reavaliação - Equivalência patrimonial - - 7. Diferenças de consolidação - - 8. Provisão para riscos e encargos 20 4.330 5.280

a) Provisões para pensões e encargos similares - - b) Outras provisões 4.330 5.280

9. Fundo para riscos bancários gerais - - 10. Passivos subordinados 17 49.880 49.880 11. Capital subscrito 23 70.000 70.000 12. Prémios de emissão 23 8.796 8.796 13. Reservas 23 24.560 25.182 14. Reservas de reavaliação - - 15. Resultados transitados 23 50.400 55.920 16. Interesses minoritários 24 5.058 5.960 17. Lucro consolidado do exercício 2.764 2.088

Total do Passivo e Capitais Próprios 869.948 850.503

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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Demonstração dos Resultados Consolidados

para os anos findos em 31 de Dezembro 2002 e 2001

(Valores expressos em milhares de Euros)

Nota 2002 2001

Débito

1. Juros e custos equiparados 28 34.434 42.520 2. Comissões 30 1.990 21.029 3. Prejuízos em operações financeiras 31 650.550 279.263 4. Gastos gerais administrativos 30.062 30.241

4.1 Custos com o pessoal 29 14.399 14.289 4.2 Outros custos administrativos 15.663 15.952

5. Amortizações do exercício 11 e 12 2.057 2.107 6. Outros custos de exploração 32 340 211 7. Provisões para crédito vencido e para outros riscos 20 17.158 14.293 8. Provisões para imobilizações financeiras 20 673 383 9. Perdas extraordinárias 33 9 2.204 10. Impostos sobre lucros 34 4.811 2.581 11. Outros impostos 1.306 4.795 12. Resultados em empresas associadas e em

filiais excluídas da consolidação 4.100 3.251 13. Interesses minoritários 24 760 907 14. Lucro consolidado do exercício 2.764 2.088

Total 751.014 405.873

As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

O DIRECTOR DO DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE

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Crédito

1. Juros e proveitos equiparados 28 113.169 53.741 2. Rendimentos de títulos 1.390 1.055 3. Comissões 30 13.929 31.187 4. Lucros em operações financeiras 31 586.477 281.408 5. Reposições e anulações de provisões 20 8.961 11.988 6. Resultados em empresas associadas e em

filiais excluídas da consolidação 47 69 7. Outros proveitos de exploração 32 26.943 25.170 8. Ganhos extraordinários 33 98 1.255 9. Interesses minoritários - - 10. Prejuízo consolidado do exercício - -

Total 751.014 405.873

(Valores expressos em milhares de Euros)

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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2002 2001 2002 2001

Juros e proveitos equiparados 21.868 31.285 113.169 53.741 Juros e custos equiparados (21.298) (31.042) (34.434) (42.520)

Resultado Financeiro 570 243 78.735 11.221

Serviços prestados a clientes 22.190 17.493 26.943 25.170 Outros proveitos operacionais 16.643 38.951 15.319 33.497 Outros custos operacionais (2.701) (23.147) (3.636) (28.239)Resultados de operações de mercado (387) (1.512) (64.073) 2.145

Produto Bancário de Exploração 36.315 32.028 53.288 43.794

Custos de estrutura (23.580) (23.381) (30.062) (30.241)Amortizações (1.905) (1.985) (2.057) (2.107)

Resultado Bruto Operacional 10.830 6.662 21.169 11.446

Provisões líquidas (7.628) (2.255) (8.870) (2.688)Resultados extraordinários e diversos 37 - 89 - Interesses minoritários - - (760) (907)Resultados empresas associadas - - (4.053) (3.182)

Resultado Antes de Impostos 3.239 4.407 7.575 4.669

Impostos sobre lucros (2.636) (73) (4.811) (2.581)

Resultado Líquido 603 4.334 2.764 2.088

Número de acções médio (milhares) 14.000 14.000 14.000 14.000

Resultado líquido por acção 0,04 0,31 0,20 0,15

Consolidado

(Valores expressos em milhares de Euros)

Demonstração dos Resultados por Funçõespara os anos findos em 31 de Dezembro de de 2002 e 2001

Banco

As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

O DIRECTOR DO DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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(Valores expressos em milhares de Euros)

2002 2001 2002 2001

Fluxos de caixa das actividades operacionais

Juros, comissões e serviços recebidos 131.014 205.617 358.015 255.327

Juros e comissões pagos (108.511) (170.219) (240.523) (194.179)

Proveitos relativos a operações de fixação de taxas de juro 102 1.343 (1.792) (19)

Valores liquidados e recebidos relativos a operações de futuros e opções (4.461) (5.849) 7.732 (2.644)

Pagamentos a empregados e fornecedores (22.242) (21.980) (28.457) (28.884)

Pensões pagas e contribuição para o fundo de pensões (1.167) (1.419) (1.167) (1.419)

Resultados operacionais antes de alterações nos fundos operacionais (5.265) 7.493 93.808 28.182

(Aumentos)/diminuições dos activos operacionais

Crédito sobre instituições de crédito (9.023) 80.490 (35.884) 33.935

Depósitos em bancos centrais (5.111) 5.672 (5.110) 5.672

Créditos sobre clientes (70.775) (20.994) (104.554) (13.107)

Títulos de negociação 30.036 (667) 14.786 (65.318)

Outros activos operacionais 14.411 7.561 13.360 (4.498)

Aumentos/(diminuições) dos passivos operacionais

Débitos para com instituições de crédito (54.084) (42.823) (23.429) (107.119)

Débitos para com clientes 61.649 (3.464) 72.047 14.588

Outros passivos operacionais 1.744 (28.742) (16.147) (15.865)

Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais antes de impostos (31.153) (2.967) (84.931) (151.712)

Impostos sobre os lucros (recebidos)/pagos (113) (4.622) 681 (4.157)

Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais (31.266) (7.589) (84.250) (155.869)

Compra de participações e de partes do capital em empresas coligadas (2.345) (9.464) 1.738 (19.140)

Valores recebidos na venda de participações e de partes do capital em

empresas coligadas 1.249 6.298 1.264 8.738

Dividendos recebidos 3.308 8.405 1.390 1.055

Compra de títulos de investimento (26.276) (51.980) (37.499) (60.382)

Valores recebidos na venda de títulos de investimento 37.981 87.355 53.031 112.293

Compra de imobilizações (644) (3.035) (905) (4.432)

Valores recebidos na venda de imobilizações 98 2.742 464 3.083

Fluxos de caixa líquidos das actividades de investimento 13.371 40.321 19.483 41.215

Emissão de obrigações de caixa e Medium Term Notes - 3.071 88.381 182.159

Reembolso de obrigações de caixa e Medium Term Notes (2.493) (24.940) (84.959) (81.657)

Juros de obrigações (2.746) (2.468) (8.605) (10.186)

Dividendos pagos (2.167) (7.595) (2.167) (7.595)

Bónus pagos aos empregados (1.000) (2.302) (1.000) (2.302)

Fluxos de caixa líquidos das actividades de financiamento (8.406) (34.234) (8.350) 80.419

Efeitos de alteração da taxa de câmbio 30.381 (9.547) (20.488) 2.927

Aumento líquido em caixa e seus equivalentes (1.185) (3.556) 203 (3.126)

Caixa e seus equivalentes no início do período 1.842 5.398 3.977 7.103

Caixa e seus equivalentes no fim do período 657 1.842 4.180 3.977

(1.185) (3.556) 203 (3.126)

Consolidado

Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidadospara os anos findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001

Banco

As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

O DIRECTOR DO DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Demonstração dos Fluxos de Caixa

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Mapa das Alterações na Situação Líquidapara os anos findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001

(Valores expressos em milhares de Euros)

ReservaTotal da legal eSituação Prémios de outras ResultadosLíquida Capital emissão reservas transitados

Saldos a 31 de Dezembro de 2000 116.941 70.000 8.796 20.614 17.531

Constituição de Reserva legal - - - 1.754 (1.754)

Constituição de Reserva livre - - - 5.975 (5.975)

Constituição de provisão para impostos diferidos (454) - - (454) -

Dividendos (7.500) - - - (7.500)

Bónus aos empregados (2.302) - - - (2.302)

Lucro do exercício 4.334 - - - 4.334

Saldos a 31 de Dezembro de 2001 111.019 70.000 8.796 27.889 4.334

Constituição de Reserva legal - - - 433 (433)

Constituição de Reserva livre - - - 734 (734)

Dividendos (2.167) - - - (2.167)

Bónus aos empregados (1.000) - - - (1.000)

Constituição provisão Aviso n.º 4/2002 (1.144) - - (1.144) -

Lucro do exercício 603 - - - 603

Saldos a 31 de Dezembro de 2002 107.311 70.000 8.796 27.912 603

As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

O DIRECTOR DO DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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Mapa das Alterações na Situação Líquida Consolidadapara os anos findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001

(Valores expressos em milhares de Euros)

ReservaTotal da legal eSituação Prémios de outras ResultadosLíquida Capital emissão reservas transitados

Saldos a 31 de Dezembro de 2000 170.092 70.000 8.796 18.289 73.007

Constituição de Reserva legal 311 - - 2.190 (1.879)

Constituição de Reserva livre - - - 5.406 (5.406)

Constituição de Provisão para Impostos Diferidos (453) - - (453) -

Dividendos (7.500) - - - (7.500)

Bónus aos empregados (2.302) - - - (2.302)

Outros movimentos (250) - - (250) -

Lucro consolidado do exercício 2.088 - - - 2.088

Saldos a 31 de Dezembro de 2001 161.986 70.000 8.796 25.182 58.008

Constituição de Reserva legal - - - 1.006 (1.006)

Constituição de Reserva livre - - - 3.434 (3.434)

Dividendos (2.168) - - - (2.168)

Bónus aos empregados (1.000) - - - (1.000)

Constituição provisão Aviso n.º 4/2002 (810) - - (810) -

Variação cambial (3.360) - - (3.360) -

Outras reservas de consolidação (892) - - (892) -

Lucro consolidado do exercício 2.764 - - - 2.764

Saldos a 31 de Dezembro de 2002 156.520 70.000 8.796 24.560 53.164

As notas explicativas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

O DIRECTOR DO DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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Tabela de correspondência entre as notas explicativas e as notas do anexo do Banco de Portugal

Notas relatório BES Investimento

Notas anexo Banco de Portugal

1 - 2 1, 3, 6, 26, 43 3 - 4 - 5 14 6 14 7 7, 12, 28 8 6, 50 9 6 10 6 11 11 12 11 13 31 14 27 15 18 16 18 17 19, 22, 40 18 31 19 27 20 25 21 24, 49 22 37 23 29 24 - 25 23, 33 26 8, 9, 20, 21, 23 27 38 28 - 29 34, 35 30 - 31 - 32 39 33 39 34 41, 42

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(Valores expressos em Euros)

Valor Valor médio Valor Valor Natureza e espécie dos títulos Quantidade de de de

Nominal Aquisição Cotação Balanço

A. TÍTULOS - NEGOCIAÇÃO 47.244.877,21

Títulos de rendimento fixo-emitidos por residentes... 17.796.206,47 De divida pública portuguesa........................................ 0,48 - A médio e longo prazos................................................ 0,48 OTVR 96-03 49 EUR 0,01 99,500% 0,48

De outros residentes........................................................ 17.796.205,99 - A curto prazo............................................................... 14.330.063,05 SOMINCOR 36 277.778 EUR 1 1,00 277.339,26 SOMINCOR 35 1.000.001 EUR 1 1,00 999.436,32 SFMS 9ª 132 EUR 49.878,44 49.622,45 6.542.223,97 MODELO CONTINENTE 97ª 600.000.000 EUR 0,01 0,01 5.991.387,38 M.J. PESTANA 109ª 37.500.000 EUR 0,01 0,01 372.016,12 EEM 15.000.000 EUR 0,01 0,01 147.660,00

- A médio e longo prazos................................................ 3.466.142,94 ESP SANTO FINANCIAL PORTUGAL 262.800 EUR 10 10,17 100,000% 2.671.967,46 EDP 25ª 98/08 49 EUR 0,01 0,01 97,000% 0,48 OB. BES 0% ABRIL 2003 1.560 EUR 50 49,50 99,000% 77.220,00 OB. BES 0% MAIO 2003 3.200 EUR 50 49,31 96,750% 157.800,00 OB. BES 0% AGOSTO 2003 9.900 EUR 50 48,95 97,900% 484.605,00 OB. BES CABAZ MAR 03 1.500 EUR 50 49,70 99,400% 74.550,00

De rendimento fixo-emitidos por não residentes............... 23.319.046,04 De emissores públicos estrangeiros................................. 184.140,00 - A médio e longo prazos................................................ 184.140,00 BUENOS AIRES 1.116 EUR 1.000 165,00 16,500% 184.140,00

De outros não residentes................................................. 23.134.906,04 - A médio e longo prazos................................................ 23.134.906,04 ES INVESTMENT PLC 400 EUR 500 473,75 94,750% 189.500,00 ES INVESTMENT PLC 335 EUR 1.000 970,00 97,000% 324.950,00 ESIP 40 EUR 1.000 878,40 87,840% 35.136,00 BES FINANCE 14.000 EUR 1.000 989,10 98,875% 13.847.398,44 ESIP 21 EUR 1.000 927,50 92,750% 19.477,50 ES INVESTPLC MAR03 STRUCTURE 125 EUR 10.000 9.940,00 99,400% 1.242.500,00 LLOYDS 7.692 EUR 25 26,49 105,960% 203.761,08 LUSITANO 20.500.000 EUR 0,3539033 0,35 100,000% 7.272.183,02

Valores de rendimento variável........................................ 5.940.624,70 Emitidos por residentes.................................................... 5.706.130,64 - Acções.......................................................................... 5.647.571,58 PT MULTIMÉDIA 541.869 EUR 5 10,02 10,02 5.429.527,38 SEMAPA 66.074 EUR 1 3,30 3,30 218.044,20

- Unidades de participação............................................. 58.559,06 ESPIRITO SANTO TOP RANKING 12.963 EUR 4,52 4,52 58.559,06

Emitidos por não residentes............................................. 234.494,06 - Acções.......................................................................... 31.981,61 NET SERVIÇOS 28.000 BRL 0,11 0,11 3.167,76 BRADESCO 86 EUR 2,92 2,92 251,12 NET SERVIÇOS 2.334 EUR 0,86 0,86 2.007,24 BRADESPAR ORD 1.035 EUR 1,36 1,36 1.407,60 BRADESPAR PREF 1.000 EUR 1,52 1,52 1.520,00 PETROBRAS PREF 375 EUR 12,66 12,66 4.747,50 PETROBRAS ORD 1.254 EUR 14,11 14,11 17.693,94 ELECTROBRAS 146 EUR 3,20 3,20 467,20 MINAS GERAIS 75 EUR 6,97 6,97 522,75 COPEL 75 EUR 2,62 2,62 196,50

em 31 de Dezembro de 2002 (Individual)Inventário de títulos e participações financeiras

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- Unidades de participação............................................. 202.512,45 ESPIRITO SANTO EUROPEAN EQUITY 951 EUR 66,50 66,50 63.241,50 ESPIRITO SANTO HIGH YIELD 137 EUR 592,03 592,03 81.108,11 BM CARTEIRA GLOBAL 3.892 EUR 4,90 4,90 19.084,40 BM CUENTA FONDO AHORRO 1.316 EUR 14,86 14,86 19.550,70 BM DINERDIVISA FIM 2.012 EUR 9,71 9,71 19.527,74

Títulos próprios................................................................ 189.000,00 De rendimento fixo........................................................... 189.000,00 - A médio e longo prazos................................................ 189.000,00 BESI CX 01/04 BEST 39 EUR 1,000 1.000,00 92,400% 39.000,00 BANCO ESSI SUB. 96/06 3.000 EUR 50 50,00 99,500% 150.000,00

B. TÍTULOS - INVESTIMENTO ...................................... 115.687.928,47

De rendimento fixo-emissores públicos.............................. 2.131.053,41 De divida pública portuguesa........................................ 2.131.053,41 - A médio e longo prazos................................................ 2.131.053,41

OTS 4.8125 98/03 49 EUR 0.01 100,00 101,200% 0,49 OTS 5.375 98/08 43 EUR 0.01 100,00 102,460% 0,43 OTS 8.875 94/04 13.717.042 EUR 0.01 103,64 106,465% 142.165,39 OTS 6.625 97/07 17 EUR 0.01 111,76 107,800% 0,19 OTS 5.45 98/13 97 EUR 0.01 96,91 100,500% 0,94 OTS 10.625 93/03 91 EUR 0.01 121,98 108,750% 1,11 OTS 11.875 95/05 37 EUR 0.01 135,14 119,200% 0,50 OTS 4,875% AGOSTO 2007 200.000.000 EUR 0.01 99,44 105,630% 1.988.884,36

De rendimento fixo de outros emissores............................ 86.459.071,46 Emitidos por residentes.................................................... 15.327.839,99 - A médio e longo prazos................................................ 15.327.839,99 BANCO ALVES RIBEIRO 600 EUR 5,000 4.950,00 99,000% 2.970.000,00 ADP 257.712.259 EUR 0.01 0,01 98,507% 1.903.984,61 SODIM 277.000 PTE 1,000 4,99 100,000% 1.381.670,17 SOMAGUE 640.000 PTE 1,000 4,99 100,000% 3.192.306,54 INPARSA 98 S/WARRANTS 114.141.419 EUR 0.01 0,01 90,000% 995.313,18 MONTEPIO GERAL TV 20-7-05 4.900 EUR 1,000 996,85 99,685% 4.884.565,00 MONTEPIO GERAL 49 EUR 0.01 0,01 97,450% 0,49

Emitidos por não residentes.............................................. 71.131.231,47 - Por outros não residentes............................................... 71.131.231,47 - A médio e longo prazos................................................. 71.131.231,47 INTL CREDIT RECOVERY 5 EUR 101,874.28 101.874,28 100,000% 509.371,38 CAPTIVA FINANCE 10.000 USD 973.19 488,66 52,658% 4.886.597,92 CAPTIVA FINANCE III 150 USD 98,467.5 75.175,39 80,063% 11.276.308,06 VAN KANPEN 5 USD 869,824.36 349.309,92 42,114% 1.746.549,59 SOC. GEN. AUSTRÁLIA 940 EUR 4,987.98 4.973,02 99,700% 4.674.635,10 BTNY BANKERS TRUST 200.000 PTE 1,000 4,97 99,950% 994.280,05 TELEFONICA EUROPE COLLAR 62 PTE 1,000,000 4.967,79 99,595% 308.002,83 INVESTEL FIN LTD 2.070.526.195 EUR 0.01 0,01 94,519% 19.570.406,54 LUSITANO GLOBAL 2.100.000 EUR 1 1,00 100,000% 2.100.000,00 LUSITANO 500.000 EUR 1 0,99 99,480% 497.400,00 DEUTSCHE BANK 4.000 EUR 1,000 1.000,00 100,000% 4.000.000,00 LUSITANO 2.600.000 EUR 1 0,99 99,480% 2.586.480,00 CAIXA FINANCE APR 2007 13.000 EUR 1,000 998,65 99,865% 12.982.450,00 DEUTSCHE FIN BV 5.000 EUR 1,000 999,75 99,975% 4.998.750,00

Valores de rendimento variável......................................... 24.603.814,11 Emitidos por residentes.................................................... 24.012.570,65 - Acções.......................................................................... 3.699.505,14 CARLOS E. RODRIGUES 29.000 PTE 1,000 8,73 0,00 BES DIR INC RES 2 EUR 5 5,00 10,00 MACEDO E COELHO 2 EUR 5 0,60 0,20 0,40 PORTLINE 1.177.126 PTE 1,000 2,67 2,51 2.953.354,31 PORTLINE 96 277.619 PTE 1,000 4,99 2,51 696.260,64 UNITENIS 10 PTE 30,000 4.987,98 49.879,79

- Unidades de participação.............................................. 20.313.065,51 PRESTIGESTE 8.930 PTE 1,000 73,72 658.338,40 FUNGERE 3.940.419 PTE 1,000 4,99 19.654.727,11

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Emitidos por não residentes............................................. 591.243,46 - Acções.......................................................................... 591.243,46 FINET HOLDINGS AP 312.530 USD 0.6 0,34 0,34 106.260,20 FINET HOLDINGS AP 275.000 USD 0.6 0,34 0,34 93.500,00 CABO VERDE TELECOM 4.990 CVE 1,000 40,81 203.645,76 CABO VERDE TELECOM 2.500 CVE 1,000 40,81 102.025,00 FINET WARRANTS 120.000 USD 1 0,00 0,00 FINET SERIE B 6.250 13,73 13,73 85.812,50 FINET WARRANTS 83.333 0,00 0,00

Títulos próprios................................................................. 2.493.989,49 De rendimento fixo............................................................ 2.493.989,49 - A médio e longo prazos................................................. OBRIGACOES CAIXA SUB BESI 08 249.398.949 EUR 0.01 0,01 2.493.989,49

D. IMOBILIZACÕES FINANCEIRAS............................... 127.310.574,67 Participações................................................................... 11.849.425,84

- Em outras empresas no Pais......................................... 3.290.771,82 BEST 100 EUR 1 1,00 100,00 ECOTREDI, SA 22.400 PTE 1,000 4,99 76.810,60 ESPART- Esp. Santo Part.Finan. - SGPS 10.000 EUR 5 3,31 33.061,82 GESFINC, SA 20.000 PTE 1,000 4,99 52.200,00 GESTRES - Gestão Estratégica Esp. Santo, SA 3.750 EUR 5 4,74 0,00 IMPRENOVA 400 PTE 500 2,49 0,00 SOC. TURISTICA PALHEIRO GOLFE, S.A. 15.000 EUR 5 4,99 0,00 SIGAL, SA 22.170 PTE 1,000 4,99 25.678,86 ESAF - Espirito Santo Activos Financeiros, SA 352.500 EUR 5 5,13 1.808.242,14 KUTHAYA 2 EUR 2,500 2.500,00 0,00 ACTIVALOR LDA 19.000 EUR 4,99 0,00 E.E.T. - ENERG. ELECT. TÉRMICA 44.687 EUR 5 4,99 208.917,91 MOFELT, S.A. 79.000 PTE 1,000 4,99 0,00 CENTIMO - Soc. de Serviços, LDA 7.450 EUR 12,469.95 4,99 36.116,80 MULTIGER 22.500 EUR 50 50,00 1.048.643,69 BCO ESPIRITO SANTO DOS AÇORES 200 EUR 5 5,00 1.000,00 WEBLAB 550.000 EUR 0.5 0,50 0,00

- Em outras empresas no estrangeiro.............................. 8.558.654,02 APOLO FILMS, S.L. 950 EUR 6.01 482,36 436.541,83 BRB INTERNACIONAL, S.A. 47.500 EUR 6.01 156,58 6.868.676,21 PRO SPORT 1.900 EUR 6.02 99,50 180.122,35 SAPEC ORD 13.883 EUR 43,38 524.985,65 SAPEC PREF 296 EUR 32,55 9.636,21 CLARITY INCENTIVE SYSTEMS, INC 390.625 USD 0.001 1,62 538.691,77

Partes de capital em empresas coligadas........................... 7.661.378,99 - Em outras empresas no Pais......................................... 5.348.852,97 SOTEVOR 10.000 EUR 5 5,00 50.000,00 COMINVEST ,SA 375.000 EUR 5 5,00 1.504.863,48 ESSI COMUNICAÇOES SGPS 10.000 EUR 5 5,00 50.000,00 ESSI INVESTIMENTOS SGPS 210.000 EUR 5 5,00 1.000.000,00 ESSI SGPS 498.798 EUR 5 5,00 2.493.989,49 COPORGEST 50.000 EUR 5 5,00 250.000,00

- Em outras empresas no estrangeiro.............................. 2.312.526,02

ESPIRITO SANTO SECURITIES 1.560.000 USD 1 1,13 1.487.556,02 ESPIRITO SANTO INVESTMENT PLC 164.994 EUR 5 5,00 824.970,00

Outras imobilizações financeiras...................................... 107.799.769,84 GESTRES 255.662,32 ESSI COMUNICAÇÕES 3.436.717,51 KUTHAYA 155.229,89 EET 115.906,86 WEB-LAB 65.114,82 ESSI INVESTIMENTOS 3.252.402,60 PORTLINE 518.735,50 ESPIRITO SANTO INVESTMENT PLC 100.000.000,34

TOTAL..................................................... 290.243.380,35

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Notas às Demonstrações Financeiras

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1

Banco Espírito Santo de Investimento

Notas às Demonstrações Financeiras

31 de Dezembro de 2002 e 2001

1 Introdução

a) Actividade

A Instituição foi constituída como Sociedade de Investimentos em Fevereiro de 1983 como um investimento estrangeiro em Portugal sob a denominação de FINC - Sociedade Portuguesa Promotora de Investimentos, S.A.R.L. No exercício de 1986 a Sociedade foi integrada no Grupo Espírito Santo com a designação de Espírito Santo - Sociedade de Investimentos, S.A.

Com o objectivo de alargar o âmbito da actividade, a Instituição obteve autorização dos

organismos oficiais competentes para a sua transformação em Banco de Investimentos, através da Portaria n.º 366/92 de 23 de Novembro, publicada no Diário da República - II Série – n.º 279, de 3 de Dezembro. O início das actividades de Banco de Investimentos, sob a denominação de Banco ESSI, S.A., ocorreu no dia 1 de Abril de 1993.

A transformação em Banco de Investimentos abriu a possibilidade de intervenção em novas

áreas de negócio e de exploração de novas fontes de captação de recursos. Assim, a actividade desenvolvida abrange a generalidade das operações bancárias, com particular incidência na área de investment banking, consistindo principalmente na obtenção de recursos de terceiros, na concessão de créditos e de garantias a médio e longo prazos, na aquisição de acções e de obrigações de qualquer tipo de empresas, incluindo a tomada firme de emissões para posterior transacção, na participação no capital de outras empresas e no fornecimento de outros serviços financeiros.

Em 1 de Julho de 1998, alterou a sua designação social para Banco Espírito Santo de

Investimento, S.A. (BES Investimento ou Banco). No exercício de 2000, o BES adquiriu a totalidade do capital social do BES Investimento

por forma a reflectir nas suas contas consolidadas todas as sinergias existentes entre as duas instituições (ver Nota 23).

Na sequência do parágrafo anterior, e existindo um único accionista (BES), as acções do

Banco bem como as obrigações ordinárias e de caixa emitidas até 1998 deixaram de estar cotadas na Bolsa de Valores de Lisboa.

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Banco Espírito Santo de Investimento Notas às Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2002 e 2001

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No exercício de 2001, procedeu-se à redefinição da identidade corporativa do Banco, tendo

sido criadas as marcas Espírito Santo Investment, Espírito Santo Securities e Espírito Santo BYM. Registaram-se as marcas em Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Irlanda, Brasil e Estados Unidos da América.

Presentemente o BES Investimento opera através da sua sede em Lisboa e de um escritório

de representação em Londres. A Sucursal Financeira Exterior na Região Autónoma da Madeira foi extinta, por deliberação do Conselho de Administração, em 11 de Novembro de 1994.

As demonstrações financeiras individuais do Banco, das suas subsidiárias e associadas,

foram preparadas por estas entidades com base nos respectivos registos contabilísticos, que são processados, excepto no que diz respeito às empresas com sede no estrangeiro, em conformidade com os princípios contabilísticos estabelecidos no Plano de Contas para o Sector Bancário, e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe foi atribuída pelo decreto-lei n.º 91/90, de 17 de Março.

b) Estrutura do Grupo O Banco detém participações em empresas subsidiárias e associadas.

São consideradas empresas subsidiárias as que correspondem a investimentos de carácter

duradouro cuja participação, directa ou indirecta no capital, seja superior a 50% ou, embora inferior a essa percentagem de participação, o Banco, directa ou indirectamente, exerce controlo. As empresas associadas são investimentos de carácter duradouro, cuja participação do Banco no seu capital se situa entre 20% e 50% e em relação às quais não existe uma relação de domínio, mas de influência significativa na gestão.

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Banco Espírito Santo de Investimento Notas às Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2002 e 2001

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A estrutura do grupo de empresas nas quais o Banco detém uma participação directa,

superior ou igual a 20% é a seguinte:

Em 2001 a ES Investimentos reforçou a sua participação no BESI Brasil de 50% para 80%, passando esta sociedade a ser consolidada pelo método integral.

A actividade e os principais accionistas das subsidiárias e associadas do BES Investimento

cuja participação é detida pela existência de relações de complementaridade com a sua actividade são descritas de seguida.

A Espírito Santo Investment plc. (ES Investment plc.) foi incorporada em Setembro de

1996 com a designação de ESSI Ireland e tem como objecto social a compra e venda de títulos fora do território irlandês. É detida a 100% pelo BES Investimento. Em Novembro de 1997 a Sociedade alterou a sua designação social para Espírito Santo Investment plc, e aumentou o seu capital social em IEP 30.000 correspondentes a 30.000 acções com o valor unitário de IEP 1. Em 14 de Fevereiro de 2001 a empresa alterou a denominação do seu capital social para euros, redenominou as acções representativas do mesmo e aumentou o capital social em Euros 13.750 correspondentes a 2.750 acções com o valor unitário de Euros 5. A sede social da empresa situa-se em 2 Harbourmaster Place Custom House Dock, Dublin.

ESSI InvestimentosS.G.P.S.

Espírito Santo Investment plc ES Securities

Inc.Kuthaya

(a)

CominvestCominvestMofelt(a) Mofelt(a)

ESSI S.G.P.S.

ES Investimentos S.A.

ESSI ComunicaçõesS.G.P.S.

BES Investimento (Brasil)

BES Securities (Brasil)

Benito y Monjardín 5,45 %

ES Dealer

Sotevor(a)

Sigal(a)

Sigal(a)

EET, S.A.(a)

EET, S.A.(a)

BES Investimento, SA

Gesfinc Gesfinc Jampur (a) Jampur (a)

Subsidiárias

Associadas

Empresa - Mãe

Coporgest(a)

Coporgest(a)

43% 100%

80%

100%

94,55%

100%

100% 100% 100% 100% 100%

25% 40,5% 25% 22,2% 35,8% 25% 25%

(a) – Empresas não consolidadas por terem um efeito imaterial no cont exto das demonstrações financeiras consolidadas do Banco

50%

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A Espírito Santo Securities, Inc. empresa detida a 100% pelo BES Investimento é sedeada

nos Estados Unidos da América. Recebeu em meados de Janeiro de 1998, autorização por parte da NASD para desenvolver o negócio da compra e venda de títulos naquele país. No ano de 2000 aumentou o seu capital social em USD 700.000 correspondentes a 700.000 acções com o valor unitário de USD 1, e em 2001 aumentou novamente o capital social em USD 160.000 correspondente a 160.000 acções com valor unitário de USD 1. A sede social desta firma situa-se na Park Avenue, 320, 29º andar, Nova Iorque, Estados Unidos da América. Esta sociedade encontra-se inactiva.

A ESSI - Comunicações, S.G.P.S., S.A. foi constituída em Fevereiro de 1998 e tem como

objecto social a gestão de participações sociais noutras sociedades, como forma indirecta de exercício da actividade económica. Em 18 de Dezembro de 2001 a empresa alterou a denominação do seu capital social para euros, redenominou as acções representativas do mesmo e aumentou o capital social em Euros 25.000 correspondentes a 5.000 acções com o valor unitário de Euros 5. O seu capital social é detido a 100% pelo BES Investimento e a sua sede social é na Rua Alexandre Herculano, 38, Lisboa.

A ESSI Investimentos, S.G.P.S., S.A. foi constituída em Fevereiro de 1998 e tem como

objecto social a gestão de participações sociais noutras sociedades, como forma indirecta de exercício da actividade económica. Em 18 de Dezembro de 2001 a empresa alterou a denominação do seu capital social para euros, redenominou as acções representativas do mesmo e aumentou o capital social em Euros 25.000 correspondentes a 5.000 acções com o valor unitário de Euros 5. Em 31 de Dezembro de 2002, a sociedade aumentou o seu capital em Euros 1.000.000 correspondentes a 200.000 acções com o valor nominal de Euros 5. O seu capital social é detido a 100% pelo BES Investimento e a sua sede social é na Rua Alexandre Herculano, 38, Lisboa.

A ESSI - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. foi constituída em Março de

1997, e tem como objecto social a gestão de participações sociais noutras sociedades como forma indirecta de exercício da actividade económica. O capital social é representado por 9.152.660 acções com o valor unitário de Euros 5, detido a 94,55% pela ESSI Comunicações, S.G.P.S, S.A. e 5,45% pelo BES Investimento. A sua sede social é na Rua Alexandre Herculano, 38, Lisboa.

A Espírito Santo Dealer – Sociedade Financeira de Corretagem, S.A. foi constituída em

1989. O capital social é representado por 700.000 acções com o valor unitário de Euros 5. Em 1 de Agosto de 2002 foi aprovado em Assembleia Geral um aumento de capital em Euros 1.000.000 através de incorporação de reserva legal, por forma a cumprir com o disposto na Portaria n.º 102/2002. A sociedade é detida em 43% pela ESSI, Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A., sendo igualmente accionista o Banco Espírito Santo, S.A. (57%). A sua sede social é na Rua Alexandre Herculano, 38, Lisboa.

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A Espírito Santo Investimentos, S.A. (ES Investimentos) foi constituída em 24 de Julho de

1996, inicialmente detida em 26,7% pelo BES Investimento e 73,3% pela ESAF, Espírito Santo Activos Financeiros – S.G.P.S., S.A., (ESAF) sendo esta última igualmente participada do BES Investimento em 15%. Tendo em vista o desenvolvimento das actividades no Brasil, no final do exercício de 1999 o Banco alienou a sua participação à ESSI Comunicações S.G.P.S., S.A. que por sua vez adquiriu os 73,3% detidos pela ESAF, ficando assim a única detentora do capital. Em Julho de 2000, a ESSI Comunicações S.G.P.S., S.A. vende a sua participação à ESSI, Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A., a qual passa a deter os 100% do capital da ES Investimentos, cujo capital social ascende a BRL 7.122.150. O seu objecto social é o da prestação de serviços especializados de assessoria e consultoria económica, financeira, administrativa e empresarial, a intermediação de negócios e representação comercial e a participação em outras sociedades, civis ou comerciais, como accionista, quotista ou sócio, e ainda, a participação em joint ventures em sociedades em conta de participações. Entre Setembro e Outubro de 2000, esta sociedade adquiriu 50% do BES Investimento do Brasil, S.A. – Banco de Investimento (BESI Brasil) e 50% da BES Securities do Brasil, S.A. – CCVM (BES Securities Brasil), aumentando as suas participações em Novembro de 2001 em 30% cada. Em 31 de Dezembro de 2001 entregou a sua participação na BES Securities Brasil para o aumento de capital do BESI Brasil. A sede social da ES Investimentos é na Rua Frei Caneca, n.º 1380, 7º andar, Suite 72, São Paulo.

A Benito y Monjardín, S.V., S.A., foi constituída em 28 de Dezembro de 2001 em resultado

da fusão da Hiscapital, AV, S.A. (Hiscapital), sociedade que à data da fusão era detida pelo Banco em 50%, indirectamente, através da ESSI SGPS, com as suas subsidiárias Nueva Monjalo, S.L. (Nueva Monjalo) e Benito y Monjardín, S.V. detidas a 100%. Esta fusão foi autorizada pela Comisión Nacional del Mercado de Valores (entidade reguladora). O objecto social desta sociedade é a transmissão de ordens de subscrição e negociação de quaisquer valores, a gestão e transmissão de participações em fundos de investimento, a mediação e colocação de emissões de valores, a negociação com o público por conta de terceiros de valores nacionais (Espanha) ou estrangeiros, a gestão de carteiras de valores de terceiros e a actuação de acordo com a norma em vigor, como Entidade Gestora do Mercado de Dívida Pública Escritural. Para além do Banco, que detém uma participação indirecta de 50%, adquirida em 2000, é também accionista o Banco Espírito Santo, S.A. (Espanha) com 50%. O capital social da Benito y Monjardín, S.V., S.A. ascende a Euros 27.947.248 representado por 46.424 acções de Euros 602 cada. A sua sede social é na Calle Serrano, 88 – 4ª Planta, em Madrid, Espanha.

A Gesfinc - Espírito Santo Estudos Financeiros e de Mercados de Capitais, S.A.,

constituída em 24 de Agosto de 1992, tem como objecto social a prestação de serviços na área de recolha e centralização de informações de carácter financeiro e comercial, a elaboração de estudos de natureza económico-financeira sobre empresas e a sua divulgação e venda através de publicações periódicas. Para além do Banco que detém actualmente uma participação de 25%, são accionistas da Gesfinc o Banco Espírito Santo com 35%, a Espírito Santo Activos Financeiros, SGPS, S.A. com 15%, a Companhia de Seguros Tranquilidade, S.A. com 10%, a ES Dealer, S.A. (ex-ESER - Sociedade Financeira de Corretagem, S.A.) com 10% e o Banco Internacional de Crédito, S.A. com 5%. A Sociedade tem a sua sede social na Rua Alexandre Herculano, 38, Lisboa. Esta sociedade encontra-se inactiva.

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Banco Espírito Santo de Investimento Notas às Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2002 e 2001

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A actividade e os principais accionistas das outras subsidiárias e associadas do BES

Investimento, entre as quais se encontram participações detidas em resultado da dação em cumprimento de créditos detidos sobre terceiros, são como segue:

A Sotevor – Sociedade Hoteleira do Alvor, S.A. foi constituída em 11 de Dezembro de

1996 e tem por objecto a indústria hoteleira e turística. Esta sociedade é detida na totalidade pelo BES Investimento. A sede social desta Sociedade é na Rua Alexandre Herculano, 38, Lisboa. Esta sociedade encontra-se inactiva.

A Kuthaya – Gestão e Trading Internacional, Lda. foi constituída em 23 de Abril de 1998, e

tem como objecto social, entre outros, o apoio técnico de consultoria à criação, desenvolvimento, expansão e modernização de empresas industriais, comerciais e de serviços no âmbito internacional e a gestão da sua carteira de títulos. Desde 29 de Setembro de 1999 que o BES Investimento é o detentor de 100% do capital, o qual é representado por duas quotas de Euros 2.500 cada. A sociedade tem a sua sede na Rua Dr. Brito Câmara, 7, no Funchal, Madeira.

A Mofelt - Sociedade Portuguesa de Feltros Betuminosos, S.A. foi constituída em 15 de

Dezembro de 1987, tendo o Banco tomado a sua primeira participação em 1991. Esta empresa tem por objecto social o fabrico e comercialização de feltros betuminosos e emulsão de asfalto e materiais similares de revestimento e cobertura. Para além do Banco que detém actualmente uma participação de 40,5%, é também accionista da Empresa a SOTECNISOL - Sociedade Técnica de Isolamentos, S.A. com 37,3%, entre outras. Esta Sociedade encontra-se inactiva desde 1997. A sede social desta empresa é na Rua Cintura do Porto, Cabo Ruivo, Lisboa.

A Cominvest - Sociedade de Gestão e Investimento Imobiliário, S.A. foi constituída em 25

de Julho de 1988 e tem como objecto social o arrendamento de imóveis construídos ou adquiridos para esse fim e, acessoriamente, a compra e venda de imóveis nos termos da legislação aplicável às SGII. A participação inicial do Banco nesta Empresa (86,7%), foi tomada em 1993 por dação em cumprimento de créditos detidos sobre terceiros. No final do exercício de 1993 a Cominvest aumentou o seu capital em Esc. 750.000.000 integralmente subscrito e realizado pelo BES Investimento que passou então a deter 93,3% do capital da Empresa. Em Janeiro de 1994 o BES Investimento vendeu à Companhia de Seguros Tranquilidade, S.A. (Grupo Espírito Santo), 700.000 acções representativas de 46,7% do capital, ao valor nominal, e em Fevereiro do mesmo ano adquiriu 100.000 acções passando a deter uma participação no capital daquela Sociedade de 53,3%. Em Dezembro de 2000 o BES Investimento vendeu ao FUNGERE – Fundo de Gestão de Património Imobiliário, 425.000 acções representativas de 28,3% do capital da Sociedade. No ano de 2001 a sociedade redenominou o seu capital social passando a estar representado por 1.500.000 acções com valor unitário de Euros 4,99. Para além do Banco que detém actualmente uma participação de 25%, é também accionista da Cominvest a Companhia de Seguros Tranquilidade, S.A. com 24% e o FUNGERE – Fundo de Gestão de Património Imobiliário com 51%. A sede social desta empresa situa-se na Rua Alexandre Herculano, 38, Lisboa.

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A Sigal - Ecologia e Tratamento de Resíduos, S.A. foi constituída em 16 de Julho de 1991 e

tem como actividade principal a concepção, construção e exploração de aterros sanitários para resíduos não nucleares. A sua constituição resultou de um concurso internacional lançado pelo Governo Português com a finalidade de travar e eliminar a evolução do lançamento de resíduos industriais no meio natural. O principal accionista é a France Dechets com uma participação de 55%, seguindo-se a OPCA - Obras Públicas e Cimento Armado, S.A. com 22,5% e depois o BES Investimento com 22,2%. A sede social desta empresa é na Av. Marechal Gomes da Costa, Lote 8, Marvila, Lisboa. Esta sociedade encontra-se inactiva.

A EET Energia Eléctrica e Térmica, S.A. empresa constituída em 1995, e tem como objecto

principal a produção de energia eléctrica e outras formas de energia. O maior accionista é a ETN - Empresa Têxtil Nortenha com 45%, detendo o BES Investimento uma participação de 35,8%. A empresa tem a sua sede social no Lugar de Casas Novas, Avidos, Vila Nova de Famalicão.

A Jampur Trading Internacional, Lda. foi constituída em 5 Novembro de 1999, e tem como

objecto social entre outros a prestação de serviços de natureza contabilística e económica, apoio técnico de consultoria, actividade de importação e exportação bem como a actividade de escritórios de comissões, consignações e agências comerciais; actividade de promoção, marketing e prospecção de mercados para os géneros, artigos e serviços; promoção, organização e exploração comercial de espectáculos de qualquer natureza: gestão da sua carteira de títulos; compra de imóveis para revenda, aquisição, venda e qualquer outra forma de exploração de marcas registadas, patentes e direitos de autor. O Banco detém uma participação de 25% no capital da Jampur, o qual ascende a Euros 5.000 e é representado por duas quotas. A sua sede social é na Rua Dr. Brito Câmara, n.º 7, Sé, Funchal.

A Coporgest – Companhia Portuguesa de Gestão e Desenvolvimento Imobiliário, S.A. foi

constituída em 19 de Dezembro de 2002, e tem como objecto social, entre outros, a realização de estudos e projectos, a compra e venda de imóveis ou de direitos sobre os mesmos, o arrendamento e a gestão de bens imobiliários. O capital social é de Euros 1.000.000, representado por 200.000 acções com o valor unitário de Euros 5. A sociedade é detida em 25% pelo BES Investimento, sendo igualmente accionista a Coporfin – Companhia Portuguesa de Engenharia Financeira, S.A. (75%). A sua sede social é na Avenida Miguel Torga, 29, Lisboa.

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2 Políticas contabilísticas

a) Bases de apresentação

As contas do Banco são objecto de consolidação pelo método integral no Banco Espírito Santo, S.A. com sede na Avenida da Liberdade, 195, em Lisboa, e, posteriormente, na Bespar – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. e na Espírito Santo Financial (Portugal), S.G.P.S., S.A., ambas com sede na Rua de São Bernardo, 62, em Lisboa. Esta última, por sua vez, é integrada na consolidação da Espírito Santo Financial Group, S.A. (ESFG), com sede no Luxemburgo.

As demonstrações financeiras individuais e consolidadas do Banco agora apresentadas, reportam-se a 31 de Dezembro de 2002 e 2001 e foram preparadas em conformidade com os princípios contabilísticos estabelecidos no Plano de Contas para o Sector Bancário, e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe foi atribuída pelo decreto-lei n.º 91/90, de 17 de Março.

b) Princípios de consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas reflectem os activos, passivos e resultados do

BES Investimento e das suas subsidiárias, bem como os resultados atribuíveis às participações financeiras em empresas associadas, conforme nota 2, relativamente aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001. Estas demonstrações financeiras foram preparadas em conformidade com as disposições do decreto-lei n.º 36/92 de 28 de Março.

As demonstrações financeiras das subsidiárias e associadas com sede no estrangeiro foram

preparadas com base nos respectivos registos contabilísticos estatutários, processados em conformidade com o normativo local vigente. Neste contexto, procedeu-se à uniformização dos critérios contabilísticos de base observada pela entidade consolidante, sempre que tal foi julgado necessário, aplicável ou materialmente relevante.

A consolidação das empresas subsidiárias foi efectuada segundo o método de integração global nas situações em que se verifique uma relação de domínio por parte do Banco (ver Nota 2). Os saldos e as transacções de maior significado apurados entre as empresas objecto de consolidação, incluindo os correspondentes custos e proveitos, foram eliminados no processo de consolidação. O valor correspondente à participação de terceiros nas empresas subsidiárias, caso aplicável, é apresentado na rubrica Interesses minoritários (ver Nota 24).

Nas contas consolidadas, as participações do Banco em empresas subsidiárias excluídas da

consolidação integral no âmbito do Decreto-lei n.º 36/92, tendo em atenção a diferente natureza da sua actividade face à actividade do Banco, e em empresas associadas encontram-se valorizadas segundo o método de equivalência patrimonial, correspondendo o seu valor a uma percentagem do capital, reservas e resultados, equivalente à participação do BES Investimento nessas empresas.

As demonstrações financeiras das empresas subsidiárias e associadas denominadas em

moeda estrangeira foram convertidas para Euros, com base nos câmbios à vista em vigor em 31 de Dezembro de 2002 e 2001. As diferenças cambiais resultantes da conversão para euros, da situação patrimonial do início do ano à taxa oficial da data do balanço, são registadas em reservas.

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Os investimentos em empresas subsidiárias e associadas consolidadas pelo método integral

ou pelo método da equivalência patrimonial, denominados em moeda estrangeira são convertidos ao câmbio de final de exercício. A diferença entre este último câmbio e o da data da aquisição foi, até 31 de Dezembro de 2001, apresentada no balanço consolidado na rubrica de Contas de regularização – Flutuação de valores. Em 31 de Dezembro de 2002, aquela diferença cambial passou a estar reflectida em reservas.

As diferenças positivas e negativas, calculadas à data da aquisição ou da primeira

consolidação, entre o custo de aquisição e o valor patrimonial equivalente das empresas subsidiárias e associadas (diferenças de consolidação e de reavaliação – goodwill e goodwill negativo) são contabilizadas por contrapartida das rubricas de Reservas e de Resultados transitados.

O valor acumulado líquido das diferenças de consolidação e de reavaliação anulado por

contrapartida de Reservas e de Resultados transitados ascendia, em 31 de Dezembro de 2002 a Euros 3.848.000 (2001: Euros 3.527.000) (ver Nota 23).

As participações em empresas não incluídas no perímetro de consolidação do Grupo BES

Investimento, por não serem consideradas subsidiárias nem associadas, registam-se nas contas consolidadas de acordo com o critério definido na Nota 2 h).

c) Especialização dos exercícios

O Banco e as suas subsidiárias seguem o princípio contabilístico de especialização de

exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras, nomeadamente no que se refere aos juros das operações activas e passivas que são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou cobrança. Porém, nos casos em que as operações se encontrem vencidas há mais de 30 dias (90 dias no caso de terem garantias reais) ou, embora não vencidas, existam dúvidas razoáveis relativamente à sua cobrabilidade, o Banco e as suas subsidiárias suspendem a contagem dos juros correspondentes, os quais apenas são reconhecidos em proveitos se e quando recebidos.

Relativamente aos proveitos resultantes dos serviços prestados pela Direcção de Serviços

Financeiros, o seu reconhecimento em resultados está dependente do sucesso da operação subjacente. Assim, apenas são imputados a resultados quando esse facto ocorra. Os custos na sua maioria com o pessoal, são reflectidos em resultados à medida que são incorridos.

d) Operações em moeda estrangeira

As operações em moeda estrangeira são registadas de acordo com os princípios do sistema

multi-currency, sendo cada operação registada exclusivamente em função das respectivas moedas. Este método prevê que todos os saldos expressos em moeda estrangeira (i.e. moedas fora da zona Euro), excepto notas e moedas, sejam convertidos para euros com base no câmbio indicativo do dia para operações à vista, divulgado pelo Banco de Portugal (ver Nota 22).

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são

imediatamente registadas na posição cambial.

Sempre que estas operações conduzam a variações dos saldos líquidos das diferentes moedas, há lugar à movimentação das contas de posição cambial, à vista ou a prazo, cujo conteúdo e critério de reavaliação são como segue:

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Posição cambial à vista

A posição cambial à vista em cada moeda é dada pelo saldo líquido dos activos e passivos

dessa moeda, excluindo a posição cambial à vista coberta por operações a prazo de permuta de divisas e adicionando os montantes das operações à vista a aguardar liquidação e das operações a prazo que se vençam nos dois dias úteis subsequentes. A posição cambial à vista é reavaliada diariamente com base nos câmbios indicativos do dia divulgados pelo Banco de Portugal, dando origem à movimentação da conta de posição cambial (moeda Euro), por contrapartida de custos ou proveitos.

Posição cambial a prazo

A posição cambial a prazo em cada moeda é dada pelo saldo líquido das operações a prazo

a aguardar liquidação e que não estejam a cobrir a posição cambial à vista, com exclusão das que se vençam dentro dos dois dias úteis subsequentes. Todos os contratos relativos a esta posição (Currency swaps e Currency forwards) são reavaliados às taxas de câmbio a prazo do mercado ou, na ausência destas, através do seu cálculo com base nas taxas de juro aplicáveis ao prazo residual de cada operação. As diferenças entre os contravalores em euros às taxas contratadas, que representam o proveito ou o custo de reavaliação da posição a prazo, são registadas numa conta de reavaliação da posição cambial por contrapartida de custos ou proveitos.

e) Instrumentos financeiros derivados

O Banco classifica os instrumentos financeiros derivados em função da sua intenção de

negociação ou para outros fins que não de negociação (cobertura). Os instrumentos derivados utilizados para efeitos de cobertura do risco inerente a operações de negociação são classificados como de negociação.

Instrumentos financeiros derivados utilizados para a cobertura de risco

Estes derivados são utilizados, entre outros, para mitigar riscos de taxa de juro e riscos de

taxa de câmbio, inerentes a posições de investimento. Os instrumentos utilizados para efeitos de cobertura são swaps de taxa de juro e de câmbio e opções.

Os instrumentos financeiros derivados são classificados como de cobertura, desde que

cumpram, cumulativamente, as condições seguintes: �������� a posição a ser coberta esteja identificada e exponha o Banco ao risco de prejuízos

resultantes de potenciais alterações de taxas de juro a que determinados activos, passivos, elementos extrapatrimoniais ou fluxos financeiros possam estar sujeitos;

�������� estejam especificamente qualificados de cobertura na documentação interna do Banco;

�������� que as alterações de valor do instrumento financeiro derivado estejam correlacionadas com

alterações de sinal oposto no valor da posição coberta, de tal forma que o mesmo se torne eficaz como elemento de cobertura, eliminando ou reduzindo substancialmente o risco de perda na posição coberta.

Os resultados obtidos nos contratos de cobertura são relevados de acordo com o mesmo

princípio que for seguido para os resultados de sinal oposto dos elementos cobertos, sendo diferidos até ao momento em que estes últimos sejam relevados.

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Se um instrumento financeiro derivado, classificado como de cobertura, for vendido ou

abandonado antes do seu vencimento, o ganho ou a perda realizada é reconhecido por contrapartida de proveitos ou custos. Se o elemento coberto for vendido ou abandonado, ou a cobertura deixar de ser efectiva, o correspondente instrumento derivado é imediatamente reclassificado para a carteira de negociação.

Instrumentos financeiros derivados utilizados para negociação Os instrumentos financeiros derivados que não cumpram com os requisitos anteriormente

mencionados são contabilizados como posições de negociação. Os instrumentos transaccionados são: swaps, FRA’s, Futuros, Opções ou combinações dos instrumentos anteriores.

Todas as operações são reavaliadas numa base diária, com base nas condições de mercado

em vigor no fecho de cada dia. Estas reavaliações resultam em lucros ou prejuízos não realizados, cuja relevação contabilística ocorre diariamente em contas de balanço e de resultados, após estorno dos movimentos do dia anterior.

Passamos a descrever as políticas contabilísticas dos instrumentos financeiros derivados

utilizados pelo Banco: e1) Operações de permuta de taxas de juro (Interest Rate Swaps - IRS) e permuta de taxa de

juro e moeda (Currency and Interest Rate Swaps - CIRS) As operações de permuta de taxas de juro e permuta de taxas de juro e moeda permanecem

registadas nas rubricas extrapatrimoniais pelo seu valor nocional até à sua maturidade, sendo classificadas de acordo com a sua intenção de negociação ou cobertura.

As operações classificadas de negociação, ou que não cumpram com as definições e

condições das consideradas como de cobertura, são reavaliadas com base nas condições de mercado (marked to market), com as correspondentes perdas ou ganhos reconhecidos de imediato em resultados do exercício.

As operações de cobertura, que se destinam à gestão do risco inerente aos activos, passivos

e elementos extrapatrimoniais, são valorizadas e reconhecidas em resultados de acordo com o critério aplicável aos elementos cobertos. A reavaliação dos contratos de cobertura apenas é relevada contabilisticamente no caso em que os elementos cobertos correspondam a activos avaliados ao custo de aquisição e sujeitos à constituição de provisões para depreciação, desde que o valor de mercado desses activos seja inferior. Em todos os restantes swaps de cobertura é seguido o critério de custo histórico, que consiste no registo dos fluxos de juros corridos, de acordo com o princípio dos acréscimos.

e2) Operações de fixação de taxa de juro a prazo (Forward rate agreements - FRA) As operações de fixação de taxa de juro são registadas nas rubricas extrapatrimoniais pelo

seu valor nocional, sendo classificadas de acordo com a sua intenção de negociação ou cobertura.

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Contratos de negociação

Os contratos classificados como negociação são reavaliados, diariamente, com base na

diferença entre a taxa contratada e a taxa de mercado em vigor, na data da reavaliação. A diferença encontrada é contabilizada como proveito ou custo nas correspondentes rubricas de balanço referentes à reavaliação de FRA’s.

Na data de vencimento dos contratos, os montantes entregues ou recebidos são transferidos

para rubricas específicas de Proveitos reconhecidos em FRA’s liquidados e Custos reconhecidos em FRA’s liquidados, respectivamente, após o estorno da reavaliação previamente realizada.

Contratos de cobertura

Os valores pagos ou recebidos na data de liquidação dos contratos de cobertura são

diferidos no balanço como proveitos e custos diferidos, sendo reconhecidos em resultados diariamente de acordo com o período de realização de cada contrato.

Os ganhos e perdas potenciais na reavaliação a preços de mercado dos contratos de

cobertura, são controlados numa base diária, não sendo, no entanto, reconhecidos contabilisticamente.

e3) Futuros As posições de negociação em contratos de futuros transaccionados em mercados

organizados são registadas em rubricas extrapatrimoniais e são valorizadas com base nas cotações de mercado. As perdas e os ganhos, realizados e não realizados (custo ou proveito, necessários ao encerramento das posições detidas), são relevados em resultados do exercício. Se transaccionados em mercados não organizados ou com pouca liquidez, apenas as perdas latentes são reconhecidas em resultados do exercício.

e4) Opções cambiais e sobre cotações (Currency options e Equity options) Contratos de opções transaccionados em mercados organizados Os montantes nocionais das opções são contabilizados nas contas extrapatrimoniais, na data

de transacção, ao valor acordado. Estes contratos são valorizados com base nas cotações de mercado, sendo as perdas e os ganhos decorrentes da reavaliação diária relevados em resultados do exercício.

Contratos de opções transaccionados em mercado de balcão (OTC) Os montantes nocionais das opções são contabilizados nas contas extrapatrimoniais, na

data de transacção, ao valor acordado. Os prémios pagos ou recebidos são diferidos nas rubricas de balanço Despesas com custo diferido, Receitas com proveito diferido, respectivamente, até ao exercício da opção.

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Opções de cobertura

As alterações no valor estimado dos prémios quando reavaliados às condições vigentes no

mercado, são relevadas em resultados do exercício quando, e da mesma forma que as alterações que o justo valor das operações cobertas o forem. Contudo, se a operação coberta estiver relevada ao menor dos valores de custo de aquisição ou valor de mercado, qualquer ganho na opção, apenas é relevado em resultados na parte proporcional equivalente às perdas verificadas na operação coberta. No caso de a opção gerar uma perda, a mesma é capitalizada como parte do custo inerente à operação coberta.

Opções de negociação

Os prémios de opções pagos ou recebidos são reavaliados diariamente com base nos preços de fecho para contratos negociados em mercados organizados ou através de métodos internos de avaliação para contratos negociados em mercado não organizado (mercado de balcão ou OTC). Numa base diária, as reavaliações produzirão um ganho ou uma perda latente que será registada nas respectivas contas de resultados, por contrapartida das contas de balanço Despesas com custo diferido ou Receitas com proveito diferido, depois de estornado o movimento relativo à reavaliação do dia anterior.

e5) Contratos de garantia de taxa de juro - Negociação (Interest Rate Caps and Floors) e

Opções sobre Swaps (Swaption)

Contratos de garantia de taxas de juro - Negociação (Interest Rate Caps and Floors)

Os contratos de garantia de taxas de juro, comprados ou vendidos, subscritos pelo Banco ou por terceiros, são registados nas rubricas extrapatrimoniais pelo seu valor nocional até ao seu vencimento, sendo registado o seu prémio, pago ou recebido, em contas de regularização do activo ou passivo, até ao momento de exercício, venda ou abandono da opção.

Adicionalmente, os prémios entregues ou recebidos são reavaliados de acordo com as

condições de mercado vigentes, sendo os ganhos e perdas potenciais reconhecidos nos resultados do exercício. As operações de reavaliação são efectuadas com recurso a métodos teóricos internos, numa base diária, depois de estornada a reavaliação do dia precedente.

Opções sobre Swaps (Swaption) - Cobertura

As opções sobre swaps de taxa de juro são relevadas nas rubricas extrapatrimoniais pelo

valor do swap subjacente até à maturidade deste último. Os prémios pagos e recebidos são diferidos em balanço nas contas de Proveitos e Custos em suspenso activas e passivas, até ao momento de exercício, venda ou abandono da operação.

Na data de exercício, venda ou abandono, os prémios são reconhecidos em resultados. Caso

a opção seja exercida, registar-se-ão os fluxos inerentes ao swap de acordo com a política contabilística anteriormente referida em 2, alínea e1) – Operações de permuta de taxa de juro - IRS e permuta de taxa de juro e moeda – CIRS.

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Opções sobre Swaps (Swaption) - Negociação

As opções sobre swaps de taxa de juro são relevadas nas rubricas extrapatrimoniais pelo

valor do swap subjacente até à maturidade deste último. Os prémios pagos e recebidos são diferidos em balanço nas contas de Proveitos e Custos em suspenso activas e passivas.

A reavaliação dos prémios é efectuada numa base diária, com relevação em resultados do

exercício por contrapartida das rubricas de balanço, Operações activas/passivas a regularizar conforme aplicável, de acordo com as condições de mercado e após o estorno da reavaliação realizada no dia anterior.

Na maturidade da opção, se exercida, a reavaliação efectuada no dia anterior é anulada,

sendo feito o reconhecimento em custos e proveitos dos prémios pagos e recebidos, e a correspondente contabilização do swap de taxa de juro também de acordo com a regra marked to market. No caso de venda ou abandono da operação, há apenas lugar ao registo do custo ou proveito inerente.

e6) Index swap Os Index swaps são contratos que têm subjacente a troca de rendimentos, sendo que uma

das partes se compromete a entregar a remuneração equivalente à valorização do activo subjacente por contrapartida do recebimento de cupões em função de uma determinada taxa de juro.

Estas operações permanecem registadas nas rubricas extrapatrimoniais pelo seu montante

teórico até à sua maturidade, sendo classificadas de acordo com a sua intenção de negociação ou cobertura.

As posições classificadas como de negociação são reavaliadas com uma periodicidade

diária de acordo com as condições de mercado em vigor, com os correspondentes ganhos ou perdas reconhecidos nos resultados do exercício.

f) Derivados de crédito

Um derivado de crédito é um instrumento financeiro que permite transferir risco de crédito

entre os diversos participantes do mercado, facilitando assim a eficiência na valorização e distribuição do risco de crédito no seio do mercado financeiro.

Estes derivados são utilizados para mitigar riscos de crédito e transferência inerentes a

posições detidas em carteira e/ou para arbitragem, assumindo, normalmente, a forma de Credit Linked Notes e Credit Default Swaps (CDS).

Num CDS, o comprador de protecção acorda fazer pagamentos periódicos (denominado

swaps spread ou prémio) durante um período pré-determinado, em troca de um pagamento no caso de ocorrer um credit event de uma terceira entidade.

Na Credit Linked Note, o emissor da note acorda com o detentor da mesma o pagamento de

uma remuneração, em troca do não reembolso ou reembolso em condições preestabelecidas do nominal da note, se ocorrer um credit event.

Um credit event poderá ser a ocorrência de moratória, reestruturação, cancelamento, ou

falha no pagamento de juros ou capital na dívida da terceira entidade.

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Tendo em conta os objectivos na contratação deste tipo de operações, a relevação

contabilística em resultados resulta no reconhecimento de acordo com a especialização de exercícios.

g) Obrigações, acções e outros títulos de rendimento fixo ou variável

Títulos de negociação

Consideram-se títulos de negociação aqueles que são adquiridos com o objectivo de venda

dentro de um prazo que não poderá exceder os seis meses.

As obrigações e outros títulos de rendimento fixo são valorizados com base na cotação de mercado, acrescida dos juros corridos e não cobrados. As obrigações não cotadas encontram-se valorizadas ao custo ou ao valor estimado de realização, dos dois o menor, acrescido de juros corridos, calculados à taxa de juro nominal. As diferenças de valorização e os juros são registados como proveitos ou custos do exercício.

As acções e outros títulos de rendimento variável são registados ao valor de mercado ou, na

sua ausência, ao menor dos valores de aquisição ou presumível de mercado. As mais-valias potenciais, resultantes da aplicação deste critério valorimétrico são diferidas em balanço na rubrica Contas de regularização (flutuação de valores) enquanto que as menos-valias potenciais são integralmente provisionadas por contrapartida de resultados. As diferenças de valorização que respeitem a acções que integrem a composição dos índices da Euronext Lisboa, designados, por BVL30 e PSI20, ou que, sendo negociadas em outras bolsas de valores, apresentem liquidez adequada, são directamente levadas às contas de Lucros em operações financeiras – Títulos – Negociação ou Prejuízos em operações financeiras – Títulos – Negociação. Tratando-se de posições significativas em relação ao volume normal de transacções negociadas no mercado, cuja venda possa implicar um abaixamento de cotações, a avaliação ao preço de mercado deverá incorporar os ajustamentos prudentemente calculados, por forma a reflectir o comportamento presumível das respectivas cotações.

Títulos de investimento

Os Títulos de investimento são aqueles que são adquiridos com o objectivo de venda mas

cuja retenção, em regra, ultrapassa seis meses, ou que, apesar de ser intenção do Banco mantê-los na sua carteira até à data de reembolso, não observam as condições para serem classificados como títulos a vencimento.

Os títulos emitidos a valor descontado são apresentados ao valor de reembolso. A diferença

para o valor de custo correspondente aos juros antecipados relativos ao período que decorre até à data de vencimento, é registada na rubrica Contas de regularização do passivo, sendo reconhecida em proveitos ao longo da vida do título.

As obrigações e outros títulos de rendimento fixo emitidos com base no valor nominal, são

apresentados ao custo de aquisição. A diferença entre o custo de aquisição e o valor nominal dos títulos da dívida pública, que constitui o prémio ou desconto verificado aquando da compra, é amortizada de modo escalonado durante o período que decorre até à data de vencimento dos títulos, por contrapartida de resultados. O valor dos títulos com capitalização automática de juros incorpora a respectiva periodificação. Relativamente aos restantes títulos, os juros decorridos são relevados como proveitos e apresentados na rubrica Contas de regularização do activo.

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A diferença, quando positiva, entre o valor de aquisição e o correspondente valor de

mercado ou, na sua ausência, o presumível valor de realização, é totalmente provisionada por contrapartida de resultados. O Conselho de Administração considera que o valor de realização das obrigações emitidas por não residentes, e não cotadas em mercados organizados, não será inferior ao valor por que se encontram registadas no balanço.

As acções e outros títulos de rendimento variável são registadas ao custo de aquisição ou ao

valor estimado de realização, dos dois o menor. As menos-valias potenciais resultantes de diferenças apuradas entre o valor contabilístico dos títulos de investimento e o correspondente valor de cotação ou, na falta deste, o valor nominal ou o presumível valor de realização, são provisionadas por contrapartida de resultados. Estas provisões estão apresentadas no activo a deduzir às rubricas correspondentes (ver Notas 7 e 20). As mais-valias não realizadas não são objecto de qualquer contabilização.

Títulos vencidos As perdas potenciais relacionadas com as obrigações vencidas, são provisionadas de acordo

com os critérios utilizados para o crédito vencido sem garantia nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 3/95, de 30 de Junho (ver Notas 7 e 20).

h) Partes de capital em empresas coligadas e Participações As partes de capital em empresas coligadas e as participações não consolidadas,

denominadas em moeda estrangeira, são convertidas ao câmbio no final do exercício, sendo as variações cambiais reconhecidas, de acordo com o Plano de Contas para o Sistema Bancário, na rubrica Contas de regularização – flutuação de valores.

Partes de capital em empresas coligadas

Nas demonstrações financeiras individuais do BES Investimento, na rubrica Partes de

capital em empresas coligadas, são registadas as participações nas empresas em que o Banco exerce uma posição de domínio e cujo interesse pela sua manutenção está ligado à sua actividade e, simultaneamente, se revistam de carácter duradouro – empresas subsidiárias (ver Nota 1 b)). Estas partes de capital em entidades que são objecto de consolidação pelos métodos de integração global ou de equivalência patrimonial no caso de desenvolverem uma actividade de natureza dissemelhante da actividade do Banco, encontram-se registadas nas contas individuais pelo respectivo custo de aquisição.

Participações

Na rubrica Participações são registadas:

��������As participações de capital inferiores a 50% e superiores ou iguais a 20%, em empresas em

que o Banco não exerce domínio, mas que se revestem de carácter duradouro e são detidas em resultado da existência de ligações de complementaridade com a actividade do Banco e onde este exerce influência significativa na gestão. Estas participações, que são tratadas como empresas associadas (ver Nota 1 b)), encontram-se registadas nas contas individuais do BES Investimento pelo respectivo custo de aquisição e são apresentadas nas contas consolidadas pelo método de equivalência patrimonial;

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��������Outras participações, que correspondem a:

�������� participações de carácter estratégico e duradouro apesar da percentagem do capital

detido ser inferior a 20%;

�������� participações em empresas cuja percentagem do capital detido é superior a 20%, mas em que o Banco, directamente ou através das suas subsidiárias, não exerce influência significativa.

Estas participações, não são objecto de consolidação e encontram-se registadas pelo seu custo de aquisição, deduzidas de provisões constituídas no âmbito dos Avisos n.º 3/95 e n.º 4/2002 do Banco de Portugal.

O Aviso n.º 4/2002 entrou em vigor em 30 de Junho de 2002 e estabelece as seguintes regras de provisionamento das participações financeiras:

�������� são constituídas provisões para as menos valias latentes em participações financeiras

quando estas ultrapassam 15% do respectivo custo de aquisição. O valor a provisionar corresponde a 40% da menos valia latente que exceder os referidos 15% do valor investido;

�������� para as participações em carteira em 31 de Dezembro de 2001 foi estabelecido um regime transitório que permite o diferimento da constituição das provisões apuradas à data da entrada em vigor do Aviso, da seguinte forma:

�������� empresas financeiras e seguradoras: 10% ao ano durante 10 anos; �������� empresas não financeiras: 25% ao ano nos três primeiros anos, 15% no quarto ano e

10% no quinto ano.

O aumento das menos valias latentes após 30 de Junho de 2002, verificado ao longo do período transitório, relativamente às participações em carteira à data de 31 de Dezembro de 2001, será absorvido durante este período.

Da diminuição das menos valias latentes após 30 de Junho de 2002, verificado ao longo do período transitório, relativamente às participações em carteira à data de 31 de Dezembro de 2001, não podem resultar reduções dos níveis de provisões a constituir no âmbito do regime transitório, excepto nos casos em que o valor provisionado ultrapasse o que seria necessário caso este regime não fosse aplicado. As provisões constituídas em 2002 para as participações em carteira em 31 de Dezembro de 2001, foram à luz deste Aviso do Banco de Portugal, registadas por contrapartida de reservas e, para os casos em que as mesmas não fossem suficientes, resultados. O impacto da aplicação, pelo BES Investimento, do Aviso n.º 4/2002 encontra-se divulgado na Nota 8.

i) Provisões para riscos de crédito e para risco país

As provisões para riscos de crédito e para risco país foram determinadas nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 3/95, de 30 de Junho.

Em 31 de Dezembro de 2002, as provisões para riscos de crédito incluem:

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�������� uma provisão específica apresentada no activo como dedução à rubrica Créditos sobre

clientes, calculada mediante a aplicação de taxas que variam entre 1% e 100% sobre os saldos de crédito e juros vencidos, em função da classe de risco e da existência ou não de garantias (ver Notas 6 e 20);

�������� uma provisão específica para outros créditos de cobrança duvidosa apresentada no activo

como dedução à rubrica Créditos sobre clientes, calculada mediante a aplicação de uma taxa que não deverá ser inferior a 50% da percentagem média de cobertura por provisões para crédito vencido, aplicada às prestações vincendas do crédito concedido a um mesmo cliente, em que se verifique que as prestações em mora de capital e juros excedam 25% do capital em dívida acrescido dos juros vencidos (ver Notas 6 e 20);

�������� uma provisão genérica para riscos de crédito, apresentada no passivo na rubrica Provisões

para riscos e encargos - outras provisões, correspondente ao mínimo de 1% do total do crédito não vencido concedido pelo Banco, incluindo o representado por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga (ver Nota 20); e

�������� uma provisão para risco país apresentada no activo como dedução à rubrica Créditos sobre

clientes, Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro, Aplicação em títulos e Outros activos, calculada mediante a aplicação de taxas que variam entre 10% e 75%, incidindo sobre todos os activos financeiros e elementos extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco de acordo com a classificação do Banco de Portugal (ver Notas 6 e 20).

j) Aplicações por recuperação de créditos As Aplicações por recuperação de créditos correspondem a bens que vieram à posse do

Banco para regularização de crédito concedido, sendo apresentadas na rubrica Outros activos. Estes activos são registados ao valor de aquisição e não são objecto de amortização. Quando o valor de aquisição dos bens recebidos por dação em pagamento é superior ao respectivo valor esperado de realização, o Banco, nos termos do Aviso n.º 3/95 do Banco de Portugal, publicado em 30 de Junho de 1995, constitui uma provisão para as respectivas menos-valias potenciais. As mais-valias potenciais não são relevadas contabilisticamente.

k) Imobilizações incorpóreas

Nas imobilizações incorpóreas encontram-se registados os custos incorridos com a

transformação em Banco e aumentos de capital, bem como os encargos com sistemas de tratamento informático de dados, os quais são amortizados num período de três anos a partir do exercício em que são incorridos, segundo o método das quotas constantes (ver Nota 11).

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l) Imobilizações corpóreas As imobilizações corpóreas são registadas ao custo de aquisição (ver Nota 12) e a

respectiva depreciação é calculada segundo o método das quotas constantes aplicado ao custo histórico, às taxas anuais máximas permitidas para efeitos fiscais, de acordo com os seguintes períodos, que se considera não diferirem substancialmente da vida útil estimada dos bens:

Número de anos Imóveis 50 Beneficiações em imóveis arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 4 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 12 Viaturas 4

As Beneficiações em edifícios arrendados são amortizadas em 10 anos, ao abrigo do Aviso

n.º 9/94, de 2 de Novembro, do Banco de Portugal, dado ser este o período em que se considera reflectir de forma mais aproximada a vida útil desses investimentos.

m) Pensões de reforma

Face às responsabilidades assumidas pelo Banco no âmbito do Acordo Colectivo de

Trabalho do Sector Bancário, foi constituído o Fundo de Pensões GES, que se destina a cobrir as responsabilidades com pensões de reforma por velhice, invalidez e sobrevivência relativamente à totalidade do seu pessoal.

O Fundo de Pensões GES é gerido pela ESAF – Espírito Santo Fundos de Pensões, S.A., subsidiária do Banco Espírito Santo, S.A..

Conforme estabelecido no Aviso n.º 12/2001 do Banco de Portugal em vigor desde 31 de Dezembro de 2001, o cálculo actuarial das responsabilidades é efectuado com base no Método da Unidade de Crédito Projectada, utilizando pressupostos actuariais e financeiros em conformidade com os parâmetros exigidos pelo Banco de Portugal. Estes pressupostos actuariais e financeiros encontram-se descritos na nota 21 deste relatório.

Anualmente, em conformidade com o disposto no referido Aviso, são reconhecidos em resultados os encargos correntes do plano que correspondem ao total líquido dos montantes de custo do serviço corrente, custo dos juros e rendimento esperado dos activos do fundo.

Os ganhos e perdas actuariais apurados anualmente, resultantes das diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados, são reconhecidos como um activo ou um passivo e o seu valor acumulado é imputado a resultados com base no método do corredor.

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Este método estabelece que os ganhos e perdas actuariais acumulados no início do ano, que excedam 10% do maior de entre o total das responsabilidades e do valor do fundo também reportados ao início do ano, sejam reconhecidos como despesas com custo diferido e imputados a resultados durante um período de 10 anos. Os ganhos e perdas actuariais acumulados no início do ano que se situem dentro do referido limite, são reconhecidos na conta de flutuação de valores e não são amortizados.

De acordo com o Aviso n.º 12/2001, os encargos com reformas antecipadas incorridos a partir de 2002, são registados como um activo e imputados a resultados durante um período de 10 anos.

O Banco e as suas subsidiárias efectuam pagamentos ao fundo por forma a assegurar a solvência do mesmo e por forma a cumprir com os níveis mínimos de financiamento exigidos pelo Banco de Portugal, os quais com a entrada em vigor do Aviso 12/2001 passaram a ser os seguintes:

o financiamento integral no final de cada exercício das responsabilidades actuariais por

pensões em pagamento; o financiamento a um nível mínimo de 95% do valor actuarial das responsabilidades por

serviços passados do pessoal no activo. n) Imposto sobre o rendimento O encargo do exercício com impostos sobre os lucros, para o Banco, é calculado tendo em

consideração o disposto no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) e os incentivos e benefícios fiscais aplicáveis ao Banco.

Nas situações em que existam diferenças temporárias significativas entre os resultados

contabilísticos e os resultados fiscais, são contabilizados os respectivos impostos diferidos, de acordo com o Plano de Contas para o Sistema Bancário (ver Nota 34). Assim, as eventuais provisões constituídas para fazer face a encargos com impostos a pagar, decorrentes de ganhos em curso de operações cujo reconhecimento fiscal apenas tenha lugar em exercícios futuros, são relevadas na rubrica Provisões para outros riscos e encargos.

As subsidiárias com sede no estrangeiro são tributadas em conformidade com as

disposições fiscais localmente vigentes.

o) Prémio por reembolso antecipado de obrigações

O prémio por reembolso antecipado das obrigações em circulação, emitidas pelo Banco, é reconhecido como custo do exercício em que é efectuado o seu pagamento.

p) Valores mobiliários de terceiros recebidos em depósito

Os valores mobiliários de terceiros recebidos em depósito encontram-se registados nas

rubricas extrapatrimoniais ao valor de cotação ou, na ausência deste, ao correspondente valor nominal (ver Nota 25).

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q) Fundo de Garantia de Depósitos

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro, foi criado, em 1994, o

Fundo de Garantia de Depósitos e definidas as contribuições iniciais a efectuar pelo conjunto das instituições financeiras participantes, do qual o BES Investimento faz parte integrante.

No âmbito deste Decreto-lei, o coeficiente a aplicar é determinado anualmente pelo Banco

de Portugal, sendo a correspondente contribuição determinada nessa base. Em 2002 o coeficiente aplicável ao Banco foi de 0,1% tendo a respectiva contribuição de Euros 62.000 sido reconhecida, a exemplo de anos anteriores, como custo do exercício a que diz respeito e registada na rubrica de Juros e custos equiparados.

r) Demonstração dos fluxos de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica Caixa e seus equivalentes

corresponde ao somatório dos saldos de Caixa (ver Nota 3) e de Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito (ver Nota 4).

s) Distribuição de resultados aos empregados

A distribuição de resultados aos empregados é objecto de relevação contabilística de forma semelhante ao pagamento de dividendos aos accionistas, na medida em que se trata, em substância, de uma transferência do direito aos dividendos por parte dos accionistas a favor dos empregados.

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3 Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais Esta rubrica é analisada como segue:

Os Depósitos à ordem no Banco de Portugal, de carácter obrigatório, visam satisfazer as

exigências legais de constituição de reservas mínimas, de acordo com o Regulamento (CE) n.º 2818/98, de 1 de Dezembro, do Banco Central Europeu, e que veio substituir o Aviso n.º 7/94 de 24 de Outubro, do Banco de Portugal, relativo ao regime de constituição de disponibilidades mínimas de caixa. A base de incidência do rácio de reserva de 2% compreende todas as responsabilidades assumidas pelo Banco na tomada de fundos (Depósitos, Títulos de dívida emitidos e Títulos do mercado monetário), excluindo-se apenas os depósitos com prazo de vencimento acordado superior a dois anos, os depósitos reembolsáveis com pré-aviso superior a dois anos, os acordos de recompra e os títulos de dívida emitidos com prazo de vencimento acordado superior a dois anos, a que se aplica um rácio de reserva de 0%.

4 Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito Esta rubrica é analisada como segue:

Os cheques a cobrar sobre instituições de crédito no país foram enviados para cobrança nos

primeiros dias úteis subsequentes às datas em referência.

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Caixa 3 3 3 3 Depósitos à ordem no Banco de Portugal 6.979 1.868 6.979 1.868

6.982 1.871 6.982 1.871

ConsolidadoBanco

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Disponibilidades sobre instituições de crédito no país Depósitos à Ordem 214 638 214 2.688 Cheques a cobrar 134 422 134 422

348 1.060 348 3.110

Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro Depósitos à ordem 306 779 3.829 864

654 1.839 4.177 3.974

Banco Consolidado

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5 Outros créditos sobre instituições de crédito Esta rubrica é analisada como segue:

A análise desta rubrica à data de 31 de Dezembro de 2002 e 2001 pelo período remanescente das

operações é a seguinte:

Os Outros créditos sobre instituições de crédito são remunerados a taxas anuais variáveis, que à data do balanço eram as seguintes:

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Aplicações em instituições de crédito no país Mercado monetário 14.000 - 14.000 - Outras aplicações 5.722 232 25.095 232

19.722 232 39.095 232 Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro Outras aplicações 37.507 47.974 11.000 13.979

37.507 47.974 11.000 13.979

57.229 48.206 50.095 14.211

Provisão para risco país (ver Nota 20) (3) (9) (3) (9)

57.226 48.197 50.092 14.202

ConsolidadoBanco

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Até três meses 40.065 38.148 50.095 10.961 De três meses a um ano 17.164 10.058 - 3.250

57.229 48.206 50.095 14.211

Banco Consolidado

2002 2001

No país Mercado monetário 3,54% - Outras aplicações 1,54% 4,6%-4,8%

No estrangeiro Outras aplicações 1,8%-4% 2,1%-4,1%

Banco

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6 Créditos sobre clientes Esta rubrica é analisada como segue:

O acréscimo verificado na rubrica de Crédito sobre clientes ocorrida no exercício de 2002,

resulta essencialmente das operações de financiamento de project finance, conforme referido no Relatório de Gestão apresentado em anexo.

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Crédito interno Médio e longo prazo Empréstimos com e sem caução 187.746 125.800 187.746 125.800 Empréstimos a empregados 2.677 3.075 2.677 3.075 Aplicação de recursos consignados 1.134 1.522 1.134 1.522

191.557 130.397 191.557 130.397 Curto prazo Outros créditos 24.978 27.137 24.978 27.137 Crédito sindicado - 5.000 - 5.000 Créditos em conta corrente 12.141 13.518 12.141 13.518 Descobertos em depósitos à ordem 57 979 57 979

37.176 46.634 37.176 46.634

Total de crédito interno 228.733 177.031 228.733 177.031

Crédito ao exterior Médio e longo prazo Empréstimos 2.026 917 94.118 57.787

2.026 917 94.118 57.787 Curto prazo Outros créditos 17.873 25 68.623 52.219

17.873 25 68.623 52.219

Total de crédito ao exterior 19.899 942 162.741 110.006

248.632 177.973 391.474 287.037

Crédito vencido 5.718 5.889 5.718 5.889 Juros vencidos 2.897 2.931 2.897 2.931

8.615 8.820 8.615 8.820

257.247 186.793 400.089 295.857

Provisão para crédito e juros vencidos (ver Nota 20) (6.805) (7.187) (6.805) (7.187) Provisão para crédito de cobrança duvidosa (ver Nota 20) (793) (282) (793) (282) Provisão para risco-país (ver Nota 20) (5) (2) (5) (2)

(7.603) (7.471) (7.603) (7.471)

249.644 179.322 392.486 288.386

Banco Consolidado

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A rubrica de Crédito ao exterior - a médio e longo prazo, para o Consolidado, inclui créditos

concedidos pela ES Investment plc. a entidades residentes na América Latina no valor de Euros 3.814.000, os quais se encontram garantidos por entidades residentes na Zona A, razão pela qual não foram constituídas Provisões para risco-país.

Além das provisões mínimas definidas pelo Banco de Portugal para crédito e juros vencidos,

para risco-país e crédito de cobrança duvidosa, o Banco constituiu provisões para riscos gerais de crédito destinadas igualmente a cobrir riscos de crédito no montante de Euros 4.167.000 (2001: Euros 2.895.000), as quais se encontram apresentadas no passivo (ver Nota 20).

A análise desta rubrica à data de 31 de Dezembro de 2002 e 2001 pelo período remanescente das

operações é a seguinte:

A 31 de Dezembro de 2002, encontravam-se autorizados e não utilizados pelos clientes limites

de crédito no valor de Euros 75.696.000 (2001: Euros 37.622.000) no Banco, e o valor de Euros 95.624.000 (2001: Euros 79.559.000) no Consolidado, referentes a contratos de mútuo (ver Nota 25).

A análise do crédito sobre clientes por sector de actividade é apresentada no Relatório de Gestão em anexo.

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Até três meses 55.233 32.968 147.325 32.968 De três meses a um ano 5.941 14.052 5.941 30.052 De um ano a cinco anos 56.454 43.713 56.454 132.168 Mais de cinco anos 131.004 87.240 181.754 91.849 Duração indeterminada (crédito e juros vencidos) 8.615 8.820 8.615 8.820

257.247 186.793 400.089 295.857

Banco Consolidado

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7 Obrigações, acções e outros títulos

Esta rubrica é analisada, para o Banco, como segue:

A redução ocorrida em 2002 na carteira de títulos do Banco e do Consolidado, ocorre

essencialmente pelo abrandamento económico verificado nos mercados financeiros, conforme se refere no Relatório de Gestão apresentado em anexo.

O detalhe das Aplicações em títulos do Banco encontra-se no Inventário de títulos e

participações financeiras apresentado em anexo às Demonstrações Financeiras.

2002 2001 2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo De emissores públicos nacionais Obrigações do Tesouro - 2.623 2.131 1.350 2.131 3.973 De outros emissores residentes 17.796 12.461 15.394 16.744 33.190 29.205

Capital vencido - - 1.207 1.207 1.207 1.207 Juros vencidos - - 76 76 76 76

- - 1.283 1.283 1.283 1.283 17.796 15.084 18.808 19.377 36.604 34.461

De emissores públicos estrangeiros 184 - - - 184 - De outros emissores não residentes 23.135 40.949 81.268 92.663 104.403 133.612 Títulos próprios (ver Nota 17) 189 1 2.494 2.494 2.683 2.495

41.304 56.034 102.570 114.534 143.874 170.568 Provisão acumulada (ver Nota 20) (157) - (11.486) (3.688) (11.643) (3.688)

41.147 56.034 91.084 110.846 132.231 166.880

Acções e outros títulos de rendimento variável Emitidas por residentes - Acções 5.647 16.054 4.829 4.829 10.476 20.883 Emitidos por residentes - Unidades de participação Esp. Santo Top Ranking 59 1.249 - - 59 1.249 Prestigeste Um - - 658 658 658 658 Fungere - - 19.655 19.655 19.655 19.655

59 1.249 20.313 20.313 20.372 21.562 Emitidos por não residentes - Acções 32 1.350 8.996 10.971 9.028 12.321 Emitidos por não residentes - Unidades de participação Esp. Santo European Equity 63 1.542 - - 63 1.542 Esp. Santo High Yield 81 1.276 - - 81 1.276 BM Carteira Global 19 - - - 19 - BM Cuenta fondo ahorro 20 - - - 20 BM Dinervisa Fim 20 - - - 20 -

203 2.818 - - 203 2.818 5.941 21.471 34.138 36.113 40.079 57.584

Provisão acumulada (ver Nota 20) (8) (22) (9.535) (10.887) (9.543) (10.909)5.933 21.449 24.603 25.226 30.536 46.675

47.245 77.505 136.708 150.647 183.953 228.152

Provisões para menos-valias (ver Nota 20) - - (21.021) (14.575) (21.021) (14.575) Provisões para risco-país (ver Nota 20) (165) (22) - - (165) (22)

(165) (22) (21.021) (14.575) (21.186) (14.597)47.080 77.483 115.687 136.072 162.767 213.555

Títulos de negociação Títulos de investimentoBanco

Total

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Esta rubrica é analisada, para o Consolidado, como segue:

2002 2001 2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo De emissores públicos nacionais Obrigações do Tesouro - 2.623 2.131 1.350 2.131 3.973 De outros emissores residentes 17.796 12.461 15.394 16.744 33.190 29.205

Capital vencido - - 1.207 1.207 1.207 1.207 Juros vencidos - - 76 76 76 76

- - 1.283 1.283 1.283 1.283 17.796 15.084 18.808 19.377 36.604 34.461

De emissores públicos estrangeiros 32.459 56.912 - - 32.459 56.912 De outros emissores não residentes 44.109 89.696 155.621 177.063 199.730 266.759 Títulos próprios (ver Nota 17) 7.500 2.001 2.494 2.494 9.994 4.495

101.864 163.693 176.923 198.934 278.787 362.627 Provisão acumulada (ver Nota 20) (157) - (12.131) (3.699) (12.288) (3.699)

101.707 163.693 164.792 195.235 266.499 358.928

Acções e outros títulos de rendimento variável Emitidas por residentes - Acções 5.647 16.054 4.829 4.829 10.476 20.883 Emitidos por residentes - Unidades de participação Esp. Santo Top Ranking 59 1.249 - - 59 1.249 Prestigeste Um - - 658 658 658 658 Fungere - - 19.655 19.655 19.655 19.655

59 1.249 20.313 20.313 20.372 21.562 Emitidos por não residentes - Acções 32 1.713 13.278 17.767 13.310 19.480 Emitidos por não residentes - Unidades de participação Esp. Santo European Equity 63 1.542 - - 63 1.542 Esp. Santo High Yield 81 1.276 - - 81 1.276 BM Carteira Global 19 - - - 19 - BM Cuenta fondo ahorro 20 - - - 20 - BM Dinervisa Fim 20 - - - 20 - Football Players - - 750 - 750 - Fif Cambial - 226 - - - 226

203 3.044 750 - 953 3.044 5.941 22.060 39.170 42.909 45.111 64.969

Provisão acumulada (ver Nota 20) (8) (22) (9.703) (11.449) (9.711) (11.471)5.933 22.038 29.467 31.460 35.400 53.498

107.805 185.753 216.093 241.843 323.898 427.596

Provisões para menos-valias (ver Nota 20) - - (21.834) (15.148) (21.834) (15.148) Provisões para risco-país (ver Nota 20) (165) (22) - - (165) (22)

(165) (22) (21.834) (15.148) (21.999) (15.170)107.640 185.731 194.259 226.695 301.899 412.426

Consolidado

Títulos de negociação Títulos de investimento Total

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A rubrica de títulos próprios inclui obrigações emitidas pela ES Investment plc. As rubricas de Capital e os juros vencidos anteriormente evidenciados, correspondem às

obrigações AGEF 90’s, Carlos Eduardo Rodrigues 87’s, Francisco Fino 87’s, GAP 88’s e Turopa 89’s totalmente provisionadas em Euros 1.283.000 (ver Nota 20).

Em 31 de Dezembro de 2002 o Banco tem títulos da carteira dados em garantia a terceiros no

montante de Euros 26.600.000 (ver Nota 25), cujo detalhe é conforme segue:

��������Euros 25.400.000 representados por Obrigações de outros emissores não residentes, dados em garantia ao Banco de Portugal, no âmbito do Sistema de Pagamento e de Grandes Transferências (SPGT) e da correspondente linha de crédito intradiário;

��������Euros 1.200.000 representados por Obrigações do Tesouro, dados em garantia ao Sistema de

Indemnização aos Investidores (SII), organismo da CMVM. Em termos de risco soberano, as carteiras de títulos do Banco e do Consolidado, incluem as

seguintes exposições e respectivas provisões constituídas:

A colateralização dos títulos que incorporam risco soberano brasileiro incluídos na carteira

consolidada, provenientes da ES Investment plc., é a seguinte:

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Títulos emitidos por entidades sediadas no Brasil e Tailândia BES Investimento 216 86 216 86 ES Investment, plc. - - 176 42.486 ES Investimentos - - 763 238 BESI Brasil - - 35.230 65.459 BES Securities Brasil - - 4.119 11.976

216 86 40.504 120.245

Provisão para risco país (165) (22) (165) (22)

Banco Consolidado

2002 2001Euros'000 Euros'000

Derivados de crédito: Credit Link Note (ver Nota 17) 43.839 67.042 Credit Default Swap (ver Nota 25) (43.839) (29.867)Seguro de cobertura do risco soberano 288 7.674 Garantias de terceiros - 100

288 44.949

Excesso / (insuficiência) de cobertura 112 2.463

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A 31 de Dezembro de 2002 e 2001, o escalonamento das obrigações e outros títulos de

rendimento fixo classificados como Títulos de investimento e negociação, por prazos de vencimento, é apresentado de seguida:

O valor de balanço dos Títulos de investimento – Obrigações e Outros títulos de rendimento

fixo, que a nível do Banco e do Consolidado ascende, respectivamente, a Euros 91.084.000 (2001: Euros 110.846.000) e a Euros 164.792.000 (2001: Euros 195.235.000), compara com os seguintes valores nominais ou de reembolso na data da maturidade e de mercado:

As taxas de remuneração dos títulos de rendimento fixo à data do balanço oscilam nos seguintes

intervalos:

2002 2001 2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Até três meses 14.257 5.532 - 6.799 14.257 12.331 De três meses a um ano 3.231 52.445 19.636 27.720 22.867 80.165 De um ano a cinco anos 72.037 80.623 88.612 75.543 160.649 156.166 Mais de cinco anos 12.339 25.093 67.392 87.589 79.731 112.682 Duração indeterminada (capital e juros vencidos) - - 1.283 1.283 1.283 1.283

101.864 163.693 176.923 198.934 278.787 362.627

ConsolidadoTítulos de negociação Títulos de investimento Total

2002 2001 2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Até três meses 15.499 4.068 - 6.799 15.499 10.867 De três meses a um ano 868 3.998 19.636 26.184 20.504 30.182 De um ano a cinco anos 17.665 36.749 48.499 34.659 66.164 71.408 Mais de cinco anos 7.272 11.219 33.152 45.609 40.424 56.828 Duração indeterminada (capital e juros vencidos) - - 1.283 1.283 1.283 1.283

41.304 56.034 102.570 114.534 143.874 170.568

Títulos de negociação Títulos de investimento TotalBanco

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Valor Nominal 102.103 115.067 180.315 199.126

Valor de Mercado 91.248 110.963 169.089 195.282

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001

Títulos da dívida pública portuguesa 4,8%-11,9% 4,8%-11,9% 4,8%-11,9% 4,8%-11,9%

Obrigações de outros emissores 0%-5% 3,3%-5,7% 0%-5,7% 3,3%-5,7%

ConsolidadoBanco

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Em 31 de Dezembro de 2002 os montantes ainda não imputados a resultados respeitantes à

carteira de Títulos de investimento são como segue:

O valor de balanço e o custo de aquisição dos Títulos de negociação são como segue:

Banco ConsolidadoEuros'000 Euros'000

Títulos adquiridos por valor inferior ao seu valor de reembolso 1.114 1.123 Títulos adquiridos por valor superior ao seu valor de reembolso 446 491

Banco ConsolidadoEuros'000 Euros'000

Valor de balanço 47.080 107.640

Custo de aquisição 47.179 107.589

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8 Participações financeiras Esta rubrica é analisada para o Banco e para o Consolidado como segue:

Valor de Valor de Valor de Valor deaquisição % aquisição % aquisição % aquisição %Euros'000 Participação Euros'000 Participação Euros'000 Participação Euros'000 Participação

Empresas associadas Mofelt - Soc. Portuguesa de Feltros Betuminosos, S.A. 394 40,5% 394 40,5% 394 40,5% 394 40,5% EET - Energia Eléctrica e Térmica, S.A. 223 35,8% 223 35,8% 223 35,8% 223 35,8% Gesfinc - ES Estudos Fin. e Merc. de Capitais, S.A. 100 25,0% 100 25,0% 100 25,0% 100 25,0% Sigal - Ecologia e Tratamento de Resíduos, S.A. 111 22,2% 111 22,2% 111 22,2% 111 22,2% Jampur - Trading Internacional, Lda. - - - - 1 25,0% 1 25,0% Kuthaya - Gestão e Trading Internacional, Lda. 5 100,0% 5 100,0% 5 100,0% 5 100,0%

833 833 834 834 Provisão para menos-valias (547) (527) (548) (527)

286 306 286 307 Outras participações Ecotredi - Ecologia e Tratamento de Resíduos, S.A. 112 7,6% 112 7,6% 112 7,6% 112 7,6% ESAF - Espírito Santo Activos Financeiros, S.A. 1.808 15,0% 1.808 15,0% 1.808 15,0% 1.808 15,0% Multiger - Sociedade de Compra, Venda, Administração de Propriedades, S.A. 1.125 5,0% 1.125 5,0% 1.125 5,0% 1.125 5,0% Sapec, S.A. 612 1,1% 612 1,1% 612 1,1% 612 1,1% Activalor - Sociedade de Valorização de Activos, Lda. 95 19,0% 95 19,0% 95 19,0% 95 19,0% Cêntimo - Sociedade de Serviços, Lda. 37 5,0% 37 5,0% 37 5,0% 37 5,0% ESPART - Espírito Santo Participações Sociais, S.A. 33 0,1% 33 0,1% 33 0,1% 33 0,1% Gestres - Gestão Estratégica Espírito Santo, S.A. 18 0,1% 18 0,1% 18 0,1% 18 0,1% Sociedade Turística Palheiro Golfe, S.A. 75 3,0% 75 3,0% 75 3,0% 75 3,0% Imprenova - Imprensa Nova, Lda. 1 0,0% 1 0,0% 1 0,0% 1 0,0% BVLP - Bolsa Valores Lisboa e Porto - - 117 0,0% - - 117 0,0% Apolo Films, S.L. 458 19,0% 458 19,0% 458 19,0% 458 19,0% BRB Internacional, S.A. 7.438 19,0% 7.438 19,0% 7.438 19,0% 7.438 19,0% Pro Sport - Com. Deportivas, S.L. 189 19,0% 189 19,0% 189 19,0% 189 19,0% Clarity Incentive Systems, Inc. 596 1,3% - - 596 1,3% - - Banco Espírito Santo dos Açores, S.A. 1 0,0% - - 1 0,0% - - SPGM - Sociedade de Investimento, S.A. - - - - 75 1,0% 125 1,0% Norgarante - Sociedade de Garantia Mútua, S.A. - - - - 25 1,0% - - Lisgarante - Sociedade de Garantia Mútua, S.A. - - - - 25 1,0% - - Banco Comercial Português, S.A. - - - - 496 0,0% 496 0,0% Brisa - Auto-Estradas de Portugal, S.A. - - - - 500 0,1% 500 0,1% ES Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A. - - - - 3.063 12,3% 3.063 12,3% GESPAR - - - - 3 0,0% 5 1,0% Web-Lab, S.G.P.S., S.A. - 0,0% - 0,0% - 0,0% - 0,0% BEST - Banco Electrónico de Serviço Total, S.A. - 0,0% - 0,0% - 0,0% - 0,0% Cia Brasileira de Custódia - - - - - - 1.130 0,0% Caixa Nac.Liquid.Negócios a Termo Disp. - - - - - - 22 0,0%

12.598 12.118 16.785 17.459 Provisão para menos-valias (1.034) (274) (1.319) (370)

11.564 11.844 15.466 17.089 Total custo 13.431 12.951 17.619 18.293

Provisão para menos-valias (ver Nota 20) (1.581) (801) (1.867) (897)

11.850 12.150 15.752 17.396

Banco Consolidado

20012002 2002 2001

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As provisões existentes em 31 de Dezembro de 2002 para participações financeiras, as quais

foram determinadas em conformidade com os Avisos n.º 3/95 de 30 de Junho e n.º 4/2002 de 25 de Junho do Banco de Portugal, respeitam às seguintes entidades:

A aplicação da disciplina constante no Aviso n.º 4/2002, a nível consolidado, resultou na

identificação das seguintes menos valias latentes:

Banco

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

BRB Internacional, S.A. 569 - 569 - Mofelt - Soc. Port. de Feltros Betuminosos, S.A. 394 394 394 394 Banco Comercial Português, S.A. - - 285 74 Activalor - Sociedade Valorização de Activos, S.A. 95 95 95 95 Sigal - Ecologia e Tratamento de Resíduos, S.A. 85 85 85 85 Sapec, S.A. 77 68 77 68 Multiger - Soc. Compra, Venda e Adm. Prop., S.A. 76 - 76 - Sociedade Turística Palheiro Golfe, S.A. 75 75 75 75 Clarity Incentive Systems, Ltd. 57 - 57 - Gesfinc - ES Estudos Fin. e Merc. de Capitais, S.A. 47 47 47 47 Ecotredi -Ecologia e Tratamento de Residuos, S.A. 35 35 35 35 Outras 71 2 72 24

1.581 801 1.867 897

Consolidado

(Valores em milhares de Euros)

Entidade Valor de Menos valias Total Mínimo RestanteMercado latentes (Dedução F.P.)

(1) (2) = 40% x (1) (3) = (1) - (2)

Participações 1.264 13.297 11.689 4.676 7.013

Provisões

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A aplicação do regime transitório, conforme decorre do n.º 5 do referido Aviso, permite que o

reconhecimento das menos valias latentes para o Consolidado, quer para efeitos de provisionamento quer para efeitos de dedução aos capitais próprios, tenha o seguinte escalonamento:

No exercício de 2002, foi constituída ao nível do Consolidado uma provisão ao abrigo do Aviso

n.º 4/2002 no valor de Euros 1.169.000, tendo sido constituída por contrapartida de reservas e de resultados em Euros 810.000 e Euros 359.000, respectivamente.

Ao nível individual, o Banco constituiu no exercício de 2002 uma provisão para participações

financeiras ao abrigo do Aviso n.º 4/2002 no valor de Euros 1.144.000, tendo sido na totalidade constituída através de reservas livres.

(Valores em milhares de Euros)

Dedução aosFundos

Custo do Reservas próprios TotalAno Exercício (anual)

2002 359 810 1.753 2.922 2003 - 1.169 1.753 2.922 2004 1.169 - 1.753 2.922 2005 701 - 1.052 1.753 2006 468 - 702 1.170

2.697 1.979 7.013 11.689

Provisões

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9 Partes do capital em empresas coligadas Esta rubrica é analisada como segue:

A provisão para menos-valias de Partes de capital em empresas coligadas no valor de

Euros 633.000 encontra-se associada às participadas Cominvest – SGII, S.A. (Euros 583.000) e ESSI Investimentos, S.G.P.S., S.A. (Euros 50.000).

Valor Valor Valor Valor aquisição % aquisição % aquisição % aquisição %Euros'000 Participação Euros'000 Participação Euros'000 Participação Euros'000 Participação

Cominvest - SGII, S.A. 2.088 25,0% 2.088 25,0% 1.662 (i) 25,0% 1.615 (i) 25,0%ES Investment, plc. 825 100,0% 825 100,0% - - Sotevor - Soc. Hoteleira do Alvor, S.A. (ii) 50 100,0% 50 100,0% 50 100,0% 50 100,0%Coporgest - Cia. Port. de Gestão e Desenv. Imobiliário, S.A. (ii) 250 25,0% - 250 25,0% - ESSI, S.G.P.S., S.A. (iii) 2.494 5,4% 2.494 5,4% - - ESSI Comunicações, S.G.P.S., S.A. 50 100,0% 50 100,0% - - ESSI Investimentos, S.G.P.S., S.A. 1.050 100,0% 50 100,0% - - ES Securities, Inc. 1.488 100,0% 1.770 100,0% - - Espírito Santo Dealer - Soc. Fin. de Corretagem, S.A. (iv) - - 2.729 (i) 43,0% 2.783 (i) 43,0%Benito y Monjardín, S.V., S.A. (iv) - - 6.891 (i) 50,0% 10.938 (i) 50,0%

8.295 7.327 11.582 15.386 Provisão para menos-valias (Ver Nota 20) (633) (583) - -

7.662 6.744 11.582 15.386

(i) Inclui efeito de equivalência patrimonial (Ver Nota 2 b) )

(iii) Participação mantida como coligada visto o Banco indirectamente deter a totalidade da sociedade (via ESSI Comunicações, S.G.P.S., S.A.)(iv) Participação indirecta via ESSI S.G.P.S., S.A.

(ii) Sociedades não integradas na consolidação, dado o efeito daí resultante ser imaterial no contexto das Demonstrações Financeiras consolidadas do Banco.

2002ConsolidadoBanco

2002 2001 2001

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Banco Espírito Santo de InvestimentoNotas às Demonstrações Financeiras

31 de Dezembro de 2002 e 2001

10 Consolidação - Empresas coligadas e associadas

Em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, o custo de aquisição das participações em empresas coligadas e associadas consideradas ou não para efeitos da consolidação do Banco comparada com o respectivo valor patrimonial, é analisada como segue:

(Valores em milhares de Euros)

% 2002 2001 2002 2001 2002 2001 2002 2001 2002 2001 2002 2001 2002 2001 2002 2001

Consolidadas:

Pelo método integral

ES Investment, plc. (i) 100,0% 825 825 348.933 368.588 346.580 367.052 2.353 1.536 8.779 60.978 1.487 4.751 2.353 1.536 1.528 711 ESSI Investimentos, S.G.P.S., S.A. 100,0% 1.050 50 4.249 4.302 3.558 4.230 690 72 2 473 (362) 2 690 72 (360) 22 ESSI Comunicações, S.G.P.S., S.A. (ii) 100,0% 50 50 44.021 44.005 3.450 3.437 40.572 40.568 17 35 4 15 40.572 40.568 40.522 40.518 ES Securities Inc. 100,0% 1.488 1.770 85 225 1 33 158 192 1 6 (73) (491) 158 192 (1.330) (1.578)

Pelo método da equivalência patrimonial

Cominvest 25,0% 2.088 2.088 7.084 7.003 435 541 6.649 6.462 376 410 187 275 1.662 1.616 (426) (472)

Total 5.501 4.783 404.372 424.123 354.024 375.293 50.422 48.830 9.175 61.902 1.243 4.552 45.435 43.984 39.934 39.201

Associadas e coligadas não consolidadas:

Sotevor - Soc. Hoteleira do Alvor, S.A. (iii) 100,0% 50 50 91 124 1 36 90 88 4 5 2 (23) 90 88 40 38 Kuthaya - Gestão e Trading Internacional, Lda. (iii) 100,0% 5 5 151 3 168 15 (17) (12) 1 12 (5) (12) (17) (12) (22) (17)Mofelt - Soc. Port. Feltros Betuminosos, S.A. (iii) 40,5% 394 394 n/d 394 n/d 411 n/d (17) n/d - n/d - n/d (7) n/d (401)EET - Energia Eléctrica e Térmica, S.A. 35,8% 223 223 2.553 2.488 2.151 2.222 401 266 1.270 991 (16) (113) 144 95 (79) (128)Gesfinc - ES Estudos Fin. Merc. Capitais, S.A. (iii) 25,0% 100 100 217 227 9 18 157 209 112 128 (52) (122) 39 52 (61) (48)Coporgest - Cia. Port. Gestão e Des. Imob., S.A. 25,0% 250 - 1.000 n/d - n/d 1.000 n/d - n/d - n/d 250 n/d - n/dJampur - Trading Internacional, Lda. 25,0% 1 1 15.962 15.961 16.809 16.805 (849) (844) - 64 (4) (840) (212) (211) (213) (212)Sigal - Ecologia e Tratamento de Resíduos, S.A. (iii) 22,2% 111 111 n/d 615 n/d 168 n/d 447 n/d - n/d - n/d 99 n/d (12)

Total 1.134 884 19.974 19.812 19.138 19.675 782 137 1.387 1.200 (75) (1.110) 294 104 (335) (781)

Total consolidadas e não consolidadas 6.635 5.667 424.346 443.935 373.162 394.968 51.204 48.967 10.562 63.102 1.168 3.442 45.729 44.088 39.599 38.420

Provisões (1.180) (1.026)

Total líquido 5.455 4.641

Participações indirectas relevantes:

ESSI, S.G.P.S., S.A. (via ESSI Comunicações) (ii) 94,6% 45.763 45.763 56.295 56.759 157 278 56.138 56.481 1.029 2.905 372 2.265 53.107 53.431 7.344 7.668

ES Investimentos, S.A. (via ESSI SGPS) (iv) 100,0% 3.472 4.098 75.709 95.139 64.067 88.027 11.643 7.112 431.180 47.450 3.979 2.632 11.643 7.112 8.171 3.014 Benito y Monjardín, S.A. (via ESSI SGPS) (iv) 50,0% 14.105 14.105 1.089.782 779.524 1.076.689 752.535 13.093 26.989 223.464 192.558 (8.092) (5.338) 6.547 13.495 (7.558) (610)ES Dealer - S.F.C., S.A.(via ESSI SGPS) (iv) 43,0% 2.780 2.302 119.633 33.755 113.288 27.285 6.345 6.470 9.494 15.966 (125) (1.352) 2.728 2.782 (52) 480

20.357 20.505 1.285.124 908.418 1.254.044 867.847 31.081 40.571 664.138 255.974 (4.238) (4.058) 20.918 23.389 561 2.884

66.120 66.268 1.341.419 965.177 1.254.201 868.125 87.219 97.052 665.167 258.879 (3.866) (1.793) 74.025 76.820 7.905 10.552

(ii) Inclui a participação na ESSI, S.G.P.S., S.A. pelo método integral. (iii) Sociedades inactivas

Empresas

Diferença entre a parteLucro/(prejuízo) Parte correspondente dos capitais próprios e

(iv) Inclui a participação na ES Investimentos, S.A. pelo método integral e as participações na Benito y Monjardín, S.V., S.A. e na ES Dealer - S.F.C., S.A. pelo método da equivalência patrimonial; a Benito y Monjardín, S.V., S.A. e a ES Dealer - S.F.C.,S.A. são consolidadas pelo métodointegral nas contas do Banco Espírito Santo, S.A.. De acordo com o procedimento mencionado na Nota 2 b) relativo à contabilização do goodwill, a ESSI S.G.P.S., S.A. reduziu, no exercício de 2002, as Reservas em Euros 3.443.000 (2001: Euros 3.439.000).

(i) A Sociedade encerra o exercício em 30 de Novembro e distribui os dividendos ao accionista único em Dezembro, pelo que, em 31 de Dezembro os capitais próprios da Sociedade já se encontram afectados por essa distribuição. No entanto, quer o resultado quer os proveitosapresentados reflectem o período de 12 meses findo em 31 de Dezembro, considerado para efeitos da consolidação (ver Nota 2.b)).

Proveitos do exercício dos capitais própriosCusto de aquisição Activo Passivo Capitais próprios o custo de aquisição

35

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Banco Espírito Santo de Investimento Notas às Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2002 e 2001

36

11 Imobilizações incorpóreas Esta rubrica é analisada como segue:

As amortizações do imobilizado incorpóreo do Banco e do Consolidado, no exercício findo em

31 de Dezembro de 2002 foram de Euros 999.000 e Euros 1.079.000 (2001: Euros 919.000 e Euros 996.000), respectivamente.

Os movimentos da rubrica de imobilizado incorpóreo durante o ano de 2002, para o Banco, são

analisados como segue:

A rubrica de transferências do exercício no valor de Euros 196.000 refere-se a projectos

informáticos descontinuados, imputados em custos. Os movimentos da rubrica de imobilizado incorpóreo durante o ano de 2002, para o

Consolidado, são analisados como segue: Grupo Movimento no exercício

Saldo em 31.12.2001 Abates Var. Var.Valor Amortiz. Transfe- Amorti- Valor Amorti- cambial cambial Valor Amortiz. Valor

bruto acumul. rências zações bruto zação Activos Amort. bruto acumul. líquido

Custos plurienais 399 (343) - - (56) - - - - 399 (399) - Despesas de estabelecimento 192 (33) 114 - (90) - - (71) 62 235 (61) 174 Sistema de tratamento automático de dados 4.980 (3.850) 41 500 (777) - - (15) - 5.506 (4.627) 879 Outras imobilizações incorpóreas 471 (167) - - (156) - - - - 471 (323) 148 Imobilizações incorpóreas em curso 557 - 343 (696) - - - - - 204 - 204

6.599 (4.393) 498 (196) (1.079) - - (86) 62 6.815 (5.410) 1.405

Aquisições

Saldo em 31.12.2002

A rubrica de variação Cambial refere-se ao impacto da desvalorização do real do Brasil.

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Imobilizações incorpóreas Custos plurienais 218 218 399 399 Despesas de estabelecimento - - 235 192 Sistemas de tratamento informático de dados 5.462 4.942 5.506 4.980 Outras imobilizações incorpóreas 471 471 471 471

6.151 5.631 6.611 6.042 Imobilizado em curso - Projecto informático 204 471 204 471 Imobilizado em curso - Outras - 86 - 86

Total imobilizado incorpóreo 6.355 6.188 6.815 6.599

Amortização acumulada (5.144) (4.145) (5.410) (4.393)

Imobilizado incorpóreo líquido 1.211 2.043 1.405 2.206

ConsolidadoBanco

(Valores expressos em milhares de Euros)Banco Movimento no exercício

Saldo em 31.12.2001 AbatesValor Amortiz. Transfe- Amorti- Valor Amorti- Valor Amortiz. Valorbruto acumul. rências zações bruto zação bruto acumul. líquido

Custos plurienais 218 (218) - - - - - 218 (218) - Sistema de tratamento automático de dados 4.942 (3.761) 20 500 (842) - - 5.462 (4.603) 859 Outras imobilizações incorpóreas 471 (166) - - (157) - - 471 (323) 148 Imobilizações incorpóreas em curso 557 - 343 (696) - - - 204 - 204

6.188 (4.145) 363 (196) (999) - - 6.355 (5.144) 1.211

Saldo em 31.12.2002

Aquisições

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Banco Espírito Santo de Investimento Notas às Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2002 e 2001

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12 Imobilizações corpóreas

Esta rubrica é analisada como segue:

As amortizações do imobilizado corpóreo do Banco e do Consolidado, no exercício findo em 31

de Dezembro de 2002 foram, de Euros 906.000 e Euros 978.000 (2001: Euros 1.066.000 e Euros 1.111.000), respectivamente.

Os movimentos da rubrica de imobilizado incorpóreo durante o ano de 2002, para o Banco, são

analisados como segue:

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Imobilizações corpóreas Imóveis De serviço próprio 642 642 949 1.185 Obras em imóveis arrendados 1.391 1.354 1.480 1.354

2.033 1.996 2.429 2.539 Equipamento Equipamento informático 2.846 2.685 3.032 3.009 Instalações interiores 382 374 445 441 Material de transporte 1.076 1.473 1.198 1.695 Mobiliário e material 1.211 1.193 1.218 1.202 Máquinas e ferramentas 394 386 409 412 Equipamentos diversos 48 43 48 43 Equipamento de segurança 130 130 135 130

6.087 6.284 6.485 6.932

Imobilizado em curso - equipamento 176 - 271 129

Outras imobilizações Património artístico 35 30 35 30

8.331 8.310 9.220 9.630 Amortizações acumuladas De imóveis de serviço próprio (135) (125) (136) (127) De obras em imóveis arrendados (299) (148) (310) (148) De equipamento (4.357) (3.978) (4.504) (4.135)

(4.791) (4.251) (4.950) (4.410)

3.540 4.059 4.270 5.220

ConsolidadoBanco

(Valores expressos em milhares de Euros)Banco Movimento no exercício

Saldo em 31.12.2001 AbatesValor Amortiz. Transfe- Amorti- Valor Amorti- Valor Amortiz. Valorbruto acumul. rências zações bruto zação bruto acumul. líquido

Imóveis de serviço próprio 642 (125) - - (10) - - 642 (135) 507 Obras em imóveis arrendados 1.354 (148) 37 - (151) - - 1.391 (299) 1.092 Equipamento 6.284 (3.978) 259 - (745) (456) (366) 6.087 (4.357) 1.730 Património artístico 30 - 5 - - - - 35 - 35 Imobilizações corpóreas em curso Equipamento - - 176 - - - - 176 - 176

8.310 (4.251) 477 - (906) (456) (366) 8.331 (4.791) 3.540

Saldo em 31.12.2002

Aquisições

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Banco Espírito Santo de Investimento Notas às Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2002 e 2001

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Os movimentos da rubrica de imobilizado corpóreo durante o ano de 2002, para o Consolidado,

são analisados como segue:

A rubrica de Variação cambial refere-se ao impacto da desvalorização do Real do Brasil.

(Valores expressos em milhares de Euros)Grupo Movimento no exercício

Saldo em 31.12.2001 Abates Var. Var.Valor Amortiz. Transfe- Amorti- Valor Amorti- cambial cambial Valor Amortiz. Valorbruto acumul. rências zações bruto zação Activos Amort. bruto acumul. líquido

Imóveis de serviço próprio 1.185 (127) 8 - (10) - - (244) 1 949 (136) 813 Obras em imóveis arrendados 1.354 (148) 126 - (162) - - - - 1.480 (310) 1.170 Equipamento 6.932 (4.135) 322 - (806) (456) (363) (313) 74 6.485 (4.504) 1.981 Património artístico 30 - 5 - - - - - - 35 - 35 Imobilizações corpóreas em curso Equipamento 129 - 199 (57) - - - - - 271 - 271

9.630 (4.410) 660 (57) (978) (456) (363) (557) 75 9.220 (4.950) 4.270

Saldo em 31.12.2002

Aquisições

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Banco Espírito Santo de Investimento Notas às Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2002 e 2001

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13 Outros activos

Esta rubrica é analisada como segue:

O acréscimo verificado em 2002 na rubrica Devedores – Devedores por serviços prestados

ocorreu em resultado do aumento do volume da prestação de serviços de assessoria financeira no final do exercício económico referido.

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Aplicações por recuperação de créditos Imóveis 192 192 192 192

Devedores Devedores por serviços prestados 11.901 157 11.901 3.086 Operações sobre futuros e opções 4.157 6.652 3.832 6.652 IRC a recuperar (ver Nota 34) 3.660 3.660 3.753 3.785 Outros valores a receber do Estado 859 1.260 1.678 1.260 Activos vendidos a prazo - 44 - 44

20.577 11.773 21.164 14.827

Suprimentos ES Investment, plc. 100.000 100.000 - - ESSI Comunicações, S.G.P.S., S.A. 3.437 3.437 - - Sotevor - Soc. Hoteleira do Alvor, S.A. - 34 - 34 Activalor - Soc. Valorização de Activos, S.A. 2.332 2.332 2.332 2.332 Benito y Monjardín, S.V., S.A. - - 3.155 3.155 Gestres - Gestão Estratégica ES, S.A. 261 261 261 261 Mofelt - Soc. Port. Feltros Betuminosos, S.A. 126 126 126 126 EET - Energia Eléctrica e Térmica, S.A. 116 116 116 116 Sociedade Turística Palheiro Golfe, S.A. 40 50 40 50 ESSI Investimentos, S.G.P.S., S.A. 3.556 4.232 - - Kuthaya - Gestão e Trading Internacional, Lda. 165 150 165 150 Jampur - Trading International, Lda. - - 3.559 4.234 Portline - Transp. Marítimos Internac., S.A. 519 644 519 644 ES Capital - Soc. de Capital de Risco, S.A. - - 2.524 2.524 Web-Lab. S.G.P.S., S.A. 69 - 69 -

110.621 111.382 12.866 13.626

Numismática e medalhística e outras disponibilidades 62 60 62 60

131.452 123.407 34.284 28.705

Provisões (ver Nota 20)

Para aplicações por recuperação de créditos (87) (89) (87) (89) Para suprimentos (2.820) (2.508) (2.894) (2.508)

(2.907) (2.597) (2.981) (2.597)

128.545 120.810 31.303 26.108

Banco Consolidado

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Banco Espírito Santo de Investimento Notas às Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2002 e 2001

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A rubrica Devedores – IRC a recuperar inclui o montante de Euros 3.660.000 (2001: Euros

3.660.000) relativo ao IRC a recuperar do exercício de 2001 A Provisão para suprimentos à data de 31 de Dezembro de 2002 e 2001, destina-se a fazer face a

perdas consideradas de carácter permanente nos suprimentos efectuados às seguintes sociedades:

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Activalor - Soc. Valorização de Activos, S.A. 2.332 2.332 2.332 2.332 Mofelt - Soc. Port. de Feltros Betuminosos, S.A. 126 126 126 126 Sociedade Turística Palheiro Golfe, S.A. 40 50 40 50 Gestres - Gestão Estratégica ES, S.A. 5 - 5 - Kuthaya - Gestão e Trading Internacional, Lda. 10 - 10 - Web-Lab, S.G.P.S, S.A. 4 - 4 - ESSI Investimentos, S.G.P.S., S.A. 303 - - - Jampur - Trading International, Lda. - - 377 -

2.820 2.508 2.894 2.508

ConsolidadoBanco

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Banco Espírito Santo de Investimento Notas às Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2002 e 2001

41

14 Contas de regularização do activo Esta rubrica é analisada como segue:

A rubrica Proveitos a receber de operações extrapatrimoniais, para o Banco e o Consolidado,

inclui, a 31 de Dezembro de 2002, Euros 1.365.000 (2001: Euros 780.000) relativos à especialização dos juros a receber de swaps de taxa de juro de cobertura (ver Nota 2 d1)).

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Proveitos a receber De crédito interno 2.090 1.679 2.090 1.679 De crédito ao exterior 39 68 1.028 2.553 De outros títulos 426 573 1.554 2.003 De operações extrapatrimoniais 1.499 1.826 4.073 4.723 De outras aplicações 71 56 40 27

4.125 4.202 8.785 10.985 Despesas com custo diferido Prémios de opções 1.210 5.815 2.873 9.134 Emissão de obrigações - 22 1.464 1.642 Outras 1.230 541 1.262 542

2.440 6.378 5.599 11.318 Operações a regularizar Reavaliação de derivados 7.066 10.372 8.102 18.064 Fundo de pensões 926 751 926 759 Operações a aguardar liquidação 917 12.656 20.120 21.357 Ganhos não realizados de opções 706 408 706 408 Outras 3.954 13.258 5.762 437

13.569 37.445 35.616 41.025

20.134 48.025 50.000 63.328

Banco Consolidado

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Banco Espírito Santo de Investimento Notas às Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2002 e 2001

42

15 Débitos para com instituições de crédito Esta rubrica é analisada como segue:

A análise desta rubrica pelo período remanescente das operações é a seguinte:

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

À vista No país 1.720 523 1.720 523 No estrangeiro 133 468 133 119

1.853 991 1.853 642

A prazo ou com pré-aviso No país Mercado monetário interbancário 120.885 102.479 120.885 102.479 Outros recursos 54.037 62.834 54.518 62.834

174.922 165.313 175.403 165.313

No estrangeiro Outros recursos 131.596 196.151 56.222 90.952

306.518 361.464 231.625 256.265

308.371 362.455 233.478 256.907

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Exigível à vista 1.853 991 1.853 642

Exigível a prazo Até três meses 294.513 318.384 212.033 201.648 De três meses a um ano 10.871 41.559 15.629 41.559 De um a cinco anos - - - 5.863 Mais de cinco anos 1.134 1.521 3.963 7.195

306.518 361.464 231.625 256.265

308.371 362.455 233.478 256.907

ConsolidadoBanco

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Banco Espírito Santo de Investimento Notas às Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2002 e 2001

43

Os Débitos para com instituições de crédito a prazo são remunerados a taxas anuais variáveis, que à data do balanço eram as seguintes:

16 Débitos para com clientes Esta rubrica é analisada como segue:

O acréscimo ocorrido em 2002 na rubrica A prazo – Depósitos a prazo é explicada por uma

aplicação de montante elevado realizada por um cliente do Banco. A análise desta rubrica pelo período remanescente das operações é a seguinte:

2002 2001

No país Mercado monetário interbancário 2,95%-3,62% 2,85%-3,9% Outros recursos 1,45%-4% 1,93%-4,05%

No estrangeiro Outros recursos 2,95%-3,2% 1,99%-5,92%

Banco

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

À vista Depósitos à ordem 42.666 16.192 42.657 16.142

A prazo Depósitos a prazo 92.815 56.170 103.181 59.237 Cheques e ordens a pagar 343 1.503 343 1.503 Contratos de futuros - de conta da instituição - - 334 - Outros 32 342 2.756 342

93.190 58.015 106.614 61.082

135.856 74.207 149.271 77.224

ConsolidadoBanco

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Exigível à vista 42.666 16.192 42.657 16.142

Exigível a prazo Até três meses 93.190 58.015 106.614 61.082

135.856 74.207 149.271 77.224

Banco Consolidado

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Banco Espírito Santo de Investimento Notas às Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2002 e 2001

44

Os Débitos para com clientes são remunerados a taxas anuais variáveis, que à data do balanço

eram as seguintes:

17 Débitos representados por títulos e passivos subordinados Esta rubrica é analisada como segue:

A análise desta rubrica pelo período remanescente das operações é a seguinte:

A rubrica Vencido refere-se a Obrigações já vencidas, cujo pagamento ainda não foi reclamado

pelos seus detentores.

2002 2001

Depósitos à ordem 0%-2% 0%-2%Depósitos a prazo 3,2%-3,6% 3,3%-3,73%

Banco

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Débitos representados por títulos Obrigações em circulação 3.077 5.571 218.399 233.139

Passivos subordinados Obrigações em circulação 49.880 49.880 49.880 49.880

52.957 55.451 268.279 283.019

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Até três meses - 2.494 - 21.647 De três meses a um ano - - - 28.000 De um ano a cinco anos 32.999 32.999 218.192 205.010 Mais de cinco anos 19.952 19.952 50.081 28.356 Vencido 6 6 6 6

52.957 55.451 268.279 283.019

Banco Consolidado

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Banco Espírito Santo de InvestimentoNotas às Demonstrações Financeiras

31 de Dezembro de 2002 e 2001A rubrica de Obrigações em circulação, emitidas pelo Grupo, é analisada como segue:

Taxa de (Valores em milhares de Euros)Valor Data de juro em

Número de nominal vencimento vigor em Data de Saldo em Variações Saldo emobrigações unitário dos juros 31.12.2002 vencimento 31.12.2001 Reembolsos Emissões cambiais 31.12.2002

BES Investimento

Obrigações Não Subordinadas

ESSI 87 - Obrigações (10ª série) 1.500.985 PTE 1.000 15 Maio/15 Nov. - 15-Mai-96 1 - - - 1 15-Mai-97

Capital ESSI 88 - Obrigações 2.150 PTE 500 15 Jan./15 Jul. - 15-Jan-94 5 - - - 5 15-Jan-95

BES Investimento Caixa 98 Cupão Zero 50.000 PTE 10.000 - - 18-Mar-02 2.494 (2.494) - - -

Obrigações Caixa Banco ESSI 98 500.000 PTE 10.000 13 Nov./13 Maio - 13-Mai-01 - - - - -

Obrigações de Caixa Super Rendimento BEST 25.000 EUR 1.000 02-Nov (a) 2-Nov-04 3.071 - - - 3.071

5.571 (2.494) - - 3.077 Obrigações Subordinadas

ESSI 96 - Obrigações de caixa subordinadas 600.000 PTE 10.000 30 Jun./30 Dez. 3,4100% 30-Dez-06 29.928 - - - 29.928

BES Investimento 98 - Obrigações de caixa subordinadas 1.995.191.591 (h) EUR 0,01 17 Jun./17 Dez. 3,490% 17-Dez-08 19.952 - - - 19.952

49.880 - - - 49.880

55.451 (2.494) - - 52.957 Espírito Santo Investment, plc.

Medium Term Notes Curto Prazo

Serie 1 180.000 EUR 50 1 Jan./1 Abr./1 Jul./1 Out 3,655% 1-Jul-02 9.000 (g) (9.000) - - -

Serie 38 570 EUR 10.000 10 Mar./10 Jun./10 Set./10 Dez 5,364% (b) 10-Mar-02 5.700 (g) (5.700) - - -

Serie 39 278 EUR 10.000 10 Mar./10 Jun./10 Set./10 Dez 5,364% (b) 10-Mar-02 2.780 (g) (2.780) - - -

Serie 55 250 EUR 10.000 Anual (f) 25-Nov-02 2.500 (g) (2.500) - - -

Serie 56 250 EUR 10.000 Anual (f) 23-Dez-02 2.500 (g) (2.500) - - -

Serie 57 60 EUR 100.000 Anual 0,100% (e) 27-Dez-02 6.000 (g) (6.000) - - -

Serie 65 20 EUR 250.000 Anual 6,000% (j) 19-Mar-02 5.000 (5.000) - - -

Serie 66 20 EUR 250.000 (i) Anual 6,000% (j) 19-Mar-02 5.674 (5.674) - - -

Serie 69 5.000 EUR 10.000 Anual 6,700% (j) 4-Abr-02 5.000 (5.000) - - -

Serie 80 10 EUR 200.000 Anual 7,920% (j) 23-Jul-01 2.000 (2.000) - - -

Serie 59 4 EUR 250.000 Anual 6,850% (j) 26-Jul-02 1.000 (1.000) - - - 47.154 (47.154) - - -

Médio/Longo Prazo

Serie 19 50 EUR 100.000 24 Mar./24 Set. 4,471% (o) 24-Set-09 5.000 - - - 5.000

Serie 41 500 EUR 10.000 16 Mar./16 Jun./16 Set./16 Dez 0,000% (b) 17-Mar-03 (u) 5.000 (1.242) - - 3.758

Serie 45 500 EUR 10.000 7 Jan./7 Abr./7Jul./7Out. (c) 7-Abr-03 5.000 (5.000) - - -

Serie 47 500 EUR 10.000 14Jan./14 Abr./14 Jul./14 Out. (d) 14-Abr-03 5.000 (5.000) - - -

Serie 60 3.000 EUR 1.000 (i) 26 Jan./26Jul. 11,850% (j) 26-Jan-11 3.405 - - (544) 2.861

Serie 61 7.000 EUR 1.000 (i) Anual 8,500% (j) 17-Fev-04 7.943 - - (1.268) 6.675

Serie 62 5.000 EUR 1.000 (i) Anual 10,000% (j) 15-Fev-06 5.673 - - (906) 4.767

Serie 63 10.000 EUR 1.000 Anual 8,750% (j) 8-Mar-04 10.000 - - - 10.000

Serie 64 2.500 EUR 1.000 Anual (f) 30-Mar-05 (u) 2.175 - - - 2.175

Serie 67 1.000 EUR 10.000 Anual 8,250% (j) 21-Mar-04 10.000 - - - 10.000

Serie 68 1.000 EUR 10.000 (i) Anual 8,750% (j) 21-Mar-04 11.347 - - (1.811) 9.536

Serie 72 3.000 EUR 1.000 Anual (k) 13-Dez-04 (u) 3.000 (19) - - 2.981

Serie 74 21.071 EUR 1.000 Anual 7,500% (l) 15-Jun-04 (u) 20.971 (10.624) - - 10.347

Serie 75 5.086 EUR 1.000 (i) Anual 7,500% (l) 15-Jun-04 5.771 - - (3.347) 2.424

Serie 76 50.000 EUR 1.000 Anual (o) 11-Jun-04 50.000 - - - 50.000

Serie 77 7.000 EUR 1.000 (i) Anual 7,500% (l) 22-Jun-04 7.943 - - (4.607) 3.336

Serie 78 2.500 EUR 1.000 Anual (k) 17-Fev-05 2.500 - - - 2.500

Serie 79 5.000 EUR 1.000 (i) Anual 7,500% (l) 23-Jul-04 5.673 - - (3.289) 2.384

Serie 81 4.000 EUR 1.000 Anual (k) 15-Abr-05 (u) 4.000 (35) - - 3.965

Serie 82 5.000 EUR 1.000 (i) Anual (f) 11-Out-04 5.673 - - (905) 4.768

Serie 83 3.000 EUR 1.000 Anual (m) 9-Dez-04 440 - 2.560 (v) - 3.000

Serie 84 39 EUR 100.000 20 Jun./20Dez. 3,254% (n) 20-Dez-04 3.900 (3.900) - - -

Serie 85 10.000 EUR 1.000 Anual 7,000% (p) 6-Fev-07 - - 10.000 - 10.000

Serie 86 2.500 EUR 1.000 Anual (f) 15-Mar-05 - - 2.500 - 2.500

Serie 87 7.500 EUR 1.000 Anual (q) 6-Mar-05 - - 7.500 - 7.500

Serie 88 2.500 EUR 1.000 Anual (r) 17-Mai-04 - - 2.500 - 2.500

Serie 89 4.500 EUR 1.000 Anual (s) 11-Jun-05 - - 4.500 - 4.500

Serie 90 2.500 EUR 1.000 Anual 8,000% (s) 15-Mar-04 - - 2.500 - 2.500

Serie 91 2.000 EUR 1.000 Anual 7,300% (s) 15-Abr-04 - - 2.000 - 2.000

Serie 92 2.500 EUR 1.000 Anual 7,300% (s) 21-Out-04 - - 2.500 - 2.500

Serie 93 21.077 EUR 1.000 Anual 7,300% (s) 10-Abr-04 - - 21.077 - 21.077

Serie 94 2.500 EUR 1.000 Anual 8,000% (s) 21-Out-04 - - 2.500 - 2.500

Serie 95 7.500 EUR 1.000 Anual (t) 22-Out-17 - - 7.500 - 7.500

Serie 96 2.500 EUR 1.000 Anual 8,000% (s) 20-Dez-04 - - 2.500 - 2.500

Serie 97 5.000 EUR 1.000 Anual 6,750% (s) 18-Mai-04 - - 4.768 - 4.768

Serie 98 2.500 EUR 1.000 Anual 8,750% (s) 18-Mai-04 - - 2.500 - 2.500 180.414 (25.820) 77.405 (16.677) 215.322 227.568 (72.974) 77.405 (16.677) 215.322 283.019 (75.468) 77.405 (16.677) 268.279

(a) Taxa de juro 6,25% anual, calculados sobre 50% do valor nominal de cada obrigação (l) 50% Indexado ao índice Euro Stoxx 50 e 50% a taxa de juro fixa(b) Range accrual (m) 50% Indexado ao índice Euro Stoxx 50 e 50% ao índice S&P500(c) Indexado ao câmbio EUR/USD (n) Corporate Credit Risk Note(d) Indexado ao índice Nikkei 225 (o) Floating Rate Notes(e) Emissões High Low Coupon fixed rate notes (p) reverse floater(f) Indexado ao índice Euro Stoxx 50 (q) indexado ao fundo Football Players Fund(g) Devido à maturidade estas obrigações passaram de longo prazo em 2000 para curto prazo em 2001 (r) Iberian Basket Linked Notes(h) Estas obrigações encontram-se em carteira (ver Inventário de Titulos e Participações Financeiras), em anexo (s) first to default linked notes(i) Emissão em USD (t) 15 years callable steepener linked notes(j) Brazilian Credit Risk Note (ver Nota 7) (u) emissões em carteira do BES Investimento(k) Indexado a 7 Shares Pick & Drop (v) subscrições adicionais em 2002 de emissões ocorridas em 2001

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Banco Espírito Santo de Investimento Notas às Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2002 e 2001

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Em 30 de Dezembro de 1996, o Banco procedeu à emissão das Obrigações de Caixa

Subordinadas ESSI 96, num total 600.000 obrigações de caixa subordinadas ao portador e escriturais com o valor nominal de Esc. 10.000 cada, e por um prazo de 10 anos.

Em 17 de Dezembro de 1998, o Banco emitiu as Obrigações de Caixa Subordinadas – BES

Investimento 98, constituída por 400.000 obrigações de caixa subordinadas ao portador e escriturais, com o valor nominal de Esc. 10.000 e por um prazo de 10 anos. Em 17 de Junho de 1999, esta emissão foi convertida para Euros, pelo que o valor nominal passou a ser de Euros 0,01 e o número de obrigações 1.995.191.591.

A subordinação destas emissões explicita que em caso de falência ou liquidação, o pagamento

dos juros e o reembolso das obrigações ficam subordinadas ao pagamento prévio de todos os demais créditos não subordinados sobre o Banco, tendo no entanto os detentores destas obrigações, prioridade sobre os accionistas.

No exercício de 2002, os encargos relativos a estas emissões e reconhecidos em resultados

ascenderam a Euros 1.888.000 (2001: Euros 2.453.000). As Medium Term Notes foram emitidas ao abrigo do Euro Medium Term Note Programme

listado na London Stock Exchange, com offering circular de 23 de Abril de 1999. Ao abrigo deste programa a ES Investment plc. pode emitir de modo escalonado, e em diversas moedas, notes até ao montante de Euros 500.000.000 e com uma maturidade mínima de 30 dias. Este programa encontra-se listado na London Stock Exchange. Do valor emitido (Euros 43.839.000), parte destina-se a mitigar risco soberano (ver Nota 7).

No âmbito deste programa, o Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. assinou um keep well

agreement com a ES Investment plc., segundo o qual assumiu o compromisso de assegurar que esta tem, em cada momento, os recursos necessários para manter a continuidade da actividade.

18 Outros passivos Esta rubrica é analisada como segue:

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

IRC a pagar (ver Nota 34) 2.528 - 6.238 866 Outros impostos a entregar ao Estado 3.494 1.381 3.565 2.954 Fornecedores residentes 1.506 628 1.506 630 Fornecedores não residentes - - 818 105 Outros 820 931 820 931

8.348 2.940 12.947 5.486

Banco Consolidado

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Banco Espírito Santo de Investimento Notas às Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2002 e 2001

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19 Contas de regularização do passivo Esta rubrica é analisada como segue:

A rubrica Custos a pagar - operações extrapatrimoniais, inclui à data de 31 de Dezembro de 2002 para o Banco e para o Consolidado, respectivamente Euros 1.012.000 (2001: Euros 279.000) e Euros 579.000 (2001: Euros 683.000), referente à especialização dos juros a pagar consolidados de swaps de taxa de juro de cobertura (ver Nota 2 d1)).

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Custos a pagar Juros de débitos para com instituições de crédito 964 920 1.014 935 Juros de débitos para com clientes 74 82 3.260 888 Juros de débitos representados por títulos 42 16 3.548 2.019

1.080 1.018 7.822 3.842

De operações extrapatrimoniais 1.148 1.328 581 1.681 Encargos com férias e subsídio de férias 862 994 1.131 1.313 Outros 486 820 1.142 1.787

2.496 3.142 2.854 4.781 Receitas com proveito diferido Prémios de opções 4.050 16.087 6.503 19.791 Outras 676 431 715 3.936

4.726 16.518 7.218 23.727 Operações a regularizar Reavaliação de derivados 6.570 3.372 1.357 3.372 Operações cambiais a liquidar 14.647 - 13.705 - Outras contas de regularização 3.523 3.766 7.109 18.919

24.740 7.138 22.171 22.291

33.042 27.816 40.065 54.641

ConsolidadoBanco

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20 Movimento de provisões O movimento verificado nas rubricas de provisões, durante o exercício findo em 31 de Dezembro

de 2002, para o Banco, foi o seguinte:

O movimento verificado nas rubricas de provisões, durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, para o Consolidado, foi o seguinte

Diferenças (Valores expressos em milhares de Euros)cambiais e

Saldo em outros Reposições Saldo em31.12.01 movimentos Reservas Resultados Utilizações /anulações 31.12.02

Provisões para

Crédito vencido (ver Nota 6) Créditos sobre clientes 7.187 - - 2.333 (1.315) (1.400) 6.805 Créditos de cobrança duvidosa 282 - - 511 - - 793 Risco-país 2 - - 14 - (11) 5

7.471 - - 2.858 (1.315) (1.411) 7.603 Riscos gerais de crédito (ver Nota 6) 2.895 - 1.744 (472) 4.167

Sub-total 10.366 - - 4.602 (1.315) (1.883) 11.770

Depreciação de títulos (ver Nota 7) Investimento - rendimento fixo 3.699 (37) - 10.659 - (2.190) 12.131 Investimento - rendimento variável 11.449 (393) - 393 - (1.746) 9.703 Negociação - rend. variável - - - 1.124 - (1.124) - Negociação - rend. fixo (Risco-país) - - - 157 - - 157 Negociação - rend. variável (Risco-país) 22 - - 116 - (130) 8

Sub-total 15.170 (430) - 12.449 - (5.190) 21.999

Participações (ver Nota 8) 897 (17) 766 315 - (94) 1.867 Outros activos (ver Nota 13) Sem Risco-país 2.595 (6) 44 358 - (10) 2.981 Com Risco-país 2 - - 104 - (106) -

Sub-total 2.597 (6) 44 462 - (116) 2.981

Outros créditos (risco-país) (ver Nota 5) 9 - - 3 - (9) 3 Outros riscos e encargos (Impostos diferidos) (ver Nota 23 e 34) 2.385 (553) - - - (1.669) 163

31.424 (1.006) 810 17.831 (1.315) (8.961) 38.783

Reforços

(Valores expressos em milhares de Euros)

Saldo em Reposições Saldo em31.12.01 Reservas Resultados Utilizações /anulações 31.12.02

Provisões para

Crédito vencido (ver Nota 6) Créditos sobre clientes 7.187 - 2.333 (1.315) (1.400) 6.805 Créditos de cobrança duvidosa 282 - 511 - - 793 Risco-país 2 - 14 - (11) 5

7.471 - 2.858 (1.315) (1.411) 7.603 Riscos gerais de crédito (ver Nota 6) 2.895 - 1.744 - (472) 4.167

Sub-total 10.366 - 4.602 (1.315) (1.883) 11.770

Depreciação de títulos (ver Nota 7) Investimento - rendimento fixo 3.688 - 9.468 - (1.670) 11.486 Investimento - rendimento variável 10.887 - 393 - (1.745) 9.535 Negociação - rend. variável - - 1.124 - (1.124) - Negociação - rend. fixo (Risco-país) - - 157 - - 157 Negociação - rend. variável (Risco-país) 22 - 116 - (130) 8

Sub-total 14.597 - 11.258 - (4.669) 21.186

Participações (ver Nota 8) 801 771 51 - (42) 1.581 Partes de capital em empresas coligadas (ver Nota 9) 583 50 - - - 633 Outros activos (ver Nota 13) Sem Risco-país 2.595 323 - - (11) 2.907 Com Risco-país 2 - 104 - (106) -

Sub-total 2.597 323 104 - (117) 2.907

Outros créditos (risco-país) (ver Nota 5) 9 - 3 - (9) 3 Outros riscos e encargos (Impostos diferidos) (ver Nota 23 e 34) 1.832 - - - (1.669) 163

30.785 1.144 16.018 (1.315) (8.389) 38.243

Reforços

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21 Pensões de reforma Em conformidade com o Acordo Colectivo de Trabalho celebrado com os sindicatos e vigente

para o sector bancário, o Banco assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados, ou às suas famílias, prestações pecuniárias a título de reforma por velhice ou invalidez e de sobrevivência. Estas prestações consistem numa percentagem, crescente em função do número de anos de serviço do empregado, aplicada à tabela salarial negociada anualmente para o pessoal no activo.

Para fazer face à cobertura das responsabilidades por serviços passados relativos a pensões de

reforma, o Banco aderiu, em Dezembro de 1989 a um fundo aberto autónomo designado de Fundo de Pensões BIC. Em Março de 1994, o Banco transferiu a gestão do seu fundo de pensões para a ESAF – Espírito Santo Fundo de Pensões, S.A., sociedade integrada no Grupo Espírito Santo, tendo aderido ao Fundo de Pensões GES.

O reconhecimento, tratamento e relevação contabilística das responsabilidades para com pensões

de reforma e sobrevivência é efectuado de acordo com a política contabilística descrita na nota 2 m).

Com referência a 31 de Dezembro 2002 e 2001 apresenta-se a descrição geral de cada plano de

pensões de benefício definido, financiado por um fundo de pensões:

��������Os benefícios previstos no plano de pensões estão de acordo com o estabelecido no acordo colectivo de trabalho do sector bancário (ACTV);

��������Para efeitos de cálculo das pensões de reforma futuras considerou-se as percentagens

previstas no anexo V do ACTV aplicadas ao último vencimento base do colaborador.

Anos de Anos deNúmero Remuneração serviço Número Remuneração serviço

de anual Idade passado de anual Idade passadoparticipantes Euros'000 (média) (médio) participantes Euros'000 (média) (médio)

Pensionistas 10 229 - - 10 227 - - Activos 150 3.978 35 8 151 3.883 34 7

2002 2001

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50

��������O valor actual das responsabilidades assumidas por pensões de reforma e de sobrevivência,

decompõe-se da seguinte forma:

A evolução das responsabilidades do Banco em 2002 e 2001 pode ser analisada da seguinte forma:

2002 2001Euros'000 Euros'000

Responsabilidades por serviços passados - Pessoal no activo (A) 6.197 5.538 Responsabilidades por pensões em pagamento (RPP) 3.061 3.066

9.258 8.604

Valor do Fundo de Pensões Aberto GES 9.090 8.466

Valores a entregar ao fundo (168) (138)

Nível de cobertura das responsabilidades 98% 98%

Responsabilidades por serviços futuros (RSF) (B) 13.193 12.662

Valor actual das responsabilidades totais (VART) (A+B) 19.390 18.200

Banco

2002 2001Euros'000 Euros'000

Responsabilidade no final do período anterior 8.604 7.514

Custo do serviço corrente 551 519 Custo dos juros 516 451 Contribuição dos empregados 11 - Pagamentos efectuados (228) (229) Ganhos e perdas actuariais (196) 346

Responsabilidade no final do período 9.258 8.601

Banco

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A evolução do valor do fundo de pensões em 2002 e 2001 foi a seguinte:

O Rendimento líquido do fundo contém desvios actuariais negativos de Euros 877.000 (2001: Euros 541.000). Os montantes reconhecidos como custos pelo Banco podem ser analisados da seguinte forma:

Os desvios actuariais calculados em 2002 e em 2001 tiveram o seguinte reconhecimento:

2002 2001Euros'000 Euros'000

Valor do fundo em 1 de Janeiro 8.466 7.311 Rendimento líquido do fundo (403) (126)Contribuição do Banco e dos empregados 1.255 1.510 Pagamentos efectuados (228) (229)

Valor do fundo em 31 de Dezembro 9.090 8.466 Valores a entregar ao fundo 168 138

Coberturas totais 9.258 8.604

Banco

2002 2001Euros'000 Euros'000

Custo dos serviços correntes 551 519 Custo dos juros 516 451 Rendimento esperado dos activos (474) (414)

593 556 Amortização dos ganhos e perdas actuariais 1 14

594 570

Banco

2002 2001Euros'000 Euros'000

Flutuação cambial 926 751 Despesas com custo diferido 780 136

1.706 887 Amortização (15) (14)

1.691 873

Banco

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O saldo final líquido de custos diferidos no montante de Euros 765.000 será amortizado por um período de 10 anos. ��������As contribuições entregues ao fundo de pensões durante o exercício:

��������O montante das pensões pagas pelo fundo de pensões durante o exercício de 2002 ascendeu a

Euros 228.000 (2001: Euros 229.000).

Os activos do fundo de pensões utilizados pelo Grupo BES, referem-se unicamente a imóveis, cujo valor patrimonial ascendia em 31 de Dezembro de 2002 a Euros 41.209.000 (2001: Euros 50.824.000). Durante o exercício de 2002 o Banco Espírito Santo, S.A. alienou ao Fundo de Pensões 22.369.000 acções da empresa VTR, S.G.P.S., S.A. por Euros 32.000.000. Esta transacção permitiu apurar um lucro de Euros 9.631.000 no Banco Espírito Santo, S.A. e deverá gerar uma mais valia potencial de idêntico montante no Fundo de Pensões.

��������Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados e o

método de cálculo utilizado são conforme segue:

2002 2001Euros'000 Euros'000

Contribuições entregues ao Fundo até 31/12 (i) 1.255 1.419 (das quais contribuições entregues pelos funcionários) (11) (78)

(i) Contribuições efectuadas em dinheiro.

Banco

Previsto Verificado Previsto Verificado

Hipóteses Financeiras Taxa de Rendimento dos activos 6,0% -4,07% 6,0% -1,60% Taxa de Crescimento Salarial 3,0% 3,12% 3,0% 17,60% Taxa de Crescimento das Pensões 2,0% 0,23% 2,0% 9,70% Taxa Técnica de Juro Reversibilidade

Hipóteses Demográficas Tábua de Mortalidade Tábua de Invalidez Tábua de Turn Over

6,0%70,0%

20012002

n.a.

6,0%70,0%

TV 73/77SR

TV 73/77SRn.a.

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22 Activos e passivos representados em moeda estrangeira Em 31 de Dezembro de 2002 e 2001 o contravalor em Euros dos elementos do activo e do

passivo do Banco, expressos em moeda estrangeira, convertidos ao câmbio em vigor à data do balanço, eram os seguintes:

Dólares Dólaresamericanos Outros Total americanos Outros Total

Activo

Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito 9 35 44 327 82 409 Outros créditos sobre instituições de crédito 22.885 9.343 32.228 28.525 5.470 33.995 Créditos sobre clientes 3.303 55 3.358 1.520 83 1.603 Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 27.511 - 27.511 35.713 - 35.713 Acções e participações 10.774 207 10.981 13.801 204 14.005 Outros activos 7.054 2.465 9.519 8.227 390 8.617 Contas de regularização 11.332 1 11.333 14.499 684 15.183

Total do Activo (Euros) 82.868 12.106 94.974 102.612 6.913 109.525

Passivo

Débitos para com instituições de crédito (58.604) (10.895) (69.499) (103.454) (7.592) (111.046)Débitos para com clientes (8.962) - (8.962) (2.124) - (2.124)Outros passivos (9) (480) (489) (33) (13) (46)Contas de regularização (920) (171) (1.091) (6.361) (797) (7.158)

Total do Passivo (Euros) (68.495) (11.546) (80.041) (111.972) (8.402) (120.374)

2002 2001

Dólares Dólaresamericanos Outros Total americanos Outros Total

Posição cambial à vista Divisas (14.363) (560) (14.923) (28.274) 1.489 (26.785) Swap currency - - - 34.041 - 34.041

(14.363) (560) (14.923) 5.767 1.489 7.256

Posição cambial a prazo Divisas 44.193 - 44.193 100.161 - 100.161 Swap currency (44.203) - (44.203) (96.568) - (96.568)

(10) - (10) 3.593 - 3.593

Total (Euros) (14.373) (560) (14.933) 9.360 1.489 10.849

2002 2001

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Em 31 de Dezembro de 2002 e 2001 o contravalor em Euros dos elementos do activo e do

passivo do Consolidado, expressos em moeda estrangeira, convertidos ao câmbio em vigor à data do balanço, eram os seguintes:

Dólare s Dólare same ricanos Outros Total ame ricanos Outros Total

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 81 - 81 218 1.829 2.047 Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito 118 1.125 1.243 388 101 489 Outros créditos sobre instituições de crédito 5.721 19.374 25.095 28.525 5.470 33.995 Créditos sobre clientes 14.082 9.523 23.605 8.329 5.582 13.911 Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 67.678 36.327 104.005 105.688 70.616 176.304 Acções e participações 9.287 522 9.809 15.946 3.736 19.682 Outros activos 7.058 (4.863) 2.195 23.810 (6.828) 16.982 Contas de regularização 19.761 10.429 30.190 24.203 10.768 34.971

Total do Activo (Euros) 123.786 72.437 196.223 207.107 91.274 298.381

Passivo

Débitos para com instituições de crédito (55.730) (18.962) (74.692) (136.210) (25.767) (161.977)Débitos para com clientes (10.327) (29.681) (40.008) (2.125) (18.051) (20.176)Débitos representados por títulos (41.521) - (41.521) (59.101) - (59.101)Outros passivos (10) (8.730) (8.740) (66) (1.640) (1.706)Interesses minoritários - (3.545) (3.545) - (7.872) (7.872)Contas de regularização (1.680) (10.815) (12.495) (7.639) (39.403) (47.042)

Total do Passivo (Euros) (109.268) (71.733) (181.001) (205.141) (92.733) (297.874)

2002 2001

Dólares Dólaresamericanos Outros Total americanos Outros Total

Posição cambial à vista Divisas (14.509) (704) (15.213) (43.512) 1.459 (42.053) Swap currency - - - 34.040 - 34.040

(14.509) (704) (15.213) (9.472) 1.459 (8.013)

Posição cambial a prazo Divisas (9) - (9) 104.075 - 104.075 Swap currency - - - (96.569) - (96.569)

(9) - (9) 7.506 - 7.506

Total (Euros) (14.518) (704) (15.222) (1.966) 1.459 (507)

2002 2001

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Banco Espírito Santo de Investimento Notas às Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2002 e 2001

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23 Capital subscrito e reservas Em 31 de Dezembro de 2002, o capital do Banco era representado por 14 milhões de acções com

o valor nominal de Euros 5 cada, integralmente subscritas e realizadas pelo Banco Espírito Santo, S.A.

Em 1 de Julho de 1998, o Banco procedeu a um aumento de capital para Esc. 14.000.000.000

representativos de 14.000.000 acções com o valor nominal de Esc. 1.000. De acordo com deliberação da Assembleia Geral realizada em 24 de Março de 1999, o BES

Investimento alterou a denominação do seu capital social para euros, redenominou as acções representativas do mesmo, utilizando para o efeito o método padrão, nos termos e para os efeitos previstos no artigo 11º e seguintes do Decreto-Lei n.º 343/98, de 6 de Novembro, procedeu à renominalização das acções, arredondando o respectivo valor nominal para cinco euros e aumentou o capital social, por incorporação de parte da reserva legal, no montante de Euros 168.000, passando, assim, o capital social, após a redenominação, a renominalização e o aumento, a ser de Euros 70.000.000.

No exercício de 2000, o Banco Espírito Santo, S.A. adquiriu a totalidade do capital social do

BES Investimento através de uma Oferta Pública Geral de Aquisição, ao abrigo do artigo 187º do Código dos Valores Mobiliários, realizada sobre as acções representativas do capital social do BES Investimento, em virtude da qual o Banco Espírito Santo, S.A. passou a deter 13.833.405 acções, correspondentes a 98,81% do capital social e dos direitos de voto do Banco. O capital remanescente foi adquirido através de uma aquisição potestativa, ao abrigo do artigo 194º do Código dos Valores Mobiliários, tendo transferido o remanescente das acções do BES Investimento para seu nome.

A situação líquida do Banco e do Consolidado, à data de 31 de Dezembro de 2002 e 2001, é

detalhada como segue:

O Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro, aplicável às Instituições de Crédito e Sociedades

Financeiras, exige a constituição de uma Reserva legal mediante a retenção de 10% dos lucros líquidos anuais até à concorrência do capital. Tanto a Reserva legal como o Prémio de emissão não podem ser distribuídos, apenas podendo ser utilizados para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. Em função do lucro líquido do Banco em 2002, deverá ser afecto àquela Reserva legal em 2003, o valor aproximado de Euros 60.000.

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Capital 70.000 70.000 70.000 70.000 Prémios de emissão 8.796 8.796 8.796 8.796 Reserva legal 7.528 7.095 8.722 7.912 Outras reservas 20.384 20.794 15.838 17.270 Resultados acumulados - - 50.400 55.920 Lucro do exercício 603 4.334 2.764 2.088

107.311 111.019 156.520 161.986

Banco Consolidado

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Banco Espírito Santo de Investimento Notas às Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2002 e 2001

56

A rubrica Outras reservas encontra-se deduzida dos montantes de goodwill, conforme política

contabilística descrita na nota 2 b), nos seguintes montantes:

As alterações ocorridas na situação líquida em 2002 encontram-se detalhadas na demonstração

financeira Mapa de alterações da situação líquida.

24 Interesses minoritários Em 31 de Dezembro de 2002, a rubrica Interesses minoritários decompõe-se como segue:

Estes valores, correspondem aos contravalores em euros da participação do accionista

minoritário no BES Investimento Brasil (ver Nota 1 b)) detida pela ESSI S.G.P.S., S.A..

2002 2001Euros'000 Euros'000

Cominvest, S.G.I.I., S.A. 405 88 ES Investimentos, S.A. (4) (8)ES Dealer - S.F.C., S.A. 253 253 Benito y Monjardín, S.V., S.A. 3.194 3.194

3.848 3.527

Balanço Resultado Balanço ResultadoEuros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

ESSI, Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. 5.058 760 5.960 907

20012002

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Banco Espírito Santo de Investimento Notas às Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2002 e 2001

57

25 Rubricas extrapatrimoniais Esta rubrica é analisada como segue:

A rubrica Passivos eventuais – Garantias e avales prestados – Activos dados em garantia corresponde a títulos da carteira própria do Banco destinados a colateralizar uma linha de crédito irrevogável junto do Banco de Portugal, no âmbito do Sistema de Pagamentos e Grandes Transferências (SPGT), e títulos dados em garantia ao Sistema de Indemnização aos Investidores (SII), sendo apresentados ao respectivo valor nominal (ver Nota 7).

As Garantias emitidas pelo Banco, são passivos eventuais uma vez que garantem o cumprimento

perante terceiros das obrigações dos seus clientes no caso de estes falharem os compromissos assumidos. Os compromissos, na generalidade, são acordos contratuais de curto prazo para utilização de linhas de crédito que geralmente têm associado prazos fixos, ou outras cláusulas de expiração, e requerem o pagamento de uma comissão. Os compromissos do Banco com linhas de crédito estão na sua maioria condicionados à manutenção pelo cliente de determinados parâmetros, à data de utilização dessa facilidade.

Dado que relativamente a muitos dos compromissos assumidos e garantias prestadas pelo Banco

não se espera que venham a ser concretizados, os valores acima não representam necessariamente requisitos futuros de liquidez.

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Passivos eventuais Garantias e avales prestados Papel comercial 91.750 71.629 88.628 71.629 Garantias prestadas 17.193 5.443 17.193 5.443 Activos dados em garantia 26.600 29.200 26.600 29.200

135.543 106.272 132.421 106.272

Compromissos Linhas de crédito irrevogáveis residentes Créditos sindicados em sistema de leilão 2.604 6.235 2.604 6.235 Crédito autorizado ao abrigo de contratos de mútuo, não utilizado (ver Nota 6) 75.696 37.622 75.696 50.482 Linhas de crédito irrevogáveis não residentes Crédito autorizado ao abrigo de contratos de mútuo - - 19.928 29.077 Tomada firme de títulos ainda não emitidos 2.653 9.070 2.653 9.070 Outros compromissos irrevogáveis 83.514 43.799 165.930 71.666

164.467 96.726 266.811 166.530

Banco Consolidado

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Banco Espírito Santo de Investimento Notas às Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2002 e 2001

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As rubricas de Garantias recebidas, Compromissos assumidos por terceiros e Custódia de valores

são apresentadas de seguida:

Instrumentos financeiros derivados com risco extrapatrimonial No decurso da sua actividade, o Banco utiliza uma variedade de instrumentos financeiros

derivados com risco extrapatrimonial para efeitos de negociação, por forma a gerir a sua exposição a flutuações nas taxas de juro e de câmbio e nos preços de acções, e ainda para satisfazer as necessidades financeiras dos seus clientes. Os instrumentos financeiros derivados, transaccionados através da sede do Banco em Lisboa, da sua filial na Irlanda e subsidiárias do Brasil, representam contratos onde os pagamentos são feitos à, ou pela, contraparte baseados em taxas de juro específicas e em termos predeterminados pelo contrato. Esses instrumentos financeiros, derivados e sobre câmbios, envolvem em várias medidas risco de crédito, risco de mercado e risco de liquidez.

Os valores nocionais dos contratos de derivados são a base para o cálculo dos juros e de outros pagamentos associados. Para a maior parte dos derivados, operações de permuta de taxa de juro, operações de permuta de moeda e de taxa de juro, operações de fixação de taxa de juro a prazo, futuros e opções de moeda e de taxa de juro, o valor nocional do contrato representa a base em que os fluxos de caixa são trocados, e não a exposição efectiva a uma perda, que normalmente seria mais baixa que o valor nocional.

A grande maioria dos contratos de operações de fixação de taxa de juro são realizados com

entidades financeiras sujeitas a regulamentação, dentro de limites de contraparte previamente definidos, e com vencimento a seis meses. Os valores de mercado dos instrumentos financeiros derivados e sobre câmbios, intra e extra balanço, bem como os prazos residuais das operações, encontram-se resumidos nos quadros seguintes:

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Depósito e guarda de valores Papel comercial emitido 1.523.857 1.507.315 1.523.857 1.507.315 Outros títulos materializados 12 13.974 12 13.974

1.523.869 1.521.289 1.523.869 1.521.289

Garantias recebidas Reais 165.844 146.929 173.702 148.643 Não reais 141.518 117.892 183.579 141.336

307.362 264.821 357.281 289.979

Compromissos assumidos por terceiros 88.820 27.500 29.383 27.500

Serviços prestados por terceiros - guarda de valores 1.429.742 238.980.336 20.352.362 238.980.994

Banco Consolidado

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(1) Valor teórico ou nocional do contrato. (2) O valor de mercado relativo aos produtos transaccionados em mercados organizados corresponde ao valor de cotação. Para os restantes produtos

corresponde ao proveito ou custo incorrido no eventual encerramento das posições em aberto tendo em consideração as actuais condições de mercado e modelos de avaliação correntemente utilizados.

(3) O valor de balanço corresponde à diferença positiva entre os montantes a receber e a pagar decorrentes das posições em aberto, para posições de cobertura

(4) O risco de crédito corresponde à diferença positiva entre os montantes a receber e a pagar decorrentes das posições em aberto, para posições de cobertura, e ao "Net Presente Value" (NPV) positivo para posições de negociação.

(Valores em milhares de Euros)

Montante Valor de Valor de Risco Montante Valor de Valor de Riscodo contrato mercado balanço de crédito do contrato mercado balanço de crédito

(1) (2) (3) (4) (1) (2) (3) (4)

Operações cambiais à vista Compra 918 12.851 Venda 918 12.799

Operações cambiais a prazo Compra 8.963 43.039

Venda 9.767 42.869 Operações de permuta de divisas (Currency swaps)

Compra 107.098 199.371

Venda 102.562 200.683 Cross currency and IRS

NegociaçãoCompra 44.204 96.569 Venda 49.921 90.571

Asset swapNegociação 20.000 - - 1.011 20.000 - - 791

Operações de permuta de taxas de juro (IRS)Negociação 1.084.211 (1.296) (1.296) 21.906 2.038.542 (3.433) (3.433) 15.017 Cobertura 54.876 376 354 2.831 34.446 594 501 1.061

Equity/Index swapNegociação 143.094 (18) (18) 3.432 125.533 (205) (205) 2.620 Cobertura 15.387 (0) 0 478 21.071 - - 498

Operações a prazo s/instrumentos financeiros (Futuros)Negociação

Sobre taxas de juro-compra 260.000 11 - - Sobre taxas de juro-venda 22.500 2 25.416 153 Sobre cotações-compra 1.006 5 3.833 121 Sobre cotações-venda - - 1.120 - Sobre moeda-compra - - - - Sobre moeda-venda - - - -

Contratos de opção - Mercados OrganizadosNegociação

Opções compradas - Mercados organizadosDe moeda - - - - De cotações - - - - De taxa de Juro - - 1.028.427 896

Opções vendidas - Mercados organizadosDe moeda - - - - De taxa de Juro 38.142 83 2.000.894 (507)

Operações de fixação de taxa de juro a prazo (FRA)Negociação - - - - 15.000 (2) (2) 2 Cobertura - - - - - - - -

Contratos de opçãoNegociação

Opções compradas - OTCDe moeda - - - - - - - - De taxa de juro - Swaption - - - - - - - - De cotações - - - - 1.625 (3) - -

Opções vendidas - OTCDe moeda - - - - - - - - De taxa de juro - Swaption - - - - - - - - De cotações - - - - 499 231 - -

CoberturaOpções vendidas - OTC

De cotações - - - - 499 (231) (21) - De taxa de juro - Swaption - - - - 10.000 (1) - -

Opções compradas - OTCDe cotações - - - - - - - -

Contratos de garantia de taxa de juro (Interest Rates Caps and Floors)

NegociaçãoCompra 847.911 1.068 1.068 1.068 1.539.216 6.501 6.501 6.501 Venda 1.046.944 (1.827) (1.827) - 1.827.826 (6.485) (6.485) -

93 1 93

4.036 1.670

4.741 -

4.036 4.036

343 (1.919) (1.919)

443 443 488 -

2001

93

- 3.452

(709) (709)

0 0

6.046 3.777 3.777

1.670 1.670

Banco2002

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Banco Espírito Santo de Investimento Notas às Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2002 e 2001

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(5) Valor teórico ou nocional do contrato. (6) O valor de mercado relativo aos produtos transaccionados em mercados organizados corresponde ao valor de cotação. Para os restantes produtos

corresponde ao proveito ou custo incorrido no eventual encerramento das posições em aberto tendo em consideração as actuais condições de mercado e modelos de avaliação correntemente utilizados.

(7) O valor de balanço corresponde à diferença positiva entre os montantes a receber e a pagar decorrentes das posições em aberto, para posições de cobertura

(8) O risco de crédito corresponde à diferença positiva entre os montantes a receber e a pagar decorrentes das posições em aberto, para posições de cobertura, e ao "Net Presente Value" (NPV) positivo para posições de negociação.

(Valores em milhares de Euros)

Montante Valor de Valor de Risco Montante Valor de Valor de Riscodo contrato mercado balanço de crédito do contrato mercado balanço de crédito

(1) (2) (3) (4) (1) (2) (3) (4)

Operações cambiais à vista Compra 918 12.851 Venda 918 12.799

Operações cambiais a prazo Compra 4.759 31.692

Venda 4.759 31.512 Operações de permuta de divisas (Currency swaps)

Compra 103.808 195.456

Venda 98.991 196.909 Cross currency and IRS

NegociaçãoCompra 92.744 96.569 Venda 98.461 90.571

Asset swapNegociação 20.000 - - 1.011 20.000 - - 791

Operações de permuta de taxas de juro (IRS)Negociação 1.164.067 24.136 24.136 34.958 2.473.343 4.262 4.262 32.660 Cobertura 136.578 8.391 3.631 17.626 147.006 3.244 3.119 5.085

Equity/Index swapNegociação 120.577 (117) (117) 3.333 103.624 317 317 2.620 Cobertura 11.731 (121) (51) 235 19.341 (738) - 58

Operações a prazo s/instrumentos financeiros (Futuros)Negociação

Sobre taxas de juro-compra 384.293 71 95.995 345 Sobre taxas de juro-venda 72.363 (412) 135.828 (152)Sobre cotações-compra 1.006 5 3.833 121 Sobre cotações-venda - - 1.120 - Sobre moeda-compra 22.375 174 1.726 60 Sobre moeda-venda 3.787 (3) 2.754 26

Contratos de opção - Mercados Organizados - Negociação

Opções compradas - Mercados organizadosDe moeda - - 5.673 - De cotações - - - - De taxa de Juro 6.855 (106) 1.028.427 896

Opções vendidas - Mercados organizados - De moeda - - - - De taxa de Juro 44.998 118 2.000.894 (507)

Operações de fixação de taxa de juro a prazo (FRA)Negociação - - - - 15.000 (2) (2) 2 Cobertura - - - - - - - -

Contratos de opçãoNegociação

Opções compradas - OTCDe moeda - - - - - - - - De taxa de juro - Swaption - - - - - - - - De cotações 23.838 212 212 212 29.991 5.024 3.319 5.024

Opções vendidas - OTCDe moeda - - - - - - - - De taxa de juro - Swaption - - - - - - - - De cotações 23.838 (212) (212) - 28.864 (4.797) 3.469 -

CoberturaOpções vendidas - OTC

De cotações - - - - 499 (231) (21) - De taxa de juro - Swaption - - - - 10.000 (1) - -

Opções compradas - OTCDe cotações 3.843 34 34 34 4.573 811 495 811

Contratos de garantia de taxa de juro (Interest Rates Caps and Floors)

NegociaçãoCompra 847.911 1.068 1.068 1.068 1.539.216 6.501 6.501 6.501 Venda 1.046.944 (1.827) (1.827) - 1.827.826 (6.485) (6.485) -

Consolidado2002 2001

(1.106) (1.106) 2.672

6.046

24 24

4.024 4.024

1

183

0 0

18.106 -

412

4.036

367 367

93

(2.089) (2.089) 173

4.741 -

4.036 4.036

93 93

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Banco Espírito Santo de Investimento Notas às Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2002 e 2001

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(Valores em milhares de Euros)

Até De 3 meses De 1 ano Mais de Até De 3 meses De 1 ano Mais de3 meses a 1 ano a 5 anos 5 anos Total 3 meses a 1 ano a 5 anos 5 anos Total

Operações cambiais à vista Compra 918 - - - 918 12.851 - - - 12.851 Venda 918 - - - 918 12.799 - - - 12.799

Operações cambiais a prazo Compra - 8.963 - - 8.963 13.423 29.616 - - 43.039 Venda - 9.767 - - 9.767 13.177 29.692 - - 42.869

Operações de permuta de divisas (Currency swaps)Compra 22.290 84.808 - - 107.098 127.602 71.769 - - 199.371 Venda 23.803 78.760 - - 102.562 128.077 72.606 - - 200.683

Cross currency and IRSNegociação

Compra - 44.204 - - 44.204 - 43.969 52.600 - 96.569 Venda - 49.921 - - 49.921 - 41.238 49.333 - 90.571

Asset SwapNegociação - - 20.000 - 20.000 - - 20.000 - 20.000

Operações de permuta de taxas de juro (IRS)Negociação 17.686 218.864 810.061 37.600 1.084.212 581.541 522.693 855.508 78.800 2.038.542 Cobertura 12.000 1.536 41.341 - 54.876 2.589 13.067 18.790 - 34.446

Equity/Index swapNegociação - 42.509 100.586 - 143.094 12.500 16.041 96.992 - 125.533 Cobertura - - 15.387 - 15.387 - - 21.071 - 21.071

Operações a prazo s/instrumentos financeiros (Futuros)Negociação

Sobre taxas de juro-compra 100.000 160.000 - - 260.000 - - - - - Sobre taxas de juro-venda 22.500 - - - 22.500 25.416 - - - 25.416 Sobre cotações-compra 1.006 - - - 1.006 3.833 - - - 3.833 Sobre cotações-venda - - - - - 1.120 - - - 1.120 Sobre moeda-compra - - - - - - - - - - Sobre moeda-venda - - - - - - - - - -

Contratos de opção - Mercados OrganizadosNegociaçãoOpções compradas - Mercados organizados

De moeda - - - - - - - - - - De cotações - - - - - - - - - - De taxa de Juro - - - - - 821.693 206.734 - - 1.028.427

Opções vendidas - Mercados organizadosDe taxa de Juro 38.142 - - - 38.142 1.643.385 357.509 - - 2.000.894

Operações de fixação de taxa de juro a prazo (FRA)Negociação - - - - - - 10.000 5.000 - 15.000

Contratos de opção (OTC)NegociaçãoOpções compradas

De taxa de juro - Swaption - - - - - - - - - - De cotações - - - - - - 1.625 - - 1.625

Opções vendidasDe taxa de juro - Swaption - - - - - - - - - - De cotações - - - - - - - - - -

CoberturaOpções vendidas

De cotações - - - - - 499 - - - 499 De taxa de juro - Swaption - - - - - - 10.000 - - 10.000

Opções compradasDe cotações - - - - - 499 - - - 499

Contratos de garantia de taxa de juro (Interest Rates Caps and Floors)

NegociaçãoCompra 104.200 306.232 417.479 20.000 847.911 - 655.832 848.384 35.000 1.539.216 Venda 4.200 617.344 400.400 25.000 1.046.944 - 721.191 1.066.635 40.000 1.827.826

Banco2002 2001

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Banco Espírito Santo de Investimento Notas às Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2002 e 2001

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(Valores em milhares de Euros)

Até De 3 meses De 1 ano Mais de Até De 3 meses De 1 ano Mais de3 meses a 1 ano a 5 anos 5 anos Total 3 meses a 1 ano a 5 anos 5 anos Total

Operações cambiais à vista Compra 918 - - - 918 12.851 - - - 12.851 Venda 918 - - - 918 12.799 - - - 12.799

Operações cambiais a prazo Compra 4.759 - - - 4.759 13.423 18.269 - - 31.692 Venda 1.904 - 2.855 - 4.759 13.177 18.335 - - 31.512

Operações de permuta de divisas (Currency swaps)Compra 22.290 81.518 - - 103.808 127.602 67.854 - - 195.456 Venda 23.803 75.188 - - 98.991 128.077 68.832 - - 196.909

Cross currency and IRSNegociação

Compra 15.748 70.313 6.683 - 92.744 - 43.969 52.600 - 96.569 Venda 15.748 76.031 6.683 - 98.461 - 40.650 49.921 - 90.571

Asset SwapNegociação - - 20.000 - 20.000 - - 20.000 - 20.000

Operações de permuta de taxas de juro (IRS)Negociação 60.785 226.945 827.648 48.688 1.164.067 700.789 819.295 874.459 78.800 2.473.343 Cobertura 17.000 1.536 110.182 7.861 136.578 11.069 37.763 89.770 8.404 147.006

Equity/Index swapNegociação - 42.368 78.210 - 120.577 12.500 16.040 75.084 - 103.624 Cobertura - - 11.731 - 11.731 - 4.270 15.071 - 19.341

Operações a prazo s/instrumentos financeiros (Futuros)Negociação

Sobre taxas de juro-compra 124.719 181.922 77.652 - 384.293 36.660 23.252 - 36.083 95.995 Sobre taxas de juro-venda 32.667 7.938 31.758 - 72.363 43.596 37.470 39.215 15.547 135.828 Sobre cotações-compra 1.006 - - - 1.006 3.833 - - - 3.833 Sobre cotações-venda - - - - - 1.120 - - - 1.120 Sobre moeda-compra 7.614 7.744 7.017 - 22.375 1.726 - - - 1.726 Sobre moeda-venda 3.787 - - - 3.787 - 2.754 - - 2.754

Contratos de opção - Mercados OrganizadosNegociaçãoOpções compradas - Mercados organizados

De moeda 4.758 - - - 4.758 5.673 - - - 5.673 De cotações - - - - - - - - - - De taxa de Juro 6.855 - - - 6.855 821.693 206.734 - - 1.028.427

Opções vendidas - Mercados organizadosDe taxa de Juro 44.998 - - - 44.998 1.643.385 357.509 - - 2.000.894

Operações de fixação de taxa de juro a prazo (FRA)Negociação - - - - - - 10.000 5.000 - 15.000

Contratos de opção (OTC)NegociaçãoOpções compradas

De taxa de juro - Swaption - - - - - - - - - - De cotações - - 23.838 - 23.838 - 1.625 28.366 - 29.991

Opções vendidasDe taxa de juro - Swaption - - - - - - - - - - De cotações - - 23.838 - 23.838 - - 28.366 - 28.366

CoberturaOpções vendidas

De cotações - - - - - 499 - - - 499 De taxa de juro - Swaption - - - - - - 10.000 - - 10.000

Opções compradasDe cotações - - 3.843 - 3.843 5.072 - - - 5.072

Contratos de garantia de taxa de juro (Interest Rates Caps and Floors)

NegociaçãoCompra 104.200 306.232 417.479 20.000 847.911 - 655.832 848.384 35.000 1.539.216 Venda 4.200 617.344 400.400 25.000 1.046.944 - 721.191 1.066.635 40.000 1.827.826

Consolidado2002 2001

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26 Saldos com empresas participadas e relacionadas

Em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, o montante dos saldos em balanço individual, a receber e a pagar, bem como as transacções com empresas participadas em mais de 20% e com empresas do Grupo Espírito Santo International Holdings, analisam-se como segue:

Nas contas consolidadas do Banco existem ainda outros saldos com empresas do Grupo BES na rubrica Outros activos no valor de Euros 2.524.000 (2001: Euros 2.524.000) relativos a suprimentos concedidos à Espírito Santo Capital e Euros 3.155.000 (2001: Euros 3.155.000) relativos a suprimentos concedidos à Benito y Monjardín.

(Valores expressos em milhares de euros)

Espírito Santo Espírito SantoInternational International

Participadas Coligadas Holding Total Participadas Coligadas Holding TotalActivo

Disponibilidades à vista sobre IC's - - 215 215 - - 615 615 Outros créditos sobre IC's - 26.507 11.000 37.507 - 33.995 13.979 47.974 Obrigações e outros títulos de rendimento fixo - 1.810 37.034 38.844 - 2.991 63.302 66.293 Créditos sobre clientes - 28 3.735 3.763 22 - 3.964 3.986 Outros activos 3.036 106.992 2.710 112.738 444 107.703 2.756 110.903 Contas de regularização 8 145.905 9.927 155.832 - 8.699 4.853 13.552

3.044 281.242 64.621 348.899 466 153.388 89.469 243.323

Passivo

Débitos para com IC's - 84.679 195.046 279.725 - 118.252 178.269 296.521 Débitos para com clientes 7 33.895 77 33.979 9 26.526 45 26.580 Contas de regularização - 137.067 21.086 158.153 - 218 486 704

7 255.641 216.209 471.857 9 144.996 178.800 323.805

Proveitos

Juros e proveitos equiparados - 2.449 1.693 4.142 - 2.891 7.712 10.603 Rendimento de títulos - - - - - 7.433 458 7.891 Comissões - 590 1.191 1.781 - 35 133 168 Lucros em operações financeiras - 5.698 32.524 38.222 - - 38.019 38.019 Outros proveitos - - - - 2 - 1.021 1.023

- 8.737 35.408 44.145 2 10.359 47.343 57.704

Custos

Juros e custos equiparados - 5.207 6.008 11.215 - 4.455 22.769 27.224 Prejuízos em operações financeiras - 6.576 39.721 46.297 - - 38.781 38.781 Outros gastos administrativos - 954 11.000 11.954 - 249 16.548 16.797 Provisões - - - - - - - -

- 12.737 56.729 69.466 - 4.704 78.098 82.802

Rúbricas Extrapatrimoniais

Garantias prestadas - 3.188 4.226 7.414 - 60 7.486 7.546 Garantias recebidas - - - - - - 56.679 56.679 Compromissos - - 2.604 2.604 - 25.500 6.235 31.735 Operações cambiais a prazo - 8.963 - 8.963 - 11.347 - 11.347 Operações de permuta de divisas (Currency Swaps ) - 3.290 3.571 6.861 - 3.915 159.708 163.623 Cross Currency and IRS - 44.204 14.500 58.704 - 62.528 - 62.528 Equity / index swap's - 30.034 9.932 39.966 - 33.409 49.815 83.224 Asset swap - - - - - - 10.000 10.000 Operações de permuta de taxas de juro (IRS) - - - - - 62.445 773.105 835.550 Contratos de garantia de taxa de juro (Interest Rates Caps and Floors ) - - 20.454 20.454 - - 310.558 310.558

- 89.679 55.287 144.966 - 199.204 1.373.586 1.572.790

2002 2001

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27 Distribuição dos proveitos correntes por mercados geográficos

Os Proveitos correntes auferidos pelo BES Investimento em 2002, distribuem-se

geograficamente da seguinte forma:

A rubrica Estrangeiro – Irlanda – Rendimento de títulos, para o Banco, corresponde aos

dividendos recebidos, durante o mês de Dezembro, da ES Investment plc., na sequência da aprovação das suas contas, para o exercício que findou em 30 de Novembro de 2002.

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Portugal Juros e proveitos equiparados 21.868 31.285 19.758 31.285 Rendimento de títulos 1.237 950 1.337 1.033 Comissões 13.335 29.858 12.745 29.858 Lucros em operações financeiras 197.628 231.332 191.643 231.332 Outros proveitos de exploração 22.190 17.493 22.190 17.493 Resultados em empresas associadas e em filiais excluídas de consolidação - - - 69

256.258 310.918 247.673 311.070 Estrangeiro Irlanda Juros e proveitos equiparados - - 17.957 15.081 Comissões - - 791 1.117 Lucros em operações financeiras - - 44.206 11.639 Rendimento de títulos 2.048 7.433 - - Outros proveitos de exploração - - 78 77

2.048 7.433 63.032 27.914

Estados Unidos da América Juros e proveitos equiparados - - 1 -

- - 1 -

Brasil Juros e proveitos equiparados - - 75.453 7.375 Rendimento de títulos - - 30 - Comissões - - 393 212 Lucros em operações financeiras - - 350.628 38.437 Outros proveitos de exploração - - 4.675 7.600

- - 431.179 53.624 Bélgica Rendimento de títulos 23 22 23 22

23 22 23 22

258.329 318.373 741.908 392.630

ConsolidadoBanco

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28 Resultado financeiro O valor desta rubrica é composto por:

O incremento da margem financeira verificada em 2002, para o Consolidado, é originada pela

actividade no Brasil, conforme referido no Relatório de Gestão apresentado em anexo.

29 Custos com o pessoal O valor desta rubrica é composto por:

2002 2001 2002 2001Euros’000 Euros’000 Euros’000 Euros’000

Juros e proveitos equiparados:

Juros de crédito 10.138 10.605 16.615 17.110 Juros de títulos de negociação 2.841 3.973 80.443 10.246 Juros de títulos de investimento 1.988 5.219 6.260 10.560 Juros de depósitos e outras aplicações 2.115 7.737 1.928 5.916 Juros de operações de swap 2.652 2.998 6.155 6.749 Outros proveitos 2.134 753 1.768 3.160

21.868 31.285 113.169 53.741

Juros e custos equiparados:

Juros de depósitos e outros recursos 14.682 24.735 17.300 22.669 Juros de títulos emitidos 2.006 3.007 11.370 10.726 Juros de operações de swap 2.478 2.777 4.906 7.262 Juros de vendas a descoberto - - 22 - Outros custos 2.132 523 836 1.863

21.298 31.042 34.434 42.520

Margem financeira 570 243 78.735 11.221

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Remunerações 8.924 8.712 11.528 11.171 Encargos sociais obrigatórios 1.467 1.520 2.305 2.220 Encargos sociais facultativos 140 140 159 159 Outros custos 390 34 407 739

10.921 10.406 14.399 14.289

Banco Consolidado

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Em 31 de Dezembro de 2002 e 2001 o número médio de colaboradores ao serviço do Banco e

das empresas objecto de consolidação, encontrava-se decomposto pelas seguintes categorias:

O montante das remunerações atribuídas durante os exercícios de 2002 e 2001 aos membros dos

órgãos de Administração e Fiscalização foi o seguinte:

Os créditos concedidos a membros dos órgãos de Administração são os que resultam dos benefícios sociais previstos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical para o Sector Bancário, ascendendo em 31 de Dezembro de 2002 a cerca de Euros 164.000 (2001: Euros 132.000).

2002 2001 2002 2001

Administração 5 5 11 9 Direcção 63 64 92 86 Chefias 20 26 21 27 Técnicos 25 20 60 51 Administrativos 16 20 35 32 Auxiliares 4 3 4 3

133 138 223 208

Banco Consolidado

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Conselho de Administração 905 1.003 1.179 1.397 Conselho Fiscal 48 43 48 43

953 1.046 1.227 1.440

ConsolidadoBanco

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30 Resultados de comissões O valor desta rubrica é composto por:

A rubrica Proveitos de comissões – Outras comissões regista os valores de comissões

relacionadas com operações de crédito.

2002 2001 2002 2001Euros’000 Euros’000 Euros’000 Euros’000

Proveitos de comissões:

Garantias prestadas 202 124 202 124 Compromissos perante terceiros 960 - 378 - Por operações cambiais de taxa de juro e sobre cotações 2.216 17.205 2.210 17.350 Por operações realizadas com títulos 3.298 8.458 3.692 9.055 Outras comissões 6.659 4.071 7.447 4.658

13.335 29.858 13.929 31.187

Custos de comissões:

Garantias recebidas 7 6 7 6 Por serviços bancários de terceiros 12 82 12 82 Por operações cambiais de taxa de juro e sobre cotações 1.419 18.979 1.107 18.979 Por operações realizadas com títulos 21 1.830 21 1.834 Outras comissões 965 128 843 128

2.424 21.025 1.990 21.029

Lucro/(prejuízo) líquido de comissões 10.911 8.833 11.939 10.158

ConsolidadoBanco

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31 Resultados em operações financeiras O valor desta rubrica é composto por:

O decréscimo dos Resultados em operações financeiras verificado em 2002, para o Consolidado,

é originado pela actividade no Brasil, conforme referido no Relatório de Gestão apresentado em anexo.

2002 2001 2002 2001Euros’000 Euros’000 Euros’000 Euros’000

Lucros em operações financeiras:

Operações com títulos 25.912 51.402 38.563 53.258 Contratos de futuros mercados organizados 43.115 19.506 287.193 37.021 Contratos de opções mercado de balcão 21.399 6.589 24.223 16.470 Operações de swap 86.533 141.716 213.252 160.356 Operações cambiais 19.882 11.795 22.460 13.979 Outros lucros 787 324 786 324

197.628 231.332 586.477 281.408

Prejuízos em operações financeiras:

Operações com títulos 20.780 56.809 95.185 59.387 Contratos de futuros mercados organizados 24.480 16.448 256.877 30.798 Contratos de opções mercado de balcão 22.171 7.933 24.939 17.776 Operações de swap 87.557 136.374 217.427 151.630 Contratos opções mercados organizados 25.849 3.755 26.526 3.755 Operações cambiais 16.408 11.200 28.826 15.592 Outros prejuízos 770 325 770 325

198.015 232.844 650.550 279.263

Lucro/(prejuízo) líquido de operações financeiras (387) (1.512) (64.073) 2.145

ConsolidadoBanco

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32 Outros proveitos e custos de exploração O valor desta rubrica é composto por:

33 Perdas e ganhos extraordinários O valor desta rubrica é composto por:

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Outros proveitos de exploração Prestação de serviços financeiros e outros 20.565 15.645 24.814 22.321 Reembolso de despesas diversas 1.385 1.808 1.390 1.811 Outros 240 40 739 1.038

22.190 17.493 26.943 25.170

Outros custos de exploração Quotizações e donativos 74 58 108 94 Outros 70 56 232 117

144 114 340 211

Outros resultados de exploração 22.046 17.379 26.603 24.959

ConsolidadoBanco

2002 2001 2002 2001Euros'000 Euros'000 Euros'000 Euros'000

Ganhos extraordinários Mais-valias realizadas na venda de imobilizações financeiras 38 221 38 221 Mais-valias realizadas na venda de imobilizações corpóreas 8 18 8 18 Mais-valias realizadas na venda de outros activos - - - 474 Outros ganhos extraordinários e de exercícios anteriores - 449 52 542

46 688 98 1.255

Perdas extraordinárias Menos-valias realizadas no abate de imobilizações corpóreas - 794 - 794 Menos-valias realizadas na venda de imobilizações financeiras - 911 - 911 Outras perdas extraordinárias e de exercícios anteriores 9 22 9 499

9 1.727 9 2.204

Resultados extraordinários 37 (1.039) 89 (949)

ConsolidadoBanco

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34 Impostos sobre os lucros O Banco e as subsidiárias em Portugal estão sujeitos a tributação em sede de Imposto sobre o

Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC) e à correspondente Derrama. As Autoridades Fiscais têm a possibilidade de rever a situação fiscal do Banco durante um

período de quatro anos, podendo por isso resultar, devido a diferentes interpretações da legislação fiscal, eventuais liquidações adicionais relativamente aos exercícios ainda sujeitos a possível revisão.

Durante o ano de 2002, o Banco efectuou o pagamento das liquidações adicionais de IRC

referentes aos anos de 1994, 1995 e 1996 num montante de Euros 705.000, ao abrigo do regime especial de regularização de dívidas, previsto no Decreto Lei n.º 248-A/02.

O referido montante foi registado numa conta de balanço, como valor a receber do Estado, na

medida em que as liquidações adicionais de IRC supra referidas estão reclamadas e, em alguns casos, foram objecto de recurso hierárquico, após o indeferimento da reclamação graciosa. Actualmente as reclamações e os recursos estão a ser apreciados pelas instâncias competentes.

O Conselho de Administração está convicto de que a resolução destas contingências no futuro

não terá efeitos significativos na posição financeira do Banco.

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A reconciliação entre o lucro contabilístico e o lucro tributável, a estimativa de impostos sobre os lucros e os impostos sobre os rendimentos pagos, com referência aos exercícios de 2002, 2001 e 2000, analisam-se como segue:

O montante estimado de impostos sobre o rendimento a pagar em exercícios futuros resultante de

diferenças temporais entre os resultados contabilísticos e os resultados tributáveis decorrente de operações com instrumentos financeiros derivados fora de mercados organizados, ascende em 31 de Dezembro de 2002 a Euros 163.000 (2001: Euros 1.832.000), encontrando-se totalmente provisionado (ver Nota 20).

2002 2001 2000Euros'000 Euros'000 Euros'000

Lucro contabilístico antes de impostos 3.239 4.407 22.631

Excesso de estimativa de imposto sobre lucros do período anterior - (234) (659) Benefícios fiscais em títulos e rendimentos de participações no estrangeiro (i) (3.285) (7.509) (3.068) Correcção por crédito de imposto por dupla tributação económica - 217 38 Despesas de representação e com viaturas não aceites fiscalmente 219 226 79 Provisão para impostos diferidos (ii) - - 1.526 Excesso de amortizações 28 32 30 Ajustamentos relativos a instrumentos financeiros derivados (iii) 5.055 4.195 (4.336) Imputação de lucros de sociedades não residentes sujeitas a um regime privilegiado (artigo 60º) 2.048 - - Variação patrimonial negativa (iv) - - (2.205) Outros 701 (423) 550 Prejuízo fiscal 1997 - (703) -

Lucro tributável 8.005 208 14.586

Estimativa de imposto sobre lucros (v) 2.642 73 5.138

Crédito de imposto por dupla tributação económica - - (38) Crédito de imposto por dupla tributação internacional (6) - -

Imposto sobre o lucro do exercício 2.636 73 5.100

Estimativa de impostos sobre lucros registada em custos 2.636 73 5.100

Taxa efectiva de imposto 81,6% 1,7% 22,5%

Pagamentos por conta efectuados no exercício 104 3.724 3.972 Retenções na fonte 4 9 5

Impostos sobre lucros (a pagar)/a recuperar (ver Nota 18 / Nota 13) (2.528) 3.660 (1.123)

(v) Determinada com base na taxa de imposto sobre o rendimento de 30% e na derrama de 10%.

(i) Referem-se essencialmente aos benefícios associados aos resultados da subsidiária ES Investment, plc., sujeitos em Portugal a imposto sobre o rendimentoapenas de 5%, tendo por base o acordo de dupla tributação.(ii) De acordo com a Instrução n.º 10/2000 do Banco de Portugal, de 17 de Abril de 2000 (ver nota 2 n)).(iii) De acordo com o previsto no Decreto-Lei n.º 257-B/96, de 31 de Dezembro.(iv) Previsão da distribuição de resultados aos colaboradores.

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O Imposto sobre o rendimento das contas consolidadas detalha-se como segue:

A ES Investment plc. encontra-se sujeita a uma taxa de imposto sobre o rendimento de 10%,

conforme aplicável às entidades com actividades exercidas no International Financial Services Center, em Dublin.

A Espírito Santo Investimentos, S.A. encontra-se sujeita a uma taxa de imposto sobre o

rendimento de 34% (Imposto de Renda – 25%; Contribuição Social – 9%).

2002 2001Euros'000 Euros'000

Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. 2.636 73 ESSI, S.G.P.S., S.A. 257 231 ESSI Comunicações, S.G.P.S., S.A. 2 11 ESSI Investimentos, S.G.P.S., S.A. 5 1 ES Investment, plc. 393 677 Espírito Santo Investimentos, S.A. 1.518 1.588

4.811 2.581

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Relatório e Parecer do Conselho Fiscal - Contas Individuais

Certificado Legal das Contas e Relatório de Auditores - Contas Individuais

Relatório da Sociedade dos Revisores Oficiais de Contas - Contas Individuais

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal - Contas Consolidadas

Certificado Legal das Contas e Relatório de Auditores - Contas Consolidadas

Relatório da Sociedade dos Revisores Oficiais de Contas - Contas Consolidadas

Relatório dos Auditores - Contas Individuais e Consolidadas

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RELATÓRIO E PARECER

DO

CONSELHO FISCAL

Contas Individuais Exmºs. Senhores Accionistas, 1. Nos termos legais e estatutários e no desempenho das suas funções o Conselho Fiscal do

Banco Espírito Santo de Investimento, SA, examinou o Relatório do Conselho de Administração, o Balanço, a Demonstração dos Resultados por naturezas e por funções, a Demonstração dos fluxos de caixa e os respectivos Anexos, referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 e consequentemente vem submeter à vossa aprovação o seu Relatório e Parecer.

2. O Banco Espírito Santo de Investimento cumpriu a formalidade legal de enviar,

mensalmente, ao Banco de Portugal a situação analítica elaborada segundo as normas estabelecidas no plano de contas para o sector bancário, a qual foi por nós regularmente analisada.

3. No decorrer do ano económico acompanhámos com assiduidade o desenvolvimento da

actividade do Banco e a sua gestão, tendo recebido do Conselho de Administração e dos Serviços todos os esclarecimentos e apoios julgados convenientes para o cumprimento das nossas funções.

4. Durante o exercício em apreço, verificámos com regularidade os livros, os registos

contabilísticos e os documentos que lhes servem de suporte. 5. O Conselho Fiscal tomou conhecimento do conteúdo do Relatório e da Certificação

Legal das Contas emitidos, nos termos da legislação em vigor, pelo vogal que exerce funções na qualidade de Revisor Oficial de Contas, documentos estes que merecem a nossa concordância.

6. O Relatório do Conselho de Administração está elaborado em conformidade com as

disposições legais, complementa as peças contabilísticas e põe em relevo os aspectos de maior importância da sua gestão.

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7. Em nossa opinião, o Balanço, a Demonstração dos Resultados e o respectivo Anexo representam adequadamente o património social bem como os resultados referentes ao exercício de 2002.

8. Com base no relatório exposto, somos de parecer:

1º - Que sejam aprovados o Relatório do Conselho de Administração e as Contas, tal como são apresentadas, referentes ao exercício de 2002;

2º - Que seja aprovada a proposta de aplicação de resultados. 3º - Que seja aprovado um voto de louvor e confiança ao Conselho de Administração

pela forma criteriosa e eficaz como geriu os negócios do Banco.

Lisboa, 2003. Março. 14

O CONSELHO FISCAL Presidente: - Bernardo Leite Faria Espírito Santo

- Tito Manuel das Neves Magalhães Basto

- José Maria Ribeiro da Cunha

em representação de: “AMÁVEL CALHAU, RIBEIRO DA CUNHA E ASSOCIADOS SOCIEDADE DE REVISORES OFICAIS DE CONTAS”

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CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS

E

RELATÓRIO DE AUDITORIA

Contas Individuais

INTRODUÇÃO 1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e

Relatório de Auditoria sobre a informação financeira contida no relatório de gestão e nas demonstrações financeiras anexas do exercício findo em 2002. Dezembro. 31, do “Banco Espírito Santo de Investimento, S.A.”, as quais compreendem: o Balanço em 2002. Dezembro. 31, [que evidencia um total de 650.215 milhares de euros e um total de capital próprio de 107.311 milhares de euros, incluindo um resultado líquido de 603 milhares de euros] as Demonstrações dos resultados por naturezas e por funções e a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e os correspondentes Anexos.

RESPONSABILIDADES 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo de

Investimento, SA:

a) a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A., o resultado das suas operações e os fluxos de caixa;

b) a informação financeira histórica, que seja preparada de acordo com os princípios

contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários;

c) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados;

d) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado;

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e) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição financeira ou resultados.

3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos

documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

ÂMBITO 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as

Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:

- a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações

constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;

- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua

divulgação, tendo em conta as circunstâncias;

- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade;

- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras; e

- a apreciação se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara,

objectiva e lícita. 5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação:

a) da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão com os restantes documentos de prestação de contas.

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão

da nossa opinião.

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OPINIÃO 7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma

verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira do “Banco Espírito Santo de Investimento, S.A.”, em 2002. Dezembro. 31, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para o sector bancário e a informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

Lisboa, 2003. Março. 14 Dr. José Maria Ribeiro da Cunha Em representação de : “AMÁVEL CALHAU, RIBEIRO DA CUNHA E ASSOCIADOS Sociedade de Revisores Oficiais de Contas”

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RELATÓRIO

DA

SOCIEDADE DE REVISORES OFICIAIS DE CONTAS

(Contas Individuais)

Exmºs. Senhores Accionistas 1. Nos termos do nº 1 do artº 452 do Código das Sociedades Comerciais vem esta

sociedade, na qualidade de vogal revisor oficial de contas do Conselho Fiscal do “Banco Espírito Santo de Investimento, SA”, apresentar o seu relatório anual sobre a fiscalização efectuada no exercício de 2002.

2. No ano anterior procedemos, igualmente, ao exame das demonstrações financeiras, e

elaborámos a respectiva certificação legal das contas. 3. Os nossos exames foram efectuados de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes

de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, através de testes e verificação dos registos e dos documentos de contabilidade que considerámos necessários nas circunstâncias.

4. Procedemos à conferência dos valores patrimoniais da empresa e através do método da

amostragem constatámos que foram seguidos os procedimentos contabilísticos geralmente aceites.

5. Os critérios valorimétricos adoptados nas operações patrimoniais foram aplicados de um

modo consistente e uniforme em relação ao exercício anterior e, concretamente:

5.1. Títulos de negociação – Com objectivo de venda num prazo inferior a 6 meses

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a) Obrigações e outros títulos de rendimento fixo são valorizados ao valor da última cotação de mercado ou ao custo de aquisição (Bilhetes do Tesouro), acrescido dos juros decorridos e não cobrados.

b) Acções e outros títulos de rendimento variável são registados ao valor de

mercado ou, na sua ausência, ao menor dos valores de aquisição ou valor estimado de realização.

5.2. Títulos de investimento – Com objectivo de venda por prazo superior a 6 meses

a) Obrigações e outros títulos de rendimento fixo são registados ao custo de aquisição.

b) Acções e outros títulos de rendimento variável são registados ao custo de

aquisição ou ao valor estimado de realização, dos dois o menor.

5.3. Participações e Partes de capital em empresas coligadas

As participações financeiras são registadas nas contas individuais pelo respectivo custo de aquisição. As desvalorizações de valor significativo e com carácter permanente, identificadas nas participações detidas, são provisionadas.

5.4. As provisões para crédito vencido, cobrança duvidosa, risco país e para riscos gerais

de crédito estão constituídas segundo critérios de prudência, nos termos do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

5.5. As provisões para menos valias latentes em participações financeiras foram

constituídas ao abrigo, do recente, aviso nº 4/2002 que entrou em vigor em 30 de Junho de 2002.

6. No âmbito do Acordo Colectivo de Trabalho do sector bancário, o Banco Espírito Santo de Investimento, SA aderiu a um fundo de pensões e assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados, ou às suas famílias, prestações pecuniárias a título de reforma por velhice, invalidez e sobrevivência.

As responsabilidades com pensões de reforma são calculadas com base em estudos actuariais.

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É intenção do Banco obter estudos actuariais periódicos de forma a actualizar as responsabilidades assumidas nesta área e, eventualmente, validar os pressupostos utilizados.

7. Analisámos a movimentação ocorrida nas contas do activo imobilizado corpóreo e incorpóreo e consideramos correcto o valor de contabilização das aquisições, transferências e abates.

Verificámos que a depreciação é calculada segundo o método das quotas constantes e que as taxas de amortização aplicadas estão de acordo com os limites legalmente estabelecidos.

8. Em resultado do desempenho das nossas funções emitimos a certificação legal das

contas, sem reserva e sem ênfase, que deve ser apreciada conjuntamente com este relatório.

Lisboa, 2003. Março. 14 Dr. José Maria Ribeiro da Cunha em representação de: “AMÁVEL CALHAU, RIBEIRO DA CUNHA E ASSOCIADOS SOCIEDADE DE REVISORES OFICIAIS DE CONTAS”

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RELATÓRIO E PARECER

DO

CONSELHO FISCAL

CONTAS CONSOLIDADAS Exmºs. Senhores Accionistas, 1. No cumprimento das disposições legais em vigor - Dec. Lei nº 36/92 de 28 de Março -

apresentamos o nosso relatório bem como o nosso parecer sobre o relatório de gestão consolidado, o balanço consolidado, a demonstração consolidada dos resultados por naturezas e por funções, a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa e as respectivas notas anexas relativos ao exercício de 2002, elementos estes submetidos à nossa apreciação pelo Conselho de Administração do Banco Espírito Santo de Investimento, SA.

2. Aquelas demonstrações financeiras foram apreciadas nos termos do relatório e da

Certificação Legal das Contas a cuja emissão procedeu o vogal Revisor Oficial de Contas, documentos com os quais concordamos.

3. O relatório de gestão consolidado é concordante com as contas de consolidação e

complementa-as adequadamente. 4. Em resultado da verificação efectuada é nossa opinião que as citadas demonstrações

financeiras foram elaboradas em conformidade com as normas legais e os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para o sector bancário, pelo que representam de forma adequada a situação financeira das Empresas incluídas na consolidação à data de 31 de Dezembro de 2002 e os resultados líquidos do exercício findo naquela data.

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5. Face ao exposto e tendo em atenção a Certificação Legal das Contas, somos de parecer: - Que sejam aprovados o Relatório de Gestão consolidado, o Balanço consolidado, a

Demonstração consolidada dos Resultados por naturezas e por funções, a Demonstração dos fluxos de caixa e as respectivas notas anexas do Banco Espírito Santo de Investimento, SA, referentes ao exercício de 2002.

Lisboa, 2003. Março. 14

O CONSELHO FISCAL Presidente: - Bernardo Leite Faria Espírito Santo - Tito Manuel das Neves Magalhães Basto

- José Maria Ribeiro da Cunha em representação de:

“AMÁVEL CALHAU, RIBEIRO DA CUNHA E ASSOCIADOS SOCIEDADE DE REVISORES OFICIAIS DE CONTAS”

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CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS

E

RELATÓRIO DE AUDITORIA

CONTAS CONSOLIDADAS Introdução 1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e

Relatório de Auditoria sobre a informação financeira contida no relatório de gestão e nas demonstrações financeiras consolidadas anexas do exercício findo em 2002. Dezembro. 31, do Banco Espírito Santo de Investimento, SA, as quais compreendem: o Balanço em 2002. Dezembro. 31, (que evidencia um total de 869.948 milhares de euros e um total de capital próprio de 156.520 milhares de euros, incluindo um resultado líquido de 2.764 milhares de euros), as demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas e por funções e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e nos correspondentes Anexos.

Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo de

Investimento, SA:

a) a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos de caixa consolidados;

b) a informação financeira histórica, que seja preparada de acordo com os princípios

contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários;

c) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados;

d) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado;

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e) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade do

conjunto das empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou resultados;

3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira obtida nos

documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

Âmbito 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as

Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem do Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:

- a verificação de as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação

terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;

- a verificação das operações de consolidação e da aplicação do método da

equivalência patrimonial e do método integral; - a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua

divulgação, tendo em conta as circunstâncias;

- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade;

- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras; e

- a apreciação se a informação financeira consolidada é completa, verdadeira, actual,

clara, objectiva e lícita.

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5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação:

a) da concordância da informação financeira consolidada constante do relatório de gestão com os restantes documentos de prestação de contas.

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão

da nossa opinião. Opinião 7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam de

forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada do Banco Espírito Santo de Investimento, SA em 2002. Dezembro. 31, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para o sector bancário e a informação nelas constante é completa, verdadeira, actual clara, objectiva e lícita.

Lisboa, 2003. Março. 14 Dr. José Maria Ribeiro da Cunha Em representação de :

“AMÁVEL CALHAU, RIBEIRO DA CUNHA E ASSOCIADOS Sociedade de Revisores Oficiais de Contas”

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RELATÓRIO DA

SOCIEDADE DE REVISORES OFICIAIS DE CONTAS

CONTAS CONSOLIDADAS

1. No cumprimento das disposições legais, apresentamos o nosso relatório sobre a acção fiscalizadora por nós efectuada ao relatório de gestão e ao balanço e contas consolidadas em 31 de Dezembro de 2002 do Banco Espírito Santo de Investimento, SA.

2. A nossa revisão foi efectuada de acordo com as normas e as recomendações técnicas da

Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, tendo procedido para o efeito a uma verificação das operações de consolidação e suas inerentes regularizações.

3. O nosso trabalho foi suportado pelas opiniões expressas pelos revisores oficiais de

contas ou auditores das diferentes empresas que constituem o perímetro da consolidação. Assim, a nossa opinião não pode ser considerada separada daquelas opiniões.

Informamos que as contas das empresas que constituem o perímetro da consolidação ainda não foram aprovadas pelos accionistas nas respectivas Assembleias Gerais Anuais.

4. As empresas objecto de consolidação em 2002. 12. 31, foram as seguintes:

Empresa % Participação Método Consolidação Espírito Santo Securities, INC 100% Integral Essi Comunicações, SGPS, SA 100% Integral Essi Investimentos, SGPS, SA 100% Integral Espírito Santo Investment PLC 100% Integral Essi – SGPS, SA 100% Integral Espírito Santo Investimento, SA 100% Integral Banco Espírito Santo Securities Brasil

100% Integral

Banco Espírito Santo Investimento Brasil

80% Integral

Benito e Monjardín, SVB, SA 50% Equivalência Patrimonial

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Espírito Santo Dealer – Sociedade Financeira de Corretagem, SA

43% Equivalência Patrimonial

Cominvest, SGII, SA 25% Equivalência Patrimonial Existem outras empresas, subsidiárias e associadas, que fazem parte da estrutura do grupo que não foram objecto de consolidação pelos motivos de inactividade, de activos com valores imateriais e de constituição de provisões para menos valias financeiras.

5. Após uma análise cuidada às operações de consolidação e inerentes regularizações, constatámos que os activos líquidos consolidados ascendem a 869.948 milhares de euros, os proveitos consolidados ascendem a 751.014 milhares de euros e os resultados líquidos consolidados foram positivos em 2.764 milhares de euros.

6. As demonstrações financeiras consolidadas, nomeadamente o balanço consolidado, a

demonstração de resultados consolidados e as notas anexas consolidadas referentes ao exercício de 2002:

- incluem as contas do Banco Espírito Santo de Investimento, SA e ainda as das

coligadas e participadas;

- foram preparadas em conformidade com as disposições do plano de contas para o sector bancário e com as disposições do Dec.-Lei nº 36/92;

- representam de forma adequada a situação patrimonial e financeira do Banco, tendo

em consideração o exposto no ponto 3. Lisboa, 2003. Março. 14 Dr. José Maria Ribeiro da Cunha em representação de “AMÁVEL CALHAU, RIBEIRO DA CUNHA E ASSOCIADOS SOCIEDADE DE REVISORES OFICIAIS DE CONTAS”

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Relatório dos Auditores Exmos. Senhores Accionistas do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. Examinámos os balanços individual e consolidado do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A, à data de 31 de Dezembro de 2002, bem como as demonstrações individuais e consolidadas dos resultados e dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, as respectivas notas explicativas e anexo. O nosso exame foi realizado de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria. Responsabilidade do Conselho de Administração e dos Auditores A elaboração das referidas demonstrações financeiras é da responsabilidade do Conselho de Administração. A nossa responsabilidade é a de expressarmos uma opinião sobre essas demonstrações financeiras, baseada na nossa auditoria. Bases de Opinião As Normas Internacionais de Auditoria requerem que a auditoria seja planeada e executada de forma a obtermos razoável segurança sobre se as demonstrações financeiras, contêm ou não, distorções materialmente relevantes. Uma auditoria inclui a verificação, por amostragem, da evidência de suporte dos valores e informações constantes das demonstrações financeiras. e a avaliação das estimativas e Juízos significativos utilizados pelo Conselho de Administração na preparação e apresentação das mesmas. Uma auditoria inclui também a apreciação dos príncipios contabilísticos adoptados serem adequados, tendo em conta as circunstâncias, bem como da forma de apresentação das demonstrações financeiras. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base razoável para a emissão da nossa opinião sobre as demonstrações financeiras referidas. Opinião Em nossa opinião, as citadas demonstrações financeiras representam de modo apropriado. em todos os aspectos materialmente relevantes, a situação financeira do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A., em 31 de Dezembro de 2002, bem como os resultados das suas operações e os fluxos de caixa referentes ao exercício findo nessa data, em conformidade com os príncipios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para o sector bancário, conforme Nota 2. Ênfase A nossa nomeação como auditores do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. ocorreu em Julho de 2002, para efectuar uma auditoria às demonstrações financeiras relativas ao exercício a findar em 31 de Dezembro de 2002. Assim, as demonstrações financeiras individuais e consolidadas referentes a 31 de Dezembro de 2001, as quais são apresentadas para fins comparativos em cumprimento do Plano de Contas para o Sistema Bancário, foram objecto de auditoria efectuada por uma outra sociedade de auditores, a qual emitiu a sua opinião sem reservas, datada de 24 de Junho de 2002. Lisboa, 25 de Fevereiro de 2003 KPMG