2 palestra prof panitz_segmentos homogêneos-março 09

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1 Como Dividir uma Rodovia em SEGMENTOS HOMOGÊNEOS ? Prof. Eng. Civil Mauri Adriano Panitz

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Page 1: 2 Palestra Prof Panitz_Segmentos Homogêneos-março 09

1

Como Dividir uma Rodovia em

SEGMENTOS

HOMOGÊNEOS ?

Prof. Eng. Civil Mauri Adriano Panitz

Page 2: 2 Palestra Prof Panitz_Segmentos Homogêneos-março 09

2

OBJETIVOS DA SEGMENTAÇÃO HOMOGÊNEA Avaliação de

rodovias, trechos e subtrechos

• Identificação de Locais de Risco através de

Indicadores de Segurança

• Análise de Capacidade e determinação dos Níveis

de Serviço.

Page 3: 2 Palestra Prof Panitz_Segmentos Homogêneos-março 09

3

Índice de Acidente de

Trânsito

É a relação que existe entre o número de

acidentes, que ocorrem em certo lugar e em

determinado período de tempo, e os fatores

quantitativos que podem provocá-los, tais como a

população, a frota de veículos ou o fluxo de

trânsito em veículos.quilômetros.

Page 4: 2 Palestra Prof Panitz_Segmentos Homogêneos-março 09

4

Movimento de VeículosÉ o produto do Número de Viagens (T = VDM) pela Extensão (L) do segmento e pelo Tempo (D) de Exposição (T x L x D) ou (VDM x km x 365).

Momento de TrânsitoÉ o Movimento dividido pelo coeficiente de adaptação 1 milhão (k) ou (T x L x D) / 10^6.

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5

VDM É o volume total de tráfego que se verifica em determinada via, durante determinado período de tempo superior a um dia e inferior a um ano, dividido pelo número de dias.

VDM Médio É a média simples do volume de trânsito horário, diário, semanal, mensal ou anual, etc.

VDM Médio Ponderado É a média ponderada do volume de trânsito, de várias contagens em relação às extensões de vários segmentos.

Page 6: 2 Palestra Prof Panitz_Segmentos Homogêneos-março 09

6

Contagem de Controle do VDM Contagem de volumes de trânsito que se efetua para conhecer os padrões de variação dos ditos volumes.

Contagem de Cobertura É a contagem de volumes de trânsito curta, para fins de calibragem do VDM cujos resultados logo se expandem utilizando-se coeficientes de expansão obtidos em contagens de controle. Também é chamada de Contagem Sumária.

Page 7: 2 Palestra Prof Panitz_Segmentos Homogêneos-março 09

7

Segmento Homogêneo

É o segmento de rodovia que apresenta

uniformidade de VDM em toda a extensão e

que, pelas características geométrica e/ou

topográficas, é selecionado para análises de

tráfego.

Page 8: 2 Palestra Prof Panitz_Segmentos Homogêneos-março 09

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Índice de Acidentes por Fluxo

É o Número de Acidentes dividido pelo Momento, segundo a fórmula geral:

IA = Nº Acidentes / Momento

Os Índices de Acidentes são Indicadores de Segurança

Page 9: 2 Palestra Prof Panitz_Segmentos Homogêneos-março 09

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O IA como ferramenta de BenchmarkingO índice de acidentes, com danos, feridos ou com mortos, com base no fluxo de veículos, é uma ferramenta que permite comparar redes de países, de entidades políticas ou trechos individuais, pela fórmula geral:

DLT

KAIA

Em caso de segmentos, trechos de estrada ou de redes rodoviárias, o Índice de Fluxo é o único índice que reflete a situação real da segurança viária.

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Parâmetros da Fórmula

• IA = índice de acidente por fluxo;• A = número de acidentes de qualquer natureza;• A = Act; Acd; Acf; Acm; Acv; M;• K = constante de adaptação; 10^n / sendo n= 6 ou n = 10; • T = VDMi = volume diário médio (anual, mensal);• L = extensão do segmento, trecho, rodovia;• D = tempo de exposição em dias (mês, ano).

Page 11: 2 Palestra Prof Panitz_Segmentos Homogêneos-março 09

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Índices Feridos e Mortos - 2005

0

2

4

6

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10

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16

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20

Via

mão

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RS

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Metrov ias S.A. Sulv ias S.A. Conv ias S.A. Cov iplan S.A. Santa Cruz

Rodov ias

S.A.

Brita Rodov ias S.A. Rodosul

S.A.

Feridos Mortos Parâmetro 4,4 If geral Im geral If médioIm médio

*4,4 França

BENCHMARKING ENTRE TRECHOS DE PÓLOS

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ÍNDICES DE MORTALIDADE REDE PERTENCENTE A ANO AGCR DNIT DAER2002 7,4 8,7 10,12003 6,8 7,8 10,42004 7,0 8,7 11,32.005 5,6 8,5 10,22006 6 9,1 9,12007 5,7 9,5 9,72008 5 8,4 6,9

BENCHMARKING REDE PÚBLICA VERSUS PRIVADA

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Rodovia: BR-116 / BR-392 / BR-293 e BR-604 Mês jan/08 a dez/08

EXPOSIÇÃO

INICIAL FINAL TOT FE MO DM FE MO MENSAL IA Im IM If

CRISTAL 400 465 65 32.445 53 22 4 27 38 6 320.554.688 0,17 1,25 1,87 11,85 RETIRO 465,1 524 58,9 38.430 73 27 6 40 55 9 344.057.548 0,21 1,74 2,62 15,99

CAPÃO SECO 0 73 73 54.789 179 70 10 99 111 12 607.938.744 0,29 1,64 1,97 18,26 PAVÃO 524,1 661 136,9 15.316 66 36 4 26 69 5 318.704.225 0,21 1,26 1,57 21,65 GLÓRIA 71 200 129 14.488 74 26 1 47 46 1 284.076.909 0,26 0,35 0,35 16,19

623,4 22.204 490 199 27 264 350 34 2.103.997.782 0,23 1,28 1,62 16,63

ÍNDICES DE ACIDENTES 2008Acumulado

TRECHOS HOMOGÊNEOS

TOTAL

ÍNDICESKM VÍTIMASEXT. VDM

ACIDENTES

Fonte: Ecosul (2.008)

BENCHMARKING ENTRE TRECHOS DE

UMA MESMA CONSSESSIONÁRIA

Page 14: 2 Palestra Prof Panitz_Segmentos Homogêneos-março 09

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1 - Acidentes com danos, feridos, mortes, etc.;

2 - Acidentes de dia, de noite;

3 - Acidentes com chuva, garoa, neblina etc.;

4 - Acidentes com automóveis, caminhões etc.;

5 - Outras combinações de natureza e condições.

Banco de Dados Uma base de dados bem utilizada possibilita a identificação de problemas de SV específicos, através de estudos comparativos com Índices Segmentados e Segregados.

Page 15: 2 Palestra Prof Panitz_Segmentos Homogêneos-março 09

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Uma rodovia pode ser dividida em subtrechos

homogêneos, por exemplo com 30 km, em função do

número de pistas, topografia, zona urbana ou rural, e

do VDM.

Divisão em Segmentos Homogêneos

Page 16: 2 Palestra Prof Panitz_Segmentos Homogêneos-março 09

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• Identificar e localizar os potenciais problemas de segurança

viária para o usuário e outros afetados pelo projeto e pela

operação da rodovia;

• Adequar e direcionar os investimentos;

• Adotar as contramedidas de Segurança Viária necessárias à

redução de acidentes, e;

• Assegurar-se de que as medidas adotadas são suficientes.

OBJETIVOSDa Análise de Segmentos Homogêneos de Rodovias

Page 17: 2 Palestra Prof Panitz_Segmentos Homogêneos-março 09

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1. SUP, simples, urbana e plana;

2. SUO, simples, urbana e ondulada;

3. SUFO, simples, urbana e fortemente ondulada;

4. SUM, simples urbana e montanhosa;

5. SRP, simples, rural e plana;

6. SRO, simples, rural e ondulada;

7. SRFO, simples, rural e ondulada;

8. SRM, simples, rural e montanhosa;

CLASSES DE SEGMENTAÇÃO

Fonte: DNER/ Rangel (1988)

Page 18: 2 Palestra Prof Panitz_Segmentos Homogêneos-março 09

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9. DUP, dupla, urbana e plana;

10. DUO, dupla, urbana e ondulada;

11. DUFO, dupla, urbana e fortemente ondulada;

12. DUM, dupla, urbana e montanhosa;

13. DRP, dupla, rural e plana;

14. DRO, dupla, rural e ondulada;

15. DRFO, dupla, rural e fortemente ondulada;

16. DRM, dupla, rural e montanhosa.

CLASSES DE SEGMENTAÇÃO (cont.)

Fonte: DNER/ Rangel (1988)

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Km 60 100 80 20 40

DUP DRP DRP DRO

70.000 v/d

50.000

30.000

20.000 12.000

PRAÇA km 17 PRAÇA km 76

22.000 VDM médio

60.000 VDM médio

5 + 6 = 11 24 65

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TABELA DE CÁLCULONÚMERO DE ACIDENTES, MOMENTO, EXTENSÃO E ÍNDICEDE ACIDENTES POR CLASSE

CLASSENº ACIDENTES

Somatório de cada ClasseMOMENTO

(T x L x D) /1.000.000 IA

Nº de Acidentes / Momento

SUP 5.602 1.289,3 4,34

SUO 2.850 609,1 4,68

SUFO 334 103,4 3,23SUM 101 38,4 2,63

SRP 15.823 1.0593,3 1,49

SRO 16.593 1.0391,6 1,60

SRFO 6.973 3.227,8 2,16

SEM 2.209 706,0 3,13

DUP 6.900 1.908,6 3,61

DUO 2.242 481,3 4,66

DUFO 1.166 224,9 5,18

DUM 56 6,9 8,08

DRP 3.754 1.474,7 2,54

DRO 3.282 1.582,6 2,07

DRFO 1.232 561,8 2,19

DRM 1.295 268,6 4,82

Fonte: DNER/ Rangel (1988)

Page 21: 2 Palestra Prof Panitz_Segmentos Homogêneos-março 09

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Segmento Crítico

Considera-se Segmento Crítico aquele em que o gráfico de freqüência de acidentes por quilômetro revela qualquer anomalia operacional, representada por repetidas ocorrências de acidentes, evidenciando a necessidade de determinação de Índices Críticos. Em caso positivo será efetuada uma análise de ASV que recomendará as necessárias intervenções no segmento para solucionar os problemas existentes.

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Quantidade de Acidentes por QuilômetroBR/386 (Trecho Lajeado-Soledade)

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341

342

343

2007

2006

2005

2004

2003

Contagem de Polo

Km

Ano

Através do gráfico de freqüência de acidentes na rodovia, identifica-se a localização dos pontos ou segmentos críticos ao longo do trecho dividido em segmentos homogêneos.

Identificação de Segmentos Críticos

Page 23: 2 Palestra Prof Panitz_Segmentos Homogêneos-março 09

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A diferença do Índice Acidente de um Segmento

Homogêneo do Índice de Segmento Crítico é a sua

extensão, que é reduzida, de 1 a 1,9 km, e só é feita

quando ocorrerem mais de três acidentes por ano

nessa pequena extensão.

Diferença entre os Índices

dos Segmentos Homogêneo e Crítico

Page 24: 2 Palestra Prof Panitz_Segmentos Homogêneos-março 09

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Km 60 100 80 20 40

DUP DRP DRP DRO

70.000 v/d

50.000

30.000

20.000 12.000

PRAÇA km 17 PRAÇA km 76

22.000 VDM médio

60.000 VDM médio

5 + 6 = 11 24 65

Segmento Supostamente Crítico

1 a 1,9 kmAcidentes > 3

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DLT

KAI i

• Ii = índice de acidente totais (Acd + Acf + Acm);• A = número de acidentes na extensão, no periódo;• K = fator de adaptação; 10^6 para acidentes totais; • T = VDMi = tráfego, volume diário médio (anual, mensal);• L = extensão do segmento (de 1 a 1,9 km);• D = tempo de exposição em dias (mês, ano).

Índice de Acidentes Totais

no Segmento supostamente Crítico

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Conhecendo-se os Índices de Acidentes dos Segmentos Homogêneos calcula-se o seu Índice Crítico através da fórmula:

Quando um Segmento Homogêneo, de um trecho em estudo, apresentar um Ia > Ic, ele será considerado um Segmento Crítico e deverá receber uma análise especial através de uma Auditoria de Segurança Viária.

Ic = IM + k. (IM / m)^1/2 - 0,5/m

Índice Crítico

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Parâmetros Utilizados na Fórmula

Ic = IM + k .(IM / m)^1/2 - 0,5/m• Ic = índice crítico de acidentes para o trecho considerado;

• IM = índice médio para o tipo de trecho considerado, calculado em função de todos os segmentos do mesmo tipo existentes no trecho em estudo;

• k = constante retirada da Distribuição Normal que assume valores de k = 2,576 para um NC = 99,5% e k = 1,645 para um NC = 95%, nível de confiança comumente aceitável;

• m = momento de trânsito = T x L x D x 10^ - 6;

• IM = (A x 10^6) / x D x L).