49322050 botanica a diversidade anatomia e fisiologia das plantas[1]

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Botnica: A Diversidade, Anatomia e Fisiologia das Plantas PARTE I

A Importncia das PlantasA cerca de 500 milhes de anos atrs na Terra, encontraramos continentes desrticos em relao a existncia de vida. Nessa poca, os seres vivos ocupavam apenas mares e lagos. Os primeiros organismos a ocuparem a terra firme, ao que tudo indica foram s algas verdes primitivas, ancestrais das plantas atuais. O ambiente era extremamente seco e com uma vasta rea a ser conquistada e livre de competidores. Graas a auto-suficincia das alimentar das plantas, no precisavam de outros seres vivos para se estabelecerem em terra firme. Assim, a conquista da terra firme pelas plantas tornou esse ambiente convidativo para os animais que podiam utilizar plantas como alimento. Possivelmente, os primeiros a empreender essa conquista foram os artrpodes primitivos, ancestrais dos insetos e dos aracndeos atuais. Logo depois outros grupos de animais invadiram a terra firme entre eles o grupo dos vertebrados. Se as plantas no tivessem ocupado os continentes, no estaramos aqui hoje. Se elas desaparecessem, nossa sobrevivncia e a de milhes de outros animais ficaria seriamente ameaada, pois nos alimentamos direta ou indiretamente dos vegetais. Ao comermos po, arroz e batata, por exemplo, os mais tradicionais alimentos da humanidade, estamos ingerindo substncias orgnicas que as plantas produzem por meio da fotossntese. Mesmo quando comemos um ovo ou um bife, estamos ingerindo energia que as plantas captaram originalmente da luz solar: as substncias orgnicas que compem as estruturas dos animais so produzidas a partir de vegetais que eles ingeriram como alimento. Alm da funo de grau alimentcio as plantas desenvolvem uma funo de suma importncia para toda a humanidade e para todos os outros seres vivos, em relao a liberao de gs oxignio para a atmosfera, que usado pelos seres aerbicos como comburente para substncias orgnicas ingeridas na alimentao, sendo utilizadas pelas mitocndrias no processo de respirao celular promovendo a liberao de energia para o organismo, mantendo os processos vitais dos seres vivos em geral.

Tendncias Evolutivas dos VegetaisAcredita-se que os vegetais terrestres tenham se originado a partir de grupos primitivos de algas verdes, que deram origem tambm, s atuais

clorofceas. As algas pardas e vermelhas teriam sido originadas por outros grupos primitivos de organismos. Os pigmentos fotossintetizantes das clorofceas so os mesmos encontrados nas plantas terrestres: Clorofila A e clorofila B. Este fato aproxima evolutivamente as clorofceas das plantas terrestres. Na passagem evolutiva das plantas aquticas (algas) para o ambiente terrestre, foram selecionadas transformaes que surgiram ao acaso e que se mostraram adaptativas s novas condies ambientais. No ambiente terrestre, os organismos enfrentaram problemas diferentes dos que encontraram no ambiente aqutico, sendo o mais importante deles a falta de gua. No ambiente aqutico, as plantas absorvem gua diretamente do meio que as circunda, no existindo clulas ou tecidos especializados na absoro e conduo da gua. No ambiente terrestre, a quantidade de gua sob forma liquida bem menor, estando a maior parte acumulada no interior do solo. Estruturas como rizides e razes, exercendo funes de absoro de gua e fixao da planta ao solo, foram positivamente selecionadas propiciando a expanso das plantas para o ambiente terrestre. Alm do problema de obteno de gua, as plantas, enfrentam o problema da perda de gua devido a transpirao. O surgimento de cutculas impermeveis e de estruturas denominadas de estmatos, dotadas de poros que podem abrir e fechar de modo a controlar a sada de gua das plantas, tambm contribui para o sucesso das plantas no meio terrestre. Outra modificao que se mostrou altamente vantajosa foi o desenvolvimento dos tecidos de sustentao e de transporte, ausentes nas algas e nas brifitas. Os tecidos de sustentao permitiram que as plantas se mantivessem eretas, buscando melhores condies de luminosidade. Os tecidos condutores permitiram a conduo de gua e dos sais minerais, retirados dos solo pelas razes (seiva bruta), para as partes superiores das plantas at as folhas, onde, atravs da fotossntese, so produzidas substancias orgnicas. Estas, juntamente com a gua (seiva elaborada), so transportadas pelos tecidos condutores, das folhas ate s razes, distribuindo alimentos s demais clulas da planta. Os tecidos de sustentao e de transporte propiciaram o surgimento de plantas de grande porte. Os vasos condutores de seiva surgiam inicialmente nas pteridfitas, plantas consideradas as primeiras entre as tipicamente terrestres. Ao longo da evoluo dos seres vivos, os processos reprodutivos envolvendo fenmenos sexuais, que so aqueles em que se verifica mistura do material hereditrio entre indivduos da mesma espcie, foram positivamente selecionados, pois mostraram-se

altamente vantajosos, propiciando novas combinaes genticas que podem dar aos indivduos maior adaptabilidade ao meio onde vivem. Quanto a reproduo sexuada, o grande passo que favoreceu a explorao do ambiente terrestre pelas plantas foi a diminuio da dependncia da gua para a reproduo. As algas reproduzem-se sexuadamente atravs de gametas moveis flagelados que se deslocam no meio aqutico. Tal mecanismo, obviamente, no suficiente no meio terrestre. AS brifitas e as pteridfitas ainda so plantas que dependem da gua para a reproduo, pois seus gametas masculinos so flagelados, havendo necessidade de gotas de chuva ou de orvalho para que entrem em contato com o gameta feminino. Em funo disso, essas plantas esto restritas a ambientes midos. Nas gimnospermas e angiospermas, j no h mais essa dependncia da gua para a reproduo. Os elementos reprodutores masculinos so imveis, sendo levados at os elementos femininos atravs de diferentes agentes de polinizao, como vento, os pssaros e os insetos.

reprodutivo, formando a pinha. As angiospermas caracterizam-se por apresentar flores e frutos; estes ltimos abrigam e protegem as sementes. Eichler dividiu o Reino Vegetal em dois grande grupos, com base nas estruturas reprodutoras: criptgamas (no produzem flores nem sementes brifitas e pteridfitas) e as fanergamas (apresentam flores e sementes gimnospermas e angiospermas). Inclui ainda as talfitas (organismos cujo corpo um talo, estrutura no diferenciada em raiz, caule e folhas algas). As Embryophyta so plantas que apresentam durante o seu ciclo de vida, a formao de um embrio, que em Botnica, significa planta rudimentar formada dentro de semente ou arquegnios (estruturas multicelulares de brifitas e pteridfitas que abrigam os gametas femininos).

Tipos de Ciclos ReprodutivosNas plantas, mesmo no ciclo reprodutivo sexuado, observa-se a formao de esporos ou outras estruturas que ajudam na disperso da planta, compensando sua imobilidade. Assim, enquanto nos animais um individuo diplide (2n) produz por meiose gametas haplides (n), que por fecundao originam um ovo (zigoto) e um novo individuo diplide, na maioria das plantas h uma alternncia entre os indivduos diplides e haplides. O individuo diplide produz por meiose, esporos que originam um individuo haplide este por sua vez , nas fanergamas um grupo de clulas chamado de gametfito. Este individuo produzira gametas que por fecundao formar um ovo que se transformar em um novo diplide. Entre os animais temos,,mais frequentemente, apenas indivduos diplides, este ciclo chamado de Diplonte ou Diplobionte . O ciclo encontrado na maioria das plantas recebe o nome de Hplidediplide, haplodiplobionte ou de alternncia de geraes. Nas algas encontramos esses dois ciclos e um terceiro no qual a meiose ocorre logo aps a formao do zigoto, originando apenas indivduos haplides. Este ciclo recebe o nome de Haplide ou Haplobionte. HAPLONTE (Algas) Indivduos haplides (n) Gametas(n) Fecundao Zigoto diplide (2n) sofre meiose e transformase em individuo adulto haplide. DIPLONTE (Algas, Fungos e Animais) Indivduo diplide (2n) sofre meiose Gametas (n) Fecundao Zigoto diplide (2n)passa por

Grandes Grupos de Plantas: A Sistemtica VegetalNo sistema de classificao que adotamos, as plantas atuais so classificadas em 12 filos ou divises, sendo que 9 deles so as plantas vasculares, ou traquefitas assim chamadas por terem vasos formados por clulas tubulares, especializadas na conduo de seivas pelo organismo. Os outros 3 filos so constitudos de plantas destitudas de tecidos vasculares, por isso chamadas de plantas avasculares (do grego a, que significa prefixo de negao, e do latim vasculum, pequeno vaso ou tbulo). As plantas vasculares so geralmente divididas em dois grandes grupos informais, tendo como critrio a presena ou no de sementes, unidade reprodutiva que contm o embrio. As plantas vasculares sem sementes so chamadas de pteridfitas, das quais as mais conhecidas so as samambaias e as avencas, pertencentes ao filo Pterophyta. Entre as plantas vasculares com sementes h aquelas em que as sementes ficam expostas externamente ao rgo reprodutivo, o que lhes valeu a denominao de Gimnospermas (do grego gymnos, nu, e sperma, semente), e as que tem as sementes abrigadas no interior do fruto, sendo por isso chamadas de angiospermas (do grego angion, vaso, e sperma, semente). Os representantes mais conhecidos as gimnospermas so os pinheiros. No pinheiro-doparan, por exemplo, comum no sul do Brasil, as sementes (pinhes) ficam agrupadas no rgo

sucessivas mitoses e transforma-se em individuo adulto diplide. HAPLODIPLOBIONTE (Vegetais inferiores e superiores) Indivduo diplide (2n) sofre meiose Esporos (n) Individuo haplide (n) Gametas (n)Fecundao Zigoto (2n) sofre sucessivas mitoses e transforma-se em um individuo adulto diplide.

CARACTERSTICAS DO REINO VEGETAL Vasos Condutores Avasculares (sem vasos ) Semente Fruto Flor Embrio

FILOS

N DE ESPECIES

Bryophyta (musgos) Ausente Ausente Ausente Presente Hepatophyta (heptica) Antocerophyta (antceros) Pteropyta (samambaias e avencas) Lycophyta (licopdios e selaginlas) Sphenophyta (cavalinha) Psilotophyta (psilotcea) Coniferophyta (pinheiros e cipestres) Cycadophyta (cicas) Gnetophyta (gnetceas) Ginkgophyta (gincobilobas) Magnoliophyta ou Anthophyta (rvores, capns etc)

8.000 6.000 80 9.000

Sem Semente Vasculares (com vasos) Com Semente

Ausente

Ausente

Presente

1.400 22 18 550 140 70 1 235.000

Ausente (Gimnospermas)

Presente

Presente

Presente (Angiospermas)

Presente

Presente

Estrutura, Diversidade e Reproduo das Plantas Avasculares

AlgasAs algas verdes tambm chamadas de clorofceas ou clorofitas, por estarem dentro da diviso Chlorophyta tm ampla distribuio no ambiente aqutico, ocorrendo, principalmente em gua doce. Existem as algas unicelulares (Chlamydomonas, Volvox) e as multicelulares (Ulothrix, Ulva, Caulerpa). As fefitas ou feoficias, encontradas no grupo das Phaeophyta, so conhecidas como algas pardas encontradas principalmente nos mares e oceanos. Pertence a este filo o gnero Sargassum , muito comum no litoral brasileiro. As algas do gnero Fucus so muito conhecidas em funo de suas propriedades medicinais. Os Kelps so algas pardas de grande porte, muito comuns em guas frias, formando regies densamente colonizadas. Essas algas podem atingir 70 metros de comprimento, sendo algumas delas pertencentes aos gneros Macrocystis e Laminaria, sendo a ultima colonizadora do Litoral Brasileiro, alcanando at 4m de comprimento. As algas vermelhas ou tambm conhecidas como rodfitas ou rodofceas, por pertencerem ao filo das Rhodophyta, so principalmente de guas marinhas podendo ser encontradas em gua doce. A elas pertencem o gnero Porphyra; alga de caracterstica folicea e membranosa, utilizada na alimentao humana, popularmente conhecida como nori.

tambm realizam este tipo de reproduo. Os esporos liberados durante a esporulao, podem ser mveis (zosporos) ou podem se apresentar imveis (aplansporos).

Reproduo Sexuada das AlgasNa reproduo sexuada h formao de gametas, sendo que o gameta feminino une-se por fecundao com o gameta masculino. Nas algas unicelulares o prprio corpo dos indivduos servem como gametas unindo-se e formando um novo indivduo com material gentico diferenciado. J nos organismos multicelulares ocorre a formao dos gametas em estruturas denominadas de gametngios, e essa formao pode ser diferenciada em: A)- Isogonia: os gametas masculinos e femininos so idnticos entre si, tanto quanto forma e tamanho como quanto ao comportamento, sendo ambos imveis. B)- Heterogamia: os gametas masculinos e femininos so imveis, porm um deles, geralmente o feminino, muito maior que o outro. C)- Oogamia: um dos gametas grande e imvel e o outro pequeno e mvel. (Exceo nas algas vermelhas que ambos os gametas so imveis mas apresentam amnhos diferentes). As algas podem apresentar tambm um tipo de reproduo sexuada especial denominado de Conjugao, encontrado principalmente em algas verdes filamentosas do gnero Mougeotia.

] BrifitasAs brifitas so organismos que vivem preferencialmente em locais midos e sombreados. Ocorrem em abundancia nas florestas topicais, crescendo sobre o solo e sobre outras plantas. Algumas brifitas so aquticas de gua doce, no sendo conhecidos exemplos de brifitas que vivem no mar. Freqentemente tm dimenses inferiores a 2cm;mas algumas podem chegar a 30cm. Este grupo membro da diviso de plantas avasculares com cerca de 15 mil espcies. Os Musgos constituem seus principais representantes, mas alm deles, encontramos outras brifitas vivendo geralmente nos mesmo ambientes, como as Hepticas (assim chamadas por apresentar semelhanas do seu corpo na forma de uma talo, com um fgado) e os Antceros. Como os vegetais superiores e as clorofceas, as brifitas possuem clorofilas a e b, carotenides, amido e celulose. Muitas sobrevivem dormentes desidratadas por boa parte do ano, voltando atividade na poca das chuvas. O seu ciclo reprodutivo do tipo haplodiplobintico, com predomnio da fase haplide.

A Importncia das AlgasAs algas constituem a base da lalimentao dos animais aquticos e so tambm muito utilizadas na alimentao do homem. Alm disso, produzem grandes quantidades de hidrocolides, que so empregados comercialmente, por exemplo, o gar e a carragenina retiradas das algas pardas e vermelhas respectivamente. So substancias usadas como estabilizadores de doces, sorvetes, dentifrcios, cosmticos e como meios de cultura para bactrias.

Reproduo Assexuada das AlgasA reproduo das algas de forma sexuada pode ser feita por bipartio ou cissiparidade e por esporulao, sendo observada principalmente em formas unicelulares de Chlamydomonas em clorofceas a reproduo por bipartio. J a forma de reproduo por esporulao e observada na Ulothrix, uma alga verde filamentosa; onde gametas se fixam e originam um filamento jovem que se desenvolve e esporula (libera esporos) a partir da parte superior do corpo. As algas verdes unicelulares , as fefitas e as rodfitas

Ciclo de Vida das BrifitasO indivduo de vida independente e duradoura o gametfito (n), que apresenta estruturas semelhantes raiz, ao caule e as folhas. No entanto, no existem vasos condutores de siva (xilema e floema), por isto, mais correto chamar essas estruturas de rizides, caulides (ou cauldios) e filides (ou fildios). A reproduo dos musgos sexuada e seu ciclo alternante, isto , existe alternncia de geraes haplides (n) e diplides (2n). Em todas as brifitas, a gerao duradoura haplide. Em Polytrichum (musgo muito comum) os sexos so separados. A planta masculina forma em seu pice estruturas globosas denominadas de anterdeos, onde so formados os gametas masculinos. Esses gametas so dotados de dois flagelos e so chamados de anterozides. A planta feminina forma o arquegnio, no interior do qual est o gameta feminino, a oosfera. A fecundao s ocorre na presena de gua (chuva), quando os anterozides so liberados e nadam ativamente em direo ao arquegnio, penetram e seu interior e atingem a oosfera. A fecundao da oosfera pelo anterozide leva formao da clula ovo ou zigoto. O zigoto diplide, e se forma no pice da planta feminina. O desenvolvimento do zigoto leva formao de uma pequena estrutura constituda por um p, poro mergulhada no pice da planta feminina; por uma haste, eixo fino e delicado; e por uma cpsula apical. Esta estrutura denominada de esporfito (produtora de esporos). Todas as clulas dessa estrutura so diplides, uma vez que se originam do zigoto. No interior da cpsula, existem clulas que sofrem meiose, formando esporos haplides. Ao amadurecer, a cpsula libera os esporos, que so carregados pelo vento e se espalham sobre o substrato; se houver condies adequadas de umidade, os esporos germinam formando um filamento, chamado protonema, de onde surgiro novos indivduos haplides, estes reiniciaro o ciclo de maturidade. Diversidade, Estrutura e Reproduo das Plantas Vasculares

atingiam mais de 30 metros de altura. Este grupo compreende uma variedade de plantas que habitam desde regies midas at regies semi-desrticas. As pteridfitas so vegetais vasculares, isto , portadoras de vasos condutores de seiva. Graas a esse mecanismo eficiente de distribuio de gua e alimento, essas plantas puderam espalhar-se pelos mais diversos tipos de ambientes, diversificaram muito e a cerca de 300 milhes de anos, foram os constituintes principais das grandes florestas que cobriam o planeta. Atualmente, as pteridfitas so restritas a certos tipos de ambientes, e existe cerca de 11.000 espcies descritas. Podemos dizer que, devido presena de vasos condutores (xilema e floema), as pteridfitas apresentam raiz, caule e folhas, embora essa organizao nem sempre seja perceptvel primeira vista. Em muitas samambaias as folhas parecem emergir diretamente do solo, isso porque o caule cresce rente ao solo, este tipo de caule denominado de rizoma. A raiz a aparte principal do corpo da planta responsvel pela absoro de gua e sais minerais do solo. As folhas so rgos fotossintetizantes; sendo que as folhas jovens apresentam enroladas denominadas de bculos e as folhas maduras so denominadas de frondes as quais j apresentam as estruturas produtoras de esporos, os esporngios. O caule responsvel pelo transporte de seiva bruta e elaborada na planta. As pteridfitas possuem clulas modificadas que se estendem das razes at as folhas: os vasos condutores. Sendo que os vasos lenhosos ou xilema carregam seiva bruta da raiz em direo as folhas e os vasos liberianos ou floemticos carregam seiva elaborada das folhas em direo as razes; este sistema est presente em Gimnospermas e Angiospermas tambm.

Ciclo de Vida das PteridfitasAs pteridfitas apresentam alternncia de geraes. A gerao duradoura, ao contrrio das brifitas, a diplide, que esporoftica (Esporfito). A maioria das espcies das pteridfitas, ao atingir a maturidade sexual, desenvolvem estruturas chamadas de soros, localizadas na face inferior da fronde. Nos soros ficam abrigados os esporngios, dentro dos quais so produzidas clulas que sofrem meiose dando origem aos esporos. Ao cair sobre um local mido, um esporo se desenvolve tornando-se uma plantinha haplide, o gametfito, que nas pteridfitas achatado, em forma de corao (cordiforme) e denominada de protalo. O protalo uma gametngio hermafrodita que apresenta estruturas reprodutivas masculinas (os anterdios) e femininas (os

PteridfitasAs pteridfitas (do grego pteras, asa) so assim chamadas por apresentarem folhas recortadas que lembram penas ou asas. Os representantes mais conhecidos desse grupo so as samambaias e as avencas. Apesar das pteridfitas mais conhecidas so pequeno e mdio porte, algumas espcies chegam a alcanar grandes tamanhos, num passado evolutivo

arquegnios).Nos anterdios formam os anterozides, e em cada arquegnio forma-se uma oosfera. Quando maduros os anterozides libertam dos anterdios aps entrarem em contato com gotas de gua da chuva ou orvalho e eles nadam sobre a superfcie umedecida do protalo at o arquegnio onde um deles fecunda a oosfera. O zigoto se desenvolve no interior do arquegnio, originando uma plantinha diplide, o esporfito, este dar origem a uma pteridfita adulta que iniciar um novo ciclo. Fanergamas, Espermatfitas sem/com Frutos

GimnospermasSo plantas terrestres de grande porte, arborescentes, com crescimento em espessura; estruturalmente complexas, com sistema radiclar e foliar bem desenvolvidos; sistema vascular eficiente. Possui sementes sem frutos, ou seja, apresentam sementes expostas - nuas. As gimnospermas no apresentam ovrios, as folhas carpelares (orgos femininos da flor) so abertas. As flores rsticas so chamadas de estrbilos ou cones, razo do nome Coniferas, e as folhas so aciculares (forma de agulhas finas e verdes), As gimnospermas tm preferencia por climas frios mas podem ser encontradas tambem em regies desrticas. So abundantes nas regies temperadas do hemisfrio norte, onde formam extensas florestas chamadas de Taiga. No Brasil, existe uma formao de Coniferas conhecida como Mata de Araucrias, tipicas da regio Sul do pas. O vegetal adulto formado por raiz profunda, caule desenvolvido e folhas adaptadas a locais frios e secos, so conhecidos por esporfito, ou seja, so organismos diplides (2n). Ao atingir a maturidade sexual, as giminospermas produzem ramos reprodutivos especiais denominados de estrbilos. O ciclo de vida das Gmnospermas aplodiplobionte e independe da gua para a fecundao. O ciclo dividido em trs etapas: Formao de esporos, Polinizao e Fecundao. As estruturas femininas de reproduo possuem clulas sexuais de dimenses maiores que as estruturas de reproduo masculinas. Assim, convencionou-se acrescentar o prefixo mega para as estruturas femininas e micro para as estruturas masculinas.

(2n). por meiose, cada megasporcito origina quatro megsporos (n), onde somente um funcional, se desenvolvendo dentro do megasporngio. Esse desenvolvimento consiste na formao do megaprotalo ou gametfito feminino (n) , formado pelo tecido gametoftico e duas oosferas. A fase gametfitica (n) das gimnospermas representada apenas pelo megsporo funcional desenvolvido (gametfito feminino) e pelo micrsporo desenvolvido (gro de plen). Flor Masculina No estrbilo masculino cada parte (folha modificada) possui dois microsporngios, no interior dos quais esto inumeros microsporcitos (2n). Cada microsporcito sofre meiose dando origem a quatro micrsporos (n), por sua vez, cada micrsporo se desenvolve originando um gro-deplen (fase gametfitica masculina - n). Cada grode-plen formado por uma clula binucleada, sendo um de seus ncleos chamado de vegetativo e o outro de germinativo.

rgos Reprodutivos das Giminospermas:A)- Estbilo Feminino (Megastrbilo): em suas folhas, chamadas de megasporfilos formam-se megasporngios, os vulos dentro dos quais fica a oosfera, o gameta feminino. B)- Estrbilo Masculino (Microestrbilo): em suas folhas modificadas chamadas de microsporfilos, formam-se microsporngios, dentro dos quais originam-se os gros-de-plen.

Polinizao e FecundaoA chegada dos gros-de-plen ao vulo chamada de Polinizao. Nas Gimnospermas o agente responsavl pela polinizao o vento (anemofilia). Um plen quando atinge o vulo e germina, produzindo o tubo polnico a partir da clula vegetativa, e tambm duas clulas espermticas a partir da diviso mittica da clula geradora, estas deslizam pelo tubo polnico em direo oosfera. O tubo polnico perfura o megasporngio e atinge a oosfera. Esta fecundada por uma das clulas espermticas, surgindo assim o zigoto diplide.

Formao da SementeO zigoto sofre sucessivas divises mitticas originando um embrio diplide (2n). Enquanto o embrio est se formando o tecido gametfitico ao redor dele armazena substncias nutritivas e se transforma no endosperma primrio cuja funo nutrir o embrio. Os tegumentos do gametfito feminino tornam-se espessos formando a casca. Este

Processo de Formao dos Gametfitos:Flor Feminina No estrbilo feminino cada parte (folha modificada) possui dois megasporngios, os quais cada um possui uma clula, o megasporcito

este conjunto de resultante do desenvolvimento do protalo fecundado chamado de semente. As sementes muitas vezes servem como alimento para os animais silvestres e pra o homem. No caso do Pinus, a semente o Pinho. O conjunto desses pinhes formam as inflorescncias denominadas de pinhas ou estrbilos, e nunca h formao de frutos.

AngiospermasAs Angiospermas o grupo mais recente surgido na histria evolutiva das plantas, com mais de 250 mil espcies. So fanergamas vasculares, tiveram sucesso evolutivo devido presena de flores, que permitiu uma certa independncia para ocorrer a fecundao. Elas apresentam razes, caules, folhas, flores, sementes e frutos. Este ltimo exclusivo do grupo, sendo formado a partir de folhas modificadas (Carpelos), que correspondem aps megasporfilos das gimnospermas e que crescem envolvendo os vulos. Esses carpelos constituem o giniceu, a parte feminina das flores. Nas Angiospermas, o fruto destina-se a proteger a semente e encerra consideravelmente substncias nutritivas que devero enriquecer o solo onde a semente germinar, assim facilitando a nutrio da nova planta. De acordo com o nmero de cotildones encontrado nas sementes, as angiospermas so divididas em duas grandes classes: monocotiledneas e dicotiledneas. As Monocotiledneas (apenas um cotildone na semente) so geralmente, representadas pelas gramneas arroz, trigo, capim, milho, sorgo, centeio etc as palmeiras, a carnaubeira, a bananeira e outras. J as Dicotiledneas (dois cotildones na semente) tm como exemplos as leguminosas feijo, vagem, ervilha, soja - o carvalho brasileiro, o algodoeiro, o tomateiro, o cafeeiro, o tabaco ou fumo e muitas outras. As Angiospermas de modo geral apresentam na reproduo constituda por um organismo diplide (2n) que constitui a fase esporoftica do Ciclo de Vida. Ao atingir a maturidade sexual, as angiospermas produzem estruturas reprodutivas denominasdas de flores. Nas angiospermas as flores so geralmente estruturas delicadas, coloridas, perfumadas. Afinal, elas encerram os rgos reprodutores e devem exibir atributos suficientes para atrarem insetos e aves, que, em busca de nctar, se lambuzam no plen e, em seguida, contribuem para a fecundao de outras flores da mesma planta ou de outras plantas da mesma espcie. Uma flor completa de angiosperma apresenta quatro tipos de elementos: SPALAS que so geralmente verdes, e em conjunto formam o CLICE;

As PTALAS, habitualmente coloridas we que formam, no seu conjunto a COROLA; os ESTAMES, so rgos reprodutivos masculinos, cujo conjunto constitui o ANDROCEU e os CARPELOS ou PISTILOS, rgos reprodutores femininos da flor que compem o GINICEU. Cada estame possui uma fina haste compacta - o FILETE, cuja extremidade superior sustenta a ANTERA. Dentro das anteras forma-se os GROS-DE-PLEN.

Processo de Formao dos GametfitosDentro do giniceu encontra-se o ovrio. Cada ovrio produz um ou vrios megasporngios (vulos), sendo cada vulo envolvido por um tegumento. Dentro de cada megasporngio encontra-se um megasporcito (clula-me de megsporo, 2n). O megasporcito sofre diviso meitica produzindo quatro clulas, chamadas megsporos, destas, apenas uma se desenvolve e as outras atrofiam. At ento, o processo que leva a formao do gametfito feminino das angiospermas semelhante ao das gimnospermas. A diferena est em como o megsporo se desenvolve. Nas angiospermas o megsporo se desnvolve produzindo oito ncleos, que preencehm todo o megasporngio. Destes, a oosfera e dois ncleos polares so os ncleos que participaro da forao do zigoto, aps a migrao dos ncleos estes ganham parede celular, sendo que os ncleos polares formam juntos uma clula binuclada. Esse conjunto de setes clulas nada mais que o gametfito feminino. A produo de micrsporos ocorre nos estames, onde esto os microsporngios (sacos polnicos). Em cada microsporngio existem vrias clulas-me dos esporos, que sofrem meiose e formam os micrsporos (esporos masculinos n-). O esporo dentro do saco polnico sofre mitose formando o gro-de-plen (gametfito masculino n-). Nessa mitose, originam-se duas clulas: a clula geradora e a clula germinativa ou vegetativa. O processo de formao do gro-de-plen nas angiospermas e nas gimnospermas semelhante, no entanto, nas angiospermas o gro-de-plen revestido por uma capa de duas paredes. Na superfcie desta ltima, aparecem espinhos ou outras estruturas que protegem e facilitam a aderncia do gro-de-plen ao estigma para onde ele levado para que ocorra a fecundao do gametfito feminino.

Polinizao e Fecundao

Quando o gro-deplen est maduro liberado na antera e carregado por um animal polinizador ou pelo vento at o estigma. Atingindo este, o plen germina e a clula vegetativa

Excludo:

cresce pelo interior do estilete formando o tubo polnico, ao mesmo tempo a clula geradora sofre divises nucleares produzindo dois ncleos espermticos. Um dos ncleos une oosfera formando o zigoto (2n) e o outro se une aos ncleos polares formando uma clula triplide (3n)

Formao da SementeO zigoto se desnvolve formando o embrio (2n), a clula (3n) se desenvolve formando o endosperma secundrio (3n) e, o tegumento formar a casca. Com isso a semente est prota.

Formao do FrutoO ovrio, aps a fecundao dos gametfitos femininos passa a alocar as sementes, produto da fecundao. Estas sementes estim,ulam a produo de hormnios atuantes no ovrio, que por sua vez, se transformam em fruto. Os frutos constituem, por um lado, proteo para as sementes e, por outro, uma estratgia eficiente para a sua disperso. Muitas espcies de plantas possuem frutos leves e com expanses em forma de asas, isto permite seu transporte pelo vento. Outras espcies possuem frutos dotados de ganchos, que se emaranham nos plos ou penas de animais, sendo por eles dispersos. H, ainda, frutos que por serem vistosos e saborosos, so devorados por animais e suas sementes deixadas em locais distantes da planta que as produziram.

PARTE II : Formao de Tecidos e Morfologia Interna Vegetal em AngiospermasO conjunto de processos e eventos que levam um organismo multicelular a atingir o tamanho e a forma tpicos da espcie constitui o desenvolvimento. Na mairia das plantas vasculares, o desenvolvimento origina um organismo constitudo de trs partes bsicas: raiz, folhas e caule. A raiz geralmente cresce sob o solo e suas principais funes so de fixao da planta e absoro de gua e sais minerais. As folhas so especializadas em realizar fotossntese, enquanto o caule promove a sustentao e a conduo de seiva bruta e elaborada na planta, propicia tambm maior exposio das folhas luz. A organizao bsica do corpo de uma planta estabelecida durante a formao da semente imediatamente aps a fecundao, o zigoto passa a dividir por mitoses sucessivas e cresce, alimentando-se das reservas nutritivas acumuladas nos tecidos do vulo. Nessa fase as clulas embrionrias tm forma polidrica, parede celular fina e flexvel, citoplasma denso com pequenos vacolos e ncleos volumosos.

Clulas com essas caractersticas so denominidas de clulas meristemticas, que do grego mesristum, significa diviso. As clulas meristemticas constituem os meristemas, que so tecidos presentes nas partes da planta em que ocorre crescimento por multiplicao celular. As primeiras divises celulares do desenvolvimento embrionrio formam um basto de clulas. Na extremidade voltada para a micrpila do vulo, as clulas dividem-se transversalmente, originando um cordo celular, o suspensor, que tem na base uma clula maior e na outra extremidade forma-se um bloco de clulas que a partir do qual formar a nova planta. Nesse bloco diferenciam-se os cotildones e os meristemas apicais, assim chamados porque ficaro localizados nas extremidades da raiz e do caule, promovendo o crescimento desses rgos. A contnua produo de novas clulas pelos meristemasapicais faz com que o embrio se alongue. Com isso, as clulas mais velhas se afastam progressivamente das extremidades do caule e da raiz em formao. medida que se distanciam as clulas vo se especializando para a realizao de funes definidas, processo conhecido como diferenciao celular. Os primeiros tecidos a diferenciar-se so meristemas, isto , tecidos dotados de grande capacidade de multiplicao. So eles o protoderma, o meristema fundamental e o procmbio. Protoderma (primeira pele): a camada de clulas que reveste externamente o embrio e que dar origem a epiderme, o primeiro tipo de tecido de revestimento da planta. Meristema Fundamental: forma um cilindro abaixo da protoderma e dar origem ao crtex, constitudo por parnquimas e por tecidos de sustentao. A regio central do embrio, envolvida pelo meristema fundamental contm o procmbio. Procmbio (antes de trocar): que dar origem a tecidos vasculares (xilema primrio e floema primrio), a parnquimas e tecidos de sustentao da regio central da planta. O protoderma, o procmbio e o meristema fundamental so denominados meristemas primrios pelo fato de derivarem diretamente de clulas embrionrias. Quando clulas de plantas j diferenciadas voltam a se dividir ativamente, readquirindo caractersticas de clulas meristemticas, nesse caso, so chamadas de meristemas secundrios. Tecidos formados diretamente de meristemas primrios so denominados de tecidos primrios, os derivados dos tecidos secundrios recebem a denominao de tecidos secundrios.

Germinao da semente

Aps a diferenciao dos trs primeiros meristemas (protoderma, meristema fundamental e procmbio), o ritmo de desenvolvimento do embrio diminui sensivelmente no interior da semente. Esta encontra-se dentro do fruto em formao e ainda est ligada ao organismo materno, crescendo graas ao acumulo de reservas nutritivas nos cotildones ou no endosperma. Os dois cotildones armazenam praticamente todo alimento que nutrir o embrio durante a germinao da semente. Cotildones de monocotiledneas contm relativamente poucas reservas nutritivas em relao ao das dicotiledneas. Sua funo primordial transferir substancia nutritivas do endosperma, onde esto armazenadas para as clulas embrionrias. Aps atingir o tamanho definitivo, as sementes amadurecem dentro dos frutos, os quais contribuem para a disperso das sementes pelo ambiente. No devido tempo e ao encontrar condies adequadas, a semente germina. Germinao a retomada do crescimento e da diferenciao do embrio, e depende de uma srie de fatores, principalmente de gua, gs oxignio e temperatura adequada. A semente madura tem, em seu interior, um embrio envolto por substancias nutritivas, acumuladas no endosperma, nos cotildones ou em ambos. Em uma das extremidades do embrio situa-se a radcula, como denominado o primrdio de raiz; nela localiza-se o meristema apical da raiz. Na extremidade oposta est o caulculo, como denominado o primrdio do caule, em cuja extremidade localiza-se o meristema apical do caule e pouco abaixo, inscreve-se o cotildone, este nico nas monocotiledneas e duplo nas dicotiledneas e nas eudicotiledneas. Um dos eventos iniciais da germinao a absoro de gua pela semente, fenmeno denominado de embebio. A gua necessria para que as clulas retomem suas atividades metablicas e possam mobilizar as reservas nutritivas estocadas nos cotildones e no endosperma. Com a embebio, a casca da semente rompe-se e permite a entrada de oxignio, necessrio a respirao das clulas embrionrias. At a casca romper-se, as clulas obtm energia principalmente pela fermentao de molculas orgnicas das reservas nutritivas. A regio inferior do embrio localizada entre a radcula e o ponto de implantao do cotildone denominada de hipoctilo (abaixo do cotildone); e a regio superior, entre os cotildones e o meristema apical do caule, recebe a denominao de epictilo (acima do cotildone). As regies apicais do caule e da raiz podem ser denominadas de plmulas (que significa no latim pequena pena).

Sistema Drmico ou de ProteoO tecido epitelial pode ser classificado em Epiderme e Periderme. Epiderme: esse tecido encontrado recobrindo toda a planta: raiz, caule, folhas, flores e frutos. geralmente uniestratificado, sendo formado por clulas justapostas, achatadas, desprovidas de cloroplastos e com um grande vacolo. Em plantas que apresentam crescimento secundrio a epiderme no acompanha o crescimento da planta. Na superfcie externa das clulas epidrmicas, pode ocorrer deposio de cutina ou cera, que so substancias impermeabilizantes. Alm disso, podem ocorrer estruturas anexas da epiderme, como os estmatos as papilas, os pelos as escamas e os acleos. A cutcula formada por um lipdio denominado cutina, que impermeabiliza a epiderme, reduzindo a perda de gua. Sob a cutcula pode ocorrer formao de camadas de celulose. A cera encontra-se freqentemente recobrindo as clulas epidrmicas, formando bastonetes. Essa substncia impermeabiliza tambm a epiderme. Os estmatos so formaes de grande importncia nas trocas gasosas entre os tecidos internos da planta e o meio externo, alm de atuar no controle de sada de gua da planta por transpirao. Ocorrem preferencialmente nas folhas. Cada estmato formado por duas clulas clorofiladas em forma de rim, deixando uma abertura entre elas denominada de ostolo. As papilas epidrmicas so pequenas projees da parede celular encontradas principalmente na epiderme superior das ptalas, dando-lhes aspecto aveludado. Os plos apresentam grande variedade de formas, podendo ocorrer na epiderme de qualquer parte da planta. Sua principal funo de proteo contra a perda de gua excessiva por transpirao. Eles so abundantes em plantas de clima quente. Podem ser secretores e, nesse caso, produzem secrees oleosas, digestivas (como ocorre nas plantas carnvoras), urticantes. Alm disso, existem plos absorventes que ocorrem geralmente na epiderme da raiz, responsveis pela absoro de gua e de nutrientes do solo. As escamas so modificaes de plos. So geralmente discides e unidas epiderme por um pednculo. Sua funo principalmente de proteo contra a perda de gua. Nas plantas epfitas (orqudeas), essas escamas funcionam como elementos de absoro de gua e nutrientes minerais, e recebem o nome de escamas absorventes.

Os acleos so estruturas protetoras formadas por projees pontiagudas e resistentes da epiderme. So freqentemente confundidas com espinhos, que so folhas ou ramos modificados. Os acleos ocorrem geralmente no caule. Os espinhos da roseira na realidade so acleos. Os espinhos no so estruturas epidrmicas mas sim folhas e caules diferenciados. Diferem morfologicamente dos acleos por apresentarem tecidos vasculares e uma epiderme. Periderme: a atividade do felognio produz, em direo parte externa da planta, o sber ou felema, e, em direo parte interna da planta, feloderma. O conjunto sber-flognio-feloderme constitui a periderme. O Sber um tecido formado por clulas que acumulam, em suas paredes, a suberina, a substncia pouco permevel que impede as trocas gasosas. Com isso, as clulas, depois de algum tempo, morrem e o contedo do citoplasma trocado por ar. O sber portanto um tecido morto, que atua como isolante trmico e como proteo contra choques mecnicos. Os tecidos acima do sber tambm morreram devido a falta de nutrientes e gua. O sber tambm pode ser chamado de cortia quando maduro. Em tecidos suberificados de certos caules e razes areas podem ocorrer pequenas fendas denominadas de lenticelas, importantes nas trocas gasosas entre o interior da planta e o meio externo.

nctar. Ocorrem, geralmente, associado em flores, existindo casos de nectrios extraflorais localizados em pecolos de folhas, como por exemplo, o maracuj.

Tecidos de Preenchimento ou FundamentaisLogo abaixo da epiderme ou da periderme h um tipo de tecido abundante nas plantas, o parnquima. A funo geral do parnquima preencher espaos internos das plantas, mas ele tambm funes especificas. Os parnquimas so constitudos de clulas vivas que, em certos casos, retomam o estagio embrionrio, podendo originar qualquer outro tipo de clula. Por exemplo, no caso da formao da periderme, quem origina o felognio m tecido de parnquima que fica abaixo da epiderme. As clulas parenquimticas se originam a partir do crescimento e diferenciao das clulas do meristema apical. E no caso de rgos com crescimento secundrio, o parnquima se origina de clulas do cmbio. 1-Parnquima clorofiliano ou clornquima: A principal funo desse tecido a produo de energia a partir da fotossntese, por isso carregado com cloroplastos que se dispe em uma camada uniforme junto a parede celular. Dois so os tipos de parnquimas clorofilianos: o palidico e o lacunoso. O palidicoapresenta clulas justapostas e alongadas, lembrando uma paliada (estacas fincadas), encontrado geralmente abaixo da epiderme superior; o lacunoso apresenta clulas ligeiramente arredondadas que deixam lacunas (espaos) entre si, encontrado acima da epiderme inferior. E alm de realizar fotossntese esse parnquima tem funo de arejamento e carregamento de nutrientes para os vasos de transporte. 2-Parnquimas de Reservas: Especializao no acumulo de certas substancias, pode ser classificado segundo a natureza do material armazenado. Assim temos: 2a Parnquima aqfero: armazena gua e est presente em vegetais de regies secas; 2b- Parnquima aerfero ou aernquima: acumula ar em grandes lacunas presentes entre suas clulas. Est presente em plantas aquticas flutuantes como os aguaps. O acumulo de ar diminuindo a densidade relativa da planta permitindo sua flutuao; 2cParnquima amilfero:bastante freqente em rgos de reserva, tem como funo armazenar amido no interior de leucoplastos. Podendo assim, ser encontrados em tubrculos como a batata e em razes como a mandioca.

Estruturas de SecreoOs hidatdios so clulas epidrmicas modificadas, localizadas principalmente nos bordos das folhas e so responsveis pela eliminao de substncias aquosas diludas. As clulas secretoras podem ocorrer na epiderme das folhas e caules, ou ser internas planta, e apresentam grande variedade de contedo. Muitas delas acumulam cristais, que podem ser de carbonato de clcio, formando os cistlitos, ou de oxalato de clcio, formando drusas e rfides. Os tubos laticerferos so conjuntos de clulas alongadas formando verdadeiros tubos anastomosados, que conduzem uma secreo leitosa denominada ltex. Os vegetais que apresentam essas estruturas, ao serem feridos, eliminam essa secreo leitosa que, ao entrar em contato com o ar, coagula e fecha a ferida. O ltex aproveitado pela industria para a produo de borracha. A seringueira um exemplo de planta que fornece ltex. Os Nectrios so estruturas glandulares que produzem uma secreo aucarada denominada de

Tecidos de Sustentao

Esses tecidos tem a funo de promover a manuteno da forma do organismo. Podemos observar nos vegetais dois tipos bsicos desses tecidos: colnquima e esclernquima. 1.Colnquima formado por clulas vivas, alongadas, cujas paredes so especialmente reforadas por celulose. As clulas do colnquima organizam-se em feixes longitudinais no interior das partes jovens dos caules. Por ser constitudo por clulas vivas, capazes de crescer por alongamento, o colnquima fornece sustentao aos caules sem impedir seu crescimento. As folhas, por exemplo, quando so dobradas ficam com a marca da dobra mas no se quebram. O colnquima se origina do meristema apical. 2.Esclernquima. O esclernquima formado por clulas alongadas, que morrem devido ao acmulo de uma substncia impermevel em suas paredes, a lignina. As clulas do esclernquima podem formar longas fibras que se organizam em feixes dispostos longitudinalmente no interior dos caules,, contribuindo para sua sustentao e proteo. possvel que voc j tenha visto fibras esclerenquimticas; so certos fiozinhos que aparecem quando se quebra um talo de salso ou de outras plantas herbceas. Uma planta muito utilizada na produo de fibras testeis, o linho (Linum usitatissimum), deve suas propriedades s fibras esclerenquimticas linhificadas. O Esclernquima o tecido que confere proteo aos demais tecidos e rgos que envolve, uma vez que a lignina alm de resistente indigervel, evitando predao e parasitismo.

contnuos, que vo desde as razes at as folhas da planta. Cada traquede se comunica com as vizinhas por meio de poros ou pontuaes, atravs dos quais a seiva bruta pode fluir livremente. O xilema das plantas angiospermas apresenta, alm das traquides, estruturas condutoras denominadas elementos de vasos xilemticos (ou elementos de vasos lenhosos). Cada elemento de vaso uma clula morta, oca, com paredes reforadas por lignina. Como as traquedes, os elementos de vasos organizam-se em feixes contnuos desde as razes at as folhas. Alm de pontuaes, os elementos de vasos apresentam grandes perfuraes em suas paredes transversais, por onde estabelecem livre comunicao entre si. Assim, em conjunto, traquedes e elementos de vasos lenhosos formam tubos contnuos os vasos xilemticos ou vasos lenhosos que estabelecem uma via de comunicao direta desde as razes at as folhas, conduzindo gua e sais minerais retirados do solo.

2.Floema ou Lber: No floema, as nicas clulascondutoras so os vasos crivados (ou vasos liberianos). Eles se formam pela superposio de clulas vivas, muito alongadas, de paredes finas, sem lignificao. Os septos transversais entre essas clulas no so completamente dissolvidos, ficando com o aspecto caracterstico de crivos e formando as placas crivadas. Uma placa crivada permite total continuidade da matria viva entre duas clulas superpostas, uma vez que atravs de seus poros o protoplasma emite filamentos de ligao entre elas. Nos vasos j velhos ou temporariamente no funcionais (o que ocorre durante o inverno rigoroso), a seiva elaborada no pode circular, j que os crivos ficam obturados pelo acmulo de um carboidrato especial, a calose. Cada vaso liberiano tem, em toda a sua extenso, uma ou mais clulas companheiras, vivas, que de alguma forma esto relacionadas funo condutora. Tal como o xilema, o floema um tecido complexo, mas que formado apenas de clulas vivas. Origina-se do meristema primrio em partes com crescimento primrio, e do cmbio vascular em partes com crescimento secundrio. Ocorre em toda extenso da planta: no caule e raiz como um tecido primrio ou secundrio, e nas nervuras das folhas como um tecido primrio apenas. O floema responsvel pela conduo de seiva orgnica ou elaborada, isto , a seiva rica em compostos orgnicos produzida na fotossntese. Os

Tecidos de Transporte ou ConduoAs plantas vasculares (pteridfitas, gimnospermas e angiospermas) possuem dois tecidos especializados na conduo de substncias: o xilema e o floema. O xilema constitudo por tubos, ou vasos, que transportam seiva bruta (gua e sais) das razes at as folhas. O floema constitudo por tubos, ou vasos, que transportam seiva elaborada (composta de substncias orgnicas) das folhas para o caule e as razes.

1-Xilema ou lenho: O xilema (ou lenho) das plantasgimnospermas constitudo principalmente por clulas mortas, ocas, com paredes reforadas por lignina: as traquedes. As traquedes organizam-se em feixes

vasos liberianos e as clulas companheiras so os principais componentes desse tecido.

RaizConsiderando a estrutura externa de uma raiz tpica, do pice para a base temos: Zona de Ramificao, Razes Laterais, Zona Pilfera, Zona Lisa e Coifa. Coifa: um envoltrio que protege o ponto vegetativo radicular (Tecido meristemticos ou embrionrio) contra o atrito com as partculas do solo e ataque de microorganismos. Zona Lisa ou de crescimento: regio que determina o crescimento da raiz pelo alongamento das clulas produzidas pelo meristema. Zona pilfera ou de absoro: local onde esto os plos absorventes, que so projees das clulas epidrmicas capazes de aumentar a superfcie de contato da planta com o solo, tornando assim a absoro mais eficiente. Zona de ramificao: regio onde aparecem as razes laterais ou secundrias. Se observarmos uma raiz cortada transversalmente logo acima da zona de distenso, notaremos que ela formada por camadas concntricas de clulas. A camada celular mais externa, que reveste a superfcie da raiz , a epiderme. Internamente a ela localiza-se o crtex, um cilindro cuja parede constituda por vrias camadas celulares de parnquima. Internamente ao crtex, preenchendo a regio central da raiz, encontras-se o cilindro central, constitudo por tecidos condutores (xilema e floema) e parnquima. O limite entre o crtex e o cilindro central definido por das camadas de clulas: a endoderme, mais externa, e o periciclo, mais interno. A endoderme formada por clulas bem encaixadas entre si e com reforos especiais nas paredes laterais (estrias de Caspary). Esses reforos formam cintas impermeveis, que unem firmemente as clulas endodrmicas vizinhas, vedando completamente os espaos entre elas. Assim, qualquer substncia , para passar do crtex para o cilindro central, tem obrigatoriamente que atravessar a membrana e o citoplasma das clulas endodrmicas, pois no h espaos entre elas, como ocorre na maioria dos outros tecidos. O periciclo formado por clulas de paredes finas, que podem readquirir a capacidade de se dividir, transformando-se em clulas meristemticas, que originam razes secundrias. O crescimento inicial de uma raiz resulta da atividade do meristema da ponta da raiz e do alongamento na zona de distenso. Esse o chamado crescimento primrio da raiz. A estrutura radicular nesse estgio denominada estrutura primria da raiz.

As razes de plantas monocotiledneas no crescem em espessura e apresentam estrutura primria ao longo de todo seu comprimento. J as razes de plantas dicotiledneas apresentam crescimento secundrio a partir de uma certa distncia da ponta. Esse crescimento resulta da atividade de dois cilindros de clulas meristemticas, o cmbio vascular e o felognio, que permitem o surgimento de novos tecidos. A organizao dos tecidos radiculares que cresceram em espessura chamada estrutura secundria da raiz. O cmbio vascular (do latim vasculum, vaso) dispe-se entre o xilema e o floema. Ele recebe esse nome porque sua atividade produz clulas que se diferenciam em novos elementos condutores: xilema para a regio interna e floema para a regio externa. O felognio (do grego phellos, cortia, e genos, que gera) uma camada cilndrica de clulas meristemticas formada pela desdiferenciao de clulas do parnquima, na regio cortical da raiz, sob a epiderme.

CauleOs caules so geralmente estruturas areas , que crescem perpendicularmente ao solo. Certas plantas,como a grama e o morango,tm caules que crescem paralelos ao solo. Outras plantas tem caules subterrneos; o caso, por exemplo, da batata-inglesa, cujo caule dilatado comestvel, apresentando parnquima de reserva rico em amido. Na extremidade do caule localiza-se a gema apical, ou meristema caulinar apical, que permite o crescimento em extenso do caule. medida que este cresce, formam-se folhas e gemas axilares, ou gemas laterais, localizadas na axila das folhas. Logo abaixo da zona meristemtica apical de um caule, as clulas vo se diferenciando nos diversos tecidos caulinares. Clulas junto a cada ponto de insero de folha (axila da folha) permanecem no entanto, meristemticas,formando as gemas axilares, ou gemas laterais. O meristema presente nessas gemas , portanto, primrio pois descende do meristema apical, que por sua vez provm de tecidos embrionrios. Essas gemas permanecem inativas ou em estado de dormncia, at originarem ramos laterais ou galhos. Nos caules, os elementos constituintes do xilema e do floema ficam agrupados, construindo feixes lbero-lenhosos. Nesses feixes, o xilema fica sempre voltado para o interior da planta, e o floema, para seu exterior. Os caules das plantas monocotiledneas e das plantas dicotiledneas jovens caracterizam-se por

apresentarem feixes lbero-lenhosos isolados distribudos no parnquima que preenche seu interior. Esse tipo de organizao interna constitui a estrutura primaria do caule. Os caules das monocotiledneas apresentam estrutura primaria ao longo de todo seu comprimento. J os caules de plantas dicotiledneas passam a ter crescimento secundrio a partir de uma certa distancia da gema apical. Como nas razes, esse crescimento se deve ao de dois cilindros de tecido meristemticos: o cambio vascular e o felognio. A estrutura caulinar que cresceu em espessura a estrutura secundria do caule. O Cmbio vascular do caule uma camada cilndrica de clulas localizada entre o xilema e o floema dos feixes lbero-lenhosos. Como nas razes, as clulas do cmbio vascular produzem xilema para o interior, e floema para o exterior. Com a atividade do cmbio vascular, a poro interna do caule vai sendo totalmente ocupada por xilema. Externamente a este, e separado dele pela fina camada de cmbio vascular, vai se formando um anel de floema que, junto com a periderme envolvente, constitui a casca do caule. A periderme caulinar, como na raiz, forma-se por ao do felognio, cuja atividade produz feloderma para o interior e sber para o exterior. O xilema de uma arvore geralmente apresenta uma regio central mais escura, o cerne, circundado por uma regio externa mais clara, o alburno. O cerne formado por xilema inativo, cujos vasos lenhosos esto fora de funo e no transportam mais seiva bruta. As paredes celulares desses vasos so impregnadas de substncias corantes e resinas, que impedem a proliferao de microorganismos que poderiam apodrecer a planta. O alburno formado por vasos lenhosos ativos, ainda envolvidos no transporte de seiva bruta das razes para as folhas.

floema, para a epiderme inferior. Os feixes condutores mais grossos formam as nervuras foliares, visveis a olho nu.

PARTE III : Morfologia Externa Tipos de Sistemas Radiculares: O conjunto dasrazes de uma planta denominado de sistema radicular. Existem dois tipos principais de sistemas radiculares: o pivotante ou axial e o fascicular ou em cabeleira. No sistema radicular pivotante, h uma raiz principal, que chamada de raiz pivotante que surge na germinao da semente. Das raiz pivotante partem vrias outras, laterais ou secundarias, que tambm podem apresentar ramificaes. o sistema radicular encontrado nas gimnospermas e nas dicotiledneas. Cada uma das razes que compem esse sistema apresenta as mesmas regies j descritas: a coifa, a zona meristemtica, zona de alongamento e a zona pelfera. Alm dessas, apresenta a regio de ramificao ou seberosa; nesta ocorre, a formao das razes laterais, a partir do periciclo, e o crescimento da raiz secundrio da raiz, com o surgimento do sber substituindo a epiderme. No sistema radicular fasciculado, no existe uma regio principal, mas vrias razes finas e longas, sem que nenhuma delas se destaque das demais. o sistema radicular encontrado nas monocotiledneas. No desenvolvimento desse sistema, logo que a raiz germina nasce uma raiz principal. Esta no entanto vive por pouco tempo, sendo rapidamente substituda por vrias outras, que se desenvolvem a partir dos ns caulinares, onde esto as zonas germinativas. No exemplo do milho pode-se notar a formao desse sistema de razes a partir de ns caulinares, durante a germinao da semente, e tambm a parti de ns caulinares situados acima do solo, na planta adulta. AS razes que compem o sistema fasciculado no possuem em geral crescimento secundrio, sendo denominadas de razes adventcias (= razes de substituio), pois nascem de outro rgo, no caso o caule, que no a raiz. No sistema pivotante penetra, em geral, mais profundamente no solo do que o fasciculado. Nas monocotiledneas como a grama, o sistema fasciculado pouco profundo e forma um emaranhado que adere as partculas de sedimentos. Graas a essa caracterstica, as razes de monocotiledneas, so usadas pelo homem para prevenir a eroso do solo. O sistema fasciculado

FolhaUma folha pode possuir quatro partes distintas: limbo, pecolo, bainha e estipulas. O limbo a parte laminar da folha; o pecolo o pendnculo que liga o limbo ao caule; a bainha uma expanso da base da folha, que geralmente envolve o caule; as estpulas so apndices, em geral em numero de dois, presentes na base de certas folhas. Uma folha totalmente revestida por epiderme. Seu interior, denominado de mesfilo (do grego, mesos, que significa meio; e phylon, que representa folha), constitudo de parnquima clorofiliano, por tecidos condutores e de sustentao. Os tecidos condutores da folha encontram-se agrupados em feixes lbero-lenhosos, nos quais o xilema est voltado para a epiderme superior, e o

oferece grande superfcie total, o que favorece a planta maior fixao e absoro de gua e sais minerais. As monocotiledneas por no formarem arvores frondosas e no desenvolvem ramificaes em seus caules, elas no necessitam de um sistema radicular mais eficiente para a fixao. J as gimnospermas e as dicotiledneas, que podem formar caules ramificados e arvores de grande porte, desenvolvem o sistema radicular pivotante que, alm de garantir absoro eficiente na fixao da planta no solo.

4 Razes Sugadoras ou Haustrios: desenvolvem-se junto as plantas que servem de hospedeiros. Estas razes so parasitas, se apresentam muito finas e penetram no caule da hospedeira atingindo os vasos liberianos dos quais retiram a seiva elaborada. O cipchumbo, a principal parasita fanergoma da flora brasileira. Outra fanergama que retira material nutritivo da hospedeira a erva-de-passarinho. Essa planta, no entanto, no exemplo de parasito verdadeiro, pois dotada de folhas capazes de realizar fotossntese, fabricando, dessa forma, a matria orgnica de que necessita. Sua nutrio no depende exclusivamente da hospedeira e, por isso, considerada hemiparasita (semi-parasita). 5 Razes com Velame: As plantas que vivem sobre as hospedeiras, mas no retiram seu alimento destas, e portanto, no so parasita, tm o nome de epfitas. o caso de inmeras orqudeas e filodrendos, to comuns nas matas brasileiras. As razes areas das epfitas freqentemente so revestidas por uma estrutura denominada de velame ou vu. O velame constitudo por varias camadas de clulas mortas da epiderme. Em tempo mido, essas clulas absorvem gua. O velame uma estrutura prpria das razes de epfitas, que so adaptadas absoro de gua e ao controle da perda de gua. 5 Razes Estrangulantes: Muitas razes pendem em direo ao solo, constituindo o que chamamos popularmente de cips. Os cips so, portanto razes areas de epfitas, que quando atingem o solo se ramificam. Mas existem as razes que se enrolam entorno da planta hospedeira. Ao crescer a raiz se engrossa, devido ao seu aumento de espessura; promovendo a interrupo da conduo da seiva elaborada na hospedeira; devido a forte compresso sofrida pelos vasos de floema. Em funo disso, a circulao da seiva elaborada interrompida e a planta morre. Nestes casos os cips so chamados de matapaus. So exemplos de plantas com razes estrangulantes as espcies de Ficus e Clusia. 6 Razes de Reserva: as razes tambm podem ser armazenadoras de reservas . Nesses casos so denominadas de razes tuberosas. So exemplos desse tipo de raiz a cenoura, a bata-doce, o macho, o nabo, a beterraba, a mandioca, a dlia etc.

Adaptaes Especiais das RazesEm certas condies ambientais, diferentes daquelas s quais os tipos normais esto adaptados, as razes apresentam modificaes mais ou menos profundas, chegando a realizar funes distintas das bsicas: 1 Razes-Suporte ou Escoras: essas razes partem do caule, ramificando-se e atingindo o solo, e melhoram as condies de fixao nesse tipo de solo lodoso e instvel. o caso da espcie Rhizophora mangle, muito comum os nossos manguezais. Fato semelhante ocorre nos lamaais do extremo norte brasileiro, em que a consistncia e textura do solo so muito prximas dos manguezais. Conseqentemente ali desenvolvem-se plantas com adaptaes semelhantes. As razes-escoras tambm so encontradas em outros tipos de plantas como o caso do milho. Como as razes escora, desenvolvem-se dos ns so denominadas de adventcias. 2 Razes Respiratrias ou pneumatforos: Em solos pobres em oxignio como os dos manguezais. Algumas plantas desenvolvem razes adaptadas respirao. o caso da espcie Avicennia schaueriana, freqente nos manguezais brasileiros. Os pneumatforos emergem do solo, em direo ao ar, ficando com as extremidades no nvel da gua, na mar alta. Na mar baixa podem ser vistos facilmente. Essas razes so dotadas de lenticelas denominadas de peneumatdios, que so pequenos orifcios atravs dos quais se processa a aerao. 3 Razes Tubulares: trata-se de razes secundarias que crescem muito em espessura junto com a raiz principal, atingindo a superfcie e ficando exposta ao ar. Elas so encontradas principalmente em plantas de grande porte, funcionando como importantes auxiliares na fixao ao solo atuando tambm como razes respiratrias.

Morfologia do Caule:

O tipo morfolgico do caule uma estrutura adaptada funo de conduo de seiva entre as folhas e as razes, e tambm sustentao de ramos, folhas, flores e frutos. Como as folhas so estruturas adaptadas fotossntese, a necessidade de luz, levou-as, por mecanismos de adaptao, a se situarem normalmente no alto, em particular nas matas onde as plantas disputam entre si o espao disponvel. Em conseqncia o caule surge como uma estrutura area e ereta, que emerge do solo e sustenta a copa na sua extremidade superior.

como o caso dos cactos,barrigudas, plantas do cerrado, etc. Nos cactos, verificam-se outras adaptaes relacionadas economia de gua. Nessas plantas, as folhas que normalmente realizam fotossntese e transpirao, so atrofiadas e transformadas em espinhos. Com essa reduo, h diminuio de perda de gua por transpirao. O caule, por sua vez, torna-se mais achatado e permanentemente verde, passando a ser responsvel pela fotossntese. A presena de espinhos na planta nem sempre indica uma adaptao para evitar a perda de gua, os espinhos podem desenvolver a funo de proteo contra o herbvorismo de certos animais, assim plantas com espinhos podem ser encontradas tanto em regies ridas-desrticas quanto em regies temperadas e tropicais. 9 Caule Aqutico: o caule da Vitria-rgia, que uma planta aqutica vive permanentemente mergulhado na gua. Possui arnquima bem desenvolvido, o que lhe facilita a flutuao e respirao. 10 Rizoma: um caule subterrneo que se desenvolve paralelamente rente superfcie do solo. Dele podem emergir folhas areas, como acontece com a samambaia e outras pteridfitas, e com a bananeira. As folhas da bananeira possuem bainhas desenvolvidas que juntas formam o pseudocaule. 11 Tubrculo: um caule subterrneo arredondado, rico em material nutritivo. O exemplo tpico a batatinha comum. possvel observar na batatinha, como em todo e qualquer caule, a presena de bpotoes vegetativos ou gemas, popularmente conhecidas por olhos. 12 Bulbo: exemplo ao mesmo tempo de caule e folhas subterrneas. No caso da cebola, cujo o bulbo possui uma parte central, o prato, que corresponde ao caule. Do prato partem folhas profundamente modificadas: os catafilos. O alho um bulbo, denominado de Bulbo Composto, pois cada dente de alho um pequeno bulbo. Morfologia da Folha

Adaptaes do Caule1 Tronco: nas dicotiledneas e nas gimnospermas, o tipo padro de caule, alm de areo e ereto, tambm ramificado. 2 Colmo: um caule cilndrico em que se observa nitidamente os ns e os entrens formando gomos. o tipo de caule da cana-de-aucar (colmo cheio) e o bambu (colmo vazio). 3 Estipes: so relativamente cilndricos, porm sem ns e entrens to evidentes. So tambm mais espessos que os colmos. Outra caracterstica importante dos estipes a apresentao de folhas apenas na sua ponta, como se observa nas palmeiras e na carnaba. 4 Caule Volvel: caule elevado em relao ao solo enrolando-se em qualquer suporte ereto. Ex Madressilva. 5 Gavinhas: em outras plantas, onde os caules no so volveis, mas sobem agarrando-se a suportes por meio de estruturas denominadas de gavinhas. No maracuj e na uva, as gavinhas so ramos caulinares modificados, enquanto na ervilha, so folhas modificadas. 6 Caules Rastejantes ou Prostados: esses caules desenvolvem-se rente ao cho e podem subir, ocasionalmente, quando encontram algum suporte que possam se envolver. Ex: chuchu, aboboreira etc. 7 Estolho: quando crescem rente ao cho, e apresentam a capacidade de se enraizarem a partir de seus ns e formar novas folhas. Ex: morangueiro. 8 Xilopdio: so caules que apresentam adaptaes relacionadas com o ambiente onde vivem. o caso de caules de plantas que vivem em regies ridas ou semiridas, em que o fator falta de gua pode ameaar seriamente a vida das plantas. comum encontar nessas regies caules com funes de reservas de gua,

Uma folha completa constituda de limbo (ou lmina), pecolo, bainha e estipulas.

Limbo: a poro achatada e ampla, responsvel pela fotossntese. Ele pode ser simples ou dividido em varias partes, todas com aspecto de pequenas folhas os fololos -, caso em que se fala em folha composta. Bainha: o limbo se prende ao ramo caulinar por intermdio de um pecolo, que pode apresentar em seu ponto de insero uma expanso denominada de bainha. Esta pouco desenvolvida ou ausente nas dicotiledneas, enquanto que nas monocotiledneas amplamente distribuda. A roseira um raro exemplo de dicotilednea em que a folha apresenta uma bainha, porm pouco desenvolvida. Pecolo: na maioria das dicotiledneas as folhas so denominadas de pecioladas, pois prendem-se ao caule diretamente pelo pecolo. Nas monocotiledneas, as folhas so geralmente apecioladas e denominadas de invaginante, pois prendem-se ao caule pela bainha bem desenvolvida. Existem algumas excees, de folhas que no apresentam nem pecolo e nem limbo, so as chamadas folhas ssseis. o caso da folha do Fumo. As folhas de dicotiledneas diferem por apresentar o pecolo e tambm as nervuras: nas dicotiledneas as nervuras so ramificadas e as folhas chamadas de peninrvias, j nas monocotiledneas as folhas apresentam nervuras paralelas o que define como folhas paralelinrvias. Tambm existem excees a essa regra, a quaresmeira uma dicotiledneas de nervuras paralelas e o copo-de-leite uma monocotilednea com nervuras curvinrveas. Estipulas: so formaes geralmente duplas e pontiagudas localizadas junto a base das folhas. Podem desempenhar funo fotossintetizantes como no caso da ervilha, onde alguns fololos transformam-se em gavinhas e as estipulas em verdadeiras superfcies fotossintetizantes.

D Catfilos: folhas reduzidas, que geralmente protegem as gemas dormente. Em alguns casos especiais, atuam como rgos de reservas, como na cebola e no alho. E Folhas Coletoras: folhas modificadas e presentes em algumas epfitas, com funo de reservatrio de gua e detritos. As bromeliceas das florestas sulamericanas formam esses reservatrios na base de cada folha. F Folhas de plantas carnvoras: certas plantas apresentam folhas modificadas para a captura e digesto de insetos e de outros pequenos animais.

PARTE IV FISIOLOGIA DOS VEGETAIS Relao entre os mecanismos de absoro, conduo e transpiraoEm plantas avasculares aquticas, como o caso de numerosas algas, as clulas perifricas absorvem gua por meio da osmose. As clulas no perifricas recebem, tambm por osmose, gua das clulas adjacentes, estabelecendo-se uma corrente osmtica entre elas. Esse sistema de conduo osmtica clula a clula pode ser bem entendido em algas filamentosas, em que algumas clulas que esto expostas ao ar de fora da gua, perder gua por transpirao o que ocasiona uma fora que puxa a gua da clula abaixo que esta em contato com o meio aquoso. As brifitas, so na maioria plantas de ambientes midos e sombreados. So sempre de pequeno porte e extremamente sensveis a dessecao. Ocorrendo nelas transpirao intensa, no conseguem repor gua em tempo hbil, em virtude de lentido do processo osmtico clula a clula, prprio das plantas avasculares. A menor disponibilidade de gua e a sua grande perda por transpirao foram dois fatores que as plantas enfrentaram na passagem para o ambiente terrestre. As plantas terrestres desenvolveram folhas de superfcie ampla, adaptada melhor absoro de luz e eficincia na obteno de gs carbnico do ar atmosfrico, importantes para a fotossntese. Essa grande superfcie foliar trouxe como conseqncia a perda excessiva de gua pela transpirao. A gua assim perdida, precisa ser reposta o mais rpido possvel e de forma eficiente, para isso as plantas desenvolveram um sistema de absoro da gua do solo e a sua conduo ate as folhas. O surgimento dos tecidos condutores de seiva propiciaram a realizao

Adaptaes Especiais das FolhasA Gavinhas: folhas modificadas com a funo de prender a planta a um suporte. EX: ervilha. B Espinhos: folhas atrofiadas como adaptao a climas secos, evitando a perda de gua por transpirao. EX: cactos. C Brcteas: folhas sempre presentes na base das flores. Elas so geralmente pouco vistosas, mas podem ser coloridas, atuando como estruturas de atrao aos insetos e pssaros. EX: flor-de-papagaio e primavera.

dessas funes e a conquista definitiva das plantas no ambiente terrestre. Estima-se que 90% da gua absorvida pelas razes perdida pela transpirao enquanto que a porcentagem que fica retida no metabolismo da planta muito pouco. Caso a transpirao seja maior que a absoro, a planta murcha e a planta pode chegar a morte. As funes de absoro, conduo e transpirao esto estritamente ligadas uma nas outras. ABSORO Nas plantas terrestres, a gua e os sais minerais (soluo do solo) so normalmente absorvidos do solo. O rgo sede da absoro a raiz que tambm promove a fixao da planta no solo. Dois so os mecanismo pelo qual a gua e os nutrientes podem entrar pela epiderme da raiz e atingir os vasos de xilema: um processo denominado de apoplasto, e consiste na entrada da soluo do solo na raiz pelos espaos intercelulares sem gasto de energia e do carreamento desse material at os elementos traqueais (vasos xilemticos ) por onde entra por difuso ativa . J no outro processo,denominado simplasto, a soluo do solo entra dentro dos plos absorventes por difuso ativa ou passiva atravs dos canais especficos da membrana celular e se encaminha para os elementos traqueais via plasmodesmos e sem gasto de energia. As clulas das razes apresentando boa concentrao nos seus vacolos (soluo hipertnica) iro absorver osmoticamente a gua do solo mido (soluo hipotnica). TRANSPORTE DA SEIVA ELABORADA NOS VEGETAIS BRUTA E

A soluo de gua e sais minerais que a planta absorve do solo chamada de seiva bruta, que transportada desde a raiz at as folhas por elementos condutores do lenho ou xilema. Subir na direo das folhas implica em vencer a fora da gravidade. Um conjunto de componentes contribui para isso: Presso Positiva da Raiz: que absorvendo osmoticamente ba gua do solo, empurra a seiva bruta xilema acima. Capilaridade: dos vasos lenhosos que permite a adeso da gua com suas paredes internas, somada coeso das molculas de gua que so polarizadas, tambm colaboraro para a ascenso da seiva bruta.

Transpirao das Folhas: aceita para explicar a conduo da seiva bruta at as folhas a teoria da coeso-tenso-adeso, que esta associada a teoria do potencial hdrico. De acordo com esta teoria, as molculas de gua dentro dos finssimos vasos xilemticos mantm-se unidas por foras de coeso, formando uma coluna liquida continua das razes at as folhas. medida que as folhas perdem gua por transpirao, suas clulas absorvem gua dos vasos xilemticos, gerando uma fora de suco (tenso) que puxa a coluna liquida dentro dos vasos do xilema. Calcula-se que a tenso criada pela transpirao suficiente para elevar uma coluna de gua a cerca de 160 m de altura dentro de uma vaso xilemtico. J a seiva elaborada uma soluo rica em compostos orgnicos formados em sua maioria pela fotossntese. O tecido que distribui esse alimento para as diversas partes da planta o floema. O floema consiste de vrios tipos de clulas: clulas tubulares perfuradas (elementos crivados), clulas companheiras e o parnquima vascular. A seiva elaborada pode se movimentar para cima ou para baixo dentro do floema, se encaminhando das fontes que so locais de produo pra os drenos que so locais de onde os acares so consumidos ou armazenados. Determinada regio de um vegetal pode ser fonte ou dreno dependendo de seu estagio de desenvolvimento. Por exemplo, uma folha jovem um dreno at que sua taxa fotossinttica supere suas necessidades para manuteno de suas funes. Neste momento se tornar uma fonte, contribuindo com o suprimento energtico para o restante da planta. A seiva elaborada se move dentro do floema por um fluxo de massa. O acar se move da fonte (geralmente as folhas) para um dreno (outros rgos e tecidos) por presso hidrosttica, ou seja a seiva elaborada circula de rgos com grandes concentraes em acares solveis para rgos com baixas concentraes desses acares, esse transporte requer gasto de energia. O transporte ocorre da seguinte forma, quando o acar transmitido das folhas para os vasos liberianos, o potencial hdrico desses vaso diminui e conseqentemente a gua arrastada dos tecidos das folhas para esses vasos atravs de um processo por osmose. A presso hidrosttica faz com que a seiva flua para a reas de menor presso que a rea de dreno. Nesta rea o acar removido do floema por outro passo que requer tambm gasto de energia. E neste local a seiva elaborada , geralmente convertida em amido ou metabolizada. Existe dessa forma um gradiente de presso das fontes para os drenos (mais uma vez a gua flui da regio de maior

potencial hdrico para a regio de menor potencial hdrico). SUDAO E GUTAO Certas plantas podem absorver mais gua do que elas eliminam, isto ocorre em dias midos quando a transpirao baixa, e a absoro de gua eficiente. Assim, o excesso de gua e sais absorvidos eliminado nas folhas atravs de poros especiais denominados de hidatides ou estmatos aqferos. Este fenmeno de eliminao de gua liquida e de sais minerais atravs dos poros especiais recebe o nome de gutao ou sudao. ELEMENTOS ESSENCIAIS AO CRESCIMENTO DAS PLANTAS Certos elementos so requeridos ao desenvolvimento normal das plantas. Os que so requeridos em grandes necessidades so denominados de macronutrientes e os que so necessrios em pequenas doses so chamados de micronutrientes. As plantas absorvem esses nutrientes na forma de sais minerais. Os sintomas causados pela falta de um dos elementos qumicos dependem da funo que ele desempenha na planta. A deficincia de magnsio, por exemplo, torna as folhas amareladas, em virtude da queda na produo de clorofila, molcula que contm magnsio em sua constituio. As deficincias nutricionais mais comuns nas plantas so dos elementos nitrognio, fsforo e potssio. O nitrognio e o fsforo so constituintes importantes de protenas e cidos nuclicos, ao passo que o potssio est relacionado ao equilbrio osmtico da permeabilidade celular. Por isso, os fertilizantes de solo, conhecidos como adubos, contm quantidades expressivas desses elementos. Macronutrientes carbono, hidrognio, oxignio, nitrognio, fsforo, potssio, enxofre, clcio, magnsio. Micronutrientes ferro, boro, mangans, cobre, molibidnio, cloro e zinco. DESENVOLVIMENTO VEGETAL E MOVIMENTO

que o cdigo gentico determina nas clulas que vo se especializando e formando diferentes tecidos que estaro nos rgos e sistemas do organismo animal e vegetal. Esse complexo de processos biolgicos precisa ser regulado dinamicamente para que ocorram ou sejam inibidos em tempo e velocidade adequados. Nos vegetais, o controle exercido por fatores externos ou intrnsecos (luz, calor, temperatura, umidade, concentrao de oxignio) e internos como o cdigo gentico, enzimas e hormnios.

PARTE V FITORMNIOSHoje sabemos que o desenvolvimento das plantas esta condicionado pela presena de substancias denominadas de hormnios vegetais, que no deixam de ser substancias produzidas em determinado local do organismo, atuando em outros locais e exercendo efeitos mesmo em pequenas quantidades. Os fitormnios desempenham papel importante na vida do vegetal, podendo ora estimular ora inibir rgos especficos como os aules, gemas e razes, alm da florao e da frutificao. 1 Auxinas: as auxinas controlam diversas atividades das plantas, como desenvolvimento das gemas laterais, tropismos, desenvolvimento de frutos etc. A principal auxina o cido indolactico ou AIA. Essa substancia produzida principalmente no meristema do caule e transportada pelas clulas do parnquima at as razes. O transporte de AIA ocorre somente nesse sentido e consome a energia das clulas. Se um pedao de caule for colocado de cabea para baixo, o AIA continua a se deslocar em direo a extremidade das razes contra a fora gravitacional. O principal efeito das auxinas causar o alongamento das clulas recm-formadas nos meristemas, promovendo assim o crescimento de razes e caules. O efeito desse hormnio depende de sua concentrao na planta; em concentraes adequadas, ele promove o crescimento Maximo das clulas; entretanto, em concentraes muito altas, a auxina inibe o alongamento. A sensibilidade das clulas a essa substancia varia nas diferentes partes da planta. O caule, por exemplo, menos sensvel auxina do que a raiz. Assim uma concentrao de AIA suficiente para induzir um crescimento timo do caule tem forte efeito inibidor sobre o crescimento da raiz podem ser insuficientes para produzir efeitos no caule. As auxinas produzidas pelo meristema apical do caule exercem forte inibio sobre as gemas laterais,

Os seres vivos em condies de desenvolvimento executam princpios biolgicos. Atravs das mitoses ocorre a multiplicao celular e o crescimento acontece pelo aumento do numero das clulas, assim como pelo alongamento. J a diferenciao, representa o conjunto de modificaes

impedindo que elas saiam do estado de dormncia e produzam ramos. Essa inibio conhecida como dominncia apical,e determina que os caules s se ramifiquem a partir de certa distancia do pice, em que a quantidade de auxina da gema apical insuficiente para inibir gemas laterais. Pode-se demonstrar a dominncia apical eliminando o pice do caule. Em poucos dias, diversas gemas laterais comeam a se desenvolver, produzindo ramos. exatamente esse principio da tcnica de jardinagem chamada de poda. Com a remoo da gema apical, cessa a produo de auxinas, e as gemas laterais podem se desenvolver. As auxinas sintticas ou naturais, determinam crescimento das extremidades do caule (geotropismo negativo) e da raiz (geotropismo positivo). O crescimento pode ser diferenciado au at inibido, dependendo da concentrao de auxinas e do rgo vegetal (raiz ou caule). Veja a analise grfica desse efeito:

GARFICO

medida que a planta vai envelhecendo as gemas apicais produzem menos auxinas. Essa queda do teor de auxinas circulante sinal para a construo de camadas de clulas transversais ao pecolo das folhas. O processo freqente, para determinadas espcies de plantas no outono, causando ruptura nesse ponto, com queda da folha. Os gros de plen sobre o estima do giniceu, so estimulados por auxinas produzidas nos ovrios e desenvolveram em tubo polnico (quimiotropismo positivo). No interior desse tubo estaro dois estigmas masculinos que realizaro dupla fecundao no interior do saco embrionrio contido no vulo. Do vulo ser desenvolvida a semente, a qual produz auxinas que estimulam a transformao do ovrio no fruto. H flores q]em que no ocorre fecundao dos seus vulos, mas mesmo assim o avario de desenvolve a partir da presena das auxinas, formando assim os frutos partenocrpicos. Em condies naturais isso ocorre em bananeiras, e artificialmente em limo-taiti e laranjeira-da-baa. No morango a partenocarpia provocada pela aplicao de auxinas que faz desenvolver inclusive o receptculo floral, respectivamente com os pequeninos frutinhos secos, formando o pseudofruto. 2 Giberelinas: as giberelinas so produzidas principalmente nas razes e nos brotos foliares, estimulam o crescimento de caules e folhas, mas tem pouco efeito sobre o crescimento das razes. Esses hormnios atuam juntamente com as auxinas no desenvolvimento dos frutos e tambm so usados na produo de frutos sem sementes. As giberelinas desempenham, junto com as citocininas, importante papel no processo de germinao das sementes. A absoro de gua pelas sementes (embebio) faz com que o embrio nelas contido libere giberelina. Com isso, elas saem do estado de dormncia e germinem. 3 Citocininas: estimulam a diviso celular (citocinese), so produzidas nas razes e transportadas atravs do xilema para toda a parte da planta. Elas atuam em associao com as auxinas no controle da dominncia apical. Nesse caso, os dois hormnios tem efeitos antagnicos: as auxinas que descem pelo caule inibem o desenvolvimento das gemas laterais, enquanto que as citocininas provenientes das razes induzem o desenvolvimento das gemas laterais. Outro efeito das citocininas retardar o envelhecimento da planta. uma pratica muito comum das floriculturas pulverizar a citocininas sobre as flores recm coletadas, para retardar seu envelhecimento.

O fototropismo mostra a aplicao imediata: o lado iluminado tem pequena parcela de auxinas que destruda pela luz (fotolbil) e grande parte do hormnio migrando para o lado oposto que menos iluminado. Assim, na extremidade do coleptilo (primeiras folhas da germinao das gramneas), do lado mais iluminado, onde a concentrao de auxinas esta menor e o crescimento mais lento. Do lado menos iluminado, a concentrao maior e o crescimento mais rpido. Como resultado desse crescimento desigual ocorre a curvatura do coleptilo na direo da luz (fototropismo positivo). Processos semelhantes de curvatura ocorrem com o pecolo da folha e o pednculo da flor. Uma planta colocada na posio horizontal ter, por ao da gravidade, grande disposio de auxinas na parte inferior. A raiz ter crescimento mais rpido do lado superior, onde a concentrao de auxinas menor, curvando e aprofundando-se no solo (geotropismo positivo). O caule ter crescimento mais rpido do lado inferior, onde a concentrao de auxinas maior, curvando para cima e crescendo verticalmente (geotropismo negativo).

4 cido abscsico: o cido abscsico, ao contrario dos hormnios mencionados anteriormente, um inibidor do crescimento das plantas. A produo de acido abscsico ocorre nas gemas apicais. A prpria gema que o produz, inibe seu crescimento. Assim a planta pra de crescer e entra em dormncia, que ocorre geralmente em invernos muito rigorosos ou em situaes de seca extrema, mas para que a planta entre em dormncia e necessrio haver um balano de hormnios reguladores e inibidores. O cido abscsico, cumrico ou cinmino, inibidores dos outros fitormnios, por isso causam inibio da germinao das sementes, do brotamento de gemas, do alongamento de razes e estimulam a queda de folhas e frutos (formao da camada de absciso). 5 Etileno: produzido por todos os rgos vegetais em condies naturais (endgenas). Artificialmente (exgeno) pode ser produzido pela queima do querosene, da palha e da serragem. Nas folhas envelhecidas, com queda do teor auxnico circulante, o gs etileno produzido e estimula a formao das camadas de absciso, com a conseqente queda das folhas. Fisiologicamente, o etileno auxilia na produo da celulase que digere as paredes celulares. Pelo mesmo processo as flores e os frutos tambm caram. A florao e a formao dos frutos pode ser estimuladas pela aplicao do etileno. Isso ocorre por exemplo em manga, abacaxi, ma, oferecendo alternativas importantes aos cultivadores e a comercializao de vegetais. Quando inicia o amadurecimento de uma banana em um cacho ou de uma ma em grupo delas, a primeira fruta responsvel pela liberao de gs etileno que ir estimular o amadurecimento dos outros frutos ao seu redor. No transporte distancia ou no armazenamento por um certo tempo dos frutos, cuidados devem ser tomados como o armazenamento em baixas temperaturas e em atmosferas controlveis, onde h forte presena de gs carbnico e baixa concentrao de oxignio.

De acordo com a maneira como o fotoperodo afeta a florao, as plantas podem ser classificadas em trs tipos principais: A Plantas de Dia Longo: so as que florescem quando o perodo de escurido inferior ao fotoperodo critico. Plantas desse tipo florescem no fim da primavera ou vero. B Plantas de Dia Curto: so as que florescem quando a durao da noite (o perodo escuro) igual ou maior que determinado valor, tpico de cada espcie o chamado fotoperodo critico. Plantas de dias curtos florescem no fim do vero, no outono ou no inverno. C Plantas Indiferentes: em muitas plantas a florao no tem nenhuma relao com o fotoperodo. A sensibilidade ao fotoperodo realizado por fitocromos que se encontram nas folhas. Esses pigmentos so protenas de cor azul-esverdeada. Os fitocromos se apresentam em duas formas interconversveis: fitocromo R ou FV (forma inativa) e o fitocromo F ou FV (forma ativa). O fitocromo R (do ingls red, vermelho) transforma-se em fitocromo F (do ingls, far red, vermelho longo) ao absorver luz vermelha com comprimento de 660 nm. O fitocromo F se converter em fitocromo R ao absorver luz vermelha na faixa dos 730 nm (vermelho de onda mais longo). Ambos os comprimento de onda vermelha esto presentes na luz solar. Durante o dia as plantas apresentam as duas formas de fttocromos. noite, por ser mais instvel o fitocromo F (ativo) se converte em fitocromo R (inativo), total ou parcial, dependendo do perodo de escurido.

IAMAGEMMMMMM

CONTROLE DA FLORAOH algum tempo sabe-se que o florescimento de certas plantas esta relacionado com a durao do perodo iluminado do dia, o fotoperodo. A resposta fisiolgica das plantas ao fotoperodo chamada de fotoperiodismo. Como se sabe o perodo iluminado do dia maior no vero do que no inverno. Essa variao mais marcante em regies de clima temperado do que em regies de clima tropical.

Nas plantas de dia curto o fitocromo F inibidor da florao. Nessas plantas as noites longas acumulam muito fitocromo R, deixando o fitocromo F (forma ativa) em baixa concentrao, o que provoca como resposta fisiolgica a florao. Nas plantas de dia longo, por ter noites curtas, os fitocromos F (forma

ativa) sero mantidas em maior concentrao, funcionando como indutores da florao. Nas folhas, a absoro da energia luminosa atravs dos fitocromos estimula a formao de florgenos que so hormnios especficos da florao. Os florgenos migram atravs do floema e vo induzir a formao dos botes florais a partir das gemas vegetativas. Os fitocromos esto presentes tambm nas sementes. H sementes fotoblsticas positivas que s germinam, induzidas pelo fitocromo F (forma ativa), se receberem luz o caso da alface. As fotoblsticas negativas so sementes que s germinam se estiverem ao abrigo da luz caso da melancia. LUZ E GERMINAO As sementes da maioria das plantas so fotoblsticas negativas, germinando mesmo quando enterradas muito profundamente no solo. Nesses casos, o caulide alonga-se rapidamente e forma-se um gancho de germinao que s se desfaz na superfcie do solo, aps a planta entrar em contato com a luz. O crescimento que ocorre na ausncia de luz, enquanto a jovem planta esta sob o solo, chamado de estiolamento. Trata-se de um processo adaptativo, pois o crescimento rpido faz a planta atingir rpido a superfcie; por outro lado a manuteno do gancho caulinar na ausncia de luz evita o contato direto da gema apical e das primeiras folhas as partculas do solo, o que poderia acarretar srios danos a jovem planta. As plantas que se desenvolvem no escuro apresentam: caule muito alongado devido ao rpido crescimento dos entrens; folhas pequenas; persistncia do gancho de germinao; cor amarelada, uma vez que os plastos no produzem clorofila na ausncia de luz. Essas caractersticas se devem a ausncia do fitocromo F na planta. PARTE VI TRANSPIRAO, RESPIRAAO RELAO ENTRE FOTOSSINTESE A E

clulas-guarda de um estmato localiza-se um orifcio regulvel que permite as trocas gasosas: o ostolo. A abertura e fechamento dos estmatos dependem do grau de turgidez das clulas-guarda. Se elas absorvem gua e tornam-se trgidas, o ostolo abre-se. Se as clulas-guarda perdem gua, tornam-se flcidas o ostolo fecha-se. Nas dicotiledneas as clulas-guarda apresentam a morfologia semelhante a de um rim e possuem microfibrilas de celulose que se estruturam de forma que quando a clula ganha gua elas se destendem e o ostolo abre e quando as clulasguarda perdem gua as fibras se aproximam e o ostolo fecha-se. J nas monocotiledneas, o estmato semelhante a um haltere que apresenta o corpo alongado e na sua extremidade um pouco dilatada, quando a clula ganha gua as extremidades se dilatam afastando-se uma da outro e promovendo a abertura do ostolo, porm quando a clulas-guarda perdem gua as extremidades se aproximam e garantem o fechamento do ostolo. Quando a planta abre seu estmato pra permitir o ingresso de gs carbnico acaba por perder certa quantidade de gua tambm na forma de vapor a sua transpirao. Transpirao: a perda de gua na forma de vapor que ocorre pela superfcie corporal de plantas e animais. Nas plantas, mesmo com estmatos totalmente fechados, ocorre certa taxa de transpirao a transpirao cuticular, que ocorre atravs da cutcula das folhas. Quando a planta abre os estmatos para captar gs carbnico acaba por perder gua tambm, e tal transpirao denominada de estomtica. FATORES AMBIENTAIS QUE AFETAM A ABERTURA E FECHAMENTO DOS ESTMATOS: 1 Luminosidade: a maioria das plantas abrem-se os estmato ao amanhecer e fecham-se ao anoitecer. Esse comportamento permite folha receber gs carbnico para a fotossntese enquanto h luz disponvel. O suprimento de gs oxignio para a respirao fica armazenado no mesofilo foliar e suficiente para a noite inteira. O fechamento noturno dos estmatos permite uma diminuio sensvel na perda de gua pela transpirao. 2 Concentrao de gs carbnico: os estmatos abrem-se quando a planta submetida a baixas concentraes de gs, e fecham-se quando a concentrao do mesmo aumenta. Esse comportamento pode ser explicado pelo fenmeno da fotossntese: se o CO2 armazenado no mesofilo foliar durante o dia significa que esse gs no est sendo usado para a

O CO2 necessrio fotossntese entra nas folhas atravs de estruturas epidrmicas denominadas de estmatos. Cada estmato compem-se de duas clulas semelhantes a gros de feijo ou