3.3.2. perfil psicográfico target 2 - laccops.pro.br · mostram conectados ± 48% dos 75 milhões...
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está em busca da felicidade em todos os setores da vida e não se importa tanto com padrões e
regras de comportamento quanto às gerações anteriores.
São apontados como grandes influenciadores em todas as esferas, ditam tendências.
Em outras palavras são jovens cheios de opiniões, conectados e super participativos nas redes
sociais – local onde buscam criar sua identidade, estabelecer protagonismo e ter a sensação de
pertencimento.
A geração Y é o centro do mundo atual, ela influência hábitos culturais e de consumo,
tornando-se cada vez mais necessário às marcas se comunicarem especificamente com eles,
através do engajamento, pois se trata de um público formador de opinião.
3.3.2. Perfil psicográfico – Target 2
Possui quase que as mesmas características do target atual, entretanto, por pertencerem
à classe média e a cidades que não a Capital, podem ter o acesso um pouco mais limitado,
visto que a maioria não possui wi-fi em casa (somente 39% segundo Sant’Anna et al., 2015, p.
281), utilizando assim a internet prioritariamente no horário comercial. Todavia, também se
mostram conectados – 48% dos 75 milhões de internautas brasileiros são da classe média,
da qual provêm 56% de acessos no Facebook e 55% no Twitter, contra 24% da A/B nos
dois casos, segundo pesquisa do Instituto Data Popular (IDP)26.
3.4. Análise da concorrência
A partir da análise de mercado realizada neste projeto, observa-se que o segmento de
jeans upcycling, assim como todo o segmento em geral, ainda é novidade e possui pouca
concorrência direta. Considera-se aqui concorrência direta não somente a marca que venda
jeans como especialidade ou entre um de seus produtos comercializados, mas aquela que
também possua uma filosofia semelhante à da Mig Jeans. Dessa maneira, não foi levado em
consideração somente o ato de escolha por parte do cliente entre uma marca ou outra, já que a
26 Disponível em: http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2012-11-11/redes-sociais-da-internet-sao-
mais-usadas-pela-classe-media. Acessado em 30 de junho de 2016.
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Mig carrega em seus produtos um significado maior do que o consumo em si – leva em
consideração todo o dano que aquela peça de roupa deixou de causar no meio ambiente e na
sociedade. Portanto, a concorrência indireta – que é toda aquela que possui o mesmo target
psicográfico e que trabalhe com o tecido – é forte e conta com presença de inúmeras marcas,
sendo formada por lojas especializas em jeans e lojas de departamentos, ou seja, que também
vendem outros tipos de roupa.
3.4.1. Concorrência direta
Think Blue
A marca é umas das poucas no mercado que trabalha com o jeans, da mesma forma que
a Mig Jeans, e possui filosofia semelhante. Portanto, é sua principal concorrente. Entretanto,
acreditamos que marcas como a Think Blue têm uma enorme contribuição para a indústria da
moda e para a sociedade.
Semelhante à marca estudada nesse projeto, foi criada em 2014 através de um projeto
de conclusão de curso com o tema upcycling e sustentabilidade da aluna Mirela Rodrigues
para o curso de moda da Universidade Veiga de Almeida (UVA). Ocasião na qual a aluna
passou a observar os impactos ambientais e sociais da indústria têxtil, o que despertou seu
interesse e a fez buscar maneiras que pudessem diminuir os danos socioambientais em relação
às confecções.
A marca tem como principal posicionamento o desejo de fazer o diferente através da
reutilização do jeans. Possui como característica peças únicas, cleans e atemporais – por serem
básicas e sem nenhum tipo de lavagem, possibilitam o uso em qualquer ocasião, além de
diminuir a "necessidade" de descarte. Não se trata de uma customização do jeans, segundo
Mirela, mas a transformação dele em um novo produto, ou seja, cada peça passa pelo processo
de inspiração da criadora, desenho, molde e reconstrução.
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O contato com o público se dá, principalmente nas redes sociais – Facebook e
Instagram, mídia que a dona considera “incrível” por possibilitar o contato com marcas de
todo o mundo – onde além de divulgar as coleções e engajar o público, a marca levanta
questões ambientais, tais como: formas de descarte, incentivo a não lavagem corriqueira das
roupas, dicas de cuidado com as peças para aumentar sua durabilidade, entre outras. Além
disso, a Think Blue participa de feiras, principalmente O Cluster – evento que reúne moda,
gastronomia, música, artes, design, estudantes e um público interessado em trocar experiências
– onde realiza o contato direto com os clientes, inclusive em um processo de conscientização,
e onde acontece a venda.
Figuras 8 e 9: Facebook da marca Think Blue.
Disponível em: https://www.facebook.com/thinkblueupcycled/?fref=ts
Mirela escolheu o jeans justamente pelo impacto negativo que ele gera ao meio
ambiente – pode levar até 30 anos para se decompor – , segundo a proprietária que utiliza nem
um quarto do total de água necessária a produção de uma peça em relação a indústria têxtil.
Ela comenta a disparidade entre o mercado de upcycling no exterior, onde viveu por um ano, e
o Brasil, que ainda está "engatinhando" em relação ao tema. Entre as dificuldades que a
recém-criada marca enfrenta no mercado estão: produção de peças únicas, algo que o público
em geral ainda não está acostumado, ou seja, as roupas não têm estoque e não se repetem, e a
falta de apoio da mídia dando visibilidade a projetos como esse. Entretanto, ela acredita que,
assim como o crescimento da conscientização em relação aos alimentos orgânicos no Brasil, a
moda sustentável também será o futuro do seguimento e não mais essa geração do descarte.
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As peças da marca custam entre R$ 140,00 e R$ 266,00 e seu público alvo engloba
pessoas preocupadas com o meio ambiente, principalmente, e com a indústria da moda e seus
impactos no geral.
3.4.2. Concorrência indireta
Feranda
A marca é concorrência indireta por vender jeans, ter um público alvo jovem e por ter
em seu posicionamento a consciência sustentável.
A Feranda foi lançada em janeiro de 1970 pelo comerciante Álvaro Fernando Varanda
e a costureira Iza Fernandes na cidade serrana de Teresópolis, Estado do Rio de Janeiro. Desde
seu início o objetivo central era a criação e comercialização de uma moda jovem, destacando-
se assim no mercado, visto que, as outras marcas na época produziam roupas para todas as
faixas etárias e a Feranda apostava na criatividade, modelagem diferenciada e constantes
lançamentos para esse tipo de público. Tornou-se em pouco tempo referência no mercado e,
atualmente, conta com um processo de produção própria, composto por 2 fábricas, lavanderia
e tinturaria, além de uma rede de 35 franqueados, 12 lojas próprias, mecanismo de venda
online e revendedoras autorizadas.
A marca possui como posicionamento a preocupação com questões ambientais em toda
cadeia produtiva, desde o plantio de matérias-primas que não são agressivas ao solo até um
alto investimento no sistema de tratamento de água. Devido à alta utilização do recurso para
produção de uma calça jeans, a Feranda foi a primeira empresa carioca a trazer uma nova
forma de produzir e lavar seus jeans, o ozônio, tendo como resultado 85% de economia de
água e o aumento de vida útil do tecido:
No processo com ozônio, o próprio gás é quem faz o desgaste do jeans. Fora
o benefício de não se gastar água quando se utiliza essa tecnologia, você
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consegue chegar ao tom designado pelo estilista sem a bruta corrosão do
tecido, sendo assim, você ainda consegue aumentar a vida útil do produto.
(VARANDA, 2016)
Não se trata apenas de uma ação de marketing, a marca possui a real preocupação com
o meio ambiente e acredita na sua responsabilidade social. Aposta na transparência e deixa
aberto ao público sua lavanderia e sistema de reutilização de água. Também acredita na moda
sustentável como ação para minimizar os impactos ambientais, por isso lançou a campanha
“Quem ama cuida” a fim de promover o posicionamento da marca, ainda desconhecido por
muitos.
Figura 10: Varal de calças jeans em uma loja Feranda
C&A
A varejista, apesar de ter filosofia bem distante à da Mig Jeans, vem demonstrando
mudanças quanto a sua preocupação em relação à produção de roupas e ao meio ambiente.
Dessa forma, apesar da marca estar longe do que se considera ser o ideal para o mercado, uma
pequena mudança vinda de uma marca com grande influência pode influenciar positivamente
outras empresas do ramo.
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A marca existe desde 1841, mas instalou-se no Brasil em 1976. Seu nome tem origem
em seus criadores, os irmãos holandeses Clemens e August. A C&A é pioneira na confecção
de “roupas prontas para usar” e está entre as maiores cadeias de varejo do mundo, somamos
mais de 1,8 mil unidades em 24 países da Europa, América Latina e Ásia. No país ela possui
289 lojas em 125 cidades e praticamente 22 mil profissionais empregados. Tem como filosofia
de trabalho oferecer o melhor da moda por preços acessíveis, atingindo diretamente o target
aspiracional da Mig Jeans. E em 2014 foi eleita a empresa mais admirada do Brasil, no prêmio
organizado pela revista Carta Capital, na categoria Varejo Têxtil. Também está entre as marcas
mais premiadas no universo publicitário, conquistando com frequência a liderança de diversas
pesquisas Top of Mind.
A C&A é reconhecida pela comunicação ousada, com destaque para o case da
campanha “AbuseUse” C&A, estrelada pelo bailarino Sebastian, e pela associação com a
garota-propaganda Gisele Bündchen. Também é conhecida pelas coleções em parceria com
estilistas reconhecidos como Alexandre Herchcovitch. A marca trabalha com roupas para
diferentes públicos, assim como toda loja de departamentos e, da mesma forma que suas
principais concorrentes, possui uma sessão dedicada ao jeans.
Figura 11: Instagram oficial C&A
Disponível em: https://www.instagram.com/p/BGzGUv6i6Ws/?taken-by=cea_brasil
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Figura 12: Facebook oficial C&A.
Disponível em:
https://www.facebook.com/ceaBrasil/photos/a.219678904725763.75801.193944443965876/139272967
7420674/?type=3&theater
Recentemente a marca fez uma parceria com a National Geographic para produção do
documentário "For the Love of Fashion" que trata do cultivo do algodão orgânico e o impacto
de seu uso nos produtos levados ao consumidor. Além de abordar a necessidade de mudanças
de paradigma na cadeia de produção da commodity. Nesse contexto, a C&A estabeleceu a
meta de, até 2020, ter 100% dos produtos à base de algodão utilizando matérias-primas
orgânicas e/ou mais sustentáveis, como o algodão certificado BCI (Better Cotton Initiative) ou
REEL (Responsible Environment Enhanced Livelihoods).
Figura 13: Documentário "For the Love of Fashion" produzido pela C&A em parceria com a National
Geographic. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1OTzc6Ozybg
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LEVI'S
Como apresentado no capítulo “A história do jeans”, a marca Levi’s iniciou sua
produção de jeans em 1863. Pioneira no segmento, continua até hoje com peças originais e de
qualidade. A primeira exibição internacional de suas peças foi na Segunda Guerra Mundial
quando soldados americanos utilizaram jaquetas e calças jeans. A marca ganhou força global
na década de 60 após o patrocínio do festival Woodstock, marcando o uso do jeans rasgado e
desbotado e de uma geração otimista sobre o mundo.
A primeira loja da marca – Original Levi’s Store – só foi inaugurada em 1983, na
Espanha, enquanto que nos Estados Unidos no ano de 1991, na cidade de Columbus, Ohio.
Atualmente, os produtos Levi’s são encontrados no mundo inteiro, em mais de 60 mil pontos
de venda. Além disso, a marca possui mais de 2.800 lojas próprias. Nos anos 2000 a marca
realizou uma mudança de layout dos pontos de venda e também dos produtos – jeans que se
moldam ao corpo e calças com materiais reciclados.
A empresa possui como conceito e posicionamento a sustentabilidade, para tanto tem
criado diversas linhas com a vertente de respeito ao meio ambiente, além de aconselhar seus
consumidores a não utilizar água para a lavagem do jeans Levi’s, mas outros métodos como a
colocação das peças em um freezer para matar os germes.
A Levi’s também trouxe para o mercado a linha Water™, “uma técnica de produção
que reduz em 96% o uso de água no acabamento do jeans”. Além disso, ampliou sua filosofia
através da união com a ONG Water.org, “cujo objetivo é levar água e saneamento a
comunidades carentes”27 e da promoção de uma campanha de desafio o Go WaterLess™, que
incentiva a economia de água. Prática essa que também é uma preocupação da marca desde o
plantio do algodão.
Ainda no caminho da sustentabilidade, a Levi’s criou uma linha de calças, onde 20%
da matéria-prima são de conteúdo reciclado. A mais recente criação, se deu em 2016, uma
coleção desenvolvida em parceria com a Aquafil, “marca italiana especializada na fabricação
de nylon sustentável.” (Idem) As calças dessa coleção são produzidas através do nylon Econyl,
27 Disponível em: http://www.hypeness.com.br/2014/05/para-provar-que-a-moda-pode-ser-sustentavel-marca-
lanca-projetos-de-roupas-a-pensar-no-ambiente/. Acessado dia 19 de julho de 2016.
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que é feito a partir de redes de pesca descartadas no mar, preservando assim, a vida marinha.
Esses produtos têm 61% de algodão, 38% de Econyl e 1% de elastano.
Por último, mas não menos importante, desenvolveu um projeto que busca um mundo
melhor, o Levi’s Fashion Future 202528: desafiando seus clientes a desenvolverem ações para
melhorar o mundo até 2025.
Figura 14: Site Levi’s Brasil
Disponível em: http://www.levi.com.br/brasil/
3.5. Histórico Comunicacional
Como mencionado no histórico da marca, a Mig Jeans foi criada em 2013 como um
brechó itinerante que viajava pela cidade do Rio de Janeiro, a fim de promover o consumo
consciente através da revitalização e customização de roupas – o upcycling, a palavra-chave
que guiava essa era vintage.
Figura 15 – Tumblr MigBrecho
Disponível em: http://migbrecho.tumblr.com/post/58024133607/mi
28 Disponível em: https://www.forumforthefuture.org/project/fashion-futures-2025/overview. Acessado em 19 de
julho de 2016.
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A comunicação era baseada, principalmente, nas redes sociais – Instagram, Tumblr,
Twitter e Facebook, com destaque para o último – e se limitava a divulgação dos locais onde o
brechó estaria através de informações e foto, convidando assim, as pessoas a participar dos
eventos.
Figura 16 – Facebook Mig Jeans - Convite para brechó no bairro Gávea, Rio de Janeiro
Disponível em: https://www.facebook.com/events/557853350934852/?fref=ts
Em 2014, além da divulgação dos brechós a marca começou a direcionar a
comunicação para promover seus desfiles e passou a dar mais ênfase nas peças das coleções,
começando a conquistar espaço na mídia tradicional com matérias sobre o projeto.
Figura 17 – Matéria sobre a Mig Jeans no Blog O Último Back Power. Matéria disponível:
Disponível em: http://www.oultimoblackpower.com.br/2014/04/desfile-mig-brecho-colecao-
grafismos.html
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A partir de novembro de 2014 a marca começou a direcionar a comunicação
diretamente para o jeans, destacando matérias e vídeos sobre o tecido e os danos
socioambientais que sua indústria gera. Contudo, somente em março de 2015, começaram a
assinar como Mig Jeans, tendo a partir desse momento como palavras-chaves: upcycling e
sustentabilidade. O lançamento da primeira logomarca também se deu nessa época.
Figura 18 – Instagram Mig Jeans.
Disponível em: https://www.instagram.com/p/1ZWrqugaoH/
Figura 19 - Primeira logo Mig Jeans.
Disponível em:
https://www.facebook.com/eventomixtape/photos/a.1643565655874367.1073741829.16046287131013
95/1651561101741489/?type=3&theater
No final de 2015, a Mig criou um site, onde é possível encontrar todas as informações
sobre a marca – sua história, processo de produção, serviços oferecidos, fotos, agenda, entre
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outros. Em junho de 2016, o portal passou por uma reformulação no layout e ganhou nova aba
– o e-commerce que ainda não está em funcionamento.
Figura 20 – Site Mig Jeans.
Disponível em: http://www.migjeans.com.br/
O logo atual da marca foi implementado em fevereiro de 2016 e representa o
posicionamento da Mig através de símbolos e cores, sendo o verde a representação da
sustentabilidade e as setas da economia circular – o upcycling.
Figura 21 – Logo atual Mig Jeans.
Disponível em:
https://www.facebook.com/Migjeans/photos/a.453933608035150.1073741826.453492844745893/953
147064780466/?type=3&theater
A marca também possui uma conta no YouTube pouco explorada, conta apenas com
um vídeo do desfile realizado no Paraty Eco Festival de 2014.
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Figura 22 – YouTube Mig Jeans
Disponível em: https://www.youtube.com/channel/UCdjDOaQxnQE6loZXnJBqdYA
Mais recentemente, está presente na “rede social febre do momento e dos millennials”
– Snapchat –, segundo o Meio&Mensagem29. Entre seus snaps, como são chamados os vídeos
de poucos segundos compartilhados entre seus seguidores durante 24 horas, está a cobertura
de eventos, feiras e desfiles e detalhes da produção das peças.
Figuras 23 e 24: Imagens no Snapchat Mig Jeans.
Disponível apenas através do aplicativo: https://www.snapchat.com/l/pt-br/
29 Disponível em: http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/2016/03/30/os-millennials-estao-no-
snapchat-marcas.html. Acessado em 30 de junho de 2016.
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Nos últimos tempos a Mig também vem ganhando destaque na mídia, com notícias e
parcerias. Vale destacar a união da marca com aLagarta – revista feminina colaborativa e com
foco na liberdade criativa – e com a Malha – um espaço de coworking que pensa a moda de
uma forma “sustentavel, colaborativa, local e independente” que é novidade no Rio de
Janeiro:
Figura 25 - Site aLagarta
Disponível em: http://www.alagarta.com/mig-na-malha
Também merece destaque a divulgação da marca no Instagram da ELLE Brasil, uma
das revistas de moda com maior destaque no país:
Figura 26 - Instagram oficial ELLE Brasil
Disponível em: https://www.instagram.com/p/BGzvvfZrULk/
E por fim, a participação da marca de upcycling em um dos mais notáveis eventos de
moda que acontece na cidade – o Rio Moda Rio, ocorrido no último mês de junho no Píer
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Mauá. A MIG Jeans fez parte do Espaço Experimente, destinado a marcas independentes do
círculo fashion.
Figuras 27 e 28 – Matéria no site da Rio Moda Rio: “Moda original e acessível: conheça 18
designers fora do circuito óbvio”.
Disponível em: http://riomodario.virgula.uol.com.br/2016/06/14/espaco-
experimente/#.V2qeG1ilW4s.whatsapp
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Mig Jeans na imprensa
Figura 29: Matéria no portal internacional A Cosmo Life “Mig Jeans - Inspiring & sustainable brand
madein Brazil”. Disponível em: https://myinexpensivefabulouslife.com/2015/11/03/mig-jeans-
inspiring-sustainable-brand-made-in-brazil/
Figura 30: Matéria no portal Menos um Lixo – “Mig Jeans: quando a peça esquecida no fundo do
armário vira a sua primeira opção”. Disponível em: http://menos1lixo.virgula.uol.com.br/mig-jeans-
um-consumo-consciente-e-mais-humano/
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Figura 31 – Matéria no portal Rio etc – “Uma nova vida ao Jeans”.
Disponível em: http://www.rioetc.com.br/pelas-ruas/uma-nova-vida-ao-jeans/
Figura 32 – Matéria no portal da FAETEC – “Moda Sustentável: Alunas da FAETEC criam empresa
que estimula o consumo consciente com conceito de upcycling do jeans e recebem Prêmio Jovens
Empreendedores”. Disponível em: http://www.faetec.rj.gov.br/index.php/institucional/assessoria-de-
comunicacao/noticias/221-moda-sustentavel-alunas-da-faetec-criam-empresa-que-estimula-o-
consumo-consciente-com-conceito-upcycling-de-jeans-e-recebem-premio-jovens-empreendedores
Ponto de venda
A Mig Jeans não possui loja física, mas trabalha em stands que são montados de
acordo com a necessidade, principalmente nas feiras frequentadas por elas. A Babilônia Feira
Hype, seu principal ponto de venda, conta com stands padronizados que são decorados e
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organizados por cada expositor. Geralmente, a marca monta araras simples de roupas com
cabides onde as mesmas são organizadas, além de usar quadros escritos a giz. Tudo bem
simples.
Figura 33: Stand da Mig Jeans na Babilônia Feira Hype.
Disponível em (24/06/16):
https://www.facebook.com/babiloniafeirahype/photos/a.1086147108124001.1073741867.2093
40252471362/1086147418123970/?type=3&theater
3.6. Problema
A Mig Jeans apresenta uma falha de comunicação por não dar luz à sua principal
função no mundo da moda: mostrar que é possível seguir tendências sendo responsável social
e ecologicamente. Através do histórico comunicacional da marca, pode-se observar que no
campo conceitual houve a perda da filosofia inicial da marca – sustentabilidade e upcycling.
No início da participação da mesma nas redes sociais seu conteúdo estava mais ligado aos
motivos que levam uma marca a querer diferenciar-se das tradicionais – consumismo e os
danos causados pela indústria da moda. O que ocorre agora no que se refere ao contato com
público, é a marca limitar-se a divulgar a agenda de feiras, resultados de mídia e imagens das
peças criadas, em detrimento de conteúdos que promovam um consumo consciente, perdendo
assim a essência do projeto.
Tal problema pode afetar o posicionamento da marca no mercado e a percepção do
público quanto a ela, correndo o risco de aproximação com as marcas tradicionais da moda e
fast fashions, já que a Mig começa a fazer parte de circuitos onde essas marcas estão. O
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usuário que não conhece o histórico da mesma pode não a enxergar como uma instituição que
promova a sustentabilidade, mas sim, como uma empresa somente de customização.
Com a análise do cenário e do problema comunicacional da Mig, percebe-se que, com
o tempo, a distância entre o propósito da marca guiado pelo seu espírito inovador – que é o
que a diferencia no mercado – está afastando-se da sua comunicação com público. O valor de
seus produtos, que é o que Gorz (2005) chama de “dimensão imaterial” (p. 38), está muito
além dos gastos com a produção em si, mas sobre o que a marca representa simbolicamente na
mente do consumidor – o “valor simbólico”. (p. 38). Este, por sua vez, é o que determina,
além do preço, o posicionamento no mercado.
Essa compreensão também possui um aspecto negativo, ainda de acordo com o autor:
(..) vemos que o capital fixo imaterial é utilizado num plano inteiramente
diferente: ele funciona como um meio de produzir consumidores. Dizendo de
outro modo, funciona para produzir desejos e vontades de imagens de si e
dos estilos de vida que, adotados e materializados pelos indivíduos,
transformam-nos nessa nova espécie de consumidores que ‘não necessitam
daquilo que desejam, e não desejam aquilo de que necessitam’.”, segundo
definição de Edward Barnays (1920) (GORZ, 2005, p. 48)
A Mig Jeans, entretanto, traz ao mercado de moda uma mentalidade diferente dessa, já
que não busca somente gerar consumidores, mas conscientizá-los do que acredita ser a melhor
prática de consumo. Portanto, a pegada de sustentabilidade e do upcycling deveria ser o guia
em toda sua fala.
3.7. Objetivo
O objetivo desse planejamento estratégico de campanha institucional será dar mais
visibilidade à marca no ambiente online, local onde seu target está inserido; divulgar a
abertura da loja online e, principalmente, destacar em todas as suas ações seu posicionamento
alternativo às marcas tradicionais do mercado, dando destaque ao seu “valor imaterial”.
3.7.1. Metas
As metas de crescimento em relação às redes sociais girarão em torno da nova
campanha com geração de conteúdo constante, impulsionamento de página e de posts,
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divulgação dessas mídias em suas semelhantes e utilização de influencers. De acordo com o
propósito das criadoras da marca o aumento nesses canais gira em torno de 500 seguidores;
entretanto, acredita-se que é possível no período de 6 meses atingir até 1.000 novos seguidores
em cada uma dessas redes com a aplicação adequada da campanha e o direcionamento aos
dois target já citados.
Rede Social Fãs/seguidores atual Fãs/seguidores desejados
Facebook 4499 5.500
Instagram 2702 4.000
Snapchat Dado não fornecido 3000
Consultado dia 18/07 às 21:24
Em relação às vendas, o norte está em aumentá-las entre 50% a 200% por mês até
março de 2017. Atualmente a Mig Jeans vende de 15 a 30 peças por mês, dependendo,
principalmente, da quantidade de feiras que participa, já que esse é seu único ponto de venda.
O aumento desejado se dará pela fidelização dos clientes atuais e pela ampliação do target
através da campanha, além da esperada expansão devido ao e-commerce. Parte expressiva do
aumento das vendas virá dessa plataforma.
Vendas Quantidade por mês Crescimento desejado
Em número de peças 15-30 peças 45 peças
Em dinheiro R$ 1000,00 à R$ 1500,00 R$ 2500,00 à R$ 3000,00
Hoje a marca só participa da Babilônia Feira Hype, deseja dentro desse mesmo prazo
duplicar a participação nas feiras introduzindo-se na O Cluster – feira com filosofia
semelhante da que frequenta atualmente. Em relação aos acessos ao site, ainda não é possível
mensurar com precisão, uma vez que, o mesmo é recém-lançado e pouco divulgado. Mas
acredita-se que com a menção maior a ele, principalmente à loja online, o crescimento seja
significativo.
Para além dos dados estatísticos, a campanha também deverá servir para fixar o
posicionamento da marca como precursora da moda upcycling no Brasil, principalmente, no
Rio de Janeiro e atingir o maior número de público simpatizante de sua filosofia, que não só