360 ed119 dez15

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giro 360_Piraju tem novo endereço de boa comida, ar puro e uma linda vista natural gastronomia_ imitamos um prato típico de restaurante ótimo de Bauru issuu.com/caderno360 ANO 11 dezembro|2015 n n º º 1 1 19 19 pegue & leve Alunos de escola estadual plantam árvores na rua motivados pelo 360 Grátis! facebook/caderno360 Caderno Caderno 360 360 Gostoso Gostoso de ler de ler . . Não poderia haver melhor celebração para o aniversário de 10 anos do Caderno 360 do que receber uma “carta ao leitor”dos alunos da 4ª série D da escola estadual Sinharinha Camarinha, de Santa Cruz do Rio Pardo, narrando seu apreço por nossas matérias de incentivo à arborização das cidades e preservação do meio ambiente. O resultado está aí, nesta foto feita após visitarmos a escola para agradecer a carta, falar sobre o jornal, como é feito e de nossa defesa ambiental. Para ilustrar, convidamos o diretor de meio ambiente da cidade, Cristiano Miranda, que junto com a professora Neide Silva, orientou os alunos a plantarem mudas de árvores numa das ruas da cidade, tornando o plantio uma ação solene. O resultado positivo está expresso em dezenas de mãozinhas remexendo a terra fértil, num aprendizado prático de que é simples e importante termos muitas árvores nas ruas da cidade para que o clima seja ameno e o ar se mantenha puro para o bem de todos. cidadania _ em- presas criam ações comunitárias com equipes internas p6 p10 p8 foto: Flavia Rocha | 360 foto: Flavia Ropcha | 360 Circulação Mensal: 8 mil exemplares Distribuição: • Águas de Santa Bárbara • Assis • Areiópolis • Avaré • Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Chavantes • Cerqueira César • Espírito Santo do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu • Lins • Manduri • Óleo • Ourinhos • Palmital • Piraju • S ta Cruz do Rio Pardo • São Manuel • São Pedro do Turvo • Tatuí •Timburi Pontos Rodoviários: • Cia. da Fazenda • Graal Estação Kafé • Orquidário Rest. Café • Rodoserv • RodoStar • Varanda do Suco

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#360.Gostoso de Ler# Jornal mensal distribuídos nas pequenas cidades do interior paulista. Avaré_Botucatu_S. Manuel_ Sta. Crurz do Rio Pardo_Piraju_Assis_Ourinhos_Lins_Ipaussu_Chavantes + 15 cidades do dusoeste paulista!

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Page 1: 360 ed119 dez15

giro 360_Pirajutem novo endereçode boa comida, arpuro e uma lindavista natural

gastronomia_imitamos um pratotípico de restauranteótimo de Bauru

issuu.com/caderno360

ANO 11dezembro|2015

nnºº 111919

pegue & leve

Alunos de escola estadual plantamárvores na rua motivados pelo 360

Grátis!

facebook/caderno360

CadernoCaderno

360360

GostosoGostoso

de lerde ler ..Não poderia haver melhorcelebração para o aniversáriode 10 anos do Caderno 360do que receber uma “carta ao leitor”dos alunos da 4ª série D da escola estadualSinharinha Camarinha, de Santa Cruz do Rio Pardo,narrando seu apreço pornossas matérias de incentivo à arborização dascidades e preservação do meio ambiente.

O resultado está aí, nesta fotofeita após visitarmos a escolapara agradecer a carta, falarsobre o jornal, como é feito ede nossa defesa ambiental.

Para ilustrar, convidamos odiretor de meio ambiente dacidade, Cristiano Miranda,que junto com a professoraNeide Silva, orientou osalunos a plantarem mudas de árvores numa das ruas da cidade, tornando o plantiouma ação solene.

O resultado positivo está expresso em dezenas demãozinhas remexendo aterra fértil, num aprendizadoprático de que é simples e importante termos muitasárvores nas ruas da cidadepara que o clima seja amenoe o ar se mantenha puro parao bem de todos.

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Circulação Mensal:8 mil exemplares Distribuição:

• Águas de SantaBárbara • Assis

• Areiópolis • Avaré • Bernardino de

Campos • Botucatu • Cândido Mota

• Canitar • Chavantes • Cerqueira César

• Espírito Santo doTurvo • Fartura

• Ibirarema • Ipaussu • Lins • Manduri

• Óleo • Ourinhos • Palmital • Piraju

• Sta Cruz do Rio Pardo• São Manuel

• São Pedro do Turvo • Tatuí •Timburi

Pontos Rodoviários:• Cia. da Fazenda

• Graal Estação Kafé • Orquidário Rest. Café• Rodoserv • RodoStar

• Varanda do Suco

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O futuro do Brasil.

Assistir ao Master Chef Junior Brasil, além de me di-vertir e emocionar, essas coisas leves e frugais dasquais mutias vezes somos privados por conta da vidaadulta, que visam apenas nos entreter ou distrair, mefazem despertar para uma nova visão a respeito donosso país e do mundo, quem sabe. As crianças de 9a 13 anos mostraram muitas virtudes. E isso é incriv-elmente animador, ainda mais se considerarmos asgerações que estão aí, ou em plena atividade, na casados 30 e poucos anos, ou a moçada a partir dos 18.

A geração atual deixa pais, professores e chefes de ca-belo em pé, com sua conduta indiferente, de quemsabe de tudo, sem saber nada, nem mesmo portar-secom educação diante das pessoas. Agem com grosse-ria, descaso e verdadeira falta de educação. E sem sedarem conta, o que é muito pior. Como aquele ditadode que o pior cego é o que não quer ver, da historinhado rei nu.

Já a meninada ainda na infância mostra o oposto.Para começar, prova que boa educação é algo cor-riqueiro, natural. Incorporada ao ser, ao estar. Aindamais diante dos outros. Têm uma capacidade incrívelde se expressar, com um empoderamento, como usa-se dizer hoje, diferente da moçada. Porque o faz comdelicadeza, ternura, carinho mesmo. E respeito, o queé muito importante.

Para completar, agem com um sentido incrível de so-lidariedade. Nota-se que estão sendo criados –provavelmente em casa e nas escolas também – paraserem boas pessoas. Para serem corretos. Para en-frentarem a realidade, para acreditar num sonho epara assumirem a tarefa de colocá-lo em prática.

São crianças que não fogem da raia. Que dão a carapra bater e sabem ouvir. Não fazem tipo. Elas são. Etrazem resultado, quase sempre da melhor qualidade.Neste campo, me valho não apenas das crianças doprograma de culinária mirim da TV. Mas também naeterna mascote deste jornal, a Paola, que desdemenininha, aos quatro anos de idade, se aventurou aparticipar do Caderno 360. E com ele cresceu,trazendo a público inúmeros momentos da maispura, doce e incrível infância e do bem que podemosesperar do futuro.

É com essa fé no amanhã que concluo a 119ª ediçãodo Caderno 360. A que completa 10 anos de exis-tência do jornal e dá início ao seu 11º anos. Uma co-letânea de artigos e de indicações de lugares quepodem fazer bem a cada leitor, seja por abrir as por-tas subjetivas do pensamento própria, seja para ins-pirar uma vida pautada na honestidade, no amor, nanatureza e na simplicidade implícita de uma vida quetranscorre na pequena cidade do interior.

Feliz Ano Novo! E boa leitura!

Flávia Rocha Manfrin diretora-editora 360 • [email protected]

2 • editorial

Romanos21Vs: 2

“Todo caminho do homem éreto aos seus olhos, mas oSenhor sonda os corações.”

Ora,Ação!

Caderno 360 é uma publicação mensal da eComunicação. Todos

os direitos reservados. Tiragem: 8 mil exemplares. Distribuição

gratuita. Redação/Colaboradores: Flávia Rocha Manfrin ‹editora,

diretora de arte e jornalista responsável | Mtb 21563›,Odette

Rocha Manfrin ‹receitas, revisão e separação›, Patrícia Oliveira

‹assistente de produção e vendas›, André Andrade Santos ‹corre-

spondente SP›, Paola Pegorer ‹repórter especial›. Colunistas: José

Mário Rocha de Andrade, Priscila Manfrim, Fernanda Lira, Tom

Coelho, Shai Oliva Alon e Adi Leite. Ilustradores: Franco Catalano

Nardo, Waldomiro Neto e Sabato Visconti. Edilene Araujo An-

dreoli ‹separação›, Marcos Valentiere ‹distribuição› Impressão:

Fullgraphics. Artigos assinados não expressam necessariamente

a opinião desta publicação. • Endereço: R. Cel.Julio Marcondes

Salgado, 147/fundos — centro — cep 18900-000 — Santa Cruz do

Rio Pardo/SP • Cartas e publicidade: [email protected]

F: 14 3372.3548 _14 99653.6463. 360_nº118_dezembro|2015

xpedientee

Querida Flávia, boa tarde. Recebi hoje o exemplarde novembro do Caderno 360. O slogan "Gostosode ler", está mais do que apropriado à publicação.O visual está super agradável, atrativo, e o textosaboroso, flui deliciosamente com um conteúdomuito agradável e diversificado. A matéria com aAndréia Suli, uma das vencedoras do PrêmioLongevidade Histórias de Vida Bradesco Segurosestá excelente. Parabéns a você pela edição 118. Eque outras centenas de edições venham para asatisfação dos leitores. Abraços e sucesso!

Pedro Luiz Aguiar_São Pedro

Olá editores do Jornal Caderno 360!Somos alunos do 4º Ano D da Escola Estadual Sinharinha Camarinha. Estamos desenvolvendo um projeto sobre jornal,do material “Ler e escrever”. Exploramos alguns jornais de circulação em nossa cidade e gostamos muito de saber quevocês estão atentos aos benefícios que as árvores trazem para o meio ambiente.Nossa escola também se preocupa com essa causa e pouco tempo atrás os alunos fizeram umplantio de árvores para proteger uma nascente que estava desprotegida no bairro Graminha.Queremos parabenizá-lospelas publicações de capa, com o tema árvores. Achamosmuito importante o incentivo da plantação de árvores, pois

sabemos que elas são importantes para a qualidade do ar que respiramos.Gostaríamos que vocês continuassempublicando maismatérias, incentivando as pessoas a plantarárvores e cuidardas que já estão

plantadas. Um Abraço

Alunos do 4º ano D, da Escola Estadual Sinharinha Camarinha _ Professora Neide Maria da Silva_Santa Cruz do Rio Pardo

Caros amigos!Mais uma vez parabenizo esse jornalpelas matérias, foto, entretenimento,caça-palavras. Aproveito para enviaruma mensagem de Natal e Ano Novopara os leitores. Que todos tenham umótimo Natal de muita oração, saúde, feli-cidade, amor e harmonia em cada lar!Que cada família se una se abracem epeça paz a Jesus. Amem!

Rubens Freitas Rodrigues e Família _Chavantes

* •correio foto

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Page 3: 360 ed119 dez15

Os relatórios da Agência Nacional deÁguas (ANA) e do Departamento Nacionalde Produção Mineral (DNPM), baseadosnos relatórios do Sistema Estadual de MeioAmbiente e Recursos Hídricos de MinasGerais (Sisema), que se basearam nos re-latórios da empresa Samarco, que diziamhaver monitoramento contínuo da bar-ragem do Fundão, em Minas Gerais apon-tavam a mesma como com baixo risco derompimento. Mas ela rompeu. E a lama ar-rastou construções, estruturas, plantações,criações, e pessoas. Vidas humanas foramceifadas pela incompetência, pela boa oupela má fé! Boa fé de alguém que sebaseou numa legislação questionável quedetermina que a empresa detentora de al-guma concessão pública é a responsávelpelos estudos e pelo monitoramento dascondições de estruturas com alto risco deimpacto socioambiental. Má fé ou incom-petência de alguém que deveria avaliar enão avaliou ou então que não avaliou di-reito. Além das vidas humanas, perderam-se também um rio e praticamente todas asformas de vida que em seu leito e em suasmargens viviam. Perdeu-se importanteparcela da economia das áreas afetadas,e, perdeu-se mais um pouco da fé e dacrença de que podemos desenvolver ativi-dades produtivas e preservar o patrimônionatural concomitantemente.

Este triste episódio reflete uma das faces dacultura do faz de conta que tem imperadoem nosso país. De governantes ao cidadãocomum, passando por empresas peque-nas e grandes, a imagem é mais impor-tante do que aquilo que fazem na realida-de. Assim, empresas gastam milhões empropaganda para tentarem convencer oconsumidor de que tem o melhor atendi-mento, quando bastava atender bem cadacliente que as visitasse. O que nem sempreacontece. Pessoas gastam horas do diapara postarem nas redes sociais o quantosão as melhores e, no entanto, não con-seguem desenvolver um diálogo presen-cial ou colocar o discurso em prática nomundo real. Um claro exemplo disso são aspropagandas feitas pela Vale mostrando ocompromisso ambiental da empresa queé uma das proprietárias da Samarco, res-ponsável pela represa que rompeu. Exem-plos podem ser vistos no youtube(youtube.com/watch?v=g3pKNWrGKcE).

Os recursos investidos em propagandaspoderiam ter sido melhor aproveitados se

tivessem sido usados para o pagamentode uma equipe realmente comprometidacom o monitoramento das represas oupara o reforço das estruturas destas. Oupara a criação de um sistema de proteçãoda população e do ecossistema no caso deocorrer um rompimento. Ou ainda para amanutenção de uma equipe capacitadapara atuar em episódios como o ocorrido,ao invés de largar o ônus nas costas dopoder público. Mas não. Se a propagandaestá bem feita, a sociedade compra eacredita. E então está tudo bem. Não im-portam os riscos, não importam os mausatendimentos, não importam os outros...

Este episódio me fez lembrar que a poucomais de quatro anos atrás Santa Cruz doRio Pardo, Ourinhos, Águas de Santa Bár-bara, Iaras e outros municípios da regiãoforam tentados pelo canto da “sereia dodesenvolvimento” que queria “presenteá-los” com um belo conjunto de usinas e al-guns empregos, e em troca pegaria“apenas” o Rio Pardo, suas matas ciliares,todas as formas de vida que ali habitam,propriedades rurais, suas produções e osempregos nelas gerados. Felizmente as co-munidades não viram com o mesmo olhardos colonizadores e não aceitaram trocar oecossistema regional por promessas tãopequenas. E, após ver o rompimento dabarragem do Fundão e suas consequên-cias, surgiu a pergunta: e se os moradoresdas cidades localizadas às margens do RioPardo tivessem aceitado pacificamente aconstrução das represas? E se estas repre-sas fossem mal construídas e futuramentealguma rompesse? Ou se mesmo bem con-struídas, um conjunto de fatores como osprocessos erosivos fluviais, de assorea-

mento ou os sismos induzidos apontadosna página 107 do Relatório de Impactosobre o Meio Ambiente (RIMA), que foielaborado por empresa contratada pelaproponente das represas, ocorressem e de-

sestruturassem as imensas barragens queseriam construídas à montante (acima) deOurinhos (514,40 metros de largura por 33metros de altura) e de Santa Cruz do RioPardo (380 metros de largura por 32 met-ros de altura, na Figueira Branca e 497,32metros de largura por 33 metros de alturana Niágara)? Os riscos apontados no RIMAeram pouco significativos e de baixarelevância... Como os de rompimento dabarragem do Fundão em Mariana apon-tados pelos estudos feitos pela empresaque operava a barragem...

3 • meio ambiente

Rompimento de barragens: um risco REAL

*professor livre docente da UNESP campus de Ourinhos

* A barragem de Algodões, a

250km de Teresina/PI, se rompeu

em 27/05/2009, deixando 9 mor-

tos, dois mil desabrigados e 80

feridos. As águas inundaram 50

KM da cidade e chegaram a 20m

de altura. Pelo menos 500 casas

foram destruídas. Os 52 milhões

de litros de água represada in-

undou 50km da cidade de Cocal

da Estação, chegando a 20m de

altura. Cerca de 500 casas

foram destruídas, árvores foram

arrancadas, deixando um rastro

de lama no vale ao lado do rio.*

*Edson Luís Piroli

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Page 4: 360 ed119 dez15

Em nome de Deus vale tudo? Os radicaisque matam em nome de Deus, pode? Oscristão que arrancam árvores que pode-riam ser mantidas, pode? Os evangélicos,que, a exemplo da igreja Católica no pas-sasdo, dizimam seus fieis em falcatruas mi-lagrosas, pode? A discriminação de outraspráticas religiosas, pode? Não, não pode.

Principalmente porque vivemos num Es-tado Laico, ou seja, no Brasil as práticas re-ligiosas não devem interferir nas decisõespara toda a população. Aquim qualquerprática religiosa é permitida. Muitos cris-tãos que se julgam salvos pelo EspíritoSanto discriminam outras práticas reli-giosas, especialmente o espiritismo e ocandomblé. Julgam-nas “demoníacas”. Há

cristãos fazendo isso, não Cristo. Isso estáerrado. Todos têm o direito de ter a sua re-ligião ou a descrer da existência de Deus. Éuma questão pessoal.

Discriminar pessoas segundos suas cren-ças é uma forma de instigar a intolerância.Algo que, para quem conhece um poucoda história de Cristo, sabe que não fazia

parte de seus ensinamentos. Se você seguealguma outra religião ou se crê apenas nacapacidade do homem ser digno de vir-tudes e bondades, tem a obrigação de res-peitar a natureza e as pessoas. Tem o deverde defender a natureza e o próximo, nuncao contrário. Deve alertar e interferir quan-do seus companheiros de fé

Sem essa de nada de fé cega, faca amo-lada. A gente tem que ter paz no futuro. Eisso pressupõe respeito à natureza, o queimplica ações em defesa das plantas e dosanimais, e respeito ao próximo, seja elequem for. Creia ele ou não no seu Deus.

Todo mundo sabe que deve ligar 190 numasituação. A polícia atende e você é socor-rido por uma viatura mais próxima. Ou ori-entado pelo policial ao telefone. Não mais.

Hoje, em cidades pequenas como SantaCruz do Rio Pardo, você liga 190 e depois demuitas e (para quem está aflito diante doperigo) intermináveis chamadas.. a linhacai. Assim. Sem atendimento.

Ninguém me contou. Isso aconteceucomigo. Várias vezes. E mais de uma veznuma mesma necessidade.

Independentemente das minhas razões, eposso garantir todas eram justificáveis, nãoé pra ser assim. Não pode ser assim.

Abrir mão da segurança pública, quer porquestões de logística ou de economia ousejam lá por quê for, é inaceitável.

Nenhum cidadão, nenhum, deve aceitarisso. Nem mesmo a PM. Muito menos asprefeituras. E ainda mais os vereadores.Nem mesmo o judiciário. Nenhum poder.Nem os poderes públicos, muito menos os

privados. Nem mesmo você e muito menoseu, que neste instante represento o 4ºpoder, a imprensa.

Todos os brasileiros, todos, têm o direito àsegurança. É constitucional. Abrir mão doatendimento de emergência como fez ogoverno de São Paulo, que comanda a Polí-cia Militar, que por sua vez é a zeladora danossa segurança, é abrir mão do nosso di-reito. Do nascimento à morte.

E se for um bandido armado tentando ar-rombar a minha porta. Prestes a invadir omeu quarto? A minha casa, a minha loja?Ou a colocar em risco a vida de alguém? Euligo uma, duas, três vezes, pacientemente,até a EMERGÊNCIA atender? E ainda souobrigada a dar nome de ruas em detalhes epontos de referências para um policial quesequer conhece a minha cidade?

Sim, o atendimento de emergência 190hoje é regional no estado de São Paulo.Não sei se isso funciona em algum outrolugar. Não funciona aqui em Santa Cruz doRio Pardo, onde moro.

Muita gente desconhece essasituação por felizmente nãoser obrigada a ocupar os PMscom telefonemas. Porqueninguém com um mínimo decivilidade e consciência ligapara a polícia à toa. Sabe oquanto é importante que esseprofissionais estejam concen-trados naquilo que é essen-cial numa cidade, numasociedade: a segurança dequem está sob risco e aordem pública.

Procure saber qual a situaçãoda sua cidade. Procure infor-

mar-se e, por mais que isso possa ser umadica que implica ligar sem um motivo de se-gurança para a polícia, disque 190. E com-prove o entrave que nosso governoestadual criou para que possamos contarcom a ajuda da PM quando estivermos em

perigo.PS: Esse texto foi escrito depois de maisuma vez eu ter que esperar até cair a linhae tentar uma segunda vez para ser aten-dida pela PM. Pacientemente expliquei asituação barulho impróprio para o horárioe sinais (sonoros, porque não sou doida desair à rua pra ver) de desordem. Disse-me opolícial, há pelo menos uma hora, neste pe-quenina cidade, onde a sede da PM fica amenos de 1km do local indicado e possuipelos menos duas viaturas, que mandariauma viatura para o local. Diante dobarulho que insiste impedir que eu me con-centre no que estava fazendo (trabal-hando? dormindo?, não importa, são 5h damanhã) e do tempo transcorrido, ligo denovo para 190. Tum… tum… tum…tum… tum… tum… tum… tum… tum…tum… tum… tum… tum… tum…tum……… Silêncio!

*jornalista paulistana queadora o interior

4 • ponto de vista

*Fernanda Lira Em 2016, imite o Cristo

S O S

19 0im

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*Flavia Rocha Manfrin

*editora | 360

Page 5: 360 ed119 dez15

restauranterestaurante ss

BernardinoBernardino•• donana_Peixes, riso-tos, massas. 3ª/sab:18h_ 22h dom: 12h_15h F: 14 3346.1888'

BotucatuBotucatu•• celeiro_ Situadonum bairro rural criadocom base na agriculturabiodinâmica e na antro-posofia, o restaurante ebar é farto em elemen-tos naturais e tem umvariado cardápio que sesobressai em toda aregião. Destaque paraos cortes de carne. 5ª(19h-0h), 6ª (18h-0h),sáb. (17h-0h) e dom.fe-riados (12h-17h) F: 143814-4675

ipaussuipaussu•• Harpo's_Cozinhacontemporânea capri-

chada em ambienteagradável. 6ª e sab:19h_ 0h dom: 11h30_14h F: 14 99853.0904

ourinHosourinHos•• La parrilla_ Comidaargentina. 3ª/sab: 11h_16h e 19h, dom: 11h_16h F:: 14 3324.9075

•• sushi Ventura_Co-mida japonesa delicio-sa e criativa. Deck comvista para o por-do-sol.3ª a dom:19h_0h F:14 98114.8015

pira jupira ju•• pirabar_ Almoço ecasa noturna à beira doParanapanema. 3ª adom. F:14 3351.4387•• taças e cachaças_Cachaças, petiscos,pratos variados. Ótimoatendimento. 2ª a sáb.:após 18h | dom: 10h-

15h. F: 14 3351.0811 •• adrenalina's oishi_O famoso bar de Ricar-do Mello agora com co-zinhas brasileira e ja-ponesa. Ótimo atendi-mento e a melhor vistada cidade. 16h às 23h(fecha às 3ªs) F: 143351.0811

ÁGuas de sta.ÁGuas de sta.BÁrBaraBÁrBara

nossa chácara_Buffet de prratosquentes e saladas .Local bucólico. 5ª adom. F: 14 3765.154

sta. cruzsta. cruz•• pizzariaalcatéia_Pizzas cro-cantes, massas, carnes,peixes e saladas . 3ª-dom. 19h _23h.F: 14 3372.2731•• rancho do peixe_Cozinha caseiracaprichada. 2ª/dom.

8h30_14h30_ 2ª/sab.17h30_ 0h. | F: 143372.4828

s. pedro dos. pedro doturVoturVo

•• restaurante ros-inha _ Deliciosa comi-

da caseira. 2ª a sáb:11h30 às 15h F:: 143377.141

•• pizzaria camiloti _De dia lanchonete epadaria. De 5a. a dom.:Pizzaria_ F: 143377.1113

• Bares eBares eLancHesLancHes

aVaréaVaré•• di-Ferentti_Comidatípica mexicana e out-ras gostosuras | 3ª a 6ª:17h_0h sáb.:11h_1h30- dom: 17h_23h F: 143733.2928

BernardinoBernardino•• pastelaria Bagdá_Melhor pastel da região360. 2ª a sab. hor. cmer-cial.

sta. cruzsta. cruz•• Bar da neusa ( so-drélia)_ Todo dia 8h_20h ou até o últimocliente.

•• Bar do cersão _Drinks, assados, por-ções. Festa de rock. 22hàs 4h F: 14 998.352630•• casa da esfiha_Mais de 70 saboresF: 14 3372.2915•• espetinho pilão ecocho_Espetinhos,porções e acompan-hamentos . 2ª a 6ª: 17hà 1h, sáb. e dom.: 16h à1h F: 14 3373.1041•• London chopp_Petiscos, refeições e asvariadas cervejas edrinks. • 3ª a 5ª (18h-0h), 6ª a dom. (17h-2h30) F:14 3372.8677 •• nina Lanches_Tradição em lanches.Todo dia 18h_0h F: 14 3372.6555•• posto 53 crep'sBar_Crepes, petiscos edrinks variados. Almo-ço. 4ª a dom. 18h-0h

F: 14 3372.5656•• treiler dos ami-gos_Lanches eporções. Fecha às 3ªs-feiras. 18h30 à 0h30 F: 14 3372.9297

outrosoutros

sta. cruzsta. cruz•• Frutaria do Ba-iano_ Frutas selecio-nadas. R. Mal. Bitten-court c/ R. BenjaminConstant 8h_ 23h. •• sorveteria união_Sorvete artesa-nal ecom ingredientes natu-rais. Todo dia 9h_23h F:14 3372.3644

•rr oo dd oo VV ii aa ss

pira ju—ourpira ju—oursp 270 ‹raposo

taVares›•• cia. da Fazenda_Km 334: Lanches erefeições saborosas.F: 14 3346.1175

our—s.cruzour—s.cruzsp 352 ‹o. QuaGLiato›

restaurantecruzadão _ Km 16: Restaurante 24h F: 14

3372.1353. orquidário restau-rante café_ Km 14:Lanches, sucos, refei-ções, orquidário. Salãode festas. Todo dia 7h_19h F: 14 99782.0043•• Varanda do suco_Km 27,5: Refeições,sucos, salgados e doces.Todo dia. 9h_19h F: 14 98125.3433

s. cruz—s. cruz—s.pedros.pedro

•• pesqueiro pauloandrade ; Peixes fres-cos, aves e assados ‹encomenda›. F: 14 99706.6518

ipaussu—ipaussu—BauruBauru

sp 225 ‹enG. joão Bap-tista rennó›

•• paloma Graal Km309 Praça de alimen-tação, lojae cafeteria.24h. F: 14 3332.1033•• Graal estaçãoKafé_Km 316: Museu, antiguidades, comidacaipira. 24h | Maria Fu-maça! F: 14 3372.1353

s.pauLo—s.pauLo—sta.cruzsta.cruz

sp 280 ‹casteLLoBranco›

•• rodoserv : Km•• rodostar: Km•• Km 53: comida típicaportuguesa

O nde IR!O nde IR!

Page 6: 360 ed119 dez15

A Special Dog, mais uma vez,deu um grande exemplo decidadania na região de SantaCruz do Rio Pardo, arrasandocom sua festa de Natal para acidade. Pelo segundo ano consecutivo, realizaram em frente ao Centro Cultural Special Dog– que funciona no primeiro prédio de dois andares da cidade, totalmente restaurado pelaempresa – uma primorosa Cantata de Natal. O evento teve apresentações em duas noites,para que toda a população pudesse ter a chance de assistir.

O resultado foi a reunião de mais de mil pessoas por noite aproveitando a magia e o encantamento da apresentação que durou cerca de uma hora.

Entre as canções natalinas apresentadas com grande talento pelos integrantes dos corais adultoe infantil do Centro Cultural Special Dog, artistas circenses vestidos à caráter como os duendes auxiliares do Papai Noel realizavam números divertidos e surpreendentes.

O momento mágico foi coroado com a aparição do Papai Noel, que fez questão de cumprimentar aspessoas e trouxe uma mensagem muito interessante a respeito da igualdade entre todos. Aliás, essetalvez seja o melhor exemplo que podemos tirar dessa ação da empresa que envolveu mais de umacentena de pessoas entre cantores, atores, apoio técnico e colaboradores que ajudaram a coordenar oespetáculo. Quem assumiu o papel dobom velhinho de barbasbrancas foi o diretor da empresa Mario Sergio Manfrim, mostrando que não basta patrocinar, é

importante também participar. “Há 32 anos vesti essa roupa pela primeira vez, quando meu filho nasceu. Ser Papai Noel comunitário é maravilhoso. Quem veste essa roupa uma vez vai querer sentir essa felicidade sempre. Só de ver a alegria nos olhos das crianças, não há o que pague”. A mensagem dele para quem estava alipara assistir ao espetáculo. “O Natal não tinha que se resumir a dezembro. Se a gente consegue transmitir nessaépoca, por que não no decorrer do ano? Se cada um desse um pouco de si o mundo seria outro.”

6 • cidadania

*André Andrade Santoscorrespondente 360

Centro Cultural Special Dogrealiza Cantata de Natal

* Disposto a colaborar e alegrar às crianças detodas as idades que sejuntaram paraassistir à Cantata deNatal, o PapaiNoel fez de suaaparição o ápicedo evento*

_fotos: Flávia Rocha | 360

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Uma dinâmica promovida por uma em-presa especializada em Recursos Hu-manos na Rosalito (empresa dealimentos de Santa Cruz do Rio Pardo),rendeu quase R$ 15 mil em doaçõespara a Santa Casa da cidade.Desafiados a coletar roupas us-adas como atividade de treina-mento, os funcionários daempresa juntaram 15 mil peçasde roupas, das quais 10 milforam doadas e 5 mil foram se-lecionadas para vendas. O vol-ume a ser comercializado por

preços de R$ 5,00 a R$ 15,00 foi oferecido aos moradores da cidade durante um bazar festivo queincluiu praça de alimentação e diversões infantis, com toda a renda revertida para o hospital. Paraatender os visitantes, os profissionais da Rosalito assumiram a tarefa de vender, atender eagradecer a comunidade que compareceu à praça onde o grande bazar foi montado. Um exemploprático de inserção de ações de cidadania eficientes dentro do ambiente de trabalho.

O incansável Eduardo Bicudo Ferrado,o Brigadeiro, presidente do SindicatoRural de Ourinhos, liderou mais umavez a ação beneficente Natal Feliz,dedicada a trazer alegria na forma debrinquedos para crianças de bairroscarentes das cidades onde o SRO atua.Com apoio de sua rede de postos decombustível e das unidades de extensão do SRO, Brigadeiroarrecadou 22 mil brinquedos, alémde itens de utilidade para entidadescarentes, como cadeiras de rodas, utensílios domésticos entre outros.

No domingo, seis de dezembro, um grande evento realizado nas dependências do recinto da Fapi,com direito a Papai e Mamãe Noel, refrigerantes, sorvetes, pipoca, algodão doce, cama elástica, pula-pula, tobogan e outras atrações em volume capaz de atender a cerca de oito mil crianças e seusfamiliares. Na ocasião foram distribuídos 10 mil brinquedos. O restante foi partilhado entre fundos deação social das cidades de extensão de base do SRO (Salto Grande, São Pedro do Turvo, Ribeirão doSul, Canitar, Chavantes e Ipaussu) e entidades de Ourinhos, num total de 20 entidades beneficiadas.

Rosalito promoveBazar Solidário

SRO faz mais umNatal Criança Feliz

_fotos: Maria Clara Peres | 360

_fotos: acervo SRO

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Há mais de 20 anos, magrinha eenjoada que sempre fui, meu exi-gente e ainda restrito paladar seapaixonou pelo sabor inigualável deum prato chamado “Rocambrólis”,servido até hoje num restauranteincrível de Bauru, o Templo.

Há menos de um ano estive lá, masa falta de uma mesa farta em pes-soas – e a aparição, na mesa aolado, de um filet combinado com al-cachofras – me fizeram adiar a sa-tisfação de novamente ter o prazerde devorar aquela comida toda, umgrande rocambole feito de filetmignon, recheado de brocólis pre-

viamente salteado no alho e azeite,empanado e servido com crocantese macias batatas fritas e arroz.

A última vez que tive essa sorte, fazquase 10 anos, quando levava umCD com o arquivo do 360 à gráficaque o imprime, até hoje, e por issodormia na cidade, carregando osexemplares logo pela manhã.

Foi num sábado sem qualquer pre-tensão, que me deparei com umpedaço de ponta de fraldinha ebrocólis pré cozido e verdinho nageladeira. Então pude fazer meupróprio rocambrócolis. Que, se nãofez jus ao original do sabor (faltourecheio, de fato), ficou parecido,com a carne no ponto, crocante esequinho. Também desvendei (es-pero) o segredo a batata frita cro-cante e seguinha. Bem cozida pordentro, mesmo quando mais gros-sa. Está aí, na receita.

Carne vermelha recheada deBRÓCOLIS

8 •gastronomia

_Ingredientes: • 1 maço de brócolis fresco• 10 dentes de alho• 1 cebola pequena• azeite• 1 filét mignon ou ponta de fraldinha (carnesem gordura e macia) em tamanho suficientepara abrir num grande bife e enrolar• 1 ovo• farinha de mandioca crua ou de rosca para em-panar• sal e pimenta a gosto• gotas de limão

_Preparo do recheio: Limpe e pre cozinhe obrócolis. Enquanto isso pique miudinho ou fa-tie o alho fininho, pique a cebola miudinho. Es-corra a água do brócolis (se quiser aproveitar,use para cozinhar o arroz), seque ao máximo epique miudinho. Numa panela, refogue o alhono azeite e vá acrescentando a cebola para nãoficar com gosto muito forte, use um pouco desal. Quando estiver quase dourado, acrescenteo brócolis. Acerte o sal. Quando estiver bem co-zido e sequinho, desligue o fogo e reserve.

_Preparo do prato: Numa tábua de carnegrande abra o filet com a faca, desenrolando acarne até ter um grande bife de menos de 1cmde altura. Tempere apenas com sal e pimenta,para não juntar água durante a fritura. Coloque

o recheio (bem mais do que aparece na foto) eenrole com cuidado, evitando que vaze por al-guma imperfeição da carne. Prenda com pali-tos de dente e, se achar que não está firme,amarre com barbante. Empane passando noovo batido (com algumas gotas de limão) e em-panando com a farinha. Frite em gordura abun-dante e quente, sem estar acima demais datemperatura. Frite tampado para prolongar afritura e garantir o cozimento ideal da carne.Quando estiver quase moreninho, retire e es-corra em peneira de metal. Sirva acompanhadode arroz e batatas fritas.

Obs:o segredo das batatas é fritá-las a partir dagordura aquecida, mas não muito quente. Etampar a panela. Ela vai fritando e cozinhandoenquanto o óleo aquece secando o valor que apanela fechada junta quando aquecida.

Info: templo Bar e restaurante. Vale a pena ir aBauru para provar o rocambrócolis original e compará-loà sua receita! Além de templo da boa gastronomia, a casatem uma grande história cultural, promovendo showsinimagináveis em um restaurante e exposições de arte. Acasa não aceita cartões de crédito ou débito. Ligue antesde ir para verificar horários e reservas. •R. Benjamin Con-stant, 1-34 - Centro -Bauru. F: 14 3223-3493.

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| 360

por Flávia Manfrin

receita experimentalreceita experimental

Rocambrólis

foto: acervo Templo Bar

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E chegou essa vontade de falar sobre o abraço. Comeceicomo se começa nos dias de hoje. Fui ao Google e escolhifrases falando dele: “Os olhos se fecham, mas as pupilascontinuam dilatadas. A boca sorri em silêncio. O cérebrotenta desesperadamente parar o tempo. O coração batemais forte”. “Cabe tudo dentro de um abraço”. “E quandovocê menos espera, um abraço te surpreende com poderde cura”. “Um dia alguém vai te abraçar tão apertado queaté todos os seus pedaços quebrados vão se juntar nova-mente”. “A vida é muito curta pra não abraçar apertado”.“Tem abraço que aperta a alma!”. “22 de maio, dia doabraço. Benefícios de um abraço: alivia a tensão, reduz oestresse, ajuda na autoestima, melhora o fluxo sanguíneo,é de graça. Então, está esperando o que para dar unsabraços?”. “Nas horas difíceis, de angústia, de felicidade,de saudade... seja qual for o momento, abrace”. “É assimque é o abraço: coração com coração, tudo isso cercadode braço”. “É no abraço que a gente abarca tudo o que ooutro está sentindo”. “Abraço é a única coisa do mundoque, quanto mais apertado ele é, mais alívio ele dá”. “Con-selho do dia: Abrace! Pessoas e oportunidades”.

Vontade de abraçar a Flávia, essa guerreira que come-mora os 10 anos do 360, o jornal gostoso de ler, vontade deagradecer. Chegou via WhatsApp um professor portuguêsfalando sobre o Tratado da Gratidão de São Tomás deAquino. Diz ele que “Thank you” é um agradecimento emnível intelectual. “Merci”, “Gracias”, “Grazie” são agradeci-mentos oferecendo uma graça e “Obrigado” oferece umcompromisso, um vínculo, que é o nível mais profundo deagradecimento. Decidi que meu agradecimento será umabraço simples, essa entrega sem premissas, nada além etentei escrever o impossível porque, em todos os abraçosdesse ano estará quem eu não posso mais abraçar, a tiaDalva que se foi e aprendi que abraçar dói. No abraço háesse desassossego procurando sossego querendo que nãoacabe, como enfim é a vida.

Quatro braços que envolvem e se envolvem paraaconchegar, acolher, confortar, retribuir, unir emoções,sentimentos, partilhar dores, alegrias, vibrar e reverberarem comunhão sem barreiras, sem fronteiras, sem receios,ou pensamentos, enquanto o tempo para, a vida se re-conhece, o coração bate imóvel como a respiração, sem

som e os nervos conectam-se enquanto as pupilas, asjanelas da alma, com os olhos fechados, dilatam. Noabraço há esse chamamento, essa comunhão, essa en-trega, e por isso dizemos: abraço de corpo e alma, comofazem todos os que amam, abraçam as pessoas, abraçama vida de olhos fechados, as pupilas dilatadas, palpitando,querendo mais.

Há algum tempo tenho pen-sado em como seria um tex-to sobre abundância emtempos de escassez. Foi apósa leitura do livro “Como che-gar ao sim com você mes-mo”, de William Ury, quedecidi encarar o desafio.

Abundância, significa entreoutras coisas, grande quan-tidade e profusão. Escassez,significa falta, carência e pri-vação. São opostas em seussignificados, e interdepen-dentes entre si, certo?

O livro de Ury trata da medi-ação de conflitos. Especifica-mente conflitos internos,partindo do princípio que amelhor forma de se chegar auma solução é o sim. O simconsigo mesmo.

O autor estabelece que a raizde todos os conflitos é a es-cassez. Na base da escassezestá o medo da perda. Nos-so apego transforma o me-do em ameaça. Diante da

ameaça, nos tornamos into-lerantes.

Para contrapor essa ideia,ele propõe uma reflexão apartir da pergunta feita porEinstein no início da segun-da guerra: “Somos capazesde pensar, agir e conduzirnossos relacionamentos co-mo se o universo fosse basi-camente um lugar amistosoe como se a vida estivesse defato do nosso lado? ”

O fato é que nosso presenteestá marcado pelo discursoda escassez. Todos os diassomos bombardeados pornotícias sobre a falta deágua, sobre a fome, sobre asmudanças climáticas, sobrea fuga em massa de popu-

lações, sobre o enriqueci-mento de alguns e o empo-brecimento de muitos etc.

Com efeito nos colocamosem posição de alerta. Sejaporque precisamos cuidarda água para que não fique-mos com sede, seja para im-pedir que outros entrem emnossos territórios nos obri-gando a dividir o que teme-mos que nos falte.

Focados na ameaça daperda, nos defendemos dolado de dentro de nossascaixinhas e assim vamos nostornando escassos. Focadosem ganhar sempre, repeti-mos velhas fórmulas e pro-pagamos o desespero. So-mos parte de um sistema. E

o resultado do funciona-mento desse sistema estáligado à forma como nosrelacionamos com ele.

Temos a exata consciênciadas consequências causa-das por nossas ações? Valo-res como conservação, com-partilhamento, cooperaçãoe parceria, estão na pautapara a construção de umavida abundante.

O físico Fritjof Capra afirmaque a interdependência en-tre os seres vivos é a respon-sável pela teia da vida.

O que precisaríamos fazer,ou como deveríamos agirpara que nossa palavra deordem e nosso foco fosse aabundância? Será que a so-lução para nossos proble-mas está em nos isolarmosem nossas caixinhas nosseparando dos outros?

Será que ainda faz sentidonos colocarmos no mundoapenas como observadoresfundamentados em nossasideias, crenças e teorias, semnos preocuparmos com

nossa forma de atuação?

E você? Já parou para pen-sar de que forma gostaria de

responder a pergunta deEinstein?

*médico santa-cruzense radicado em Campinas

99 •bem viver

ABRAÇOJosé Mário Rocha de Andrade*

Como criar abundância no lugar de escassez?“ A melhor maneira de mudar o jogo é trocar a moldura...” (William Ury )Adi Leite*

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*life & career coaching, fotógrafo e jornalista

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10 •giro 360

Há quase 10 anos eu descobri umpeixe na chapa feito com alho e salque nunca mais deixou minha memó-ria gustativa quieta. Vira e mexe,hum.... que vontade de me esbaldarcom a “tilápia feita no alho” do Adre-nalina’s, o bar do Ricardo do AmaralMello e da Dani, lá de Piraju.

A novidade é que o botequinho estrei-to e sempre cheio de gente até à cal-çada, onde outros quitutes foramsendo incorporados, como as crocan-tes batatas fristas – “ fish and chips”,publiquei certa vez – mudou. Deixoua parte alta da cidade, próxima aoPeixe Dourado que marca uma dasvias de acesso a Piraju, e alojou-se demaneira incomparável, às margensdo que há, ainda, natural do rioParanapanema. Digo isso porque em10 anos pela região nunca estive numbar tão urbano, dentro de um recinto– o parque de exposições Fecapi –, eao mesmo tempo envolto em exube-rante e farta natureza.

Quando o que era bomfica muito melhor aindapor Flávia Manfrin

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Cercado por árvores altíssimas e flori-das, o novo Adrenalina’s agora é tam-bém Oishi. E, como o próprio nomediz, tem um lado oriental, muito bemestalecido, aliás. “Foi uma oportuni-dade que apareceu e acabamos enca-rando o desafio”, conta o sempresimpático e atencioso pirajuense queatende a todos com um largo sorriso edisposição para que tudo saia da me-lhor maneira possível. Talvez por isso,ele logo se adiante em avisar: “aindaestamos nos adaptando e temos mui-tos acertos a fazer”.

Exagero. Afinal, quem não tem pro-blema em atender os clientes, mesmoquando algo não está 100% perfeito,sempre vai agradar. E foi isso o queconstatamos ao passar a tarde – e

*Ricardo Mello àfrente do novoAdrenalina's Oishi.Encarando o desafio de ampliaro ótimo astral do reduto dastardes e noites pirajuenses, agorano com a naturezaa seu favor

_ fotos: Flávia Rocha | 360*

* O cardápio cresceu tanto quanto o bar.Abaixo, a famosa tilápia no alho, do antigoendereço. Ao lado, sushi, da parte oriental*

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noite – do domingo ensolarado queescolhemos para visitar o novo en-dereço da tilápia na grelha. Do cardá-pio completamente avantajado, tra-zendo variações da tradicional tilápia,além de lanches e uma boa vairedadede pratos orientais, ao atendimnetodos jovens garçons, clientes do barque estão sendo treinados pela casa,o novo Adrenalina’s Oishi só agradou.Não houve falta de vontade para ajus-tar todos os nossos pedidos, da cerve-ja mais gelada, resolvida com baldesrepletos de gelo, às meias porçõespara que pudéssemos provar váriositens, tudo foi feito com muita dis-posição e cortesia.

Com esse cenário, onde a arquiteturavaloriza o visual, enchendo de luz evisões para quem está dentro do bare descontraindo quem opta por umamesa no grande mezanino sobre abarranqueira do rio, tudo agrada.Aliás, encanta.

Vale destacar, ainda, a grande sacadade Ricardo em abrir aos domingos, apartir das 16h, estendendo o atendi-mento até às 22h, às vezes mais (saí-mos por volta das 23h e havia gentechegando). Com isso, o Adrenalina’sOishi torna-se talvez a única opçãopara quem quer começar o domingosem pressa, deixando para mais tardea melhor refeição do dia.

Quem decidir fazê-la no novo en-dereço de Piraju, certamente vai sen-tir muito prazer, gustativo e visual.E vai voltar. Ah, e como!!!!

Info: Adrenalina's OishiParque da Fecapi - Piraju4ª a 2ª (fecha na 3ª) _ a partir das 16h. F: 14 3351.3188

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Por QueADOtAr

Eu tenho três cães. E admito quetenho com eles uma relação que nãoconsigo estabelecer com outros animaizinhos. Por isso mesmo consigoentender que a adoção pode ser umgrande momento na vida de qualquerpessoa. Porque mais importante doque a raça, a beleza ou o pedigree, é arelação que estabelecemos com eles.Os outros atributos são secundários.

Eu jamais trocaria meus dogs por outros. Rezo todos os dias para queeles tenham saúde, vida longa e possam ser sempre felizes como osvejo quando correm, brincam e mecercam interessados no meu carinho.

Minha recente experiência, me fezmudar o olhar para os bichos. Me compadeço com a situação de animaisindefesos abandonados à própriasorte. E tenho certeza de que essamesma sensação invade corações ementes de outroas pessoas que têm asorte de ter um pet pra chamar de seu.

Então, se você tem essa consciência,porque não ensinar a seu filhos, suaesposa ou namorado que adotar umbichinho em vez de comprar um cãozinho ou um gatinho, é, por umlado uma atitude econômica e poroutro o mais generoso gesto de amor?

Ele vai ser tão feliz por ter um lar. Vaiser grato, vai amar você. E vai te provarque mais importante de tudo, é a relação vocês terão.

Quem me conhece pode questionar:mas e aí, você adotou o seu cão? Sim e não. Explico. A decisão de ter umcão aconteceu quando um border collie adulto me foi prometido.

Era uma fêmea que vivia num canilnuma fazenda. Infelizmente, antes queeu tomasse coragem de ir buscá-la, elaficou doente. E se foi. E anos depoisseu antigo dono me ligou, me presenteando com um filhote que ele tinha ganhado.

Por falar nisso, se você faz questão deuma raça específica, saiba que mesmoos mais lindos e amáveis cães passampor situações de abandono. Então, sevocê pesquisar um pouco nesse incrível pequeno-grande mundochamado internet, vai achar um do seuagrado, precisando do seu colo, da suacasa, da sua amizade. Pode acreditar,sua recompensa será incrivel. E eterna.

A relação que se estabelececom cães e gatos vai muito

além da ou do pedigree

14 • mundo pet

Como alguém pode abandonar um animal à própria sorte depois de o criar?

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Animais..para Adoção:..

Projeto Castra..Rua..

F: 14...99609.7230..Sta. Cruz do Rio Pardo..

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1237 jogos, 131 gols, 978 partidas comocapitão, inúmeras conquistas in-esquecíveis e algumas derrotas cruéis,mas o mais importante: 25 anos vestindoa mesma camisa, honrando o mesmo es-cudo – escudo de 5 pontas, vermelho,preto e branco.

Tenho certeza que ao ler as primeiras lin-has, você já sacou que o personagemdessa coluna é ninguém menos queRogério Ceni, o M1TO. Se você espera queas próximas linhas sejam imparciais, umaviso: melhor parar por aqui – a coluna

deste mês é 100% são-paulina, assimcomo essa que vos escreve.

No dia 11 de Dezembro de 2015 estive noMorumbi (palco que deu tantas alegriasao torcedor tricolor, mas que infelizmenteanda carente de taças), eu e mais 60milsão-paulinos, das mais diversas gerações.Estávamos lá, não para ver uma final decampeonato (admito, há algum temponão vamos lá para isso), mas para vermospor uma última vez o jogador mais im-

portante da história do SPFC vestir acamisa desse clube que tanto ama,camisa que se tornou sua segunda pele.Estávamos lá para ver o adeus deRogério Ceni. Foi lindo, triste, emocio-nante, épico e foi inesquecível, comohavia de ser.

Melhor nem citar aqui aqueles queacham Ceni “comum”, “ordinário”, poisesses são predicados que nem de longese encaixam na figura EXTRAordináriaque é Rogério Ceni, o maior goleiro doBrasil.

Poderia facilmente me delongar mas fi-nalizo por aqui, deixando meu “MUITOOBRIGADO” àquele que eternizou acamisa 01 tricolor, e entoando pela últimavez: “Todos, todos têm goleiro. Só nóstemos Rogério, o goleiro matador”. Valeupor tudo, capitão!

*são-paulina por influência do primo, torce-dora fanática por “culpa” de Rogério Ceni

*Priscila Manfrim

Um adeus Mitológico

• Esportes

Até poucos anos atrás, o mês de dezembrocostumava representar para mim o conge-lante e característico frio do fim do ano. Eupodia desfrutar de uma ocasional neve, aomeio dos vários pinheiros que enfeitam apaisagem cinzenta e sagrada da cidade deJerusalem, enquanto comia uma deliciosaSufganiya (um típico sonho recheado comgeleia, muito disputado durante o Hanucá,festival das luzes celebrado nessa época doano pelos judeus).

Tendo passado a maioria da minha vidaem Israel, sempre fico surpreso e entretidocom a colorida paisagem do tropi-natal doBrasil; Papais Noel de bermudas passeandona garupa de motos Harley Davidson, pin-heiros artificiais ou importados ao lado decoqueiros baianos ou samambaias ama-zonicas e enfeites de neve perdurandos de-baixo das quentes rajadas de chuva dosprimórdios do verão sul-americano.

Obviamente, Israel e Brasil constituem re-alidades diferentes. Porém, é nessa épocado ano que essas duas realidades tão difer-entes reverberam uma mesma históriacomum e demasiadamente humana; con-tos de esperança, ao redor da mesa de jan-tar, com enfoque na união da família, naajuda ao próximo, além das muitas expec-tativas, que nos permeiam ao nos prepa-rarmos para um ano novo, esperançosa-mente mais tranquilo e sem crises.

Durante estas épocas, afastado de minhafamília e sentindo na pele a sua ausência,eu carrego comigo a inspiração de minhamãe enquanto aproveito meu tempo aquipara desvendar sua terra natal e tentartambém me descobrir nela. De um fim domundo ao outro, da terra aspera, militar eancestral de meu pai, à terrinha sagrada deSanta Cruz: "Levo minha mãe comigo, poisdeu-me seu próprio ser".

Essa poderosa frase, a qual encerra o novoCD de Elza Soares, "Mulher do Fim doMundo" (2015, Circus/Natura Music), deve-ria ecoar nas mentes de todo marmanjoque jamais ousou levantar o braço ouabusar de uma mulher. Num ano em queo próprio ENEM contempla questões de vi-olência contra a mulher, levando o debateao âmbito geral, Elza mergulha de cabeçaem um cenário pós-apocaliptico, no qual oBrasil, e, afinal, o mundo inteiro, se trans-muta inteiramente em "quebradas"; fave-las pós-apocalipticas nas quais a destrui-ção e a violência são tão sistemáticasquanto a esperança pelo renascer. Acom-panhada por arranjos modernos e semi-

eletrônicos, vagando destemidamenteentre samba, rock e rap, Elza consegue re-nascer das cinzas e criar uma obra im-perdível para aqueles amantes da músicaque não tem receio de se surpreender.

Dentro desse mesmo cenário pós-mod-erno, incerto e livre de demarcações de-mográficas, eu gostaria de recomendartambém o filme "Beasts of No Nation" (ou,Bestas de Nação Nenhuma, em traduçãolivre ao Português); um emocionante filmede guerra sobre milicias de crianças em umpaís imaginário na Africa, a grande apostada Netflix para o Oscar, representandouma atitude inédita de rebeldia contra asgrandes multi-corporações que dominamHollywood hoje em dia.

Para encerrar, o ano e o texto, aproximo asincertezas e as dúvidas apocalipticas maisainda e aproveito para divulgar e reco-mendar (sendo um verdadeiro fã), o traba-lho da nova banda autoral santacruzense,Los Chicos de La Cruz. Tendo a oportu-nidade de acompanhar e colaborar com otrabalho dos meninos, encontro a síntesedesses questionamentos sobre o futuro,sobre o ano que virá, sobre nossa condiçãohumana extremamente polarizada, emsua música, "Escombros da Cidade".

Enfim, desejo um bom natal e feliz anonovo à todos, e, em meio à tantas dúvidas,aproveito para recitar a letra dos LosChicos: "Reina quem não duvida".

[Para assistir ao clipe dos Los Chicos De LaCruz: https://youtu.be/EimZ_TXkSBE]

* santacruzense de coração, nascido naTerra Santa, estudante de cinema em Cu-

ritiba, tradutor e amante da música.

Natal da quebrada• Música

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16 • papo cabeça

*Shai Oliva Alon

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Acabo de sair de uma das primeiras exibições do dia da estreia oficial de StarWars: O Despertar da Força. Desde que a gigante Disney comprou a LucasArtspor mais de quatro bilhões de dólares e anunciou que veríamos mais filmesminha empolgação não parou de aumentar. Até convenci a namorada a em-barcar na aventura após a maratona das duas trilogias.

Como todo bom fã, movi montanhas para conseguir assisti-lo antes que todos osoutros amigos da turma contassem os detalhes e estragassem a experiência comspoilers (Spoiler: quando um site ou alguém revela um fato importante sobrealgum livro, filme, série ou jogo. Vem do inglês to spoil que significa estragar ouem bom português estraga-prazeres). Do alto de minhas maiores expectativas,passei longe da realidade. O filme superou todas as previsões mais animadasque tive em conversas com os amigos e o trabalho de seu diretor, J.J. Abrams, deusequência a saga da forma como todos os fãs esperavam. George Lucas, o antigodono do Império Star Wars pode ficar tranquilo: sua obra está em boas mãoscom a turma do Mickey.

Um filme com méritos em fotografia, direção, roteiro brilhante, digno de Oscars,e com muita emoção girando em torno da fórmula de novelão que Star Warsconsagrou. Diversão garantida para toda a família.

Apaguemos da memória a trilogia de Anakin Skywalker. Os erros cometidos nãoforam repetidos. Temos aqui a passagem de bastão feita com eloquência e es-mero: Poe Dameron, Rey, Finn e BB-8 serão os heróis de uma geração toda assimcomo Luke, Leia, Han e Chewie foram dos jovens dos anos 80 e 90. Esqueçam oexagero de computação gráfica e pensem em efeitos práticos. Pra quem acom-panhou o pouco que vazou na internet dos bastidores sabe que o filme tinha jápinta de que seria grandioso. E Adam Driver, o novo vilão Kylo Ren, fará os fãs otemerem tanto quanto Darth Vader.

E o ponto que Star Warsmais uma vez revolucionaé na reinvenção de seuspersonagens. Quando oelenco saiu, as partes ne-bulosas da internet habi-tadas por racistas e misó-ginos entraram em polvo-rosa com Daisy Ridley co-mo a jovem Rey e JohnBoyega fazendo o Storm-trooper se redimindo. Umamulher e um negro escalados para os papéis de destaque. Um americano chegoua se suicidar ao alegar que preferia morrer antes de ver sua saga favorita lideradapor eles. Que pena para este infeliz, pois ele perdeu o maior tapa na cara da so-ciedade que vimos no cinema nos últimos anos. Star Wars se reconstrói em cimadestas duas figuras e mostra que o estereótipo machista não cabe mais nomundo e que não há espaço para intolerância. Não entregarei o ouro, mas possodizer a todos que o ingresso vale cada centavo de seu preço. E os centavos da se-gunda ida ao cinema e até da terceira.

Minha criança interior vibrou o filme todo. O cinema urrava de alegria nas cenasde ação e cada referência ao colossal legado da trilogia original dava um ar denostalgia. Não fui da geração que viu a trilogia original nos cinemas, e só vi atrilogia de Anakin fora da grande tela. Mas fico feliz de estar aqui para assistir ocomeço da nova. Como o próprio marketing do filme, cada geração tem suahistória e os jovens de hoje tem uma nova esperança.

A força está te chamando. Deixe-a entrar. Você não vai se arrepender.Venha para o Lado Nerd da força. Todo mês, aqui no 360.

O lado Nerd da força

*André Andrade Santos

• Cinema

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Au! Au! Au! Assim é o Pingo. Bastaum convite, um carinho, umaatenção e sua vida se enche dealegria. Ele precisa de muitopouco pra ser feliz, mas Pingo tem

muito medo de raios, tempestades,ventos muito fortes e mais medoainda dos trovões ensurdecedores.Ele deve imaginar que o céu está pra

cair sobre sua cabeça e se encolhetodo, se esconde, abaixa as orelhas,

cobre a cabeça com as patas e pareceque nem respira de imóvel que fica. Uma coisa

Pingo aprendeu. Tudo isso uma hora acaba e o sol, o céu azul distante e se-guro sempre aparecem e chega a hora de brincar e passear com Alvinho eserem, outra vez, os donos da alegria e do barulho: Au! Au! Au!

18 •meninada

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