2 x o i i · rede de notícia planalto ltda-me ... policiais civis do gt-3 chegam à cidade de poss...

1
rua Antônio de Morais Neto, 330, setor Castelo Branco, Goiânia - Goiás CEp: 74.403-070 Fone: (62) 3226-4600 2 Edi tadoeimpressopor Rede de Notícia Planalto Ltda-ME Fun da do em 7 de ju lho de 1986 Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sa cleyton@tribunadopla nal to.com.br Fun da dor e Di re tor-Pre si den te Se bas ti ão Bar bo sa da Sil va [email protected] Edi to r-Chefe Edi to r-Executivo Ronaldo Coelho De par ta men to Co mer cial [email protected] [email protected] [email protected] Manoel Messias [email protected] Edi to ra interina Daniela Martins [email protected] Paulo José (Fotografia) [email protected] Marcione Barreira Fabiola Rodrigues [email protected] [email protected] Repórteres Diagramação José Deusmar Rodrigues [email protected] Redação [email protected] tribunadoplanalto.com.br Opinião cEna Urbana flagrantE do dia a dia da capital, Estado, brasil E mundo carta ao lEitor J. EurípEdEs manoEl mEssias Editor ExEcutivo o mund o precisa de mais leitores O Instituto Ecofuturo foi o responsável pela mo- bilização e articulação que resultou na instituição oficial, em 2009, de 12 de outubro como o Dia Na- cional da Leitura. A data, que não por acaso coin- cide com o Dia das Crianças, tem como um de seus objetivos reforçar a importância da oferta literária desde a primeira infância. Este dia representa, acima de tudo, uma oportu- nidade para falarmos sobre a importância da promo- ção de leitura, uma vez que o desenvolvimento desta competência, em conjunto com a escrita, é funda- mental para assegurar o acesso ao conhecimento e a formação de cidadãos mais críticos e conscientes, ca- pazes de interagir de forma responsável e positiva entre si e com o ambiente em que vivem. Ao longo de sua trajetória de quase duas déca- das, o Instituto desenvolveu diversas iniciativas e mobilizou parceiros a fim de fomentar a participa- ção da sociedade na discussão de políticas públicas de incentivo à leitura e criação de bibliotecas. Por meio do projeto Bibliotecas Comunitárias Ecofu- turo, por exemplo, a organização já implantou 107 unidades em 12 estados brasileiros, a partir da arti- culação entre poder público, iniciativa privada e so- ciedade civil, e formou mais de 4 mil pessoas em cursos de auxiliar de biblioteca e promotor de lei- tura. Até o fim de 2017, ao menos outras três novas bibliotecas serão instaladas no País – projeto que está em andamento e conta com o investimento da CPFL Energia, por meio do subcrédito social do BNDES. Sabemos, no entanto, que ainda há um longo ca- minho a percorrer. A quarta edi- ção da pesquisa Retratos da Lei- tura no Brasil, recentemente divulgada pelo Instituto Pró-Livro, mostrou que 44% da população brasileira não têm o hábito de leitura. Este número demonstra que, para que o Brasil se torne uma nação leitora, é necessário promover e reforçar a relação da popu- lação com os livros. É preciso que iniciativas dire- cionadas à conscientização e mobilização sobre a importância dessa atividade ganhem cada vez mais amplitude e sejam consideradas como essenciais pela sociedade e seus diferentes atores. Neste Dia Nacional da Leitura, proponho refle- tirmos juntos sobre o tema. Afinal, por que devemos ler mais? Os livros têm o poder de nos fazer sonhar e exercitam nossa imaginação e criatividade. É por meio deles que conhecemos novas culturas, pessoas, lugares, realidades (literais ou não). É na experiên- cia literária que fazemos descobertas sobre o pas- sado, compreendemos melhor o presente e ponderamos sobre o futuro. É preciso educar para a leitura desde cedo, ainda na primeira infância, em especial durante os primeiros mil dias de vida, quando construímos todo o nosso arcabouço cog- nitivo. Precisamos ler com e para as nossas crianças, por isso, dê leitura de presente! Não apenas neste 12 de outubro, mas todos os dias. Ler é como respi- rar. É alimento da alma. É indispensável. Boa lei- tura! Marcela Porto é superintendente do Instituto Eco- futuro (www.ecofuturo.org.br) Go iânia, 16 a 22 de outubro de 2016 X cons cientização na ponta do lá pis Chegamos à fase de premiação da 12ª edição do Concurso Goiás na Ponta do Lápis, uma iniciativa da Tribuna do Planalto em parceria com a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte. Este ano, por conta do tema adotado, “His- tórias Reais de Combate ao Aedes”, a Secretaria Estadual de Saúde também entrou como parceira da iniciativa. A Tribuna do Planalto fica imensamente feliz e os funcionários, ansiosos, torcendo e trabalhando para que esta edição alcance mais uma vez o sucesso dos anos anteriores. Sabemos da importância do estímulo como mola pro- pulsora do conhecimento. Os estudantes, e todos nós o fomos, se dedicam mais quando são estimulados. E participar de um concurso é uma das me- lhores formas de testar nosso aprendizado, funcionando como espécie de ter- mômetro para sabermos como estão nossos conhecimentos em relação aos demais estudantes. O concurso este ano inovou. Não é mais um concurso apenas de redação, o que já seria muito importante, porque afinal todo nosso conhecimento é ex- presso e avaliado, formalmente, através da escrita. O que era uma iniciativa de estímulo à leitura e à escrita por meio da pro- dução de redações, agora envolve também produção de fotografias, vídeos e desenhos dos alunos com uma proposta ousada: o estudante relata histórias reais de combate ao mosquito transmissor de várias doenças, como dengue e chikungunia. Com a criação de outras categorias, além das redações, o Goiás na Ponta do Lápis ampliou, assim, sua abrangência dentro da comunidade educacional. Este ano poderão participar não somente alunos do Ensino Médio, da Edu- cação de Jovens e Adultos (EJA 1 e 2), da segunda fase do Ensino Funda- mental, como também a primeira fase deste nível de ensino. A escolha do tema do concurso foi de uma assertiva sem tamanho, pois leva para dentro de cada sala de aula de todo o estado de Goiás a reflexão sobre a importância de combate ao mosquito Aedes aegypti. Mais do que isso: incentiva, premia trabalhos de combate a esse transmissor de doenças, que tanto tem afetado a saúde de milhares de goianos, especialmente nos períodos de chuva. O certame foi lançado, não por acaso, num evento em Goiânia no mês de março, com a presença do ministro da Saúde, além dos secretários estaduais de Saúde e de Educação de Goiás e do governador Marconi Perillo. A Tribuna do Planalto, que também realiza simultaneamente na capital o Concurso de Redação Goiânia na Ponta do Lápis, reafirma seu compromisso com um fu- turo próspero e grandioso de nosso estado, sendo o incentivo à educação de todos um dos pilares que sustentam essa certeza de sucesso. Policiais civis do GT-3 chegam à cidade de Posse para investigar fraudes em licitações da prefeitura Danilo Suassuna jovens empreendedores e a compulsão por trabalho Criativos, inovadores, focados e estratégicos. Essas características definem bem a maioria dos jovens em- preendedores brasileiros. São pessoas superconectadas, que buscam colocar em prática as melhores ideias, cor- rem contra o tempo e não medem esforços para alcançar resultados satisfatórios para os negócios. Muitos entendem que empreendedor é quem não tem medo de trabalho duro e que desenvolve suas atividades por muito tempo em algo que passe a dar resultados fi- nanceiros ou de promoção pessoal. No mercado, o con- ceito de empreendedor tem sido divulgado como aquele que sempre precisa ter uma ótima ideia e que seja colo- cada em prática logo para dar certo em pouco tempo. Quando a ideia não dá certo tão rápido, a pessoa já acha que tem de mudar, tem de fazer algo a mais, e assim começa a cobrança exagerada. Isso tem criado uma ge- ração de ‘adultos jovens’ que não consegue esperar, que não dá tempo ao tempo para as coisas amadurecerem e se atropelam em ideias e atitudes. É certo que com a tec- nologia, tudo acontece em uma velocidade maior, assim grandes marcas surgem, algumas somem e outras se reinventam. O grande medo da juventude é ser efêmero ou que a sua onda passe logo neste cenário, por isso os jovens se cobram muito para ter a melhor ideia. Há uma constante cobrança desses ‘adultos jovens’, que são pessoas de 20 a 35 anos imersas em uma com- petitividade contra eles mesmos. Cada dia que passa se cobram ser melhores do que foram no dia anterior e pre- tendem mudar ainda mais o mundo, seja no âmbito so- cial, ambiental e na perspectiva ética. A cobrança é tamanha que ele entra em conflito com valores pessoais. Alguns passam a se questionar sobre seus próprios hobbies e diversão. É como se não pudessem descansar, como se tivessem que ter a ideia que o outro teve, alcan- çar o que o outro alcançou. E não olham pra si para des- cobrir qual é o real desejo e objetivo da sua própria vida. Por não saberem o real desejo em relação às próprias vidas, algumas pessoas acabam por ter no trabalho a única fonte de satisfação e reconhecimento. Isso pode tra- zer prejuízos para a saúde física e mental. Essa tal busca é incessante, mas não se sabe o que se deseja e isso torna a busca mais intensa e cada vez com menos sentido ou significado para a pessoa, tornado vazio o seu dia a dia. Certos indivíduos acabam por não se permitirem ter uma agenda livre ou sem compromisso, tendenciados a ter sempre o mesmo discurso de que estão na 'correria' ou de que não tem mais tempo pra nada. O tempo é o mesmo para todos, o que diferencia um trabalhador em- penhado de um workaholic patológico é o modo como se prioriza vida pessoal e profissional, amigos e trabalho, assumindo assim a prioridade de cada dia. Se esse jovem se dedica apenas ao trabalho, é certo que haverá um prejuízo à saude. Fisicamente surgem ri- nites, alergias de pele, problemas de visão, dores em pes- coço e ombro, colesterol alto e mesmo a obesidade. Psicologicamente, há estresse, ansiedade, bruxismo, in- sônia e até doenças de pele. A solução é tentar vivenciar as diferentes partes do dia de diferentes modos, no intento de abarcar as múlti- plas possibilidades do indivíduo. O segredo está em exigir de si todos os aspectos relacionados à sua personalidade, ou seja, ao explorar as diferentes e amplas capacidades da pessoa, ou de si mesmo, acaba por perceber a sua grandiosidade em diferentes aspectos, as novas capaci- dades e novas saídas. Assim o melhor é explorar cada parte a fim de que se possa compor um ser humano em sua totalidade, tanto para sua vida no trabalho como em sua vida fora dele. Danilo Suassuna é psicólogo do Instituto Suassuna. Doutor e Mestre em Psicologia, escritor e professor. Marcela Porto EsfEra Pública Espaço para fomEntar o dEbatE, os artigos publicados nEsta sEção não traduzEm nEcEssariamEntE a opinião do jornal Pagina 2:Grade Standard 18/10/2016 16:45 Page 1

Upload: doandung

Post on 26-Jan-2019

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 2 X O i i · Rede de Notícia Planalto Ltda-ME ... Policiais civis do GT-3 chegam à cidade de Poss e para investigar fraudes em ... cobrir qual é o real desejo e objetivo da sua

rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás CEp: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

2

Edi­ta­do­e­im­pres­so­por

Rede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção

Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri­bu­na­do­pla­nal­to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den te

Se bas ti ão Bar bo sa da Sil vase­bas­ti­ao@tri­bu­na­do­pla­nal­to.com.br

Edi to r-Chefe

Edi to r-Executivo

Ronaldo Coelho

De par ta men to Co mer cialco­mer­cial@tri­bu­na­do­pla­nal­to.com.br

[email protected]@gmail.com

Manoel Messias [email protected]

Edi to ra interina

Daniela  [email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione Barreira

Fabiola Rodrigues [email protected]

[email protected]

RepórteresDiagramação

José Deusmar Rodrigues [email protected]

Redaçãoredacao@tri­bu­na­do­pla­nal­to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

OpiniãocEna Urbana

flagrantE do dia a dia da capital, Estado, brasil E mundo

carta ao lEitorJ. EurípEdEs

manoEl mEssias – Editor ExEcutivo

o mundo precisa de mais leitores

O Instituto Ecofuturo foi o responsável pela mo-bilização e articulação que resultou na instituiçãooficial, em 2009, de 12 de outubro como o Dia Na-cional da Leitura. A data, que não por acaso coin-cide com o Dia das Crianças, tem como um de seusobjetivos reforçar a importância da oferta literáriadesde a primeira infância.

Este dia representa, acima de tudo, uma oportu-nidade para falarmos sobre a importância da promo-ção de leitura, uma vez que o desenvolvimento destacompetência, em conjunto com a escrita, é funda-mental para assegurar o acesso ao conhecimento e aformação de cidadãos mais críticos e conscientes, ca-pazes de interagir de forma responsável e positivaentre si e com o ambiente em que vivem.

Ao longo de sua trajetória de quase duas déca-das, o Instituto desenvolveu diversas iniciativas emobilizou parceiros a fim de fomentar a participa-ção da sociedade na discussão de políticas públicasde incentivo à leitura e criação de bibliotecas. Pormeio do projeto Bibliotecas Comunitárias Ecofu-turo, por exemplo, a organização já implantou 107unidades em 12 estados brasileiros, a partir da arti-culação entre poder público, iniciativa privada e so-ciedade civil, e formou mais de 4 mil pessoas emcursos de auxiliar de biblioteca e promotor de lei-tura. Até o fim de 2017, ao menos outras três novasbibliotecas serão instaladas no País – projeto queestá em andamento e conta com o investimento daCPFL Energia, por meio do subcrédito social doBNDES.

Sabemos, no entanto, que ainda há um longo ca-

minho a percorrer. A quarta edi-ção da pesquisa Retratos da Lei-tura no Brasil, recentemente divulgada pelo InstitutoPró-Livro, mostrou que 44% da população brasileiranão têm o hábito de leitura. Este número demonstraque, para que o Brasil se torne uma nação leitora, énecessário promover e reforçar a relação da popu-lação com os livros. É preciso que iniciativas dire-cionadas à conscientização e mobilização sobre aimportância dessa atividade ganhem cada vez maisamplitude e sejam consideradas como essenciaispela sociedade e seus diferentes atores.

Neste Dia Nacional da Leitura, proponho refle-tirmos juntos sobre o tema. Afinal, por que devemosler mais? Os livros têm o poder de nos fazer sonhare exercitam nossa imaginação e criatividade. É pormeio deles que conhecemos novas culturas, pessoas,lugares, realidades (literais ou não). É na experiên-cia literária que fazemos descobertas sobre o pas-sado, compreendemos melhor o presente eponderamos sobre o futuro. É preciso educar paraa leitura desde cedo, ainda na primeira infância, emespecial durante os primeiros mil dias de vida,quando construímos todo o nosso arcabouço cog-nitivo. Precisamos ler com e para as nossas crianças,por isso, dê leitura de presente! Não apenas neste12 de outubro, mas todos os dias. Ler é como respi-rar. É alimento da alma. É indispensável. Boa lei-tura!

Marcela Porto é superintendente do Instituto Eco-futuro (www.ecofuturo.org.br)

Go­i­â­nia,­16­a­22­de­outubro­de­2016

X

conscientizaçãona ponta do lápis

Chegamos à fase de premiação da 12ª edição do Concurso Goiás na Pontado Lápis, uma iniciativa da Tribuna do Planalto em parceria com a Secretariade Educação, Cultura e Esporte. Este ano, por conta do tema adotado, “His-tórias Reais de Combate ao Aedes”, a Secretaria Estadual de Saúde tambémentrou como parceira da iniciativa.

A Tribuna do Planalto fica imensamente feliz e os funcionários, ansiosos,torcendo e trabalhando para que esta edição alcance mais uma vez o sucessodos anos anteriores. Sabemos da importância do estímulo como mola pro-pulsora do conhecimento. Os estudantes, e todos nós o fomos, se dedicammais quando são estimulados. E participar de um concurso é uma das me-lhores formas de testar nosso aprendizado, funcionando como espécie de ter-mômetro para sabermos como estão nossos conhecimentos em relação aosdemais estudantes.

O concurso este ano inovou. Não é mais um concurso apenas de redação,o que já seria muito importante, porque afinal todo nosso conhecimento é ex-presso e avaliado, formalmente, através da escrita.

O que era uma iniciativa de estímulo à leitura e à escrita por meio da pro-dução de redações, agora envolve também produção de fotografias, vídeos edesenhos dos alunos com uma proposta ousada: o estudante relata históriasreais de combate ao mosquito transmissor de várias doenças, como dengue echikungunia.

Com a criação de outras categorias, além das redações, o Goiás na Pontado Lápis ampliou, assim, sua abrangência dentro da comunidade educacional.Este ano poderão participar não somente alunos do Ensino Médio, da Edu-cação de Jovens e Adultos (EJA 1 e 2), da segunda fase do Ensino Funda-mental, como também a primeira fase deste nível de ensino.

A escolha do tema do concurso foi de uma assertiva sem tamanho, poisleva para dentro de cada sala de aula de todo o estado de Goiás a reflexãosobre a importância de combate ao mosquito Aedes aegypti. Mais do que isso:incentiva, premia trabalhos de combate a esse transmissor de doenças, quetanto tem afetado a saúde de milhares de goianos, especialmente nos períodosde chuva.

O certame foi lançado, não por acaso, num evento em Goiânia no mês demarço, com a presença do ministro da Saúde, além dos secretários estaduaisde Saúde e de Educação de Goiás e do governador Marconi Perillo. A Tribunado Planalto, que também realiza simultaneamente na capital o Concurso deRedação Goiânia na Ponta do Lápis, reafirma seu compromisso com um fu-turo próspero e grandioso de nosso estado, sendo o incentivo à educação detodos um dos pilares que sustentam essa certeza de sucesso.

Policiais civis do GT-3 chegam à cidade de Posse para investigar fraudes em licitações da prefeitura

Danilo Suassuna

jovens empreendedores ea compulsão por trabalho

Criativos, inovadores, focados e estratégicos. Essascaracterísticas definem bem a maioria dos jovens em-preendedores brasileiros. São pessoas superconectadas,que buscam colocar em prática as melhores ideias, cor-rem contra o tempo e não medem esforços para alcançarresultados satisfatórios para os negócios.

Muitos entendem que empreendedor é quem não temmedo de trabalho duro e que desenvolve suas atividadespor muito tempo em algo que passe a dar resultados fi-nanceiros ou de promoção pessoal. No mercado, o con-ceito de empreendedor tem sido divulgado como aqueleque sempre precisa ter uma ótima ideia e que seja colo-cada em prática logo para dar certo em pouco tempo.

Quando a ideia não dá certo tão rápido, a pessoa jáacha que tem de mudar, tem de fazer algo a mais, e assimcomeça a cobrança exagerada. Isso tem criado uma ge-ração de ‘adultos jovens’ que não consegue esperar, quenão dá tempo ao tempo para as coisas amadurecerem ese atropelam em ideias e atitudes. É certo que com a tec-nologia, tudo acontece em uma velocidade maior, assimgrandes marcas surgem, algumas somem e outras sereinventam. O grande medo da juventude é ser efêmeroou que a sua onda passe logo neste cenário, por isso osjovens se cobram muito para ter a melhor ideia.

Há uma constante cobrança desses ‘adultos jovens’,que são pessoas de 20 a 35 anos imersas em uma com-petitividade contra eles mesmos. Cada dia que passa secobram ser melhores do que foram no dia anterior e pre-tendem mudar ainda mais o mundo, seja no âmbito so-cial, ambiental e na perspectiva ética. A cobrança étamanha que ele entra em conflito com valores pessoais.

Alguns passam a se questionar sobre seus próprioshobbies e diversão. É como se não pudessem descansar,como se tivessem que ter a ideia que o outro teve, alcan-çar o que o outro alcançou. E não olham pra si para des-

cobrir qual é o real desejo e objetivo da sua própria vida.Por não saberem o real desejo em relação às próprias

vidas, algumas pessoas acabam por ter no trabalho aúnica fonte de satisfação e reconhecimento. Isso pode tra-zer prejuízos para a saúde física e mental. Essa tal buscaé incessante, mas não se sabe o que se deseja e isso tornaa busca mais intensa e cada vez com menos sentido ousignificado para a pessoa, tornado vazio o seu dia a dia.

Certos indivíduos acabam por não se permitirem teruma agenda livre ou sem compromisso, tendenciados ater sempre o mesmo discurso de que estão na 'correria'ou de que não tem mais tempo pra nada. O tempo é omesmo para todos, o que diferencia um trabalhador em-penhado de um workaholic patológico é o modo comose prioriza vida pessoal e profissional, amigos e trabalho,assumindo assim a prioridade de cada dia.

Se esse jovem se dedica apenas ao trabalho, é certoque haverá um prejuízo à saude. Fisicamente surgem ri-nites, alergias de pele, problemas de visão, dores em pes-coço e ombro, colesterol alto e mesmo a obesidade.Psicologicamente, há estresse, ansiedade, bruxismo, in-sônia e até doenças de pele.

A solução é tentar vivenciar as diferentes partes dodia de diferentes modos, no intento de abarcar as múlti-plas possibilidades do indivíduo. O segredo está em exigirde si todos os aspectos relacionados à sua personalidade,ou seja, ao explorar as diferentes e amplas capacidadesda pessoa, ou de si mesmo, acaba por perceber a suagrandiosidade em diferentes aspectos, as novas capaci-dades e novas saídas. Assim o melhor é explorar cadaparte a fim de que se possa compor um ser humano emsua totalidade, tanto para sua vida no trabalho como emsua vida fora dele.

Danilo Suassuna é psicólogo do Instituto Suassuna.Doutor e Mestre em Psicologia, escritor e professor.

Marcela Porto

EsfEra PúblicaEspaço para fomEntar o dEbatE, os artigos publicados nEsta sEção não traduzEm nEcEssariamEntE a opinião do jornal

Pagina 2:Grade Standard 18/10/2016 16:45 Page 1