2014 04 abril
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Ano XIII | 226 | Abril 2014
ISSN
217
8-57
81
Rumo ao livre comércioNegociações entre Mercosul e União Europeia
avançam, mas especialistas pontuam difi culdades
Cana-de-açúcarCultura é responsável pelo 2º maior valor bruto de produção de Goiás
Tecnoshow 2014Stand do Sistema recebe
caravanas de produtores com extensa programação
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PALAVRA DO PRESIDENTE
A revista Campo é uma publicação da Federação da
Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e do Serviço Nacional
de Aprendizagem Rural (SENAR Goiás), produzida pela
Gerência de Comunicação Integrada do Sistema FAEG/SENAR,
com distribuição gratuita aos seus associados. Os artigos
assinados são de responsabilidade de seus autores.
CAMPO
CONSELHO EDITORIAL
Bartolomeu Braz Pereira, Claudinei Rigonatto
e Eurípedes Bassamurfo.
Editora: Catherine Moraes (0002885/GO)
Reportagem: Catherine Moraes, Gilmara Roberto e
Michelle Rabelo
Fotografia: Larissa Melo e
Fredox Carvalho
Revisão: Catherine Moraes
Diagramação: Rowan Marketing
Impressão: Gráfi ca Amazonas Tiragem: 12.500
Comercial: (62) 3096-2123
DIRETORIA FAEG
Presidente: José Mário Schreiner
Vice-presidentes: Leonardo Ribeiro, Antônio Flávio Camilo
de Lima.
Vice-presidentes Institucionais: Bartolomeu Braz Pereira,
Wanderley Rodrigues de Siqueira.
Vice-presidentes Administrativos: Eurípedes Bassamurfo da
Costa, Nelcy Palhares Ribeiro de Góis.
Suplentes: Flávio Augusto Negrão de Moraes, Flávio Faedo,
Vanderlan Moura, Ricardo Assis Peres, Adelcir Ferreira da
Silva, José Vitor Caixeta Ramo, Wagner Marchesi.
Conselho Fiscal: Rômulo Pereira da Costa, Estrogildo Ferreira
dos Anjos, Eduardo de Souza Iwasse, Hélio dos Remédios dos
Santos, José Carlos de Oliveira.
Suplentes: Joaquim Vilela de Moraes, Dermison Ferreira da
Silva, Oswaldo Augusto Curado Fleury Filho, Joaquim Saeta
Filho, Henrique Marques de Almeida.
Delegados Representantes: Walter Vieira de Rezende, Alécio
Maróstica.
Suplentes: Antônio Roque da Silva Prates Filho, Vilmar
Rodrigues da Rocha.
CONSELHO ADMINISTRATIVO SENAR
Presidente: José Mário Schreiner
Titulares: Daniel Klüppel Carrara, Alair Luiz dos Santos, Osvaldo
Moreira Guimarães e Tiago Freitas de Mendonça.
Suplentes: Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva,
Eleandro Borges da Silva, Bruno Heuser Higino da Costa e Tiago
de Castro Raynaud de Faria.
Conselho Fiscal: Maria das Graças Borges Silva, Elson Freitas e
Sandra Maria Pereira do Carmo.
Suplentes: Rômulo Divino Gonzaga de Menezes, Marco Antônio
do Nascimento Guerra e Sandra Alves Lemes.
Conselho Consultivo: Arno Bruno Weis, Alcido Elenor Wander,
Arquivaldo Bites Leão Leite, Juarez Patrício de Oliveira Júnior,
José Manoel Caixeta Haun e Glauce Mônica Vilela Souza.
Suplentes: Cacildo Alves da Silva, Michela Okada Chaves, Luzia
Carolina de Souza, Robson Maia Geraldin, Antônio Sêneca do
Nascimento e Marcelo Borges Amorim.
Superintendente: Eurípedes Bassamurfo Costa
FAEG - SENAR
Rua 87 nº 662, Setor Sul CEP: 74.093-300
Goiânia - Goiás
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Durante o 7º Encontro Empresarial Brasil–União Europeia, realizado em Bruxelas no mês de fevereiro, verificamos que Mer-cosul e União Europeia caminham para estabelecer uma zona de livre comércio, que vai trazer benefícios diretos para Goiás. De ja-neiro a dezembro do ano passado, a União Europeia foi o destino de 23,5% das exportações totais goianas; um montante de mais de US$ 1,6 bilhão. Ampliar e manter essa aliança estratégica com o bloco europeu poderia aumentar em até 40% nossas exporta-ções do agro para a Europa.
O setor agropecuário espera esse acordo desde 1999, quando começaram as primeiras negociações entre os blocos econômi-cos. De lá para cá, o Brasil se tornou o parceiro comercial mais importante da União Europeia, entre os países emergentes, e a Europa passou a ser o segundo mercado de maior relevância para os produtos agropecuários brasileiros.
Vale ressaltar que, além da abertura comercial, o acordo traz consigo oportunidades de investimentos, diálogo mais aberto so-bre temas sanitários e fitossanitários, de serviços, de cooperação. E, o mais importante, interfere na economia dos países, princi-palmente no que diz respeito à renda da população, emprego e consumo, aumentando o acesso do consumidor a produtos mais baratos e diversificados.
Para a Faeg, a missão agora é orientar e capacitar a agroindús-tria e os produtores rurais para os negócios internacionais. Esse é o esforço de setor agropecuário pela internacionalização dos pro-dutos goianos e brasileiros. Nosso segmento é, hoje, responsável por mais de 40% das exportações do País, gerando superávit na ordem de US$ 80 bilhões. Com participação decisiva de Goiás, o agronegócio sustenta o saldo positivo total da balança comercial e tem grande importância macroeconômica para o Brasil.
Do campo goiano para
a mesa da Europa
José Mário SchreinerPresidente do Sistema
FAEG/SENAR
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PAINEL CENTRAL
Gestão consciente, dentro e fora do pastoDe Caiapônia para todo o Estado
18Cana-de-açúcar Historicamente relevante, cultura é responsável pela segunda maior produção de riquezas de Goiás, mesmo em momento de crise
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ProsaCaso de Sucesso
Médico Veterinário e analista do mercado do boi defende um criador atento às tendências e adepto ao planejamento
A história do produtor que abandonou a criação de gado leiteiro para investir na fruticultura e hoje colhe os frutos do sucesso
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Arte: Rowan Marketing
Negociações entreMercosul e UniãoEuropeia avançamdurante últimasreuniões.
Tecnoshow 2014 Listada entre as maiores do país, feira agropecuária reuniu mais de 100 mil visitantes
Agenda Rural 06
Fique Sabendo 07
Delícias do Campo 31
Campo Aberto 38
Treinamentos e cursos do Senar 36
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HomenagemProdutores rurais e companheiros de trabalho falam sobre Rogério Viana, coordenador do Senar, que faleceu no dia 9 de abril
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Rumo ao livre comércioNegociações entre Mercosul e União Europeia
avançam, mas especialistas pontuam difi culdades
Cana-de-açúcarCultura é responsável pelo 2º maior valor bruto de produção de Goiás
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AGENDA RURAL
20/04 28/04
59ª Exposição Agropecuária de Anápolis
Local: Parque de Exposições Agropecuárias de Anápolis
Informações: (62) 3943-3883
Os 10 mais do PIB de Goiás
Hora: 9h
Local: Auditório da Faeg - Rua 87, nº 662 - Setor Sul - Goiânia
Informações: (62) 3096-2208
Data: 7 a 11 de abril
Local: Anel viário Paulo Campos, s/n, Km 07
Zona Rural de Rio Verde
Informações: (64) 3611-1522
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FIQUE SABENDO
Bartolomeu Braz participa de balanço do Programa Goiás Cidadão Seguro
REGISTRO
O Governo de Goiás apresentou um balanço dos resultados do Progra-ma Goiás Cidadão Seguro em evento realizado no Centro Cultural Oscar Niemeyer. Entre os números de maior destaque apresentados pelo governa-dor Marconi Perillo esteve o do índi-ce de assassinato do Estado: o crime foi reduzido em 13,62% em março de 2014, se comparado ao mesmo perío-do do ano passado. Bartolomeu Braz Pereira, 1º vice-presidente institucio-
nal da Federação da Agricultura e Pe-cuária de Goiás (Faeg), representou a entidade no evento.
Bartolomeu Braz considerou que para que os bons índices também reflitam maior segurança no cam-po, governo e sociedade precisam colaborar para a construção de um espaço rural mais seguro. Isso envol-ve políticas públicas específicas para o campo e práticas de segurança do produtor rural.
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ARMAZÉM
“Empreender é a Saída: inclu-sive para quem não tem o dinheiro da entrada” é o título e a máxima do livro de José Mário Schreiner, presidente da Federação da Agri-cultura e Pecuária de Goiás (Faeg). Em 117 páginas divididas em 50 capítulos, o empresário e também uma das personalidades mais in-fluentes do agronegócio goiano, indica com exemplos de sua histó-ria de vida como a determinação e a força de vontade podem levar qualquer um a alcançar as metas mais altas. A obra é indicada não só para produtores rurais, como também para estudantes, jovens ou qualquer pessoa que deseja em-preender. A distribuição é gratuita.
Empreender é a saída
PESQUISA
Néctar do ingá controla pragas do café
Estudo desenvolvido pela Em-presa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) indica que o néctar produzido pelo ingá pode proteger plantas de café do ataque de pragas. A pesquisa foi realizada no município de Araponga (MG), onde é realizado o plantio con-sorciado do grão com plantas que produzem néctar diretamente rela-cionado à polinização, como o ingá.
O plantio consorciado começou a ser realizado na região em 1993 e tem por objetivo aumentar o con-
trole natural das pragas e reduzir o volume de defensivos agrícolas aplicados. O objetivo do sistema é fornecer alimento e local de refúgio a predadores e parasitoides (inimi-gos naturais das pragas) por meio da manipulação de ambientes.
O estudo foi desenvolvido por Maíra Queiroz Rezende, da Universi-dade Federal de Viçosa, que explica: “Os nectários extraflorais funcio-nam como um mecanismo indireto de defesa da planta. Os inimigos naturais são atraídos pelo néctar e
acabam protegendo a planta contra potenciais herbívoros e contra as principais pragas do café, como o bicho-mineiro e a broca-do-café”.
O Centro de Tecnologias Alter-nativas da Zona da Mata (CTA), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), o Conselho Nacional de Desenvol-vimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfei-çoamento de Pessoal de Nível Supe-rior (Capes) são parceiros no finan-ciamento e realização da pesquisa.
ARMAZÉM
Empreender é a saída
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PROSA RURAL
A pecuária de corte sob a visão de quem vive do setor
Revista Campo: Mesmo com as
possibilidades de imprevistos e mu-
danças de cenário, quais as tendên-
cias mais prováveis no ano de 2014
para o mercado do boi?
Rodrigo Albuquerque: A maior
probabilidade aponta que 2014 deve
se configurar como o ano da colheita
para o pecuarista. Digo isto alicerçado
pelo lado da demanda e da oferta. No
tocante à primeira, independente de
não termos tido nestes últimos anos
as melhores taxas de crescimento de-
sejadas pelos economistas, também
estivemos longe de termos um baque
em nossa economia. O primeiro tri-
mestre de 2014 já cravou aumento de
20% frente a 2013. É fato que temos
variações de preços para cima e para
baixo, pontualmente, mas a tendên-
cia aponta para um aumento de renda
e melhoria da condição econômica
para todos os produtores ligados ao
agronegócio em 2014, com exceção
talvez para a cana.
Michelle Rabelo | [email protected]
RODRIGO ALBUQUERQUE é médico veterinário, analista de mercado e trabalha com recria e engorda de gado de corte
Um dos carros-chefe das exportações
goianas, a carne bovina divide o pódio
com outras carnes, complexos da soja e
dos minérios e é presença obrigatória na mesa dos
goianos. A atividade de pecuária de corte ainda
divide opiniões, quanto à comercialização do gado, o
manejo do rebanho e o relacionamento do produtor
com a indústria, e por isso, acaba precisando de
especialistas que analisem o setor. O veterinário
Rodrigo Albuquerque concedeu entrevista à Revista
Campo e falou sobre temas como o aumento no preço
da arroba, os modelos de gestão para a pecuária, a
relação pecuarista/frigorífico, entre outros. Rodrigo
faz parte da nova geração de analistas de mercado
que estão construindo a pecuária do futuro e
defende que entender as tendências e se planejar são
peças-chave para aproveitar as oportunidades.
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Revista Campo: Nos últimos meses
tivemos a oportunidade de acompa-
nhar os maiores preços já registra-
dos para a arroba do boi. Em sua
opinião, o produtor aproveitou esta
oportunidade? Qual o aprendizado a
se extrair deste momento?
Rodrigo Albuquerque: Algumas
ponderações aqui são necessárias.
Primeiro, devo ressaltar que quebra-
mos realmente vários recordes nomi-
nais para a arroba do boi gordo re-
centemente. Mas o recorde de preços
de nov/2010, deflacionado, ainda não
foi atingido. É importante que se diga
isto. É claro que houve e está havendo
recuperação de preços para o produ-
tor, mas ainda não atingimos o mes-
mo valor que tínhamos pela nossa
arroba no final de 2010.
Revista Campo: Falando mais de
mercado, como o produtor deve agir
para diminuir os riscos da produção
e comercialização? Ou seja, como
deve ser a gestão para uma pecuá-
ria mais produtiva e rentável e quais
os ingredientes ou comportamentos
que o produtor pode adotar para
não ser pego de calças curtas?
Rodrigo Albuquerque: A decisão
de se vender ou não vender no cur-
to prazo é muito difícil de ser toma-
da com assertividade plena. A única
possibilidade de certeza para definir
se estamos ou não num bom momen-
to para a venda é o conhecimento
do custo de produção e da margem
desejada pelo pecuarista. Somente e
tão somente estes dois fatores podem
ser conhecidos pelo produtor. Mas,
infelizmente, a esmagadora maioria
não sabe calcular corretamente seus
custos, tão pouco sabe que margem
deseja para o seu negócio.
Revista Campo: Sabendo da neces-
sidade de evolução no relacionamen-
to produtor /indústria, quem pode-
ria ser mais proativo neste quesito?
Rodrigo Albuquerque: Sinceramen-
te, ambos. Mas, como as indústrias
(frigoríficos) são em menor número
e mais bem preparados, via de regra,
acho que o início do caminho mais fér-
til ficaria por conta da indústria, ten-
do como foco principal o aumento da
transparência na comercialização. Ao
nosso ver, um bom modelo é o uru-
guaio, com as cinco balanças na in-
dústria... Mas, o fundamental não é se
determinar neste primeiro momento
se precisamos ter mais formalidade,
garantia de recebimento, regularidade,
etc. A pedra fundamental da evolução
no relacionamento produtor/indústria
para mim, passa por uma mudança de
postura de ambas as partes.
Revista Campo: Algumas pesquisas
apontam que a maior margem de
renda na comercialização dentro da
cadeia produtiva de pecuária de corte
está com o varejo. Você acredita que
podemos chegar a discutir formas
para se ter ganhos mais uniformes?
Rodrigo Albuquerque: Enquanto
frigorífico e pecuarista ficam se di-
gladiando a maior parte do tempo,
o varejo vive um mundo muito dinâ-
mico e particular. Trata de estreitar
a todo custo o relacionamento com
seu cliente, criando lojas diferencia-
das, produtos sob demanda, produ-
tos personalizados, campanhas de
marketing e etc... Acho que o varejo
adora esta guerra em que batalham
os que ficam da porteira para dentro
até o atacado. Enquanto isto, ele “ga-
nha dinheiro”. Mas, a elaboração de
uma agenda sinérgica entre produtor,
frigorífico e varejo urge.
Revista Campo: Você acha que o
mercado consumidor tem realmente
influenciado nas mudanças de com-
portamento do pecuarista ou o bol-
so teve maior peso?
Rodrigo Albuquerque: Para mim,
quem mais tem realmente influencia-
do as mudanças de comportamento
do pecuarista é o seu próprio bolso.
A figura do produtor rural é normal-
mente associada à riqueza, o que, ao
nosso ver, é uma herança dos tempos
que ficaram entre as décadas de 50
até meados da década de 80. Os cus-
tos de produção também caíram, mas
num percentual bem inferior ao valor
de venda. Porém, fatos positivos vie-
ram desta redução de preços de ven-
da. Agora, as saídas são duas: aumen-
tar a produtividade e permanecer na
atividade, ou sair dela. E para quem
opta pelo primeiro caminho, saber
utilizar melhor o insumo mais básico
da produção em nosso País tropical
e extensivo, o pasto, é imperativo. E
para tanto, é inexorável a contratação
de assistência técnica.
Acho que o
varejo adora esta
guerra em que
batalham os que
ficam da porteira
para dentro. A
elaboração de
uma agenda
sinérgica entre
produtor,
frigorífico e
varejo urge
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MERCADO E PRODUTO
A grande preocupação do Governo Federal com a política econômica, ul-
timamente, tem sido no esforço para manter a inflação dentro da meta, principalmente em função do aumento dos preços dos alimentos, provocado pela estiagem prolongada no final do ano passado e início deste ano.
A preocupação do Governo é que essa alta, que embora atin-ja mais fortemente apenas os produtos in natura que têm um ciclo rápido de produção, possa se propagar a outros preços por meio da indexação das expecta-tivas inflacionárias. Neste sen-tido, o Banco Central apertaria e prolongaria o ciclo de aperto monetário. O IPCA projetado para 2014 é de 6,39%, acima da meta do Governo de 6,11%.
Diferentemente de outros setores da economia, o setor rural é susceptível a fatores e aspectos (variações climáticas) que os demais setores da eco-nomia não sofrem diretamen-te, mas podem ser impactados indiretamente. Principalmente àqueles setores que dependem do segmento rural, já que cerca de 30% da economia brasileira tem suas raízes focadas nas ba-ses do setor agropecuário.
No início do ano, devido à es-tiagem prolongada, os setores que foram mais afetados foram o de hortaliças e verduras e o de fru-tas, além dos impactos sofridos principalmente pela soja, em es-pecífico na região Centro-oeste.
De janeiro à Fevereiro/2014, do total do aumento de 1,41% do setor de alimentos, segundo o IPCA/IBGE, o segmento de hortaliças e verduras aumentou 18,12% e o de frutas 6,34%. Ou-tros setores como os de aves e ovos, leite e derivados, açúca-res, cereais e oleaginosas tive-ram queda de preços ou ficaram praticamente estáveis, contri-buindo para que o setor não au-mentasse mais ainda.
Temos que considerar que essa é uma situação sazonal, tendo em vista que o aumento nesses seg-mentos específicos é transitória e não deverão se propagar para outros níveis de preços, como aluguéis, por exemplo, já que o mesmo no mês de fevereiro/2014 já fora bem superior (8,74%) ao aumento dos alimentos.
Se formos levar em conside-ração que o setor de alimentos poderá contaminar a inflação de outros setores devido as expec-tativas inflacionárias, temos que considerar que outros setores como de habitação, que no acu-mulado em 2014 subiram 1,33%, despesas pessoais 2,42% e edu-cação 6,57% também poderão se espalhar para outros setores, já que também tem peso signifi-cativo na renda dos brasileiros.
É equivoco fazer uma análise de curto prazo e colocar os ali-mentos como o vilão da inflação por uma mera situação sazonal provocada pelo impacto de va-riações climáticas. Ao citar os alimentos temos que fazer uma
análise mais de longo prazo e verificar que, diferentemente da situação atual, esse setor foi o que mais contribuiu nos últimos 12 meses e nos últimos 20 anos para o controle inflacionário.
Se observarmos o acumu-lado dos últimos 12 meses po-demos verificar que segundo o IPCA/IBGE, o setor de alimentos e bebidas foi o 6º colocado no ranking de inflação, com índice acumulado de 6,32%. Acima dele tivemos como campeão de infla-ção no período o segmento da Educação, com 8,75%, despesas pessoais com 8,70%, habitação (aluguéis) com 7,54%, artigos de residência com 7,00% e saúde e cuidados pessoais com 6,79%.
Analisando os últimos 20 anos, durante todo o período de vigência do plano real, pode-mos visualizar, que enquanto o índice geral do IPCA/IBGE subiu 350,59% no período, a inflação do setor de alimentos e bebidas subiu 330,76% abaixo do que a inflação média, ficando em 6º lugar no ranking da inflação no período. O item que mais subiu foi o de comunicação que teve uma inflação acumulada no pe-ríodo de 723,68%, tendo a habi-tação em segundo com 652,76%.
Portanto, podemos verificar que o setor de Alimentos e Bebidas é um setor que, conjunturalmente, pode impactar em curto prazo na elevação dos índices de preços, mas é o segmento que mais contri-buiu e contribui para o controle do processo inflacionário brasileiro.
Alimentos e o controle da inflaçãoEdson Alves | [email protected]
Edson Alves Novaes é gerente de
assuntos técnicos e econômicos da Faeg
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AÇÃO SINDICALAÇÃO SINDICAL
PIRACANJUBA
CAIAPÔNIA
ITUMBIARA
No último dia 23 de março o presidente do Sindicato Rural de Piracanjuba Eduardo Iwasse e o vice-presidente Adriano Donegá recebeu alunos americanos Universidade de Hawkeye Community College do Estado de Iowa. Os estudantes fazem parte de um intercâmbio com a Universidade Federal de Goiás (UFG).
No último dia 10 de março, o Sindicato Rural de Caipônia realizou a entrega de certificados dos cursos e treinamentos realizados no último mês referentes a Com Licença vou à luta, manejo de pastagem e operação/manutenção em ordenha mecânica. O evento contou com a participação do supervisor regional, diretores do sindicato, comissões e participantes de treinamentos que ficaram muito satisfeitos com seus certificados, reconhecimento e confraternização que receberam.
A diretoria do Sindicato Rural de Itumbiara entregou no último mês fevereiro a nova sede da entidade que estava em reforma. Com a reforma, os sindicalizados ganham um local com modernas instalações incluindo a criação da sala do produtor, sala de emissão de notas fiscais e GTA, e ampliação da sala de atendimento, ficando o escritório totalmente reformado para melhor atender o produtor rural.
Intercâmbio de Iowa
Sindicato entrega certificados
Nova sede
CABECEIRAS
A consultora técnica do Senar Goiás para a Área de Meio Ambiente, Jordana Gabriel Sara ministrou, no último dia 8 de abril, palestra sobre Código Florestal de Goiás e Cadastramento Ambiental Rural. A palestra que se encaixa no Programa Campo em Ordem foi ministrada no Sindicato Rural de Cabeceiras e contou com a presença de membros da Diretoria do Sindicato Rural, técnicos e produtores rurais do município de região. (colaborou Adriana Silva)
Palestra sobre código florestal
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APORÉ
Com pesar, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) informa o falecimento de Corival Cândido da Silva, diretor secretário do Sindicato Rural de Aporé. Corival também era pesquisador aposentado da Embrapa. O corpo foi sepultado no início da tarde do último dia 16 de abril, em Jataí.
Nota de falecimento
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LUZIÂNIAARENÓPOLIS
O Sindicato Rural de Luziânia, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás realizou, nos últimos dias 9 a 12 de abril, o curso de adestramento de cães para pastoreio. A turma teve mais de 10 participantes e teve presença de cachorros das raças: Blue Heeler e Border Collie, com idade de seis meses a dois anos.
O Sindicato Rural de Arenópolis promoveu, na Região dos Maias, um curso em técnicas de pinturas.Com um público feminino, as participantes pintaram jarras, telhas e panos de prato.
Adestramento de cães
INDIARA
O Sindicato Rural de Indiara realizou, no dias 27 a 29 de março, o treinamento em NR 31.12 Prevenção de Acidentes com Maquinas Agrícolas. O treinamento foi realizado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás e foi considerado um sucesso.
Máquinas agrícolas
Técnicas de pintura
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NEGÓCIOS
Presidente da Faeg discursou durante abertura oficial do evento
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Federação, Senar Goiás e Sindicato Rural de Rio Verde mobilizam
produtores em caravanas
Catherine Moraes | [email protected]
Agropecuária em pauta na
Tecnoshow 2014
Com um público superior a 100 mil visitantes, a Tec-noshow Comigo 2014 re-
gistrou novos recordes não só de visi-tantes, mas também de expositores e de volume de negócios. Em cinco dias de feira, apenas o Stand Faeg/Senar/Sindicato Rural teve mais de 5 mil visitantes que participaram de cur-sos, treinamentos, palestras e ainda do lançamento do livro do presidente da Federação, José Mário Schreiner, “Empreender é a saída”.
Em cinco dias de feira (7 a 11 de abril), a movimentação foi superior a R$ 1,4 bilhão em negócios, número que é 56% maior que a edição ante-rior, que registrou R$ 900 milhões. A quantidade de expositores presentes no evento foi de 520 empresas e insti-tuições de diversos segmentos. Dessa forma, a Tecnoshow Comigo se consa-gra como a maior do Centro-Oeste e fica entre as maiores do país.
As pautas da feira não se restrin-giram, entretanto, à comercialização e palestras, mas foi palco de debates sobre as necessidades do setor a nível político. Comissões de grãos, cana-de--açúcar e silvicultura da Faeg também
trsnferiram as reuniões para o Stand. Além disso, o local foi palco de cursos de selaria, GPS e plantas medicinais.
Com o auditório repleto de autori-dades, o discurso da abertura refletiu os anseios do setor em face aos proble-mas enfrentados pelos produtores do Estado e enalteceu o crescimento agro-pecuário. Entre as autoridades presen-tes estiveram o presidente da Federa-ção da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner; o deputa-do federal Ronaldo Caiado; a senado-ra Lúcia Vânia; o governador Marconi Perillo; o ministro da Agricultura, Neri Geller e o presidente da Comigo, Antô-nio Chavaglia, entre outros.
José Mário Schreiner relembrou, em seu discurso, dos produtos que o Brasil importava há 30 anos, como lei-te em pó, carne bovina, arroz e feijão. Em contrapartida, falou do momento atual, em que vivemos com expor-tação de aproximadamente 50% de tudo o que é produzido. “Há 30 anos a população usava 43% da renda ape-nas para comprar comida. Nosso se-tor estampa tecnologia e modernida-de”, completou.
Antônio Chavaglia defendeu o se-
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Unindo a história da própria vida com empreendedorismo, o lançou, ainda o livro “Empreender é a saída”. Na ocasião, produtores, estudantes e visitantes do Stand Faeg/Senar/Sindicato Rural na Tec-noshow puderam ter seus exempla-res autografados. A distribuição foi gratuita e durante e a semana, mais de 2 mil livros foram distribuídos.
“Dizem que toda pessoa que passar pela vida deveria plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Como já tinha passado pelos dois primeiros pontos, achei
que fosse a hora de escrever um li-vro. O que busquei foi compartilhar algumas histórias da minha vida e mostrar que todo mundo tem mo-mentos difíceis, mas, com sabedo-ria, a gente passa por eles de cabe-ça erguida”, completou.
Produtora rural do município de Piranhas, Maria de Fátima Morais entrou na fila do autógrafo e fez questão de uma dedicatória. “Es-tou entusiasmada com a feira, com livro, com tudo. Esta é a primeira vez que venho aqui, mas a alegria é imensa”, finalizou.
Mais de 2 mil exemplares distribuídos do livro “Empreender é a saída”
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tor e criticou a falta de logística e de-mora na liberação de novos defensivos agrícolas. “Empresas vendem defensi-vos que não são eficazes e muitas ve-zes esperamos anos pela liberação de um novo produto. Esta não pode ser uma realidade porque as pragas não esperam. O agronegócio é importante e traz muita renda ao país, mas ainda sofre de muitas carências”, pontuou.
O presidente da Faeg ressaltou, entretanto, os problemas sofridos pelo setor em quesitos como energia elétrica e foi aplaudido quando disse que até mesmo uma lamparina é mais eficaz que a Celg. Para concluir, ele falou da importância da tecnologia no campo e do amparo técnico aos pro-dutores como forma de crescimento da economia nacional.
O deputado Ronaldo Caiado com-pletou citando, como exemplo, o uso de remédios genéricos e a inexistência da prática quando o assunto é agro-pecuária. “Eu sou médico e receito medicamentos genéricos aos meus pacientes. Como é possível que não tenhamos genéricos quando o assun-to é agricultura? E este não é nosso único problema: não temos energia, ferrovias não chegam, hidrovias estão paradas e uma inflação gritante nos assombra. Queremos segurança jurí-dica”, finalizou.
Caravanas de produtores visitam standUma oportunidade singular
de produtores rurais do Estado conhecerem, de perto, o que há de mais novo quando o assunto é tecnologia no campo. Esta foi a definição dos integrantes das caravanas que visitaram o Stand Faeg / Senar / Sindicato Rural na Tecnoshow 2014. Oriundas de todo o Estado, caravanas leva-ram mais de 800 produtores para o Stand Faeg / Senar / Sindicato Rural.
Para Emerson Barroso, presi-
dente do Sindicato Rural de Ina-ciolândia, a visita foi um marco para os produtores. Ele agrade-ceu pelo apoio do Sindicato de Rio Verde e da Federação, que proporcionou aos visitantes a oportunidade de aprender ainda mais. “Rio Verde é um município que cresceu por causa da agri-cultura e deve ser usado como exemplo para que cresçamos mais e mais. Fazemos parte des-ta casa e temos muito a conhe-cer nesta feira”, completou.
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Presidente autografa livros durante a feira
José Mário recepciona caravanas do interior do Estado
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Em meio a bolas, balões e palestras sobre escovação, caravanas de crianças inte-grantes do Programa Agri-nho visitaram o Stand Faeg/Senar/Sindicato Rural na Tec-noshow 2014. O momento foi de festa e, além da diversão, os pequenos ressaltaram a importância de sair das salas de aula para aprenderem, na prática, questões de saúde e meio ambiente. As turmas fo-ram levadas para a feira com auxílio do Sindicato Rural de Rio Verde.
Logo na chegada, os alu-nos foram recepcionados pelo presidente da Faeg, José Má-rio Schreiner após entoarem um grito de guerra: “José Mário, cadê você, eu vim aqui só pra te ver”. O presiden-te do SR de Rio Verde, Wal-ter Baylão Júnior e o técnico
Alexandre Cãmara, também acompanharam a visita que passou por outros stands da feira como Sebrae, Banco do Brasil e Andef. Por fim, parti-ciparam de uma palestra com as odontólogas Yasodhara Mognon e Elizabeth Grabin.
Professora da Escola Ru-ral Cabeceira Alta, Karina Danielle afirma que esta é uma oportunidade de engaja-mento dos alunos. “Vir aqui é uma grande oportunidade e o Agrinho é muito importante para nós. Hoje nossa escola é transformadora, temos um jardim lindo feito com pneus reciclados e não para por aí. A transformação eles levam para casa”, completou. A pequena Ana Júlia Santana também afirmou ter aprendido coisas novas e disse que amou visitar os stands.
Crianças do Agrinho participam de programação especial
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Ana Júlia Santana afirmou ter aprendido coisas novas
Alunos são recepcionados pelo presidente José Mário
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CANA-DE-AÇÚCAR
Dotada de possibilidades múltiplas de beneficiamento, a cana já respondepelo segundo maior valor bruto de produção de Goiás, mesmo em crise internacional
Gilmara Roberto | [email protected]
Planta que brotou do mel
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Foi em Nova Guiné, a segunda maior ilha do mundo localizada no Oceano Pacífico, que se tem
notícia do primeiro contato da humani-dade com a planta que brotou do mel, conforme considerou anos mais tarde a cultura indiana. Alvo de disputas entre as civilizações na Antiguidade, matéria--prima de produto de status para a no-breza na Era Medieval e de estímulo ao comércio na Modernidade, a cana-de--açúcar chegou ao Brasil para tornar o país o líder mundial em produção do doce granulado e do combustível verde em diferentes momentos da história.
De acordo com dados da Universi-dade de São Paulo (USP), o Brasil é res-ponsável por 25% da produção mundial da planta, que assumiu importância his-tórica graças às suas multifuncionalida-des. Tendo como subprodutos principais o etanol e o açúcar, a cana ainda pode ser utilizada na alimentação animal e na produção de adubo, e ainda na fa-bricação de subprodutos como melado, cachaça e rapadura.
A expansão da cultura avançou por Goiás na década de 1970, movida por in-centivos do Programa Nacional do Álcool
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o(PróÁlcool). Desenvolvido pelo Gover-no Federal, o plano buscava promover a substituição de combustíveis fósseis para biocombustíveis para automóveis, graças à crise sofrida pelo petróleo na-quele momento. Foi então que teve início a implantação de usinas de cana-de-açú-car no Estado, segmento que em 2013 colheu 62,6 toneladas de matéria-prima e que consolidou Goiás como o 2º maior produção de etanol e o 5º maior em pro-dução de açúcar do Brasil.
DestaqueA produção de cana assume, as-
sim, o segundo lugar no valor bruto da produção do Estado, atrás apenas da soja. Porém, mesmo com o incremen-to de 17,6% na produção em relação a 2012 (de 52,7 milhões de toneladas para 62,6 milhões de toneladas), o se-tor vive uma crise nascida em 2008, do ventre da crise econômica mundial. “Atualmente, mais da metade dos in-vestimentos na produção de cana do Brasil vem do exterior. Naquele mo-mento, eles deixaram de injetar dinhei-ro no segmento por causa do clima de insegurança”, explicou Alexandro Al-
ves, consultor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg).
Alves explicou ainda que, mesmo com um incremento de 7% na área colhida, está previsto um decrésci-mo de 2,5 % da produção por cau-sa de problemas climáticos e outros fatores, como a falta de renovação de canaviais e mecanização. “A fal-ta de chuva no início de 2014 deve prejudicar a as safras 2014/2015 e 2015/2016”, informou. A queda de
produtividade das próximas safras, segundo o consultor, justifica-se pela falta de precipitação nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, que são fundamentais para, no período da entressafra, promover a rebrota da cana, colhida na metade do ano 2013 e no final do ciclo.
Em 2013, a taxa de renovação de canaviais foi 17% menor do que em 2012. Isso significa que em 2014, have-rá canaviais mais velhos que apresen-
Faeg estima que devem ser moídas 60 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 14/15
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SafraMilhões de
toneladas
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08/09 29,7
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10/11 46,2
11/12 45,2
12/13 52,7
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Histórico de produção
Os 10 maiores produtores goianos de cana-de-açúcar
tarão um produtividade menor. Desse modo, especialistas estão de acordo ao indicar que para a crise, é preciso a retomada de investimentos para a renovação dos canaviais. Por isso, a Faeg estima que devem ser moídas 60 milhões de toneladas de cana-de-açú-car na safra de 2014/15 – 2 milhões a menos que em 2013/14 e 6 milhões a menos do que estima a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Desafios
Para o coordenador de Ações e Pro-jetos do Serviço Nacional de Aprendi-zagem Rural (Senar) de Goiás Cláudio Ferreira, Goiás está na vanguarda da mecanização agrícola para cana-de--açúcar e tem muito potencial produ-tivo adormecido. “O crescimento do setor em Goiás foi baseado muito mais em tecnologia do que em capacitação profissional. Há altos investimentos em máquinas, mas que ainda são su-butilizadas porque falta mão-de-obra qualificada no setor”, argumentou.
O coordenador explicou que a tec-
nologia tem sido empregada tanto na colheita quanto no plantio da cana, além de no desenvolvimento de produ-tos como herbicidas e adubos. “O se-tor tecnológico está a todo vapor, mas faltam políticas de incentivo à revalori-zação do açúcar e do etanol no merca-do internacional”, posicionou-se.
Alexandro Alves considerou tam-bém que o fortalecimento da produ-ção independente de cana pode auxi-liar na reestruturação do setor. Esse produtor independente, que produz cana-de-açúcar individualmente e for-nece para as usinas, é mais eficiente do que as grandes empresas porque colhe, em média, 10% a mais que par-te agrícola das usinas.
“Ele produz mais porque a ges-tão de seu negócio é mais simples, se comparada à de uma usina. Por isso, o desafio é ampliar a participação de produtores independentes na cadeia estadual”. Atualmente, esses produ-tores individuais são responsáveis por 13% da produção de cana-de-açúcar de Goiás.
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Quirinópolis
Mineiros
Goiatuba
Itumbiara
Santa Helena
Rio Verde
Edéia
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Gouvelândia
Chapadão do Céu10º5º
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COMÉRCIO INTERNACIONAL
Mercosul busca exportar para União Europeia e setor agropecuário será maior beneficiado
Caminhando rumo ao Livre Comércio
Karina Ribeiro | [email protected]
Especial para Revista Campo
COMÉRCIO INTERNACIONAL
Caminhando rumo ao
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Acompanhado da presidente Dilma Rousseff e da senadora Kátia Abreu, presidente da Faeg, José Mário Schreiner em Bruxelas
Na expectativa de alavancar ou mesmo manter o volume de ex-portações, entidades represen-
tativas do setor agropecuário apoiam a necessidade de acordo de livre comér-cio entre os países da União Europeia e Mercosul. A iniciativa prevê aber-tura de novas frentes de negociações comerciais, imprimir competitividade em setores da indústria nacional e di-namizar a política econômica do País. Entretanto, segundo especialistas, es-pecialmente os efeitos colaterais, a cur-to prazo, destes dois últimos aspectos emperram o andar das negociações.
Atualmente, os países europeus são os destinos de 23% de todos os produ-tos agropecuários exportados por Goi-ás, somando um montante de US$ 1,6 bilhão. Como carros-chefes seguem os complexos de soja e carne. O País é atu-almente, entre os emergentes, o princi-pal parceiro comercial da União-Euro-peia que, em contrapartida, é o segundo mercado de maior relevância para os produtos agropecuários nacionais.
As negociações, que tiveram mo-mentos mais otimistas entre os meses de fevereiro e março, deram, recente-mente, uma esfriada. Inclusive, isso ocorreu mesmo após o 7º Encontro Empresarial Brasil-União Europeia, no
dia 24 de fevereiro, em Bruxelas, que contou com a presença da presidente Dilma Rousseff, além de empresários de vários setores e da presidente da Confederação da Agricultura e Pecuá-ria do Brasil (CNA), Kátia Abreu e do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner .
“Nós estamos fazendo o que está ao nosso alcance, é extremamente ne-cessário que seja firmado este acordo com a União Europeia”, alerta José Mário Schreiner.
Caso esse acordo não saia, exis-te iminente possibilidade de perda de volume nas exportações de produtos agropecuários. Isso porque os Estados Unidos avançam para fechar negocia-ção com a União Europeia, dificultando o canal com o Mercosul. “É algo que não podemos nem mensurar (a perda). Mas se for feito esse acordo, pode-mos aumentar em até 40% o volume de nossas exportações em Goiás”, diz. Em percentual é possível que haja uma inversão nos papéis – com os Estados Unidos incrementando de 11% para 23% seus volumes de exportação para a União Europeia e uma queda nas ex-portações nacionais de 23% para 11%.
Nos bastidores, uma lista de produ-
Acompanhado da presidente Dilma Rousseff e da senadora Kátia Abreu, presidente da Faeg, José Mário Schreiner em Bruxelas
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tos está sendo confeccionada para con-figurar na zona de livre comércio. “Essa é uma lista fechada e não temos acesso a ela”, afirma o presidente da Faeg. En-tretanto, é possível prever a presença dos complexos soja e carne, celulose e pro-dutos cítricos.
Temida pressão inflacionáriaSegundo o economista, Edilson
Aguiais, o livre comércio entre os blo-cos vai demandar mais produtos bási-cos produzidos em Goiás. “Vamos ex-portar mais, mas temos uma legislação tributária meio burra, privilegia o que é exportado e castiga o que chega”, diz. Ele explica que, mesmo que o preço de um produto seja o mesmo no mercado interno quanto externo, o empresário sempre vai preferir comercializar para o mercado externo em função da au-sência de tributação. “Isso pode gerar pressão inflacionária. Precisamos sa-ber se conseguimos abastecer os dois mercados sem prejuízos”, diz.
O pesquisador do Instituto de Pes-quisa Econômica e Aplicada (Ipea) e professor do Instituto de Pós-Gradua-ção (Ipog), Ivan Oliveira contextualiza
ainda outra dificuldade. Ele afirma que os setores básicos e agrícolas são os que mais têm a perder caso não saia o acordo. Para ele, o problema não fica restrito às negociações em curso com os Estados Unidos, mas o que já foi concretamente fechado com o Ca-nadá. “As negociações poderiam am-pliar com o Mercosul cotas de mercado para diversos produtos, por exemplo, aumentar a quantidade de toneladas de carne bovinas, mas as cotas dispo-níveis já foram para o Canadá”, aler-ta o pesquisador. Para ele, isso deve diminuir a sede de alguns setores em apoiar o acordo de livre comércio entre os blocos sul americano e o europeu.
Ivan se mostra cético do firmamen-to do acordo. Segundo ele, os setores privados apoiam o acordo ‘da boca para fora’, mas pretendem manter o prote-cionismo por mais tempo possível. Sem contar, diz, com a visão retrógrada da política econômica do governo em que-rer manter autonomia interna, comer-cial e tecnológica na tentativa de manter ou ampliar contratação de mão de obra. “Mas essa é uma visão de curto e médio prazo. Por exemplo, montadoras chine-sas investiram no País após o aumento do IPI para os veículos importados. Mas quem garante que elas não fechem as fábricas e vão para outro lugar caso os
negócios por aqui não justifiquem seus investimentos?”, questiona.
Em sua visão, o setor agrícola é o que mais têm a ganhar com a abertu-ra comercial com entre os dois blocos. Mas lembra que setores historicamente protegidos pela política econômica do governo como automobilístico e quími-co devem dificultar as negociações.
quisa Econômica e Aplicada (Ipea) e professor do Instituto de Pós-Gradua-ção (Ipog), Ivan Oliveira contextualiza
ou ampliar contratação de mão de obra. “Mas essa é uma visão de curto e médio prazo. Por exemplo, montadoras chine-sas investiram no País após o aumento do IPI para os veículos importados. Mas quem garante que elas não fechem as fábricas e vão para outro lugar caso os
O Brasil não
pode repetir o
grave erro do
passado, quando
não aceitou a
proposta do ex-
presidente Bill
Clinton de aderir
à Área de Livre
Comércio das Américas (ALCA)
Kátia Abreu, senadora e presidente da CNA.
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Resistência e protecionismo não podem impedir acordosDe olho nesse gargalo, no início
deste mês, em um discurso duran-te o Fórum Econômico Mundial, na Cidade do Panamá, a presidente da CNA, Kátia Abreu, alertou os de-mais representantes presentes. “O Brasil não pode repetir o grave erro do passado, quando não aceitou a proposta do ex-presidente Bill Clin-ton de aderir à Área de Livre Co-mércio das Américas (ALCA)”, diz. Ao longo do debate, ela citou empe-cilhos como a resistência da Argen-tina e o protecionismo por parte da indústria nacional para firmamento do acordo. Entretanto, diz que mui-tos obstáculos e resistências já fo-ram superados.
Na avaliação de José Mário, o País está muito atrasado nos acor-dos comerciais, bilaterais e mesmo com blocos. “Nós não vimos isso ocorrer nos últimos anos no País”, diz. Ele acredita que o maior pro-blema seja os próprios países que compõem o Mercosul. “Temos os problemas de resistência da Argen-tina e ainda a recente entrada da Venezuela que atrasam nossas ne-gociações”, afirma.
Na opinião do pesquisador do Ipea e professor do Ipog, Ivan Oliveira, embora haja sinalizações tanto das bases produtivas quanto do governo de que não haja fecha-mento do acordo, ele avalia que o livre comércio entre os blocos iria proporcionar uma ‘interessante’ mudança nas políticas comerciais e econômicas do País. “A gente que-braria certa inércia de abertura de mercado do País. Esse acordo viria a ser uma espécie de catalizador de mudanças na área comercial do País”, diz.
Ele acredita que os ganhos e as perdas tendem a reforçar as van-tagens comparativas de cada re-gião (Mercosul – bens agrícolas e União Europeia, químicos). Ivan afirma que a com-petição seria muito bem-vinda, já que em alguns setores do Bra-sil, a concentra-ção de poucas i n dús t r i a s gera pou-ca pressão comp et i t i va .
Em decorrência disso, diz, os lucros no Brasil são exorbitantes. “Fala-mos muito de custo Brasil, mas deixamos para lá o quão é alto a lu-cratividade no País. Usar os acordos comerciais para aumentar a compe-titividade é de suma importância e o governo desconsidera isso”, afir-ma. Para ele, a política do governo prioriza a manutenção dos empre-gos, mas despreza o dinamismo da economia e a quebra dos superlu-cros.
tagens comparativas de cada re-gião (Mercosul – bens agrícolas e União Europeia, químicos). Ivan afirma que a com-petição seria muito bem-vinda, já que em alguns setores do Bra-sil, a concentra-ção de poucas
comp et i t i va .
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1º Soja em Grãos 2.746.753 9.726.693 3.907.169 8.909.874 3.464.602 8.664.450
2º Farelo de Soja 2.095.916 8.806.905 3.258.442 9.263.869 3.269.390 8.699.448
3º Café Verde 2.009.061 878.674 2.530.797 951.604 2.147.611 927.645
4º Fumo não Manufaturado 943.735 277.439 1.026.836 253.768 1.328.380 299.440
5º Suco de Laranja 1.406.207 1.316.334 1.352.878 1.465.066 1.054.553 1.369.751
6º Demais Carnes e Miudezas 371.475 133.962 597.166 209.584 509.933 199.748
7º Carne de Frango Industrializada 334.613 123.803 435.424 132.270 407.529 139.048
8º Álcool Etílico 433.410 806.053 686.642 1.178.759 383.705 701.184
9º Carne de Frango In Natura 637.637 317.513 399.640 190.278 314.735 172.764
10º Carne Bovina Industrializada 298.726 100.145 414.662 94.144 299.201 77.540
11º Carne Bovina In Natura 1.087.136 195.240 270.579 26.218 297.059 44.793
12º Carne de Peru Industrializada 244.827 89.866 361.687 105.074 253.094 83.739
13º Açúcar em Bruto 103.496 359.844 153.291 533.521 142.781 425.366
14º Melões 127.109 202.481 151.129 210.280 119.959 181.105
Produtos mais exportados pelo Brasil para EU
Fonte: AgroStat Brasil, a parti r dos dados da Secex/MDIC Elaboração: SRI/Mapa
A Confederação Nacional da Agri-cultura e Pecuária do Brasil (CNA) já abriu dois escritórios no exterior. O objetivo é acompanhar, mais de per-to, o setor agrícola internacional e ga-rantir representatividade ainda maior para o Brasil. Segundo José Mário, a iniciativa de instalação de escritórios comerciais da CNA para representar o setor agrícola nacional em Bruxelas (Bélgica) e Pequim (China) será positi-vo para o acompanhamento e melhor entendimento da legislação europeia, além da abertura do mercado chinês.
“A China é de grande potencial. Há previsão de que 600 milhões de chi-neses migrem para a área urbana nos próximos meses”, diz. Ele completa ainda que o setor agropecuário bra-sileiro está estimulando dois produ-tos na China: o café e a carne bovina.
“Hoje, a média de consumo de café na china é de três xícaras por pessoa ao ano. Se fizermos os chineses gostarem do café brasileiro e eles começarem a consumir 30 xícaras de café, haja café para exportamos para a China! Nossa ideia é criar uma marca de café e isso não é muito difícil. Os Estados Unidos possuem a marca ‘Starbucks’, mas não produzem café. A Alemanha exporta café e também não é produtora. Ou-tra avaliação está sendo feita no caso da carne. Queremos estimular a abertura de churrascarias na China. Se eles gostarem de alcatra e picanha, haja carne para exportar. Em dois ou três anos devemos ter churras-carias brasileiras na China”, finaliza.
CNA abre escritórios no exterior
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ASSISTÊNCIA TÉCNICA
Produção diária de Cleuzir aumentou cerca de 300 litros
Michelle Rabelo | [email protected]
Dia de Campo chega a Portelândia para apresentar
ganhos de fazenda leiteira
Escolhida entre várias pro-priedades que participam do Programa Balde Cheio,
a fazenda do produtor Cleuzir Miguel Rezende, no município de Portelândia, será palco do 5º Dia de Campo - Goiás Mais Leite. Desde 2012 ele vem ado-tando novas tecnologias em busca de melhorias dos índices de produtivi-dade, e os resultados – o que inclui bolso cheio e expectativas mais que positivas - serão apresentados para outros produtores no próximo dia 24 de maio, a partir das 8 horas.
Além dos produtores, curiosos para saber qual a receita do sucesso de Cleuzir, técnicos e instrutores do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) Goiás também estarão na unidade demonstrativa do programa para mostrar aos visitantes que plane-jamento, controle dos investimentos e assistência técnica são os pilares da rentabilidade alcançada pelo produtor.
A produção de leite de Cleuzir
praticamente dobrou em nos últimos dois anos – passando de 336 para 655 litros/dia - e o número de animais au-mentou apenas 35%, consequência da melhora no manejo alimentar com a intensificação de áreas de pastejo de gramíneas já existentes na fazenda.
Quando o produtor decidiu ingres-sar no Balde Cheio, a propriedade passou por uma análise. Na ocasião foi feito um diagnóstico baseado no inventário patrimonial e nos índices zootécnicos. No dia 24 de maio, o con-sultor do programa, Carlos Eduardo Freitas, ficará encarregado de apre-sentar o antes e o depois da fazenda, além dos ganhos que vêm deixando o produtor cada dia mais satisfeito.
ProgramaçãoCompõem a programação do 5ª
edição do Dia de Campo – Goiás Mais Leite, além da livre visitação á pro-priedade, palestras e a apresentação dos números da fazenda. Atualmente
o programa Balde Cheio, cujo obje-tivo é capacitar o produtor para me-lhorar a qualidade do leite e a gestão da propriedade, tem 49 grupos em andamento, sendo 500 produtores as-sistidos por técnicos. Para participar, o produtor deve procurar o Sindicato Rural do seu município.
O produtor Cleuzir, com a esposa e o fi lho, na propriedade da família, que é uma das unidades demonstrativas do Balde Cheio
A produtividade de Cleuzir aumentou depois do Programa
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HOMENAGEMHOMENAGEM
Quem de nós imaginaria que Rogério Lopes Viana, o Garotinho, não estaria no
Estádio Serra Dourada ou no sofá da sua casa assistindo à final do Campeo-nato Goiano 2014? Muito mais inacre-ditável do que ver o Goiás, seu time do coração, perder o título para o Atlético Goianiense aos 48 minutos do segun-do tempo, foi termos perdido nosso companheiro no último dia 9 de abril. Nós, seus amigos e colegas da Faeg e do Senar Goiás, quando pensamos na sua morte, ainda parecemos estar lem-brando de um sonho ruim, um episódio triste e doloroso que não pode ser real. Porque mesmo sem conseguirmos ver ou falar com ele, acreditar que se foi exige de nós uma compreensão sobre a eternidade que não estávamos prepara-dos a submeter à sua vida. Inadmissível para os nossos corações.
A parte da vida do Rogério da qual pudemos participar versa sobre dedi-cação e profissionalismo. Durante os quase 20 anos a que se dedicou ao Se-nar Goiás, levou capacitação profissio-
nal e orientação técnica para inumerá-veis produtores rurais do Estado – seja como instrutor, seja como coordenador de Ações e Projetos. À frente da coorde-nação dos cursos da área de pecuária de leite e dos Programas Balde Cheio, Leite Legal e de Gestão da Pecuária Leiteira, Viana realizou trabalhos com uma dire-triz: tornar a atividade do produtor de leite rentável e cada vez mais lucrativa.
Em Itarumã, nas terras do Luiz José Machado, o produtor contou que a plan-tinha que Rogério fincou em 2012 hoje já é árvore frondosa, que faz sombra para muita gente. As mesmas 14 vacas que produziam até 80 litros de leite por dia antes da implantação do Programa Balde Cheio, hoje chegam a 460 litros diários. Luiz se lembra bem da primei-ra visita do coordenador à propriedade e da última vez em que se falaram. “O Rogério provou que, se derem condição e instrução para o produtor, a coisa des-lancha”, observa. E ele ainda não dis-pensou a consultoria: “Se Deus quiser, ele vai estar olhando nosso trabalho lá de cima”.
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Rogério nasceu em 17 de setembro de 1963 no município de Inhumas, em Goiás, e se formou médico veterinário pela Universidade Federal de Goiás em agosto de 1988. Iniciou seus trabalhos como instrutor do Senar Goiás no início da década de 1990, época da fundação da instituição. Em 2005 tornou-se coordenador de Ações e Projetos da casa, quando passou a liderar e planejar cursos e programas na área de pecuária de leite. Esposo de Anália Viana e pai de Vitor e Gustavo Viana, Rogério � cou conhecido como Garotinho por assim chamar muitos dos colegas de trabalho.
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Gilmara Roberto | [email protected]
Dos amigos que fi caram, pela herança
que deixou
Em Petrolina de Goiás, município em que Rogério deixou família, amigos e muita história, o coordenador deixou também uma Unidade Demonstrativa por inaugurar. “Ele queria realizar o Dia de Campo aqui no meio do ano”, conta Leandro Fernandes Braga, médi-co veterinário técnico do Balde Cheio na propriedade do senhor Adélio Ribeiro Rosa. Mesmo sem promover o evento de maior visibilidade do programa naquela fazenda, Rogério se dedicou a um tra-balho que hoje já promoveu a mudança nos destinos da família. Marcos Paulo Ribeiro, filho de Adélio e dona Mairza Rosa, se formou em engenharia, mas preferiu continuar o trabalho do pai na fazenda. “O começo da carreira é com-plicado. Aqui eu ajudo o meu pai, faço o meu dinheiro e ganho mais do que mui-tos amigos recém-formados”, comenta. “Antes a gente trabalhava de um jeito desorganizado. Morriam muitas vacas e a renda era pouca”, conta Adélio que antes produzia 400 litros de leite por dia e, em menos de dois anos no pro-grama, já dobrou a produção mantendo
o mesmo número de vacas produtoras.Rogério acompanhou todas as visi-
tas do consultor do programa, Carlos Eduardo Carvalho, à propriedade de Adélio Ribeiro. “Em todas as palestras, em tudo o que ele dizia, a gente per-cebia que ele tinha muita vontade que as coisas dessem certo para nós”, relata Adélio Ribeiro.
O que fez com que os programas que ele coordenava, como o Balde Cheio, atingissem sempre os melhores resultados e mudassem a vida de tan-ta gente foi a dedicação que dispensava ao trabalho – considera o presidente da
Faeg e do Conselho Administrativo do Senar, José Mário Schreiner. “Rogério se dedicava sobremaneira ao traba-lho. Perdemos uma grande pessoa, um homem honrado e muito ligado aos amigos”, lamenta.
Para promover a capacitação do ho-mem e da mulher do campo, Rogério contou com o trabalho de uma equipe com cerca de 50 profissionais, incluindo instrutores e técnicos dos programas. “O Rogério me fez enxergar melhor a ca-deia do leite, até tecnicamente falando. Seu profissionalismo com certeza ficou enraizado nas pessoas por quem pas-
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“A gente percebia que ele tinha muita vontade que as coisas dessem certo para nós”, conta Adélio Ribeiro. Ao lado, a esposa Mairza Rosa.
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“Os sentimentos neste momento são de tristeza, saudade e dor da perda. Perdemos um ente querido, um companheiro de trabalho, marido, amigo e pai. Nos sentimos incapazes de encontrar palavras de consolo, mas expressamos nosso profundo pesar pela morte do querido Rogério Lopes Viana. Sabemos que não é fácil ser provado do convívio de alguém que é importante para nós. Não é fácil enterrar um companheiro, um amigo do peito. Não é fácil lidar com o luto, mas é necessário, nesta hora, rezarmos por ele, lembrar de coisas boas e, acima de tudo, fazer com que este momento sirva para que possamos levar a vida adiante e valorizar as pessoas que estão ao nosso lado, pois o que � ca na eternidade são as emoções que causamos, as lembranças boas do que fomos.Rogério passou por nossas vidas e � cou gravado no mármore da história dessa instituição. Ao Garotinho nossa saudade e reconhecimento pelo muito que acrescentou.”
Eurípedes Bassamurfo, superintendente do Senar Goiás.
sou, além de sua amizade e companhei-rismo”, conta Carlos Eduardo Carvalho.
João Batista Neto, instrutor do Senar Goiás, trabalhou com Rogério por cerca de dez anos, tempo durante o qual cons-truíram, além do trabalho, uma relação de amizade. “Ele sempre se preocupava com a capacitação e a atualização pro-fissional dos instrutores e com a ren-tabilidade do produtor. Rogério foi um profissional muito dedicado, um profis-sional ímpar, que amava o que fazia e
que eu definiria em uma palavra: entu-siasmo”, nomeia o instrutor.
Se para João Neto foi possível, em uma palavra, delinear o amigo e compa-nheiro de trabalho, para muitos de nós ainda falta português para lidar com essa ausência ainda não assimilada – embora definitiva. Sua morte repentina toma as palavras de seus amigos mais próximos e de sua família, que prestam suas ho-menagens no próprio silêncio. Cada um com seus gestos, lágrimas e orações
transmite a ele e a seus familiares o que não pudemos lhe transmitir em vida: um elogio por sua atuação profissional, uma mensagem de agradecimento, uma pre-ce por sua saúde, um abraço sincero – ou qualquer atitude que demonstre que para nós ele foi mais que um dos me-lhores médicos veterinários que já traba-lharam nesta instituição: Rogério foi um amigo que fez nossos dias melhores. E, já que é preciso deixa-lo ir e descansar: “Obrigado e fique em paz, Garotinho”.
Rogério Viana durante aula prática a alunos no Pronatec do Senar
MODO DE PREPARO:
1º PASSO: Coloque todos os ingredientes no liquidificador, exceto o fermento em pó e bata bem.
2º PASSO: Adicione o fermento em pó e bata levemente com uma colher.
3º PASSO: Coloque a massa em uma assadeira untada com óleo e enfarinhada com açúcar cristal e canela (opcional).
4º PASSO: Leve para assar em forno médio, pré-aquecido até dourar.
DICA: Deixe esfriar e sirva com café.
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DELÍCIAS DO CAMPO
MODO DE PREPARO:
1º PASSO: Coloque todos os ingredientes no liquidificador, exceto o fermento em pó e bata bem.
2º PASSO: Adicione o fermento em pó e bata levemente com uma colher.
3º PASSO: Coloque a massa em uma assadeira untada com óleo e enfarinhada com açúcar cristal e canela (opcional).
4º PASSO: Leve para assar em forno médio, pré-aquecido até dourar.
DICA: Deixe esfriar e sirva com café.
INGREDIENTES:
1 e ½ copo de fubá½ copo de amendoim torrado
1 copo de maisena ½ copo de farinha de trigo
1 copo de óleo2 copos de leite
1 e ½ copo de açúcar5 ovos
1 copo de queijo½ copo de coco ralado
1 colher de sopa de fermento em pó
Bolo Fácil de Fubá
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Bolo Fácil de Fubá
• Envie sua sugestão de receita para [email protected] ou ligue (62) 3096-2200.
• Receita elaborada pelo tecnólogo em gastronomia e instrutor do Senar, Cristiano Ferreira da Silveira.
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HIDROPONIA
Com os pés nas costas diante da seca
Em terra de períodos específicos para plantar e colher quem pro-duz o ano inteiro é rei. O ditado
popular não é bem assim, mas se en-caixa perfeitamente na realidade de quem optou por uma maneira diferen-te de cultivar frutas, verduras e hor-taliças. Para isso, o agricultor precisa de boa vontade, formação técnica e uma delicadeza incomum nas lavou-
ras tradicionais.Opções de lavouras diferenciadas,
há quem torça o nariz diante da hidro-ponia e do cultivo protegido, mas a grande vantagem das técnicas é que ambas não possuem sazonalidade, e por isso podem ser a solução para enfrentar a inflação dos alimentos, que tem deixado muitos produtores de cabelo em pé. Como o controle da
quantidade de água, luminosidade e umidade são feitos pelo próprio pro-dutor, ele decide quando cultivar e é peça-chave para o desenvolvimento da planta.
A hidroponia é uma técnica na qual as plantas são cultivadas fora do solo e recebem os nutrientes neces-sários para seu desenvolvimento dire-to da solução (água e nutrientes) que
Michelle Rabelo | [email protected]
Estufa da Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia
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Opções de lavouras diferenciadas podem trazer ganhos para produtores
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Estufa da Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia
circula constantemente com auxí-lio de um motor. Já na técnica do cultivo protegido as plantas ficam no chão ou em vasos, porém co-bertas por uma estrutura telada, podendo ser regadas manualmen-te ou com a ajuda de um sistema de irrigação – localizada ou de aspersão.
O cultivo protegido é um dos tópicos do curso, tipo Formação Profissional Rural (FPR), de Ole-ricultura do Serviço Nacional de Aprendizado Rural (Senar) Goiás e tem despertado interesse de produtores dos quatro cantos do estado. O treinamento é dividi-do nos modelos básico e orgânico, sendo que no ano de 2013 já fo-ram ministrados 111 do primeiro tipo e 57 do segundo, ao longo de todo o território goiano.
Para o técnico adjunto do Se-nar Goiás, Leonnardo Cruvinel, o produtor que optar por uma das técnicas precisa conhecer bem as necessidades fisiológicas da planta para criar um ambiente favorável ao desenvolvimento do cultivar. A orientação é ainda mais importan-te no caso da hidroponia, onde “a mistura de uma solução A com uma solução B pode resultar em uma C extremamente prejudicial à planta. É indispensável relacionar as reais necessidades com a forma de forne-cimento das soluções”. Ele emenda dizendo que o produtor precisa ter conhecimentos básicos sobre o pH, a condutividade elétrica a tempera-tura e a luminosidade ideais.
Leonnardo também destaca que para iniciar o cultivo utilizan-do as técnicas não é preciso um grande espaço de terra nem muito dinheiro já que durante o curso são apresentadas possibilidades de cultivo com materiais mais ba-ratos e acessíveis. Mesmo assim, para o instrutor do Senar Goiás, Álvaro Pessoa, o custo – que ca-minha de mãos dadas com a difi-
culdade na contratação de crédito junto às instituições financeiras - ainda é um entrave.
OlericulturaO curso de Olericultura tem
24 horas/aula e precisa de, no mí-nimo, dez participantes para sair do papel. Para integrar o grupo é necessário ser produtor ou traba-lhador rural, ter idade mínima de 18 anos e ser alfabetizado.
Durante o curso, o produtor aprende, entre outras coisas, a es-colher o melhor local para o culti-vo, preparar o solo, construir can-teiros, adubar quimicamente e/ou organicamente. “Os participantes entendem que apesar do alto cus-to o lucro é significativo. A pro-teção contra pragas, doenças e variações do clima valorizam o alimento”, explica Álvaro.
Para o instrutor, há demanda para um curso específico de culti-vo protegido. Porém, ele defende aulas mais práticas e apresenta-ção de alternativas mais baratas.
Cadê a terra?Em um Estado em que a ter-
ra é sinônimo de trabalho e sus-tento, o sistema de cultivo das plantas sem contato com o solo – hidroponia - pode não parecer real ou atrativo, “mas não deixa de ser uma opção para quem está disposto a estudar muita química e matemática”, dispara Álvaro. As raízes, que ficam totalmen-te suspensas ou sobre substra-to inerte, recebem uma solução nutritiva balanceada que contém água, micro e macro nutrientes.
Ao contrário da hidroponia, o cultivo protegido é feito no solo, mas também independe das condições climáticas, possi-bilitando ao produtor colocar no mercado produtos de qualidade na entressafra, quando os preços são mais vantajosos.
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CASOS DE SUCESSO
Produtor rural em um assentamento no sul de Goiás, João Messias deixou a produção de leite para viver da fruticultura
Michelle Rabelo | [email protected]
A vida de sucesso entre o maracujá, a melancia e o abacaxi
Mudar de ramo para ganhar mais. Com essa ideia o pro-dutor rural João Messias de
Araújo deixou as vacas leiteiras para se dedicar à fruticultura e hoje, qua-tro anos depois, comemora os bons resultados, podendo ser citado como uns dos muitos casos de sucesso do Serviço de Aprendizagem Rural (Senar) em Goiás. João e a família – esposa e quatro filhos – vivem entre maracujás, melancias e abacaxis no Projeto de As-sentamento Cachoeira Bonita, na cida-de de Caiapônia, interior de Goiás.
Os cultivares, que colorem os 32 hec-tares de João, não são apenas a fonte de renda da família, mas os xodós do pro-dutor, que cuida de cada detalhe para que as frutas tenham boa qualidade. O resultado? João vende tudo o que planta
e conta, há demanda para mais frutas.Enfrentando muitas dificuldades
devido às oscilações do mercado leitei-ro, João decidiu apostar no cultivo do abacaxi, depois que ficou sabendo que a fruta era lucrativa e que a família tam-bém poderia trabalhar na lavoura. “O leite me dava no inverno, mas me to-mava no verão”, conta emocionado. Foi então que o produtor participou do cur-so – tipo Formação Profissional Rural (FPR) – Fruticultura/Abacaxi ministrado pelo instrutor Lucimar Andrade.
Durante o curso João aprendeu so-bre o desenvolvimento, a classificação e padronização do abacaxi. Além das etapas de preparação do solo e das mu-das e dos tratos culturais na lavoura. O produtor iniciou sua plantação com 15 mil pés de abacaxi e atualmente
possui 280 mil, sendo que cada um é vendido a R$2.
João conta que o papel de Lucimar foi fundamental. “Ele indicou o cami-nho, me ensinou como fazer, me deu uma nova chance”. Foi do instrutor também a indicação para que o produ-tor apostasse no cultivo de melancia, que pode ser feito juntamente com o abacaxi. “Comecei com 700 pés e hoje já tenho 20 mil”, relata João.
Para conseguir esse aumento e ser bem sucedido no cultivo da melancia o produtor fez o curso de Olericultura de Frutos/Melancia – tipo FPR - no Senar Goiás. O instrutor também foi Lucimar Andrade, que passou a fazer parte da vida de João. Com carga horária de 24 horas/aula, dividida em três dias, João conheceu as técnicas e atividades ne-
A plantação de abacaxi iniciada com 15 mil pés, hoje possuiu 280 mil La
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cessárias ao cultivo da melancia e a maneira correta de fazer o manejo inte-grado de pragas e doenças (MIP).
Por último, João fez o curso de Fruticultura/Maracujá – tipo FPR – no Senar Goiás. Desta vez, ele mesmo se interessou pelo cultivar, montou um grupo e foi até o SR de Caiapônia soli-citar o curso, que também foi ministra-do por Lucimar, o que justifica o apre-ço que João tem pelo instrutor.
No assentamento moram outras 62 famílias que João diz aconselhar diariamente. “Eu falo para todos eles que o curso é o caminho mais seguro para o sucesso. É difícil porque nem todo mundo acredita e acaba se dedi-cando menos do que deveria”. Mesmo nos casos como o de João – que mora em um assentamento, local extrema-mente receptivo – Lucimar defende um trabalho continuado, já que nos momentos dos primeiros desafios o produtor estará sozinho.
O produtor João Messias iniciou sua jornada na fruticultura há quatro anos e hoje comemora
Para o instrutor do Senar Goiás, Luci-mar Andarde, o grande desfaio é transmitir a informação da forma mais fácil possível e apostar pesado na escolha da linguagem mais adequada e na prática que “é o mo-mento em que o aluno visualiza a teoria”.
Lucimar destaca também que o segredo é mostrar para o participante que ele é ca-paz. “É muito bom quando o trabalho fruti-fica. Fico orgulhoso de ver os participantes do curso com resultados positivos. É uma sementinha de esperança que a gente plan-ta e quando ela germina é uma satisfação imensa”.
O orgulho vem também de dentro de casa. A família de João Messias faz ques-tão de ir para a plantação com o produtor, afinal, é de lá que sai todo o conforto que a família conquistou.
Caso de sucesso, motivo de orgulho
O instrutor Lucimar Andrade se diz orgulhoso do aluno que já fez três cursos no Senar Goiás
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EM MARÇO, O SENAR GOIÁS PROMOVEU
460 CURSOS E TREINAMENTOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL* 103 CURSOS E TREINAMENTOS NA ÁREA DE PROMOÇÃO SOCIAL*
5.248 PRODUTORES E
TRABALHADORES
RURAIS
CAPACITADOS
48 188 9 17 18 131 0 49 39 8 3 9 43 1
Na área de
agricultura
Em atividade
de apoio
agrossilvipastoril
Na área de
silvicultura
Na área de
agroindústria
Na área de
aquicultura
Na área
de
pecuária
Na área de
extrativismo
Em
atividades
relativas à
prestação
de
serviços
Alimentação
e nutrição
Organização
comunitária
Saúde e
alimentação
Prevenção de
acidentes
Artesanato Educação para
consumo
CURSOS E TREINAMENTOSJa
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Para outras informações sobre treinamentos e cursos oferecidos pelo Senar Goiás entre em contato pelo telefone (62) 3412-2700 ou pelo site www.senargo.org.br
Valorizada por suas múltiplas possibilidades de aproveita-mento, a cana-de-açúcar é
um dos produtos alimentícios mais dinâmicos na economia e na cozi-nha. Para orientar a utilização da planta na produção de alimentos, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) de Goiás oferece o Curso de Fabricação Caseira de Me-lado, Açúcar Mascavo e Rapadura.
A capacitação é realizada em 32 horas em que o participante tem a
oportunidade de aprender técnicas que vão da utilização dos materiais empregados no beneficiamento da cana-de-açúcar, até a comercializa-ção dos produtos. O curso prevê ain-da o ensino de técnicas de moagem de cana, preparação do caldo, quali-dade e produtividade da fabricação.
Os produtos vem conquistado mercado e se tornado uma alternativa rentável de atividade para agricultura familiar. O açúcar mascavo, o melado e a rapadura são considerados inte-
grantes fixos da dieta de famílias de algumas regiões do Brasil. Além dis-so, o mercado exterior demanda uma quantidade cada vez maior de produ-tos orgânicos do segmento – o que tem exigido capacitação de mão-de--obra e técnicas de fabricação ainda mais profissionais.
O Senar Goiás realiza o Curso de Fabricação Caseira de Melado, Açú-car Mascavo e Rapadura em parceria com o Sindicato Rural em todas as regiões do Estado.
EM MARÇO, O SENAR GOIÁS PROMOVEU
460 CURSOS E TREINAMENTOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL* 103 CURSOS E TREINAMENTOS NA ÁREA DE PROMOÇÃO SOCIAL*
5.248 PRODUTORES E
TRABALHADORES
RURAIS
CAPACITADOS
48 188 9 17 18 131 0 49 39 8 3 9 43 1
Na área de
agricultura
Em atividade
de apoio
agrossilvipastoril
Na área de
silvicultura
Na área de
agroindústria
Na área de
aquicultura
Na área
de
pecuária
Na área de
extrativismo
Em
atividades
relativas à
prestação
de
serviços
Alimentação
e nutrição
Organização
comunitária
Saúde e
alimentação
Prevenção de
acidentes
Artesanato Educação para
consumo
*Cursos promovidos entre os dias 26 de fevereiro a 25 de março
Granulado, em calda e em barra: os doces da cana
Gilmara Roberto | [email protected]
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CAMPO ABERTO
Para o Senar Goiás, o ano começou su-perando os números de 2013: a meta é promover 5 mil cursos de promoção
social e formação profissional e capacitar mais de 58 mil trabalhadores em 2014. Para fortale-cer a atividade do produtor rural, somamos 500 treinamentos à meta do ano passado, que foi de 4,5 mil cursos, para fazer de 2014 o ano da capacitação rural.
O franco desenvolvimento de atividades de produção e comercialização de grãos, carne e derivados da cana-de-açúcar no mercado in-terno e na exportação impulsionam o Brasil a produzir mais. E, para preparar os produtores goianos, serão realizados 3.330 treinamentos nas áreas de agricultura, pecuária e atividades de apoio agrossilvipastoril, em 2014. Os outros 1.670 cursos serão destinados à capacitação para as áreas de agroindústria, aquicultura, sil-vicultura, extrativismo e prestação de serviço. Os treinamentos irão disponibilizar ao mercado agro cerca de 49 mil trabalhadores tecnicamen-te preparados, capazes de gerar maiores índices de produtividade que, por fim, ainda elevam os números da empregabilidade e de renda da po-pulação do estado.
O aumento da meta dos treinamentos do Se-nar Goiás não reflete apenas a pressão do mer-cado, mas também o fortalecimento da casa, que em 2013 foi reconhecida nacionalmente por alguns de seus projetos. Integrando o maior programa de profissionalização promovido pelo Governo Federal, qualificamos mais de 6 mil jovens por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) em 2013. Foram realizadas qualificações de 24 especialidades como artesanato, bovinocultura de leite e de corte, equideocultura e operação de máquinas agrícolas, entre outros.
Outro projeto educacional do Senar Goiás que se destacou em 2013 é o Programa Agrinho,
que envolve professores e estudantes em ativi-dades pedagógicos relacionados a temas como desenvolvimento sustentável, responsabilidade social, ética e cidadania. No último ano, o Pro-grama Agrinho recebeu um número de inscri-ções 800% maior que em 2012. Foram inscritos mais de 8 mil trabalhos de estudantes e pro-fessores que concorreram a prêmios que foram de notebooks a um carro zero quilômetros. Para tornar isto possível, o Senar capacitou 30 mil professores de 4 mil escolas estaduais e munici-pais de Goiás em 2013 e envolveu 650 mil alunos de 198 municípios durante o ano de 2013.
Referente à responsabilidade e promoção social, a atividade do Senar Goiás que mais se destacou em 2013 foi o Programa de Equotera-pia. Durante o segundo semestre, uma comitiva do Senar Central esteve em Goiás para avaliar a nacionalização do programa. O projeto, inicia-do em 2011, atende portadores de necessidades especiais (PNE) em 21 cidades goianas. Cerca de 300 pessoas participaram das atividades que promovem o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com necessidades especiais. O pro-grama foi incluído na cartilha do Senar Central em 2014 e deve ser expandido às regionais de todo o país ainda este ano.
O Senar Goiás encerrou 2013 com a missão cumprida. Recebemos comitivas de diferentes partes do Brasil e do exterior que vieram apren-der com nosso exemplo para promover um ce-nário do agronegócio ainda mais promissor. O trabalho para este ano é fazer de 2014 um ano de muitos números positivos relativos à forma-ção profissional rural e promoção da qualidade de vida do campo.
E, mais que isso, trabalharemos para que as mais de 590 mil pessoas que vivem no campo em Goiás cresçam com sua produção e se orgu-lhem de seus resultados. Para nós, do Senar Goi-ás, participar desta missão é motivo de orgulho.
Eurípedes
Bassamurfo da Costa
é superintendente do
Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural
(Senar) Goiás.
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Eurípedes Bassamurfo da Costa | [email protected]
2014: O Ano da Capacitação Rural
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