52º encontro do gbmd
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ANAIS ISSN 1808-3064
Uberlândia
2016
APOIO:
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GRUPO BRASILEIRO DE MATERIAIS DENTÁRIOS
Presidente
Prof. Dr. Murilo Baena Lopes
Vice-Presidente
Prof. Dr. Rafael Ratto de Moraes
Secretários
Profa. Dra. Sandrine Bittencourt Berger
Prof. Dr. Alcides Gonini Júnior
Tesoureiros
Prof. Dr. Aloísio Oro Spazzin
Prof. Dr. Ricardo Danil Guiraldo
Conselheiros
Profa. Dra. Ana Flávia Borges
Prof. Dr. Américo Bortolazzo Correr
Prof. Dr. Rafael Pino Vitti
Prof. Dr. Rubens Nisie Tango
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Reitor
Prof. Dr. Elmiro Santos Resende
Vice-Reitor
Prof. Dr. Eduardo Nunes Guimarães
Pró-Reitoria de Graduação
Profa. Dra. Marisa Lomônaco De Paula Naves
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Prof. Dr. Marcelo Emílio Beletti
Pró-Reitoria de Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis
Profa. Dra. Dalva Maria De Oliveira Silva
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
Diretor da FO-UFU
Prof. Dr. Márcio Magno Costa
Coordenador de Graduação
Prof. Dr. Sérgio Vitorino Cardoso
Coordenador de Pós-Graduação
Prof. Dr. Paulo Cézar Simamoto Júnior
HOSPITAL ODONTOLÓGICO
Diretor
Prof. Dr. Márcio Teixeira
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO
Encontro do Grupo Brasileiro de Materiais Dentários (52º: 2016: Uberlândia, MG).
Anais do 52º Encontro do Grupo Brasileiro de Materiais Dentários, 19 a 22 de Julho de 2016 [recurso eletrônico]. -- Uberlândia: CDL Uberlândia, 2016.
Horizonte Científico ISSN 1808-3064 1.Odontologia – Congressos. I.Título.
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Presidente: Prof. Dr. Carlos José Soares
Coordenadores Científicos: Prof. Dr. Luís Henrique Araújo Raposo
Pós-Doutoranda Karla Zancopé
Coordenadores Comerciais: Prof. Dr. Paulo Sérgio Quagliatto
Prof. Dr. Paulo Vinícius Soares
Coordenadores sociais e divulgação: Profa. Dra. Priscila Barbosa Soares
Profa. Dra. Ana Paula Silveira Turrioni
Coordenadores Projetos e Relação Agências de Fomento: Profa. Dra. Gisele Rodrigues
da Silva e Profa. Dra. Aline Aredes Bicalho
Comissão Discente / Técnicos Administrativos
Alexandre Coelho Machado
Ana Laura Rezende Vilela
Ana Luiza S. Velloso Vianna
Andomar Bruno F. Vilela
Brenda Cristina O. Rodrigues
Camila C. Almança Lopes
Camilla Christian G. Moura
Carolina G. Nogueira
Crisnicaw Veríssimo
Daniela Teixeira Navarro
Ede Lausson A. Carvalho
Erick Cerda
Fabiane Maria Ferreira
Fernanda Pereira Silva
Frederick Khalil Karam
Gabriela Campos Mesquita
Giselle Rodrigues dos Reis
Guilherme Faria Moura
Janaina Rigo Freire
Jéssica Afonso Ferreira
Jéssica de Freitas Rabelo
Julia Dantas Mazão
John Douglas Mendes Cunha
Lais Rani S. O. Schlieble
Lilian Vieira Oliveira
Livia Fávaro Zeola
Lorraine Braga Ferreira
Lucas N. Tavares
Luciana Mendes Barcelos
Luis E. Carneiro-Campos
Luiz Henrique Ferreira Júnior
Manuella Verdinelli P. Reis
Marcela Gonçalves Borges
Marcos B. Moura
Maria das Graças Oliveira
Monise de Paula Rodrigues
Pedro Henrique J. O. Limirio
Rafael Resende de Miranda
Rafaella Rodrigues Gomes
Renata Afonso S. Pereira
Renata Borges Rodrigues
Renata Maria de O. Silva
Stella Sueli L Braga
Tais Alves dos Reis
Victor da Mota Martins
COMISSÃO
ORGANIZADORA
PATROCÍNIO:
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Coordenador: Prof. Dr. Luís Henrique Araújo Raposo ADRIANA BONA MATOS – Universidade de São Paulo (FO-USP) ALLYSON NOGUEIRA MOREIRA – Universidade Federal de Minas Gerais (FO-UFMG) ALOÍSIO ORO SPAZZIN – Instituto Meridional de Educação – (EO-IMED) AMERICO BORTOLAZZO CORRER – Universidade Estadual de Campinas (FOP-UNICAMP) ANA FLÁVIA SANCHES BORGES – Universidade de São Paulo (FOB-USP) CAROLINA NEMESIO B. PEREIRA - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) CESAR PENAZZO LEPRI – Universidade de Uberaba (FO-UNIUBE) CRISNICAW VERÍSSIMO – Universidade de Uberaba (FO-UNIUBE) EDUARDO MOREIRA DA SILVA – Universidade Federal Fluminense (FO-UFF) FABIANA MANTOVANI G. FRANÇA – Univeridade São Leopoldo Mandic (FO-SLMANDIC) FABIOLA GALBIATTI CARVALHO – Universidade Federal de Juíz de Fora (FO-UFJF/GV) FABRÍCIA ARAÚJO PEREIRA – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (FO-UESB) FERNANDA CRISTINA PIMENTEL GARCIA – Universidade de Brasília (UnB) HUGO LEMES CARLO – Universidade Federal de Juíz de Fora (FO-UFJF/GV) JAIME DUTRA NORONHA FILHO – Universidade Federal Fluminense (FO-UFF) JOSE GUILHERME ANTUNES GUIMARAES - Universidade Federal Fluminense (FO-UFF) JOSETE B C MEIRA - Universidade de São Paulo (FO-USP) JÚLIO CÉSAR FRANCO ALMEIDA – Universidade de Brasília (UnB) KARLA ZANCOPÊ – Universidade Federal de Uberlândia (FO-UFU) LAIZA TATIANA POSKUS - Universidade Federal Fluminense (FO-UFF) LETICIA CRISTINA CIDREIRA BOARO - Universidade de Santo Amaro (FO-) LINDA WANG – Universidade de São Paulo (FOB-USP) LORRAINE BRAGA – Universidade Federal de Uberlândia (FO-UFU) LOURENÇO CORRER SOBRINHO - Universidade Estadual de Campinas (FOP-UNICAMP) LUIS FELIPE JOCHIMS SCHNEIDER - Universidade Federal Fluminense (FO-UFF) LUÍS HENRIQUE ARAÚJO RAPOSO – Universidade Federal de Uberlândia (FO-UFU) MÁRIO A. C. SINHORETI - Universidade Estadual de Campinas (FOP-UNICAMP) MONICA YAMAUTI – Universidade Federal de Minas Gerais (FO-UFMG) NOÉLI BOSCATO – Universidade Federal de Pelotas (FO-UFPel) PAULO HENRIQUE DOS SANTOS – Universidade Estadual Paulista (FOA-UNESP) PAULO VINÍCIUS SOARES – Universidade Federal de Uberlândia (FO-UFU) PRISCILLA FERREIRA BARBOSA SOARES – Universidade Federal de Uberlândia (FO-UFU) RAFAEL GUERRA LUND – Universidade Federal de Pelotas (FO-UFPel) RAFAEL MORAES – Universidade Federal de Pelotas (FO-UFPel) RAVANA ANGELINI SFALCIN - Universidade Nove de Julho (FO-UNINOVE) RICARDO FARIA RIBEIRO - Universidade de São Paulo (FORP-USP) ROBERTA TARKANY B. HOFLING – Univeridade São Leopoldo Mandic (FO-SLMANDIC) RODRIGO BORGES FONSECA – Universidade Federal de Goiás (FO-UFG) RODRIGO RICHARD DA SILVEIRA – Universidade Federal de Minas Gerais (FO-UFMG) ROGÉRIO REGES – Universidade Paulista/Goiânia (FO-UNIP) ROSA MARIA VIANA B. GARCEZ - Universidade Federal de Sergipe (FO-UFS) SANDRINE BITTENCOURT BERGER – Universidade do Norte do Paraná (UNOPAR) TATIANY GABRIELLE F. ARAUJO - Faculdade de Odontologia (INAPÓS) VALERIA BISINOTO GOTTI – Centro Universitário do Triângulo (FO-UNITRI) VICENTE CASTELO B. LEITUNE – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FO-UFRGS)
COMISSÃO AVALIADORA DE
TRABALHOS CIENTÍFICOS
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52º Encontro do GBMD - 19 a 22 de julho de 2016, CDL Uberlândia, Uberlândia-MG
Caros materianos sejam bem-vindos a Uberlândia e em especial ao 52º Encontro
do Grupo Brasileiro de Materiais Dentário. Esta é a terceira vez que a Faculdade de
Uberlândia da Universidade Federal de Uberlândia recebe este importante evento que
se consolida com um dos mais importantes encontros de pesquisa da Odontologia
Brasileira.
Preparamos um evento recheado de importantes conteúdos das ciências dos
materiais odontológicos e suas aplicações clínicas nas diversas especialidades
odontológicas. Há de se destacar o momento importante de divulgação dos trabalhos
apresentados pelos profissionais e alunos de graduação e Pós-Graduação. Pela
trajetória de dedicação a Faculdade de Odontologia e ao Ensino de Odontologia
Brasileira homenagearemos o Prof. Dr. Alfredo Júlio Fernandes Neto com o nome ao
prêmio da categoria Profissional.
A cidade de Uberlândia, o Programa de Pós-Graduação em Odontologia e a FO-
UFU agradecem a todos pela presença e pela contribuição que fizeram para o
brilhantismo deste evento. Foram dias especiais de convivência, interação com o
indústria, geração e divulgação de novos conhecimentos e convívio social. Até
Fortaleza em 2017 para continuarmos fazendo o crescimento do Grupo Brasileiro de
Materiais Dentários.
Carlos José Soares
Presidente 52o Encontro do GBMD
APRESENTAÇÃO
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453 - AVALIAÇÃO DO USO DE ENERGIA SÔNICA NA APLICAÇÃO DE RESINAS
COMPOSTAS BULK FILL E CONVENCIONAIS
Guiraldo RD*, Grandi VH, Berger SB, Fugolin APP, Lopes MB, Gonini-Júnior A, Moura SK.
Odontologia Restauradora – Universidade Norte do Paraná (UNOPAR).
O objetivo neste estudo foi avaliar a eficácia da energia sônica aplicada durante o
processo restaurador. Quarenta terceiros molares humanos extraídos foram
preparados (Cavidades Classe II) e restaurados com os compósitos Sonic Fill e Filtek
Z350 XT com e sem aplicação de energia sônica. Após 24 horas as amostras foram
seccionadas para obter palitos retangulares o ensaio de microtração realizado. Para o
teste de microdureza, as amostras foram cortadas ao meio para expor a região central
da restauração. Endentações foram realizadas a partir da superfície até o fundo (em
três níveis de 1 mm) sob uma carga de 50 g durante 10 segundos. Para o teste de
microtração e microdureza foram realizados os testes de normalidade e
posteriormente Análise de Variância e teste de Tukey (5% de significância). Para o fator
ativação, os valores médios de microtração (MPa) para as cavidades que foram
restauradas com ativação sônica (SonicFill–35,01,FiltekZ350 XT – 33,17) foram
significativamente superior às cavidades que foram restauradas sem ativação sônica
(Sonic Fill – 26,81, Filtek Z350 XT – 25,08; p < 0,001). Para dureza de profundidade
Knoop, houve interação entre os fatores, tipo de ativação, compósito e profundidade
(p = 0,021). Para o compósito Filtek Z350 XT, a profundidade 1 mm mostrou dureza
Knoop estatisticamente superior a profundidade 3 mm. A utilização da energia sônica
durante o processo restaurador, conduziu a valores maiores de resistência de união à
microtração para ambos os compósitos e no geral conduziu a valores similares na
dureza para ambos os compósitos.
Palavras-chave: Resinas compostas; Resistência à tração; Dentina; Testes de dureza.
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454- EFICÁCIA DE AGENTES DE UNIÃO NA RESISTÊNCIA À MICROTRAÇÃO ENTRE
CERÂMICA VÍTREA REFORÇADA POR LEUCITA E CIMENTO RESINOSO.
Fonseca RG, Ludovichetti FS, Martins SB, Abi-Rached FO, Trindade FZ, Moncada G.
Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese da FOAr – UNESP.
Avaliar a eficácia de agentes de união na resistência à microtração (RMT) entre
cerâmica vítrea reforçada por leucita e cimento resinoso. Oitenta blocos de IPS
Empress CAD foram condicionados com ácido fluorídrico 5%. A superfície tratada
recebeu: 1) RelyX Ceramic Primer (RX) (grupo controle); 2) RelyX Ceramic Primer +
Adper Scotchbond Multi-Purpose (RXASM); 3) Single Bond Universal (SBU); 4) Sistema
Clearfil: Clearfil Porcelain Bond Activator + Clearfil SE Bond Primer (CLESYS); 5) Clearfil
SE Bond Primer (CLE). Os blocos foram cimentados aos pares com RelyX ARC e
seccionados em microbarras (1,0 1,0 mm). Cada espécime era constituído por 10
microbarras, as quais foram submetidas ao ensaio de microtração. Os dados de RMT
(MPa) foram analisados por ANOVA – 1 fator e teste de Tukey (α=0,05). O modo de
falha foi determinado em estereomicroscópio (×20). Houve diferença significativa de
RMT entre os grupos (P<0,001). RX (31,0 MPa), RXASM (30,8 MPa) e CLESYS (29,1 MPa)
foram estatisticamente semelhantes entre si e apresentaram maior RMT que SBU
(19,1 MPa) e CLE (21,5 MPa). Apesar da similaridade estatística entre RXASM, RX e
CLESYS, a falha adesiva do RXASM foi consideravelmente menor que a do RX e CLESYS.
O adesivo usado após o silano não aumentou a RMT em comparação à aplicação
apenas do silano, porém melhorou o modo de falha. Embora o Clearfil Porcelain Bond
Activator/Clearfil SE Bond Primer e o Single Bond Universal contenham silano e MDP, o
primeiro promoveu RMT significativamente maior que o segundo, o qual foi similar ao
grupo no qual apenas o MDP foi usado.
Palavras-chave: cerâmica; adesivos; resistência à tração
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455- EMISSÃO DE LUZ, ESPECTRO DE EMISSÃO E PERFIL DO FEIXE DE LUZ DE SEIS
EQUIPAMENTOS FOTOATIVADORES
Shimokawa CAK*, Harlow JE, Turbino ML, Price RB. Departamento de Dentística -
Faculdade de Odontologia da USP/ Department of Dental Clinical Sciences - Dalhousie
University. [email protected]
O objetivo deste estudo foi avaliar a emissão de luz de seis fotoativadores: Elipar Deep
Cure-S (3M ESPE), Bluephase G2 (Ivoclar Vivadent), Translux 2Wave (Heraeus Kulzer),
Optilight Prime (Gnatus), Slim Blast (First Medica) e Led.B (Guilin Woodpecker), com
sua bateria totalmente carregada, depois de 50 ativações e de 100 ativações. A
potência emitida foi medida por 10 vezes com um medidor de potência. O espectro de
emissão foi medido com auxílio de um espectrômetro de fibra ótica, e a uniformidade
do feixe de luz foi avaliada com uma câmera geradora de perfil de luz. A irradiância foi
calculada a partir do diâmetro da ponta dos fotoativadores, medido com um
micrometro digital. Diferenças estatisticamente significantes (p<0,01) foram
detectadas entre fotoativadores tanto quanto a potência, quanto a irradiância. Os
fotoativadores Optilight Prime e Slim Blast mostraram redução na emissão de luz
depois de 50 e 100 ativações, enquanto o Bluephase G2 mostrou redução após 100
ativações (p<0,01). Os fotoativadores Bluephase G2 e Translux 2Wave mostraram um
espectro de emissão com dois picos de comprimento de onda distintos. Somente os
fotoativadores Elipar Deep Cure-S e Bluephase G2 mostraram perfis de feixe de luz
homogêneos. Os outros fotoativadores mostraram perfis de luz não-homogêneos.
Pode-se concluir que, como diferentes fotoativadores podem apresentar diferentes
características e que isso pode influenciar na qualidade de restaurações em resina
composta, os fabricantes e pesquisadores deveriam fornecer mais informações sobre
os equipamentos fotoativadores.
Palavras-chave: Luzes de cura dentária, Equipamentos odontológicos, Análise
espectral.
Apoio: Universidade de São Paulo, Dalhousie University, Santander.
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456- ESTABILIDADE DA UNIÃO CERÂMICA VÍTREA/CIMENTO RESINOSO USANDO
ADESIVO UNIVERSAL COMO TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE
Murillo-Gómez F*, De Goes MF. Área de Materiais Dentários, Dpto. de Odontologia
Restauradora, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de
Campinas. [email protected]
O objetivo foi avaliar o efeito do adesivo universal contendo silano na união cerâmica
vítrea/cimento resinoso após armazenamento de 24 horas e 6 meses. Placas de
cerâmica vítrea (IPS e.max CAD®) foram jateadas e condicionadas com ácido fluorídrico
(10%, 20s) e divididas em 5 grupos: RelyX Ceramic Primer® (RCP), RelyX Ceramic
Primer®+Singlebond 2® (RCP+SB), Scotchbond Universal® (SBU), Clearfil Ceramic
Primer® (CP) e o grupo controle (HF-controle). Cilindros de cimento resinoso (RelyX
Ultimate®, 1x1mm) foram construídos nas placas previamente tratadas (n=18) e após o
armazenamento (24 horas e 6 meses em água a 37°C), foram submetidos ao teste de
microcisalhamento. O tipo de fratura foi avaliado usando microscopia eletrônica de
varredura (MEV). Foi aplicado o teste de ANOVA de dois fatores e o teste de Tukey
(p≤0,05). Ambos os fatores foram estatisticamente significativos assim como a
interação entre eles (p<0,0001). RCP (24h: 27.2±3.1; 6m: 18.0±4.9) e HF-controle (24h:
21.1±3.4; 6m: 15.7±5.8) apresentaram uma queda significativa nos valores de
resistência de união após 6 meses de armazenamento, enquanto que CP+SB (24h:
23.4±4.4; 6m: 22.2±5.4), SBU (24h: 18.8±3.0; 6m: 17.2±3.6) e o CP (24h: 21.7±4.3; 6m:
17.4±4.8) não. No MEV foram observados sinais de degradação hidrolítica, sendo
menor para RCP+SB e SBU. O uso de um sistema adesivo após a aplicação do silano ou
de um sistema universal contendo silano, mostraram melhor estabilidade na
resistência de união entre a cerâmica vítrea e o cimento resinoso em longo prazo de
armazenamento.
Palavras-chave: cerâmicas, cimentos de resina, silano.
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457- EFEITO DA TÉCNICA DE APLICAÇÃO PRÉVIA DO EDTA EM DENTINA ESCLERÓTICA
E ESMALTE NA RESISTÊNCIA DE UNIÃO DE ADESIVOS UNIVERSAIS.
Martini EC*, Loguercio DA, Reis A. Departamento de Odontologia/Universidade
Estadual de Ponta Grossa. [email protected]
O objetivo deste estudo foi investigar o efeito de diferentes protocolos de pré-
condicionamento com EDTA a 17% na resistência de união (RU) e padrão de
condicionamento de adesivos universais no modo auto condicionante. 40 dentes
bovinos com dentina esclerótica e 20 terceiros molares humanos foram divididos
aleatoriamente em 8 grupos (controle, aplicação manual de EDTA por 2 min e por 30 s;
aplicação sônica de EDTA por 30 s) e os sistemas adesivos (Single Bond Universal e
Prime & Bond Elect). Espécimes foram preparados e testados quanto à RU por
microtração (dentina) e microcisalhamento (esmalte). Os dados foram submetidos à
análise de variância de dois fatores (adesivo e modo de aplicação) e teste de Tukey (α
= 5%). O padrão de condicionamento foi avaliado qualitativamente em microscópio
eletrônico de varredura. Nenhum dos protocolos de EDTA influenciou a RU no esmalte
(p > 0,05). Na dentina esclerótica, os menores valores de RU foram observados sem
EDTA e o maior valor foi observado no grupo de aplicação sônica de EDTA. Tanto em
esmalte como em dentina, o adesivo SBU apresentou maiores valores de RU em todos
os grupos (p < 0,05). Um melhor padrão de condicionamento foi observado em
todos os grupos testados quando se utilizou o EDTA. O pré-condicionamento com
EDTA melhorou a RU e o padrão de condicionamento de adesivos universais aplicados
no modo autocondicionante sobre a dentina esclerótica, principalmente quando
aplicada com dispositivo sônico durante 30 s. Em esmalte, o condicionamento prévio
com EDTA melhorou o padrão de condicionamento, porém não resultou em maior RU.
Palavras-chave: EDTA, Resistência de união, sistemas adesivos.
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458- A RESISTÊNCIA DE UNIÃO DE ADESIVOS AO ESMALTE É INFLUENCIADA PELA
PROXIMIDADE À LESÕES DE CÁRIE SUBMETIDAS À TÉCNICA DE REMOÇÃO PARCIAL?
Pires CW*¹, Lenzi TL¹, Soares FZM², Rocha RO³. Programa de Pós-Graduação em
Ciências Odontológicas, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria - RS, Brasil.
O objetivo desse estudo foi avaliar a resistência de união (RU) de sistemas adesivos ao
esmalte adjacente a lesões de cárie submetidas à remoção parcial de tecido cariado
(RPTC). 28 molares permanentes com lesões de cárie em dentina foram submetidas à
RPTC e distribuídos aleatoriamente em 4 grupos (n=7): Adper Single Bond (ASB);
Clearfil SE Bond (CSE) e Single Bond Universal (SBU)- autocondicionante (AU) e com
condicionamento ácido prévio (CA). Após seccionadas as coroas e aplicados os
sistemas adesivos, foram construídos 2 cilindros de resina composta (Filtek Z250 XT)
(1-esmalte hígido/1-esmalte adjacente à lesão). O teste de microcisalhamento foi
realizado após 24h de armazenamento em água a 37ºC. Os valores de RU (em MPa)
foram submetidos à ANOVA-2 fatores e teste de Tukey (=0,05). Os fatores “condição
do esmalte (hígido/adjacente à lesão)” (p=0,035) e “sistema adesivo” (p=0,000)
influenciaram significativamente nos valores de RU. A RU dos adesivos ao esmalte
próximo à lesão (9,2±1,4) foi inferior à obtida em esmalte hígido (10,5±2,3). SBU
apresentou valores similares nas estratégias CA (12,3±1,8) e AU (10,5±0,8) e superiores
aos obtidos com o ASB (8,1±0,4). CSE (8,7±0,5) mostrou valor de RU similar ao ASB e ao
SBU (AU). Todos os espécimes apresentaram falhas adesivas/mistas para ambas as
condições de substrato. A RU ao esmalte adjacente a lesões de cárie é menor do que
ao esmalte hígido. A proximidade a lesões de cárie submetidas a RPTC influencia os
valores de RU obtidos em esmalte, independente do sistema adesivo utilizado
(Protocolo:45105415.9.0000.5346).
Palavras-chave: esmalte dentário, cárie dentária, adesivos.
Apoio: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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459- EFEITO DO PRÉ-AQUECIMENTO E DA PÓS-POLIMERIZAÇÃO NAS PROPRIEDADES
MECÂNICAS E GRAU DE CONVERSÃO DE UM COMPÓSITO REFORÇADO POR FIBRA
Almeida LN*, Mendes GAM, Kasuya AVB, Favarão IN, Borges MG, Menezes MS,
Fonseca RB. Laboratório de Biomecâica, Faculdade de Odontologia, Universidade
Federal de Goiás. [email protected]
Este estudo avaliou o efeito do pré-aquecimento (PA) e da pós-polimerização (PP) na
resistência flexural (RF), resistência à tração diametral (RTD), microdureza knoop (KHN)
e grau de conversão (GC) de um compósito experimental (CE). Seis grupos
experimentais foram criados, sendo: F – apenas fotopolimerização; F+M – PP em
microondas (540W/5 minutos); F+A – PP em autoclave (120°C/15 minutos); AQ+F – PA
(60°C) e fotopolimerização; AQ+F+M – PA e PP em microondas; AQ+F+A – PA e PP em
autoclave. O CE foi obtido com 30% de fibras de vidro (3 mm), 22,5% de resina e 47,5%
partículas de carga. Amostras de RTD (3x6mm) e RF (25x2x2mm) foram testadas
(n=10) à 0,5 mm/min (Instron 5965). KHN foi realizada em amostras de RTD com 50g
por 30s. O GC foi obtido através de FTIR. Análise fatorial mostrou que o fator PA foi
significante para RF (p=0,0001), RTD (p=0,020) e KHN (p=0,0001); o fator PP para KHN
(p=0,0001). Testes ANOVA e Tukey mostraram diferença estatística entre os grupos
para RTD: F (32,78±2,83)B, F+A (37,09±3,43)AB, F+M (36,40±3,09)AB, AQ+F
(39,28±4,79)A, AQ+F+A (38,58±2,09)AB, AQ+F+M (37,60±5,74)AB; RF: F
(227,51±23,35)C, F+A (253,42±26,17)ABC, F+M (240,47±21,56)BC, AQ+F
(268,36±32,97)ABC, AQ+F+A (274,82±36,08)AB, AQ+F+M (285,36±37,58)A; KHN: F
(126,77±42,80)C, F+A (155,76±51,62)AB, F+M (155,66±62,10)AB, AQ+F
(145,75±42,75)BC, AQ+F+A (175,08±44,49)A, AQ+F+M (178,14±50,46)A. O GC não
mostrou diferença estatística. O PA e a PP foram favoráveis para promover melhores
propriedades mecânicas ao CE, sendo específicos para cada propriedade analisada.
Palavras-chave: compósito reforçado por fibra, temperatura de polimerização, grau de
conversão.
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461- A ESTRATÉGIA DE CONDICIONAMENTO NÃO INFLUENCIA A LONGEVIDADE DA
UNIÃO DE SISTEMAS ADESIVOS UNIVERSAIS EM DENTINA HÍGIDA OU AFETADA
Follak AC*, Lenzi TL, Rocha RO, Soares FZM. Programa de Pós-Graduação em Ciências
Odontológicas, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria - RS, Brasil.
O objetivo do estudo foi avaliar a longevidade da união de adesivos universais, nas
estratégias - condicionamento ácido (ER) e autocondicionante (SE), em dentina hígida
(SND) e afetada (CAD). Superfícies planas em dentina foram obtidas na face vestibular
de 112 incisivos bovinos hígidos, distribuídos em 16 grupos (n=7): substrato (SND ou
CAD – ciclagem de pH por 14 dias); sistema adesivo (Single Bond Universal – SU, All-
Bond Universal – AB, Prime & Bond Elect – PB, Adper Single Bond 2 – SB e Clearfil SE
Bond – CS) e estratégia (ER ou SE). Os adesivos foram aplicados conforme
recomendação dos fabricantes e blocos de resina foram confeccionados. Após 24 h
(água destilada a 37ºC), os dentes foram seccionados em corpos de prova “palitos”
(0,8 mm2), submetidos ao teste de microtração imediatamente e após 6 meses. Os
dados (MPa) foram analisados, por substrato, em análise de variância e teste de Tukey
(α=5%). Houve interação significante entre os 3 fatores em SND (p=0,005) e CAD
(p=0,012). Em SND, os adesivos universais apresentaram valores similares nas
estratégias ER e SE e semelhantes após 6 meses, exceto o AB em ER, com queda
significante nos valores de resistência de união. Em CAD, as estratégias ER e SE
também não influenciaram os valores, incluindo os adesivos controles. Foi observada
significativa redução na resistência de união após 6 meses na maioria dos grupos,
exceto o AB em ambas estratégias e PB em SE. A estratégia de condicionamento não
influência a performance dos adesivos universais e a longevidade da união é menor
dentina artificialmente afetada.
Palavras-chave: adesivos dentinários, dentina, resistência a tração.
Apoio: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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462- EFEITO DE UM NOVO GEL DE USO TÓPICO PARA REDUÇÃO DA SENSIBILIDADE
PÓS-OPERATÓRIA DECORRENTE DO CLAREAMENTO DENTAL
Szesz AL*, Parreiras SO, Coppla FFM, Martini EC, Farago PV, Reis A, Loguercio AD
Departamento De Ciências Odontológicas – UEPG. [email protected]
O objetivo deste estudo randomizado, boca dividida, triplo-cego foi avaliar a eficácia
de um gel dessensibilizante a base de nitrato de potássio 5% e glutaraldeído 5%
aplicado antes do clareamento de consultório com peróxido de hidrogênio (PH) 35%.
Para isso foram selecionados 42 pacientes, os quais receberam os dois tratamentos: o
gel dessensibilizante (teste) e seu respectivo placebo (controle). Antes do clareamento
dental com o PH (3 aplicações de 15 min cada), os géis foram aplicados e mantidos em
contato com o esmalte dental durante 10 min. Em cada sessão, o PH foi aplicado por
três vezes de 15 min. A intensidade da dor foi avaliada através da escala numerica
(NRS) e escala visual analógica (VAS). A mudança de cor foi avaliada através do
espectrofotômetro digital (VITA) e com as escalas de cor VITA Classical e VITA
Bleachedguide 3D-MASTER (VITAPAN, VITA). O risco de sensibilidade dental foi
avaliado pelo teste de McNemar e os dados de mudança de cor pe
lo teste t de Student pareado (alfa = 5%). A mudança de cor em ambos os lados da
arcada foi estatisticamente semelhante (p > 0.05). O risco de sensibilidade dental do
grupo teste [31.7% (95% CI 19.6 – 46.9)] e do grupo controle [70.7 (95% CI 55.5 –
82.3%) foi estatisticamente significante (p < 0.0001) assim como a intensidade de dor
nas primeiras 24 horas (p < 0.001). Concluiu-se que a aplicação prévia do
dessensibilizante a base de nitrato de potássio a 5% e glutaraldeído a 5% antes do
clareamento dental, reduziu o risco e a intensidade da sensibilidade dental, sem
alterar a efetividade do clareamento.
Palavras-chave: clareamento dental, dessensibilizantes dentinários, ensaio clínico
controlado
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464 - EFEITO DO USO SIMULADO DE BEBIDAS ÁCIDAS NA TOPOGRAFIA DE
SUPERFÍCIE E PROPRIEDADES MECÂNICAS DE RESINAS COMPOSTAS CONVENCIONAL
E BULK-FILL
Borges MG*, Soares CJ, Maia TS, Bicalho AA, Barbosa TP, Costa HL, Menezes MS.
Dentística e Materiais Odontológicos/Universidade Federal de Uberlândia.
O objetivo deste estudo foi investigar o efeito de bebidas ácidas na topografia de
superfície e propriedades mecânicas de resinas compostas convencional e bulk-fill.
Uma resina composta nanoparticulada convencional Filtek Z350 XT; e duas resinas
compostas bulk-fill: Tetric-N-Ceram e X-Tra Fil foram utilizadas. O grau de conversão
(GC) foi analisado por FTIR nos momentos imediato e após 24h do armazenamento dos
espécimes à seco e ao abrigo de luz a 37oC (n=5). A topografia de superfície foi
analisada por Interferômetro a Laser 3D (n=5). Os parâmetros Sa, Ssk, Sku e Sdq foram
medidos a partir da área de 1 x 1 mm e cut-off de 0,25 mm. O módulo de elasticidade
(E) e a dureza Vickers (DV) foram determinados por meio de ensaio de indentação
dinâmica (n=5). Os espécimes do grupo controle foram mantidos em saliva artificial
durante 24h. Os espécimes experimentais foram aleatorizados em 4 grupos, de acordo
com a solução: saliva artificial, suco de açaí, vinho tinto e Coca-Cola, simulando desafio
ácido durante 30 dias (3 vezes de 15 min por dia). Em seguida, os testes foram
realizados novamente. Os dados de GC, Sa, Ssk, Sku e Sdq, E e DV foram submetidos à
ANOVA dois-fatores e teste de Tukey (∝=0,05). Os valores do GC foram semelhantes
nos 2 momentos de avaliação, independentemente da resina composta. A rugosidade
de superfície aumentou significantemente após o uso simulado de bebidas ácidas. Os
valores do E e DV foram reduzidos para todas as resinas avaliadas. As resinas
compostas testadas sofreram forte influência das bebidas ácidas utilizadas,
principalmente a Coca-Cola.
Palavras-chave: resinas compostas, bebidas
Apoio: CAPES/ CNPq/FAPEMIG
16
465- DESENVOLVIMENTO DE CÁRIE SECUNDÁRIA EM INTERFACES DENTE-
RESTAURAÇÃO CONTENDO MICROFENDAS SIMULADAS
Signori C*, Maske TT, Franco MC, Kuper N, Huysmans MC, Cenci MS. Departamento de
Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal de Pelotas
(UFPel), Rio Grande do Sul−RS, Brasil; Dentistry Department, Radboud University of
Nijmegen, Holanda. [email protected]
Esse trabalho objetivou verificar a influência de microfendas no desenvolvimento de
cárie secundária (CS) e estabelecer um limiar para o tamanho de microfenda e o seu
desenvolvimento. Discos de dentina bovina foram restaurados com resina composta e
cinco condições de interface dente-restauração foram simuladas (n=8): ausência de
microfenda (controle; presença de adesivo) e presença de microfendas (ausência de
adesivo) de 30µm (34.06±2.36), 60µm (67.04±4.24), 90µm (94.38±4.23) e 0 µm
(8.59±1.73). Biofilmes de microcosmos foram formados sobre os discos restaurados
(14 dias) e utilizou-se saliva humana como inóculo e regime intermitente de sacarose
(1%) de 6h diárias. Como variável de resposta obteve-se valores de perda mineral
integrada (ΔS) em 3 regiões da interface dente-restauração: 50 µm da superfície de
dentina e a 200 e 400 µm dessa primeira região. Analisou-se os dados de cada região
através de ANOVA, seguido do teste Tukey (p<0.05). Valores de ΔS para a superfície
dentinária não mostraram diferença significativa para as condições de interface
avaliadas. Para as regiões de 200 e 400 µm, não houve diferença significativa para ΔS
nos grupos controle e 0 µm e nem entre os grupos de 30, 60 e 90 µm. A presença de
microfendas mais amplas gerou ΔS significantemente maiores quando comparados aos
grupos controle e com microfenda de 0 µm (p<0.05). Houve desenvolvimento de CS a
partir de microfendas de 34.06 µm. O limiar para o seu desenvolvimento parece estar
entre 8.59 e 34.06 µm.
Palavras-chave: restauração dental, cárie dentária, in vitro.
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466- AVALIAÇÃO DA RUGOSIDADE DE SUPERFÍCIE DO ESMALTE BOVINO SUBMETIDO
A DESAFIO ÁCIDO E TRATADO COM DENTIFRÍCIO A BASE DE NANOHIDROXIAPATITA
Reis PQR*, Silva EM, Calazans FS, Poubel LA, Lopes LS, Alves WV, Maia JNSMD,
Barceleiro MO. Universidade Federal Fluminense. [email protected]
As nanopartículas de hidroxiapatita (NanoHAp) têm similaridade com os cristais de
hidroxiapatita do esmalte dentário e quando utilizadas para remineralizar e tratar a
hipersensibilidade dentinária, associada ao flúor, parecem penetrar com maior
facilidade no interior das microtrincas em esmalte, promovendo um selamento de
qualidade e restaurando a microestrutura e a composição superficial dental. O objetivo
deste trabalho foi avaliar in vitro o efeito de dentifrícios com NanoHAp nas
propriedades de polimento da superfície de esmalte bovino submetido a ciclagem des-
remineralizante. Foram utilizados 12 discos de incisivos bovinos divididos em 2 grupos
experimentais: Grupo 1 – dentifrício com flúor (Colgate Total 12) e Grupo 2 –
dentifrício com NanoHAp (Megasonex). Os espécimes foram submetidos ao teste de
escovação simulada em 30 ciclos, duas vezes ao dia, além de serem submetidos a um
modelo de ciclagem de pH (desmineralização 6 h/ remineralização 18 h por dia)
durante 14 dias. Todos os espécimes tiveram sua rugosidade superficial avaliada
inicialmente e após o tratamento, utilizando um rugosímetro de bancada. Na análise
estatística pela comparação múltipla entre pares, os testes de Bonferroni e Holm
demonstraram que após 7 dias não houve diferença estatisticamente significante no
comportamento dos dentifrícios (p>0,05), porém após 14 dias, houve um aumento das
médias de rugosidade no grupo 1 (dentifrício com flúor) estatisticamente significante
(p<0,05). Concluiu-se que o dentifrício com NanoHAp promoveu menor rugosidade
superficial após 14 dias.
Palavras-chave: dentifrícios, esmalte dentário, hidroxiapatita.
18
467- QUEIMAS DE GLAZEAMENTO EM VITROCERÂMICA DE CORTE DURO:
CICATRIZAÇÃO DE DEFEITOS E COMPORTAMENTO À FADIGA
Aurélio IL*, Prochnow C, Guilardi LF, Ramos GF, Bottino MA, May LG. Programa de Pós-
Graduação em Ciências Odontológicas, Universidade Federal de Santa Maria, Santa
Maria, RS e Programa de Pós-Graduação em Odontologia Restauradora, Universidade
Estadual Paulista, São José dos Campos, SP. [email protected]
Este trabalho investigou o efeito das queimas convencional e estendida de
glazeamento na cicatrização de defeitos e na resistência à fadiga de uma vitrocerâmica
leucítica de corte duro. Dois espécimes obtidos da secção de bloco pré-fabricado de
cerâmica leucítica (LEU) foram divididos em grupos em função do ciclo de queima
aplicado para (n=1): glazeamento convencional/fabricante (G) e glazeamento
estendido (GE). Defeito gerado por indentação Vickers foi analisado em microscópio
eletrônico antes e após a queima, para avaliar qualitativamente sua cicatrização.
Sessenta discos de leucita foram usinados em sistema CEREC MC XL e divididos em 3
grupos (n=20) de acordo com os ciclos (G), (GE) e nenhum/controle (C). A rugosidade
superficial (Ra/Rz) dos espécimes foi mensurada antes e após as queimas. Os discos
foram submetidos a ensaio de fadiga pelo método da escada (piston-on-three-ball, em
água, 500.000 ciclos, 20Hz). Testes para comparações pareadas foram escolhidos
conforme os resultados de normalidade e homocedasticidade dos dados de
rugosidade. Os valores de média e desvio padrão de resistência à fadiga foram
analisados por ANOVA e teste de Tukey (α=0,05). Como resultado, a queima LEU-GE
teve maior capacidade de cicatrizar os defeitos se comparada ao ciclo LEU-G. Em
consonância, o grupo LEU-GE atingiu os maiores valores de resistência à fadiga (80,5
MPa), estatisticamente superiores ao grupo LEU-G (73,1 MPa), e ao LEU-C (61,9 MPa).
A rugosidade superficial dos discos não foi alterada após as queimas G e GE.
Palavras-chave: CAD-CAM, cerâmica, tratamento térmico.
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468- EFEITO DE RESINA COMPOSTA EXPERIMENTAL COM ANTIMICROBIANO NA
EXPRESSÃO GÊNICA DE STREPTOCOCCUSMUTANS.
Araújo IJS*, Paula AB, Stipp RN, Puppin-Rontani RM. Departamento de Materiais
Dentários, Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP.
Neste estudo avaliou-se o efeito de resina composta experimental, com monômero
Metacrilato de triclosan (MT), na expressão gênica de Streptococcusmutans (S.
mutans). Discos (2x6 mm) de três grupos foram preparados: CE – Cerâmica (IPS
EmpressEsthetic); RSA – TEGDMA/BISEMA+carga; RCA – RSA+MT. Cada disco foi
colocado em um poço de uma placa de cultura, imerso em 1,5 mL de BHI com 1% de
sacarose com inóculo de uma cepa de S. mutans e armazenado a 37 °C em ambiente
enriquecido com 10% de CO2 por 4 e 24 h. Após os tempos, os discos foram removidos
dos poços, as células lavadas com solução salina, transferidas para microtubos e
centrifugadas para precipitação do pellet celular (n=5). O RNA dos pellets foi purificado
e convertido para cDNA. As análises de expressão dos genes estudados, gtfC, gtfD,
gbpB, vicR e covR foram feitas com o cDNA obtido e primers específicos para cada
gene, no aparelho StepOne Real-Time qPCR, e normalizadas pela expressão do
gene 16S. O gene gtfC em 24 h foi analisado por Kruskal-Wallis com Student-Newman-
Keus para comparação entre grupos. Os demais genes em 4 e 24 h foram analisados
por ANOVA um fator com Tukey para comparação entre grupos (α=0,05). Houve
redução significativa na expressão dos genes gtfD e vicR para RCA em relação a CE e
RSA em 4 h. Houve redução significativa na expressão dos genes covR e gbpB, para
RCA, em relação a CE e RSA em 24 h. Houve aumento na expressão de gtfC para RCA
em relação a CE e RSA em 24 h. Não houve diferença significativa na expressão dos
genes analisados entre CE e RSA. A resina com MT alterou a expressão dos genes de S.
mutans analisados no estudo.
Palavras-chave: Compósitos; Streptococcusmutans; Expressão gênica
Apoio: CAPES
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469- AVALIAÇÃO DO POTENCIAL REMINERALIZADOR E ATIVIDADE ANTIMICROBIANA
DE UM CARIOSTÁTICO À BASE DE NANOPARTÍCULAS DE PRATA
Berger SB*, Scarpelli BB, Guiraldo RD, Lopes MB, Punhagui MF, Hoeppner MG, Almeida
RSC. Universidade Federal do Paraná. [email protected]
Este estudo avaliou através da microdureza (MD) e testes microbiológicos os efeitos no
esmalte dental decíduo de um cariostático experimental com nanopartículas de prata
(Ag-Nano). 66 blocos foram obtidos de molares decíduos e divididos em 6 grupos
(n=11): G1- esmalte com lesão inicial de cárie artificial (EC) + Saforide 38%, G2- EC +
Cariestop 30%, G3- EC + Ancarie 30%, G4- EC + Ag-Nano 0,016%, G5- EC (controle
negativo) e G6-esmalte hígido (controle positivo). Inicialmente G1-G6 foram
submetidos à MD inicial e em seguida G1-G5 submetidos à ciclagem de pH, obtendo-se
lesão inicial de cárie e MD para verificar a desmineralização. Os cariostáticos foram
aplicados por 3 min e a MD final obtida e porcentagem de remineralização (%MD)
obtida. Seccionou-se longitudinalmente os blocos, para MD interna (I). Cepas de S.
mutans, E. coli e E. faecalis, em meio (BHI) foram submetidos aos cariostáticos.
Avaliou-se o teste de difusão em ágar (TDA) e a concentração mínima inibitória (CIM).
Kruskall-Wallis e Dunn (%MD; TDA; CIM) e ANOVA seguido de teste de Tukey (MDI)
(p<0.05) foram utilizados. MD encontrada: G1=28,55±11,75; G2= 24,64±17,67;
G3=16,03±9,89 e G4=14,63±13,38. Houve melhora progressiva na remineralização do
esmalte na MDI. No TDA S. mutans, E. faecalis e E. coli sofreram maior inibição pelo
Saforide (p<0,05), em relação ao Ancarie e Ag-Nano. No CIM o Ag-Nano foi capaz de
inibir 100% dos microorganismos, em menor concentração. O tratamento com Ag-
Nano promoveu a remineralização do esmalte dental decíduo e, apresentou ação
bactericida sobre os microrganismos testados.
Palavras-chave: esmalte dental, cariostáticos, cárie dentária.
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470- DEGRADAÇÃO A BAIXAS TEMPERATURAS DE CERÂMICA Y-TZP: REVISÃO
SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE.
Pereira GKR, Venturini AB, Silvestri T, Dapieve KS*, Montagner AF, Soares FZM,
Valandro LF. Departamento de Odontoligia Restauradora, Unicersidade Federal de
Santa Maria. [email protected]
Este estudo buscou avaliar se a simulação de degradação a baixas temperaturas (LTD)
em autoclave promove impacto deletério sobre as propriedades mecânicas das
cerâmicas Y-TZP. Uma revisão sistemática foi realizada consultando a base de dados
MEDLINE via PubMed, sem limite de data de publicação embora considerando apenas
publicações em língua inglesa. De 413 estudos potencialmente elegíveis, 19 foram
incluídos na revisão sistemática e 12 na meta-análise. A análise estatística foi realizada
no RevMan 5.1, para efeitos aleatórios, a um nível de significância de p <0,05. A análise
descritiva mostrou que a LTD promove aumento de fase-monoclínica, com intensidade
associada à susceptibilidade do material e aos parâmetros de envelhecimento (tempo,
pressão e temperatura). Cinco meta-análises (fator: envelhecimento × controle) foram
realizadas considerando uma análise global e de subgrupos (pressão, tempo,
temperatura e transformação de fase-m) para os dados de resistência à flexão. A
análise global demonstrou maior resistência para o grupo não envelhecido e as
análises de subgrupo revelaram que tempos maiores que 20h, pressões maiores ou
iguais a 2 bar e temperaturas de pelo menos 134 °C levam a um efeito deletério. A
análise de subgrupo considerando o fator transformação de fase m demonstrou que
quando o percentual de fase-m excede 50%, observa-se degradação da resistência.
Sendo assim, o envelhecimento em autoclave promove degradação a baixas
temperaturas, com impacto deletério nas propriedades mecânicas da cerâmica Y-TZP.
Palavras-chave: óxido de zircônio, envelhecimento, propriedades físicas.
Apoio: FAPERGS / PIBIC
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471- ANÁLISE DE PROPRIEDADES ANTIBIOFILME DE COMPÓSITOS EXPERIMENTAIS
CONTENDO QUATERNÁRIOS DE AMÔNIO APÓS ALTERAÇÃO DE TEXTURA
SUPERFICIAL
Rego GF*, Vidal ML, Cavalcante LM, Portela MB, Schneider LFJ. Laboratório Analítico
de Biomateriais Restauradores, Faculdade de Odontologia - Universidade Federal
Fluminense. [email protected]
O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade antibiofilme de resinas experimentais
contendo monômeros de quaternário de amônio com diferentes tamanhos de cadeia
molecular (dimetilaminododecil metacrilato – DMADDM; dimetilaminohexadecil
metacrilato – DMAHDM) e em diferentes concentrações. As resinas foram obtidas a
partir da mistura Bisfenol A glicidil metacrilato e trietilenoglicol dimetacrilato, e um
sistema fotoiniciador/coiniciador. Os monômeros antibiofilme foram incorporados nas
concentrações de 5% e 10%. Um grupo controle (sem quaternários de amônio)
também foi sintetizado. Partículas de carga foram adicionadas na proporção de 50%
em massa. Análises de viabilidade e produção de ácido lático do biofilme foram
realizadas 24h após a confecção das amostras e repetidas após simulação de
escovação e póspolimento. A análise estatística foi feita através da análise de variância
e teste de Tukey. Os resultados mostraram que quanto maior a cadeia molecular do
quaternário de amônio e a sua concentração, menores foram a viabilidade e a
produção de ácido lático pelo biofilme. No entanto, a ação antibiofilme foi reduzida
após a simulação de escovação e após o polimento para todos os grupos contendo
quaternários de amônio. De modo que os resultados foram semelhantes aos do grupo
controle. O tamanho de cadeia e a concentração dos quaternários de amônio afetaram
as propriedades antibiofilme, de modo que maiores cadeias e concentrações
promoveram melhores propriedades antimicrobianas. Entretanto, estas propriedades
foram reduzidas após abrasão e polimento.
Palavras-chave: resinas compostas, placa dentária, cárie dentária.
Apoio: FAPs Faperj N° E26/ 102.215/2013
23
472- BOND STRENGTH AND RESIN-DENTIN INTERFACE EVALUATION USING
DIFFERENT DENTIN CONDITIONERS
Sebold M*, André CB, Giannini M. Department of Restorative Dentistry, Piracicaba
Dental School, State University of Campinas. [email protected]
This study evaluated the resin-dentin bond using different conditioning treatments.
The occlusal enamel of twenty-four human third molars (protocol 088/2014) was
removed with a diamond disc to expose the dentin surfaces, which were polished with
a SiC paper (600 grit). The teeth were randomly divided into 3 experimental groups
(n=8): conditioning with 37% phosphoric acid (15 s), 0.1 M EDTA (60 s), and 0.5 M
EDTA (120 s). The adhesive (XP Bond, Dentsply) was applied and three layers (2 mm
each) of the composite resin (EsthetX, Dentsply) were placed on dentin surface. Each
layer was photoactivated separately (20 s). The teeth were sectioned to obtain
specimens for the microtensile bond strength test (1 mm2 at cross section). Half of the
specimens was tested in a universal testing machine (EZ Test, Shimadzu) after 24
hours. The other half was tested after storage for 10 months. Failure mode and
adhesive interface were analyzed in scanning electron microscopy. The mean bond
strength values (SD) after 24 hours and 10 months were, respectively (in MPa):
phosphoric acid: 37.3 (7.7) / 33.9 (6.7); 0.1 M EDTA: 14.7 (7.3) / 15.1 (10.1); 0.5 M
EDTA: 25.1 (7.7)/21.1 (14.1). Treatment with EDTA resulted in a thin hybrid layer with
few resin tags compared to phosphoric acid. Mixed failures were prevalent for all
groups tested after 24 hours. The storage for 10 months changed the failure mode for
the 0.5 M EDTA group to adhesive failure (between dentin and bonding agent). Dentin
conditioning with EDTA, regardless its concentration, did not interact with dentin as
phosphoric acid did.
Palavras-chave: Dentin, dental acid etching, edetic acid.
Apoio: PIBIC - SAE / UNICAMP
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473- IMPACTO DA USINAGEM CAD-CAM NO COMPORTAMENTO À FADIGA DE
CERÂMICAS COM DIFERENTES MICROESTRUTURAS
Fraga S*, Amaral M, Valandro LF, Kleverlaan CJ, May LG. Programa de Pós-Graduação
em Ciências Odontológicas, Universidade Federal de Santa Maria.
O presente estudo avaliou o efeito da usinagem CAD-CAM na resistência à fadiga e na
rugosidade de cerâmicas, a partir da comparação entre espécimes usinados e
espécimes polidos após usinagem. Discos de cerâmica vítrea reforçada por leucita,
dissilicato de lítio e Y-TZP foram obtidos por usinagem e divididos nos grupos (n=20): U
– usinagem; permaneceram com a superfície teste usinada; UP – usinagem seguida de
polimento; receberam polimento na superfície teste. Avaliou-se a rugosidade
superficial (Ra) e a resistência à fadiga, a qual foi determinada pelo método “step-
test”. Dez mil foi o número máximo de ciclos em cada step, aplicados a 1.4 Hz, até a
falha. ANOVA e Tukey (α=0.05) foram usados para comparar os valores de Ra na
condição U entre as diferentes cerâmicas; análise de Weibull e teste de Mann-Whitney
(α=0,05) foram utilizados para avaliar, respectivamente, a resistência à fadiga e a
rugosidade entre as condições U e UP de cada material. Os valores de resistência
característica à fadiga foram: leucita: 75,05 MPa para U e 106,08 MPa para UP;
disilicato de lítio: 192,85 MPa para U e 286,56 MPa para UP; Y-TZP: 532,88 MPa para U
e 888,51 MPa para UP. Y-TZP apresentou maior redução na resistência à fadiga (40%),
seguida do disilicato de lítio (33%) e da leucita (29%). Com relação aos grupos U, o Ra
foi significativamente superior para a Y-TZP (1,79±0,16) e disilicato de lítio (1,84±0.18),
quando comparado a leucita (1,59±0,17) (p=0,001). Assim, concluiu-se que a usinagem
afeta negativamente a resistência à fadiga das cerâmicas, sendo o corte macio tão
deletério quanto o corte duro.
Palavras-chave: CAD-CAM, ceramics, fatigue.
Apoio: Ivoclar Vivadent; Programa Capes/Nuffic Nº 6481/14-0
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474 - REVISÃO SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE ACERCA DO DESEMPENHO CLÍNICO E
MECÂNICO DE RESTAURAÇÕES ENDOCROWN
Sedrez-Porto JA*, da Rosa WLO, da Silva AF, Münchow EA, Pereira-Cenci T.
Departamento de Odontologia Restauradora, Programa de Pós-Graduação em
Odontologia – Faculdade de Odontologia de Pelotas, Universidade Federal de Pelotas,
Pelotas - RS, Brasil. [email protected]
O objetivo deste estudo foi revisar sistematicamente a literatura acerca do
desempenho clínico e mecânico de restaurações endocrown. A revisão foi realizada
seguindo as normas do PRISMA e teve como critérios de inclusão os seguintes: estudos
clínicos que avaliaram restaurações endocrown ou estudos in vitro que avaliaram a
resistência à fratura de restaurações endocrown quando comparada a tratamentos
convencionais com pinos intrarradiculares, resina composta direta ou inlay/onlay. A
busca foi realizada até fevereiro de 2016 em 7 bases de dados (PubMed, Web of
Science, Scopus, BBO, SciELO, Lilacs e IBECS). De um total de 103 artigos elegíveis, 8
permaneceram para análise qualitativa (3 estudos clínicos e 5 estudos in vitro) e 5 para
análise quantitativa (metanálise). Uma comparação global foi realizada com modelo de
efeito randômico com um nível de significância de p<0,05. Os estudos clínicos incluídos
demonstraram uma taxa de sobrevivência que variou de 94 a 100%. A análise global
em dentes posteriores e anteriores demonstrou que endocrowns têm maior
resistência à fratura do que tratamentos convencionais (p<0,05). Porém, quando
somente dentes posteriores foram considerados, endocrowns mostraram resistência
semelhante aos tratamentos convencionais (p≥0,05). Assim, a literatura sugere que
restaurações endocrown podem apresentar desempenho semelhante ou melhor do
que tratamentos convencionais, tendo aplicação potencial para a reabilitação de
dentes tratados endodonticamente com ampla destruição coronária.
Palavras-chave: Restauração Dentária Permanente. Resistência de Materiais.
Metanálise.
26
475- FUNDO CINZA VS. FUNDO BRANCO E CIEDE2000 VS. CIELAB: QUAL A MELHOR
ABORDAGEM PARA AVALIAÇÃO DE COR?
Rodrigues CS, Dala Nora B, Lenz JM, Jacques LB, Mallmann A, May LG. Programa de
Pós-Graduação em Ciências Odontológicas - Universidade Federal de Santa Maria.
O objetivo deste estudo foi avaliar o real efeito do uso dos fundos cinza ou branco nos
valores de L*a*b* e a importância da escolha da fórmula (CIEDE2000 ou CIELAB) a ser
aplicada no cálculo de diferença de cor (ΔE) dos dados medidos sobre esses fundos.
Espécimes de resina composta (Opallis, FGM) foram confeccionados e imersos em
vinho tinto por 24h. O espectrofotômetro SP60 (X-Rite) foi utilizado para realizar as
leituras de cor sobre o fundo cinza neutro (CIE-L*= 50,30, a*= -1,41, b*= -2,37) e sobre
o fundo branco (CIE-L*= 91,27, a*= -1,07, b*= 5,38) após a preparação dos espécimes
(leitura inicial) e após o período de imersão em vinho tinto. O ΔE foi calculado através
das fórmulas CIEDE2000 (ΔE00) e CIELAB (ΔEab). A análise estatística foi feita pelo
teste T (fundo cinza versus fundo branco) individualmente para as coordenadas L*a*b*
antes e após a pigmentação, ΔE00 e ΔEab. Diferenças significantes foram encontradas
entre os fundos nos valores de L*a*b* antes e após a pigmentação e em ΔEab. Os
resultados mostraram que a cor do fundo e a fórmula para o cálculo de ΔE não devem
ser desconsideradas na avaliação de cor. A clássica fórmula CIELAB não é capaz de
corrigir a influência do fundo. Para evitar interpretações errôneas e a necessidade de
calcular parâmetros de correção, a melhor abordagem é utilizar um fundo cinza neutro
e CIEDE2000 para calcular diferenças de cor.
Palavras-chave: cor, resinas compostas, espectrofotometria.
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476 - AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE TRÊS MATERIAIS RESTAURADORES DIRETOS.
Brandeburski SB*, Della Bona A. Universidade de Passo Fundo.
O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência à flexão por três pontos (σ), a
resistência à tração por compressão diametral (DTS) e a confiabilidade estrutural de
materiais restauradores. Foram confeccionados 60 corpos de prova (CP), sendo 30
barras (25x2x2 mm) e 30 cilindros (6x3 mm), dos seguintes materiais (n=30): resina
composta microhíbrida (Filtek Z-250, 3M-ESPE), resina composta nanoparticulada
(Filtek Z-350, 3M-ESPE) e cimento de ionômero de vidro convencional (Ketac Molar
Easymix, 3M-ESPE). Os CP ficaram armazenados em água destilada a 37°C durante 90
dias antes de serem submetidos aos testes mecânicos (σ e DTS) utilizando uma
máquina de ensaio universal (EMIC DL-2000) a uma velocidade de 1 mm/min até a
fratura. Os dados foram submetidos à análise estatística de Kruskal-Wallis, Dunn´s
(α=0,05) e análise de Weibull. Em ambos os testes, os valores de resistência (σ, DTS e
resistência característica) das resinas compostas foram semelhantes entre si (p>0,05),
porém maiores que os valores do cimento de ionômero de vidro (p<0,05). A
confiabilidade estrutural dos materiais, expressa pelo módulo de Weibull (m), foi
semelhante para todos os grupos (intervalo de confiança de 95%). Apesar das resinas
compostas apresentaram valores de resistência superiores ao cimento de ionômero de
vidro, os três materiais apresentaram confiabilidade estrutural similar.
Palavras-chave: Materiais dentários, resinas compostas, envelhecimento.
Apoio: CAPES (02176930088)
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477- INFLUÊNCIA DO GÊNERO NA AVALIAÇÃO SUBJETIVA DE COR EM ODONTOLOGIA
Taufer C*, Pecho OE, Ghinea R, Pérez MM, Della Bona A. Programa de Pós-Graduação
em Odontologia, Faculdade de Odontologia, Universidade de Passo Fundo, Brasil e
Departamento de Óptica, Faculdade de Ciências, Universidade de Granada, Espanha.
O objetivo do estudo foi avaliar a influência do gênero na avaliação subjetiva da cor
realizada por estudantes de odontologia (EO). 35 homens (H) e 65 mulheres (M),
voluntários, aprovados no teste de acuidade visual de Ishihara, foram incluídos no
estudo. A reflectância espectral de 4 incisivos centrais superiores (ICS) e as amostras
de cor da escala Vita Clássica (VC) foram determinadas usando um espectroradiômetro
(SR) sobre fundo cinza, dentro de uma cabine de luz com iluminação D65 e geometria
óptica de 0/45º. As coordenadas de cor CIEL*a*b* foram calculadas de acordo com a
iluminação D65 e observador padrão a 2° (CIE). Os EO utilizaram a VC para selecionar a
cor dos ICS, seguindo as mesmas condições usadas para a avaliação com SR. Foram
analisados a diferença dos valores de cor entre a seleção dos EO e os ICS usando duas
métricas (CIELAB e CIEDE2000(2:1:1)). A cor mais escolhida por M, para cada um dos
ICS, apresentaram uma maior percentagem de sucesso (50% usando CIELAB e 100%
usando CIEDE2000 (2:1:1)) do que a cor mais escolhida por H (25% usando CIELAB e
50% usando CIEDE2000 (2:1:1)). A avaliação subjetiva de cor realizada por mulheres
utilizando a escala VC mostrou uma taxa de 100% de sucesso quando comparada as
mensurações feitas com SR e usando a métrica CIED2000 (2:1:1).
Palavras-Chave: cor, dente, percepção de cores.
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478 - EFEITO DA MODIFICAÇÃO DO PH DA CLOREXIDINA NA RESISTÊNCIA DE UNIÃO
A LONGO PRAZO DE SISTEMAS ADESIVOS EM DENTINA
Miotti LL*, Muller C, Susin AH. Departamento de odontologia restauradora -
Universidade Federal de Santa Maria. [email protected]
Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da modificação do pH da clorexidina
na resistência de união imediata e a longo prazo de sistemas adesivos à dentina. 72
molares permanentes foram divididos de maneira aleatória em 6 grupos experimentais
de acordo com o sistema adesivo - Single Bond Universal (SBU) e Clearfil SE Bond
(CSEB), o protocolo adesivo aplicado - total-etch (TE) ou self-etch (SE) - e o ph da
solução de digluconato de clorexidina (CHX): pH= 5,8 ou pH= 2,9. A CHX foi aplicada
durante 60 segundos previamente a aplicação dos sistemas adesivos. Os dentes
restaurados foram cortados para a obtenção de palitos com área de secção transversal
de aproximadamente 0,8mm². Metade dos espécimes foi submetida ao ensaio de
microtração imediato e a outra metade foi testada após 12 meses. Para análise dos
dados, foram realizadas análises de variância (ANOVA) com teste Tukey. Os valores de
resistência de união imediatos não apresentaram diferença estatística entre os
adesivos testados. Os grupos SBU SE 5,8 e CSEB 5,8 apresentaram resultados de
resistência de união de 12 meses (SBU SE 5,8 = 31,12 Mpa ± 4,30 e CSEB 5,8 = 24,47
Mpa ± 9,97) inferiores (p=0,024 e p=0,015) em comparação com os resultados
imediatos (SBU SE 5,8 = 40,05 Mpa ± 31,12 e CSEB 5,8 = 42,63 Mpa ± 12,55). Já para os
grupos SBU SE 2,9 e CSEB 2,9 não houve diferença entre os resultados imediatos e
após 12 meses. Os resultados indicam que a aplicação da CHX acidificada previamente
á utilização dos adesivos no modo self-etch contribuiu para a manutenção da
resistência de união ao longo de 12 meses.
Palavras-chave: adesivos dentinários, clorexidina, resistência á tração.
30
479 - EFICÁCIA ADESIVA DE ADESIVOS EXPERIMENTAIS AUTOCONDICIONANTES DE
PASSO ÚNICO A DENTINA SADIA E AFETADA POR CÁRIE
Isolan CP*, Vasconcelos ACU, Cenci MS, Feitosa VP, Moares RR. Destística
Restauradora/ Universidade Federal de Pelotas. [email protected]
Foi avaliada a resitência de união (RU) de adesivos experimentais autocondicionantes
de passo único contendo três concentrações de monômero ácido (GDMA-P) à dentina
sadia (DS) e dentina afetada por cárie (DAC). Dentes bovinos foram usados para
preparar discos de dentina. Biofilmes de microcosmos foram formados sobre metade
dos espécimes e cultivados em condições anaeróbicas para preparação do grupo DAC.
Cada grupo foi dividido em seis subgrupos de acordo com o tipo de adesivo utilizado
(AD5, AD20, e AD35, dependendo da concentração de GDMA-P) e o período de
estocagem em água destilada (24 h e 6 meses). Após os períodos de estocagem, foi
feito teste de RU usando a máquina de ensaio Universal. Espectroscopia micro Raman
foi feita para obter o grau de conversão in sito (GC). Microscopia eletrônica de
varredura (MEV) foi usada para avaliar a camada híbrida formada em todos os grupos,
e o teste Tricrômico de Masson Goldner foi feito para examinar o colágeno exposto. Os
dados foram analizados com ANOVA e teste de Student-Newman-Keuls (α=5%). A
acidez do adesivo influênciou nos resultados de RU, independentemente do substrato.
O AD35 obteve os menores valores GC. DAC nem sempre foi o pior cenário quando
comparado com DS. Imagens de MEV mostraram que superficies de DAC foram mais
irregulares do que as de DS. A quantidade total de colágeno exposto aumentou ao
longo do tempo em todos os grupos. Os adesivos deste estudo foram eficazes como
agentes de união, embora o nível de eficácia fosse dependente de fatores tais como:
acidez do adesivo, tipo de substrato e período de estocagem em água.
Palavras-chave: adesivo, cárie dentária, dentina.
Apoio: CAPES
31
480- AVALIAÇÃO LONGITUDINAL DA RETENÇÃO DE RESTAURAÇÕES CLASSE V
SUBMETIDAS A TRATAMENTO DE DESPROTEINIZAÇÃO: ENSAIO CLÍNICO
RANDOMIZADO
Favetti M*, Montagner AF, Correa MB, Cenci MS. Programa de Pós Graduação da
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Pelotas – FOUFPel.
O objetivo deste estudo clínico foi avaliar a retenção de restaurações classe V em
dentina tratada ou não com hipoclorito de sódio 10% (desproteinização).
O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Odontologia
da UFPel (Nº 210/2011). Foi realizado um ensaio clínico controlado randomizado, boca
dividida e duplo-cego. Pacientes (n=31) com no mínimo 2 lesões cervicais não cariosas
(LCNC) foram selecionados. As LCNC foram randomizadas em 2 grupos: controle e
experimental (NaOCl 10% - 60s após o condicionamento ácido e antes da aplicação do
adesivo). As restaurações foram realizadas com Adper Single Bond 2 / Filtek Z350 (3M
ESPE) por 10 operadores treinados. Examinador calibrado avaliou as restaurações em 1
semana e até 3 anos após, usando os critérios da FDI. Os dados foram submetidos a
análise de sobrevida pelo método de Kaplan-Meier. O teste de log-rank foi utilizado
para avaliar a existência de diferenças entre as curvas de sobrevida. Modelos brutos de
Regressão de Cox com fragilidade compartilhada foram utilizados para verificar a
associação entre os tratamentos e o risco de falha ao longo do tempo, estimando-se os
Hazard Ratios (HR) e seus intervalos de confiança de 95%. Um total de 89 restaurações
foi avaliado. A taxa de sobrevida das restaurações após 3 anos de acompanhamento
foi de 42,9%. Em relação ao grupo controle, as restaurações do grupo hipoclorito
apresentaram um risco de falha aumentado (HR 1,97 IC95% 0,87-4,46). A retenção de
restaurações classe V em dentina tratada com hipoclorito de sódio 10% apresentaram
um risco de falha aumentado.
Palavras-chave: Hipoclorito de sódio; restauração dentária permanente; adesividade.
Apoio: CNPq
32
481 - RESISTÊNCIA AO DESGASTE E RUGOSIDADE SUPERFICIAL DE UMA CERÂMICA
VÍTREA COM LEUCITA EM DIFERENTES MEIOS FLUORETADOS
Fiorin L*, Ribeiro RF, Rodrigues RCS, Faria ACL. Departamento de Materiais Dentários e
Prótese da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de diferentes meios fluoretados na
resistência ao desgaste e rugosidade superficial de uma cerâmica vítrea com leucita
(IPS Inline POM, Ivoclar Vivadent). Foram confeccionadas 30 coroas de um canino
superior e 30 discos antagonistas. As amostras foram submetidas a teste de desgaste e
ficaram totalmente imersas no decorrer do ensaio, sendo divididas em três grupos de
acordo com o gel utilizado para imersão: gel controle (C), fluoreto de sódio 2% (N) e
fluoreto fosfatado acidulado 1,23% (A). As coroas foram levadas ao projetor de perfil
para o traçado do perfil antes e após teste de desgaste, sendo avaliada a perda de
altura vertical. O desgaste no disco antagonista foi avaliado em microscópio óptico
após secção longitudinal do disco. A faceta de desgaste formada nas coroas e discos
durante ensaio teve sua rugosidade superficial avaliada por microscopia confocal à
laser. Os dados foram submetidos a ANOVA de 1 fator e teste complementar de Tukey.
Há diferença estatisticamente significante para perda de altura vertical da coroa
(p=0,006), sendo N=A<C; e para o desgaste do disco (p<0,05), sendo N<C<A. Houve
menor perda de altura no grupo testado em gel N (p=0,003). A rugosidade superficial
da faceta de desgaste formada na superfície das coroas (p=0,007) e dos discos
(p=0,001) é menor após teste em gel A, mas não há diferença de rugosidade superficial
na área não submetida ao desgaste testada nos diferentes géis (p=0,428). Os
resultados sugerem que os géis interferem nos níveis de desgaste e na topografia da
região desgastada.
Palavras-chave: cerâmica; flúor; desgaste de restauração dentária.
Apoio: Fapesp 2013/11926-1
33
482 - INFLUÊNCIA DA CORRENTE ELÉTRICA NA DIFUSÃO DE SISTEMAS ADESIVOS EM
DIFERENTES SUBSTRATOS
Guarda MB*, Consani S, Abuna GF, Quiles HK, Correr AB. Laboratório de Materiais
Dentários/ Departamento de Odontologia Restauradora - FOP/UNICAMP.
O efeito da corrente elétrica na difusão de adesivos em substratos vidro recoberto
com ouro (V), esmalte (E) e dentina (D) de dentes humanos foi avaliado pelo ângulo de
contato e camada híbrida. Foram usados Adper Single Bond 2 (SB), Clearfil SE Bond
(CF) e Single Bond Universal Adhesive (UA). No teste do ângulo de contato foram feitas
aplicações convencional e corrente elétrica (n=10) avaliadas com Goniômetro.
Rodamina B foi adicionada nos adesivos para análises da penetração e camada híbrida.
A interface dente-restauração foi avaliada em microscopia confocal de varredura a
laser após armazenagem em fluoresceína, e MEV. Os dados da ANOVA e Tukey (5%)
mostraram que o ângulo de contato foi sem diferença entre as aplicações
convencional e corrente elétrica. O adesivo CF, independente do primer (8,9° – V,
12,0°– E, 3,2° - D) ou primer + adesivo (6,3° – V, 12,3° - E, 6,6° - D), apresentou
menores valores. A dentina mostrou menores valores para SB (10,6°), Primer CF (3,2°)
e UA (17,5°), enquanto Primer CF + Adesivo foi similar entre substratos com corrente
elétrica. Na convencional, SB (25,2° - V, 41,4° - E, 11,9° - D) e UA (18,8° - V, 56,3° - E,
17,4° - D) mostraram maiores valores, enquanto Primer CF (9,7° - V, 10,9° - E, 7,3° - D)
e Primer CF + Adesivo (6,1° - V, 11,7° - E, 5,0°- D) foram similares entre substratos.
Microscopias mostraram camada híbrida melhor estruturada com corrente elétrica.
Conclui-se que a corrente elétrica não promoveu diferentes ângulos de contato nos
diferentes substratos; porém, causou diferentes formações de camada híbrida.
Palavras-chave: Adesivos dentinários, eletricidade.
Apoio: CAPES
34
483- DIFERENTES REGIÕES DENTINÁRIAS SUBMETIDAS AO TESTE DE RESISTÊNCIA DE
UNIÃO À MICROTRAÇÃO EM PREPARO CLASSE II
Soares EF*, Sinhoreti MAC, Abuna GF, Roulet JF, Correr-Sobrinho L, Geraldeli S.
Materiais Dentários/Departamento Dentística Restauradora/ FOP-UNICAMP.
O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar a resistência de união à microtração (µTBS)
de sistemas adesivos convencionais (AdC) e auto-condicionantes (AdAC) comparados
em diferentes regiões dentinárias (central-DC e proximal-DP) em preparo classe II
simulado. Terceiros molares humanos (n=20) foram preparados em classe II (MOD) e
restaurados utilizando AdC (Scotchbond Multi Purpose-SMP e Optibond FL-OP) e AdAC
(Clearfil SE Bond-CSE e Optibond XTR-OPX). As amostras foram seccionadas em forma
de palito com área de união de 1mm², posicionadas no dispositivo de Geraldeli e
submetidas ao teste µTBS a 0.5mm/min (OMT-100). O padrão de fratura foi
classificado em estereoscópio (Leica Mz 9.5) e espécimes observadas em microscópio
eletrônico de varredura (LEO 435 VP). Os dados foram submetidos ao teste estatístico
ANOVA de dois fatores e teste de Tukey (α=0,05). Não houve diferença estatística
significante entre SMP (30.5 MPa), OP (29.3 MPa), CSE (29.1 MPa) e OPX (29.6 MPa)
em DC (p>0.05). Já em DP, SMP (23.2 MPa) e OP (22.0 MPa) apresentaram valores
µTBS significantemente menores comprados ao CSE (27.1 MPa) e OPX (28.1 MPa)
(p<0.05). O padrão de fratura misto foi mais frequente. AdC e AdAC não diferiram
estatisticamente quanto aos valores µTBS em DC. Já em DP, os AdC apresentaram
valores µTBS estatisticamente inferiores aos AdAC.
Palavras-chave: dentina, adesivo, resistência.
Apoio: CAPES
35
485- SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DE COMPÓSITOS REMINERALIZANTES COM
NANOPARTÍCULAS DE HIDROXIAPATITA (NHA)
Jardim RN*, Jorge JF, Ferreira PIBL, Rocha AA, Silva EM. Laboratório Analítico de
Biomateriais Restauradores - LABiom-R / Odontotécnica / FOUFF. [email protected]
O objetivo deste trabalho foi sintetizar e caracterizar compósitos experimentais (CE)
remineralizantes com nanopartículas (60 nm) de hidroxiapatita (NHA). Foram
produzidos quatro CE a partir da mesma matriz polimérica (70% Bis-GMA e 30%
TEGDMA), com substituição parcial das partículas de BaBSi (65% p/p) por NHA nas
seguintes concentrações: 0 (G0, controle); 10 (G1); 20 (G2) e 30% (G3). O potencial
remineralizante foi avaliado através da liberação de Ca2+ e PO43-, em soluções com
diferentes pH (4; 5,5 e 7), através de espectroscopia de emissão atômica com plasma
de micro-ondas. Foram avaliadas as seguintes propriedades físico-mecânicas:
resistência à flexão (RF), módulo de elasticidade (ME), grau de conversão (GC%),
dureza Knoop (D), solubilidade (Sl), sorção (So) e padrão de translucidez (PT). Os dados
foram submetidos à Análise de variância e ao teste de Tukey (α=0,05). O pH
influenciou a liberação de Ca2+ e PO43- (7 < 5,5 < 4). O aumento da concentração de
NHA aumentou a liberação de íons (30% > 20% > 10%). Os CE G2 e G3 mantiveram
liberação crescente de Ca2+ e PO43- até 98 dias. O ME não foi influenciado pela
incorporação de NHA (p > 0,05). Em relação as demais propriedades os resultados
foram significantes (p < 0,05): Sl e So (G3 > G2 > G1 > G0); D e RF (G0 > G1 = G2 = G3);
PT (G0 = G1 > G2 > G3) e GC (G0 = G1 > G2 = G3). Concluiu-se que a incorporação de 20
a 30% de NHA pode produzir compósitos restauradores com potencial remineralizante,
principalmente em pH (4) potencialmente cariogênico, sem influenciar negativamente
as propriedades físico-mecânicas do material.
Palavras-chave: resina composta, hidroxiapatita, remineralização dentária.
36
486- ACESSO À INFORMAÇÃO CIENTÍFICA POR CIRURGIÕES-DENTISTAS DO BRASIL
Gonçalves APR*, Corrêa MB, Moraes RR. UFPel. [email protected]
O objetivo deste estudo foi analisar o comportamento de busca por informação sobre
odontologia de cirurgiões-dentistas atuantes no Brasil. Para isso foi enviado
questionário eletrônico através dos Conselhos Regionais de Odontologia de diversos
estados do país. Este questionário abrangia aspectos referentes à formação, atuação e
embasamento clínico em evidências científicas, bem como as fontes mais comumente
consultadas. Foram recebidas 795 respostas, sendo a maioria de mulheres (56,5%),
atuantes na região sudeste (49,6%), de cidades com mais de 300 mil habitantes
(52,6%). Mais de 77% dos entrevistados afirmaram já ter completado curso de pós-
graduação, boa parte deles está formada há mais de 15 anos e atua no serviço privado.
Aqueles que afirmaram buscar informações em periódicos científicos costumam
consultar artigos do tipo relato de caso, pesquisa clínica e revisão de literatura. O fato
de o profissional possuir titulação Stricto sensu, estar cursando pós-graduação ou
atuar no ensino de odontologia esteve associado com o hábito de ler periódicos
científicos. A alteração de condutas clínicas com base em evidências científicas
também se mostrou a associada a fatores como possuir titulação Stricto sensu, atuar
no ensino de odontologia ou ter concluído a graduação entre 6 e 15 anos atrás. Possuir
titulação Stricto sensu parece fazer com que o profissional busque mais informações
em periódicos científicos. Além disso, a frequência de atualização profissional está
relacionada com o tipo de serviço em que o profissional atua e o tempo que ele exerce
a profissão.
Palavras-chave: inquéritos e questionários, comportamento, odontologia baseada em
evidências.
Apoio: CAPES
37
487- EFEITO BIOMECÂNICO DA PRESENÇA DE FÉRULA EM INCISIVOS RESTAURADOS
COM PINOS DE FIBRA E COROAS CERÂMICAS CAD/CAM APÓS FADIGA
TERMOMECÂNICA
Valdivia ADCM*, Rodrigues MP, Bicalho AA, Veríssimo C, Van-Meerbeek B, Sloten JV,
Pessoa RS, Soares CJ. Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Minas Gerais,
Brasil. [email protected]
Este estudo avaliou a deformação (µS) antes e após ciclagem termomecânica,
resistência à fratura (RF) e padrão de falha no comportamento biomecânico de
incisivos tratados endodonticamente restaurados com pinos de fibra de vidro (PFV).
Vinte incisivos bovinos foram divididos em 2 grupos (n=10): Fe- férula 2 mm; NFe-
ausência de férula, tratados endodonticamente, restaurados com PFV, núcleo de
preenchimento e coroa total CAD/CAM de di-silicato de lítio. As amostras foram
submetidas à ciclagem térmica de 20.000 ciclos e mecânica de 2.400.000 ciclos. Foi
realizado ensaio mecânico de extensometria para avaliar a µS à 100N antes e após
ciclagem, e no momento da fratura, e finalmente teste de RF. A distribuição de tensões
foi avaliada usando modelos de elementos finitos (MEF) 3D criados com uso de Micro-
CT (n=3). Os dados de µS foram analisados por análise de variância fatorial e teste de
Tukey (α=,05), a RF foi analisada usando t-Student e o padrão de fratura usando Chi-
quadrado (α=0,05). Após a ciclagem NFe apresentou maiores valores de µS que Fe. Fe
teve maior presença de fraturas envolvendo coroa cerâmica ou associado ao núcleo de
preenchimento. NFe apresentou maior número de fraturas radiculares e descolamento
do pino. A tensão na dentina radicular e PFV foram menores para Fe. A presença de
férula evitou descolamento do pino e manteve os valores de µS após ciclagem. A perda
de estrutura dental tem influência direta nos valores de RF e µS após ciclagem. Fe
apresentou alta RF, baixa concentração de tensões na dentina radicular e menor
incidência de fraturas catastróficas.
Palavras-chave: técnica para retentor intrarradicular, testes laboratoriais, porcelana
dentária.
Apoio: FAPEMIG, Bolsista PDSE CAPES Proc. 7100/13-2.
38
488- ATIVIDADE ANTIMICROBIANA, CITOTOXICIDADE E UNIÃO AOS DENTES
ARTIFICIAIS DE RESINAS AUTOPOLIMERIZÁVEIS MODIFICADAS POR CLOREXIDINA
Maluf CV*, Silva AMB, Campos KPL, Michelon MMM, Ramidan JC, Lourenço EJV, Telles
DM. Departamento de Prótese, Faculdade de Ondontologia, Universidade Estadual do
Rio de Janeiro. [email protected]
O objetivo deste estudo foi analisar a atividade antimicrobiana de amostras de marcas
de resina (Duralay e VIPI), contendo diferentes concentrações (0,5%, 1% e 2%) de
clorexidina (CHX) e controle, após períodos de exaustão de 3,15,30 e 60 dias; as
propriedades citotóxicas para as células L929 e a interferência de CHX na união da
resina com os dentes artificiais. 192 espécimes de resina foram usados e separados em
4 grupos: controle e com 0,5%, 1% e 2% de CHX. Os espécimes foram eluídos em 3, 15,
30 e 60 dias. A atividade citotóxica contra células L929 foi realizada por eluição (ISO
10993-5-2009), depois de 10, 7, 3 e 1 dias. Teste de união (ISO 21.112-2005) também
foi realizado, para os diferentes grupos. Todos os espécimes contendo CHX foram
capazes de inibir o crescimento de S. mutans, S. aureus, enquanto no grupo de 0,5% de
CHX houve crescimento após 15, 30 e 60 dias de exaustão. Apenas o grupo com 0,5%
de CHX demonstrou um padrão adequado de citotoxicidade (inferior a 30% do efeito
citotóxico). O teste de união não revelou diferença significativa quando CHX foi
incorporada à resina. Houve diferença na citotoxicidade entre as marcas de resinas,
sendo a resina VIPI mais citotóxica do que a Duralay. Os resultados permitiram concluir
que, durante pelo menos 60 dias, não houve crescimento bacteriano significativo nos
grupos com CHX em ambas as espécies bacterianas, apenas 0,5% CHX tinha uma
citotoxicidade tolerável (menos de 30% aceita pela ISO) e CHX não interfeririu com a
união entre dente e resina.
Palavras-chave: Polimetil Metacrilato, Clorexidina, Bactérias
39
489 - PINOS DE FIBRA DE VIDRO VS NÚCLEOS METÁLICOS FUNDIDOS: UM ENSAIO
CLÍNICO RANDOMIZADO
Sarkis-Onofre R*, Calcagno KB, Cenci MS, Pereira-Cenci T. Programa de Pós-Graduação
em Odontologia - Universidade Federal de Pelotas. [email protected]
O objetivo desse ensaio clínico randomizado foi avaliar o desempenho clínico de pinos
de fibra de vidro e núcleos metálicos fundidos utilizados na restauração de dentes
tratados endodonticamente sem remanescente coronário após até 5 anos de
acompanhamento. Os dentes foram randomizados em pinos de fibra de vidro ou
núcleo metálico fundido e restaurados com coroas unitárias metalo-cerâmicas. O
estudo foi registrado no site ClinicaTrials.gov (NCT01461239) e aprovado pelo comitê
de ética local (Protocolo 122/2009). Os grupos foram comparados através do teste de
log-rank (P<0,05) e as taxas anuais de falhas foram calculadas. Oitenta e sete pacientes
e 119 dentes foram avaliados e analisados com média de acompanhamento de 36,4
meses sendo 58 pinos de fibra de vidro e 61 núcleos metálicos fundidos. Ambos os
pinos apresentaram desempenho similar considerando sucesso (P=0,15) e
sobrevivência (P=0,19). Núcleos metálicos fundidos e pinos de fibra de vidro apresenta
ram taxas anuais de falha de 1,83% e 5,03% após 5 anos de acompanhamento. Treze
falhas foram observadas com 9 falhas associadas a pinos de fibra de vidro e 4 a núcleos
metálicos fundidos. Pode-se concluir que após até 5 anos de acompanhamento ambos
os pinos apresentaram desempenho clínico semelhante com baixas taxas anuais de
falha.
Palavras-chave: Post and Core Technique; Randomized Controlled Trial; Dental
Restoration, Permanent
40
490 - COMPORTAMENTO MECÂNICO DE UMA CERÂMICA Y-TZP APÓS DIFERENTES
PROTOCOLOS DE ENVELHECIMENTO.
Guilardi LF*, Pereira GKR, Wandscher VF, Rippe MP, Valandro LF. Programa de Pós-
Graduação em Ciências Odontológicas, Universidade Federal de Santa
Maria. [email protected]
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de diferentes protocolos de
envelhecimento nas características superficiais e comportamento mecânico de uma
cerâmica Y-TZP. 150 discos foram preparados de acordo com a ISO 6872-2008 e
alocados randomicamente em cinco grupos (n=30): (C) controle; (AUT) ciclo de 20 h
sob 134°C, 2 bar; (CM) ciclagem mecânica 106 ciclos à 20 Hz, carga de 50% do valor
médio obtido no ensaio monotônico; (AUT+CM) associação entre os protocolos AUT e
CM; e (STO) armazenagem em água destilada a 37°C por 1 ano. Foram realizadas as
análises de Difração de Raios-X (DRX - transformação de fase); topografia superficial
(rugosidade e padrão topográfico em Microscopia Eletrônica de Varredura - MEV);
resistência à flexão biaxial (piston-on-three-balls), cujos dados foram submetidos à
Análise de Weibull; e, análise de fratura em espécimes representativos de cada
condição avaliada em MEV. Observou-se uma alteração (aumento) de rugosidade
(parâmetro Ra) apenas para a condição AUT+CM. Não foi observada degradação da
confiabilidade estrutural e da resistência do material cerâmico (módulo de Weibull
estatisticamente similar entre as condições avaliadas); resistência alterou aumentando
significativamente para as condições AUT, AUT+CM e STO). A análise de DRX
demonstrou um aumento de fase monoclínica dependente do protocolo de
envelhecimento empregado (fase m variou de 0% a 69,12%). Desta forma, nenhum
protocolo de envelhecimento promoveu efeito deletério sobre as propriedades
cerâmicas, apesar de gerarem transformação de fase.
Palavras-chave: cerâmica, óxido de zircônio, envelhecimento.
41
491- MODIFICAÇÃO DE UM ADESIVO UNIVERSAL COM ACRILAMIDA PARA REFORÇAR
A CAMADA HÍBRIDA E PRESERVAR A RESISTÊNCIA DE UNIÃO
Carvalho MPM*, Müller C, Barcelos R, Burguer M, Bortolotto T, Krejci I, Susin AH.
Departamento de Odontologia Restauradora, Universidade Federal de Santa Maria,
Santa Maria-RS, Brasil. [email protected]
O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da adição de acrilamida na composição de
um sistema adesivo universal na resistência de união imediata e a longo prazo.
24 terceiros molares hígidos foram selecionados e tiveram a dentina do terço médio
exposta. Os dentes foram divididos em dois grupos: Sem modificação (V0) e
modificado com 0.05 µL de acrilamida para cada 1ml de adesivo (V1) do adesivo Single
Bond Universal (3M ESPE, EUA). Restaurações de resina composta foram
confeccionadas e armazenadas durante 24h. Após, os espécimes foram seccionados
para a obtenção de palitos de 0.8mm². Metade dos palitos foi levado para o ensaio de
microtração (EMIC DL 1000, Instron Brasil, S.J. Pinhais, PR, Brasil). A outra metade foi
armazenada por 6 meses para então ser submetida ao mesmo ensaio. Resultados da
microtração foram analisados por ANOVA de dois fatores e teste Tukey. A análise do
teste de Ultimate foi realizada por ANOVA de um fator e teste de Bonferroni. Para o
ensaio de microtração, houve diferença (P<0.01) entre as duas viscosidades (V0 e V1)
mas não entre os tempos de armazenamento (P=0.10) ou entre a interação entre
armazenamento e viscosidade (P=0.98). O grupo V0 apresentou valor de 26.55 MPa ao
baseline e 23.76 após 6 meses de armazenamento, enquanto que o grupo V1
apresentou 35.14 MPa e 32.27, respectivamente. Em relaçao ao ensaio de Ultimate, V0
apresentou valores de 32.46 MPa e V1 44.52. A adição de baixa concentração de
acrilamida em um adesivo universal foi efetivo para aumentar a resistência de união.
Palavras-chave: Adesivos dentinários, acrilamida.
Apoio: CAPES
42
492- INFLUÊNCIA DE SOLUÇÕES IRRIGANTES NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DA
INTERFACE ADESIVA NOS DIFERENTES TERÇOS DA DENTINA INTRARRADICULAR
Pereira Ma*, Suzuki Tyu, Gomes-Filho Je, Gallego J, Assunção Wg, Dos Santos Ph.
Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese - Faculdade de Odontologia de
Araçatuba – UNESP. [email protected]
Avaliar as propriedades mecânicas [dureza Martens (HM) e módulo de elasticidade
(Eit*)] dos componentes da interface adesiva nos diferentes terços da dentina
intrarradicular (cervical, médio e apical), submetidos a diferentes agentes irrigantes.
Noventa pré-molares unirradiculares humanos foram utilizados neste estudo. Os
dentes foram divididos de acordo com os agentes irrigantes: água destilada,
hipoclorito de sódio 5,25%, ácido poliacrílico 25%, clorexidina 2% e dispersão de
nanopartículas de prata à 23ppm. E subdivididos de acordo com a técnica de
cimentação (n=6): Grupo SBU - Scotchbond Universal + RelyX ARC; Grupo U200 - RelyX
U200 e Grupo MCE - Maxcem Elite. HM e Eit* foram mensuradas nas estruturas da
interface adesiva em ultramicrodurômetro, nos diferentes terços da dentina
intrarradicular. Os dados foram submetidos a ANOVA três fatores e teste de Fisher
(α=0,05). Os resultados mostraram que na dentina, não houve diferença
estatisticamente significante nos diferentes terços analisados, em função das
diferentes soluções. Na análise dos cimentos resinosos, os maiores valores de HM
foram encontrados, para o terço cervical. Quando utilizado a solução de nanopartícula
de prata, foram obtidos, os maiores valores de HM e Eit* nos grupos SBU e U200, com
pouca ou nenhuma alteração nas propriedades mecânicas da dentina. A aplicação da
solução de nanopartícula de prata parece ser uma opção viável para irrigação ou
condicionamento da dentina intrarradicular previamente aos processos de cimentação
dos pinos de fibra de vidro.
Palavras-chave: dureza, módulo de elasticidade, cimentos de resina.
Apoio: FAPESP (Processo n° 2012/12771-9)
43
493- INFLUÊNCIA DO REMANESCENTE CORONÁRIO NO COMPORTAMENTO
BIOMECÂNICO DE DENTES TRATADOS ENDODONTICAMENTE
Vetromilla, BM*; Corrêa, G; Brondani, LP; Wandscher, VF; Pereira, GKR; Valandro, LF;
Bergoli, CD. Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Federal de
Pelotas. [email protected]
O estudo avaliou, através de ensaio in vitro e análise de elementos finitos (AEF), o
efeito da estratégia restauradora (pino de fibra de vidro e núcleo metálico fundido),
altura (0 e 2 mm) e espessura (maior e menor que 1 mm) do remanescente coronário
no comportamento biomecânico de dentes tratados endodonticamente. 72 dentes
bovinos foram alocados em 6 grupos (n=12). 24 dentes foram seccionados sem
remanescente coronário e 48 com 2 mm de remanescente. Metade dos 48
apresentavam espessura coronária menor e a outra metade maior que 1 mm. 36
receberam pino de fibra e outros 36 núcleos metálico fundido. Os espécimes foram
submetidos à ciclagem mecânica e ao teste de resistência à fratura. Modelos
bidimensionais foram avaliados através do valor da tensão máxima principal. Taxas de
sucesso e sobrevivência foram submetidas ao teste de Kruskal-Wallis e os valores de
carga para fratura ao teste T-student. Os grupos sem remanescente apresentaram
taxas de sobrevivência estatisticamente menores. Anova mostrou cargas maiores para
fratura com espessura maior que 1 mm. A AEF mostrou melhor distribuição de tensão
de tração para remanescente e pino de fibra. Concluiu-se que a ausência de
remanescente diminui a resistência e aumenta a chance de fratura. A espessura do
remanescente parece não influenciar os valores para fratura e sobrevivência.
Palavras-chave: pino de fibra de vidro, análise de elemento finito, resistência à fratura.
44
494 - DISTRIBUIÇÃO DE TENSÃO EM PROTOCOLO MANDIBULAR CONFECCIONADA
PELA TÉCNICA CONVENCIONAL E CAD/CAM, VARIANDO NÚMERO E POSIÇÃO DOS
IMPLANTES
Sbardelotto C*, Silva RCP, Faria AC, Ribeiro RF, Rodrigues RCS. Departamento de
Materiais Dentários e Prótese, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto,
Universidade de São [email protected]
O objetivo deste estudo foi comparar as tensões geradas na interface osso-implante de
próteses totais fixas mandibulares implantossuportadas através do método de
correlação de imagens digitais (CID). Foram analisadas configurações diferentes
quanto à quantidade e posicionamento de implantes, e diferentes tipos de barras
(CAD/CAM e Fundição convencional). Confeccionados modelos em poliuretano,
utilizando implantes de 3,75x11mm conexão hexágono externo (HE) e divididos em:
G1 (5 Implantes/CAD-CAM), G2 (5 Implantes/Convencional), G3 (4 Implantes/CAD-
CAM) e G4 (4 Implantes/Convencional). A análise por CID foi feita qualitativamente,
com aplicação de carga de 250N na fossa central do primeiro molar inferior, onde
foram estabelecidas diferentes regiões de interesse para a análise, sendo
denominadas de C1 (cervical 1) e A1 (apical 1) para região distal ao último implante, C2
(cervical 2) e A2 (apical 2) para região mesial ao último implante. Resultados
obtidos segundo as imagens analisadas mostraram áreas de tensões compressivas na
região cervical dos modelos (-644,28 µs), representados pelas cores frias, seguido de
uma área neutra na região central do modelo, e área de tensões de tração na região
apical dos modelos (273,22 µs). De acordo com os resultados do estudo pode-se
concluir que houve diferença na distribuição de tensões quanto ao número de
implantes, sendo que as com 5 implantes apresentaram maior concentração de
tensão; e quanto ao tipo de confecção das barras, a que apresentou maior valor de
tensão foi a barra obtida por fundição convencional.
Palavras-chave: Implantes Dentários, Prótese Dentária, Fenômenos biomecânicos
Apoio: FAPESP 2014/12927-4, 2013/16639-0
45
495- ESTABILIDADE DE COR E RUGOSIDADE DE SUPERFÍCIE DE RESINAS COMPOSTAS
SUBMETIDAS A ESCOVAÇÃO COM DENTIFRÍCIOS CLAREADORES: ESTUDO IN SITU
Roselino LMR*, Tirapelli C, Pires-de-Souza FCP. Laboratório de Análise de
Biomateriais/Departamento de Materiais Dentários e Prótese/FORP-USP.
O objetivo do estudo foi avaliar in situ a estabilidade de cor e rugosidade de superfície
de resinas compostas após 90 dias de escovação com dentifrícios clareadores. Foram
selecionados 30 participantes (CAAE 05501312.2.0000.5419) e sobre a face vestibular
dos 1os e 2o molares superiores foram fixadas amostras (6mm de diâmetro X 2mm de
espessura) de cada resina composta (Tetric N-Ceram, Z250 e Z350). Em seguida, os
participantes escovaram os dentes durante 7 dias (período pré-experimental) com
dentifrício convencional Sorriso Dentes Brancos - SDB, após o qual foram realizadas
leituras iniciais de cor (Easyshade) e rugosidade de superfície (Rugosímetro) das
amostras. Para rugosidade foi realizada moldagem das amostras e obtenção de
modelos com resina de poliuretano, sobre os quais foram realizadas as leituras. Logo
após, os participantes foram separados em 3 grupos (n=10), conforme o dentifrício
utilizado (SDB, Close up White Now – CWN e Colgate Luminous White – CLW). Após 90
dias novas leituras foram realizadas e analisadas estatisticamente (2-way-ANOVA,
medidas repetidas, Tukey, p<.05). Os resultados demonstraram que não houve
alteração de cor (p>.05) das resinas independentemente do tipo de dentifrício. Porém,
o dentifrício CLW promoveu maior alteração de rugosidade (p<.05) em Tetric
comparado à escovação com SDB e CWN. Concluiu-se que a abrasividade do dentifrício
clareador não possui relação direta com a alteração de cor das resinas compostas,
porém há interação entre a abrasividade do dentifrício e a rugosidade das resinas,
sendo material-dependente.
Palavras-chave: Dentifrícios, Materiais dentários, Propriedades de superfície
46
496- EFETIVIDADE DE UM SELANTE IONOMÉRICO E UM VERNIZ FLUORETADO NA
PREVENÇÃO DA DESMINERALIZAÇÃO DO ESMALTE
Leão IF*, Scotti CK, Oliveira NA, Furuse AY, Mondelli RFL, Bombonatti JFS.
Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos/ Faculdade de
Odontologia de Bauru - Universidade de São Paulo. [email protected]
O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar a perda mineral do esmalte bovino tratados
com um selante ionomérico e um verniz fluoretado após ciclagem de pH, por meio da
avaliação da composição química por análise quantitativa em espectroscopia de
energia dispersiva (EDS). 36 blocos de esmalte bovino (6X3mm) foram submetidos a
análise da composição mineral em EDS e sequencialmente divididos aleatoriamente
em três grupos em função do tratamento empregado (n=12): G1) Selante ionomérico
Clinpro XT-Varnish, G2) Verniz fluoretado Duraphat e G3) Sem tratamento. Os
espécimes foram submetidos à ciclagem de pH por sete dias para posteror análise
quantitativa de Ca, P e F em EDS. Os resultados demonstraram que para o G3 a perda
de cálcio (-82,51%) e fosfato (-47,66%) foi significativamente maior (p-value < 0,001)
do que para o G1 e G2 após a ciclagem de pH, já para o íon flúor não houve diferença
significativa (p-value = 0.686) entre os grupos. Pôde-se concluir que tanto o selante
ionomérico Clinpro XT-Varnish, como o verniz fluoretado Duraphat foram capazes de
inibir parcialmente a desmineralização do esmalte submetido a um modelo dinâmico
de ciclagem de pH.
Palavras-chave:Desmineralização. Flúor. Esmalte dental.
Apoio: CAPES
47
497- EFEITO DE DIFERENTES CONFIGURAÇÕES PINO&NÚCLEO NA RESISTÊNCIA À
FADIGA E FRATURA DE DENTES TRATADOS ENDODONTICAMENTE
Suzuki TYU*, Lise DP, Van Ende A, De Munck J, Dos Santos PH, Van Meerbeek B.
Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese/ Faculdade de Odontologia de
Araçatuba – UNESP. [email protected]
Avaliar a influência de diferentes configurações pino&núcleo na resistência à fadiga e
fratura de dentes tratados endodonticamente. Sessenta e quatro dentes pré-molares
unirradiculares humanos foram seccionados na junção cemento-esmalte e tratados
endodonticamente. Após 24 horas em água a 37°C, os espécimes foram restaurados de
acordo com as configurações (n=8): (a) pino de fibra de vidro, (b) pino customizado, (c)
pino e núcleo confeccionado simultaneamente, e (d) endocrown. Os dentes foram
restaurados com coroas de cerâmica híbrida (Cerasmart) ou coroas de cerâmica (e.max
CAD) que foram cimentadas usando o cimento resinoso Clearfil Esthetic Cement
(Kuraray). Após 24 horas em água, os dentes foram submetidos a resistência à fadiga
(1.200.000 ciclos à 90°) e fratura (45°). As falhas foram classificadas em ‘reparável’ e
‘não reparável’. Os dados foram analisados pela ANOVA 2 fatores e teste de Tukey.
Nenhum espécime falhou durante a resistência à fadiga. As diferentes configurações
afetaram a resistência à fratura. A interação entre a configuração e tipo de cerâmica
também foi significativa. Observou-se uma prevalência de falhas ‘não reparáveis’ em
espécimes restaurados com endocrown e pino fibra de vidro, enquanto pinos
customizados e pino e núcleo confeccionado simultaneamente apresentaram mais
falhas ‘reparáveis’. A restauração com pino customizado e pino e núcleo
confeccionado simultaneamente oferecem o potencial para a reparação através de um
mecanismo seguro e pode, assim, reduzir a ocorrência de falhas catastróficas.
Palavras-chave: técnica para retentor intrarradicular, fadiga
Apoio: FAPESP (Processo #2014/01152-1)
48
498 - EFEITO DO TEMPO DE CONDICIONAMENTO E CONCENTRAÇÃO DO ÁCIDO
HIDROFLUORÍDRICO NA RESISTÊNCIA DA UNIÃO DA CERÂMICA VÍTREA AO CIMENTO
RESINOSO
Puppin-Rontani J*, Sundfeld D, Costa AR, Correr AB, Puppin-Rontani RM, Correr-
Sobrinho L. Departamento de Materiais Dentários / Odontologia Restauradora,
Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP. [email protected]
O objetivo neste estudo foi avaliar a influência de diferentes concentrações do ácido
hidrofluorídrico (AHF) e diferentes tempos de condicionamento (TC) na resistência de
união ao microcisalhamento (RUµC) da cerâmica à base de dissilicato de lítio, IPS
e.max Press (EMX) ao cimento resinoso. Foram confeccionados 250 blocos cerâmicos e
separados em 25 grupos (n=10). Foram avaliadas 5 concentrações de AHF (1%, 2,5%,
5%, 7,5% e 10%) em 5 TC (20, 40, 60, 120 e 20 + 20 s). Após o condicionamento ácido,
todos os blocos foram tratados com silano e uma camada de adesivo. Na superfície de
cada bloco cerâmico foram confeccionados 3 cilindros de cimento resinoso (Variolink
II). As amostras foram armazenas em água deionizada a 37oC por 24 horas, seguido do
ensaio de RUµC na máquina de ensaio universal (Instron) à velocidade de 1,0 mm/min
até ocorrer a falha. Os valores da RUµC de cada bloco de EMX foram obtidos pela
média aritmética dos 3 cilindros. Os dados de foram submetidos à Análise de Variância
e ao teste de Tukey (α=0,05). Os valores de RUµC (MPa) para as concentrações dos
AHF de 10% (31,1), 7,5% (28,1) e 5% (27,8) foram estatisticamente superiores as
concentrações de 2,5% (16,8) e 1% (10,2), para todos os TC (p<0,05). Quanto ao TC, os
grupos de 120 s apresentaram os maiores valores de RUµC; porém, não diferiu
estatisticamente dos TC de 20, 40, 60 e 20 + 20 s, para as concentrações de AHF 5% e
10% (p>0,05). As concentrações de AHF e o TC influenciaram significativamente os
valores de RUµC, sendo o melhor desempenho obtido com as concentrações de 10%,
7,5% e 5%, para todos os TC.
Palavras-chave: cerâmica, ácido hidrofluorídrico, resistência de união
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499 - ANÁLISE DO BIOFILME FORMADO SOBRE COMPÓSITO RESINOSO CONTENDO
METACRILATODETRICLOSAN
de Paula AB*, Alonso RCB, Taparelli JR, Padovani GC, Innocentini-Mei LH, Puppin-
Rontani RM, Correr-Sobrinho L. Materiais Dentários/Odontologia Restauradora/FOP-
Unicamp. [email protected]
O objetivo neste estudo foi avaliar a influência da incorporação do monômero
metacrilato de triclosan (MT) em compósito nas características do biofilme cariogênico
e viabilidade bacteriana. O MT foi sintetizado por meio de reação de esterificação e
caracterizado por FTIR. As amostras foram distribuídas em 2 grupos de acordo com a
presença do MT: C1 (controle) e C2 (C1 + 14,4% MT). Dez discos de cada material
foram preparados e colocados em suspensões bacterianas de Streptococcus mutans
suplementadas com 1% de sacarose. O biofilme foi formado sobre os discos durante 7
dias e corado com o kit de viabilidade bacteriana LIVE/DEAD®. As imagens foram
analisadas por microscopia confocal de varredura a laser (CLSM) usando o software
COMSTAT e a área de superfície, bio-volume, espessura média e rugosidade do
biofilme foram quantificados. A viabilidade bacteriana foi analisada quantitativamente
através do percentual de bactérias mortas e vivas no biofilme. O biofilm
e desenvolvido no C1 apresentou valores significativamente maiores de biovolume
(C1: 47,1; C2: 17.6), espessura média (C1: 106,7; C2: 44,1) e rugosidade (C1: 1,32; C2:
0,8) quando comparado ao biofilme desenvolvido sobre C2. No entanto, a área de
superfície dos biofilmes desenvolvidos sobre os materiais C1 (0,53) e C2 (0,49) foi
semelhante. O compósito C2 (42,42%) apresentou maior percentual de bactérias com
membrana celular comprometida, quando comparado ao C1 (19,8%). A incorporação
do MT em compósito resinoso alterou as características do biofilme formado in vitro e
reduziu a viabilidade bacteriana.
Palavras-chave: Compósitos experimentais, antimicrobiano, Biofilmes.
Apoio: CAPES
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500 - COMPORTAMENTO MECÂNICO DE UMA CERÂMICA À BASE DE SILICATO DE
LÍTIO E ZIRCÔNIA
Ottoni R, Vicari C, Borba M. Programa de Pós-Graduação em Odontologia,
Universidade de Passo Fundo. [email protected]
O objetivo do estudo foi avaliar a resistência à flexão e confiabilidade de dois tipos de
cerâmicas indicadas para próteses totalmente cerâmicas. Foram confeccionados trinta
corpos-de-prova para cada tipo de cerâmica, uma à base de silicato de lítio e zircônia
(SL-VITA Suprinity, Vita Zanhfabrik) e uma à base de dissilicato de lítio (DL-E.Max CAD,
Ivoclar Vivadent). Barras foram obtidas através do corte de blocos para CAD-CAM com
disco diamantado em uma cortadeira metalográfica. Após os cortes, as barras foram
polidas até uma granulação de 1200 µm com lixas abrasivas e os quatro cantos foram
chanfrados (1,2 mm x 4 mm x 18 mm). Então, cada material foi submetido ao ciclo de
cristalização indicado pelo fabricante em um forno de cerâmica. Todos corpos-de-
prova foram testados na configuração de flexão em três pontos, em água a 37º C, com
velocidade de 0,5 mm/min, utilizando uma máquina de ensaio universal. Os dados de
resistência à flexão foram analisados com teste de Mann-Whitney e análise de Weibull.
Foi encontrada diferença estatística entre as medianas dos grupos experimentais
(p0,001). O grupo DL (244 MPa) apresentou mediana superior ao grupo SL (163 MPa).
Para os parâmetros de Weibull, houve diferença na resistência característica mas não
houve diferença no módulo de Weibull entre os dois grupos. Concluiu-se que a
cerâmica à base de silicato de lítio e zircônia tem menor resistência flexural do que a
cerâmica à base de dissilicato de lítio mas apresenta confiabilidade semelhante.
Palavras-chave: CAD-CAM (Projeto auxiliado por computador); Cerâmica; Porcelana
dentária.
Apoio: CAPES
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501 - EFEITO DA INTEGRIDADE DO CIMENTO RESINOSO NA RETENÇÃO DO PINO
FIBRA DE VIDRO À DENTINA: ESTUDO EXPERIMENTAL E ANALISE DE ELEMENTOS
FINITOS
Rizo ERC*, Silva NR, Aguiar GCR, Rodrigues MP, Bicalho AA, Soares PBF, Veríssimo C,
Soares CJ. Área de Dentistica e materiais odontológicos/FOUFU.
Neste estudo avaliou-se o efeito da integridade da camada do cimento resinoso
autoadesivo na resistência de união, modo de falha, presença de bolhas e na
distribuição de tensões de pino de fibra de vidro em canal radicular. Dez incisivos
centrais superior foram seccionados com 15 mm e tratados endodonticamente; o
espaço do pino foi preparado 10 mm. Após preparo do canal foram digitalizados
usando microCT para avaliar remanescente de material obturador. O pino foi
cimentado com a técnica manual com cimento autoadesivo (RelyX U200 3MESPE).
Foram obtidas seis fatias, duas para cada terço com espessura de 1mm e foram
digitalizados para mensurar o volume de bolhas no cimento e submetidos ao teste de
pushout. Classificouse então o modo de falha empregando microscopia confocal e
estereomicroscopio por três operadores. Os valores de resistência adesiva foram
avaliados com o teste Anova em um fator seguido do teste de Tukey (p<0,05). Foi
usado o coeficiente Kappa, avaliando a concordância entre os operadores e o teste
quiquadrado para analisar o padrão de falha. Modelos de elemento finito específicos
de cada amostra por terço analisou o efeito das bolhas na distribuição de tensões. A
presença de bolhas afeta negativamente a distribuição de tensões e reduz
significativamente a resistência de união. O padrão prevalente de falha foi adesivo na
interfase cimento/dentina. A microscopia confocal mostrou ser a melhor ferramenta
para análise de falhas.
Palavras-chave: Pino de fibra, cimentos de resina, microscopia confocal.
Apoio: CNPq, CAPES, FAPEMIG.
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502 - INFLUÊNCIA DO PROTOCOLO DE ENVELHECIMENTO NA INTERFACE
DENTINA/COMPÓSITO UTILIZANDO DIFERENTES SISTEMAS ADESIVOS
Rezende ARP*, Almeida SA, Poskus LT, Malavasi CV. Laboratório Analítico de
Biomateriais Restauradores (LABiom-R) - Departamento de Dentística - Universidade
Federal Fluminense. [email protected]
Diante da busca por maior qualidade no desempenho clínico odontológico, a adesão à
dentina continua sendo um desafio. Esse estudo avaliou a resistência de união (RU) e a
nanoinfiltração (N) da interface compósito/dentina após diferentes protocolos de
envelhecimento. Após remoção do esmalte vestibular de 150 dentes bovinos, foi
confeccionado um bloco do compósito Filtek Z350 XT com 4 mm de altura, utilizando 3
sistemas adesivos: Adper Scotchbond Multiuso (S), Clearfil SE bond (C), Scotchbond
Universal Adhesive (U). Foram confeccionados palitos com secção transversal de
±1mm2 e aplicados os protocolos de envelhecimento: armazenamento em água por 24
h, armazenamento em água por 12 meses, armazenamento em água por 6 meses,
ciclagem mecânica e termociclagem, totalizando 15 grupos experimentais (n=10). RU
foi calculada em MPa e N foi registrada por espectroscopia de energia dispersiva. Para
análise estatística foram realizados os testes de Kruskal-Wallis e Ma
nn-Whitney (5%). O armazenamento por 12 meses resultou em menores valores de
RU (p <0,05) para os adesivos C e S, mas para U, nenhum protocolo foi
significativamente prejudicial. Em geral, S apresentou maiores valores de RU. C e U
tiveram mais falhas adesivas e S, coesivas. O armazenamento por 12 e 6 meses e a
ciclagem mecânica resultou em maior N (p <0,05) para todos os adesivos. Sendo que
houve diferenças entre os adesivos para ciclagem mecânica (U<S=C) e para
armazenamento por 12 meses (C<U=S). É possível concluir que o armazenamento por
12 meses foi o protocolo mais prejudicial à interface adesiva.
Palavras-chave: Adesivos, dentina, envelhecimento.
Apoio: CAPES
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505 - AVALIAÇÃO DE RESINAS BULKFILL POR DENTISTAS DE UMA REDE DE PESQUISA
COLABORATIVA
Fonseca ASQS*, Modena RA, Natal VG, Bertolo MVL, Rotani JP, Rotani RMP, Schneider
LF. Núcleo de Pesquisa de Biomateriais Odontológicos/ Universidade Veiga de Almeida.
O objetivo deste trabalho foi realizar a avaliação de técnicas de resinas de
preenchimento em massa (bulkfill) por cirurgiões dentistas (CDs) de uma rede
colaborativa. Foi realizado um estudo exploratório qualitativo, após aprovação do CEP
1.436.336 , no qual CDs (n=13) experimentaram os materiais Filtek Bulk Fill Flow (BF)+
Filtek Z350, Filtek Bulk Fill(FB), Aura Bulk Fill(AB) e Filtek Z350 (FZ, controle
incremental). Foram registrados o tempo de trabalho e a percepção dos profissionais
sobre as características de manipulação (CM) através de uma escala visual. A seguir,
houve a realização de grupos de discussão. Para tempo médio de trabalho, em
minutos, os procedimentos com FB(2,8) e AB(3,3) promoveram menores tempos que
BF (5,1) e FZ (7,8); para CM os profissionais atribuíram as melhores pontuações a FB e
as menores a FZ. A ordem de preferencia foi FB(50%); AB(42%) e FZ (8%) e nenhum
optou pela combinação bulkfill flow associada ao compósito regular. O principal fator
de escolha foi a CM (50%). Entre os CDs, 69% adotariam as BF, mas antes pesquisariam
com colegas sobre desempenho clínico e propriedades. Na escolha do compósito os
profissionais ponderaram a marca comercial, preço e CM considerando o processo
restaurador. Os profissionais com mais tempo de formados se mostraram menos
receptivos a adotar as BF. A marca comercial foi considerada um fator importante para
adoção de um novo produto. Concluiu-se que as CM influenciaram na intenção de
adoção das BF, mas o processo de adoção permeia outros fatores como experiência
profissional e confiança namarcacomercial.
Número de protocolo de aprovação no comitê de ética. CEP 1.436.336
Palavras-chave: resinas compostas; materiais dentários;
Apoio: FAPERJ E-26/102.225/2013
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506- INFLUÊNCIA DE DIFERENTES RETENTORES NA DEFORMAÇÃO DA DENTINA
RADICULAR FRENTE A DIFERENTES INTENSIDADES DE IMPACTO
Borella PS*, Martins VM, Silva CF, Silveira-Jr CD, Carvalho ELA, Araujo IS, Santos-Filho
PCF. Área de Dentística e Materiais - Faculdade de Odontologia, Universidade Federal
de Uberlândia. [email protected]
Visando avaliar a influência de diferentes retentores intra-radiculares na deformação
de dentes tratados endodonticamente frente ao ensaio mecânico de impacto,
quarenta (n=40) raízes de incisivos bovinos com 15 mm de comprimento foram
selecionadas, tratadas endodonticamente e incluídas em cilindros de resina com
simulação do ligamento periodontal. As raízes foram divididas aleatoriamente em dois
grupos (n=20) de acordo com o tipo de retentor a ser utilizado: Núcleo Metálico
Fundido (NMF) e Pino de Fibra de Vidro (PFV). Posteriormente, a porção coronal dos
retentores foram moldadas para confecção de coroas fabricadas em liga de Ni-Cr.
Medidores de deformação foram fixados na face vestibular da porção radicular e as
amostras foram submetidas ao teste de impacto. Um dispositivo pendular semelhante
ao teste de impacto convencional de Charpy foi usado, onde foram realizados testes
utilizando 2 diferentes ângulos: 90° e 45° (n = 10) direcionados no centro vestibular da
coroa. A deformação foi calculada e os dados foram analisados com a two-way ANOVA
(α = 0,05). O resultado mostrou não haver uma diferença estatisticamente significativa
(P = 0,151) para tipos de pino utilizados (NMF e PFV). Da mesma forma, que não há
uma diferença estatisticamente significativa (P = 0,268) para os tipos de ângulos
utilizados no estudo (90º e 45º). Não houve uma interação estatisticamente
significativa entre o uso dos pinos e o ângulo do teste de impacto (P = 0,478). Não
houve diferença significativa no padrão de deformação entre os diferentes retentores
e os ângulos do teste.
Palavras-chave: Retentores intrarradiculares, Ensaio mecânico de Impacto.
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507- ESTABILIDADE DE COR (ΔE) E RUGOSIDADE SUPERFICIAL (RA) DE RESINA
ACRÍLICA (TA) APÓS IMERSÃO EM HIGIENIZADORES À BASE DE PERÓXIDO ALCALINO
Morais RC*, Castelo R, Pagnano VO, Catirse ABCEB. Departamento de Materiais
Dentários e Prótese - Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto/Universidade de São
Paulo (FORP/USP). [email protected]
O objetivo deste estudo foi avaliar, in vitro, o efeito de higienizadores de próteses,
com e sem agente branqueador, sobre a estabilidade de cor (ΔE) e a rugosidade
superficial (Ra) de resina acrílica termicamente ativada (TA) (VIPI Cril Plus), simulando
o uso diário de um, três e cinco anos. Trinta corpos-de-prova (cp) (8 mm x 3 mm)
foram confeccionados e divididos, aleatoriamente, em três grupos (n=10), segundo
solução utilizada: G1 - água destilada (controle); G2 - Corega® Tabs e G3 - Corega®
Tabs Branqueador. Foram realizadas 30 leituras de ΔE (Espectrofotômetro SP62S X,
Rite Incorporated) e 90 leituras de Ra (três por cp) (Rugosímetro SJ-201 P/M,
Mitutoyo), antes e após os períodos de simulação. Em relação à ΔE, a distribuição dos
dados apresentou-se normal e foi utilizada ANOVA, seguida pelo teste de Tukey
(α=0,05), que demonstraram haver significância apenas para o fator solução
(p=0,0003). Verificou-se que a maior alteração ocorreu para os grupos G3 (1,21±0,06)
e G2 (1,18±0,06), sem diferença estatística entre ambos, porém significantes (p≤0,05)
em relação a G1 (0,64±0,26), cuja alteração foi menor. Considerando-se o fator tempo
e a interação tempo versus solução, não houve diferenças estatísticas (p≥0,05). Em
relação à rugosidade superficial (Ra), não houve diferença para os fatores solução,
tempo e interação entre ambos (p≥0,05). Conclui-se que as soluções higienizadoras,
com e sem agente branqueador, promoveram alteração de cor (ΔE), sem influenciarem
na rugosidade superficial (Ra) da resina acrílica (TA), nos períodos de simulação de uso
testados.
Palavras-chave: Prótese Dentária, Resinas Acrílicas, Higienizadores de Dentadura.
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508- OPÇÕES RESTAURADORAS PARA LESÕES CERVICAIS NÃO-CARIOSAS POR
CIRURGIÕES-DENTISTAS DE UMA REDE DE PESQUISA COLABORATIVA
Modena RA*, Tannure PN, Hidalgo R, Salgado VE, Cavalcante LM, Schneider LF.
Faculdade de Odontologia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ.
Objetivou-se conhecer a conduta de cirurgiões-dentistas (CDs) de uma rede de
pesquisa colaborativa frente ao diagnóstico e o tratamento restaurador de lesões
cervicais não-cariosas (LCNC). Após a criação da Comissão de Estudos e Ações em Rede
de Pesquisa Odontológica Baseada em Evidências junto ao CRO/RJ e aprovação no
comitê de ética em pesquisa (060539/2014), os CDs responderam a um questionário
sobre LCNCs em uma plataforma digital. Os dados foram submetidos à análise
descritiva e ao teste de Qui-quadrado (p≤0,05). O total de 337 CDs responderam ao
questionário. A maioria dos participantes relatou diagnosticar LCNCs (77,2%) sem o
uso de método auxiliar (78,9%) e questionário especifico (85,2%). Um grande número
de CDs faz uso de isolamento relativo (86,6%), mas não utiliza técnicas de
retração/afastamento gengival (51,6%). O sistema adesivo convencional de dois passos
(61,7%) e a resina composta do tipo híbrida/microhíbrida (56,4%) são os materiais
mais utilizados. Apenas 8,3% relatou que a restauração pode manter-se íntegra por um
período acima de 5 anos. Houve uma associação positiva entre a forma de
remuneração recebida pelos CDs e aspectos relacionados ao procedimento
restaurador, como o uso de isolamento absoluto (p=0,011). Pode-se concluir que os
participantes da rede colaborativa não possuem um protocolo para o diagnóstico de
LCNCs. O sistema adesivo de dois passos e a restauração em resina composta foi a
técnica restauradora mais citada. Além disso, o local de trabalho, público ou privado,
influenciou o protocolo restaurador escolhido pelos CDs.
Palavras-chave: adesivos, compósitos, lesões cervicais não-cariosas.
Apoio: FAPERJ E-26/102.225/2013
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509 - ADESIVOS AUTOCONDICIONANTES X CONDICIONAMENTO ÁCIDO PRÉVIO À
APLICAÇÃO DE SELANTES OCLUSAIS: REVISÃO SISTEMÁTICA E METAANÁLISE
Scherer MM*, Botton G, Morgental CS, Lenzi TL, Montagner AF, Rocha RO.
Departamento de Estomatologia, Faculdade de Odontologia – UFSM.
O objetivo desta revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados foi avaliar a
eficácia na retenção dos selantes oclusais associados a sistemas adesivos
autocondicionantes em comparação aos materiais convencionais, com ou sem
aplicação de sistema adesivo prévio (com condicionamento ácido). Ampla busca na
base de dados PUBMED foi realizada, sendo identificados 639 artigos potencialmente
relevantes. Dois revisores, de forma independente, selecionaram os estudos, extraíram
os dados e avaliaram risco de viés (kappa 0,93). Oito estudos cumpriram os critérios de
elegibilidade e foram selecionados. Dois estudos foram selecionados posteriormente.
Após leitura completa dos dez artigos selecionados, cinco foram excluídos e cinco
estudos foram incluídos na revisão sistemática e na meta¬análise. Para meta¬análise,
estimativas do efeito combinado foram expressas entre as taxas de falhas dos grupos
(adesivo autocondicionante x condicionamento ácido prévio) indicando diferença
estatisticamente significante entre os grupos (p = 0,02). Os selantes aplicados após
condicionamento prévio com ácido fosfórico, independente do uso de sistema adesivo,
apresentaram menores índices de falha. Os selantes aplicados no modo convencional,
com condicionamento ácido prévio, apresentaram melhor desempenho ao longo do
tempo do que os combinados aos sistemas autocondicionantes.
Palavras-chave: Selantes de fossas e fissuras. Adesivos dentários. Dente Permanente.
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510 - GRAU DE CONVERSÃO E ESTABILIDADE DE COR DE AGENTES DE CIMENTAÇÃO
USADOSPARALAMINADOSCÊRAMICOS
Natal VG*, Jesus RH, Fonseca ASQS, Modena RA, Salgado VE, Schneider LF. Núcleo de
Pesquisa de Biomateriais Odontológicos / Universidade Veiga de Almeida.
O presente trabalho determinou o grau de conversão (GC) e alteração de cor (ΔE*) de
quatro agentes de cimentação: RelyX ARC (RA), RelyX Veneer (RV), Filtek Z350 XT-Flow
(FZF) e Filtek Z350 XT (FZ) termomodificada. Os materiais foram fototivados através de
discos de dissilicato de lítio em 3 níveis de translucidez: alta (HT), baixa (LT) e média
opacidade (MO). Os materiais foram fotoativados por 40s a 1.200mW/cm². GC foi
determinado pela espectroscopia de infravermelho transformada de Fourier (n=3) ΔE*
(n=5) foi calculado através do sistema CIELab, utilizando um espectrofotômetro
(EasyShade Compact, Vita Zahnfabrik), considerando os tempos de 24h após a
fotoativação e após 60 dias em água destilada a 37ᵒC. Os dados foram submetidos à
análise de variância e Student-Newman-Keuls (95%). Em relação ao GC, foi observada
diferença significativa entre os agentes resinosos (RA>RV>FZF>FZ). Não foram
observadas diferenças significativas entre RA, RV e FZF em função da translucidez do
material cerâmico, porém a combinação FZ/HT apresentou significativamente o menos
valor (45,0±3,0), em comparação com FZ/LT (55,5±6,6) e FZ/MO (60,6±2,3). Tanto o
agente resinoso quanto a translucidez da cerâmica influenciaram significativamente os
valores de ΔE*, de forma aleatória. O maior valor foi observado para a combinação
FZ/HT (7,4±1,5) e o menor para RV/HT (1,1±0,3). Dentro das limitações da
metodologia, pode se concluir que tanto o agente resinoso quanto a translucidez do
material cerâmico influenciaram o GC e alteração de cor.
Palavras-chave:Cimentos Dentários. Espectrofotometria. Espectroscopia de
infravermelho.
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511 - EFEITO DE DIFERENTES TRATAMENTOS DA SUPERFÍCIE DENTINÁRIA NA
AVALIAÇÃO DA ADAPATAÇÃO EXTERNA DAS RESTAURAÇÕES DE RESINA COMPOSTA
Cavalheiro JP*, Jeremias F, Tonetto MR, Caldas SGFR, de Campos EA, de Andrade MF.
Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de
Araraquara. [email protected]
A técnica de aplicação da clorexidina sobre a dentina condicionada, previamente ao
uso de adesivos, pode inibir MMPs e conseqüentemente impedir a degradação das
fibrilas de colágeno expostas na união resina-dentina. O objetivo deste trabalho foi
avaliar a utilização da clorexidina e efeitos da ciclagem térmica em diferentes
excipientes no tratamento da superfície dentinária, e efeito na adaptação externa das
restaurações. Foram selecionados 120 terceiros molares humanos, divididos
aleatoriamente em 12 grupos (n=10), com preparos cavitários padronizados de classe
V e com diferentes tratamentos do substrato dentinário: água, clorexidina em água,
etanol e clorexidina em etanol, aplicados após o condicionamento ácido com ácido
fosfórico a 35%. Os sistemas adesivos Adper Single Bond 2, Prime & Bond 2.1 e Excite
foram aplicados, posteriormente as restaurações foram feitas com a resina composta
FiltekTM Z350 XT. Os espécimes foram carregados com ciclos térmicos. Foi feita a
análise quantitativa da adaptação externa, por meio de réplicas de epóxi, utilizando
MEV. Os resultados foram analisados estatisticamente por meio dos testes de Kruskal
Wallis e Wilcoxon, sendo p<0,05. Conclui-se, que em geral não foi observada
superioridade dos resultados dos grupos tratados com clorexidina em relação aos
diferentes tratamentos.
Palavras-chave: Adesivos dentinários, dentina, clorexidina
Apoio: FAPESP
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512 - O CONDICIONAMENTO DO ESMALTE PREVIAMENTE A APLICAÇÃO DE ADESIVOS
AUTOCONDICIONANTES EM LCNC: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE
Parreiras SO*, Szesz A, Loguercio A, Reis A. Departamento de Odontologia,
Universidade Estadual de Ponta Grossa. Departamento de Odontologia, Universidade
Estadual de Ponta Grossa. [email protected]
O objetivo desse estudo é identificar por meio de uma revisão sistemática e meta-
análise se o condicionamento seletivo do esmalte (CSE) antes da aplicação de sistemas
adesivos autocondicionantes (AU), melhora as taxas de retenção e descoloração
marginal de restaurações cervicais não-cariosas (LCNC) de pacientes adultos. MEDLINE,
Scopus, Web of Science, LILACS, BBO Biblioteca, Biblioteca Cochrane foram
pesquisados, sem restrições, bem como os resumos da conferência anual da IADR e o
registro de ensaios. Dissertações e teses foram pesquisados utilizando os bancos de
dados da ProQuest e Periódicos Capes de Teses. Foram incluídos ensaios clínicos
randomizados que compararam a eficácia clínica do CSE usando adesivos AU para
restaurações de resina composta em LCNC na dentição permanente. Para avaliação da
qualidade dos estudos foi utilizado a ferramenta risco de viés da Cochrane
Collaboration. Após a remoção das duplicatas, foram identificados 2689 artigos. Após
triagem foram mantidos 10 estudos na síntese qualitativa. Sete foram considerados de
\"baixo\" risco de viés. Os estudos variaram de 1-5 anos. Com exceção de um ano de
acompanhamento, havia uma descoloração marginal significativamente menor e
adaptação marginal durante todo o tempo de acompanhamento. Além disso, foi
observada uma perda significativamente menor de retenção para as restaurações com
3 anos de acompanhamento para o CSE. Conclui-se que o CSE antes da aplicação de
sistemas adesivos AU em LCNC pode melhorar o desempenho clínico de restaurações
cervicais em resina composta.
Palavras-chave: condicionamento seletivo do esmalte, lesões cervicais não-cariosas,
sistemas adesivos autocondicionantes.
61
513 - AVALIAÇÃO DE ESTRUTURAS CERÂMICAS EM MULTICAMADAS COM
SIMULAÇÃO CLÍNICA.
Della Bona A*, Alessandretti R. Programa de Pós-Graduação em Odontologia,
Faculdade de Odontologia, Universidade de Passo Fundo, RS, Brasil.
Esse estudo avaliou a confiabilidade de estruturas cerâmicas monolíticas e de
multicamadas cimentadas em análogo à dentina (G10). Corpos de prova (CP)
cerâmicos (Ivoclar) foram fabricados nas seguintes configurações (n=30): CAD-on
(e.max ZirCAD + Crystall/Connect + e.max CAD); -YLD-T (e.max ZirCAD + e.max Ceram);
LDC monolítico (e.max CAD); YZW monolítico (Zenostar Zr). Os CP foram cimentados
adesivamente a bases de G10 e carregados em compressão (0,5 mm/min) em água
destilada (37ºC) até o som da primeira trinca monitorado acusticamente (Audacity
Sound). Os valores de carga (Lf em N) foram analisados estatisticamente usando
Weibull, Kruskal-Wallis e Student-Newman-Keuls (α=0,05) e as falhas foram avaliadas
por fractografia e transiluminação. Não houve diferença entre os grupos CAD-on e
YZW (p=0,917), com os maiores valores de Lf, seguidos por YLD-T e LDC (p<0,01). O
módulo de Weibull (m) foi semelhante entre os grupos. As falhas nos CP monolíticos
(LDC e YZW) originaram de trincas radiais e nos CP em multicamadas (CAD-on e YLD-T)
ocorreram por trincas radial e cônica. O desenho experimental inovador (estruturas
cerâmicas cimentadas a análogo dentinário + teste em humidade 37ºC + detecção
acústica da primeira trinca + fractografia por transiluminação) aproximou serviço e
resultados aos reportados na clínica, demonstrando o potencial da metodologia.
Apesar da zircônia monolítica (YZW) e a estrutura em multicamadas (CAD-on)
apresentarem resistência à fratura semelhante, os comportamentos de fratura foram
diferentes, mas similares aos relatos clínicos.
Palavras-chave: cerâmicas, materiais dentários, acústica.
Apoio: CNPq (304995-2013-4) e FAPERGS (396-2551/14-1)
62
514- PROPRIEDADES DE SUPERFÍCIE E ÓPTICAS DE UMA PORCELANA REVESTIDA DE
FILMES A BASE DE HEXAMETILDISILOXANO DEPOSITADOS POR PLASMA
dos Reis MC*, Rangel EC, Cruz NC, Sgura R, Medeiros IS. Departamento de Biomateriais
e Biologia Oral, Faculdade de Odontologia de São Paulo, Universidade de São Paulo,
São Paulo - SP, Brasil. Laboratório de Plasmas Tecnológicos, Campus Experimental de
Sorocaba, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Sorocaba - SP, Brasil.
Departamento de Materiais Odontológicos, Faculdade de Odontologia, Universidade
Nove de Julho São Paulo - SP, Brasil. [email protected]
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de filmes finos de hexametildisiloxano com
oxigênio ou argônio, em porcelana feldspática (VM9, VITA Zahnfabrik), na
molhabilidade, energia de superfície, morfologia e com relação as propriedades
ópticas (alteração de cor e a capacidade de mascaramento). Espécimes de 13 x 1,6 mm
foram confeccionados, sinterizados, recebendo um polimento e o glazeamento. Os
grupos (n=10) analisados foram: sem filme (Controle), filmes obtidos por plasma:
implantação iônica e deposição de filme por imersão em plasma (IIDIP) (G1), IIDIP com
tratamento pós-deposição de bombardeamento iônico (G2) e polimerização a plasma,
(G3). A molhabilidade foi estudada pelo método da gota séssil, energia de superfície
pelo método geométrico, a morfologia por microscopia eletrônica de varredura, e as
propriedades ópticas por um espectrofotômetro de duplo feixe. Os resultados foram
analisados estatisticamente com o teste ANOVA ou Kruskal Wa
llis (α<0,05). Foram obtidos filmes hidrofóbicos, em sequência decrescente G1 (91,7°),
G3 (106,5°) e G2 (110,3°), apresentando todos menor energia de superfície quando
comparados ao controle (p<0,05). Nos testes ópticos, os resultados da capacidade de
mascaramento e da alteração de cor não apresentaram diferenças estatísticas entre si
(p=0,215 e p=0,602, respectivamente). Conclui-se que os filmes modificaram a
superfície, mas não houve influência nas propriedades ópticas do material.
Palavras-chave: Gases em plasma, Propriedades de Superfície, Porcelana.
Apoio: CNPq 140063/2014-5.
63
515 - A-AG2WO4 SINTETIZADO EM DIFERENTES SOLVENTES: CARACTERIZAÇÕES E
ATIVIDADE ANTIFÚNGICA CONTRA CANDIDA ALBICANS
Foggi CC*, Oliveira RC, Pimentel BNAS, MT Fabbro, Machado AL, Vergani CE, Bort JA,
Longo E. Laboratório de Microbiologia Aplicada/ Departamento de Materiais
Odontológicos e Prótese - Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
O objetivo do estudo foi avaliar a atividade antifúngica de microcristais de a-Ag2WO4
sintetizado em diferentes solventes contra C. albicans. Para isso, três tipos de a-
Ag2WO4 foram sintetizados pelo método da co-precipitação, onde os precursores
Na2WO4.2H2O e AgNO3 foram dissolvidos em três solventes distintos: água, etanol ou
solução amoníaca com pH14. Após a síntese, os microcristais foram lavados com água
e acetona, com a finalidade de remoção dos solventes e estabilização do pH em 7. Em
seguida, foram caracterizados por difração de raios-X (DRX), microscopia eletrônica de
varredura (MEV), espectroscopia Raman, ultra-violeta visível (UV-vis) e mensurações
de fotoluminescência. Para determinação da atividade antifúngica, foram realizados
testes microbiológicos para determinação da concentração inibitória/fungicida mínima
(CIM/CFM) contra C. albicans, de acordo com as normas descritas por Clinical &
Laboratory Standards Institute (CLSI). Os resultados demonstraram que a morfologia
das partículas foi diferente para cada solvente utilizado na síntese. Todos os
microcristais sintetizados apresentaram ação fungistática e fungicida para C. albicans,
sendo que o microcristal sintetizado em álcool apresentou-se mais eficiente
(3,90ug/mL) em comparação com os demais (7,81ug/mL). Concluiu-se que, embora o
microcristal sintetizado em álcool tenha sido mais eficiente em relação aos demais,
todos os cristais sintetizados foram eficazes, e após mais pesquisas, poderão ser
utilizados como antifúngicos de maneira geral.
Palavras-chave: Candida albicans, antifúngicos, semicondutores.
Apoio: FAPESP Proc. 2013/07296-2 / Proc. 2015/03654-7
64
516- ANÁLISE DO DANO E DA INFILTRAÇÃO DE VIDRO NO LIMITE DE FADIGA DE
PRÓTESES FIXAS EM ZIRCÔNIA MONOLÍTICA
Amaral M, Rocha RFV, Melo RM, Pereira GK, Campos TMB, Zhang Y, Valandro LF,
Bottino MA. Departamento de Odontologia, Universidade de Taubaté.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do dano e da infiltração de vidro no limite
de fadiga de próteses parciais fixas de três elementos em zircônia monolítica.
Inicialmente foi feita uma análise por elementos finitos a fim de se avaliar a
distribuição de tensões na PPF. Após, as PPF foram confeccionadas em sistema
CAD/CAM, para serem cimentadas sobre preparos simplificados em material análogo a
dentina. Previamente à cimentação, as peças receberam abrasão por pontas
diamantadas na região gengival de conector, ou infiltração por sílica através de dois
métodos (SOL-GEL e GZG). Três amostras de cada grupo foram submetidas a uma
carga crescente até a fratura. Após, 20 amostras de cada grupo foram submetidas ao
teste de stair-case para obtenção dos limites de fadiga. A análise de elementos finitos
mostrou que maior tensão se concentra na região vestibular da região do conector
(entre as coroas do pôntico e pilar). O limite de fadiga foi semelhante para os grupos
controle e dano, e ambos foram inferiores aos grupos infiltrados por sílica. Os valores
apresentados pelo grupo SOL-GEL foram mais homogêneos. A infiltração de sílica pode
aumentar os valores de limite de fadiga de pontes fixas de três elementos em zircônia
monolítica, e o dano não apresenta diminuição desses valores.
Palavras-chave: Prótese parcial fixa, Fadiga, Vidro
65
517- INFLUENCIA DA CORRENTE ELETRICA NA RESISTENCIA DE UNIAO A DENTINA DE
DIFERENTES MONOMEROS FOSFATADOS
Correr AB*, Quiles HK, Feitosa VP, Correr¬-Sobrinho L, Sinhoreti MAC. Materiais
Dentários/ Departamento de Odontologia Restauradora – FOP UNICAMP.
O objetivo foi avaliar a influencia da corrente eletrica (ELE) e de monomeros fosfatados
na resistencia de uniao a dentina (RU). Foram preparados adesivos experimentais
autocondicionantes de dois frascos. Tres primers foram formulados com proporcoes
equimolares dos monomeros 10¬ MDP, CAP-¬P e 2¬MEP diluidos em agua e etanol. O
adesivo continha BisGMA, UDMA, TEGDMA e HEMA. Sessenta terceiros molares foram
preparados e separados em grupos de acordo com o primer e uso de corrente eletrica
(n=10). Os primers foram aplicados de forma ativa na dentina por 30 segundos sem
ELE ou com ELE constante de 40 μA. Blocos foram confeccionados com Filtek Z350 XT e
os especimes testados para RU (MPa) em 24h em EZ¬test com velocidade de
1mm/min. As variancias nao foram homogeneas e os dados foram avaliados por
Kruskal-¬Wallis e teste de Dunn (α=5%). Falhas foram observadas em
estereomicroscopio. A RU usando ELE foi significativamente maior que sem ELE para
todos os monomeros. Sem ELE os adesivos com MDP (36,3) apresentaram RU
significativamente maior que aqueles contendo monomeros MEP (6,3). Com ELE os
adesivos com MDP (45,8) apresentaram RU significativamente maior que CAP¬P (37,8)
e MEP (11,4). Houve predominancia de falhas mistas para MDP e CAP-¬P e adesivas
para MEP. Conclui-¬se que a corrente eletrica aumentou a resistencia de uniao para
todos os monomeros e que o monomero MDP apresentou melhor desempenho com e
sem corrente eletrica.
Palavras-chave: Resistencia de uniao, Eletricidade, Adesivos Dentinarios
Apoio: CAPES
66
519 - AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE UNIÃO DE CIMENTO AUTOADESIVO
ADITIVADO COM NANOTUBOS DE DIÓXIDO DE TITÂNIO À CERÂMICA DE DISSILICATO
DE LÍTIO
Soares IBL*; Lisboa-Filho PN, Gomes OP, Icochea AEL; Furuse AY; Borges AFS.
Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos - Faculdade de
Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo/FOB-USP.
O objetivo desse estudo foi avaliar a influência da incorporação de nanotubos de
dióxido de titânio (TiO2 NT) a um cimento resinoso autoadesivo na resistência de
união à cerâmica reforçada com dissilicato de lítio sob teste de microcisalhamento.
Blocos de dissilicato de lítio IPS e.max CAD (Ivoclar Vivadent) foram seccionados em
máquina de corte para obter 24 fatias cerâmicas com 2mm de espessura. Em seguida
foram distribuídos aleatoriamente em 3 grupos de acordo com a adição de TiO2 NT: 1-
U200 (controle), 2- U200 (0,6%NT) e 3- U200 (0,9%NT). Em cada fatia cerâmica foram
confeccionados 6 espécimes de cimento resinoso autoadesivo Relyx U200 (3M ESPE)
utilizando uma matriz de tubos plásticos com 1,40 mm de diâmetro e 1 mm de altura,
seguindo as orientações dos fabricantes e de acordo com as porcentagens de
nanotubos incorporados ao cimento, totalizando 48 espécimes por grupo. Todos os
espécimes foram armazenados em água deionizada durante 24 horas na temperatura
de 37ºC, e em seguida foi realizado o teste de microcisalhamento em máquina de
ensaios universal (Instron). Os resultados submetidos à ANOVA um critério e teste
complementar de Tukey, apresentaram diferenças nos valores das médias entre os
grupos, U200 (controle): 29,0MPa, 0,6%NT: 19,7MPa e 0,9%NT: 19,9MPa, com
diferença significativa (P<0,05). Pode-se concluir que os TiO2 NT adicionados ao
cimento autoadesivo dimimuiram a resistência de união com a cerâmica de dissilicato
de lítio.
Palavras-chave: Nanotubos. Materiais dentários. Cerâmicas.
67
520- INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO DE DOXICICLINA NA RESISTÊNCIA DE UNIÃO À
MICROTRAÇÃO NA DENTINA
Correr-Sobrinho L, Costa AR, Pinto LM, Soares EF, Consani RLX, Sinhoreti MAC, Correr
AB. Departamento de Odontologia Restauradora, Área Materiais Dentários, Faculdade
de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP. [email protected]
Este estudo teve como objetivo avaliar a influência da aplicação do cloridrato de
doxiciclina (DOX) nas concentrações de 3% e 10% na dentina humana através da
resistência de união à microtração (RUµT). A superfície oclusal de trinta terceiros
molares humanos foi cortada e desgastada com lixas de granulação 600 e divididas em
3 grupos (n=10): 1 – Controle (sem aplicação da doxiciclina); 2 – aplicação da
concentração de doxiciclina 3%; e, 3 – aplicação da concentração de doxiciclina 10%.
Inicialmente, à superfície da dentina foi condicionada com ácido fosfórico a 35% por 15
s. Em seguida, foi aplicada sobre a dentina a doxiciclina nas concentrações de 3% e 10,
deixando agir por 5 minutos. Após esse período, o excesso de doxiciclina foi removido
deixando a dentina úmida e o sistema adesivo Adper Scotchbond Multi-Purpose foi
aplicado com pincel microbrush. Um bloco da resina composta Filtek Z250 foi
construído sobre a superfície da dentina em três incrementos até atingir a altura de
5mm, sendo que cada incremento foto ativado por 20 s com o aparelho LED-
Bluephase. As amostras foram armazenadas em água deionizada a 37º C por 24 horas,
seccionadas perpendicularmente à área de união, de modo a obter palitos com secção
transversal de 1 mm2, seguido do ensaio de RUµT à velocidade de 1,0 mm/min., até
ocorrer a fratura. Os dados foram submetidos à Análise de Variância um fator e ao
teste de Tukey (α = 0,05). Os valores de RUµT (MPa) da doxiciclina 10% (48,0±2,4) foi
significativamente superior a doxiciclina 3% (40,1±2,8), e este significativamente
superior ao grupo controle (35,4±2,2). O uso da doxiciclina aumentou a RUµT, sendo o
melhor desempenho obtido com a concentraçãode 10%.
Palavras-chave: doxiciclina, sistema adesivo, resistência de união.
Apoio: CNPq - Processo: 304493/2014-7
68
521 - INFLUÊNCIA DA IMERSÃO EM BEBIDAS ÁCIDAS NA ALTERAÇÃO DE COR E
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO DIAMETRAL DE RESINAS COMPOSTAS CONVENCIONAL E
BULK-FILL
Maia TS*, Borges MG, Soares CJ, Menezes MS. Departamento de Dentística e
Materiais Odontológicos, Universidade Federal de Uberlândia. thais-souza-
O objetivo deste estudo foi investigar a influência da imersão em bebidas ácidas na
alteração de cor e resistência à tração diametral de resinas compostas convencional e
bulk-fill. Uma resina composta nanoparticulada convencional Filtek Z350; e duas
resinas compostas bulk-fill: Tetric-N-Ceram e X-Tra Fil foram utilizadas. A alteração de
cor foi analisada por 3 examinadores, com utilização da escala clássica de cor Vitapan.
O teste de resistência à tração diametral (RTD) foi realizado com velocidade de 0,5
mm/min (n=5). Os espécimes do grupo controle foram mantidos em saliva artificial, ao
abrigo de luz a 37oC durante 24h. Os espécimes foram aleatorizados em 4 grupos, de
acordo com a solução testada: saliva artificial, suco de açaí, vinho tinto e Coca-Cola,
sob desafio ácido durante 30 dias (3 vezes de 15 min por dia). Em seguida, os testes
foram realizados novamente. O teste de Kruskall-Wallis foi empregado para análise
dos dados de alteração de cor. A RTD foi analisada por ANOVA dois-fatores e teste de
Tukey ( = 0,05). Após o desafio ácido, a alteração de cor foi maior para o suco de açaí
e vinho tinto, em comparação à Coca-Cola. Os valores de RTD foram reduzidos para
todas as resinas compostas testadas. As bebidas ácidas influenciaram negativamente
na alteração de cor e de forma semelhante na RTD das resinas compostas
convencional e bulk-fill.
Palavras-chave: Resinas compostas, cor, resistência à tração.
Apoio: CAPES, CNPq e FAPEMIG
69
522 - LIBERAÇÃO DE CLOREXIDINA INCORPORADA EM NANOPARTÍCULAS DE
MONTMORILONITA EM MATRIZES POLIMÉRICAS A BASE DE BISGMA/TEGDMA
Campos LMP*, Boaro LC, Santos TR, Santos LKG, Varca GHC, Parra DF. Instituto de
Pesquisas Energéticas e Nucleares/ Universidade de São Paulo (IPEN).
Esse estudo teve como objetivo desenvolver nano compósitos experimentais, por meio
da adição de nanopartículas de Montmorilonita (MMT) carregadas com diacetato de
clorexidina (CHX) como carga, em uma matriz polimérica a base de BisGMA/TEGDMA
(1:1), para que assim, se avaliasse a cinética de liberação de fármaco, bem como a
atividade antimicrobiana. Foram confeccionados compósitos experimentais (n=5)
adicionados com o composto MMT+CHX na concentração de 10% em massa (p/p) e
fotopolimerizados por 25 segundos (dose de 18 J/cm2). A liberação da CHX foi avaliada
in vitro em uma solução neutra (pH 7, 50 mm) a 37 oC, por 288 horas. A quantificação
de CHX foi avaliada por espectrofotometria de UV (ʎ=255 nm). A atividade
antimicrobiana foi avaliada, após 48 horas da fotopolimerização, por meio da técnica
de difusão em ágar de acordo com a norma M2-A7, do Clinical Standard Laboratory
Institute (CLSI) e a espécie avaliada foi o Streptococcus mutans UA 159. Ao atingir 288
horas a média de liberação de CHX apresentada foi de 176 g.L-1, equivalente a 29,3 %
(± 4,5 %) do total de fármaco presente nas amostras. A média de inibição de halo foi
6,8 mm (±1,7 mm). Concluiu-se que os compósitos experimentais apresentaram
constante liberação de CHX, entre 0 a 288 horas, e atividade antimicrobiana contra a
bactéria Streptococcus mutans.
Palavras-chave: Clorexidina, montmorilonita, nanotecnologia.
Apoio: FAPESP: 2013-07229-3
70
523- EFEITO DE DESAFIOS ÁCIDOS NA DEPOSIÇÃO DE PIGMENTOS EM DENTES
ARTIFICIAIS E EFICÁCIA DE AGENTES DE LIMPEZA EM SUA REMOÇÃO
Trauth KGS*, Ceretta RA, Amaral FLB, França FMG, Basting RT, Turssi CP. Instituto e
Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic. [email protected]
Este trabalho teve como objetivo avaliar se a deposição de pigmentos em dentes de
resina acrílica seria aumentada por desafios ácidos que simulam a alimentação e se
agentes de limpeza seriam eficazes na remoção desses pigmentos. Para tal, 80 incisivos
centrais superiores (Magister, Heraeus Kulzer) foram avaliados quanto à cor no
sistema CIEL*a*b*, utilizando-se um espectrofotômetro (Easyshade, Vita). A seguir, os
dentes foram submetidos a desafios ácidos (ácido cítrico 0,05M, pH 2,3), simulando a
degradação intraoral no período de um ano. Então, por meio de um protocolo
validado, os dentes foram pigmentados com ciclos de solução de clorexidina 0,2% e
chá preto. Após leituras de cor, os dentes foram submetidos a três agentes de limpeza:
Corega Tabs (Stafford-Miller), Polident (GlaxoSmithKline) e hipoclorito de sódio a
0,05%. O teste t de Student demonstrou que os dentes artificiais mostraram-se
significativamente mais pigmentados após desafios ácidos que simularam a
alimentação (p<0,001). Pela ANOVA, verificou-se que os agentes de limpeza
proporcionaram o branqueamento dos dentes artificiais pigmentados (p<0,001), não
havendo diferença significativa na eficácia das pastilhas efervescentes (Corega Tabs e
Polident) e da solução de hipoclorito de sódio a 0,05%. Porém, com o Corega Tabs a
remoção de pigmentos não resultou no alcance da cor original dos dentes artificiais.
Desafios ácidos acentuaram a deposição de pigmentos sobre dentes artificiais, mas
dependendo do agente de limpeza utilizado, a pigmentação tornou-se imperceptível.
Palavras-chave: corantes, dentes artificiais, limpadores.
71
524- OVERDENTURES MANDIBULARES RETIDAS POR MINI-IMPLANTES: ESTUDO
BIOMECÂNICO IN VITRO PELO MÉTODO DA CORRELAÇÃO DE IMAGENS DIGITAS
Della Vecchia MP*, Alves SV, Faria ACL, Rodrigues RCS, Ribeiro RF. Laboratório de
Estudos Biomecânicos em Prótese e Implantes/ Departamento de Materiais Dentários
e Prótese da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto-USP.
Este estudo avaliou o comportamento biomecânico de overdentures mandibulares
retidas por mini-implantes em comparação àquelas retidas por implantes
convencionais por meio da análise de correlação de imagens digitais (CID). Foram
confeccionados cinco modelos em poliuretano, utilizando mini-implantes de corpo
único de 2,0x10,0mm e implantes cone morse de 3,75x11,0mm, divididos em: G1- 1
mini-implante na linha média; G2- 2 mini-implantes na região de caninos; G3- 3 mini-
implantes, 1 na linha média e 2 na região de caninos; G4- 4 mini-implantes na região
interforaminal; e G5 (Controle)- 2 implantes convencionais na região de caninos. A
análise por CID foi realizada com aplicação de carga oclusal de 300N. As tensões
horizontais (Ɛхx) foram medidas em triplicata usando linhas de referência nos terços
cervical, médio e apical dos modelos, para análise das regiões anterior e posterior. Os
resultados mostraram que na região anterior houve predomínio de tensões de
compressão nos terços cervical e médio e de tensões de tração no terço apical, em
todos os grupos. Na região posterior, em G1, G3 e G4 predominaram tensões de
compressão nos terços cervical e médio com presença de tensões de tração no terço
apical. Entretanto, em G2 e G5 predominaram tensões de tração com maiores valores
nos terços médio e apical. Concluiu-se que o G4 apresentou distribuição de tensão
mais favorável, porém em todos os grupos as tensões geradas foram menores que
aquelas consideradas prejudiciais ao tecido ósseo.
Palavras-chave: Prótese dentária, implantes dentários
Apoio: CAPES
72
525- O EFEITO DE DIFERENTES PRÉ-TRATAMENTOS DO ESMALTE ERODIDO NA
RESISTÊNCIA DE UNIÃO À UM ADESIVO AUTOCONDICIONANTE
Lins RBE*, Vasconcelos MEOC, Sundfeld-Neto D, Pini NI, Yanikian CRF, Lima DANL,
Martins LRM. Departamento de Odontologia Restauradora - Faculdade de Odontologia
de Piracicaba FOP-UNICAMP. [email protected]
Atualmente há um aumento na incidência global de erosão dental. O esmalte erodido
apresenta alterações morfológicas e estruturais, tais como rugosidade aumentada e
microdureza reduzida, não sendo um substrato ótimo para a adesão. Portanto, o
objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de diferentes pré-tratamentos aplicados em
esmalte erodido, por meio de ciclagem com ácido cítrico, sobre a resistência de união
à um adesivo autocondicionante, antes e depois da realização de ciclagem térmica.
Foram utilizados 100 blocos de esmalte bovino aleatoriamente divididos em 5 grupos
conforme o pré-tratamento: G1) Sem tratamento; G2) Ácido fosfórico 35%; G3)
Cloreto de estanho 35%; G4) Chitosana 20% e; G5) Cloreto de estanho 35%+Chitosana
20%. Metade das amostras foram submetidas ao teste de microtração após 24 horas
do procedimento adesivo, outra metade foi submetida ao mesmo teste após a
ciclagem térmica. A Análise de Variância de 2 fatores mostrou que o pré-tratamento
(p=0,0009) e a termociclagem (p=0,0247) influenciaram os valores de resistência de
união. Entretanto, não houve interação entre os fatores (p=0,7766). Os valores obtidos
nos grupos que utilizaram a chitosana mostraram maior estabilidade de união após a
ciclagem térmica, portanto, pode-se concluir que a aplicação de chitosana 20%,
associada ou não ao cloreto de estanho 35%, pode ser alternativa de pré-tratamento
para procedimentos adesivos sobre esmalte erodido.
Palavras-chave: esmalte dentário, erosão dentária, adesivos dentinários.
73
526- IMPACTO DA ASSOCIAÇÃO DE SISTEMAS ADESIVOS A BASE DE MDP COM
CLOREXIDINA NO GRAU DE CONVERSÃO
Brianezzi LFF*, Agulhari MAS, Velo MMAC, Bim-Junior O, Giacomini MC, Honório HM,
Scaffa, PMC, Wang L. Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais
Odontológicos, Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva,
3Departamento de Ciência Biológicas, Faculdade de Odontologia de Bauru,
Universidade de São Paulo, Bauru, SP, Brasil. [email protected]
Os sistemas adesivos autocondicionantes, sobretudo os constituídos a base de MDP,
demonstram evidências de capacidade adesiva à dentina e durabilidade satisfatória.
Porém, a associação destes sistemas aos inibidores de enzimas proteolíticas no
tratamento dentinário apontaram interferências negativas no processo adesivo. Este
estudo in vitro avaliou o efeito da combinação dos principais sistemas adesivos
autocondicionantes comerciais ao diacetato de clorexidina no grau de conversão (GC).
Os fatores sistemas adesivos Adper Single Bond- SB (controle sem MDP), Clearfil SE
Bond- CSE e Adper Single Bond Universal- SU foram avaliados com a incorporação de
clorexidina (CHX) a 0; 0,2 ou 2%. Para cada sistema/combinação, 3μL foram
dispensados para a leitura (triplicatas) de conversão de monômeros em Espectroscopia
Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR-ATR)/ acessório de reflexão total
atenuada. Os dados foram analisados por ANOVA a dois critérios e Bonf
erroni (p<0,05). Os resultados de GC (%) indicaram que os fatores sistema adesivo e
clorexidina, bem como a interação foram estatisticamente significantes (p<0,001): SB-
90,57+3,21Aa, SB/0,2-94,43+0,78Aa, SB/2-91,68+1,82Aa, CSE-78,71+6,60Ba, CSE/0,2-
64,00+8,40Bb, CSE/2-46,14+4,24Bc, SU-84,57+1,93 ABa, SU/0,2- 67,45+8,15 Bb, SU/2-
60,02+3,16 Cc. Os sistemas a base de MDP foram afetados negativamente com a
incorporação de CHX, sendo que o aumento da concentração implicou em maior
comprometimento do grau de conversão destes sistemas.
Palavras-chave: Adesivos dentinários, Clorexidina, Polimerização.
74
527- ANÁLISE TRIDIMENSIONAL DA UNIFORMIDADE E EFICIÊNCIA DE
POLIMERIZAÇÃO DO LED POLYWAVE EM COMPÓSITO BULKFILL
Rocha MG*, Oliveira DCRS, Ferracane JL, Sinhoreti MAC, Martin AA, Correr AB.
Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de Piracicaba,
Universidade Estadual de Campinas. [email protected]
O objetivo neste estudo foi avaliar o perfil de emissão do feixe de luz de um LED
polywave e sua influência no grau de conversão e microdureza de um compósito
bulkfill. Um LED polywave (Bluephase G2) foi caracterizado por análise de
espectrofotometria de emissão (n=3) em mW/cm2/nm e análise da homogeneidade
do feixe de luz (n=3) em “top hat fator” (THF). O compósito bulkfill (Tetric EvoCeram
Bulkfill) foi inserido em cavidades padronizadas (n=3) (8x8 mm, 5 mm de
profundidade) e fotoativado com 20J/cm2. Para mapear o grau de conversão (GC) e a
microdureza (M) tridimensionalmente, secções longitudinais (1 mm de espessura)
foram avaliadas por micro espectroscopia Raman e ensaio de dureza Knoop. Os dados
foram submetidos à análise de variância com parcelas subdividas e teste de Tukey
(α=0,05; β=0,2). O fotoativador polywave emitiu 16,6 ± 0,4 J/cm2 com 0,431 THF em
420-495 nm e 3,4 ± 0,2 J/cm2 com 0,377 THF em 380-420 nm. Comparando as regiões
sob a emissão de 380-420 e 420-495 nm, não houve diferença no GC até 5 mm e na M
até 4 mm de profundidade. Entretanto, sob emissão de 380-420 nm não houve
diferença no GC até 2 mm e na M até 3 mm em profundidade. Na região sob emissão
de 420-495 nm não houve diferença no GC até 3 mm e na M até 4 mm em
profundidade. Na região de confluência da emissão 380-420 e 420-495 nm não houve
diferença estatística no GC e na M até 4 mm de profundidade. A uniformidade de
emissão do feixe de luz do LED polywave afetou tridimensionalmente a extensão e a
profundidade de polimerização do compósito bulkfill.
Palavras-chave: compósitos, polimerização, luz de cura dental.
Apoio: CNPq (140965/2016-5), FAPESP (2013/04241-2), Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nivel Superior (CAPES).
75
528- EFEITO DA COMBINAÇÃO DE FOTOINICIADORES NA COR, ESTABILIDADE DE COR
E PROFUNDIDADE DE CURA DE COMPÓSITOS RESINOSOS
Oliveira DCRS*, Rocha MG, Correr AB, Ferracane JL, Sinhoreti MAC. Laboratório de
materiais dentários, Departamento de odontologia restauradora, faculdade de
odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas. [email protected]
O objetivo neste estudo foi avaliar o efeito da combinação de fotoiniciadores na cor,
estabilidade de cor e profundidade de cura de compósitos resinosos. Compósitos
experimentais com 65% em peso de partículas de reforço foram manipulados
contendo diferentes proporções equimolares de canforquinona (CQ) e óxido
trimetilfosfínico (TPO) em 1:0, 3:1, 1:1, 1:3 e 0:1 em relação a 0,2% em peso de CQ. A
fotoativação foi realizada com LED polywave (Valo Cordless, Ultradent) e 20 J/cm2. As
análises de cor foram realizadas por meio de espectrofotometria em amostras com 5
mm de diâmetro e 2 mm de espessura em diferentes tempos: antes e após
fotoativação e após 120 h de envelhecimento por luz UV. Alterações de cor foram
calculadas pela fórmula CIEDE2000. A avaliação da profundidade de cura foi realizada
por meio de micro espectroscopia FT-NIR em amostras de 5x5 mm e 3 mm de
profundidade. Todos os dados foram submetidos à análise de variância e teste de
Tukey (α =0,05; β=0,2). O aumento da proporção de TPO reduziu o grau de amarelo, a
alteração de cor após fotoativação e a alteração de cor com o tempo de acordo com a
sua concentração (p<0,001). Entretanto, a maior proporção de TPO reduziu a
profundidade de cura (p<0,009), enquanto que proporções de 3:1 e 1:1 CQ:TPO não
diferiram estatisticamente do compósito contendo somente CQ na profundidade de
cura até 2 mm (p>0,3). Desta forma, foi possível concluir que a adição de TPO até 50%
favoreceu colorações mais estéticas e com maior estabilidade de cor sem afetar a
eficiência de cura de compósitos resinosos convencionais à base de CQ.
Palavras-chave: fotoiniciadores dentários, resinas compostas, luzes de cura dental.
Apoio: Projeto apoiado pela FAPESP 2013/04241-2. Rocha MG é bolsista CNPq
(140965/2016-5).
76
529 - ANÁLISE DE ELEMENTOS FINITOS 3D DE PINO DE FIBRA E DESENHO DE FÉRULA
ESPECÍFICA DE PACIENTE
Rodrigues MP*, Valdivia ADCM, Pessoa RS, Veríssimo C, Soares PBF, Versluis A, Soares
CJ. Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de
Uberlândia. [email protected]
Este estudo desenvolveu protocolo de análise por elementos finitos (AEF) com
modelos tridimensionais (3D) específicos de pacientes com incisivos centrais tratados
endodonticamente (IC) com presença uniforme de férula (Fe - 1,5mm) e férula
irregular (PFe 1,9 - 0,1mm) reabilitados com pino de fibra de vidro (PFV) e coroa
cerâmica CAD-CAM (CC), Um paciente com dois ICs, um com Fe e um com PFe
receberam PFV, núcleo de resina composta e CC a base de di-silicato de lítio. A partir
de tomografias Cone-Beam foram gerados modelo 3D dos Ics reabilitados, para avaliar
a distribuição de tensões sob carga mastigatória. Foi mensurada força de mordida em
cada IC e em contato dos dois ICs, e simultaneamente, usando strain-gauges fixados
nas superfícies vestibulares das coroas foi registrado a deformação do dente
restaurado para testar a validade do experimento. A aplicação de carregamento foi
feita em 3 formas: M1: carga nodal usando forças individuais (55N IC direito; 100 N IC
esquerdo); M2: carga nodal usando a força medida para dois ICs (155N); e carga M3:
simulando contato dos dentes antagonistas (155N). Os níveis de tensões no IC com PFe
foram mais elevadas que no IC com Fe, independentemente do método de
carregamento. A tensão nas raízes e PFV para os modelos M1 e M2 foram maiores do
que aqueles para o modelo M3. A manutenção de Fe uniforme foi mais favorável que
Fe com altura maior em área localizada. O método de simulação de carregamento foi
mais realístico para o modelo M3. Os dados de extensometria validaram a AEF com
modelos 3D específicos de pacientes.
Palavras-chave: Analise por Elementos Finitos, Pino de fibra, Ferula
Apoio: FAPEMIG
77
530 - EFEITO DA ABERTURA CORONÁRIA PARA ACESSO ENDODÔNTICO E
PROTOCOLO RESTAURADOR NA DISTRIBUIÇÃO DE TENSÃO DE PREMOLARES
Oliveira LV*, Rodrigues MP, Leoni GB, Pereira RD, Palma-Dibb RG, Sousa-Neto MD,
Soares CJ. Dentística e Materiais odontológicos-FOUFU. [email protected]
Este estudo teve como objetivo analisar por meio de elementos finitos o efeito do
preparo cavitário de acesso endodôntico em pré-molares superiores: dente hígido
(controle); cavidade endodôntica conservativa (CEC); cavidade endodôntica
conservativa com paredes divergentes (CECD) e cavidade endodôntica tradicional
(CET). Quatro modelos tridimensionais (3D) de pré-molar com um dos 4 tipos de
acesso endodôntico, simulando tratamento endodôntico foram gerados a partir de
microtomografias de dentes com estes tipos de acesso. Todos os modelos foram
restaurados com forramento do assoalho da câmara pulpar com aplicação de camada
de 1 mm de cimento de hidróxido de cálcio (Dycal, Dentsply), uma camada de 2 mm de
espessura de cimento de ionômero de vidro autopolimerizável (Kect Fill, 3M-ESPE) e
restaurados com resina composta (Filtek Z350XT, 3M-ESPE). Sob aplicação de
carregamento de 45º em relação ao longo eixo na cúspide palatina foi analisado a
distribuição de tensões empregando critério de von Mises modificado.Os níveis de
tensões nos 4 modelos foram semelhantes e muito próximos ao dente hígido,
demonstrando que a resina composta possui a capacidade de recuperação do estado
de tensões naturais. A indicação de acesso endodôntico extremamente conservadora
que pode dificultar o preparo biomecânico do canal radicular parece não ser
justificável pelo menor impacto na biomecânica de premolares tratados
endodonticamente.
Palavras-chave: abertura coronária, Analise por Elementos Finitos, Preparo da
Cavidade Dentária
Apoio: CAPPES; CNPQ; FAPEMIG
78
531 - INFLUÊNCIA DO JATEAMENTO E DE AGENTES DE UNIÃO NA RESISTÊNCIA AO
CISALHAMENTO DA INTERFACE ZIRCÔNIA/CIMENTO RESINOSO ADESIVO (PANAVIA
F)
Celestino GT*, Souza BAP, Martins SB, Trindade FZ, Abi-Rached FO, Fonseca RG.
Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese. [email protected]
O objetivo desse estudo foi investigar o efeito de diferentes partículas utilizadas no
jateamento e agentes de união na resistência ao cisalhamento (RC) da interface
zircônia/cimento resinoso Panavia F. Foram confeccionados 96 discos de zircônia, os
quais foram divididos em dois grupos de acordo com a partícula empregada no
jateamento:1) partículas de Al 2 O 3 de 120 µm; 2) partículas de Al 2 O 3 de 120 µm
seguido por partículas de Al 2 O 3 de 110 µm modificadas por sílica (Rocatec Plus).
Após os jateamentos, os discos foram subdivididos, e receberam um dos seguintes
agentes de união (n=12): 1) sem agente de união (grupo controle); 2) Clearfil SE Bond
Primer/Clearfil Porcelain Bond Activator (Kuraray); 3) apenas Clearfil Porcelain Bond
Activator; 4) RelyX Ceramic Primer (3M ESPE). Os espécimes foram cimentados em
discos de resina composta, e após 48h, foram submetidos ao ensaio de RC em máquina
de ensaios mecânico. O modo de falha foi analisado e a grande maioria demonstrou
falha adesiva. De acordo com os resultados da ANOVA 2-fatores, não houve diferença
estatisticamente significativa com relação ao tipo de partícula utilizada. Os grupos 2 e
3 apresentaram os maiores valores de RC, deduzindo-se que houve a participação do
MDP, presente no Clearfil SE Bond Primer, e do silano (MPS), presente no Clearfil
Porcelain Bond Activator. Entretanto, nos grupos que só tiveram a participação do
agente silano (3 e 4), houve uma diferença nos valores de resistência, na qual o grupo
4 apresentou menor valor. A alta quantidade de álcool presente em alguns silanos
pode afetar o desempenho do MDP.
Palavras-chave: Jateamento. Resistência ao cisalhamento.
Apoio: FAPESP
79
532 - EFEITO DE SISTEMAS ADESIVOS CONVENCIONAIS CONTENDO COBRE SOBRE AS
PROPRIEDADES MICROBIOLÓGICAS, MECÂNICAS E ADESIVAS À DENTINA
Hanzen TA*, Gutiérrez MF, Malaquias P, Hass V, Matos TP, Lourenço L, Reis A,
Loguercio AD, Farago PV. Departamento De Ciencias Odontologicas – UEPG.
O objetivo do estudo foi avaliar o efeito da adição de nanopartículas de cobre (NPC),
em diferentes concentrações, em um sistema adesivo simplificado sobre a atividade
antimicrobiana (AAM), microdureza (MD), grau de conversão de corpos de prova (GC-
c), resistência de união a dentina (RU) e nanoinfiltração (NI). Sete sistemas adesivos
foram formulados com a adição de NPC (0 [CT], 0,0075, 0,015, 0,06, 0,1, 0,5 e 1%) no
adesivo Ambar. Foi testada a AAM contra Streptococcus mutans por meio de ensaios
de difusão em ágar. Para MD e GC-d, as amostras foram testadas após 24 h (IM). O
esmalte oclusal de trinta e cinco molares foi removido e os adesivos foram aplicados
na superfície da dentina após condicionamento com ácido fosfórico a 37%. Após feitas
restaurações em resina composta, os espécimes foram seccionados longitudinalmente
para se obter espécimes (palitos) de resina-dentina. Para RU e NI, os espécimes foram
testados no IM e após 1 ano. Os dados foram submetidos à análise estatística
apropriada (α = 0,05). Observou-se que a adição de NPC adicionou AAM aos adesivos
em todas as concentrações (p < 0,01), e aumentou a MD a partir de 0,06% (p < 0,001).
Apenas a adição de 1% de NPC diminuiu o GC-d (p = 0,02). Após 1 ano, decréscimos de
RU e aumentos de NI foram observados no grupo CT (p < 0,05), não sendo observados
nos adesivos contendo cobre (p > 0,05). A adição de NPC até 0,5% inseriu AAM e
aumentou a estabilidade a longo prazo das interfaces resina-dentina, sem
comprometer, no entanto, as propriedades mecânicas dos adesivos testados.
Palavras-chave: Dentina, adesivos, cobre.
80
533 - GLICEROL-DIMETACRILATO COMO MONÔMERO ALTERNATIVO PARA
SUBSTITUIÇÃO DO HIDROXI-ETIL-METACRILATO EM ADESIVOS SIMPLIFICADOS
Araújo-Neto VG*, Nobre CFA, Alencar AA, Lima HT, Queiroz NO, Lemos MVS, Feitosa
VP. Centro Universitário Católica de Quixadá. Programa de Pós-graduação em
Odontologia UFC-Ceará. [email protected]
O objetivo foi avaliar a substituição do monômero HEMA (hidroxetil-metacrilato) pelo
GDMA (glicerol-dimetacrilato) em adesivos experimentais convencionais de dois
passos e autocondicionantes de passo único no desempenho adesivo à dentina. Os
adesivos experimentais tiveram a mesma composição, diferenciando-se apenas no
monômero hidrófilo HEMA ou GDMA na concentração de 20%, dividindo-se em quatro
grupos: HEMA-convencional, GDMA-convencional, HEMA-autocondicionante; e
GDMA-autocondicionante. A resistência de união à microtração (µTBS) foi avaliada
após restauração de superfícies planas de dentina de molares extraídos. Os espécimes
foram cortados em palitos resina-dentina de 1mm², que foram testados após 24h ou 3
meses de armazenagem em água destilada. Espécimes restaurados contendo
rodamina-B nos adesivos foram avaliados qualitativamente em microscopia confocal
após infiltração de fluoresceína para protocolo de micropermeabilidade. Os resultados
foram analisados com ANOVA dois fatores e teste de Tukey (p<0,05). A µTBS foi
estatisticamente maior com GDMA-convencional (média 29,2MPa) que com HEMA-
convencional (média 20,7MPa), não houve diferença estatística entre HEMA e GDMA
no adesivo autocondicionante em 24h. Todos os adesivos mostraram redução
estatística na µTBS após 3 meses, exceto GDMA-autocondicionante (p=0,744). Conclui-
se que o GDMA pode substituir o HEMA gerando maior µTBS inicial em adesivos
convencionais simplificados e proporcionando maior durabilidade a sistemas adesivos
autocondicionantes de passo único.
Palavras-chave: Adesivos dentinários. Dimetacrilatos. Dentina
81
534- EFEITO DA INCLUSÃO DE NANOPARTÍCULAS DE COBRE EM SISTEMAS ADESIVOS
CONVENCIONAIS SOBRE AS PROPRIEDADES MECÂNICAS E MICROBIOLÓGICAS
Paula AM*, Matos TP, Gutiérrez MF, Malaquias P, Szesz AL, Pinto SCS, Bermudez JP,
Farago PV, Loguercio AD. Odontologia/Departamento de Odontologia – UEPG.
O objetivo do estudo foi avaliar o efeito da adição de nanopartículas de cobre (NPC),
em diferentes concentrações, em um sistema adesivo convencional simplificado sobre
a atividade antimicrobiana (AAM), grau de conversão (GC), resistência máxima à tração
(RMT), sorção de água (SO) e solubilidade (SB) durante 28 dias, e liberação de cobre
(LC). Sete sistemas adesivos experimentais foram formulados de acordo com a adição
de NPC (0 [controle], 0,0075, 0,015, 0,06, 0,1, 0,5 e 1%) no sistema adesivo
convencional Ambar. Avaliou-se a atividade antimicrobiana dos adesivos formulados
contra Streptococcus mutans por meio de ensaios de difusão em ágar. Para GC, as
amostras foram confeccionadas e testadas após 24 h através de FTIR. Para RMT, as
amostras foram testadas depois de 24 horas e 28 dias. Para SO e SB, depois de
confeccionados os espécimes, eles foram armazenados em água e as propriedades
medidas durante 28 dias. Para LC, as amostras foram armazenadas em solução de
ácido nítrico a 2% e as propriedades medidas durante 28 dias. Os dados foram
submetidos à análise estatística (α = 0,05). A inclusão de NPC adicionou propriedades
antimicrobianas aos adesivos em todas as concentrações (p < 0,05), e não influenciou a
RMT, SO e SB (p > 0,05). LC elevadas foram observadas em adesivos com maior
concentração de NPC (p < 0,05), 0.060%, 0.1%, 0.5% e 1%. A adição de NPC em
concentrações até 1% no sistema adesivo convencional simplificado Ambar pode ser
uma alternativa para proporcionar propriedades antimicrobianas, sem comprometer
as propriedades mecânicas deste sistema adesivo.
Palavras-chave: dentina, adesivos dentinários, cobre.
82
535 - CARGA MÁXIMA DE FRATURA DE UMA VITROCERÂMICA CONDICIONADA COM
ÁCIDO EM DIFERENTES TEMPOS
Rocha LR*, Borba M, Ottoni R, Benetti P. Faculdade de Odontologia/Universidade de
Passo Fundo. [email protected]
O estudo avaliou a carga de fratura de uma vitrocerâmica de silicato de lítio reforçada
por zircônia condicionada com ácido fluorídrico 10% por diferentes tempos. Amostras
cerâmicas (12 x 14 x 1,2 de espessura) foram obtidas pelo corte de blocos para
CAD/CAM. Após acabamento e sinterização, as amostras foram divididas em 3 grupos
(n=10) para o condicionamento ácido por 20s (G20), 40s (G40) e 60s (G60), seguido de
lavagem sônica e secagem. Bases cilíndricas de NEMA G10 (19 de diâmetro x 8 mm de
espessura) foram confeccionadas contendo 5 orifícios no centro da base para permitir
contato de água na interface adesiva. Silano e adesivo foram aplicados sobre a
superfície da cerâmica e do G10. O cimento resinoso fotopolimerizavel foi aplicado no
centro da cerâmica que foi posicionada sobre a base de G10, e foi fotoativado. Em
máquina de ensaios universal e em água destilada a 37ºC, uma força compressiva (0,1
mm/s) foi aplicada por um pistão plano de 3mm de diâmetro no centro da cerâmica
até o primeiro sinal de fratura. O modo de falha foi analisado. Os resultados foram
avaliados por ANOVA e Tukey (5% de significância). Não houve diferença de carga de
fratura entre os grupos (p=0,155). Todos os grupos apresentaram modo de fratura
radial com origem na interface de cimentação na área oposta à de aplicação de carga,
com exceção de 1 corpo de prova do G40, que sofreu fratura catastrófica com origem
em trinca da superfície (Hertzian/cone). Portanto, o tempo de condicionamento ácido
(20s, 40s e 60s) não influencia a carga de fratura imediata da vitrocerâmica cimentada.
Palavras-chave: cerâmica, porcelana dentária, ataque ácido dentário
83
536- ÁCIDO ANACÁRDICO COMO AGENTE DE LIMPEZA CAVITÁRIA EM
ODONTOLOGIA ADESIVA
Ferraz C*, Queiroz CMF, Mendonça JS, Sousa FFO, Santiago SL, Yamauti M. Laboratório
da Pós-Graduação em Odontologia/Doutorado em Odontologia; Faculdade de
Fármácia Odontologia e Enfermagem da Universidade Federal do Ceará.
Avaliou-se, in vitro, o uso do ácido anacárdico como agente de limpeza cavitária sob
restaurações adesivas. Sobre superfícies dentinárias planas de molares humanos
extraídos (Protocolo CEP n ° 810.992), foram aplicadas água destilada (AD), solução de
digluconato de clorexidina (CHX) e solução de ácido anacárdico (AA). Essas soluções
foram aplicadas após condicionamento com ácido fosfórico na técnica adesiva
convencional, e previamente à aplicação do primer na técnica autocondicionante,
totalizando seis grupos experimentais (2 técnicas adesivas x 3 agentes de limpeza). A
morfologia do substrato exposto aos agentes de limpeza foi avaliada por MEV. Após
uso de cada solução, foram aplicados os sistemas adesivos e realizadas restaurações
com resina composta. Os dentes foram armazenados em água destilada a 37ºC. Após
24 h, os dentes foram seccionados longitudinalmente em ambas direções para
avaliação da resistência de união à dentina por teste de microtração. Após análise de
MEV, observou-se que o AA não é capaz de desmineralizar o substrato dentinário e
não altera sua morfologia superficial. Não houve diferença estatisticamente
significante entre os valores de resistência de união dos grupos (p>0.05), sendo que
para o sistema adesivo convencional, o uso de CHX apresentou os maiores valores
numéricos (56,1 MPa) e para o sistema autocondicionante os maiores valores foram
observados quando do uso de AA (59,3 MPa). O ácido anacárdico não afetou a
resistência de união após 24 h, indicando que poderia ser utilizado como agente de
limpeza cavitária.
Palavras-chave: Adesivos Dentinários; Dentina; Desinfetantes
84
538- AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DO ENVELHECIMENTO IN SITU NA TRANSFORMAÇÃO
DE FASE E NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE CERÂMICAS Y-TZP.
Netto LRC*; Miragaya LM; Guimarães RB; Silva EM. Laboratório Analítico de
Biomateriais Restauradores (LABiom–R) Universidade Federal Fluminense (UFF) -
Niterói – RJ. [email protected]
O presente estudo teve como objetivo avaliar a influência do envelhecimento intra-
oral (in situ) sobre a transformação de fase de tetragonal para monoclínica (t→m) em
duas cerâmicas odontológicas de Y-TZP - LavaTM Frame (Frame) e LavaTM Plus (Plus) –
e determinar o impacto desta transformação nas propriedades mecânicas (resistência
à flexão, módulo de elasticidade, tenacidade à fratura e micro-dureza) destes
materiais. Espécimes cerâmicos foram analisados por difração de raios X (XRD) e
microscopia eletrônica de varredura (MEV) antes e depois de um armazenamento
intra-oral de 60 dias. Depois da análise controle, os espécimes foram anexados a dois
dispositivos intra-orais personalizados em resina acrílica e entregues a 20 voluntários,
que os utilizaram durante 60 dias antes que novas análises fossem executadas. A
cerâmicas após o envelhecimento (Plus = 4,7% / Frame = 7,7%). A avaliação em MEV
mostrou uma tendência ao desprendimento de ZrO2 de após o período de 60 dias.
Estes resultados sugerem que a estrutura Y-TZP é realmente afetada pelo ambiente
oral, o que pode induzir a transformação de fase t→m, bem como comprometer suas
propriedades mecânicas. Número do protocolo de pesquisa de aprovação do Comitê
de Ética: 21519713.9.0000.5243
Palavras-chave: Cerâmicas odontológicas; Propriedades Mecânicas; Degradação In situ.
85
539- ANÁLISE DA OBLITERAÇÃO DOS TÚBULOS DENTINÁRIOS E DA PERMEABILIDADE
DENTINÁRIA APÓS TRATAMENTO COM DENTIFRÍCIOS DESSENSIBILIZANTES
Poskus LT, Silva EM, Guimaraes JGA, Pereira KF; Martins Junior ALF*. Odontotécnica/
Departamento de dentística/ Faculdade de odontologia/ Universidade Federal
Fluminense – UFF. [email protected]
O projeto tem como objetivo avaliar in vitro a obliteração dos túbulos dentinários e a
permeabilidade dentinárias após utilização de diferentes agentes. 42 incisivos bovinos
tiveram o esmalte do terço cervical da face vestibular removido. 21 dentes foram
seccionados para obtenção de fatias de 2mm de espessura. A superfície dentinária de
cada fatia e dos demais dentes não fatiados recebeu tratamento condicionante com
EDTA 24%. Após o preparo da superfície dentinária, os dentes em fatia e os dentes
somente com exposição de dentina, foram distribuídos em 7 grupos: CT; CS; SR; SF;
RD; RS; RDS. Os três dentes com exposição de dentina sofreram clivagem
longitudinalmente, no sentido vestíbulo-lingual para análise dos túbulos dentinários no
MEV. Os três dentes restantes fatiados foram analisados no MEV e o número, o
diâmetro e a área dos túbulos dentinários calculados com auxílio de um software.
Sobre a permeabilidade observou-se os seguintes dados: CT: média 64,58% DP 12, 58/
CS: média 31,91% DP 20,94 / SR: média 34,63% DP 13,83. Os dados de permeabilidade
mostraram diferença estatística significante (p<0.05). Os dentifrícios CS e SR levaram a
menores valores de permeabilidade dentinária, quando comparados ao dentifrício CT.
Palavras-chave: dentifrícios dessensibilizantes, profundidade de dentina,
permeabilidade da dentina.
Apoio: Coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível superior - CAPES
86
540 - O PAPEL BIOMIMETIZADOR DO TRIMETAFOSFATO DE SÓDIO NA ADESÃO À
DENTINA DESMINERALIZADA
Gonçalves RS*, Hissano WS, Zabeu GS, Honório HM, Scaffa, PMC, Wang L.
Departamento de Ciências Biológicas. Faculdade de Odontologia de Bauru,
Universidade de São Paulo. [email protected]
O trimetafosfato de sódio (STMP), inicialmente empregado como agente
remineralizador no esmalte, tem sido investigado no papel de biomimetizador da
dentina. Este estudo in vitro avaliou o seu efeito na resistência de união (RU) à dentina
artificialmente desmineralizada. Molares humanos hígidos foram preparados, expondo
dentina média. Cinquenta molares foram submetidos ao desafio cariogênico artificial
(7d/37ºC) e dez mantidos hígidos. Em seguida foram divididos (n=10): GI- hígido
(controle positivo) GII- água deionizada (cariado sem tratamento -controle negativo),
GIII- STMP 1,5%, GIV- STMP 1,5% + Ca(OH)2, GV- STMP 1,5% + NaF e, GVI- NaF. Após
os tratamentos (10 min), os espécimes foram restaurados (Single Bond Universal
(autocondicionante)/ Filtek Z250), sendo obtidos palitos de ±0,8mm2 para o teste de
microtração (0,5mm/min) e análise do padrão de fratura (microscópio ótico-40x). Os
dados foram analisados por Kruskal-Wallis (p<0,05) obtendo-se os seguintes valores:
GI- 45,28±1,35; GII- 8,72±0,54; GIII- 8,12±1,52; GIV-15,76±1,50; GV-12,26±2,67; GVI-
10,31±1,82. Os maiores valores de RU foram obtidos na condição hígida enquanto a
condição desmineralizada obteve os valores mínimos. Os grupos tratados com NaF
com ou sem STMP não foram capazes de melhorar a adesão. Apenas o STMP 1,5% +
Ca(OH)2 apresentou a capacidade de melhorar a RU. O padrão de fratura adesivo foi
predominante. O uso do STMP associado ao Ca(OH)2 apresenta-se como uma
estratégia terapêutica viável conciliando a capacidade biomimetizadora ao processo
adesivo satisfatoriamente.
Palavras-chave: Adesivos dentinários. Remineralização dentária. Dentina.
Apoio: FAPESP
87
541 - AVALIAÇÃO DO DIÓXIDO DE CLORO COMO AGENTE CLAREADOR INTERNO
Lopes MB*, Hirata BS, Burey A, Kaneshima RH, Guiraldo RD, Berger SB, Felizardo KR,
Gonini-Júnior A. Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, Departamento de
Odontologia. [email protected]
A pigmentação intrínseca dos elementos dentais provenientes de deterioração de
células sanguíneas podem trazer um grande desconforto aos pacientes. Técnicas foram
desenvolvidas para contornar tal mazela utilizando produtos para o clareamento
dental. Este estudo teve como objetivo avaliar ex vivo a efetividade de um produto
experimental à base de dióxido de cloro em incisivos bovinos na técnica Walking
Bleach. Trinta incisivos bovinos foram artificialmente pigmentados utilizando sangue
bovino. Os dentes foram dividos em 3 grupos: 1- Perorado de sódio + água destilada,
2- dióxido de cloro estabilizado a 0,07% com o pH 3,5 e 3- controle contendo bola de
algodão. Os agentes clareadores foram utilizados no dia 0, 7, e 14. Para avaliação do
clareamento dental foi usado o aparelho Vita Easyshade e o sistema CIELAB nos dias 7,
14 e 21. Os dados obtidos foram avaliados no teste Análise de Variância de medidas
repetidas e teste de Tukey. Na avaliação do ΔEab foi e
ncontrado diferença estatística quando comparado G1 (23,4 ± 4,3) com G2 (6,1 ± 2,4)
e G3 (5,8 ± 3,6), os quais não diferiram entre si (p<0,05). O grupo experimental à base
de dióxido de cloro não foi capaz de clarear os elementos dentais pela técnica Walking
Bleach. O dióxido de cloro estabilizado não demonstrou ser efetivo para atuar como
um agenteclareadorinterno.
Palavras-chave: clareadores dentários, dióxido de cloro, pigmentação
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543 - CONDICIONAMENTO ALTERNATIVO COM DIFERENTES PHS DE ÁCIDO
METAFOSFÓRICO NA ADESÃO À DENTINA DE UM ADESIVO CONVENCIONAL
Mendes TAD*, Lemos MVS, Silva JC, Reis A, Loguercio AD, Feitosa VP. Programa De Pós
Graduação em Odontologia da Universidade Federal do Ceará.
O ácido metafosfórico (MPA) é um derivado do tradicional ácido ortofosfórico (OPA),
utilizado para condicionamento em sistemas adesivos convencionais, apresentando
diversas vantagens em relação a este. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do
condicionamento com MPA neutralizado em diferentes pHs na resistência de união
(RU), nanoinfiltração, micropermeabilidade e grau de conversão (GC) de um adesivo
convencional. Trinta e seis terceiros molares hígidos foram cortados a fim de expor
dentina média. Sendo posteriormente condicionados por ácido metafosfórico 40% em
diferentes pHs (0,5; 1,0 ou 2,0 por 15, 30 e 60 segundos, respectivamente) ou OPA
37% e aplicado o adesivo convencional Ambar (FGM). Os espécimes foram
restaurados e cortados em palitos de 1mm² em média. Microtração após 24h em água
ou 2h em 5% de hipoclorito de sódio (n=6), micropermeabilidade dentinária (n=3),
nanoinfiltração interfacial (n=6) e grau de conversão in situ (n=3) foram avaliados em
uma máquina de ensaios universais, microscópio confocal a laser, microscopia
eletrônica de varredura e espectroscopia micro-Raman, respectivamente. Os maiores
valores de RU imediato foram encontrados nos grupos MPA pH-0,5 (53,1± 4,1) e MPA
pH-1,0 (46,6 ± 3,1), sendo o grupo MPA pH-2,0 mais efetivos em preservar a RU após
envelhecimento. OPA gerou interfaces mais permeáveis e com maior degradação. Para
selamento dentinário os melhores resultados foram encontrados nos grupos MPA pH-
0,5 e MPA pH-2,0. Quanto a nanoinfiltração, o grupo MPA pH-1,0 apresentou menor
presença de prata. Não houve diferença estatística entre os GC testados (p=0,395).
MPA demonstrou adesão superior ao condicionamento com OPA, sendo um promissor
ácido para um futuro uso clínico.
Palavras-chave: Dentina. Adesão. Hipoclorito.
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544 - EFEITO DO TIPO DE MONÔMERO ÁCIDO EMPREGADO EM CIMENTOS
RESINOSOS AUTOADESIVOS EXPERIMENTAIS NA RESISTÊNCIA DE UNIÃO À DENTINA
E À Y-TZP.
Albuquerque PPAC*, Schneider LF, Moraes RR, Cesar PF, Rodrigues-Filho LE.
Departamento de Biomateriais e Biologia Oral/ Universidade de São Paulo.
Avaliar a resistência de união (RU) ao cisalhamento em área reduzida de cimentos
resinosos autoadesivos (CRAs) à dentina e à Y-TZP. Cimentos do tipo pasta-pasta foram
formulados a partir do emprego de monômeros convencionais BISGMA, HEMA, UDMA,
TEGDMA e monômeros ácidos 2MP e GDMAP. Canforoquinona/EDMAB e peróxido de
benzoíla/DHPT, além de um sal (BAS) foram incorporados como sistema de ativação
dual. Partículas de carga foram adicionadas na proporção de ±55% em peso final. O
teste de microcisalhamento foi realizado em uma maquina de ensaios universais
(Kratos). O uso dos dentes foi previamente aprovado pelo comitê de ética
(33167714.0.0000.0075). Os espécimes de Y-TZP foram testados sem nenhum
tratamento e após o tratamento COJET+SILANO. As análises foram realizadas de
maneira imediata e após um protocolo de envelhecimento em meio úmido. O padrão
de fratura foi analisado por estereomicroscópio. Os resultados foram submetidos ao
ANOVA 2 fatores e Tukey teste (alfa = 5%). O grupo GDMAP não apresentou diferença
estatística (p>0,05) quando analisada a RU em dentina de forma imediata (23,3 MPa) e
após 3 meses (24,1 MPa). Os demais grupos apresentaram uma ligeira queda nos
valores de RU nos diferentes intervalos de análise. Foi observado um descolamento
prematuro dos espécimes ou baixíssimos resultados de RU à Y-TZP após 3 meses. O
modo de fratura misto foi predominante para dentina, e misto/adesivo para Y-TZP.
Não foi possível observar uma adesão estável a Y-TZP, independente do tratamento de
superfície. O grupo GDMAP gerou resultados estáveis de RU em dentina.
Palavras-chave: Cimentos dentários, resistência ao cisalhamento, cerâmica.
90
545- PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DE COMPÓSITOS EXPERIMENTAIS COM
AGENTES ANTIBACTERIANOS A BASE DE QUATERNÁRIO DE AMÔNIA
Vidal ML*, Rego GF, Schneider LF, Cavalcante LM. LABiom-R/ Dentística/ UFF.
O objetivo desse estudo foi avaliar grau de conversão (GCM), propriedades térmicas
(PT), contração de polimerização (CP) e dureza Knoop (DK) antes e após o
armazenamento de compósitos experimentais contendo diferentes tipos e
concentrações de monômeros antibacterianos a base de quaternário de amônia (QAS).
Cinco compósitos foram confeccionados com 5% ou 10% de dimetilaminododecil
metacrilato (DMADDM) ou dimetilaminohexadecil metacrilato (DMAHDM) e um grupo
controle (GC) sem adição de QAS. O teste de GCM foi realizado através de FTIR. Para as
PT foram realizados os testes de termogravimetria (TGA) onde foi determinada a
temperatura de decomposição da matriz orgânica (TD) e calorimetria diferencial de
varredura (DSC) para que se obtivesse a temperatura de transição vítrea (Tg). Para a CP
foi utilizada a técnica do disco aderido. Para DK 5 amostras por grupo foram
endentadas após 24 horas de armazenamento a seco e após 14 dias em etanol
absoluto. A análise estatística foi feita através da análise de variância one way e two
way e teste de Tukey. Os resultados mostraram que todos os grupos produziram GCM
semelhante ao GC. TGA e DSC mostraram que o compósito com 5% de DMADDM
possuiu a maior TD e Tg. Não houve diferença estatística entre os grupos para CP. Para
DK, antes do armazenamento GC diferiu do grupo com 10% de DMAHDM; todos os
grupos com QAS tiveram decréscimo após o armazenamento e apenas o grupo com 5%
de DMADDM não diferiu estatisticamente do GC. Conclui-se assim, que incorporação
de 5% de DMADDM não alterou as propriedades avaliadas.
Palavras-chave: resina composta, agentes antibacterianos, propriedades físicas e
químicas.
Apoio: FAPERJ N° e-26/102.215/2013
91
546 - RESISTÊNCIA DE UNIÃO E CAPACIDADE DE SELAMENTO ENTRE PINOS DE FIBRA
À DENTINA INTRARRADICULAR SUBMETIDA A DIFERENTES SOLUÇÕES IRRIGANTES
Maluly-Proni AT, Suzuki TYU, Pereira MA, Gomes-Filho JE, Briso ALF, Assunção WG, Dos
Santos PH. Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese/Faculdade de
Odontologia de Araçatuba-UNESP. [email protected]
Avaliar a resistência de união (RU) e capacidade de selamento (CS) de pinos de fibra de
vidro nos diferentes terços da dentina intrarradicular (cervical, médio e apical)
submetidos a diferentes agentes irrigantes. Noventa pré-molares humanos
unirradiculares foram utilizados neste estudo. Os dentes foram divididos de acordo
com os agentes irrigantes (água destilada, hipoclorito de sódio 5,25%, ácido poliacrílico
25%, clorexidina 2% e dispersão de nanopartícula de prata à 23 ppm) e a técnica para
cimentação dos pinos de fibra: SBU – Scotchbond Universal + RelyX ARC; U200 - RelyX
U200; MCE - Maxcem Elite. Os dados de RU e CS foram submetidos à ANOVA e teste
de Fisher (α=0,05). Amostras representativas foram levadas à microscopia eletrônica
de varredura. A solução de nanopartícula de prata apresentou os maiores valores de
RU e menor CS em todos os terços analisados para o grupo SBU. No grupo U200, os
maiores valores de RU foram encontrados para a solução de hipoclorito de sódio. Para
a CS, a solução de nanopartícula de prata apresentou os menores valores de
permeabilidade nos terços cervical e apical. O grupo MCE apresentou de modo geral,
os menores valores de RU. Houve diminuição dos valores de resistência de união no
sentido cérvico-apical para todos os grupos. O tratamento de nanopartícula de prata
apresentou permeabilidade similar para todos os terços. A nanopartícula de prata
pode ser utilizada como agente irrigador previamente a cimentação de pinos, uma vez
que além de possuir efeito antibacteriano, não causa interferência na adesão entre o
pino e dentina intrarradicular.
Palavras-chave:Cimentos de resina, adesivos dentinários, nanopartículas, prata,
técnica para retentor intrarradicular.
Apoio: FAPESP Processo n° 2012/12771-9 / Comitê de ética (Plataforma Brasil):
Processo n° 05142812.4.0000.5420
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547- EFEITO DA RADIOTERAPIA NA RESISTÊNCIA DE UNIÃO DE BRÁQUETES AO
DENTE HUMANO
Costa AR*, Correr AB, Soares EF, Sinhoreti MAC; Di Nizo PT, Consani S, Correr-Sobrinho
L. Departamento de Odontologia Restauradora, Área Materiais Dentários, Faculdade
de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP. [email protected]
Este estudo teve como objetivo avaliar a influência da radioterapia na resistência de
união ao cisalhamento (RUC) de bráquetes metálicos aos dentes humanos. Os dentes
foram embutidos em tubos de P.V.C. com resina e divididos em dois grupos (n=20): G1
controle, dentes não irradiados; e, G2 – dentes irradiados. As amostras do grupo 2
foram submetidas a radioterapia com 60 Gy, fracionados em doses de 2Gy/dia,
durante seis semanas. Os dentes dos dois grupos foram condicionados com ácido
fosfórico a 35% (3M ESPE) por 20 s, lavados, secos e seguido da aplicação de uma
camada do primer adesivo (3M unitek). Em seguida, os bráquetes metálicos foram
fixados nos dentes com a resina Transbond XT (3M Unitek) e fotoativados com
aparelho LED (Radii-cal) por 40 s (10 s em cada lado do bráquete). Todas as amostras
foram armazenadas em água deionizada a 37º C por 24 horas, numa estufa e
posteriormente submetidas ao ensaio de RUC na máquina de ensaio universal (Instron)
a velocidade de 1,0 mm/min até ocorrer a falha. Os dados em MPa foram submetidos
à Análise de Variância um fator e ao teste de Tukey (α = 0,05). O Índice de
Remanescente do Adesivo (IRA) foi analisado numa lupa estereoscópica, com aumento
de 8x. Os valores de RUC (MPa) foram: grupo 1, controle (16,0±0,8) e grupo 2,
irradiado (11,1±1,3). A radioterapia diminuiu significantemente os valores de RUC dos
bráquetes aos dentes em relação ao grupo controle (sem radioterapia) (p<0,05). O IRA
mostrou predominância de escore 0 para todos os grupos. A radioterapia reduziu
significativamente os valores RUC dos bráquetes colados aos dentes humanos.
Palavras-chave: Resistência de união ao cisalhamento, radioterapia, colagem
93
548- CORRELAÇÃO DA SOBREVIDA DE MINI-IMPLANTES COM A CIRURGIA LIVRE DE
RETALHO
Costa LC*, Costa PB, Ribeiro AB, Della Vecchia MP, Cunha TR, De Souza RF.
Departamento de Materiais Dentários e Prótese, Faculdade de Odontologia de
Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. [email protected]
A reabilitação em edêntulos totais pode se limitada devido à incompatibilidade do
diâmetro dos implantes regulares com alguns rebordos residuais. Ao invés da
realização de enxertos ósseos, pode-se optar pela instalação de mini-implantes, que
possuem diâmetros reduzidos, são menos onerosos e podem ser inseridos sem
retalho. Porém, essa técnica simplificada nem sempre é aplicável, o que poderia
influenciar o desempenho desses mini-implantes. Este estudo analisou a possível
associação da perda dos mini-implantes durante um acompanhamento de 12 meses
após tratamento com a técnica cirúrgica utilizada para sua instalação: (I) sem retalho e
(II) incisão para acesso ao rebordo. Foram avaliados 80 pacientes completamente
edentados, sendo que 38 (Grupo I - GI) receberam quatro mini-implantes na região
mandibular anterior e 42 (Grupo II - GII) receberam dois mini-implantes na mesma
região. A cirurgia foi realizada sem retalho em 53% do GI e 52% do GII, enquanto os
demais receberam os mini-implantes mediante incisão. A taxa de perda de mini-
implantes foi de 10% para o GI e 16% para o GII ao longo de 12 meses da overdenture
em função (risco relativo = 0,65; IC95%: 0,33 – 1,28). As duas técnicas cirúrgicas (sem
retalho e incisão de acesso) resultaram em 12% de perdas de mini-implantes cada
(risco relativo= 0,98; IC95%: 0,49 – 1,94). Desta forma, conclui-se que o número de
implantes e técnica cirúrgica não influenciou a sobrevida de mini-implantes no período
de 12 meses de carregamento da overdenture. CAAE: 0011.0.138.000-
11/clinicaltrials.gov: NCT01411683
Palavras-chave: Implantes Dentários; Taxa de Sobrevida; Prótese Total
Apoio: Bolsa DR FAPESP - N° 2011/23347-0
94
549- DISTRIBUIÇÃO DE TENSÃO EM OVERDENTURES COM ANCORAGEM POSTERIOR
COM MINI-IMPLANTES
Alves SV*, Della Vecchia MP, Faria ACL, Ribeiro RF, Rodrigues RCS. Laboratório de
estudos biomecânicos em prótese e implantes/ Departamento de Materiais dentários
e Prótese/ Universidade de São Paulo - Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto.
Overdenture sobre implantes provou clinicamente ser eficaz em vários estudos,
trazendo benefícios funcionais, psicológico e acessível à população pelo baixo custo. O
objetivo do trabalho foi avaliar através do método de fotoelasticidade a tensão gerada
nos modelos de overdentures retidas por sistema bola/o’ring ou barra/clipe,
associados ou não a mini-implantes na região posterior da mandíbula. Os grupos foram
divididos em: G1: 2 implantes com bola/o´ring; G2: 2 implantes com barra/clipe; G3: 2
implantes com bola/o´ring e 2 mini-implantes na região posterior com bola/o’ring; G4:
2 implantes com barra/clipe e 2 mini-implantes na região posterior com bola/o’ring.
Foi aplicada carga oclusal de 100N sobre os modelos em máquina universal de ensaios.
Os G1 e G2 apontou maior concentração de tensões, maior número de franjas
fotoelásticas, nos implantes convencionais anteriores, já na região posterior do
modelo o G1 não apresentou nenhuma tensão enquanto o G2 apresentou pouca
tensão. Observou-se que nos modelos com mini-implantes posteriores as tensões se
concentraram ao redor destes componentes diminuindo a tensão gerada nos
implantes anteriores e o G4 foi o que apresentou maior concentração de tensões nos
mini-implantes. Conclui-se que a presença dos mini-implantes diminui a incidência de
tensões nos implantes anteriores ocorrendo melhor distribuição de tensões em todo
rebordo.
Palavras-chave: implante dentário, prótese total, força de tensão.
Apoio: Capes
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550 - AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À FADIGA E MODALIDADES DE DANOS DE COROAS
UNITÁRIAS DE DISSILICATO DE LÍTIO E RESINA NANOCERÂMICA
Lima FF*, Ferruzzi F, Piras FF, Ferrairo BM, Rubo JH. Departamento de Odontologia,
Faculdade Ingá. [email protected]
Este estudo avalia a resistência à fadiga de coroas unitárias monolíticas CAD/CAM de
resina composta nanocerâmica e cerâmica reforçada por dissilicato de lítio, bem como
os danos causados pela aplicação de carga cíclica.Vinte e seis coroas monolíticas com
espessura de 2mm (n=13) foram cimentadas sobre réplicas de resina composta de um
molar preparado e submetidas à ciclagem mecânica durante 2 milhões de ciclos, sob
carga máxima de 350N à frequência de 2 Hz.Não foram observadas fraturas
catastróficas ou fratura coesiva das coroas, resultando em sobrevivência de 100% para
os dois materiais avaliados. As coroas foram incluídas em resina epóxi e desgastadas
progressivamente à procura de danos. Coroas em resina nanocerâmica apresentaram-
se íntegras, com trincas do cone externo, trincas do cone interno e com trincas radiais.
As coroas em dissilicato de lítio apresentaram trincas do cone externo e interno,
algumas atingindo a superfície interna. Os danos encontrados receberam escores de
acordo com a severidade. Os dados foram submetidos à análise estatística pelo teste
de Mann-Whitney (p =0,462), que não revelou diferenças estatísticas em relação aos
danos observados. Concluimos que coroas monolíticas em dissilicato de lítio e resina
nanocerâmica podem ser utilizadas na região posterior, pois apresentaram resistência
à fadiga equivalente, sem diferença estatística entre os danos apresentados.
Palavras-chave: Cerâmicas. Fadiga. Polímeros.
Apoio: FAPESP
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552 - SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DE PARTÍCULAS HÍBRIDAS MESOPOROSAS A
PARTIR DA SINTERIZAÇÃO DE SÍLICA E HIDROXIAPATITA
Carneiro JH*, Noronha Filho JD, Reis DP, Silva EM. LaBiom- R/ Odontotécnica/ UFF.
Este trabalho tem como objetivo sintetizar partículas híbridas de Si-HA mesoporosas,
com potencial carreador de substâncias bioativas. Misturas (50/50 %p/p) de
nanopartículas de sílica de 40 nm e hidroxiapatita de 20 nm, foram sinterizadas à 900
oC. Os blocos sinterizados foram triturados em micronizador para obtenção de
partículas mesoporosas de Si-HA manométricas e a comprovação da estrutura
mesoporosa das partículas foi observada através do MET e pelo método BET. Para a
análise da amostra, as partículas foram preparadas e gotejadas sobre grades de cobre
e a amostra foi inserida em um porta-amostras. O registro de imagens em alta
resolução foi utilizado com o MultiScan Câmera. As analises de fisissorção foram
realizadas no equipamento ASAP na temperatura de N2 líquido. A amostra calcinada,
NiO/-Al2O3 C, foi acondicionada em mufla a 200C por 4 h com uma taxa de
aquecimento de 10 °C/min. A análise consistiu na determinação da área específica pelo
método BET e as isotermas foram geradas a partir de 40 pontos de adsorção e 40
pontos de dessorção. O volume ade poros foi determinado pelo método Barrett-
Joyner-Halenda (BJH). Na faixa de 20 nm foi observado aglomerados formados pela
sinterização de Si/HA com aspecto poroso. As análises do BET mostraram a área de
superfície e porosidades das partículas de hidroxiapatita (39 m2/g; 740Å e 1467Å),
sílica (18 m2/g; 1148Å) e Si/HA (18 m2/g; 749Å ) respectivamente. Conclui-se que a
sinterização de partículas mesoporosas de Si-HA nanométricas parece promissora de
modo que esta permite o carreamento de partículas bioativas.
Palavras-chave: partículas mesoporosas, nanopartículas, materiais dentários
97
553 - AVALIAÇÃO DA BROMELINA NO PROCESSO DE ADESÃO À ESTRUTURA
DENTINÁRIA
Capillé CL*, Martins KO, Santos JC, Castro GFBA, Silva EM, Portela MB. Departamento
de Odontécnica da Univarsidade Federal de Uberlândia. [email protected]
O objetivo deste trabalho é avaliar a atividade da bromelina nos processos de
resistência de união e nanoinfiltração associada aos sistemas adesivos Adper Single
Bond 2 (SB) e Prime Bond 2.1(PB), bem como sua atividade antimicrobiana contra a
formação de um biofilme de Streptococcus mutans. Soluções de bromelina à 0,5% e
1% e hipoclorito de sódio a 10% foram utilizadas como tratamento dentinário. Oitenta
incisivos bovinos tiveram a dentina exposta, após condicionamento ácido, tratamento
dentinário e sistema adesivo, restaurações de compósitos foram confeccionadas. Os
espécimes foram fatiados até a obtenção de palitos que foram estocados em água por
24 horas e 6 meses para os ensaios. Para os testes antimicrobianos, foram
confeccionados 60 discos de resina/adesivo sobre os quais realizou-se a aplicação das
soluções de bromelina e a indução do biofilme. Foram realizados os testes de redução
do MTT e dosagem de ácido lático. No teste microtração, os tratamentos com as
soluções de bromelina e NaOCl foram semelhantes em relação aos grupos controle em
6 meses de estocagem. Avaliando a nanoinfiltração, o tratamento com bromelina 1%
apresentou menor penetração de prata quando comparado aos demais tratamentos. A
atividade metabólica e a produção de ácido lático pelo biofilme de S. mutans foi
estatísticamente menor nos discos com bromelina. Pode-se concluir que a bromelina
1% diminuiu a nanoinfiltração. De acordo com as suas propriedades antimicrobianas,
as soluções bromelina testadas reduziram a atividade metabólica e a produção de
ácido láctico pelo biofilme de S.mutans.
Palavras-chave: Adesivos Dentinários, tratamento de superfície, Resistência de união.
Apoio: CAPES
98
554 - FORMULAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE COMPÓSITOS ANTIBACTERIANOS COM
NANOPARTÍCULAS DE ZNO (NP-ZNO).
De Paiva RV*, Brandão NL, Noronha-Filho JD, Guimarães JGA, Silva EM. LabioM-R
Odontotécnica/Departamento de Dentística - Universidade Federal Fluminense.
O objetivo deste estudo foi a formulação e a caracterização de compósitos
restauradores antibacterianos. O compósito base foi formado (% p/p) por uma matriz
polimérica com 70% de Bis-GMA e 30% de TEGDMA e um sistema de cargas (70%)
constituído de partículas de bário-boro-silicato, com diâmetro médio de 7,5 µm, e
nanocargas de óxido de silício de 40 nm misturadas na proporção de 15/1. Foram
produzidos seis compósitos experimentais com a adição de np-ZnO (100 nm) nas
seguintes concentrações: E1= 0%, E2= 0,5%, E3= 1%, E4= 2%, E5= 5% e E6= 10%. A
análise do potencial antibacteriano foi avaliada através da atividade metabólica pela
redução do MTT [3– (4, 5- dimetiltiazol- 2- yl)- 2, 5- brometo de difeniltetrazólio] e pela
produção de ácido lático por biofilme de Streptococcus mutans. Foram avaliadas as
seguinte propriedades físico-químicas: grau de conversão (GC%), resistência à flexão
(RF), módulo de elasticidade (ME), dureza (DK), absorção (Ab) e solubilidade (Sl). Os
dados foram submetidos à análise de variância e teste de Tukey HSD ( = 0,05). Os
compósitos E3, E4, E5 e E6 diminuíram a atividade metabólica do biofilme e os
compósitos E5 e E6 a produção de ácido lático (p < 0.05). E6 apresentou o menor valor
de GC% (p < 0.05). Não houve diferença na RF e ME entre os compósitos (p > 0.05). E5
e E6 apresentaram os menores valores de D (p < 0.05). E6 apresentou a menor Ab (p <
0.05). Não houve diferença nos valores de Sl (p > 0.05). Concluiu-se que a incorporação
de 5% de np-ZnO produziu um compósito com potencial antimicrobiano contra S.
Mutans, sem prejuízo das propriedades físico-químicas.
Palavras-chave: Resinas compostas, nanopartículas, zinco.
Apoio: CNPq
99
555 - EFEITO DA PROFUNDIDADE DE POLIMERIZAÇÃO NA RESISTÊNCIA À FLEXÃO
BIAXIAL DE RESINAS COMPOSTAS BULK-FILL
Lima RBW*, Murillo-Gómez F, Sartori CG, De Goes MF. Materiais
Dentários/Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de
Piracicaba, UNICAMP. [email protected]
O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência à flexão biaxial (RFB) de resinas
compostas bulk-fill de alta e baixa viscosidade e compará-las com resinas compostas
tradicionais em diferentes profundidades de polimerização. Foram usadas resinas bulk-
fill (x-tra fill, Filtek bulk-fill Posterior, Tetric N-Ceram bulk-fill, Surefil SDR flow e Filtek
bulk-fill flow) e resinas convencionais (Premise e Filtek Z 350 XT). Para o ensaio de RBF,
camadas de resinas foram inseridas em moldes de teflon (0,5 mm de espessura x 6,5
de diâmetro) que foram sobrepostos e separados por fita de poliéster. A fotoativação
foi efetuada no último incremento durante 20s (20J/cm2), formando um cilindro com
oito discos (0,5 mm). Setenta espécimes para cada material em cada 0,5 mm de
profundidade foram obtidos e submetidos ao ensaio de RBF sob velocidade de 1.27
mm/min. Os valores de RFB foram submetidos à análise de variância de 2 fatores e
teste de Tukey post-hoc (p=0,05). Os valares RBF não diferiram estatisticamente com o
aumento profundidade para todos os materiais. A resina Tetric N-Ceram bulk-fill
apresentou valores de RFB estatisticamente inferiores em relação às outras resinas em
todas as profundidades, exceto para a Premise na profundidade de 3,5 mm. Todas as
resinas compostas apresentaram efetiva polimerização até 4 mm de espessura,
independente da categoria e da viscosidade (bulk-fill ou tradicional).
Palavras-chave: Resinas compostas, polimerização, propriedades físicas.
100
557- COMPORTAMENTO DE COMPÓSITOS EM RELAÇÃO AO BRILHO E RUGOSIDADE
SUPERFICIAL APÓS EXPOSIÇÃO A BIOFILME CARIOGÊNICO E ABRASÃO POR
ESCOVAÇÃO.
Gomes BS*, Martins KO, Rego GF, Capillé CL, Silva EM, Portela MB. LABIOM-R
ODONTOTÉCNICA Universidade Federal Fluminense. [email protected]
Objetivou-se avaliar, in vitro, as alterações quanto à rugosidade superficial (RS) e
retenção de brilho (RB), em três resinas compostas, após a indução de biofilme de S.
mutans e abrasão da superfície com uso do simulador de escovação. As resinas foram
Durafill VS (DVS) (Heraeus Kulzer®), IPS Empress Direct (IPS) (Ivoclar/Vivadent® ) e
Filteck Z350xt (Z350) (3M ESPE®). Quinze espécimes foram confeccionados, polidos e
distribuídos em 3 grupos de acordo com a marca comercial, sendo avaliadas a RS e RB
com uso do Rugosímetro e Gloss meter tri-angle, respectivamente. Cada grupo passou
por 3 sequências compostas por: biofilme de S. mutans por 7 dias e abrasão da
superfície realizada pelo simulador de escovação (5.000; 10.000 e 20.000 ciclos). Ao
final de cada sequência, foi mensurada a quantidade de biofilme e lactato produzido e
avaliação da RS e RB. Os dados foram submetidos ao teste Anova (p < 0,05).
Analisando as resinas individualmente, todas apresentaram aumento na RS e perda na
RB ao longo das 3 sequências de biofilme e escovação (DVS: RS – p = 0,007 e RB – p =
0,003; IPS: RS e RB – p < 0,000; Z350: RS e RB – p < 0,000). Uma comparação entre
as resinas mostrou que a IPS foi a que apresentou o maior aumento percentual de RS
(195±34,27%) (p < 0,03) e maior perda percentual de RB (73,84±1,77%) (p <
0,000) ao longo das sequências, sendo estas alterações mais significativas logo após a
2a sequência. Conclui-se que o acúmulo de biofilme deS. mutans associado à abrasão
feita por simulador de escovação foi capaz de aumentar a RS e diminuir a RB nas três
resinas compostas testadas.
Palavras-chave: compósitos, biofilme, abrasão.
101
558- TENSÃO E TAXA DE POLIMERIZAÇÃO DE CIMENTOS RESINOSOS
Nima G, Fronza BM, Ferreira PVC, Ely C, Reis AF, Braga RR, Makishi P, Rueggeberg FA,
Giannini M. Materiais dentários, Departamento de Odontologia Restauradora,
Faculdade de Odontologia de Piracicaba. [email protected]
O objetivo do estudo foi avaliar a tensão de contração e taxa de polimerização de três
cimentos resinosos convencionais RelyX Ultimate (RU), Panavia V5 (PV) e Multilink
(ML) e três cimentos resinosos autoadesivos Panavia SA (PA), GC LinkAce (LA) e RelyX
U200 (RX). Para avaliação da TP foram utilizados bastões de acrílico, cuja superfície foi
jateada com Al2O3 (50 µm), seguido da aplicação de adesivo (Scotchbond Multi-
Purpose - Bond). Os bastões foram acoplados a um extensômetro em máquina de
ensaios universais a uma distância de 0,5 mm entre eles, onde o cimento foi inserido.
O cimento foi fotoativado por 20 segundos (Valo, Ultradent - 995mW/cm2) e a tensão
analisada por 10 minutos. A cinética de polimerização foi analisada em espectroscopia
de infravermelho de Fourier (FTIR), no qual os cimentos foram fotoativados por 20
segundos e a taxa de polimerização observada por 10 minutos. Os dados foram
analisados pela ANOVA (1 fator) e teste de Tukey (p <0,05). Dos cimentos avaliados,
apenas PV apresentou tensão de contração significativamente menor que os demais
materiais. Na cinética de polimerização, o cimento PV também apresentou menor taxa
máxima de polimerização, mas não foi estatisticamente diferente de PA. Os cimentos
RX, LA e RU apresentaram valores intermediários. ML apresentou valores
significativamente maiores de taxa máxima de polimerização. Uma relação direta entre
taxa de polimerização e tensão de contração não foi observada para os cimentos
avaliados. Tanto os cimentos autoadesivos quanto os convencionais apresentaram
variações dos parâmetros avaliados.
Palavras-chave: Cimentos de Resina, Polimerização, FTIR.
102
559- NANOINFILTRAÇÃO E RESISTÊNCIA DA UNIÃO DE SISTEMAS ADESIVOS
SUBMETIDOS A DIFERENTES CICLOS TÉRMICOS
Ferreira PVC*, Nima G, Abuna G, Consani S. Materiais dentários, Departamento de
Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de Piracicaba FOP/UNICAMP.
O estudo avaliou a nanoinfiltração e resistência da união (µTBS) de sistemas adesivos
em diferentes temperaturas. Os dentes foram separados nos grupos (n=10): Single
Bond 2 - convencional, Clearfil SE Bond - autocondicionante e Single Bond Universal -
universal. Foi confeccionado um bloco de compósito e as amostras seccionadas em
palitos: Grupo 1 - Ciclo tradicional (5°/37°/55°C); Grupo 2 – Ciclo frio (5°/37°C); e
Grupo 3 - Ciclo quente (37°/55°C). Os palitos foram submetidos à microtração e a
fratura analisada em MEV. Cinco palitos por grupo foram imersos em solução de
nitrato de prata amoniacal por 24 horas e solução reveladora por 8 horas, recobertos
com carbono e analisados em MEV. Os valores de microtração (MPa) e nanoinfiltração
(%) submetidos à ANOVA e Tukey foram para os ciclos tradicional, frio e quente: Single
Bond 2 (25,50 e 13,53), (23,98 e 11,78) e (32,57 e 6,64); Clearfil SE Bond (30,05 e
12,80), (36,33 e 11,49) e (40,96 e 3,51); Single Bond Universal (31,44 e 15,52); (35,60 e
9,67) e (40,79 e 9,28). Os ciclos tradicional e frio mostraram valores similares de µTBS
no Single Bond 2, e o quente maior, diferindo dos demais. O ciclo tradicional mostrou
menor µTBS nos Clearfil SE Bond e Single Bond Universal, o quente maior e o frio
intermediário. O ciclo tradicional mostrou valor similar. Nos ciclos frio e quente o
menor valor foi no Single Bond 2, diferente dos Clearfil SE Bond e Single Bond
Universal com maiores e similares valores. Os ciclos térmicos causaram diferentes
efeitos na resistência da união e na nanoinfiltração dos adesivos e maior µTBS foi
observado no ciclo quente.
Palavras-chave: Adesivos dentinários, Infiltração Dentária, Resistência à tração
103
560 - EFEITO DE CREMES DENTAIS BRANQUEADORES E DE CLAREAMENTO COM
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO EM ESMALTE E COMPÓSITOS PIGMENTADOS
Lima VS*, Maia JNSMD, Santos SB, Noronha-Filho JD, Poskus LT, Silva EM. Laboratório
Analítico de Biomateriais Restauradores (LABiom-R) - Universidade Federal Fluminense
- Faculdade de Odontologia. [email protected]
Este trabalho teve como objetivo avaliar as propriedades ópticas e a rugosidade de
resinas compostas (RC) e esmalte bovino (EB) após tratamento clareador (TC) com
cremes dentais branqueadores (CDB) e peróxido de hidrogênio (PH). Foram avaliadas
três RC: microparticulada (Mp), microhíbrida (Mh), nanoparticulada (Np) e o esmalte
bovino (EB). Após os materiais serem expostos a 1120 cigarros e 2240 ciclos de
escovação (100g de pressão / 18 g de creme dental / 36 ml de saliva artificial) com dois
CDB (Colgate Luminous White - CW e Oral B 3D White - O) e um creme dental controle
(Colgate - C), simulando o consumo de 20 cigarros dia durante um período de 8
semanas, foram realizadas as seguintes aferições: cor, brilho, translucidez e
rugosidade. Após, foi aplicado PH a 35%, simulando o clareamento em consultório, e
os espécimes foram submetidos a ciclos diários de cigarro e escovação, e também ao
clareamento caseiro com PH a 7,5%. As propriedades foram aferidas diariamente
durante 14 dias. Nos intervalos entre os ciclos, os espécimes foram mantidos em saliva
artificial a 37°C. Os dados foram submetidos à análise de variância de 3 fatores e ao
Teste de Tukey (α=0,05). O EB e os grupos MpO e MhO apresentaram alterações
visíveis de cor (ΔE > 3,3). Brilho (Mp = EB > Np > Mh) e (CW = O < C); Translucidez (Mh
> Np > Mp > EB) e Rugosidade (EB = Mp, Mp = Mh = Np), p < 0,05. O brilho e a
rugosidade aumentaram após 2 semanas, p < 0,05. Concluiu-se que a ação conjunta de
cremes dentais branqueadores e peróxido de hidrogênio não foi capaz de clarear as
resinas compostas avaliadas após um período de 14 dias.
Palavras-chave: Dentifrícios, clareamento dental, tabaco
Apoio: CNPq e FAPERJ
104
561- AVALIAÇÃO DE COMPÓSITOS RESTAURADORES SUBMETIDOS À PIGMENTAÇÃO
COM CIGARRO E À AÇÃO DE CREMES DENTAIS BRANQUEADORES
Canellas TAT*, Maia JNSMD, Russo JES, Santos GB, Noronha-Filho JD, Silva EM.
Laboratório Analítico de Biomateriais Restauradores (LABiom-R) - Faculdade de
Odontologia - Universidade Federal Fluminense. [email protected]
O objetivo desta pesquisa foi avaliar longitudinalmente a ação de cremes dentais (CD)
branqueadores nas propriedades ópticas e na rugosidade de resinas compostas (RC)
submetidas a um ciclo simulado de fumo e escovação. Foram avaliadas três RC:
microparticulada (Mp), microhíbrida (Mh) e nanoparticulada (Np). Foram obtidos
valores iniciais das seguintes propriedades: cor, brilho, translucidez e rugosidade. As
RC foram submetidas a um ciclo simulado de consumo de 20 cigarros/dia e escovação
(40 ciclos / 100g de pressão / 18 g de creme dental / 36 ml de saliva artificial) com
diferentes CD: Controle (Colgate - C); branqueadores (Colgate Luminous White - CW e
Oral B 3D White - O). Na primeira semana, o ciclo foi repetido diariamente. Após esse
período, o ciclo foi aplicado semanalmente e de forma acumulada (consumo de 140
cigarros e 280 ciclos de escovação), totalizando 8 semanas. Nos intervalos entre os
ciclos, as RC foram mantidas em saliva artificial a 37°C. Após cada ciclo, todas as
propriedades foram reavaliadas. Os dados foram submetidos à análise de variância de
3 fatores e ao teste de Tukey (α=0,05). Cor: Com exceção de Np e Mh escovados com
CW, os demais grupos apresentaram alteração de cor. Brilho: Mh e Np escovados com
C; e Mh escovado com O tiveram redução do brilho. Translucidez: as RC não
apresentaram alteração da translucidez. Rugosidade: Mh escovado com CW; e Np com
C e CW tiveram aumento da rugosidade. Concluiu-se que os CD branqueadores não
apresentaram eficácia na manutenção das propriedades ópticas e não influenciaram a
rugosidade das RC após um período de 8 semanas.
Palavras-chave: Resinas compostas, dentifrícios, tabaco.
Apoio: CNPq e FAPERJ
105
562- INFLUÊNCIA DO JATEAMENTO E DE AGENTES DE UNIÃO NA RESISTÊNCIA
ADESIVA DA ZIRCÔNIA COM DIFERENTES CIMENTOS RESINOSOS
Martins SB*, Souza BAP, Celestino GT, Trindade FZ, Abi-Rached FO, Fonseca RG.
Materiais Odontológicos e Prótese da Faculdade de Odontologia de Araraquara
O objetivo desse estudo foi investigar a influência do jateamento e de agentes de
união na resistência adesiva da zircônia com diferentes cimentos resinosos. 192 discos
de zircônia foram divididos em dois grupos de acordo com as seguintes condições de
jateamento: 1) partículas de Al2O3de 120 µm; 2) partículas de Al2O3 120 µm +
partículas de Al2O3 modificadas por sílica de 110 µm (Rocatec Plus). Os espécimes
foram ainda subdivididos em dois grupos de acordo com o cimento resinoso a ser
utilizado: Rely X U200 ou Panavia F. Previamente a cimentação, os espécimes
receberam um dos tratamentos a seguir: 1) sem agente de união (controle); 2) Clearfil
SE Bond Primer/Clearfil Porcelain Bond Activator (Kuraray); 3) apenas Clearfil Porcelain
Bond Activator; 4) Rely X Ceramic Primer (3M ESPE); os quais foram cimentados em
discos de resina composta. O teste de cisalhamento foi realizado em máquina de
ensaios universal e os dados obtidos em MPa. Os dados foram analisados por Análise
de Variância (ANOVA) 3-fatores e teste de Tukey (α = 95%) e o modo de falha
analisado em estereomicroscópio (x20). Os resultados mostraram que não houve
diferença estatisticamente significativa entre o tipo de partícula (p=0,224) e o cimento
utilizado (p=0,975). Apenas houve diferença quanto ao adesivo (p=0,000), sendo que
os maiores valores foram obtidos com o uso do Clearfil SE Bond Primer e o conjunto
Clearfil SE Bond Primer + Clearfil Porcelain Bond Activator. Provavelmente, a alta
quantidade de álcool presente no RelyX Ceramic Primer afetou o comportamento do
MDP e grupamentos fosfóricos dos cimentos.
Palavras-chave: cerâmica, resistência ao cisalhamento, abrasão dental por ar.
Apoio: Processo Fapesp 2014/24074-6
106
563- INFLUÊNCIA DA TONALIDADE CROMÁTICA SOBRE O GRAU DE CONVERSÃO E
ESTABILIDADE DE COR DE COMPÓSITOS RESINOSOS RESTAURADORES
Salgado VE*, Rego GF, Cavalcante LM, Moraes RR, Schneider LF. Núcleo de Pesquisa de
Biomateriais Odontológicos, Universidade Veiga de Almeida e Programa de Pós-
Graduação em Odontologia, Universidade Federal de Pelotas. [email protected]
O objetivo deste estudo foi determinar a influência da tonalidade cromática de
diferentes compósitos resinosos restauradores sobre o grau de conversão (GC) e
estabilidade de cor dos mesmos. Foram selecionadas diferentes tonalidades
cromáticas de quatro sistemas comerciais: IPS Empress Direct A3 Enamel, A2 Enamel,
A1 Enamel, E Bleach-L e E Bleach-XL; Filtek Z350 XT A3E, A2E, A1E, WE e XWE; Estelite
∑ Quick A3, A2, A1 e WE; e Opallis EA3, EA2, EA1, E-Bleach M e E-Bleach H. Todos os
materiais foram fotoativados por um L.E.D. de amplo espectro (30 s a 1.200 mW/cm²).
A tonalidade cromática de cada material foi determinada de acordo com os
parâmetros individuais da cor CIEDE2000: valor (L’), matiz (h’) e croma (C’). O GC foi
avaliado pela espectroscopia FTIR (n=6). A estabilidade de cor (n=6) foi calculada
através da formula da diferença de cor (∆E00) e parâmetros L’, h’ e C’, obtidos em três
períodos diferentes: 24h após a fotoativação e após imersões em água e café (30 dias a
37 ºC). Os dados foram submetidos à análise de variância de um (GC) e dois (∆E00)
fatores, seguidos pelo teste de Tukey (α=0,05). Para todos os materiais avaliados, não
foram observadas variações nos valores de L’. O h’ apresentou valores diferentes entre
os materiais. O C’ apresentou valores decrescentes, quanto maior o h’. A imersão em
água não provocou diferença significativa no L’, h’ e C’ em nenhum material enquanto
a imersão em café diminuiu o L’ e o h’ e aumentou o C’ em todos os materiais. Tanto o
GC quanto o ∆E00 foram influenciados pela tonalidade cromática dos materiais,
quanto maior o h’, menor o GC e maior o ∆E00.
Palavras-chave: Resinas Compostas, Cor
107
564- MÉTODO DE RECOBRIMENTO ESTÉTICO NA RESISTÊNCIA E CARGA À FRATURA
DE ZIRCÔNIA BILAYER: REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE
Marchionatti AME*, Aurélio IL, May LG. Departamento de Odontologia
Restauradora/Universidade Federal de Santa Maria. [email protected]
O objetivo desta revisão sistemática foi avaliar o efeito da técnica de aplicação da
cobertura cerâmica (estratificação versus prensagem) na resistência flexural e carga à
fratura de espécimes zircônia-cerâmica. Foi definida a seguinte questão “PICOS”:
População- espécimes de zircônia bilayer com qualquer geometria; Intervenção-
cobertura cerâmica pela técnica de prensagem; Controle- cobertura cerâmica pela
técnica de estratificação; Desfecho- resistência flexural e carga à fratura; Tipo de
estudo- in vitro. Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed/MEDLINE, Web
of Science (Core Collection) e Scopus utilizando estratégias de busca pré-definidas. De
1443 estudos elegíveis, 198 foram selecionados a partir da análise de títulos e resumos
de acordo com critérios de elegibilidade. Após a leitura na íntegra, 23 estudos foram
incluídos na metanálise, sendo 6 na avaliação de resistência flexural e 18 na avaliação
de carga à fratura. A busca manual nas referências dos artigos incluídos não resultou
em estudos adicionais. As análises estatísticas foram realizadas com o programa
RevMan 5.1 (Cochrane Collaboration) e as comparações foram feitas usando o modelo
de efeito randômico com nível de significância de 5%. Não houve diferença estatística
entre as técnicas de processamento para resistência flexural e carga à fratura (p >
0.05). Concluiu-se que a técnica de aplicação de cerâmica não influencia na resistência
mecânica de zircônia bilayer.
Palavras-chave: metanálise, cerâmica, materiais dentários.
108
565- INFLUENCE OF ACID ETCHING TIME IN ENAMEL SHEAR BOND STRENGTH USING
SELF-ADHESIVE CEMENTS
Saravia-Rojas MA*, Nima G, Abuna G, Puppin-Rontani RM, Tay Y.
Departamento de Posgrado, Faculdad de Odontología, Universidad Peruana Cayetano
Heredia. [email protected]
Evaluate the influence of different conditioning times (5\", 10\" and 20\") in the
enamel and the effect on the shear bond strength (SBS) with self-adhesive cements
(SC) subjected to thermocycling (TC). 128 blocks of bovine enamel (8x4x3mm) were
randomly divided in 2 groups, RelyXU200 (RU), MaxCem Elite (MC). 4 subgroups (n=16)
were formed for each cement, according to the conditioning time. G1: Control, G2: 5s,
G3: 10s, G4:20s. Three SC cylinders (1x1mm) were built on each block. The specimens
were stored in distilled water at 37°C for 24 h. After that, half of them were subjected
to a SBS. The other half was subjected to 5000 thermal cycles (5°C-55°C) before the
test. Failure type was analyzed with a scanning electron microscope (SEM). The results
(MPa) were analyzed using three-way ANOVA test and Student’s t-Test or Mann-
Whitney U test (p<0,05). The interface layer was analyzed with confocal laser scanning
microscopy and SEM. Conditioning significantly improves the SBS when compared with
control groups p<0,05. The TC negatively affect the SBS of the groups without
conditioning p<0,05. Among the groups with the conditioning, the SBS didn’t show
difference between without TC and with TC, p>0,5. Predominantly adhesive and mixed
fractures in the groups without conditioning and conditioning were observed,
respectively. There were no resin tags in the groups without conditioning. Conditioning
improves the adhesion between enamel and SC, regardless of the time of application.
Palavras-chave: acid etching, shear strength, resin cements.
109
566- INFLUENCE OF THREE STERILIZATION TECHNIQUES ON PHYSICAL AND CHEMICAL
PROPERTIES OF COMPOSITE RESINS AND ON BIOFILM FORMATION
André CB*, dos Santos A, Pfeifer C, Giannini M, Girotto EM, Ferracane JL. Área de
Dentística/Departamento de Odontologia Restauradora - Fop/Unicamp.
This study evaluated the effect of three sterilization techniques for composite resins
on bacterial growth and the resin surface modification. Two composite resins (with
and without fluoride) were sterilized with UV light, 1% chloramine-T and 70% ethanol.
The composite resins were placed in a 10 mm diameter x 2 mm thick mold and
polymerized between two glass slides, to obtain specimens in a format of disks. Four
different times were used for each sterilization technique and the lowest efficient one
was determined. The influence of sterilization technique on bacterial growth was
evaluated analyzing the metabolic activity, using alamar BlueTM assay, bacterial
viability and SEM images from biofilm of Streptococcus mutans. After the sterilization,
the surface was analyzed with ATR/FT-IR and SEM images. The solutions used during
sterilization (1% chloramine-T and 70% ethanol) were analyzed with 1H-NMR to
identify monomers removed during the sterilization process. One minute of
sterilization was efficient for all methods tested. Chloramine-T increased the surface
porosity of composite resins; however, 1H-NMR identified leached monomers only
when 70% ethanol was used. No chemical change of the materials structure was found
under ATR/FT-IR analyzes. Chloramine-T with no previous washing increased the
bacterial viability for both composite resins and increased the bacterial metabolism for
the composite resin without fluoride. UV light had no interference on the composite
resins properties tested using 1 min of exposure compared to the other sterilization
methods.
Palavras- chave: composite resin, sterilization, biofilms.
Apoio: FAPESP # 2014/17543-0
110
567 - ANÁLISE MICROTOMOGRÁFICA DA CAPACIDADE DE CENTRALIZAÇÃO DE LIMAS
ROTATÓRIAS NO PREPARO DE CANAIS OVAIS
Mendes JM*, Oliveira MAVC, Alves LD, Pereira AG, Raposo LHA, Biffi JCG.
Departamento de Endodontia / Faculdade de Odontologia da UFU.
O objetivo do presente estudo foi avaliar a capacidade de centralização de um sistema
limas rotatórias no preparo de canais ovais. Quinze incisivos inferiores humanos
(parecer CEP/UFU nº 067/11) após abertura coronária foram instrumentados com
limas rotatórias Protaper Universal. A amostras foram escaneadas antes e pós-
instrumentação em Microtomógrafo Computadorizado para obtenção da área do canal
e da distância do centro de ação da lima até as faces dentárias nas secções transversais
a 1,0 mm (término do canal), 3,0 mm (apical), 9,0 mm (médio) e 15 mm (cervical) do
ápice, nos sentidos mésio-distal (MD) e vestíbulo-lingual (VL) das raízes. Os dados
foram analisados por meio dos testes T, T-pareado, Anova One-way com parcela
subdividida e Tukey (α=0,05). A área do canal radicular pós-instrumentação aumentou
em 0,58 mm², 0,37 mm², 0,23 mm² e 0,13 mm² respectivamente da cervical ao
término do canal (p<0,001). Áreas não-instrumentadas foram observadas nas faces
vestibular e lingual dos canais. No sentido MD da raiz não foi observado nenhum
transporte ou desgaste excessivo das paredes dentinárias do canal. No sentido VL da
raiz houve desvio do canal em 100% das secções dos terços médio, apical e término do
canal radicular e em 23,08% das secções do terço cervical. Nos terços cervical, médio e
apical, o canal foi desviado para vestibular, enquanto nas secções do término do canal
foi desviado para a lingual. Após a análise dos resultados, conclui-se que a lima
Protaper apresenta capacidade de centralização diferente de acordo com o sentido da
raiz analisada.
Palavras-chave: endodontia, microtomografia por Raio-X, preparo do canal radicular
Apoio: FAPEMIG
111
568 - EFEITO DE TRATAMENTOS SUPERFICIAIS E MÉTODOS DE LIMPEZA EM
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DE MATERIAIS RESTAURADORES.
Oliveira AA*, Mendes GAM, Almeida LN, Favarão IN, Kasuya AVB, Fonseca RB.
Departamento de Prevenção e Reabilitação Oral. [email protected]
Este estudo avaliou a morfologia e rugosidade superficial de resinas e cerâmica após
diferentes tratamentos de superfície (TS) e métodos de limpeza (ML) para remoção
dos detritos gerados. Resina Composta (Premissa, Kerr) (RC), Resina Nano Cerâmica
(Lava Ultimate, 3M) (RL) e Cerâmica de Dissilicato de Lítio (E.max, Ivoclar) (CE) foram
usados. Os TS foram: para RC, jato Al2O3 (JOA) ou asperização com broca (BR); para
RL, JOA ou ácido fluorídrico 10% (AF) por 20s; e para CE, AF por 20s. Os ML foram:
esfregaço com álcool 70%-30s (alc), ultrasson com água destilada-1min (ult), jato de
ar-água -1 min (jaa) ou esfregaço com ácido fosfórico 37%-1 min (afo) para todos os
grupos de TS. As amostras foram avaliadas em Microscopia Eletrônica de Varredura e
Rugosímetro (padrão RA). Houve interação significante entre fatores em todos os
materiais. Anova/Tukey mostraram (p<0,05) para RC: BR-jaa: 1,820a; BR-ult:1,738ab;
BR: 1,599ab; BR-alc:1,211abc;BR-afo:0,949cd; JOA-alc:0,846cd; JOA-afo:0,797cd;
JOA:0,773cd; JOA-jaa:0,762cd; JOA-ult:0,660cd;Controle:0,355e; para RL: JOA-alc:
0,875a; JOA-afo:0,875a; JOA-ult: 0,852ab; JOA-jaa: 0,781ab; JOA: 0,680b; AF-jaa:
0,201c; AF-alc: 0,188c; AF: 0,179c; AF-ult: 0,1430c; AF-afo: 0,076c; Controle: 0,064c;
para CE: AF-ult: 0.428a; AF-alc: 0,426a; AF-afo:0,3005ab; AF-jaa: 0,297ab; AF: 0,239bc;
Controle: 0,134c; As imagens em MEV corroboram os resultados de RA. Para melhorar
as características superficiais previamente ao processo adesivo é preciso selecionar a
melhor interação entre o TS e ML para cada material, visto que a interação entre
ambos foi sempre significante.
Palavras-chave: compósitos experimentais, cerâmica, topografia.
112
569- RESISTÊNCIA ADESIVA DE UM SISTEMA ADESIVO MULTI-MODE: EFEITOS DO
PRÉ-TRATAMENTO DA SUPERFÍCIE DENTINÁRIA E DA TEMPERATURA
Sutil BGS*, Susin AH. Programa de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas;
Universidade Federal de Santa Maria. [email protected]
O presente estudo avaliou os efeitos do jateamento de partículas e da temperatura
sobre a resistência adesiva de um sistema adesivo universal à dentina. Após a
aprovação pelo comitê de ética em pesquisa (47522515.7.0000.5346), utilizou-se 96
molares humanos extraídos, divididos aleatoriamente em 12 grupos (n=8) de acordo
com o adesivo Single Bond Universal (SBU) aplicado no modo autocondicionante (SE)
ou condicionamento ácido total (TE), temperatura do adesivo (20ºC ou 37ºC) e
jateamento da dentina com partículas de óxido de alumínio ou bicarbonato de sódio.
Os espécimes foram preparados e avaliados quanto à resistência adesiva através do
teste de microtração em uma máquina de ensaio, a uma velocidade de 0,5 mm/min
até a fratura ocorrer. As fraturas foram analisadas sob estereomicroscopia para
determinar o modo de falha. Os dados foram submetidos à análise estatística. A
interação entre tratamento e temperatura foi estatisticamente significante (p<0,05)
para SBU SE. Ambos os tratamentos da dentina resultaram em valores maiores de
resistência adesiva para SBU TE, enquanto que para SBU SE apenas o jateamento com
bicarbonato de sódio foi significativamente diferente quando comparado ao grupo
controle. O adesivo aquecido aumentou a resistência adesiva apenas quando utilizado
no modo TE. As fraturas adesivas foram predominantes para todos os grupos. O pré-
tratamento dentinário com jato de óxido de alumínio e bicarbonato de sódio pode ser
uma alternativa para aumentar a resistência adesiva quando adesivos universais são
aplicados no modo autocondicionante.
Palavras-chave: Adesivos. Jateamento. Temperatura.
113
570- ANÁLISE DOS FATORES ASSOCIADOS À VARIAÇÃO DE COR DE RESTAURAÇÕES
CERÂMICAS: UM ESTUDO CLÍNICO
Barbon F*, Perroni AP, Bergoli CD, Santos MBF, Moraes RR, Boscato N.
Odontologia/Universidade Federal de Pelotas (UFPel). [email protected]
O objetivo deste estudo clínico foi avaliar a influência de fatores relacionados à
variação de cor em restaurações cerâmicas a partir de registros obtidos com
espectrofotômetro. Trinta e oito restaurações confeccionadas com o sistema cerâmico
à base de dissilicato de lítio (IPS e.max Press) foram avaliadas. As coordenadas de cor
CIEL*a*b* foram medidas com espectrofotômetro antes (baseline) e após o preparo
dental (substrato), bem como antes e após a cimentação das restaurações cerâmicas.
A variação de cor (ΔE*00) e o parâmetro de translucidez foram calculados através do
método CIEDE2000 e analisados pelo Teste-t (α = 0,05), considerando o tipo de
restauração, espessura e translucidez da cerâmica, cor do substrato e agente de
cimentação. Todas as condições apresentaram variações de cor clinicamente visíveis
(∆E00 > 1.8). Predominantemente os maiores valores de ∆E00 foram obtidos quando
avaliada a cor após o preparo dental e cimentação das restaurações; e o menor valor
em substratos dentais escurecidos avaliados antes do preparo dental e após a
cimentação (P = 0,007). A reprodução da cor de dentes naturais é um processo
complexo uma vez que todas as condições avaliadas apresentaram diferenças
clinicamente visíveis. A cerâmica de dissilicato de lítio apresentou menor capacidade
de mascaramento sobre substratos escurecidos, enquanto as coordenadas L*, a*, e b*
foram influenciadas pela cimentação.
Palavras-chave: cerâmica; cimentos de resina; espectrofotometria.
Aprovação no CEP: protocolo 905.099/2015
114
573- SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DE ADESIVOS AUTOCONDICIONANTES
EXPERIMENTAIS COM SISTEMA TAMPÃO DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO – CA(OH)2
Garcia M*G, Noronha Filho JD, Andrade IRS, Reis DP, Silva EM. Laboratório Analítico de
Biomateriais Restauradores (LABiom-R) / Universidade Federal Fluminense/ Faculdade
de Odontologia. [email protected]
O objetivo deste estudo foi sintetizar e caracterizar adesivos autocondicionantes com
sistema tampão Ca(OH)2. A composição do adesivo base (%p/p) foi: Primer: 10-MDP
(30%), TEGDMA (30%), etanol (35%), água (5%), canforoquinona (0,5%), EDMAB (0,5%)
e Adesivo: Bis-GMA (50%), TEGDMA (30%), HEMA (20%), canforoquinona (0,5%) e
EDMAB (0,5%). As formulações experimentais tiveram as seguintes concentrações de
Ca(OH)2 no adesivo: A1 (0), A2 (15), A3 (2%) e A4 (4%). O Clearfil SE Bond foi usado
como controle comercial. O potencial tamponante foi avaliado através de curvas de pH
em função do tempo e o grau de conversão através de espectroscopia infravermelha -
FTIR. Barras de dentina-compósito produzidas em quarenta molares humanos após a
hibridização com os adesivos experimentais (n = 8) foram imersas em saliva artificial e
submetidas a ensaio de microtração após 24 h. Os dados foram submetidos à analise
de variância e teste de Tukey (=0,05). O potencial tamponante aumentou com o
aumento da concentração de hidróxido de cálcio: (p < 0,05). O grau de conversão de
A4 (72,54%) foi estatisticamente inferior aos demais adesivos (p < 0,05), que
apresentaram valores (90 a 96%) semelhantes entre si (p > 0.05). A resistência de
união variou de 27,6 a 40,0 Mpa, sem diferenças estatísticas entre os materiais (p >
0.05). Concluiu-se que a incorporação de Ca(OH)2 em adesivos autocondicionantes
pode tamponar o pH após a polimerização do material, sem interferir no grau de
conversão e na resistência de união à dentina.
Palavras-chave: adesivos dentinários, hidróxido de cálcio
115
574 - EFEITO DA CONCENTRAÇÃO DO ÁCIDO FLUORÍDRICO NA RESISTÊNCIA À
MICROTRAÇÃO DA CERÂMICA ODONTOLÓGICA
Moreno MBP*, Tikami M, Costa AR, Correr AB, Sinhoreti MAC, Di Nizo PT, Correr-
Sobrinho L. Materiais Dentários/Departamento de Odontologia Restauradora/
Faculdade de Odontologia de Piracicaba. [email protected]
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do tratamento de superfície da cerâmica
com ácido fluorídrico (AF) 5% e 10%, com e sem adesivo na resistência de união à
microtração (RUµT) da cerâmica/cimento/resina. Vinte blocos foram confeccionados
com cerâmica IPS Empress Esthetic e separados em 4 grupos (n=5): 1 - condicionado
com (AF) a 5% por 60 s, com adesivo; 2 - condicionado com (AF) a 5% por 60 s, sem
adesivo; 3 - condicionado com (AF) a 10% por 60 s, com adesivo; 4 - condicionado com
(AF) a 10% por 60 s, sem adesivo. O silano foi aplicado após o ácido e os blocos de
cerâmica cimentados aos de compósito (Z250), com cimento resinoso RelyX U200 e
fotoativado com Radii por 40s em cada lado. As amostras foram armazenadas em água
a 37º C por 24 horas. Em seguida, as amostras foram seccionadas para obter palitos
com interface adesiva de 1 mm2 e submetidos ao ensaio de RUµT à velocidade de 1,0
mm/min. Os dados foram submetidos à Análise de Variância e ao teste de Tukey (5%).
Os valores de RUµT (MPa) foram: Grupos 1 (28,7±2,8), 2 (24,9±3,4), Grupo 3 (30,8±3,9)
e Grupo 4 (25,3±3,7). Os grupos condicionados com AF 5% e 10%, com adesivo (1 e 3)
foram estatisticamente superiores aos grupos (2 e 4), sem adesivo (p<0,05). Nenhuma
diferença estatística foi observada entre os grupos (3 e 4) condicionados com AF 10%
em relação aos grupos (1 e 2) condicionados com AF 5% (p>0,05). As concentrações do
AF 5% e 10% não diferiram estatisticamente nos valores de RUµT. O uso do adesivo
aumentou os valores de RUµT em relação aos grupos sem aplicação do adesivo para as
duas concentrações do AF.
Palavras-chave: Cerâmicas, Ácido fluorídrico, Cimentos de resina
116
575- PRODUÇÃO DE COMPÓSITOS RESTAURADORES COM PARTÍCULAS HÍBRIDAS
SI/HA COM POTENCIAL CARREADOR DE SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS
Reis DP*, Noronha Filho JD1, Garcia MG1, Silva EM. Laboratório Analítico de
Biomateriais Restauradores (LABiom-R) / Universidade Federal Fluminense/ Faculdade
de Odontologia. [email protected]
O objetivo deste projeto foi sintetizar e caracterizar compósitos com partículas
mesoporosas de sílica-hidroxiapatita que possam carrear substâncias bioativas. A
produção das partículas foi feita através da sinterização de nanopartículas primárias de
sílica (40 nm) e hidroxiapatita sintética (20 nm). Foram produzidos quatro compósitos
experimentais (E1, E2, E3 e E4) com 60 %p/p de partículas inorgânicas. Nos grupos E1 e
E3, as partículas foram previamente imersas durante 24h em solução aquosa de NaF,
enquanto nos grupos E1 e E2 as partículas foram silanizadas. O grupo E4 foi o controle,
sem tratamento prévio das partículas. Neste estudo foram analisados o grau de
conversão, o módulo de elasticidade, a resistência à flexão, a dureza e a rugosidade.
Os dados obtidos foram analisados com os modelos estatísticos adequados à
distribuição observada (α = 0,05). Em relação ao grau de conversão o grupo E4
(63,84%) apresentou o maior valor. Para a resistência à flexão, os grupos E1 e E3
apresentaram menores valores que os grupos E2 e E4. A mesma tendência foi
observada para o módulo de elasticidade. Na dureza não houve diferença estatística
entre os grupos, sendo o maior valor numérico para o grupo E4 (37,2 KHN). Na
rugosidade, o grupo E1 apresentou o maior valor (1,7µm) e os grupos E2 e E4
apresentaram os menos valores, respectivamente 0,2 e 01. A partir dos resultados
obtidos foi possível concluir que o tratamento com o NaF foi capaz de alterar as
propriedades físico-mecânicas, bem como os parâmetros de degradação hidrolítica dos
compósitos, sem influenciar diretamente na rugosidade.
Palavras-chave: Materiais Biomiméticos, Resinas Compostas
117
576- EFEITO DA ADIÇÃO DE VIDRO BIOATIVO E DA TEMPERATURA DE SINTERIZAÇÃO
NA DENSIDADE E RESISTÊNCIA A FLEXÃO DO COMPÓSITO Y TZP/VB
Miranda RBP*, Borges R, Marchi J, Cesar PF. Biomateriais e Biologia Oral da Faculdade
de Odontologia da Universidade de São Paulo. [email protected]
O objetivo do estudo foi avaliar o efeito da adição de vidro bioativo (VB) (10% em
massa) e da temperatura de sinterização (TS) na densidade e resistência à flexão
biaxial (RF) do compósito Y TZP/VB. O VB do sistema SiO2 Na2O CaO P2O5 foi obtido a
partir de fusão. Os pós de Y-TZP (TZ 3Y E, Tosoh, Japão) e VB foram misturados em
moinho de bolas por 12 horas com álcool isopropílico e esferas de alumina. Oito
corpos verdes do grupo Y-TZP (B0) e do grupo compósito Y TZP/VB (B10) foram
prensados (50 MPa) e sinterizados a 1.200 e 1.300°C por uma hora no forno tipo caixa
(Zircar, EUA). A densidade foi calculada utilizando se o princípio de Archimedes. A RF
foi determinada com dispositivo do tipo pistão sobre três esferas em máquina de
ensaios universais (Emic, Brasil). Os efeitos da adição do VB e da TS foram avaliados
por meio da análise de variância de dois fatores (ANOVA) e teste de Tukey com nível
global de significância de 5%. A densidade (g/cm3) foi de respectivamente 5,56b
(±0,06) para o grupo B0/1200; 5,96a (±0,01) para o grupo B0/1300; 4,46d (±0,03) para
o grupo B10/1200 e de 4,59c (±0,04) para o grupo B10/1300. A RF (MPa) foi de
respectivamente 561,0b (±39,0) para o grupo B0/1200; 628,0a (±35,0) para o grupo
B0/1300; 153,0c (±5,0) para o grupo B10/1200 e de 189,0c (±22,0) para o grupo
B10/1300. Valores com sobrescritos diferentes são estatisticamente diferentes
(p<0,05). A adição de VB reduziu a densidade e RF da cerâmica. A TS de 1.300°C
aumentou a densidade independentemente da presença ou não de VB no material.
Com relação a RF, o aumento da TS resultou em aumento apenas para o material Y
TZP.
Palavras-chave: Zircônia; vidro bioativo e resistência.
Apoio: CNPq, CAPES, FAPESP
118
577- NANOPARTÍCULAS DE SIO2−POOH MELHORAM A ADESÃO DE ADESIVOS
SIMPLIFICADOS À DENTINA
Boeira PO*, Meereis CTW, Almeida SM, Garcia IM, Collares FM, Ogliari FA, Lima GS.
Centro de desenvolvimento e controle de Biomateriais (CDC-Bio), Departamento de
Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal de Pelotas
(UFPel), Rio Grande do Sul−RS, Brasil. [email protected]
O estudo investigou o efeito da incorporação de nanopartículas de sílica
funcionalizadas com fosfato (SiO2−POOH) na resistência de união à dentina e
propriedades físico-químicas de um sistema adesivo autocondicionante experimental
de passo único (SAA-1). As nanopartículas de sílica foram funcionalizadas através da
polimerização por radicais livres do monômero ácido fosfatado (metacriloiloxietildi-
hidrogênio fosfato / bis (metacriloiloxietil) hidrogênio fosfato − HEMA-P), em meio
alcoólico. As SiO2−POOH resultantes foram caracterizadas por FTIR, TGA e MET. As
SiO2−POOH foram adicionadas aos SAA-1s, formulados com três concentrações de
HEMA-P: 0, 20 e 40 (% massa), como controle foi formulado SAA-1s sem a adição de
SiO2−POOH. A resistência de união ao microcisalhamento em dentina e o padrão de
fratura foi classificado por MEV. O ângulo de contato, grau de conversão, taxa de
polimerização e resistência coesiva foram avaliados. Análise estatística considerou o
nível de significância de 5%. A reação de funcionalização de SiO2−POOH foi confirmada
por FTIR, TGA e TEM. Os SAA-1s com SiO2−POOH obtiveram resistência de união
significativamente maiores que os SAA-1s sem SiO2−POOH (p ≤ 0,001), exceto para
SAA-1s sem HEMA-P. Comparando com o SAA-1 sem SiO2−POOH, a adição de
SiO2−POOH melhorou a molhamento da dentina, através da redução do ângulo de
contato. A resistência coesiva, não foi alterada pela adição de SiO2−POOH. A adição de
SiO2−POOH melhora a resistência de união à dentina de SAA-1 sem prejuízo às outras
propriedades avaliadas.
Palavras-chave: funcionalização, sistemas adesivos, resistência de união.
Apoio: CAPES - Programa Nacional de Cooperação acadêmica - Edital 071/2013 -
PROCAD 2013
119
578- AVALIAÇÃO DE CIMENTOS ENDODÔNTICOS EXPERIMENTAIS CONTENDO Α-
FOSFATO TRICÁLCICO, FOSFATO OCTACÁLCICO E HIDROXIAPATITA
Ferreira CJ*, Rostirolla FV, Leitune VCB, Collares FM. Laboratório de Materiais
Dentários- Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O objetivo do estudo foi desenvolver e caracterizar cimentos endodônticos resinosos
contendo três diferentes fosfatos de cálcio. Formulou-se uma resina base, a qual foi
adicionado 10% de α-fosfato tricálcico (Gα-TCP), fosfato octacálcico (GOCP) ou
hidroxiapatita (GHAp), constituindo-se 3 grupos experimentais, um grupo controle
(GCTRL) e um grupo com o cimento comercial AH Plus (GAHPlus). Foi testado o grau de
conversão, radiopacidade, escoamento, espessura de filme, deposição mineral,
presença de íons cálcio em solução SBF, pH, análise da interface cimento/dentina e
resistência ao deslocamento no canal radicular. Para radiopacidade, escoamento e
espessura de filme foi usado o teste estatístico ANOVA de uma via, o grau de
conversão e a resistência de união foram analisados através do teste ANOVA de duas
vias e Tukey e para análise do pH foi usado o teste Kruskal-Wallis. Todos grupos
apresentaram radiopacidade, escoamento e espessura de filme de acordo co
m a ISO 6876. O grau de conversão dos grupos aumentou (p<0,05) ao longo de 7 dias
variando de 44,69 (±3,04) a 50,74 (±5,87). O grupo GHAp apresentou maior deposição
mineral seguido de Gα-TCP e GOCP. Após 28 dias houve um aumento nos valores de
resistência ao deslocamento em todos os grupos (p<0,05) variando de 2,90 (±1,41) no
GOCP a 4,91 (±2,38) no GAHPlus. Todos os fosfatos de cálcio testados apresentaram
propriedades físico-químicas adequadas, sendo o GHAp o que apresentou a maior
deposição mineral entre os grupos.
Palavras-chave: obturação do canal radicular, cimentos de resina, fosfatos de cálcio.
120
579- INFLUÊNCIA DO MATERIAL DE INFRAESTRUTURA E DO PROTOCOLO DE
RESFRIAMENTO SOBRE AS TENSÕES RESIDUAIS TÉRMICAS EM PORCELANAS DE
RECOBRIMENTO
Jikihara AN*, Tanaka CB, Ballester RY, Meira JBC. Departamento de Biomateriais e
Biologia Oral FOUSP. [email protected]
As tensões residuais térmicas (TRT) são apontadas como principal causa de lascamento
de porcelana sobre zircônia resfriadas rapidamente, mas a maior parte dos trabalhos
foram conduzidos em espécimes planos. O objetivo deste estudo foi analisar, através
do método indentação vickers (MIV), as TRT em espécimes de geometria clinicamente
relevante. Foram confeccionadas coroas axissimétricas de porcelana sobre zircônia
(n=10) ou sobre metal (n=10), variando o protocolo de resfriamento: lento e rápido. As
coroas foram seccionadas em 2 faces. Em cada face, foram realizadas 7 indentações na
porcelana, próximas à infraestrutura. O indentador foi posicionado para que uma das
diagonais ficasse paralela à interface e a outra, perpendicular. As TRTs (paralela e
perpendicular) foram calculadas pela razão entre o comprimento da indentação na
porcelana em teste e aquele obtido na porcelana livre de tensão. Os dados foram
submetidos à Anova e teste de Tukey. Para as tens
ões paralelas, na porcelana sobre zircônia predominaram tensões de compressão
(média = -24 MPa), enquanto na porcelana sobre metal predominaram tensões de
tração (média = 3 MPa), para ambos protocolos de resfriamento. O protocolo de
resfriamento também não influenciou as TRT perpendiculares em porcelanas sobre
metal (lento = 19 MPa, rápido 18 MPa). Entretanto, em porcelana sobre zircônia, o
resfriamento lento gerou maiores tensões de tração (lento = 26 MPa, rápido 20 MPa).
Este resultado não confirma a influência das TRT no maior índice de lascamento de
porcelana sobre zircônia.
Palavras-chave: Porcelana Dentária, Infraestrutura, Estresse Mecânico
Apoio: FAPESP: N°2012/15910-0/2013/06988-8 e CnPq Nº140081/2016-0
121
580- ANÁLISE POR ELEMENTOS FINITOS DE RISCO DE LESÃO CERVICAL NÃO CARIOSA:
VESTIBULAR X PALATINA
Oliveira TFS*, Pereira FA; Meira JBC. Departamento de Biomateriais e Biologia Oral -
Faculdade de Odontologia da USP – SP. [email protected]
Cerca de 90% das Lesões Cervicais Não Cariosas (LCNC) ocorrem na face vestibular,
mesmo quando a oclusão tende a gerar tensões de tração na face palatina. Em 2011,
Sneed justificou a menor incidência de LCNC em faces palatinas à maior
deformabilidade da cortical óssea vestibular, que favoreceria um movimento de corpo
do dente quando carregado para vestibular, evitando altas tensões de tração na
palatina. Entretanto esta teoria ainda precisa de comprovação científica. O objetivo
deste estudo foi verificar se a distribuição de tensões obtida por análise por elementos
finitos confirma esta teoria. Foram construídos dois modelos 2D de um pré-molar:
controle (com cortical óssea vestibular mais fina do que a palatina) e modificado (com
espessura iguais das corticais). Para cada modelo foram submetidos dois tipos de
carregamento: palatino e vestibular. Foram analisadas as máximas tensões de tração
(σ1) nas regiões de interesse. Esperava-se que: (1) no modelo controle, as tensões de
tração na face palatina seriam baixas em relação à vestibular e (2) as tensões de tração
na palatina seriam maiores no modelo modificado. No modelo controle, a máxima σ1
na face palatina (com carregamento vestibular) foi 27% maior do que a da face
vestibular (com carregamento palatino) - 5,6 MPa e 4,5 MPa, respectivamente. A
máxima σ1 na face palatina do modelo modificado (5,4 MPa) foi 4% menor do que a do
modelo controle. Os resultados da análise por elementos finitos não confirmaram a
teoria proposta por Sneed. A maior incidência de LCNC na vestibular deve estar
associada a outros fatores biomecânicos.
Palavras-chave: análise de elementos finitos, análise do estresse dentário.
Apoio: CNpQ, PIBIC Processo: 800885/2014-7
122
581 - POR QUE LESÃO CERVICAL NÃO-CARIOSA É MAIS FREQUENTE EM FACE
VESTIBULAR? NOVA ABORDAGEM COM ANÁLISE POR ELEMENTOS FINITOS.
Capetillo P*, Oliveira T, Ballester, R, Meira J. Departamento de Biomateriais e Biologia
Oral – FOUSP. [email protected]
Em 2011 foi publicada uma teoria para justificar a maior prevalência de lesão cervical
não cariosa (LCNC) na face vestibular (V), baseada no efeito da fina espessura da tábua
óssea V sobre a distribuição de tensões no dente. Esta teoria foi rejeitada por análise
de elementos finitos. A hipótese deste estudo é que com uma tábua V fina seria mais
fácil atingir os valores de deformação da janela de reabsorção patológica do Frost.
Com a perda, além do cemento e dentina ficarem expostos a erosão e abrasão, as
tensões na cervical V do dente seriam intensificadas, aumentando o risco de LCNC.
Foram construídos 3 modelos 2D de AEF de pré-molar com estruturas de suporte:
Controle (com tábua V fina); Espesso (com tábua V grossa) e Reabsorvido (com perda
de 3 mm da tábua V). Uma carga horizontal de 70 N foi aplicada na cúspide V. Foram
analisadas as deformações principais (1 e 3) na crista óssea vestibular e as tensões
máximas principais (1) na região cervical do dente. O modelo Espesso apresentou
menores valores de 1 (tração) e maiores valores de 3 (compressão) na crista V,
quando comparado ao Controle; e ambos atingiram os valores da janela de
reabsorção. O modelo Reabsorvido apresentou maiores valores de 1 (tração) na
cervical do dente. O resultado confirmou a maior concentração de tensões na cervical
V do dente com perda óssea. O maior risco de reabsorção em tábua fina não foi
confirmado por limitação do modelo 2D, que não representa a rigidez estrutural do
osso alveolar.
Palavras-chave: Análise de Elementos Finitos, reabsorção óssea, análise do estresse
dentário.
123
582 - EFEITO DA QUANTIDADE DE CARGAS NANOMÉTRICAS NO GRAU DE
CONVERSÃO E ALTERAÇÃO DE COR DE COMPÓSITOS RESTAURADORES
Sinhoreti MAC*, Oliveira DCRS, Rocha, MG, Ferracane JL, Correr AB, Correr-Sobrinho L.
Área Materiais Dentários, Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP. [email protected]
O objetivo nesse estudo foi avaliar o efeito do percentual de partículas de sílica
pirogênica no grau de conversão (GC) e estabilidade de cor de compósitos resinosos
experimentais (CR). Foram produzidos 4 CR com a mesma matriz orgânica: 29 % Bis-
GMA, 32.5 % UDMA, 32.5 % Bis-EMA, 6 % TEGDMA em peso, e com carga inorgânica
de sílica pirogênica silanizada de 0,05 μm em diferentes percentuais de peso: CR1 (sem
carga), CR2 (13 %), CR3 (52 %) e CR4 (65 %). O GC foi analisado por espectroscopia no
infravermelho transformada de Fourier. A estabilidade de cor foi aferida em
espectrofotometria (EasyShade Advanced, Vita) de acordo com os parâmetros CIE Lab.
Todas as amostras foram envelhecidas artificialmente por 300 horas em ciclos de luz
ultra violeta e umidade para indução de alteração de cor. Os dados foram submetidos
aos testes de análise de variância (ANOVA 1-fator) e teste de Tukey (α = 0,05). Os
resultados mostraram que a quantidade de carga inorgânica no com
pósito resinoso foi indiretamente proporcional ao GC e diretamente proporcional a
alteração de cor. O amarelamento e a opacificação foram observados para todos os
grupos. Uma mudança de cor clinicamente significante (ΔE > 3,3) foi observada
quando, após o envelhecimento, para os CR com percentual de carga superior a 52 %.
Portanto, pode-se concluir que quanto maior o percentual de partículas de sílica
pirogênica em compósitos resinosos, o GC e a estabilidade de cor desses materiais são
afetados diretamente.
Palavras-chave: resinas compostas; cor; grau de conversão
Apoio: FAPESP (processo # 2013/04241-2
124
583- INFLUÊNCIA DA ADIÇÃO DE MICROESFERAS COM AMOXICILINA NAS
PROPRIEDADES DE AGREGADO TRIÓXIDO MINERAL
Bohns FR*, Dornelles-Jr NB, Genari B, Leitune VCB, Ogliari FA, Guterres S, Collares FM.
Laboratório de Materiais Dentários (LAMAD). Departamento de Odontologia
Conservadora. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. [email protected]
O objetivo do presente estudo foi investigar a influência da adição de microesferas
com amoxicilina nas propriedades do Mineral Trioxide Aggregate (MTA). Quatro
grupos foram avaliados no presente estudo quanto à resistência à tração diametral,
tempo de presa inicial e perfil de liberação de amoxicilina: Um grupo controle (GC) e
três grupos experimentais de MTA contendo microesferas com amoxicilina nas
quantidades 0%, 2,5% e 5% (em massa). Para os grupos contendo fármaco, a
proporção pó/líquido utilizada foi 1/1,16 (em massa), para possibilitar a espatulação
do cimento; Para o grupo controle foi de 3/1, como indicado pela literatura. A
morfologia das microesferas com amoxicilina foi avaliada por Microscópio Eletrônico
de Varredura (MEV). A alteração da razão pó/líquido causou um decréscimo da
resistência à tração diametral de 0,12 MPa (GC) para 0,072 MPa (5%MTA) e aumento
do tempo de presa inicial do cimento de 805 s (GC) para 1417 s (5%MTA), porém, foi
possível observar o aumento da resistência à tração diametral conforme aumentada a
porcentagem de fármaco no cimento de 0,057 MPa (2,5%MTA) para 0,072 MPa
(5%MTA). O teste de perfil de liberação de amoxicilina para o grupo com adição de 5%
em massa de fármaco, mostrou liberação de 16,68% de amoxicilina transcorridas 96 h
de ensaio. Tanto o GC quanto os grupos experimentais, não apresentaram resultados
de tração diametral e tempo de presa que corroboram com a literatura existente. A
liberação tardia do fármaco está de acordo com a hipótese inicial de que o envolucro
polimérico, retardaria o período de liberação da amoxicilina.
Palavras-chave: Amoxicilina; Liberação Controlada de Fármacos; Microesferas.
125
584- AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE COR E RUGOSIDADE SUPERFICIAL DE RESINAS
COMPOSTAS MICRO-HÍBRIDAS, NANOHÍBRIDAS E NANOPARTICULADAS
Cury MS*, Ferreira BS, Nogueira RD, Palma-Dibb RG, Cruz GOP, Martins VRG.
Laboratório de Biomateriais - UNIUBE campus Uberaba. [email protected]
Os objetivos foram avaliar a estabilidade de cor e a rugosidade superficial (RS) de
discos de resinas compostas submetidos à escovação com dentifrícios abrasivos.
Confeccionou-se 90 discos de resina composta (6,0 x 2,0mm), sendo 30 da resina
micro-híbrida Brilliant NG (Coltene), 30 da micro-híbrida Charisma Diamond (Kulzer) e
30 da nanoparticulada Filtek Z350XT (3M ESPE). Realizou-se a análise de cor inicial
(Sistema CIELab) dos discos de resina e a avaliação da RS das amostras em microscopia
confocal de varredura a laser. Cada 10 discos de resina, por grupo, receberam
escovação com dentifrícios de abrasividades diferentes: Máxima Proteção Anticáries
(Colgate), Sensodyne Repair & Protect (Sensodyne) e Colgate Pró-Alívio (Colgate). Para
a escovação utilizou-se escova elétrica com cerdas macias (Professional Care 5000,
Oral B) e força padronizada durante 30 minutos com aplicação de 1,0 ml de uma
solução de dentifrício e água destilada (slurry; 1:2 em peso) a cada 30 segundos.
Concluído o desafio abrasivo, as amostras foram novamente avaliadas com relação à
cor e à RS. Os dados obtidos foram tabulados e submetidos ao teste de Kruskal-Wallis
(alteração de cor) ou ao Teste t (rugosidade superficial) (α = 0.05). Os resultados
mostraram que a cor permaneceu em um nível clínico aceitável, mas a RS foi
significativamente alterada. Conclui-se que a escovação com os dentifrícios Máxima
Proteção Anticáries, Sensodyne Repair & Protect e Colgate Pró-Alívio não foram
capazes de alterar significativamente a cor das resinas compostas, mas alteraram
significativamente a RS.
Palavras-chave: Resina Composta, Dentifrícios Abrasivos, Rugosidade superficial.
126
585- SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DE PARTÍCULAS DE IONÔMERO DE VIDRO-CA PRÉ-
REAGIDAS (PRG-CA)
Maia JNSMD*, Santos GB, Guimarães JGA, Poskus LT, Noronha-Filho JD, Silva EM.
Laboratório Analítico de Biomateriais Restauradores (LABiom-R) - Faculdade de
Odontologia - Universidade Federal Fluminense. [email protected]
O objetivo deste estudo foi sintetizar e caracterizar partículas de ionômero de vidro-Ca
pré-reagidas (PRG-Ca) para utilização como partículas de carga em compósitos
restauradores remineralizantes experimentais. A síntese foi feita através da fusão de
SiO2 (22%), Al2O3 (18%), CaF2 (35%) e SrF2 (25%) a 1400 C/2h. Após, o vidro de cálcio
fluoraluminosilicato (Ca-FAlSi) obtido foi triturado. Para obtenção das partículas de
PRG-Ca, 5g de partículas Ca-FAlSi, 43,67ml de água deionizada e 27,84g de ácido
poliacrílico a 35% foram misturados, tratados termicamente, liofilizados e o produto
final triturado. As partículas Ca-FAlSi e PRG-Ca foram caracterizadas por Difratometria
de Raio X (XRD), microscopia eletrônica de varredura (MEV), EDS (energia dispersiva de
Raio X), análise de Brunauer-Emmett-Teller (BET) e espectroscopia infravermelha
(FTIR). XRD indicou estrutura amorfa de Ca-FAlSi. MEV mostrou partículas irregulares e
poligonais, com Ca-FAlSi apresentando diâmetro médio de 3 um e PRG-Ca de 5um. EDS
detectou composição química de Ca-FAlSi (% p/p): O (33,6), F (18,5), Sr (16,6), Ca (13,6)
e Al (9,9). BET demonstrou que as partículas de Ca-FAlSi não apresentaram
porosidades. FTIR detectou bandas em 603cm-1, atribuída a SiO2 não ligado, e em
1002cm-1, relacionada a vibração de alongamento assimétrica de ligações Si-O. Os
resultados da caracterização encontram suporte em estudos previamente publicados e
permitem concluir que as partículas de PRG-Ca sintetizadas são adequadas para
formulação de compósitos restauradores remineralizantes experimentais.
Palavras-chave: Resina composta, Remineralização dentária.
127
586 - INFLUÊNCIA DA HIDROFILICIDADE DE NANOGÉIS NO DESEMPENHO MECÂNICO
E RESISTÊNCIA DE UNIÃO DE ADESIVOS DENTÁRIOS
Gotti VB*, Correr AB, Lewis SH, Feitosa VP, Correr-Sobrinho L, Stansbury JW.
Departamento de Dentística e Materiais Dentários, Centro Universitário do Triângulo –
UNITRI. [email protected]
O objetivo neste estudo foi verificar a influência da hidrofilicidade de nanogéis reativos
(NG) no desempenho mecânico e resistência de união à microtração (μTBS) de
adesivos dentais à dentina após 24h ou 3 meses de armazenamento. Três NG foram
sintetizados: NG1- IBMA/UDMA; NG2- HEMA/BisGMA; NG3- HEMA/TE-EGDMA. Os NG
foram dispersos em BisGMA/HEMA (60:40 wt%). O grau de conversão (GC)dos
materiais foi mensurado e o módulo flexural (MF)destes polímeros foi avaliado nas
condições seca e úmida. Para análise de μTBS (CEP-FOP 022/2014), adesivos
experimentais foram manipulados com e sem a incorporação de NG (NG1, NG2, NG3,
Controle-CO). A μTBS foi avaliada após o armazenamento em água destilada por 24h
ou 3 meses. A verificação do padrão de fratura foi realizada após o teste de μTBS. Os
dados foram análisados usando ANOVA e teste de Tukey (α=0.05). Todos os polímeros
dispersos em BisGMA/HEMA apresentaram o menor MF quando armazenados em
água. BisGMA/HEMA CO teve o maior MF em condição seca comparado aos grupos
com NG. Para a condição úmida, NG1 apresentou o maior MF. NG2 teve o maior GC
entre os grupos BisGMA/HEMA. Para a análise de μTBS, após três meses, NG2 teve os
maiores resultados. A μTBS do adesivo com incorporação de NG2 significativamente
aumentou após 3 meses, enquanto que o armazenamento não apresentou efeito nos
grupos CO, NG1 e NG3. O NG mais hidrófobo IBMA/UDMA apresentou os maiores
resultados mecânicos, entretanto os melhores valores de μTBS, e valores de μTBS que
aumentaram notavelmente após o armazenamento, foram obtidos com o NG anfifílico
a base de BisGMA/HEMA.
Palavras-chave: Nanotecnologia, Hidrólise, Agentes de união à dentina
128
589- PROCESSAMENTO CERÂMICO DE PEÇAS DE ZIRCÔNIA Y-TZP PARA APLICAÇÃO
EM BIOMATERIAIS
Bastos NA*, Kavashima LH, Foschini CR, Fortulan CA, Borges AFS.
Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos, Faculdade de
Odontologia de Bauru - Universidade de São Paulo. [email protected]
A zircônia tetragonal policristalina (ZrO2) estabilizada com ítria (Y2O3) ou zircônia Y-
TZP é utilizada como biomaterial na Odontologia por meio da tecnologia CAD/CAM.
Contudo, próteses e implantes deste material são suscetíveis à falha por fratura frágil,
causados por defeitos oriundos do processo de fabricação. Dessa forma, o presente
estudo teve como objetivo avaliar o processamento mecânico de zircônia Y-TZP
experimental por meio da produção de blocos pré-sinterizados em diferentes
temperaturas, a 900°C com patamar de 2 horas (T1), 900 °C com patamar de 4 horas
(T2) e 950°C com patamar de 2 horas (T3), até a confecção de coping em sistema
CAD/CAM. As variáveis analisadas foram: a dureza na fase pré-sinterizada como
parâmetro de usinabilidade comparada a dois materiais comerciais: Sirona (ZL) e
Ivoclar (ZC), e módulo de elasticidade após a sinterização total. Os dados foram
submetidos à análise estatística descritiva. Os resultados de microdureza HV foram:
49,35; 50,95; 55,50; 55,55 e 63,45 para os grupos T1, T2, T3, ZL, ZC, respectivamente, o
que possibilitou a usinagem dos grupos experimentais no sistema CAD/CAM. Enquanto
o módulo de elasticidade, de 211,63 GPa, do material experimental (T1, T2 e T3)
totalmente sinterizado, é próximo às propriedades mecânicas descritas na literatura
(210 GPa). Os dados obtidos no estudo podem auxiliar na prevenção de falhas
mecânicas e aprimorar a produção de implantes e próteses pela tecnologia CAD/CAM.
Além da disseminação de novas tecnologias para um mercado com relativa
dependência internacional.
Palavras-chave: zircônia, projeto auxiliado por computador, implantes dentários.
129
590- RESISTÊNCIA DE UNIÃO DE ADESIVOS DENTINÁRIOS À DENTINA AFETADA POR
CÁRIE: UMA META-REGRESSÃO
Schiroky PS*, Leitune VCB, Celeste RK, Samuel SMW, Collares FM. Laboratório de
Materiais Dentários (LAMAD), Departamento de Odontologia Conservadora,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. [email protected]
O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência de união de sistemas adesivos a
dentina afetada por cárie (DAC) quando comparada à dentina hígida (DH), assim como
avaliar a influência das variáveis nos ensaios in vitro através de uma revisão
sistemática seguida de meta-regressão. As buscas foram realizadas nas bases de dados
PubMed, Scopus, Web of Science e LILACS, utilizando a seguinte estratégia de busca:
(“dental caries” OR “caries affected dentin” OR “carious affected dentin”) AND “bond
strength”. Foram incluídos estudos laboratoriais que investigaram a resistência de
união à microtração imediata e longitudinal de sistemas adesivos a DAC natural ou
artificial, utilizando DH como controle. Oito artigos preencheram os critérios de
inclusão, dos quais foram extraídos dados quanto ao tamanho amostral, tipo de dente
(permanente ou decíduo), condição do substrato (DH, DAC natural ou artificial),
método de envelhecimento, tempo de condicionamento ácido por ácido fosfórico ou
primer ácido, tipo de adesivo, velocidade da máquina de ensaio (mm/min) e área
adesiva (mm²). Uma meta-regressão foi realizada para a associação das variáveis
independentes do modelo com o desfecho de resistência de união (MPa). O modelo
final com 5 variáveis explicou 75,6% da variabilidade entre os grupos. Todas as
variáveis independentes apresentaram influência significativa no desfecho (p ≤ 0,02), e
a DAC artificial resultou em menor resistência de união. Conclui-se que a resistência de
união à DAC é menor, e a utilização de DAC artificial em estudos in vitro pode
subestimar os resultados.
Palavras-chave: adesivos dentinários, cárie dentária, revisão sistemática.
Apoio: Capes
130
591- INTERAÇÃO DE NANOTUBOS DE TIO2 COM CERÂMICA Y-TZP: ANÁLISES DE
RESISTÊNCIA COESIVA, QUÍMICA E ESTRUTURAL
Borges AFS*, Magalhães APR, Ramos Cm, Lisboa-Filho PN, Gomes OP, Mondelli RL,
Cesar PF, Fortulan, CA. Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais
Odontológicos, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.
Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Julio de Mesquista Filho, UNESP/Bauru.
Departamento de Biomateriais e Biologia Oral, Faculdade de Odontologia,
Universidade de São Paulo. Departamento de Escola de Engenharia de São Carlos,
Universidade de São Paulo. [email protected]
O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da adição de três concentrações de
nanotubos de titânio (TiO2) (1, 2 e 5% em volume) em cerâmica Y-TZP, em sua
resistência à flexão biaxial (RFB); avaliação química e microestrutural em Microscopia
Eletrônica de Varredura/ Espectroscopia de Energia Dispersiva e Difração de Raio-X
(MEV/EDS e DRX). Todo o processo de manufatura da cerâmica foi controlado, desde a
mistura do pó de 3Y-TZP, secagem, granulação, conformação e sinterização. Foram
confeccionados discos de 12x1,1mm de cada um dos grupos (n=30) e os mesmos
foram submetidos ao teste de RFB de acordo com a norma ISO (6872, 2008).
MEV/EDS e DRX: Dois espécimes de cada grupo receberam polimento em uma
superfície com lixas de diferentes granulações, seguido de disco de feltro e pasta
diamantada, o espécime destinado à análise em MEV/EDS foi tratado termicamente
para exposição dos grãos. Os dados de RFB foram submetidos à análise estatística com
os testes ANOVA e Turkey. O grupo sem adição de nanotubos de TiO2 apresentou
maior RFB que os grupos com titânio (P<0,05), tendo o grupo com 5% de TiO2
registrado o menor valor. O EDS registrou O e Zr em todas as amostras e Ti em
pequenas quantidades apenas nas amostras de 2 e 5% de TiO2. No MEV observou-se
grãos na ordem de 80 a 500nm e não foi possível identificar separadamente os
nanotubos. Os resultados de DRX mostraram que os espécimes preparados
apresentam morfologia policristalina com fases cúbica e tetragonal.
Palavras-chave: Nanotubos, Cerâmica, Zircônio / Apoio: FAPESP #2011/18061-0
131
592- EXPLORANDO O EMPREGO DO CLORETO FÉRRICO PARA PRESERVAÇÃO DAS
FIBRAS COLÁGENAS
Rodrigues RV*, Giannini M, Puppin-Rontani RM, Pascon FM, Manso AP, Carvalho RM.
Materiais Dentários / Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP. [email protected]
O objetivo deste estudo foi explorar as possibilidades do emprego FeCl3(FC) associado
com o ácido cítrico (AC) que direta ou indiretamente possam prevenir a degradação do
colágeno. A eficiência das soluções de AC/FC foi obtida através dos métodos: Avaliação
do efeito antienzimático contra catepsina-K através fluorômetro e espectrometria de
luminescência; Capacidade protetora através de eletroforese com o colágeno solúvel e
insolúvel; Teste de resistência à tração das fibras colágenas tratadas ou não com a
soluções e posteriormente expostas às enzimas. Os dados foram submetidos às
análises estatísticas segundo a variância dos dados considerando-se α = 5%. Atividade
enzimática foi reduzida 40% com uma concentração de 0.005% de FC, e praticamente
anulada com uma concentração de 0.08% de FC. A associação com o AC não anulou o
efeito inibitório do FC. Tanto para o colágeno solúvel quando insolúvel os resultados
da eletroforese demostraram que a partir das concentrações de 0.06% e 0.08% o FC
inibiu a ação da enzima e foi capaz de proteger o colágeno contra a degradação. Os
valores resistência à tração das fibras colágenas revelaram que as a presença do FC foi
significativa para manutenção das propriedades mecânicas, e quando expostas
somente ao AC ou a enzima apresentaram os menores valores de resistência à tração.
O estudo da manutenção do colágeno gera resultados que podem contribuir com
diversas áreas da saúde. Na odontologia restauradora, camadas híbridas com melhores
propriedades físico-mecânicas promovem maior longevidade clínica das restaurações.
Palavras-chave: dentina, catepsinas, compostos férricos, colágeno.
Apoio: CAPES/ PROEX
132
593 - EFICÁCIA DA PROTEÍNA MORFOGENÉTICA ÓSSEA (BMP-7) EM MATERIAIS PARA
CAPEAMENTO PULPAR: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Rossato TCA*, Da Rosa WO, Da Silva TM, Piva E, Da Silva AF, Lund RG. Núcleo de
Biologia Celular e Tecidual / UFPel. [email protected]
O presente estudo avalia a eficácia da aplicação de BMP-7 em tratamentos
conservadores da polpa. A revisão sistemática foi realizada nas bases de dados
PubMed (Medline), Lilacs, IBECS, BBO, Web of Science, Scopus e SciELO. Foram
incluídos estudos em animais em que BMP-7 foi aplicado direto ou indiretamente
sobre a polpa. Dados como os desfechos morfológicos de formação de dentina
terciária e resposta inflamatória foram analisados. Dos 3019 estudos identificados; 12
foram incluídos na análise qualitativa. 1 estudo avaliou capeamento pulpar indireto, 8
capeamento direto e 3 pulpotomia. Os sistemas de entrega utilizados incluíram
colágeno, hidrogel de gelatina, quitosana, agarose, alginato de sódio e PLGA. Nos
estudos incluídos, a proteína foi capaz de potencializar a formação de dentina terciária
e promover uma menor resposta inflamatória inicial. Conclui-se que a evidência na
literatura sugere que o uso de BMP-7 pode ser eficaz nos tratamentos conservadores
da polpa.
Palavras-chave: Revisão, Capeamento da Polpa Dentária, Proteína morfogenética
óssea.
Apoio: CNPq N° 485780/2013-5
133
594 - POTENCIAL BIOATIVO DE UM SCAFFOLD DE QUITOSANA E COLÁGENO
CONTENDO MICROPARTÍCULAS DE ALUMINATO DE CÁLCIO SOBRE CÉLULAS
PULPARES HUMANAS.
Soares DG*; Basso FG; Rosseto HL; Scheffel DS; Hebling J; de Souza Costa CA.
Laboratório de Patologia Experimental e Biomateriais/ Faculdade de Odontologia de
O objetivo principal deste estudo foi avaliar a bioatividade de um scaffold de quitosana
e colágeno contendo micropartículas de aluminato de cálcio (CHC-CA) sobre células
tronco pulpares humanas (DPSCs). As DPSCs foram semeadas sobre o CHC-CA, sendo
analisada a proliferação celular (alamar blue), bem como sua viabilidade na superfície
e interior do material (live/dead), após 1, 7 e 14 dias de incubação. A atividade de ALP
(timolftaleína), expressão de DSPP (PCR tempo real) e deposição de matriz
mineralizada (alizarin red) foram avaliados após 28 dias de cultivo. A indução da
migração celular foi avaliada por meio de transwells (48 horas). Células semeadas em
monocamada (MN) ou sobre um scaffold de quitosana e colágeno (CHC) foram
empregadas como controle (ANOVA;Tukey; α=5%). As DPSCs foram capazes de aderir
na superfície dos scaffolds e migrar para seu interior, permanecendo viáveis em todos
os períodos de análise. Proliferação significativamente superior ao grupo MN foi
observada para CHC-CA no período de 7 dias (p<0,05). Aumento significante na
atividade de ALP, expressão de DSPP e deposição de nódulos de mineralização foi
observado para CHC-CA em relação aos controles MN e CHC (p<0,05). O scaffold CHC-
CA também induziu maior migração das células através dos transwells em relação aos
demais grupos experimentais (p<0,05). Assim, foi possível concluir que o CHC-CA se
caracteriza como um substrato quimiotático e citocompatível, o qual apresenta
notável capacidade para induzir o fenótipo odontoblástico em células tronco pulpares
humanas.
Palavras-chave: Polpa dental, Células tronco, Biomateriais
Apoio: FAPESP 2013/23520-0
134
598 - EFEITO DA CONCENTRAÇÃO DE TRIFLUORETO DE ITÉRBIO NAS PROPRIEDADES
FÍSICAS DE RESINAS ADESIVAS EXPERIMENTAIS
Brauner KV *, Sedrez-Porto JA, Macedo CLR, Damian MF, Münchow EA, Piva E. CDC-Bio
- Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Pelotas [email protected]
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da concentração de partículas de trifluoreto
de itérbio (YbF3) na radiopacidade (Rad), índice de refração (IR) e grau de conversão
(GC) de resinas adesivas experimentais. Duas resinas modelo foram preparadas
misturando-se Bis-GMA, TEGDMA e um monômero de variação (HEMA ou UDMA PEG
400). YbF3 foi incorporado às resinas em diferentes concentrações: 0 (controle), 5, 10,
20 e 30%, em peso. Espécimes (6 mm diâmetro × 1 mm espessura) foram preparados
para o teste de Rad (n=3), o qual foi realizado usando-se um filme radiográfico oclusal
(InSight). O IR das resinas foi mensurado com um refratômetro Abbe (n=3). Por fim, o
GC das resinas foi mensurado usando-se espectroscopia de infravermelho por
Transformada de Fourier (n=3). Os dados foram analisados estatisticamente com
ANOVA e teste de Tukey (α=5%). A incorporação de 30% em peso de YbF3 na resina
contendo HEMA resultou em Rad semelhante à dentina; por outro lado, uma
concentração menor (20% em peso) de YbF3 foi necessária para promover Rad
semelhante entre a resina contendo UDMA PEG 400 e o substrato dentinário. A adição
de YbF3 reduziu progressivamente o IR das resinas contendo HEMA; porém, a
presença de 20 ou 30% em peso de YbF3 aumentou o IR das resinas contendo UDMA
PEG 400. O GC foi menor apenas para a resina contendo UDMA PEG 400 e 30% em
peso de YbF3 quando comparado ao grupo controle (sem YbF3). Assim, o tipo de
sistema monomérico e a concentração de YbF3 influenciou as propriedades físicas das
resinas adesivas experimentais avaliadas neste estudo.
Palavras-chave: Resinas; Adesivos; Itérbio;
135
600- CLAREAMENTO EM ADOLESCENTES - ENSAIO CLÍNICO CONTROLADO -FOLLOW
UP 12 MESES
Sfalcin RA*, Pinto MM, Olivan SRG, Altavista OM, Motta LJ, Godoy CHL, Deana AM,
Bussadori SK. Departamento de Biofotônica aplica às Ciências da Saúde – UNINOVE.
Este estudo clínico, controlado, randomizado e cego teve objetivo de avaliar a
alteração colorimétrica, aumento da sensibilidade dental e a satisfação do paciente
adolescente submetidos ao clareamento dental com peróxido de hidrogênio a 6% a
10% para auto aplicação pela técnica caseira e com fita clareadora. Aprovado pelo
CoEP/Uninove no 410.582 e registrado no Clinical Trials no NTC01998386; segue as
regulamentações do CONSORT (Consolidated Standards of Reporting Trials). Foram
selecionados 16 adolescentes de 12 -18 anos randomicamente divididos de acordo
com a utilização dos seguintes compostos comerciais a base de Peróxido de Hidrogênio
na concentração 7,5%, 6,0% (White Class com Cálcio – FGM) para auto aplicação com
moldeiras e Peróxido de Hidrogênio a 10% (Oral B 3D White – Oral-B) em fitas
branqueadoras. Após o procedimento clareador, os pacientes foram avaliados quanto
a alteração de cor dos dentes com escala vita 3D master (Zanfabrik), e a
autopercepção da satisfação e sensibilidade dental por questionário. Os dados foram
submetidos a análise estatística com nível de significância de 5%. Para todos os grupos
estudados, os dentes foram clareados, existe correlação positiva entre os valores do
Croma e Valor da cor. Em relação a sensibilidade, ~35% relataram algum tipo de
desconforto, sendo a sensibilidade dentinária a de maior frequência. Pode-se concluir
que após 12 meses de acompanhamento dos pacientes desse estudo clínico, 75%
acreditam estarem satisfeitos com os resultados obtidos pelo clareamento durante
esse período.
Palavras-chave: clareamento, adolescentes, sensibilidade.
136
602- AÇÃO ANTIBACTERIANA DE SOLUÇÕES DE RICINUS COMMUNIS, PERÓXIDO
ALCALINO E CLORETO DE CETILPIRIDÍNIO EM LIGA METÁLICA DE COBALTO-CROMO
Baile PN*, Curylofo PA, Morelli VG, Vasconcelos GL, Oliveira VC, Macedo AP, Paranhos
HFO, Pagnano VO. Departamento de Materiais Dentários e Prótese/ FORP – USP.
O objetivo deste estudo foi avaliar a ação antimicrobiana de soluções higienizadoras
em liga de cobalto-cromo (Co-Cr). Foram utilizados 90 discos metálicos de Co-Cr
(Degussa), obtidos a partir de um padrão de cera (12x3 mm), que foram esterilizados
com óxido de etileno, posteriormente inoculados (suspensão de 108 UFC/mL) por
Streptococcus mutans (Sm) e Staphylococcus aureus (Sa) e distribuídos aleatoriamente
entre os grupos (n=9). Para imersão foram utilizadas as seguintes soluções: Ricinus
communis - RC a 2% (20 min.) e 10% (20 min.), peróxido alcalino – PA (Nitradine) (15
min.), cloreto de cetilpiridínio 0,500 mg – CPC (Cepacol) (10 min.) e água destilada - C
(controle) (20 min). Após as imersões foi realizada semeadura e contagem de Unidades
Formadoras de Colônias (UFC/mL). Os dados após transformação em log10(UFC+1)
apresentaram distribuição não normal, tendo-se utilizado teste não paramétrico
Kruskal Wallis e Dunn (α=0,05). No grupo Sa houve diferença significativa entre as
soluções (p= 0,012), com redução significativa de UFC com PA (5,05) em relação a C
(6,21). O CPC (5,16), RC 2% (5,16), RC 10% (5,27) apresentaram valores intermediários.
Para Sm, houve diferença estatisticamente significante entre o PA (2,81) e as demais
soluções [CPC=6,26; RC 2%=7,61; RC 10%= 6,73 e C= 6,42]. Conclui-se que o PA
apresentou os melhores resultados quanto à capacidade de redução de UFC de Sa.
CPC, RC 2% e RC 10% apresentaram ação intermediária. Somente o PA (2,81) foi eficaz
na redução de UFC de Sm.
Palavras-chave: Rícinos communis, prótese parcial removível, desinfecção.
Apoio: CAPES
137
604- INFLUÊNCIA DA QUANTIDADE E TIPO DE PARTÍCULAS BIOATIVAS NA
BIODEGRADAÇÃO DE INFILTRANTES RESINOSOS
Zanini MM*, Angelo E, Favarao J, de Paula AB, Correr-Sobrinho L, Sinhoreti MAC, Correr
AB. Área de Materiais Dentários, Departamento de Odontologia Restauradora,
Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas,
Piracicaba – SP, Brasil. [email protected]
O objetivo neste estudo foi avaliar a biodegradação de infiltrantes experimentais com
diferentes tipos e concentrações de partículas bioativas, através de avaliações de
rugosidade (Ra). A partir de uma formulação base composta de BisEMA e TEGDMA
foram adicionadas partículas de hidroxiapatita (Hap); fosfato de cálcio amorfo (ACP);
biovidro dopado com Zn (BAG-Zn) e partículas de cimento de silicato de cálcio
modificado por β-tricálcio fosfato (β-TCP). As partículas foram adicionadas nas
concentrações de 1%, 5% e 10% em peso. No grupo controle não foram adicionadas
partículas. Cinco discos (5mm de diâmetro X 1mm de espessura) de cada material
foram confeccionados e a rugosidade avaliada antes e após biodegradação por 7 dias
de contato com o biofilme artificial de Streptococcus mutans. Os dados foram
avaliados por ANOVA de medidas repetidas e teste de Tukey (α=5%). Na avaliação
inicial observou-se que a Ra de ACP foi significativamente maior que HAP e BAG-Zn;
inicialmente a Ra de 5% foi maior que 1%. Antes da biodegradação os grupos ACP5% e
HAP1% diferiram do controle. Após a biodegradação os resultados mostraram que:
1.houve redução significativa da Ra para todos os grupos; 2. Não houve diferença
entre as concentrações; 3. Não houve diferença entre os materiais com partículas; 4.
Todos os materiais diferiram do controle. Conclui-se que a biodegradação reduziu a
rugosidade dos infiltrantes, independente do tipo e concentração de partícula
bioativa.
Palavras-chave: rugosidade, biodegradação, propriedades químicas.
Apoio: Capes
138
605 - INFLUÊNCIA DO MONÔMERO DILUENTE ISOBORNIL METACRILATO (IBOMA)
NAS PROPRIEDADES DE RESINAS COMPOSTAS EXPERIMENTAIS.
Favarão J*, Zanini MM, Abuna GF, Correr AB, Sobrinho LC, Mendonça MJ, Sinhoreti
MAC. Área de Materiais Dentários, Departamento de Odontologia Restauradora,
Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas,
Piracicaba – SP, Brasil. [email protected]
O objetivo neste estudo foi avaliar a utilização do monômero IBOMA (isobornil
metacrilato), associado ou não ao TEGDMA e sua influência no grau de conversão,
sorção e contração de resinas compostas experimentais. Nove formulações de matriz
resinosa foram confeccionadas de acordo com o monômero diluente IBOMA, TEGDMA
ou IBOMA/TEGDMA, nas seguintes proporções: Bis-GMA/IBOMA 60/40 (R1), 50/50
(R2), 40/60% (R3) em peso; Bis-GMA/TEGDMA 60/40 (R4), 50/50 (R5), 40/60% (R6) e
em associação Bis-GMA/IBOMA/TEGDMA 60/20/20 (R7), 50/25/25 (R8) e 40/30/30%
(R9). A proporção de partículas de carga inorgânica (70%) foi constante para todas as
formulações: vidro de bário/sílica 80/20% em peso. Na sequência foram avaliados:
grau de conversão, sorção e contração. Os dados foram submetidos a ANOVA,
seguidos do teste de Tukey (5%). O grupo R9, que continha 30% de IBOMA em peso
apresentou grau de conversão superior aos grupos R1 e R3, que não continham IBOMA
em suas formulações, os demais grupos apresentaram valores intermediários, não
diferindo entre si. O grupo R3 que não continha IBOMA apresentou maior contração
que os grupos R4 e R7, que continham 40% e 20% de IBOMA, e semelhante aos demais
grupos. Maior sorção de água foi observada nos grupos R2 e R3, que não continham
IBOMA e foram semelhantes aos grupos R7 e R8, com 20% e 25% de IBOMA. Os
demais grupos apresentaram menores valores e foram semelhantes entre si. Pode-se
concluir que a adição do monômero diluente IBOMA aumentou o grau de conversão,
reduziu a contração e a sorção de água das resinas compostas testadas.
Palavras-chave: Resinas compostas, metacrilatos, bis-GMA.
Apoio: CNPq
139
606 - EFEITO DO PERÓXIDO DE CARBAMIDA EM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES
SOBRE A RUGOSIDADE DE SUPERFÍCIE E BRILHO DA CERÂMICA
Roque ACC, Pires-de-Souza FCP, Macedo AP, Antunes RPA. Laboratório de Estudos
Biomecânico em Prótese e Implantes do Departamento de Materiais Dentários e
Prótese de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
O gel de peróxido de carbamida é utilizado em concentrações que variam de 10 a 35%,
seu efeito sobre os materiais restauradores ainda não está totalmente elucidado. Esse
estudo teve como objetivo avaliar a ação do peróxido de carbamida, 10 e 16%, sobre a
rugosidade de superfície e o brilho de uma cerâmica odontológica feldspática. Foram
confeccionados 20 espécimes (n=10), com a cerâmica IPS d.SIGN, que foram
submetidos a protocolos de aplicação de gel de peróxido de carbamida a 10 e 16%, 10
espécimes em cada grupo, nos tempos de 4 ou 3 horas diárias respectivamente,
seguindo o fabricante, por 14 dias. O registro da rugosidade e do brilho foi realizada no
início do tratamento, e após 7 e 14 dias. A rugosidade de superfície foi determinada
pelo microscópio confocal a laser, e a leitura do brilho foi feita pelo aparelho Micro
Gloss. Após a obtenção dos dados, foi realizada a análise TwoWay ANOVA, verificou-se
que o resultado obtido foi estatisticamente significante para a variável de rugosidade,
tanto para os fatores de variação de tempo (p = 0,004), concentração do peróxido de
carbamida (p = 0,007) e para a interação entre ambos (p = 0,013). Na análise do brilho,
não houve diferença estatisticamente significante. O peróxido de carbamida 10% não
provocou alterações significativas na rugosidade da cerâmica, mas o peróxido de
carbamida a 16% provocou aumento da rugosidade após o período de 14 dias de
aplicação, com médias em torno de 4,0 µm. Conclui-se, então, que as restaurações
cerâmicas devem ser protegidas antes da aplicação de agentes clareadores à base de
peróxido de carbamida 10 ou 16%.
Palavras-chave:Cerâmica.
Apoio: CAPES
140
607- IMPACTO DA RADIOTERAPIA DE CABEÇA E PESCOÇO NAS PROPRIEDADES
MECÂNICAS DE SISTEMAS ADESIVOS E RESINAS COMPOSTAS: REVISÃO SISTEMÁTICA
Madrid CC*, Brandão TB, Lopes MA, Santos-Silva AR, De Goes MF. Materiais
Dentários/Departamento de Odontologia Restauradora. Faculdade de Odontologia de
Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas. [email protected]
O objetivo da presente revisão sistemática foi estudar a evidência científica disponível
sobre o impacto da radioterapia de cabeça e pescoço nas propriedades mecânicas de
sistemas adesivos e resinas compostas. Buscas sistemáticas foram realizadas em maio
de 2016 nas bases de dados PubMed, Embase, Scopus e ISI, usando as palavras chave
“Radiotherapy”, ”Adhesive systems” e “Composite resins\". Foram incluídos artigos em
língua inglesa que aplicaram dose de radiação ionizante entre 50-80 Gy e avaliaram
propriedades mecânicas destes materiais antes e/ou após a radioterapia. Foram
excluídos reportes de casos clínicos, anais de congressos, cartas do editor e revisões de
literatura. Em total, 124 artigos foram encontrados, mas 15 cumpriram com todos os
critérios de inclusão. De forma geral, a radioterapia não afetou diretamente nenhuma
das propriedades mecânicas testadas das resinas compostas e sistemas adesivos. No
entanto, alguns estudos in vitro revelaram que a resistência de união (RU) de adesivos
diminui quando a restauração foi realizada imediatamente após a radioterapia.
Entretanto, poucos estudos conduzidos com radioterapia in vivo mostraram que a RU
de adesivos não foi afetada. Como conclusão, a radiação ionizante não afeta as
propriedades mecânicas de sistemas adesivos e resinas compostas quando a
restauração é realizada antes da radioterapia. No entanto, quando a restauração é
realizada após a radioterapia, os resultados de RU de sistemas adesivos são ainda
conflitantes entre estudos que aplicaram radioterapia simulada e in vivo.
Palavras-chave: Radioterapia, Resinas compostas, Sistema adesivo.
141
608-AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA FLEXURAL EM LIGA DE CO-CR SOB DIFERENTES
CONFIGURAÇÕES DA MÁQUINA DE SOLDA TIG
Resende LMS*, Castro MG, Mazzaro AR, Simamoto-júnior PC. Universidade Federal de
Uberlândia. [email protected]
Este trabalho objetivou criar um protocolo de utilização da máquina de solda TIG
(Soldagem por um eletrodo de tungstênio protegida por um gás inerte), visando
estabelecer os melhores parâmetros de soldagem, utilizando teste de flexão de barras
de CoCr e juntas soldadas em \"X\". Confeccionou-se 30 amostras em formato
cilíndrico e diâmetro de 4 mm, divididas em 3 grupos (n= 3): Grupos G1, G2 e G3 , com
chanfro de 60º e formato de X. Estas foram soldadas com os seguintes parâmetros de
corrente (A) e pulso (ms): G1 com 60A e 90ms, G2 com 60A e 120ms e G3 com 60A e
160ms. As amostras foram submetidas aos ensaios não destrutivos de inspeção
radiográfica e líquidos penetrantes, seguido do ensaio de resistência à flexão e cálculo
da tensão de flexão. Os resultados foram submetidos ao teste estatístico ANOVA one-
way. Não foram detectados visualmente bolhas ou porosidades após inspeção
radiográfica e ensaio por líquidos penetrantes. ANOVA one-way não mostrou diferença
significante entre os grupos para tensão máxima de flexão (P<.0,231). Assim sendo,
verificou- se que não houve diferença estatística quando se configura a máquina de
solda TIG com uma corrente de 60A e uma variação do pulso de 90, 120 e 160ms na
soldagem de infraestruturas de CoCr de 4mm de diâmetro e juntas com chanfro de
60º.
Palavras-chave: Soldagem em odontologia, resistência de materiais.
Apoio: CNPQ, CAPES, FAPEMIG
142
609- 24 MESES DE AVALIAÇÃO SOBRE PRESSÃO PULPAR SIMULADA DE UM ADESIVO
AUTOCONDICIONANTE CARREGADOR DE ÍONS
Abuna G*, Feitosa VP, Cama G, Giannini M, Sauro S, Sinhoreti MAC. Departamento de
odontologia restauradora, área Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia de
Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas. [email protected]
Avaliar um sistema adesivo autocondicionante carregador de íons, após 24 meses de
pressão pulpar simulada (PPS).Um adesivo autocondicionante de dois passos foi
formulado PRIMER: GDMA-P 20 wt%, HEMA 10 wt%, UDMA 15 wt%, TEGDMA 5 wt%,
20 wt% agua e 30 wt% etanol (pH 2.1). Dividido em 4 primers: P-CTR; P-PAA; P-TMP; P-
PAA-TMP. (PAA 10 wt% de ácido poliacrílico, TMP 10 wt% de trimetafosfato de sodio).
ADESIVO: GDMA-P 20 wt%, Bis-GMA 5 wt%, Bis-EMA 17 wt%, UDMA 30%, TEGDMA 25
wt%, EDAB 1 wt%, Canforoquinona 0.5 wt%, DPIHP 1.5 wt%. Dividido duas
formulações R-CTR e R-IR (com 8 wt% de MCPM; 8 wt% ß-TCP e 4 wt% CaOH). Os
grupos foram 5: P-CTR/R-CTR; P-CTR/R-IR; P-PAA/R-IR; P-TMP/R-IR; P-PAA+TMP/R-IR.
Foi testada a resistência de união (RU) 5 dentes após 24 horas e 5 armazenados sobre
PPS (20 mm H2O) por 24 meses. O analise estatístico da RU foi feita com teste ANOVA
dois fatores, e normalizados com Teste de Tukey, (p<0.05). A RU imediata demonstrou
que não existe interferência na incorporação dos fosfatos e/ou análogos na RU do
sistema adesivo (p>0.0.05). Apos 24 meses de PPS: os grupos P-PAA/R-IR e P-TMP/R-IR
apresentaram falha pre teste em todos as amostras. o grupo P-CTR/R-CTR teve
diferença comparados aos grupos P-CTR/R-IR e P-PAA+TMP/R-IR. A adição de fosfatos
de cálcio e análogos biomiméticos dentro de um adesivo autocondicionante de dois
passos, é efetiva para preservar a RU sempre que os análogos se encontrem em uma
concentração 5%.
Palavras-chave: Adesivo, Dentina, Remineralização
143
610 - INFLUÊNCIA DO ADESIVO NA RESISTÊNCIA DE UNIÃO ENTRE CERÂMICA E
CIMENTO RESINOSO
Ridolfi LML*, Martins SB, Fonseca RG, Trindade FZ. Materiais Odontológicos e Prótese.
Considerando-se a importância da cimentação na durabilidade das restaurações
estéticas indiretas, o presente estudo tem como objetivo avaliar a influência do
emprego do sistema adesivo na resistência de união entre cerâmica e cimento
resinoso de baixa viscosidade. Para isso, quarenta blocos de cerâmica à base leucita
(IPS Empress CAD) foram obtidos (1 cm X 1 cm X 2 mm), polidos (lixas d’agua -
granulação 180, 400 e 600) e distribuídos aos pares em 2 grupos (n = 10), de acordo
com o emprego ou não do sistema adesivo previamente à cimentação, sendo: G1 -
sem aplicação de adesivo e G2 – com aplicação de adesivo (Adper Scotchbond,
3M/ESPE). Previamente à cimentação, a superfície de todos os espécimes foi tratada
com ácido fluorídrico a 5% e silano, e o cimento resinoso utilizado foi o Variolink II
(Baixa viscosidade, Ivoclar Vivadent). Em seguida, os espécimes foram seccionados em
forma de barra com 1 mm x 2 mm de área na secção transversal, e o teste de
microtração (mtbs) foi realizado em uma máquina de ensaio universal (0,5 mm/min).
Os dados de mtbs (MPa) foram submetidos a análise estatística (Anova 1-fator e teste
de Tukey, α = 95%) e o modo de falha foi determinado em estereomicroscópio. Não
foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos
experimentais. Ambos os grupos apresentaram a falha do tipo mista como o modo
mais frequente. Pode-se concluir que a aplicação do sistema adesivo na superfície da
cerâmica não interferiu na resistência de união entre cerâmica e sistema resinoso, não
contribuindo para um melhor desempenho da interface adesiva a curto prazo.
Palavras-chave:Adesivos. Porcelana dentária. Resistência à tração
Apoio:CNPq
144
611- EFEITOS ADVERSOS DE SOLUÇÕES A BASE DE RICINUS COMMUNIS SOBRE A
RESINA ACRÍLICA
Arruda CNF*, Salles MM, Dal-Rovere IM, Ferreira MG, Oliveira VC, Silva-Lovato CH,
Paranhos, HFO. Reabilitação Oral/ Departamento de Materiais Dentários e Prótese,
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo.
Este estudo avaliou a resistência à flexão (Rf), alteração de cor (ΔΕ) e rugosidade de
superfície (ΔRa) da resina acrílica, após imersão em soluções de Ricinus communis
(RC), simulando um período de três anos de uso. Foram confeccionados 160 espécimes
circulares (16 x 4 mm) e 160 retangulares (65 x 10 x 3,3 mm) de resina (Lucitone 550),
divididos em soluções de Ricinus communis de diferentes concentrações (n = 20), em
ciclos curto e longo de imersão (20 minutos e 8 horas): RC1: 2%; RC2: 3,3%; RC3: 10% e
C: água corrente - controle. Os dados foram comparados por two-way ANOVA e
múltiplas comparações pelo teste de Bonferroni. Rf e ΔΕ mostraram alteração apenas
em relação ao tempo de imersão, sendo que para Rf o ciclo curto foi maior que o ciclo
longo (p<0,001) e ΔΕ foi menor no ciclo curto quando comparado ao longo (p<0,001).
ΔRa apresentou diferença significante em relação ao ciclo (p<0,001), solução (p<0,001)
e interação (p<0,001). Sendo que, para o ciclo curto, RC3 [-,0305(,0254)] foi diferente
de RC2 [-,0185(,0272)] e C [,0015(,0142)], para o ciclo longo, RC2 [,0080(,0300)] foi
intermediário e RC1 [,0860(,0240)] e RC3 [-,0070(,0326)] foram diferentes de C
[,0200(,0381)]. As soluções de Ricinus communis não alteraram a resistência à flexão e
cor da resina acrílica. Apesar da alteração da rugosidade de superfície, esta não foi
clinicamente significante. A imersão em ciclo longo provocou maior alteração na resina
da resina acrílica termicamente ativada para todas as propriedades testadas.
Palavras-chave: Higienizadores de dentadura, Hipoclorito de sódio, Ricinus communis
Apoio: Fapesp: Processo N° 2012/19431-9
145
612- INFLUENCE OF HYDROFLUORIC ACID CONCENTRATIONS AND SILANE TO
LITHIUM DISILICATE PRESSABLE OR CAD GLASS CERAMIC
Borges LPS*, Borges GA, Andrade RS, Correr-Sobrinho L, Costa AR.
Department of Restorative Dentistry, Dental Materials Division, Piracicaba Dental
School, University of Campinas UNICAMP, Piracicaba, SP, Brazil.
This study evaluate morphologically by SEM analyses the interaction of the resin
cement with different etched surfaces to lithium di-silicate pressable or CAD ceramics
when associated with or without silano agent. Ceramic blocks (Cb), IPS e.max PRESS or
CAD were etched with 5% or 10% hydrofluoric acid for 20s. Silane agent (Monobond-S)
was applied for 15s, followed by air dry for 1min. RelyX U200 was applied onto the Cb
and bonded to a block of composite under a 500g static load for 2min and photo
activated for 20s each side using an LED source and divided into 8 groups (n=16): G1 –
Press 5% without silane (P5%WS); G2 – P10%WS; G3 – Press 5% with silane (P5%S); G4
– P10%S; G5 – CAD5%WS; G6 – CAD10%WS; G7 – CAD5%S; and, G8 – CAD10%S. The
ceramic/composite block was sectioned perpendicular to the bonding interface. After
the polishing protocol, the specimens were analyzed by SEM (LEO 435 VP; LEO Electron
Microscopy). A descriptive analysis was represented under x1.000 to 10.000
magnifications. SEM analyses showed that the use of silane was the most of all
specimens tested. Silane was able to penetrated into the etched surface and
differences between pressable ceramic and CAD was morphologic verified. The use of
silane agent improved the penetration of the resin cement for CAD and pressable
ceramics, regardless of the different concentrations of hydrofluoric acid.
Palavras-chave: Acid Etching, Dental. Ceramics. Resin Cement.
Apoio: CAPES
146
613- AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES ÓPTICAS DE COMPÓSITOS AUTO-ADESIVOS
Almeida RV*, Malavasi CV, Almeida SA, Schneider LFJ, Cavalcante LMA. Faculdade de
Odontologia - Universidade Federal Fluminense. [email protected]
O objetivo deste estudo foi avaliar as propriedades ópticas de dois compósitos auto-
adesivos de baixa viscosidade e compará-los com um compósito nanoparticulado,
antes e após o procedimento de envelhecimento através da abrasão por escovação
dental. Os compósitos Vertise Flow (Kerr), Fusio Liquid (Jeneric Pentron) e Filtek Z350
XT (3MESPE) foram divididos em 3 grupos experimentais (n=6). Confeccionou-se discos
de 12 mm de diâmetro e 2 mm de espessura. Todos os materiais foram fotoativados
com uma fonte de luz LED por 40 segundos. As análises de retenção de brilho e
estabilidade de cor, foram realizadas 24 horas após fotoativação e novamente após
20.000 ciclos de escovação simulada. Os resultados foram submetidos à Análise de
Variância de 2 fatores e ao teste de Tukey (95%). A resina Filtek Z350 XT apresentou o
melhor comportamento em valores de retenção de brilho (G.U). No parâmetro de
estabilidade de cor, a resina Vertise Flow apresentou menor variação de ∆E, possuindo
os melhores resultados. A hipótese testada de que a resina nanoparticulada Filtek
Z350 XT apresentaria melhores propriedades ópticas não foi aceita, pois essa resina
não produziu os melhores resultados em todos os aspectos relacionados às
propriedades de cor e brilho. Esses resultados sugerem que o desenvolvimento
constante de novos materiais, buscando a simplificação da técnica, parece ser um
atrativo para a rotina clínica do cirurgião-dentista, porém, maiores estudos são
necessários para prover a todos um melhor entendimento e aprimoramento da ação e
eficácia dessa nova classe de materiais.
Palavras-chave: resina composta, escovação dentária, cor.
147
614- MENSURAÇÃO DA FORÇA MÁXIMA DE MORDIDA EM ADOLESCENTES
SUBMETIDOS A RESTAURAÇÕES DIRETAS EXTENSAS EM DENTES POSTERIORES
Leme BAP*, Santiago FL, Júnior PCS, Neto AJF, Soares CJ, Nascimento LSO.
Departamento de Prótese fixa e Oclusão da Faculdade de Odontologia da Universidade
Federal de Uberlândia. [email protected]
Um dos principais objetivos de um tratamento dental restaurador é devolver ou
melhorar a função mastigatória, por meio da restauração dos dentes naturais e/ou da
substituição dos dentes perdidos. A avaliação desta função é um importante critério de
controle de qualidade dos tratamentos realizados. A medida da força máxima de
mordida voluntária (FMM) é uma importante ferramenta para a avaliação do estado
funcional do sistema mastigatório. O presente trabalho foi submetido e aprovado pelo
CEP da Universidade Federal de Uberlândia (número de parecer: 1.516.113). O estudo
incluiu treze pacientes (n=13) adolescentes com idade entre 10 e 19 anos, reabilitados
com restaurações diretas extensas em resina composta de molares permanentes
submetidos a tratamento endodôntico. A FMM foi mensurada utilizando-se um
gnatodinamômetro (DDK 100, Kratos Industrial Ltda., Cotia, São Paulo, Brasil) antes e
após o tratamento restaurador. Os indivíduos foram orientados a morder o mais forte
possível durante 2 a 3 segundos no lado de intervenção antes e após o término da
restauração, por cinco vezes em três séries. Foram obtidas as médias de força máxima
e, diferenças significativas para a FMM no lado intervenção (p <0,001) foram
encontradas, mostrando que o tratamento restaurador direto com resina composta foi
eficaz na reabilitação em curto prazo, otimizando, com isso, a força máxima de
mordida e as funções mastigatória e muscular.
Palavras-chave: adolescentes, força de mordida, resina composta.
148
615- ESTUDO IN VITRO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-MECÂNICAS DE RESINAS
BISACRÍLICAS
Kaneshima RH*, Hirata BS, Gonini Jr. A, Guiraldo SB, Guiraldo RD, Felizardo KR, Lopes
MB. Unopar/ Odontologia/Dentística Preventiva e Restauradora.
As restaurações provisórias são cruciais para assegurar um sucesso clínico devido a
função que desempenham na manutenção da saúde dental. Este trabalho avaliou as
propriedades físico-mecânicas de resinas bisacrílicas. Foram realizados teste de flexão,
tensão de contração, sorção e solubilidade, rugosidade superficial e microdureza
Knoop. No ensaio de flexão as amostras foram testadas em uma máquina de ensaios
universal a 0,5mm/min. Tensão de contração foi usado fotoelasticidade. No ensaio de
sorção e solubilidade as amostras foram individualmente identificadas, armazenadas
em um dessecador e submetidas ao teste. Para o teste de rugosidade superficial foi
registrado a média de superfície (Ra). No ensaio de microdureza Knoop foram
realizadas três endentações em locais distintos para cada amostra. Para tensão de
contração houve diferença entre os grupos Systemp (13,953,83MPa) e Luxatemp
(7,554,27MPa) (p<0,05). A dureza variou de 17,65 a 26,49 N, não havendo diferença
entre os grupos (p<0,05), o mesmo ocorrendo para a rugosidade (0,14 a 0,28). A
sorção em água variou de 10,53 a 26,27 µg/mm3 e a solubilidade em -1,75 a 1,93
µg/mm3. A maior sorção foi encontrada para o grupo da resina acrílica Duralay
(26,273,03) (p<0,05), para solubilidade Structor (1,933,31) foi maior (p<0,05). A
resistência a flexão foi maior para Luxatemp (84,657,74Mpa) (p<0,05). As resinas
bisacrílicas apresentaram propriedades de tensão de contração, dureza, rugosidade,
solubilidade, resistência a flexão e módulo de elasticidade semelhante a resina acrílica.
Palavras-chave: resinas acrílicas, prótese dentária, materiais dentários.
149
616 - DOES ETCHING WITH DIFFERENT HYDROFLUORIC ACID CONCENTRATIONS
INFLUENCE THE FATIGUE LIMIT OF FELDSPATHIC CERAMIC CROWNS?
Prochnow C*, Venturini AB, May LG, Kleverlaan CJ, Valandro LF. Laboratório de
Biomateriais/Departamento de Odontologia Restauradora/ Programa de Pós-
Graduação em Ciências Odontológicas – UFSM. [email protected]
To evaluate the influence of different hydrofluoric (HF) acid concentrations on the
cyclic load to failure of feldspathic ceramic restorations, eighty crowns (Vita Mark II
blocks, Vita Zahnfabrik) were cemented to identical dies machined in a dentin-like
material (G10) with resin cement (Multilink Automix, Ivoclar). The dies were etched
with 10% HF acid for 60 s, and treated with a primer mixture (Primer A and Primer B,
Ivoclar). Prior to cementation, the intaglio surface of the ceramic crowns was treated
using one of four surface conditioning (n=20): unconditioned control (UC); and the
other groups were etched for 60 s with different HF acid concentrations: 1% (HF1), 5%
(HF5) and 10% (HF10). A silane coupling agent (Monobond Plus, Ivoclar) was applied
on the inner ceramic surface of all crowns. Each crown was cyclically loaded in water
by a G10 piston (Ø= 2 mm) positioned in the center of the occlusal surface. The cyclic
load to failure was obtained by the staircase approach after 500,000 cycles at 20 Hz
with a step size of 20 N. The data were analyzed using one-way ANOVA and post hoc
Tukey`s test (α = 0.05). The cyclic load to failure of the groups CTRL (245 ± 15.1 MPa),
HF1 (242.5 ± 24.7 MPa) and HF10 (255.7 ± 53.8 MPa) were similar statistically, while
the HF5 group presented the lower value (216.7 ± 22.5 MPa), and it was statistically
different from other ones. HF5 acid has a negative effect on the cyclic load to failure of
feldspathic ceramic crowns, while HF1 and HF10 acids did not change the cyclic load do
failure.
Palavras-chave: Hydrofluoric Acid; Fatigue; Ceramics
150
617 - EFEITO BIOESTIMULADOR DA SINVASTATINA SOBRE CÉLULAS
ODONTOBLASTÓIDES
Leite MLAS*, Soares DG, Basso FG, de Souza Costa CA. Laboratório de Patologia
Experimental e Biomateriais / Departamento de Fisiologia e Patologia / Faculdade de
Odontologia de Araraquara – UNESP. [email protected]
O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial bioativo da sinvastatina (SV) sobre
células odontoblastóides in vitro. Células MDPC-23 foram semeadas em placas de 96
poços (80% confluência), as quais foram incubadas em meio de cultura suplementado
com 0,1 ou 0,01 µM/L de SV por períodos de 24 ou 72 horas, ou de forma contínua.
Células cultivadas em meio sem SV foram empregadas no controle negativo. A análise
da atividade de ALP (ensaio de timolftaleína) foi realizada após 5 e 7 dias de cultivo
celular, sendo a deposição de nódulos de mineralização (alizarin red) avaliada após 7 e
14 dias. A viabilidade celular (MTT) foi monitorada nos períodos de 1, 3, 7 e 14 dias de
cultivo celular (ANOVA e Tukey; α=0,05). O tratamento com SV 0,1 µM/L por 24 h e 72
h, bem como com SV 0,01 µM por 24 h, 72 h ou de forma contínua resultou em
aumento na deposição de matriz mineralizada comparados ao controle após 14 dias
(p<0,05); no entanto, o tratamento contínuo com 0,1 µM/L causou redução na
viabilidade celular após 14 dias (p<0,05).Aumento na atividade de ALP (5 dias) em
relação ao controle negativo foi observado apenas para as células tratadas com 0,01
µM/L SV por 24 h (p<0,05). Este tratamento também resultou nos maiores valores de
deposição de matriz mineralizada em relação ao controle e demais grupos
experimentais, associado a aumento na viabilidade celular no período de 14 dias
(p<0,05). Assim, pode-se concluir que o tratamento de células odontoblastóides com
0,01 µM/L de SV por curtos períodos apresenta elevado potencial bioativo sobre
células odontoblastóides in vitro.
Palavras-chave: Sinvastatina, bioatividade, células pulpares.
Apoio: FAPESP: 2015/15635-7
151
618 - STRESS ANALYSIS OF ULTRATHIN OCCLUSAL VENEERS FOR TWO DIFFERENT
CAD/CAM MATERIALS
Garcia-Silva TC*, Bicalho AA, Correr-Sobrinho L, Soares CJ, Versuis A, Consani RLX.
Department of Operative Dentistry and Dental Materials, School of Dentistry, Federal
University of Uberlândia. [email protected]
The occlusal veneer is an option for a minimally invasive indirect restoration, used as
an additive treatment, to replace lost structure without extensive tooth reduction or
retentive preparations. The aim of this investigation was to evaluate the mechanical
stress distribution of ultrathin occlusal veneers with two different materials (Lava
Ultimate and IPS e.max CAD) and restoration thicknesses (0.3mm and 0.6mm)
cemented with RelyX Ultimate on a human inferior molar. A finite element model
(MARC/MENTAT software) was created from a cross-sectional CT-tomography scan.
RelyX Ultimate post-gel shrinkage was measured using the strain gauge technique and
the Elastic Modulus (EM) of the restorative materials were determined by in a 3-point
bending test. A 228N axial load was applied occlusally by a 6mm diameter simulated
sphere. Modified von Mises stress distributions were calculated in the restoration,
enamel and dentin. Cement post-shrinkage (in volume %) was 1.13±0.07. EM
were e.max (93.9±6.6) > Lava (12.8±0.3) > RelyX (9.1±0.2). The modified von Mises
stress distribution showed that thicker veneers accumulated less stress than thin.
Stresses in the enamel under the Lava veneer were higher than under e.max veneers.
The dentin was not affected by either material type or thickness. With both studied
CAD/CAM materials, ultrathin occlusal veneers up to 0.6 mm showed the similar stress
distributions in enamel and dentin compared to a sound tooth.
Palavras-chave: dental veneers, finite element analysis, dental materials.
152
619- SISTEMA ADESIVO COM NANOCÁPSULAS CONTENDO INDOMETACINA E
TRICLOSAN
Genari B*, Collares FM, Leitune VCB, Jornada DS, Pohlmann AR, Guterres SS, Camassola
M, Arthur RA, Samuel SMW. Laboratório de Materiais Dentários da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. [email protected]
O objetivo foi desenvolver um sistema adesivo com nanocápsulas (NC) contendo
indometacina (Ind) e triclosan (Tric) e avaliar suas propriedades. As NC foram
produzidas pelo método de deposição de polímero, secagem e caracterizadas quanto
ao tamanho de partícula, forma, quantidade de fármaco encapsulado e citotoxicidade.
As NC foram incorporadas no primer comercial a 2% em peso e um grupo foi mantido
sem NC. A formulação da resina base para o adesivo foi obtida pela mistura de Bis-
GMA, HEMA, canforoquinona e EDAB. Foram adicionados ao adesivo 1, 2, 5 e 10% de
NC em massa, além de um grupo ser mantido sem NC. O primer e o adesivo nas
diferentes concentrações foram avaliados quanto à liberação dos fármacos,
permeabilidade de Ind pela dentina, antimicrobiano, grau de conversão (GC) in situ e
resistência de união à microtração. O adesivo foi avaliado quanto ao GC imediato e
tardio e degradação em solvente. Os dados foram analisados por ANOVA, Tukey e
teste t. As NC apresentaram diâmetro médio de 159 nm e viabilidade celular acima de
80%. Em 120 h, 93% de Ind e 80% de Tric foram liberados do primer e 20% de Ind e
17% de Tric, do adesivo com 10% de NC. A Ind permeou pela dentina. O primer e o
adesivo apresentaram efeito antimicrobiano. A incorporação de NC no primer e no
adesivo não influenciou o GC in situ nem a resistência de união em comparação ao
primer e adesivo sem NC. A incorporação de NC não alterou o GC. A degradação em
solvente não foi alterada com 2% de NC. Pode-se concluir que a incorporação de NC
com Ind e Tric no primer e adesivo tem potencial para proporcionar ações terapêuticas
aliadas à adesão.
Palavras-chave: Cimentos dentários. Nanocápsulas. Liberação Controlada de Fármacos.
Apoio: CAPES
153
620- EFEITO DA ADIÇÃO DE NANOTUBOS DE TIO2 NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS
DE CIMENTO RESINOSO AUTOADESIVO EM DIFERENTES CONDIÇÕES DE
POLIMERIZAÇÃO
Ramos CM*, Lisboa-Filho PN, Arruda LB, Rubo JH, Honório, HM, Borges AFS.
Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos.
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da adição de diferentes concentrações (0,3,
0,6 e 0,9% em peso) de nanotubos de TiO2 adicionados ao cimento resinoso RelyX
U200 em suas propriedades de resistência à flexão, módulo de elasticidade,
microdureza e resistência de união com zircônia. Duas condições de polimerização
foram analisadas: autopolimerizável (grupos: A-C, A-NT3, A-NT6 e A-NT9) e dual
(grupos: D-C, D-NT3, D-NT6 e D-NT9). Os nanotubos foram adicionados manualmente
nas concentrações correspondentes em cada amostra. Para análise da resistência à
flexão em 3 pontos e módulo de elasticidade, barras (2 × 2 × 25 mm) de cimento
resinoso (n=10) foram levadas à máquina universal de ensaios. Dureza Knoop foi
mensurada utilizando microdurômetro com carga de 50g /10 seg nos discos de
cimento resinoso (n=6). Foram realizadas 4 endentações e medidas em aumento de
50×. Para resistência de união ao microcisalhamento, sob discos de zircônia foi
aplicado o cimento resinoso (n=10) nas dimensões de 5 mm ø × 5 mm e levados à
máquina universal de ensaios. Os dados encontrados foram submetidos aos testes de
Anova a 2 critérios e Tukey (α=0,05). Para resistência flexural e módulo de elasticidade,
os grupos A-NT3 e A-NT9 obtiveram valores significativamente maiores. Para
microdureza A-NT9 apresentou aumento significativo quando comparado ao A-C. Para
resistência de união, a adição de nanotubos de TiO2 não teve influência nos
resultados. A adição de NTs de TiO2 alterou de forma promissora algumas
propriedades mecânicas do cimento RelyX U200 na condição autopolimerizável.
Palavras-chave: Cimentos de resina. Nanotubos.
154
621- INFLUÊNCIA DOS MODOS DE POLIMERIZAÇÃO NOS COMPÓSITOS
Vieira MC*, Santos LV, Weig KM, Magalhães Filho TR. Departamento de
Odontotécnica, Universidade Federal Fluminense. [email protected]
Esse estudo tem como objetivo avaliar, através da microdureza instrumentada, a
regularidade de polimerização no topo (T) e no fundo (F) da resina compostas (RC) com
três modos de polimerização: contínuo (C), pulsátil (P) e soft start (SS). Além disso,
avaliou-se o tipo de polimerização mais suscetível à degradação quando imerso em
três substâncias: bebida à base de cola (BC), álcool 70%(AL) e água (A). Essa última
avaliação foi realizada após um período de três meses de imersão. Os corpos de prova
foram feitos em dois moldes de elastômero, os quais tinham 1 x 8 x 30 mm e 2 x 8 x 30
mm. Foram realizados cinco identações no topo e cinco na base das amostras. Foram
feitas cinco amostras para cada tipo de polimerização, totalizando 30CPs. Os valores
médios para dureza de Vickers (DV) no topo a 1mm de profundidade foram nos modos
P(d=66,456), C(d=83,278) e SS(d=85,396) e a 2mm foram P(d=69,446), C(d=83,576) e
SS(d=82,514). No fundo, a DV a 1mm foi P(d=59,436), C(d=64,562) e SS(d=68,278) e a
2mm P(d=55,45), C(d=66,91) e SS(d=50,086). Após os testes de degradação os valores
obtidos no modo C(83,42; 84,12 e 71,15) e em SS(83,95; 68,46 e 54,90) em A, BC e AL,
respectivamente. A dureza do modo P foi inferior aos demais modos, por isso foi
descartado no teste de degradação. Após a análise estatística concluímos que a dureza
do topo da RC foi superior à do fundo em todos os modos de polimerização e que o
modo de polimerização SS é o mais suscetível à degradação sendo o AL o meio mais
degradante.
Palavras-chave: Resina-Composta, Polimerização, Microdureza-Instrumentada
155
622 - DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO EXPERIMENTAL DE DISPOSITIVO PARA
AVALIAR TRINCAS POR MEIO DO MÉTODO TRANSILUMINAÇÃO DENTAL
Ribeiro MTH*, Pereira RAS, Bicalho AA, Schliebe LRSO, Braga SSL, Barcelos LM,
Veríssimo C, Soares CJ. Materiais dentários - Faculdade de Odontologia da
Universidade Federal de Uberlândia. [email protected]
O objetivo deste estudo foi desenvolver um dispositivo para padronizar método de
transiluminação para avaliar trincas geradas pela contração de polimerização e validar
experimentalmente o efeito do tipo de resina em molares com grande perda
estrutural. Vinte molares receberam preparos classe II MOD e foram aleatorizados em
2 grupos (n = 10): a) Filtek Z100 (3M ESPE) técnica incremental oblíqua; b) SDR Bulk Fill
+ Esthet-X HD (Dentsply), ambos de acordo com orientações do fabricante. Para
detecção de trincas por meio do método de transiluminação foi planejado o
desenvolvimento de dispositivo que estabiliza de forma padronizada o dente incluído e
estabiliza máquina Nikon com lente macro e possibilita o ajustamento da distância
máquina/dente, e sistema de fixação do feixe flexível de fibra ótica condutor da luz de
LED para iluminar e detectar trincas. Os dentes foram avaliados em três etapas: a)
hígido, antes do preparo; b) após preparo da cavidade; e c) após 24h da restauração. A
presença e tamanho das trincas foram classificadas em 3 categorias: (I) sem trincas
visíveis; (II) trincas visíveis, menores do que 3 mm; e (III) trincas visíveis, maiores que 3
mm. A ocorrência de trincas foi superior após procedimento restaurador, com maior
prevalência de crescimento de trincas para a resina Z100. Pode-se concluir que resina
bulk-fill gera menores trincas pela menor tensão de contração de polimerização. O
dispositivo desenvolvido mostrou-se efetivo para padronização do método de
transiluminação.
Palavras-chave: Transiluminação, Resinas Compostas, Polimerização.
Apoio: FAPEMIG2016-SAU016
156
623- RESISTÊNCIA DE UNIÃO E DUREZA DE COMPÓSITOS CONVENCIONAIS E BULK
FILL COM DIFERENTES TÉCNICAS DE INSERÇÃO.
Silami FDJ, Geraldeli GP, Sinhoreti MAC, Pires-de-Souza FCP, Roulet JF, Geraldeli S.
Laboratório de análise de biomaterias/Departamento de materiais dentários e prótese,
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto/USP. [email protected]
Avaliou-se a resistência de união de compósitos convencionais (CC) e bulk fill (BF) em
restaurações classe I em diferentes técnicas restauradoras, assim como a microdureza
em diferentes profundidades da restauração. Cavidades de 4mm de profundidade
foram confeccionadas em 40 dentes recém-extraídos (Protocolo IRB, UFl). Os
espécimes foram divididos aleatoriamente em quatro grupos (n=10) de acordo com a
técnica restauradora: G1 - BF em único incremento; G2 – CC em técnica incremental;
G3 - BF em técnica incremental e G4 – CC em único incremento, restaurados e
armazenados em estufa 37°C/24h. Após secção do primeiro corte (0.7mm de
espessura) realizou-se o ensaio de microdureza Knoop em 5 profundidades da
restauração. Em seguida foram obtidos palitos (área ±0.81mm2) submetidos ao ensaio
de microtração para avaliação da resistência de união. Os resultados obtidos foram
analisados estatisticamente (2-way ANOVA, Tuckey Test, p<0,05). Quanto comparados
os materiais e as técnicas restauradoras, os menores valores foram encontrados no
compósito BF em comparação com o CC (p<0.05), restaurados pela técnica indicada
pelo material. Quando comparada as técnicas restauradoras, os melhores valores
foram obtidos pela técnica incremental em ambos os materiais, com diferença
estatisticamente significante (p<0.05) entre os compósitos. Para a microdureza os
melhores valores foram apresentados por G1 e G2 quando comparado G3 e G4
(p<0.05,) em todas as profundidades estudadas. Conclui-se que a resistência de união
é dependente do material e da técnica restauradora.
Palavras-chave: Resinas Compostas; Dureza; Resistência à Tração
157
624- UNIÃO DE ADESIVOS UNIVERSAIS A DIFERENTES SUBSTRATOS
Nakanishi L*, Silva MF, Ogliari AO, Leal FB, Meereis CT, Ogliari FA, Moraes RR. Centro
de Desenvolvimento e Controle em Biomateriais (CDC-Bio) - Programa de Pós-
graduação em Odontologia, Universidade Federal de Pelotas. [email protected]
Este estudo avaliou a resistência de união (RU) de adesivos universais a diversos
substratos. Os adesivos testados foram: Prime&Bond Elect/Dentsply, Scotchbond
Universal/3M, AdheSE Universal/Ivoclar e Clearfil Universal Bond/Kuraray. Foram
utilizados protocolos padrões de adesão de acordo com o substrato de união avaliado.
Esmalte/dentina: condicionamento total; resina composta direta (Z350/3M) e indireta
(Lava Ultimate/3M): condicionamento ácido+silano; cerâmica reforçada por leucita
(Empress CAD/Ivoclar), cerâmica infiltrada por polímero–PICN (Enamic/VITA): ácido
fluorídrico+silano; Y-TZP (Zircon-CAD/Angelus): silicatização+silano; liga NiCr
(Wiron/BEGO): primer para metal. O adesivo Scothbond foi utilizado nos controles. A
RU ao cisalhamento foi avaliada após 24h (n=12) e analisados por ANOVA e testes
complementares (5%). Foi realizada análise por microscopia eletrônica de varredura
(MEV) e classificados pelo modo de falha. Os resultados foram dependentes do
adesivo e do substrato. Em esmalte, em geral os adesivos foram similares ao controle,
enquanto em dentina apresentaram menor RU que o controle e similar em resinas
compostas. Para leucita e PICN, a RU foi menor para os adesivos universais. O controle,
dependendo do substrato avaliado, algumas vezes apresentou mais falhas mistas,
coesivas ou prematuras. As imagens de MEV mostraram que os tratamentos alteraram
significativamente a morfologia da superfície. Em conclusão, os adesivos universais
não demonstraram satisfatório potencial de adesão a todos substrato avaliados.
Palavras-chave: Adesivo. Cisalhamento. Substratos.
158
626: EFEITO DO GEL BLOQUEADOR DE OXIGÊNIO E DO FILME DE PVC NA DENSIDADE
DE POTÊNCIA DE LUZ E NA PROFUNDIDADE DE CURA
Castro FLA*, Braga CC, Reges RV, Pazinatto FB. Departamento de Prótese Dentária,
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) - Vitória - ES; Faculdade União de
Goyazes - Trindade – GO. [email protected]
Este estudo analisou o efeito do gel bloqueador de oxigênio e do filme de PVC na
densidade de potência de um aparelho LED e na profundidade de cura de um
compósito. O aparelho LED Radii-Cal (SDI, Austrália) foi testado quanto à densidade de
potência emitida, por meio de radiômetro. A profundidade de cura do compósito
(Charisma Diamond, Kulzer) foi avaliada seguindo-se a norma ISO 4049. As seguintes
condições experimentais e suas combinações foram investigadas (N=5): 1 – Gel
bloqueador (K-Y, Johnson & Johnson): sem gel e com gel nas espessuras de 1, 2 e
3mm; 2-Filme de PVC na ponteira do aparelho: sem filme, filme ajustado (1 folha sem
dobra) e filme desajustado (2 folhas com dobra). Os dados foram analisados usando-se
os testes de ANOVA com dois critérios fixos e de Tukey (p<0,05). Foi realizado teste de
regressão linear entre as variáveis (p<0,05). Os resultados mostraram que as variáveis
em estudo e sua combinação influenciaram na densidade de potência (p<0,05), porém
não na profundidade de cura (p>0,05). Os grupos onde não se usou o filme, sem gel ou
com gel em 1 e 2mm de espessura, não foram diferentes entre si (p>0,05), porém
apresentarem os maiores valores de densidade de potência entre todos (p>0,05). O
uso do filme desajustado com gel em 3mm de espessura levou aos menores valores de
densidade de potência (p<0,05). Não foi observada influência de uma variável sobre a
outra por meio do teste de regressão (p>0,05). Concluiu-se que tanto o gel
bloqueador quanto o filme de PVC influenciam densidade de potência do aparelho
investigado, porém, não na profundidade de cura.
Palavras-chave: Resinas Compostas, Polimerização, Luzes de Cura Dentária
159
627- ANÁLISE DA RESISTÊNCIA MECÂNICA DE LIGA TI-6AL-4V COM JUNTAS
SOLDADAS EM X COM DIFERENTES CONFIGURAÇÕES DA MÁQUINA DE SOLDA TIG
Moura MB*, Mazzaro AR, Castro MG, Resende LMS, Araújo CA, Simamoto Júnior PC.
Departamento de Oclusão, Prótese fixa e Materiais Odontológicos, Faculdade de
Odontologia de Uberlândia, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia – MG,
Brasil. Departamento de Biomecânica, Faculdade de Engenharia de Uberlândia,
Universidade Federal de Uberlândia. [email protected]
Este trabalho objetivou criar um protocolo de utilização da máquina de solda de
tungstênio em ambiente de gás inerte (TIG), utilizando teste de flexão de barras de Ti-
6Al-4V e juntas soldadas em “X”. Confeccionou-se 40 amostras com diâmetro de 3,18
mm, divididas em Grupo Controle (barras intactas) e Grupos experimentais: G1, G2 e
G3, com chanfro de 60º e formato em X. Estas foram soldadas nos seguintes
parâmetros de corrente (A) e pulso (ms): G1 com 60A e 90ms, G2 com 60A e 120ms e
G3 com 60A e 160ms. As amostras foram submetidas aos ensaios radiográficos e de
líquidos penetrantes, seguido do ensaio de resistência à flexão e cálculo da tensão de
flexão. As amostras foram fotografadas e as porcentagens de áreas soldadas foram
calculadas. Os resultados foram submetidos ao ANOVA one-way seguido dos testes de
Dunnett e Tukey. Não foi detectado visualmente nenhuma bolha ou porosidade após
inspeção radiográfica e ensaio por líquidos penetrantes. ANOVA on e-way mostrou
diferença significante entre os grupos para tensão máxima de flexão (P<001) mas não
para a porcentagem de área soldada (P=.146). O teste de Dunnett mostrou diferença
significante entre o controle e os grupos G1 (P<.001) e G3 (P=.038) e o teste de Tukey
mostrou diferença entre G1 e G2 (P<.001) e entre G1 e G3 (P=.033) para tensão de
flexão. Assim sendo, uma corrente de 60A e pulso de 120ms parece ser a melhor
regulagem da máquina TIG para soldagem de estruturas com diâmetro de 3,18 mm e
junta com chanfro de 60º.
Palavras-chave: titânio, soldagem em odontologia, resistência.
Apoio: Fundação de Amparo à pesquisa de Minas Gerais – FAPEMIG
160
629 - ESTUDO DA DINÂMICA DE CURA ENTRE UM CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO
DE ALTA VISCOSIDADE E A DENTINA POR MEIO DA ESPECTROSCOPIA DE
INFRAVERMELHO
Yamakami SA*, Ubaldini AL, Sato F, Medina NA, Baesso ML, Pascotto RC.
Departamento de Odontologia - Universidade Estadual de Maringá (UEM) .
Os cimentos de ionômero de vidro (CIV) apresentam propriedades favoráveis como
adesividade, liberação de flúor, biocompatibilidade e coeficiente de expansão térmica
linear próximo ao do dente. Como o processo de cura do CIV ainda não foi
completamente elucidado, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a dinâmica desse
processo e os intervalos de tempo necessários para se alcançar a estabilidade da cura
do CIV. Foram feitas leituras dos componentes do CIV separadamente, pó (P), líquido
(L), bem como da dentina na forma de pó (D). E associações do pó com o líquido do CIV
(P+L), da dentina com o líquido do CIV (D+L) e da mistura do CIV com a dentina
(P+L+D), em proporções de 29,4%, 50%, 64,7%, 77,8%, 81,5% e 91,7% de CIV. As
amostras foram analisadas por meio da espectroscopia no infravermelho por
transformada de Fourier (FTIR). Com esta técnica foi possível caracterizar os grupos
funcionais que podem revelar interações químicas dos materiais com os tecidos
dentários bem como o processo de cura entre ambos. A análise das bandas no
infravermelho mostrou que a constante de tempo para a cura foi maior para o CIV de
alta viscosidade, 38±7 min, do que para a amostra com 29,4% de CIV e 70,6% de
dentina, que foi de 28±4 min, além disso, foi observado também, que o tempo mínimo
para que estas ligações alcancem maior estabilidade é de aproximadamente 150 min.
Em conclusão, os resultados deste trabalho sugerem uma metodologia capaz de
interpretar os dados relacionados ao estudo da adesão bem como analisar a dinâmica
do processo de cura destes materiais.
Palavras-chave: Cimento de ionômero de vidro, estrutura molecular.
161
630 - BIOCOMPATIBILIDADE DOS SISTEMAS ADESIVOS UNIVERSAIS
Sousa YC*, Nascimento AS, Lima EA, Aguiar JS, Silva TG, Braz R.
Centro de Pesquisas em Biomateriais (CPqB)/ Departamento de Odontologia/
Universidade de Pernambuco, Faculdade de Odontologia (UPE/FOP).
Este estudo avaliou, in vitro, a citotoxicidade de seis adesivos dentinários (Adper Single
Bond 2 -SB, Clearfil, Gluma 2Bond, Clearfil Universal, All Bond Universal, e Single Bond
Universal -SBU) em células Vero, após diferentes tempos de contato. Para tanto, as
células foram cultivadas a uma concentração de 2x105 células/ml por 24h e crescidas
até formar uma monocamada subconfluente. As células Vero foram expostas a 25µl de
extratos obtidos da imersão dos adesivos em meio de cultura (DMEM) por 24h, 48h e
72h, imediatamente após a polimerização. DMEM fresco foi utilizado como controle
negativo e o metabolismo celular foi avaliado pelo método MTT [3-(4,5- Di-metiltiazol-
2-il)- 2,5- brometo difenil- tetrazolio)]. Os dados foram comparados estatisticamente
através do teste Kruskal-Wallis. Observou-se que os percentuais de viabilidade
variaram de 7% a 81%; Em 24 horas as médias variaram de 7% (Clearfil e Clearfil
Universal), a 15% (controle); na avaliação de 48 horas a média mais baixa ocorreu no
Clearfil Universal (7%). Para 72 horas a média menos elevada ocorreu no adesivo
Clearfil Universal (8%), e a mais elevada 77% para o adesivo All Bond Universal. Com
exceção do adesivo Clearfil Universal, se comprova diferença significativa entre os
tempos de avaliação (p = 0,001). Conclui-se que o sistema adesivo Clearfil Universal
apresentou menor potencial citotóxico, quando comparado aos demais sistemas
adesivos testados neste estudo.
Palavras-chave: Citotoxicidade. Adesivos Dentinários. Biocompatibilidade
Apoio: CAPES
162
631- AVALIAÇÃO DA RUGOSIDADE DE SUPERFÍCIE EM LIGA METÁLICA DE CO-CR
SUBMETIDA A SOLUÇÕES HIGIENIZADORAS POR MEIO DE MICROSCÓPIO CONFOCAL
Curylofo PA*, Raile PN, Vasconcelos GLL, Macedo AP, Pagnano VO. Departamento de
Materiais Dentários e Prótese/ Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto
(FORP/USP). [email protected]
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de soluções higienizadoras de Ricinus
communis (RC), peróxido alcalino (PA) e cloreto de cetilpiridínio 0,500 mg (CPC) na
rugosidade superficial da liga metálica de cobalto cromo (Co-Cr) (Degussa). A amostra
do experimento foi composta por 50 discos metálicos (12 mm x 3 mm de Co-Cr). Os
espécimes foram divididos aleatoriamente em 5 grupos de imersão (n=10): S1- água
deionizada (controle) (20 min.), S2- RC 2% (20 min.), S3-RC 10% (20 min.), S4- PA
(Nitradine) (15 min.) e S5- CPC (Cepacol) (10 min.). As imersões foram conservadas em
temperatura ambiente, exceto o peróxido alcalino que foi mantido a 37ºC em estufa.
Posteriormente, os espécimes foram lavados em água destilada por 10 segundos. Foi
avaliada a rugosidade de superfície (Sa) no início (T0) e após a simulação de 6 meses
(T1), 1 (T2) e 2 anos (T3) de imersão por meio de Microscopia Confocal a laser. A
distribuição dos dados apresentou-se não normal. Após o teste de Friedman (α=0,05),
verificou-se que a rugosidade aumentou em todos os tempos (p<0,000) a partir do T0
(rank médio (RM) =1,62). Em relação às soluções (Kruskal-Wallis, α=0,05), não houve
diferença significativa em nenhum dos tempos: T0 (p=0,596), T1 (p=0,089), T2
(p=0,069) e T3 (p=0,490). Conclui-se que todas as soluções ocasionaram alteração da
rugosidade de superfície similar ao controle.
Palavras-chave: higienizadores de dentadura, prótese parcial removível.
Apoio: CAPES
163
632- ESTUDO RETROSPECTIVO DE 10 ANOS DE CASOS DE AVULSÃO EM UM SERVIÇO
DE TRAUMATOLOGIA DENTAL
Vilela ABF, Mesquita GC, Soares PBF, Moura CCG, Soares CJ. CPBio/ Departamento de
Dentística e Materiais Dentários da Universidade Federal de Uberlândia.
O correto manejo dos dentes avulsionados é crucial para o seu prognóstico. A fim de
criar políticas educacionais os fatores etiológicos e de manejo dos casos de avulsão
devem ser conhecidos. O objetivo deste estudo foi avaliar 128 casos de dentes
avulsionados de 86 pacientes entre 6 e 49 anos atendidos na Clínica de Trauma na
UFU, entre dezembro de 2005 e março de 2016. Dados epidemiológicos e de manejo
dos dentes avulsionados foram expressos em distribuição de frequência. A maioria dos
pacientes possuem entre 6 a 10 anos (34,9%) e 11 a 15 anos de idade (26,7%). O sexo
masculino foi o mais acometido. Acidente de bicicleta foi o principal fator etiológico
(32,5%). A maioria dos traumas aconteceu em ruas/avenidas (50%). Lesões
traumáticas estão associadas a dentes adjacentes em 49 casos (57%). Não evidenciou-
se lesões em tecidos moles em 42 casos (49%) e 48,9% dos pacientes receberam
tratamento no dia do acidente. Cinquenta e quatro dentes (42,2%) foram
imediatamente recuperados e outros 18 (14,1%) não foram encontrados. Quarenta e
dois dentes (32,8%) foram mantidos secos até a busca pelo atendimento. Apenas um
dos dentes foi imediatamente reimplantado e 41 (32%) não foram reimplantados.
Evidencia-se o baixo nível de conhecimento acerca do manejo de dentes acometidos
por avulsão. O reimplante imediato não é prevalente neste grupo de indivíduos
avaliados. Um grande número de dentes foi mantido em condições não fisiológicas.
Procedimentos educacionais e instrucional para grupos de profissionais que interagem
com crianças e adolescentes é imperativo para mudança deste quadro.
Palavras-chave: Traumatismos Dentários, Avulsão Dentária, Reimplante Dentário
Apoio: CAPES
164
633- EFEITO DA CICLAGEM MECÂNICA NO PARAFUSO (TORQUE REVERSO) EM
COROAS DE ZIRCÔNIA E IMPLANTES HEXÁGONO EXTERNO
Alonso* AA, Bauducci I, Anami LC, Melo RM, Bottino MA. Materiais Odontológicos e
Prótese/ Materiais Odontológicos e Prótese - ICT UNESP São José dos Campos.
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da ciclagem mecânica no parafuso da coroa
e mensurar o valor de torque reverso (VTR) nos conjuntos implantes hexágono externo
(HE) e coroas de zircônia. Trinta e dois implantes HE de quatro fabricantes (Conexão -
CX; Neodent-ND; Nobel Biocare- NB; Biotechnology – BT) foram embutidos em
cilindros de resina de poliuretano que receberam coroas de zircônia, de acordo com a
norma ISO 14801. Os parafusos das coroas foram apertados com um torquímetro
digital (Mitutoyo – Japan), com torque de 30 Ncm duas vezes com intervalos de 1
minuto. Após 3 minutos, os valores dos torques iniciais (VTI, em Ncm) dos parafusos
foram aferidos com o torquímetro. O conjunto foi levado a máquina de ciclagem
mecânica (Sliding, BioPDI) em recipiente com água (37°C). A ciclagem ocorreu a uma
frequência de 3,0 HZ, Carga de 80 N, por 500.000 ciclos. Após o fim da ciclagem foram
aferidos os VTR com o mesmo torquímetro. Os valores obtidos foram submetidos a
análise estatística RM ANOVA, e teste Bonferroni (p<0,05). A média (Ncm) e desvio
padrão de cada grupo foram: CX (28.88 ± 6.45), ND (11.86 ± 8.50), NB (29.76 ± 7.80),
BT (35.18 ± 13.64). Houve diferença estatisticamente significante entre os grupos ND e
BT (α=0.05). Os VTR pós-carga foram significativamente menores do que VTIs (p=
0.4902). Assim, houve uma diminuição do valor de torque reverso, sem afrouxamento
completo do parafuso, após a ciclagem, de implantes HE que receberam coroas de Zr,
dependendo do fabricante.
Palavras-chave: Implante, torque, cerâmica.
165
635 - ESTUDO DE PROPRIEDADES DE RESINAS COMPOSTAS BULK FILL
Rodrigues-Júnior EC*, Albuquerque PPAC, Tapety CMCT, Francci EC, Rodrigues-Filho LE.
Biomateriais e Biologia Oral (FOUSP). [email protected]
O objetivo do presente trabalho foi avaliar grau de conversão (GC), dureza Knoop
(KHN), resistência à flexão (RF) e tenacidade à fratura (KIC) de sete compósitos bulk fill
(EverX Posterior, EXP; Filtek Bulk Fill Flow, FBFF; Fill-Up!, FU; SonicFill, SF; Surefil SDR,
SDR; Tetric EvoCeram Bulk Fill, TECBF; Venus Bulk Fill, VBF) e um compósito
convencional (Charisma Diamond, CD). Adicionalmente, foi realizado tratamento
térmico a 170 °C por 10 minutos para melhor compreensão do comportamento desses
materiais quanto ao potencial de conversão e à indução de tensões na interface
carga/matriz. A avaliação do GC (n=3) foi realizada através de espectroscopia FTIR, a
leitura da dureza Knoop foi realizada nas superfícies do topo e da base (n=3), e os
ensaios de RF de três pontos (n=10) e KIC (n=10) em máquina de ensaios universais. A
análise estatística revelou que todas as resinas bulk fill, exceto FBFF, apresentaram GC
superior à resina convencional. Os valores de KHN variaram de acordo com o material
e com a superfície: apenas SF apresentou KHN semelhante (na superfície do topo) a
CD. Dentre materiais de alta viscosidade, apenas EXP e SF apresentaram RF
semelhante a CD. EXP apresentou o maior valor de KIC, semelhante a SF. Na
dependência do material, o tratamento térmico aumentou os valores dos parâmetros
estudados, apontando limitações da reação de polimerização. Conclui-se que resinas
bulk fill podem apresentar elevado GC, além de serem capazes de polimerizar em
profundidade. RF e KIC variaram de acordo com o material e o compósito EXP
apresentou os maiores valores para ambos os testes.
Palavras-chave: bulk fill, tratamento térmico, resinas compostas
Apoio: Capes
166
637-ESTUDO DA ALTERAÇÃO DIMENSIONAL LINEAR DOS ELÁSTICOS ORTODÔNTICOS
DE ACORDO ARMAZENADOS EM DIFERENTES PH.
Reges RV*, Bonfim Filho JB, Castro FLA, Lenza MA. Área Restauradora da Universidade
Paulista UNIP-GO. [email protected]
O objetivo deste trabalho foi à avaliação da alteração dimensional dos elásticos
ortodônticos da cor transparente e cinza, sendo submetidos à armazenagem em saliva
artificial 37C (ph neutro) e ph 2,0 durante o período 24 horas e 30 dias. Os elásticos
foram divididos em grupos (n=5) da marca comercial (Morelli). Foi utilizada a máquina
de análise de dimensão (perfilômetro) da marca Mitutoyo que avaliou a alteração de
dimensão de cada elástico conforme os fatores envolvidos. Em seguida, os dados
foram analisados estatisticamente, obtendo os resultados e conseqüentemente
realizados as tabelas e gráficos. Os autores concluíram de acordo com as distintas
cores houve diferença estatística significativa no meio de armazenamento saliva
artificial 37C; Com o aumento do tempo de armazenamento apresentaram diferença
estatística entre as cores e meios de armazenamentos; No meio de armazenamento
refrigerante Ph2 apresentaram estatisticamente diferente com o meio saliva artificial.
Palavras-chave: propriedades, alteração e ortodontia.
167
638- ADESÃO À DENTINA DE UM ADESIVO UNIVERSAL UTILIZANDO DIVERSOS
MONÔMEROS BISEMA COMO CAMADA SUPER HIDRÓFOBA
Silva JC*, Magalhães MM, Araújo Neto VG, Nobre CFA, Feitosa VP. Programa de Pós-
graduação em Odontologia, Departamento de Odontologia Restauradora,
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Brasil e Centro Universitário Católica de
Quixadá, Quixadá, Ceará, Brasil. [email protected]
O objetivo foi avaliar a resistência de união à microtração (µTBS) dos monômeros
BisEMA 4, BisEMA 10 e BisEMA 30 (com 4, 10 e 30 etoxilações respectivamente)
aplicados como adesivo super hidrofóbico na técnica autocondicionante após um
adesivo universal de acordo com os seguintes grupos: CONT – Ambar Universal
(controle negativo, FGM); SBMP – Ambar + ScotchBond Multi-Purpose adesivo
(controle positivo); BisEMA 4 - Ambar + Bis-EMA 4; BisEMA 10 - Ambar + BisEMA 10 e
Bis-EMA 30 - Ambar + BisEMA 30. Vinte e cinco dentes foram restaurados e cortados
em palitos (1mm²). Os palitos foram armazenados por 24 horas em água destilada.
Posteriormente, foi realizado o teste de microtração em máquina de ensaio universal.
Adesivos incorporados com rodamina-B foram aplicados para avaliação da
micropermeabilidade de fluoresceína em microscopia confocal. Os resultados foram
analisados com ANOVA dois fatores e teste de Tukey (p<0,05). Em valores médios, o
grupo SBMP apresentou a maior µTBS (43,7±6,4), seguido pelo grupo BisEMA 4
(35,6±3,3) e não apresentaram diferença estatística significativa entre eles. Os grupos
BisEMA 10 (33,3±7,3) e CONT (32,4±6) foram inferiores à SBMP e não apresentaram
diferença estatística entre eles. E BisEMA 30 (11,2±0.9) apresentou os menores valores
de µTBS. A micropermeabilidade foi menor com SBMP e BisEMA 4, com poucas
diferenças entre os outros grupos. Como conclusão, é observado que o uso do Bis-
EMA-4 promove uma adesão eficaz à dentina comparável à um adesivo hidrófobo
comercial, entretanto o uso de BisEMA 30 não promove uma adesão satisfatória à
dentina.
Palavras-chave: adesivos dentinários, dentina.
168
640 - AVALIAÇÃO DA ADAPTAÇÃO DE COROAS OBTIDAS POR CAD/CAM UTILIZANDO
DIFERENTES ESCÂNERES
Prudente MS*, Nabbout KO, Pereira LM, Zancopé K, Prado CJ, Davi LR, Neves FD.
Departamento de Materiais odontológicos, Oclusão e Prótese fixa/ Faculdade de
Odontologia da Universidade Feral de Uberlândia. [email protected]
Avaliou a influência de dois diferentes tipos de escâneres intra-orais: Bluecam e
Omnicam, na adaptação marginal e interna de coroas dissilicato de lítio fabricadas por
CAD / CAM CEREC usando a microtomografia computadorizada (Micro-CT). Cinco
grupos experimentais foram constituídos com 10 coroas: Bluecam sem ajustes (Grupo
B), Bluecam com ajustes (Grupo BA), Omnicam sem ajustes (Grupo O), Omnicam com
ajustes (Grupo OA) e Omnicam com pó (Grupo OP) (CEP 381/06). Imagens do Micro-CT
foram obtidas para realizar as medições dos gaps marginais e internos e os dados
foram analisados estatisticamente pelo ANOVA seguido pelo teste de Tukey. A média
do desajuste vertical foi: B = 29,5±13.2μm; BA = 26,9±7.7μm; O = 149,4±64.4μm; OA =
49,4±12.7μm e OP = 33.0±8.3μm, demonstrando diferença estatística entre o grupo O
e todos os outros grupos testados. A desadaptação marginal vertical aceitável pela
literatura é de 75μm e os resultados foram os seguintes: B=61,7%, BA=73,7%,
S=24,80%, 58,6% = OA e OP = 76,9%. A desadaptação horizontal mostrou 13,32% para
B, 4,8% para BA, 6,4% para O, 16,88% para OA e 21,72% para OP. O desajuste interno
apresentou média para o grupo B = 93.15μm, BA = 96.03μm, O = 110.18μm, OA =
113.47μm e OP = 97.66μm. Com base nos resultados deste estudo, concluiu-se que as
coroas de dissilicato de lítio fabricadas usando o escâner Bluecam CEREC 3D exibiu
desajuste vertical e horizontal significativamente menor. Os ajustes internos das
coroas ou aplicação de pó sobre os preparos prévios ao escaneamento melhorou o
desajuste interno e marginal do grupo Omnicam CEREC 3D.
Palavras-chave: adaptação marginal, CAD/CAM, adaptação interna
Apoio: FAPEMIG, CNPq, CPBio
169
641- EFEITO DO PREAQUECIMENTO DE CIMENTOS RESINOSOS NA RESISTÊNCIA DE
UNIÃO DE CERÂMICA À DENTINA
Castro EF*, Magalhães APR, Souza JB, Estrela C, Castro FM. Departamento de
Dentística Restauradora/ Universidade Federal de Goiás.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do preaquecimento de cimentos
resinosos, convencional e autoadesivo, na resistência de união (RU) de cerâmica à
dentina e verificar o padrão de fratura. Vinte e quatro discos de cerâmica vítrea
reforçada por leucita (IPS Empress Esthetic, Ivoclar Vivadent) foram cimentados a
discos de dentina de terceiros molares humanos, previamente obtidos, e divididos
aleatoriamente em quatro grupos: GI – Scotchbond Multi-Purpose Plus (3M ESPE) e
RelyX ARC (3M ESPE); GII – Scotchbond Multi-Purpose Plus e RelyX ARC preaquecido
60°C; GIII – RelyX U200 (3M ESPE); GIV – RelyX U200 preaquecido 60°C. As amostras
foram seccionadas em espécimes de 1,0 mm2, armazenadas em água destilada por 24
h (25±2°C) e submetidas ao teste de microtração em máquina de ensaio universal. O
padrão de fratura foi avaliado e classificado em microscópio estereoscópico (45X). Foi
realizada fotomicrografia de cada tipo de fratura através de microscopia eletrônica de
varredura. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e teste de
Tukey (α=0,05). A RU de GI e GII foi superior estatisticamente, se comparada a GIII e
GIV, respectivamente (p<0,05). Não houve diferença estatística entre a RU de GI e GII,
nem entre GIII e GIV (p>0,05). A falha adesiva foi o tipo de falha mais presente, seguida
por falha mista e coesiva em cerâmica; não houveram falhas coesivas em dentina. O
preaquecimento dos cimentos resinosos convencional e autoadesivo a 60ºC não
influenciou na RU entre a dentina e a cerâmica. O padrão de fratura mais observado
foi a falha adesiva.
Palavras-chave: cimentação, cimentos de resina, porcelana dentária.
170
643 - EFEITOS DE DIFERENTES TRATAMENTOS DA SUPERFÍCIE INTERNA DE COROAS
EM Y-TZP NA RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
Wandscher VF*, Prochnow C, Rippe MP, Callegari GL, Dorneles LS, Baldissara P, Scotti
R, Valandro LF. Laboratório de Biomateriais/Departamento de Odontologia
Restauradora - Universidade Federal de Santa Maria. [email protected].
Este estudo avaliou o efeito de diferentes tratamentos na superfície interna de coroas
em zircônia na resistência à tração. Cem troqueis em G10 (malha de fibra de vidro
embutidas em resina epoxy) com preparos simplificados foram digitalizados e coroas
em Y-TZP com retenções oclusais foram usinadas e sinterizadas. Após a adaptação, as
coroas foram randomizadas em 5 grupos (n=20): GHF1- aplicação de uma fina camada
de glaze (G) + ácido fluorídrico (HF) 10% (1min) + silanização, GHF5- G + HF 10% (5min)
+ silanização, GHF15- G + HF 10% (15min) + silanização, Nano- deposição de nanofilme
de sílica (5 nm) + silanização e TBS- tribosilicatização (30µm). Os troqueis foram
condicionados com HF 10% por 30s e silanizados. As coroas foram cimentadas com
cimento resinoso, termocicladas (12.000 ciclos, 5/55°C), armazenadas por 60 dias e
submetidas a teste de tração (1mm/min até a falha). Os dados de resistência (MPa)
foram submetidos a análise de Weibull e Anova 1 fator. As falhas foram classificadas
como 50C: mais de 50% de cimento na coroa e 50S: mais de 50% de cimento no
substrato. Anova 1 fator mostrou que TBS (5.6 ± 1.68) e Nano (5.5 ± 0.98)
apresentaram maior resistência adesiva do que os outros grupos. O grupo Nano
mostrou os maiores valores de módulo de Weibull e resistência característica. TBS e
GHF15 apresentaram respectivamente, 60 e 70% de falhas 50C, enquanto os demais
grupos foram 50S. A Tribosilicatização (TBS) é adequada para cimentação de coroas de
zircônia. A aplicação de nanofilme de sílica (Nano) parece ser um método adequado
mostrando alta resistência de união e confiabilidade adesiva.
Palavras-chave: resistência à tração, cerâmicas, materiais dentários.
171
644- ÁCIDO ANACÁRDICO COMO AGENTE DE LIMPEZA CAVITÁRIA EM
ODONTOLOGIA ADESIVA
Ferraz C*, Queiroz CMF, Mendonça JS, Sousa FFO, Santiago SL, Yamauti M.
Laboratório da Pós-Graduação em Odontologia; Faculdade de Fármácia Odontologia e
Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. [email protected]
Avaliou-se, in vitro, o uso do ácido anacárdico como agente de limpeza cavitária sob
restaurações adesivas. Sobre superfícies dentinárias planas de molares humanos
extraídos (Protocolo CEP n ° 810.992), foram aplicadas água destilada (AD), solução de
digluconato de clorexidina (CHX) e solução de ácido anacárdico (AA). Essas soluções
foram aplicadas após condicionamento com ácido fosfórico na técnica adesiva
convencional, e previamente à aplicação do primer na técnica autocondicionante,
totalizando seis grupos experimentais (2 técnicas adesivas x 3 agentes de limpeza). A
morfologia do substrato exposto aos agentes de limpeza foi avaliada por MEV. Após
uso de cada solução, foram aplicados os sistemas adesivos e realizadas restaurações
com resina composta. Os dentes foram armazenados em água destilada a 37ºC. Após
24 h, os dentes foram seccionados longitudinalmente em ambas direções para
avaliação da resistência de união à dentina por teste de microtração. Após análise de
MEV, observou-se que o AA não é capaz de desmineralizar o substrato dentinário e
não altera sua morfologia superficial. Não houve diferença estatisticamente
significante entre os valores de resistência de união dos grupos (p>0.05), sendo que
para o sistema adesivo convencional, o uso de CHX apresentou os maiores valores
numéricos (56,1 MPa) e para o sistema autocondicionante os maiores valores foram
observados quando do uso de AA (59,3 MPa). O ácido anacárdico não afetou a
resistência de união após 24 h, indicando que poderia ser utilizado como agente de
limpeza cavitária.
Palavras-chave: Adesivos Dentinários; Dentina; Desinfetantes.
Apoio: CAPES
172
645- INFLUÊNCIA DA ADIÇÃO DE FOSFATO OCTACÁLCICO EM CIMENTO DE
IONÔMERO DE VIDRO
Cuppini M*, Balbinot GS, Garcia IM, Santos PD, Leitune VCB, Samuel SMW, Collares
FM. Laboratório de Materiais Dentários (LAMAD) / Departamento de Odontologia
Conservadora / Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência de diferentes concentrações de
fosfato octacálcico (OCP) em um cimento de ionômero de vidro comercial (CIV). Para a
formulação dos grupos experimentais foi utilizado um CIV convencional e adicionado
fosfato octacálcico nas concentrações de 0% (controle), 1,5% (G1%) e 3% (G3%), em
peso. Os cimentos foram avaliados quanto à radiopacidade (n=5), tempo de presa
(n=3) e resistência à compressão diametral (n=5). A radiopacidade foi avaliada por
meio de um sistema digital com placas de fósforo. Uma escala de alumínio-cunha foi
exposta junto aos espécimes em todas as imagens para comparação do material e as
imagens foram analisadas no programa Photoshop. Para o ensaio de tempo de presa, o
material foi colocado em uma matriz e com um penetrador de 100 gramas foram feitas
indentações no material. Essa medida foi repetida até que o material não apresentasse
mais alterações, e o tempo entre a primeira e a última indentação foi cronometrado. O
ensaio de resistência à compressão diametral foi realizado em uma máquina de
ensaios mecânicos universal. Os espécimes foram submetidos a uma tensão de
compressão e foi verificada a força máxima aplicada no momento da fratura em MPa.
O tempo de presa variou de 405 a 486 s, já a resistência à compressão variou de 6 a 10
MPa. No ensaio de radiopacidade nenhum dos grupos atingiu 1 mmAl. Os resultados
dos ensaios não apresentaram diferença significativa entre os grupos. Conclui-se que a
adição de OCP não alterou as propriedades do CIV e pode ser uma alternativa
promissora para esse material.
Palavras-chave: Cimentos de Ionômeros de Vidro. Fosfatos de Cálcio. Forramento da
Cavidade
173
646- INFLUÊNCIA DO FOTOINICIADOR E FONTE DE LUZ SOBRE A ESTABILIDADE DE
COR DE RESINAS COMPOSTAS DISPONÍVEIS COMERCIALMENTE
Arruda RC*,1, Mendes EM,1, Albuquerque PPAC,2, Cavalcante LM,1,3,4, Schneider LF,4.
1-Faculdade de Odontologia, Universidade Federal Fluminense, Niterói-RJ; 2-
Departamento de Biomateriais e Biologia oral, Faculdade de Odontologia,
Universidade de São Paulo, São Paulo-SP; 3-Curso de Odontologia, Universidade
Salgado de Oliveira, Niterói-RJ 4-Núcleo de Pesquisa de Biomateriais Odontológicos,
Universidade Veiga de Almeida, Rio de Janeiro-RJ. [email protected]
O presente estudo objetivou determinar a influência da fonte de luz e do sistema
fotoiniciador sobre a estabilidade de cor de resinas compostas disponíveis
comercialmente. Para o estudo foram empregadas as fontes de luz Kavolux (azul) e
Bluephase 2 (azul e violeta) e os compósitos Filtek Z350XT WE (3M ESPE), formulado
com o sistema canforoquinona/amina, e Empress Direct Bleach XL (Ivoclar), formulado
com fotoiniciador alternativo. A estabilidade de cor foi determinada por
espectrofotometria empregando o parâmetro CIELab (Easyshade Compact, Vita). Os
dados foram obtidos previamente ao processo de fotoativação, imediatamente após a
fotoativação e repetidos após uma semana de imersão em solução corante (café).
Foram considerados os dados de variação de luminosidade (ΔL), variação de azul-
amarelo (Δb) e alteração de cor geral (ΔE). Os dados foram submetidos à análise de
variância e ao teste de Tukey (95%). ΔL não foi influenciada nem pelo tipo de resina
(p=0,078) nem pela fonte de luz (p=0,982). O grau de amarelo foi dependente da
resina composta (p=0,033) mas não da fonte de luz (p=0,377). ΔE foi dependente da
formulação da resina (p=0,046), aonde o compósito Z350XT promoveu melhor
estabilidade que o compósito Empress Direct, mas não da fonte de luz empregada
(p=0,77). Conclui-se que o compósito formulado com sistema fotoiniciador alternativo
e o uso de fonte de luz com pico duplo não foram capazes de promover melhoras em
relação à estabilidade de cor quando submetidos à pigmentos extrínsecos.
Palavras-chave: Compósitos, Fotoiniciadores, Fonte de luz
174
647 - AVALIAÇÃO IN VITRO DA INFLUÊNCIA DE BEBIDAS AMAZÔNICAS NA
COLORAÇÃO DE DENTES BOVINOS DURANTE E APÓS O CLAREAMENTO
Moreira MM1*, Carneiro YKP2, Vilarouca LMC2, Tapety CMC2, Feitosa VP1, Loguercio
AD. Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Ceará, Campus Fortaleza,
Fortaleza, Ceará. [email protected]
O objetivo do estudo foi avaliar a efetividade do tratamento clareador caseiro com
peróxido de carbamida 16% e de consultório com peróxido de hidrogênio 35% em
dentes bovinos submetidos ao contato com açaí e guaraná energético. 30 dentes
foram divididos aleatoriamente em seis grupos (n=5): dois grupos controle com
clareamento caseiro (CAS) e de consultório (CON) e quatro grupos experimentais.
Destes, dois grupos foram submetidos ao CAS diário de duas horas, durante três
semanas, sendo um imerso em açaí (CASa) e outro em guaraná energético (CASg) e
dois grupos submetidos a três sessões de clareamento de consultório semanal de 40
minutos, também imersos em açaí (CONa) e guaraná energético (CONg). O ciclo de
imersão foi realizado três vezes ao dia durante cinco minutos logo após o clareamento.
Após a leitura inicial, a cor foi registrada uma e três semanas após o início do
clareamento, empregando-se o espectrofotômetro VITA Easyshade para calcular o ∆E,
e aferir as unidades de cor. A análise estatística foi feita com ANOVA 2-fatores e teste
de Tukey (p<0,05). Observou-se que o grupo CONa teve uma taxa de clareamento
significantemente mais baixa na escala de unidades de cor que CONg e CON. Já o
guaraná gerou maior taxa de clareamento na análise de ∆E em comparação ao
controle, principalmente durante o clareamento caseiro. Conclui-se que o açaí é um
potencial redutor da eficácia do clareamento dental de consultório e o guaraná pode
potencializar o clareamento.
Palavras-chave:Clareamento dental. Peróxido de hidrogênio. Corantes de alimentos.
Pigmentação. Sensibilidade da dentina.
Apoio: Laboratório do Programa de Pós-Graduação em Odontologia - Universidade
Federal do Ceará
175
648- AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICAS DE UM NOVO MTA COM ALTA
PLASTICIDADE
Ribeiro JS*, da Rosa WLO, Galarça AD, Silva AF, Piva E, Lund RG CDC-Bio Centro de
Desenvolvimento e Controle em Biomateriais da UFPel; Departamento de Odontologia
Restauradora. [email protected]
Este estudo avaliou as propriedades físicas de um novo MTA com alta plasticidade
MTA Repair HP; Angelus, Brasil (MTA HP) quando comparado com o MTA Branco MTA
Angelus; Angelus, Brasil (MTA). A avaliação do tempo de presa foi aplicado um
edentador (100g) de acordo com ISO 9917-1 (2007) (n=6; 10x2mm). A resistência à
compressão (n=5; 4x6mm) foi avaliada na máquina de ensaios mecânicos universal
(EMIC, PR, Brasil) após 1 e 24 h. A avaliação da radiopacidade, foi realizada de acordo
com a ISSO 6876 (2012). Para avaliação de sorção e solubilidade foi realizado o ensaio
conforme a ISO 6876 (2012) (6.0x1.0 mm; n=10). A análise estatística foi realizada com
Teste t
MTA HP foi de 13.1±1.0 min, similar estatisticamente ao MTA (8.3±0.1 min) (p>0.05). O
MTA HP apresentou resistência à compressão após 1h de 1.1±0.2 MPa, similar ao MTA
com 1.1±0.2 Mpa (p>0.05). Após 24h, a resistência de ambos aumentou e foi diferente
estatisticamente do período de 1h (p<0.05), sendo que o MTA HP apresentou 17.5±2.1
MPa de resistência, enquanto o MTA A apresentou 17.9±1.4 MPa. O MTA HP
apresentou radiopacidade equivalente a 6.1±0.2 mmAl, superior ao esmalte e dentina
(p<0.05) e similar estatisticamente ao MTA (p>0.05). A sorção e solubilidade do MTA
HP foi de 16.32 ± 2.92 / 2.77 ±1.18, sendo similar estatisticamente ao MTA (19.40
±2.67 / 3.81 ±1.25) (p>0.05). O novo MTA HP de alta plasticidade apresentou
resistência à compressão, tempo de presa, radiopacidade e sorção e solubilidade
similar ao MTA de acordo com as normatizações da ISO.
Palavras-chave: Cimento; Força de cisalhamento; Materiais dentários
176
649- INFLUÊNCIA DO PH DE GÉIS CLAREADORES E DO TEMPO DE APLICAÇÃO EM
ESMALTE PRÉ DESSENSIBILIZADO NA TOPOGRAFIA E COR DENTAL
Mendes GAM*, Almeida LN, Kasuya AVB, Favarão IN, Oliveira AA, Fonseca RB.
Laboratório de Biomecânica da Universidade Federal de Goiás.
O objetivo desse trabalho foi verificar a influência do tempo de aplicação do gel
clareador e seus efeitos sobre a estrutura dental em amostras de esmalte pré-
dessensibilizados com Bicarbonato de Arginina. Oitenta blocos de esmalte dental (5,5 x
5,5 mm) foram obtidos a partir de 40 dentes terceiros molares. Estes foram divididos
aleatoriamente em 16 grupos experimentais (n=5). As amostras foram pré-
dessensibilizadas com Bicarbonato de Arginina (Colgate Pró-Alívio) e em seguida
clareadas conforme os grupos experimentais, variando o método de aplicação de géis
clareadores (Opalescence Boost – Ultradent; Total Blanc – DFL) em função do tempo e
o uso de dessensibilizante. A variação de pH do gel ao longo dos tempos de aplicação,
a variação de cor obtida e rugosidade da superfície das amostras foram avaliados.
Resultados foram submetidos a análise estatística com nível de significância em 5% e
revelaram semelhança entre os géis quanto a eficácia clareadora e padrões de
rugosidade e que tempos de aplicação mais longos tendem a gerar maiores valores de
rugosidade. Concluiu-se que tempos de aplicação mais curtos do gel clareador são
mais eficientes uma vez que geram menos danos ao esmalte e são capazes de clarear
de igual forma e que o uso de creme dental dessensibilizante a base de Bicarbonato de
Arginina previamente ao clareamento não altera o efeito clareador.
Palavras-chave: Clareamento dental; Peróxido de Hidrogênio; Concentração de Íons de
Hidrogênio.
177
650- INFLUÊNCIA DO TEMPO DE FOTOATIVAÇÃO E DO GRAU DE TRANSLUCIDEZ
SOBRE A ESTABILIDADE DE COR DE RESINAS COMPOSTAS COM FOTOINICIADOR
ALTERNATIVO
Mendes EM*, Arruda RC, Albuquerque PPAC, Cavalcante LM, Schneider LF. Faculdade
de Odontologia, Universidade Federal Fluminense, Niterói-RJ; Departamento de
Biomateriais e Biologia oral, Faculdade de Odontologia, Universidade de São Paulo, São
Paulo-SP; Curso de Odontologia, Universidade Salgado de Oliveira, Niterói-RJ e Núcleo
de Pesquisa de Biomateriais Odontológicos, Universidade Veiga de Almeida, Rio de
Janeiro-RJ. [email protected]
O objetivo do presente estudo foi o de determinar a influência do tempo de ativação e
do grau de translucidez sobre a estabilidade de cor de um compósito odontológico
comercialmente disponível formulado com sistema iniciador alternativo. Para o estudo
foi empregada uma fonte de luz LED e o compósito Empress Direct (Ivoclar) nas
colorações Bleach XL, Dentina A3,5 e Esmalte A3,5. A estabilidade de cor foi
determinada por espectrofotometria empregando o parâmetro CIELab (Easyshade
Compact, Vita). Os dados foram obtidos previamente ao processo de fotoativação,
imediatamente após a fotoativação e repetidos após uma semana de imersão em
solução corante (café). Foram considerados os dados de variação de luminosidade
(ΔL), variação de azul-amarelo (Δb) e alteração de cor geral (ΔE). Os dados foram
submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey (95%). O grau de translucidez
(p=0,007) e o tempo de ativação (p=0,047) influenciaram ΔL, mas não influenciaram
Δb. O grau de translucidez (p=0,026) e o tempo de ativação (p=0,047) influenciaram a
variação de cor (p=0,026), aonde a resina Bleach promoveu a pior estabilidade, e o
aumento do tempo promoveu melhora da estabilidade de cor para todos os graus de
translucidez. Pode-se concluir que o tempo de ativação e o grau de translucidez da
resina influenciam a estabilidade da luminosidade e conseqüente estabilidade de cor.
A resina Bleach, contendo fotoiniciador alternativo, promoveu a pior estabilidade de
cor.
Palavras-chave: compósito, fonte de luz, estabilidade de cor.
178
651- COMPARAÇÃO DAS DIFERENTES ABORDAGENS DO TESTE DE LASCAMENTO DA
ARESTA EM CERÂMICAS ODONTOLÓGICAS
Tanaka CB, Ballester RY, Dias de Souza, GM; Zhang Y, Meira JBC*. Departamento de
Biomateriais e Biologia Oral da [email protected]
O objetivo deste trabalho foi comparar 5 abordagens existentes na literatura para
análise de resultados do teste de lascamento da aresta. Foram confeccionadas barras
monolíticas (5 x 32 x 2,5 mm3) de duas porcelanas (VM9 e VM13) e de uma zircônia
(VITA Inceram YZ). Os espécimes foram sinterizados segundo as instruções do
fabricante, planificados e polidos. Para a realização do teste de lascamento foram
adaptados vários dispositivos à máquina de testes universal, para atender às
necessidades de exatidão da distância entre a aresta e o ponto de aplicação da carga
(d). Os dados foram apresentados em gráficos de força crítica (F) em função da
distância d. Nos gráficos, foram traçadas 4 linhas de tendências (linear, potência,
quadrática e potência com expoente fixo), com seus respectivos R2, que indica o grau
de ajuste da função aos pontos experimentais. Foi também calculado o parâmetro
ReA, que corresponde à média de todas as razões F⁄d, que foi submetido à análise de
variância e ao teste de Tukey para contraste das médias referentes a cada grupo. Para
todas as linhas de tendência, foi observada uma superioridade da zircônia em relação
às porcelanas. A comparação entre as porcelanas revelou semelhança entre estes
materiais, com discreta tendência de superioridade da VM9 em relação à VM13. A
análise estatística do ReA confirmou a diferença entre porcelanas e zircônia e a
semelhança entre as duas porcelanas. O ajuste mais apropriado é dependente do
intervalo de d utilizado para traçar a linha de tendência, o que é indicativo de que
existem fenômenos físicos específicos em cada intervalo.
Palavras-chave: porcelana dentária, infraestrutura, métodos.
Apoio: Fapesp n° 2012/17094-5 e n° 2013/06988-8
179
652- EFEITO DA RADIOTERAPIA E DO FLÚOR NA COMPOSIÇÃO QUÍMICA,
PROPRIEDADES MECÂNICAS E MORFOLOGIA DE ESMALTE SUBMETIDO A CICLAGEM
DE pH IN VITRO
Lopes CCA*, Soares CJ, Carvalho VL, Arana-Chavez VE, Soares PB, Miranda RR,
Simamoto Junior PC, Novais VR. Área de Dentística e Materiais
Odontológicos/Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia.
Esta pesquisa objetivou avaliar o efeito da radioterapia (RT) e da aplicação de flúor no
esmalte após ciclagem de pH in vitro. Trinta terceiros molares foram divididos
aleatoriamente em três grupos (n=10): Esmalte não irradiado (NI); Irradiado em
umidade relativa (IU); e Irradiado em flúor gel neutro a 2% (IF). Cada grupo foi
subdividido em dois subgrupos (n=5) de acordo com a ciclagem de pH: com e sem
ciclagem. Os dentes dos grupos IU e IF foram irradiados com 70 Gy, 2 Gy/dia, por 5
dias, durante 7 semanas. Foram avaliadas alterações químicas por meio de
Espectroscopia Infravermelha Transformada de Fourier (FTIR) (n=5), utilizando os
parâmetros: razão matriz:mineral (M:M), conteúdo relativo de carbono (CRC) e
cristalinidade; microdureza Vickers (VHN) e módulo de elasticidade (E) em três
profundidades (superficial, médio e profundo) (n=5); e a morfologia por meio de
microscopia eletrônica de varredura (MEV) (n=3). IF sem ciclagem de pH obteve
menores valores de M:M. IU apresentou maiores valores de E, seguidos de IF e NI. A
ciclagem de pH promoveu redução no CRC e aumento da VHN e da M/M para NI e IU.
Para NI e IF, cristalinidade e E aumentaram. Com a ciclagem de pH, NI exibiu menores
valores de E. MEV mostrou que com a ciclagem de pH, IF apresentou menor
descontinuidade da morfologia externa do esmalte. Conclui-se que a RT altera o E do
esmalte. Após a ciclagem de pH, houve aumento da cristalinidade, do conteúdo de
fosfato do esmalte e das propriedades mecânicas. O fluoreto aplicado durante a RT
reduz a exposição da matriz orgânica e ajuda a manter a morfologia externa do
esmalte irradiado.
Palavras-chave: esmalte dental, flúor, radioterapia.
Apoio: FAPEMIG
180
653- EFEITO DO LASER DE DIODO SOBRE SISTEMAS ADESIVOS NÃO SIMPLIFICADOS
Zabeu GS*, Maenosono RM, Brianezzi LFF, Scarcella CR, Gonçalves RS, Wang L, Palma-
Dibb RG, Ishikiriama SK. Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais
Odontológicos, Faculdade de Odontologia de Bauru - Universidade de São Paulo;
Departamento de Dentística Restauradora, Faculdade de Odontologia de Ribeirão
Preto – Universidade de São Paulo. [email protected]
Estudos utilizando laser de alta potência sobre sistemas adesivos (SA) simplificados
têm demonstrado aumento na resistência de união (RU), sendo necessária sua
investigação sobre SA não simplificados. Este estudo avaliou o efeito da irradiação do
laser de diodo na RU à dentina de SA não simplificados sobre o primer e sobre o
adesivo. Sessenta molares humanos hígidos foram aleatoriamente divididos (n=10) de
acordo com o SA (Scotchbond MultipurposeTM [MP] e ClearfilTM SE Bond [CSE]) e
tratamento (sem irradiação [C], irradiação sobre o primer [AP], irradiação sobre o
adesivo [AA]). Após a irradiação e restauração (Filtek Z250) dos espécimes, foram
obtidos palitos de ±0,8mm2 para o teste de microtração (0,5mm/min) imediato e após
12 meses, além da análise do padrão de fratura (microscópio ótico-40x). Os dados
foram analisados pelos testes ANOVA a três critérios e Tukey (p<0,05), obtendo-se os
seguintes resultados (MPa): Imediato (MP-SI 57,95±18,07; CSE-SI 47,20±15,26; MP-AP
59,55±21,25; CSE-AP 40,36±15,66; MP-AA 39,81±15,52 e CSE-AA 43,13 ± 15,82) e após
12 meses (MP-SI 39,54±15,46; CSE-SI 27,11±12,10; MP-AP 34,45±15,08; CSE-AP
23,80±12,47; MP-AA 33,11±12,08 e CSE-AA 26,29±10,70). Os maiores valores de RU
foram obtidos nos grupos com MP. Após 12 meses de armazenamento observou-se
uma queda significante na RU em todos os grupos. A estratégia de irradiação do laser
não mostrou diferença estatística O padrão de fratura adesiva foi predominante.
Conclui-se que o laser de diodo não foi capaz de melhorar a RU dos SA não
simplificados em nenhuma das estratégias testadas.
Palavras-chave: dentina, lasers, resistência à tração.
181
654 - INFLUÊNCIA DAS TÉCNICAS QUE MINIMIZAM OS EFEITOS DA INIBIÇÃO DE
POLIMERIZAÇÃO PELO OXIGÊNIO SOBRE PROPRIEDADES ÓPTICAS DE COMPÓSITOS
Bertolo MVL*, Sinhoreti MA, Cavalcante LM, Schneider LF. Materiais dentários /
Odontologia restauradora. Universidade Estadual de Campinas - Faculdade de
Odontologia de Piracicaba. [email protected]
O objetivo do estudo foi determinar a estabilidade de cor (ΔE) e parâmetro de
translucidez (PT) de compósitos submetidos a diferentes técnicas que visam minimizar
os efeitos da inibição de polimerização pelo oxigênio. O compósito Estelite Sigma foi
empregado e inserido em incremento único numa matriz metálica e fotoativado (40s;
1200 mw/cm2). Três formas de tratamento foram consideradas: nenhum (controle);
fotoativação com a interposição de gel de glicerina; e acabamento/polimento abrasivo
(#2000). ΔE e PT foram determinados por espectroscopia (EasyShade Compact) pelo
método CIELab e considerando mensurações realizadas, com fundos branco e pretos,
imediatamente após a fotoativação; 7 dias após armazenamento em água; e 7 dias em
café. Os dados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey (5%). Não
houve diferença estatística para o ΔE entre os grupos que foram armazenados em
água. Para os grupos armazenados em café houve diferença estatística entre todos os
grupos. O grupo com polimento mostrou os menores valores de ΔE, enquanto o grupo
controle apresentou os valores mais altos. Não houve diferença estatística entre os
grupos para o PT. Os métodos de tratamento testados não influenciaram no PT dos
compósitos e a estabilidade de cor nas amostras armazenadas em água. Entretanto,
houve influência quando submetidos ao teste de pigmentação externa, sendo que o
gel de glicerina é capaz de amenizar os efeitos da inibição pelo oxigênio mas não
substitui o polimento; sendo que este se mostrou ser a maneira mais eficiente de
reduzir a alteração de cor.
Palavras-chave: resinas compostas, cor.
182
655 - CREMES DENTAIS BRANQUEADORES SÃO CAPAZES DE MANTER A
ESTABILIDADE ÓPTICA DO ESMALTE AO LONGO DO TEMPO?
Silva VLM*, Maia JNSMD, Mitraud CG, Noronha-Filho JD, Poskus LT, Silva EM.
Laboratório Analítico de Biomateriais Restauradores (LABiom-R) / Universidade Federal
Fluminense/ Faculdade de Odontologia. [email protected]
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de cremes dentais branqueadores na
rugosidade e na estabilidade da cor, translucidez e brilho do esmalte bovino através de
uma simulação in vitro de alto consumo de cigarros e escovação - SACCE - durante oito
semanas. A rugosidade e as propriedades ópticas foram avaliadas antes e após
espécimes de esmalte bovino serem submetidos a SACCE. Na primeira semana os
espécimes foram submetidos diariamente ao consumo de 20 cigarros e escovados (40
ciclos / 100g de pressão / 18 g de creme dental / 36 ml de saliva artificial) com dois
diferentes cremes dentais branqueadores: Colgate Luminous White – CW e Oral B 3D
White – OW e um convencional: Colgate – C. Após a primeira semana, a SACCE foi
repetida semanalmente de forma acumulada (consumo de 140 cigarros e 280 ciclos de
escovação. Entre as diversas SACCE, os espécimes foram armazenados em saliva
artificial a 37 ° C. Os dados foram submetidos à análise de variância de três fatores,
teste de Tukey HSD e teste t para amostras pareadas (α = 0.05). Os cremes dentais não
influenciaram a cor e a rugosidade do esmalte (p > 0.05). Por outro lado, houve
influencia na translucidez e no brilho, sendo as maiores alterações produzidas pelo CW
(p < 0.05). Todas as propriedades sofreram mudanças significantes após oito semanas
de EACC (p < 0.05). Conclui-se que os cremes dentais branqueadores aumentaram a
rugosidade e não foram capazes de manter a estabilidade óptica do esmalte bovino
submetido a simulação in vitro de alto consumo de cigarros e escovação –SACCE–
durante oito semanas.
Palavras-chave: Dentifrícios, clareamento dental, tabaco.
Apoio: CNPq, CAPES
183
656- AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE FRAGILIDADE E SUA RELAÇÃO COM A DUREZA
VICKERS: INFLUÊNCIA SOBRE A USINABILIDADE DOS MATERIAIS CERÂMICOS
T.S. Porto, R.C. Roperto, E.A. Campos, S.T. Porto-Neto, M.F. Andrade. Odontologia
Restauradora, Universidade Estadual Paulista. [email protected]
O objetivo deste estudo foi avaliar o índice de fragilidade e a dureza Vickers de
diferentes materiais de CAD/CAM e a interação entre as leituras.
Cinquentas e dois corpos de prova confeccionados de quatro materiais diferentes
foram realizados, a saber: Vitablocs Mark II (Vita Zahnfabrik, IPS e.max CAD (Ivoclar-
Vivadent), IPS Empress CAD (Ivoclar-Vivadent), Lava Ultimate (3M ESPE). Fatias dos
blocos foram realizadas com as seguintes dimensões 14 x 10 x 3mm (C x L x A),
utilizando uma maquina de corte em seguida regularizado através de uma polidora. O
índice de fragilidade foi calculado com a medição da fissura ao longo do vértice da
indentação no mesmo sentido da diagonal 1. A dureza Vickers foi calculada através da
medida das diagonais 1 e 2, para ambos os testes as superfícies foram divididas em
quatro quadrantes. A análise de variância foi realizada e o teste Tukey foi feito com
intervalo de confiança de 95%. Para o índice de fragilidade o IPS e.max CAD obteve os
valores mais altos (2.53±0.17), enquanto o Lava Ultimate teve os menores valores
(0.91±0.03). Os resultados relacionados a dureza Vickers teve também o IPS e.max CAD
com a maior média (697.71±16.50) e novamente o Lava Ultimate com a média mais
baixa (102.81±6.50). O calculo da correlação de Pearson mostrou uma relação positiva
entre as duas variáveis.O índice de fragilidade também considerado como a
usinabilidade de um material, mostrou-se evidente através deste estudo como
positivamente dependente da dureza, oque nos leva a concluir que a dureza das
cerâmicas está relacionada a sua capacidade de fresagem.
Palavras-chave: CAD/CAM, cerâmicas, usinabilidade
Apoio:CAPES - 99999.008214/2014-00
184
660- AVALIAÇÃO DO GRAU DE CONVERSÃO DE COMPÓSITOS BULK FILL E
CONVENCIONAIS ATIVADOS POR DIFERENTES FONTES E APÓS TRATAMENTO
TÉRMICO
Pereira AC*, Rodrigues-Filho LE. Departamento de biomateriais e biologia oral da
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. [email protected]
O objetivo do trabalho foi avaliar o grau de conversão (GC) de compósitos
convencionais e bulk fill ativados por diferentes fontes em diversos períodos e após
tratamento térmico. Foram utilizados os compósitos convencionais Charisma Diamond
(CD) e TPH Spectrum (TS) e o bulk fill Tetric EvoCeram Bulk Fill (TEBF), e três
fotopolimerizadores (2 LEDs e 1 halógeno), Valo Cordless (VC), Optilight Max (OM) e
Optilux 501(Op), respectivamente. Os corpos de prova (n=3) de 1mm de espessura
(Ø=8mm) foram confeccionados utilizando uma matriz de silicone. Utilizou-se uma
mesma dose de energia (20J) para fotoativação dos espécimes. O tratamento térmico
foi realizado após 1 semana em forno durante 10 min à 170 °C. O GC foi analisado
através de espectroscopia por infravermelho (FT-IR Vertex 70, Brüker Optik GmbH -
Reino Unido) em 4 momentos: logo após a fotoativação, após 24 h, com 1 semana e
após o tratamento térmico. Para os resultados obtidos (ANOVA), os maiores val
ores dos GC para todas as resinas com tratamento térmico, sendo as resinas CD e TS
semelhantes entre si. Com relação ao sistema de fotoativação, não houve diferença
entre os aparelhos. Conclui-se assim que, de maneira geral, todas as resinas
aumentaram as médias dos GC em todos os momentos: imediato – TEBF - 50,5%; CD -
51,1%; TS 58,3%; após 24 h – TEBF - 68,9%; CD 75%; OS - 77,2%; com 1 semana – TEBF
- 69,5%; CD - 75,6%; TS - 77,7% e após o tratamento térmico, TEBF - 77,2%; CD - 84,2%;
TS - 84,4%; independente do aparelho de fotoativação. Mesmo assim, a resina bulk fill
apresentou menor média de GC em comparação com as resinas convencionais.
Palavras-chave: resinas compostas, polimerização, tratamento térmico.
Apoio: CAPES
185
661- AVALIAÇÃO EM MICROTOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DA ADAPTAÇÃO
MARGINAL DE COROAS DE DISSILICATO DE LÍTIO FABRICADAS POR DIFERENTES
SISTEMAS
Reis TA*, Neves FD, Prado CJ, Prudente MS, Carneiro TAPN, Zancope K, Davi LR,
Mendonça G, Cooper LF, Soares CJ. Departamento de Oclusão e Prótese Fixa da
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia.
O presente estudo avaliou por meio de microtomografia computadorizada a adaptação
marginal de coras de dissilicato de lítio fabricadas por diferentes sistemas CAD/CAM
chairside (Cerec ou E4D) ou pela técnica prensada. As coroas de dissilicato de lítio
foram fabricadas por três técnicas de fabricação: impressão digital com escâner Cerec
3D Bluecam com o pó de dióxido de titânio e fresagem de IPS emax CAD para Cerec;
impressão digital com escâner E4D laser sem o pó e fresagem com IPS emax CAD para
E4D; e fabricação a partir de IPS emax Press usando a técnica de cera perdida e técnica
prensada. As coroas foram fixadas no modelo e escaneadas por meio de
microtomografia computadorizada para medir adaptação vertical e horizontal. Os
dados foram analisados estatisticamente por meio do teste ANOVA One-way, seguido
do teste de Tukey (α=.05). Os valores médios de desadaptação vertical foram
36.8±13.9 μm para o grupo prensado e 39.2±8.7 μm para o grupo Cerec,
significantemente menores quando comparado com o grupo E4D com 66.9±31.9 μm
(p=.046). A porcentagem de coroas com desadaptação vertical menores que 75 μm foi
de 83.8% para Cerec e prensado, enquanto este valor foi de 65% para o E4D. Ambos os
tipos de desadaptação horizontal (subextensão e sobrextensão) foram 49.2% para o
prensado, 50.8% para o Cerec e 58.8% para E4D. Coroas de dissilicato de lítio
fabricadas utilizando escâner Cerec 3D bluecam pelo sistema CAD/CAM ou pela técnica
prensada exibiram desadaptação vertical significantemente menor do que as coroas
fabricadas por sistema CAD/CAM utilizando o escâner a laser.
Palavras-chave: CAD/CAM, desadaptação marginal, dissilicato de lítio
Apoio: FAPEMIG, CAPES, CNPq, CPBio, NEPRO, Eikon, TPD Marco Aurélio Dias Galbiati,
University of North Carolina at Chapel Hill Scholl of Dentistry
186
662- EFEITO DE MOVIMENTOS ORTODÔNTICOS NO PADRO TENSÃO-DEFORMAÇÃO
DE PRÉ-MOLARES COM LESÕES CERVICAIS NÃO-CARIOSAS
Gomes RR*, Spini PHR, Lelis ER, Machado AC, Almeida GA, Fernandes-Neto AJ, Soares
PV. Departamento de Dentística e Materiais Odontológicos, Faculdade de Odontologia
de Uberlândia, Universidade Federal de Uberlândia. [email protected]
O objetivo foi avaliar o comportamento biomecânico de pré-molares com lesões
cervicais não cariosas (LCNCs) submetidos a diferentes movimentos ortodônticos, pelo
método de elementos finitos (MEF) e teste de extensometria (TE). Modelos
tridimensionais de pré-molar hígido (HI), com LCNC não restaurada (NR) e LCNC
restaurada com resina composta (RE) foram gerados. Após definição das propriedades
mecânicas e malhagem, cinco carregamentos foram aplicados: giroversão (GI),
extrusão (EX), intrusão (IN), vestibularização (VE) e palatinização (PA). Dez pré-molares
hígidos foram incluídos em modelo de resina com dentes adjacentes e extensômetro
fixado na face vestibular. Os movimentos GI, EX, IN, VE e PA foram executados e a
deformação mensurada. O mesmo protocolo foi realizado em dois momentos
posteriores: após simulação de LCNC e confecção da restauração. Os dados da
deformação foram avaliados por análise de variância de dois fatores com medidas r
epetidas. Pelo critério de tensão máxima principal, NR apresentou maior concentração
de tensão, principalmente em EX e GI. Os modelos RE resultaram em distribuição de
tensão mais homogênea e próxima ao HI. Para TE, não houve diferença estatística
entre HI e RE. NR apresentou os maiores valores de deformação, sendo que EX (36,70
µS) e PA (42, 74 µS) deformaram mais do que quando as amostras foram submetidas
aos outros movimentos. A presença de LCNC promove maior acúmulo de tensão e
deformação quando executado movimento ortodôntico. A restauração da LCNC
proporciona comportamento biomecânico mais próximo ao do hígido.
Palavras-chave: Desgastes dos dentes, Ortodontia, Restauração dentária permanente.
187
663- AVALIAÇÃO DA ADAPTAÇÃO MARGINAL DE COROAS CAD/CAM POR
DIFERENTES MÉTODOS DE OBTENÇÃO DE MODELOS VIRTUAIS
Mazão JD*, Neves FD, Prado CJ, Prudente MS, Carneiro TAPN, Zancopé K, Davi LR;
Mendonça G, Cooper L, Soares CJ. Universidade Federal de Uberlândia/ Uberlândia.
Este estudo in vitro utilizou microtomografia computadorizada para avaliar a
adaptação marginal de coroas fabricadas usando sistema CAD/CAM “chairside” com
diferentes métodos de obtenção de modelos virtuais. As coroas foram confeccionadas
para se encaixar em um molde contendo um único pré-molar humano. Foram
utilizados quatro métodos de obtenção de modelo virtual: Grupo 1 (controle),
escaneamento digital do modelo typodont; Grupo 2, escaneamento digital do modelo
typodont com aplicação de pó de óxido de titânio; Grupo 3, escaneamento digital de
um modelo regular; e Grupo 4, escaneamento digital de um modelo de trabalho. A
média de desadaptação marginal vertical foram para o Grupo 1: 66.5 (29.97) μm;
Grupo 2: 34.9 (6.67) μm; Grupo 3: 59.7 (17.45) μm; e para o Grupo 4: 92.34 (21.51)
μm. Diferenças estatisticamente significantes foram encontradas entre o Grupo 2 e os
outros grupos testados (P = .042), que demonstraram menores valores de
desadaptação. Os resultados mostraram que as coroas fabricadas usando o sistema
CAD / CAM chairside exibiu desajuste vertical significativamente menor quando uma
fina camada de pó foi aplicada sobre o typodont antes do escaneamento digital.
Palavras-chave: CAD/CAM, adaptação marginal, cerâmica.
Apoio: Eikon, Fapemig
188
664 - DESENVOLVIMENTO DE MEMBRANAS DE ACETATO DE CELULOSE
INCORPORADAS COM ADITIVOS FUNCIONAIS PARA USO EM ODONTOLOGIA
Ferreira JA*, Naves MM, Menezes HHM, Melo PG, Ruggiero R, Magalhães D. CPBio/
Área de Periodontia e Implantodontia, Faculdade de Odontologia da Universidade
Federal de Uberlândia. [email protected]
O objetivo deste estudo foi desenvolver e caracterizar aspectos físico-químicos de
membranas sintéticas de acetato de celulose utilizadas na RTG. Tendo em vista o
propósito de criar um novo produto, tornou-se necessário o conhecimento físico-
químico de membranas biológicas já existentes no mercado com intuito de comparar
as características existentes. Para isso, foram desenvolvidas quatro diferentes
membranas sintéticas de Acetato de Celulose (AC), com variação da quantidade de AC
dependendo dos aditivos: Tetraciclina (Tet) e Glicerofosfato de Cálcio (GFC). As
membranas desenvolvidas foram: AC, AC + GFC, AC + Tet e AC + GFC +Tet. Para efeito
comparativo, foram selecionadas duas membranas biológicas absorvíveis comumente
utilizadas, são elas: GenDerm e BioGide Perio. Foi determinado o tempo de
degradação final das membranas por meio de espectrofometria, análise qualitativa da
morfologia das superfícies e fraturas por meio de microscopia eletrônica de varr
edura, índice de cristalinidade por meio dos difrartogramas de raios-X, capacidade de
molhabilidade por meio do ângulo de contato e propriedades térmico-mecânicas dos
materiais. As membranas desenvolvidas apresentaram tempo de degradação de 100
dias, aspectos morfológicos viáveis com porosidade suficiente para passagem e difusão
de nutrientes, permitem exclusão celular e são de fácil manuseio. Sendo assim, as
membranas produzidas apresentam potencial para serem utilizadas como barreira na
regeneração de tecidos periodontais e ósseos.
Palavras-chave: Regeneração Tecidual Guiada, materiais biocompatíveis, periodontia.
Apoio: Fapemig
189
665- ADIÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DE ÓXIDO DE ZINCO A UM CIMENTO DE
IONÔMERO DE VIDRO POR MEIO DA CALCINAÇÃO: PROPRIEDADES FÍSICAS E
MECÂNICAS
Souza MIAV*, Cilense M, Rastelli ANS, Zuanon ACC. Departamento de Clínica
Infantil/Faculdade de Odontologia de Araraquara-UNESP.
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da incorporação de nanopartículas de
óxido de zinco (NPZnO) nas concentrações de 3, 5 e 7%, sobre propriedades
mecânicas e físicas do cimento de ionômero de vidro (CIV) Ketac Molar Easymix. A
mistura das NPZnO ao CIV foi realizada pelo método manual e pela calcinação. As
propriedades avaliadas foram: análise microestrutural, microdureza Vickers,
resistência à compressão e tração diametral. A análise microestrutural foi realizada por
meio de MEV – FEG, a microdureza com auxílio de um microdurômetro digital
(Micromet 2100) e os demais testes em máquina de ensaios mecânicos (EMIC- DL
2000). Os dados foram analisados pela Análise de variância (ANOVA- two way) seguida
do pós-teste de Tukey, com nível de significância de 5%. Em relação à
microestrutura, a calcinação proporcionou melhor distribuição e homogeneização das
NPZnO entre as partículas de vidro do CIV. A microdureza, resistência à compressão e à
tração diametral, após utilização do método da calcinação, apresentaram os melhores
resultados para a adição de 5% de NPZnO. Assim, a adição de NPZnO ao CIV pelo
método da calcinação demonstrou ser viável e
eficiente, uma vez que resultou melhora em todos os testes realizados.
Palavras-chave: Cimento de ionômero de vidro, Dióxido de titânio, Nanopartículas
190
666 - INFLUÊNCIA DA RESINA COMPOSTA E TÉCNICA INCREMENTAL NO EFEITO DA
TENSÃO DE CONTRAÇÃO RESIDUAL EM CAVIDADE CERVICAL
Guedes FR*, Machado AC, Bicalho AA, Soares CJ, Soares PV. Universidade Federal de
Uberlândia - Faculdade de Odontologia - Departamento de Dentística e Materiais
Dentários. [email protected]
O objetivo foi analisar a influência do tipo de resina composta e técnica incremental no
efeito da tensão de contração residual em cavidade de lesão cervical não cariosa
(LCNC), por meio do método de elementos finitos. Pré-molar hígido foi seccionado,
fotografado e a distância vestíbulo-lingual mensurada. Esta imagem foi exportada para
o software Image j e os pontos de coordenadas das superfícies das estruturas foram
obtidos e enviados para o programa MSC Marc. Curvas caracterizando as estruturas
foram criadas e as seguintes técnicas restauradoras com resina composta simuladas:
bulk fill (BK); convencional 1 incremento (C1); convencional paralelo (CP); e
convencional oblíquo (CO). As estruturas foram consideradas isotrópicas. A contração
de polimerização foi simulada por analogia térmica. A distribuição das tensões foi
expressa nos parâmetros de von Mises modificado, analisados na própria geometria e
em gráficos. A resina bulk fill apresentou distribuição de tensão mais homogênea
comparada com todas as técnicas da resina composta convencional. Em relação à
disposição dos incrementos da resina convencional, CP apresentou maiores valores de
tensão de tração no ângulo cavo superficial da parede oclusal (100,04 MPa). C1
concentrou altos níveis de tensão na interface e dentina próxima da cavidade e CO
concentrou mais tensão próximo do ângulo da lesão (21,43 MPa). Conclui-se que
resina composta do tipo bulk fill apresenta menores valores de tensão de contração
residual em cavidade de LCNC. A técnica com incrementos paralelos acumulou os
maiores valores de tensão.
Palavras-chave: Restauração Dentária Permanente; Desgaste dos dentes
Apoio: CAPES/FAPEMIG/CNPq
191
667- INFLUÊNCIA DO NÍVEL DE BATERIA DE UMA UNIDADE LED SEM FIO NAS
PROPRIEDADES DE UMA RESINA COMPOSTA NANOPARTICULADA
Cardoso IO*, Pereira AG, Teixeira D, Raposo LH, Gonzaga R, Soares CJ, Soares PV.
Departamento de Dentística e Materiais dentários, UFU. [email protected]
Este estudo objetivou avaliar a influência de diferentes níveis de bateria de uma
unidade de LED sem fio sobre as propriedades de uma resina composta
nanoparticulada. A voltagem da bateria e intensidade de luz da unidade sem fio LED
foram verificados individualmente em todos os ciclos de fotoativação. Em seguida,
foram preparados discos de resina composta e fotoativados com diferentes níveis de
bateria: nível elevado HL - (100%); nível médio ML - (50%); e nível baixo - LL (10%). O
grau de conversão, a resistência à tração diametral, sorção e solubilidade foram
testados. Os dados foram verificados para homocedasticidade e submetidos à análise
de variância one-way (ANOVA), seguido do teste de Tukey HSD e teste de correlação
de Pearson (p <0,05). A voltagem da bateria e a intensidade da luz variaram
significativamente entre os grupos (p <0,001). O grupo LL apresentou menor grau de
conversão em comparação aos grupos HL e ML (p <0,001), que mostraram resultados
semelhantes (p=0,182). Menor resistência à tração diametral também foi verificada
para o grupo LL quando comparado aos grupos HL e ML (p <0,001), que não
apresentaram diferença (p = 0,052). Os grupos ML e LL apresentaram maior sorção
quando comparados ao grupo HL (p <0,001), não diferindo entre eles (p = 0,535). Não
foram encontradas diferenças significativas para a solubilidade entre os grupos ML e LL
(p= 0,104), mas o grupo HL apresentou valores menores (p <0,001). Os diferentes
níveis de bateria do fotoativador LED sem fio influenciou em todas as propriedades da
resina composta nanoparticulada avaliada.
Palavras-chave: Resinas compostas, polimerização
Apoio: CAPES/FAPEMIG/CNPq
192
668- PINOS EXPERIMENTAIS DE DENTINA BOVINA: AVALIAÇÃO DA TRANSMISSÃO DE
LUZ E SUA INFLUÊNCIA NA DUREZA DO CIMENTO RESINOSO.
Penelas AG*, Pegado LC, Poskus LT, Silva EM, Guimarães JGA. Laboratório Analítico de
Biomateriais Restauradores/ Departamento de Odontotécnica/ Universidade Federal
Fluminense. [email protected]
Este estudo comparou a transmissão e o espalhamento de luz através de pinos de fibra
de vidro (PV) e de pinos experimentais de dentina bovina (PE), além de sua influência
na dureza do cimento resinoso usado para sua fixação à raiz dentária. Para avaliar a
transmissão e o espalhamento (de 400 a 500nm) foi utilizada um fotoativador e uma
fibra óptica conectada a um espectrômetro. A extremidade cervical dos pinos foi
irradiada (800mw/cm2), sendo a transmissão medida na extremidade apical (EA) e o
espalhamento em pontos determinados ao longo da lateral dos pinos, nas regiões
cervical (C), média (M) e apical (A). A variação da intensidade de luz foi avaliada
através da Lei de Beer-Lambert. Com os pinos cimentados, o conjunto dente-pino foi
seccionado longitudinalmente e a dureza do cimento resinoso foi avaliada nas mesmas
regiões das medidas anteriormente tomadas. Não foram observados transmissão e
espalhamento da luz com o PE. A análise estatística mostrou diferença significante
(p<0,05) no número de fótons que atingem as áreas medidas do PV, sendo EA > C >M >
A. Os resultados da dureza do cimento (p<0,05) foram PE > PV e EA > C = M = A. A
interação entre os fatores pino e região radicular não foi estatisticamente significante.
Concluiu-se que apesar dos pinos experimentais não possuírem a capacidade de
transmitir e espalhar a luz, a dureza do cimento resinoso não foi influenciada pelos
tipos de pinos estudados.
Palavras-chave: dureza, pino de dentina, pino de fibra de vidro, transmissão de luz.
Apoio: CAPES
193
669- ANÁLISE DO PADRÃO DE DESGASTE DE PONTAS DIAMANTADAS ESFÉRICAS POR
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA
Costa AR*, Tolentino AB, Gonzaga RCQ, Spini PHR, Reis BR, Soares PV. Faculdade de
Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia. [email protected]
O objetivo do presente estudo foi analisar e comparar, por meio de microscopia
eletrônica de varredura (MEV), o padrão de desgaste de pontas diamantadas esféricas.
Foram utilizadas pontas diamantadas 1014 (n=10) de oito modelos comerciais: KG
Sorensen, KG Sorensen G, Kavo 1014, Edenta, Intensiv, Jota, Komet, Meisinger e Neo
Diamond. Os instrumentos foram avaliados quanto ao desgaste do diamante, perda
(deslocamento) de diamantes, exposição do metal e distorção da geometria esférica
por 3 avaliadores previamente calibrados. A avaliação ocorreu antes dos testes de
desgastes e após serem submetidos a seis períodos sequenciais de três minutos em
bloco de dissilicato de lítio em máquina padronizadora de preparo. Como resultado,
observou-se que as pontas dos grupos Jota, Neo Diamond, Mesinger, Kavo e Intensiv
apresentaram exposição da base metálica, reduzindo significativamente o poder de
desgaste dos instrumentos. As pontas dos grupos KG Sorensen, KG Sorensen G, Edenta
e Komet apresentaram maior poder de desgaste após quinze minutos de teste.
Concluiu-se que, após os testes, houve mudança da forma, além de perda de
diamantes para todos os modelos testados. Ressalta-se a importância da substituição
de instrumentos rotatórios na atividade clínica.
Palavras-chave: desgaste de restauração dentária, pontas diamantadas, cerâmica.
194
670- AVALIAÇÃO DE PROPRIEDADES MECÂNICAS, ANTIBACTERIANAS E
CITOTOXICIDADE DE UMA RESINA BASE CONTENDO METACRILATO DE PRATA OU
ESTANHO
Pereira AG*, Cocco AR, da Rosa WLO, Piva E, Lund RG. CDC- Bio (Centro de controle e
desenvolvimento de materiais) / UFPEL. [email protected]
Neste estudo, foram avaliadas propriedades físico-mecânicas e antimicrobianas de
metacrilatos de prata (Ag) ou estanho (Sn) incorporados em uma resina adesiva
experimental. Os metacrilatos metálicos foram adicionados em concentração molar de
0,5%, 1% e 2%. Uma resina adesiva não modificada foi utilizada como controle. A
capacidade antimicrobiana foi avaliada em modelo de biofilme de microcosmos (72h,
regime intermitente, sacarose 1%, n=10). Realizou-se contagem de Microrganismos
Totais (MT), Acidúricos Totais (AT), Estreptococos do Grupo mutans (Sm) e
Lactobacilos Totais (LT) (UFC/mg). As demais propriedades e características dos
adesivos determinadas foram: grau de conversão de C=C (GC) por espectroscopia FTIR
(n=3), resistência de união à dentina por microtração (μTBS) (n=10), sorção e
solubilidade em água (WSR/SL) (n=10), padrão da interface adesiva (SEM),
citotoxicidade (n=6) e lixiviação de íons de Ag e Sn. Os dados foram analisados
estatisticamente considerando α=0.05. As concentrações de 1% e 2% de Ag e Sn
tiveram efeito antibacteriano, com exceção para MT. Somente a Ag 2% alterou o GC e
μTBS. Ag 1%, 2% e Sn 2% foram estatisticamente diferentes do controle no WSR/SL
(p<0.05). O aumento da concentração do metacrilato metálico foi associado com a
diminuição logarítmica da viabilidade celular (Ag, R2 =0.99; Sn, R2 = 0.99; p < 0.05). A
lixiviação do metal de Ag foi 100x maior do que do Sn. Em geral, Ag e Sn 1%
apresentaram efeito antibacteriano sem alterar as propriedades químico-físicas e
mecânicas.
Palavras-chave: prata, estanho, metacrilato.
Apoio: CAPES
195
671- AVALIAÇÃO DO EFEITO DA LECTINA SCLL E DA PROSTAGLANDINA 15D-PGJ2 EM
FIBROBLASTOS ESTIMULADOS COM LPS
Reis MVP*, Moura CCG, Sousa MA, Soares PBF, Soares CJ. CPbio, Área Básica,
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia.
Este estudo avaliou o efeito da lectina ScLL e da prostaglandina 15d-PGJ2 sobre
viabilidade celular, liberação de IL-6 e TGFβ-1 em fibroblastos gengivais (FGH)
estimulados com lipopolissacarídeo (LPS). FGH foram estimulados com LPS 10 µg/ml
durante 24 horas e tratados com: ScLL 5 e 2 µg/ml; 15d-PGJ2 2 e 1 µg/ml, durante 1 e
3 horas. A viabilidade celular foi avaliada pelo método MTT formazan, o sobrenadante
foi coletado após 24 horas do tratamento para avaliar liberação de IL-6 e TGFβ-1 por
ELISA. Controle positivo representado por células mantidas em DMEM e controle
negativo por LPS. Os dados foram analisados por ANOVA e teste de Dunnet (α=0.05).
Não houve diferença significativa entre os grupos experimentais para viabilidade em 1
h (P>0.05). Já em 3 h, o grupo ScLL 5µg/ml apresentou maior nível de viabilidade que
15d-PGJ2 (P<0.001). Somente ScLL 5µg/ml demonstrou viabilidade similar ao controle
positivo em ambos os períodos avaliados (P<0.05). A viabilidade do controle negativo
foi significantemente menor que o controle positivo em 1 e 3 horas (P<0.01). O
tratamento com ScLL 5 µg/ml e 15d-PGJ2 2 µg/ml resultou em maior liberação de IL-6
que os grupos 15d-PGJ2 1 µg/ml e controle positivo, apenas no período de 1 h
(P<0.05). Não houve diferença significativa entre os grupos para liberação de TGFβ-1
(P>0.05). Os resultados indicam que nenhuma das concentrações avaliadas de ScLL e
15d-PGJ2 foram citotóxicas, e não apresentaram efeito na liberação de TGFβ-1.
Entretanto, ScLL 5 µg/ml e 15d-PGJ2 2 µg/ml demonstraram melhor performance na
liberação de mediador pró-inflamatório.
Palavras-chave: lectina (ScLL), 15d-PGJ2, fibroblastos.
Apoio: CNPq (474505/2013-8); FAPEMIG (APQ-02145-14).
196
672- ANÁLISE DO GRAU DE CONVERSÃO ESTÁTICO DE COMPÓSITOS RESINOSOS
PARA SIMULAÇÃO ÓTICA GENGIVAL DE DIFERENTES CROMAS
Miranda PG*, Moura GF, Machado AC, Zeola LF, Reis BR, Soares PV.
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia.
O objetivo do presente estudo foi avaliar o grau de conversão estático de compósitos
resinosos para simulação ótica gengival de diferentes cromas. Foram utilizadas resinas
nanohíbridas (n=5), da marca Coltene, de cinco saturações para biomimetismo ótico
gengival (G1, G2, G3, G4 e G5), além de resina de matiz convencional (A4). O grau de
conversão foi realizado no espectrofotômetro de infraVermelho por transformada de
fourier (FTIR) com elemento acoplado de reflectância total atenuada (ATR),
infravermelho médio (MIR) e detector de sulfato de triglicina deuterada (DTGS). A
fotoativação (1800 mW/cm2) foi realizada durante 40 segundos e as amostras
armazenadas por 24 horas. A análise quantitativa do grau de conversão foi baseada
nas intensidades correspondentes às bandas 1608 cm-1 e 1638 cm-1 da resina
composta. Os espectros nos estados polimerizado e não polimerizado da resina
composta foram obtidos por meio do software OPUS entre o pico de absorbância
localizado em 1608 cm-1 da cadeia aromática de carbono C=C e o pico em 1638 cm-1
da cadeia alifática de carbono C=C, com resolução de 4 cm-1 e 32 scans. Foi realizado
análise de variância de um fator – Teste Tukey (α=0.95). Como resultado, observou-se
que a matiz ou croma não influenciou no grau de conversão (A4=50,20; G1=61,25;
G2=53,35; G3=57,35; G4=58,50; G5=45,09). Conclui-se que a matiz e croma de
compósitos resinosos que apresentam propriedades óticas para simulação do tecido
gengival não interferem na conversão de monômeros em polímeros.
Palavras-chave: resina composta, croma, ótica gengival
197
673 - VIABILIDADE CELULAR DE FIBROBLASTOS GENGIVAIS DE CULTURA PRIMÁRIA
SOBRE DIFERENTES MATERIAIS RESTAURADORES
Teixeira DNR*, Pereira AG, Gonzaga RCQ, Moura GF, Bastos VAF, Soares PV. Dentística
e Materiais Restauradores/FO-UFU. [email protected]
O objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade celular de fibroblastos em diferentes
materiais restauradores empregados na restauração de lesões cervicais não cariosas
(LCNC) associadas a recessões gengivais (RG) com indicação de recobrimento radicular.
Fibroblastos gengivais foram isolados a partir de tecido conjuntivo de participantes de
estudo clínico prospectivo (CEP/UFU 379.492). Após atingir confluência na terceira
passagem, as células foram plaqueadas sobre discos de resina composta (Filtek Z350),
cerâmica reforçada por dissilicato de lítio (e.max Press) e dentina humana. O ensaio
colorimétrico com MTT (4,5-Dimethylthiazol-2-yl) foi realizado a fim de evidenciar
viabilidade celular dos tecidos de três pacientes A, B e C (n=3) nos intervalos de 24, 48
e 72 horas. Na análise de 24h, verificou-se viabilidade superior a 70% para todos os
pacientes em todos os materiais, sendo detectada diferença significante entre dentina
e cerâmica para os pacientes B e C (p<,05 e p<,01, respectivamente). Na análise de
48h, não foi observada diferença entre os materiais testados para todos os pacientes
(p>,05). Na análise de 72h apenas o paciente A apresentou diferença significante entre
os materiais dentina e cerâmica (p<,05). Os materiais testados não influenciaram
negativamente a viabilidade celular na análise de 24h, sendo a dentina o substrato
mais favorável nesse período. A cerâmica foi o substrato mais favorável em 72h,
apresentando-se como opção restauradora adequada no tratamento de LCNCs
associadas à RG com indicação de recobrimento radicular.
Palavras-chave: Fibroblastos, Crescimento Celular, Restauração Dentária Permanente
Apoio: CAPES, FAPEMIG
198
674- EFEITO DA GEOMETRIA DA CAVIDADE NA INTEGRIDADE MARGINAL DE
RESTAURAÇÕES DE LESÕES CERVICAIS NÃO-CARIOSAS
Costa ARG*, Pereira FA, Gomes RR, Zeola LF, Barbosa TAQ, Silva MR, Soares PV.
Departamento de Dentística e Materiais Odontológicos, Faculdade de Odontologia da
Universidade Federal de Uberlândia. [email protected]
O objetivo do estudo foi verificar a relação da geometria da cavidade cervical na
distribuição de tensão e na integridade marginal de restaurações de lesões cervicais
não cariosas em pré-molares inferiores (PMI), empregando método de elementos
finitos (MEF) e microinfiltração. Para o MEF foram gerados dois modelos em 3D: (1)
cavidade cervical com ângulos arredondados e sem bisel (SB); (2) cavidade cervical
com ângulos arredondados e com bisel (CB), ambos restaurados com resina composta
(RC), em software de CAD. As malhas foram geradas e foi aplicada carga oblíqua de 50
N na face vestibular, no software Ansys. As análises foram feitas por von Mises e de
Tensão Máxima Principal. Para o teste laboratorial, foram selecionados 30 PMI que
foram preparados e restaurados de acordo com os grupos do MEF. O teste de fadiga
mecânica foi realizado, com aplicação de carga de 50 N, simulando 1 ano de
envelhecimento. Foi realizada a imersão em solução de nitrato de prata 50% durante 2
horas e analisadas a infiltração e integridade marginal das restaurações. Os testes de
Anova Two-Way e teste de Tukey foram utilizados. No MEF observou-se que o modelo
SB gerou maior concentração de tensão. Para SB e CB houve maior concentração de
tensão na região do ângulo cavo-superficial da cavidade. Nos testes laboratoriais, não
houve diferença estatística significante para o bisel e parede da cavidade. A presença
do bisel atenuou os níveis de tensão, principalmente nas faces proximais; entretanto
após o envelhecimento, a presença do bisel não foi fator modulador da integridade
marginal da restauração com RC.
Palavras-chave: Desgaste dos dentes; Análise de Elementos Finitos; Restauração
Dentária Permanente.
Apoio: CNPq/FAPEMIG/CAPES
199
676- EFEITO DE AGENTES DESSENSIBILIZANTES NA RESISTÊNCIA DE UNIÃO DE
ADESIVO AUTOCONDICIONANTE E DA RESINA COMPOSTA A DENTINA
Silva MB*, Zeola LF, Barbosa TAQ, Moura GF, Simamoto VRN, Silva GR, Soares PV. Área
de Dentística e Materiais Odontológicos. [email protected]
O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito de agentes dessensibilizantes na resistência
de união de adesivos autocondicionantes e da resina composta a dentina, por meio de
ensaio mecânico de microtração (MI) e análise do padrão de falha. Foram selecionados
60 dentes terceiros molares hígidos. Os dentes foram seccionados na coroa e nas
raízes e em seguida nas proximais, expondo a área de dentina a ser utilizada. Em
seguida, foram simulados desafios ácidos (DA-imersão em coca-cola 10 segundos) e
abrasivos (DE-escovação com força de 300g/20 segundos), realizados 2x/dia durante 5
dias. As amostras foram divididas em (n=10): 1) Single Bond Universal (UA); 2) Clearfil
SE Bond (CA); 3) Single Bond Universal + Teethmate (UT); 4) Single Bond Universal +
Gluma (UG); 5) Adesivo Clearfil SE Bond + Teethmate (CT); 6) Adesivo Clearfil SE Bond +
GLUMA (CG). Todas as amostras foram restauradas com resina composta. Palitos de
resina/dentina de ±1 mm2 foram obtidos e o MI foi realizada, e o padrão de falha foi
avaliado. Os dados foram analisados por teste de ANOVA e teste de Tukey (P<0,05). O
grupo UA apresentou os maiores valores de resistência de união (26,80 MPa). Houve
diferença estatística significante para UT (p<0.05), apresentando a menor resistência
de união (16,52 MPa). O grupo UA apresentou as maiores frequências de falha adesiva
(49,0%). O uso do agente Teethmate alterou a resistência de união quando utilizado
com o adesivo Universal, no entanto agentes dessensibilizantes associados com o
adesivo Clearfil não apresentaram alterações na resistência de união.
Palavras-chave: hipersensibilidade da dentina, testes laboratoriais.
Apoio: CAPES/FAPEMIG
200
677- INFLUÊNCIA DA DISTÂNCIA DA REGIÃO FRATURADA DE AMOSTRAS DE
RESISTÊNCIA FLEXURAL NOS VALORES DE MICRODUREZA KNOOP AFERIDOS
Santos TCS*, Almeida LN, Mendes GAM, Favarão IN, Kasuya AVB, Fonseca RB.
Laboratório de biomecânica da Universidade Federal de Goiás.
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da distância da região de fratura de
amostras de resina composta submetidas à resistência flexural (RF) nos valores de
microdureza Knoop (KHN) aferidos no topo e na base da amostra. Onze grupos
experimentais (n=10) foram criados, sendo: C - controle (amostras não submetidas ao
teste de RF); T0,5 - KHN aferida a 0,5mm da fratura no topo da amostra; T1- KHN
aferida a 1,0mm da fratura no topo; T2,5 - KHN aferida a 2,5 mm da fratura no topo;
T4 - KHN aferida a 4,0 mm da fratura no topo; B0,5 – KHN aferida a 0,5 mm da fratura
na base; B1 - microdureza a 1,0 mm da fratura na base; B2,5 – KHN aferida a 2,5 mm
da fratura na base; B4 – KHN aferida a 4,0 mm da fratura na base. As amostras (exceto
grupo C) foram submetidas ao teste de RF com 0,5 mm/min em máquina de ensaio
universal (Instron 5965). As amostras foram confeccionadas com resina composta Z-
100 (3M ESPE). A KHN foi obtida com a aplicação de carga de 50 gramas d
urante 30 segundos. Foram realizadas 5 indentações por amostra totalizando 50 por
grupo. Análise fatorial mostrou que o local da aferição (p=0,000) e a interrelação entre
o local da aferição e distância da fratura (p=0,005) foram significantes. Testes ANOVA e
TUKEY mostraram diferença estatística entre os grupos para KHN: C (93,81+8,56)C;
B0,5 (94,82+19,74)C; B1 (97,05+20,83)C; B2,5 (97,28+25,60)C; B4 (98,29+12,42)BC;
T0,5 (105,98+19,93)AB; T1 (106,28+18,38)AB; T2,5 (108,09+24,66)A; T4
(97,48+19,53)C. Para a aferição de KHN em amostras de RF fraturadas as indentações
devem ser realizadas na região da base ou a 4 mm da fratura no topo.
Palavras-chave: resistência flexural, microdureza knoop, resistência de materiais.
201
678- SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DE MONÔMEROS ACRILAMIDAS PARA O
DESENVOLVIMENTO DE RESINAS ADESIVAS DENTÁRIAS COM ALTA ESTABILIDADE
HIDROLÍTICA
Rodrigues SB*, Gamba D, Leitune VCB, Samuel SMW, Petzhold CL, Collares
FM. Faculdade de Odontologia, UFRGS, Porto Alegre, RS e Departamento de Química
Orgânica, Instituto de Química, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, RS, Brasil.
O objetivo do presente estudo foi sintetizar e caracterizar monômeros funcionais
acrilamidas para o desenvolvimento de resinas adesivas dentárias. Soluções de
substratos contendo aminas primárias em diclorometano anidro e trietilamina
reagiram com anidrido metacrílico em temperatura ambiente durante 16 horas. As
aminas primárias utilizadas foram p-fenilenodiamina (1), 1,8-octanodiamina (2), 1,4-
butanodiamina (3) e Tris (2-aminoetil)amina (4). Os produtos foram purificados em
coluna cromatográfica ou por precipitação. Após, foram caracterizados por
ressonância magnética nuclear (RMN) de 1H e 13C, Espectroscopia de Infravermelho
por Transformada de Fourier por Reflectância Total Atenuada (FTIR-ATR) e
Cromatografia Líquida de Ultra Alta Eficiência acoplada com Espectrômetro de Massas
(UHPLC-QTOF-MS). As análises de RMN identificaram a presença das ligações duplas
referentes aos grupos metacrilatos em deslocamentos químicos localizados entre 5,3 e
5,8 ppm para 1H e entre 120 e 140 ppm para 13C. Pela análise de FTIR-ATR foram
observadas as bandas correspondes ao estiramento do grupo C=O (1660 cm-1), C=C
(1610 cm-1), N-H (3300 cm-1) e C-N (1520 cm-1). A análise UHPLC-QTOF-MS resultou
em um pico máximo de ionização característico de cada monômero assim como
demonstrou que a técnica de purificação/filtração foi efetiva. A síntese resultou em
três monômeros sólidos de cor branca (1, 2 e 3) e um monômero líquido viscoso de cor
levemente amarelada (4). A rota sintética proposta resultou em monômeros
acrilamidas funcionais.
Palavras-chave: síntese de monômeros, acrilamidas, resinas adesivas.
Apoio: CAPES
202
679- EFEITO DAS RESINAS PARA A TÉCNICA INDIRETA BELLE GLASS® E CERAMAGE®
NA EXPRESSÃO DE QUIMIOCINAS POR LEUCÓCITOS HUMANOS IN VITRO
Sá TCM*, Lima MA, Magalhães LMD, Dutra WO, Gollob KJ, Horta MCR, Souza PEA.
Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia da UFMG.
Diversos estudos mostram citotoxicidade de monômeros residuais liberados por
resinas compostas para a técnica indireta em diferentes tipos celulares, além de
potencial mutagênico. Os preparos são próximos ou em contato com os tecidos
gengivais, então é possível que monômeros liberados por esses materiais afetem a
expressão de citocinas e quimiocinas pelas células do infiltrado inflamatório gengival.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de substâncias liberadas por Belle
Glass® e Ceramage®, confeccionados por métodos laboratoriais diferentes, na
expressão de quimiocinas e citocinas por monócitos e linfócitos humanos in vitro. Para
isso, discos de cerômeros foram incubados com meio de cultura e este adicionado a
células mononucleares de sangue periférico humano. Após cultura de curta duração,
foram realizadas reações de imunofluorescência para detecção das quimiocinas MIP-
1α, MCP-1, RANTES e IL-8 nos monócitos e linfócitos, por meio de citometria de fluxo.
Ceramage® reduziu significativamente a expressão de todas as quimiocinas pelos
monócitos, bem como aumentou a expressão de IL-8 e reduziu a expressão de MIP-1α
e RANTES por células NK, em relação ao grupo controle. Por outro lado, Belle Glass®,
polimerizado em ambiente sem oxigênio, não alterou a expressão de nenhum dos
marcadores avaliados em relação ao grupo controle. Esses dados sugerem que e que o
sistema de polimerização das resinas pode afetar a liberação de substâncias capazes
de alterar a produção de mediadores envolvidos na resposta imunoinflamatória
periodontal protetora.
Palavras-chave: Resinas Compostas. Teste de Materiais. Quimiocinas.
Apoio: FAPEMIG
203
681- EFEITO DA DISTRIBUIÇÃO DE TENSÃO E RESISTÊNCIA DE UNIÃO NAS VARIÁVEIS
DO ENSAIO MECÂNICO DE MICROCISALHAMENTO.
Vilela ALR*, Silva FP, Oliveira GB, Raposo LHA, Machado AC, Soares PV, Menezes MS.
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia.
O objetivo deste estudo foi comparar o efeito da distribuição de tensões e resistência
de união (RU) para o ensaio mecânico de microcisalhamento, variando a distância
entre os corpos de prova e a espessura do fio do dispositivo de microcisalhamento (fio
ortodôntico). Os corpos de prova foram confeccionadas com cimento resinoso sobre
uma base de cerâmica reforçada por dissílicato de lítio, variando a distância entre eles
de 1,5mm e 3,0 mm, e a espessura do fio de 03mm e 0,7mm. Para método de
elementos finitos (FEA), quatro modelos tridimensionais foram gerados e sobre estes
aplicados carga de 29,985N. Para o ensaio mecânico, foram confeccionadas 40
amostras (n=10): G1- distância entre os corpos de prova de 3mm e fio com 0,7mm de
espessura; G2- distância de 3mm e fio com 0,3mm; G3- distância de 1,5mm e fio com
0,7mm; G4- distância de 1,5mm e fio com 0,3mm. Os valores de RU foram tabulados e
analisados por ANOVA dois fatores e teste de Tukey (p<0.05). O FEA mostrou pequena
concentração de tensões, onde G3 e G4 apresentaram os maiores valores. Os valores
de RU apresentaram diferença apenas para espessura do fio, onde o de 0,3mm (G2 e
G4), apresentaram os maiores valores de RU. Houve predominância de falha mista nos
grupos G1, G3 e G4 e falha adesiva em G2. Diferentes espessuras do fio do dispositivo
de microcisalhamento e a distância entre os corpos de prova interferiram nos
resultados de RU e nas concentrações de tensões respectivamente.
Palavras-chave: Ensaios mecânicos, método de elementos finitos, Propriedades
mecânicas
Apoio: FAPEMIG, CAPES.
204
682-EFEITO DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE GM1489 NA RESISTÊNCIA DE
UNIÃO À DENTINA, NANOINFILTRAÇÃO E GRAU DE CONVERSÃO DE SISTEMAS
ADESIVOS
Simmer FS*, Miranda MESNG, Oliveira MF, Silva EM, Amaral CM. Laboratório analítico
de biomateriais restauradores (LABiom-R) da Faculdade de Odontologia da
Universidade Federal Fluminense. [email protected]
Este trabalho avaliou diferentes concentrações do inibidor de metaloproteinases
GM1489, incorporado a um adesivo experimental (EXP) a base de 4-META e ao adesivo
Adper Single Bond 2 (SB2) na resistência de união à dentina (µTBS), nanoinfiltração (N)
e grau de conversão (GC). Os grupos estudados foram (adesivo/concentração): G1-
EXP/sem inibidor; G2- EXP/5µM; G3- EXP/10µM; G4- SB2/sem inibidor; G5- SB2/5 µM;
G6- SB2/10 µM. 60 molares humanos tiveram o esmalte removido e a dentina exposta.
Restaurações com os sistemas adesivos e compósitos foram confeccionadas. Os
conjuntos dente/restauração foram fatiados até a obtenção de palitos e armazenados
em água destilada por 24h. 2 palitos de cada dente sofreram análise de N e os palitos
restantes análise da µTBS. O GC foi analisado através de FTIR. Os dados foram
submetidos a análise de variância (2 fatores) e ao Teste Tukey, (α=0,05). A adição de
GM1489 ao SB2 não influenciou nos resultados de µTBS (MPa) - G4(37,59); G5(32,54);
G6(26,98). Já nos EXP, G3(45,18) foi superior a G1(27,73) e G2(29,76). A N dos EXP
variou de 0,53% a 0,67%. Nos comerciais, G6(0,66%) foi melhor que G4(1,28%).
G5(0,72%) foi igual a ambos. Em relação ao GC, G1(97,73), G2(98,22) e G3(98,42)
foram melhores que G4(81,43), G5(88,56) e G6(88,48). Entre os comerciais, G5 e G6
foram estatisticamente maiores que G4. Pode-se concluir que a adição de 5 e 10µM de
GM1489 ao adesivo SB2 aumentou o GC e a adição de 10µM diminuiu a N do mesmo,
sem afetar sua µTBS. Além disso, a incorporação de inibidores nos EXP não afetou sua
N ou GC, mas a incorporação de 10µM aumentou a µTBS.
Palavras-chave: Adesivos dentinários; Inibidores de Metaloproteinases de Matriz.
205
683- ANÁLISE DA POROSIDADE E DAS PROPRIEDADES FÍSICO QUÍMICAS DE
CIMENTOS ENDODÔNTICOS À BASE DE RESINA EPÓXICA
Tavella-Silva NC*, Gibin JT, Pinheiro RL, Castro-Raucci LM, Miranda CS, Bruniera JB,
Silva-Sousa YT, Rached-Junior FJ. Laboratório de Pesquisa em Odontologia da
Universidade de Ribeirão Preto/ Departamento de Endodontia/ Universidade de
Ribeirão Preto. [email protected]
O objetivo neste estudo foi avaliar a porosidade dos cimentos obturadores AH Plus e
Acroseal, por meio de µCT, e as seguintes propriedades físico químicas: tempo de
endurecimento (TE), escoamento (ES) e solubilidade (SL) seguindo a ANSI/ADA. Para
porosidade, 5 amostras (1,5 x 7,75 mm de diâmetro) de cada cimento foram
escaneadas em µCT SkyScan 1176 com resolução de 18 μm, rotação de 360° a cada 0,7
mm, 90KV e 276 mA. Para TE, moldes de 10 mm de diâmetro e 2 mm de espessura
foram preenchidos com cimento. Após 150 s, os cimentos foram testados com agulha
Gillmore (100 g) a cada 60 s. Para o ES, 0,5 mL de cimento foi dispensado em placa de
vidro e, após 180 s, outra placa de vidro e carga adicional foram acrescidas perfazendo
120g sobre o cimento. Após 10 min, o diâmetro do disco formado foi medido. Para SL,
10 amostras (1,5 mm X 7,75 mm de diâmetro) de cada cimento foram obtidas, pesadas
duas a duas e imersas em 7,5 mL de água deionizada. Após 7 dias, foram removidas,
secas e pesadas novamente, determinando-se a perda percentual da massa. Os dados
obtidos foram comparados utilizando o teste t de student. Para porosidade (%) não
houve diferença (p>0,05) entre Acroseal (1,58±0,55) e AH Plus (1,26±0,24). No TE, AH
Plus (491,2±5,98) obteve maior valor que o Acroseal (323,6±6,84). Para ES Acroseal
(51,77±0,62) obteve maior valor que o AH Plus (44,94±3,04). Na SL não houve
diferença entre Acroseal (0,21±0,07) e AH Plus (0,16±0,05). Concluiu-se que os
cimentos apresentaram porosidade similar e estão de acordo com a ANSI/ADA nas
propriedades físico químicas avaliadas.
Palavras-chave: Endodontia, Porosidade, Propriedades físico químicas
206
684 - CARACTERIZAÇÃO DE PROPRIEDADES MECÂNICAS E CONTRAÇÃO DE
POLIMERIZAÇÃO DE COMPÓSITOS CONVENCIONAIS E BULK FILL
Miranda RR, Pereira RA, Veríssimo C, Versluis A, Tantbirojn D, Soares CJ. Dentística e
Materiais Odontológicos - FOUFU - Universidade Federal De Uberlândia
A contração de polimerização e propriedades de resistência a tração diamteral e
compressão interferem no desempenho clínico de resinas compostas em dentes
posteriores. O objetivo deste trabalho foi avaliar resistência a tração diametral (TD),
compressão axial (CA), contração pós-gel (CPG) e contração total (CT) de duas resinas
convencionais: SUP, Filtek Supreme XT (3M-ESPE); TPH 3 (Dentsply) e dois compósitos
bulk fill: SDR Restorative (Dentsply); FBF, Filtek Bulk Fill Posterior (3M-ESPE). Para o
ensaio de CA (n=10) foram confeccionadas amostras com 6mm de altura e 3mm de
diâmetro e para o TD com 4mm de diâmetro e 2mm de espessura. Os ensaios foram
realizados com velocidade de 0,5mm/min. A contração pós-gel foi avaliada por meio
da técnica de extensometria (n=10) e contração total de foi mensurado por meio de
método óptico (n=10). Os dados foram analisados por ANOVA e teste de Tukey
(α=0,05). Os valores de CA (MPa): SUP: 255a; FBF: 169b; TPH3: 16
4b, SDR: 121c; TD (MPa): TPH3: 49a; SUP: 47ab; FBF: 42bc; SDR: 39c. CT: TPH3: 1,7a;
FBF: 2,1ab; SUP: 2,6b; SDR: 3,9b. CPG: SDR: 0,4a; TPH3: 0,5ab; SUP: 0,6bc; FBF:0,8c. As
resinas utilizadas para dentes posteriores apresentam variação significantes nas
propriedades testadas. A análise de tensões de contração foi fortemente dependente
da técnica de medição e do tipo de resina. A CPG parece ser mais adequada para
determinar as tensões de contração geradas nos protocolos restauradores.
Palavras-chave: Resinas compostas, propriedades mecânicas, contração de
polimerização.
Apoio: FAPEMIG, CNPq
207
685- INFLUÊNCIA DA SUPERFÍCIE DE IMPLANTES NA OSSEOINTEGRAÇÃO: ESTUDO
HISTOMORFOMÉTRICO E DE ESTABILIDADE DE IMPLANTES EM COELHOS
Mesquita GC*, Soares PBF, Moura CC, Carvalho VF, Zanetta-Barbosa D, Soares CJ.
Departamento de Dentística e Materiais Odontológicos, Faculdade de Odontologia,
Universidade Federal de Uberlândia; Departamento de Cirurgia e Traumatologia
Bucomaxilofacial e Implantodontia, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal
de Uberlândia; Departamento de Endodontia, Faculdade de Odontologia, Universidade
Federal de Uberlândia. [email protected]
Avaliou-se a estabilidade e osseointegração de implantes com superfícies com
diferentes molhabilidades empregando análise de frequência de ressonância (RFA) e
histomorfometria (contato implante ósseo, BIC, e fração de área óssea ocupada,
BAFO), nos períodos de 2 e 4 semanas em tíbias de coelhos. Trinta e dois implantes
Cone Morse foram divididos de acordo com tratamento de superfície (n = 8): Neo,
superfície jateada e condicionada com ácido; e Aq, superfície jateada e condicionada
com ácido e mantida em solução de cloreto de sódio 0,9%. Foram utilizados 16 coelhos
tipo Nova Zelândia. Dois implantes de cada grupo foram instalados nas tíbias direita e
esquerda de acordo com os períodos experimentais. Os valores de RFA foram obtidos
imediatamente e após o sacrifício (2 e 4 semanas). Os blocos ósseos/implante foram
processados para análise histomorfométrica. Os dados foram analisados usando
ANOVA fatorial, teste de Tukey e correlação de Pearson para os fatores RFA, BIC e
BAFO (p=0,05). Não foram observados efeitos significativos dos fatores tipo de
implante, período de avaliação e da interação entre ambos para os valores de BIC e
BAFO. O período de avaliação resultou em efeito significativo para valores RFA após 2
semanas (p=0,001) e 4 semanas (p<0,001). Os valores de RFA obtidos ao final do
período de avaliação foram significativamente mais elevados do que os obtidos
inicialmente. Houve correlação significativa entre valores BIC e BAFO (p=0,009). Ambas
as superfícies são capazes de produzir adequada osseointegração em condição normal
de instrumentação do osso cortical.
Palavras-chave: Implantes Dentários, Molhabilidade, Osseointegração
208
686- NOVAS RESINAS COMPOSTAS CONVENCIONAIS E BULK-FILL PODEM REDUZIR
TENSÃO DE CONTRAÇÃO EM MOLAR TRATADO ENDODONTICAMENTE?
Schliebe LRSO*, Braga SSL, Pereira RAS, Bicalho AA, Veríssimo C, Novais VR, Versluis A,
Soares CJ. Dentística e materiais odontológicos / FOUFU. [email protected]
O objetivo deste estudo foi comparar resinas de incremento único de característica
fluida ou regular com resinas compostas convencionais de antiga e nova geração na
geração de tensões de contração em molares tratados endodonticamente. Quatro
compósitos produzidos pela mesma empresa (3M-ESPE) foram utilizados: duas resinas
compostas convencionais (antiga geração: Z100, e nova geração nanoparticulada:
Filtek Z350 XT); e duas resinas de incremento único (fluida: Filtek Bulk Fill Flow
associada a Filtek Z350 XT (FBF/Z350XT); e viscosidade regular: Filtek Bulk Fill Posterior
(FBFP). Calculou-se módulo de elasticidade (E), dureza Vickers (VH), contração pós-gel
(Shr), resistência à tração diametral (DTS) e resistência à compressão (CS) (n = 10) e os
dados foram analisados estatisticamente utilizando ANOVA e teste de Tukey (α = 0,05).
Tensões de contração foram analisadas por método de análise não-linear de
elementos finitos. FBF/Z350XT apresentou maior CS que Z100 e FBFP. Z100 e Z350XT
maior DTS que FBFP. FBF apresentou os menores valores e Z100 os mais altos valores
de E e SHR. Z100 resultou em maiores tensões no esmalte e na dentina radicular
próximo à câmara pulpar que as outras técnicas. FBF/Z350XT resultou em menores
tensões que as outras técnicas. Em pacientes jovens ou frente a limitação de custo,
onde a restauração indireta não for indicada, o uso de resina composta bulk-fill pode
minimizar os efeitos negativos das tensões de contração, apresentando alternativa
viável ao tratamento restaurador de molares tratados endodonticamente.
Palavras-chave: Resinas compostas, Contração de Polimerização, Dente não vital
Apoio: FAPEMIG, CNPQ, CAPES
209
687- EFEITO DO TIPO DE CAVIDADE E DA RESINA COMPOSTA EM ESTUDOS DE
MICROTRAÇÃO – ANÁLISE EXPERIMENTAL E POR ELEMENTOS FINITOS
Braga SSL*, Schliebe LRSO, Rodrigues RB, Veríssimo C, Bicalho AA, Novais VR, Soares CJ.
Dentística e Materiais Odontológicos – FOUFU. [email protected]
Ensaios de microtração são largamente utilizados para avaliar desempenho de
sistemas adesivos. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do tipo de preparo
cavitário e resina composta nas tensões e o reflexo na resistência de união de um
sistema adesivo. Quarenta molares foram restaurados variando: tipo preparo na
mesma profundidade (Des, superfície plana de dentina desgastada; Pre, preparo classe
II mésio-ocluso-distal) e tipo de resina composta (Z350, Filtek Z350XT, 3M/ESPE e FBF,
Filtek Bulk Fill Flow, 3M/ESPE) ambas com sistema adesivo Clearfil SE Bond (Kuraray).
Em média 6 palitos/dente com área adesiva de 1 mm² da parede pulpar foram obtidos
e submetidos ao teste de microtração (µTBS) com velocidade de 0,5mm/min. O padrão
de falha foi analisado por estereomicroscópio. Modelos de elementos finitos
representativos das 4 condições experimentais foram feitos para análise das
distribuições de tensões de acordo com critério de von Mises modificado. Os valores
médios de µTBS foram: FBF/Des, 49,2±7,3Aa; FBF/Pre, 40,3±12,5Ab; Z350/Des,
38,5±10,8Ba; Z350/Pre, 31,6±7,8Bb (letras maiúsculas compara resinas; letras
minúsculas compara preparo). O modo de falha foi mais afetado pelo tipo de preparo
para Z350. FBF teve mais falhas adesiva. FBF resultou em menores tensões de
contração e maiores valores de resistência de união que Z350. O preparo dental é fator
determinante nos valores de µTBS. Ao comparar valores de µTBS há de se ater ao tipo
de preparo e ao material restaurador e não apenas ao sistema adesivo testado.
Palavras-chave: resinas compostas, resistência de união, análise por elementos finitos.
Apoio: CNPq, FAPEMIG e Capes
210
688 - EFEITO DO NÚMERO DE PINOS DE FIBRA NA RESISTÊNCIA À FRATURA,
DEFORMAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE TENSÃO EM MOLARES TRATADOS
ENDODONTICAMENTE
Barcelos LM*, Bicalho AA, Veríssimo C, Rodrigues MP, Soares CJ. Área de Dentística e
Materiais Dentarios - Universidade Federal de Uberlândia.
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito biomecânico da presença e número de
pinos de fibra de vidro (pfv), em molares tratados endodonticamente com severa
perda estrutural restaurados com resina composta. Foram randomizados 45 molares
com 2mm de remanescente coronário em 3 grupos (n=15): Spfv- sem pfv; 1pfv- um pfv
no canal de raiz distal, 2pfv- dois pfv um no canal distal e outro no mesiodistal. Todos
os dentes foram restaurados de forma incremental com resina Filtek Z350XT (3M-
ESPE). As amostras sofreram ciclagem mecânica. Deformação (µS) do remanescente foi
mensurada usando strain-gauge (n= 10) no carregamento oclusal de 100N e na fratura.
Resistência à fratura (N) foi calculada e o padrão de falha analisado. O módulo de
elasticidade e dureza Vickers (n=5) foram calculados por indentação dinâmica para
alimentar a análise da distribuição de tensões usando modelo 3D de elementos finitos.
Os dados de µS foram analisados com Anova e teste de Tukey e o padrão de fratura
usando teste Qui-quadrado (α=0,05). O grupo 2pfv resultou em menor resistência à
fratura que Spfv e 1pfv. A ausência de pfv resultou em maiores níveis de tensões na
dentina radicular e maior ocorrência de fratura irreparáveis que os demais grupos.
1pfv resultou em melhor razão deformação/resistência fratura, e em melhor
distribuição de tensões para o complexo restaurador. O uso de 1pfv associado a resina
composta constitui alternativa viável para reabilitar molares de pacientes jovens onde
a técnica indireta se limita pela idade e custo elevado.
Palavras-chave: Pinos de fibra, resistência a fratura, análise por elementos finitos.
Apoio: CNPq, Capes, Fapemig. CEP/UFU: Nº 35506614.2.0000.5152
211
689 - INFLUÊNCIA DO CONTATO OCLUSAL E CICLAGEM MECÂNICA NO
COMPORTAMENTO BIOMECÂNICO DE PRÉ-MOLARES SUPERIORES
Machado AC*, Zeola LF, Soares CJ, Santos-Filho PCF, Raposo LHA, Soares PV.
Universidade Federal de Uberlândia - Faculdade de Odontolgia - Departamento de
Dentística e Materiais Odontolóficos. [email protected]
O objetivo foi analisar a influência do contato oclusal e ciclagem mecânica na etiologia
de lesões cervicais não cariosas (LCNC), pelo método de elementos finitos e teste de
extensometria. Modelo tridimensional de pré-molar hígido foi gerado e exportado
para programa de análise (ANSYS Workbench 12.0). Após definição das propriedades
mecânicas, foi realizado o processo de malhagem. Carregamento de 150N foi aplicado:
axial (CA) e obliquo (CO). A restrição de deslocamento foi realizada na base e laterais
do osso. Para análise da deformação, dois extensômetros foram fixados: coroa (EC) e
raiz (ER). Trinta pré-molares hígidos padronizados foram testados conforme CA e CO e
mensurado a deformação (D1). A fadiga mecânica (200 000 ciclos de 50N, a 2 Hertz) foi
realizada e as amostras novamente submetidas à compressão (D2). Após teste de
normalidade e confirmação dos dados como paramétricos, os dados foram analisados
por teste T pareado (D1 x D2) e não-pareado (CA x CO; EC x ER). Pelo critério de tensão
máxima principal, CO apresentou maior concentração de tensões na cervical. Para o
teste de extensometria, EC deformou menos do que ER, com valor mínimo de 90,1μs
para CA/D1. CO apresentou maiores valores de deformação (até 812,7μs para
CO/ER/D2) independente da região analisada ou da ciclagem mecânica. O
envelhecimento mecânico apresentou diferenças estatísticas para todos os grupos,
com exceção para CO-EC (179,0μs – D1; 207,1μs – D2). Conclui-se que o contato
oclusal oblíquo é fator determinante para alteração do padrão tensão-deformação e
pode contribuir para formação de LCNC.
Palavras-chave: Desgaste Dentário, oclusão dentária, testes laboratoriais.
Apoio: CAPES/FAPEMIG/CNPq
212
690 - COMPARAÇÃO DE DIFERENTES POLIMENTOS DE CERÂMICA FELDSPÁTICA NO
BRILHO E TOPOGRAFIA DE SUPERFÍCIE
Silva FP*, Almeida MMG, Raposo LHA, Vilela ALR, Oliveira ARF, Menezes MS. Área de
Dentística e Materiais Odontológicos. Universidade Federal de Uberllândia.
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de diferentes métodos para polimento de
cerâmica feldspática após simulação de ajustes. Vinte e cinco discos de cerâmica
injetável com dimensões de 12 mm X 1,0 mm foram confeccionados, glazeados e
divididos aleatoriamente em cinco grupos (n=5). Os discos tiveram as superfícies
asperizadas com ponta diamantada de granulação fina e posteriormente receberam
diferentes polimentos: DH- kit de polimento DH-Pró; DG- aplicação de novo glaze; DP-
polimento com pasta diamantada e disco de feltro; D- somente desgaste com ponta F.
No grupo G não houve asperização (controle). A rugosidade média da superfície (Ra)
foi mensurada por meio de rugosímetro e microscopia de força atômica (AFM).
Microscopia eletrônica de varredura (MEV) foi realizada para análise da morfologia da
superfície. O brilho foi mensurado utilizando um cabo de fibra óptica associado a um
espectrômetro. Os dados quantitativos foram submetidos individualmente a ANOVA
one-way, seguido pelo teste de Tukey (α= 0,05). O polimento com kit DH-Pró
apresentou a menores valores de Ra para análise em rugosímetro. Para AFM, os
polimentos DH, DG e G apresentaram menores Ra, sem diferença entre eles. Para o
brilho, os maiores valores foram para DH, DG e G. As imagens de MEV mostraram
modificações na superfície após diferentes tratamentos. O uso do kit de polimento
produz superfície suave, com baixa rugosidade e brilho satisfatório em cerâmica
feldispática. O polimento mecânico pode ser alternativo a aplicação de segunda
camada de glaze.
Palavras-chave: Cerâmica. Polimento Dentário. Microscopia Eletrônica de Varredura.
Apoio: FAPEMIG
213
691 - INFLUÊNCIA DE SOLUÇÕES HIGIENIZADORAS SOBRE AS PROPRIEDADES
MECÂNICAS E FÍSICA DE RESINA ACRÍLICA PARA PRÓTESE TOTAL
Bueno FL*; Evelin LS; Sasaki EW; Araújo CB; Makrakis LR; Badaró MM; Oliveira V C;
Paranhos HFO; Silva-Lovato CH. Departamento de Materiais Dentários e Prótese/
FORP-USP. [email protected].
Este estudo avaliou soluções de Hipoclorito de Sódio a 0,25% (GHS), Triclosan a 0,15%
(GT), Cloramina T a 0,5% (GCt), Sabonete Antisséptico (GS), R. communis a 2% (GRC2) e
a 10% (GRC10) para higienização de próteses totais. Setenta espécimes circulares
(15x3mm) e 70 retangulares (65x10x3,3mm) de resina acrílica termopolimerizável
foram distribuídos nos 6 grupos (n=10). Água foi utilizada como controle (GC). A dureza
Knoop (25g/5s), a cor (sistemas CIE-Lab e NBS) e a resistência a flexão (Máquina de
Ensaios Mecânicos) foram mensuradas antes (Ti) e após 25 dias (TF), simulando
imersões de 20 min/05 anos. Para a resistência à flexão, um grupo sem imersão
também foi utilizado (C1). Os testes ANOVA e Tukey (p<0,05) indicaram alteração da
dureza em função do tempo (p=0,000; Ti: 17,24±1,5; TF: 15,4±1,08) e das soluções
(p=0,017). O GT causou menor valor de dureza (15,7±1,9) e GRC2 o maior
(16,76±1,43). Pelo CIE Lab, os grupos GCT (2,12±1,16) e GHS (2,22± 1,0) causaram
menor alteração de cor (p=0,001) e o GS (4,19±2,07), a maior. Todas as soluções
causaram alteração perceptível da cor, exceto GRC2 (3,63) e GS (3,85) onde a alteração
foi apreciável (NBS). Os grupos GRC2 (9,98±1,47), GRC10 (11,82±2,05), GHS (12,36
±1,37), GS (13,24±1,7) e GT (13,52±1,52) promoveram menor resistência a flexão
enquanto GCt (14,28±2,1) e GC (14,43±1,56) promoveram maior resistência. O tempo
é um fator importante na alteração da dureza. As soluções avaliadas promoveram
alteração de cor da resina de perceptível à apreciável pelo sistema NBS. A resistência a
flexão foi influenciada por algumas soluções.
Palavras-chave: higienizadores, propriedades, resina acrílica.
Apoio: CAPES
214
692 - EFEITO DE DEFERENTES PROTOCOLOS ADESIVOS NA UNIÃO DE CIMENTOS
RESINOSOS FOTOATIVADOS À CERÂMICA REFORÇADA POR DISSILICATO DE LÍTIO
Azevedo MR*, Borella PS, Novais VR, Santos-Filho PCF, Soares PV, Raposo LHA. Área de
Oclusão, Prótese Fixa e Materiais Odontológicos, Faculdade de Odontologia,
Universidade Federal de Uberlândia. [email protected]
O estudo objetivou avaliar a influência do protocolo adesivo na resistência de união
(RU) de cimentos resinosos fotoativados (VV-VariolinkVeneer e RV-RelyXVeneer) à
cerâmica reforçada por dissilicato de lítio. Discos cerâmicos (e.Max Press) foram
divididos em 12 grupos (n=5), variando concentração de ácido fluorídrico (AF) em 5 e
10% e aplicação ou não de componente adesivo de sistemas multifrascos (Scotchbond
Multiuso e AdheSE) ou de sistemas simplificados (Single Bond Universal e ExciTE F),
após silanização. Três cilindros de cada cimento aderidos aos discos cerâmicos foram
testados em microcisalhamento a 0,7 mm/min e o modo de falha foi verificado em
MEV. O grau de conversão (GC) dos cimentos foi avaliado em unidade espectroscópica
FTIR. Os dados foram submetidos a análises de variância e teste de Tukey (α=0,05). As
diferentes concentrações de AF não influenciaram significantemente a RU dos
cimentos (p=0,209/p=0,910). Maiores valores de RU foram observados para o cimento
RV sem sistema adesivo (p=0,002), mas não houve diferença para o cimento VV
(p=0,135/p=0,380). Não houve diferenças significantes entre a RU dos dois cimentos
(p=0,790/p=0,626). As interações entre o condicionamento e tratamento de superfície,
não produziram efeito significante na RU (p=0,481/p=0,685). Houve predominância de
falhas adesivas, principalmente nos grupos nos quais se empregou sistemas adesivos.
Os valores de GC diferiram significantemente entre os cimentos ativados diretamente
(p=0,038), mas não quando ativados através do disco cerâmico (p=0,455).
Palavras-chave: Dissilicato de lítio; Grau de conversão; Resistencia de união.
Apoio: CNPq
215
693- PRESERVAÇÃO DA UNIÃO RESINA-DENTINA AFETADA POR CÁRIE ESTABELECIDA
COM UM PRIMER EXPERIMENTAL CONTENDO EDC
Scheffel DLS*, Delgado CC, Soares DG, Basso FG, de Souza Costa CA, Pashley DH,
Hebling J. Departamento de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Araraquara –
UNESP. [email protected]
Este trabalho avaliou o efeito de um primer experimental contendo EDC (PE + EDC) na
estabilidade da união resina-dentina hígida (H) e afetada por cárie (AC). Superfícies de
dentina foram produzidas em 64 terceiros molares dos quais, 32 foram submetidos a
um protocolo microbiológico de indução de cárie. Então, a dentina contaminada foi
removida e a dentina AC foi utilizada como substrato para adesão. Dentes H e AC
foram condicionados e divididos em 4 grupos (n=8) de acordo com o tratamento:
primer do Scotchbond MP (SBMP) (controle); solução de EDC 0,5 M seguida do primer
do SBMP; PE sem EDC e PE + EDC 0,5 M. Para todos os grupos utilizou-se o adesivo do
sistema SBMP previamente a restauração com resina composta. Os dentes foram
seccionados em palitos e armazenados à 37oC em solução semelhante à saliva por
24h, 6 ou 12 meses. Posteriormente ao teste de microtração, o tipo de fratura de cada
espécime foi classificado e analisado de forma descritiva. Os valores (MPa) de
resistência de união (RU) foram submetidos aos testes de ANOVA e Tukey ao nível de
significância de 5%. O PE + EDC apresentou os maiores valores de RU em 24h para
ambos os substratos, H (56.62 6.65) e AC (51.53 3.23) comparados aos seus controles
(36.67 5.74 e 30.13 2.16). Não foi observada redução na RU da dentina H tratada com
PE + EDC após 6 meses. Todos os grupos apresentaram queda da RU após 12 meses,
no entanto, para os dentes tratados com PE + EDC a RU em 12 meses permaneceu
superior a observada em 24h para os controles. Conclui-se que a aplicação do PE + EDC
foi capaz de melhorar a estabilidade da união adesiva mesmo após 12 meses.
Palavras-chave: dentina, cárie dentária, resistência à tração.
Apoio: FAPESP 12/08866-4, 13/20585-3
216
694- ANÁLISE DA HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA ANTES E APÓS TRATAMENTO
ORTODÔNTICO – ESTUDO CLÍNICO PILOTO
Magalhães CSA*, Machado AC, Campos RE, Souza PG, Cardoso IO, Galvão AM, Soares
PV. Dentística – UFU. [email protected]
O objetivo deste estudo piloto foi avaliar por meio de estudo clínico o risco relativo de
dentes, que passaram por movimentação ortodôntica, de adquirir hipersensibilidade
dentinária. Dez pacientes, totalizando 240 dentes (1º molar a 1º molar) foram
acompanhados durante o tratamento ortodôntico realizado por único especialista. A
intensidade da dor relacionada à hipersensibilidade dentinária foi mensurada por jato
de ar antes da instalação e após a remoção do dispositivo ortodôntico de acordo com a
escala visual analógica para dor (EVA), sendo: 0- sem dor; 1 a 3- leve; 4 a 6- moderada;
7 a 10- severa. Ao final do tratamento ortodôntico, todos os pacientes foram
montados em articulador semi-ajustável e realizado o ajuste oclusal. O tempo médio
do tratamento dos sujeitos foi de 31,8 meses. Os dados obtidos foram analisados pelo
teste de risco relativo (α=0.05) – presença ou ausência de hipersensibilidade
dentinária, e pelo teste de Wilcoxon (α=0.05) intensidade da hipersensibilidade
dentinária. Como resultado, observou-se que o risco do elemento dentário
desenvolver hipersensibilidade após tratamento ortodôntico é significativo (p<0.001).
Além disso, a probabilidade da intensidade da hipersensibilidade dentinária aumentar
após o tratamento ortodôntico não estar relacionada ao acaso é alta (p<0.001).
Conclui-se que dentes submetidos à movimentação ortodôntica possuem maior risco
de adquirir e aumentar a intensidade da hipersensibilidade dentinária.
Palavras-chave: Sensibilidade da Dentina, Ortodontia
Apoio: CAPES/FAPEMIG/CNPq
217
695- TRATAMENTO TÓPICO PARA XEROSTOMIA PÓS-RADIOTERAPIA PARA CÂNCER
DE CABEÇA E PESCOÇO – REVISÃO SISTEMÁTICA
Rodrigues RB*, Bettero FCBS, Roscoe MG, Lopes CCA, Simamoto-Júnior PC, Soares CJ,
Novais VR. Área de Dentística e Materiais Odontológicos, Faculdade de Odontologia da
Universidade Federal de Uberlândia. [email protected]
Objetivou-se comparar a efetividade de tratamentos tópicos para minimizar
xerostomia pós-radioterapia por meio de revisão sistemática. Foi realizada busca
eletrônica nas bases de dados PubMed, Cochrane e LILACS, com os termos:
radioterapia, xerostomia e saliva (PROSPERO CRD42016026322). Dois revisores
independentes avaliaram títulos e resumos dos artigos selecionados, realizaram
extração de dados e avaliação do risco de viés. A busca inicial identificou 429 artigos.
Deste total, 117 foram selecionados para a leitura completa, dos quais 18 foram
incluídos na síntese qualitativa. Destes, sete foram classificados como estudos clínicos
não controlados, um estudo clínico controlado e dez ensaios clínicos randomizados
(três ensaios clínicos controlados com grupo placebo e sete estudos clínicos
“crossover”). A avaliação da qualidade dos estudos classificou dez estudos com alto
risco de viés, quatro como moderados e quatro apresentaram baixo risco de viés.
Todas as intervenções foram consideradas efetivas no tratamento da xerostomia
(mucina, polissacarídeos, aloe vera, óleo de colza, óleo de linhaça,
carboximetilcelulose, óxido de polietileno, pilocarpina e sistemas de cuidados de
xerostomia - gel, pasta e anti-séptico bucal). Meta-análise não pôde ser realizada
devido à heterogeneidade entre os tipos de estudo e intervenções. Concluiu-se que
não existe protocolo único e geral para tratamento tópico de xerostomia pós-
radioterapia e que as visitas de acompanhamento devem ser realizadas para validar o
plano de tratamento que deverá ser individualizado.
Palavras-chave: Radioterapia, Xerostomia, Revisão Sistemática
218
696- COMPORTAMENTO MECÂNICO E ANÁLISE METALOGRÁFICA DE IMPLANTES DE
DIÂMETRO REDUZIDO
Zancopé K*, Reis TA, Castro CG, Salatti RC, Morais LL, Neves FD. Departamento de
Oclusão, Prótese Fixa e Materiais Dentários – UFU. [email protected]
Algumas condições específicas levam a necessidade da utilização de implantes de
diâmetro reduzido. Lançado em 2013 no mercado, o Facility é um implante estreito
com 2,9 mm de diâmetro.O objetivo do estudo foi avaliar o comportamento mecânico
de implante de 2,9 mm de diâmetro (grupo FAC), por meio de testes de resistência à
fratura, análise de elementos finitos (AEF), análise macro e microscópica das fraturas e
análise metalográfica, comparando com implantes cone Morse de 3,5 mm de diâmetro
(grupo WISPara o teste mecânico, os implantes foram estabilizados e expostos 4 mm
com uma carga a 90°, a uma velocidade de 0,5 mm/min. As fraturas foram analisadas
macro e microscopicamente e os implantes analisados por metalografia. Para visualizar
a distribuição de tensões nos implantes simulou-se este mesmo carregamento pelo
Método dos Elementos Finitos (MEF). Houve diferença estatística entre o Grupo FAC e
o Grupo WIP durante o teste de resistência a fratura. A análise microscópica
demonstrou que todos as fraturas no grupo FAC tendem a acontecer na região de
descontinuidade da interface pilar/implante, confirmada pela região de maior acúmulo
de tensões na analise por MEF. A análise metalográfica permitiu confirmar que a liga
de titânio dos implantes Facility é liga Ti6Al4V, diferente dos implantes CM, compostos
por liga de titânio grau IV comercialmente puro. Dentro das limitações deste estudo,
conclui-se que o implante Facility de 2.9 mm de diâmetro possuiu satisfatórios valores
de resistência à fratura, contudo, restringindo seu uso às áreas de pequeno esforço
mastigatório.
Palavras-chave: implante dental, titânio, propriedades mecânicas.
Apoio: NEODENT, FAPEMIG, CPBio, NEPRO, CAPES
219
697- AVALIAÇÃO DA INTERFACE DE CIMENTAÇÃO DE PINOS INTRARRADICULARES DE
ACORDO COM DIFERENTES TÉCNICAS DE PREPARO DE CONDUTO RADICULAR
Leijôto ACN*, Bicalho AA, Soares CJ, Almeida, GC, Carvalho MFF, Moreira NA, Yamauti
M. Universidade Federal de Minas Gerais. [email protected]
O estudo analisou a adaptação de pinos intrarradiculares preparados com dois tipos de
brocas e fixados com dois tipos de cimento resinoso. Utilizaram-se raízes de dentes
incisivos bovinos (comprimento de 15 mm; n=12). Os condutos foram tratados
endodonticamente e preparados com os diferentes tipos de broca (tipo Largo e White
post DC). Foram empregados 2 tipos de cimentos para fixar o pino White Post DC
(FGM, Brasil): Allcem (cimento convencional dual, FGM, Brasil) e RelyX™ U200
(cimento autoadesivo dual, 3M ESPE, EUA). Após a cimentação dos pinos, as raízes
foram armazenadas em água destilada a 37° C por 7 dias. As amostras foram
escaneadas por meio de microtomografia computadorizada. Utilizou-se o programa
CTan para gerar a reconstrução 3D das imagens. Também foi mensurada a contração
volumétrica (%) pós–gel de cada cimento resinoso (n=10). O preparo com broca Largo
resultou em volume de cimento significativamente maior (16,3%, p<0,001) e em
valores de porosidade significativamente maiores (39,1%) do que aqueles resultantes
do preparo realizado com broca específica do pino (24,4%) (p<0,001). O cimento
Allcem apresentou porcentagem mais alta de porosidades (34,1%) e de valores de
contração pós-gel (0,9%), quando os resultados foram comparados aos do cimento
RelyX™ U200 (29,4% e 0,7%, respectivamente) (p<0,001). Dessa forma, indica-se o uso
do sistema broca específica/pino para o preparo intrarradicular de condutos e fixação
com o cimento RelyX™ U200, proporcionando redução de volume de cimento e de
porosidades na linha de cimentação.
Palavras-chave: microtomografia, reconstrução, pinos dentários
Apoio: FAPEMIG
220
698- PROPRIEDADES MECÂNICAS E DISTRIBUIÇÃO DE TENSÕES DE UM COMPÓSITO
EXPERIMENTAL PARA CONFECÇÃO DE PINOS INTRARRADICULARES
Fonseca RB*, Favarão IN, Kasuya AVB, Almeida LN, Mendes GAM, Gonçalves LS.
Laboratório de Biomecânica/Departamento de Dentística e Materiais Dentários,
Faculdade de Odontologia da UFG. [email protected]
É desejável que pinos de fibra (PF) sejam adaptados à raiz, suas propriedades elásticas
sejam próximas ao dente e tenha alta resistência. Este trabalho caracterizou
propriedades (Resistência à Flexão (RF) e à Tração Diametral (RTD), Dureza Knoop (DK),
Módulo de Elasticidade (ME), e Coeficiente de Poisson (CP)) de um compósito
experimental (CE) com fibra de vidro polimerizado convencional (C) e
laboratorialmente (L), avaliou a resistência à fratura de raízes restauradas com pinos
comerciais e experimentais, e observou a distribuição de tensões por elementos
finitos. Amostras do CE (22,5% de metacrilato; 30% fibra de vidro silanizada (3 mm);
47,5% de carga) foram avaliadas em cada teste. Após, raízes bovinas formaram 3
grupos (n=10): PF; CE-DIR: pino confeccionado com CE de forma direta no canal; CE-
IND: pino confeccionado com CE de forma indireta, e foram comprimidos (0,5
mm/min), carga máxima em N. Modelos matemáticos geraram análises no critério Von
Mises em dentes restaurados. O Teste t-Student mostrou diferença (p<0,05) para RF: L
(290,87±27,57)A, C (259,91±26,01)B; para RTD: L(35,98±4,19)A,C (31,05±2,97)B; para
DK: L (197,05±53,74)a , C(111,03±31,67)b; CP: L (0,38±0,02)A, C (0,34±0,01)B. ANOVA e
Teste de Tukey mostraram diferença (p<0,05) para o teste de resistência à fratura: PF
(620,72±59,29)A, CE-IND (506,54±27,07)B, CE-DIR (157,76±32,34)C. As tensões foram
melhor distribuídas com CE. O CE desenvolvido mostrou propriedades mecânicas
adequadas para confecção de pinos, mas sua resistência depende do método
empregado, sendo o indireto melhor.
Palavras-chave: pino de fibra; metacrilato, propriedades; polimerização
221
699 - INFLUÊNCIA DA ADIÇÃO DE HIDROXIETIL ACRILAMIDA EM UM CIMENTO
RESINOSO EXPERIMENTAL COM MENOR CONCENTRAÇÃO DE AMINA TERCIÁRIA
Franken P*, Rodrigues SB, Dornelles Junior NB, Leitune VCB, Samuel SMW, Collares FM.
Laboratório de Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil. [email protected]
O objetivo do estudo foi avaliar a cinética de polimerização (CP) de um cimento
resinoso dual experimental contendo o monômero hidroxietil acrilamida (HEAA).
Foram formulados quatro grupos do cimento resinoso dual experimental, GBIS+HEMA e
GBIS+HEMA25 (70 wt% BisGMA + 30% wt% HEMA), GBIS+HEAA e GBIS+HEAA
25 (70 wt% BisGMA +
30% wt% HEAA). Como sistema iniciador/ativador foi adicionado aos grupos GBIS+HEMA e
GBIS+HEAA (1% mol de canforoquinona (CQ), 0,6% mol de peróxido de benzoíla (PB) e
0,6% mol de amina terciária (DEHPT), GBIS+HEMA25 e GBIS+HEAA
25 (1% mol de CQ, 1% mol de
PB e 0,25% mol de DEHPT). A CP foi avaliada por calorimetria exploratória diferencial
acoplado com um acessório fotocalorimétrico (DSC-PCA), n=3. Os dados de grau de
conversão (GC) e taxa de polimerização (Rp) foram analisados por ANOVA de uma via
com um nível de significância de 5%. O GC dos grupos com a presença do monômero
HEAA (GBIS+HEAA e GBIS+HEAA25) foi estatisticamente maior (p<0,001), quando comparado
aos grupos com monômeros metacrilatos. Houve diferença estatística entre GBIS+HEMA e
GBIS+HEMA25 (p>0,05), sendo que o GC foi maior para GBIS+HEMA com maior quantidade de
amina terciária (p<0,001). Os valores para Rp foram GBIS+HEMA= 3,56 mmol.g-1.s-1,
GBIS+HEMA25 = 4,55 mmol.g-1.s-1, GBIS+HEAA = 3,25 mmol.g-1.s-1 e GBIS+HEAA
25 = 4,54 mmol.g-
1.s-1 sem diferença estatística entre grupos (p=0,794). Assim, conclui-se que a adição
de HEAA corrobora para o desenvolvimento de um cimento resinoso dual com menor
quantidade de amina terciária, havendo uma maior estabilidade de cor ao longo do
tempo.
Palavras-chave: Acrilamidas, cimentos de resina, cinética.
222
700- INFLUÊNCIA DA ADIÇÃO DE MICROESFERAS CONTENDO AMOXICILINA EM UM
CIMENTO ENDODÔNTICO EXPERIMENTAL
Dornelles Junior NB*, Collares FM, Genari B, Guterres SS, Samuel SMW, Leitune VCB.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.
O objetivo do estudo foi desenvolver um cimento endodôntico com microesferas contendo
amoxicilina e avaliar suas propriedades. As microesferas foram produzidas por secagem e
caracterizadas por Microscopia eletrônica de varredura (MEV) e difração a laser. A formulação
da resina base para um cimento endodôntico dual foi obtida pela mistura, em massa, de 70%
de UDMA, 15% de GDMA e 15% de BISEMA. Como sistema iniciador/ativador, foram
incorporados CQ, DHEPT e PB, a 1% em mol e BHT em 0,01% em massa. Foram adicionados à
resina base, em massa, 10 e 15% de microesferas de amoxicilina, além de um grupo sem
microesferas (controle). Em todos os grupos foi adicionado trifluoreto de itérbio (10% em
massa). Foram avaliados quanto ao grau de conversão (GC) por Raman (n=3) imediatamente e
após 24 horas de armazenamento, degradação em solvente (n=3) após 1 hora de imersão em
álcool 70%, perfil de liberação do fármaco (n=3), atividade antimicrobiana contra E. Faecallis
(n= 3), escoamento (n=3) e espessura de película (n=3). Os dados foram analisados por
ANOVA, Tukey e teste t pareado com nível de significância de 5%. As microesferas
apresentaram diâmetro médio de 2,664 µm. O grau de conversão imediato variou entre
51,73% e 55,13% e o tardio variou entre 60,79% e 73,80% sem apresentar diferença estatística
entre os grupos. O percentual de degradação em solvente não apresentou diferença
significativa entre os grupos, variando entre 54,44% e 56,21% de redução. O perfil de liberação
do fármaco mostrou que em 96h ocorreu uma liberação média de 73,76% do fármaco. A
atividade antimicrobiana apresentou redução significativa dos grupos experimentais em 24 e
48h. Em 96h o grupo com 15% não apresentou diferença estatística quando comparado ao
grupo controle (p>0,05). O escoamento apresentou uma redução significativa nos grupos
experimentais comparados ao grupo controle (p<0,05). A espessura de película variou, mas
não apresentou diferença estatística entre os grupos (p=0,63). Com base nesses resultados,
pode-se concluir que a adição de até 10% de microesferas contendo amoxicilina apresentou
característica antimicrobiana e não alterou as propriedades do cimento endodôntico
experimental.
Palavras-chave: Amoxicilina, Microesferas, Metacrilatos
223
701 - AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE UNIÃO À DENTINA RADICULAR NA
CIMENTAÇÃO DE PINOS DE FIBRA DE VIDRO SOB DIFERENTES PROTOCOLOS DE
FOTOATIVAÇÃO
Pegado LC* Penelas AG Poskus LT Silva EM Guimarães JGA. LaBiom-R / Dep.
Odontotécnica / Universidade Federal Fluminense. [email protected]
Este estudo avaliou a resistência de união (RU) de pinos de fibra de vidro (PFV) à
dentina radicular sob diferentes protocolos de fotoativação. As superfícies dos PFVs
foram condicionadas com H2O2 24%/5min e em seguida silanizadas. Os condutos
foram condicionados com H3PO4 37%/15s e lavados por 30s e secos com pontas de
papel absorvente. A dentina radicular foi hibridizada usando um adesivo
quimicamente ativado. Os PFVs (n=10) foram cimentados em raízes bovinas e
submetidos ao ensaio de push-out, em máquina de ensaio universal. A cimentação foi
realizada com cimento resinoso convencional dual, cuja fotoativação (energia final =
24J/cm) ocorreu sob 8 protocolos: G1:1050mW/cm²/23s; G2: 0-1050mW/cm²/5s +
1050mW/cm²/20s; G3: 0-1050mW/cm²/27s; G4: 100mW/cm²/5s + 1050mW/cm²/22s;
G5: 600mW/cm²/40s; G6: 0-600mW/cm²/5s + 600mW/cm²/37s; G7: 0-
600mW/cm²/48s; G8: 100mW/cm²/5s + 600mW/cm²/39s. Os dados obtidos foram
submetidos ao teste de Levene, para verificar a homocedasticidade da amostra e,
posteriormente, submetidos à Análise de Variância de dois fatores, que revelou
diferença estatisticamente significante (p<0,05) para o fator “GRUPO”. Não foi
observada diferença estatisticamente significante (p>0,05) para o fator “TERÇO
RADICULAR” e para a interação. G8 e G1 apresentaram maiores valores de RU quando
comparados ao G7, o qual obteve a menor RU. Os outros grupos não mostraram
diferença estatística neste experimento. Sendo assim, pode ser que não exista
diferença entre os diversos protocolos de fotoativação, porém, mais estudos ainda
devem ser realizados.
Palavras-chave: fotoativação, pinos de fibra de vidro, resistência de união
224
702- EFEITO DA CONCENTRAÇÃO DE CLORETO DE CÁLCIO NO TEMPO DE
ENDURECIMENTO E SOLUBILIDADE DO CIMENTO DE ALUMINATO DE CÁLCIO
Pinheiro RLG*, Néspoli FF, Rached-Júnior FJ, Castro-Raucci LM, Oliveira IR, Silva-Sousa
YTC, Raucci-Neto W. Laboratório de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade
de Ribeirão Preto/ Departamento de Endodontia/ Universidade de Ribeirão Preto.
O presente estudo teve por objetivo avaliar, in vitro, o tempo de endurecimento (TE) e
solubilidade (SL) de duas formulações do cimento de aluminato de cálcio (CAC) com
variação da proporção de cloreto de cálcio (2,8 ou 10%), comparativamente ao
agregado trióxido mineral (MTA). Para o teste TE, foram confeccionados 5 corpos de
prova para cada cimento, que após manipulados foram testados com uma agulha de
Gillmore. Para o teste de SL foram utilizados 10 corpos de prova para cada cimento,
em matriz de teflon. Decorrido 3 vezes o tempo de endurecimento, os corpos de prova
foram pesados, em balança de precisão e mantidos em recipiente contendo 7,5 mL de
água deionizada por 7 dias. Após este período, os corpos de prova foram novamente
pesados para o cálculo da perda de massa. Os dados quantitativos foram analisados
pelo teste Kruskal-Wallis, seguidos de pós teste, quando apropriado (α=5%). O cimento
MTA (13,4) apresentou maior média de endurecimento do que os cimentos CAC-2,8%
(10,2) e CAC-10% (6,2) (p=0,002). Não houve diferença estatística para os valores de SL
obtidos nos diferentes cimentos (p=0,076). Baseado nos resultados do presente
estudo, pode-se concluir que o aumento da concentração de cloreto de cálcio reduz o
tempo de endurecimento do CAC, sem interferir em sua solubilidade, e que ambas as
formulações de CAC exibem menor tempo de endurecimento em relação ao MTA.
Palavras-chave: endodontia, biomateriais, hidroxiapatita.
225
703- INFLUÊNCIA DO TEMPO PÓS-RADIOTERAPIA NA COMPOSIÇÃO DA DENTINA
HUMANA: AVALIAÇÃO ESPECTROSCÓPICA
Miranda RR*, Andrade FG, Freitas NR, Rodrigues RB, Lara VC, Simamoto-Júnior PC,
Soares CJ, Novais VR. Centro de Pesquisa em Biomateriais, Biomecânica e Biologia
Celular, Área de Dentística e Materiais Odontológicos, Faculdade de Odontologia,
Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia – MG, Brasil.
O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do tempo pós-tratamento radioterápico na
composição química da dentina humana. Nos três grupos (n=5): Não irradiado (NI),
Irradiado e analisado após 6 meses (Ir6), Irradiado e analisado após 18 meses (Ir18),
avaliou-se o tipo de dentina (coronária e radicular) e orientação dos túbulos
dentinários (paralela e perpendicular). O protocolo radioterápico utilizado foi de 70 Gy
(2 Gy/diário, 5 dias/semana, durante 7 semanas). Alterações químicas foram
mensuradas por Espectroscopia Infravermelha Transformada de Fourier (FTIR) a partir
dos parâmetros razão mineral:orgânica (MO) e conteúdo relativo de carbonato (CRC).
Three-Way anova e Teste de Tukey (α=0,05) mostraram que para MO houve diferença
para o fator irradiação e interação irradiação X tipo de dentina (ambos p<0,001). Já os
fatores tipo de dentina (p=0,112), orientação de túbulos (p=0,239), irradiação X
orientação (p=0,069), tipo de dentina X orientação (p=0,555), irradiação X tipo de
dentina X orientação (p=0,850) não apresentaram diferença. Para CRC, houve
diferença para o fator irradiação (p<0,001) e tipo de dentina (p=0,014), sendo que
orientação (p=0,110), interação irradiação X tipo de dentina (p=0,878), irradiação X
orientação (p=0,139), tipo de dentina X orientação (p=0,125), irradiação X tipo de
dentina X orientação (p=0,057) não foram significantes. Os grupos Ir6 e Ir18
apresentaram aumento da razão MO e diminuição do CRC se comparados ao NI.
Conclui-se que a dentina apresenta alteração em sua composição após 6 e 18 meses
do término da radioterapia.
Palavras-chave: dentina, FTIR, radioterapia.
226
704- AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DO USO DE PILAR ANGULADO NA GERAÇÃO DE
DEFORMAÇÃO EM PROTOCOLO MANDIBULAR SOBRE TRÊS IMPLANTES
Lima DCB*, Cavalcante LAL, Santos-Filho PCF, Simamoto-Júnior PC, Prado CJ. CPBio -
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia.
Pilares angulados são utilizados para corrigir o caminho de inserção ou o
direcionamento da carga, contudo o conhecimento sobre as consequências da
utilização destes pilares ainda é escasso. A proposta desse estudo é verificar se
deformações em protocolos que utilizam pilares angulados são superiores as dos que
utilizam protocolos com pilares retos. Quatro foram os grupos experimentais: grupo
experimental 17º reto, grupo experimental 17º angulado, grupo experimental 30º reto
e grupo experimental 30º angulado. Foram confeccionados os modelos mestres
simulando a mandíbula edêntula e para a confecção das estruturas metálicas foram
utilizadas barras de titânio pré-fabricadas de 3 mm unidas aos copings de titânio com
soldagem a arco TIG (Tungsten Inert Gas, Soldadora NTY 60 Compact, Kernit Ind.
Mecatrônica Ltda, Indaiatuba – SP). Foram instalados extensômetros na região inferior
da infraestrutura e no modelo mestre, no ponto imediatamente após o último
implante. O conjunto foi colocado na máquina de ensaio universal (EMIC DL 2000),
onde foi aplicada a carga sobre o cantilever. Não foram encontradas diferenças
estatisticamente significantes entre a angulação dos pilares, os implantes inclinados
em 17 graus apresentaram maior deformação que os de 30 graus. De acordo com os
resultados deste estudo, a escolha do pilar não influencia na deformação dos
protocolos, sendo assim a seleção dos pilares posteriores pode ser indicada levando
em conta a preferência do profissional, não interferindo na qualidade do tratamento.
Palavras-chave: Próteses e implantes, Dental Abutments.
Apoio: FAPEMIG, CNPq
227
705- AVULSÕES DENTÁRIAS- VERIFICAÇÃO DO NÍVEL DE CONHECIMENTO DE
PÚBLICOS EXPOSTOS À NECESSIDADE DE AÇÃO.
Autores: Garcia LM*¹, Mequita GC¹, Soares PBF², Abreu MHNG³, Moura CC⁴, Soares CJ¹
Área de Dentística e Materiais Odontológicos, Faculdade de Odontologia da
Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia- MG. [email protected]
O estudo objetivou identificar os fatores associados ao nível de conhecimento sobre
avulsão dental. Foi aplicado um questionário direcionado a professores de Ensino
Fundamental e Educação Física, à membros da população e a graduandos em Letras,
Educação Física e Pedagogia (n=245). Os dados foram analisados mediante um escore
(0 a 36) criado a partir da soma das pontuações recebidas em 36 questões (Respostas
certas= 1 ponto e erradas=0). Modelos de regressão logística bivariados e múltiplos
foram gerados para avaliar a relação entre o nível de conhecimento dicotomizado pela
mediana (escore=26) e as covariáveis: idade, sexo, público entrevistado, treinamento
em primeiros socorros, treinamento em emergências dentais e relato de experiência
com trauma dental. Foram estimadas as Odds Ratio (IC 95%) brutas e ajustadas, bem
como os valores de p. As variáveis público entrevistado e idade associaram-se de
forma independente com o nível de conhecimento sobre avulsões. Indivíduos entre 36
e 45 anos de idade têm 0,378 (IC 95% 0,152-0,943) vezes a chance de apresentarem
alto conhecimento quando comparados com pessoas com mais de 45 anos.
Graduandos em Letras têm 0,076 (IC 95% 0,018-0,322; p<0,001) vezes a chance de
apresentarem alto de conhecimento em comparação aos professores de Ensino
Fundamental. Faixa etária mais elevada e docência no ensino fundamental estiveram
associadas ao maior conhecimento sobre avulsão dentária.
Palavras-chave: Avulsão Dentária, Reimplante Dental, Nível de Conhecimento
Apoio: CAPES, FAPEMIG, CNPq
228
706- DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DE UM ADESIVO EXPERIMENTAL COM
NANOTUBOS DE HALOISITA E BROMETO DE ALQUIL TRIMETIL AMÔNIO
Garcia IM*, Leitune VCB, Sauro S, Samuel SW, Collares FM. Laboratório de Materiais
Dentários (LAMAD), Departamento de Odontologia Conservadora, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. [email protected]
O objetivo desse estudo foi desenvolver e caracterizar um adesivo experimental com
nanotubos de haloisita e brometo de alquil trimetil amônio. As cargas foram
misturadas (1:1 em peso) com etanol até a evaporação do solvente. O adesivo foi
formulado com 66,6% de Bis-GMA, 33,3% de HEMA e sistema fotoiniciador. A carga foi
incorporada em 0% (controle, G0) e 5% (G5). Os adesivos foram avaliados por
resistência de união à microtração (n=20), degradação em solvente (n=5), grau de
conversão (GC) das amostras de resina (n=5) e in situ (n=5) por microscopia Raman,
atividade antibacteriana (n=5) e de deposição mineral in situ (n=3). A carga foi
analisada por microscopia eletrônica de varredura com energia dispersiva de raios-X
(MEV-EDS) e microscopia eletrônica de transmissão (MET). Os dados foram analisados
por teste-t. Não houve diferença estatística (p>0,05) na resistência de união, dureza
inicial e degradação em solvente. O GC na amostra de resina e in situ foi 80,32 (±3,25)
e 85,20 (±5,16), respectivamente, para G0, e 81,90 (±3,44) e 87,35 (±4,58),
respectivamente, para G5, sem haver diferença estatística (p>0,05) em cada ensaio. G5
apresentou redução no crescimento bacteriano comparado a G0 (p<0,05) e aumento
da deposição mineral na interface adesiva após 30 dias em SBF. MEV-EDS indicou o
agente antibacteriano e observou-se por MET sua incorporação nos nanotubos.
Concluiu-se que o adesivo formulado com nanotubos de haloisita com brometo de
alquil trimetil amônio exibiu atividade antibacteriana e induziu deposição mineral sem
alterar as outras propriedades testadas.
Palavras-chave: composto de amônio quaternário, adesivos dentinários, produtos com
ação antimicrobiana
229
707- SILICATIZAÇÃO NO ESTADO PARCIALMENTE SINTERIZADO DA Y-TZP: TEMPO DE
VIDA
Manarão D*, Salazar Marocho S, Griggs JA, Cesar PF. Departamento de Biomateriais e
Biologia Oral – FOUSP. [email protected]
Avaliar o tempo de vida da Y-TZP após diferentes protocolos de silicatização. Barras de
Y-TZP foram divididas em grupos segundo os protocolos de silicatização (n=30). O
controle (a) não recebeu tratamento de superfície, os grupos b) e c) foram jateados
com óxido de alumínio de 30 µm revestido por sílica, antes e após sinterização final
(SF), respectivamente. As barras foram ensaiadas em fadiga por flexão por em 4
pontos pelo método step-stress. A tensão em cada step foi incrementada a cada
65.800 ciclos para o perfil lento, a cada 43.200 ciclos para o moderado e a cada 22.600
ciclos para o acelerado. O nº de ciclos até a fratura de cada barra foi registrado e
analisado no Software ALTA PRO Weibull++. A probabilidade de falha (PF) foi calculada
em função mastigatória normal (30 MPa) e parafunção (110 MPa) considerando-se
missões de 1, 3 e 5 milhões de ciclos respectivos a 1, 3 e 5 anos em função. Em tensão
de normalidade os grupos a), b) e c) apresentaram PF de 0%, independentemente da
missão considerada. Para b) e c) o intervalo de confiança (IC) aumentou
discretamente. Sob tensões de parafunção, a) obteve PF de 0,2% e o IC alterou-se
muito nas diferentes missões. Já para o grupo b), a PF foi constante e o IC foi maior
para as missões mais longas. Para o grupo c), a PF foi de 0% em 1 milhão de ciclos e
aumentou discretamente nas demais missões, sendo que o IC aumentou
significativamente em função da missão considerada. A modificação da superfície
produzida pela silicatização antes e após a SF não afetou o tempo de vida da Y-TZP,
independentemente do nível de tensão utilizado (funcionais ou parafuncionais).
Palavras-chave: Zircônia, Fadiga, Tempo de vida
230
708- EFEITO DO AUMENTO DE TEMPERATURA SOBRE O ÂNGULO DE CONTATO DE
DIFERENTES MATRIZES MONOMÉRICAS
Carvalho PI*, Almeida LN, Dias DR, Fonseca RB. Dep. materiais dentários, Faculdade de
Odontologia da UFG. [email protected]
Estudos demonstram que ao diminuir a viscosidade da matriz polimérica, possibilita-se
a incorporação de partículas de carga na resina e consequentemente a melhora suas
propriedade mecânicas. Este trabalho propôs avaliar a viscosidade de matrizes
monoméricas compostas por diferentes proporções de BisEma, BisGma e Tegdma,
através da análise do ângulo de contato em temperaturas de 25°C e 60°C. Foi
elaborado para este estudo laboratorial, 5 matrizes com diferentes proporções de
BisGma, BisEma e Tegdma, (matriz A: 40%,0% e 60%, matriz B: 50%, 50% e 0%, matriz
C: 0%, 50% e 50%, matriz D: 30%, 40% e 30% e matriz E 0%, 40% e 60%). Cada matriz
foi gotejada por 5 vezes para cada temperatura, sendo capturadas fotografias com 10s
e 20s após o toque da gota com a placa de vidro. A fotografia da gota foi analisada
através do software ImageJ (http://rsb.info.nih.gov/ij/) determinando o ângulo de
contato da gota com a placa de vidro nos 2(dois) tempos. ANOVA(P<0,05) revelou que
não houve alteração significante nos diferentes tempos e que em todas as matrizes a
alteração de temperatura foi estatisticamente significante. Constatou-se que a 25°C
todas as matrizes se comportaram de forma semelhante. Foi encontrada uma melhora
significativa da molhabilidade nas matrizes aquecidas a 60°C comparadas com as de
25°C, e as matrizes contendo maior proporção de BisEma em sua composição
apresentaram um ângulo de contato menor que BisGma, ou seja uma molhabilidade
maior.
Palavras-chave: Molhabilidade, Cimentos de Resina, Calefação
231
709- EFEITO DA PROFUNDIDADE DE LESÕES CERVICAIS NÃO-CARIOSAS, CARGA E
RESTAURAÇÃO NO COMPORTAMENTO BIOMECÂNICO DE PRÉ-MOLARES
Gonzaga, RCQ*, Zeola LF, Pereira FA, Reis BR, Machado AC, Soares PV. Área de
dentística e materiais odontológicos- Universidade Federal de Uberlândia.
O objetivo deste estudo foi analisar o efeito da profundidade da lesão cervical não
cariosa (LCNC), do tipo de carregamento oclusal e da restauração no comportamento
biomecânico de pré-molares inferiores (PMI), empregando método de elementos
finitos 3D (MEF), testes de extensometria (TE) e resistência a fratura (TRF). Foram
gerados 5 modelos 3D, lineares e elásticos e aplicou-se 2 cargas oblíquas de 100N na
cúspide vestibular: oclusal (CO)-vertente triturante, e vestibular (CV)-vertente lisa. A
análise foi por von Mises e tensão máxima principal. Para TE, 10 PMIs foram divididos:
hígido (H), lesão rasa (L0.5 - 0.5 mm de profundidade), lesão média (L1 - 1,0 mm), lesão
profunda (L1.5 - 15 mm) e lesão restaurada (LR). Foram utilizadas duas aplicações de
carga, a 0.5 mm/min, conforme MEF. Em seguida realizou-se o TRF também para os
dois tipos de carregamento e profundidades das lesões. O padrão de falha foi então
classificado em: Tipo I, Tipo II, Tipo III e Tipo IV. Os dados foram analisados por ANOVA
e teste de Tukey (p < 0,05). O grupo L1.5 apresentou os maiores valores de
concentração de tensão (59.6 MPa) e de deformação (1486.0 µS). A presença do CV
promoveu maior concentração de tensão no fundo da lesão para todos os grupos.
Maior resistência a fratura foi encontrada para CO do que em CV (p<0.05). Maiores
frequências de falha tipo IV foram encontradas para CV (42.9%). A extensão da LCNC e
o tipo de carregamento influenciaram na distribuição de tensão, deformação e
resistência a fratura. A restauração devolveu aos dentes com LCNC comportamento
biomecânico similar ao do dente hígido.
Palavras-chave: Desgaste dos dentes, Análise de Elementos Finitos, Testes
Laboratoriais
Apoio: CAPES/FAPEMIG
232
710- AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA COESIVA DO ESMALTE DENTAL APÓS
HIBRIDIZAÇÃO ATRAVÉS DE FLUXO ELETROCINÉTICO
Carlo HL, Gadelha GA, Moura MFL, Carvalho FG, Sousa FB, Han J. Departamento de
Odontologia. Universidade Federal de Juiz de Fora - Campus Governador Valadares.
O Fluxo Eletrocinético (FEC) foi utilizado recentemente para transportar material fluido
para o interior dos poros do esmalte dental utilizando-se uma corrente elétrica.
Contudo, o comportamento mecânico de tal esmalte ainda não foi estudado. O
objetivo deste estudo foi promover a infiltração in vitro de uma resina infiltrante (Icon
– DGM, Alemanha) no esmalte utilizando FEC e caracterizar o tecido após o
procedimento. Vinte terceiros molares humanos foram utilizados para o estudo e foi
realizada análise da resistência coesiva do esmalte por microtração. Os dentes foram
divididos em dois grupos (n=10): Grupo Infiltrado (GI) e Grupo Não Infiltrado (GNI).
Cada grupo foi subdividido em dois subgrupos (n=10), constituídos por fatias com 1mm
de espessura. Os subgrupos foram nomeados de acordo com a disposição dos prismas
de esmalte na região de esmalte analisada (paralela ou perpendicular). A confirmação
da infiltração da resina foi determinada por Microscopia de Fluorescência. A análise
dos resultados de resistência deu-se pela correlação entre os dados obtidos dos
espécimes do GNI e GI de acordo com a orientação prismática. Uma forte correlação
foi obtida entre os grupos, indicando que a hibridização do esmalte pelo FEC não
alterou a resistência coesiva do tecido na orientação paralela (GNI – 30,38±8,72; GI –
30,01±5,17) ou perpendicular (GNI – 20,11±9,09; GI – 18,27±7,30) aos prismas. A
infiltração da resina no esmalte pelo FEC foi efetiva, formando camada híbrida sem,
contudo, interferir na resistência coesiva do esmalte, independente da orientação dos
prismas.
Palavras-chave: Permeabilidade do Esmalte Dentário, Adesivos dentais, Resistência à
Tração
233
711- EFEITO DA SOLUÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DE QUITOSANA NA DESINFECÇÃO
DE RESINA ACRÍLICA PARA BASE DE PRÓTESES
Carvalho FG*, Gondim BLC, Carlo HL, Castellano LRC, Castro RD, Santos RL.
Departamento de Odontologia/Universidade Federal de Juiz de Fora - Campus
Governador Valadares. [email protected].
O objetivo do trabalho foi sintetizar uma solução de nanopartículas de quitosana
(ChNP), avaliar a redução de Candida e o efeito na dureza (VHN) e rugosidade (Ra) de
superfície da resina acrílica colonizada por biofilme multi-espécie de Candida. A ChNP
(3,8 mg/mL) foi sintetizada e caracterizada por microscopia de transmissão e
espectroscopia. A concentração inibitória mínima (CIM) da ChNP contra C. albicans
ATCC60193, C. tropicallis CBS94 e C. krusei CBS73 e a alteração da micromorfologia
fúngica foram analisadas. Amostras de resina acrílica (n=48) foram confeccionadas e
distribuídas em grupos (n=6): controle; ChNP CIM; ChNP CIMx4 e hipoclorito 1%. O
biofilme multi-espécie das cepas de Candida analisadas foi desenvolvido na superfície
das amostras por 24 h e as soluções foram aplicadas diariamente por 8h, durante 5
dias. Aferições de Ra e VHN na resina e a contagem de células (UFC) foram realizadas
antes e após. O ensaio foi conduzido em triplicata. Os dados foram analisados por
ANOVA e Tukey (α=0.05). A CIM da ChNP foi 30,1µg/mL. ChNP foram esféricas e houve
prevalência de blastoconídeos. A aplicação das soluções reduziu UFC de Candida spp.
na superfície das amostras, porém hipoclorito 1% apresentou a maior redução,
seguido da ChNP CIMx4. Após 5 dias, apenas hipoclorito 1% apresentou aumento
significativo de Ra. Todos os grupos apresentaram diminuição significante de VHN,
porém a maior redução foi para hipoclorito 1%. A solução ChNP apresentou atividade
anti-biofilme contra Candida spp. sobre resina acrílica, causando mínimas alterações
de superfície no material.
Palavras-chave: Quitosana, resinas, nanopartículas
Apoio: Capes
234
712- SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DE SCAFFOLDS DE VIDROS BIOATIVOS COM NB2O5
Balbinot GS*, Takimi A, Leitune VCB, Collares FM. Laboratório de Materiais
Dentários/Faculdade de Odontologia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O objetivo desse estudo foi caracterizar scaffolds de vidros bioativos com adição de
Nb2O5. Os scaffolds foram produzidos pelo método sol-gel com por meio da reação de
precursores (Si(OC2H5)4 e (C2H5)3PO4) e modificadores minerais (Ca(NO3)2 e
NaNO3). Além disso, a um dos grupos foi adicionada uma solução de Nb2O. Para a
produção dos scaffolds um surfactante (Lauril Sulfato de Sódio 2mg) e um catalisador
da geleificação (HF 5%) foram adicionados ao sol e mantidos sob agitação por 20min.
Os géis resultantes permaneceram cinco dias em temperatura ambiente e depois
foram submetidos a processos de queima a 70ºC, 120ºC e 700ºC por 24h cada. Os
materiais foram caracterizados por Espectroscopia Raman, Difração de Raios-X (DRX),
Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Espectroscopia de Energia Dispersiva de
Raios-X (EDS). Os resultados mostraram que os picos observados no Raman podem ser
associados a ligações Si-O-Si (1095cm-1 e 589cm-1), PO43- (980cm-1) e à presença de
oxigênios não ligantes (650-670 cm-1). No grupo com Nb2O5 a região 620 cm-1 está
relacionada a ligações Nb-O. A análise por DRX mostra vidros com predomínio amorfo
e picos associados a β-CaSiO3 (PDF # 840654). As imagens no MEV foram observadas a
presença de micro e macroporosidade. A análise de EDS mostrou a presença de Si, Ca,
Na, nos vidros, além da presença de Nb no grupo teste. Os scaffolds de vidros bioativos
com adição de Nb2O5 mostram, portanto, características promissoras para que, por
meio de mais estudos, essas estruturas sejam utilizadas em Engenharia Tecidual.
Palavras-chave: Tecidos Suporte; Nióbio; Materiais Biocompatíveis
235
713- INTERRELAÇÃO DA FADIGA CÍCLICA, BIOCORROSÃO E FRICÇÃO NA FORMAÇÃO
MICROESTRUTURAL DE LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS
Souza PG*, Zeola LF, Montes TC, Faraoni-Romano JJ, Palma-Dibb RG, Soares PV.
Dentística e Materiais Dentários. Universidade Federal de Uberlândia.
Este estudo avaliou o efeito da associação de fatores etiológicos na formação
microestrutural de lesões cervicais não cariosas (LCNCs), empregando método de
elementos finitos, microscopia confocal e micro-CT. Foi gerado modelo de pré-molar
inferior (PMI) hígido e aplicou-se 2 cargas de 50N na cúspide vestibular: oclusal (CO)-
vertente triturante, e vestibular (CV)-vertente lisa; analisados por tensão máxima
principal. Foram selecionados 40 PMI, divididos em 4 grupos (n=10): tensão-
biocorrosão (TB), tensão-fricção (TF), biocorrosão-fricção (BF) e tensão-biocorrosão-
fricção (TBF). Tensão foi simulada por fadiga mecânica (50 N, 2 Hz, 6x105 ciclos), com
CV. A biocorrosão pela aplicação de HCl (2mL/10s) e fricção com escovas elétricas
(300g/20s). Cada amostra foi submetida aos desafios 5x/dia. Rugosidade de superfície,
ângulo e altura dos degraus foram medidos antes e após os tratamentos, por MC. Os
dados foram analisados por ANOVA 2-way e teste de Tukey (p<0,05). As análises
qualitativas foram realizadas no micro-CT. CV promoveu maior concentração de tensão
de tração na região cervical que CO. TF apresentou menor redução na rugosidade e foi
diferente dos demais grupos (p=0,001). TBF foi diferente de TB, TF e BF para altura e
ângulo do degrau (p<0,01). Esmalte e dentina apresentaram distinção de acordo com
as interações. Conclui-se que todas as associações mostraram potencial para formação
de LCNCs. TBF foi mais influente nas alterações em esmalte. Para dentina, a associação
de pelo menos dois fatores foi suficiente para gerar degradação significante.
Palavras-chave: Desgaste dos dentes, Dente pré-molar, Testes Laboratoriais
Apoio: CNPq/FAPEMIG/CAPES
236
714- NANOTUBOS DE NITRETO DE BORO COMO UMA NOVA CARGA PARA ADESIVOS
EXPERIMENTAIS DENTINÁRIOS
Degrazia FW*, Leitune VCB, Collares FM. Laboratório de Materiais
Dentários/Departamento de Odontologia Conservadora, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul. [email protected]
O objetivo do presente trabalho foi avaliar as propriedades químico-mecânicas de um
adesivo dentinário após a incorporação de Nanotubos de Nitreto de Boro (BNNT) como
carga. O adesivo experimental foi formulado com HEMA-BisGMA, 66/33% em peso. A
carga inorgânica de BNNT foi analisada por microscopia eletrônica de varredura e
transmissão e incorporadas à resina-base em quatro diferentes concentrações (0,05;
0,075; 0,1; e 0,15% em peso). Além disso, um grupo controle foi utilizado sem adição
de BNNTs. Os adesivos experimentais foram elaborados e avaliados quanto ao grau de
conversão (GC), microdureza Knoop e degradação em solvente, resistência coesiva
(RC), ângulo de contato (AC) e energia livre de superfície (ELS) e deposição mineral por
espectroscopia Raman. Os resultados das microscopias eletrônicas de varredura e
transmissão demonstraram BNNTs com diâmetros entre 5 e 10 nm com terminação
fechada. Nenhuma diferença foi encontrada em relação ao GC e RC após incorporação
de BNNT. Houve aumento do AC e, consequentemente, diminuição da ELS (p <0,05)
após a incorporação de 0,075 e 0,15% de BNNT. A microdureza aumentou após a
incorporação a partir de 0,075% de BNNT e a degradação em solvente diminuiu
significativamente de 66,9±4,86 para 28,27±4,76 após a incorporação de 0,15% de
BNNT até 0,15% (p <0,05). A deposição mineral foi encontrada após 7 dias de imersão
em SBF nos grupos com incorporação de BNNT. Concluiu-se que a incorporação de
BNNT até 0,15% melhorou as propriedades químicas e mecânicas, além de favorecer a
deposição mineral do adesivo experimental.
Palavras-chave: adesivos dentinários, dureza, compostos de boro.
237
715- INFLUÊNCIA DA CICLAGEM MECÂNICA, INTERFERÊNCIA OCLUSAL E
RESTAURAÇÃO EM PRÉ-MOLARES COM LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS
Zeola LF*, Machado AC, Bicalho AA, Reis BR, Raposo LHA, Soares CJ, Soares PV.
Universidade Federal de Uberlândia - Faculdade de Odontologia - Departamento de
Dentística e Materiais Odontológicos. [email protected]
O objetivo foi analisar a influência do contato oclusal, técnica restauradora de lesão
cervical não cariosa (LCNC) e ciclagem mecânica em pré-molares pelo método de
elementos finitos (MEF) e teste de extensometria (TE). Modelos tridimensionais foram
gerados: Hígido (HI), LCNC não restaurada (NR) e LCNC restaurada com ionômero de
vidro (IV), resina fluida (RF), resina composta convencional (RC), dissilicato de lítio (DL),
e núcleo de preenchimento em RC e fragmento de DL (RD). Carregamento de 150N foi
aplicado: axial (CA) e oblíquo na cúspide palatina (CO). Para o TE, dois extensômetros
foram fixados: coronário (EC) e radicular (ER). 30 amostras hígidas foram carregadas
conforme MEF e mensurado a deformação (D1). Em seguida, foi realizada ciclagem
mecânica (200.000 ciclos de 50N, 2 Hertz) e as amostras novamente submetidas ao TE
(D2). Foi realizada a simulação da LCNC e as amostras preparadas como no MEF (n=5).
A deformação foi mensurada previamente (D3) e posteriormente (D4) a ciclagem
mecânica. Os dados foram submetidos à ANOVA de três fatores e Teste T pareado.
Para MEF, NR associado com CO apresentou maiores valores de tensão. IV e RF
apresentaram acumulo de tração no fundo, enquanto RD mostrou distribuição
próxima ao HI. Para TE/EC, a ciclagem mecânica promoveu maiores valores de
deformação no material (até 825,3µS em IV). No ER, após a restauração, IV (470.5µS)
apresentou maior deformação para o CA. Conclui-se que a técnica restauradora RC ou
RD promoveu comportamento biomecânico mais próximo ao HI. CO e a ciclagem
intensificaram os valores de tensão e deformação.
Palavras-chave: oclusão dentária, desgaste dos dentes, restauração dentária
permanente.
Apoio: CAPES; CNPq (#454453/2014-0) e FAPEMIG (APQ 03078-13 e APQ 02504-12)
238
716 - AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À FLEXÃO DE CERÂMICAS PARA CAD/CAM
Mildner MD*, Samuel SMW, Franken P, Cuppini M, Leitune VCB, Collares FM.
Laboratório de Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil. [email protected]
O objetivo deste estudo foi analisar a resistência à flexão e o padrão de fratura de
diferentes cerâmicas para CAD/CAM. Foram confeccionadas 10 amostras para cada
grupo (n=30) das seguintes cerâmicas: leucita (IPS Empress CAD Ivoclar Vivadent,
Schaan, Liechtenstein), dissilicato de lítio (IPS e.max CAD, Ivoclar Vivadent, Schaan,
Liechtenstein) e dissilicato de lítio reforçado por zircônia (Suprinity, Vita Zahnfabrik,
Bad Säckingen, Germany). Cada uma destas amostras medindo 14 mm x 4 mm x 1,2
mm. A resistência à flexão foi testada pelo método uniaxial de 3 pontos, conforme
norma ISO 6872/2008 em máquina de ensaio universal (Shimadzu EZ-SX, Nakagyo-ku,
Kyoto, Japan) usando célula de carga de 500N, velocidade de 1mm/minuto e suporte
com 12 mm de distância entre os apoios. O padrão de fratura foi verificado através de
microscopia eletrônica de varredura. Os dados foram analisados por ANOVA. IPS e.max
CAD apresentou a maior média de resistência flexural (295,463 MPa) e IPS Empress a
menor (119,490 MPa). A cerâmica Suprinity teve uma resistência à flexão de 240,665
MPa. Houve diferença estatística entre todos os grupos testados, com p ≤0,001. Com
base nesses resultados, pode-se concluir que a cerâmica para CAD/CAM IPS e.max CAD
apresenta melhores propriedades mecânicas.
Palavras-chave: cerâmicas, CAD/CAM, microscopia.
239
717- INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO E REEMBASAMENTO NA RESISTÊNCIA 566E
MÓDULO DE FLEXÃO DE PINOS DE FIBRA DE VIDRO
Brito POA*, Almeida LN, Mendes GAM, Kasuya AVB, Favarão IN, Fonseca RB.
Laboratório de Biomecânica, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal de
Goiás, Goiânia-GO, Brasil. [email protected]
Este estudo avaliou a influência da composição e do reembasamento na resistência e
módulo de flexão de pinos de fibra de vidro. Cinco grupos experimentais (n=10) foram
criados: CT+ (Pino Exacto Cônico n. 3); CT- (Pino Exacto Cônico n. 1); PF-RC (Pino
Exacto Cônico n. 1 reembasado com resina composta); PF-RF (Pino Exato Cônico n. 1
reembasado com compósito experimental (CE)); RF (pino confeccionado com CE). O CE
foi obtido com 30% de fibras de vidro (3 mm) silanizadas, 22,5% de matriz resinosa
(40/60% Bis-GMA/TEGDMA) e 47,5% partículas de silicato de bário. Um pino n. 3 foi
moldado com silicone de adição e o molde foi utilizado para a confecção de pinos com
o CE. O teste foi realizado em máquina de ensaio universal (Instron 5965). Os pinos
foram posicionados sobre dois pontos (10mm de distância) e foi aplicada carga de 0,5
mm/min na região cilíndrica do pino. Testes de ANOVA e Tukey mostraram diferença
estatística para resistência à flexão (p=0,000): CT+ (560,70±60,28)A, CT-
(624,47±25,09)A, PF-RC (370,61±80,22)B, PF-RF (295,15±46,91)C, RF (256,21±46,64)C;
e para módulo de flexão (p=0,000): CT+ (176,37±12,04)A, CT- (93,59±9,43)B, PF-RC
(5,67±0,88)C, PF-RF (4,75±1,05)C, RF (3,53±1,33)C. Os pinos confeccionados com o CE
apresentaram resistência e módulo de flexão inferiores aos pinos de fibra de vidro pré-
fabricados.
Palavras-chave: pino de fibra de vidro, compósito reforçado por fibra, módulo de
flexão
240
718 - ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DAS FORÇAS OCLUSAIS E FATORES LOCAIS NA
MORFOLOGIA DAS LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS: ESTUDO CLÍNICO
TRANSVERSAL
Pereira FA*, Barbosa TAQ, Costa ARGF, Gomes RR, Henriques JCG, Soares PV, Meira
JBC. Departamento de Biomateriais e Biologia Oral da Faculdade de Odontologia da
Universidade de São Paulo/ Departamento de Dentística e Materiais Odontológicos da
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia.
Analisar por meio de um estudo clínico transversal a influência das forças oclusais e de
fatores locais na morfologia de lesões cervicais não cariosas (LCNC). Inicialmente, o
estudo foi aprovado pelo CEP-FOUSP- 27238714.5.3001.5152, no qual, 32 indivíduos
com idade entre 21 a 64 anos com LCNC nos 1° pré-molares superiores, foram
avaliados. Quanto a morfologia, as LCNC foram classificadas em anguladas ou
arredondadas e em 3 níveis de severidade. A fim de determinar a influência de forças
laterais, a presença de hábito parafuncional (HP), de interferências oclusais (IO) e
facetas de desgaste, foram analisadas, por meio de questionário, exame clinico e
análise de modelos montados em articulador. Informações sobre o periodonto, como
exame clinico das recessões gengivais e imagens tomográficas da altura e espessura
óssea da face vestibular, também foram coletadas. Aplicou-se o teste de Shapiro wilk,
posteriormente o teste de Kruskall-wallis para dados normais e Qui-quadrado para os
não-normais. Considerando um p<0,05, a idade (p=,016) e o suporte periodontal
(recessão gengival: p=,046 – espessura óssea: p=,001 – altura óssea: p=,009)
mostraram ser significativos em relação a morfologia e severidade (idade: p=,000,
espessura óssea: p=,044) das LCNC. O que não foi encontrado para o gênero,
tampouco para os HP e IO. Todos os sujeitos da pesquisa apresentaram facetas de
desgaste. Portanto, não houve associação entre a morfologia das LCNC e as forças
oclusais, entretanto, a idade e o suporte periodontal determinaram a prevalência de
LCNC anguladas e mais severas.
Palavras-chave: Oclusão, estudo clínico, pré-molar.
Apoio: CAPES
241
719 - INFLUÊNCIA DE DIFERENTES RETENTORES INTRA- RADICULARES NA
DEFORMAÇÃO DE DENTES TRATADOS ENDODONTICAMENTE FRENTE AO TESTE DE
IMPACTO
Nogueira CG*, Martins VM, Silva CF, Carvalho ELA, Borella PS, Silveira-Júnior CD,
Santos-Filho PCF. Dentística e Materiais Dentários Universidade Federal de Uberlândia.
O objetivo desse trabalho foi avaliar a deformação radicular de dentes anteriores
tratados endodonticamente e restaurados com diferentes sistemas de pinos,
submetidos ao ensaio mecânico de impacto, tendo como fator em estudo o tipo de
retentor radicular, Pino de fibra de vidro (PFV) e núcleo metálico fundido (NMF) e seu
comportamento frente ao impacto (90°). Vinte raízes de incisivos bovinos, tratadas
endodonticamente foram incluídas em cilindros de resina com simulação do ligamento
periodontal. As raízes foram divididas em dois grupos (n=10), de acordo com o tipo de
retentor a ser restaurado: (NMF) e (PFV). Depois de restaurados, as raízes foram
armazenadas sob-refrigeração e em seguida, a porção coronal dos retentores foram
moldadas para confecção de coroas fabricadas em liga de Ni-Cr. Medidores de
deformação foram fixados na face vestibular da porção radicular e submetido ao teste
de impacto. Um dispositivo pendular semelhante ao teste de impacto de C
harpy foi usado, no qual foram realizados testes com as amostras anguladas em 90 °
(n = 10) direcionados no centro vestibular da coroa. Os dados foram analisados
utilizando one-way ANOVA (α = 0,05). O resultado mostrou não haver uma diferença
estatisticamente significativa (P = 0,151) para tipos de pino utilizados (NMF e PFV). Em
conclusão, não houve diferença significativa no padrão de deformação entre os
diferentes retentores que sofrem impactos perpendiculares.
Palavras-chave: pino de fibra, retentor intrarradicular metálico fundido, endodontia,
biomecânica, dentina.
Apoio: FAPEMIG
242
721- ESTABILIDADE DA OCLUSÃO TUBULAR DE DIFERENTES AGENTES
OBLITERADORES PARA TRATAMENTO DE HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA.
Moura GF*, Zeola LF, Faraoni-Romano JJ, Palma-Dibb RG, Soares PV.
Departamento de Dentística da Faculdade de Odontologia - Universidade Federal de
Uberlândia. [email protected]
O objetivo do trabalho foi avaliar a estabilidade de produtos obliteradores no
tratamento da hipersensibilidade dentinária. Após aprovação no CEP, número
1.213.029, 50 terceiros molares hígidos foram preparados expondo túbulos
dentinários da região cervical e divididos aleatoriamente em cinco grupos (n=10), CL:
Selante autoadesivo (3M ESPE CLINPRO™ XT), TM: Fosfato de cálcio (Teethmate
Desensitizer), GL: Glutaraldeído 5% (Gluma Desensitizer), NP: Fosfato de cálcio (Nano
P), PL: Oxalato de Potássio 5% (Painless). Foram submetidos ao tratamento,
posteriormente a desafios com ácido hidroclorídrico e escovação, simulando a
cavidade oral de pacientes com refluxo gastresofágico. As análises realizaram
contagem e perímetro dos túbulos, rugosidade de superfície e variação de volume,
altura e degrau vertical com microscópio confocal a laser. Os dados foram submetidos
a estatística (α=0,05). Todos os grupos apresentaram diferença estatística entre os
tempos iniciais e pós o tratamento (p<0,001), no entanto apenas o CL, TM, GL não
foram estatisticamente diferentes entre as etapas de tratamento e pós-desafio.
Quando comparados entre si, o grupo CL promoveu maior obliteração dos túbulos
dentinários e manteve essa obliteração após os desafios, apresentando diferenças
estatísticas, em relação aos outros grupos em todas as variáveis. O uso de agentes
dessensibilizantes é eficaz na oclusão dos túbulos dentinários. Os agentes CL, TM, GL
foram mais resistentes a desafios biocorrosivos/erosivos. A rugosidade da superfície
foi maior no grupo CL, após os desafios.
Palavras-chave: refluxo gastroesofágico, sensibilidade da dentina, microscopia
confocal.
Apoio: FAPEMIG, CAPES, CNPQ
243
722- AVALIAÇÃO CLÍNICA RETROSPECTIVA DE COROAS CONFECCIONADAS POR
SISTEMA CAD/CAM EM DIFERENTES MATERIAIS: 2 ANOS DE ACOMPANHAMENTO
Karam FK*, Zancopé K, Prado CJ, Neves FD. CPBIO - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA - DEPARTAMENTO DE OCLUSÃO, PRÓTESE
FIXA E MATERIAIS DENTÁRIOS. [email protected]
A proposta desse estudo clínico retrospectivo foi avaliar a taxa de sobrevida de coroas
totais cerâmicas obtidas por sistema CAD/CAM e reportar a influência do material
restaurador utilizado, cimento e substrato dental. Após aprovação no comitê de ética,
os pacientes que possuíam coroas totais, confeccionadas pelo sistema cadcam cerec,
entre os anos de 2011 e 2013, em uma clínica particular, foram selecionados. As
restaurações foram avaliadas seguindo critérios clínicos de cor, adaptação marginal,
oclusão e contorno. Noventa e dois pacientes com 37 restaurações sobre implantes e
114 restaurações sobre dentes foram avaliados. Quarenta e uma restaurações foram
confeccioandas em cerâmica feldspática, 32 restaurações foram confeccionadas em
leucita e 78 em dissilicato de lítio. Sessenta e seis restaurações foram cimentadas
utilizando Relyx U100, 44 Relyx U200, 36 Variolink e 3 restaurações foram cimentadas
utilizando cimento de Fosfato de Zinco. As restaurações implantadas foram
cimentadas utilizando diversos pilares e 55 restaurações sobre dentes foram utilizadas
retenções intrarradiculares. A sobrevida foi calculada através do modelo Kaplan-Meier.
No total, 17 coroas foram consideradas inaceitáveis e posteriormente substituídas. O
índice de sobrevida foi de 92 % para coroas sobre dentes e 92% para coroas sobre
implantes. Conclui-se que o sistema CAD/CAM produz coroas totais cerâmicas com
resultados clínicos satisfatórios, levando em consideração cor, forma e adaptação,
sendo capaz de agradar clientes com grande exigência.
Palavras-chave: CAD-CAM, Cerâmicas, Próteses odontológicas
244
723- RESINA ADESIVA EXPERIMENTAL COM ADIÇÃO DE BIOVIDRO
Balbinot GS, Collares FM, Leitune VCB, Samuel SMW. Laboratório de Materiais
Dentários - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da adição de dois tipos de biovidro na
radiopacidade, degradação em solvente e resistência à flexão de uma resina adesiva
experimental. Foram produzidos dois biovidros pelo método sol-gel, um biovidro 45S5
e outro com a incorporação de 2%, em peso, de pentóxido de nióbio. Foram
formuladas três resinas adesivas com 66% de BisGMA e 33% de HEMA: Gc- Controle;
GBAG - com adição de biovidro; e, GBAGNb - com adição de biovidro com nióbio.
Avaliou-se a radiopacidade (n=3), a degradação em solvente por dureza e imersão em
etanol (n=3)e a resistência à flexão (n=5) das resinas adesivas. Os dados foram
avaliados com ANOVA 1-via para a radiopacidade e o percentual de degradação, teste t
pareado para os valores de dureza inicial e final e ANOVA 1-via e teste de Tukey para
resistência à flexão. Foi adotado um nível de significância de 5%. Não houve diferença
estatisticamente significativa entre os grupos na análise de radiopacidade. Quanto à
dureza Knoop, o GC apresentou maior dureza que o GBAG, porém não apresentou
diferença estatisticamente significativa com o GBAGNb. O GBAGNb também não
diferiu estatisticamente quanto ao GBAG. GBAG teve aumentada degradação em
solvente comparado ao GC. O mesmo não ocorre com GBAGNb, que não altera a
degradação. A adição de ambos os tipos de biovidro causou diminuição da resistência
à flexão, comparados ao grupo controle. Pode-se concluir que foi possível a produção
de uma resina adesiva com a adição de biovidro. A adição de um biovidro com nióbio
mostrou melhores resultados que a incorporação do biovidro 45S5.
Palavras-chave: Adesivos dentinários. Dureza. Materiais biocompatíveis.
Apoio: CNPq
245
724- MICROMETRIC PRECISION OF PROSTHETIC DENTAL CROWNS OBTAINED BY
OPTICAL SCANNING AND CAD/CAM SYSTEM
Tavares LN*, Carneiro TAPN, Prado CJ, Prudente MS, Zancopé K, Davi LR, Mendonça G,
Soares JC, Neves FD. Federal University of Uberlândia, Department of Occlusion, Fixed
Prostheses and Dental Material and University of Michigan, School of Dentistry,
Department of Biologic and Material Sciences, Division of Prosthodontics.
The current study evaluated prosthetic dental crowns obtained by optical scanning and
a computeraided designing/computer-aided manufacturing system using micro-
computed tomography to compare the marginal fit. The virtual models were obtained
with four different scanning surfaces: typodont (T), regular impressions (RI), master
casts (MC), and powdered master casts (PMC). Five virtual models were obtained for
each group. For each model, a crown was designed on the software and milled from
feldspathic ceramic blocks. Micro-CT images were obtained for marginal gap
measurements and the data were statistically analyzed by one-way analysis of variance
followed by Tukey’s test. The mean vertical misfit was T ¼ 62.6 65.2 μm; MC ¼
60.4 38.4 μm; PMC ¼ 58.1 38.0 μm, and RI ¼ 89.8 62.8 μm. Considering a
percentage of vertical marginal gap of up to 75 μm, the results were T ¼ 71.5%, RI ¼
49.2%, MC ¼ 69.6%, and PMC ¼ 71.2%. The percentages of horizontal overextension
were T ¼ 8.5%, RI ¼ 0%, MC ¼ 0.8%, and PMC ¼ 3.8%. Based on the results, virtual
model acquisition by scanning the typodont (simulated mouth) or MC, with or without
powder, showed acceptable values for the marginal gap. The higher result of marginal
gap of the RI group suggests that it is preferable to scan this directly from the mouth or
from MC.
Palavras-chave: micrometric precision, dental crowns, CAD/CAM.
Apoio: University of Michigan, FAPEMIG, CAPES, EIKON, CPBIO, NEPRO.
246
725 - ESTUDO IN VITRO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE PINOS
INTRARRADICULARES DE DENTINA BOVINA.
Alves AC*, Penelas A, Guimarães JGA. Departamento de Odontotécnica, Faculdade de
Odontologia, Universidade Federal Fluminense. [email protected]
Este estudo comparou o módulo de elasticidade (ME), a resistência à flexão (FL) de um
pino biológico experimental (PE) obtido a partir de dentina bovina com pinos de fibra
de vidro (PFV). Além disso, a resistência à fratura (RF) de raízes restaurados com as
duas abordagens foi avaliada. Os pinos (n=10) foram cimentados em raízes de incisivos
bovinos, previamente selecionadas e padronizadas em 14mm e preparadas em 12mm.
O condicionamento dos PFVs foi realizado com H2O2 24%/1min seguido de
silanização. Os condutos radiculares e os PEs foram condicionados com H3PO4
37%/15s e lavados por 30s e secos com pontas e discos de papel absorvente. A dentina
radicular e do PE foram hibridizadas usando um adesivo quimicamente ativado. A
cimentação foi feita com um cimento resinoso convencional dual. Os testes foram em
máquina de ensaio universal. O resultado da resistência à flexão dos espécimes de
dentina bovina (n=10) submetidos ao ensaio de 3 pontos foi de 231,79 MPa, o que está
de acordo com outros achados. O ME obtido foi de 10,93 GPa dentro da faixa relatada
para a dentina humana, o que pressupõe uma favorável distribuição de tensões. Na
análise da resistência à fratura, os espécimes (n=10) foram submetidos ao ensaio de
resistência à compressão a 135°. Os dados foram submetidos à Análise de Variância de
um fator que revelou que os espécimes que receberam pinos de fibra de vidro
apresentaram valores de resistência à fratura (729,91 ± 73,48N) estatisticamente
superiores aos que receberam pinos de dentina bovina (578,72 ± 112,56N), estão
compatíveis com a carga mastigatória humana normal.
Palavras-chave: Pinos De Fibra De Vidro; Resistência à Flexão, Resistência à Fratura
Apoio: CNPq / PIBIC
247
726 - EFEITO DO USO DE FILMES COMO BARREIRAS DE PROTEÇÃO DA SONDA DE
FOTOPOLIMERIZADORES SOBRE A IRRADIÂNCIA EMITIDA
Alves JG*, Boeira PO, Suarez CEC, Piva E, Michelon D, Lima GS.
Centro de Desenvolvimento e Controle de Biomateriais - CDCBio / Universidade
Federal de Pelotas. [email protected].
O objetivo deste trabalho foi avaliar a transmitância da luz emitida por um
fotopolimerizador do tipo LED com o emprego de diferentes filmes que podem ser
usados como barreira protetora para biossegurança, considerando a composição e o
número de camadas. Foram selecionados quatro filmes: polietileno de baixa densidade
(LDPE), cloreto de polivinila (PVC), poliéster (POL) e celofane (CEL). A avaliação da
irradiância em mW/cm2 emitida pelo fotopolimerizador LED (modelo Poly/Kavo)
recoberto com esses materiais foi realizada com um Radiômetro Analógico (modelo
100, Kerr). A ponteira de fibra óptica do aparelho foi posicionada sobre o radiômetro
de maneira justaposta e com 5mm de afastamento do sensor. Em cada grupo foram
realizadas 20 leituras em triplicata com uma (1), duas (2) e três (3) camadas de filme
sobrepostas. Para constituir os grupos controle foram realizadas aferições sem filmes
interpostos, nas mesmas distâncias. A Análise de Variância de duas vias
(“tipo de filme” e “número de camadas”) seguida do método complementar de Tukey
foram utilizados para detectar diferenças entre grupos. Os resultados mostraram que
utilização de duas ou mais camadas acarretaram em diminuição estatisticamente
significativa da irradiância emitida. Os filmes mais eficientes para passagem de luz
foram respectivamente PVC>CEL>LDPE>POL, sendo a irradiância em 1 camada>2
camadas>3 camadas (p<0,05). Enquanto o afastamento de 5mm por si só reduz em
cerca de 42% a irradiância do fotopolimerizador. Sugere-se a utilização de uma camada
de filme de PVC como barreira de biossegurança, sendo o método mais eficiente para
a manutenção da transmissão de luz.
Palavras-chave: fotopolimerização, biossegurança, contaminação.
248
727 - ANALISE DO ANGULO DE CONTATO E PENETRABILIDADE DE INFILTRANTES
EXPERIMENTAIS COM SOLVENTE THF E DMSO NA UA COMPOSIÇÃO EM LESÕES DE
CARIE ARTIFICIAL
Araújo, TGF*; Sfalcin, RA; Quiles, HK; Correr, AB. Departamento de Materiais Dentário,
Faculdade de Odontologia de Piracicaba. [email protected]
Avaliar a influência da incorporação dos solventes tetrahidrofurano (THF) e
dimetilsulfóxido (DMSO) no ângulo de contato e penetração de infiltrantes
experimentais em lesões de carie artificial. Foram avaliados onze grupos, entre eles o
infiltrante disponível no mercado e os experimentais, variando a concentração dos
monômeros TEGDMA, UDMA e BISEMA e os solventes THF e DMSO. O ângulo de
contato foi efetuado em um viscosímetro. A penetrabilidade dos infiltrantes foi
avaliada em lesões de cárie artificias produzidas no esmalte de dentes bovinos. Dados
do ângulo de contato foram submetidos a ANOVA um critério e teste de Tukey, com
nível de significância de 5%. A penetrabilidade foi avaliada em Microscopio Confocal
de Varredura a Laser, pela análise qualitativa. O infiltrante disponível no mercado
mostrou ângulo de contato significativamente menor do que os outros grupos. . A
análise das imagens da penetração, realizadas no Microscopio Confocal de Varredura a
Laser constatou uma boa infiltração para todos os grupos. Pode-se concluir que o
infiltrante disponível no mercado, mostrou melhor desempenho em relação ao ângulo
de contato entre os infiltrantes experimentais testados no estudo, que obtiveram uma
boa permeabilidade no interior nas lesões de carie artificial.
Palavras-chave: Ângulo de contato, microscopia confocal, solventes.
249
728 - FUNDAMENTAÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE TÉCNICAS DE ANÁLISE DA
PROPORCIONALIDADE DENTAL
Sousa DR*, Reges RV, Castro FLA, Campos BB. Universidade Paulista - Àrea
Restauradora - Câmpus Goiânia. [email protected]
O objetivo deste estudo é mostrar a importância de utilizar os tipos de réguas de
proporção áurea e seus fundamentos técnicos na aplicabilidade em odontologia.
Foram identificados tipos de réguas de análise dentária e suas indicações. Em relação
aos conceitos e padrões estéticos clinicamente aceitáveis, buscando formas e
contornos estruturais dos dentes dentro da área restauradora, sendo muito
importante para o profissional conhecer os elementos fundamentais da
proporcionalidade dental. Com base nessa necessidade, os autores propuseram a
realizar uma demonstração específica da técnica, por meio dos instrumentos da
proporcionalidade, sendo muito utilizada por diversos profissionais. Foi feito a
especificação técnica do material segundo a indicação, finalidades e como utilizar em
clínica. A ênfase dessa análise é proporcionar de uma maneira objetiva, o conceito da
proposta do material e como manusear os passos técnicos, tanto por meio digital em
modelo de gesso laboratorial. Os autores concluíram que é prático e viável, sendo
bastante importante conhecimento do material para a otimização do planejamento
clínico odontológico.
Palavras-chave: estética dentária, tecnologia dental, material dentário.
250
729- EFEITO ANTIBACTERIANO DE UMA RESINA EXPERIMENTAL CONTENDO EXTRATO
HIDROALCOÓLICO DE URUCUM
Barboza AS*, Santos DC, Ribeiro JS, Cuevas-Suárez CE, Campos AD, Lund RG.
Laboratório de Microbiologia; Centro de Desenvolvimento e Controle de Biomateriais;
Universidade Federal de Pelotas. [email protected]
O objetivo do presente trabalho foi avaliar o grau de conversão e o efeito
antibacteriano de uma resina experimental contendo extrato hidroalcoólico de
urucum. Foram formuladas resinas compostas experimentais com sistema de
polimerização radicular canforoquinona + amina (EDAB), TEGDMA, BIS-EMA, 50% de
carga e extrato hidroalcoólico liofilizado de urucum 0,5% ou 1%. O grau de conversão
(GC) de C=C foi avaliado por meio de espectroscopia o infravermelho médio por
transformada de Fourier (n=5). O efeito antimicrobiano foi avaliado pelo teste de
contato direto (TCD), em que discos de cada resina foram armazenados em meio BHI +
S. mutans UA159 em ambiente de microaerofilia a 37°C. Também foram utilizados um
controle (resina experimental sem extrato de urucum) e uma referência comercial (IPS
EmpressDirect®). Após a contagem microbiana, os dados foram submetidos à análise
de variância e teste post hoc de Tukey (α=0,05). A resina experimental com 1% de
urucum obteve o maior valor de GC. Não houve diferença entre as concentrações do
extrato; no entanto, houve interação tempo x material. A atividade antimicrobiana das
resinas contendo urucum foi maior em 24h. Conclui-se que a resina experimental
contendo o fitoterápico urucum apresentou efeito antimicrobiano e que a sua taxa de
polimerização foi superior aos demais grupos testados.
Palavras-chave: Extrato de urucum; atividade antimicrobiana; resina composta
Apoio: CAPES
251
730- CARACTERIZAÇÃO DE MICROPARTÍCULAS DE PLGA CARREGADAS COM
DIGLUCONATO DE CLOREXIDINA PARA INCORPORAÇÃO EM MATERIAIS
ODONTOLÓGICOS
Nojosa JS*, Rodrigues LKA, Sousa FFO, Mendonça JS, Yamauti M. Programa de Pós-
graduação em Odontologia – UFC. [email protected]
O presente trabalho teve como objetivo caracterizar micropartículas poliméricas
contendo digluconato de clorexidina (CHX) a serem incorporados em materiais
odontológicos. As micropartículas foram produzidas com ácido poli-láctico-co-glicólico
(PLGA) e obtidas pela técnica de spray drying. A avaliação da liberação e da
degradação do princípio ativo em meios de dissolução foi realizada por meio de
espectroscopia no ultravioleta visível. A estabilidade térmica das amostras foi
verificada por meio de calorimetria diferencial de varredura (DSC) e análise
termogravimétrica (TGA). Avaliou-se o estado físico do PLGA, da CHX, da mistura física
de PLGA-CHX e das micropartículas de PLGA carregadas com e sem CHX. As curvas de
DSC/TGA mostraram que o PLGA apresentou estabilidade térmica até 250 °C. A
mistura física de PLGA-CHX apresentou diferença quando comparada às substâncias
isoladas, podendo decorrer de reação de polimerização. A decomposição térmica das
micropartículas com CHX se iniciou em temperatura inferior a das micropartículas de
PLGA sem CHX (220 °C), contudo o evento exotérmico foi mais intenso (377 °C). Tais
micropartículas apresentaram estabilidade térmica em uma faixa menor de
temperatura, o que seria explicado pela maior reatividade associada à composição e à
área superficial exposta. A estabilidade da CHX microencapsulada foi bastante superior
à do fármaco na forma livre, demonstrando que a incorporação deste em
micropartículas contribuiu sobremaneira para o aumento da sua estabilidade térmica.
Palavras-chave: clorexidina, polímeros.
Apoio: CNPq N° 504044/2011-7
252
731 - SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS ADESIVOS ANTIMICROBIANOS
BASEADOS EM TIMOL-METACRILATO.
Cuevas-Suárez CE*, Carrillo-Coto R, Ribeiro SJ, Moreira GA, Lund RG, Piva E. Centro de
Desenvolvimento e Controle de Biomateriais. Faculdade de Odontologia. Universidade
Federal de Pelotas. [email protected]
Este estudo teve como objetivo avaliar as propriedades físico-químicas e a
concentração mínima inibitória (CMI) de blenda monomérica experimental com
acréscimo de timol-metacrilato (TM). Após obtenção por síntese de rota sintética de
passo único, o monômero TM foi caracterizado através de espectroscopia
infravermelha com transformada de Fourier e cromatografia de camada delgada. Cinco
grupos foram testados incluindo uma resina adesiva de cobertura AD-
50(BISGMA/TEGDMA/HEMA), como grupo Controle (GC) e acrescida de 0, 1, 3, 5 e 10%
de TM. Foi estabelecida a CMI dos materiais contra o microrganismo cariogênico,
Streptococcus mutans, utilizando a técnica de diluição seriada em caldo. Dados de grau
de conversão e a resistência de união ao cisalhamento (MPa) foram obtidos. Análise de
variância de uma via seguida de método complementar de Tukey foram utilizados para
detectar diferenças estatisticamente significantes entre médias (p<0,05). No teste de
CMI, o derivado polimerizável do timol mostrou inibição de crescimento bacteriano em
todas as concentrações testadas até 250 µL/mL. No teste de grau de conversão,
apenas o grupo contendo o 10% de TM apresentou grau de conversão
significativamente inferior quando comparado com o controle (60,82±0,32% <
70,79±0,82%). Não foram detectadas diferenças significativas entre as médias de
resistência de união ao cisalhamento (controle=25,2±5,4 Mpa). O timol-metacrilato é
uma alternativa potencial para o desenvolvimento de sistemas adesivos com
capacidade antimicrobiana.
Palavras-chave: Matarias Dentários, Adesivos Dentários, Agentes antimicrobianos.
253
732 - INFLUÊNCIA DAS ESPESSURAS DE CERÂMICA NA MICRODUREZA DE CIMENTO
AUTOADESIVO EM DIFERENTES TEMPOS APÓS FOTOATIVAÇÃO
Sartori BT*, Turssi CP, Amaral FLB, França FMG, Sabrosa CE, Basting RT. Departamento
de Dentística, Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic Campinas. b-
Avaliou-se a microdureza de um cimento resinoso autoadesivo fotoativado através de
diferentes espessuras de uma cerâmica em diferentes tempos após fotoativação. Três
placas retangulares da cerâmica de dissilicato de lítio (IPS e.max CAD A2-HT; Ivoclar
Vivadent, Schaan, Liechtenstein) foram confeccionadas em três diferentes espessuras
(0,5; 1,5; 3,0mm). O cimento resinoso autoadesivo (RelyX U200, 3M ESPE, Seefeld,
Alemanha) foi manipulado e dispensado sobre um anel metálico com espessura de
100µm. As placas cerâmicas das diferentes espessuras foram posicionadas sobre o anel
e o cimento, sendo este fotoativado através das placas, de acordo com os grupos
(n=5): 0,0mm (controle), 0,5mm, 1,5mm e 3,0mm. Ensaios de microdureza foram
realizados imediatamente após a fotoativação do cimento, após 24 horas e sete dias.
Os valores obtidos foram analisados por meio de modelos mistos para medidas
repetidas. Houve aumento significativo da microdureza no tempo de 7 dias em relação
ao imediato em todas as espessuras (p<0,05). No tempo imediato, as médias de
microdureza foram significativamente maiores nas espessuras de 0,0 e 0,5mm que 1,5
e 3,0mm. Após 7 dias, a espessura 0,0 mm apresentou média significativamente maior
que 1,5mm e 3,0mm e a espessura de 0,5mm apresentou média significativamente
maior que 3,0mm. Conclui-se que maiores espessuras de cerâmica promoveram
menores valores de microdureza do cimento, havendo aumento da microdureza em
função do tempo.
Palavras-chave: Cimentos de Resina, Fotopolimerização de Adesivos Dentários,
Cerâmica.
254
733 - AVALIAÇÃO DE CIMENTOS “BIFUNCIONAIS” E MATERIAIS DE USO ESTRITO
PARA CIMENTAÇÃO DE PINOS OU PREENCHIMENTO CORONÁRIO
Walcher JG*, Collares FM, Leitune VC, Samuel SMW. Laboratório de Materiais
Dentários da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O presente trabalho tem como objetivo avaliar cimentos “bifuncionais” de técnica
simplificada em relação a materiais de uso estrito para cimentação de pinos ou
preenchimento coronário. Os cimentos “bifuncionais” testados foram: Allcem core
(FGM), Rebilda DC (VOCO) e Luxacore Z (DMG); e os materiais controle foram Rely X
ARC (3M ESPE), usado para cimentação, e GrandioSo (VOCO), indicado para
preenchimento coronário. Foram realizados ensaios de grau de conversão imediato
(após fotoativação por 40s) e em 24 horas (n=5) com espectroscopia Raman, espessura
de filme (n=3) e escoamento (n=3), sendo esses últimos realizados conforme as
normas da ISO 4049:2009 e 6876:2001, respectivamente. Os dados foram submetidos
à ANOVA de uma via e teste de Tukey. Nos ensaios de espessura de película e grau de
conversão imediato, não houve diferença estatística entre os grupos (p>0,05). Para
escoamento e grau de conversão em 24h, houve diferença estatisticamente
significativa entre Rely X ARC e Allcem core (p=0,047) e entre RelyzX ARC e GrandioSo
(p=0,003), respectivamente. Concluiu-se que todos os materiais apresentaram
resultados satisfatórios e que o único material de uso estrito para cimentação (Rely X
ARC) obteve os maiores valores de escoamento e grau de conversão e os menores
valores de espessura de película.
Palavras-chave: cimentos de resina; técnica para retentor intrarradicular; partículas
inorgânicas.
255
735 - AVALIAÇÃO DO EXOTANO 32® COMO MONÔMERO BASE PARA FORMULAÇÃO
DE MATERIAIS RESTAURADORES TEMPORÁRIOS RESINOSOS
Moreira AG*, Cuevas-Suárez CE, Bandeira RS, Ribeiro JS, Duarte CG, Piva E, Lima GS.
Centro de desenvolvimento e controle de Biomateriais, Departamento de Odontologia
Restauradora, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal de Pelotas.
O estudo avaliou dois materiais restauradores resinosos provisórios
fotopolimerazáveis, formulados com os monômeros Exotano 32 (E32), 1,12-
dodecanodioldimetacrilato (1,12-DDD) e Propilenoglicol monometacrilato (PGMMA)
utilizando um sistema de polimerização radicalar fotoiniciado. Para a síntese do 1,12-
DDD, foi utilizada uma rota sintética de passo único. O produto foi purificado por meio
de destilação fracionada e coluna cromatográfica. A confirmação da estrutura foi feita
através de espectroscopia no Infravermelho. Foram formulados dois materiais
restauradores provisórios utilizando concentrações diferentes de E32, 1,12-DDD e
PGMMA, particulas de sílica (Aerosil, 7mm) como carga e sistema de fotoativacão
composto por Canforoquinona e Amina terciária, e testados quanto às suas
propriedades físico-químicas. Os materiais Bioplic (Biodinâmica) e Clip F (Voco) foram
adotados como referências comerciais. A resistência à miniflexão (RF) e o módulo de
elasticidade (ME) dos materiais foram avaliados (n=7). O grau de conversão (CG) de
C=C foi avaliado por meio de espectroscopia no Infravermelho por Transformada de
Fourier (n=3) com fotoativação de 40s, empregando o Valo®. Os dados foram
submetidos à Análise de Variância e teste post hoc de Tukey (α=0,05). O GC médio dos
materiais comerciais foi de 85% e para os materiais experimentais foi de 60%. Os
materiais experimentais apresentaram maior ME menor RF. Os monômeros utilizados
têm potencial para utilização como alternativa na formulação de materiais
restauradores temporários resinosos.
Palavras-chave: Materiais dentários, fotopolimerização, compósitos.
256
736- AVALIAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS ADESIVOS EXPERIMENTAIS
CONTENDO METACRILATOS METÁLICOS
Guimarães VBS*, Ribeiro JS, Moreira AG, Lund RG. Laboratório de Microbiologia/
Departamento de Odontologia Restauradora Faculdade de Odontologia UFPel.
O objetivo deste estudo foi avaliar a ação antimicrobiana e o desempenho físico-
químico de sistemas adesivos experimentais formulados com metacrilatos metálicos
(MM) x, y e z. Foram formuladas resinas adesivas experimentais com sistema de
polimerização radicalar canforoquinona + amina (EDAB), adicionando os MM x, y e z à
1%. Como controle, foi formulado um Sistema Adesivo experimental (SA), sem adição
de MM. E o controle comercial (C) utilizado foi o Scotch Bond Multipropouse®. Para o
teste de resistência de união (RU) (n=12), foram confeccionados pinos de resina no
esmalte de dentes incisivos bovinos e testados quanto a RU ao cisalhamento em
máquina de ensaios mecânicos. O grau de conversão (GC) de C=C foi avaliado por meio
de espectrocospia no infravermelho médio por transformada de Fourier (n=3). A ação
antimicrobiana in vitro dos adesivos experimentais foi testada contra Streptococcus
mutans UA159 através dos testes de difusão em ágar (n=10). Os dados foram
submetidos a Análise de Variância e teste post hoc de Tukey (α=0,05. Os resultados
para o teste de RU ao esmalte (MPa), foram (media ± desvio-padrão): X (24,33±10,2), Y
(38,58±13,5), Z (28,08±14,2), SA (31,92±11,2),C (41,11±17,5). Para o GC: X (75,47±1,8),
Y (71,40±0,5), Z (73,34±0,4), SA (74,72±0,3), C (75,25±0,2). Para atividade
antimicrobiana X (17,1± 0,64), Y (12,5± 0,7), Z (10,1± 0,6), SA (7±0,7), C (6±0,1).
Conclui-se que os adesivos experimentais com os MM apresentaram efeito
antimicrobiano, e o GC e a RU foi similar aos quando comparados ao SA experimental
sem MM e ao material comercial.
Palavras-chave: Materiais Dentários; Anti-Infecciosos; Dentística Operatória
257
737- DESADAPTAÇÃO MARGINAL DE COROAS CERÂMICAS EM DISSILICATO DE LÍTIO
UTILIZANDO MICROTOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Santos PC*, Lima FM, Azevedo MR, Borella PS, Pereira LM, Prudente MS, Neves FD,
Costa MM, Raposo LHA. Área de oclusão, prótese fixa e materiais odontológicos,
faculdade de odontologia, Universidade Federal de Uberlândia.
Este estudo objetivou avaliar a desadaptação marginal de coroas cerâmicas
monolíticas reforçadas por dissilicato de lítio processadas pelo método da prensagem
utilizando microtomografia computadorizada. Foi gerado modelo tridimensional de
segundo molar inferior com preparo para coroa total em software CAD para
prototipagem de 10 troqueis em resina composta. As coroas em dissilicato de lítio
foram confeccionadas de acordo com a técnica convencional, pela inclusão de padrões
de cera esculpidos sobre modelos de gesso obtidos a partir da moldagem individual
dos troqueis de resina. Após desinclusão, ajustes individuais foram realizados nas
coroas e posteriormente, foi realizada a verificação da desadaptação marginal das
mesmas nos respectivos troqueis simulando a situação clínica, com aferições
realizadas nos sentidos vertical (V) e horizontal (H) em cortes coronais e sagitais. Os
dados obtidos nos sentidos V e H não apresentaram distribuição paramétrica e foram
comparados empregando teste de Mann-Whitney (α=0,05). Valores significativamente
maiores de desadaptação marginal foram verificados nas medições realizadas no
sentido V comparadas às do sentido H, com medianas de 76,85 e 65,22 µm,
respectivamente (p=0,031). As desadaptações marginais de coroas totais são
geralmente mais fáceis de serem corrigidas no sentindo horizontal que as no sentido
vertical. Entretanto, os valores de desadaptação verificados neste estudo encontram-
se dentro dos limites aceitáveis para o uso clínico de restaurações indiretas descritos
na literatura (50 a 120 µm).
Palavras-chave: CAD/CAM; Desadaptação marginal; Dissilicato de lítio.
Apoio: CNPQ 2013-SAU046
258
739- EFEITO DAS CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO NAS PROPRIEDADES FÍSICAS DE
UMA RESINA COMPOSTA NANOPARTICULADA
Fedalto HL*, Pimentel AH, Isolan CP, Valente LL, Münchow EA, Lima GS. Centro de
desenvolvimento e controle de Biomateriais/Departamento de Odontologia
Restauradora, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS.
O objetivo foi avaliar o efeito das condições de armazenamento nas propriedades
físicas de uma resina composta/RC nanoparticulada (Filtek Z350 XT, 3M ESPE).
Espécimes de RC foram preparados e separados em dois grupos conforme o meio de
armazenagem: seco ou úmido (água destilada a 37°C). Ainda, os espécimes de cada
grupo foram separados em subgrupos conforme o tempo de armazenamento:
imediato, 24 horas e 7 dias. Cada espécime foi preparado para análise do grau de
conversão (GC) em espectroscopia de infravermelho, dureza Knoop (KHN) em
microdurômetro, resistência flexural (RF) e módulo de elasticidade (ME) em máquina
de ensaios universal (EMIC DL500). Os dados foram submetidos à Análise de Variância
duas vias e teste de Tukey (α=5%). O grau de conversão dos espécimes não foi
influenciado pelos fatores avaliados (p>0,05). A KHN e RF aumentou após
armazenagem a seco por 24 h e 7 dias ou em meio úmido após 24 h (p<0,05); a KHN e
RF dos espécimes secos foi maior que a dos espécimes úmidos somente após
armazenagem por 7 dias (p<0.05). O ME dos espécimes armazenados a seco aumentou
conforme maior o tempo de armazenagem (p<0,05); porém, para os espécimes
armazenados em meio úmido, o ME foi semelhante independente do tempo de
armazenagem (p>0,05); após armazenagem por 24 h e 7 dias, os espécimes secos
apresentaram maior ME do que os espécimes úmidos (p<0,05). Conclui-se que o
armazenamento da RC por 24 h em meio úmido parece ser um tempo satisfatório para
se avaliar o desempenho físico-mecânico do material sem haver um
comprometimento de suas propriedades.
Palavras-chave: propriedades físicas, resistência de materiais, resinas compostas.
259
740 - SISTEMA DE POLIMERIZAÇÃO FUNCIONALIZADO: SÍNTESE DE METACRILATO
COINICIADOR
Lima GS*, Moreira AG, Cuevas-Suárez CE, Ogliari AO, Ogliari FA, Piva E. Centro de
Desenvolvimento e Controle de Biomateriais - CDC-Bio. Programa de Pós-graduação
em Odontologia, Univarsidade Federal de Pelotas. [email protected]
Foi desenvolvido um sistema de polimerização funcionalizado, empregando um
metacrilato coiniciador (MC), para a polimerização radicalar. A síntese da nova
molécula, o metacrilato coiniciador foi realizada com rota sintética, empregando ácido
metacrilico em ciclohexano. O produto purificado por destilação fracionada e coluna
cromatográfica, foi submetido à ressonância magnética nuclear protônica e de
carbono para confirmação da estrutura e caracterizado no Infravermelho. A síntese foi
confirmada e o MC obtido com sucesso. A Resina adesiva experimental, com
canforoquinona (CQ) foi formulada para avaliação da influência da concentração do
MC no grau de conversão (GC). Grupos experimentais: CQ+MC, CQ+EDAB
(canforoquinona e amina) foram analisados quanto a cinética e taxa de polimerizaçao
(Tp) por Espectroscopia no Infravermelho (RT-FTIR). A resistência de união ao
microcisalhamento (RU), dos sistemas adesivos experimentais, foi testada em esmalte
bovino, seguida da análise de fratura e análise estatística. O GC médio após 20s de
fotoativação empregando o Radii foi de 60% (± 1,4) para CQ+EDAB e de 82% (± 5,8)
para o CQ+MC. Adicionalmente empregando o novo potencial coiniciador, foi obtida
maior reatividade que CQ+EDAB. A RU (Mpa) obtida foi de 21,9 (± 8,3) para CQ+EDAB
e de 22,5 (± 6,4) para o grupo CQ+MC, sem diferença significativa. O MC apresentou
desempenho semelhante ou superior ao convencional, com a vantagem de apresentar
uma maior biocompatibilidade pelo potencial de copolimerização, sendo um reagente
alternativo para composições fotoativáveis.
Palavras-chave: Biomateriais, metacrilato, fotopolimerização.
Apoio: CNPq
260
741 - AVALIAÇÃO DO PROTOCOLO DE HIBRIDIZAÇÃO DO RESMANSCENTE
CORONÁRIO PARA CIMENTAÇÃO AUTOADESIVA DE PINO DE FIBRA
Reis GR*, Vilela ALR, Queiroz LL, Silva GM, Menezes MS. Departamento de Dentística e
Materiais Odontológicos, Faculdade de Odontologia, Univarsidade Federal de
Uberlândia. [email protected]
Este estudo avaliou o efeito da ausência e do momento de hibridização do
remanescente coronário, durante a cimentação de pinos de fibra com cimento
resinoso autoadesivo (CRA), na resistência de união (RU) da resina composta à dentina
do remanescente coronário. Coroas bovinas foram incluídas e suas superfícies lixadas
até exposição do substrato dentinário. Após polimento, foram divididas
aleatoriamente em 7 grupos (n=8): Grupo Aa – aplicação de fina camada de CRA sobre
a dentina; C3 – hibridização do substrato com sistema adesivo convencional de 3
passos; Un – hibridização com sistema adesivo universal; C3Aa – hibridização com
adesivo convencional, seguido da aplicação CAA; UnAa – hibridização com adesivo
universal, seguido da aplicação CRA; AaC3 – aplicação do CRA previamente a utilização
do adesivo convencional e AaUn – aplicação do CRA previamente a utilização do
adesivo universal. Os corpos de prova foram confeccionados utilizando resina
composta com auxílio do “tygon” e em seguida realizado o ensaio mecânico de
microcisalhamento e análise do padrão de falha. Os dados (Mpa) foram tabulados e
submetidos ao teste de ANOVA one way (α=0,05). Não houve diferença estatística
significante entre os grupos (p=0,236). A análise do padrão de falha demonstrou
prevalência de falhas adesivas e coesivas em dentina. Concluise que, quando o CRA é
utilizado para fixação de pino de fibra, a ausência de hibridização da dentina e o
momento de utilização do sistema adesivo convencional de 3 passos e o universal, não
afetaram a RU da resina composta à dentina do remanescente coronário.
Palavras-chave: Cimentos resinosos, pinos dentários, resina composta.
Apoio: FAPEMIG
261
742- ANÁLISE DINÂMICA NÃO-LINEAR EM ELEMENTOS FINITOS DA INFLUÊNCIA DE
DIFERENTES RETENTORES INTRA-RADICULARES FRENTE AO TESTE DE IMPACTO
Silva CF*, Martins VM, Veríssimo C, Borella PS, Araújo IS, Carvalho ELA, Santos-Filho
PCF. Curso De Odontologia – UFU. [email protected]
Para a reabilitação de dentes tratados endodonticamente tem-se usado retentores
intra-radiculares de diversos materiais. O objetivo deste estudo foi avaliar o
comportamento biomecânico de incisivos anteriores tratados endodonticamente por
meio da análise de tensão, variando o tipo de retentor intra-radicular frente ao teste
de impacto. A imagem gerada simula os locais com acúmulo e dissipação de tensões
em três níveis: Dente restaurado com Núcleo Metálico Fundido (NMF), Dente
restaurado com Pino de Fibra de Vidro (PFV) e Dente Hígido (DH). Dois modelos
bidimensionais foram gerados: um de incisivo central bovino tratado
endodonticamente e outro a partir de um incisivo superior humano hígido. Uma
análise dinâmica não linear foi utilizada para simular o teste de impacto, onde um
objeto rígido atinge o modelo numa velocidade de 1 m/s -1. O comportamento
biomecânico dos modelos em questão foi analisado por meio de análise de
concentração e distribuição de tensão (von Misses modificado). O modelo com NMF
demonstrou mais concentração de tensão na dentina radicular que o modelo
restaurado com pino de fibra de vidro. A deformação da dentina radicular do modelo
NMF foi superior a deformação da dentina radicular do modelo de PFV, mas nenhum
dos dois modelos se assemelhou ao modelo do dente hígido. Quando comparamos a
deformação dentro do retentor radicular obtivemos valores mais altos para o modelo
de PFV que o NM. Pode-se concluir que o PFV distribui as tensões ao longo da raiz de
forma mais próxima ao DH e que o PFV concentra menos tensão dentro de sua
estrutura que o NMF.
Palavras-chave: Pino de fibra, retentor intrarradicular metálico fundido, Analise por
Elementos Finito
262
743 - MICRODUREZA DE CIMENTOS RESINOSOS SOB CERÂMICA VÍTREA DE
DIFERENTES CORES, TRANSLUCIDEZ E ESPESSURA
Pereira CNB*, Silva EH, Miranda GLP, Silveira RR, Correa ECS, Ferreira RC, Magalhães
CS, Moreira AN. Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de
Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais. Departamento de Metalurgia
do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. [email protected]
Avaliou-se a influência da cor (A2, A3 e A3.5), translucidez (alta,HT e baixa,LT) e
espessura (2, 3 e 4mm) da cerâmica vítrea e.max CAD e da fonte de luz (halógena HAL
e LED) sobre a microdureza Knoop (MK) de 3 cimentos resinosos (CR).
Confeccionaram-se espécimes de CR duais RelyX ARC e RelyX U200 e fotoativado RelyX
Veneer (Ø2x1.5mm), sob tira de poliéster, fotoativados por 30s (HAL 950mW/cm2,
28J/cm2; LED 1350mW/cm2, 40J/cm2) diretamente sobre a tira (controle positivo, CP)
ou através das cerâmicas (n=3), e espécimes dos CR duais sem fotoativação (controle
negativo, CN). Após 5 dias armazenados a seco sem luz, realizou-se MK (50g, 15s, 9
endentações/espécime). Comparou-se MK entre cimentos (Mann-Whitney e Kruskall
Wallis) e fatores em estudo (Dunn test e Bonferroni), α=0,5%. Não houve significância
da cor da cerâmica (p=0.1717) e fonte de luz (0.1421). Houve relação da MK negativa
com espessura e positiva com translucidez da cerâmica. MK dos CP U200 (46) > ARC
(41) > Veneer (31); CN dos CR duais ARC (34) > U200 (30). Para todos os cimentos
avaliados, a interposição de cerâmicas LT com espessuras ≥3mm diminuiu MK.
Cerâmicas HT não interferiram na MK para o cimento ARC, mas interferiram
negativamente a partir de 3mm para U200 e Veneer. Considerando-se que se utilizou
apenas o matiz A, não houve influência da saturação da cerâmica sobre MK, apenas da
translucidez. Apesar da densidade de energia de fotoativação (30s) para HAL 30%
menor que do LED, a fonte de luz não influenciou MK. A espessura da cerâmica
interposta influenciou MK a partir de 3mm.
Palavras-chave: Microdureza, cerâmica vítrea, cimento resinoso.
263
744 - TERAPIA ENDODÔNTICA EM DENS INVAGINATUS: REVISÃO DE LITERATURA E
RELATO DE CASO CLÍNICO COM 5 ANOS DE ACOMPANHAMENTO
Luna NAS, Georjutti RP, Oliveira MAVC, Faria RA. Centro Universitário do Triângulo-
UNITRI. [email protected]
Dens ivaginatus é uma anomalia de desenvolvimento que afeta mais comumente
incisivos laterais superiores, caracterizada pela ivaginação do órgão do esmalte para
dentro da papila dental, antes de se completar a calcificação dos tecidos dentais. O
tratamento endodôntico de elementos com esse quadro pode ser necessário pelo fato
da ivaginação permitir o acesso de agentes irritantes para dentro do espaço pulpar ou
dos tecidos perirradiculares. Essa condição pode causar dificuldades técnicas durante o
tratamento endodôntico devido a sua complexa anatomia interna. O presente trabalho
apresenta uma revisão de literatura sobre a anomalia de desenvolvimento dens
ivaginatus e um caso clínico de paciente de 9 anos com elemento 22 diagnosticado por
dens ivaginatus com necrose pulpar. Após preparo biomecânico e trocas de medicação
intracanal de hidróxido de cálcio, a obturação foi realizada com MTA (Mineral Trióxido
Agregado), devido as suas características de biocompatibilidade, promoção de
formação de tecidos duros, insolubilidade em água, além de boas propriedades de
selamento. Com base nesse estudo, pode-se inferir que o dens ivaginatus é uma
condição que pode comprometer o sucesso da terapia endodôntica, caso não sejam
observadas as condutas corretas, desde a análise radiográfica minuciosa até a escolha
do material obturador mais adequado. Além disso, o MTA por suas propriedades
apresenta-se como a melhor alternativa aos materiais comumente utilizados na
obturação desta anomalia.
Palavras-chave: Dens Ivaginatus; Tratamento Endodôntico; Mineral Trióxido Agregado
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745- AVALIAÇÃO DA CONTRAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO DE RESTAURAÇÕES EM
RESINAS FLOW EM CAVIDADES CLASSE I – ANÁLISE POR MICRO-CT
Sampaio* CS, Chiu K, Farrokhmanesh E, Janal MN, Puppin-Rontani RM, Giannini M,
Bonfante EA, Coelho PG, Hirata R. Laboratório de Materiais Dentários, Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – FOP UNICAMP. [email protected]
Este estudo teve como objetivo caracterizar o padrão e volume de contração de
polimerização em resinas compostas tipo flowable, incluindo uma resina flow
convencional, duas bulk-fill e uma auto-adesiva. Preparos de classe I padronizados
(4mm comprimento X 2.5 mm profundidade x 4 mm largura) foram realizados em 24
terceiros molares humanos, que foram divididos em 4 grupos, de acordo com a resina
composta e o adesivo utilizados: 1- Permaflo + Peak Universal Bond (PP); 2- Filtek Bulk
Fill + Scotchbond Universal (FS); 3- Surefil SDR + XP Bond (SX); e 4- Vertise flow self-
adhering (VE) (n = 6). Cada dente foi escaneado 3 vezes usando um Micro-CT. O
primeiro scan foi realizado após o preparo cavitário, o segundo após o preenchimento
da cavidade com a resina flow não polimerizada, e o terceiro após a polimerização da
resina. As imagens de µCT foram importadas para um software de avaliação 3D para a
realização do cálculo da contração volumétrica de polimerização. Os dados foram
submetidos para análise de variância ANOVA e comparação post-hoc. Não foram
observadas diferenças estatísticas entre os grupos PP, FS e VE. A resina composta bulk
fill SX apresentou os menores valores de contração volumétrica. A contração foi
observada principalmente ao longo da superfície oclusal e parte da parede pulpar. Em
conclusão, os resultados de contração de polimerização foram materiais-dependentes,
apesar da maioria dos materiais não diferirem entre eles. A localização da contração
de polimerização foi principalmente observada na superfície oclusal.
Palavras-chave: contração de polimerização, tomografia micro-computadorizada,
resina composta
Apoio: CAPES