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29-06-2015
Revista de Imprensa29-06-2015
1. (PT) - Correio do Minho, 27/06/2015, Hospital obtém a melhor classificação Excelência Clínica a nívelnacional
1
2. (PT) - Correio do Minho, 27/06/2015, “Evolução contínua” permitiu melhor prestação de cuidados 2
3. (PT) - Negócios, 29/06/2015, Santo António mete uma mão no joelho e outra na anca 4
4. (PT) - Correio do Minho, 28/06/2015, Centro Social Santo Adrião vai abrir centro para doentes oncológicos 7
5. (PT) - Correio da Manhã, 29/06/2015, Hospital paga 24500 EUR por corpo podre 8
6. (PT) - Jornal de Notícias, 27/06/2015, Maioria alega que lei beneficia quem aborta 9
7. (PT) - Correio da Manhã, 27/06/2015, Médicos contestam taxas no aborto 10
8. (PT) - Expresso, 27/06/2015, Taxa moderadora em modo minimal 11
9. (PT) - Correio da Manhã, 27/06/2015, Quinze médicos punidos em 2014 13
10. (PT) - Público, 29/06/2015, “Hipertensão fiscal” 15
11. (PT) - Jornal de Notícias, 28/06/2015, Medicamentos falsos têm efeitos imprevisíveis 16
12. (PT) - Público, 27/06/2015, Farmácias dos hospitais, uma bandeira de Sócrates, fecharam todas 17
13. (PT) - Diário de Notícias, 27/06/2015, Consumo de estupefacientes aumenta entre as mulheres 19
14. (PT) - Público, 28/06/2015, Condução sob o efeito de substâncias psicoactivas 20
15. (PT) - Jornal de Notícias, 27/06/2015, Travadas inscrições na linha de apoio a idosos 21
16. (PT) - Diário de Notícias, 29/06/2015, Sangue. Campanha lançada hoje tenta travar quebra nas reservas 23
17. (PT) - Público - Saúde, 29/06/2015, Sol e cancro da pele: apostar na educação para uma melhorprotecção
24
18. (PT) - Diário de Notícias, 28/06/2015, Editorial - Boas intenções 26
19. (PT) - Público - Saúde, 29/06/2015, Dor aguda e dor crónica não devem ser causa de sofrimentodesnecessário
27
20. (PT) - Público, 29/06/2015, Um novo método identifica à primeira as resistências da tuberculose 29
21. (PT) - Correio da Manhã, 28/06/2015, Menor morre de difteria 30
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Tiragem: 8000
País: Portugal
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Âmbito: Regional
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HOSPITAL DE BRAGA|Redacção |
O Hospital de Braga voltou a ser
distinguido com resultados de
excelência pela Entidade Regu-
ladora da Saúde (ERS), através
do estudo do Sistema Nacional
de Avaliação em Saúde (SI-
NAS), tendo obtido o nível III
de Excelência Clínica, o mais
elevado do sistema, em sete
áreas clínicas. A unidade braca-
rense é, assim, o único e o me-
lhor classificado hospital do país
com excelência clínica em sete
áreas distintas.
Na dimensão Excelência Clíni-ca, o Hospital de Braga obteve aclassificação máxima (nível III)nas áreas de Neurologia, Cirur-gia, Cirurgia Geral, Cardiologia,Ortopedia (Correcção Cirúrgicado Fémur), Obstetrícia e Cuida-dos Intensivos.
Este relatório da Entidade Re-guladora, no qual o Hospital deBraga não apresenta qualquerárea ou especialidade com ava-liação negativa e no qual - im-porta salientar – aderiu volunta-
riamente a todas as áreas de ava-liação da dimensão ExcelênciaClínica com actividade nestehospital, reforça a garantia deque os cuidados de saúde sãoprestados com qualidade e nasmelhores condições de seguran-ça para o doente. Os resultados
deste estudo reportam a episó-dios com alta entre 1 de Julho de2013 e 30 de Junho de 2014, res-peitantes, exclusivamente, à di-mensão Excelência Clínica, sen-do que se submeteram a estaavaliação 130 dos 163 estabele-cimentos integrados no SI-
[email protected] o presidente da Comissão
Executiva do Hospital de Braga,João Ferreira, “estes resultadosvêm confirmar a qualidade dotrabalho desenvolvido no Hospi-tal de Braga, colocando-o comouma referência no panorama dos
hospitais nacionais no que dizrespeito à excelência clínica”.
O SINAS visa avaliar, de for-ma objectiva e consistente, aqualidade dos cuidados de saúdeem Portugal, com base em indi-cadores de avaliação que permi-tam obter um rating dos presta-dores. A publicação deste ratinggarante o acesso dos utentes ainformação adequada e inteligí-vel acerca da qualidade dos cui-dados de saúde nos diversosprestadores, promovendo a to-mada de decisões mais informa-das e a melhoria contínua doscuidados prestados.
Além dos bons resultados noSINAS, o Hospital de Braga, foitambém considerado na recenteactualização da dimensão eco-nómico-financeira do Bench-markingdos Hospitais da Autori-dade Central do Sistema deSaúde de 2014, como o Hospitalmais eficiente do país no seugrupo, apresentando os custosoperacionais por doente padrãomais reduzidos e garantindo osmelhores cuidados a quem oprocura.
Hospital obtém a melhor classificaçãoExcelência Clínica a nível nacionalUNIDADE é o único hospital do país distinguido pelo Sistema Nacional de Avaliação em Saúde, da En-tidade Reguladora da Saúde, com a classificação máxima em sete áreas clínicas.
DR
Hospital obteve classificação máxima em Neurologia, Cirurgia, Cirgurgia Geral, Cardiologia, Ortopedia, Obstetrícia e Cuidados Intensivo
O Hospital de Braga, foitambém considerado narecente actualização dadimensão económico-financeira do Benchmar--kingdos como o hospitalmais eficiente do país no seu grupo
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Âmbito: Regional
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ACES CÁVADO III| Patrícia Sousa |
Dos 159.911 mil utentes noACES Cávado III - Barcelos/Es-posende, 366 dos utentes inscri-tos não têm médico de família.Este foi apenas um dos indica-dores avançado, ontem numasessão que decorreu no InstitutoPolitécnico do Cávado e do Ave(IPCA), pelo director executivodaquela estrutura de saúde,Francisco Pereira, que revelauma “evolução contínua” quepermitiu “uma melhor prestaçãode cuidados de saúde e um me-lhor atendimento”.
Francisco Pereira, que apresen-tou os resultados em saúde doACES Barcelos-Esposende nopresente mandato, fez um balan-ço positivo do trabalho realiza-do. Relativamente à optimizaçãodos recursos, em 2014, foramdadas mais de 850 mil consultasmédicas e de enfermagem, ouseja, um aumento de 7,7% relati-vamente ao ano anterior.
No que diz respeito aos uten-tes, em 2012 eram mais de 15mil os utentes sem médico de fa-
mília. “Obviamente houve lim-pezas de lista, mas neste mo-mento e com a entrada em Abrilpassado dos novos profissionais,a cobertura está em 99,8%”, des-tacou aquele responsável.
Francisco Ferreira evidenciouainda a redução de 64% do valorpago de trabalho extraordinário,permitindo-se assim uma opti-mização de recursos humanos.
Em relação à capacitação dosrecursos, o director executivoenalteceu também o aumentodas horas de formação interna.
Nesta evolução, acrescentouaquele responsável, houve qua-tro passagens de unidades paramodelo B. “Não é fácil nestemomento e isto demonstra aqualidade, o reconhecimento e oempenho de todos”, frisou.
O ACES Cávado III é a únicaentidade acreditada pelo INEMpara dar suporte básico. Houveainda novidades com a imple-mentação das juntas médicas, derastreios, das aulas de prepara-ção para o parto e pós-parto eoutras actividades relacionadascom parentalidade e maternida-de, que também mereceram des-taque daquele responsável.
“Evolução contínua” permitiumelhor prestação de cuidadosDIRECTOR EXECUTIVO do ACES Cávado III - Barcelos/Esposende, Francisco Pereira, apresentou, ontem,os resultados “positivos” daquela estrutura. Encontro serviu também para apresentar outros projectos.
ROSA SANTOS
Director executivo do ACES Cávado III - Barcelos/Esposende, Francisco Pereira (ao centro), apresentou resultados daquela estrutura
A acessibilidade física eequipamentos mereceramgrande destaque por parteda ACES Cávado III.
“Houve um investimentosignificativo nas unidadesde saúde de Lijó, Lama,Forjães e Barcelinhos sem deixar a garantia demanutenção dos restantesedifícios”, assegurou o director executivo,Francisco Pereira.
Também foi possível,acrescentou aqueleresponsável, garantir noOrçamento de Estado para2015 a construção da NovaUnidade de Saúde emMartim, Barcelos. “Erauma obra que ambicioná-vamos há muito, porque a actual está no primeiroandar sem condições. Coma nova obra vai ficar comcondições fantásticas”,confirmou o directorexecutivo, justificando que “ainda não foi lançadaa primeira pedra, porque71 empresas concorrerame a análise está a ser maisdemorada”.
+ investir
ACES CÁVADO III| Patrícia Sousa |
O seminário ‘Novas Interacçõescom os Serviços de Saúde’, quese realizou durante a tarde deontem nas instalações do Institu-to Politécnico do Cávado e AVe(IPCA), foi aproveitado paraapresentar o portal do utente e oportal do profissional, que têmcomo principal objectivo “res-ponsabilizar os utentes pela suasaúde”, explicou Rui Romão dosServiços Partilhados do Ministé-rio da Saúde, deixando um desa-fio aos utentes: “clique pela saú-de”.
O caminho “passa por aqui”,colocando o utente em contactocom o Serviço Nacional de Saú-de (SNS). Perante esta nova rea-
liade, o novo portal permite mar-cação de consultas, renovaçãodo receituário crónico, pedido deisenção de taxas moderadoras,registo de contacto de emergên-cia, registo de hábtios e medica-ção de saúde, consulta do crono-grama do historial clínico, ebo-letim saúde infantil e juvenil econsultar o testamento vital.
Com este portal, os utentes têm“acesso mais simples, mais se-guro e com mais vantagens”, as-segurou ainda aquele responsá-vel. Esta nova ferramenta per-mite “a partilha de informaçãoclínica entre o utente e os profis-sionais de saúde, bem como opróprio SNS”, referiu Rui Ro-mão, admitindo que o futuropassará pelo compromiso doutente conseguir ‘falar’ com o
seu médico de família. “O cami-nho é exactamente a responsabi-lização do utente pela sua saúdee esse é um dos grandes deside-ratos do portal do utente e doportal profissional”, confirmou.
Rui Romão alertou ainda osutentes para as inúmeras vanta-gens de se inscreverem no por-tal. “Trinta por cento das vagasdos médicos de famílias são paraa via electrónica”, exemplificouaquele responsável.
No caso do portal do profissio-nal, por exemplo, também estádisponível a mais profissionaisde saúde, nomeadamente aosfarmacêuticos, aos nutricionistase aos psicólogos. O acesso à vi-sualização de exames também jáé possível no portal do profissio-nal.
Plataforma de dados da saúde
Portal do utente “responsabiliza” Programa LiterACESUnidades de saúde ‘ganham’ bibliotecaO programa de literacia nas unidades de Saúde - LiterACES foi tambémapresentado ontem pelo director executivo do ACES Cávado III - Barce-los/Esposende, Francisco Pereira. “Trata-se de um projecto pioneiro e ino-vador nos cuidados de saúde primários em Portugal”, constatou aqueleresponsável, acreditando que “um utente com mais conhecimento estarámais capacitado para tomar decisões de forma a sere mais responsável ea ter um papel mais activo na sua saúde”.O objectivo é que todas as unidades de saúde passem a ter uma bibliote-ca com literatura obrigatória sobre saúde, mas também sobre outros te-mas, promovendo também aqui a literacia e o gosto pela leitura.
Projecto Expressão pela ArteSaúde vista pelos mais novosOutra das novidades avançadas ontem pelo director executivo do ACESCávado III - Barcelos/Esposende, Francisco Pereira, foi o projecto Expres-são pela Arte, que vai resultar em expositores nas unidades de saúde comtrabalhos dos mais novos sobre temáticas da saúde. A iniciativa que pretende abordar uma “nova interacção” com os serviçosde saúde envolveu, nesta fase, um agrupamento de escolas, tendo con-tando com 70 participantes. Objectivo é alargar o projecto.
§projectos
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País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Regional
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ACES CÁVADO IIIBARCELOS/ESPOSENDE
“Evolução contínua” permitiumelhor prestação de cuidadosPág. 13
ROSA
SANT
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SANTO ADRIÃO| Paula Maia |
O Centro Cultural e Social de
Santo Adrião vai abrir um Cen-
tro de Terapias Ocupacionais
para Doentes Oncológicos
(CT-OO). O centro, que estará
sediado na freguesia de Noguei-
ra (próximo da EB 1 local) será
destinado a acolher doentes on-
cológicos em fase de tratamen-
tos no Hospital de Braga, prove-
nientes fora do concelho.
O projecto foi apresentado on-
tem, no âmbito da sessão come-
morativa do 32.º aniversário do
Centro Cultural e Social de San-
to Adrião, pela psicóloga da ins-
tituição, Joana Pereira.
A responsável adianta que as
obras de remodelação que o edi-
fício que vai acolher o projecto
sofreu estão já concluídas, fal-
tando apenas o financiamento
necessário à dinamização deste
centro, garantindo que os acor-
dos de cooperação com a segu-
rança social “estão já bem enca-
minhados”.
No edifício, composto por 15
quantos, poderão ainda ficar alo-
jados familiares dos pacientes,
garantindo o centro social o
transporte dos doentes, alimen-
tação e diversas terapias ocupa-
cionais, entre elas actividades
lúdico-recreativas, de expressão
artística e plásticas, culturais,
desportivas, formativas e educa-
cionais que visam fomentar as
relações interpessoais com a co-
munidade.
Para já ainda ainda não há datadefinida para a abertura do pro-jecto, mas a psicóloga Joana Pe-reira acredita que o CTOO deve-rá abrir ainda este ano.
A cerimónia comemorativa doCentro Cultural e Social de San-to Adrião contou com a presença
de vários convidados, entre eleso presidente da União de Fre-guesias e de São Lázaro e SãoJoão do Souto, João Pires, o pá-roco da freguesia de São Lázaro,padre Domingos Paulo; o presi-dente da assembleia do centro,Vasco Grilo e o vice-presidenteda câmara de Braga, FirminoMarques.
A cerimónia foi abrilhantadapelo coro Allegretus.
João Sousa, presidente da di-reccão do centro assumiu o car-
go de anfitrião da festa.Vasco Grilo, que já integrou a
direcção do centro, lembrou ostempos difíceis que estas insti-tuições atravessam no panoramaactual, “onde o equilíbrio entre oque entra e o que sai é muito di-fícil, assim como entre o fazerbem aos outros e o dinheiro queé necessário para tal”.
Já o padre Domingos Paulo,inspirou-se na encíclica papalpara dizer que “temos perdido ovalor do bem comum” e, tal co-mo o Papa Francisco propõe, énecessário debruçar-nos sobre adesignada ecologia humana, de-senvolvendo a capacidade dedar-nos também os outros.
Já o presidente da Freguesiade S. Lázaro destacou o papelde instituições como o CentroSocial de Santo Adrião no âm-bito da solidariedade, institui-ções que estão ao serviço demuitos cidadãos “para que vi-vam melhor e mais felizes”.João Pires diz que o apoio dadopela junta a que preside ao lon-go dos anos “tem sido a possí-vel”, deixando a garantia de que“estaremos abertas a novas for-mas de cooperação, porque estainstituição merece todo o nossoapoio”.
Conhecedor desta realidade, ovice-presidente da autarquia deBraga destacou “o arrojo que es-tes homens têm de ter” para con-duzir estas instituições e mobili-zar a sociedade
“O Centro Cultural e Social deSanto Adrião é um exemplo aseguir. Qualquer autarquia sen-te-se feliz com instutuições co-mo esta”, prossegue FirminoMarques, deixando um abraçode “respeito profundo” e a dis-ponibilidade da autarquia emcontinuar a cooperar com a ins-tiutuição.
Centro Social Santo Adrião vai abrircentro para doentes oncológicosCTOO terá sede em Nogueira, albergando 15 quartos para acolher doentes em tratamento e acompa-nhantes. Além do alojamento e acompanhamento psicológico, doentes poderão usufruir de várias actividades lúdico-recreativas, de expressão artística, desportivas, educacionais, entre outras.
DR
Cerimónia comemorativa do 32.º aniversário do Centro Cultural e Social de St. Adrião contou com a presença de várias personalidades
“O Centro Cultural e Socialde Santo Adrião é umexemplo a seguir. Qualquerautarquia sente-se felizcom instutuições comoesta”, diz Firmino Marques,deixando um abraço de“respeito profundo” e a dis-ponibilidade da autarquiaem continuar a cooperarcom a instituição.
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Taxa moderadora em modo minimalPSD desiste de penalizar reincidência. Decisão de mexer na lei foi tomada por Passos e PortasPSD e CDS vão aprovar na se-mana que vem a introdução de taxas moderadoras na inter-rupção voluntária de gravidez (IVG). Depois de muita hesi-tação (a ideia arrasta-se desde 2012), a proposta prevê a aplica-ção da taxa moderadora apenas à “concretização da interrupção de gravidez” — seja o ato cirúr-gico ou a IVG medicamentosa. Todos os atos médicos prévios (consultas, exames, etc.) con-tinuam isentos de pagamento, pois vale, nesse caso, a isenção de taxas moderadoras para grá-vidas e parturientes.
Foi este o acordo a que chega-ram os partidos da coligação na quinta-feira à noite, depois de um contrarrelógio para concluí-rem o texto conjunto que entre-garam ontem no Parlamento. A luz verde para a iniciativa legis-lativa só surgiu na quarta-feira, e veio de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas. Os líderes dos dois partidos puseram-se de acordo
depois de Portas insistir na im-portância de arrumar o assunto pelo lado das taxas moderadoras — um tratamento de exceção da IVG em relação a outros atos médicos, e uma das questões le-vantadas na iniciativa legislativa popular Pelo Direto a Nascer. Quando, na quarta-feira, a pre-sidente da Assembleia da Repú-blica decidiu que essa iniciativa popular vai mesmo ser debatida nesta legislatura (ao contrário do que tinha sido decidido pelo Parlamento uma semana antes), Passos e Portas viram a oportu-nidade para apresentarem tam-bém uma proposta.
Mas com uma abordagem “minimalista” — apenas a intro-dução de pagamento, e apenas para o ato final do processo do aborto. Assim sendo, não estará em causa um pagamento acima de 30 euros (valor que poderia duplicar, conforme o Expresso Diário noticiou, caso a coligação optasse por taxar também as
consultas e exames preparatóri-os — hipótese que esteve até ao fim em cima da mesa). Porém, esta taxa moderadora será ape-nas paga pelas mulheres que não estejam abrangidas por outras isenções — seja por insuficiência económica, por serem menores de idade, estarem desemprega-das, terem uma doença crónica ou outro qualquer requisito.
Por outro lado, o PSD abdi-cou de uma das ideias que vinha defendendo: a penalização da reincidência. Miguel Santos, o coordenador de saúde no grupo parlamentar do PSD, chamou
várias vezes a atenção para os casos de “utilização da IVG como método contracetivo” — embora reconhecendo que esses casos de reincidência são “uma práti-ca bastante minoritária”, o PSD defendia uma penalização maior para esses casos. Ideia que ficou por terra, segundo o deputado social-democrata, por “questões técnicas”, por implicar uma base de dados com informação sobre as pacientes “que não existe nes-te momento”, diz Miguel Santos.
Mas fontes do CDS contacta-das pelo Expresso asseguram que o problema não foi técnico,
mas uma divergência política: para os centristas (a começar por Teresa Caeiro, a responsável do CDS sobre assuntos de saú-de), esta alteração visa, apenas, aplicar taxas moderadoras a um ato médico que, até agora, estava isento. Ora, se em nenhum ato médico a reincidência é penali-zada, fazê-lo neste caso pressu-poria uma avaliação moral sobre o aborto — e esse é precisamente o debate que os centristas não queriam reabrir. Assim será.
A proposta da coligação é jus-tificada “por uma questão de justiça e de equidade no acesso
aos serviços e aos cuidados de saúde” e será discutida no dia 3, “à boleia” da iniciativa legis-lativa de cidadãos apresentada pelo movimento Pelo Direito a Nascer, que propõe um conjunto vasto de alterações relacionadas com a lei do aborto e com a pro-moção da natalidade — entre elas, também a introdução de taxas moderadoras. Essa será, de todas as ideias em cima da mesa, a única com a garantia de ser aprovada ainda nesta sessão legislativa.
Filipe Santos [email protected]
Taxas para a IGV não deverão ultrapassar os 30 euros FOTO CORBIS
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PSD e CDS: alteração mínima na IVG P15
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“Hipertensão fiscal”
Maio foi o mês do coração.
Entre os factores de risco das
doenças cardiovasculares
aos quais prestamos atenção,
chamou-me especial
interesse a hipertensão
arterial pela história de um
dos meus doentes, história
que poderia ser um conto
sem o ser. Este homem de
60 anos tem vindo a verifi car uma subida
progressiva da sua pressão arterial ao longo
dos últimos três anos, apesar de estar
medicado e dos habituais cuidados com a
alimentação. Quando investiguei novamente
a sua história clínica, verifi quei que o stress
a que estava permanentemente submetido
podia ser a razão principal para o problema
de hipertensão. Segundo contou, lidava
diariamente com múltiplos problemas
na empresa, com a Segurança Social e
sobretudo com a Autoridade Tributária.
Quando lhe disse que ele tinha uma
hipertensão essencial, ele respondeu que
tinha era uma “hipertensão fi scal”.
Ora esta resposta pôs-me a pensar neste
problema, que é de facto um problema
comum ao qual devemos estar atentos. Em
Portugal até há algum tempo, e segundo
a Fundação Portuguesa de Cardiologia,
existiam dois milhões de hipertensos e
destes 50% sabem o que têm.
A hipertensão arterial é uma doença na
maior parte dos casos sem sintomas. Defi ne-
se como uma subida acima dos valores
normais da pressão do sangue dentro das
artérias. O perigo desta doença é o aumento
do risco de acidentes vasculares cerebrais,
rutura de aneurismas, doença cardíaca,
enfarto do miocárdio e outras lesões, em
órgãos vários, aliás, em quase todos.
Este termo parece resultar da analogia
com a tensão excessiva provocada pelo
stress à reacção a uma situação de perigo
ou de grande animosidade. Não vamos aqui
falar dos diversos tipos de hipertensão e
quais os factores mais relacionados ou quais
as graves lesões que provocam.
Sem querer entrar em detalhes,
digamos que o sistema nervoso simpático
é responsável pelo aumento temporário
da pressão arterial quando o organismo
reage a uma ameaça. O sistema nervoso
simpático diminui também a eliminação
de sal e água, produz a libertação de
hormonas (adrenalina, por exemplo) que
estimulam o coração e os vasos. Há depois
toda uma cadeia de acontecimentos que
leva à deterioração de vários órgãos que
seria fastidioso aqui explicar. O stress é uma
ameaça ao organismo e autores como Selye
mostraram que causa grandes alterações
orgânicas a nível sanguíneo, metabólico,
diminuição das defesas do organismo, por
exemplo.
Além das
múltiplas situações
relacionadas com
o trabalho, há
problemas sociais,
familiares, a própria
crise e casos há
em que vários
factores de stress se
combinam podendo
originar uma
verdadeira “doença
social”.
No que toca a
problemas com a
Segurança Social ou
com a Autoridade
Tributária, se na
maioria dos casos
as pessoas não
pagam porque
não têm dinheiro,
casos há em que já
pagaram e fi cam
agora de provar que
já o fi zeram, o que
causa nova forma
de stress, que inclui
até a raiva. Nestes casos não é possível
adoptar uma das regras fundamentais para
combater o stress, a regra número três —
aprender a dizer não. A regra número três
diz: “Não vá contra a sua natureza.” Se o
confrontam com um pedido exagerado,
recuse-se a cumpri-lo. Também a regra
número sete — “Aprenda a relaxar-se” —,
aqui não funciona.
Tenho-me apercebido que são vários os
doentes que sigo na consulta que entram
neste grupo de problemas, alguns dos
quais estão até num patamar mais grave
de perturbação psíquica com quadros
maníacos, depressão ou até obsessivos.
Como já alguns mencionaram, a hora de
chegar a casa ao fi m do dia e abrir a caixa do
correio causa grande ansiedade e temor. Há
uma “hipertensão fi scal” instalada. O meu
receio é que seja um paradigma para fi car.
Cirurgião cardiovascular
A hora de chegar a casa ao fim do dia e abrir a caixa do correio causa grande ansiedade e temor. Há uma “hipertensão fiscal” instalada
BARBARA RAQUEL MOREIRA
Debate SaúdeAntónio Lúcio Baptista
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Farmácias dos hospitais, uma bandeira de Sócrates, fecharam todas
NUNO FERREIRA SANTOS
Rendas anuais no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e no S. João, no Porto, rondavam o meio milhão de euros
Era uma das grandes bandeiras do
Governo de José Sócrates e do PS
para a Saúde, mas revelou-se um
enorme fi asco. A última das seis far-
mácias privadas que abriram junto
às urgências de hospitais públicos fe-
chou ontem, no Centro Hospitalar S.
João (Porto), deixando 22 trabalha-
dores no desemprego. Antes desta,
as outras cinco espalhadas pelo país
já tinham encerrado as portas, acu-
mulando dívidas de vários milhões
de euros e processos que se arras-
tam há vários anos nos tribunais.
A farmácia do Hospital de Faro
voltou a abrir, entretanto, mas serve
agora para distribuir medicamentos
hospitalares aos seus doentes. Em
Penafi el também se decidiu con-
verter o espaço numa farmácia de
ambulatório. No Hospital de Santa
Maria ( Lisboa), a administração já
anunciou que vai fazer o mesmo,
mas o processo está atrasado.
Depois de em cinco anos nunca ter
fechado portas (estava aberta 24 so-
bre 24 horas), a farmácia localizada
mesmo à entrada do Hospital de S.
João não teve alternativa e foi mesmo
obrigada a encerrar. Nélson Montal-
vão, 32 anos, cinco dos quais a traba-
lhar ali como técnico de manutenção,
não se conforma com este desfecho.
“O hospital não quis abrir o concur-
so para continuar com a concessão
do espaço, porque tem interesse em
fi car com o edifício. Chegámos a ter
mil e tal utentes por dia, agora tínha-
mos cerca de 800, havia picos, mas a
farmácia era viável”, argumenta.
Nélson ainda organizou um abai-
xo-assinado de clientes “revoltados
com o fecho”, recorreu a deputados
de todos os partidos políticos, man-
dou reclamações e pedidos de infor-
mação para todo o lado, mas de nada
serviram os seus esforços e apelos.
“O hospital mandava para o Estado,
o Estado reencaminhava para a Ad-
ministração Regional de Saúde do
Norte, o Infarmed [Autoridade do
Medicamento] nem sequer respon-
deu. Ninguém quer saber de nada”,
lamenta. “Só o PS disse que ia ajudar
na recolha de assinaturas. Afi nal, foi
uma bandeira deles”, recorda.
O gestor da Sociedade Central Far-
macêutica Hospitalar que fi cou com
a concessão da farmácia do S. João
A farmácia do Santa Maria, por
exemplo, pagava 600 mil euros por
ano. Após o fecho, o administrador
do Centro Hospitalar de Lisboa Norte
(a que pertence o Santa Maria) che-
gou a anunciar que ia reabrir o espa-
ço para a dispensa de medicamentos
hospitalares e para a realização de
análises, mas o processo atrasou-se.
“Ainda não foi reaberta e a ser será
para serviços internos, por exemplo,
farmácia hospitalar”, esclarece agora
a assessoria de imprensa.
Mais célere, meio ano após o
encerramento, a administração
do hospital de Faro voltou a abrir
a farmácia em Janeiro, em moldes
completamente diferentes. O espa-
ço foi aproveitado para a dispensa
de medicamentos hospitalares aos
seus doentes. As outras continuam
à espera de alguma decisão. Leiria
foi a primeira a fechar e continua
encerrada, tal como a farmácia do
hospital dos Covões, em Coimbra.
“Continuo a achar que esta é uma
grande ideia, um belíssimo serviço
à população, útil sobretudo para
os cidadãos que não têm recursos
e não têm transporte próprio”, de-
fende Manuel Pizarro, ex-secretário
de Estado adjunto da Saúde do PS,
para quem estas farmácias foram ví-
timas das condições em que os con-
cursos foram feitos e da mudança no
mercado do medicamento.
“Não faz sentido que se destrua
uma boa ideia porque as experiências
correram mal”, diz o ex-governante,
que acredita que havia alternativas.
“Uma das hipóteses era transferir a
titularidade do alvará da sociedade
gestora para os hospitais em causa
e promover novos concursos. Mas
o Governo tinha de criar condições
legais para tal e desde há quatro anos
que não há vontade política [para dis-
cutir este assunto]”, sintetiza.
Manuel Pizarro, ex-governante do PS, lamenta encerramento de farmácias privadas junto a hospitais.“Não faz sentido que se destrua uma boa ideia, porque as experiências correram mal”, diz
SaúdeAlexandra Campos
ainda tentou renegociar as condições
do contrato, sem sucesso. O Centro
Hospitalar S. João adiantou que a far-
mácia tem uma dívida de mais de 6,2
milhões de euros e que o processo
judicial se arrasta há três anos. Aqui,
a renda anual era de 500 mil euros e
a farmácia tinha de pagar ao hospital
uma percentagem de 15% da factura-
ção. Pode parecer uma exorbitância
agora, mas os tempos eram outros.
“Foi um projecto ambicioso. Hoje é
completamente impensável [falar
destes valores], mas a conjuntura na
altura era totalmente diferente. Veio
a crise, diminuíram as margens [das
farmácias] e reduziram-se os preços
dos medicamentos. Tudo aconteceu
em catadupa. Estas farmácias entra-
ram em incumprimento, não paga-
vam a renda ou a percentagem da
facturação [estipulada no contrato]”,
explica Manuela Pacheco, presiden-
te da Associação das Farmácias de
Portugal, que representava a maior
parte destes estabelecimentos. “Até
me admira o tempo que resistiram”,
confessa.
Era, pois, uma morte anuncia-
da. À medida que os contratos de
concessão (de cinco anos) foram
chegando ao fi m, as outras cinco
farmácias que funcionavam nes-
te modelo foram fechando uma a
uma, acumulando dívidas e litígios
em tribunal, por não conseguirem
suportar as elevadíssimas rendas e
percentagens sobre a facturação.
6foram as farmácias que abriram junto a serviços de urgências de hospitais públicos em todo o país
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Era uma grande bandeira do Governo de José Sócrates, mas ideia revelou-se um enorme fi asco p6
Farmácias dos hospitais jáfecharam todas
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Condução sob o efeito de substâncias psicoactivas
A infl uência do álcool e de outras
substâncias psicoactivas nas
capacidades para conduzir
veículos motorizados, como
factores causais ou que
contribuam para a ocorrência
de acidentes de trânsito, tem
suscitado grande número de
estudos clínicos.
Importa salientar que
vários estudos mostram que conduzir
sob o efeito de substâncias psicoactivas
ilícitas pode afectar a condução de várias
maneiras: tempos de reacção mais lentos,
comportamento errático e agressivo, fadiga,
difi culdades de concentração e, mesmo,
quadros mais graves como crises de pânico,
tremores, tonturas ou paranóia.
Conduzir após o consumo de substâncias
psicoactivas é frequente em Portugal.
Segundo o estudo epidemiológico realizado
em contexto rodoviário sobre a prevalência
de álcool, drogas e alguns medicamentos em
condutores de veículos da União Europeia,
o projecto DRUID 2008/09, Portugal
apresentou a quarta maior prevalência
de qualquer substância psicoactiva (10%),
superior à média dos condutores dos
13 países europeus incluídos no estudo
(7,4%). Ainda segundo o estudo DRUID, a
prevalência de opiáceos nos condutores
portugueses foi de (0,2%) superior à
média europeia (0,1%). O consumo de
opiáceos causa alterações a nível cognitivo
e psicomotor, mas estes efeitos estão
dependentes do tipo e da dose do opiáceo
consumido. Na verdade, temos de ter em
consideração que para além do consumo
ilegal de opiáceos, o mais frequente no
nosso país é o consumo de heroína, há ainda
um conjunto de medicamentos contendo
opiáceos e que são utilizados, por exemplo,
na patologia da dor ou da tosse, e como
terapêutica de substituição nas situações de
dependência (metadona ou buprenorfi na).
Alguns destes fármacos, administrados
isoladamente ou em associação, podem
infl uenciar negativamente as capacidades
cognitivas e motoras para a condução de
veículos motorizados, sem que estejamos na
presença de um consumo ilícito.
Durante as décadas de 80/90 e ainda
2000, o consumo de opiáceos (heroína)
teve um grande impacto na sociedade
portuguesa. Os tratamentos de substituição
tiveram e continuam a ter um importante
papel para se conseguir tratar este grave
problema e a OMS inclui os agonistas
opióides, metadona e buprenorfi na, como
medicamentos essenciais por satisfazerem
as necessidades prioritárias de saúde da
população, por trazerem benefícios para a
saúde individual e pública, pela evidência
científi ca da sua efi cácia e segurança e
pelos benefícios custo/efi cácia. Segundo o
relatório da OEDT, estavam em tratamento
de substituição na Europa em 2012 cerca
de 734.000 consumidores de opiáceos. Em
Portugal serão mais de 20.000 os utentes em
programas de substituição, sendo que perto
de 67% estão em programa de metadona.
Sabemos que muitos deles são condutores
de veículos motorizados e daí haver uma
investigação alargada à volta dos efeitos
da metadona e da
buprenorfi na sobre
alterações a nível
psicomotor e o risco
de acidentes. Os
estudos revelam
que o consumo de
opiáceos afecta
áreas importantes
a nível cognitivo
relacionadas com
a capacidade de
concentração e
memorização,
impulsividade
e fl exibilidade
cognitiva. Estes
défi ces observam-
-se em indivíduos
que consomem
de forma crónica
opiáceos, seja
como tratamento
farmacológico,
seja em caso de
tratamento de
substituição.
No caso dos tratamentos de substituição
há diferenças entre a metadona e a
buprenorfi na que devem ser tidas em
consideração no processo de tratamento
e reinserção dos dependentes de heroína.
O tratamento a longo prazo dos utentes
que tomam buprenorfi na parece implicar
menos riscos dos que os que tomam outros
opiáceos. Vários estudos indicam que as
funções cognitivas eram melhores nos
utentes a tomar buprenorfi na do que nos
que tomavam metadona.
Num artigo recente publicado na revista
Conduzir sob o efeito de substâncias psicoactivas ilícitas pode afectar a condução de várias maneiras
PEDRO CUNHA
Debate SaúdeRocha Almeida
Adictologia um grupo de investigadores
da Universidade de Aveiro comparou o
tratamento com buprenorfi na e metadona
na população com mais de 50 anos de
idade que frequenta o Centro de Respostas
Integradas de Aveiro e a população normal.
Utilizou várias escalas de avaliação das
capacidades cognitivas e da qualidade de
vida, tendo concluído que o grupo em
programa de buprenorfi na apresentou
melhor desempenho cognitivo e melhor
qualidade de vida no domínio psicológico
(e.g. sentimentos positivos e negativos; auto-
estima; aprendizagem e espiritualidade), e
no domínio ambiente (e.g. segurança física;
recursos económicos; oportunidades de
lazer; ambiente físico e cuidados de saúde
e sociais), face ao grupo em programa de
metadona. Salientam ainda que os utentes
a tomar buprenorfi na apresentam-se mais
estabilizados, nomeadamente quanto
à abstinência, gerindo de forma mais
autónoma a medicação prescrita. Em face
destas conclusões, fazem referência ao facto
de a acessibilidade a estes medicamentos
ser diferente, uma vez que o programa
de metadona é totalmente gratuito e o de
buprenorfi na ser suportado pelo utente
ou pela família, o que origina utentes
que podiam tomar buprenorfi na podem
não ter acesso a essa medicação devido a
difi culdades fi nanceiras. Por outro lado,
estes utentes em programas de substituição
estão a envelhecer e os défi ces cognitivos
podem acentuar-se com a toma de certas
medicações.
Nos consumidores de opiáceos os
acidentes não são uma das causas
importantes de mortalidade, mas os
efeitos a nível cognitivo dos tratamentos de
substituição devem ser considerados na hora
de iniciar um tratamento. Neste sentido, é
importante que os profi ssionais de saúde
estejam conscientes destes problemas,
oferecendo uma adequada informação ao
utente e seleccionando adequadamente a
medicação a prescrever.
Médico psiquiatra, Associação Portuguesa de Adictologia Página 20
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Chama-se In silico e é uma
biblioteca onde estão identifi cadas
as variações do ADN do bacilo
da tuberculose (Mycobacterium
tuberculosis) associadas à
resistência desta bactéria a 15
antibióticos. Esta base de dados
promete mudar completamente
a identifi cação das resistências
do bacilo da tuberculose de cada
doente. Uma análise que, antes,
podia chegar a demorar meses
a fazer, poderá ser obtida em
algumas horas com uma simples
sequenciação genética, que
compara o ADN do bacilo com as
mutações que estão na base de
dados, permitindo determinar
quais os fármacos que cada
doente deve tomar. Taane Clark,
neozelandês a trabalhar na Escola
de Higiene e Medicina Tropical
de Londres, liderou a equipa que
construiu esta base de dados, e
que contou com Miguel Viveiros,
especialista em tuberculose do
Instituto de Higiene e Medicina
Tropical (IHMT), em Lisboa, além
de investigadores do Instituto
Nacional de Saúde Dr. Ricardo
Jorge e da Faculdade de Farmácia
da Universidade de Lisboa.
Segundo o cientista, que visitou o
IHMT, este método poderá vir a ser
usado nos hospitais por um preço
“relativamente barato”. Só em
2013, a tuberculose matou 1,5 dos
nove milhões de pessoas doentes.
Apesar da prevalência da doença
estar a diminuir, as resistências aos
fármacos continuam a aumentar.
Como é que se analisa a resistência do bacilo da tuberculose num doente?Uma das formas é obter a
expectoração e cultivar as bactérias
[no laboratório] na presença de
fármacos. Vê-se directamente a
resistência da bactéria. Sabemos
que a bactéria cresce e divide-se
muito lentamente, leva semanas,
às vezes meses. Por isso, pode
demorar até sabermos quais são
as resistências. Há ainda alguns
kits de análise que olham para
determinadas mutações do bacilo
da tuberculose [que dão resistência
a determinados antibióticos]. Mas
estes kits só conseguem detectar
Um novo método identifi ca à primeira as resistências da tuberculose
Taane Clarke é o investigador da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres responsável por um método capaz de identifi car em poucas horas as resistências do bacilo da tuberculose em cada doente
DANIEL ROCHA
um número muito pequeno de
mutações.
Qual é o problema de não se identifi car as resistências de um bacilo de um doente?Se se dá ao doente o fármaco
errado, isso faz falhar o
tratamento, o que leva a menos
hipóteses de uma cura.
Qual a novidade da base de dados In silico?Podemos retirar uma amostra
[de um doente] e sequenciar o
genoma do bacilo desse doente,
e aí vamos ter toda a sequência
de ADN da bactéria. O que temos
estado a fazer, em conjunto com
outros colegas, é olharmos para
as mutações do ADN associadas a
diferentes tipos de resistências a
fármacos. Com essa informação
podemos fazer rapidamente
um perfi l da bactéria e das suas
principais resistências, o que vai
ajudar na forma como se defi ne o
tratamento do doente. Muita desta
nova tecnologia está a ser colocada
nos laboratórios de microbiologia
e em hospitais. No futuro, o
diagnóstico vai ser muito rápido.
Já se conhecem todas as mutações do bacilo da tuberculose?Nós compreendemos os genes
envolvidos e as mutações
envolvidas. Em alguns dos novos
fármacos, que pertencem à
segunda linha de tratamentos,
não conhecemos todos os genes
envolvidos [na resistência das
bactérias a esses fármacos]. Por
isso, estamos a trabalhar com
vários parceiros e já sequenciámos
o genoma de muitos milhares de
bactérias de todo o mundo em que
conhecemos o perfi l de resistência
aos fármacos e o mecanismo dessa
resistência.
Quando é que este método de diagnóstico vai ser usado nos doentes?Para já, tem sido usado como
instrumento de investigação.
Alguns hospitais têm ido buscar
a informação da base de dados.
Este instrumento não só dá a
informação sobre o potencial de
uma bactéria para as resistências, a
a tecnologia será muito mais
barata e o tamanho das máquinas
mais reduzido, potencialmente
estas máquinas poderão ser
transportadas à mão. Não tenho
a certeza de quanto é o custo
de um tratamento total contra a
tuberculose, talvez seja dezenas
de milhares de libras [uma libra
vale 1,4 euros]. O custo de uma
sequenciação do genoma é de
cerca de 50 libras [70 euros].
A vossa base de dados continua a evoluir?Estamos a tentar relacionar as
sequências genéticas com os perfi s
da resistência aos fármacos para
encontrar novos marcadores
de resistência e potencialmente
também novos mecanismos de
resistência. Podemos aprender
mais sobre o que é que a bactéria
está a fazer, qual é a função das
novas mutações. Isso é muito
importante, porque podemos
permite desenvolver novas
ferramentas, diagnósticos e
possivelmente tratamentos — e,
algures no futuro, uma vacina.
Entrevista Nicolau Ferreira
base de dados também diz de que
estirpe a bactéria é. E há algumas
estirpes que são mais virulentas do
que outras. A estirpe de Pequim é
muito virulenta, a estirpe de Lisboa
também é muito virulenta. Além
disso, num hospital é possível
armazenar a informação da
sequência genética de uma estirpe.
Se, daqui a uma semana, o hospital
encontrar a mesma bactéria num
outro doente, há provavelmente
aqui uma prova de transmissão.
Por isso, esta tecnologia permite
detectar transmissões.
Será acessível para os doentes?O custo desta tecnologia está a
diminuir. E se estivermos a falar
de uma enfermaria especializada
para a tuberculose num hospital,
é possível analisar várias
amostras ao mesmo tempo. Por
isso, pode ser relativamente
barato — principalmente se
compararmos com os fármacos
que se utilizam. Se dermos a um
doente o antibiótico errado e o
tratamento falhar, há um custo
associado a essa falha. No futuro,
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