O jornal que Campos Gerais lê

CASTRO-PR, SÁBADO, 14 DE SETEMBRO DE 2013 * ANO XXIII * Nº 2495 CIRCULAÇÃO DIÁRIA www.paginaum.com

NA REDAÇÃO : R$ 2,00

DIRETOR / EDITOR: SANDRO ADRIANO CARRILHO

Polícia Civilprende casal portráfico de drogas

Caramuru tenta garantir liderançaUma semana após garantir o

acesso à Série Prata de 2014, o

Caramuru já se prepara para um

novo compromisso. Neste sábado

(14), a partir das 20 horas, a equi-

pe enfrenta o time de Apucarana,

na casa do adversário. Em caso de

vitória, os castrenses chegam aos

18 pontos e não podem ser alcan-

çados. O time não contará com

Guilherme, suspenso por receber

três cartões amarelos, e Thiago

Danilau, expulso no confronto di-

ante do Prudentópolis. página 4

Arquivo P1

7

Civil de Piraí do Sul encontraforagido da cidade de Cerro Azul

página 7

Divulgação

DIAS MAISlongos permitemmais horas de lazer

Divulgação / Jefferson Cascavel

A ‘dança das cadeiras’ já

começou e este é um momento

de importantes definições no

cenário político estadual. En-

cerra em 5 de outubro o prazo

para filiação partidária de quem

pretende concorrer nas próxi-

mas eleições e, em Castro, três

nomes despontam como pro-

váveis nas urnas. A vereadora

Aline Sleutjes do PSDC garan-

te que não vai mudar de sigla,

já o ex-prefeito Moacyr Fadel

(PMDB) e o delegado Sergio

Bradock (PSS) estão em bus-

ca de novos partidos. Em Pon-

ta Grossa, João Barbiero é pré-

candidato a uma cadeira na

Assembleia Legislativa do

Paraná, mas vai deixar o PR e

está de olho no PV. página 3

De olho naseleições

CONGESTIONAMENTOS e ruas com pouco escoamento.

PRE recuperacaminhãoroubado

A Polícia Rodoviária Es-

tadual do Posto Furnas con-

seguiu recuperar um cami-

nhão na madrugada desta

sexta-feira (13), horas de-

pois de ser roubado. O

dono do caminhão foi amar-

rado junto com seu filho em

um matagal próximo à en-

trada do distrito de Guaragi,

em Ponta Grossa. página 7

Grupo pede100 quilômetros

de cicloviaem Ponta Grossa

página 5

Mobilidade urbanaé o grande desafio

NOS 190 ANOS DE PONTA GROSSA

Final de semana será marcado

em Tibagi pelo encontro de cida-

des e de atletas que participam da

3ª Etapa Grand Prix de Voleibol

da Liga Sul Norte Pioneiro de Des-

portos. As partidas iniciam na sex-

ta-feira (13) e seguem até domin-

go (15), no Ginásio de Esportes

Quirão para as competições nas

categorias feminino e masculino,

sub 13, 15 e 17. página 4

Tibagi sediaLiga deVoleibol

Divulgação

Lucia

no M

endes

No aniversário de 190 anos, Ponta Grossa pode

comemorar seu crescimento acelerado das últimas

décadas, impulsionado pela instalação de grandes

indústrias, expansão imobiliária e desenvolvimento

econômico e social. Agora, o grande desafio é dar

um jeito no caos do trânsito. Um Plano de Mobili-

dade Urbana está sendo elaborado pela Prefeitura

em parceria com o Paranacidade e prevê várias ações

para melhorar o tráfego de pessoas e veículos e prin-

cipalmente descentralizar a cidade. Desde a substi-

tuição do terminal rodoviário central por terminais

menores no entorno da cidade até o incentivo ao

comércio nos bairros, o audacioso projeto prevê

grandes obras e muitas mudanças. página 5

Três pessoas foram detidas na

madrugada de sexta-feira (13), em

Ponta Grossa, pela Agência Local

de Inteligência (ALI) da Polícia

Militar. Eles confessaram ter rou-

bado quatro carros na cidade na

última semana, sendo que dois ve-

ículos já haviam sido vendidos em

Guarapuava. página 7

PM desmantelaquadrilha queroubava carros

Na tarde de quinta-feira

(12), uma mulher de 57 anos

foi atropelada por um caminhão

carregado com madeira na PR-

160, em Telêmaco Borba. De

acordo com a Polícia Rodovi-

ária Estadual do Posto Imbaú,

a vítima teve apenas ferimentos

leves e foi encaminhada ao

Pronto Atendimento Munici-

pal (PAM) pelo Corpo de

Bombeiros. página 7

Mulher éatropelada

EX-PREFEITO MoacyrFadel já busca novo partido

TREINADOR garante que elenco segue focado

FERIMENTOS foram leves

João Paulo Cobbe

João P

aulo

Cobbe

2 SÁBADO, 14 DE SETEMBRO DE 2013IN

FORM

AÇÕE

S ÚT

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EXPE

DIEN

TE

CASTRO E REGIÃO

VENDA AVULSA

Mensal: R$ 29,00Semestral: R$ 174,00Anual: R$ 348,00

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OUTRAS LOCALIDADES

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B) É expressamente proibi-do qualquer reprodução de

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C) Página Um circula diariamen-te e gratuitamente nas cidades de Castro, Carambeí, Piraí do Sul, Telêmaco Borba, Tibagi, Jaguariaíva, Arapoti, Palmeira

e Ponta Grossa.

ImpressãoGRAFINORTE(43) 3420-7777

Sandro Adriano CarrilhoTARJA PRETA

PG 200O prefeito Marcelo

Rangel lançou nesta sexta-feira (13), o projeto Ponta Grossa 200, que vai pla-nejar o município para os próximos dez anos, prepa-rando a cidade para o seu bicentenário, em 2023. O projeto propõe o planeja-mento da cidade em diver-sas frentes e convida toda a população a pensar junto o futuro de Ponta Grossa no período de 2013 a 2023. O local escolhido para o lançamento do projeto foi a Mansão Vila Hilda, impor-tante imóvel histórico de Ponta Grossa, construído em 1826, e símbolo de um período do desenvolvi-mento da cidade.

AÇÃO NOS BAIRROSBuscando aproximar a

administração municipal da população e descentralizar os serviços, a Prefeitura

Municipal de Castro pro-moveu mais uma edição do Programa Ação nos Bairros, que nesta semana beneficiou a comunidade do distrito do Abapan, integrando ainda a programação de aniversários dos 65 anos do distrito.

MAIS MÉDICOSOs profissionais com

diploma do exterior que vão atuar em municípios do Paraná pelo Programa Mais Médicos desembar-cam na Base aérea de Curi-tiba neste sábado (14).

FANTASMAAAAASó foi anunciar que fan-

tasmas rondavam a Câmara Municipal para alguns videntes darem o ar da sua graça. O mais interessante que a investigação nem está na metade e já tem gente se desculpando. Como dizia um amigo próximo, jogue a isca, vai que pega.

Igrejas Evangélicas Reformadas no Brasil – (42) 3231-5699

PARA REFLETIR

VOCÊ É IMPORTANTE PARA DEUS

PONTA GROSSA

EDITORIAL

Ponta Grossa, a exemplo da maioria das cidades, cresceu espontaneamente, sem um planejamento urbano que vislum-brasse os problemas futuros de uma cidade grande. Até porque, há algumas décadas, não se imaginava qual o tamanho que a cidade teria no século 21. Hoje, os novos administradores precisam brigar para reor-denar, principalmente o trânsito, e tornar a acessibilidade da população mais segura e confortável. E este é o grande desafio atual e dos futuros gestores: desafogar o trân-sito, seja melhorando as vias e os itinerá-rios, aumentando o número de calçadas

para pedestres, construindo ciclovias em locais planos onde o ciclismo sejá possível. O desafio da cidade é tão grande que o prefeito Marcelo Rangel lançou ontem (13) o projeto Ponta Grossa 200, que faz um chamamento à sociedade para as mudan-ças que se fazem necessárias para enfren-tar a próxima década. Daqui a dez anos, a cidade que não foi planejada, pode ter sido remodelada para enfrentar os novos desafios. Nos 190 anos de Ponta Grossa, a cidade se prepara para comemorar os 200 anos. Em tempo de corrigir os erros do passado!

Um maestro dirigia uma apresentação durante a qual um grande coro se unia à orquestra. Em meio ao tra-balho, enquanto retumba-vam os tamborins, soavam as trombetas e tocavam os vio-linos, o flautista, achando-se menos importante, disse a si mesmo: “Para que eu sirvo? Eu nem precisaria tocar este instrumento. Ninguém me ouve mesmo.” Ele conservou o seu instrumento na boca, mas deixou de soprar, certo de que ninguém notaria sua falta.

Alguns instantes depois, o maestro da orquestra excla-mou: “Parem! Parem! Onde está o som da flauta?” O ouvido do maestro percebera a ausência do flautista.

Há períodos em nossas vidas em que nos sentimos insignificantes e inúteis. Rode-

ados de pessoas que aparen-temente têm mais talentos do que nós. Às vezes, num momento de debilidade, sen-timo-nos tentados a nos reti-rar e deixar que outros façam o nosso trabalho. Dizemos a nós mesmos que, de qualquer maneira, a nossa contribuição não mudaria muito as coisas.

Esquecemos o que nos sugere o Senhor Jesus Cristo ao se valer de cinco pães e dois peixinhos trazidos por um garotinho para alimentar uma multidão.

O Senhor nos colocou exatamente onde estamos para realizarmos a tarefa que nos deu. Ele dá os meios necessários para que sejam realizadas. Nenhuma é menos importante.

Faça a sua parte na grande orquestra da vida e viva uma vida de amor ao próximo.

Um assunto que dividiu opi-niões no país foi o Programa Mais Médicos, lançado pela presidenta Dilma para levar profissionais aos municípios que enfrentam grande carência de assistência de saúde. Não é exclusivo para as pequenas cidades do interior das regiões Norte e Nordeste, mas também para a periferia das regiões metropolitanas. Dilma ofereceu ótimo salário para os profissionais recém-formados – no mínimo 10 mil reais mais todas despesas pagas, inclusive moradia. Não conseguiu médicos brasileiros dispostos a trabalhar nestes postos de saúde e a solução foi recorrer a profissionais de outros países.

Há poucos médicos no Brasil? Para atendimento de especialidades, o número é adequado e há excelentes especialistas, mas para atendimento medico básico, tipo o Programa de Saúde da Família, faltam milhares de profissionais. Não gosto da presi-denta Dilma, mas achei acertada sua medida permitindo a entrada provi-sória no Brasil de médicos de vários países onde há excesso de profis-sionais, como Cuba e Espanha. No Paraná, há 74 municípios que não tem sequer um único médico residente e um exemplo é a vizinha e querida cidade de Doutor Ulis-ses. Prima Carlota, que lá reside, sabe do esforço do prefeito Jôse e do vice Rozélio para trazer médicos para atender alguns dias por semana no posto, mas não há nenhum resi-dente, ninguém disponível se alguém passa mal à noite ou nos finais de semana.

Os políticos de oposição aos

presidentes Lula e Dilma são contra o programa Mais Médicos. Repre-sentam a elite, os ricos, aqueles que têm caros planos de saúde ou pagam particular. Revistas conserva-doras, como a Veja, acham que os profissionais cubanos deveriam ser proibidos de atender: “Essa Medi-cina mata”, afirma na edição desta semana. Estão errados: em Cuba, os indicadores de saúde são muito superiores aos nossos: expectativa de vida, mortalidade infantil… Aliás, a mortalidade infantil em Cuba é menor até do que a dos Estados Unidos! Mas o povo já acordou e viu que estes políticos estão querendo enganar o cidadão comum: pesquisa da Confederação Nacional do Trans-porte (CNT) divulga nesta terça-feira (10) de setembro, em Brasília, mostra que 73,9% da população é a favor da vinda de médicos estrangei-ros ao país no programa Mais Médi-cos, do Governo Federal.

O ideal seria que médicos bra-sileiros ocupassem estas funções, mas o problema é que a maioria dos recém-formados aqui vêm de famílias ricas, desejam ficar em cidades gran-des fazendo especialidades de ponta e não querem saber de trabalhar no interior. Para vocês terem uma ideia, o médico da família chama o paciente pelo nome, sabe a lista de remédios que toma, quais doenças já teve e até quando é hora de tomar vacina. No dia a dia, ele ainda faz visitas domiciliares, checa exames de rotina e dá bronca se as orientações não são seguidas à risca. Essenciais em comunidades carentes, conseguem resolver mais de 80% dos proble-

mas de saúde que afligem a popu-lação, mas encontrá-los no Brasil não é tarefa fácil. São apenas 3.253 profissionais especializados, para uma demanda crescente, já estimada em 100 mil. Por isto é necessária no momento a “importação” de profis-sionais estrangeiros, principalmente cubanos – lá a Saúde Pública pre-ventiva vem em primeiro lugar.

O que mais me revoltou foi a “recepção” aos médicos cubanos em Fortaleza, capital do Ceará. Uma foto, tirada no desembarque dos profissionais, mostra o negro Juan Delgado, de 49 anos de idade e muita experiência em Saúde Pública, sendo vaiado e humilhado por duas jovens médicas dondocas brancas pertencentes ao Sindicato local. Racismo e xenofobia. As duas não valem uma unha do médico que deixou seu país e sua família para vir ajudar o nosso povo mais simples. Mesmo existindo uma lei federal que permite a contratação temporária dos profissionais estrangeiros, enti-dades médicas do Ceará entraram na Justiça para atrasar a implantação do programa, deixar por mais tempo os municípios do interior sem médi-cos, com consequente maior índice de mortes, inclusive entre crianças. Digo e repito, não gosto da presi-denta Dilma – preferia muito mais o Lula – mas o programa Mais Médi-cos deve ser implantado para melho-rar a saúde e os índices de vida de nossa população mais humilde!

* Sogra Perpétua escreve neste espaço às terças,

quintas e sábados

Programa Mais Médicos* Sogra Perpétua

Quem nunca entrou no super-mercado para comprar apenas um produto e saiu com mais do que deveria na sacola? A chance de isso acontecer é grande, porque circula-mos entre seções estrategicamente preparadas para nos impactar de maneira despercebida e induzir nossa decisão de compra. Os varejistas uti-lizam um conceito conhecido como planograma para posicionar os itens na gôndola e chamar a atenção para o espaço desejado. Uma pesquisa divulgada recentemente pelo SPC Brasil confirma que 34% das pes-soas admitem comprar por impulso, gastando mais que o planejado.

Também chamado de plano de gôndola, a técnica tem o objetivo de organizar e gerenciar os produtos nas prateleiras, de forma que haja sempre um estímulo na comunica-ção com o comprador, alavancando as vendas de determinado produto ou marca. Se observarmos as gôn-dolas com mais atenção, podemos verificar que os itens quase sempre estão distribuídos em blocos verti-

cais de uma mesma empresa, com subcategorias em grupos horizon-tais para facilitar a visualização do consumidor.

Além disso, os produtos com maior valor agregado permanecem na altura das mãos e dos olhos, na chamada “área nobre”. Já na consi-derada “área fria”, que são os espa-ços abaixo e acima da linha dos olhos e mãos, são posicionados os itens que nos levam ao ponto de venda, conhecidos como “produtos des-tino”. Neste local, os itens tendem a custar menos e são acompanhados das unidades em promoção, justa-mente para estimular a compra.

No caso das lâmpadas, pode-mos perceber que, geralmente, as fluorescentes compactas estão presentes na área nobre, pois apre-sentam maior giro e valor agregado em relação às incandescentes. Na mesma zona, começam a sur-gir os LEDs, que possuem preço superior, mas entregam ainda mais benefícios. Já as tradicionais incan-descentes permanecem abaixo ou

acima do campo visual, pois custam menos e estão saindo do mercado para dar espaço às novas soluções.

Muitos não imaginam, mas até o modo que caminhamos dentro do ponto de venda é analisado. Os “produtos destino” ficam sempre nos finais dos corredores, forçando maior número de pessoas a circular naquela seção, enquanto os itens que compramos por impulso per-manecem no início do setor. Essa organização garante também a movimentação controlada em todo o estabelecimento.

Por isso, fique atento à comu-nicação no ponto de venda. Agora que você já sabe como funciona a organização das gôndolas, a busca por produtos que realmente deseja levar para casa ficará mais fácil.

*Formado em Administração de Empresas pela FMU, com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e é gerente nacional do Canal Retail da OSRAM.

Descubra como os produtos falam com você no supermercado

* Cláudio Giannico

Instaurada pela Assembleia Legislativa há pouco mais de dois meses, a “CPI do Pedá-gio” começa a apresentar sinais positivos quanto ao seu princi-pal objetivo – o de compreen-der com clareza as bases dos contratos firmados há quase 16 anos entre o governo estadual e as concessionárias de rodovias do Paraná. É a correta e serena compreensão de todos os fatores que incidem sobre o modelo de concessão rodoviária que, sem dúvida, poderá levar aos alme-jados resultados que se esperam – ampliação dos investimentos e, eventualmente, até a redução das tarifas.

Parece ser esta opinião que têm externado alguns dos depu-tados que compõem a Comis-são, como já pudemos constatar em declarações realizadas junto à mídia paranaense. Nesta linha, está a compreensão do fato de que não foram as concessio-nárias que definiram as bases contratuais, mas sim o poder concedente – isto é, o governo estadual. Outro ponto importante já lembrado é que a realidade econômica da época era muito diferente da atual: praticavam-se juros oficiais altíssimos, de até 50% ao ano, que influenciaram na fixação das tarifas e da taxa de retorno dos investimentos de responsabilidade e risco das concessionárias.

Também vem sendo reco-nhecido que o programa e o cronograma de obras foram pre-viamente definidos pelo poder concedente. E mais: que há distorções ocorridas já desde os primeiros meses e anos da implantação do pedágio – sem-pre por iniciativa unilateral dos governos, não pela vontade das concessionárias.

Distorções que redun-daram em desequilíbrio dos contratos que, por sua vez, cau-saram a indesejável supressão ou adiamento de suas execuções, gerando interpretações desen-contradas quanto aos volumes de receita, de despesas opera-cionais e de investimentos. Nem mesmo as auditorias realizadas por órgãos técnicos – como os Tribunais de Contas do Estado e da União – conseguiram estabe-lecer consenso. Caso contrário, se tais respeitados organismos já tivessem dado inquestioná-vel palavra final, sequer have-ria necessidade de instauração desta segunda CPI.

Vivemos desde 1998 longos períodos conturbados por inte-resses políticos para os quais as concessionárias em nada contri-buíram, mas que as obrigaram a buscar correções de rumo em defesa da legalidade.

A continuidade desta situ-ação não interessa a ninguém – nem ao governo, nem às con-cessionárias e muito menos à sociedade paranaense. Vivemos hoje um novo tempo, em que todas as partes demonstram vontade de focar a mira na dire-ção do bem geral, o que significa retomar a ênfase na construção da melhor infraestrutura rodovi-ária para o Paraná e em reduzir as tarifas tanto quanto possí-vel. Estes objetivos podem ser alcançados e a CPI, neste sen-tido, tem muito a contribuir.

*Diretor da Associação Brasileira de Concessioná-

rias de Rodovias ABCR – PR/SC

Pedágio: transparência e objetivos em comum

*João Chiminazzo Neto

A Iguaçu Celulose, Papel S/A torna público que irá requer ao IAP a Licença de Operação para a Subestação 138 kV, a ser implantada na Rodovia. PR 151, Km 267,5 – Campo do Piraí, Município de Piraí do Sul - PR.

Sábado, 14 de Setembro de 2013 3

EmanoEllE WisniEvski

Especial para o Página Um

O cenário político estadual já começa a se movimentar com vistas nas eleições de 2014, quando a população vai às urnas escolher presi-dente, governadores, sena-dores, deputados estaduais e federais. Para garantir o direito de concorrer no pleito, quem pretende ser candidato

tem até dia 5 de outubro para regularizar sua filiação par-tidária. São os últimos dias para escolher uma sigla ou

desligar-se da atual e partir para outra. Em Castro, três nomes já despontam como prováveis nas urnas – dois

deles ainda estão em busca de legenda para representar.

Aline Sleutjes, Moacyr Fadel e Sérgio Bradock devem

entrar na disputa do ano que vem, mas apenas a vereadora está certa de que partido representará. O ex-prefeito de

Castro e o atual delegado da cidade ainda estão em diálogo com diretórios de partidos para definir, na próxima semana, para que lado vão. Aline afirma ser pré-candidata pelo PSDC; Bradock está no PSS mas quer achar outra sigla para tentar o mandato de deputado estadual pela segunda vez, e Moacyr revela que vai se desligar do PMDB e está em busca de outro partido para buscar sua vaga na Assembleia Legislativa do Estado.

O período que antecede o prazo final estipulado pelo Tribunal Superior Eleito-ral (TSE) para as filiações é conhecido como a hora da ‘dança das cadeiras’, já que muitos políticos optam por mudar suas apostas e procu-rar novos rumos.

Bradock está em negociação com partidosAline Sleutjes é pré-candidata pelo PSDC Moacyr Fadel deve deixar o PMDB

Dia 5 de outubro encerra o prazo para filiaçãopartidária

Arquivo P1Arquivo P1Arquivo P1

Pré-candidatos sondam partidosDANÇA DAS CADEIRAS

Duplicidades identificadas

A Lei dos Partidos Polí-ticos (9.096/1995) esti-pula que as legendas devem enviar à Justiça Eleitoral as relações atualizadas de seus filiados em abril e outu-bro de cada ano. As listas devem conter a data de filia-ção e o número dos títulos e das seções eleitorais em que os filiados às legendas estiverem inscritos.

Os prazos para que todos os partidos políti-cos obtenham registro de seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral tam-bém encerra na mesma data, como determina a Lei 9.504/97. Já quem pretende disputar cargo

eletivo, deve ter domicílio eleitoral na circunscrição onde deseja concorrer.

As informações devem ser disponibilizadas todos os anos para a Justiça Elei-toral pelos próprios parti-dos, por meio do sistema Filiaweb, aplicativo que permite a interação on-line com o Sistema de Filiação Partidária. Depois, a Cor-regedoria-Geral Eleitoral identifica duplicidades de filiação partidária, isto é, pessoas que estão ligadas a mais de uma legenda. Elas são notificadas para acertar a situação e, em seguida, as relações oficiais de filiados são divulgadas na internet.

Para Moacyr Fadel, que foi prefeito de Castro por oito anos pelo PMDB, seu desligamento do partido é certo e visa aumentar a pro-babilidade de ser eleito, caso se lance candidato a depu-tado estadual no próximo ano. Isso porque a legenda exige um número expressivo de votos para a eleição de representantes, superior a 50 mil, enquanto outros par-tidos oferecem oportunidade de vitória nas urnas com bem menos votos. “Tenho rece-bido vários convites e estou analisando”, assinala Moacyr, que por enquanto está de olho no PSB e PHS e empol-gado numa ‘paquera’ com o PTB do deputado federal Alex Canziani. “Ele me ligou e gostei da ideia. É um par-tido que está bem montadi-nho, com chance de fazer um deputado estadual com 25 a 30 mil votos”, indica.

Porém, a entrada de Moacyr para o Trabalhista Brasileiro tem ressalvas pes-soais do ex-prefeito com o atual governador. “Pena que o PTB apoia o Beto Richa [PSDB] e eu não posso apoiar um governador que veio pela segunda vez na nossa cidade assinar um estudo de um Contorno Norte que ele já tinha prometido”, repreende. “O Beto veio aqui para tirar foto e chamar os castrenses de burros, pois não cumpriu nenhuma das promessas que fez. É uma vergonha”, ataca o ex-prefeito, que simpatizava com a eleição de Richa em 2012. “Tinha uma relação boa com ele, mas não cum-priu nada do que prometeu nem para o Município e nem para mim”, cutuca.

A obra do Contorno Norte, sugerida por Moacyr, previa a aplicação de R$ 1,5 milhão na construção de uma via ligando o terceiro par-que industrial na PR-151 à Estrada do Cerne PR-090.

RequiãoLonge do atual governa-

dor, Moacyr Fadel assegura que estará ao lado de Roberto Requião (PMDB) numa pro-vável campanha ao governo.

“O Requião cada vez que veio aqui trouxe obra. O que ele prometia de manhã eu anun-ciava à tarde, pois tenho con-fiança nele”, pontua.

Mas, dependendo do par-tido que escolha, Moacyr não poderá ofertar esse apoio. “É isso que está me segurando de ir para o PTB. O Alex me deixou liberdade para apoiar quem eu quiser, mas depois a gente sabe que o partido acaba indo para um lado e gente está junto”.

A ministra-chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann tam-bém está entre os nomes cotados para concorrer ao governo estadual e Moacyr não descarta dar uma força à petista. “Ela também é minha amiga, ajudou bastante o Município”.

Depende“Quero ser pré-candidato

para ajudar a cidade e não para brincar ou promover meu nome. Não preciso mais disso”, afirma o ex-prefeito, que diz estar recebendo visi-tas de lideranças e amigos que pedem para que repre-sente não apenas a região dos Campos Gerais. “Conse-gui muita amizade pela AMP [Associação dos Municípios do Paraná]”, detalha.

Moacyr acha que concor-rer com outros candidatos da cidade é inviável. “Tem uns que entram só para atrapa-lhar, se for assim retiro meu nome e vejo alguém com mais chance para apoiar. O certo é que se sair mais alguém de Castro eu não saio porque divide voto”, discursa.

Informado da inten-ção de pré-candidaturas de Aline Sleutjes (PSDC) e Sérgio Bradock em Castro, o ex-prefeito diz não saber quem ajudaria, mas garante que não apoia candidato de Ponta Grossa. “Porque Cas-tro já tem um eleitorado que merece ter um deputado, não podemos mais ficar submis-sos”, explica.

Outra possibilidade é de corroborar com uma possível pré-candidatura do advogado Mozar Tadeu Lopes (PTB), que obteve 19.913 votos nas

Delegado da 43ª Delega-cia de Polícia Civil em Cas-tro, Mario Sergio ‘Bradock’ Sacheski vai tentar ocupar pela segunda vez uma cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná. Ele foi deputado esta-dual entre 2003 e 2007 pelo PMDB e agora está filiado no PSS, mas ainda busca um novo partido.

O pré-candidato a deputado conta que está negociando com alguns partidos e tem interesse no PPS e no PSC. Ele também tem até dia 5 de outubro para fazer a filiação que deverá ser em seu novo domicílio eleito-ral, que é Castro. “Estou rece-bendo alguns convites e quero sair representando a região

por aqui”, anuncia. Apesar da situação parti-

dária indefinida, Bradock diz que vai se posicionar a favor do governador Beto Richa (PSDB) em sua campanha para a reeleição. “Pretendo ir para um partido que seja sim-pático ao governador”.

Nascido em Ponta Grossa, o delegado agora quer bata-lhar por benefícios para Cas-tro, com foco na segurança. “Quero transformar isso aqui [43ª Delegacia] numa sub-divisão, transformar a Com-panhia da Polícia Militar em Companhia Independente, no mínimo para ter mais habi-lidade, mais efetivo. Castro merece”

Vereadora de Castro pelo PSDC, Aline Sleutjes confirma a intenção em buscar espaço no cenário estadual e representar seu partido na Assembleia, já que a sigla ainda não tem depu-tado eleito. “A princípio sou pré-candidata, é uma grande oportunidade. Quero brigar pela vaga e a possibilidade de eleição é muito grande. O par-tido acredita que quem alcan-çar 20 mil votos tem chance de entrar”, visualiza, com base em pedido do presidente estadual do partido, Luiz Adão Mar-ques.

Ela conta que está visitando outros municípios da região para montar diretórios e sair representando não apenas Castro, mas a microrregião. “De Ponta Grossa ‘para cima’ há sempre muitos candidatos, mas ‘para cá’ são poucos e eles fazem falta. A gente acaba sem-pre ficando com o que sobra”, argumenta.

No diálogo com as lide-

ranças de cada cidade, outros partidos e representantes de diversas entidades, a vereadora vem tentando configurar sua pré-candidatura. Em seu pla-nejamento político, ela deverá envolver inicialmente, além de Castro, Piraí do Sul, Tibagi e Carambeí, mas os planos são audaciosos e a vereadora ainda pretende abrir caminho em Arapoti e Jaguariaíva. A ideia é mobilizar a região em busca de mais filiados ao PSDC.

A pré-candidata também é presidente estadual do Movi-mento Católico do partido e quer fortalecer o segmento. “Estou plantando a semen-tinha para ver a aceitação. A gente [católicos] não tem muita expressão política devido até à postura da Igreja em não se envolver muito e não ser par-tidária, mas acredito que pre-cisamos nos envolver, como o próprio papa Francisco deixou claro em sua visita ao Brasil”, sustenta.

Moacyr vai se desligar do PMDB

Delegado Bradock busca segunda legislatura

Aline precisa de 20 mil votos para se eleger

Nos círculos de conversa política em Castro, outros nomes são apontados como prováveis pré-candidatos a deputados estaduais no ano que vem e o Página Um entrou em contato com eles para confirmar a intenção.

O vice-prefeito Marcos Bertolini (PDT) chegou a ser cotado para representar seu partido no pleito esta-dual, mas nega qualquer intenção. “Não tenho cogi-tado ser candidato, mesmo porque isso implicaria em mudança no trabalho que efetivamente desenvolvo hoje, exercendo mandato de vice-prefeito. Não penso em renunciar uma candida-tura”, garante.

Bertolini é também pre-sidente do PDT e revela que não há ainda articula-ções acerca das campanhas para deputado, mas que, na região, há uma perspectiva em relação ao pré-candidato de Ponta Grossa, Marcio

Pauliki. “Agora é momento de definição das legendas partidárias, mas ainda não há decisão sobre as candi-daturas. É a hora da ‘dança das cadeiras’”, enfatiza.

Quem também apa-rece na cotação dos pré-candidatos é o secre-tário municipal de Gestão, Ricardo Cardoso. Mas ele é enfático: “não sou can-didato nem a presidente de bairro. Neste momento, ainda estou focado exclu-sivamente à Prefeitura e não tenho pretensão de concorrer num pleito esta-dual. Mas, o futuro a Deus pertence, por enquanto o objetivo é trabalhar mesmo na Administração do Muni-cípio”.

Eles negam intenção em concorrer

últimas eleições. “Se ele for, vou apoiá-lo. É o primeiro suplente do PTB e fez vota-ção expressiva da vez pas-sada”, diz Moacyr. Mozar foi

procurado pela reportagem do Página Um mas, até o fechamento desta edição, não atendeu às ligações em seu celular.

"Não tenho cogitado em ser

candidato"

4 Sábado, 14 de Setembro de 2013

Gabriel Sartini

redação@paginaum.com

Uma semana depois de entrar para a história do futsal castrense ao conquistar a vaga para a Série Prata de 2014, o Caramuru/Play Beck/Castro tem mais um jogo importante neste fim de semana. No giná-sio do Sesc, em Apucarana, o Caramuru enfrenta os donos da casa neste sábado (14), a par-tir das 20 horas, em busca de mais um triunfo nesta segunda fase da Série Bronze.

Em caso de vitória, o Cara-muru chega aos 18 pontos e não pode mais ser alcançado por ninguém na primeira posi-ção da Chave C. Isso porque o atual vice-líder do grupo, o Cambé Futsal, tem apenas oito pontos e só pode atingir 17 pontos caso vença as três par-tidas restantes na competição, incluindo um confronto contra os castrenses. Além de ter a vantagem de jogar o segundo

jogo da semifinal dentro de seus domínios, a liderança coloca os castrenses para dis-putar vaga na decisão contra o segundo colocado da Chave D, teoricamente uma equipe mais fraca.

Mas, se os confrontos da semifinal fossem decididos antes da rodada deste fim de semana, o adversário do Cara-muru na fase decisiva seria o Rebouças, responsável pela única derrota dos castrenses na Bronze em 13 partidas. Com dez pontos, o principal rival do Caramuru neste primeiro ano

de existência ocupa a vice-lide-rança da Chave D, três pontos atrás do líder Assaí.

O treinador Ted Jefferson Chagas, porém, ainda não pensa no possível adversário na semifinal. “Ainda faltam quatro rodadas para o fim da segunda fase, muita coisa pode acon-tecer”, comenta. O foco ainda é no Prefeitura Municipal de Apucarana/Mater Dei, adver-sário deste fim de semana. Mesmo com retrospecto ruim nesta segunda fase, com apenas dois pontos ganhos em quatro jogos, o técnico do Caramuru

descarta um jogo fácil.“O Apucarana foi o time que

mais nos trouxe dificuldades quando jogamos em casa nesta segunda fase, o goleiro deles é muito bom e só conseguimos a vitória por 2 a 1 com um tiro livre”, lembra.

Para o confronto deste sábado, o treinador tem dois desfalques importantes. O pivô Guilherme recebeu o terceiro cartão amarelo e está fora da partida deste sábado, assim como o ala Thiago Danilau, expulso na última partida con-tra Prudentópolis.

“O resultado em quadra é reflexo do que treinamos na semana”, destaca Ted Jeferson Chagas

Time pode chegar aos 18 pontos e não será alcançadopor ninguém

Christian Camargo

Vitória isola Caramuru na liderança FORA DE CASA

Tibagi - Final de semana será marcado em Tibagi pelo encontro de cidades e de atle-tas que participam da 3ª Etapa Grand Prix de Voleibol da Liga Sul Norte Pioneiro de Despor-tos. As partidas iniciaram na sexta-feira (13) e seguem até domingo (15), no Ginásio de Esportes Quirão para as com-petições nas categorias feminino e masculino, sub 13, 15 e 17.

A equipe tibagiana feminina fez o jogo de abertura contra o time de Pinhalão às 16 horas de sexta-feira e volta a jogar hoje às 19 horas enfrentando Wences-lau Braz. As finais acontecem no domingo a partir das 8 horas.

No momento a equipe ocupa o terceiro lugar na classificação da liga. A professora de Educação

Física, Isabela Santos Petroski está confiante no entrosamento do grupo. “O ritmo de jogo está num nível muito satisfatório e as expectativas são as melhores”, descreve a técnica. Dez atletas compõem o time local.

De olho O secretário de Esportes

e Recreação Orientada, Tadeu Moarassu Machado acrescenta que uma delas tem se destacado. “É importante este reconhe-cimento, pois uma das nossas tibagianas está sendo sondada por grandes equipes”, relata. Participam desta fase equipes de Tibagi, Castro, Carambeí, Prudentópolis, Joaquim Távora, Wenceslau Braz, Santo Antonio da Platina e Pinhalão.

Tibagi sedia etapa da Liga de Voleibol

Equipe de Tibagi abriu a competição contra Wenceslau Braz

Christian Camargo

Sábado, 14 de Setembro de 2013 5

EmanoEllE WisniEvski

Especial para o Página Um

Desde que fazendeiros pau-listas demonstraram interesse pelas pastagens dos Campos Gerais, no início do século 19, as imediações dos rios Rio Verde e Pitangui sofreram tantas transfor-mações que da paisagem natural pouco resta. Quase não se encon-tram vestígios da antiga fazenda Bom Sucesso, que hoje configura o centro histórico e comercial de Ponta Grossa, quarta cidade mais populosa do Paraná com mais de 330 mil habitantes e 76ª do Bra-sil, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-tica (IBGE).

A Princesa dos Campos é o maior parque industrial do inte-rior do Estado e vê sua economia andar a passos largos nas últimas décadas. Seu desenvolvimento econômico e social é impulsio-nado também pela expressiva expansão imobiliária, que motiva os investidores e atrai empreen-

dimentos externos. A cidade que neste domingo completa 190 anos também é conhecida inter-nacionalmente pelo turismo, por conta do deslumbrante Parque Histórico Estadual de Vila Velha, por seu casaril colonial e, claro, pelos negócios. Entre tantos índi-ces positivos, há, no entanto, fato-res que desafiam o poder público e que interferem diretamente na qualidade de vida da população. Um deles é a mobilidade urbana. Como viabilizar o fluxo de veícu-los e organizar as rotas do trans-porte coletivo?

Se nos idos de 1820 o pla-nejamento da cidade contou com

a ajuda da famosa pombinha branca com um laço vermelho amarrado ao pescoço, lançada ao ar pelos fazendeiros para a escolha do local que deveria ser povoado, agora, perto de seu segundo centenário, Ponta Grossa precisa de um novo olhar sobre a organização dos espaços ocupados – uma avaliação bem mais técnica.

Está em andamento a ela-boração do Plano de Mobili-dade Urbana, em acordo com a Lei Federal 12.587/2012, que determina que todos os municí-pios brasileiros com mais de 20 mil habitantes devem ter seus

planos até final de 2014, sob pena de perderem o acesso a recursos federais.

‘Pegê’, como carinhosamente a chamam seus moradores, já foi denominada ‘Estrela’, pois era vista de algumas léguas de dis-tância, bem no meio dos campos, sobre um monte. Num paralelo com a atualidade, a estrela já sim-boliza a forma como a cidade se espalhou horizontalmente, com cinco grandes bairros represen-tados pelas pontas e o núcleo central ligando um a outro. O problema deste modelo urbano está, especialmente, na questão da mobilidade.

Em forma de estrela, para ir de um bairro a outro é preciso passar pelo centro de Ponta Grossa

Novos terminais, vias exclusivas e expansão para os bairros são soluções propostas

Divulgação

PG enfrenta desafio da mobilidade190 ANOS

“O diagnóstico: temos uma cidade antiga, com atividades muito concentradas no centro, muitos carros e poucas ruas”. A constatação é do secretário de Planejamento Urbano de Ponta Grossa, João Ney Marçal, que aponta uma série de ações para tentar solucionar o caos urbano do trânsito.

Ele destaca três pontos prioritários que devem entrar na pauta de ações do Executivo nos próximos anos: mudanças no transporte coletivo; descentrali-zação das atividades comerciais e a revisão do Plano Diretor com a elaboração do Plano de Mobili-dade Urbana.

Transporte ColetivoCom relação ao primeiro

tópico, João Ney acha que é urgente a atualização do modelo do transporte coletivo para que seja mais eficiente. “Precisamos de vias exclusivas para ônibus, ajustes nos termi-nais e redução da circulação de ônibus no centro.

Isso faria com que o trans-porte coletivo fosse mais regular, ou seja, a pessoa sairia do bairro e viria para o centro num prazo mais curto e com mais conforto. Com isso haveria estímulo para o uso do transporte coletivo e a consequente diminuição no volume de carros”, vislumbra.

Na sua opinião, o terminal central de Ponta Grossa tem a vantagem de trazer as pessoas todas para o mesmo lugar, mas os fatores negativos são mui-tos. “A concentração absurda naquele meio gera todo tipo de conflito, inclusive um problema ambiental com a quantidade de ônibus retidos”, avalia.

A proposta que está sendo discutida com a comunidade e técnicos é de estudar uma alter-nativa para substituir o terminal central por outros menores, ao redor do centro, que cumpram o mesmo objetivo.

Para agora, o que se tem é um projeto pronto que prevê também a construção de termi-nais no bairro Santa Paula e no

Jardim Carvalho. “Desta forma, os cinco eixos da cidade serão atendidos”, pontua.

O secretário afirma que um olhar mais abrangente está sendo lançado sobre a cidade, nesta Administração. “Temos cinco grandes eixos que trazem dos bairros para o centro. Nes-ses eixos estamos trabalhando para melhorar o transporte cole-tivo e também todo o sistema de transporte”.

DescentralizarA palavra de ordem no

modelo de gestão proposto pela Prefeitura é a descentralização. “Temos que trabalhar muito no incremento de soluções para descentralização as atividades comerciais da cidade. Fazer como a Educação faz, ela tem

escola em todo lugar e evita que os alunos fiquem se deslocando. Se tivermos atividades comerciais fortalecidas também nos bairros, diminuiremos a necessidade de deslocamento”, analisa.

Para estimular o comércio nos bairros, a Secretaria de Planeja-mento Urbano está estudando a proposta de legislação específica não só de estímulo fiscal, mas de zoneamento urbano para criar ambientes favoráveis ao desen-volvimento comercial.

“Além da área institucional, com escola, posto de saúde e lazer, vamos reservar uma área comercial nos bairros”, diz João Ney.

Revisão do Plano DiretorDe 1992, o Plano Diretor

de Ponta Grossa será atuali-

zado, incluindo também o Plano de Mobilidade Urbana, como explica João Ney Marçal. “Tudo passa na definição do novo Plano Diretor que estamos fazendo e que vai formalizar estas propos-tas. Nesta revisão, incluiremos leis que regulamentem essas questões, como de zoneamento e incentivo ao comércio”.

De acordo com o secretário, o novo Plano terá abrangerá um estudo dos eixos (bairros) como um complexo integrado. “Não adianta tratar apenas uma das ruas que liga ao bairro, como é o caso da avenida Carlos Caval-canti, em Uvaranas”, opina, acrescentando que o plano deve contemplar os diversos tipos de veículos, desde ciclistas, pedes-tres, ônibus, caminhões a carros. “Todos têm que ter alternativas”, enfatiza.

Plano prevê descentralização do comércioConselho do Iplan será reativado

Oito funcionários do Insti-tuto de Planejamento Urbano de Ponta Grossa, o Iplan, já estão trabalhando nos estudos que dizem respeito ao Plano de Mobilidade Urbana, mas para garantir a participação da comunidade no processo, tomarão posse na próxima semana os conselheiros do órgão, que compõem uma câmara técnica. “Ele vai reunir

pessoas de outras secretarias e entidades representativas que terão oportunidade debater e dar ideias sobre o desenvol-vimento da cidade”, informa João Ney Marçal, secretário municipal de Planejamento Urbano. Na opinião do secre-tário, o Iplan “não é a salvação de tudo, mas é o espaço de discussão e definição de alter-nativas”. Se a expansão do setor indus-

trial em Ponta Grossa é almejada e defendida por todos os prefei-tos, o crescimento populacional que ela traz, com a migração de trabalhadores de outras regiões, tem seus malefícios para o desen-volvimento da cidade. “Por um lado é bom porque aumentam as oportunidades de emprego, mas o crescimento da população é

preocupante. A gente deseja que a população não cresça tanto, mas sim que aumentem as opor-tunidades para os que já estão aqui”, descreve o secretário João Ney Marçal.

Ele defende que a qualidade de vida para quem vive em Ponta Grossa depende também do crescimento econômico de toda a região dos Campos Gerais.

Crescimento demográfico gera muita 'preocupação'

Para Nagila Terezinha Frei-ria, analista de Desenvolvimento Municipal do Paranacidade, o Plano de Mobilidade Urbana deve elaborar uma estratégia global, garantindo a coerência de todas as decisões sobre os meios de transporte e buscando as complementaridades. A ideia é reduzir o tráfego de automó-veis, desenvolver o transporte público, estimular a locomoção por meio da bicicleta e a pé e reduzir o número de acidentes e o índice de poluição.

Ela sustenta que apesar do terreno acidentado, Ponta Grossa tem condições de implantar sistemas viários para quem quer se deslocar de bici-cleta. “Ao entorno da linha fér-rea há vários bairros que podem contar com ciclovias, pois são áreas planas. Mas mesmo no centro há condições”, assinala.

Representantes do Movi-mento Pró-Ciclovia de Ponta Grossa sonham com a constru-ção de 100 quilômetros de vias próprias para bikes na cidade, a exemplo do que acontece em

várias cidades do mundo.O movimento cicloativista

busca desde 2010 conscientizar a população acerca dos benefí-cios do uso da bicicleta para o meio ambiente, para a melhoria da mobilidade urbana, para a saúde e a inclusão social, bem como reivindicar, junto à Admi-nistração Pública, espaços para que os ciclistas possam pedalar com segurança. É o que explica o líder do Movimento, Clother Migliorini Filho.

Em texto publicado no blog do movimento na internet, Clo-ther reforça a necessidade de atenção especial aos ciclistas. “Pudemos observar nas últimas décadas a promoção de uma estrutura viária terrivelmente míope de soluções imediatas, economicamente e ambiental-mente insustentáveis”, subli-nha. “O atual sistema viário brasileiro não é assim por falta de soluções técnicas, pois podemos aproveitar as experi-ências das cidades e dos países mais avançados do mundo”, adiciona.

Movimento pede 100 km de ciclovias em PG

Mapa da cidade mostra pontos ideais para instalação de ciclovias

Luciano Mendes

Palavra de ordem é descentralizar também o trânsito

Luciano Mendes

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Sábado, 14 de Setembro de 2013 7

Gabriel Sartini

seguranca@paginaum.com

Ponta Grossa – Dois homens foram presos e um ado-lescente foi apreendido durante a madrugada desta sexta-feira (13), suspeitos de formar qua-drilha especializada em roubo de carros. A ação que desman-telou o bando foi desencadeada pela Agência Local de Inteligên-cia (ALI) da Polícia Militar após denúncia anônima. Os presos confessaram o roubo de quatro veículos, mas apenas dois foram recuperados.

A denúncia que desencadeou a operação aconteceu por volta das 22 horas de quinta-feira (12), informando que um carro roubado estaria transitando pela Vila Romana. Os policiais foram até o local e não encontraram nada, mas montaram cam-pana na expectativa de flagrar os possíveis autores. Somente por volta das 3 horas, na rua Canaã, duas pessoas chegaram ao endereço denunciado em um Stilo vermelho, que usava placas de um Corsa que também tinha alerta de roubo.

Os ocupantes têm 20 e 21 anos de idade e confessaram o crime, confirmando também que roubaram outros três carros na cidade durante a última semana. Eles contaram que teriam ven-dido dois carros na cidade de Guarapuava, e o terceiro veículo estaria escondido na rua Sabiá. Os policiais foram até o local e encontraram o Renault Megane que foi roubado na madrugada do último dia 9.

A dupla disse aos policiais que um adolescente de 16 anos também participava dos crimes e que ele seria o dono da arma usada nos assaltos. A equipe da ALI foi até a casa do menor e, dentro de um guarda-roupa, encontrou um revólver calibre 38 com numeração suprimida.

Os policiais também foram até a casa do rapaz de 20 anos, na Vila Romana, e encontraram uma espingarda calibre 32 municiada,

assim como vários documentos e as placas do Stilo roubado. Os dois adultos foram presos e o adolescente apreendido, e todos foram encaminhados à 13ª Sub-divisão Policial (13ª SDP) com os veículos e objetos apreendidos.

RoubosA quadrilha agiu de maneira

semelhante nos quatro crimes. O primeiro assalto aconteceu na noite do último dia 6, no bairro Santa Terezinha. Quando o dono de um Corsa Hatch chegava em casa, na rua Tulipa, foi surpreen-dido por dois homens, um deles armado de revólver. Um deles entrou no carro e fugiu, sendo seguido pelo comparsa em uma motocicleta.

Na madrugada do dia 9, dois homens armados rouba-ram um Megane prata no bairro Santa Paula, também rendendo o motorista quando ele estacio-nava o carro em frente à sua casa. Enquanto um dos ban-

didos fugiu dirigindo o veículo roubado, o comparsa fugiu em uma motocicleta.

Pouco tempo depois, ainda na madrugada do dia 9, duas pessoas se aproximaram do dono de uma Montana prata no Jardim Carvalho. Segundo a vítima, eles dirigiam um Megane prata seme-lhante ao roubado horas antes. Armados, eles conseguiram fugir com a caminhonete.

O último assalto confessado pelos integrantes da quadrilha aconteceu na madrugada de quin-ta-feira (12), na avenida Visconde de Taunay, por volta das 2h20. A vítima contou aos policiais que estava acompanhada de outra pessoa e que os bandidos man-daram ambos descerem do carro. Um dos ladrões estava armado e fugiu com o Stilo vermelho, que foi recuperado pela PM.

Ainda segundo informações da PM, apenas Stilo e Megane foram recuperados durante a ação da ALI. Os outros dois veí-

culos foram vendidos para Gua-rapuava, mas o Corsa Hatch foi encontrado na cidade de Turvo na tarde de sexta-feira.

Outros roubosDois outros veículos foram

roubados na última quinta-feira em Ponta Grossa, mas a PM não estabelece relação entre os crimes e a quadrilha presa. Às 16h40, dois homens armados com faca e pistola assaltaram uma mulher no bairro Nova Rús-sia e pegaram as chaves de sua Pajero branca, fugindo com o veículo na sequência.

Já por volta das 22h20, no bairro Boa Vista, um homem foi feito refém por aproximadamente uma hora e meia. Além do Ford Ka preto da vítima, os criminosos também roubaram o cofre com documentos, cerca de R$ 300 em dinheiro e outros objetos. Para cometer o crime, a vítima foi amordaçada e amarrada no pró-prio quarto. Os bandidos fugiram no Ford Ka e não foram encontra-dos até o fechamento desta edi-ção. Todos estavam armados com

Membros da quadrilha confessaram roubo de quatro carros em Ponta Grossa

Quadrilha foidesmantelada pela ALI namadrugada de sexta-feira

Divulgação/Jefferson Cascavel

PM recupera dois carros roubadosTRÊS PESSOAS DETIDAS

PRE recupera caminhão

Ponta Grossa – Por volta da 1h15, a Polícia Rodoviá-ria Estadual (PRE) do posto Furnas conseguiu encon-trar um caminhão que havia sido roubado poucas horas antes. A PRE fazia opera-ção no quilômetro 343 da PR-151, entre Ponta Grossa e Palmeira, e pediu para o caminhão Scania R440 com placas de Guarapuava encos-tasse. Como o motorista não obedeceu e fugiu, os policiais realizaram acompanhamento

até a BR-376, sentido Ponta Grossa a Curitiba.

Na altura do quilômetro 499, os criminosos abandona-ram o caminhão e fugiram por um matagal. Os policiais des-cobriram que o veículo foi rou-bado horas antes na PR-151, no trevo de acesso ao distrito de Guaragi. O condutor e seu filho foram amarrados em um matagal próximo, segundo a PRE. O caminhão foi reco-lhido à sede da 5ª Companhia de Polícia Rodoviária.

De acordo com o delegado da 43ª Delegacia Regional de Polícia (43ª DP), Mario Sérgio Bradock, a Polícia Civil ainda procura o traficante que teria repassado 20 pedras de crack para Sandra Barreto, que foi presa na tarde de quinta-feira (12). A mulher teria passado aos policiais nome e placas do carro do homem que entregava a droga para que ela revendesse.

A prisão foi possível após uma semana de investigações por parte da Polícia Civil. O delegado explica que tem o costume de circular pelos bair-ros da cidade para conhecer a região e procurar pessoas sus-peitas. Em um patrulhamento, descobriu que havia um ponto de tráfico em uma casa na Vila Rio Branco.

A equipe passou uma

semana monitorando e fil-mando a movimentação na casa, até conseguir prender a mulher com 20 pedras de crack por volta das 14 horas de quinta-feira. Em depoi-mento, ela disse que pegava essa mesma quantia todos os dias, e vendia cada pedra por R$ 10. Ela ficava com R$ 2 por pedra e entregava o res-tante ao distribuidor.

Ela tem cinco filhos, segundo o delegado, sendo quatro menores de idade. As crianças foram recolhidas para a Casa Lar. Apenas depois da prisão da mulher o Centro de Referência Especializado de Assistência Social Aconchego (Creas) foi acionado para prestar atendimento às crian-ças, fornecendo psicólogos e assistentes sociais.

Civil continua buscasa traficante em Castro

Telêmaco Borba – Na tarde de quinta-feira (12), uma mulher de 57 anos foi atropelada por um caminhão carregado de madeira. Apesar do susto, ela teve apenas ferimentos leves, de acordo com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) do posto Imbaú, e foi encaminhada ao Pronto Atendimento Municipal (PAM). O acidente aconteceu pró-ximo ao viaduto da PR-160, na altura do quilômetro 215.

O Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar atendi-mento à vítima, identificada como Milta Bueno da Silva. Testemu-nhas relataram que a mulher pas-seava com um cachorro, mas o animal escapou e foi para o meio da rua. A vítima tentou resga-tar o cachorro e não percebeu a chegada do caminhão conduzido por Saulo Lemes, de 47 anos. O caminhoneiro saiu ileso do aci-dente, segundo a PRE.

Caminhão atropela mulher

Piraí do Sul – Eziquiel Lopes Preto, de 31 anos, foi preso na tarde de quinta-feira (12) por policiais civis da cidade próximo ao Hospi-tal Municipal de Piraí do Sul. Segundo informações repassa-das pelo delegado Jairo Luiz Duarte de Camargo, ele é foragido do sistema penal de Cerro Azul.

O homem foi preso em Piraí do Sul há aproximadamente um ano, de acordo com o delegado. “Ele era suspeito de um homi-cídio cometido em Cerro Azul e conseguimos encontrá-lo aqui. Depois de um tempo na car-

ceragem daqui, ele foi transfe-rido para a comarca onde teria cometido o crime”, explica, acrescentando que apenas cum-priu mandado de prisão contra o suspeito, emitido pela Justiça de Cerro Azul.

“Há cerca de dez meses ele conseguiu fugir de lá e apa-rentemente voltou para Piraí, recebemos a informação de que ele estaria na cidade e o prendemos novamente”, des-taca o delegado. Agora, ele deve ser transferido mais uma vez para o município onde teria cometido o crime pelo qual foi preso.

Polícia encontra foragido da Justiça de Cerro Azul

TRANSFERIDO

Da aSSeSSoria

Ponta Grossa – Rafael Domingues dos Santos, de 25 anos, e sua namorada Caroline de Lima Hartman, de 19 anos, foram presos em flagrante na tarde de quinta-feira (12), sus-peitos de envolvimento com o tráfico de drogas na cidade. A prisão ocorreu depois que os investigadores abordaram um Corsa com duas pessoas em ati-tude suspeita pelo bairro Nova Rússia.

Dentro do carro, que per-

tence ao rapaz, foram encon-trados 59 gramas de cocaína, distribuídos em 10 embalagens já preparadas para comercializa-ção. Além da droga, os policiais também encontraram R$ 796 em dinheiro. O casal foi conduzido até a sede da 13ª Subdivisão Policial (13ª SDP) e autuado em flagrante pelos crimes de tráfico e associação ao tráfico.

Rafael já vinha sendo investi-gado pela Polícia Civil de Ponta Grossa, após diversas denúncias recebidas contra ele através do sistema 181.

Casal é preso por tráfico

Polícia já investigava Rafael após receber denúncias via 181

Divulgação