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2017
LivroExtensivo 2
Muitas das formas encontradas na natureza repetem-se em diferentes contextos e padrões. Esses padrões incluem simetrias, tesselações, espirais, fractais, ondas, rachaduras e listras.
EspiralDefine-se espiral como uma curva plana que gira em torno de um ponto central, o polo, dele se afastando ou se aproximando segundo determinada lei matemática. Existem vários tipos de espirais, entre elas: logarítmica, de Arquimedes, áurea, de Fermat. Esses e outros tipos de espirais inspiram tecnologias e podem ser encontrados na natureza.
A Via Láctea e outras galáxias espirais são exemplos de espirais que podem ser descritas como logarítmicas. Astrônomos determinaram que as formas dos braços de algumas galáxias espirais podem ser, razoavelmente, bem próximas de uma forma logarítmica. Os braços de ciclones tropicais, tais como os de furacões, também se aproximam de uma espiral logarítmica.
As sementes na cabeça de um girassol são exemplos de espirais áureas, que geralmente aparecem em número de Fibonacci sucessivos. A sequência de Fibonacci origina a chamada proporção áurea, de modo que quanto mais se avança na sequência, mais a divisão entre um termo e seu antecessor se aproxima do número 1,618..., número chamado e representado pela letra grega phi ( ).
Código logístico
52121
Fundação Biblioteca NacionalISBN 978-85-9505-465-3
9 7 8 8 5 9 5 0 5 4 6 5 3
LIVRO DO PROFESSOR
FÍSICASAE 2
017
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TENS
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Everett Collection/Shutterstock
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Trabalho e energiaTrabalho de uma força | Energia potencial gravitacional | Energia cinética |
Energia potencial elástica | Teorema da Energia Cinética | Potência
As palavras trabalho, potência e energia são termos que, além de possuir um significado específico para a ciência, pos-suem também outros sentidos na linguagem “não científica”. Certamente você já ouviu estas frases:
— O trabalho dignifica o homem.
— Os Estados Unidos são uma potência econômica.
— Essa menina tem muita energia, ela não cansa nunca!
— Os alimentos são fontes de energia e saúde!
— O pai usou de energia ao repreender o filho.
Nesses casos, o trabalho pode ser considerado como forma de enobrecer o homem, potência como destaque no cenário econômico e a energia foi utilizada como sinônimo de disposi-ção, vigor e firmeza.
Em outros momentos, essas palavras aparecerão em frases como:
— O trabalho realizado sobre o corpo causou desloca-mento.
— A potência desse motor é grande.
— Com a falta de chuvas, é preciso economizar energia.
— A energia cinética está relacionada com o movimen-to do corpo.
— O Sol é a principal fonte de energia para o planeta Terra.
O significado das palavras assume agora uma linguagem mais científica.
Nosso objetivo é explorar os conhecimentos já adquiridos sobre essas grandezas físicas e defini-las corretamente.
Definir energia sempre foi um grande desafio para os fí-sicos. Desde Galileu — passando por Newton, até chegar a Einstein — muitas foram as definições apresentadas. Ainda hoje, no campo da Física Teórica, brilhantes cientistas con-tinuam a estudar a energia, que é, sem dúvida, um conceito unificador da Física.
Apesar da dificuldade em sua compreensão, a energia é bastante perceptível.
De modo geral, podemos dizer que a energia está rela-cionada à capacidade de produzir movimento ou realizar alguma tarefa, isto é, capacidade de realizar um trabalho.
Quando atiramos um objeto, levantamos um corpo, subi-mos uma escada, movimentamos um automóvel ou chutamos uma bola, observamos a manifestação da energia, que pode ser sob diversas formas:
● energia elétrica;
● energia química;
● energia térmica;
● energia solar;
● energia nuclear;
● energia eólica;
● energia mecânica.
Toda a energia necessária para realizar tarefas ou produzir movimento é proveniente de algum combustível, como car-vão, gasolina, vapor, fusão ou fissão nuclear ou queima de alimentos.
Um dos princípios básicos da Física afirma que “a energia não pode ser criada nem destruída, apenas transformada de uma forma em outra ou transferida de um corpo para ou-tro.” Esse princípio é chamado princípio da conservação da energia.
É muito comum em nosso cotidiano observarmos as trans-formações de energia. Por exemplo:
● Em um carro, a energia química do combustível (gaso-lina, álcool ou diesel) é transformada em energia do movimento, também chamada energia cinética. Ener-gia química energia cinética.
● Em uma usina hidrelétrica, a energia mecânica da água é transformada em energia elétrica. Energia me-cânica energia elétrica.
● Em uma usina termelétrica ou nuclear, a energia tér-mica da queima de um combustível, como gás, carvão, lenha, ou proveniente de reações nucleares é trans-formada em energia elétrica. Energia térmica ou nu-clear energia elétrica.
● A energia elétrica produzida nas usinas, quando chega em nossa casa, pode ser transformada em luminosa nas lâmpadas, térmica no chuveiro ou no ferro de passar, sonora no aparelho de som, mecânica e eólica no ven-tilador.
Energia luminosa
Energia térmica
Energia sonora
Energia mecânica
Energia eólica
Energia elétrica
Neste texto, falaremos especificamente sobre a energia mecânica e suas manifestações, que estão diretamente rela-cionadas ao movimento e à deformação.
Antes, porém, veremos o conceito de trabalho de uma for-ça, que está relacionado à energia.
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Trabalho de uma forçaUm corpo só realizará um movimento, em relação a um
referencial, se possuir energia para isso. Quando você, me-diante a aplicação de uma força, empurra um objeto que se encontra inicialmente em repouso, utiliza parte de sua ener-gia, obtida a partir da queima dos alimentos que ingeriu.
O ato de puxar, erguer ou empurrar um objeto implica em uma transferência de energia sua para o objeto. Agora com energia, o objeto pode entrar em movimento e pode até, ao colidir com uma mola presa a uma parede rígida, aplicar uma força sobre ela, comprimindo a mola e transferindo a energia que recebeu de você para ela. Quando o objeto parar, é por-que transferiu toda sua energia para a mola, que agora ao se expandir pode novamente dotar o corpo de energia, para que se movimente novamente.
Nesse caso, você percebe a energia sendo transferida de um corpo para outro, mediante a aplicação de forças. Surge o conceito de trabalho de uma força:
Trabalho ( ) de uma força é a medida da energia transferida ou transformada através de uma força.
O trabalho ( ) realizado por uma força, pode ser obtido mediante o conhecimento da força aplicada e do deslocamen-to do corpo, no intervalo de tempo durante o qual essa força atua.
Observe a ilustração:
F
Ad
B Corpo sofrendo deslocamento de A até B, devido à ação de uma força F.
Matematicamente:
trabalho = força · deslocamento
= |F| . |d |
Para forças inclinadas:
= F . d . cosα
sendo α o ângulo entre F e d .
O gráfico da intensidade da força aplicada F em função do deslocamento d é representado na figura a seguir.
F
Área A
d0
A área A sob a reta paralela ao eixo das abscissas é nume-ricamente igual à intensidade do trabalho realizado pela força F ao longo do deslocamento do bloco.
Para forças paralelas ao deslocamento, mas de intensida-de variável, essa propriedade também é válida.
Nesse caso, a intensidade do trabalho é calculada pela soma algébrica das áreas A1 e A2:
F
A1
A2d
A unidade de medida de trabalho no Sistema Internacional (newton . metro) recebe o nome de joule (J), em homenagem ao físico inglês James Prescott Joule.
No S.I.
1 joule = 1 newton . 1 metro
ou 1 J = 1 N.m
Significa que 1 J é o trabalho desenvolvido por uma força de 1 N, em um deslocamento de 1 m.
Energia potencial gravitacional
É aquela que o sistema possui em virtude da posição ocu-pada em relação a certo nível de referência. É uma forma de energia armazenada pelo sistema corpo-Terra e pronta para ser transformada em outra forma de energia, em geral, ligada ao movimento.
A energia potencial gravitacional (Epg) adquirida por um corpo corresponde ao trabalho da força-peso no deslocamen-to desde uma posição inicial até um nível de referência.
Solo
F
P
m
h
Corpo sendo levado por uma força constante até uma altura h, em relação ao solo.
Epg = P . h = m . g . h
Sendo:
m: massa
g: aceleração da gravidade
h: desnível vertical entre dois níveis – altura em relação ao solo
Epg: energia potencial gravitacional
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Em geral, o nível de referência utilizado é a superfície terrestre ou o solo de determinado ambiente.
Exemplo: o sistema constituído pelo bate-estacas e pela Terra armazena energia potencial gravitacional.
SAE
DIG
ITA
L S/
A
Esquema de um bate-estacas.
Energia cinéticaConsidere um corpo de massa m, inicialmente em repouso
em um ponto A, sobre uma superfície horizontal e sem atri-to. A partir de determinado instante, uma força resultante F ,horizontal e constante, passa a atuar sobre o corpo.
Fv0= 0 m/s
m
A Corpo de massa m, em repouso, recebendo a aplicação de uma força hori-zontal F.
Após um intervalo de tempo, ao passar por um ponto B, o corpo tem velocidade v e terá sofrido deslocamento ∆s.
s
F Fv0= 0 m/s v ≠ 0 m/s
mm
A B
Corpo de massa m sofrendo deslocamento ∆s.
A energia cinética adquirida pelo corpo, ao atingir o ponto B, é a medida do trabalho realizado pela força F e pode ser obtida por:
Ec = m . v2
2
Concluímos, observando a expressão, que a energia ciné-tica é diretamente proporcional à massa do corpo e ao qua-drado da velocidade, o que na prática significa dizer que, do-brando-se a massa, a energia cinética também duplica, mas, dobrando-se a velocidade, a energia cinética ficará quatro vezes maior.
Assim, um corpo só possui energia cinética se sua veloci-dade é diferente de zero. Logo, a energia cinética está rela-cionada ao movimento do corpo.
Energia potencial elásticaA energia potencial elástica (Epe) é uma forma de energia
mecânica armazenada nos sistemas que sofreram deforma-ções elásticas.
É uma forma latente de energia, que pode se transformar em energia cinética. Antes do cálculo da energia potencial elástica, é necessário analisarmos a atuação de uma força F sobre uma mola.
Imagine uma mola em equilíbrio, tendo uma de suas ex-tremidades presa a uma parede vertical. Se você aplicar à mola uma força F, observará uma deformação x; dobrando a intensidade da força, a deformação passará a ser 2 · x, e assim sucessivamente. Essa proporcionalidade ocorre dentro dos limites elásticos da mola.
x
2x
3x
F
2F
3F
Mola recebendo ação de uma força e sofrendo deformação proporcional.
Concluímos que, dentro do regime elástico suportável, a força aplicada e a deformação obtida são grandezas dire-tamente proporcionais. Sendo assim, podemos escrever em símbolos:
F = k . x
Essa expressão é conhecida como lei de Hooke, pois foi o físico inglês Robert Hooke (1635-1703) quem a propôs em 1678 quando escreveu um artigo sobre a elasticidade dos corpos.
A constante de proporcionalidade k é denominada cons-tante elástica da mola. Seu valor depende do material e das características da mola.
Exemplo: se uma mola possui k = 100 N/m, significa afir-mar que é necessário uma força de intensidade 100 N para que a deformação da mola seja igual a 1 m.
A representação gráfica entre a força aplicada e a defor-mação é dada a seguir:
Deformação
F
x
τN= área
Força
Gráfico da força aplicada em uma mola pela deformação sofrida.
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Observe que um aumento gradativo na intensidade da força aplicada possibilita um aumento da deformação. O tra-balho da força aplicada é justamente a medida da energia transferida à mola. Essa energia fica armazenada na mola sob a forma de energia potencial elástica.
A área compreendida entre a reta e o eixo x representa o trabalho, logo:
= F . x
2
mas como F = k . x
= k . x . x
2 = Epe
Epe = k . x2
2
Essa expressão permite o cálculo da energia potencial elástica de uma mola.
Teorema da Energia CinéticaConsidere um corpo de massa m com velocidade inicial v0.
Uma força resultante constante F, paralela ao deslocamento, é aplicada ao corpo, produzindo uma aceleração a. O corpo sofre um deslocamento, d = ∆s, do ponto A até o B e atinge a velocidade v.
v
d
v0
FF
BA
É possível demonstrar que:
= ∆Ec
Esse é o Teorema da Energia Cinética:
O trabalho total realizado por todas as forças atuantes sobre um corpo é igual à variação da energia cinética.
PotênciaEm alguns problemas técnicos, é fundamental considerar a
rapidez da realização de determinado trabalho. Uma máquina será tanto mais eficiente quanto menor o tempo de realização do trabalho de sua força. Uma máquina que realiza o mes-mo trabalho mais rapidamente que outra é chamada “mais potente”.
Em certo intervalo de tempo, ∆t, se o trabalho realizado é , podemos definir potência média como sendo a razão:
Pot = t
No Sistema Internacional de unidades, o trabalho é expres-so em J e o intervalo de tempo em s, logo:
J
s = watt = W
A unidade de medida usada para potência, no SI, é uma homenagem feita a James Watt, inventor e engenheiro esco-cês, que teve papel muito importante no desenvolvimento da máquina a vapor.
Também podemos escrever a potência como:
Pot = F · v
Se v for a velocidade instantânea, chama-se Pot de potên-cia instantânea.
É muito comum o uso de outras duas unidades de potência:
Cavalo-vapor — cv: 1 cv = 735 W
O cavalo-vapor é francês e é definido como sendo a potên-cia necessária para erguer uma massa de 75 kg, em um local onde a aceleração da gravidade é igual a 9,8 m/s2, por uma altura de 1 m em um tempo de 1s.
O cv é uma unidade muito utilizada nos carros para ex-pressar a potência do motor. Quando dizemos que um carro é mais potente que outro, ele é capaz de realizar, com um mesmo trabalho, por exemplo, um deslocamento de 1 km em tempo menor.
Horse-power — hp: 1 hp = 746 W
Horse-power é a unidade de medida de potência no sis-tema britânico de unidades. James Watt estabeleceu o seu valor ao comparar potências desenvolvidas por um cavalo e por uma máquina a vapor.
Essa unidade é muito utilizada nos motores elétricos, máquinas de cortar grama e motores náuticos — de popa —, utilizados em barcos e nos carros importados.
Rendimento ou eficiênciaUma máquina sempre recebe energia em uma dada
taxa para funcionar, ou seja, recebe a potência total (Pott). Entretanto, nem toda potência é aproveitada, pois uma parte dela é dissipada (perdida) de alguma forma, como representa-do no esquema a seguir.
Potência total (Pott)
Potência dissipada (Potd)
Máquina
Potência útil (Potu)
A potência total é igual à soma da útil (potência utilizada pela máquina) e da dissipada:
Pott = Potu + Potd
O rendimento ou eficiência de uma máquina é definido pelo aproveitamento da potência total recebida. Por defini-ção, o rendimento (η) é dado pelo quociente entre a potência útil e a total:
η PotPot
u
t
=
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O rendimento é uma grandeza adimensional e seu valor pode ser entre zero e um:
0 ≤ η ≤ 1
Normalmente, utiliza-se o rendimento percentual, dado por:
η% = η · 100
O valor do rendimento percentual pode ser:
0 ≤ η ≤ 100%
A Física das montanhas-russas
Quem pensa que o brinquedo mais famoso dos parques de diversão é só aventura, gritos e emoção, está muito en-ganado. Por trás do universo das montanhas-russas existe um verdadeiro mundo de cálculos e conversões energéticas.
Antes, precisamos entender alguns conceitos físicos:Energia mecânica: é aquela que um corpo apresenta por
causa de sua posição ou de sua velocidade.Energia potencial: é aquela armazenada em um corpo em
relação a um nível de referência quando sobre esse corpo atua uma força. [...]
Energia potencial gravitacional: é aquela que o siste-ma possui em virtude da posição ocupada dentro do campo gravitacional.
Energia cinética: é aquela relacionada ao movimento. Tudo que se move no universo tem energia cinética.
Tentaremos entender da forma mais simples e prática como tudo isso ocorre em cada parte deste magnífico equipamento.
1 — Primeira subidaO trajeto começa com o trem sendo puxado por algum
mecanismo até o ponto mais alto do equipamento (na maioria dos casos). A força aplicada pelos motores se encarrega da transformação de energia elétrica em energia potencial gravi-tacional. Esta energia faz com que os carrinhos sejam levados até a primeira descida.
2 — Primeira descidaNa primeira subida, o trem encontra-se com máxima ener-
gia potencial. Durante essa descida, a força-peso faz com que o carro ganhe energia cinética enquanto perde potencial. No final, o trem é trazido de volta ao chão e ao repouso. Considerando que o trem se comporta como uma peça úni-ca, a velocidade máxima a ser alcançada, isto é, a velocida-de teórica obtida, desconsiderando atritos de toda a espé-cie, é determinada pelo princípio de conservação da energia mecânica:
energia potencial = energia cinética.
Na prática, atrito aerodinâmico devido ao ar e atrito ao longo dos trilhos reduz um tanto tal valor. O interessante é que a velocidade de queda independe da massa que está no trem: tanto faz se o trem estiver vazio ou não, o “prazer” do passeio será o mesmo. A aceleração será máxima quando todo o trem estiver na região central da queda.
3 — LoopingPara a execução do looping, é necessário que os carri-
nhos não tenham nem muita velocidade, para que não ocorra deslizamento lateral, nem pouca, para que não corra risco de cair. No cálculo dessa velocidade, são utilizados o raio da
circunferência, a gravidade e o coeficiente de atrito. Esse mesmo conceito pode ser utilizado nos circos, com o “globo da morte”.
[...]4 — Demais subidas
Geralmente, as subidas que sucedem a primeira não são feitas por mecanismos que elevam o trem até certo ponto. À medida que mais carros começam a subir a colina, a veloci-dade do trem começa a diminuir, alcançando sua menor velo-cidade no topo da mesma. Sem as perdas por atrito, o trem seria capaz de subir qualquer número de colinas de mesma altura que a colina inicial. Como isso não é o caso, a solução é fazer com que as colinas seguintes sejam todas menores.
5 — Demais descidasAs demais descidas acontecem, geralmente, da mesma for-
ma da primeira. O que pode diferenciar são as variações de altura. Fora isso, o trem continua ganhando energia cinética e perdendo potencial, por conta da força-peso.
6 — Fim do trajetoPara que os carrinhos possam parar, são acionados siste-
mas de freios. O que poucos sabem é que nessa etapa tam-bém ocorre troca energética. Nesses últimos instantes, a energia cinética se transforma em energia térmica devido à força de atrito no sistema de freios. A Física também pode explicar uma das perguntas mais famosas sobre montanhas--russas: qual é o melhor lugar para ficar, no primeiro assento ou no último?
Um passageiro colocado no primeiro carro do trem come-çará a sentir a queda lentamente, pois sua velocidade inicial é baixa, já que o restante do trem está ainda no trecho ante-rior. Por outro lado, a sensação e a emoção da queda livre são inegáveis, visto que nada o separa do chão. Um passageiro co-locado no último carro começa a queda com velocidade maior, pois a maior parte do trem já está deslizando para baixo na pista. Por outro lado, o número de cabeças a sua frente reduz a sensação da queda livre [...].
Com essas explicações você não vai temer mais a monta-nha-russa, vai?
(ARAÚJO, Victor de Albuquerque. A Física das montanhas-russas. Disponível em: <www.cbmr.com.br/index.php?option=com_
content&view=article&id=892:fisicamrs&catid=10:cbmr&Itemid=33>. Acesso em: 19 out. 2016. Adaptado.)
Trabalho mecânico
d
d
F
α
Por definição, o trabalho (τ) realizado pela força constan-te, ao longo do deslocamento, é dado por:
τ = F · d · cos α
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● Se 0° ≤ α < 90°, tem-se que cos α > 0. Nessas condi-ções, o trabalho é positivo (α > 0) e recebe a denomi-nação de trabalho motor.
αd
F1
● Se α = 90°, tem-se que cos α = 0. Nessas condições, o trabalho é nulo (α = 0), portanto forças perpendicula-res ao deslocamento não realizam trabalho.
F2
d
● Se 90° < α ≤ 180°, tem-se que cos α < 0. Nessas condi-ções, o trabalho é negativo (α < 0) e recebe a denomi-nação de trabalho resistente.
α
F3
d
Energia cinéticaCalcula-se a energia cinética (EC) do corpo de massa m e
velocidade v por meio da expressão
Em v
C =⋅ 2
2
Unidades do Sistema Internacional (SI):
• Massa (m) em quilograma (kg).
• Velocidade (v) em metro por segundo (m/s).
• Energia cinética (EC) em joule (J).
Energia potencial gravitacionalA energia potencial gravitacional do bloco de massa m,
sendo h a altura do solo, é dada por :
EPg = m · g · h
Unidades do Sistema Internacional (SI):
• Massa (m) em quilograma (kg).
• Aceleração (g) em metro por segundo ao quadrado (m/s²).
• Energia potencial (Ep) em joule (J).
Energia potencial elásticaÉ a energia relacionada ao trabalho da força elástica, dada
por:
Ek x
pe =⋅ 2
2
Unidades do Sistema Internacional (SI):
• Constante elástica da mola (K) em newton por me-tro (N/m).
• Deformação (x) em metros (m).
• Energia potencial (Epe) em joule (J).
Teorema da Energia Cinética
= ∆Ec
Potência ● Potência média
Potência média (Pot) da força é a razão entre o tra-balho que ela realiza e o intervalo de tempo corres-pondente.
Pot = Ptm =τ∆
Unidades do Sistema Internacional (SI):
• Trabalho em joule (J).
• Intervalo de tempo em segundo (s).
• Potência em watt (W).
● Potência instantâneaQuando se consideram a velocidade instantânea e a força na mesma direção e sentido da velocidade (α = 0°), obtém-se a potência instantânea.
Pot = F · v
Unidades do Sistema Internacional (SI):
• Força (N).
• Velocidade em metros por segundo (m/s).
• Potência em watt (W).
• Rendimento ou eficiência
η PotPot
u
t
=
1. As afirmativas a seguir se referem às características do trabalho realizado por uma força. Analise-as e assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso, justificando as afirmativas c e e.a) ( ) Quando um corpo sofre deslocamento na mesma direção
e sentido da força, o trabalho realizado por essa força é denominado trabalho motor.
b) ( ) O trabalho é considerado resistente quando a força está no sentido contrário ao deslocamento.
c) ( ) Na queda livre de um corpo abandonado do repouso, a força gravitacional realiza um trabalho motor.
d) ( ) A unidade de trabalho no Sistema Internacional é o J · m (Joule x metro).
e) ( ) O trabalho da força elástica é diretamente proporcional à deformação sofrida pela mola.
Solução: V, V, V, F, F.d) A unidade de trabalho é o joule (J).e) É proporcional ao quadrado da deformação sofrida pela mola.
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1. Em uma obra é necessário elevar um objeto de massa 80 kg a uma altura de 30 m. Dispõe-se de um motor de potência 60 W para realizar o serviço. Determine o tempo necessário para erguer esse objeto com velocidade constante.
2. Dois corpos, A e B, de massas diferentes, caem de mesma altura, no vácuo. Sabendo-se que, imediatamente antes de tocar o solo, o corpo A tem maior energia cinética que o corpo B, conclui-se que, nessa posição, a velocidade de A é maior que a de B. Essa conclusão está correta? Justifique.
3. As afirmativas a seguir se referem ao estudo do trabalho e da energia. Analise-as e assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso, justificando as afirmativas d e e.a) ( ) Numa roda gigante que gira com velocidade constante, a
energia potencial varia, enquanto a energia cinética não se altera.
b) ( ) A energia cinética é soma da energia mecânica com a energia potencial.
c) ( ) Ao subir as escadas de um prédio com velocidade constante, pode-se dizer que a energia potencial gravitacional aumenta, enquanto a energia cinética diminui.
d) ( ) Pode-se determinar pela variação da energia cinética do corpo o trabalho de qualquer força.
e) ( ) Se um ciclista pedala vigorosamente numa pista plana e horizontal e sua velocidade permanece constante, concluí-mos então que o trabalho total sobre a bicicleta é positivo e diferente de zero.
Anotações:
4. A propaganda de um automóvel afirma que ele possui 500 kg e con-segue atingir a velocidade de 108 km/h em um percurso de apenas 150 m, partindo do repouso. Supondo o movimento uniformemente acelerado, calcule:a) a aceleração do carro.
b) a energia cinética final do corpo.
5. (UERJ-2012) Uma pessoa empurrou um carro por uma distância de 26 m, aplicando uma força F de mesma direção e sentido do deslocamento desse carro. O gráfico a seguir representa a variação da intensidade de F, em newtons, em função do deslocamento d, em metros.
d (m)2680
F (N)
Desprezando o atrito, o trabalho total, em joules, realizado por F, equivale a:a) 117
b) 130
c) 143
d) 156
1. C1:H2 (IFCE-2014) Paulo coloca a bola no gramado e bate um “tiro de meta”. A bola, após descrever uma trajetória parabólica de altura máxima B, atinge o ponto C no gramado do campo adversário.
Desprezando-se a resistência do ar e adotando-se o solo como referencial, é correto dizer-se que
a) a energia da bola no ponto B é maior do que aquela que ela possui em qualquer outro ponto de sua trajetória.
b) no ponto B, a bola possui energia cinética e energia gravitacional.
c) no ponto B, a energia cinética da bola é máxima, e a energia potencial é nula.
d) ao bater no gramado, no ponto C, toda a energia cinética da bola transforma-se em energia potencial gravitacional.
e) a bola, no instante antes de colidir no gramado em C, já terá perdido toda a sua energia.
2. C5:H18 (PUCRS-2014) Ao realizarmos as tarefas diárias, utilizamos energia fornecida pelos alimentos que ingerimos. Pensando nisso, uma pessoa de 90 kg cronometrou o tempo para subir, pela escada, os cinco andares até chegar ao seu apartamento. Sendo g = 10 m/s2 e considerando que essa pessoa subiu 16 m em 30s é correto afirmar que, ao subir, desenvolveu uma potência média de
a) 0,18 kW.
b) 0,27 kW.
c) 0,48 kW.
d) 0,76 kW.
e) 0,90 kW.
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LÍNGUA PORTUGUESA LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA LÍNGUA PORTUGUESALÍNGUA PORTUGUESA LÍNGUA PORTUGUESA
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Substantivos e seus determinantes
Classificação gramatical | Coesão referencial | Determinantes do substantivo
Classificação gramaticalTal qual ocorre com as demais áreas do conhecimento,
a linguística apresenta algumas classificações, facilitando o seu estudo e as descrições de algumas propriedades da nossa língua.
A morfologia ocupa-se do estudo estrutural e descritivo da palavra. Divide-se tradicionalmente em: morfologia lexical e morfologia taxionômica. A morfologia lexical trata do estu-do dos elementos e dos processos de formação das palavras, já estudados por você no módulo Escrita: palavras e formas. A morfologia taxionômica, cujo estudo inicia-se neste módulo, preocupa-se com a categorização das palavras, isto é, sua or-ganização em classes, conforme algumas características.
Tradicionalmente, são dez as classes gramaticais. Relembre-as.
Classes gramaticais Exemplos
Substantivo Brasil, telefone, honestidade
Artigo o, a, um
Adjetivo simples, conhecidíssima, pontuda
Numeral um, oito
Pronome daqueles, eu, essa
Verbo escuta, estou falando, saber, desenha
Advérbio infelizmente, francamente
Preposição por, de, em
Conjunção mas, e, nem
Interjeição Pomba! Ah!
A classe gramatical depende do contexto. Por exemplo, amar pode ser verbo, mas na frase “O amar é um sentimento forte”, essa palavra é substantivo.
Seguimos a nomenclatura tradicional, mas ressaltamos que há vários linguistas propondo outras formas de classifica-ção. O professor Marcos Bagno resume algumas das principais discordâncias teóricas a esse respeito, observe:
e adjetivos é problemática, preferindo incluir as duas classes numa só a dos nominais.
(BAGNO, Marcos. Gramática pedagógica do Português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2012. p. 503.)
Substantivo é a palavra que designa os seres, as coisas, os lugares, os sentimentos e as ações.
Coesão referencialA coesão textual é responsável pelo encadeamento das
ideias e as referências que fazemos dentro de um determi-nado texto. Para isso, é necessário que se siga um fluxo, fa-cilitando a leitura. Quando há a sensação de fluidez, o texto não fica cansativo, e assim podemos afirmar que ele é coeso.
Observe o exemplo de um texto sem coesão:
Castilho, [...] desde 1993 vem propondo uma classe de demons-trativos que inclui palavras como o artigo o, o pronome ele e os demonstrativos tradicionais. Rodolfo Ilari e colaboradores (1991) propuseram uma classe de pronomes adverbiais. Azeredo (2008) não reconhece o “artigo indefinido” nem uma classe específica para os “numerais”. Já em 1985, Cunha e Cintra contestaram a existência de uma “classe de interjeições... em vários de seus traba-lhos, Perini (2006) argumenta que a separação entre substantivos
Bye, bye, BrasilOi, coraçãoNão dá pra falar muito nãoEspera passar o aviãoAssim que o inverno passarEu acho que vou te buscarAqui tá fazendo calorDeu pane no ventiladorJá tem fliperama em MacauTomei a costeira em Belém do ParáPuseram uma usina no marTalvez fique ruim pra pescarMeu amor
No Tocantinso chefe dos Parintintinsvidrou na minha calça LeeEu vi uns patins prá vocêEu vi um Brasil na tevêCapaz de cair um toróEstou me sentindo tão sóOh! tenha dó de mimPintou uma chance legalum lance lá na capitalNem tem que ter ginasialMeu amor
No Tabariso som é que nem os Bee GeesDancei com uma dona infelizque tem um tufão nos quadris
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Pronominalização: substituição do termo referente por um pronome ou advérbio. O termo referente, nesse caso, é Popeyes.
Metonímia: processo de substituição de uma palavra por outra, fundamentada numa relação de contiguidade semânti-ca. Ou seja, quando essas palavras guardam alguma relação de sentido entre si. Tanto o porta-voz quanto o proprietário falam em nome do restaurante.
Hiperônimo: é um termo geral que abrange e engloba o sentido de termos menores. Neste caso, o termo menor é Rosemary.
Hipônimo: é o termo englobado, como se fizesse parte de um subconjunto do hiperônimo. Neste caso, o hiperônimo é alimento.
Uso de nome completo.
Remissão anafórica (referente a um elemento que já foi citado).
Rose
mar
y Th
omas
Porta voz da rede disse que, provavelmente, “se trata de algum órgão do frango”
Mulher encontra cabeça de rato em porção de frango frito
Mulher estava com a filha, irmã e sobrinha em uma filial do restaurante Popeyes no Harlem, em Nova York
Uma mulher de Nova Jersey afirma ter encontrado uma cabeça de rato durante uma refeição na lanchonete Popeyes, no Harlem, em Nova York. No último domingo (18), Rosemary contou, no Facebook, que foi até o local com a filha, irmã e sobrinha e pediu uma porção de frango frito. As informações são do site Mashable.
“Amigos e família, esse foi o alimento servido no Popeyes. Isso é claramente um rato. Como eles têm coragem de ter uma classifi-cação cinco estrelas no Departamento de Saúde?”, questionou, ao compartilhar a imagem.
A porta-voz da rede, Renee Kopkowski, disse que o proprietário da filial fará “uma reunião com a cliente assim que possível”. Enquanto isso, ele solicitou uma nova inspeção ao Departamento de Saúde, que não encontrou nada fora do comum. “Verificamos com nossos fornecedores e eles acham que, provavelmente se trata de algum órgão do frango”, concluiu.
(Disponível em: <https://noticias.terra.com.br/mundo/estados-unidos/nos-eua-mulher-encontra-cabeca-de-rato-em-porcao-de-frango-frito,d03ce71
2ae76e17f0ec837c2188986746q4s1y9i.html> Acesso em: 21 set. 2016.)
Mulher encontra cabeça de rato em porção
Uma mulher de Nova Jersey afirma ter encontrado uma cabeça
“Amigos e família, esse foi o alimento servido no Popeyes. Isso
Enquanto isso, ele solicitou uma nova inspeção ao Departamento
é claramente um rato. Como eles têm coragem de ter uma classifi-
Enquanto isso, ele solicitou uma nova inspeção ao Departamento
A porta-voz da rede, Renee Kopkowski, disse que o proprietário A porta-voz da rede, Renee Kopkowski, disse que o proprietário A porta-voz da rede, Renee Kopkowski, disse que o proprietário da filial fará “uma reunião com a cliente assim que possível”.
Pronominalização: substituição do termo referente por
Metonímia: processo de substituição de uma palavra por
Hiperônimo: é um termo geral que abrange e engloba o
Hipônimo: é o termo englobado, como se fizesse parte de
Uso de nome completo.
Remissão anafórica (referente a um elemento que já foi
(Compositores: Roberto Menescal e Chico Buarque)
Como podemos observar na letra de música composta por Roberto Menescal e Chico Buarque, trata-se de um diálogo en-tre namorados em um orelhão. O diálogo se dá entre os dois, porém sem conectivos que possam dar progressão temática ao texto, e apresentam frases soltas. Embora falte conectivos, a compreensão do texto não fica prejudicada.
Percebe-se que o texto acima não leva em conta esse prin-cípio e, ao fazê-lo, contraria alguns princípios de textualidade que garantem o fluxo de informação.
Para evitar isso, utiliza-se o recurso da referenciação, ou seja, em vez de simplesmente repetir uma palavra já utiliza-da, fazemos referências que remetam a ela no decorrer do texto. Há vários mecanismos distintos para estabelecimento dessas referências. Vejamos a análise da notícia sobre o res-taurante Popeyes, no Harlem, em Nova York, que, do contrá-rio, apresenta elementos que contribuem para a fluidez do texto e a referenciação:
Tem um japonês atrás de mimEu vou dar um pulo em ManausAqui tá quarenta e dois grausO sol nunca mais vai se pôrEu tenho saudades da nossa cançãoSaudades de roça e sertãoBom mesmo é ter um caminhãoMeu amorBaby bye, byeAbraços na mãe e no paiEu acho que vou desligarAs fichas já vão terminarEu vou me mandar de trenópra Rua do Sol, MaceióPeguei uma doença em IlhéusMas já estou quase bomEm março vou pro CearáCom a bênção do meu OrixáEu acho bauxita por láMeu amor
Bye, bye BrasilA última ficha caiuEu penso em vocês night ‘n dayExplica que tá tudo OKEu só ando dentro da Leieu quero voltar podes crereu vi um Brasil na TVPeguei uma doença em BelémAgora já tá tudo bemMas a ligação está no fimTem um japonês atrás de mimAquela aquarela mudouNa estrada peguei uma corCapaz de cair um toróestou me sentindo um jilóEu tenho tesão é no marAssim que o inverno passarBateu uma saudade de tiEstou a fim de encarar um siriCom a bênção do Nosso SenhorO sol nunca mais vai se pôr
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Hiperônimos e hipônimosHiperônimo é um termo geral que abrange e engloba o
sentido de termos menores. Hipônimo, por sua vez, é o ter-mo englobado, como se fizesse parte de um subconjunto do hiperônimo. Desse modo, os hiperônimos funcionam de modo abrangente, enquanto os hipônimos funcionam como restri-ção. Em um texto, o uso da hiperonímia ou hiponímia ajuda a evitar repetições desnecessárias. Veja na notícia anterior o emprego de hiperônimos para evitar repetição e dar mais fluidez ao texto.
PronominalizaçãoÉ a referência a termos no interior do texto por meio
dos pronomes em questão: retos, oblíquos, demonstrativos, possessivos, relativos, indefinidos, de tratamento, ou dos advérbios.
AnáforaA anáfora ou termo anafórico consiste na retomada - total
ou parcial - do referente de palavras anteriormente inseridas no texto. Ou seja, o referente antecede na frase os seus cor-referentes ou termos anafóricos.
Na semana passada, visitei a minha antiga escola primária. Há muito tempo que não a visitava. Guardo belas memórias dos quatro anos que lá estudei.
Catáfora A catáfora consiste na retomada do referente de palavras
posteriormente inseridas no texto. Dito de forma mais sim-ples, os correferentes antecedem, na frase, o seu referente.
«João Gadunha fala de Lisboa onde nunca foi. Tudo nele, os ges-tos e o modo de falar, é uma imitação mal pronta dos homens que ouviu quando novo.» (o vocábulo «tudo» remete elementos que surgem adiante na frase: «os gestos», «o modo de falar».);
Determinantes do substantivoVocê já estudou o substantivo e agora vai relembrar ou-
tras classes gramaticais que o acompanham: artigo, numeral e adjetivo.
ArtigoClasse formada com o menor número de palavras: o e um,
e suas flexões de gênero e número.
Para entender melhor essa diferenciação, leia o poema de Adélia Prado.
Artigo é a palavra que antecede o substantivo para determiná-lo de maneira geral (indefinido) ou de maneira particular (definido).
Os artigos são classificados da seguinte forma:
Indefinidos(determinam o substantivo de maneira geral)
o, os, a, as
Definidos(determinam o substantivo de maneira particular)
um, uns, uma, umas
Chorinho doceEu já tive e perdi
uma casa,
um jardim,
uma soleira,
uma porta,
um caixão de janela com um perfil.
Eu sabia uma modinha e não sei mais.
Quando a vida dá folga, pego a querer
a soleira,
o portal, ao jardim mais a casa,
o caixão de janela e aquele rosto de banda.
tudo impossível,
tudo de outro dono,
tudo de tempo e vento.
Então me dá choro, horas e horas,
O coração amolecido como um figo na calda.
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(PRADO, Adélia. Poesia reunida. Rio de Janeiro; São Paulo: Record, 2015. p. 78.)
O eu-lírico identifica, inicialmente, algumas perdas nos versos 2 a 6. Os elementos que foram “perdidos” são nomea-dos pelos substantivos: “Casa”, “jardim”, “soleira”, “porta” e “caixão” [de janela]. Todos, elementos que têm em comum o fato de serem elementos relacionados à moradia.
Observe que quando os elementos são identificados pelos substantivos, eles são determinados de maneira geral pelos artigos definidos “uma” e “um”.
Já no sétimo verso, a perda está relacionada ao esqueci-mento de uma modinha. A partir daí, os mesmos elementos de antes passam a ser acompanhados de artigos definidos (“o” e “a”) e não mais de artigos indefinidos. Isso porque o eu-lí-rico utiliza o artigo indefinido quando inicialmente enumerou aquilo que perdeu, ou seja, quando esses elementos apare-cem pela primeira vez no poema. Na segunda parte do texto, o eu-lírico demonstra a saudade e o desejo de resgatar o que foi perdido. Nessa retomada, os elementos são identificados com o artigo definido, pois já são de conhecimento do leitor.
O uso do artigo indefinido, portanto, identifica um elemento novo, ou seja, que aparece (implícita ou explicitamente) pela primeira vez no texto. Já o artigo definido é empregado quando a referência é feita a algo já mencionado ou cujo conhecimento anterior está explícito ou pressuposto.
Além dessas ideias semânticas básicas do artigo, há ou-tras, próximas das que assumem os pronomes e os adjetivos. Observe o título de uma entrevista:
Cesinha: ele é o cara nas bateras
(BATERA.COM.BR. Cesinha: ele é o cara nas bateras. Disponível em: <www.batera.com.br/Entrevistas/cesinha-
ele-e-o-cara-nas-bateras>. Acesso em: 18 jul. 2016.)
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Nesse caso, o artigo “o” na expressão “o cara” funciona como verdadeiro intensificador de uma qualidade implícita dada ao substantivo “cara”.
Usos do artigoO emprego dos artigos definidos e indefinidos podem gerar
algumas dúvidas. Observe os principais casos desses usos.
Após a palavra todo(a)O artigo definido é usado após todo e toda (no singular)
quando se determina o substantivo em sua totalidade. Se ocorre, porém, a ideia da singularidade, o artigo não deverá aparecer. art. subst.
Todo o estádio aplaudiu.(o estádio todo, inteiro)
subst.
Todo estádio deve ser seguro.(cada um, qualquer um)
Após a palavra todos(as) Após todos e todas a presença do artigo se faz obrigatória
sempre que ocorre substantivo. Sem o substantivo, não há o artigo art. subst.
Todos os alunos vieram.Todos vieram.
Após a palavra ambos(as) Também se verifica o uso do artigo sempre que os nume-
rais ambos e ambas antecedem substantivos. Sem o substan-tivo, não há o artigo. art. subst.
Ambas as alunas entraram.Ambas entraram.
Substantivos que não admitem artigoNos seguintes casos, os substantivos não admitem o uso
do artigo.
1) Nomes de cidades. Ex: Visitarei Brasília.Se a palavra cidade estiver caracterizada por uma pa-lavra ou expressão, o artigo será anteposto: Visitarei a Brasília dos políticos.
2) Nomes de pessoas famosas. Ex: Elvis cantou neste palco.Se o nome da pessoa famosa estiver caracterizado por uma palavra ou expressão, o artigo será anteposto: O maravilhoso Elvis cantou neste palco.
3) “Casa” significando “residência”. Ex: Retornei para casa.Se a palavra casa estiver caracterizada por uma pa-lavra ou expressão, o artigo será anteposto: Retornei para a casa dos meus sonhos.
4) “Terra” significando oposição a “a bordo”. Ex: Maria não gosta de ficar em terra, prefere o mar.
5) Entre “cujo” e um substantivo. Ex: O menino, cujo pai está viajando, esteve aqui.
NumeralPalavra que indica quantidade exata de seres – que pode
ser inteira ou não – ou a posição, a ordem, que eles ocupam numa relação.
um dois dez
primeiro segundo décimo
metade meio terço
dobro triplo dezena
Sua classificação é a seguinte:
Numerais cardinais são aqueles que indicam a quantidade inteira dos substantivos: um, dois, três...
Numerais multiplicativos são aqueles que indicam a quantidade dos substantivos como múltiplos da unidade: dobro, triplo, quádruplo...
Numerais fracionários são aqueles que indicam a quantidade dos substantivos como divisões da unida-de: meio, metade, terço, dois terços...
Numerais ordinais são aqueles que indicam a or-dem dos seres numa série: primeiro, segundo...
Flexão e concordância dos numeraisAlguns numerais sofrem flexão de gênero e/ou número:
um, uma; dois, duas; primeiro, primeiros, primeira, primeiras.
Os numerais concordam com os substantivos que os determinam.
num. subst. num. subst.
Foi a primeira vez que vi aquelas duas mulheres.
O numeral pode se comportar de duas maneiras diferen-tes: acompanhando o substantivo, determinando-o, ou ocu-pando o lugar do substantivo no sintagma nominal. No primei-ro caso, é numeral adjetivo (determinante) e tem função de adjunto adnominal. No segundo caso, é numeral substantivo e exerce função de núcleo no sintagma nominal. Observe:
Duas mulheres entraram. As duas estavam tristes.
Na primeira oração, “duas” é numeral adjetivo, pois acom-panha o substantivo “mulheres”. Na segunda oração, “duas” é numeral substantivo, pois ocupa o lugar do substantivo como núcleo do sintagma nominal.
AdjetivosOutra classe gramatical que atua sobre o substantivo, qua-
lificando-o, é o adjetivo.
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Leia a sinopse a seguir e observe a adjetivação que a compõe.
adjetivação do trecho em análise, há uma opinião explícita so-bre a obra que é favorável a ela, pois há um elogio ao trabalho de James Gleick, especialmente à sua grande abrangência. Essa argumentação favorável tem uma explicação. Se olhar-mos o local de divulgação dessa sinopse, perceberemos que se trata do próprio site da editora responsável pela publicação da obra. Obviamente, a editora deseja que o livro seja vendi-do, seja consumido pelos leitores, por isso o caráter opinativo, em alguns momentos, dessa sinopse.
O adjetivo é a palavra variável que tem como função caracterizar o substantivo, atribuindo-lhe qualidade, de-feito, modo de ser, aspecto ou aparência, estado.
Quanto à sua posição, o adjetivo pode estar antes ou de-pois do substantivo, gerando, em alguns casos, efeitos de sentido diferentes. Perceba a diferença entre as duas frases seguintes:
I. Estou com um carro novo.
II. Estou com um novo carro.
“Novo” em I, significa que a pessoa adquiriu um carro 0 km ou com pouco uso. Em II, significa que a pessoa está com um carro diferente ao que costumava utilizar.
Em outros casos, a colocação é fundamental para o reco-nhecimento do adjetivo e do substantivo.
I. Era um jovem sábio.
II. Era um sábio jovem.
Em I, o substantivo é “jovem” e “sábio” é adjetivo; em II, “sábio” é o substantivo e “jovem”, adjetivo.
Classificação dos adjetivosOs adjetivos, quanto à formação, também classificam-se
como os substantivos em: simples ou compostos; primitivos ou derivados.
● São simples: verde, belo, feio...
● São compostos: verde-oliva, ibero-americano...
● São primitivos: belo, feio, verde...
● São derivados: gostoso, nervoso, brasileiro...
O homem e o bicho
Ainda hoje nos espanta a enorme distância que há entre nossa linguagem e os sistemas de signos dos outros animais. Mesmo no caso de outros primatas – alguns deles genetica-mente muito próximos de nós, como os chimpanzés (conforme atestam os recentes estudos comparativos dos genomas) –, as diferenças não são apenas de grau, como se a linguagem hu-mana estivesse apenas alguns degraus de complexidade aci-ma desses outros sistemas. Há,de fato, um fosso qualitativo profundo.
Para avaliar isso, basta citar aqui algumas diferenças. O número de enunciados possíveis na linguagem humana, por exemplo, é infinito. Essa infinitude decorre de uma proprie-dade peculiar dos nossos signos verbais: eles são decompo-níveis e recombináveis. Nos sistemas dos outros animais,
A informação – Uma história, uma teoria, uma enxurrada
James Gleick
O que é a informação? Neste trabalho ambicioso e aces-sível, o jornalista James Gleick traça uma ampla história desse fenômeno, com seus infinitos desdobramentos e pe-culiaridades. Partindo da comunicação por tambores na África, ele passa pela criação dos alfabetos e dos dicio-nários, por invenções como o telégrafo e o telefone e pe-los primeiros computadores, até desembocar na chamada Teoria da Informação e em estudos recentes de genética e na já onipresente Wikipedia.
A informação não é um livro apenas sobre ideias, mas também sobre pessoas. Ao condensar séculos de estudos e análises a respeito do tema, Gleick vai falar daqueles que estiveram na linha de frente dessa revolução científica. Claude Shannon, Bertrand Russell, Alan Turing, Kurt Gödel e Richard Dawkins – cujo conceito de meme foi apropria-do pelas novas gerações – são alguns dos personagens que aparecem, às vezes em confronto direto, nestas páginas.
Num mundo afogado pela informação, Gleick realiza o duplo trabalho de arqueólogo e pensador. Seguindo fios soltos e pistas, alguns lançados milênios atrás, ele conecta ideias e expande horizontes, traçando relações às vezes tão evidentes quanto fugidias. Um estudo fundamental para uma era cada vez mais conectada e cada vez mais distante de si.
(COMPANHIA DAS LETRAS. A informação: uma história, uma teoria, uma enxurrada. Disponível em: <www.companhiadasletras.com.
br/detalhe.php?codigo=13104>. Acesso em: 19 jul. 2016.)
Como vimos, a obra-objeto dessa sinopse tem o mesmo título do texto (“A informação – uma história, uma teoria, uma enxurrada”) e seu autor é James Gleick. A obra traz um per-curso histórico do tema informação.
Se analisarmos o título da obra, que também dá título à sinopse, podemos inferir que os artigos definidos indicam que a obra traz uma visão particular do seu autor (James Gleick) sobre o tema informação, ou seja, o autor apresenta uma história entre tantas outras que há sobre a informação; uma teoria entre tantas outras, uma enxurrada (pressupõe-se de informação) entre tantas outras existentes.
Agora, observe os adjetivos em destaque no trecho a seguir:
Neste trabalho ambicioso e acessível, o jornalista James Gleick traça uma ampla história desse fenômeno, com seus infinitos desdobramentos e peculiaridades.
“Ambicioso” e “acessível” qualificam o substantivo “tra-balho”; “Ampla” refere-se à história; já “Infinitos” pode es-tar se referindo apenas a “desdobramentos” e, também, a “peculiaridades”.
Sinopse é um gênero textual que tem por propósito fa-zer um resumo, uma breve apresentação de uma obra, sem a defesa de opiniões. Contudo, como se pode perceber pela
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o número de enunciados é sempre finito (algumas dezenas no máximo) e os signos são massivos, isto é, não admitem decomposição e recombinação.
Por outro lado, a linguagem humana substitui a imediação da experiência pela mediação dos signos (podemos falar de objetos e pessoas na sua ausência, recordar eventos passa-dos, imaginar o futuro, criar mundos ficcionais, mentir etc.). Já os sistemas dos outros animais funcionam presos à imedia-ção da experiência: indicar fonte de alimento, perigos mo-mentâneos, sinalizar direitos territoriais ou realizar ritos de acasalamento.
Os signos verbais humanos admitem a significação figura-da e, em geral, são indeterminados semanticamente, isto é, completam sua significação numa relação com as situações de uso em que ocorrem. Só assim podem atender as demandas expressivas postas pela variabilidade e complexidade da ex-periência humana. Os signos dos outros animais, ao contrário, têm sentido único (isto é, são determinados semanticamen-te), o que é perfeitamente adequado às poucas funções que precisam cumprir.
(O homem e o bicho. Discutindo Língua Portuguesa. Ano I. n. 3. São Paulo: Escala Educacional)
Morfologia lexical Estudo dos elementos e dos processos de formação das palavras.
Substantivo Palavra que designa os seres, coisas, lugares, sentimentos e ações.
Coesão referencialResponsável pelo encadeamento das ideias e as referências que fazemos dentro de um determinado texto.
Hiperônimo É um termo geral que abrange e englo-ba o sentido de termos menores.
HipônimoÉ o termo englobado, como se fizesse parte de um subconjunto do hiperô-nimo.
Pronominalização Substituição do termo referente por um pronome ou advérbio.
Anáfora Referente a um elemento já citado anteriormente.
CatáforaConsiste na retomada do referente de palavras que serão posteriormente inseridas no texto.
Elipse Supressão da referência direta, por esta já estar óbvia no contexto.
Determinantes do substantivo
Termos que acompanham o substanti-vo: artigo, numeral e adjetivo.
Artigo
É a palavra que antecede o substantivo para determiná-lo de maneira geral (indefinido) ou de maneira particular (definido).
NumeralIndica quantidade exata de seres, ou a posição, a ordem, que os seres ocupam numa relação.
Adjetivo
Palavra variável que serve para caracteri-zar o substantivo, atribuindo-lhe quali-dade, defeito, modo de ser, aspecto ou aparência, estado.
Texto para a próxima questão.
Rataplã é o gato siamês. Olho todo azul. Magro de tão libidinoso. Pior que um piá de mão no bolso. Vive no colo, se esfrega e ronrona.
— Você não acredita. Se eu ralho, sai lágrima azul daquele olho.
Hora de sua volta do colégio, ele trepa na cadeira e salta na janela. Ali à espera, batendo o rabinho na vidraça. Doente incurável. O veterinário propõe sacrificá-lo. A moça deita-o no colo. Ela mesma enfia a agulha na patinha. E ficam se olhando até o último suspiro nos seus braços. Nem quando o pai se foi ela sentiu tanto.
(TREVISAN, D. Ah, é?: ministórias. Rio de Janeiro: Record, 1994. p.28.)
1. (UENP-2016) A utilização de determinados elementos linguísticos colabora para a construção de sentidos no texto. Qual o efeito de sentido causado pelo uso do artigo definido “o” em “Rataplã é o gato siamês” (1.° período)?a) Rataplã é único e carrega consigo traços marcantes da raça
siamesa, como ter os olhos azuis.
b) Rataplã é arrogante, um felino insolente, porque é siamês.
c) Rataplã quer ser siamês, de modo que ele busca ter atitudes que o identifiquem como tal, o que é descrito nos enunciados seguintes.
d) Rataplã talvez seja siamês, o que precisou ser comprovado nos enunciados seguintes.
e) Dois efeitos de sentido são criados: de que há vários gatos como Rataplã e de que todos eles, por serem siameses, têm os olhos azuis.
Resposta: AO uso do artigo definido logo na primeira frase do texto tem o efeito de individualizá-lo e de destacar suas características típicas da raça siamesa.
Texto para a próxima questão.
Fechava a fila das primeiras lavadeiras, o Albino, um sujeito afemi-nado, fraco, cor de espargo cozido e com um cabelinho castanho, deslavado e pobre, que lhe caía, numa só linha, até ao pescocinho mole e fino. Era lavadeiro e vivia sempre entre as mulheres, com quem já estava tão familiarizado que elas o tratavam como a uma pessoa do mesmo sexo; em presença dele falavam de coisas que não exporiam em presença de outro homem; faziam-no até confidente dos seus amores e das suas infidelidades, com uma franqueza que o não revoltava, nem comovia. Quando um casal brigava ou duas amigas se disputavam, era sempre Albino quem tratava de recon-ciliá-los, exortando as mulheres à concórdia. Dantes encarregava-se de cobrar o rol das colegas, por amabilidade; mas uma vez, indo a uma república de estudantes, deram-lhe lá, ninguém sabia por quê, uma dúzia de bolos, e o pobre-diabo jurou então, entre lágrimas e soluços, que nunca mais se incumbiria de receber os róis.E daí em diante, com efeito, não arredava os pezinhos do cortiço, a não ser nos dias de carnaval, em que ia, vestido de dançarina, passear à tarde pelas ruas e à noite dançar nos bailes dos teatros. [...]
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Naquela manhã levantara-se ainda um pouco mais lânguido que do costume, porque passara mal a noite. A velha Isabel, que lhe ficava ao lado esquerdo, ouvindo-o suspirar com insistência, perguntou-lhe o que tinha.Ah! muita moleza de corpo e uma pontada do vazio que o não deixava!A velha receitou diversos remédios, e ficaram os dois, no meio de toda aquela vida, a falar tristemente sobre moléstias.E, enquanto, no resto da fileira, a Machona, a Augusta, a Leocádia, a Bruxa, a Marciana e sua filha conversavam de tina a tina, berrando e quase sem se ouvirem, a voz um tanto cansada já pelo serviço, defronte delas, separado pelos jiraus, formava-se um novo renque de lavadeiras, que acudiam de fora, carregadas de trouxas, e iam ruidosamente tomando lugar ao lado umas das outras, entre uma agitação sem tréguas, onde se não distinguia o que era galhofa e o que era briga. Uma a uma ocupavam-se todas as tinas. E de todos os casulos do cortiço saíam homens para as suas obrigações. [...]
(AZEVEDO, A. O cortiço. São Paulo: Ática, 1999. p. 40-41. Edição Especial.)
2. (UFBA-2009) Considerando o fragmento transcrito e a obra de onde foi retirado,• identifique os efeitos de sentido que a repetição do sufixo “inho” – cabelinho; pescocinho; pezinhos – produz no entendimento da caracterização de Albino;• justifique, do ponto de vista da escolha do vocabulário, a utilização do substantivo “casulos” no texto.
Resposta: A leitura completa do romance pode auxiliar o aluno a contextualizar a descrição do personagem, contudo, mesmo sem a leitura integral é possível perceber que o uso do diminutivo na caracterização do personagem reforça a ideia que se pretende transmitir a fragilidade do personagem tanto fisicamente quanto socialmente, devido à aparência e orientação sexual.Para responder à segunda pergunta, é necessário conhecimentos prévios de literatura, considerando que nessa obra de Aluísio Azevedo, as pessoas são metaforicamente comparadas a animais, por isso o uso do substantivo casulos para se referir às habitações.
3. “Os projetos vinham do tempo em que fui concebido. Tendo-lhe nascido morto o primeiro filho, minha mãe pegou-se com Deus para que o segundo vingasse, prometendo, se fosse varão, metê-lo na Igreja. Talvez esperasse uma menina. Não disse nada a meu pai, nem antes, nem depois de me dar à luz; contava fazê-lo quando eu entrasse para a escola, mas enviuvou antes disso. Viúva, sentiu o terror de separar-se de mim; mas era tão devota, tão temente a Deus, que buscou testemunhas da obrigação, confiando a promessa a parentes e familiares.”
(Machado de Assis. Dom Casmurro.)
a) “Viúva, sentiu o terror de separar-se de mim”. Identifique a classificação morfológica da palavra destacada.
b) Caso a frase destacada no item anterior fosse “A viúva sentiu o terror de separar-se de mim”, teríamos a mesma resposta dada no item a? Por quê?
Respostas: a) A palavra comporta-se como adjetivo. Caracteriza a mãe de Benti-
nho, atribuindo-lhe um modo de ser.b) Não. Nesse caso, a palavra viúva estaria substituindo “minha mãe”,
funcionando como substantivo.
Texto para a próxima questão.
E Jerônimo via e escutava, sentindo ir-se-lhe toda a alma pelos olhos enamorados.
Naquela mulata estava o grande mistério, a síntese das impressões que ele recebeu chegando aqui: ela era a luz ardente do meio-dia; ela era o calor vermelho das sestas da fazenda; era o aroma quente dos trevos e das baunilhas, que o atordoara nas matas brasileiras; era a palmeira virginal e esquiva que se não torce a nenhuma outra planta; era o veneno e era o açúcar gostoso; era o sapoti mais doce que o mel e era a castanha do caju, que abre feridas com o seu azeite de fogo; ela era a cobra verde e traiçoeira, a lagarta viscosa, a muriçoca doida, que esvoaçava havia muito tempo em torno do corpo dele, assanhando-lhe os desejos, acordando-lhe as fibras em-bambecidas pela saudade da terra, picando-lhe as artérias, para lhe cuspir dentro do sangue uma centelha daquele amor setentrional, uma nota daquela música feita de gemidos de prazer, uma larva daquela nuvem de cantáridas que zumbiam em torno da Rita Baiana e espalhavam-se pelo ar numa fosforescência afrodisíaca.
(Aluísio Azevedo, O cortiço.)
1. (Fuvest-2015) O conceito de hiperônimo (vocábulo de sentido mais genérico em relação a outro) aplica-se à palavra “planta” em relação a “palmeira”, “trevos”, “baunilha” etc., todas presentes no texto. Tendo em vista a relação que estabelece com outras palavras do texto, constitui também um hiperônimo a palavraa) “alma”.
b) “impressões”.
c) “fazenda”.
d) “cobra”.
e) “saudade”.
2. (Fuvest) “O diminutivo é uma maneira ao mesmo tempo afetuosa e precavida de usar a linguagem. Afetuosa porque geralmente o usamos para designar o que é agradável, aquelas coisas tão afáveis que se deixam diminuir sem perder o sentido. E precavida porque também o usamos para desarmar certas palavras que, por sua forma original, são ameaçadoras demais.”
(Luís Fernando Verissimo, Diminutivos)
A alternativa inteiramente de acordo com a definição do autor de diminutivo é:a) O iogurtinho que vale por um bifinho.
b) Ser brotinho é sorrir dos homens e rir interminavelmente das mulheres.
c) Gosto muito de te ver, Leãozinho.
d) Essa menininha é terrível.
e) Vamos bater um papinho.
Textos para a próxima questão.
Prezado candidato, o texto 1 desta prova foi extraído de uma crônica de Affonso Romano de Sant’Anna, cronista e poeta mineiro. Professor universitário e jornalista, escreveu para os maiores jornais do País. “Com uma produção diversificada e consistente, pensa o Brasil e a cultura do seu tempo, e se destaca como teórico, como poeta, como cronista, como professor, como administrador cultural e como jornalista.”
Texto IPassando pela porta de um colégio, me veio a sensação nítida
de que aquilo era a porta da própria vida. Banal, direis. Mas a sen-sação era tocante. Por isso, parei, como se precisasse ver melhor o que via e previa.
Primeiro há uma diferença de clima entre aquele bando de ado-lescentes espalhados pela calçada, sentados sobre carros, em torno de carrocinhas de doces e refrigerantes, e aqueles que transitam pela rua. Não é só o uniforme. Não é só a idade. É toda uma atmos-fera, como se estivessem ainda dentro de uma redoma ou aquário, numa bolha, resguardados do mundo. Talvez não estejam. Vários já sofreram a pancada da separação dos pais. Aprenderam que a vida é também um exercício de separação. Um ou outro já transou droga, e com isso deve ter se sentido (equivocadamente) muito adulto. Mas
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QUÍMICA A QUÍMICA A
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Classificação periódica dos elementosFormação dos elementos químicos | Tabela Periódica atual | Configuração eletrônica | Distribuição eletrônica na Tabela Periódica
Formação dos elementos químicosPesquisas na área de astronomia indicam que uma grande
explosão (Big Bang) deu origem ao universo, que ele ainda está se expandindo e que nele a matéria é distribuída em larga escala e de maneira homogênea.
A respeito desse assunto, em Química, é importante a informação de que essa explosão deu origem aos quarks,
CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS
1 (I A) 18 (VIII A)
1
Hid
rogê
nio 1 1
Hél
io
2 2
H He2 (II A) 13 (III A) 14 (IV A) 15 (V A) 16 (VI A) 17 (VII A)1,01 4,00
2 Líti
o
3 2
Berí
lio
4 2
Boro
5 2Ca
rbon
o 6 2
Nitr
ogên
io 7 2
Oxig
ênio 8 2
Flúo
r
9 2
Neôn
io
10 21 2 3 4 5 6 7 8
Li Be B C N O F Ne6,94 9,01 10,8 12,0 14,0 16,0 19,0 20,2
3 Sódi
o
11 2
Mag
nési
o 12 2
Alum
ínio 13 2
Silíc
io
14 2Fó
sfor
o15 2
Enxo
fre 16 2
Clor
o
17 2
Argô
nio 18 2
8 8 8 8 8 8 8 8
Na1
Mg2 (VIII B) A
3Si
4P
5S
6
C7
Ar8
3 (III B) 4 (IV B) 5 (V B) 6 (VI B) 7 (VII B) 8 9 10 11 (IB) 12 (IIB)23,0 24,3 27,0 28,1 31,0 32,0 35,5 39,9
4
Potá
ssio
19 2
Cálc
io
20 2
Escâ
ndio 21 2
Titâ
nio
22 2
Vaná
dio 23 2
Crôm
io
24 2
Man
ganê
s 25 2
Ferr
o
26 2
Coba
lto 27 2
Níqu
el
28 2
Cobr
e
29 2
Zinc
o
30 2
Gálio
31 2
Germ
ânio 32 2
Arsê
nio 33 2
Selê
nio
34 2
Brom
o
35 2
Crip
tôni
o 36 28 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8
K8
Ca8
Sc9
Ti10
V11
Cr13
Mn13
Fe14
Co15
Ni16
Cu18
Zn18
Ga18
Ge18
As18
Se18
Br18
Kr18
1 2 2 2 2 1 2 2 2 2 1 2 3 4 5 6 7 8
39,1 40,1 45,0 47,9 50,9 52,0 54,9 55,8 58,9 58,7 63,5 65,4 69,7 72,6 74,9 79,0 79,9 83,8
5
Rubí
dio 37 2
Estr
ônci
o 38 2
Ítrio
39 2
Zirc
ônio
40 2
Niób
io
41 2
Mol
ibdê
nio 42 2
Tecn
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43 2
Rutê
nio 44 2
Ródi
o
45 2
Palá
dio
46 2
Prat
a
47 2
Cádm
io
48 2
Índi
o
49 2
Esta
nho 50 2
Anti
môn
io 51 2
Telú
rio
52 2Io
do53 2
Xenô
nio 54 2
8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8
Rb18
Sr18
Y18
Zr18
Nb18
Mo18
Tc18
Ru18
Rh18
Pd18
Ag18
Cd18
In18
Sn18
Sb18
Te18
I18
Xe18
8 8 9 10 12 13 14 15 16 18 18 18 18 18 18 18 18 181 2 2 2 1 1 1 1 1 1 2 3 4 5 6 7 8
85,5 87,6 88,9 91,2 92,9 95,9 (99) 101 103 106 108 112 115 119 122 128 127 131
6 Cési
o
55 2
Bário
56 2 57 a 71
Háf
nio
72 2
Tânt
alo
73 2
Tung
stên
io 74 2
Rêni
o
75 2
Ósm
io
76 2
Iríd
io
77 2
Plat
ina
78 2
Ouro
79 2
Mer
cúrio
80 2
Tálio
81 2
Chum
bo
82 2
Bism
uto 83 2
Polô
nio
84 2
Asta
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85 2Ra
dôni
o 86 28 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8
Cs18
Ba18 Série dos
Lantanídios Hf18
Ta18
W18
Re18
Os18
Ir18
Pt18
Au18
Hg18
T18
Pb18
Bi18
Po18
At18
Rn18
18 18 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 328 8 10 11 12 13 14 15 17 18 18 18 18 18 18 18 18
133 1 137 2 178 2 181 2 184 2 186 2 190 2 192 2 195 1 197 1 201 2 204 3 207 4 209 5 (210) 6 (210) 7 (222) 8
7
Frân
cio
87 2
Rádi
o
88 2 89 a 103
Ruth
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io
105 2
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órgi
o 106 2
Bóhr
io
107 2
Hás
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108 2
Mei
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io 109 2
Darm
stad
tio 110 2
Roen
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io 111 2
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Nihô
nio 113
Flev
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114 2
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io 116 2
Tenn
essi
no 117
Ogan
esso
no 1188 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8
Fr18
Ra18 Série dos
Actinídios Rf18
Db18
Sg18
Bh18
Hs18
Mt18
Ds18
Rg18
Cn18
Nh F18
Mc Lv18
Ts Og32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 3218 18 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32
(223) 8 (226) 8 (261) 10 (262) 11 (263) 12 (262) 13 (265) 14 (266) 15 (271) 17 (272) 18 (277) 18 (289) 18 (292) 181 2 2 2 2 2 2 2 1 1 2 4 6
Lant
ânio 57 2
Cério
58 2
Pras
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mio 59 2
Neod
ímio 60 2
Prom
écio 61 2
Sam
ário
62 2
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pio 63 2
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línio 64 2
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io
65 2
Disp
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o 66 2
Hól
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67 2
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o
68 2
Túlio
69 2
Itér
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70 2
Luté
cio 71 2
8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8
La18
Ce18
Pr18
Nd18
Pm18
Sm18
Eu18
Gd18
Tb18
Dy18
Ho18
Er18
Tm18
Yb18
Lu18
18 20 21 22 23 24 25 25 27 28 29 30 31 32 329 8 8 8 8 8 8 9 8 8 8 8 8 8 9
139 2 140 2 141 2 144 2 (147) 2 150 2 152 2 157 2 159 2 163 2 165 2 167 2 169 2 173 2 175 2
Série dos Lantanídeos
Actí
nio
89 2
Tório
90 2
Prot
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nio 91 2
Urâ
nio
92 2
Nept
únio 93 2
Plut
ônio
94 2
Amer
ício 95 2
Cúrio
96 2
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97 2
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102 2
Laur
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o 103 28 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8
Ac18
Th18
Pa18
U18
Np18
Pu18
Am18
Cm18
Bk18
Cf18
Es18
Fm18
Md18
No18
Lr18
32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 32 3218 18 20 21 23 24 25 25 26 28 29 30 31 32 32
(227) 9 232 10 (231) 9 238 9 (237) 8 (242) 8 (243) 8 (247) 9 (247) 9 (251) 8 (254) 8 (253) 8 (256) 8 (253) 8 (257) 92 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
Série dos Actinídeos
Nom
e do
ele
men
to
Númeroatômico
Elét
rons
por
cam
ada
Símbolo
Massaatômica
Colunas: Número do grupo
Linh
as:
Núm
ero
do p
erío
do
Hidrogênio Metais não metais semimetais gases nobres descobertas recentes
SAE
DIG
ITA
L S/
A
Tabela Periódica atualA Tabela Periódica relaciona os elementos em linhas hori-
zontais chamadas períodos e colunas verticais chamadas grupos ou famílias, em ordem crescente de seus números atômicos.
Estando em ordem crescente de números atômicos, con-clui-se que a distribuição dos elementos corresponde à ordem de preenchimento eletrônico (Linus Pauling).
partículas elementares que compõem os átomos, as molécu-las, enfim, toda matéria.
Pelo que se sabe, as condições decorrentes de tal explosão propiciaram a origem de elementos leves, como o hidrogênio, o hélio, o berílio e traços do lítio. Os outros elementos são fruto das condições presentes no interior das estrelas.
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QUÍMICA A QUÍMICA AQUÍMICA A QUÍMICA A
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Metais – representam aproximadamente dois terços da tabela. Suas principais propriedades físicas são: nas condições ambientes são sólidos, com exceção do mercúrio (Hg), que é líquido; são bons condutores de calor e corrente elétrica; apresentam o chamado brilho metálico e cor característica; são maleáveis, isto é, podem ser transformados em lâminas; são dúcteis, isto é, podem ser transformados em fios.
Ametais ou não metais – suas principais propriedades físicas são: nas condições ambientes B, C, Si, P, S, As, Se, Te, I e At são sólidos, Br é líquido e N, O, F e Cℓ são gasosos; são maus condutores de calor e eletricidade; não apresentam brilho.
Gases nobres – têm como característica principal a inércia química, isto é, não são reativos, com ra-ríssimas exceções (como os compostos de xenônio em condições especialíssimas), daí serem chamados de gases inertes. Isso ocorre pelo fato de todas as camadas dos elementos químicos que compõem esse grupo estarem completas, não mais necessitando de elétrons.
O hidrogênio é classificado à parte.
● PeríodosNa tabela, os elementos estão arranjados horizontalmen-
te, em sequência numérica, de acordo com seus números atô-micos, o que resulta em sete linhas horizontais (ou períodos).
Cada período, à exceção do primeiro, começa com um me-tal e termina com um gás nobre.
Os períodos diferem em comprimento, variando de 2 ele-mentos, no mais curto, a 32 elementos, no mais longo.
Todos os elementos de um mesmo período possuem o mesmo número de níveis (camadas) de energia.
3Li: 1s2 2s16C: 1s2 2s2 2p2
10Ne: 1s2 2s2 2p6
K = 2, L = 1 K = 2, L = 4 K = 2 , L = 8
O lítio, o carbono e o neônio possuem duas camadas (K e L), portanto são do segundo período.
● Grupos ou famíliasAs linhas verticais dos elementos são formadas pelas es-
truturas similares da camada externa.
Essas colunas são denominadas grupos.
● Elementos representativos1 ou IA: metais alcalinos.
Geralmente o elemento químico hidrogênio (H) é co-locado nesse grupo, mas o hidrogênio não é alcalino, porque apresenta propriedades químicas diferentes.
2 ou IIA: metais alcalinoterrosos.
13 ou IIIA: grupo do boro.
14 ou IVA: grupo do carbono.
15 ou VA: grupo do nitrogênio.
16 ou VIA: calcogênios.
17 ou VIIA: halogênios.
18 ou VIIIA: gases nobres.
● Elementos de transiçãoFormam a parte baixa da Tabela Periódica.
IIIB VIBIVB VIIBVB VIIIB IB IIB
Grupos
IUPAC 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Os grupos IUPAC: 8, 9, 10 são formados por 9 ele-mentos que compõem as seguintes tríades:
• Primeira tríade – ferro, cobalto, níquel; • Segunda tríade – rutênio, ródio, paládio; • Terceira tríade – ósmio, irídio, platina.
Configuração eletrônicaElementos representativos (subníveis s ou p)
São elementos químicos cuja distribuição eletrônica, em ordem crescente de energia, termina num subnível s ou p. São elementos representativos todos os elementos das famílias A.
Grupo 1 (metais alcalinos): observando a configuração de todos os elementos, percebemos que terminam em ns1, sendo n o número quântico principal, ou seja, o número do período. Todos têm um elétron na camada de valência.
Exemplos:
3Li: 1s2 2 s1 {Grupo 1
2.o período
11Na: 1s2 2s2 2p6 3 s1 {Grupo 1
3.o período
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Grupo 2 (metais alcalinoterrosos): terminam a configu-ração em ns2.
Exemplo:
12Mg: 1s2 2s2 2p6 3 s2 {Grupo 2
3.o período
Grupo 13 (grupo do boro): terminam em np1, mas a cama-da de valência apresenta ns2 np1.
Exemplo:
13A: 1s2 2s2 2p6 3s2 3 p1 {Grupo 3
3.o período
Grupo 14 (grupo do carbono): terminam em np2, mas a camada de valência apresenta ns2 np2.
Exemplo:
14Si: 1s2 2s2 2p6 3s2 3 p2 {Grupo 14
3.o período
Grupo 15 (grupo do nitrogênio): terminam em np3, mas a camada de valência apresenta ns2 np3.
Exemplo:
33As: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4 p3 {Grupo 15
4.o período
Grupo 16 (calcogênios): terminam em np4, mas a camada de valência apresenta ns2 np4.
Exemplo:
16S: 1s2 2s2 2p6 3s2 3 p4 {Grupo 16
3.o período
Grupo 17 (halogênios): terminam em np5, mas a camada de valência apresenta ns2 np5.
Exemplo:
35Br: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4 p5 {Grupo 17
4.o período
Grupo 18 (gases nobres): terminam em np6, mas a camada de valência apresenta ns2 np6.
Exemplo:
10Ne: 1s2 2s2 2 p6 {Grupo 18
2.o período
Exceção:
O gás nobre hélio é o único elemento que não segue essa regra, pois tem apenas dois elétrons (1s2).
● O número do grupo ou família A corresponde ao número de elétrons da última camada (camada de valência).
● Camada de valência das famílias A:
IA IIA IIIA IVA VA VIA VIIA VIIIA
1s2
ns1 ns2 ns2np1 ns2np2 ns2np3 ns2np4 ns2np5 ns2np6
Elementos de transição simples ou externaSão os elementos dos grupos mais baixos da Tabela Periódica ou famílias B que apresentam o elétron diferenciador no subnível d
da penúltima camada.
Exemplos:
26Fe: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3 d6
39Y: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4 d1
O número do grupo dos elementos de transição é obtido a partir da soma dos elétrons do subnível d da penúltima camada com os do subnível s da última camada: ns + (n–1)d.
33B
44B
55B
66B
77B
88B
98B
108B
111B
122B
d1 + s2 = 3 d2 + s2 = 4 d3 + s2 = 5 d4 + s2 = 6 d5 + s2 = 7 d6 + s2 = 8 d7 + s2 = 9 d8 + s2 = 10 d9 + s2 = 11 d10 + s2 = 12
Exemplo:
21Sc: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d1 2 + 1 = 3 grupo 3 - 4° período
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● Alguns elementos não seguem rigorosamente as re-gras de distribuição eletrônica. Geralmente aqueles que terminam em d4 ou d9 apresentam promoção de um elétron do subnível s anterior para o subnível d, resultando, respectivamente, as configurações s1 d5 e s1 d10, mas o resultado é o mesmo, independentemen-te de trabalharmos com a configuração segundo Linus Pauling ou com a configuração real.
Exemplos:
Linus Pauling: 24Cr 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d4 ∴ 2 + 4 = 6Real: 24Cr 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 3d5 ∴ 1 + 5 = 6Linus Pauling: 29Cu: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d9 ∴ 2 + 9 = 11Real: 29Cu: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 3d10 ∴ 1 + 10 = 11
Elementos de transição interna ● Geralmente apresentam o elétron diferenciador alo-
jando-se no subnível f da antepenúltima camada.
São os lantanídeos ((n – 2)f (6 – 2)f 4f) e os actinídeos ((n – 2)f (7 – 2)f 5f). Estão todos nos grupos 3 ou IIIB do 6.o e do 7.o períodos, respectivamente. Esses elementos estão respresentados em duas linhas, abaixo da tabela principal.
Exemplos:
58Ce: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s24f 2 6.° período / grupo 3 ou IIIB
94Pu: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p6 7s2 5f 6 7.° período / grupo 3 ou IIIB
Distribuição eletrônica na Tabela Periódica
Representa-se a configuração eletrônica do elemento to-mando-se por base o “cerne” do gás nobre que o precede na Tabela Periódica.
Exemplos:
7N: 1s2 2s22p3
[He] 2s2 2p3
11Na: 1s2 2s2 2p6
[ Ne ]
3s1
3s1
35Br: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p5
[Ar] 4s2 3d10 4p5 ou [Ar] 3d10 4s2 4p5
Escolhidos os nomes dos novos elementos da Tabela Periódica
[...]
Foi sugerido que seja adotado o nome de nihônio, de símbo-lo Nh, para o elemento químico de número 113. Nihon é uma das duas formas de dizer “terra do sol nascente” em japonês e homenageia o país em que esse elemento químico foi des-coberto em 2004. No Instituto Riken, pesquisadores consegui-ram as provas mais robustas de que haviam produzido o agora dito nihônio ao lançar, a velocidades altíssimas, átomos de zinco contra um alvo de bismuto.
Também foi promovendo colisões de dois elementos quími-cos mais leves – o cálcio e o amerício – que, naquele mesmo ano, pesquisadores da Rússia e dos Estados Unidos obtiveram um elemento químico contendo 115 prótons em seu núcleo. Esse elemento passa a ser conhecido como moscóvio (Mc). É uma referência à capital russa, Moscou, vizinha à cidade de Dubna, onde está instalado o Instituto Conjunto de Pesquisa Nuclear (JINR), local em que foi feita parte dos experimentos.
A comissão internacional decidiu homenagear o estado norte-americano do Tennessee ao atribuir o nome tennessino (Ts) ao elemento de número 117. No Tennessee estão sediados o Laboratório Nacional Oak Ridge e a Universidade Vanderbilt, que já haviam descoberto outros elementos químicos além deste, obtido a partir da colisão de íons de potássio e berquélio.
O elemento químico 118, o oganessono ou Og, homenageia Yuri Oganessian, físico nuclear de origem armênia que coor-denou a descoberta de vários novos elementos no JINR em Dubna. Em 2007, os pesquisadores de Dubna, trabalhando em colaboração com equipes dos Estados Unidos, bombardearam com potássio um alvo composto do elemento químico califór-nio, produzindo o oganessono.
[...]
Os nomes propostos pela Iupap e pela Iupac ainda não são definitivos. Pelos próximos cinco meses eles ficarão disponí-veis para consulta e contestação pública. “Acho muito difícil que sejam alterados”, diz Alinka. “Por tradição, os nomes são sugeridos pelos grupos que fizeram a descoberta e passam por uma extensa averiguação para verificar se não coincidem com o de compostos já conhecidos.”
(ZORZETTO, Ricardo. Escolhidos os nomes dos novos elementos da Tabela Periódica. Pesquisa Fapesp, 10 jun. 2016. Disponível em: <http://
revistapesquisa.fapesp.br/2016/06/10/escolhidos-os-nomes-dos-novos-elementos-da-tabela-periodica-2/>. Acesso em 29 set. 2016.)
Na Tabela Periódica, os elementos químicos também po-dem ser classificados em conjuntos, chamados de séries quí-micas, de acordo com sua configuração eletrônica:
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QUÍMICA A QUÍMICA AQUÍMICA A QUÍMICA A
EXT1
7_2_
QU
I_A
_05
379
H
Metais
Ametais
Metais
Gases
nobres
Subnível mais energético na Tabela Periódica
Elementos representativoselétron de maior energia: subníveis s ou p
Grupos Nome dos grupos Configuração geral
1ou IA2 ou IIA13 ou IIIA14 ou IVA15 ou VA16 ou VIA17 ou VIIA18 ou VIIIA
Metais alcalinosMetais alcalinoterrososGrupo do boroGrupo do carbonoGrupo do nitrogênioCalcogêniosHalogêniosGases nobres
ns1
ns2
ns2 np1
ns2 np2
ns2 np3
ns2 np4
ns2 np5
ns2 np6
Disponível em: <www.escolavesper.com.br>. Adaptado.
Elementos de transição externapertencentes aos grupos de 3 a 12 terminam
com a configuração de Pauling em d;
Configuração geral: ns2 (n–1)d1 a 10
Elementos de transição internaelétron de maior energia: subnível f
pertencentes às séries dos lantanídeos e dos actinídeos, terminam com a
configuração de Pauling em f.
Configuração geral: ns2 (n–2)d1 a 14
n = Número quântico principal do nível de valência
H = 1s1
He = 1s2Observações:
1. (UFRJ) O livro “A Tabela Periódica”, de Primo Levi, reúne relatos auto-biográficos e contos que têm a química como denominador comum. Cada um de seus 21 capítulos recebeu o nome de um dos seguintes elementos da Tabela Periódica: Argônio, Hidrogênio, Zinco, Ferro, Po-tássio, Níquel, Chumbo, Mercúrio, Fósforo, Ouro, Cério, Cromo, Enxofre, Titânio, Arsênio, Nitrogênio, Estanho, Urânio, Prata, Vanádio, Carbono.
Escreva o símbolo do elemento que dá nome a um capítulo e cor-responde a cada uma das seis descrições a seguir.I. É metal alcalino.
II. É líquido na temperatura ambiente.
III. É o de menor potencial de ionização do grupo 15.
IV. É radioativo, usado em usinas nucleares.
V. Aparece na natureza na forma de gás monoatômico.
VI. É lantanídeo.
Solução:
I. K II. Hg III. As
IV. U V. Ar Vl. Ce
2. (UFSM) Considerando a nova recomendação da IUPAC (União Interna-cional de Química Pura e Aplicada), para a numeração dos grupos da Tabela Periódica (de 1 a 18), e os quatro números quânticos do elétron de maior energia de um determinado átomo no estado fundamental: n = 5, = 1, m = 0 e ms = +1/2, encontre a seguinte soma: (número atômico + número do grupo + número de elétrons de valência) para esse átomo.Observe que, por convenção, o preenchimento de elétrons em um subnível segue a ordem crescente dos valores dos números quânticos magnéticos e que, em um orbital, o segundo elétron possui spin positivo.
Solução:
Os quatro números quânticos do elétron de maior energia de um determinado átomo no estado fundamental: n = 5, ℓ = 1, m = 0 e ms = +1/2 corresponde ao subnível 5p5 → Z = 5353 + 17 + 7 = 77
3. (UFPA) Sobre a posição de um determinado elemento químico na Tabela Periódica sabe-se que:I. Pertence a um dos dois períodos longos.
II. Inicia a primeira série dos elementos de transição.
III. O elemento químico que o precede é o cálcio.Tomando como base essas informações, consulte a Tabela Periódica e escreva o nome, o número atômico, a massa atômica e a configuração eletrônica de um átomo e de um íon bivalente desse elemento químico.
Solução:
Nome: EscândioZ: 21MA: 45Configuração do átomo: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d1
Configuração do íon: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d1
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QUÍMICA A QUÍMICA AQUÍMICA A QUÍMICA A
EXT1
7_2_
QU
I_A
_05
380
1. (UDESC - adap.) Assinale a alternativa correta em relação ao átomo de cálcio e ao seu íon mais comum. a) O átomo de cálcio tem o mesmo número de elétrons que o
seu íon.
b) A massa molar do átomo de cálcio é a mesma do seu íon.
c) O íon cálcio mais comum tem carga +1.
d) O número de nêutrons do íon cálcio é maior que o do átomo de cálcio.
Anotações:
2. (Fuvest) Observe a posição do elemento químico ródio (Rh) na Tabela Periódica.
Li
H
Be
Na Mg
K
Rb
Cs
Fr Ra
Ba Hf
Rf
La
Ac
Ce
Th
Pr
Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dv Ho Er Tm Yb Lu
Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg
Ta W Re Os Ir Pt Au Hg T Pb Bi Po At Rn*
**
*
**
Ca
Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga
A
B C N O F
Si P S C Ar
Ne
He
Ge As Se Br Kr
11
22
3 34
4
5
5
6
6
7
7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 1718
Assinale a alternativa correta a respeito do ródio.a) Possui massa atômica menor que a do cobalto (Co).
b) Apresenta reatividade semelhante à do estrôncio (Sr), caracte-rística do 5.º período.
c) É um elemento não metálico.
d) É uma substância gasosa à temperatura ambiente.
e) É uma substância boa condutora de eletricidade.
Anotações:
3. (IFCE-2014) Os elementos A, B e C têm as seguintes configurações eletrônicas em suas camadas de valência: A: 3s2 3p3 B: 4s2 4p5 C: 3s2 Com base nestas informações, é falso dizer-se que a) o elemento “A” é um não metal.
b) o elemento “B” é um halogênio.
c) o elemento “C” é um metal alcalinoterroso.
d) os elementos “A” e “C” pertencem ao terceiro período da Tabela Periódica.
e) os elementos “A”, “B” e “C” pertencem ao mesmo grupo da Tabela Periódica.
Anotações:
4. (UEPA-2014) A Tabela Periódica foi uma das maiores criações do homem para comunicação e padronização científica. Sobre a Tabela Periódica, onde estão representados todos os elementos químicos que compõem a matéria, são feitas as afirmações a seguir:I. A família XVIII representa os gases nobres, e estes não se combi-
nam com os demais elementos em condições normais.
II. A família II representa os metais alcalinoterrosos, que compor-tam 2 elétrons na sua última camada eletrônica.
III. Todos os metais são sólidos, conduzem eletricidade e são ma-leáveis à temperatura ambiente.
IV. Os não metais têm tendência a receber elétrons, se transfor-mando em ânions.
V. Os Calcogênios tornam-se estáveis quando recebem dois elé-trons completando seu octeto.
A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é: a) I, II, III e IV.
b) I, II, III e V.
c) II, III, IV e V.
d) I, II, IV e V.
e) I, III, IV e V.
Anotações:
5. (UFPR-2012) Na versão moderna da Tabela Periódica dos elementos, estes são organizados em grupos e períodos. A posição de cada elemento na tabela deve-se à sua estrutura eletrônica e, como resultado, as propriedades químicas ao longo de um grupo são bastante similares.A seguir são fornecidas informações sobre as propriedades químicas, além da ocorrência natural, relacionadas a elementos representativos. Quanto a isso, numere a coluna 1 de acordo com sua correspondência com a coluna 2.Coluna 11. Encontrado na natureza em rochas e minerais argilosos. Possui
quatro elétrons na camada de valência. O produto da reação da substância pura com oxigênio produz um sólido insolúvel, cuja temperatura de fusão é ~1700°C.
2. Produzido industrialmente pelo resfriamento do ar. Sua subs-tância pura é bastante inerte em função da tripla ligação que une os átomos.
3. Encontrado em minerais que ocorrem em áreas vulcânicas, sendo o mineral primário a ulexita. É largamente utilizado na fabricação de vidros.
4. Não é encontrado na natureza na forma elementar, mas somente combinado com outros elementos. Ocorre na crosta terrestre na forma de rochas. Tanto sua substância pura quanto seu hidreto apresentam-se como moléculas binárias contendo uma única ligação simples. Em condição ambiente, ambos são gases cor-rosivos.
5. Ocorre na natureza principalmente na forma combinada em rochas, sendo a pirita uma das principais fontes comerciais. No entanto, o gás natural e o xisto também são fontes naturais desse elemento. Ocorre na natureza em pelo menos 5 estados de oxidação, que são: –2, –1, 0, +4 e +6.
Coluna 2( ) Boro.
( ) Silício.
( ) Flúor.
( ) Nitrogênio.
( ) Enxofre.
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QUÍMICA A QUÍMICA AQUÍMICA A QUÍMICA A
EXT1
7_2_
QU
I_A
_05
381
Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta da coluna 2, de cima para baixo.a) 4, 2, 1, 3, 5.
b) 3, 1, 4, 2, 5.
c) 2, 5, 3, 4, 1.
d) 1, 5, 3, 2, 4.
e) 5, 4, 2, 1, 3.
Anotações:
6. (UEPA-2013) A Tabela Periódica sistematizou o estudo dos elementos químicos e favoreceu o amplo desenvolvimento da química. Com relação ao estudo dos elementos químicos, considere as seguintes configurações eletrônicas atribuídas aos elementos A, B, C e D.A-1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6
B-1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d10, 4p5
C-1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d3
D-1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p4.Analise as configurações dos elementos:I. O elemento A é um gás nobre.
II. O elemento B pertence a família 17.
III. Os elementos A, B e D são representativos e o elemento C é de transição.
IV. Os elementos A e C pertencem ao mesmo período.A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:a) I, III e IV.
b) II, III e IV.
c) I, II e IV.
d) I, II e III.
e) I, II, III e IV.
Anotações:
1. C7:H26 (UCS) Os elementos químicos considerados essenciais aos organismos vivos são aqueles cuja falta causa algum tipo de disfun-ção e cuja adição restaura a saúde do organismo. Dos elementos que precisamos em grandes quantidades, sete são metais (Na, K, Mg, Ca, Fe, Cu e Zn) e outros sete são não metais (H, C, N, O, P, S e C).Considerando os elementos químicos citados acima, assinale a alternativa correta.a) C, N, O, P, S e C são elementos representativos que possuem
seu elétron de valência em orbital d.
b) Fe, Cu e Zn são elementos de transição interna pertencentes ao quarto período da Tabela Periódica.
c) Na e K, metais alcalinos, Mg e Ca, metais alcalinoterrosos, per-tencem ao grupo dos elementos representativos.
d) O elemento H apresenta número atômico e número de massa iguais a 2.
e) Todos os elementos listados acima, por serem essenciais, são representativos.
2. C7:H24 (IFCE-2014) A forma como os elétrons são distribuídos entre os orbitais de um átomo é chamada de configuração eletrônica, que, entre outras informações, pode indicar a que família e período da Tabela Pe-riódica um elemento químico pertence. Com base nisso, considere três elementos químicos, X, Y e Z, cujos números atômicos são 35, 54 e 56. Pela configuração eletrônica, é correto afirmar-se que a) O elemento X localiza-se na família 4A e no 2.º período da Tabela
Periódica.
b) O elemento Y localiza-se na família 3A e no 5.º período da Tabela Periódica.
c) O elemento Z localiza-se na família 2A e no 6.º período da Tabela Periódica.
d) Os elementos X e Y são não metais, mesmo pertencendo a famílias e períodos diferentes.
e) Os elementos X e Y são metais, mesmo pertencendo a famílias e períodos diferentes.
3. C7:H24 (UFG) Catalão, Niquelândia, Crixás e Barro Alto são cidades goianas que têm se destacado nacionalmente pela produção mineral de nióbio, níquel, ouro e cobre, respectivamente. As mesorregiões das cidades goianas e os símbolos dos elementos químicos citados são, respectivamente,a) Sul Goiano, Noroeste Goiano, Centro Goiano e Norte Goiano,
Nb, Ni, Au e Co.
b) Sul Goiano, Norte Goiano, Noroeste Goiano e Centro Goiano, Nb, Ni, Au e Cu.
c) Sul Goiano, Centro Goiano, Norte Goiano e Noroeste Goiano, Nb, Ni, Ag e Cu.
d) Sul Goiano, Norte Goiano, Nordeste Goiano e Centro Goiano, Ni, Nb, Ag e Co.
e) Sul Goiano, Nordeste Goiano, Centro Goiano e Norte Goiano, Ni, Nb, Au e Cu.
4. C7:H24 (IFG-2012) Cinco estudantes de química decidiram que iriam se comunicar através de códigos. Para assinar cada uma das mensagens, eles convencionaram que não utilizariam seus nomes, mas sim o símbolo do elemento químico que correspondesse às duas letras iniciais de seus nomes. Nas mensagens, descreveram algumas características desses elementos.I. É o segundo elemento mais abundante na crosta terrestre. Na
forma de óxido, está presente na areia. É empregado em com-ponentes de computadores.
II. Reage com água, desprendendo hidrogênio. Combina-se com cloro, formando o principal constituinte do sal de cozinha.
III. É produzido, a partir da bauxita, por um processo que consome muita energia elétrica. Entretanto, parte do que é produzido, após utilização, é reciclado.
IV. É o principal constituinte do aço. Reage com água e oxigênio, formando um óxido hidratado.
V. Na forma de cátion, compõe o mármore e a cal.Os nomes dos estudantes, na ordem em que estão apresentadas as mensagens, podem ser:a) Silvana, Cristóvão, Alberto, Nair, Fernando.
b) Silvana, Nair, Alberto, Fernando, Carlos.
c) Silvio, Carlos, Alberto, Fernando, Nair.
d) Nair, Alberto, Felipe, Silvana, Carlos.
e) Antônio, Fernando, Silvana, Carlos, Nair.
5. C7:H24 (UDESC) Os elementos X e Y apresentam as seguintes con-figurações eletrônicas 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p3 e 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1, respectivamente. O período e a família em que se encontram estes elementos são:a) Os elementos X e Y pertencem ao quarto período, sendo que
o elemento X pertence à família V A, enquanto e elemento Y pertence à família I A.
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