2011 cardoso - a ligação histórica entre amazônia e mata atlântica

Upload: adarilda-benelli

Post on 21-Feb-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/24/2019 2011 Cardoso - A Ligao Histrica Entre Amaznia e Mata Atlntica

    1/23

    1

    Universidade de Braslia

    Institudo de Cincias Biolgicas - IB

    Curso de Licenciatura em Cincias Biolgicas

    Zandra Zangrando Cardoso

    A ligao histrica entre os Biomas Amaznia eMata Atlntica atravs da Caatinga: Brejos de

    Altitude

    Braslia

    2011

  • 7/24/2019 2011 Cardoso - A Ligao Histrica Entre Amaznia e Mata Atlntica

    2/23

    2

    Zandra Zangrando Cardoso

    A ligao histrica entre os Biomas Amaznia eMata Atlntica atravs da Caatinga: Brejos de

    Altitude

    Monografia apresentada como

    exigncia parcial para a obteno

    do grau de Licenciatura em Cincias

    Biolgicas, na Universidade de Braslia,

    sob orientao do prof. Roger Maia Dias Ledo

    Braslia

    2011

  • 7/24/2019 2011 Cardoso - A Ligao Histrica Entre Amaznia e Mata Atlntica

    3/23

    3

    Zandra Zangrando Cardoso

    A ligao histrica entre os Biomas Amaznia e Mata Atlntica atravsda Caatinga: Brejos de Altitude

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado como exigncia parcial para aobteno do grau de Licenciado de Cincias Biolgicas da Universidade de Braslia.

    Prof. Roger Maia Dias LedoUniversidade de Braslia

    Orientador

    Prof. Ms. Natlia Prado Massarotto

    Universidade de Braslia

    Avaliadora

    Prof. Leandro

    Universidade de Braslia

    Avaliador

  • 7/24/2019 2011 Cardoso - A Ligao Histrica Entre Amaznia e Mata Atlntica

    4/23

    4

    Resumo

    CARDOSO, Zandra Zangrando. A ligao histrica entre os Biomas Amaznia e

    Mata Atlntica atravs da Caatinga: Brejos de Altitude, 2011.18f. Trabalho de

    Concluso do Curso de Licenciatura em Biologia- Universidade de Braslia, Braslia,

    2011.

    Esse trabalho tem como objetivo encontrar ligaes histrias entre os biomas Mata

    Atlntica e Amaznia atravs dos brejos de altitude que so ilhas florestais de

    condies peculiares encontradas no meio do bioma da Caatinga, mas que possui

    caractersticas ambientais prprias e mais prximas as dos biomas das Mata

    Atlntica e da Amaznia. Essa ligao entre esses trs principais biomas foi feita por

    meio da anlise de espcies de lagartos que foram encontrados nos respectivos

    biomas e com isso pode-se analisar formas de conservao desses brejos para

    manter a riqueza e a biodiversidade dessa regio.

    Palavras-chave: Mata Atlntica, Amaznia, brejos de altitude, lagartos.

  • 7/24/2019 2011 Cardoso - A Ligao Histrica Entre Amaznia e Mata Atlntica

    5/23

    5

    Lista de Figuras:

    Figura 1: Principais brejos de altitude nos estados da Paraba e Pernambuco.

    Figura 2: Anlise de agrupamento de similaridade entre as espcies de lagartos

  • 7/24/2019 2011 Cardoso - A Ligao Histrica Entre Amaznia e Mata Atlntica

    6/23

    6

    Lista de Tabelas:

    Tabela 1:Lista de espcies de lagartos montada com base nos artigos de Borges-Nojosa & Caramaschi (2003) e de Vitt et al.(2008.

  • 7/24/2019 2011 Cardoso - A Ligao Histrica Entre Amaznia e Mata Atlntica

    7/23

    7

    Sumrio:

    Resumo.....................................................................................................................4

    Lista de Figuras.........................................................................................................4

    Lista de Tabelas........................................................................................................6

    Sumrio.....................................................................................................................7

    1.Introduo

    1.1Dinmica e funcionamento dos biomas.......................................................8 a 10

    1.2 A ligao entre os Biomas Amaznia e Mata Atlntica por meio da Caatinga:

    Brejos de Altitude ...........................................................................................11 a 15

    2. Objetivos...............................................................................................................16

    3. Material e Mtodos...............................................................................................17

    4. Resultados/Discusso.....................................................................................18,19

    5. Concluso........................................................................................................20,21

    6. Referncias.....................................................................................................22.23

  • 7/24/2019 2011 Cardoso - A Ligao Histrica Entre Amaznia e Mata Atlntica

    8/23

    8

    1. Introduo

    1.1 Dinmica e funcionamento dos Biomas

    O conceito de bioma, palavra que vem do grego e significa Bio = vida + Oma= grupo ou massa, foi criado por eclogo norte americano Frederic Clements em

    1943 e se caracteriza pela uniformidade fisionmica do clmax vegetal e pelos

    animais mais relevantes, possuindo uma constituio bitica caracterstica, ou seja,

    pela uniformidade e predomnio de espcies vegetais locais, bem como dos animais

    caractersticos da regio. Desde a sua criao o termo vem sofrendo modificaes

    e hoje possui diferentes acepes.No h um consenso sobre a definio do termo

    bioma. A nfase em um ou outro aspecto vai depender relevncia para a

    classificao dos biomas, assim como o conhecimento sobre a constituio da

    regio estudada.

    Walter (1998) props um conceito essencialmente ecolgico, considerando

    bioma como uma rea de ambiente uniforme, pertencente a um zonobioma, o qual

    definido de acordo com a zona climtica em que se encontra. Este conceito

    considera ainda outros fatores ambientais ecologicamente importantes, como

    altitude e solo, distinguindo, ento, orobiomas e pedobiomas. Outro fator a serconsiderado seria o fogo natural (pirobiomas). Bioma e domnio morfoclimtico e

    fitogeogrfico no so sinnimos, uma vez que este ltimo no apresenta

    necessariamente um ambiente uniforme.

    O bioma AMAZNIAestende-se do oceano Atlntico s encostas orientais da

    Cordilheira dos Andes, at aproximadamente 600 m de altitude, contendo parte de

    nove pases da Amrica do Sul, sendo 69% dessa rea pertencente ao Brasil

    (ABSABER, 1977). Esse bioma abrange os estados do Par, Amazonas, Maranho,

    Gois, Mato Grosso, Acre, Amap, Rondnia e Roraima, totalizando 4.871.000 km2

    e uma populao em torno de vinte milhes de habitantes, 60% dela vivendo em

    reas urbanas (INPE, 2004). A Amaznia formada por distintos ecossistemas

    como florestas densas de terra firme, florestas estacionais, florestas de igap,

    campos alagados, vrzeas, savanas, refgios montanhosos e formaes pioneiras.

    A variada fauna se constata por haver mais de trinta milhes de espcies e muitas

    que ainda no foram estudadas pelo homem. Mamferos terrestres e aquticos

    tambm fazem parte do ecossistema.

  • 7/24/2019 2011 Cardoso - A Ligao Histrica Entre Amaznia e Mata Atlntica

    9/23

    9

    A MATA ATLNTICA a segunda maior floresta pluvial tropical do continente

    americano, que originalmente estendia- se de forma contnua ao longo da costa

    brasileira, penetrando at o leste do Paraguai e nordeste da Argentina em sua

    poro sul. No passado cobria mais de 1,5 milhes de km2com 92% desta rea no

    Brasil (FUNDAO SOS MATA ATLNTICA & INPE, 2001; GALINDO - LEAL &CMARA, 2003). A Mata Atlntica um dos 25 hotspots mundiais de biodiversidade.

    Junto com a floresta tropical, a Mata Atlntica abrange formaes mistas de

    araucria ao sul, com distinta dominncia de laurceas, e florestas decduas e

    semidecduas no interior. Vrias formaes encontram-se associadas ao bioma,

    como mangues, restingas, formaes campestres de altitude e brejos (florestas

    midas resultantes de precipitao orogrfica em meio a formaes semi-ridas no

    nordeste brasileiro; CMARA, 2003).A histria da Mata Atlntica tem sido marcada por perodos de conexo com

    outras florestas sul-americanas americanas (e.g., Amaznia e florestas andinas) que

    resultaram em intercmbio biolgico, seguido por perodos de isolamento que

    levaram especiao geogrfica (SILVA et al., 2004). Conseqentemente, a biota

    florestal composta tanto por espcies antigas (pr-Plioceno) quanto novas

    (Pleistoceno) (SILVA & CASTELETI, 2003) e vrias reas de endemismo (definidas

    por ambas, antigas e novas espcies) tem sido identificadas (SILVA et al., 2004).

    Embora a extenso e atual localizao dessas reas sejam ainda controversas, pelo

    menos cinco reas de endemismos podem ser reconhecidas com base na

    distribuio de vertebrados terrestres e plantas: Brejos Nordestinos, Pernambuco,

    Bahia Central, Costa da Bahia e Serra do Mar, todas no Brasil (SILVA &

    CASTELETI, 2003; SILVA et al., 2004).

    A CAATINGA,com 735.000km2, um mosaico de arbustos espinhosos e de

    florestas sazonalmente secas, com mais de 2.000 espcies de plantas vasculares,peixes, rpteis, anfbios, aves e mamferos. O endemismo nesses grupos varia entre

    7% e 57% na Caatinga.A Caatinga limitada a leste e a oeste pelas florestas

    Atlntica e Amaznica, respectivamente, e ao sul pelo Cerrado. Este bioma tem sido

    descrita como um ecossistema pobre em espcies e endemismos (VANZOLINI et

    al., 1980; ANDRADE-LIMA, 1982; PRANCE, 1987). Entretanto, estudos recentes

    tm desafiado esse ponto de vista e demonstrado a importncia da Caatinga para a

    conservao da biodiversidade brasileira (LEAL etal., 2003).

  • 7/24/2019 2011 Cardoso - A Ligao Histrica Entre Amaznia e Mata Atlntica

    10/23

    10

    a nica grande regio natural brasileira cujos limites esto inteiramente

    restritos ao territrio nacional. proporcionalmente a menos estudada entre as

    regies naturais brasileiras, com grande parte do esforo cientfico estando

    concentrado em alguns poucos pontos em torno das principais cidades da regio. A

    Caatinga a regio natural brasileira menos protegida, pois as Unidades deConservao cobrem menos de 2% do seu territrio. Continua passando por um

    extenso processo de alterao e deteriorao ambiental provocado pelo uso

    insustentvel dos seus recursos naturais, o que est levando rpida perda de

    espcies nicas, eliminao de processos ecolgicos chaves e formao de

    extensos ncleos de desertificao em vrios setores da regio.

    A Caatinga dominada por tipos de vegetao com caractersticas xerofticas

    formaes vegetais secas, que compem uma paisagem clida e espinhosacom

    estratos compostos por gramneas, arbustos e rvores de porte baixo ou mdio (3 a

    7 metros de altura), caduciflias (folhas que caem), com grande quantidade de

    plantas espinhosas (exemplo: leguminosas), entremeadas de outras espcies como

    as cactceas e as bromeliceas. Levantamentos sobre a fauna do domnio da

    Caatinga revelam a existncia de 40 espcies de lagartos, sete espcies de

    anfibendeos (espcies de lagartos sem ps), 45 espcies de serpentes, quatro de

    quelnios, uma de Crocodylia, 44 anfbios anuros e uma de Gymnophiona.

    Os ecossistemas do bioma Caatinga encontram-se bastante alterados, com a

    substituio de espcies vegetais nativas por cultivos e pastagens. O desmatamento

    e as queimadas so ainda prticas comuns no preparo da terra para a agropecuria

    que, alm de destruir a cobertura vegetal, prejudica a manuteno de populaes da

    fauna silvestre, a qualidade da gua, e o equilbrio do clima e do solo.

    Aproximadamente 80% dos ecossistemas originais j foram antropizados.

    (IBAMA,2011)

  • 7/24/2019 2011 Cardoso - A Ligao Histrica Entre Amaznia e Mata Atlntica

    11/23

    11

    1.2 A ligao entre os Biomas Amaznia e Mata Atlntica por meio

    da Caatinga: Brejos de Altitude

    A Amaznia e a Mata Atlntica so regies naturais que esto (ou estavam no

    caso da Mata Atlntica) recobertas principalmente por extensas florestas tropicais.Essas duas regies so separadas entre si por um corredor de formaes abertas

    formando pela Caatinga, Cerrado e Pantanal. A no ser pelo carter aberto de suas

    vegetaes, essas trs regies tem pouco em comum. A Caatinga est localizada

    em uma regio de extensa depresso recoberta por uma vegetao xrica que

    cresce sobre solos rasos e est sujeita a longos perodos de seca. Vegetaes

    xricas so vegetaes que sobrevivem com pouca umidade sendo a Caatinga

    juntamente com o Cerrado e o Chaco argentino exemplos desse tipo de vegetao.

    A Caatinga junto com o Cerrado e o Chaco formam os chamados Corredores de

    Vegetaes xricas e esses corredores separam as duas maiores formaes de

    florestas da Amrica do sul: a Amaznia e a Floresta Atlntica e esses corredores

    tem sido considerados um grande impedimentos para a migrao de espcies

    atravs desses dois biomas florestados. Porm mapas atuais dessa vegetao tm

    demonstrado que essas duas florestas tem uma ligao por meio desses corredores,

    mostrando que mesmo a primeira vista esses dois biomas, Amaznia e Floresta

    Atlntica paream isolados, na verdade essas duas regies esto interconectadas.

    A Floresta Atlntica brasileira composta por mosaico de diferentes

    fisionomias e floras sobre grande diversidade ambiental. Baseado no critrio de

    endemismo especfico e grau de degradao, esta floresta foi identificada como um

    dos pontos mais crticos (hottest hotspots) para prioridades de conservao por

    (MYERS et al. 2000), apresentando nmero estimado de 20.000 espcies de

    plantas. Sob a perspectiva fitogeogrfica, a Floresta Atlntica pode ser dividida em

    dois conjuntos, Sudeste/ Sul e Nordeste, cada um com alta percentagem de

    endemismo (RIZZINI 1979). Ainda sobre sua distribuio, a Floresta Atlntica pode

    penetrar no bioma Cerrado, localizado no Brasil central, por meio de cursos de gua

    (OLIVEIRA-FILHO & RATTER 2000) e no bioma Caatinga, no topo de serras e

    planaltos do semi-rido nordestino (TAVARES et al. 2000). Das diferentes tipologias

    encontradas na Floresta Atlntica nordestina, as florestas situadas em serras e

    planaltos do semi-rido, localmente chamadas Brejos de Altitude, so ainda pouco

    conhecidas (TAVARES et al. 2000). So ilhas florestais mais ou menos midas, em

  • 7/24/2019 2011 Cardoso - A Ligao Histrica Entre Amaznia e Mata Atlntica

    12/23

    12

    funo de sua condio climtica peculiar, j que o relevo cria uma barreira s

    massas de ar, que acabam depositando umidade nas vertentes barlavento,

    grotes e vales de serras (ANDRADE-LIMA, 1982).

    Sabe-se que h grande variao florstica relacionada aos elementos

    climticos (precipitao, temperatura, vento, etc.) e a diversos fatores fisiogrficos(orografia e efeito da continentalidade). A precipitao decresce para o interior (para

    o oeste), diminuindo de 2.000 mm ano nas terras baixas prximas costa Atlntica,

    onde predomina a floresta ombrfila, para 1.200-1.000 mm.

    Brejos de altitudeso encraves da Mata Atlntica, formando ilhas de floresta

    mida em plena regio semi-rida cercadas por vegetao de caatinga, tendo uma

    condio climtica bastante atpica com relao umidade, temperatura e

    vegetao e com pouco conhecimento sobre sua vegetao e ecologia. Ocorrem noAgreste de Pernambuco e Paraba, como ilhas de umidade no ambiente semi-rido

    da Caatinga. O Parque Vasconcelos Sobrinho, situado na Serra dos Cavalos, em

    Caruaru, PE, um exemplo do pouco que resta desses brejos na regio. Com 359

    ha, abriga uma floresta exuberante e diversos corpos dgua, porm vem sofrendo

    intenso processo de degradao. A floresta tpica dos brejos de altitude guarda forte

    semelhana com a floresta mida litornea, ocorrendo espcies vegetais e animais

    comuns a ambos os ecossistemas; por isso, so consideradas formaes disjuntas

    de Mata Atlntica (RODAS, 1998).

    A Caatinga tem sido, muitas vezes, considerada como um bioma de segunda

    classe, sendo preterida em sua importncia dentre os biomas brasileiros, seja

    quanto aos investimentos em programas de pesquisa como em aes de polticas

    pblicas. Uma mudana nessa postura deve ser implementada, considerando-se a

    grande importncia que tem a diversidade da Caatinga, tanto biolgica como

    antropolgica e cultural, em uma regio circunscrita por nove estados onde vivem

    cerca de 20 milhes de brasileiros em condies climticas muito difceis. Alm dos

    muitos estudos patrocinados pela Probio/SBF/MMA para levantamentos sobre a

    biodiversidade no bioma caatinga, vale enfatizar a realizao da importante

    avaliao feita para identificao das reas e aes prioritrias para conservao e

    uso sustentvel da biodiversidade da Caatinga, com o envolvimento de especialistas

    de instituies de pesquisa e de organizaes no governamentais, que definiu

    claramente regies de prioridade para estudos e para onde aes de polticas

    pblicas devem ser dirigidas. Dessa forma, o Ministrio do Meio Ambiente tem

    contribudo para aumentar o conhecimento sobre a Caatinga, no s com o

  • 7/24/2019 2011 Cardoso - A Ligao Histrica Entre Amaznia e Mata Atlntica

    13/23

    13

    estabelecimento das reas Prioritrias, assim como publicao de estudos sobre os

    Brejos de Altitude Nordestinos, o que nos faz ter um sentido de pertencimento a este

    bioma, o que certamente ajudar em nossa busca de contribuir para a conservao

    e uso sustentvel da caatinga.

    Em um projeto interdisciplinar de preservao da biodiversidade ligado aoMinistrio do Meio Ambiente- Projeto Brejos de Altitude, h um subprojeto

    Recuperao e Manejo dos Ecossistemas Naturais de Brejos de Altitude de

    Pernambuco e Paraba (tambm chamado Projeto Brejo de Altitude), vinculado ao

    Projeto de Conservao e Utilizao Sustentvel da Biodiversidade Biolgica

    Brasileira - PROBIO, objetivou promover a conservao dos remanescentes de

    brejos de altitude no Agreste de Pernambuco e Paraba,por meio de um

    aproveitamento sustentado desses recursos, levando em conta os interesses dapopulao local e contando com a sua participao, por meio do estabelecimento de

    mecanismos eficazes de transferncia dos resultados das pesquisas para as

    comunidades. O Plano de Conservao dos Brejos de Altitude de Pernambuco e

    Paraba enfoca a diversidade biolgica e a biogeografia dos brejos, tratando da flora,

    especialmente a lenhosa, e da distribuio altitudinal de espcies amaznico-

    nordestinas. Tambm enfoca a conservao desses brejos, considerando a

    integridade e as ameaas, o esforo e as diretrizes para a sua conservao.

    Parte da floresta Atlntica brasileira composta pelos brejos de altitude 3/4

    ilhas de floresta estacional semidecidual montana estabelecidas nos domnios da

    Caatinga. A existncia destas ilhas de floresta est associada ocorrncia de

    planaltos e chapadas entre 500100 m de altitude, onde as chuvas orogrficas

    garantem nveis de precipitao superiores a 1200 mm/ano. A literatura refere-se a

    existncia de 43 brejos de altitude, distribudos nos estados do Cear, Rio Grande

    do Norte, Paraba e Pernambuco, cobrindo uma rea original de aproximadamente

    18.500 km2. Somente Pernambuco e Paraba possuem 31 brejos, distribudos em 28

    municpios do agreste e do serto. Isto equivale a dizer que pelo menos 1/4 da rea

    de distribuio original da floresta Atlntica nordestina representada pelos brejos

    de altitude. Apesar de importantes do ponto de vista da conservao da

    biodiversidade, o atual ritmo de degradao pode levar os brejos ao completo

    desaparecimento em um futuro muito prximo. Faz-se necessrio o estabelecimento

    de polticas capazes de reduzir fortemente a probabilidade de extino de espcies

    e garantir a manuteno dos servios ambientais prestados pelos brejos de altitude

    s populaes humanas.

  • 7/24/2019 2011 Cardoso - A Ligao Histrica Entre Amaznia e Mata Atlntica

    14/23

    14

    Com base na distribuio dos tipos de vegetao, estima-se que a floresta

    Atlntica nordestina cobria uma rea contnua de floresta com 76.938 km2, ou 6,4%

    da extenso da floresta Atlntica brasileira, distribudas em cinco tipos

    vegetacionais: reas de tenso ecolgica (43,8%); floresta estacional semidecidual

    (22,9%) ; floresta ombrfila aberta (20,5%); floresta ombrfila densa (7,9%); eformaes pioneiras (6,1%). Dentro destes cinco tipos existem as florestas de terras

    baixas (< 100 m de altitude), submontanas (100-600 m) e montanas (> 600 m)

    (IBGE, 1985).

    Parte da floresta Atlntica nordestina composta pelos brejos de altitude:

    ilhas de floresta mida estabelecidas na regio semi-rida, sendo cercadas por

    uma vegetao de Caatinga (ANDRADE-LIMA 1982). Os brejos so reas de

    exceo dentro do domnio do nordeste semi-rido (LINS 1989). A existnciadessas ilhas de floresta em uma regio onde a precipitao mdia anual varia entre

    240 - 900 mm (IBGE 1985, LINS 1989) est associada ocorrncia de planaltos e

    chapadas entre 500 - 1.100 m altitude (e.g., Borborema, Chapada do Araripe,

    Chapada de Ibiapaba), onde as chuvas orogrficas garantem nveis de precipitao

    superiores a 1.200 mm/ano (ANDRADE-LIMA 1960, 1961). Quando comparados s

    regies semi-ridas, os brejos possuem condies privilegiadas quanto umidade

    do solo e do ar, temperatura e cobertura vegetal (ANDRADE-LIMA 1966)

    Os brejos so, em sua grande maioria, disjunes de floresta estacional

    semidecidual montana (IBGE, 1985), um dos tipos vegetacionais que compem a

    floresta Atlntica brasileira (VELOSO et al. 1991). A hiptese mais aceita sobre a

    origem vegetacional dos brejos de altitude est associada s variaes climticas

    ocorridas durante o Pleistoceno (ltimos 2 milhes - 10.000 anos), as quais

    permitiram que a floresta Atlntica penetrasse nos domnios da caatinga. Ao retornar

    a sua distribuio original, aps perodos interglaciais, ilhas de floresta Atlntica

    permaneceram em locais de microclima favorvel (ANDRADE-LIMA 1982). Desta

    forma, Andrade-Lima (1982) considera os brejos como refgios atuais para

    espcies de floresta Atlntica nordestina dentro dos domnios da caatinga. Os brejos

    tambm abrigam, plantas com distribuio amaznica (como exmeplo, Apeiba

    tibourbouAubl.) e algumas espcies tpicas das florestas serranas do sul e sudeste

    do Brasil (e.g., Phytolacca dioica L.).

    A hiptese de Andrade-Lima (1982) sobre a origem dos brejos foi reforada

    por Santos (2002), ao analisar o padro de distribuio de plantas lenhosas

    envolvendo a Amaznia e 12 localidades da floresta Atlntica ( lato sensu)

  • 7/24/2019 2011 Cardoso - A Ligao Histrica Entre Amaznia e Mata Atlntica

    15/23

    15

    nordestina. Este autor encontrou um padro de distribuio da flora de plantas

    lenhosas que se enquadra em um modelo de separao seqencial e gradativa de

    um contnuo preexistente (cf. divergncia em cladstica), condio que teria existido

    durante o processo de retrao da floresta mida. Com base no padro de

    distribuio, Santos (2002) definiu relaes histricas que, alm de dividir o Centrode Endemismo Pernambuco em dois setores ( i.e., floresta Atlntica de terras baixas

    e a floresta Atlntica de terras altas), definiu dois grandes blocos de brejos. Segundo

    este autor, os dois grandes blocos de brejos se separaram nos limites de Brejo da

    Madre de Deus e Pesqueira, logo no incio do processo de retrao da floresta

    Atlntica. O processo de separao continuou at que os brejos atingissem o

    nmero e a conformao espacial atual.

    De acordo com SOBRINHO, 1971 e LIMA, 1982, existem 43 brejos na florestaAtlntica nordestina, distribudos nos estados do Cear, Rio Grande do Norte,

    Paraba e Pernambuco, cobrindo uma rea de pelo menos 18.589 km2. Somente

    Pernambuco e Paraba possuem 31 brejos, distribudos em 28 municpios do agreste

    e serto. Assim, pelo menos 1/4 da rea de distribuio original da floresta Atlntica

    nordestina representada pelos brejos de altitude.

    Figura 1:Principais brejos de altitude nos estados da Paraba e Pernambuco.(Fonte: Vasconcelos Sobrinho1971)

  • 7/24/2019 2011 Cardoso - A Ligao Histrica Entre Amaznia e Mata Atlntica

    16/23

    16

    2. OBJETIVOS

    Entender acerca da origem e dinmica dos brejos de altitude interessante para

    a compreenso da biogeografia as paisagens brasileiras. Portanto, esse trabalho

    tem como objetivo encontrar ligaes histrias entre os biomas Mata Atlntica e

    Amaznia atravs dos brejos de altitude que so ilhas florestais de condiespeculiares encontradas no meio do bioma da Caatinga, mas que possui

    caractersticas ambientais prprias e mais prximas as dos biomas das Mata

    Atlntica e da Amaznia.

  • 7/24/2019 2011 Cardoso - A Ligao Histrica Entre Amaznia e Mata Atlntica

    17/23

    17

    3. Material e Mtodos:

    Primeiramente foi realizada uma listagem com as diversas espcies

    relacionadas com os brejos de altitude e os biomas florestais da Amaznia e Mata

    Atlntica, com base nos artigos de Borges-Nojosa & Caramasci (2003) e de Vitt et al.(2008). Em seguida foi realizada uma anlise de agrupamento entre as reas da

    Amaznia, Mata Atlntica e Caatinga utilizando vrias espcies de lagartos e com

    base na similaridade da ocorrncia de espcies entre as reas. O critrio de

    similaridade utilizado para essa anlise foi o de similaridade de Sorensen, que um

    ndice utilizado para avaliar o grau de semelhana na composio das famlias mais

    abundantes entre as reas analisadas. A anlise foi realizada no programa R.2.10.

  • 7/24/2019 2011 Cardoso - A Ligao Histrica Entre Amaznia e Mata Atlntica

    18/23

    18

    4. Resultados e Discusso:

    A lista montada com base nos artigos de Borges-Nojosa & Caramaschi (2003)

    e de Vitt et al. (2008) composta de 28 espcies (Tabela 1).

    Tabela 1: Presena ou ausncia de indivduos de espcies de lagartos em 5 brejosde altitude no estado do Cear, e tambm na Amaznia e Mata Atlntica

    Espcies

    Amaznia M_Atl

    I

    Ibiapaba Maranguape Aratanha Baturit Araripe

    -Coleodactylus

    meridionalis 0 1 1 1 1 1 1

    -Hemidactylus mabouia 1 1 1 1 0 1 1

    -Phyllopesus policaris 0 0 1 1 1 1 1

    -Hemidactylus agrius 0 0 1 1 1 0 0

    -Iguana iguana 1 0 1 1 1 1 1

    -Anolis fuscoauratus 1 1 1 1 1 1 0

    -Anolis brasiliensis 1 0 0 0 0 0 1

    -Enyalius bibronii 0 1 1 0 1 0 1

    -Polychrus acutirostris 1 1 1 1 1 1 1

    -Polychrus marmoratus 1 1 1 0 0 1 0

    -Strobilurus torquatus 0 1 1 1 1 1 0

    -Tropidurus

    semitaeniatus 0 1 1 1 1 1 1

    -Tropidurus hispidus 1 1 1 1 1 1 1

    -Mabuya heathi 0 1 1 0 0 1 1

    -Mabuya nigropunctata 1 1 1 0 0 1 0

    -Cercosaura ocellata 1 1 1 0 0 0 0

    -Colobosaura modesta 1 0 1 0 0 0 0

    -Colobosauroides

    cearensis 0 0 1 1 1 1 0

    -Leposoma baturitensis 0 0 1 1 0 1 0

    -Micrablepharus

    maximiliani 1 1 1 0 0 1 1

    -Placosoma sp 0 0 0 1 0 1 0

    -Stenolepis ridleyi 0 1 1 0 0 1 0-Ameiva ameiva 1 1 1 1 1 1 1

    -Kentropyx calcarata 1 1 0 0 0 1 0

    -Tupinambis teguixin 1 1 0 0 0 0 0

    -Cnemidophorus

    ocellifer 0 1 1 0 0 0 1

    -Tupinambis merianae 1 1 1 0 1 1 0

    A anlise de agrupamento apresentou como resultado uma maior similaridade

    entre as espcies dos brejos de Ibiapaba-CE e Baturit-CE com as espcies daMata Atlntica e na Amaznia, havendo uma relao maior entre esses biomas de

  • 7/24/2019 2011 Cardoso - A Ligao Histrica Entre Amaznia e Mata Atlntica

    19/23

    19

    acordo com as espcies analisadas (figura 2). Por sua vez, as espcies encontradas

    nos brejos de Maranguape e Aratanha se aproximam das espcies dos brejos de

    Araripe-PE, havendo similaridade entre essas localidades quanto s espcies

    estudadas, porm essas espcies esto mais afastadas em similaridade com os

    brejos de Ibiapaba e Baturit e, consequentemente, com as espcies da MataAtlntica e Amaznia (figura 2).

    Figura 2 : Anlise de similaridade

    Figura 2: Anlise de agrupamento entre Brejos de altitude (Maranguape, Araripe,Arantanha, Ibiapaba e Baturit), Mata Atlantica e Amaznia (Reserva Adolpho Ducke), combase nas espcies de lagartos presentes nesses locais.

  • 7/24/2019 2011 Cardoso - A Ligao Histrica Entre Amaznia e Mata Atlntica

    20/23

    20

    5. Concluso:

    A biodiversidade dos brejos de altitudes ainda pouco conhecida, mas bem

    provvel que guarde muitas surpresas, seja por seu longo perodo de isolamento,

    que pode levar a natureza a produzir novas espcies, seja por terem pertencido

    originalmente a um dos biomas mais diversificados da Terra. Alm disso, esses

    brejos, por sua composio de espcies, podem guardar relquias da poca em que,

    supostamente, Mata Atlntica e Amaznia eram uma nica grande floresta.

    O fato dos brejos estarem afastados uns dos outros pode ser explicado por

    vrios fatores como, por exemplo: extino de grande parte da floresta Atlntica

    desde a poca da chegada dos colonizadores portugueses, isolando essas reas

    em localidades onde devido s condies ambientais e geogrficas conseguiram semanter, e conseguiram manter certas espcies vivendo nas condies especficas

    dos brejos, mas que talvez no conseguissem sobreviver ao clima seco e quente da

    caatinga e a localizao. No h uma ligao homognea entre os brejos e segundo

    a anlise, constatou-se espcies de lagartos mais presentes em determinados brejos

    do que em outros e consequentemente mais prximas das espcies encontradas na

    Mata Atlntica e Amaznia, e outras espcies que no apresentam essa similaridade

    to evidente. Algumas espcies encontradas nos Brejos so nativas da frica e se

    desenvolveram bem nas condies ambientais dos brejos e da Mata Atlntica. No

    se pode esquecer que o continente sul americano e mais precisamente o Brasil e a

    frica eram antes uma nica massa continental que depois de milhes de anos se

    separaram formando as formaes dos continentes como conhecemos hoje. Isso

    explicaria o fato de encontrarmos espcies de animais, no s de lagartos nos

    biomas do Brasil e da frica.

    Infelizmente, grande parte da floresta nordestina, incluindo os brejos, tem sidoconvertida em terras agricultveis (VIANA et al. 1997); as reservas naturais so

    pequenas e mal manejadas (DIAS et al. 1990, Lima & COPOBIANCO, 1997) e a

    caa de subsistncia praticada de forma generalizada (ALMEIDA et al. 1995).Os

    brejos tm sido convertidos em lavouras de caf, banana e culturas de subsistncia,

    como milho, feijo e mandioca, desde o sculo XIX (LINS 1989). Tais atividades tm

    representado perda e fragmentao de habitats, extrao de plantas (como

    exemplo, madeiras, bromlias e plantas medicinais) e eliminao de vrias espcies

    de animais ( 1971INHOSOB, Silva & TABARELLI 2000).

  • 7/24/2019 2011 Cardoso - A Ligao Histrica Entre Amaznia e Mata Atlntica

    21/23

    21

    possvel estimar que ilhas de florestas midas sejam os lugares de maior

    riqueza de vida selvagem do nordeste semi-rido, por apresentar um ambiente fsico

    significativamente heterogneo, l evoluiu uma comunidade bastante diversificada

    de plantas e animais. Dessa maneira, recentemente, o Ministrio do Meio Ambiente

    reconheceu essas reas como prioritrias para conservao da biodiversidade noBrasil.No entanto, salienta-se que a importncia dessas ilhas no se deve limitar

    riqueza biolgica e ao endemismo, mas tambm quilo que podem oferecer na

    forma de alimentos, gua e outros recursos naturais gratuitamente. A situao atual

    de uso e ocupao dos enclaves requer grande ateno e acompanhamento

    ostensivo, governamental e no-governamental. O estado atual de conservao, no

    geral, ruim. So anos de extrativismo vegetal e animal. No entanto, possvel

    reconhecer avanos para proteger essas reas, por meio da criao de unidades deconservao.

    Perda de hbitat, fragmentao, caa, coleta seletiva de plantas e animais e,

    conseqentemente, extino de espcies (perda de diversidade biolgica). Este o

    cenrio atual nos brejos de altitude no Nordeste do Brasil, os quais podero

    desaparecer completamente nesta dcada, se uma poltica de conservao no for

    implementada. O estabelecimento de polticas ou planos de conservao

    cientificamente defensveis uma tarefa urgente, pois a crise da biodiversidade um fenmeno global (WILSON, 1988). Cientificamente defensvel significa propor,

    com base no conhecimento atual da diversidade biolgica, medidas capazes de

    reduzir fortemente a probabilidade de extino de espcies e garantir a manuteno

    dos servios ambientais prestados pelos brejos s populaes humanas.

  • 7/24/2019 2011 Cardoso - A Ligao Histrica Entre Amaznia e Mata Atlntica

    22/23

    22

    6. Referncias bibliogrficas

    AbSaber, A.N. (1977) Os domnios morfoclimticos da Amrica do Sul. Primeiraaproximao. Geomorfologia (So Paulo), 53, 123.

    Andrade-Lima, D. (1982) Present-day forest refuges in Northeastern Brazil. Biology

    diversification in the tropics (ed. G.T. Prance), pp. 245251. Plenum Press, NewYork.

    ANDRADE-LIMA , 1964.Contribuio dinmica da flora no Brasil. Arq. Ins.Cinciasda Terra. 2: 15-20. 1982. Presente-Day forest refuges in Northeastern Brazil, p. 245-251. In: Biological diversification in the Tropics. G.T. Prance (ed.) Plenum Press.New York.

    BORGES-NOJOSA & CARAMASCHI e de VITT et al. Guide to the Lizards ofReserva Adolph Ducke. Central Amaznia. Manaus: ttema Design Editorial, 2008

    COSTA, Leonora P.The historical bridge between the Amazon and the AtlanticForest of Brazil: a study of molecular phylogeography with small mammals .Museum of Vertebrate Zoology, University of California, Berkeley, CA, USA. Journalof Biogeography. 2003.

    RODAL, Maria J. N. SALES, Margareth F. DA SILVA, Marcos J. DA SILVA,Alexandre G. Flora de um Brejo de Altitude na escarpa oriental do planalto daBorborema, PE, Brasil. Maio 2005. Disponvel em:http://www.scielo.br/pdf/rbeaa/v6n3/v6n3a28.pdfacessado em 24 de abril de 2011.

    SANTOS et al 2007. Biogeographical relationships among tropical forests innorth-eastern Brazil. Journal of Biogeography .

    VANZOLINI, P.E., e E.E. WILLIAMS. 1970. South American anoles: thegeographic differentiation and evolution og the Anolis chrysolepis speciesgroup(Sauria, Iguanidae) Arquivos de Zoologia, S.Paulo. 19:298p.

    Vitt, L. J. 1995. The ecology of tropical lizards in the caatinga of northeast Brazil.Occasional Papers of the Oklahoma Museum of Natural History 1:1-29.

    Vitt, L.J, W.E, MAGNUSSON, T.C.S.D, VILA-PIRES, e A.P.L.LIMA. 2008. Guia delagartos da Reserva Adolpho Ducke, Amaznia Central. Attema Design Editorial,Manaus-AM.

    http://www.webartigos.com/articles/26097/1/Bioma-Amazonia/pagina1.html acessadoem 20 de abril de 2011.

    http://www.ibama.gov.br/ecossistemas/caatinga.htm acessado em 22 de abril de2011.

    http://www.culturaapicola.com.ar/apuntes/libros/Caatinga/parte1_brejos.pdfacessadoem 25 de abril de 2011.

    http://www.scielo.br/pdf/rbeaa/v6n3/v6n3a28.pdfhttp://www.scielo.br/pdf/rbeaa/v6n3/v6n3a28.pdfhttp://www.webartigos.com/articles/26097/1/Bioma-Amazonia/pagina1.htmlhttp://www.webartigos.com/articles/26097/1/Bioma-Amazonia/pagina1.htmlhttp://www.ibama.gov.br/ecossistemas/caatinga.htmhttp://www.ibama.gov.br/ecossistemas/caatinga.htmhttp://www.culturaapicola.com.ar/apuntes/libros/Caatinga/parte1_brejos.pdfhttp://www.culturaapicola.com.ar/apuntes/libros/Caatinga/parte1_brejos.pdfhttp://www.culturaapicola.com.ar/apuntes/libros/Caatinga/parte1_brejos.pdfhttp://www.ibama.gov.br/ecossistemas/caatinga.htmhttp://www.webartigos.com/articles/26097/1/Bioma-Amazonia/pagina1.htmlhttp://www.scielo.br/pdf/rbeaa/v6n3/v6n3a28.pdf
  • 7/24/2019 2011 Cardoso - A Ligao Histrica Entre Amaznia e Mata Atlntica

    23/23

    23

    http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/jardins_suspensos_no_sertao_imprimir.html acessado em 27 de abril de 2011.

    http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/jardins_suspensos_no_sertao_imprimir.htmlhttp://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/jardins_suspensos_no_sertao_imprimir.htmlhttp://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/jardins_suspensos_no_sertao_imprimir.htmlhttp://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/jardins_suspensos_no_sertao_imprimir.html