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50 anos Propaganda 50 craques da Propaganda Os 50 profissionais homenageados nos trabalhos autorais dos fotógrafos do banco de imagens SambaPhoto, que você verá nas páginas seguintes, foram escolhidos por jornalistas especializados. Nós, da Propaganda, sabíamos de antemão o quanto é difícil listar somente meia centena de nomes “top”. Por isso, pedimos aos colegas que levassem em conta, principalmente, o critério da representatividade de cada um. Mesmo assim, ninguém se limitou à quantia preestabelecida. Muitos profissionais ficaram de fora por uma margem mínima de votos. E como acontece com a seleção brasileira de futebol em ano de Copa, não houve consenso sobre o nosso time ideal. Ficou apenas a certeza de que temos condições de montar muitos esquadrões de 50 craques em comunicação. Agradecemos a participação de Adonis Alonso, Armando Ferrentini, redação do jornal Propaganda&Marketing, Marcio Ehrlich, Nelson Cadena, Francisco Alberto Madia de Souza e José Roberto Whitaker Penteado. Adriana Cury Líder criativa Primeira mulher a ocupar um cargo de direção na McCann--Erickson do Brasil, Adriana Cury é hoje uma das profissionais mais reconhecidas da publicidade nacional. Um dos talentos que surgiram na década de 90, Adriana iniciou sua carreira na então MPM/Casablanca como redatora e despontou quando assumiu a vice- presidência nacional de criação da Colucci, oportunidade para mostrar que, mais do que criar, já tinha potencial para lide-rar. Sob seus cuidados, a Colucci, uma agência de médio porte, totalmente brasileira, ganhou destaque entre as mais criativas do país. Em meio a uma constelação predominantemente masculina de publicitários, Adriana passou a se destacar e foi convidada para ser jurada do Festival de Cannes em 2001, na categoria Press&Poster. Em 2002, outro desafio: implantar criatividade no perfil da multinacional Ogilvy, onde assumiu a vice-presidência e direção nacional de criação. Seu trabalho, reconhecido pelo mercado, levou a McCann a convidá-la para assumir o cargo de chairwoman e diretora-geral de criação. “A McCann era a única grande agência que faltava buscar um perfil mais criativo”, diz ela, que este ano volta a Cannes como jurada, dessa vez para julgar a categoria multidisciplinar Titanium. Marcio Scavone começou a fotografar ainda criança, com a Rolleiflex de seu pai. Aos 20 anos já dirigia o departamento fotográfico da Almap. Estudou fotografia em Londres, publicou livros sobre o tema e hoje clica fotos publicitárias, editoriais e pessoais. Agnelo Pacheco

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A história dos 50 anos de Propaganda

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50 anos Propaganda

50 craques da Propaganda Os 50 profissionais homenageados nos trabalhos autorais dos fotógrafos do banco de imagens SambaPhoto, que você verá nas páginas seguintes, foram escolhidos por jornalistas especializados. Nós, da Propaganda, sabíamos de antemão o quanto é difícil listar somente meia centena de nomes “top”. Por isso, pedimos aos colegas que levassem em conta, principalmente, o critério da representatividade de cada um. Mesmo assim, ninguém se limitou à quantia preestabelecida. Muitos profissionais ficaram de fora por uma margem mínima de votos. E como acontece com a seleção brasileira de futebol em ano de Copa, não houve consenso sobre o nosso time ideal. Ficou apenas a certeza de que temos condições de montar muitos esquadrões de 50 craques em comunicação. Agradecemos a participação de Adonis Alonso, Armando Ferrentini, redação do jornal Propaganda&Marketing, Marcio Ehrlich, Nelson Cadena, Francisco Alberto Madia de Souza e José Roberto Whitaker Penteado.

Adriana Cury

Líder criativa Primeira mulher a ocupar um cargo de direção na McCann--Erickson do Brasil, Adriana Cury é hoje uma das profissionais mais reconhecidas da publicidade nacional. Um dos talentos que surgiram na década de 90, Adriana iniciou sua carreira na então MPM/Casablanca como redatora e despontou quando assumiu a vice-presidência nacional de criação da Colucci, oportunidade para mostrar que, mais do que criar, já tinha potencial para lide-rar. Sob seus cuidados, a Colucci, uma agência de médio porte, totalmente brasileira, ganhou destaque entre as mais criativas do país. Em meio a uma constelação predominantemente masculina de publicitários, Adriana passou a se destacar e foi convidada para ser jurada do Festival de Cannes em 2001, na categoria Press&Poster. Em 2002, outro desafio: implantar criatividade no perfil da multinacional Ogilvy, onde assumiu a vice-presidência e direção nacional de criação. Seu trabalho, reconhecido pelo mercado, levou a McCann a convidá-la para assumir o cargo de chairwoman e diretora-geral de criação. “A McCann era a única grande agência que faltava buscar um perfil mais criativo”, diz ela, que este ano volta a Cannes como jurada, dessa vez para julgar a categoria multidisciplinar Titanium. Marcio Scavone começou a fotografar ainda criança, com a Rolleiflex de seu pai. Aos 20 anos já dirigia o departamento fotográfico da Almap. Estudou fotografia em Londres, publicou livros sobre o tema e hoje clica fotos publicitárias, editoriais e pessoais.

Agnelo Pacheco

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O valor de uma idéia Autor de campanhas memoráveis, como a do tênis All Star, nos anos 80, com a cantora americana Tina Turner, ou “Tomou Doril a dor sumiu”, Agnelo Pacheco transpira criatividade e ousadia desde criança. Em Minas Gerais, onde nasceu, começou sua carreira escrevendo contos policiais e novelas de humor para a TV Itacolomi, dos Diários Associados. “Os textos não eram pagos, mas eu sempre incluía um personagem com meu perfil para ser escalado para atuar, ganhar um dinheirinho e ajudar a família”, lembra. Por suas idéias, foi convidado a criar um comercial para uma lavadora de roupas. E foi aí que tudo mudou. Criou um filme no qual quatro donas de casa interpretavam os Beatles, cantando “Help”. “Foi um sucesso e levei um susto quando me pagaram, porque não imaginei que uma idéia valia tanto.” Nascia ali o publicitário Agnelo Pacheco, que nos 19 anos seguintes foi se aperfeiçoando na agência Norton até fundar, em 1985, a própria agência, que completa 21 anos em agosto. Adi Leite começou como fotojornalista há 20 anos, colaborando com as principais publicações brasileiras. É estudioso da arte de fotografar e editor de fotografia do Estampa, encarte do jornal Valor Econômico. Para clicar Agnelo Pacheco, utilizou a técnica do cromo recortado.

Alexandre Gama

Perfil de ousadias O grupo inglês BBH possui escritórios próprios em cinco dos seis países em que atua. Menos no Brasil, onde preferiu se associar à Neogama, agência de Alexandre Gama. John Hegarty, CEO da BBH, explica o motivo: “Se fôssemos uma agência no Brasil, seríamos a Neogama.” Quebras de paradigmas e ousadia sempre marcaram a carreira do criativo Ale-xandre Gama, que em 1999 trocou a posição de presidente e CEO da Young&Rubicam para abrir seu próprio negócio. O publicitário, que também atuou na Ogilvy e DM9 e foi sócio da Almap, levou a Neogama a ser a primeira agência brasileira a ganhar um Leão em Cannes em seu primeiro ano de existência. Também foi a primeira do país a receber em um mesmo ano Leões de Ouro em Filmes e Mídia Impressa (2003). Com 20 Leões em Cannes, trabalhos publicados em anuários do mundo todo e inúmeros cases na carreira (lançamento do Audi no país, construção da marca Mitsubishi no Brasil, posicionamento do Bradesco como o banco completo, entre outros), Gama liderou no ano passado a arrancada da Neogama no ranking das agências, pulando da 22ª para a 13ª posição segundo o Ibope Monitor. Brasiliense de nascimento, mineira e carioca de coração, Ana Paula Paiva é formada em jornalismo pela PUC-RJ, onde começou a fotografar para revistas. Há quatro anos na IstoÉ Dinheiro, ela ganhou em 2006 o Troféu Mulher Imprensa, da revista Imprensa.

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Alex Periscinoto

Unanim idade Se hoje a publicidade brasileira é uma das mais reco-nhecidas do mundo, considerada exemplo de criação e, mais do que isso, eficácia para os clientes, é por causa de pioneiros como Alex Periscinoto. Não fosse ele e sua paixão por tudo que se referisse à propaganda, principalmente sobre o que estava sendo feito na meca da atividade na época, os Estados Unidos, quem será que teria trazido o modelo de dupla de criação para as agências? Ou mostrado a importância da criação dentro de um programa de comunicação para qualquer que fosse o negócio? Ou, ainda, demonstrado a força da propaganda como uma ferramenta real de vendas? Desde que entrou no ramo, no final da década de 50, até hoje, como sócio da Sales, Periscinoto, Guerreiro, Fontoura & Associados Consultoria (SPG&A), Alex Periscinoto respira propaganda, o que o levou a se tornar um dos profissionais mais reverenciados do mercado. Tanto que o nome dele apareceu em primeiro lugar em todas as listas dos colaboradores que selecionaram os 50 profissionais de destaque desta revista. Com experiência tanto em jornais quanto em revistas, Ed Viggiani conta em seu portfólio com o prêmio “The Mother Jones International Fund for Documentary Photography”, da Califórnia, pelo ensaio fotográfico “Irmãos de Fé”.

Armando Strozenberg

O inquieto Armando Strozenberg é detentor de um dos mais densos currículos da propaganda e do jornalismo brasileiros. Começou na publicidade em 1976. Em dezembro de 1983, com Mauro Matos e José Antonio Calazans, fundou a Contemporânea, uma das 20 maiores agências do país. Antes, foi repórter, redator, correspondente internacional e editor do Jornal do Brasil durante 12 anos, cinco dos quais trabalhando em Paris, onde se pós-graduou em sociologia da comunicação pela Escola de Ciências Políticas da Universidade de Paris. Inquieto por natureza, ele também se destaca pela sua atuação nas entidades de classe da propaganda. Strozenberg é conselheiro da ABP (Associação Brasileira de Propaganda), que presidiu de 2001 a julho de 2005, do Conar (Conse-lho de Auto-Regulamentação Publicitária), onde também preside a 3ª Câmara de Ética, do Conselho Consultivo do Caepm (Centro de Altos Estudos de Propaganda e Marke-ting da ESPM) e da BrazilFoundation, com sede em Nova York. Guto Seixas estudou no Kent Institute of Art and Design, de Rochester, Inglaterra. Já fotografou para DM9, DPZ e McCann, entre outras grandes agências.

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Átila Francucci

Experimenta A campanha “Experimenta”, criada em 2003 na Fischer América para a Nova Schin, é um case e tanto na propaganda brasileira. Conquistou share para a cerveja e pontos para a carreira de Átila Francucci. Ele já havia passado pelas agências DPZ, AlmapBBDO e Young&Rubicam. Foi jurado de Press&Poster no Festival de Cannes de 1998 e vice-presidente de criação da Lowe Lintas. Mas foi a campanha protagonizada por Zeca Pagodinho que mais repercutiu no seu portfólio, principalmente porque quando entrou na Fischer, em 2002, ele se recuperava da má fase vivida na condução da própria agência, a Cápsula, que até se associou à TBWA, mas não decolou. Em 2004, co-presidiu a J.W. Thompson, acumulando a vice-presidência de criação. No ano seguinte, como chief creative officer, participou do reposicionamento mundial do grupo JWT. Foi jurado de Film em Cannes e trouxe quatro Leões, que se somaram aos únicos três da história da agência no Brasil. No final de 2005 deixou a JWT e resolveu reexperimentar o gosto de ter a própria agência. Fundou a Famiglia, na qual cuida da criação, ao lado de Fernando Nobre. A administração ficará com o também sócio e economista Francisco Petros. E um cliente especial juntou-se à Famiglia: o Grupo Schincariol. Dadá Cardoso já publicou fotos nos principais jornais brasileiros, algumas, republicadas no livro “Retratos”. Desde 2000 trabalha com publicidade, moda e projetos pessoais. Está na edição 200 Best Ad Photographers Worldwide, da revista Lürzer’s Archive.

Boni

O perfeccionista José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, é um personagem que virou sinônimo de qualidade na televisão brasileira. Seu perfeccionismo com os mínimos detalhes da programação da Rede Globo beirava a tirania, dizem admiradores e desafetos. Chegou a quebrar a marretadas um equipamento que mandara aposentar, mas que os operadores insistiam em usar. Começou a trabalhar em televisão nos anos 50, na TV Tupi. Também foi publicitário: passou pela Lintas e foi sócio e fundador da Proeme. Mas sua paixão sempre foi a TV. Em 1966, voltou à Tupi. Mas foi a parceria com Walter Clark na TV Globo a partir de 1967 que revolucionou sua carreira e a televisão brasileira. Na emissora de Roberto Marinho a dupla teve carta branca para implantar uma rede nacional de televisão. Em pouco tempo, a emissora carioca tornou-se a terceira maior rede de televisão do mundo. Boni assumiu o comando geral da Globo em 1977 e, durante duas décadas, foi o mais poderoso profissional de comunicação no Brasil. Atualmente, trabalha como consultor na rede de TV Vanguarda, que pertence aos seus filhos. Paralelamente ao trabalho para publicidade e capas de discos, Milton Montenegro mantém uma produção autoral exibida em diversas

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mostras individuais e coletivas. Esse trabalho foi recentemente compilado no livro Camera Obscura.

Celso Loducca

A química da propaganda A paixão por escrever foi o que fez o professor de química e biologia Celso Loducca trocar a lousa por pranchetas até chegar à presidência da sua própria agência de publicidade. Começou a carreira como redator da Standard (atual Ogilvy), em 1984. Trabalhou ainda na Talent, W/Brasil e Young&Rubicam. Em 1992 aceitou o desafio de ser vice-presidente da então pouco representativa FCB. Em pouco tempo fez da agência a segunda mais premiada do país, com um faturamento que crescia tanto quanto seu prestígio. Dois anos mais tarde, foi jurado em Cannes e conheceu Frank Lowe, com quem fundou, em 1995, a Lowe Loducca. A agência começou no flat do publicitário, em São Paulo, e não parou mais. Em 2004, Loducca comprou as ações do Grupo Lowe. Ganhou novos sócios brasileiros e durante alguns meses usou a marca Loducca22, que deveria ser rebatizada, no futuro, apenas de 22. A idéia foi abortada com a chegada do mais novo sócio, o Grupo MPM. Como sempre, Loducca detém o controle da agência. E para manter um pouco da veia acadêmica, ele ainda encontra tempo para participar das atividades do centro cultural Casa do Saber, do qual também é sócio. Claudio Elizabetsky começou a fotografar em 1984, em Nova York. Em 1986 mudou-se para o Brasil e abriu seu estúdio em São Paulo. Presta serviços para as principais agências de publicidade do Brasil e possui obras nos acervos Pirelli/Masp, MAM e The Bull Collection, de Nova York.

César Paim

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Foco regional, visão global Um homem de foco. Essa é uma das características mais comuns citadas por amigos do publicitário César Paim. “Muito competente, completamente voltado para o objetivo do negócio, a valorizacão de marcas, focado no interesse do cliente e no retorno de qualquer ação para todos”, completa Lairson José Kunzler, sócio de Paim desde 2001. Há cerca de 30 anos atuando no mercado, Paim começou a trabalhar nas áreas de atendimento, planejamento e gestão de agências, ganhou know-how e hoje está à frente da sua própria agência, uma das maiores empresas do setor do Rio Grande do Sul. Antes disso, foi sócio e diretor da Escala Comunicação até 1988, de onde saiu para logo depois fundar a Paim Comunicação, em 1991, onde conta, além de Kunzler, com os sócios João Paulo Dias e o irmão Marcos Paim. Referência para o mercado sulista, a Paim, porém, está atenta a todo o universo da propaganda, resultado, entre outras coisas, de uma visão global com foco preciso no interesse do cliente. O autor de “Anjos Proibidos”, “Some Women” e “SLZ 48h”, Fabio Cabral, já realizou dez exposições individuais e quatro coletivas. O nu artístico e o glamour feminino são alguns dos temas de sua obra, que se encontra em acervos privados, museus e galerias.

Claudio Carillo

O " tio" que se deu bem Os primeiros contatos de Claudio Carillo com a publicidade aconteceram na infância, por meio do pai, o publicitário João Carillo, que inspirou o filho no gosto pela profissão. Versátil, ele se tornou redator, diretor de criação, compositor de jingles e diretor de cinema. Trabalhou em grandes agências, como Almap, Denison, McCann-Erickson, J.W.Thompson e Fischer&Justus, de onde saiu para fundar, com Dalton Pastore, em outubro de 1995, a Carillo Pastore. Um ano depois, a agência se associou à Euro RSCG e passou a se chamar Carillo Pastore Euro RSCG. Colecionador dos principais prêmios da publicidade brasileira e mundial, Carillo é membro do board criativo mundial da Euro RSCG e autor de campanhas memoráveis, como os personagens Garota e Tio Sukita, que aumentaram as vendas e o recall do refrigerante e revelaram a mode-lo Michelly Machri e o ator Roberto Arduin. O sucesso da campanha levou a marca para a capa das revistas Playboy e Boa Forma, que se referiam à Michelly como a Garota Sukita. E deixaram o “tio” Carillo e sua agência bem na foto. Marcelo Uchôa cresceu vendo o pai fotografar com uma Rolleiflex. Em 1980, o então estudante de comunicações conseguiu estágio como assistente de um fotógrafo americano que fazia um trabalho no Brasil. E não parou mais.

Clovis Calia

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Idéias luminosas Criatividade, um sólido pensamento estratégico e eficiência na comunicação. Na opinião do próprio Clovis Calia, fundador e presidente da Calia Comunicações, esse é o tripé que formou a base de toda sua trajetória na publicidade. Consi-derado um dos grandes criativos da história da propaganda brasileira, a estante de Calia é repleta de prêmios. São 14 Leões em Cannes, dois Grand Prix no Festival de Londres, cinco Clios e medalhas de ouro no Festival de Nova York. O currículo abriu ao criativo vagas como jurado nos festivais de Cannes, Londres e Nova York. Redator de origem, Calia iniciou sua carreira na Lince Propaganda, onde atuou com os diretores Rui Agnelli e Sergio Graciotti. Passou ain-da por Proeme, Salles/Publicis, Lintas, McCann-Erickson e Standard Ogilvy & Mather, onde permaneceu por mais de dez anos e chegou ao cargo de vice-presidente executivo e diretor nacional de criação. Criou para importantes clientes, como Shell, Ford, Coca-Cola, Nestlé, Unibanco e American Express. Dei-xou a Ogilvy para fundar a CaliaAssumpção&Associado, hoje Calia Comunicações, onde atende Sucos Del Valle e Santander Banespa, entre outras contas. Fabio Ribeiro iniciou a carreira como assistente de fotografia no antigo Estúdio Abril, em 1986. Passou pelo estúdio Fotoplano e ficou na W/Brasil de 1991 a 98. Entre vários clientes, já clicou para Guaraná Antarctica, Ministério da Saúde, Riachuelo, Vila Romana, Daslu e BMW.

Christina Carvalho Pinto

Quebrando paradigmas Primeira mulher na América Latina a liderar um grupo multinacional de comunicação - o Young & Rubicam, do qual foi sócia -, Christina Carvalho Pinto é o modelo da profissional dinâmica. Começou como redatora e diretora de criação e chegou a chairwoman das sete empresas do Young & Rubicam e vice-chairwoman dos 26 escritórios da holding na América Latina. Em 1996 fundou o Grupo Full Jazz de Comunicação, formado por Full Jazz Propaganda, Full Tecno (internet), Full Direct (marke-ting direto) e Full Jazz Comunidade (desenvolvimento de marcas cidadãs). Ganhou muitos prêmios, como o de Profissional de Propaganda do Ano (1989) e da Década (80) e de Publicitária do Ano (1991) do Prêmio Colunistas. Foi eleita entre as 20 Persona-lidades Winners do Mundo pela revista Exame, em 1990, ano em que foi jurada de Cannes. Esteve entre os destaques empresariais femininos de 2000 apontados pelo Prêmio Femme D`Affaires, da Vêuve-Clicquot, foi a mulher mais influente do Brasil em marke-ting e publicidade, segundo a revista Forbes (2004) e um dos dez maiores empreendedores brasileiros, da revista Empreendedor (2005). Participa de vários conselhos e é embaixadora do Fórum Mundial da Mulher para a Economia e Sociedade.

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Formada em história da arte, artes plásticas e fotografia, a carioca Claudia Jaguaribe mora e trabalha em São Paulo. Desde 1982 participa de exposições no Brasil e no exterior. Além da fotografia, Claudia aposta em outros meios para mostrar sua arte, como o vídeo.

Dalton Pastore

Planejar é preciso Tranquilidade e senso de oportunidade para saber mudar a rota. Essa é uma das lições que se pode tirar da trajetória profissional de Dalton Pastore, que começou a carreira na redação publicitária, mas ganhou reconhecimento no planejamento. O primeiro emprego como redator foi na Fator, em 1972, passando depois pelas redações das agências Propeg e Artplan. Sete anos mais tarde mudou para o atendimento e planejamento da lendária Standard Ogilvy & Mather. Lá ficou 14 anos e chegou à presidência, aos 39 anos. No topo da publicidade nacional, mudou novamente, dessa vez para a Argentina, onde assumiu a direção-geral do Grupo Abril por mais de um ano. Voltou ao Brasil como diretor nacional de publicidade da Editora Abril. Em 1995 retomou a carreira em agências ao fundar, com Claudio Carillo, a Carillo Pastore, que, um ano mais tarde, se associou ao grupo Euro RSCG. Desde 2005, além de cuidar do atendimento e planejamento da própria agência, Pastore dedica-se a todo o mercado publicitário como presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap), cargo que deve ocupar até abril de 2007. Fotógrafo desde 1989, André François realizou vários documentários sobre povoados e folclore no Brasil e no exterior. Publicou o livro “São Thomé das Letras”, que incentivou doações à instituição local “Viva Criança”. É fundador do projeto ImageMagica.

Daniel Barbará

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Sinônimo de mídia Vice-presidente nacional da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) e membro dos conselhos consultivos do Grupo de Mídia de São Paulo (o qual presidiu por oito anos), do Instituto Verificador de Circulação (IVC - que presidiu por quatro anos), da Associação Brasileira de Marketing e Negócios (ABMN) e do Conselho Executivo das Normas-Padrão (Cenp, onde também participa da diretoria executiva). Participante de tantas entidades importantes do mercado, Daniel Barbará é hoje uma das grandes referências na área de negócios da propaganda brasileira e uma fonte importante para assuntos do mercado. Sua trajetória na comunicação evoluiu com as principais transformações do setor. Iniciou sua carreira em 1964, na mídia da Record Propaganda, do Rio de Janeiro. Sempre na área de mídia, passou pelos escritórios da McCann no Rio e em São Paulo até ingressar na filial carioca da DPZ, em 1981. Em 1984 passou a ser o diretor nacional de mídia da agência e, em 1988, diretor comercial, cargo que ocupa até hoje. O engenheiro mecânico André Brandão trabalhou dois anos como consultor de alta gestão antes de pendurar o terno e a gravata para ser assistente em estúdios. Fotografa profissionalmente para as principais revistas e agências de publicidade, além de atender clientes diretos e realizar projetos autorais.

DorianTaterka

Amor pela profissão Entender de cinema e da sua linguagem, ter talento e saber muito de propaganda são os ingredientes fundamentais para a boa produção publicitária. A afirmação é de Dorian Taterka, feita em 2002, quando ele foi eleito pelo mercado publicitário um dos três melhores diretores de cena da propaganda brasileira, em pesquisa feita por esta revista. As características necessárias para a profissão ele foi adquirindo e aprimorando ao longo da vida profissional. Começou trabalhando em agência em 1969, na Norton Publicidade, passando por Proeme, Cosi&Jarbas e Standard Ogilvy & Mather. Exerceu também funções como direção de criação e arte, criação para TV, produção e RTVC. Em 1981, fundou a produtora de comerciais TVC (Televisão e Cinema), da qual é diretor-presidente. Ocupa o mesmo cargo na Taterka Comunicações, também fundada por ele. Recebeu os principais prêmios nacionais e internacionais da propaganda e participou como jurado de festivais no Brasil e no exterior. É diretor do Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária) desde 1993, e, se tem um slogan capaz de descrever o que ele sente pela profissão, é o do seu cliente McDonald’s: “Amo muito tudo isso”. André Andrade começou fazendo documentários sobre a fauna e a flora brasileiras. Em 1989 iniciou o trabalho em publicidade e moda como free lance. Trabalhou na Europa, foi premiado na Itália e no Brasil. Em 2005 inaugurou, com Bob Wolfenson, o Estúdio BIC.

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Eduardo Fischer

Criador de cases Lembram-se da “Número 1”, para a cerveja Brahma? E do “Baby”, da Telesp Celular? E mais: o “Experimenta”, da Nova Schin? Esses três grandes cases da publicidade brasileira têm um ponto em comum: todos foram coordenados por Eduardo Fischer. O publicitário é detentor de centenas de prêmios em mais de 30 anos de carreira, entre eles, cinco vezes o de Publicitário do Ano no Prêmio Colunistas, Publicitário Latino-Americano em 1996 pela Associação Latino-Americana de Agências de Pu-blicidade (Alap) e Líder Empresarial de 1999 pelo jornal Gazeta Mercantil. Hoje, ele preside a Fischer América e o Grupo Total, holding que controla, entre outras empresas, a rede de agências Fischer América, a única multinacional brasileira do setor, com 16 escritórios entre agências próprias e acordos operacionais na América Latina. Em 1997, Eduardo Fischer levou sua agência ao título de quarta melhor do mundo, segundo a revista Advertising Age. Em 1999, foi a agência independente mais premiada do mundo no Festival de Cannes. O disparo da pólvora pelo disparo dos flashes. Ao trocar uma espingarda Winchester por uma máquina fotográfica, nos anos 60, Juvenal Pereira iniciou a carreira no fotojornalismo, realizando também ensaios e pesquisa histórica. Atuou nos principais jornais e revistas do país.

Ercílio Tranjan

Carreira na ponte aérea O santista Ercílio Tranjan é um raro profissional de criação que fez carreira nas agências por onde passou. Em sua primeira empresa, a Denison, ficou por 11 anos. Esteve também na MPM - do início da década de 80 até depois da fusão com a Lintas, nos anos 90 - e Almap - também nas duas décadas, sob o comandos de Alex Periscinoto e da dupla Marcello Serpa e José Luiz Madeira. No ano 2000 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde assumiu a direção de criação da Pro-peg, agência que depois mudou seu nome para Quê/Next (hoje Quê Comunicação). Desligou-se da agência em meados do ano passado. Autor de campanhas premiadas ao longo de sua carreira, como o recente lançamento da empresa de telefonia Telemar, Ercílio continua transitando livremente entre os mercados do Rio e de São Paulo. Até o fechamento desta edição ele negociava com Ronaldo Conde e Gustavo Bastos a sua ida para a recém-criada 11/21, agência que, até no nome, leva os prefixos das duas principais cidades do país. Fabio Heizenreder, 35 anos, é fotógrafo autodidata.Tem trabalhos publicados em várias revistas do país. Foi assistente dos principais fotógrafos em ação nos anos 80/90, como Miro e Pedro Martinelli.

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Fábio Fernandes

Mais do que criativo O nome de Fábio Fernandes é quase sinônimo de criatividade. Não é para menos. Um dos publicitários mais premiados de sua geração, o presidente da F/Nazca Saatchi&Saatchi já conquistou em sua carreira os principais prêmios nacionais e internacionais da propaganda. Só em Cannes foram 43 Leões. Alguns deles, conquistados no ano de 2001, levaram sua agência ao degrau mais alto do festival para receber o cobiçado título de Agency of the Year. Mas se engana quem pensa que Fernandes é reconhecido só pelas suas idéias brilhantes. Em um ranking publicado pela americana Ad Age Global, em 2002, ele foi citado como um dos 100 melhores executivos de comunicação e marketing do mundo. Antes disso, em 2000, já havia sido apontado o melhor executivo de propaganda e marketing na primeira edição do prêmio Executivo de Valor, do jornal Valor Econômico. Nascido no Rio de Janeiro, Fernandes iniciou sua carreira como redator na MPM. Logo aos 23 anos assumiu o cargo de diretor de criação da Artplan. Mudou-se para São Paulo, onde atuou na Young&Rubicam até 1994, quando fundou sua própria agência. Marcelo Arruda já apresentou seu trabalho em várias exposições. Possui obras no acervo do MAM de São Paulo e na coleção Pirelli, do Masp. Desde 1993 atua na publicidade, com trabalhos para Age, Fischer América, Leo Burnett, Loducca, MPM, Publicis e TBWA, entre outras.

Fernando Barros

O trator da Bahia O seu jeito incansável e a obsessão de sempre manter o nome da Propeg como a principal agência do Norte/Nordeste rendeu a Fernando Barros a fama de trator. A agência, fundada em 1965, já esteve entre as maiores do Brasil, mas passou por um momento difícil no final da década de 90. Há cerca de três anos, quando Barros herdou de vez a marca que mantinha em sociedade com o fundador, Rodrigo Sá Menezes, a Propeg retomou os seus dias de glória, tanto em lucratividade como na criação. Barros chegou à agência em 1973, vindo na Norton, como executivo de atendimento. Passou a diretor de atendimento e depois a vice-presidente executivo, assumindo a presidência em 1990. Durante todo esse tempo foi fundamental no crescimento da agência, que ganhou fama pela excelência no atendimento a contas públicas. Além dos negócios pu-blicitários, Barros também cria cavalos e ovelhas, e -ainda possui uma empresa do setor de logística, comandada pelo seu filho mais velho. Recifense, Eduardo Queiroga fotografa desde a faculdade de jornalismo, nos anos 90. Passou pelo Jornal do Commercio e, em 1995, fundou a Agência Lumiar de Fotografia. Desenvolve trabalhos editoriais e para publicidade e adora clicar comida e todo o seu universo, de feiras a restaurantes.

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Flávio Conti

O cinéfilo Pode-se dizer que se houvesse um longa-metragem sobre a propaganda brasileira o diretor-geral da DPZ, Flávio Conti, estaria entre os atores principais, não só pela sua importância para a atividade no país, mas também por ser um apaixonado pela sétima arte, a ponto de ter feito em sua casa o Cine Conti, uma verdadeira sala de projeção, com 14 poltronas bem confortáveis. Nela seus convidados podem desfrutar até de bonbonnière e pipoqueira. Conti diz que o cinema influencia a propaganda como um todo, e ele aprendeu bem a lição. Hoje é considerado um dos maiores nomes do atendimento no mercado publicitário, tanto que em 1998 foi eleito Profissional de Propaganda do Ano pelo Colunistas Brasil. Desde 1972 defende a bandeira da DPZ, procurando mostrar aos clientes a importância de uma agência criativa. Formado em ciências jurídicas pelo Mackenzie, Conti foi parar na propaganda em 1966, onde era o res-ponsável pelo planejamento e execução de campanhas de grandes clientes, como Refinarias de Milho Brasil, Philips do Brasil e Colgate, na agência CIN. Fotógrafo desde 1993, Cristiano F. Burmester iniciou sua carreira na área de reportagem de natureza, meio ambiente e turismo. Produziu trabalhos na Ásia e África sobre povos distantes, ecossistemas frágeis e o meio marinho. Hoje ampliou seu trabalho para diversas áreas, entre elas, a publicidade.

Francesc Petit

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O briguento No final da década de 70, o publicitário Francesc Petit comprou briga com todo o conselho da Bombril, defendendo o seu novo personagem, o Garoto Bombril. Apenas um membro da família Ferreira (Ronaldo Ferreira), controladora da empresa, ficou ao seu lado e não seguiu a opinião dos demais, que se incomodavam com o jeito afeminado do personagem, interpretado pelo ator Carlos Moreno. A propaganda, afinal, foi ao ar. E o Garoto Bombril virou um ícone mundial. Petit sempre brigou pelo que acha melhor, independentemente de o anunciante gostar ou não. E de marcas e personagens ele entende bem. É dele também o “S” do Franguinho Sadia, os logos do Itaú e da Gol, entre outros. Ex-estudante de arte em Barcelona, Petit começou a trabalhar como office-boy na agência de seu pai logo que mudou para o Brasil, na década de 50. Na época, ouviu do próprio pai que não levava jeito para a publicidade. Foi sua primeira briga vitoriosa na carreira. Mas quem ga-nhou mesmo foi a propaganda brasileira. Arquiteto de formação, Eduardo Barcellos fotografa desde 1976, atendendo principalmente escritórios de design e clientes corporativos. Atualmente seu maior volume de trabalho tem sido para grandes empresas, como Danone, Kraft Foods, Grupo Odebrecht e Unilever, entre outros.

Italo Bianchi

Arte em foco Italo Bianchi é um exemplo de que todo bom publicitário tem um veio artístico. Na Itália, seu país de origem, formou-se em história da arte e criou tipos de letras para impressão. Em 1949 veio para São Paulo, onde trabalhou no Teatro Brasileiro de Comédia e na Cia. Cinematográfica Vera Cruz. Projetou estandes e ajudou a montar o pavilhão da Itália na Exposição do IV Centenário de São Paulo. Em seguida, mudou-se para a Argentina, onde trabalhou com cenografia e desenhou capas de discos e livros. De volta a São Paulo, em 1956, assume a edi-toria técnica do Suplemento Literário do jornal O Estado de --S. Paulo, até 1961. Paralelamente, assina criações publicitárias e projetos de marcas e embalagens como free-lance. De 1962 a 1967, ensina história da arte e teoria da comunicação no IAD, fase em que também faz design de móveis. Em 1968, monta, em Recife, um estúdio de comunicação visual e criação pu-blicitária. Depois, assume a direção de criação da Proene. Em 1971 funda, com Alfrízio Melo, a Italo Bianchi Publicitários Associados, da qual desliga-se em 1995 e retorna em janeiro de 2005. Entre a inauguração e o retorno dedica-se a pintura, publicação de crônicas e artigos e consultoria de criação. Geyson Magno fotografa desde os anos 80, quando começou a trabalhar como repórter fotográfico em Recife. Dispõe de um extenso banco de imagens autorais feitas no Nordeste, que é utilizado pelos mercados editorial e publicitário. É sócio da agência de fotografia Lumiar.

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Jaques Lewkowicz

Bordões que marcaram Sabe a “Lei de Gérson”? Foi imaginada em uma criação do publicitário Jaques Lewkowicz. Não que o sócio e diretor de criação da Lew,Lara goste de levar vantagem em tudo. É que é dele o famoso bordão da propaganda dos cigarros Vila Rica, protagonizada pelo ex-craque da seleção brasileira Gérson e que virou uma metáfora alusiva à malandragem em qualquer campo de atuação. Esse filho de pai polonês e mãe russa, criado no bairro do Bom Retiro, onde ficava boa parte da comunidade judaica paulistana, tem no bordão, por sinal, uma das suas marcas registradas, como a famosa frase criada para a vodca Orloff na década de 80, o chamado “Efeito Orloff”, que dizia “Eu sou você amanhã”, alertando para uma eventual ressaca caso a bebida consumida não fosse a Orloff. É justamente do humor judaico, dos irmãos Marx a Woody Allen, passando pelos próprios vizinhos de bairro, que Lewkowicz tira muitas idéias para suas criações. Ao lado de Luiz Lara, Lewkowicz fundou a Lew,Lara em 1992, agência que fechou o ano de 2005 na sexta colocação no ranking das agências, segundo o Ibope Monitor. O pernambucano Pio Figueiroa trabalhou como fotógrafo no Jornal do Commercio, na revista Veja, na Editora Três e no jornal Valor Econômico. Hoje, responde por toda a fotografia produzida para o Valor Econômico, além de contar com diversos clientes institucionais. É sócio da Cia de Foto.

Jens Olesen

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O mecenas A lista de patrocínios incluiu nomes como Picasso, Goya, Munch, Albert Eckhout, Bienal Internacional de São Paulo, Balé Real da Dinamarca, e por aí vai... Desde que chegou ao Brasil, há mais de três décadas, o publicitário dinamarquês Jens Olesen tem se destacado como um dos maiores mecenas do país. Até samba-enredo da Imperatriz Leopoldinense já patrocinou. Na McCann-Erickson entrou em 1965. Veio para o Brasil em 1969, mas voltou para a Europa no ano seguinte. A partir do retorno definitivo ao Brasil, em 1975, sua história passa a se confundir com a própria trajetória da agência nesse mesmo longo período. Foi presidente do grupo McCann local de 1979 até 2005. Em 1985, passou a comandar também os escritórios da agência na América Latina e Caribe. No ano passado, foi convidado pelo rei da Noruega para ser cônsul-geral daquele país em São Paulo. Para sorte das artes no Brasil (sorte nossa), ele agora também é consultor de marketing cultural na sua empresa Experience Consulting. A foto e a grafia. A origem do trabalho fotográfico de Gal Oppido vem do desenho. Seja arquitetura, faces, artes cênicas ou cidades, ele sempre acreditou que atrás do olho tem um olhar. Digital ou analógica? Não importa a técnica, mas sim o que dizer com ela.

João Daniel Tikhomiroff

O homem da produção Com sobrenome russo, o brasileiro João Daniel Tikhomiroff é referência no universo da produção publicitária mundial. O presidente do Grupo Mixer é o único diretor latino-americano citado entre os melhores do mundo no livro “The Commercial Book”, do anuário inglês D&AD, e o segundo mais premiado do Festival de Cannes, de onde já trouxe 41 Leões, cinco deles em 2005, quando a Jodaf Mixer, produtora de publicidade do Grupo Mixer, foi pelo quarto ano a brasileira mais premiada do festival. Um dos braços do grupo é a Mixer Internacional, que produziu, em parceria com a americana Hungry Man, o filme “Minni Cooper”, Leão de Ouro em 2005 em Cannes e parte da campanha que conquistou Leão de Titanium na premiação. Feliz com a carreira que escolheu em 1970, quando, aos 19 anos, fundou a Jodaf, Tikhomiroff, no entanto, não pára de sonhar nem tampouco de realizar. Basta olhar para as empresas que a cada dia se somam ao grupo Mixer: Jodaf, Radar, Grifa, R-Digital, Pizza, Luz, Channels, Mobile... e que vão permitindo a realização de sonhos, como trabalhar com teledramaturgia. Pablo Di Giulio, pintado por Ivald Granato, trabalha com artes plásticas desde 1983. Fotografou em vários países. Tem obras nos acervos do Masp, MAM, Pinacoteca do Estado de São Paulo e Museo Nacional de Bellas Artes de Buenos Aires. Há dez anos fotografa pessoas no verão do Rio de Janeiro.

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José Dionísio Rodrigues

Reconhecimento nacional Quando o mercado publicitário começava a falar de interatividade e comunicação integrada, José Dionísio Rodrigues já atuava mesclando ferramentas e ações de comunicação. Formado em jornalismo, em 1970, ele iniciou a carreira já no primeiro ano de faculdade trabalhando no jornal Estado do Paraná e depois na Gazeta do Povo, onde simultaneamente atuava também na Rede Paranaense de Comunicação, afiliada da Rede Globo. “Nessa épo-ca, comecei a me interessar por outras formas de comunicação”, conta Dio-nísio, que em 1969 foi convidado pelo amigo também jornalista Rafael de Lala para montar a assessoria ADM Serviços de Imprensa, que se tornou a base da agência de publicidade Soma Propaganda. “Como tinha outra empresa com o mesmo nome, mudamos para Opus, que em 1986 se fundiu com a Múltipla. A partir daí, Dionísio passa a dividir a sociedade com o artista gráfico Desidério Pansera (hoje aposentado) e Gilberto Ricardo dos Santos. Daí por diante, a agência vem sempre buscando soluções para as necessidades dos clientes, o que a tem feito ampliar cada vez mais o leque de atividades de comunicação. “Estamos construindo aqui um centro de excelência em comunicação integrada e o meu sonho é que em breve isso se torne uma referência nacional”, completa. Edu Lyra possui um estúdio fotográfico em Florianópolis, onde atende as principais agências da região. Fotografou diversas regiões do Brasil, documentando variados aspectos culturais e paisagens naturais. Atualmente registra o patrimônio histórico urbano da região sul.

José Luiz Madeira

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O estrategista Há alguns anos, a AlmapBBDO lançou uma campanha que tinha como mote mostrar de onde vem o sucesso da agência. Os títulos das peças traziam “Criação + Planejamento = AlmapBBDO”. O lado criativo da Almap todos conhecem, já que a agência é a mais premiada do Brasil nos últimos anos. Mas esses prêmios só foram conquistados porque na retaguarda da criação há um planejamento consistente e eficaz. É aí que entra a excelência do trabalho de José Luiz Madeira, sócio e diretor de planejamento e serviços a clientes da Almap. Desde 1993 na agência, Madeira é responsável ainda por todo o controle operacional. Antes da Almap, nos dois primeiros anos da DM9 (fundada em 1999), foi ele um dos responsáveis pelos planos estratégicos que resultaram na conquista de grandes clientes. Formado em administração de empresas, com extensão em marketing, Madeira passou também por outras importantes empresas do mercado, como Denison, MPM, J.W.Thompson e Standard Ogilvy&Mather, onde ocupou a vice-presidência. Marcos Piffer é fotógrafo desde 1989, com vários trabalhos publicitários, mas tem o foco em seus ensaios pessoais, com ênfase em questões sociais e no meio ambiente. Atualmente se dedica ao seu quarto livro, “Coffea”, que irá retratar os trabalhadores das lavouras de café.

Julio Ribeiro

O mestre do planejamento Até os anos 80, a propaganda brasileira era reconhecida apenas pela excelência criativa. Quando Julio Ribeiro fundou a Talent, em 1980, impulsionou o uso de uma ferramenta que era praticamente uma novidade entre nossas agências: o planejamento estratégico. Isso fez de Ribeiro o mestre do planejamento no Brasil. Mas ele tem outro pioneirismo na carreira: como redator, ganhou o primeiro prêmio brasileiro no Festival de Cannes, em 1971, conquistando um Leão de Prata para o comercial da mortadela Swift. Formado em direito pela Universidade de São Paulo, com cursos de admi-nistração em Harvard e de criatividade na Universidade de Nova York, Ribeiro iniciou sua carreira em 1958, na McCann-Erickson. Até fundar a Talent passou pela Caterpillar Tratores, Denison, Alcântara Machado e Julio Ribeiro Mihanovich, sua primeira agência, que mais tarde se transformou na MPM Casa-branca. É autor de quatro livros sobre técnicas de pu-blicidade e marketing. Um dos fotógrafos brasileiros mais requisitados no exterior, Paulo Fridman morou em Nova York de 1980 a 1986, estudando no International Center of Photography. Já fez mais de 300 capas de algumas das principais revistas do mundo, além de participar de exposições no Brasil e no exterior.

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Luis Grottera

Ele é multidisciplinar A extensa carreira profissional, que vai do marketing em TV à presidência de agência, ajuda a explicar o porquê do conceito multidisciplinar ter sido implantado no Brasil por Luis Grottera. Em julho de 1985, fundou a Grottera, que nos anos 90 tornou-se pioneira nessa disciplina no Brasil. Antes, ele passou pelo marketing nacional do SBT, foi VP de planejamento e marketing da FCB/Siboney, diretor de planejamento da Salles/DMMB e de mídia da Salles Interamericana de Publicidade, gerenciou a mídia da J.W.Thompson e coordenou a mesma área na Mauro Salles Interamericana, foi professor da Madia Mkt Master, ESPM e FMU/FIAM. É co-autor dos livros “Publicidade ao Vivo” e “Causos da Propaganda” e publisher e editor do livro “História da Propaganda Brasileira”. Escreveu o prefácio da obra “Além da Disrupção”, do CEO da TBWA, Jean-Marie Dru, que lança oficialmente a técnica do Disruption usada pela rede, entre outras publicações. Foi Publicitário do Ano (1989) do Colunistas Brasil e, em 2001, por São Paulo. Em 2004, a APP o elegeu pela me-lhor Contribuição Profissional de Planejamento do ano. Ricardo de Vicq começou a fotografar no Rio de Janeiro, na década de 70. Nos anos 80 mudou-se para São Paulo e passou a clicar para grandes agências, como DPZ, Talent, McCann-Erickson, Taterka e W/Brasil, e para as revistas Marie Claire, Vogue e Carta Capital.

Lula Vieira

<B< pelos> O rádio sempre foi uma das predileções do publicitário Lula Vieira, especialmente os jingles. É dele um dos mais famosos jingles da propaganda brasileira, cantado na antiga propaganda de Natal do extinto Banco Nacional (“Quero ver, você não chorar, não olhar pra trás, nem se arrepender do que faz...”). Atualmente Vieira seleciona antigos comerciais de rádio para seu programa “Jingles Inesquecíveis”, da rádio CBN. Sua paixão e conhecimento do meio rádio fez dele o primeiro jurado brasileiro de Cannes da categoria Radio Lions, instituída na edição passada do festival. Aliás, essa paixão é antiga. Um de seus sonhos de adolescência era ser locutor esportivo, mas iniciou mesmo sua carreira como redator do jornal Última Hora, em São Paulo, sua cidade natal. Do jornalismo migrou para a publicidade, onde ocupou o cargo de redator e diretor de criação na JMM, J.Walter Thompson e Lintas. Em 1982, já no Rio de Janeiro, fundou sua atual agência, a V&S, em sociedade com Valdir Siqueira. Contador de histórias, Vieira também assina uma coluna semanal no jornal Propaganda&Marketing. Gente, especialmente mulheres, e objetos. Essas são as predileções do fotógrafo André Arruda, que pretende viabilizar dois projetos: uma exposição sobre nus femininos e o livro “100 Coisas que Cem Pessoas não vivem sem”.

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Marcello Serpa

De causar inveja GGK e RG Wiesmeir, ambas na Alemanha (onde estudou artes gráficas e visuais), DPZ, DM9 e, desde 1993, AlmapBBDO, onde divide a sociedade com José Luiz Madeira. Esse currículo de Marcello Serpa é de fazer inveja a qualquer publicitário. E mais ainda quando se soma a quantidade de prêmios, nacionais e internacionais, que ele já ganhou. Considerado um dos me-lhores diretores de arte do mundo, é dele o primeiro Grand Prix da América Latina no Festival de Cannes, em 1993. Também foi o primeiro latino a presidir o júri de filmes em Cannes, no ano 2000, além de ser o mais jovem presidente da história do festival. Presidiu ainda júris no Clio, London Festival, D&AD, entre outros. É o brasileiro mais premiado no Art Directors Club de Nova York, tem dois GPs no Festival de Nova York e venceu por diversas vezes vezes o Prêmio Abril, o mais importante festival da mídia impressa do país. Serpa ainda criou duas capas da revista alemã Archive, uma das principais referências da propaganda mundial. Em 2005 a AlmapBBDO foi a primeira agência do mundo a liderar o ranking de premiação anual do Gunn Report por dois anos consecutivos. E é, obviamente, a agência mais premiada do Brasil nos últimos anos. Feco Hamburger iniciou sua carreira no Laboratório SP. Em 1991 virou assistente de Bob Wolfenson, com quem ficou até montar seu estúdio, quatro anos depois. Atua para as principais revistas e agências do país.

Mauro Salles

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Comunicação, carros & rima Mauro Salles é personagem histórico na propaganda brasileira. Mas sua fama, ou melhor, sua carreira, começou no jornalismo. Pernambucano de nascimento, trabalhou no Rio de Janeiro, onde foi diretor de redação de O Globo e participou ativamente na fundação da TV Globo. Na década de 60, criou a Mauro Salles Publicidade, hoje Publicis Brasil, uma das maiores agências do mercado brasileiro. Menos conhecida, mas muito reconhecida por quem é do ramo, é sua carreira de poeta. Ela é autor dos seguinte livros de poesia: “Coisas de Crianças”, “O Gesto”, “Reisen” e “Recomeço”. Atualmente, é consultor na empresa Interamericana, da qual é um dos sócios, e escreve uma coluna sobre carros antigos - outra de suas paixões - na revista Quatro Rodas. É patrono do Prêmio Mauro Salles de Reconhecimento Profissional, outorgado pelas Faculdades Oswaldo Cruz, de São Paulo, para homenagear profissionais que contribuem na comunicação social. Penna Prearo é membro da Cooperativa dos Artistas Visuais do Brasil. Possui um trabalho bem diversificado, que vai de capas de discos até imagens para livros e catálogos. Fotografou para importantes revistas e jornais do país e já expôs em dezenas de mostras coletivas e individuais.

Neil Ferreira

O pai do Baixinho Neil Ferreira nunca foi dono de agência, mas sua criatividade é cobiçada pelas maiores delas. Dois filmes do início da década de 80 premiados com Leão de Ouro no Festival de Cannes exemplificam essa atração. O primeiro é o comer-cial “Morte do Orelhão”, para a Telesp, contra o vandalis-mo nos telefones públicos; o outro é o filme “Banhei-ro”, que marcou a estréia do inesquecível Baixinho da Kaiser. Personagem criado por Ferreira, além de quebrar a hegemonia de ingleses e americanos em Cannes nos comerciais de cerveja, recebeu um elogio do diretor mais premiado da história do festival, Joe Pytka, que declarou ser aquela a melhor idéia que já tinha visto na categoria. Ambos foram criados quando Ferreira estava na DPZ, agência em que trabalhou durante 17 anos (12 seguidos). Vindo do jornalis-mo, onde passou pelos jornais Diário da Noite e Folha de S.Paulo, Ferreira entrou para a publicidade na década de 60, na CIN. Além da DPZ, também atuou na Standard, Almap, Norton, SGB e Salles. Seu avô, fotógrafo amador, tinha um laboratório P&B em casa. E foi ali que Caio Ferrari conheceu a magia da imagem no papel. Em 1990, nos Estados Unidos, redescobriu sua paixão de infância ao trabalhar com Ernie Dobbins. Hoje é colaborador de revistas e faz trabalhos para publicidade.

Nizan Guanaes

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"Não seja morno" Mais do que em qualquer currículo ou perfil profissional, a segredo da vitoriosa carreira de Nizan Guanaes pode ser encontrado nos seguintes trechos do discurso de paraninfo que fez na Faap: “Não paute sua vida nem sua carreira pelo dinheiro. Ame seu ofício com todo o coração. Persiga fazer o melhor. Seja fascinado pelo realizar que o dinheiro virá como conseqüência. Quem pensa só em dinheiro geralmente não o ganha, porque é incapaz de sonhar. Pense no seu País, porque pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si. Afinal, é difícil viver numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre de medo. Seja quente ou seja frio, não seja morno que eu o vomito. É preferível o erro à omissão. O fracasso, ao tédio. O escândalo, ao vazio. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido, tendo consciência de que cada homem foi feito para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução.” Interagindo trabalhos publicitários,editoriais e pessoais, Angelo Pastorello possui um modo diferenciado na iluminação, texturas e direção de cena da fotografia P/B.

Octávio Florisbal

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O super-homem da Globo O estilo ponderado, traduzido nos gestos tranqüilos e na voz calma, não combina com a imagem que se costuma ter de alguém que ocupa uma posição de tanto poder e responsabilidade como Octávio Florisbal, diretor-geral da Rede Globo de Televisão. Numa entrevista dada ao jornal O Globo, logo que assumiu o comando do maior grupo de comunicação da América Latina, ele atribuiu seu jeito de ser aos pais: “Sempre estiveram ao meu lado. Avicultor na periferia de São Paulo, meu pai sempre me en-sinou como as coisas acontecem no seu devido tempo; minha mãe, espiritualista, suave, sempre se interessou em manter comigo inte-ressantes diálogos em voz baixa.” Seu tio, o famoso publicitário Renato Castelo Branco, foi quem o incentivou a deixar a farda da Marinha para entrar no mundo da comunicação, na JW Thompson. De lá, foi para a Lintas, onde cuidou de duas das maiores contas do país: Gessy-Lever e Johnson&Johnson. Foi convidado para trabalhar no departamento comercial da Globo em 1982. Em 2003, assumiu interinamente como superintendente-geral, cargo que mudou de nome para diretor-geral quando Florisbal foi efetivado no comando da Globo. Para Sergio De Divitiis fotografar é o que interessa. Pode ser retrato, still, moda, decoração...Como ele mesmo diz: “Quando inicio um trabalho, entro de corpo, alma... coração, dou o meu melhor.”

Orlando Mota

Bodas de prata Hoje com 25 anos de profissão, quando fundou a Mota Comunicação, em agosto de 2002, Orlando Mota estava atingindo a maioridade como publicitário. Ele começou na Abaeté Propaganda, de Recife. Depois, além de dirigir a criação, foi sócio de importantes agências do Ceará. Fez uma joint venture com a Italo Bianchi e fundou a For4 Comunicação. Ainda muito jovem, aos 28 anos foi eleito Profissional do Ano no Prêmio Colunistas de 1989, título que conquistou novamente em 2004, tornando-se o único cearense a vencer o prêmio por duas vezes. E esta não foi a única premiação a reconhecer o potencial para a direção criativa e o comando de agências de Mota: no total, conquistou mais de 300 dos principais prêmios nacionais e internacionais da publicidade. Mota fundou e foi o primeiro presidente do Clube de Criação do Ceará. Como palestrante, ultrapassou as fronteiras do Ceará, chegando ao berço dos principais talentos do país: São Paulo e Rio de Janeiro, entre outros estados. O pernambucano Gilvan Barreto fotografa regularmente par as revistas National Geographic (Brasil, Holanda e Alemanha), Veja, Exame, Você S.A., Info, SuperInteressante, Trip, IstoéDinheiro, Quatro Rodas, Marie Claire e para o jornal El País, da Espanha. É sócio da agência de fotografia Lumiar.

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Oscar Colucci

Workaholic por paixão Trabalhar demais não é problema para Oscar Colucci, que desde os 16 anos se dedica à publicidade como quem se entrega a uma grande paixão. Ele começou a carreira na área comercial da extinta revista Visão. Trabalhou na Thompson e passou por outras revistas, como as também extintas Manchete e Realidade, além de Claudia, Veja, Quatro Rodas e Placar. Em 1973 fundou a própria agência, que batizou com seu sobrenome. Desde o início planejou a Colucci Propaganda exatamente como ela é hoje, 33 anos após sua fundação: uma agência de médio porte, prestadora de serviços variados de comunicação e com capacidade para atender bem um número reduzido de clientes, com a política de que eles sejam sempre vencedores. A ética na relação de respeito com os clientes, os colaboradores e o mercado e a preocupação em realizar trabalhos de valorização da cultura e de projetos sociais também estão no DNA da Colucci. Mesmo sem ser foco do trabalho da empresa, os prêmios fazem parte da história da agência e de seu fundador, que foi, por exemplo, duas vezes o Profissional do Ano na premiação realizada pela Rede Globo. Rafael Jacinto começou a fotografar em 1997 para revistas de skate e surfe. Trabalhou nos jornais Notícias Populares e Valor Econômico. É sócio da Cia de Foto, que produz fotos editoriais, corporativas e publicitárias e fotografa pescadores brasileiros para o projeto “Vende-se peixe”.

Oswaldo Mendes

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Liderança no Norte São raríssimas as agências de publicidade com capital 100% nacional que ultrapassaram os 40 anos de idade. A Mendes Publicidade, de Belém do Pará, é uma delas. Fundada em 1961 por Oswaldo Mendes, a agência é a mais premiada da Região Norte do Brasil. Tão premiada quanto seu fundador. Criativo de formação, Oswaldo Mendes já foi por três vezes o Publicitário do Ano no Prêmio Colunistas. Em outras duas ocasiões, em 1997 e 2000, foi eleito Publicitário Latino-Americano pela Associação Latino- Americana de Publicidade, que organiza o Festival de Gramado. Também já foi escolhido como um dos líderes da propaganda brasileira pelo jornal Gazeta Mercantil. Mendes já presidiu e é membro de várias entidades, como a Associação Paraense de Propaganda, o Sindicato das Agências de Propaganda do Pará, a ADVB/Pará e o capítulo paraense da Abap, todas fundadas por ele. Por três anos consecutivos, na década de 80, fez parte do júri do Festival de Nova York. Também já foi jurado do Clio Awards, Festival Brasileiro do Filme e Prêmio Profissionais do Ano. Recifense, Eduardo Queiroga fotografa desde a faculdade de jornalismo, nos anos 90. Passou pelo Jornal do Commercio e, em 1995, fundou a Agência Lumiar de Fotografia. Desenvolve trabalhos editoriais e para publicidade e adora clicar comida e todo o seu universo, de feiras a restaurantes.

Paulo Giovanni

Do dial para a criação O rádio foi o veículo que primeiro fez a fama de Paulo Giovanni. Ele começou no dial em 1968, na Rádio Imperial, de Petrópolis. Tornou-se popular nos 17 anos em que ficou na Rádio Globo, do Rio, onde obtinha grandes audiências apostando em ídolos populares. Também foi apresentador nas TVs Globo, Bandeirantes e Manchete. Em 1973, criou, como atividade paralela, a Giovanni Comunicações. Em 1988, inaugurou a filial de São Paulo e, em 1989, a de Brasília. Nos anos 90 passou a se dedicar integralmente à publicidade. Com sua capacidade e talento, logo colocou a Giovanni entre as maiores agências do Brasil, contando com grandes clientes, como Nivea, Kaiser e Pirelli. Em 1998, associou-se ao grupo FCB e acumulou a presidência da agência com a função de chairman do Grupo FCB no Brasil, que incluiu também Datamídia, FCBi e Mix Comunicação Integrada. Foi Publicitário do Ano em 1995, 2002 e 2005, presidente da Associação Brasileira das Agências de Propaganda no Rio de Janeiro; conselheiro da Associação Brasileira de Marketing e da Riotur e é membro do Conselho Superior da ESPM. Considerado um gentleman, tem duas paixões: o time do Vasco e a família. Nas horas vagas, além de jogar golfe, gosta de navegar. Thomas Kremer começou a fotografar como hobby. Filho de alemães, foi assistente de importantes fotógrafos na Alemanha. De

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volta ao Brasil, em 1991 abriu um estúdio para trabalhos editoriais, mas migrou depois para fotos conceituais, publicitárias e de design.

Paulo Salles

Talento além-fronteiras Filho de peixe... voa longe. Pode parecer estranho, mas a carreira de Paulo Salles é assim. Do "peixe", quer dizer, do pai, Mauro Salles, herdou o gosto e o talento pela publi-cidade. Tinha tudo para ficar apenas tocando a grande agência que o pai e o tio criaram, mas quis mais. E aí voou longe. Talvez seja o publicitário brasileiro que chegou aos postos mais altos em um grupo publicitário mundial. Hoje ele é Latin America Regional Chairman e CEO da Publicis Worldwide, e controla a participação do grupo francês no Brasil e em outros 16 países da América Latina. Conhecido pela incansável capacidade de trabalho, Salles é formado em economia pela PUC. Fez carreira na Salles D’Arcy, onde ingressou em 1974, tendo passado pelas áreas de atendimento, administração, finanças, planejamento e operações, antes de presidi-la por dez anos. Em 1997, agregou às suas responsabilidades na agência brasileira o comando das operações latino-americanas da D’Arcy, se tornando presidente e CEO da D’Arcy Americas, cargo em que ficou até a fusão da agência com o Grupo Publicis. Antonio Rodrigues iniciou sua carreira em 1986, no estúdio da Editora Abril. Em 1996 chefiou o estúdio da DPZ, assinando campanhas para seus principais clientes. Desde 1998 atua como free lance na área editorial e publicitária, especializando-se em gastronomia e natureza morta.

Pedro Cabral

O visionário Se nos cursos de teatro e cinema Pedro Cabral aprendeu que as técnicas podem facilitar a comunicação e a interpretação, na faculdade de engenharia de sistemas e no mestrado e doutorado em tecnologia e ciência da computação começou a perceber que os computadores poderiam servir como um importante elo entre as marcas e os consumidores. Isso há 25 anos. Suas idéias foram transmitidas em salas de aula na Universidade Federal da Bahia e na PUC do Rio de Janeiro. Depois de participar em Las Vegas, em 1989, do lançamento do Windows, que trazia as primeiras possibilidades multimídia, fundou a Midialog, em 1991. Na própria empresa foi responsável pela criação do sistema homônimo, utilizado ainda hoje pelas agências para gerenciar informações. Quatro anos mais tarde, Cabral voltou-se para a internet, que acabava de chegar ao Brasil. Em 1999 vende a Midialog para o Ibope e cria, em sociedade com PJ Pereira, Ana Maria Nubié e Abel Reis, a AgênciaClick, agência interativa brasileira mais premiada do Festival de Cannes. Pelo pioneirismo e conhecimento, ocupa a cadeira de marketing de tecnologia da Academia Brasileira de Marketing.

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Com um extenso currículo de documentários, o paraense Rogério Assis começou a fotografar em 1988. Foi correspondente em Nova York, onde formou-se pelo International Center of Photography. Trabalha para publicações nacionais e internacionais e agências de publicidade.

Petrônio Corrêa

Espírito de liderança O gaúcho Petrônio Cunha Corrêa comandou a agência que durante mais tempo liderou o setor publicitário no país até hoje: a MPM Propaganda. Fundada em 1957, em Porto Alegre, por Luiz Macedo, Antônio Mafuz e ele, a MPM tornou-se a maior agência do país no ano de 1975, permanecendo nessa posição durante 15 anos consecutivos. Chegou a ter 900 funcionários em 13 capitais brasileiras, até ser vendida para o Grupo Interpublic, em 1991. Porém, não foi na publicidade que Corrêa deu seus primeiros passos na comunicação. Estreou em 1948 como jornalista. Cinco anos depois, assumiu a gerência de publi-cidade do jornal A Nação, na capital gaúcha. Em 1954, atuou como gerente na Grant Advertising, onde ficou até fundar a sua agência. Atual presidente do Conselho Executivo das Normas-Padrão (Cenp), órgão que fundou em 1999, Corrêa também já presidiu a Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) entre 1979 e 1981, e o Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar), outra entidade que fundou, no ano de 1981. Durante uma viagem pela Ásia, em 1995, Kiko Ferrite começou a fotografar. Ao voltar ao Brasil, trabalhou nas principais editoras do país. Atualmente colabora para as revistas Mitsubishi, Daslu, Trip e Terra. SNBB e JWT são dois de seus clientes.

Roberto Duailibi

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Fonte de inspiração Em sua obra “Duailibi das Citações”, escrita após o lançamento da série de livros intitulados “Phrase Book”, Roberto Duailibi seleciona mais de 12 mil frases de pessoas das mais diversas áreas, locais e épocas da história. Frases sempre serviram de inspiração para os textos do publicitário, considerado um dos mais brilhantes redatores da história da propaganda brasileira. Quando dirigia a redação da J.W.Thompson, na década de 60, chegava a escrever mais de 30 anúncios por dia. Nessa mesma época, passou também pela C&N, McCann-Erickson e Standard. Uniu-se a Francesc Petit e José Zaragoza em 1968, para fundar a DPZ, agência considerada como uma escola da publicidade do país. Não é à toa: profissionais como Washington Olivetto, Nizan Guanaes e Marcello Serpa foram revelados lá. O publicitário também é um dos profissionais do setor mais solicitados para palestras no Brasil e no exterior, mostrando cases que fizeram a DPZ sempre figurar entre as maiores agências do país durante seus quase 40 anos - isto com capital 100% nacional, um fato raro na propaganda atual do país. Formado em desenho industrial, Pedro Dimitrow iniciou sua carreira na Companhia de Cinema, em 1997, como produtor de filmes publicitários. De 2000 a 2005 foi assistente dos fotógrafos Luis Crispino, André Schiliró e Maurício Narras. Hoje, tem seu próprio seu estúdio.

Roberto Justus

Showman da publicidade Como apresentador do reality show “O Aprendiz”, na Rede Record, Roberto Justus mostrou ao público seu perfil empresarial que o fez conhecido na publicidade desde 1981, quando fundou com E-duardo Fischer a Fischer,Justus Comunicação. Ele participou da associação e desassociação da agência com a Young&Rubicam e da formação do Grupo Total, a partir da aquisição de participações em agências latino-americanas. Mas em 1998 deixou a sociedade para fundar a Newcomm Comunicação Integrada. Depois, se associou à Bates Worldwide, dando origem ao Grupo NewcommBates e à agência de publicidade Bates Brasil, que fez das Casas Bahia um dos maiores anunciantes do país. Em 2003 o WPP Group adquire o Grupo Cordiant, detentor do Bates Worldwide, e determina a junção da agência de Justus a uma velha conhecida: a Young&Rubicam. Com a união a Bates torna-se Y&R. Em 2004, Justus reformula o Grupo Newcomm, hoje formado pelas agências Y&R e Dez Brasil (publicidade), Wunderman (marketing direto), Ação Produções Gráficas (serviços gráficos) e Maestro (promoção e marketing imobiliário). Desde o final de 2005 acumula o cargo de CEO do grupo ao de presidente da Y&R, deixado por Silvio Matos. Há 30 anos Armando Prado fotografa para publicidade, moda e jornalismo. Também tem desenvolvido trabalhos autorais com Polaroids sx70, alguns expostos no Masp (Museu de Arte de São

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Paulo), em 2004, e que entraram para o acervo permanente do museu. Finalização 337 Laboratório Digital.

Ruy Linderberg

O homem da palavra Jurado de Press no Festival de Cannes deste ano, Ruy Lindenberg é autor de campanhas inesquecíveis, como a do personagem “Fernandinho”, para as camisas USTop, e a do cachorrinho da Cofap. Mostrou o poder criativo da sua redação em importantes agências, como DPZ, W/Brasil e Talent. É responsável pelo livro “Tem gente achando que você é analfabeto e você nem desconfia”, que a W/Brasil publicou em resposta aos mais de 400 e-mails recebidos por leitores em 15 dias após a veiculação de um anúncio com o mesmo título no jornal Valor Econômico. Em sua passagem como diretor de criação da Young&Rubicam, a agência brasileira foi apontada como a segunda mais criativa do grupo no mundo. Atualmente, Lindenberg é vice-presidente de criação da Leo Burnett Brasil, onde fez campanhas como “2004”, para Visa. O texto que escreveu para o cartão de Natal do cliente proliferou-se na internet, incentivando a Visa a transformá-lo em comercial. A mensagem do comercial da Visa em homenagem aos 450 anos de São Paulo, escrita por Lindenberg, também ganhou fama na web e mídia espontânea até em programas globais, como o “Mais Você”. Tony Genérico é conhecido por seus “splashes” (fotos em alta velocidade). Estudou em Nova York com o retratista Philippe Halsman, homenageado na foto que fez de Ruy Lindenberg com algumas de suas criações. A manipulação digital é de Roosevelt Goldenberg.

Sérgio Amado

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O tilintar da caixa “Nós fazemos propaganda que vende, que faz a caixa registradora tilintar.” A frase do lendário David Ogilvy, exposta ao lado de uma caixa registradora no hall de entrada da sede da Ogilvy em São Paulo, é seguida à risca pelo presidente da agência no país, o baiano Sérgio Amado. Mais do que um presidente, Amado não fica apenas em sua cadeira coordenando os negócios da agência, pois também desempenha funções técnicas nas áreas de atendimento e planejamento, além de sair em busca de novos clientes. Afinal, sem eles o caixa não abre. Quando assumiu a presidência do Grupo Ogilvy, em 1997, a agência não estava entre as 10 maiores do país. Cinco anos depois, em 2002, fechou o ano na liderança do setor. Além da Ogilvy&Mather, que cuida do negócio publicitário, Amado lidera também as outras empresas do grupo: OgilvyOne (marketing direto), OgilvyInteractive (internet), OgilvyHealthcare (área de saúde), OgilvyActivation (promoção e eventos) e DataSearch, empresa de inteligência. Bacharel em jornalismo, ciências sociais e história, Amado também é membro do board mundial da Ogilvy Worldwide. O paulistano Tuca Reinés teve o interesse pela fotografia despertado nos anos 70. Tem trabalhos editados em vários países e já fez capas para algumas das principais revistas do mundo. Colaborou com 22 livros e atualmente coordena a obra “Oscar Niemeyer”, projeto da Editora Taschen, da Alemanha.

Sergio Valente

Baiano arretado Engenheiro civil e administrador de formação, o soteropolitano Sergio Valente foi fisgado pela publicidade aos 20 anos, em 1984, quando conseguiu o primeiro estágio na pequena agência baiana D&E. Um ano depois já era redator contratado da Propeg. Aos 28 anos trocou Salvador por São Paulo e virou dupla de Jaques Lewkowicz na Lew,Lara. Dois anos mais tarde foi para a DM9, sem imaginar que um dia seria presidente da agência. Em 1991, o inquieto e inovador Valente trocou a direção de criação da DM9 pela vice-presidência de criação da Salles D`Arcy, implantando um perfil mais criativo à agência que se tornaria Publicis. Em 2002, ele volta à DM9DDB como vice-presidente de criação e seu trabalho arrojado coloca novamente a agência entre as mais premiadas do país. Em 2 de janeiro de 2005, depois de ter passado a virada de ano trabalhando, é nomeado presidente. Sob seu comando a DM9DDB foi a Agência Interativa de 2005 no Festival de Cannes, de onde trouxe um Grand Prix e oito Leões, e a Agência do Ano do Colunistas São Paulo. Além das premiações, os resultados financeiros comprovam a capacidade de inovação e o arrojo empresarial do criativo também na administração. Em sua fotografia, Alan Nielsen constrói imagens testando processos com filmes, filtros, com as intervenções químicas da revelação e manipulações digitais. Para ele, fotografar exige momentos de reflexão e compreensão por meio do olhar subjetivo.

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Silvio Matos

Menino prodígio Aos 16 anos, depois de ouvir escondido as idéias de Mauro Matos, o pai, publicitário, Silvio Matos desenhou uma campanha para a loja de calçados Sopasso. Flagrado, teve sua criação aprovada. Aos 18, começou a trabalhar na Contemporânea. Passou por outras agências do Rio de Janeiro, como a V&S e a McCann-Erickson. Aos 23, trouxe seu primeiro Leão de Ouro de Cannes e foi eleito presidente do Clube de Criação do Rio de Janeiro. Um ano depois, foi o jurado mais jovem da história do Festival de Cannes. Em 1991, foi para Paris estudar cinema, história e literatura, e fez estágio na Pu-blicis francesa. De volta ao Brasil, mudou-se para São Paulo e assumiu a direção criativa da Fischer América, onde chegou à vice-presidência. Depois, fez uma breve passagem pela Giovanni,FCB São Paulo, sendo o mais jovem CEO da FCB no mundo. De lá, virou presidente da Bates Brasil e fez das Casas Bahia o mais importante anunciante brasileiro. Participou da transformação da Bates em Y&R, que presidiu até o final de 2005, quando fundou a Matos Grey em sociedade com o WPP Group. Sua carreira prodígio lhe rendeu três títulos de Profissional de Propaganda no Prêmio Colunistas. Moacir Sitibaldi começou trabalhando com Willy Biondani. Desde 1986 dedica-se a fotos publicitárias, editoriais e autorais. Trabalhou nas publicações Revista da Criação, Vogue e Criativa, e nas agências Talent, W/Brasil, Grey Brasil, Fischer América e Young&Rubicam.

Washington Olivetto

O cara Os 1226 toques de espaço para escrever este texto sobre Washington Olivetto não foram suficientes sequer para citar os i-números títulos desse publicitário nascido em São Paulo, mas que passaria tranqüilamente por um americano, italiano, francês, inglês ou qualquer outro cidadão do mundo. De universitário desinteressado pelos ares acadêmicos ele se tornou um dos profissionais mais premiados do mundo em menos de uma década. Começou aos 19 anos, quando "deu uma oportunidade” a Juvenal Azevedo, da agência HGP - Publicidade, de contratá-lo. “O meu pneu não fura duas vezes no mesmo lugar”, disse ele a Azevedo, quando entrou no local, onde inicialmente pensava apenas em pedir ajuda para resolver o problema do carro. Daí em diante foi para DPZ, virou o “golden boy” da publicidade brasileira, chamou a atenção do mundo para o que se fazia no país, ganhou todos os prêmios e homenagens da profissão e alguns fora dela, abriu sua própria agência, a WBrasil, revelou outros talentos, continua sendo referência como profissional, é solicitado para escrever diversos artigos sobre publicidade, viagem, gastronomia, a vida em geral, plantou uma árvore, teve filhos, escreveu um livro, enfim, é o cara.

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Reconhecido por suas fotos aéreas, Cassio Vasconcellos iniciou sua trajetória em 1981, na escola Imagem-Ação. Participou de 120 exposições em 15 países, além de integrar o grupo “Blink - 100 photographers, 10 curators, 10 writers”.

Zaragoza

Publicidade e arte A carreira do espanhol José Zaragoza é dividida entre a publi-cidade e as artes. Formado pela Escola de Belas Artes de Barcelona, estreou como publicitário logo que chegou ao Brasil, em 1952, quando entrou para a J.W.Thompson. Trabalhou também na Thompson de Nova York e no estúdio Metro 3, em sociedade com Francesc Petit. Em 1968, em sociedade com o próprio Petit e com Roberto Duailibi, fundou a DPZ. Na agência formou uma dupla famosa com o criativo Neil Ferreira, que conquistou vários prêmios e lançou conceitos e personagens, como o Baixinho da Kaiser. Zaragoza é um dos fundadores e o primeiro presidente do Clube de Criação de São Paulo. Já como artista plástico, Zaragoza participou da Bienal de São Paulo por duas vezes e também realizou diversas exposições no Brasil e no exterior. Recentemente, lançou o livro “Zaragoza - Meio Século - Revisão”, originado de uma exposição homônima e que traz os 50 anos de sua carreira como artista plástico. Pouco antes havia lançado a obra “Zaragoza - Layoutman”, onde registra o mesmo período de sua carreira, mas como publicitário. Klaus Mitteldorf é fotógrafo e cineasta profissional desde 1981. Seu trabalho pode ser visto nas coleções permanentes do MAM de São Paulo, Pinacoteca do Estado de São Paulo, MASP e Itaú Cultural, ou nos seus seis livros publicados, os dois últimos, lançados este ano.