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Gênesis

O início da minha história

Uma das sensações mais desorientadoras que um jovem ou uma jovem pode sentir é originada na falta de respostas para as perguntas mais básicas do mundo: De onde eu vim? Para onde eu vou?

Sem alguma de� nição para essas questões, todo o resto de sua vida parece perder o sentido. Nada mais importa. É comum, em situações assim, rapazes e moças afundarem-se em experiências vazias na tentativa de preencher o buraco causado pela falta de sentido.

O raciocínio é o seguinte: “Se eu não sei de onde vim, não tenho a menor ideia para onde vou. Neste caso, que me importa o que faço ou deixo de fazer? Não há mais sentido em estudar, trabalhar, obedecer às leis ou ajudar o próximo”.

Veja que lógica perigosa! Mas graças a Deus essa estrutura demoníaca pode ser quebrada. As Escrituras

nos falam sobre o nosso início e o nosso � m. E ao falar sobre eles, nos dá um sen-tido para viver. Minha vida vale a pena porque ela foi projetada por Deus. Minha vida vale a pena porque ele, com suas mãos poderosas e seu braço forte, conduziu a história e a natureza para gerar � lhos e � lhas que existem para sua glória.

Minha vida vale a pena porque ela não é fruto do acaso, mas parte da enge-nharia divina. Minha vida vale a pena porque ela é o centro da criação de Deus. Por ela, Jesus sacri� cou-se. Para ela, Deus tem um lugar reservado no céu.

Gênesis, sim, é o início da minha e da sua história de vida. Portanto, estudá-lo é viajar pelo álbum de retratos do nosso passado. Assim, nos conheceremos melhor para viver melhor nossa vida na direção da companhia perpétua do próprio Criador.

Por tudo isso, querido leitor, é muito bom começar 2013 com o primeiro livro da Bíblia, como também é bom voltar para a revista Atitude, depois de alguns trimestres distantes, justamente no momento em que “o início de tudo” é alvo de nosso estudo.

Um bom trimestre.Pr. Valtair A. Miranda

Redator

Papo aberto

1O TRIMESTRE – 2013 1

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ATITUDE ALUNO2

Literatura BatistaAno CVII – NO 425 – Jan.Fev.Mar de 2013

Nossa missão: “Viabilizar a co ope ração entre as igrejas batistas no cumprimento

de sua missão como comunidade local”

ISSN 1984-8633

Nota da Redação: Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores,

Autor das lições: Edson Fernandes Távora

Atitude Aluno

Publicação trimestral do

Departamento de Educação Religiosa da

Endereços

Direção Geral

Coordenação Editorial

Redação

Valtair Miranda

Produção Editorial

Studio Anunciar

Distribuição

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1O TRIMESTRE – 2013 3

4

Sumário

Escola Bíblica Dominical

Lição 4 – Distanciando-se de Deus

Lição 11 – Os desencontros familiares

Lição 12 – Mais desencontros familiares

Especial

Espaço do poeta

Para ler e pensar

A guerra do bem contra o mal

12

22

32

42

62

81

82

86

90

94

96

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ATITUDE ALUNO4

LEITURA BÍBLICACUCA FRESCA

Dezembro

31 – Segunda – Gênesis 1.1-5

Janeiro

1 – Terça – Gênesis 1.6-132 – Quarta – Gênesis 1.14-193 – Quinta – Gênesis 1.20-234 – Sexta – Gênesis 1.24,255 – Sábado – Gênesis 1.26-316 – Domingo – Gênesis 2.1-67 – Segunda – Gênesis 2.78 – Terça – Gênesis 2.8,99 – Quarta – Gênesis 2.10-1510 – Quinta – Gênesis 2.16,1711 – Sexta – Gênesis 2.18-2012 – Sábado – Gênesis 2.21-2313 – Domingo – Gênesis 2.24,2514 – Segunda – Gênesis 3.1-315 – Terça – Gênesis 3.4,516 – Quarta – Gênesis 3.6-817 – Quinta – Gênesis 3.9-1318 – Sexta – Gênesis 3.14-1619 – Sábado – Gênesis 3.17-1920 – Domingo – Gênesis 3.20-2321 – Segunda – Gênesis 4.1-722 – Terça – Gênesis 4.8-1623 – Quarta – Gênesis 4.17-2624 – Quinta – Gênesis 6.1-525 – Sexta – Gênesis 6.6,726 – Sábado – Gênesis 6.8-1227 – Domingo – Gênesis 6.13-2228 – Segunda – Gênesis 7.1-529 – Terça – Gênesis 7.6-1630 – Quarta – Gênesis 7.17-2431 – Quinta – Gênesis 8.1-5

Fevereiro

1 – Sexta – Gênesis 8.6-142 – Sábado – Gênesis 8.15-223 – Domingo – Gênesis 9.1-18; 3.154 – Segunda – Gênesis 12.1-45 – Terça – Gênesis 12.5-96 – Quarta – Gênesis 12.10-207 – Quinta – Gênesis 13.1-68 – Sexta – Gênesis 13.7-189 – Sábado – Gênesis 14.1-2510 – Domingo – Gênesis 15.1-2111 – Segunda – Gênesis 18.1-5

12 – Terça – Gênesis 18.6-813 – Quarta – Gênesis 18.9-1614 – Quinta – Gênesis 18.17-2215 – Sexta – Gênesis 18.23-3316 – Sábado – Gênesis 19.1-2317 – Domingo – Gênesis 19.24-3818 – Segunda – Gênesis 21.1-319 – Terça – Gênesis 21.4,520 – Quarta – Gênesis 21.6-821 – Quinta – Gênesis 21.9-1322 – Sexta – Gênesis 21.14-2123 – Sábado – Gênesis 21.22-3424 – Domingo – Gênesis22.1-2425 – Segunda – Gênesis 28.1-526 – Terça – Gênesis 28.6-927 – Quarta – Gênesis 28.10-1728 – Quinta – Salmo 84

Março

1 – Sexta – Salmo 1222 – Sábado – Gênesis 28.18,193 – Domingo – Gênesis 28.20-224 – Segunda – Gênesis 32.3-125 – Terça – Gênesis 32.13-196 – Quarta – Gênesis 32.20,217 – Quinta – Gênesis 32.22-328 – Sexta – Gênesis 33.1-79 – Sábado – Gênesis 33.8-1110 – Domingo – Gênesis 33.12-2011 – Segunda – Gênesis 37.1-412 – Terça – Gênesis 37.5-813 – Quarta – Gênesis 37.9-1114 – Quinta – Gênesis 37.12-1415 – Sexta – Gênesis 37.15-2216 – Sábado – Gênesis 37.23-2817 – Domingo – Gênesis 37.29-3618 – Segunda – Gênesis 39.1-2319 – Terça – Gênesis 40.1-2220 – Quarta – Gênesis 41.1-3721 – Quinta – Gênesis 41.38-5722 – Sexta – Gênesis 42.1-3823 – Sábado – Gênesis 43.1-1424 – Domingo – Gênesis 43.15-3425 – Segunda – Gênesis 44.1-3426 – Terça – Gênesis 45.1-2827 – Quarta – Gênesis 46.1-3428 – Quinta – Gênesis 47.1-3129 – Sexta – Gênesis 48.1-2230 – Sábado – Gênesis 49.1-3331 – Domingo – Gênesis 50.1-26

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1O TRIMESTRE – 2013 5

Para muitos dentre nós, cristãos, Gênesis é um “portal”, uma “passagem” transdimensional, através da qual se “sai” do mundo “natural” e se vai para o mun-do “supranatural”. Um telefone sem $ o para falar com Deus. Para aqueles que tomam Gênesis a partir desse ponto de vista, um “panorama” do livro é desne-cessário, porque não importa saber quem escreveu, quando, para que, por que, onde, para quem, como; o que importa é tirar o “fone” do gancho e “ouvir” o que Deus tem para falar. E, nesse caso, História, Exe-gese, Arqueologia, Sociologia, “Herme-nêutica”, tudo isso é, literalmente, “ruído”, barulho inútil, quando não pernicioso.

O sensato, entretanto, é entender a Bíblia como Palavra de Deus, escrita por homens que, ainda que escolhidos por Deus, estavam historicamente con-dicionados por sua cultura, seu tempo, sua vida... e sua morte. Ou seja, para entendermos a Bíblia, temos que “le-vantar” seu passado, assim como, para escrever sobre a vida de Jesus, Lucas

Osvaldo Luiz Ribeiro

Vitória, ES

Recursos de InterpretaçãoCUCA FRESCA

Um olhar sobre

o livro de Gênesis

“levantou” o passado de Jesus, inves-tigando-a por meio das testemunhas oculares (Lc 1.1-3).

A estrutura de Gênesis. Se você for a uma biblioteca, vai encontrar dezenas de livros sobre Gênesis, e em cada um desses livros vai encontrar uma tenta-tiva de estabelecer a estrutura do livro. Às vezes, isso é fácil; às vezes, não. Há certa tendência em estabelecer a se-guinte estrutura para Gênesis:

A Tradições sobre as “Origens” – 1-11

B História de Abraão – 12.1-25,18

C História de Isaque e Jacó – 25.19-37.1

D História de José – 37.2-50.26Diz-se haver uma espécie de funil

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ATITUDE ALUNO6

nessa estrutura. Veja só: a primeira parte trataria de uma perspectiva “universal” – a� nal, não há nada mais “universal” do que a “criação” (Gn 1-2). Da criação, partir-se-ia para descrever a “corrupção” do mundo (Gn 3-5), até a sua destrui-ção pelo “dilúvio” (Gn 6-9) e, depois de sua re-organização social (Gn 10), a dis-persão dos novos homens por ocasião do episódio da torre de Babel (Gn 11). No início da seção está Deus falando (Gn 1) e, no � nal da seção, a confusão das línguas; de “Adão” às “nações” seria a leitura tradicional de Gênesis 1-11.

As outras seções são mais narrativas. Das nações, Deus pinça um homem, Abrão (Abraão). A partir dele, a mile-nar saga do “povo de Deus” se inicia. Trata-se de uma história muito conhe-cida. Depois da história de Abraão, se-gue a história de Isaque e Jacó, propria-mente de Jacó, porque Isaque, apesar de sua relevância no capítulo da “pro-messa”, tem pouca atuação na narrativa em si, sendo reservada a maior parte, quase toda mesmo, para Jacó que, � lho de Isaque, irmão de Esaú, se tornará, dirá a narrativa, pai dos 12, por sua vez progenitores das famílias das 12 tribos.

Finalmente, de dentre os 12, a nar-rativa de Gênesis pinça agora de novo um homem – José. E eis uma das his-tórias mais lidas da Bíblia: a história de José, vice-Faraó do Egito.

Assim, se tomados os temas “cria-ção” e “descida para o Egito”, é natu-ral entrever-se um afunilamento na

“história” – do universo ao Egito. É possível, contudo, que a perspectiva original da composição fosse linear, isto é, que já desde a sua origem, mes-mo Gênesis 1-3, tratasse histórico-tra-ditivamente dos judeus, o que seria possível se “cosmogonia” (= criação) e “dilúvio” fossem chaves traditivo--culturais para descrever episódios concretos da vida dos judeus. Tudo depende da maneira como se aborda a literatura bíblica.

Um manancial. Gosto de me de� nir como um cristão da academia, que na igreja ainda continua pensando como pensa na academia, como há amigos meus que na academia ainda continu-am pensando como na igreja. Gosto de pensar que Deus gosta de mim assim mesmo, desde que eu me coloque dian-te dele, transparente, honestamente, francamente, em diálogo de Pai e � lho, de Criador e criatura, � lho, contudo, que pergunta as perguntas mais cons-trangedoras na frente das visitas, por-que não tem medo dos pais, e criatura que se surpreende com cada milímetro quadrado da superfície de um bēt (se-gunda letra do alfabeto hebraico, e pri-meira letra da Bíblia).

Leio Gênesis como um livro de Deus, mas que fala sobre os homens, particularmente sobre os israelitas, sua fé, suas crenças, suas virtudes, seus erros, suas esperanças e dores, seus horrores e tragédias, sua vida e morte.

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1O TRIMESTRE – 2013 7

Texto bíblico Texto áureo

EBD6 DE JANEIRO

O que Deus quer nos ensinar com o texto que está em Gênesis 1? Esta é a primeira pergunta que o estudante da Bíblia deve fazer.

A narrativa da origem do universo, da terra e da natureza que nos cerca, bem como do ser humano, não tem o objetivo de defender nossas posições acerca do processo de aparecimento do mundo. O objetivo da narrativa é demonstrar que, de alguma forma, o nosso Deus, pelo poder da sua Palavra e do seu Espírito, deu origem a tudo o que vemos. Cada item e cada detalhe de toda a natureza foram criados com a sua participação: direta e indireta.

Como subtrair estes ensinos de uma narrativa que, aparentemente, somente nos traz a origem do universo, da terra e da natureza? Quem, como e para que o universo foi criado?

A criação do universo

Lição 1

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ATITUDE ALUNO8

Criação ou evolução? – Esta é a per-gunta que sempre se quer responder quando se estuda o capítulo 1 e 2 do livro de Gênesis; mas isto não deve se feito. Primeiro, porque esta não foi a pergunta que o escritor sagrado, conforme lemos na própria narrativa, fez. Segundo, a for-ma como a narrativa se encontra com-porta as duas perspectivas: a iniciativa (a ação) de Deus e os processos evolutivos.

O texto bíblico diz: “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (v. 1). Não poderia haver um processo evolutivo se no início de tudo não houvesse algo. Sempre há a necessidade de que algu-ma coisa exista para que exista a evolu-ção. Havendo primeiramente algo, isto é, uma matéria primordial, aconteceu alguma coisa para que esta massa pri-meira irrompesse num processo evolu-tivo. A Bíblia diz que Deus “criou” (he-braico, barah) os céus e a terra. Ou seja, Deus, seu Espírito e sua Palavra foram o determinante de todo o processo.

Quando a Bíblia diz que Deus fala, é porque ele fala; quando diz que Deus cria, é porque ele cria; quando diz que Deus faz, move, guerreia, peleja, em suma, quando alguma ação é atribuída a Deus, é porque, na realidade, tudo isso vem e procede dele, de alguma ma-neira conhecida ou desconhecida.

Deus fala com voz audível (Mt 3.17), por meio de visão (Gn 15.1),

sonho (15.22); por meio de anjos (17.1; 18.1s), de elementos da natureza (Ex 19.18,19) ou de outras maneiras diretas e indiretas (Gn 22.1).

De alguma forma, Deus fez o uni-verso. Deus usou uma maneira direta para trazer a luz à existência (1.3). Quando Deus criou os vegetais, ele “disse”. De que maneira ele “disse”? Com voz audível? Mesmo que não consigamos responder a essa pergun-ta, certamente houve alguma iniciati-va ou fenômeno vindo de Deus.

“Produza a terra relva, ervas...” Nes-ta expressão, nota-se um processo (uma evolução). A própria terra, já “apareci-da” (v. 9), produz os vegetais (v. 11). Foi a terra (hebraico, adamah) que fez evoluir os vegetais, numa ação que teve sua origem em Deus. Podemos dizer que Deus criou os vegetais, pois dizemos que Deus criou os ! lhos por meio de seus pais.

A narrativa de Gênesis é poética. Não possui linguagem cientí! ca, mas deixa aparecer algo que algumas te-ses cientí! cas defendem. Houve cer-to processo cientí! co ou natural no modo de Deus criar. Apesar de não ser este o propósito da Bíblia, a observa-ção das pessoas antigas quanto às ori-gens das coisas visíveis é bem acurada e próxima do que a ciência moderna tenta explicar de seu modo.

Comentando o texto bíblico

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1O TRIMESTRE – 2013 9

De alguma forma, a matéria inor-gânica gerou a orgânica. Como? É um mistério, mas certamente houve uma intervenção do poder criador, incen-tivador da vida, que está em Deus. Em todas as fases da criação encontramos uma maneira direta e indireta de Deus criar.

A criação do homem e da mulher – Na criação do ser humano houve uma maneira totalmente diferente e nova, ímpar. “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem”. Não se es-peci# ca se Deus disse em voz audível, por meio de anjo, fenômenos da na-tureza ou outra maneira. De alguma forma, o poder de vida da sua Palavra concretizou algo.

O Espírito e a Palavra de Deus “agiram”: “Façamos”. O verbo está no plural. A ideia do escritor do texto bíblico é que já no início da criação podemos encontrar Deus (Elohim), o seu Espírito (Ruah), sua Palavra (Da-

bar) e as águas (te’om) (Gn. 1.1,2). Em Gênesis 2.7 lemos que o ser

humano foi criado a partir da terra (adamah, pó do chão – matérias or-gânicas e inorgânicas). Além disso, a ação direta de Deus molda esse ser humano conforme o ser de Deus, co-locando nele a vida de Elohim (Deus).

O dia do descanso – A narrativa termina no capítulo 2.1-3: “Assim, fo-ram acabados...” A criação, com todo o seu processo, # nalizou-se no sétimo

dia. A palavra “dia” (yom, em hebrai-co) não signi# ca necessariamente 24 horas, mas um período de tempo (para Deus, um dia é como mil anos, e vice-versa). O sétimo dia signi# ca a sétima fase de sua ação. Ou seja, o que Deus teria que criar ou intervir na construção da natureza já estava pron-to. Agora seria com o ser humano (Gn 1.28).

Assim como Deus planejou, assim o ser humano deveria cumprir para o seu bem-estar. Dividir suas atividades de tal forma que estabelecesse um ci-clo de sete períodos, intercalando um período de descanso. O dia para o ho-mem e a mulher é o tempo de rotação da terra em torno de seu eixo, isto é, o que chamamos de 24 horas. Nosso organismo já acostumou com isto e deveremos respeitá-lo. Caso contrá-rio, corremos sérios riscos de estresse, desgastes irreparáveis para a saúde físi-ca, mental e emocional.

Sejamos sábios e não queiramos mudar a natureza (criada ou desen-volvida) dirigida por Deus para nós. Tiremos um dia na semana para des-cansarmos dos outros seis. Deus é o dono de tudo e de todo o nosso sus-tento. Em suas mãos há todo o poder e toda bondade. No que está ao nosso alcance, esforcemo-nos para separar o descanso. Separemos o horário de serviço e descansemos no Senhor, porque ele é que dá o crescimento à semente plantada (Gn 1.8b, 13,18; Mt 6.26-33).

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ATITUDE ALUNO10

A lição em foco

Quem é o nosso Deus?

Deus é dono do mundo e de tudo o que nele existe

Como o nosso Deus faz as coisas?

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1O TRIMESTRE – 2013 11

Pra tomar uma atitude

"O Espírito de Deus se movia sobre a face das águas".

ruah

tehom

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ATITUDE ALUNO12

EBD13 DE JANEIRO Lição 2

Texto bíblico Texto áureo

O ser humano Razão de ser da criação

O capítulo 2.4-25 de Gênesis é uma segunda narrativa da criação. Destaca outros atributos da natureza humana, fala sobre o relacionamento entre o “macho e a fêmea” usando termos (v. 27) peculiares ao seu próprio contexto (Gn 1.1-2.3). A segunda narrativa está preocupada em ensinar acerca do ambiente em que o ser humano estava inserido. Ambiente este que proporcio-nou decisões e consequências diversas.

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1O TRIMESTRE – 2013 13

Comentando o texto bíblico

O ambiente em que estamos. O am-biente em que o ser humano habitava carecia de sua intervenção. Homem e mulher precisavam trabalhar. Deus fez o universo perfeito e completo, mas a terra carecia de ser trabalhada: “... e não havia homem para lavrar a terra” (2.5).

Deus prepara tudo para fazermos a nossa parte, pois o nosso trabalho cabe a nós fazê-lo. Deus só deu a chuva após a mão humana tocar a terra: “Toda a erva do campo ainda não brotava, porque o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra” (2.5b). Deus deu ao ser humano o poder de querer, de-cidir e fazer. O mesmo Deus que tem o poder de fazer uma natureza produ-zir a chuva não teria di� culdades para fazer brotar a planta, mas decidiu dar responsabilidade a nós de trabalhar.

Deus plantou um jardim. No ambiente em que Deus colocou o homem e a mu-lher para habitar, ele plantou o Jardim do Éden. Neste jardim, colocou o alimento da alma: “a árvore da vida” (2.9c). Este tipo de alimento evoca ou se identi� ca com o texto que está em Ezequiel 47.12: “e o seu fruto servirá de alimento e a sua folha de remédio”. Outros textos também evocam a ideia de um alimento espiritual:

– “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus” (Ap 2.7);

– “No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos” (Ap 22.2);

– “Como suspira a corça pelas cor-rentes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma” (Sl 42.1).

Deus está preocupado e coloca ao nosso alcance o alimento da nossa alma. Jesus, em João 6.27, diz: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comi-da que permanece para a vida eterna”.

Deus ofereceu liberdade. No am-biente em que Deus colocou o ser hu-mano para habitar, ele fez brotar a “árvo-re do conhecimento do bem e do mal” (2.9). Deus não colocou a humanidade

"Deus está preocupado e coloca ao nosso alcance o alimento da nossa alma. Jesus, em João 6.27, diz:

“Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida

que permanece para a vida eterna”

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ATITUDE ALUNO14

numa situação incondicional. A decisão humana é muito importante para Deus! Deus nada quer para cada pessoa senão o seu livre arbítrio.

Por maior que seja o poder de Deus, ele não quer algo mecânico de nossa parte. Deus respeita nossa decisão. Ele não quer robôs, mas pessoas que, de co-ração, lhe sirvam e obedeçam.

A vontade humana é tão importante para Deus que, arriscando toda criação, ele deu opção ao homem e à mulher de escolher da árvore do conhecimento do bem e do mal ou continuar na situação de inocência original, apenas trabalhan-do e se alimentando com aquilo que Deus já lhes tinha dado para comer.

“Livremente” (2.16) não signi� ca que não havia liberdade para as de-mais, mas que não teria consequências para o seu bem-estar. Junto com a es-colha errada, do ponto de vista divino, o Senhor mostra seus efeitos (2.17).

Deus agiu com estratégia. O am-biente em que Deus colocou o pri-meiro casal era um local estratégico. Dali saía um rio que regava o jardim que se dividia em quatro braços (2.10). Isto significa que abrangia os “quatro cantos da terra”: Havilá (Arábia, os semitas, v. 11,12); Cusi (Etiópia, na África, os filhos de Cam); Tigre e Eufrates (Mesopotâ-mia, v. 13,14).

O Senhor sempre nos coloca no lugar onde vamos irradiar nossa in-fluência. Nossa presença neste mun-do sempre influencia. Como uma pedra lançada na água, assim nossa presença e ação se irradiam para to-dos os lados, de uma forma que não sabemos a total conseqüência do que fazemos: bem ou mal. Quando Adão pecou, a consequência se irra-diou por toda a terra, por todos os tempos.

A vontade humana é tão importante para Deus que,

arriscando toda criação, ele deu opção ao homem e à mulher

de escolher da árvore do conhecimento do bem e do mal ou

continuar na situação de inocência original

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1O TRIMESTRE – 2013 15

A lição em foco

O ser humano veio ao mundo para ser propagador de vida

O ser humano veio ao mundo numa situação de perfeição, para viver para sempre

O ser humano veio ao mundo em estado de felicidade

rûah-elohim,

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ATITUDE ALUNO16

Pra tomar uma atitude

1 Espírito criativo ou produtivo

2 Necessidades físicas e espirituais

nephesh

nephesh

3 Livre arbítrio

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1O TRIMESTRE – 2013 17

Lição 3EBD

18 DE ABRILEBD

20 DE JANEIRO Lição 3

A “serpente” falante não havia ainda aparecido na narrativa bíblica. No Jar-dim do Éden já havia a possibilidade da tentação. Deus poderia livrar o primeiro casal deste item, mas com isso lhe tira-ria também a liberdade. O pecado não é plano de Deus, mas a possibilidade do pe-cado fazia parte do projeto de Deus para que o ser humano decidisse, livremente, rejeitar o erro. O ser humano seria menos humano se sua pureza não fosse voluntá-ria e preservada por sua própria vonta-

e bondade de nosso Pai.

O ser humano desvia-se do propósito de Deus

Texto bíblico – Texto áureo –

"É impressionante como a fraqueza humana cega e ensurdece o entendimento espiritual. O ser humano quer sempre saber mais, mas quando se desvia dos propósitos

de Deus, a Palavra de Deus alerta e denuncia"

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ATITUDE ALUNO18

Comentando o texto bíblico

A tentação. O homem foi colocado num jardim que supria todas as suas ne-cessidades, mas um jardim de liberdade de escolha. As coisas de Deus não são impostas. Deus não arromba ou vio-lenta a vontade humana. As leis, regras e limites que o Senhor coloca em sua Palavra são para o nosso próprio bem. Deus é bom! Existem prazeres que o Senhor criou, prazeres que podemos desfrutar, que não nos causam proble-mas. Existem também coisas que estão aí para provar nosso arbítrio. Existem para que tenhamos liberdade de es-colher: a soberania de Deus ou nosso próprio entendimento acerca das coi-sas. Muitas vezes, decidimos coisas que não conhecemos totalmente, mas que aos nossos próprios olhos são boas ou certas. Precisamos ter muito cuida-do com as escolhas que fazemos, pois Deus as leva muito a sério.

Caímos na tentação quando nos

vem dúvida sobre a Palavra de Deus. A Palavra de Deus diz que Deus é bom, que o Senhor fez “a terra e os céus” bons e bonitos. O Senhor fez brotar da terra toda árvore agradável à vista e boa para comida, e a árvore da vida para dela alimentarmos e sermos felizes. Por que duvidar? Se já temos provado do bem celeste, da sua presença e da sua obra em nossa vida, por que desprezar

tudo? É exatamente sobre esse cuidado que alertou o autor de Hebreus: “Se, pois, se tornou & rme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligen-ciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois con& rma-da pelos que a ouviram; dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo, segun-do a sua vontade” (Hb 2.2-4).

Quando Adão e Eva tomaram daqui-lo que a Palavra do Senhor tinha dito ser mal, pois levaria à morte, deram ouvidos à mentira da serpente (3.4). Caíram por-que duvidaram da Palavra do Senhor. Se estivessem certos do que Deus dissera, não teriam praticado a desobediência. Duvidar da Palavra de Deus nos torna alvos fáceis para a tentação.

Caímos na tentação quando não

nos satisfazemos com aquilo que o

Senhor nos tem dado. O ser humano pode desfrutar e trabalhar livremente com aquilo que está dentro dos pro-pósitos de Deus para a sua felicidade: “De toda árvore do jardim comerás livremente” (2.17). Quando o ser hu-mano desvia-se da Palavra, entra num estado de morte. Perde o direito à vida

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(3.22-24). Insatisfeita, a mulher pôs os olhos (Rm 12.16; 1Jo 2.16) em ou-tra árvore que lhe era agradável e de-sejável, mas mortal segundo a Palavra do Senhor.

É impressionante como a fraqueza humana cega e ensurdece o entendimen-to espiritual. O ser humano quer sempre saber mais, mas quando se desvia dos pro-pósitos de Deus, a Palavra de Deus alerta e denuncia. Se ao ouvirmos a sua voz (de Deus), não endureçamos o nosso cora-ção. Con� e que o Senhor quer o nosso bem. Caso contrário, seremos enganados e perderemos a bênção: “Tornando a re-tirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade” (Mt 26.42); “não endureçais o coração, como em Meribá, como no dia de Massá, no deserto” (Sl 95.8).

Caímos na tentação quando damos

ouvidos aos desejos e à perspectiva da

natureza humana. Eva tinha duas vo-zes falando aos seus ouvidos: a voz de Deus e a voz da serpente. A voz da Pala-vra de Deus na sua mente espiritual e a voz da sua natureza humana. A nature-za humana não é má, mas traz consigo limitação e fraqueza. Jesus viveu num mundo onde oferece tentações. Ele foi tentado como qualquer ser humano: “Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que pe-netrou os céus, conservemos � rmes a nossa con� ssão. Porque não temos

sumo sacerdote que não possa compa-decer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hb 4.14,15). Jesus possuía a natureza hu-mana (Hb 5.2; Mc 14.33b-34a). No entanto, não deu ouvido, nem ao dia-bo, nem aos prazeres do mundo, nem aos desejos de sua carne (Lc 4.1-13; conferir também João 16.31).

A mulher e o homem poderiam ven-

cer a tentação, pois estavam sem quais-

quer vícios. A alma do primeiro casal estava como a de Jesus: pura. Antes de aceitarmos a Jesus como nosso Senhor e Salvador trazemos uma alma cheia de vícios e pecados de nossa vida sem Cristo, de nossa sociedade e de nossos pais. Se permanecermos em Cristo, o pecado não consegue lugar em nossa vida ( Jo 15.3-10; 1Jo 1.7-9; Mt 5.48; 1Pe 1.15,16). A partir do momento da conversão, nos tornamos nova criatura (1Co 5.17). Temos a natureza humana permeada de vícios, mas podemos so-frer uma renovação: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sa-crifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vos-sa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.1,2). Com Jesus po-demos vencer!

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ATITUDE ALUNO20

A lição em foco

O sangue do Cordeiro: a queda tem solução

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Pra tomar uma atitude