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EDUCAÇÃO AMBIENTALProf. Dr. Jorge Luis Rodríguez Pérez
Educação Ambiental. Conceito
• A educação ambiental se constitui numa forma abrangente de educação, que se propõe atingir todos os cidadãos, através de um processo pedagógico participativo permanente que procura incutir no educando uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais.
Educação Ambiental. Conceito
A Educação Ambiental é uma proposta de filosofia de vida que resgata valores éticos, estéticos, democráticos e humanistas. Ela parte de um princípio de respeito pela diversidadenatural e cultural, que inclui a especificidade de classe, etnia e gênero, defendendo, também, a descentralização em todos os níveis e a distribuição social do poder, como o acesso à informação e ao conhecimento.
Algumas definições e Propostas
� É definida como eminentemente interdisciplinarorientada para a resolução de problemas locais;
� É participativa, comunitária, criativa e valoriza a ação;� É uma educação crítica da realidade vivenciada,
formadora da cidadania;� É transformadora de valores e atitudes através da
construção de novos hábitos e conhecimentos� É criadora de uma ética, sensibilizadora e
conscientizadora para as relações integradas ser humano – sociedade – natureza;
� E tem por objetivo o equilíbrio local e global, como forma de obtenção da melhoria da qualidade de todos os níveis de vida.
Educação Ambiental. Conceito
•No ambiente urbano das médias e grandes cidades, a escola, além de outros meios de comunicação é responsável pela educação do indivíduo e conseqüentemente da sociedade, uma vez que há o repasse de informações, isso gera um sistema dinâmico e abrangente a todos.
Educação Ambiental. Conceito
• A população está cada vez mais envolvida com as novas tecnologias e com cenários urbanos perdendo desta maneira, a relação natural que tinham com a terra e suas culturas. Os cenários, tipo shopping center, passam a ser normais na vida dos jovens e os valores relacionados com a natureza não tem mais pontos de referência na atual sociedade moderna.
Educação Ambiental. Conceito
• O relacionamento da humanidade com a natureza, que teve início com um mínimo de interferência nos ecossistemas, tem hoje culminado numa forte pressão exercida sobre os recursos naturais.
• Atualmente, são comuns a contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica, a devastação das florestas, a caça indiscriminada e a redução ou mesmo destruição dos habitats faunísticos, além de muitas outras formas de agressão ao meio ambiente.
Educação Ambiental. Conceito
• Dentro deste contexto, é clara a necessidade de mudar o comportamento do homem em relação à natureza, no sentido de promover sob um modelo de desenvolvimento sustentável (processo que assegura uma gestão responsável dos recursos do planeta de forma a preservar os interesses das gerações futuras e, ao mesmo tempo atender as necessidades das gerações atuais), a compatibilização de práticas econômicas e conservacionistas, com reflexos positivos evidentes junto à qualidade de vida de todos. Isso só é possível através de uma adequada Educação do indivíduo em respeito ao Meio Ambiente em que vivemos.
Educação Ambiental. Conceito
• É subdividida em formal e informal:• Formal é um processo institucionalizado que
ocorre nas unidades de ensino; • Informal se caracteriza por sua realização fora
da escola, envolvendo flexibilidade de métodos e de conteúdos e um público alvo muito variável em suas características (faixa etária, nível de escolaridade, nível de conhecimento da problemática ambiental, etc.).
Educação AmbientalO trabalho de Educação Ambiental deve ser desenvolvido a fim de ajudar os sujeitos a construírem uma consciência global das questões relativas ao meio ambiente para que possam assumir posições afinadas com os valores referentes à sua proteção e melhoria.Para isso é importante que possam atribuir significado àquilo que aprendem sobre a questão ambiental. E esse significado é resultado da ligação que o sujeito estabelece entre o que aprende e a sua realidade cotidiana, da possibilidade de estabelecer ligações entre o que aprende e o que já conhece, e também da possibilidade de utilizar o conhecimento em outras situações.
Educação Ambiental
A EA deve ser desenvolvida a fim de ajudar os sujeitos a construírem uma consciência global das questões relativas ao ambiente para que possam assumir posições afinadas com os valores referentes à sua proteção e melhoria da qualidade de vida. Para isso é importante que possam atribuir significado àquilo que aprendem sobre a questão ambiental.
Educação Ambiental
E esse significado é resultado da ligação que o sujeito estabelece entre o que aprende e a sua realidade cotidiana, da possibilidade de estabelecer ligações entre o que aprende e o que já conhece, e também da possibilidade de utilizar o conhecimento em outras situações.
Educação Ambiental
A perspectiva ambiental oferece instrumentos para que o sujeito possa compreender problemas que afetam a sua vida, a de sua comunidade, a de seu país e a do planeta. Muitas das questões políticas, econômicas e sociais são permeadas por elementos diretamente ligados à questão ambiental.
A educação ambiental e a sociedade
� Conhecer e compreender de modo integrado e sistêmico, as noções básicas relacionadas ao meio ambiente.
� Adotar posturas na escola, em casa e em sua comunidade que os levem a interações construtivas, justas e ambientalmente sustentáveis.
� Observar e analisar fatos e situações do ponto de vista ambiental, de modo crítico, reconhecendo a necessidade e as oportunidades de atuar de modo reativo e propositivo para garantir um meio ambiente saudável e a boa qualidade de vida.
A educação ambiental e a sociedade
� Perceber, em diversos fenômenos naturais, encadeamentos e relações de causa-efeito que condicionam a vida no espaço (geográfico) e no tempo (histórico), utilizando essa percepção para posicionar-se criticamente diante das condições ambientais de seu meio.
� Compreender a necessidade e dominar alguns procedimentos de conservação e manejo dos recursos naturais com os quais interagem, aplicando-os no dia-a-dia.
� Perceber, apreciar e valorizar a diversidade natural e sociocultural, adotando posturas de respeito aos diferentes aspectos e formas do patrimônio natural, étnico e cultural.
� Implementação de modelos de desenvolvimento fortemente neoliberais, regidos pela norma do maior lucro possível no menor espaço de tempo. Com o pretexto da industrialização acelerada, apropriava-se cada vez mais violentamente dos recursos naturais e humanos.
Um breve panorama do mundo – Anos 50/60/70
Um breve panorama do mundo – Anos 50/60/70
� O processo de consolidação do capitalismo internacional, paralelo ao paradigma positivista da ciência, já não conseguia dar reposta aos novos problemas, caracterizados pela complexidade e interdisciplinaridade, no contexto de uma racionalidade meramente instrumental e de uma ética antropocêntrica.
� No âmbito educativo, processavam-se críticas à educação tradicional e às teorias tecnicistas que visavam à formação de indivíduos eficientes e eficazes para o mundo do trabalho, surgindo movimentos de renovação em educação.
� A contaminação do ar em Londres e Nova York, entre 1952 e 1960.
� Os casos fatais de intoxicação com mercúrio em Minamata e Niigata, entre 1953 e 1965.
� A diminuição da vida aquática em alguns dos Grandes Lagos norte-americanos.
� A morte de aves provocada pelos efeitos secundários imprevistos do DDT e outros pesticidas.
� E a contaminação do mar em grande escala, causada pelo naufrágio do petroleiro Torrei Canyon, em 1966.
Os problemas ambientais – Anos 50/60/70
� Ainda não se falava de Educação Ambiental, mas os problemas ambientais já demonstravam a irracionalidade do modelo de desenvolvimento capitalista.
� Na área das ciências, algumas descobertas ajudaram a perceber a emergente globalidade dos problemas ambientais.
O alvorecer de uma ciência: a Ecologia
� A construção de uma ciência internacional também começava a consolidar-se nas décadas de 1960 e 1970, sendo que grande parte dos conhecimentos atuais dos sistemas ambientais do mundo foi gerada nesse período.
� Com o notável avanço da ecologia e de outras ciências correlatas, grande parte do conhecimento existente sobre o meio ambiente, que era suficiente para satisfazer às necessidades do passado, passou a ser insuficiente para embasar a tomada de decisões na organização ambiental da época.
O alvorecer de uma ciência: a Ecologia
� O movimento conservacionista anterior, de proteção à natureza, interessava-se em proteger determinados recursos naturais contra a exploração abusiva e destruidora, alegando razões gerais de prudência ética ou estética.
� O novo movimento ambiental, sem descartar essas motivações, superou-as, estendendo seu interesse a uma variedade maior de fenômenos ambientais.
� A violação dos princípios ecológicos teria alcançado um ponto tal que, no melhor dos casos, ameaçava a qualidade da vida e, no pior, colocava em jogo a possibilidade de sobrevivência, em longo prazo, da própria humanidade.
A mudança de paradigma no movimento ambiental
� A Educação Ambiental passa a ser considerada como campo da ação pedagógica, adquirindo relevância e vigência internacionais.
� Os Princípios de Educação Ambiental foram estabelecidos no seminário realizado em Tammi, Finlândia, 1974. Esse seminário considerou que a Educação Ambiental permite alcançar os objetivos de proteção ambiental e que não se trata de um ramo da ciência ou uma matéria de estudos separada, mas de uma educação integral permanente.
� Em 1975, a UNESCO, em colaboração com o PNUMA, em resposta à recomendação 96 da Conferência de Estocolmo, cria o Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA), destinado a promover, nos países-membros, a reflexão, a ação e a cooperação internacional nesse campo.
A Conferência de Estocolmo – 1972
� A Conferência de Estocolmo inspirou um interesse renovado na Educação Ambiental na década de 1970, tendo sido estabelecida uma série de princípios norteadores para um programa internacional e planejado um seminário internacional sobre o tema, que se realizou em Belgrado, em 1975.
� Dois anos mais tarde celebrou-se em Tbilisi, URSS, a Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental, que constitui, até hoje, o ponto culminante do Programa Internacional de Educação Ambiental.
� No Brasil, em 1973, cria-se a Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), no âmbito e preocupa-se em definir seu papel no contexto nacional.
Os reflexos da Conferência de Estocolmo
• A década de 1980 caracteriza-se por uma profunda crise econômica, bem como por um agravamento dos problemas ambientais. Concebe-se a realidade socioeconômica em termos sistêmicos e estruturais, mostrando a entropia do processo econômico, com a aplicação das leis da termodinâmica na economia.
• Fundamenta-se, também, a perspectiva global dos anos 1980: globalidade dos fenômenos ecológicos, as inter-relações entre economia, ecologia e desenvolvimento, políticas ambientais e cooperação internacional.
• A relação entre a economia e a ecologia leva à necessidade de adoção de um novo sistema de contabilidade ambiental e novos indicadores de bem-estar social e econômico. Realiza-se a crítica ao Produto Nacional Bruto (PNB), postulando-se um novo indicador: o beneficio social líquido, que inclui o bem-estar econômico, social, individual e global e a noção de qualidade de vida.
Os anos 80...
• No Brasil, a Política Nacional do Meio Ambiente, definida por meio da Lei nº 6.983/81, situa a Educação Ambiental como um dos princípios que garantem “a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar no país condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana”.
• A Educação Ambiental deve ser oferecida em todos os níveis de ensino e em programas específicos direcionados para a comunidade. Visa, assim, à preparação de todo cidadão para uma participação na defesa do meio ambiente.
• No Decreto n. º 88.351/83, que regulamenta a Lei n. º 226/87, do conselheiro Arnaldo Niskier, que determina a necessidade da inclusão da Educação Ambiental nos currículos escolares de 1º e 2º graus. Esse parecer recomenda a incorporação de temas ambientais da realidade local compatíveis com o desenvolvimento social e cognitivo da clientela e a integração escola-comunidade como estratégia de aprendizagem.
Os anos 80...E no Brasil....
• Em 1987, realiza-se o Congresso Internacional sobre a Educação e Formação Relativas ao Meio Ambiente, em Moscou, Rússia, promovido pela UNESCO. No documento final, Estratégia internacional de ação em matéria de educação e formação ambiental para o decênio de 90, ressalta-se a necessidade de atender prioritariamente à formação de recursos humanos nas áreas formais e não-formais da Educação Ambiental e na inclusão da dimensão ambiental nos currículos de todos os níveis de ensino.
Os anos 80...E na Rússia....
• O abismo entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos tem aumentado. Nesse período a economia dos países desenvolvidos caracterizou-se por processos inflacionários, associados a um crescente desemprego, induzindo a uma combinação de políticas macroeconômicas que aumenta os problemas socioambientais, com o agravamento do processo de deterioração dos recursos naturais renováveis e não-renováveis nos países do Terceiro Mundo.
• Os processos de globalização do sistema econômico aceleram-se. Os fatores globais adquirem maior importância na definição das políticas nacionais, as quais perdem força ante as forças econômicas mundiais. Há uma redefinição do papel do Estado na economia nacional, uma crescente regionalização ou polarização da economia e uma paulatina marginalização de algumas regiões ou países, em relação à dinâmica do sistema econômico mundial. Os países que dependem de produtos básicos são debilitados.
Os anos 90 e os dias atuais...
• Começa a ser preparada a Conferência Rio-92, na qual a grande preocupação se centra nos problemas ambientais globais e nas questões do desenvolvimento sustentável.
• em relação à Educação Ambiental, destacam-se dois documentos produzidos:
1. No Tratado de Educação ambiental para sociedades sustentáveis,elaborado pelo fórum das ONGs, explicita-se o compromisso da sociedade civil para a construção de um modelo mais humano e harmônico de desenvolvimento, onde se reconhecem os diretos humanos da terceira geração, a perspectiva de gênero, o direito e a importância das diferenças e o direito à vida, baseados em uma ética biocêntrica e do amor;
2. O outro documento foi a Carta brasileira de Educação Ambiental, elaborada pela Coordenação de Educação Ambiental no Brasil e se estabelecem as recomendações para a capacitação de recursos humanos.
• A Conferência Rio-92 estabelece uma proposta de ação para os próximos anos, denominada Agenda 21. Esse documento procura assegurar o acesso o acesso universal ao ensino básico, conforme recomendações da Conferência de Educação Ambiental (Tbilisi, 1977) e da Conferência Mundial sobre Ensino para Todos: Satisfação das Necessidades Básicas de Aprendizagem (Jomtien, Tailândia, 1990).
Os anos 90 e os dias atuais...
� De acordo com os preceitos da Agenda 21, deve-se promover, com a colaboração apropriada das organizações não-governamentais, inclusive as organizações de mulheres e de populações indígenas, todo tipo de programas de educação de adultos para incentivar a educação permanente sobre meio ambiente e desenvolvimento, centrando-se nos problemas locais. As indústrias devem estimular as escolas técnicas a incluírem o desenvolvimento sustentável em seus programas de ensino e treinamento. Nas universidades, os programas de pós-graduação devem contemplar cursos especialmente concebidos para capacitar os responsáveis pelas decisões que visem ao desenvolvimento sustentável.
Os anos 90 e os dias atuais...
• Em cumprimento às recomendações da Agenda 21 e aos preceitos constitucionais, é aprovado no Brasil o Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONEA), que prevê ações nos âmbitos de Educação Ambiental formal e não-formal.
• Na década de 1990, o Ministério da Educação (MEC), o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) desenvolvem diversas ações para consolidar a Educação Ambiental no Brasil. No MEC, são aprovados os novos “Parâmetros Curriculares” que incluem a Educação Ambiental como tema transversal em todas as disciplinas. Desenvolve-se, também, um programa de capitação de multiplicadores em Educação Ambiental em todo o país. O MMA cria a Coordenação de Educação Ambiental, que se prepara para desenvolver políticas nessa área no país e sistematizar as ações existentes. O IBAMA cria, consolida e capacita os Núcleos de Educação Ambiental (NEAs) nos estados, o que permite desenvolver Programas Integrados de Educação Ambiental para a Gestão.
Os anos 90 e os dias atuais...
Meio Ambiente, Pobreza e Inclusão SocialEducação Ambiental e Cidadania
1. É definida como eminentemente interdisciplinar orientada para a resolução de problemas locais;
2. É participativa, comunitária, criativa e valoriza a ação;
3. É uma educação crítica da realidade vivenciada, formadora da cidadania;
4. É transformadora de valores e atitudes através da construção de novos hábitos e conhecimentos;
5. É criadora de uma ética, sensibilizadora e conscientizadora para as relações integradas ser humano – sociedade –natureza;
6. E tem por objetivo o equilíbrio local e global, como forma de obtenção da melhoria da qualidade de todos os níveis de vida.
Meio Ambiente, Pobreza e Inclusão SocialConceitos Básicos de Educação Ambiental
1. Sistemas de Vida: Há três sistemas, ou níveis, distintos de existência – físico, biológico e social – que obedecem às suas próprias leis. Eles são o planeta físico (sua atmosfera, hidrosfera e litosfera que seguem as leis da física e da química; a biosfera com todas as espécies de vida, que obedecem às leis da física, química, biologia e ecologia); a tecnosfera e a sociosfera, o mundo das máquinas e construções criadas pelo homem que também seguem àquelas leis mais as criadas pelo próprio homem. Exemplos de Lei seguidas por todos os níveis: Entropia (lei física que afirma que todas as máquinas se desgastam), como lei biológica temos que a composição química e organização de qualquer indivíduo é determinado pelo código genético encerrado nas moléculas de DNA dentro de cada célula.
As leis que regulam sociedades e economias, criadas pelos homens, são muito variadas de acordo com as circunstâncias e com o tempo. Uma vez que os fenômenos ambientais obedecem às mesmas leis físicas eles se comportam, em sua maioria, da mesma forma, em qualquer lugar, embora sua complexidade possa levar a enormes variações locais. Similaridades. e diferenças, leis físicas comuns e grande variedade de manifestação dessas leis caracterizam o planeta terra. A EA enfatiza as regularidades, enquanto mantém o respeito pelos diferentes ecossistemas e culturas humanas. O dever de reconhecer as similaridades globais e interagir com as especificidades locais manifesta-se no lema: Pensar globalmente e agir localmente.
Meio Ambiente, Pobreza e Inclusão SocialConceitos Básicos de Educação Ambiental
2. Ciclos: A matéria não pode ser criada, nem destruída, só transformada. A matéria do planeta permanece nele sob contínua transformação, movida pela energia da terra e do sol. Material necessário para a vida – água, oxigênio, carbono, nitrogênio etc. –passa através de ciclos bioquímicos que mantêm a sua pureza e disponibilidade para os seres vivos. Os ciclos bioquímicos combinados formam um complexo mecanismo de controle que mantêm as condições essenciais à auto –sustentação dos seres vivos. Esses mecanismos de controle são mediados pela vida em si, ou seja, os organismos vivos, através das suas funções, atuam de certa forma na manutenção daquelas condições. Nos ecossistemas, os organismos e o ambiente interagem promovendo trocas de materiais e energia através das cadeias alimentares e ciclos bioquímicos.
3. Sistemas Complexos: O mundo é organizado em sistemas que são formados por três componentes: elementos, interconexões e funções. Os sistemas são mais do que a soma de suas partes. São dominados pelas suas inter-relações e seus propósitos e organizados segundo uma hierarquia. Os sistemas naturais são harmônicos, estáveis e resilientes. A resiliência (facilidade de recuperação) normalmente cresce com a diversidade.
Meio Ambiente, Pobreza e Inclusão SocialConceitos Básicos de Educação Ambiental
4. Crescimento Populacional e Capacidade de Suporte: As populações tendem a crescer exponencialmente quando as condições são favoráveis. Cada população tem o seu potencial para crescer exponencialmente, explosivamente. Número de organismos que podem ser sustentados por dados recursos naturais é limitado pela sua taxa de produção – capacidade de suporte (carrying capacity). A capacidade de suporte para a vida humana e para a sociedade é complexa, dinâmica e varia de acordo com a forma segundo a qual o homem maneja os seus recursos ambientais. Ela é definida por seu fator mais limitante e pode ser melhorada ou degradada pelas atividades humanas. A sua restauração é mais difícil do que a sua conservação.
5. Desenvolvimento Ambientalmente Sustentável: O desenvolvimento econômico e o bem estar da humanidade dependem dos recursos da terra. O desenvolvimento sustentável é impossível se for permitido que a degradação ambiental continue. Os recursos da Terra são suficientes para atender às necessidades de todos os seres vivos do planeta, se forem manejados de forma eficiente e sustentada. Tanto a opulência quanto a pobreza podem causar problemas ao meio ambiente. Desenvolvimento econômico e o cuidado com o planeta são compatíveis, no entanto o conceito de desenvolvimento ambientalmente sustentável, hoje é entendido como complexo e sujeito a várias leituras. O tipo de desenvolvimento promovido na América do Norte, para atender a todos os povos do planeta, exigiria em termos de recursos naturais o equivalente a oito outros planetas.
Meio Ambiente, Pobreza e Inclusão SocialConceitos Básicos de Educação Ambiental
6. Desenvolvimento Socialmente Sustentável: A chave para o desenvolvimento é a participação, a organização, a educação e o empoderamento das pessoas. O desenvolvimento sustentável não é centrado na produção, é centrado nas pessoas. Deve ser apropriado não só aos recursos e ao meio ambiente, mas também à cultura, história e sistemas sociais do lado onde ele ocorre. Deve ser eqüitativo e agradável. Nenhum sistema social pode ser mantido por muito tempo quando a distribuição de benefícios e dos custos é extremamente injusta, especialmente quando parte da população está submetida a um debilitante e crônico estado de pobreza.
7. Conhecimento & Incerteza: Nós não entendemos completamente como o mundo funciona e não conhecemos todos seus elementos. Tomamos decisões sob sérias incertezas. Quando os resultados podem ser devastadores e irreversíveis, os riscos devem ser avaliados cuidadosamente. Em situações de incerteza, os procedimentos adequados são a avaliação cuidadosa e a experimentação, seguidas por um constante acompanhamento dos resultados e pela boa vontade em mudar estratégias.
Meio Ambiente, Pobreza e Inclusão SocialConceitos Básicos de Educação Ambiental
8. Sacralização/Ética Ambiental: A natureza tem seu próprio valor, independente do valor que os homens lhe conferem. Um ambiente bonito e saudável não é um luxo, é uma necessidade humana básica, tanto material quanto não material. Um relacionamento harmonioso entre seres humanos e ambiente não é somente essencial ao bem estar, é também intrínseco, fácil, espontâneo, natural.
Meio Ambiente, Pobreza e Inclusão SocialConceitos Básicos Ecologia
1. Ecologia:Ecologia é o estudo das relações entre os seres vivos e o ambiente onde vivem. Ecologia - do grego oikos, casa, e logos, ciência.
Foi originalmente empregado em 1866, pelo zoólogo alemão Ernst Haeckel (1834-1919). No final do século XIX e início do século XX foram publicados diversos trabalhos tratando das relações entre seres vivos e o ambiente. Apenas a partir de 1930, porém, o estudo da Ecologia ganhou um espaço independente dentro da Biologia.
Apresentou-se também as subdivisões da ecologia:
A. Ecologia animal que trata da vida dos animais;
B. Ecologia vegetal trata das plantas ou vegetais;
C. Ecologia geral dos demais temas incluindo a vida do ser humano e sua relação com o meio;
D. Ecologia geral, onde está a ecologia social que estuda a relação do homem quanto ser social com o ambiente. Este seguimento surgiu como fenômeno social após 1970, com os estudos de preservação ambiental enfocando a relação direta homem-natureza;
E. Auto-ecologia: estuda a relação de uma única espécie com seu meio;Dinâmica das populações: estuda a variação das diversas espécies e suas causas;
F. Sinecologia: estuda todos os seres vivos, integrados em seus ambientes.
Meio Ambiente, Pobreza e Inclusão SocialConceitos Básicos Ecologia
2. Habitat:Habitat significa o local onde vive determinada espécie. Tem sentido mais restrito de que biótopo, que se refere ao local onde vive toda a biocenose. Se quisermos falar do local onde vivem as girafas, devemos usar o termo habitat. Mas se quisermos nos referir ao local onde vive a biocenose da savana, falamos em biótopo.
3. Comunidades:Uma comunidade ecológica é definida como um grupo de espécies que interagem ou potencialmente são capazes de interagir, vivendo no mesmo lugar. Uma comunidade é mantida unida pela rede de influências que as espécies têm umas com as outras. Inerente neste aspecto é a noção que o que quer que afete uma espécie afeta também muitas outras. Obtém-se uma compreensão das comunidades examinando as interações que envolvem pares de espécies ou muitas espécies entre si.
Meio Ambiente, Pobreza e Inclusão SocialConceitos Básicos Ecologia
4. Ecossistemas:O conjunto vivo formado pela biocenose e pelo biótopo em interação é chamado ecossistema. Uma floresta, considerada em sua totalidade, isto é, com seus fatores abióticos e comunidades de seres vivos em interação, constitui um ecossistema. Alguns exemplos de Ecossistemas: O fundo do mar; Um costão rochoso; Debaixo de pedras; Em uma fonte; ou nos parques e jardins, dentre outros.
5. Biocenose ou Comunidade Biológica:As diversas espécies que vivem em uma mesma regiãoconstituem uma comunidade biológica, também chamada biota ou biocenose. O termo "biocenose" (do grego bios, vida, e koinos, comum, público) foi criado pelo zoólogo alemão K.A. Möbius, em 1877, para ressaltar a relação de vida em comum dos seres que habitam determinada região. A biocenose de uma floresta, por exemplo, compõe-se de populações de arbustos, árvores, pássaros, formigas, microorganismos etc., que convivem e se inter-relacionam.
Meio Ambiente, Pobreza e Inclusão SocialConceitos Básicos Ecologia
6. Biótopo:Para viver, a biocenose depende de fatores componentes físicos e químicos do ambiente. Em seu conjunto, esses componentes formam o biótopo (do grego bios, vida, e topos, lugar), que significa "o loco onde vive a biocenose". No exemplo da floresta, o biótopo é a área que contém o solo (com seus minerais e água) e a atmosfera (com seus gases, umidade, temperatura, grau de luminosidade etc.). Os fatores abióticos do biótopo afetam diretamente a biocenose, e também são por ela influenciados. O desenvolvimento de uma floresta, por exemplo, modifica a umidade do ar e a temperatura de uma região.
7. Biosfera:Com o aparecimento dos seres vivos, uma nova entidade passou a fazer parte da constituição da Terra: além da litosfera (constituída pelas rochas e pelo solo), da hidrosfera (constituída pelas águas) e da atmosfera (constituída pelo ar), passou a existir a biosfera, representada pelos seres vivos e pelo ambiente em que vivem. Ou é o conjunto de regiões da Terra onde existe vida. O termo "biosfera" foi introduzido em 1875 pelo geólogo austríaco Eduard Suess (1831-1914), durante uma discussão sobre os vários envoltórios da Terra. Em 1926 e 1929, o mineralogista russo Vladimir Vernandsky (1863-1945) consagrou definitivamente o termo, utilizando-o em duas conferências de sucesso.
Meio Ambiente, Pobreza e Inclusão SocialConceitos Básicos Ecologia
8. Cadeias e Teias Alimentares:Em um ecossistema, uma determinada seqüência de alimentação é denominada cadeia alimentar. Uma cadeia alimentar completa como essa apresenta três categorias de organismos, que constituem seus níveis tróficos (do grego trofos, alimento, nutrição): o nível dos produtores (capim), o nível dos consumidores (gafanhotos, pássaros, cobras) e nível dos decompositores (fungos e bactérias).Teia Alimentar é um conjunto de cadeias alimentares. Os seres vivos envolvidos numa cadeia ou teia ambiental desempenham vários papéis determinados:
A. Produtores e consumidores:Os seres autótrofos produzem toda a matéria orgânica consumida como alimento pelos heterótrofos. Por isso os primeiros são chamados produtores, e os segundos, consumidores. Existem organismos que possuem alimentação variada, sendo denominados onívoros (do latim omnis, tudo e vorare, comer, devorar). Existem aqueles que comem carne (carnívoros) ou vegetais (herbívoros).
B. Decompositores:Ao morrer, tanto os produtores como os consumidores servem de alimento a certos fungos e bactéria. Estes decompõem a matéria orgânica dos cadáveres para obter energia, e por isso são chamados decompositores.
Estratégias de Ensino para a Prática
da Educação Ambiental
• Um programa de educação ambiental para ser efetivo deve promover simultaneamente, o desenvolvimento de conhecimento, de atitudes e de habilidades necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental. Utiliza-se como laboratório, o metabolismo urbano e seus recursos naturais e físicos, iniciando pela escola, expandindo-se pela circunvizinhança e sucessivamente até a cidade, a região, o país, o continente e o planeta.
• A aprendizagem será mais efetiva se a atividade estiver adaptada às situações da vida real da cidade, ou do meio em que vivem aluno e professor.
Estratégias de Ensino para a Prática da Educação Ambiental
Estratégia Ocasião para Uso Vantagens/Desvantagens
Discussão em classe (grande grupo)
Permite que os estudantes exponham suas opiniões oralmente a respeito de determinado problema.
Ajuda o estudante a compreender as questões;
Desenvolve autoconfiança e expressão oral;
Podem ocorrer dificuldades nos alunos de discussão
Discussão em grupo (pequenos grupos com supervisor-professor)
Quando assuntos polêmicos são tratados.
Estímulo ao desenvolvimento de relações positivas entre alunos e professores
Mutirão de idéias (atividades que envolvam pequenos grupos, 5-10 estudantes para apresentar soluções possíveis para um dado problema, todas as sugestões são anotadas. Tempo limite de 10 a 15 min.)
Deve usado como recurso para encorajar e estimular idéias voltadas à solução de um certo problema. O tempo deve ser utilizado para produzir as idéias e não para avaliá-las.
Estímulo à criatividade, liberdade;
Dificuldades em evitar avaliações ou julgamentos prematuros e em obter idéias originais
Estratégias de Ensino para a Prática da Educação Ambiental
Estratégia Ocasião para Uso Vantagens/Desvantagens
Trabalho em grupo: envolve a participação de grupos de 4-8 membros que se tornam responsáveis pela execução de uma tarefa
Quando se necessita executar várias tarefas ao mesmo tempo.
Permite que os alunos se responsabilizem por uma tarefa por longos períodos (2 a 5 semanas) e exercitem a capacidade de organização;
Deve ser monitorada de modo que o trabalho não envolva apenas alguns membros do grupo
Debate: requer a participação de dois grupos para apresentar idéias e argumentos de pontos de vista opostos
Quando assuntos controvertidos estão sendo discutidos e existam propostas diferentes de soluções.
Permite o desenvolvimento das habilidades de falar em público e ordenar a apresentação de fatos e idéias;
Requer muito tempo de preparação
Questionário: desenvolvimento de um conjunto de questões ordenadas a ser submetido a um determinado público
Usado para obter informações e/ou amostragem de opinião das pessoas em relação à dada questão
Aplicado de forma adequada, produz excelentes resultados
Demanda muito tempo e experiência para produzir um conjunto ordenado de questões que cubram as informações requeridas
Estratégias de Ensino para a Prática da Educação Ambiental
Estratégia Ocasião para Uso Vantagens/Desvantagens
Reflexão: o oposto do mutirão de idéias. É fixado um tempo aos estudantes para que sentem em algum lugar e pensem acerca de um problema específico
Usado para encorajar o desenvolvimento de idéias em resposta a um problema. Tempo recomendado de 10 a 15 min.
Envolvimento de todos;
Não pode ser avaliado diretamente
Imitação: estimula os estudantes a produzir sua própria versão dos jornais, dos programas de rádio e Tv
Os estudantes podem obter informações de sua escolha e levá-las para outros grupos. Dependendo das circunstâncias e do assunto a ser abordado, podem ser distribuídos na escola, aos pais e à comunidade.
Forma efetiva de aprendizagem e ação social
Projetos: os alunos, supervisionados, planejam, executam, avaliam e redirecionam um projeto sobre um tema específico
Realização de tarefas com objetivos a serem alcançados a longo prazo, com envolvimento da comunidade
As pessoas recebem e executam o próprio trabalho, assim como podem diagnosticar falhas nos mesmos
Estratégias de Ensino para a Prática da Educação Ambiental
Estratégia Ocasião para Uso Vantagens/Desvantagens
Exploração do ambiente local: prevê a utilização/exploração dos recursos locais próximos para estudos, observações, caminhadas etc.
Compreensão do metabolismo local, ou seja, da interação complexa dos processos ambientais a sua volta
Agradabilidade na execução;
Grande participação de pessoas envolvidas;
Vivência de situações concretas;
Requer planejamento minuncioso.
Ações Diretas para e Prática da Educação Ambiental
• Visitas a Museus, criadouro científico de animais silvestres.• Passeios em trilhas ecológicas/desenhos: normalmente as
trilhas são interpretativas; apresentam percursos nos quais existem pontos determinados para interpretação com auxílio de placas, setas e outros indicadores, ou então pode-se utilizar a interpretação espontânea, na qual monitores estimulam as crianças à curiosidade a medida que eventos, locais e fatos se sucedem. Feitos através da observação direta em relação ao ambiente, os desenhos tornam-se instrumentos eficazes para indicar os temas que mais estimulam a percepção ambiental do observador.
Parcerias com Secretarias de Educação de Municípios:formando Clubes de Ciências do Ambiente, com o objetivo de executar projetos interdisciplinares que visem solucionar problemas ambientais locais (agir localmente, pensar globalmente). Os temas mais trabalhados são reciclagem do lixo, agricultura orgânica, arborização urbana e preservação do ambiente.
Ações Diretas para e Prática da Educação Ambiental
• Ecoturismo: quando da existência de parques ecológicos ou mesmo nos locais onde estão localizadas as trilhas, há a extensão para a comunidade em geral. Os visitantes são orientados na chegada por um funcionário e a visitação é livre, com acesso ao Museu, ao Criadouro de Animais e as trilhas.
• Publicações periódicas: abordagem de assuntos relativos aos recursos naturais da região e às atividades da área de ambiência da empresa.
• Educação ambiental para funcionários: treinamento aplicado aos funcionários da área florestal da empresa, orientado-os quanto aos procedimentos ambientalmente corretos no exercício de suas funções, fazendo com que eles se tornem responsáveis pelas práticas conservacionistas em seu ambiente de trabalho, chegando ao seu lar e à sua família.
Ações Diretas para e Prática da Educação Ambiental
• Atividades com a comunidade e campanhas de conscientização ambiental: com o intuito de incrementar a participação da comunidade nos aspectos relativos ao conhecimento e melhoria de seu próprio ambiente, são organizadas e incentivadas diversas atividades que envolvem a comunidade da região, como caminhadas rústicas pela região.
• Programas de orientação ambiental: a empresa desenvolve ainda outros programas para orientação ambiental como, por exemplo, fichas de visualização dos animais silvestres, orientação à comunidade para atendimento aos aspectos legais de caça e pesca, produção e distribuição de cadernos, calendários e cartões com motivos ambientalistas.
Para Comunidade Florestal - (Vilas de Empresas
Florestais)• A atividade florestal deverá participar cada vez mais no
desenvolvimento do país, não apenas pelo lado econômico, como geradora de divisas, mas também do lado social, como componente indispensável à manutenção da qualidade de vida.
• São programas de educação ambiental, especialmente aqueles que se destinam às comunidades internas e externas e às instituições florestais, devem centrar-se no tema florestas e na interdependência da sociedade com as mesmas.
• Ambas as formações, naturais e implantadas, possuem uma importância ecológica e sócio-econômica de grande relevância para a sociedade. Esta importância justifica a implantação de programas de educação ambiental que, no mínimo, despertem as pessoas para sua significância.
Para Comunidade Florestal - (Vilas de Empresas
Florestais)
• O mais importante nestes programas é saber relacionar as florestas com o cotidiano das pessoas, seja demonstrando que móveis, materiais de construção, papel, fósforos e outros elementos são produtos originariamente florestais ou, evidenciando que o microclima, a presença de pássaros, a água de consumo e o lazer são seus produtos indiretos.
• Outros aspectos importantes são os que dizem respeito à segurança das áreas de florestas de propriedade da empresa e com relação aos incêndios florestais.
Para Comunidades Agrícolas em Geral
• Tem como finalidade principal a orientação aos pequenos produtores (silvicultores ou agricultores), quanto ao uso correto de agrotóxicos, suas aplicações, noções sobre atividades modificadoras do meio ambiente, técnicas agroflorestais, permacultura e a legislação pertinente. Interage como uma contribuição para a formação da consciência social e agroecológica da população destas comunidades.
• Acontece através de visitas às famílias, dias de campo e palestras realizadas em escolas ou centros comunitários da região, onde são demonstradas práticas e técnicas agrícolas de conservação do solo, de pesquisa e novas alternativas que se conciliem com as práticas tradicionais de agricultura da comunidade.
• Além destas ações, promover atividades educativas para as crianças nas escolas e oficinas de trabalhos para as mulheres, sempre com o objetivo de demonstrar que se bem aproveitados e preservados, os recursos do meio ambiente só trazem benefícios para a comunidade.
Legislação
• Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, e dá outras providências.
Capacitação de Gestores e Educadores
Destina-se a estimular e apoiar a participação dos diferentes segmentos sociais na formulação de políticas para o meio ambiente bem como na concepção e aplicação de decisões que afetam a qualidade do meio natural, social e cultural.
Capacitação de Gestores e Educadores
Objetivos: a) Promover a formação de agentes multiplicadores, na esfera dos sistemas de ensino, dos órgãos federais, estaduais e municipais relacionados direta ou indiretamente com a problemática ambiente e da sociedade civil organizada, para atuarem na capacitação de educadores e no processo de formulação, execução e avaliação de ações de Educação Ambiental;b) Promover a capacitação de docentes visando à inserção da temática ambiental nos currículos de ensino; c) Promover a capacitação de educadores para atuarem no processo de concepção, formulação e aplicação de políticas e ações relativas ao meio ambiente em especial para o desenvolvimento de ações de Educação Ambiental no âmbito das atividades de gestão;
Capacitação de Gestores e Educadores
Objetivos: d) Promover a capacitação de educadores que atuem em agências de qualificação para o trabalho e na área de extensão visando à abordagem da dimensão ambiental em atividades do setor produtivo; e) Promover a capacitação de técnicos que atuam em órgãos federais, estaduais e municipais de meio ambiente, em outras instituições públicas e em entidades da Sociedade Civil, para o desenvolvimento de atividades em áreas específicas da gestão ambiental.
O Desenvolvimento de Ações Educativas
Contempla um conjunto de ações destinadas a estimular e apoiar a participação dos diferentes segmentos sociais na formulação de políticas para o meio ambiente bem como na concepção e aplicação de decisões que afetam a qualidade do meio natural e social.
O Desenvolvimento de Ações Educativas
Objetivos: a) apoiar projetos, no âmbito de cada estado, voltados para a inserção da dimensão ambiental nos currículos dos diferentes graus e modalidades de ensino; b) apoiar e promover a prática da Educação Ambiental, no âmbito das atividades de gestão ambiental envolvendo as Superintendências Estaduais do IBAMA, órgãos estaduais e municipais de meio ambiente e de educação e entidades da sociedade civil;
O Desenvolvimento de Ações Educativas
Objetivos: c) apoiar e promover a inserção da dimensão ambiental e a prática da Educação Ambiental nas atividades dos órgãos dos três níveis do governo; d) apoiar a criação e funcionamento dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente; e) promover, Conferências Nacionais sobre Educação Ambiental, efetivando a primeira em 1997; f) apoiar seminários sobre a questão ambiental com decisões, formadores de opinião pública e outros profissionais cuja atividade interfere na qualidade do meio ambiente;
O Desenvolvimento de Ações Educativas
Objetivos: g) apoiar a sociedade civil organizada na realização anual de fóruns regionais e nacional, sobre a questão ambiental; h) apoiar as redes e bancos de dados locais, regionais e nacionais de Educação Ambiental e em especial a Rede Brasileira de Educação Ambiental; i) apoiar a "Rede de Formação Ambiental para América Latina e Caribe" e coordenar as suas ações no Brasil.
Desenvolvimento de Instrumentos e Metodologias
Reúne um conjunto de ações voltadas para apoiar a realização de experiências em educação ambiental formal e não formal e para a elaboração e difusão de materiais educativos, visando abordar a dimensão ambiental, de modo interdisciplinar, nos currículos escolares, bem como instrumentalizar a sociedade para participar tanto dos processos decisórios que afetam a qualidade do meio ambiente, quanto da sua gestão.
Desenvolvimento de Instrumentos e Metodologias Objetivos:1. Produção e Divulgação de Material Educativoa) Apoiar tecnicamente a inserção da dimensão ambiental nos livros didáticos e paradidáticos; b) Promover a produção de material educativo referencial (gráfico e audiovisual), para apoiar a prática da Educação Ambiental; c) apoiar a criação ou implementação de veículo de divulgação técnico-científico na área de Educação Ambiental; d) apoiar a produção e veiculação de informações de caráter educativo sobre a temática ambiental, através dos meios de comunicação.
2. Instrumentos e Metodologias para a Prática da Educação Ambiental a) promover o desenvolvimento de pesquisas sobre metodologias, materiais educativos e outros instrumentos para a prática da educação no processo de gestão ambiental; b) apoiar o desenvolvimento de pesquisa sobre currículos, metodologias, materiais educativos e outros instrumentos, voltada para a abordagem da dimensão ambiental nos currículos dos diversos graus e modalidades de ensino;c) promover o desenvolvimento de pesquisas sobre metodologias, materiais educativos e outros instrumentos, para a formação de educadores e gestores ambientais.
3. Instrumentos para Desenvolvimento de Práticas Participativas e Descentralizadas a) apoiar a formação de comissões interinstitucionais de Educação Ambiental envolvendo diversas instâncias do Executivo e Legislativo em todos os níveis de governo; b) promover estudos, pesquisas e ações formativas relacionadas com processos de decisão participativos; c) promover a articulação, em todos os níveis do governo, entre comissões, grupos de trabalhos e outras instâncias relacionadas com questões ambientais.
Carta Brasileira para Educação Ambiental (MEC, Rio-92)
• Como único evento oficial, paralelo à Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, o Ministério da Educação (MEC) realizou de 1 a 12 de julho de 1992, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, o Workshop sobre Educação Ambiental. Os profissionais, reunidos nesse encontro, aprovaram o presente documento.
• Segundo a Constituição Brasileira, a Educação Ambiental (EA), em todos os níveis de ensino, é incumbência do Estado, bem como a promoção da conscientização pública em defesa do meio ambiente. Porém, a maior contribuição social tem vindo através dos movimentos da própria sociedade civil, das entidades não-governamentais, dos veículos de comunicação, dos movimentos políticos e culturais. Necessário se faz, portanto, para a efetivação do processo, que a incorporação da EA se concretize no ensino de todos os graus e modalidades.
Carta Brasileira para Educação Ambiental (MEC, Rio-92)
• No momento em que se discute o desenvolvimento sustentável como estratégia de sobrevivência do planeta e, conseqüentemente, da melhoria da qualidade de vida, fica definido ser a Educação um dos aspectos mais importantes para a mudança pretendida.
• A lentidão da produção de conhecimentos, a importação de tecnologias inadequadas, a formulação de políticas de desenvolvimento cada vez mais descomprometidas com a soberania nacional, consolidam um modelo educacional que não responde às necessidades do país.
Carta Brasileira para Educação Ambiental (MEC, Rio-92)
Pelo exposto e considerando:a) a importância da conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, em realização no Rio de Janeiro, em 1992;b) a premência de serem criadas as condições que permitam o cumprimento real e pleno dos Estatutos que garantam o direito à vida;c) a necessidade de mudanças de caráter ético no Estado e na sociedade civil;d) que a EA é componente imprescindível do desenvolvimento sustentável;e) a existência da base legal, pelo Inciso VI do Parágrafo 1º do Art. 225 da Constituição Brasileira para implantação imediata da EA, em todos os níveis;
Carta Brasileira para Educação Ambiental (MEC, Rio-92)
f) a importância da EA para o desenvolvimento de uma ciência voltada para a realidade brasileira;g) a importância do Brasil se tornar um centro formador de recursos humanos em EA da América Latina;h) a existência no país de reflexões críticas e produção de conhecimento em EA e áreas afins;i) a ocorrência de iniciativas bem sucedidas em EA, realizadas no país, no campo da educação formal e não-formal;j) a importância da participação comunitária na construção da cidadania brasileira;
Carta Brasileira para Educação Ambiental (MEC, Rio-92)
Recomenda-se que:a) haja um compromisso real do poder público federal, estadual e municipal no cumprimento e complementação da legislação e das políticas para EA;b) haja uma articulação dos vários programas e iniciativas governamentais em EA, pelo MEC;c) o MEC estabeleça diretrizes complementares aos documentos existentes sobre a EA e que orientam suas delegacias estaduais (DEMEC);d) as políticas específicas, formuladas para a EA, expressam a vontade governamental em defesa da escola pública, em todos os níveis de ensino;e) o MEC estabeleça grupos e fórum permanentes de trabalho que definam procedimentos para diagnóstico das especificidades existentes no país e mecanismos de atuação face às questões ambientais;
Carta Brasileira para Educação Ambiental (MEC, Rio-92)
f) o MEC, em conjunto com as instituições de ensino superior (IES), defina metas para a inserção articulada da dimensão ambiental nos currículos, a fim de que seja estabelecido o marco fundamental da implantação da EA no 3º grau;g) as discussões acerca da inserção da EA no ensino superior sejam aprofundadas devido à sua importância no processo de transformação social;h) sejam cumpridos os marcos referenciais internacionais acordados em relação à EA como dimensão multi, inter e transdisciplinar em todos os níveis de ensino;i) que o Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB) assuma o compromisso com a implantação da dimensão ambiental nos currículos dos diferentes cursos das IES;j) as IES e os órgãos governamentais apoiem os núcleos e centros interdisciplinares de EA existentes e estimulem a criação de novos;
Carta Brasileira para Educação Ambiental (MEC, Rio-92)
l) haja estímulo concreto à pesquisa, formação de recursos humanos, criação de bancos de dados e divulgação destes, bem como aos projetos de extensão integrados à comunidade;m) sejam incentivados os convênios interinstitucionais nacionais e internacionais;n) sejam viabilizados recursos para a EA, através de apoio efetivo a realização de programas, presenciais e à distância, de capacitação e fixação de recursos humanos de reformulação e criação de novos currículos e programas de ensino, bem como elaboração de material instrucional;o) em todas as instâncias, o processo decisório acerca das políticas para a EA conte com a participação da(s) comunidade(s) direta e/ou indiretamente envolvida(s) na problemática em questão.
A IDÉIA DE MEIO AMBIENTE TEM DUAS DETERMINAÇÕES: NATUREZA E SOCIEDADE
O CONCEITO DE MEIO AMBIENTE HOJE DEVE CONSIDERAR “A INTERDEPENDÊNCIA ENTRE O MEIO NATURAL, O SOCIOECONÔMICO E O CULTURAL, SOB O ENFOQUE DA SUSTENTABILIDADE”( art. 4, inciso II da Política Nacional de Educação Ambiental)
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL• A educação ambiental foi regulamentada pela primeira vez em 1981, através da lei 6938/81, que instituiu a Política Nacional de Meio Ambiente.• Em 1987, os sistemas de ensino passaram a debater e normatizar a educação ambiental. O parecer 226/87, do então Conselho Federal de Educação, considera a inclusão da educação ambiental entre os conteúdos das propostas curriculares das escolas de ensino fundamental e médio.• Em 1992, a Agenda 21 considerou que a educação ambiental é indispensável para a modificação de atitudes e para o desenvolvimento de comportamentos compatíveis com a formação de sociedades sustentáveis.• Em 1998, os Parâmetros Curriculares para o ensino fundamental, incluem o meio ambiente como um dos temas transversais• Em 1999, é promulgada a lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL
• A Educação Ambiental não deve se restringir, apenas a formar pessoas preocupadas em conhecer o seu ambiente: o que se pretende é torná-las cidadãs, sabedoras de que a sua ação pessoal, e a de sua comunidade, sempre interferem no meio em que vivem.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO SETORPRODUTIVO
• Todo pessoal, cujas tarefas possam criar umimpacto significativo sobre o meio ambiente, devereceber treinamento apropriado.• Vantagens: os funcionários tornam-se maisprodutivos e criativos, trazendo lucros para aempresa, como reciclagem de materiais, reduçãode desperdícios, otimização de recursos etc.
O QUE É A AGENDA 21?
• É o processo que integra os aspectossociais, ambientais, econômicos einstitucionais, com o objetivo de estabelecero desenvolvimento sustentável no futuro. Aagenda 21 refere-se essencialmente àqualidade de vida.
QUAIS OS PASSOS PARA CONSTRUIRUM AGENDA AMBIENTAL?
• Deve ser instalada a comissão organizadora daagenda ambiental• Delimitar o espaço interno e externo• Fazer o diagnóstico do meio ambiente encontrado• A partir desse diagnóstico, propor as correções ou soluções necessárias• Fazer o plano de Gestão Ambiental• Criar um Sistema de Acompanhamento e Avaliação da Agenda Ambiental
COMUNIDADE CONSCIENTE, INDIVÍDUO CIDADÃO
Iniciado em 2003, o projeto Comunidade Consciente, Indivíduo Cidadão vem sendo desenvolvido com o objetivo de propiciar ao aluno a oportunidade de conhecer-se como ser dinâmico, crítico, que produz mudanças, percebendo, assim, a responsabilidade daação do homem sobre seu meio. O projeto prevê um levantamento sócio-econômico e ambiental do bairro, utilizando o sensoriamento remoto como ferramenta, bem como a criação da Agenda ambiental da escola.
Meio Ambiente, Pobreza e Inclusão Social
A Educação Ambiental deve ser desenvolvida a fim de ajudar os sujeitos a construírem uma consciência global das questões relativas ao ambiente para que possam assumir posições afinadas com os valores referentes à sua proteção e melhoria da qualidade de vida. Para isso é importante que possam atribuir significado àquilo que aprendem sobre a questão ambiental. E esse significado é resultado da ligação que o sujeito estabelece entre o que aprende e a sua realidade cotidiana, da possibilidade de estabelecer ligações entre o que aprende e o que já conhece, e também da possibilidade de utilizar o conhecimento em outras situações. A perspectiva ambiental oferece instrumentos para que o sujeito possa compreender problemas que afetam a sua vida, a de sua comunidade, a de seu país e a do planeta. Muitas das questões políticas, econômicas e sociais são permeadas por elementos diretamente ligados à questão ambiental.
A Conexão Probreza-Meio Ambiente
Fatores Contribuintes
Crescimento Demográfico
ModernizaçãoAgrícola em áreasTerras produtivas
Distribuição Desigual da
Terra
População Rural c/Acesso limitado àTerras produtivas
Problemas Fundamentais
PressõesAmbientais
Migração Urbana
Estagnação daProdução – áreas
Secas
Exploração EncostasÍngremes
Pressão por Novas áreas de
Floresta
ConseqüênciasAmbientais
Assentamentosem áreas frágeisSaneamento
Básico
SecasDesertificação
Desflorestamento
ErosãoDesflorestamentonas bacias dos rios
Desmatamentoem grande escala
FertilidadeBiodiversidade
ConseqüênciasBem-Estar
DoençasVulnerabilidadeà catástrofes
naturais
Carência lenhaPerda produçãoInundações e assoreamento
Declínio da ProduçãoPerda
BiodiversidadeDoençasTropicais
Contextualização da Pobreza
Dada a sua magnitude, dada a sobrevivência das práticas predatórias que tradicionalmente regularam a distribuição dos benefícios, espera-se que as cidades, enquanto espaços públicos democráticos que se consolidam à medida que se consolida a própria cidadania, mostram-se incapazes de equacionar a pobreza, promovendo eqüidade, emancipação e integração social.
Segundo estimativas do Banco Mundial (1992), 13% de todas as unidades familiares rurais nos países em desenvolvimento não possuem terras e quase 60% possuem terras insuficientes para o seu sustento de alimentos e energia. Além disso, eles estão localizados em áreas ecologicamente frágeis e com graves problemas de sanitarismo e obtenção de energia.
Meio Urbano Meio Rural
Principais Causas da Pobreza1. Desemprego de longo prazo e/ou
emprego precarizado, decorrentes das transformações ocorridas no mundo do trabalho;
2. A redução da perda de cobertura social e perda do statusprovocado pela crise da sociedade salarial e dos problemas derivados do financiamento do sistema;
3. A pressão decorrente da migração ocorrida do campo para a periferia das cidades e áreas urbanas;
4. A fragilização dos arranjos e redes familiares, ocasionado pelas mudanças nas estruturas familiares e sociais;
5. O aumento da desigualdade em razão de um novo padrão de distribuição, favorável à concentração em detrimento da redistribuição – desigualdade de renda, de acesso, de meios e desigualdade na detenção de ativos;
6. Ausência quase total de acesso aos serviços públicos básicos, como água, esgoto e coleta de lixo, moradias precárias e distante dos postos de trabalho, transporte caros e de má qualidade e baixo índice educacional;
7. Redução da oferta de empregos, sobretudo entre os jovens e indivíduos de pouca escolaridade.
O que é Pobreza1. Pobreza significa falta de renda
ou pouca renda e/ou calorias;2. Estado de carência, de privação,
que pode colocar em risco a própria condição humana;
3. É ter a sua humanidade ameaçada, seja pela não satisfação de suas necessidades básicas – fisiológicas e sociais –seja pela sua incapacidade de mobilizar esforços e meios em prol da satisfação de tais necessidades;
4. As necessidades humanas podem ser classificadas em necessidades existenciais e necessidades axiológicas:
• As necessidades existenciais são aquelas que dizem respeito ao ser, ao ter ao fazer e ao interagir;
• As necessidades axiológicas são aquelas que tratam da subsistência, da proteção, do afeto, da compreensão, da participação, da criação, do ócio, da identidade e da liberdade;
• Necessidades básicas é todo o pré-requisito de cunho universalista indispensável à participação dos indivíduos no desenrolar da sua própria existência;
• São necessidades básicas, cujo quantum deve ser ótimo, saúde e autonomia. Sem saúde não há como garantir uma participação social plena e conseqüente e sem autonomia para agir, as escolhas sobre o que fazer e como fazer impossibilitam atingir as metas o objetivos ao longo da vida;
O que é Pobreza5. Pobreza absoluta ou indigência é
quando o sujeito possui um padrão de vida aquém do que é exigido para assegurar a mera sobrevivência;
6. Estado de Pobreza é quando o sujeito não pode usufruir, plenamente ou suficientemente, de condições de vida – dietas, amenidades, padrões e serviços – que lhe permita atenuar, participar e comportar-se na qualidade de membros da sociedade;
7. Destituição de habilidades e meios para agir de modo a alcançar um estado de bem estar;
8. Falta de habilidades para alcançar níveis minimamente aceitáveis de qualidade de vida, interferindo diretamente na capacidade emancipatória do sujeito;
9. Não está relacionada a qualquer déficit ou ausência ou privações específicas, mas relaciona-se ao fato do sujeito receber –durante um certo tempo ou em caráter permanente –assistência (de qualquer tipo), em conformidade com as regras sociais existentes. O foco deixa de ser a privação e passa a ser uma condição de estigmatização;
Aspectos que norteiam a questão Meio Ambiente e Pobreza
1. Economistas especializados em desenvolvimento acreditam que a relação entre pobreza e meio ambiente é parecida com a existente entre inflação e desemprego.
2. A pobreza persistente na periferia urbana e nas áreas rurais, limitam seriamente o crescimento econômico geral.
3. A depreciação do capital humano pela pobreza e o esgotamento dos recursos naturais assumem uma importância ainda maior à luz da escassez de recursos financeiros para investimentos.
4. Os indivíduos mais pobres do mundo aglomeram-se em dois tipos de áreas: áreas rurais remotas e ecologicamente frágeis e periferia das zonas urbanas das grandes e médias metrópoles.
5. O alívio da pobreza e sustentabilidade ambiental vêm no mesmo pacote ou terão que ser feitas opções dolorosas entre elas?
Aspectos que norteiam a questão Meio Ambiente e Pobreza
6. Nenhum programa de proteção ambiental pode obter progresso sem que se eliminem as pressões diárias da pobreza, que deixam as pessoas sem opções, salvo ignorar de forma completa o futuro e não proteger a base de recursos naturais a fim de assegurar o seu completo bem estar, da sua família e das gerações futuras.
7. Qualquer que seja seu ambiente natural, os pobres do mundo compartilham, sem exceção, de um meio ambiente debilitante da pobreza: altas taxas de analfabetismo, alimentação insuficiente, moradias precárias, falta de saneamento, higiene e cuidados médicos, carência de bens materiais e de qualificação profissional.
8. Mesmo considerando as áreas rurais mais remotas, os pobres são mais educados, são mais saudáveis, mais bem alimentados, são mais organizados e possuem habilidades e competências mais desenvolvidas.
Ecossistemas sob pressão
1. As pressões da exploração crescente pelos mais pobres correlaciona-se diretamente com os mais severos problemas ambientais em numerosas áreas ecologicamente frágeis: florestas tropicais úmidas, encostas e terras áridas e semi-áridas.
2. É o problema ambiental que mais afeta o meio ambiente em termos globais, ao ameaçar de extinção (muitas) espécies animais e vegetais “valiosas”, muitas delas ainda desconhecidas da ciência, contribuir para as mudanças climáticas e alteração global do clima, efeito estufa e redução das reservas aqüíferas do planeta. Segundo estimativas de 1999, são derrubados cerca de 7,5 milhões de hectares de florestas por ano, nos países em desenvolvimento, seja para projetos de pecuária ou agricultura extensiva;
Ecossistemas sob pressão
3. A derrubada de árvores para agricultura e o aumento da demanda de lenha exacerbam problemas ambientais – como a erosão do solo – que ameaça a produção de alimentos e as reservas de água, contribuindo para a desertificação dessas terras;
4. Dados Estatísticos do PNUMA e da FAO sobre áreas frágeis:
• 200 milhões de pessoas vivem em áreas florestais ou em áreas adjacentes;
• Cerca de 1 bilhão de pessoas sofrem com a falta de energia oriunda de lenha e carvão;
• Num futuro próximo, entre os anos 2000 e 2010, nada menos do que 3 bilhões de pessoas que dependem da lenha como principal fonte de energia, enfrentarão aguda escassez;
• O potencial produtivo de quase 900 milhões de hectares de terras em áreas semi-áridas ou áridas já foram gravemente prejudicadas pela desertificação;
• Pelo menos 850 milhões de pessoas vivem em áreas secas, onde a desertificação já está causando declínio da produtividade e 230 milhões já enfrentam problemas de escassez de alimentos, água e lenha;
Ecossistemas sob pressão
• Erosão grave em 160 milhões de hectares em regiões de terras altas –altiplanos – ocupadas por cerca de 500 milhões de indivíduos que as ocupam, degradadas devido a destruição da cobertura vegetal e da erosão do solo;
• Devido salinização e a drenagem de má qualidade, cerca de 45 milhões de hectares de terras estão necessitando de recuparação para que possam ser aproveitadas novamente como áreas de cultivo;
• Sem medidas de conservação de longo prazo, 544 milhões de hectares de terras de cultivo – sob a influência direta das águas da chuva – estão ameaçadas e já começam a enfrentar problemas de erosão e perda de fertilidade. Nessas áreas habitam cerca de 250 milhões de pequenos agricultores que poderão se engrossar as fileiras dos pobres nas periferias das grandes cidades;
Ecossistemas sob pressão
• Cerca de 100 milhões de pobres vivem na periferia das grandes cidades;
• Numerosas calamidades ambientais – inundações, deslizamentos de terras e transmissão de doenças transmitidas pela má qualidade da água – têm ocorrido em todo o mundo e tem trazido problemas na qualidade de vida das populações;
• Além das catástrofes naturais, acidentes em indústrias e altos índices de poluição tem produzido efeitos devastadores sobre os mais pobres.
Agenda Comum de Combate à Pobreza e à Degradação Ambiental
1. As Agências e Instâncias Governamentais de Desenvolvimento têm que reconhecer a necessidade de sustentabilidade de longo prazo nas políticas de desenvolvimento – econômico e humano:
• A inovação tecnológica é necessária afim de elevar o rendimento das principais culturas de alimentos e garantir a segurança alimentar às populações mais pobres –plantio de variedades mais resistentes e novas práticas de manejo sustentado do solo;
• A infra-estrutura que serve a uma parcela da população urbana e rural tem q ser ampliada aos mais necessitados, melhorada e/ou implementada – estradas para escoamento da produção, canalização de água e esgotamento sanitário, eletrificação, telefonia, educação e serviços médicos;
• A construção e desenvolvimento da infra-estrutura não pode produzir maiores impactos sobre o meio ambiente além daqueles que seriam inevitáveis – toda atividade humana produz impactos sobre o meio ambiente;
Agenda Comum de Combate à Pobreza e à Degradação Ambiental
� Manejo da terra e da água, cuja distribuição e usos são extremamente desiguais, necessitam de programas de desenvolvimento e sustentação de curto, médio e longo prazo – programas de reforma agrária e democratização do uso da terra, implementação de reservatórios, poços, aproveitamento de águas das chuvas e assistência técnica especializada;
� Necessidade de créditos e incentivos agrícolas subsidiados para incentivar a permanência dessas populações no campo;
� Incentivo ao uso de tecnologias de baixo custo, de pequeno impacto ambiental e grande disseminação de benefícios comunitários –implantação de biodigestores e utilização de plantas aquáticas para tratamento primário de efluentes domésticos, uso de matérias-primas naturais para construção civil, implantação de hortas e empresas comunitárias, reciclagem e reaproveitamento do lixo, compostagem, etc.
Agenda Comum de Combate à Pobreza e à Degradação Ambiental
1. Implantação de um Sistema de Saneamento Ambiental eficiente, de modo a minorar os impactos sobre a vida de milhares de pessoas que vivem em áreas sem saneamento:
� O suprimento de água e saneamento básico nunca passam de mais de 6% dos empréstimos do Banco Mundial, incluindo projetos voltados para as áreas urbanas e rurais;
� A implementação de saneamento básico representa uma medida de muito maior impacto sobre a vida dos mais pobres do que qualquer outro programa de combate a pobreza;
� Incentivo à empregabilidade, a formação de empresas comunitárias ou cooperativas visando o aumento e geração de renda. A entrada de novas fontes de renda na unidade familiar e/ou nas comunidades rurais, gera um forte impacto nas relações econômicas locais, como exemplicado pelo pagamento dos benefícios das aposentadorias rurais.
Desenvolvimento Sustentado
SustentabilidadeCom o confronto inevitável entre o modelo de desenvolvimento econômico vigente — que valoriza o aumento de riqueza em detrimento da conservação dos recursos naturais — e a necessidade vital de conservação do meio ambiente, surge a discussão sobre como promover o desenvolvimento das nações de forma a gerar o crescimento econômico, mas explorando os recursos naturais de forma racional e não predatória. Será necessário impor limites ao crescimento? Será possível o desenvolvimento sem aumentar a destruição? De que tipo de desenvolvimento se fala?
Desenvolvimento sustentávelDesenvolvimento sustentável foi definido pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.
Nas propostas apresentadas pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), emprega-se o termo desenvolvimento sustentável significando melhorar a qualidade da vida humana dentro dos limites da capacidade de suporte dos ecossistemas.
Os 9 Princípios de uma Sociedade Sustentável
1. Respeitar e cuidar da comunidade dos seres vivos. Trata-se de um princípio ético que reflete o dever de nos preocuparmos com as outras pessoas e outras formas de vida, agora e no futuro.
2. Melhorar a qualidade da vida humana. Esse é o verdadeiro objetivo do desenvolvimento, ao qual o crescimento econômico deve estar sujeito: permitir aos seres humanos perceber o seu potencial, obter autoconfiança e uma vida plena de dignidade e satisfação.
3. Conservar a vitalidade e a diversidade do Planeta Terra. O desenvolvimento deve ser tal que garanta a proteção “da estrutura, das funções e da diversidade dos sistemas naturais do Planeta, dos quais temos absoluta dependência”.
4. Minimizar o esgotamento de recursos não-renováveis. São recursos como os minérios, petróleo, gás, carvão mineral. Não podem ser usados de maneira “sustentável” porque não são renováveis. Mas podem ser retirados de modo a reduzir perdas e principalmente a minimizar o
impacto ambiental.
5. Permanecer nos limites de capacidade de suporte do Planeta Terra. Há limites para os impactos que os ecossistemas e a biosfera como um todo podem suportar. Isso varia de região para região. Poucas pessoas consumindo muito podem causar tanta destruição quanto muitas pessoas consumindo pouco. Devem-se adotar políticas que desenvolvam técnicas adequadas e tragam equilíbrio entre a capacidade da natureza e as necessidades de uso pelas pessoas.
6. Modificar atitudes e práticas pessoais. Para adotar a
ética de se viver sustentavelmente, as pessoas devem
reexaminar os seus valores e alterar o seu
comportamento. A sociedade deve promover atitudes
que apóiem a nova ética e desfavoreçam aqueles que
não se coadunem com o modo de vida sustentável.
7. Permitir que as comunidades cuidem de seu próprio ambiente. É nas comunidades que os indivíduos desenvolvem a maioria das atividades produtivas e criativas. E constituem o meio mais acessível para a manifestação de opiniões e tomada de decisões sobre iniciativas e situações que as afetam.
8. Gerar uma estrutura nacional para a integração de desenvolvimento e conservação. A estrutura deve garantir uma base de informação e de conhecimento, leis e
instituições, políticas econômicas e sociais coerentes. A estrutura deve ser flexível e regionalizável, considerando cada região de modo integrado, centrado nas pessoas e nos fatores sociais, econômicos, técnicos e políticos que influem na sustentabilidade dos processos de geração e distribuição de riqueza e bem-estar.
9. Constituir uma aliança global. Hoje, mais do queantes, a sustentabilidade do planeta depende daconfluência das ações de todos os países, de todosos povos. As grandes desigualdades entre ricos epobres são prejudiciais a todos. A ética do cuidado
com a Terra aplica-se em todos os níveis,
internacional, nacional e individual. Todas as
nações só têm a ganhar com a sustentabilidade
mundial e todas estão ameaçadas caso não
consigamos essa sustentabilidade.
A Diversidade e a Sustentabilidade
Um dos valores que passa a ser reconhecido como essencial para a sustentabilidade da vida na Terra é o da conservação da diversidade biológica (biodiversidade). E para a sustentabilidade social, reconhece-se a importância da diversidade dos tipos de sociedades, de culturas (sociodiversidade).A diversidade biológica ou biodiversidade consiste no conjunto total de disponibilidade genética de diferentes espécies e variedades, de diferentes ecossistemas. A conservação da biodiversidade é estratégica para a qualidade de vida. Cada vez mais descobrem-se substâncias de grande valor para a saúde, alimentação, obtenção de tinturas, fibras e outros usos, no grande laboratório representado pelas diferentes espécies de plantas e animais, muitas até pouco tempo desconhecidas ou desprezadas pela cultura oficial
Quanto à diversidade das formas de sociedade e cultura, em poucas palavras, é importante reconhecer a imensa variedade de modos de vida, de relações sociais, de construções culturais que a humanidade chegou a desenvolver. Essa variedade, embora tenha uma relação com os ambientes em que as diferentes sociedades evoluíram, não foi condicionada univocamente por essas condições, já que a imaginação e a criatividade humana são ilimitadas: em circunstâncias semelhantes, muitas formas diferentes de vida e de expressão cultural são propostas por diferentes grupos, muitas soluções diferentes podem ser encontradas para problemas semelhantes.
Visões distorcidas sobre a questão ambiental
1. A questão ecológica ou ambiental deve se restringir à preservação dos ambientes naturais intocados e ao combate da poluição. As demais questões — envolvendo saneamento, saúde, cultura, decisões sobre políticas de energia, de transportes, de educação, ou de desenvolvimento — são questões que não devem ser da alçada dos ambientalistas.
2. Os que defendem o meio ambiente são pessoas radicais e privilegiadas, que não necessitam trabalhar para sobreviver, mantêm-se alienadas da realidade sobre as exigências impostas pela necessidade de desenvolvimento; defendem posições que só perturbam quem realmente produz e deseja levar o país para um nível melhor de desenvolvimento.
3. É um luxo e um despropósito defender, por exemplo, a vida do mico-leão-dourado, enquanto milhares de crianças morrem de fome ou de diarréia na periferia das grandes cidades, no Norte ou no Nordeste.
4. Quem trabalha com questões relativas ao meio ambiente pensa de modo romântico, ingênuo, acredita que a natureza humana é intrinsecamente “boa” e não percebe que antes de tudo vem a dura realidade das necessidades econômicas. Afinal, a pior poluição é a pobreza, e para haver progresso é normal que algo seja destruído, ou poluído.
5. Idealiza-se a natureza, quando se fala da “harmonia da natureza”. Como é que se pode falar em “harmonia”, se na natureza os animais se atacam violentamente e se devoram? Que harmonia é essa?
3. É um luxo e um despropósito defender, por exemplo, a vida do mico-leão-dourado, enquanto milhares de crianças morrem de fome ou de diarréia na periferia das grandes cidades, no Norte ou no Nordeste.
4. Quem trabalha com questões relativas ao meio ambiente pensa de modo romântico, ingênuo, acredita que a natureza humana é intrinsecamente “boa” e não percebe que antes de tudo vem a dura realidade das necessidades econômicas. Afinal, a pior poluição é a pobreza, e para haver progresso é normal que algo seja destruído, ou poluído.
5. Idealiza-se a natureza, quando se fala da “harmonia da natureza”. Como é que se pode falar em “harmonia”, se na natureza os animais se atacam violentamente e se devoram? Que harmonia é essa?
A Conexão Probreza-Meio Ambiente
Fatores Contribuintes
Crescimento Demográfico
ModernizaçãoAgrícola em áreasTerras produtivas
Distribuição Desigual da
Terra
População Rural c/Acesso limitado àTerras produtivas
Problemas Fundamentais
PressõesAmbientais
Migração Urbana
Estagnação daProdução – áreas
Secas
Exploração EncostasÍngremes
Pressão por Novas áreas de
Floresta
ConseqüênciasAmbientais
Assentamentosem áreas frágeisSaneamento
Básico
SecasDesertificação
Desflorestamento
ErosãoDesflorestamentonas bacias dos rios
Desmatamentoem grande escala
FertilidadeBiodiversidade
ConseqüênciasBem-Estar
DoençasVulnerabilidadeà catástrofes
naturais
Carência lenhaPerda produçãoInundações e assoreamento
Declínio da ProduçãoPerda
BiodiversidadeDoençasTropicais
Contextualização da Pobreza
Dada a sua magnitude, dada a sobrevivência das práticas predatórias que tradicionalmente regularam a distribuição dos benefícios, espera-se que as cidades, enquanto espaços públicos democráticos que se consolidam à medida que se consolida a própria cidadania, mostram-se incapazes de equacionar a pobreza, promovendo eqüidade, emancipação e integração social.
Segundo estimativas do Banco Mundial (1992), 13% de todas as unidades familiares rurais nos países em desenvolvimento não possuem terras e quase 60% possuem terras insuficientes para o seu sustento de alimentos e energia. Além disso, eles estão localizados em áreas ecologicamente frágeis e com graves problemas de sanitarismo e obtenção de energia.
Meio Urbano Meio Rural
Principais Causas da Pobreza1. Desemprego de longo prazo e/ou
emprego precarizado, decorrentes das transformações ocorridas no mundo do trabalho;
2. A redução da perda de cobertura social e perda do statusprovocado pela crise da sociedade salarial e dos problemas derivados do financiamento do sistema;
3. A pressão decorrente da migração ocorrida do campo para a periferia das cidades e áreas urbanas;
4. A fragilização dos arranjos e redes familiares, ocasionado pelas mudanças nas estruturas familiares e sociais;
5. O aumento da desigualdade em razão de um novo padrão de distribuição, favorável à concentração em detrimento da redistribuição – desigualdade de renda, de acesso, de meios e desigualdade na detenção de ativos;
6. Ausência quase total de acesso aos serviços públicos básicos, como água, esgoto e coleta de lixo, moradias precárias e distante dos postos de trabalho, transporte caros e de má qualidade e baixo índice educacional;
7. Redução da oferta de empregos, sobretudo entre os jovens e indivíduos de pouca escolaridade.
O que é Pobreza1. Pobreza significa falta de renda
ou pouca renda e/ou calorias;2. Estado de carência, de privação,
que pode colocar em risco a própria condição humana;
3. É ter a sua humanidade ameaçada, seja pela não satisfação de suas necessidades básicas – fisiológicas e sociais –seja pela sua incapacidade de mobilizar esforços e meios em prol da satisfação de tais necessidades;
4. As necessidades humanas podem ser classificadas em necessidades existenciais e necessidades axiológicas:
• As necessidades existenciais são aquelas que dizem respeito ao ser, ao ter ao fazer e ao interagir;
• As necessidades axiológicas são aquelas que tratam da subsistência, da proteção, do afeto, da compreensão, da participação, da criação, do ócio, da identidade e da liberdade;
• Necessidades básicas é todo o pré-requisito de cunho universalista indispensável à participação dos indivíduos no desenrolar da sua própria existência;
• São necessidades básicas, cujo quantum deve ser ótimo, saúde e autonomia. Sem saúde não há como garantir uma participação social plena e conseqüente e sem autonomia para agir, as escolhas sobre o que fazer e como fazer impossibilitam atingir as metas o objetivos ao longo da vida;
O que é Pobreza5. Pobreza absoluta ou indigência é
quando o sujeito possui um padrão de vida aquém do que é exigido para assegurar a mera sobrevivência;
6. Estado de Pobreza é quando o sujeito não pode usufruir, plenamente ou suficientemente, de condições de vida – dietas, amenidades, padrões e serviços – que lhe permita atenuar, participar e comportar-se na qualidade de membros da sociedade;
7. Destituição de habilidades e meios para agir de modo a alcançar um estado de bem estar;
8. Falta de habilidades para alcançar níveis minimamente aceitáveis de qualidade de vida, interferindo diretamente na capacidade emancipatória do sujeito;
9. Não está relacionada a qualquer déficit ou ausência ou privações específicas, mas relaciona-se ao fato do sujeito receber –durante um certo tempo ou em caráter permanente –assistência (de qualquer tipo), em conformidade com as regras sociais existentes. O foco deixa de ser a privação e passa a ser uma condição de estigmatização;
Aspectos que norteiam a questão Meio Ambiente e Pobreza
1. Economistas especializados em desenvolvimento acreditam que a relação entre pobreza e meio ambiente é parecida com a existente entre inflação e desemprego.
2. A pobreza persistente na periferia urbana e nas áreas rurais, limitam seriamente o crescimento econômico geral.
3. A depreciação do capital humano pela pobreza e o esgotamento dos recursos naturais assumem uma importância ainda maior à luz da escassez de recursos financeiros para investimentos.
4. Os indivíduos mais pobres do mundo aglomeram-se em dois tipos de áreas: áreas rurais remotas e ecologicamente frágeis e periferia das zonas urbanas das grandes e médias metrópoles.
5. O alívio da pobreza e sustentabilidade ambiental vêm no mesmo pacote ou terão que ser feitas opções dolorosas entre elas?
Aspectos que norteiam a questão Meio Ambiente e Pobreza
6. Nenhum programa de proteção ambiental pode obter progresso sem que se eliminem as pressões diárias da pobreza, que deixam as pessoas sem opções, salvo ignorar de forma completa o futuro e não proteger a base de recursos naturais a fim de assegurar o seu completo bem estar, da sua família e das gerações futuras.
7. Qualquer que seja seu ambiente natural, os pobres do mundo compartilham, sem exceção, de um meio ambiente debilitante da pobreza: altas taxas de analfabetismo, alimentação insuficiente, moradias precárias, falta de saneamento, higiene e cuidados médicos, carência de bens materiais e de qualificação profissional.
8. Mesmo considerando as áreas rurais mais remotas, os pobres são mais educados, são mais saudáveis, mais bem alimentados, são mais organizados e possuem habilidades e competências mais desenvolvidas.
Ecossistemas sob pressão
1. As pressões da exploração crescente pelos mais pobres correlaciona-se diretamente com os mais severos problemas ambientais em numerosas áreas ecologicamente frágeis: florestas tropicais úmidas, encostas e terras áridas e semi-áridas.
2. É o problema ambiental que mais afeta o meio ambiente em termos globais, ao ameaçar de extinção (muitas) espécies animais e vegetais “valiosas”, muitas delas ainda desconhecidas da ciência, contribuir para as mudanças climáticas e alteração global do clima, efeito estufa e redução das reservas aqüíferas do planeta. Segundo estimativas de 1999, são derrubados cerca de 7,5 milhões de hectares de florestas por ano, nos países em desenvolvimento, seja para projetos de pecuária ou agricultura extensiva;
Ecossistemas sob pressão
3. A derrubada de árvores para agricultura e o aumento da demanda de lenha exacerbam problemas ambientais – como a erosão do solo – que ameaça a produção de alimentos e as reservas de água, contribuindo para a desertificação dessas terras;
4. Dados Estatísticos do PNUMA e da FAO sobre áreas frágeis:
• 200 milhões de pessoas vivem em áreas florestais ou em áreas adjacentes;
• Cerca de 1 bilhão de pessoas sofrem com a falta de energia oriunda de lenha e carvão;
• Num futuro próximo, entre os anos 2000 e 2010, nada menos do que 3 bilhões de pessoas que dependem da lenha como principal fonte de energia, enfrentarão aguda escassez;
• O potencial produtivo de quase 900 milhões de hectares de terras em áreas semi-áridas ou áridas já foram gravemente prejudicadas pela desertificação;
• Pelo menos 850 milhões de pessoas vivem em áreas secas, onde a desertificação já está causando declínio da produtividade e 230 milhões já enfrentam problemas de escassez de alimentos, água e lenha;
Ecossistemas sob pressão
• Erosão grave em 160 milhões de hectares em regiões de terras altas –altiplanos – ocupadas por cerca de 500 milhões de indivíduos que as ocupam, degradadas devido a destruição da cobertura vegetal e da erosão do solo;
• Devido salinização e a drenagem de má qualidade, cerca de 45 milhões de hectares de terras estão necessitando de recuparação para que possam ser aproveitadas novamente como áreas de cultivo;
• Sem medidas de conservação de longo prazo, 544 milhões de hectares de terras de cultivo – sob a influência direta das águas da chuva – estão ameaçadas e já começam a enfrentar problemas de erosão e perda de fertilidade. Nessas áreas habitam cerca de 250 milhões de pequenos agricultores que poderão se engrossar as fileiras dos pobres nas periferias das grandes cidades;
Ecossistemas sob pressão
• Cerca de 100 milhões de pobres vivem na periferia das grandes cidades;
• Numerosas calamidades ambientais – inundações, deslizamentos de terras e transmissão de doenças transmitidas pela má qualidade da água – têm ocorrido em todo o mundo e tem trazido problemas na qualidade de vida das populações;
• Além das catástrofes naturais, acidentes em indústrias e altos índices de poluição tem produzido efeitos devastadores sobre os mais pobres.
Agenda Comum de Combate à Pobreza e à Degradação Ambiental
1. As Agências e Instâncias Governamentais de Desenvolvimento têm que reconhecer a necessidade de sustentabilidade de longo prazo nas políticas de desenvolvimento – econômico e humano:
• A inovação tecnológica é necessária afim de elevar o rendimento das principais culturas de alimentos e garantir a segurança alimentar às populações mais pobres –plantio de variedades mais resistentes e novas práticas de manejo sustentado do solo;
• A infra-estrutura que serve a uma parcela da população urbana e rural tem q ser ampliada aos mais necessitados, melhorada e/ou implementada – estradas para escoamento da produção, canalização de água e esgotamento sanitário, eletrificação, telefonia, educação e serviços médicos;
• A construção e desenvolvimento da infra-estrutura não pode produzir maiores impactos sobre o meio ambiente além daqueles que seriam inevitáveis – toda atividade humana produz impactos sobre o meio ambiente;
Agenda Comum de Combate à Pobreza e à Degradação Ambiental
� Manejo da terra e da água, cuja distribuição e usos são extremamente desiguais, necessitam de programas de desenvolvimento e sustentação de curto, médio e longo prazo – programas de reforma agrária e democratização do uso da terra, implementação de reservatórios, poços, aproveitamento de águas das chuvas e assistência técnica especializada;
� Necessidade de créditos e incentivos agrícolas subsidiados para incentivar a permanência dessas populações no campo;
� Incentivo ao uso de tecnologias de baixo custo, de pequeno impacto ambiental e grande disseminação de benefícios comunitários –implantação de biodigestores e utilização de plantas aquáticas para tratamento primário de efluentes domésticos, uso de matérias-primas naturais para construção civil, implantação de hortas e empresas comunitárias, reciclagem e reaproveitamento do lixo, compostagem, etc.
Agenda Comum de Combate à Pobreza e à Degradação Ambiental
1. Implantação de um Sistema de Saneamento Ambiental eficiente, de modo a minorar os impactos sobre a vida de milhares de pessoas que vivem em áreas sem saneamento:
� O suprimento de água e saneamento básico nunca passam de mais de 6% dos empréstimos do Banco Mundial, incluindo projetos voltados para as áreas urbanas e rurais;
� A implementação de saneamento básico representa uma medida de muito maior impacto sobre a vida dos mais pobres do que qualquer outro programa de combate a pobreza;
� Incentivo à empregabilidade, a formação de empresas comunitárias ou cooperativas visando o aumento e geração de renda. A entrada de novas fontes de renda na unidade familiar e/ou nas comunidades rurais, gera um forte impacto nas relações econômicas locais, como exemplicado pelo pagamento dos benefícios das aposentadorias rurais.
Desenvolvimento Sustentado
SustentabilidadeCom o confronto inevitável entre o modelo de desenvolvimento econômico vigente — que valoriza o aumento de riqueza em detrimento da conservação dos recursos naturais — e a necessidade vital de conservação do meio ambiente, surge a discussão sobre como promover o desenvolvimento das nações de forma a gerar o crescimento econômico, mas explorando os recursos naturais de forma racional e não predatória. Será necessário impor limites ao crescimento? Será possível o desenvolvimento sem aumentar a destruição? De que tipo de desenvolvimento se fala?
Desenvolvimento sustentávelDesenvolvimento sustentável foi definido pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.
Nas propostas apresentadas pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), emprega-se o termo desenvolvimento sustentável significando melhorar a qualidade da vida humana dentro dos limites da capacidade de suporte dos ecossistemas.
Os 9 Princípios de uma Sociedade Sustentável
1. Respeitar e cuidar da comunidade dos seres vivos. Trata-se de um princípio ético que reflete o dever de nos preocuparmos com as outras pessoas e outras formas de vida, agora e no futuro.
2. Melhorar a qualidade da vida humana. Esse é o verdadeiro objetivo do desenvolvimento, ao qual o crescimento econômico deve estar sujeito: permitir aos seres humanos perceber o seu potencial, obter autoconfiança e uma vida plena de dignidade e satisfação.
3. Conservar a vitalidade e a diversidade do Planeta Terra. O desenvolvimento deve ser tal que garanta a proteção “da estrutura, das funções e da diversidade dos sistemas naturais do Planeta, dos quais temos absoluta dependência”.
4. Minimizar o esgotamento de recursos não-renováveis. São recursos como os minérios, petróleo, gás, carvão mineral. Não podem ser usados de maneira “sustentável” porque não são renováveis. Mas podem ser retirados de modo a reduzir perdas e principalmente a minimizar o
impacto ambiental.
5. Permanecer nos limites de capacidade de suporte do Planeta Terra. Há limites para os impactos que os ecossistemas e a biosfera como um todo podem suportar. Isso varia de região para região. Poucas pessoas consumindo muito podem causar tanta destruição quanto muitas pessoas consumindo pouco. Devem-se adotar políticas que desenvolvam técnicas adequadas e tragam equilíbrio entre a capacidade da natureza e as necessidades de uso pelas pessoas.
6. Modificar atitudes e práticas pessoais. Para adotar a
ética de se viver sustentavelmente, as pessoas devem
reexaminar os seus valores e alterar o seu
comportamento. A sociedade deve promover atitudes
que apóiem a nova ética e desfavoreçam aqueles que
não se coadunem com o modo de vida sustentável.
7. Permitir que as comunidades cuidem de seu próprio ambiente. É nas comunidades que os indivíduos desenvolvem a maioria das atividades produtivas e criativas. E constituem o meio mais acessível para a manifestação de opiniões e tomada de decisões sobre iniciativas e situações que as afetam.
8. Gerar uma estrutura nacional para a integração de desenvolvimento e conservação. A estrutura deve garantir uma base de informação e de conhecimento, leis e
instituições, políticas econômicas e sociais coerentes. A estrutura deve ser flexível e regionalizável, considerando cada região de modo integrado, centrado nas pessoas e nos fatores sociais, econômicos, técnicos e políticos que influem na sustentabilidade dos processos de geração e distribuição de riqueza e bem-estar.
9. Constituir uma aliança global. Hoje, mais do queantes, a sustentabilidade do planeta depende daconfluência das ações de todos os países, de todosos povos. As grandes desigualdades entre ricos epobres são prejudiciais a todos. A ética do cuidado
com a Terra aplica-se em todos os níveis,
internacional, nacional e individual. Todas as
nações só têm a ganhar com a sustentabilidade
mundial e todas estão ameaçadas caso não
consigamos essa sustentabilidade.
A Diversidade e a Sustentabilidade
Um dos valores que passa a ser reconhecido como essencial para a sustentabilidade da vida na Terra é o da conservação da diversidade biológica (biodiversidade). E para a sustentabilidade social, reconhece-se a importância da diversidade dos tipos de sociedades, de culturas (sociodiversidade).A diversidade biológica ou biodiversidade consiste no conjunto total de disponibilidade genética de diferentes espécies e variedades, de diferentes ecossistemas. A conservação da biodiversidade é estratégica para a qualidade de vida. Cada vez mais descobrem-se substâncias de grande valor para a saúde, alimentação, obtenção de tinturas, fibras e outros usos, no grande laboratório representado pelas diferentes espécies de plantas e animais, muitas até pouco tempo desconhecidas ou desprezadas pela cultura oficial
Quanto à diversidade das formas de sociedade e cultura, em poucas palavras, é importante reconhecer a imensa variedade de modos de vida, de relações sociais, de construções culturais que a humanidade chegou a desenvolver. Essa variedade, embora tenha uma relação com os ambientes em que as diferentes sociedades evoluíram, não foi condicionada univocamente por essas condições, já que a imaginação e a criatividade humana são ilimitadas: em circunstâncias semelhantes, muitas formas diferentes de vida e de expressão cultural são propostas por diferentes grupos, muitas soluções diferentes podem ser encontradas para problemas semelhantes.
Visões distorcidas sobre a questão ambiental
1. A questão ecológica ou ambiental deve se restringir à preservação dos ambientes naturais intocados e ao combate da poluição. As demais questões — envolvendo saneamento, saúde, cultura, decisões sobre políticas de energia, de transportes, de educação, ou de desenvolvimento — são questões que não devem ser da alçada dos ambientalistas.
2. Os que defendem o meio ambiente são pessoas radicais e privilegiadas, que não necessitam trabalhar para sobreviver, mantêm-se alienadas da realidade sobre as exigências impostas pela necessidade de desenvolvimento; defendem posições que só perturbam quem realmente produz e deseja levar o país para um nível melhor de desenvolvimento.
3. É um luxo e um despropósito defender, por exemplo, a vida do mico-leão-dourado, enquanto milhares de crianças morrem de fome ou de diarréia na periferia das grandes cidades, no Norte ou no Nordeste.
4. Quem trabalha com questões relativas ao meio ambiente pensa de modo romântico, ingênuo, acredita que a natureza humana é intrinsecamente “boa” e não percebe que antes de tudo vem a dura realidade das necessidades econômicas. Afinal, a pior poluição é a pobreza, e para haver progresso é normal que algo seja destruído, ou poluído.
5. Idealiza-se a natureza, quando se fala da “harmonia da natureza”. Como é que se pode falar em “harmonia”, se na natureza os animais se atacam violentamente e se devoram? Que harmonia é essa?
3. É um luxo e um despropósito defender, por exemplo, a vida do mico-leão-dourado, enquanto milhares de crianças morrem de fome ou de diarréia na periferia das grandes cidades, no Norte ou no Nordeste.
4. Quem trabalha com questões relativas ao meio ambiente pensa de modo romântico, ingênuo, acredita que a natureza humana é intrinsecamente “boa” e não percebe que antes de tudo vem a dura realidade das necessidades econômicas. Afinal, a pior poluição é a pobreza, e para haver progresso é normal que algo seja destruído, ou poluído.
5. Idealiza-se a natureza, quando se fala da “harmonia da natureza”. Como é que se pode falar em “harmonia”, se na natureza os animais se atacam violentamente e se devoram? Que harmonia é essa?
ELABORAÇÃO DE PROJETOS
1. Planejamento coletivo
� Representantes da comunidade
� coleta de sugestões
� Pré-diagnóstico
� Primeiro recorte (linhas gerais)
Levantamento de parceiros
2. Diagnóstico �Levantamento dos problemas sócio-
ambientais
Levanta questões para a fase de implantação, diagnóstico e avaliação
do Projeto
Reuniões, discussões, entrevistas, questionários
Resultado do Diagnóstico
Elaboração do Pré-projeto
�
�
Análise e apresentação dos dados
Hierarquização dos elementos levantados - problemas ou/e potencialidades
3. O Projeto � Incluir questões relativas à história da comunidade
� Coleta de material para subsidiar o Projeto: bibliografia, ilustrações, artigos de jornais, objetos significativos, etc.
Escolha do Tema � O(s) tema(s) deve(m) ser significativo(s) para a comunidade
Título do Projeto � Significativo e relacionado ao tema escolhido
3. O Projeto �
�
Justificativa(s)Aponta a importância a partir do diagnósticoApresenta fundamentação Teórica
Objetivo(s)� O que se quer obter com o Projeto?� Quais as mudanças que se pretende obter com o Projeto?
4. Metodologia �
�
�
Como realizar o projeto?Quais as estratégias de ação?Quais os meios de intervenção?Quais as diretrizes de E.A. presentes?
Público Alvo �
�
A quem se destina o Projeto? O Público alvo é representativo da comunidade ou piloto?
Tempo de Execução –Cronograma
�
�
Previsão do tempo necessário para a realização do ProjetoOrganização das Etapas
5. Planejamento das Atividades
�
�
�
Planejamento participativoAcompanhamento das etapasElaboração dos ajustes necessários
A) Atividades Gerais, são aquelas que integram tudo aquilo que vai se desenvolver dentro do tema escolhido
B) Atividades Específicas, são aquelas que organizam as ações, as áreas envolvidas para a sua realização e desenha as pequenas redes do Projeto
6. Avaliação � Permanente• Quais as mudanças observadas?
• Onde se conseguiu avançar?• Onde se pode avançar?• Quais os níveis de atuação?• Que novas questões surgiram?
Ações Futuras �
�
�
�
DesdobramentosPlanejamento dessas açõesAcompanhamento permanenteNecessidade de reforço das ações
Divulgação e Exposição
Busca de Parceiros
�
�
Divulgação das iniciativas e açõesDivulgação dos resultados, parcial e finalApresentação pública dos resultados
Públicos ou privados
Roteiro Metodológico para Projetos Sócio-Ambientais
1- Iniciativa e Contatos
preliminares
2- Estudo prévio eSeleção das localidades
3- Contatos com a Comunidade
4- Preparação e Realização de
Debates
5- Capacitação dos Atores Sociais
6- Elaboração e Diagnóstico Local
7- AgendaLocal8- Busca de
Parcerias
9- Execução dasAções
10- Acompanhamentoe Avaliação
PROJETO
Meio Ambiente, Pobreza e Inclusão SocialDesenvolvimento Sustentável e Cidadania
Biodigestor:Biodigestor é um equipamento usado para a produção de biogás, visto que apenas 5% das 4.995 mil propriedades rurais do Brasil (IBGE, 1975) possuem eletrificação rural.
Ou seja cerca de 50 milhões de pessoas não dispõem de energia elétrica. Com a crise do petróleo, na década de 70, foi trazida para o Brasil a tecnologia dos biodigestores, sendo os principais modelos implantados o Chinês e o Indiano.
Meio Ambiente, Pobreza e Inclusão SocialDesenvolvimento Sustentável e Cidadania
O biogás é obtido a partir da decomposição da matéria orgânica (biomassa). A biomassa é colocada dentro do biodigestor, onde através da digestão e fermentação das bactérias anaeróbicas é transformada em um gás conhecido como metano. Esse tipo de bactéria não precisa de ar para sobreviver, por isso o ambiente tem que ser o mais vedado possível. O biogás é um gás inflamável, por isso deve – ser ter alguns cuidados ao fazer uso desse gás.
O biogás pode ser utilizado para:• Em lampiões; • Aquecimento de fogões;• Como combustível para motores
de combustão interna; • Em geladeiras; • Em chocadeiras; • Em secadores de grãos ou
secadores diversos; • Para a geração de energia
elétrica.
Meio Ambiente, Pobreza e Inclusão SocialDesenvolvimento Sustentável e Cidadania
3 – Biomassa:Biomassa são restos orgânicos encontrados na natureza, que podem ser usados na produção de biogás, tais como:
• Excrementos (bovino, suíno, eqüino, etc.);
• Plantas aquáticas (aguapé, baronesa, etc.);
• Folhagens; • Restos de cortes de grama; • Restos de (rações, frutas,
alimentos, etc.);• Cascas de cereais (arroz, trigo,
etc.);• Esgotos residenciais.
4 – Biofertilizante:Após todo o processo de produção do biogás, existe uma sobra dentro do biodigestor que podemos chamar de biofertilizante. O biofertilizante pode ser usado como adubo orgânico para fortalecer o solo e para o desenvolvimento das plantas.
Meio Ambiente, Pobreza e Inclusão SocialDesenvolvimento Sustentável e Cidadania
Vantagens e usos do biofertilizante :
• Não apresenta custo nenhum se comparado aos fertilizantes inorgânicos;
• Não propaga mau cheiro;• É rico em nitrogênio, substância muito
carente no solo; • A biomassa que fica dentro do
biodigestor sem contato com o ar mata todas as bactérias aeróbicas e germes existentes nas fezes e demais matérias orgânicas;
• Está livre dos parasitas da esquistossomose, de vírus da poliomielite e bactérias como a do tifo e malária;
• Recupera terras agrícolas empobrecidas em nutrientes pelo excesso ou uso contínuo de fertilizantes inorgânicos, ou seja, produtos químicos;
• É um agente de combate a erosão, porque mantém o equilíbrio ecológico retendo maior quantidade de água pluvial;
• O resíduo da matéria orgânica apresenta uma capacidade de retenção de umidade pelo solo, permitindo que a planta desenvolva durante o período de seca;
• Por outro lado, vale destacar que a única desvantagem do uso de biofertilizante é a não eliminação da acidez do solo, causada pelo uso exagerado de fertilizantes inorgânicos dificultando, muitas vezes, a absorção pela raiz da água e de nutrientes do solo como o potássio e o nitrogênio que influenciam na germinação e crescimento da planta;
Meio Ambiente, Pobreza e Inclusão SocialDesenvolvimento Sustentável e Cidadania
• Combina purificação da água com agricultura intensiva e sustentável;
• Utiliza terras fracas reduzindo a pressão para desmatamentos;
• Simplifica a operação devido a processos naturais de purificação e reciclagem;
• Recicla nutrientes, eliminando a necessidade de buscar fertilizantes e outros produtos químicos tóxicos de fontes externas;
• A vegetação fixa o CO2 e produz oxigênio, reduzindo os impactos poluidores;
• Preserva a diversidade de espécies animais e vegetais, através da manutenção da vegetação integrada;
• Reduz os custos líquidos de operação para o município;
• Reduz os riscos à saúde pública através da redução de agentes patogênicos a níveis seguros;
• Facilita a replicação e manutenção por pessoas da própria comunidade gerando novos postos de trabalho;
• Conta inteiramente com processos naturais de despoluição e com isso evita custos com produtos químicos e aumenta os benefícios;
• Gera biogás, energia renovável, a partir da biomassa, disponível através de dejeto humano e animal;
• Permite o reuso tanto da água quanto do biossólido, para a produção sustentada de alimentos e recupera solos degradados.
Meio Ambiente, Pobreza e Inclusão SocialDesenvolvimento Sustentável e Cidadania
5 - Tipos de biodigestores:
Produção descontinua, a biomassa é colocada dentro do biodigestor que é totalmente fechado e só será aberto após a produção de biogás, o que levara mais ou menos noventa dias. Após a fermentação da biomassa, o biodigestor é aberto, limpo e novamente carregado para um novo ciclo de produção de biogás.
Produção continua a produção pode acontecer por um longo período, sem que haja a necessidade de abertura do equipamento. A biomassa é colocada no biodigestor todos ao mesmo tempo em que o biofertilizante é retirado. Observe a figura 1 que mostra como se faz o carregamento desse tipo de biodigestor.
Meio Ambiente, Pobreza e Inclusão SocialDesenvolvimento Sustentável e Cidadania
6 – Funcionamento de um Biodigestor:
Meio Ambiente, Pobreza e Inclusão SocialDesenvolvimento Sustentável e Cidadania
7 – Biodigestor para Tratamento do Lixo e Geração de Energia:
Milhões de toneladas de lixo são geradas diariamente e depositadas em aterros sanitários. Esse é um dos principais problemas ambientais das grandes cidades. Além dos riscos ambientais, a deposição do lixo representa apenas gastos, demandando parcelas significativas dos orçamentos municipais. O lixo é moído e encaminhado ao
biodigestor, e sai biogás, que pode ser queimado como combustível em turbinas para a geração de eletricidade.
Dependendo do tamanho do biodigestor, ele será capaz de consumir cerca de três toneladas de lixo "in natura" por dia, coletados pela cidade e poderá gerar até 600 kilowatts/hora de energia, o suficiente para abastecer 30 residências em áreas rurais e urbanas na periferia.
Meio Ambiente, Pobreza e Inclusão SocialDesenvolvimento Sustentável e Cidadania
Compostagem:A compostagem não é uma técnica recente, sendo praticada pelos agricultores e jardineiros ao longo dos séculos. Matéria vegetal, estrume, restos de cozinha e outros tipos de resíduos orgânicos são amontoados em pilhas num local conveniente e deixados a decompor e estabilizar até estarem prontos para serem devolvidos ao solo ou até que o agricultor necessitasse de fertilizar o solo.
A recente preocupação com a redução de resíduos urbanos e a produção de alimentos orgânicos levou a um renovado interesse na compostagem doméstica, de pequena escala, bem como em sistemas de compostagem centralizadas e de larga escala, municipais e comerciais.
Meio Ambiente, Pobreza e Inclusão SocialDesenvolvimento Sustentável e Cidadania
Compostagem:A compostagem é um processo biológico, através do qual os microrganismos convertem a parte orgânica dos resíduos sólidos urbanos (RSU) num material estável tipo húmus, conhecido como composto. A compostagem, embora seja um processo controlado, pode ser afetada por diversos fatores físico-químicos que devem ser considerados, pois, para se degradar a matéria orgânica existem vários tipos de sistemas utilizados.
Composto:Composto Urbano é a denominação que se dá para um processo de transformação de resíduos sólidos orgânicos não perigosos - restos vegetais (alimentos e podas de jardins) e animais - em um adubo bom e barato. Os resíduos urbanos classificados como lixo domiciliar, dão por decomposição, dois novos e importantes componentes: sais minerais contendo nutrientes para as raízes das plantas e húmus, material de coloração escura, melhorador e condicionador do solo.
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Compostagem:A compostagem é o processo de reciclagem da fração fermentável da matéria orgânica dos resíduos sólidos urbanos (RSU), eliminando cerca da metade do problema desses resíduos orgânicos, evitando a sua acumulação em aterro e melhorando a estrutura do solo, devolvendo à terra os nutrientes de que necessita, aumentando a sua capacidade de retenção de água, permitindo o controle da erosão e evitando o uso de fertilizantes sintéticos.
Compostagem:Em termos científicos, a compostagem pode ser definida como sendo uma decomposição aeróbia de substratos orgânicos, em condições que permitam atingir temperaturas suficientemente elevadas. O aumento de temperatura surge como resultado da libertação de calor na degradação biológica dos resíduos orgânicos. O resultado deste processo é um produto final suficientemente estabilizado que pode ser aplicado no solo com várias vantagens sobre os fertilizantes químicos, que se dá o nome de composto.
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Benefícios:A. Estímulo ao
desenvolvimento das raízes das plantas, que se tornam mais capazes de absorver água e nutrientes do solo;
B. Aumento da capacidade de infiltração de água, reduzindo a erosão;
C. Mantém estáveis a temperatura e os níveis de acidez do solo (pH);
D. Dificulta ou impede a germinação de sementes de plantas invasoras (daninhas);
E. Ativa a vida do solo, favorecendo a reprodução de microorganismos benéficos às culturas agrícolas.
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Tipos de Composteiras:
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Processo de Compostagem:As substâncias resultantes da decomposição por via aeróbia são os gás carbônico (CO2), água (H20) e produtos finais oxigenados (nitratos, sulfatos, etc.), havendo uma grande liberação de energia sob a forma de calor durante o processo.Na compostagem anaeróbia, além de gás carbônico e água são produzidos o metano (CH4), a amônia (NH3) e produtos finais parcialmente reduzidos (aldeídos, álcoois, etc.), ocorrendo uma menor liberação de energia durante a decomposição.
Por ser mais rápido e não exalar odores desagradáveis ou líquidos agressivos, o processo aeróbio de compostagem costuma ser o mais preferido quando o objetivo é apenas obter o composto.As condições favoráveis ou melhor, os principais fatores que influem na atividade biológica para a decomposição da matéria orgânica, são:
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Processo de Compostagem:Teor de umidade - Se não houver água em quantidade suficiente, a massa de lixo a compostar tenderá a secar, reduzindo a velocidade de decomposição e aumentando o tempo de compostagem.Se o teor de umidade é muito alto, odores desagradáveis são produzidos, além de poder ocorrer uma percolação de nutrientes do composto pela elevada concentração de água. A compostagem nesta situação também ocorrerá lentamente.O teor de umidade ideal para uma compostagem aeróbia está na faixa de 40 a 60%.
Aeração - No processo de compostagem aeróbia, se o teor de oxigênio é baixo os microorganismos aeróbios morrem e são substituídos pelos anaeróbios, os quais não decompõem a matéria orgânica com rapidez e ainda produzem gases odoríficos.Para se garantir, o processo aeróbio, a aeração necessária a toda massa de resíduos, é normalmente empregado o sistema de aeração forçada ou utilizados mecanismos para o revolvimento periódico.
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Como fazer o compostoQualquer material orgânico serve para compostagem manual, sem picar ou triturar. De preferência usar material de várias espécies. Assim o composto final fica mais rico e completo. O material deve ser amontoado, bem molhado e de preferência bem aerado, por isso é bom juntá-lo com chuva ou molhá-lo várias vezes. Depois de molhar, colocar esse material orgânico em montes de no mínimo 4 m3, considerado o mínimo para que se tenha uma boa fermentação. Isso é igual a 2mX2m metros, por 1 m de altura. Não esqueça de cobrir o monte com folhas de banana ou plantas de milho, para proteger do sol ou então enterrar.
Depois de 3 semanas, devemos fazer o monte definitivo, com as seguintes medidas: 2,20m a 2,50m na base e 1,80m de altura e cobrir com 2 cm de folhas, terra ou composto velho, mais a cobertura usada na primeira vez. Depois de 3 meses o composto fica pronto para ser usado nas hortas mas não para ser incorporado, podendo-se aplicar 7 cm do material na horta. Se o objetivo é incorporar o composto na terra, é preciso revirar mais uma vez e deixar por mais mais 6 meses até que se transforme num material que parece terra preta. Para saber se o produto está apto, deve-se pegar o material e esfregar entre os dedos. Se ele pulveriza facilmente, já pode ser incorporado.
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Como fazer o composto
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Hortas ComunitáriasA implantação de hortas comunitárias pode se traduzir em objetivos de natureza muito diversos tais como, de natureza ambiental, social e econômico e estarem ligados a ação em banco de alimentos e colheita urbana. Há uma relação direta na produção concreta das atividades humanas com o meio ambiente de uma horta comunitária, e isto reflete positivamente para a melhora da auto estima dos participantes.
Essa atuação ambiental recíproca é reconquistada passo a passo, com o apoio de diversas palestras específicas, aumentando a percepção ambiental diante de um ecossistema que apenas somos parte integrante.
Num país com enormes desigualdades sociais e econômicas e com elevado e preocupante nível de desemprego, as hortas comunitárias podem se converter em importante fonte de renda para as comunidades de baixa renda. Sem falar, é claro, numa fonte de alimentos muito importante em termos de segurança alimentar.
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Hortas Comunitárias1- Justificativa:A implantação de hortas comunitárias, como um projeto de ecologia urbana, em especial para as cidades de pequeno e médio porte, pois essa proposta se presta como estrutura de base para fomentar programas de educação ambiental, geração de renda, e principalmente a melhoria da qualidade da alimentação das populações mais carentes.
Com o desenvolvimento e a aplicação de novos modelos de educação, ultimamente com a abordagem dos temas transversais, as redes públicas de ensino e as comunidades carentes vem necessitando cada vez mais deste tipo de equipamento, até como uma forma de melhoria na alimentação e geração de novas fontes de renda.
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Hortas Comunitárias2- Objetivos:
A. Resgate e recuperação dos saberes e conhecimentos populares antigos, os quais as comunidades têm apresentado em seu histórico de vida, proporcionando, como resultados fundamentais, a elevação de status de cidadania mais interessante ao homem;
B. Ocupação de áreas literalmente abandonadas (redes de transmissão elétricas, áreas públicas, particulares e institucionais);
C. Venda de hortaliças de alta qualidade (agricultura orgânica) a preços subsidiados, bem abaixo dos preços de mercado;
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D. Terraplanagem e limpeza de entulhos e lixo sob áreas ocupadas, com conseqüente eliminação ou controle natural de alguns vetores negativos à saúde humana como ratos e insetos, além de outras pragas;
E. Aterro de áreas muito acidentadas e com charcos indevidamente entulhados, com conseqüente eliminação de umidade excessiva que comprometem os muros e paredes de casas vizinhas aos projetos;
F. Aumento da freqüência de comportamentos confortáveis e estimulantes e locais outrora abandonados;
G. Maior segurança às propriedades vizinhas devido à freqüência de pessoas da comunidade sob as áreas ocupadas;
H. Hidro-drenagem para melhoria da qualidade de
solos;
I. Melhora estética e visual
das áreas;
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J. Re-aprendizagem sobre o uso e doação de plantas medicinais à comunidade local;
K. Produção de mudas para plantio e arborização de áreas degradadas ambientalmente;
L. Elaboração e implantação de projetos de minhocultura e compostagem.
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3- Tipos de Hortas Comunitárias:• Horta de Produção Comunitária: É
aquela em que o produto final é socializado e vendido a baixos custos para o consumidor (comparados à qualidade dos produtos). Este tipo de horta é de administração familiar;
• Horta de Participação Comunitária: É aquela onde, numa mesma quadra, assentam-se diversos participantes e é por eles gerenciados; normalmente ocorre a participação entre dez e quarenta famílias cadastradas, sendo a produção destinada ao consumo dos próprios envolvidos. Nestes casos o excedente pode ser vendido e mesmo doado às instituições do município seguindo, desta forma, o Regulamento de Funcionamento;
C. Horta Escolar: É aquela cujo objetivo maior está voltado a produção pedagógica de hortaliças e tubérculos para atender a sistemas de aprendizagem dos alunos direta ou indiretamente envolvidos, merecendo ainda o reforço da merenda escolar. Nestes casos há necessidade de captação de recursos financeiros externos para aquisição inicial de adubos, ferramentas, etc;
D. Horta Comunitário-Escolar: É aquela que, além de satisfazer ao uso de um laboratório de educação ambiental para a escola, contribui para o assentamento de famílias da comunidade local no projeto;
E. Horta Medicinal: É aquela onde são cultivadas plantas de efeito curativo e/ou terapêutico sobre diversas moléstias ou doenças que afligem o corpo humano.
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4- Associação com umPrograma de Compostagem:
A compostagem é um processo biológico, através do qual os microrganismos convertem a parte orgânica dos resíduos sólidos urbanos num material estável tipo húmus, conhecido como composto. A compostagem, embora seja um processo controlado, pode ser afetada por diversos fatores físico-químicos que devem ser considerados, pois, para se degradar à matéria orgânica existem vários tipos de sistemas utilizados.
Quando este material composto se encontrar estabilizado biologicamente, poderá ser usado para correção de solos ou como adubo. Assim, as hortas comunitárias terão sempre um repositório de adubo orgânico natural à disposição, não trazendo qualquer tipo de prejuízo aos solos e à qualidade dos alimentos que serão produzidos.
As Plantas AquáticasAs plantas aquáticas podem ser utilizadas como depuradora, retentora e removedora de nutrientes como o fósforo – causam eutrofização e baixam o teor de oxigênio da água, além de diminuir consideravelmente a concentração de algas e coliformes, por adsorção em suas raízes, tornando as águas mais limpas e adequadas.Essas plantas, principalmente o aguapé, a taboa, o junco e a alface d'água, podem se transformar em aliadas do homem e ter sua importância ecológica reconhecida, a partir da descoberta de suas propriedades filtradoras, sendo aproveitado em estações de tratamento de esgoto. Em águas paradas, as plantas causam redução de oxigênio, levando à síntese de gás sulfídrico, nocivo à vida, causador das grandes mortandades de peixes e outros organismos aquáticos.
As Plantas Aquáticas1. Faz-se um bom papel do aguapé, especialmente na China.
Sua celulose está livre de lignina. Uma fábrica de celulose de aguapé não teria o problema da poluição com a lixívia negra, sub-produto comum da produção da celulose;
2. Geração de energia, sendo utilizadas como matéria-prima em biodigestores ou seco para queima em fogões;
3. Na adubação, após passarem pelo processo de compostagem ou depois de secos e triturados. O material se decompõe rapidamente, devido a seu alto conteúdo de água, e forma pilhas bem arejadas, que não precisam ser revolvidas até amadurecerem. O composto resultante é rico também em macro e micronutrientes;
4. Pode ser aplicado, simplesmente, como cobertura orgânica morta (mulching), em pomares, vinhedos, hortas, jardins e praças;
5. Na alimentação de bovinos, visto possuírem alto teor de sais minerais, depois de secos;
6. No tratamento primário de esgotos e efluentes domésticos, aproveitando sua grande capacidade filtrante.
As Plantas AquáticasPela capacidade de reter nutrientes decorrentes de sua intensa atividade biológica, o aguapé tem um grande poder filtrante, purificando a água. Ele contribui, dessa forma, para a sua reoxigenação e melhorando a qualidade da água. Matéria orgânica, metais e até detergentes também são absorvidos pela planta ou ficam retidos nas raízes. A partir daí, surgiram vários sistemas de tratamento de esgoto com eficiência comprovada.Nos estágios secundários das estações de tratamento de esgotos, o efluente costuma ser violentamente agitado, ou se faz injeção de ar para que surja o "lodo ativado" que está constituído de bactérias aeróbias, bactérias que só proliferam na presença de oxigênio, de algas e de seres microscópicos. Estas instalações são extremamente caras e as potentes máquinas de agitação ou injeção de ar têm enorme consumo de energia. Ora, o aguapé faz gratuitamente este trabalho.
As Plantas AquáticasEle propicia, em suas raízes a proliferação de toda uma comunidade viva, constituída de bactérias aeróbias, algas, protozoários ou pequenos crustáceos e larvas de insetos ou moluscos, que fazem trabalho equivalente ao do lodo ativado das estações de esgotos convencionais. Ele vai além, pois além de absorver diretamente parte da matéria orgânica solúvel, o aguapé absorve os sais minerais resultantes da decomposição da matéria orgânica pela microvida que ele abriga. Não se aconselha a utilização e presença de aguapés em lagos extensos, em represas com possíveis remansos ou mesmo tanques de dimensões maiores, pelas dificuldades de remoção e controle.O material destruído ou retirado, devido ao seu excesso, não deve permanecer à beira do corpo de água onde se está utilizando o aguapé, evitando-se sua decomposição, disponibilização orgânica e conseqüente desoxigenação (diminuição do teor de oxigênio dissolvido) e eutrofização (aumento de nutrientes) das águas, transformando-o em praga.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL X ECOLOGIA -MEIO AMBIENTE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL X ECOLOGIA - MEIO AMBIENTE
ECOLOGIA: Ciência que estuda as relações entre os seres vivos e o seu ambiente.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: Ciência que busca a , implicando a convivência harmoniosa entre os seres vivos e o seu ambiente.
qualiade de vida
Saúde
qualiade de vida
DesenvolvimentoRelacionada ao ambiente do sujeito;Relacionada à sua habitação/moradia;alimentação, saneamento básico, educação,lazer e cultura.
Relacionado às suas experiências individuaise sociais;Não relacionado ao acúmulo de bens;Relacionado ao do recursos naturais.uso racional
uso racional
Economia dos recursos
Distribuição eqüitativa
Ausência de desperdícios Auto-sustentabilidade
O PLANETA TERRA- AS DIFERENTES VERSÕES
Laboratório - O homem usa seu livre arbítrio para as mais varidas experiências:
Nave Espacial - Os homens são os tripulantes. Duas perguntaas:
Ser Vivo - Hipótese Gaia - A saúde do todo depende da saúde das suaspartes individuais:desmatamentos, poluição, uso irracional dos recursos naturais
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Ser Doente: Como um organismo doente, ele reage com suas próprias defesas as agressões sofridas -
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as ciências, a tecnologia, as culturas, as artes, a guerra, a escravidão...
Quem está pilotando a nave?Quem está no comando da nave?
efeitoestufa, buraco na camada de ozônio, mudanças climáticas, esgotamentodos recursos
a cada ação humana, uma contra-ação doplaneta
PENSE GLOBALMENTE, AJA LOCALMENTE
As Mudanças no pensamento e nas ações:
Aparecimento de ONG’s engajadas na questão ambiental;Maior preocupação ambiental - governos e entidades supranacionais;Desenvolvimento de tecnologias limpas -produção de bens e de limpeza ambiental;Criação de leis mais rígidas para evitar a poluição ou desperdício de recursos;Obrigatoriedade do ensino de educação ambiental:
todo cidadão é um educador ambiental e tem por dever cívico zelar pelos recursos e pelo patrimônio natural; todos os professores e educadores podem e devem tratar das questões ambientais em suas salas de aula; ser um educador ambiental significa:
1- ser criativo; 2- estar sempre aberto a aprender coisas novas; 3- estar antenado com as notícias/novidades que estao acontecendo no mundo; 4- ter espírito de liderança junto ao grupo que trabalha; 5- ter capacidade de improvisação frente aos desafios e problemas; 6- estar, de alguma forma, envolvido com as questões ambientais; 7- estar, de alguma forma, convencido da importância do trabalho de conscientização das pessoas.
PARTICIPAR É DISCUTIR OU DISCUTIR É PARTICIPAR ?PARTICIPAR É SEU DIREITO E SEU DEVER OU É SEU DEVER E SEU DIREITO PARTICIPAR?
Qual o papel do ambiente na vida do homem?
Qual a relação do ambiente com o homem?
O que acontecerá ao homem se a agressão à natureza continuar?
É possivel haver desenvolvimento econômico e socialsem agredir à natureza?
Qual o seu papel como cidadão em relação às agressões ao ambiente?
CRIANDO REFLEXÕES, NÃO FRUSTRAÇÕES
É preciso entender os problemas ambientais planetários para participar:
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É preciso repensar quais as alternativas ao modelo de desenvolvimento que só aprofunda as desigualdades sociais;
É preciso mostrar concretamente o papel individual e coletivo dos cidadãosna manutenção da qualidade de vida do seu ambiente;
É preciso mostrar que temos as soluções nas mãos. Mas, para isso, temos que lutar e nos organizar, participar de associações que façam ações concretas que levem a melhoria da qualidade de vida das pessoas;
Não só critique os governos e os outros!!! Aja:
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destruição da camada de ozônio; efeito estufa; desmatamento; poluição das águas, do ar e do solo; desertificação; militarismo; e esgotamento dosrecursos naturais
plante uma árvore; separe seu lixo; não desperdíce água e energia; exerçaseus direitos como cidadão exigindo um ambiente saudável para você, suafamília e seus vizinhos
ESPAÇOS DE ATUÇÃO
Escolas: Espaço primordial para atuação como educador ambiental e atuar na conscientização das questões ambientais;
Igrejas: Independente do credo e da igreja, é um excelente espaço para atuar na educação e conscientização da comunidade. É importante envolver os líderes religiosos para que nos sermões seja tratada a questão ambiental;
Clubes: Os clubes são locais de grande afluência de pessoas, de todas as faixas etárias (assim como as igrejas). Muitas e diversificadas ações podem acontecer para contribuir na conscientização das pessoas: ;
Festas Regionais: Sua estratégia e amplitude é que permite: alcançar um grande número de pessoas ao mesmo tempo, pessoas de todas as idades, profissões e classes sociais; alcançar um grande número de órgãos da administração pública; a comunidade expor em stands ou barracas para divulgar ações, recolher assinaturas, protestar contra empresas ou a omissão do poder público, exposiçoes, divulgação de produtos verdes, etc.
exposições; bazares; atividades recreativas; gincanas ecológicas
CATEGORIAS DE EDUCAÇÃO RELACIONADAS AO MEIO AMBIENTE
Planetariedade: A Terra é um novo paradigma (Leonardo Boff).Que implicações têm essa visão de mundo sobre a educação? O que seria uma (Francisco Gutiérres) e uma
(Gaston Pineau)? O tema da cidadania planetária pode ser discutido a partir desta categoria?
Sustentabilidade: O tema sustentabilidade originou-se na economia e foi incorporado na ecologia, para inserir-se definitivamente no campo da educação, sintetizada no lema
para a sobrevivência do planeta. O que seria uma cultura da sustentabilidade? O que estamos estudando nas escolas? Não estaremos construindo uma ciência e uma cultura que servem para a degradação e deterioração do planeta?
uma educação sustentável
ecopedagogia ecoformação
“
”.Eugene P. Odun
A ecologia tem se tornado, cada vez mais, uma disciplina integrada que une as ciências naturais e sociais.Deixou de ser matéria apenas biológica...Mas também é uma ciência aplicada, pois o comportamento humano tem muito a ver com a estrutura e função dos ecossistemas
Ciências Naturais X Ciências Sociais
“
”.Constituição da república Federativa do Brasil,
artigo 225
Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preserva-lo para o presente e para as futuras gerações
As Demandas das Ciências Sociais
O PLANETA É NOSSO