59456060 museu de arqueologia biblica do unasp artigos em homenagem ao dr paulo bork

7/29/2019 59456060 Museu de Arqueologia Biblica Do UNASP Artigos Em Homenagem Ao Dr Paulo Bork

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SUMRIO

TABLE OF CONTENTS

CaptulosChapters

I. ARQUEOLOGIA BBLICA (PERSPECTIVA HISTRICA) ....................................... 1

BIBLICAL ARCHEOLOGY (HISTORICAL OVERVIEW) ......................................... 7

por Ruben Aguilar, Ph.D.

II. CONTRIBUIES ADVENTISTAS DO STIMO DIA PARA AARQUEOLOGIA BBLICA (PERSPECTIVA HISTRICA) ................................. 13

SEVENTH-DAY ADVENTIST CONTRIBUTION FOR BIBLICALARCHEOLOGY (HISTORICAL OVERVIEW) ..................................................... 19

por Lloyd A. Willis, Ph.D.

III. EXPERINCIAS PESSOAIS NO CAMPO ARQUEOLGICO(TESTEMUNHO PESSOAL) .... .......................................................................... 25

LIFE EXPERIENCES IN FIELD ARCHEOLOGY (PERSONALTESTIMONY) ..................................................................................................... 35

por Paulo F. Bork, Ph.D.

IV. MUSEU DE ARQUEOLOGIA BBLICA PAULO BORK: BREVEHISTRICO ........................................................................................................ 44

PAULO BORK ARCHEOLOGICAL MUSEUM: A BRIEF HISTORY .................... 47

por Alberto R. Timm, Ph.D.

V. COLEO DO MUSEU DE ARQUEOLOGIA BBLICA PAULO BORK(FOTOS E LEGENDAS) ..................................................................................... 50

PAUL BORK ARCHEOLOGICAL MUSEUM COLLECTION(PHOTOGRAPHS AND CAPTIONS) ................................................................. 63

por Rodrigo P. Silva, Th.D.

VII. A ARQUEOLOGIA E O EVANGELHO DE JOO:COMO RESTOS DO PASSADO PODEM AJUDAR A INTERPRETAODA BBLIA NO PRESENTE ............................................................................. 75

ARCHAEOLOGY AND THE GOSPEL OF JOHN:HOW ANCIENT REMAINS CAN HELP MODERN INTERPRETATIONOF THE BIBLE ................................................................................................. 88

por Wilson Paroschi, Ph.D.


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Apndice

Appendix

PAULO F. BORK (1924- ): RESUMO BIOGRFICO ......................................................... 100


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CAPTULO I

O DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO DA ARQUEOLOGIA BBLICA

por Ruben Aguilar

natural no ser humano o desejo de conhecer a sua origem e o passadodos seus ancestrais. Para satisfazer esse desejo, as pessoas procuram preservarobjetos dos seus antepassados, pesquisar sobre usos e costumes dos temposanteriores, visitar lugares que foram cenrios de eventos importantes, removerescombros procura de vestgios de outras civilizaes, e outras atividades similares.Essa prtica deu origem cincia chamada Arqueologia.

A composio etimolgica da palavra Arqueologia formada por dois

vocbulos gregos: archaios: antigo e logos: estudo; isso permite defini-la como acincia que estuda os vestgios e a interpretao histrica de civilizaes passadas.Esse estudo inclui a prtica de preservar todo objeto que fornece informaes dopassado. Considerando a Arqueologia como uma prtica, verificamos que essaatividade j era desempenhada por governantes assrios e babilnios, alguns dos quaisconstruram museus e bibliotecas onde preservaram esttuas, figuras votivas,documentos escritos em pedras ou argila e outros artefatos.

O Despertar da Arqueologia Bblica

Na poca do imperador romano Constantino (312-336 d.C.) surge o interesse

por parte dos cristos, de conhecer os lugares sagrados localizados na Palestina,mediante peregrinaes de fiis. Dessa maneira comea o estudo que mais tardedenominou-se Arqueologia Bblica, ou seja, o estudo dos vestgios de povos ecivilizaes antigas, cujos eventos histricos guardam relao com o registro bblico.

Aqui cabe mencionar que os povos antigos, cujos nomes esto registrados na Bblia,tiveram algum tipo de relacionamento histrico ou social com o povo de Israel, o qual notexto sagrado considerado como povo de Deus. vasto o nmero de povosestrangeiros que tiveram contato de amizade ou de conflito blico com Israel,estabelecido geograficamente na regio da Palestina; mas as naes que maissobressaram so: o Egito, no norte da frica; a Sria, ao norte da Palestina; Assria, naparte norte entre os rios Tigre e Eufrates, regio denominada Mesopotmia; a Babilnia

que ocupava o sul da Mesopotmia; a Prsia, localizada alm do rio Tigre; a siaMenor, atualmente ocupada pela Turquia e a Grcia, no sul da Europa.

Os peregrinos que desde a poca do imperador Constantino visitavam aPalestina o faziam sem ter um registro preciso dos lugares a serem visitados, nemcontar com uma base de pesquisa histrica; mas, estimulados pela devoo e guiadospela superstio, afirmavam ter descoberto vestgios do passado do povo de Israel e delugares relativos ao ministrio de Jesus que raramente eram confirmados. Um trabalhosrio elaborado naquela poca foi o efetuado por Eusbio de Cesrea, que escreveuuma obra intitulada Onomasticon, na qual descreve pouco mais de mil lugares


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considerados sagrados, dos quais uma boa parte j foi confirmada em escavaesefetuadas por arquelogos modernos.

As peregrinaes de cristos sofreram severa interrupo quando aPalestina foi invadida pelas foras islmicas a partir do movimento religioso propiciadopelos seguidores de Maom. A ocupao islmica no somente determinou adiminuio do fluxo de peregrinos, mas tambm causou terror e destruio como asprovocadas pelo califa Abu Ali Al Manzur (996-1020 d.C.), que mandou queimar a Igrejada Ressurreio e destruir o Santo Sepulcro e outros monumentos do cristianismo.Essa onda destruidora foi detida com a interveno dos exrcitos libertadorespatrocinados pelo papado e denominados de Cruzadas. Depois de vrias derrotassofridas pelos cruzados, firmou-se a paz entre o comandante da terceira expedio, orei da Inglaterra Ricardo Corao de Leo e o sulto do Egito Saladino. Por esseacordo, permitia-se a visita aos lugares sagrados da Palestina a todo cristo que assim

o desejasse.A permisso obtida possibilitou que nos anos seguintes aparecessem

peregrinos com srias intenes de realizar estudos de pesquisa arqueolgica. Deve-semencionar, por exemplo, o nome de Ciriaco de Pizzicolli (sculo XIV), um comercianteitaliano interessado em moedas e objetos de arte, realizou cpias de documentosantigos, criando um mtodo sistemtico para classificar seus achados. No sculo XVIdestaca-se Johann Zuallart, que realizou muitos desenhos das runas das cidadesantigas ressaltando, conforme seu interesse, os diferentes estilos arquitetnicos. Outropesquisador que deu sua contribuio ao estudo dos vestgios arqueolgicos foi oitaliano Pietro della Valle, que aps visitar e observar lugares das civilizaes passadas,principalmente na Mesopotmia, publicou um relatrio das suas viagens na obra

Viaggio de Pietro della Valle, il Pellegrino, editado em 1650.Na primeira metade do sculo XVIII, aconteceu um dos primeiros achados

resultante de um trabalho que poderia ser chamado de escavao arqueolgica. Naregio de Npoles, perto da rea onde se ergue o imponente vulco Vesvio,acidentalmente haviam sido encontradas algumas estatuetas e imagens antigas quedespertaram o interesse da rainha Maria Cristina, esposa do rei Carlos de Bourbon. Arainha solicitou que se fizessem trabalhos naquele lugar, procura de mais peasantigas. O resultado foi que aps efetuar escavaes, descobriu-se um corredorsubterrneo no qual estava uma inscrio: Theatrum Herculanense. Era dezembro de1738, quando as runas da antiga cidade de Herculano foram encontradas e, dez anosmais tarde, de Pompia, duas cidades romanas que haviam sido sepultadas pelas lavas

do Vesvio, na erupo de 79 d.C.Vrios personagens com tendncias literrias propuseram-se a descrever os

achados das runas daquelas cidades, mas sem a qualidade cientfica de que serianecessria. Em 1762, Johann J. Winckelmann, um poliglota por natureza, publicou aprimeira obra descritiva Sobre as Descobertas de Herculano, complementada dois anosmais tarde. Mas sua obra prima foi a Histria da Arte da Antigidade, um relato semprecedentes da evoluo das caractersticas dos monumentos antigos.


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Revelado o Mistrio das Escritas Antigas

No final do sculo XVIII, oficiais e soldados franceses do exrcito deNapoleo, que na ocasio invadiram o Egito, ficaram deslumbrados ao contemplar asimponentes pirmides de Saqqara, perto do Cairo; logo descobriram vriosmonumentos e colunas de palcios e templos que venceram o tempo. Encontraramtambm relquias culturais do passado remoto dessa terra, sendo que esse acervocompreendia vrias esttuas, sarcfagos, fragmentos de cermica, documentosescritos; mas o que ressaltava era uma estela, pedra de formato triangular e faceslisas, com trs tipos de escrita: hieroglfico, demtico e grego. Esse objeto arqueolgicorecebeu o nome de Pedra de Roseta. Em 1801, aps a capitulao do exrcitofrancs diante dos ingleses do general Nelson, esse valioso conjunto de peas foientregue aos vencedores e conduzido Inglaterra, sendo seu destino final o Museu de

Londres. Vrias cpias do contedo da Pedra de Roseta foram espalhadas pelosmuseus e bibliotecas da Europa. Uma dessas cpias foi utilizada por um jovem francs,Jean Franois Champollion (1790-1832), revolucionrio por convico, mas, erudito emlnguas antigas por vocao. O esprito genial de Champollion permitiu-lhe descobrir ummtodo de dar valor fontico e grfico aos sinais hieroglficos e dessa maneira poderinterpretar a escrita sagrada do antigo Egito.

Quase simultaneamente ao trabalho realizado por Champollion, outra escritaantiga era decifrada e sua interpretao era dada a conhecer. A escrita era ocuneiforme, chamada assim porque seus sinais so representados com traossemelhantes a cunhas. Quem criou um mtodo para interpretar essa escrita foi um

jovem professor de escola, em Gttingen, chamado Georg Friedrich Grotefend (1775-

1853). Grotefend trabalhou sobre cpias de textos cuneiformes de Perspolis e,baseado nos conhecimentos adquiridos na sua formao como professor, conseguiudiferenciar o cuneiforme persa do babilnico. Outro aporte ao conhecimento da escritacuneiforme foi a de Henry Rawlinson (1810-1895), que passou grande parte da sua vidacopiando, transcrevendo e traduzindo documentos antigos, mas o que o tornou famosofoi a interpretao do texto encontrado na rocha de Behistun, no territrio da Prsia.

No fcil imaginar os alcances que a interpretao das escritas hieroglficae cuneiforme vem outorgando ao conhecimento da Arqueologia. Sendo possvel lerdocumentos antigos, pode-se conhecer a organizao social, a economia, processos detransferncia de bens, formas de governo, costumes, leis sociais, ritos religiosos,crenas etc., dos povos do passado cuja histria compartilhada com a histria de

Israel, e dessa maneira ter maior esclarecimento sobre os temas bblicos.

Descobrindo Cidades nas Terras Bblicas

O sculo XIX foi um perodo frtil para o conhecimento da ArqueologiaBblica, porque o interesse de pesquisadores e a contribuio financeira de instituiesacadmicas fizeram com que fosse possvel desenterrar cidades antigas sepultadasdebaixo de densas camadas de areia, recuperar monumentos, imagens sagradas,vestgios de palcios, documentos epigrficos e outros que estavam sumidos


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aguardando o tempo do seu afloramento. Fazer uma lista desses achados tarefadifcil porque sempre ser incompleta ou simplesmente omissa, dependendo dos

critrios que se adotem. Mas, apesar dessa deficincia, preciso mencionar algunsdescobrimentos para se ter uma idia do avano e utilidade dos estudos da ArqueologiaBblica.

Em 1811, Claudius James Rich visitou as runas da antiga Babilnia e alirealizou escavaes que lhe permitiram desenterrar vrios tabletes de argila comescrita cuneiforme, pedras com inscries e outros artefatos. Seus achados foramrelatados no seu livro Memrias sobre as Runas da Babilnia. Essa obra estimulououtros pesquisadores a realizar escavaes no territrio das antigas civilizaes. Orelato de C. Rich fazia meno a duas colinas localizadas na margem esquerda do rioTigre, cujos nomes, segundo habitantes do lugar, eram Kuyunjik e Nebi-Yunus, estaltima, relacionada, pelos nativos, com a pessoa do profeta Jonas. Em 1842, o mdico

francs Paul Emile Botta, agente consular em Mosul, iniciou escavaes na colinaKuyunjik onde presumivelmente estariam as runas de Nnive, antiga capital assria.Como seus primeiros esforos no foram bem sucedidos, ele mudou seu projeto deescavaes para Dur Sharrukin, localizado 15 km mais ao norte, onde encontrouvestgios da antiga Khorsabad. Ali desenterrou as runas do palcio de Sargo II,importante rei assrio.

Em 1845, Austen Henry Layard continuou as escavaes onde Botta haviaabandonado e em pouco tempo achou indcios da cidade de Nnive. Pouco tempodepois, identificou as runas do palcio de Ashurbanipal II e muitos tesouros que logoforam transportados para o Museu Britnico. Em 1851, Hormuzd Rasham, assistente deLayard descobriu a biblioteca de Ashurbanipal, contendo milhares de tabletes com

escrita cuneiforme cujos contedos so de valor incalculvel para o estudo daArqueologia Bblica, entre os quais, os relatos da criao e o dilvio na visomesopotmica. A partir dessa poca, muitos stios arqueolgicos foram estabelecidospermitindo o re-descobrimento de cidades antigas soterradas debaixo dos estratos deareia. Na regio da Mesopotmia: Nippur, Nimrode, Ur, Acade, Mari, Nuzi, Ashur, Eridu,etc. Na regio da Sria: a antiga cidade de Ugarite, na atual colina de Ras Shamra,onde foram encontrados milhares de tabletes com escrita de caracteres cuneiformes,mas, de significado parecido ao hebraico bblico; tambm foram descobertas as runasde Biblos, Tiro e Sidon; e recentemente as runas do antigo imprio de Ebla, na colinade Tell Mardique, cujo florescimento ocorreu no perodo patriarcal. Na regio daPalestina, embora muitas runas estivessem semidescobertas, no deixaram de ser

objeto de escavaes e pesquisa, como: Jeric na colina Tell el Sultan; Ai, debaixo deEt Tel; Debir, em Tell beit Mirsim; os colossais monumentos de Beth Shan; D, em Tellel-Qadi; Gibeon, em Tell el Jib; Hazor, na colina Tell el Qedah, na regio norte daGalilia; Laquis, em Tell el Duweir; e muitos outros lugares do passado bblico.

Registros Arqueolgicos de Eventos Bblicos

As escavaes arqueolgicas realizadas nesse perodo, alm depossibilitarem o descobrimento das runas de cidades relacionadas com a histria


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bblica, favoreceram tambm o achado de documentos que auxiliam na confirmaoda veracidade dos relatos da Bblia. J fizemos meno aos tabletes encontrados na

biblioteca de Ashurbanipal, em Nnive, entre os quais encontram-se relatoscomparveis aos encontrados no livro do Gnesis. Outros documentos importantes so:as cartas de Tell el-Amarna que evidenciam a invaso das foras israelitas a Cana; ainscrio do fara Sisaque, relatando sua invaso a Palestina na poca do rei Roboo;os papiros de Elefantina, que permitem uma compreenso melhor do aramaico; apintura encontrada em Beni Hasan, mostrando um semita de nome Ibsha, do perodopatriarcal, visitando o Egito; a lista de reis sumerianos escrita num prisma de pedra,incluindo os nomes de governantes pr e ps-diluvianos; o prisma Taylor, que contmos anais de Senaqueribe, no qual se verifica a invaso sobre Jerusalm na poca do reiEzequias; o famoso Cdigo de Hamurabi, rei do antigo imprio Babilnico, com leissemelhantes s prescritas por Moiss; os tabletes de Mari e Nuzi, que relatam

costumes e tradies semelhantes aos praticados pelos patriarcas hebreus; o obeliscode Shalmanassar III, no qual aparecem em baixo relevo as figuras de reis conquistadosentre os quais est Je, rei de Israel; a pedra Moabita, que d maior contribuio aoperodo do rei Onri de Israel; o Cilindro de Ciro, que d pormenores sobre a destruioda Babilnia e decreto de retorno dos cativos judeus a Jerusalm.

Com essa gama de documentos e vestgios das naes antigas, que serelacionaram de alguma maneira com Israel, a confirmao da veracidade Bblica se fazmais patente e ao mesmo tempo se fortalece a f nas Escrituras Sagradas. A descrioe interpretao dos achados, no entanto, requerem um processo metodolgico ediversas tcnicas que possibilitem uma melhor compreenso e anlise. Esses mtodose tcnicas de pesquisa usados na arqueologia surgiram paulatinamente no transcurso

dos estudos e escavaes efetuados por vrios pesquisadores vocacionados.

Mtodos que Auxiliam o Estudo da Arqueologia Bblica

As primeiras escavaes arqueolgicas foram realizadas medianteprocedimentos pouco convencionais, utilizando mais a perspiccia do pesquisador e assugestes dos seus assistentes e voluntrios que trabalhavam nessa tarefa. Entreesses mtodos podemos assinalar a perfurao de tneis, escavao de trincheiras eperfurao de corredores verticais. O sistema de perfurao de tneis foi uma tcnicapraticada nas primeiras escavaes e, na atualidade, abandonada totalmente. Essemtodo favorecia a extrao de objetos do interior de uma colina, da mesma forma

como se extrai o rico mineral das profundezas de uma mina, porm, impedia o estudoda relao dos vestgios da cidade descoberta com o meio ambiente. Dessa maneirano podia ser efetuada a reconstituio das caractersticas da cultura ou civilizaorepresentada nesses vestgios.

O mtodo de escavao de trincheiras ainda utilizado em alguns stiosarqueolgicos, dependendo das condies do lugar e das vantagens que esse mtodooferece. A tcnica de perfurao de corredores verticais tambm est em desuso. Esseprocedimento ajudava a preservar as caractersticas originais da colina e era til narecuperao de artefatos que estavam soterrados no seu interior. Mas, as vantagens


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oferecidas pela utilizao dessa tcnica eram limitadas e assim foi necessrio idealizaroutro mtodo de escavao.

Uma tcnica que diminui as deficincias que os primeiros mtodosapresentam e oferece algumas vantagens para anlise e interpretao dascaractersticas culturais de um stio o mtodo estratigrfico. Essa tcnica consiste naseparao das camadas que conformam a estrutura de um stio arqueolgicopermitindo dessa maneira a observao e anlise dos vestgios encontrados em cadanvel de ocupao. No entanto, ocorre uma deficincia no uso dessa tcnica, pois aoremover totalmente uma camada, no poder ser reconstituda para novo estudo. Asoluo proposta para eliminar essa deficincia o uso do mtodo estratigrficomodificado, que consiste em remover parcialmente os estratos de uma colina, seguindouma orientao vertical. Essa remoo semelhante ao corte de uma fatia de bolo,mas cuidando de manter os nveis de ocupao. Efetuando a separao de camadas

dessa maneira, os nveis de ocupao so preservados em formas de degraus de umaescada lavrada na colina, permitindo a observao dos vestgios que caracterizam umadeterminada civilizao.

Outros recursos tcnicos tambm so utilizados e, para isso, o arquelogoprecisa da assistncia de especialistas em diversas reas, de tal maneira a dar suacontribuio na descrio geolgica das camadas, na anlise das caractersticasarquitetnicas das runas, sistematizao dos restos de cermica, datao de objetosantigos por meio de mtodos de radiometria, anlise da composio qumica demateriais no comuns encontrados entre as runas e, principalmente, na documentaofotogrfica de cada parte do stio arqueolgico. Mas, para o pesquisador dedicado aoestudo da arqueologia bblica, o maior recurso que auxilia e d orientaes precisas

para a interpretao das runas de civilizaes passadas a Bblia Sagrada. Durantedcadas tem sido a nica orientao para encontrar os vestgios das cidades antigas ea nica revelao dos costumes, tradies, leis e epopias do passado. O estudo daarqueologia bblica como desvendar a cortina que cobre o maravilhoso cenrio ondeocorreram os eventos da histria do povo de Deus. Entre nesse cenrio e faa partedos eventos dessa histria.


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CHAPTER I

DEVELOPMENT OF THE STUDY OF THE BIBLICAL ARCHEOLOGY

by Ruben Aguilar

It is natural in the human being the desire to know its origin and the past oftheir ancestral ones. To satisfy that desire, the people try to preserve their ancestors'objects, to research on uses and habits of the previous times, to visit places that werescenery of important events, to remove debris in order to search of tracks of othercivilizations, and other similar activities. That practice created the science of the

Archeology.The etymological composition of the word Archeology is formed by two Greek

words: archaios: "old" and logo: "study"; it allows defining it as the "science that studiesthe tracks and the historical interpretation of last civilizations". That study includes thepractice of preserving every object that supplies information of the past. Considering the

Archeology as a practice, we verified that activity was already carried out by Assyrianand Babylonians rulers, some of them built museums and libraries where preservedstatues, votives figures, documents written in stones or clay and other workmanships.

The Awakening of the Biblical Archeology

At that time of the Roman emperor Constantine (312-336 A.D.) the interestappears on the part of the Christians, of knowing the located sacred places in Palestine,

by pilgrimages of faithful men. In that way it begins the study that later was called:"Biblical Archeology", in other words, the study of the tracks of people and oldcivilizations, whose historical events keep relationship with the biblical registration. Here,is necessary to mention that the old people, whose names are registered in the Bible,had some type of historical or social relationship with the people of Israel, which areconsidered as "people of God" in the sacred text. Is vast the number of foreign peoplethat they had contact of friendship or of warlike conflict with Israel, establishedgeographically in the area of Palestine; but the nations that more they stand out are:Egypt, in the north of Africa; Syria, to the north of Palestine; Assyria, in the north partamong the rivers Tigris and Euphrates, area denominated as Mesopotamia; Babylonthat occupied the south of Mesopotamia; Persia, located besides the river Tigris; Minor

Asia, now occupied by Turkey and Greece, in the south of Europe.The pilgrims that visited Palestine from emperor Constantine's time, made it

without having a necessary registration text of the places to be visited, nor to count witha base of historical research; but, stimulated by the devotion and guided by thesuperstition, they affirmed to have discovered tracks of the past of the people of Israeland of relative places to Jesus' ministry that they were rarely confirmed. A serious workelaborated in that time, it was made by Eusebius of Caesarea, who wrote a work titledOnomasticon, where it describes little more than a thousand places considered sacred,


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of which a good one leaves it was already confirmed in excavations made by modernarcheologists.

The pilgrimages of Christians suffered severe interruption when Palestinewas invaded by the Islamic forces starting from the religious movement propitiated bythe followers of Mohammed. The Islamic occupation not only it determined the decreaseof the pilgrims' flow, but it also caused terror and destruction as provoked them by caliph

Abu Al Manzur (996-1020 A.D.), who ordered to burn the Church of the Ressurrectionand to destroy Sacred Sepulchre and other monuments of the Christianity. Thatdestructive wave was stopped with the intervention of the armies liberators sponsoredby the papacy and denominated of "Crusades". After several defeats suffered by the"crusaders", the peace was firmed between the commander of the third expedition, theking of England Richard Heart of Lion and Saladin's Egypt sultan. For that agreementwas permitted the visit to the sacred places of Palestine to all Christians that wanted to

do that.The obtained permission allowed that the following years appeared pilgrims

with serious intentions of accomplishing studies of archeological research. It should bementioned, for instance, the name of Ciriaco de Pizzicolli (XIV century), an Italianmerchant interested in coins and art objects, accomplished copies of old documents,creating a systematic method to classify their discoveries. In the XVI century stands outJohann Zuallart, who accomplished many drawings of the ruins of old cities standingout, according to his interest, the different architectural styles. Another researcher thatgave his contribution to the study of archeological tracks, was an Italian man Pietro dellaValle, who after visiting and observing places of the last civilizations, mainly inMesopotamia, published a report of his trips in a work titled: Viaggio of Pietro della Valle,

il Pellegrino, edited in 1650.In the first half of XVIII century, one of the first discoveries was result from a

work that could be called archeological excavation. In the area of Naples, close to thearea where rises the imposing volcano Vesuvius, some statues and old images werefound by accident, and they woke up the interest of the queen Mary Christina, marriedwith king Charles of Bourbon. The queen requested the continuity of excavations in thatplace, searching for more old pieces. After making excavations, an underground corridorwas discovered, in which was a registration: "Theatrum Herculanense". It wasDecember, 1738, when it was found the ruins of Herculano's old city, and ten years laterPompeii, two Roman cities buried by the lavas of Vesuvius, in the eruption of the year79 DC.

Several peoples with literary tendencies intended to describe the discoveriesof the ruins of those cities, but without the scientific quality that it would be necessary. In1762, Johann J. Winckelmann, a polyglot by nature, published a first descriptive work"On Herculano's Discoveries, complemented two years later. But, his most importantworks was: "History of the Art of the Antique", a report unprecedented of the evolution ofthe characteristics of the old monuments.

The Mystery of the Old Writings Is Revealed


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In the century end XVIII, officials and French soldiers of Napoleon's army,that in the occasion they invaded Egypt, they were dazzled when contemplating the

imposing pyramids of Saqqara, close to Cairo, soon they discovered severalmonuments and columns of palaces and temples that won the time. They also foundcultural relics of the remote past of that earth. The collection understood several statues,sarcophaguses, ceramic fragments, written documents; but the one that emphasizedwas a "stele", stone of triangular format and flat faces, with three writing types:Hieroglyphic, Demotic and Greek. That archeological object, received the name ofRosetta Stone". In 1801, after the capitulation of the French army before the English ofthe general Nelson, that valuable group of pieces had to be given to the winners anddriven to England, where their final destiny was the Museum of London. A numbers ofcopies of the content of the "Rosetta Stone" were dispersed for the museums andlibraries of Europe. One of those copies was used by a French youth, Jean Franois

Champollion (1790-1832), revolutionary for conviction but, erudite in old languages forvocation. The brilliant spirit of Champollion allowed to discover him a method of givingphonetic and graphic value to the hieroglyphic signs and of that he sorts out to interpretthe sacred writing of old Egypt.

Almost simultaneously to the work accomplished by Champollion, other oldwriting was deciphered and its interpretation was given to know. The writing was thecuneiform, called so because their signs are represented with lines similar to wedge.Who created a method to interpret that writing was a youth school teacher, in Gttingen,called Georg Friedrich Grotefend (1775-1853). Grotefend worked on copies of cuneiformtexts of Persepolis and based on the acquired knowledge in his formation as teacher,got to differentiate the Persian cuneiform of the Babylonian. Another contribution to the

knowledge of the writing cuneiform was Henry Rawlinson's work (1810-1895), whopassed great part of his life, copying, transcribing and translating old documents, butwhat turned him famous it was the interpretation of the inscription found in the rock ofBehistun, in the territory of Persia.

It is not easy to imagine the reaches that the interpretation of the hieroglyphicwritings and cuneiform is granting to the knowledge of the Archeology. Being possible toread old documents, the social organization, the economy, can be known processes oftransfer of goods, government's forms, habits, social laws, religious rites, faiths, etc., ofthe people of the past whose history is shared with the history of Israel, and in that wayto have larger explanation on the biblical themes.

Discovering Cities in the Biblical Lands

The century XIX went a fertile period to the knowledge of the BiblicalArcheology, why the researchers' interest and the financial contribution of academicinstitutions made that it was possible to exhume old cities buried under dense layers ofsand, to recover monuments, sacred images, tracks of palaces, epigraphic documentsand others that were disappeared awaiting the time of its blooming. To do a list of thosediscoveries is difficult task because it will always be incomplete or simply omitted,depending on the criteria that are adopted. But, in spite of that deficiency, it is necessary


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to mention some discoveries to have an idea of the progress and usefulness of thestudies of the Biblical Archeology.

In 1811, Claudius Rish visited the ruins of old Babylon and there heaccomplished excavations that allowed to exhume several clay "tablets" with cuneiforminscriptions, stones with writings and other workmanships. Their discoveries were told inhis book "Memoirs on the Ruins of Babylon". That work stimulated other researchers toaccomplish excavations in the territory of the old civilizations. C. Rish's report mademention to two located hills in the left margin of the Tigris river, whose names accordingto inhabitants of the place, were Kuyunjik and Nebi-Yunus, this last one, related for thenative ones, with prophet's Jonas person. In 1842, the French doctor Paul Emile Botta,consular agent in Mosul, began excavations in the hill Kuyunjik where presumably theywould be the ruins of Nineveh, old Assyrian capital. As their first efforts were not wellhappened, it changed his project of excavations for Dur Sharrukin, located 10 miles to

the north, where he found tracks of old Khorsabad. There it exhumed the ruins of thepalace of Sargo II, important Assyrian king.

In 1845, Austen Henry Layard, continue the excavations where Botta hadabandoned and in little time digging he founded indications of the city of Nineveh. Littletime later identified the ruins of the palace of Ashurbanipal II and many treasures thatsoon were transported to the British Museum. In 1851, Hormuzd Rasham, assistant ofLayard discovered the library of Ashurbanipal containing thousands of "tablets" withwritten cuneiform whose contents are of incalculable value for the study of the Biblical

Archeology, among the ones, the reports of the creation and the flood in themesopotamian vision. Starting from that time many archeological ranches they wereestablished allowing the reverse-discovery of old cities buried under the sand strata. In

the area of Mesopotamia: Nippur, Nimrode, Ur of the chaldees, Acade, Mari, Nuzi,Ashur, Eridu, etc. In the area of Syria: the old city ofUgarith in the current hill of RsShamra, where they were found thousands of "tablets" with writing of cuneiformcharacters but, of similar meaning to biblical Hebrew; also the ruins of Biblos, Tyre andSidon were discovered; and recently, the ruins of the old empire of Ebla, in TellMardick's hill, whose apogee happened in the patriarchal period. In the area ofPalestine, although a lot of ruins were partly covered, they didn't stop being object ofexcavations and research, as: Jericho in the hill Tell el Sultan; Ai, underEt Tel; Debir, inTell beit Mirsim; Beth Shan's colossal monuments; Dan, in Tell el-Qadi; Gibeon, in Tellel Jib; Hazor, in the hill Tell el Qedah, in the north area of Galilee; Laquis, in Tell elDuweir; and other many places of the biblical past.

Archeological Documents of Bib lical Events

The archeological excavations accomplished in that period, besides makingpossible the discovery of the ruins of cities related with the biblical history, it also favoredthe discovery of documents that they aid in the confirmation of the truthfulness of thereports of the Bible. We already made mention to the "tablets" found at the library of

Ashurbanipal, in Nineveh, among which are reports comparable to the found in the bookof Genesis. Other important documents are: the Tell el Amarnas letters that evidence


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the invasion of the Israeli forces to Canaan; the registration of the pharaoh Shishak,telling his invasion to Palestine at that time of king Rehoboam; the papyruses of

Elephantine, that they allow better understanding of the aramaic; the painting found inBeni Hasan, showing a group of semites guided by a man named Ibsha, of thepatriarchal period, visiting Egypt; the Sumerian King List written in a stone prism,including the names of rulers before and after the flood; the Taylor prism, that containsthe annals of Sennacherib where the invasion is verified on Jerusalem at that time ofking Hezekiah; the famous Code of Hammurabi, king of the old Babylonian empire, withprescribed similar laws them for Moses; the "tablets" of Mari and Nuzi, that tell habitsand traditions similar to the practiced by the Hebrew patriarchs; the obelisk ofShalmanassar III, in low relief, where the figures of conquered kings appear, amongthem is Jehu king of Israel; the Moabite stone, that gives larger contribution to the king'sOnri of Israel period; Ciro's Cylinder, that of the details on the destruction of Babylon and

return ordinance of the Jewish prisoners to Jerusalem.With that range of documents and tracks of the old nations that they linked

somehow with Israel, the confirmation of the Biblical truthfulness is made more patentand at the same time strengthens the faith in the Sacred Deeds. The description andinterpretation of the discoveries, however, they request of a methodological process andof several techniques that make possible better understanding and analysis. Thosemethods and research techniques used in archaeology, they appeared gradually in thecourse of the studies and excavations made by several researchers of natural vocationto do that.

Methods that Aid the Study of the Biblical Archeology

The first archeological excavations were accomplished by procedures a littleconventional, using more the researcher's perspicacity and their assistants' suggestionsand volunteers that worked in that task. Among those methods we can mark theperforation of tunnels, excavation of trenches, and perforation of vertical corridors. Thesystem of perforation of tunnels, was a technique practiced in the first excavations andat the present time, totally abandoned. That method favored the extraction of objects ofthe interior of a hill, in the same way as the rich mineral of the profundities of a mine isextracted, however, it impeded the study of the relationship of the tracks of the citydiscovered with the environment. In that way it could not be made the rebuilding of thecharacteristics of the culture or civilization acted in those tracks.

The method of excavation of trenches, it is still used at some archeologicalranches, depending on the conditions of the place and of the advantages that thatmethod offers. The technique of perforation of vertical corridors is also in disuse. Thatprocedure aided to preserve the original characteristics of the hill and it was useful in therecovery of workmanships that they were buried in its interior. But, the advantagesoffered by the use of that technique were limited and so, it was necessary to idealizeanother excavation method.

A technique that the deficiencies that the first methods present decreasesand offers some advantages for analysis and interpretation of the characteristics


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cultures of a ranch, it is the stratigraphical method. That technique consists of theseparation of the layers that conform the structure of an archeological ranch allowing of

that sorts out the observation and analysis of the tracks found in each occupation level.However it happens a deficiency in the use of that technique, because when removing alayer totally, it cannot be reconstituted again for new study. The solution proposed toeliminate that deficiency is the use of the stratigraphical method modified that it consistsof removing the strata of a hill partially, following a vertical orientation. That removal issimilar to the cut of a cake slice, but taking care of maintaining the occupation levels.Making the separation of layers of that sorts things out, the occupation levels arepreserved in steps shape of a stairway engraved in the hill, allowing the observation ofthe tracks that characterize a certain civilization.

Other technical resources are also used and for this the archeologist needsthe specialists' attendance in several areas, in such a way to give his contribution in the

geological description of the layers, the analysis of the architectural characteristics of theruins, systemization of the ceramic remains, dating of old objects through radiometrichmethods, analysis of the chemical composition of materials no common found betweenthe ruins and mainly the photographic documentation of each part of the archeologicalranch. But, for the researcher dedicated to the study of the Biblical archeology, thelargest resource that aids and gives necessary orientations for the interpretation of theruins of last civilizations is the Sacred Bible. During decades it has been the onlyorientation to find the tracks of the old cities and the only revelation of the habits,traditions, laws and epic poems of the past. The study of the Biblical Archeology is asunmasking the curtain that copper the wonderful scenery where happened the events ofthe history of the people of God. Come in to that scenery and be part of the events of

that history.


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CAPTULO II

ADVENTISTAS DO STIMO DIA E A ARQUEOLOGIA

por Lloyd Willis

No incio do adventismo houve muitas outras preocupaes que impediramqualquer tipo de enfoque arqueologia. No entanto, j que este foi tambm um perododramtico no crescimento de teorias crticas questionando a inspirao e a exatido daBblia, no surpreendente descobrir que publicaes adventistas comearam a

mostrar maior interesse em artigos arqueolgicos por volta do incio do sculo 20. Tantoa anlise crtica do Pentateuco de Julius Wellhausen quanto a abordagem da Histriadas Religies em relao s Escrituras de Hermann Gnkel, incluam pressuposiesda teoria evolucionista de Darwin. A Arqueologia era vista como tendo algumasrespostas para essas influncias, pois apoiava a idia de que a Bblia erahistoricamente precisa. Assim, artigos sobre arqueologia tornaram-se maisproeminentes em peridicos adventistas como aAdventist Review. Entre esses artigosarqueolgicos existiam tambm artigos ocasionais que tratavam indiretamente detemas da arqueologia, por simplesmente descrever as terras bblicas e adicionarcontextos s histrias relatadas nas Escrituras.

Esses primeiros artigos arqueolgicos incluam muitos que foram cedidos ou

adaptados de outras fontes, pois no havia escritores adventistas com experincianessa rea. No entanto, em 1933, W. W. Prescott, que naquela poca era sem dvida omais qualificado para escrever sobre o assunto, publicou The Spade and the Bible:

Archaeological Discoveries Support the Old Book. O caminho agora estava aberto paraque outros adventistas obtivessem melhores qualificaes e contribussem ainda maiscom a rea (a Prescott foi outorgado um ttulo de bacharelado e um de mestrado peloDartmouth College em estudos clssicos).

Adventistas do Stimo Dia e o Preparo para a Arqueologia Prof issional

Os dois primeiros adventistas a receberem ttulos doutorais em arqueologia

ou reas correlatas serviram como missionrios da igreja em outros pases. Lynn Wood(1887-1976), tambm formado em arquitetura, serviu na Austrlia e na Inglaterra antesde seus estudos na Universidade de Chicago o levarem Palestina, onde trabalhoucomo avaliador e desenhista em duas expedies ao Sul da regio. Edwin Thiele(1895-1992) passou 14 anos na China em trabalho editorial e de publicao antes deprosseguir com seus estudos, tambm na Universidade de Chicago. Sua tese doutoralexerceu grande influncia na rea de cronologia do Antigo Testamento.


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Holger Lindsjo foi outro erudito com talentos similares e do mesmo perodode Wood, mas aps alguns anos, ele deixou de ter vnculo empregatcio com a

denominao.O prximo nome de destaque Siegfried Horn (1908-1993). Ele tambm

teve a arqueologia como segunda carreira, aps servir como missionrio nas ndiasOrientais Holandesas (hoje Indonsia). No entanto, Horn havia desenvolvido seu amorpela arqueologia e a Bblia muito antes disso, e foi diligente na busca desses interessesbblicos e profissionais durante os seis anos e meio em que esteve no internato (1940-1946). Aps esse perodo, fez um doutorado em Egiptologia, atuou como professor noSeminrio Teolgico Adventista, e teve perodos intensivos de estudo e viagens sterras bblicas. Ele conhecido como deo dos arquelogos adventistas, pois fezmuito para inspirar e levar outros jovens a excelncia na arqueologia e estudo da Bblia.

Alguns estudaram com ele, realizaram escavaes, outros foram inspirados por seus

escritos e exemplo.Seria difcil estimar a influncia e as realizaes de Siegfried Horn. Ele foi

diretor do Seminrio Teolgico de setembro de 1973 at sua aposentadoria em 1976.Escavou em Siqum (1960, 1962, 1964), e dirigiu as escavaes de Hesbom, naJordnia, nas trs primeiras temporadas (1968, 1971, 1973). Ele regularmente passavatempo nas terras bblicas, e guiou trs visitas de pastores e professores ao OrienteMdio (1957, 1959, 1966). O nmero de artigos escritos por Horn atingiu a marca de250, e isso somente em ingls, sem contar os demais livros. O mais influente deles foisem dvida o SDA Bible Dictionary (SDA Bible Commentary, vol. 8). Na realidade ele foio editor da obra, mas escreveu grande parte do volume, alm de gastar um anorevisando a nova edio de 1979. Horn ainda estava envolvido ativamente em

escavaes at o final de 1984 (em Tall al-Umayri) e continuou a escrever e lecionarat bem prximo de seu falecimento.

Dentre os muitos ao redor do mundo que foram direta ou indiretamenteinspirados por Horn esto Siegfried Schwantes e Paulo Bork, ambos brasileiros. Outrofoi Daniel Dupuy, da Sua, e Amrica do Sul que teve sua f em Deus e nas Escriturasfortalecida tanto por suas apresentaes orais quanto escritas. Esses trs homensestudaram no Seminrio Teolgico Adventista.

O crculo mais amplo de influncia de Horn em pases de lngua inglesa foirefletido por seus associados mais jovens que realizaram escavaes, estudaram eaprenderam com ele. Entre eles est Lawrence T. Geraty, que como sucessor de Horn,assumiu a direo das escavaes de Hesbom, e, quando o projeto se expandiu, do

Projeto da Plancie de Madaba. Geraty escavou em diversos outros stios antes deHesbom, e foi professor no Seminrio por aproximadamente 15 anos. Tanto nasescavaes quanto em sala de aula, Geraty passou adiante seu entusiasmo pelaarqueologia e sua dedicao e mtodo meticuloso.

Outro de seus discpulos foi William Shea, cujo amor pela pesquisa e pelapublicao influenciou o mundo acadmico na rea bblica e do antigo Oriente Mdio. Omanto tambm caiu sobre Oystein LaBianca, com um enfoque mais antropolgico noProjeto da Plancie de Madaba, alm de Randall Younker e David Merling, nas


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escavaes de Tell Jalul.1 Larry Herr um arquelogo em tempo integral, pertencenteao Canadian University College. Desde 1984 ele tem sido o especialista em tipologia de

cermicas do Projeto da Plancie de Madaba, e tem atuado como diretor do stio de Tallal-Umayri. Em grande parte, o crdito pelo instigante programa de escavaes e pelapersistente e constante publicao dos perodos de escavaes e seus resultados, devido a sua superviso e participao, e tambm a de Lawrence T. Geraty e a equipedo Horn Archaeological Institute, da Universidade Andrews, Michigan. Douglas Clark,do Walla Walla College tem sido um hbil assistente de Herr e de muitas formas temaliviado ele de alguns de seus compromissos. Entre os perodos de escavaes, Clark,do Walla Walla College e Herr do Canadian University College tm trabalhado nareconstituio de cermicas e em outros aspectos da publicao e pesquisa.

Desde o incio, o mtodo arqueolgico utilizado em Tell Hesban e em todo oProjeto da Plancie de Madaba, tem sido de forma a lidar responsvel e completamente

com cada perodo representado na colina escavada junto com seus arredores. Isso fezcom que o trabalho nos nveis bblicos fosse lento, pois significava uma escavaosria e um registro de todos os nveis islmicos em Tell Hesban (e subseqentementeem outros stios), mas rapidamente se reconheceu que a eficcia desse mtodo poderiafazer desse stio um modelo de escavao para toda a Jordnia. Descobertassignificativas foram feitas. Algumas vezes, um pequeno objeto impressionava osarquelogos, como o selo de Baalis descoberto em Tall al-Umayri em 1984. Esteltimo confirmou e deu evidncias contextuais, assim como proveu a forma correta donome baalis de Jeremias 40:14.

A equipe de escavao seguia pela abordagem contextual (conhecidaatualmente como a nova arqueologia), pois se compunha de especialistas de diversas

reas, como gelogos, botnicos, zologos e muitos outros, incluindo uma variedade deespecialistas com interesses antropolgicos. LaBianca teceu os interessesantropolgicos numa complexa anlise e comparao entre os sistemas de alimentaoe utilizao de recursos antigos e modernos, que formou o volume inicial da srie de 14volumes de uma publicao detalhada sobre o trabalho em Tell Hesban. Dessa forma,todo o mtodo arqueolgico no ficou s na superfcie, mas envolveu todo o contexto,incluindo pistas dos habitantes do passado, assim como pistas dos atuais habitantes. Aeficcia desse mtodo tem sido muito apreciada; o renomado arquelogo William G.Dever expressou em 1993 seu reconhecimento sobre o projeto em Tell Hesban, e maisamplamente, do Projeto da Plancie de Madaba. Ele escreveu que o projeto da planciede Hesban-Madeba encontra-se nos padres mais elevados, provando seriedade

onde outros foram frvolos; responsabilidade onde outros foram irresponsveis;perseverana onde outros desistiram (Bulletin of the American Schools of OrientalResearch, 290-291, maio-agosto de 1993, pp. 127-130).

Principais Contribuies de Adventistas do Stimo Dia

1Nota do tradutor: Utiliza-se o termo Tell (e mais recentemente Tall) quando a referncia astios arqueolgicos com nomes rabes, e Tel para stios de nomes hebraicos.


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Os arquelogos adventistas contriburam claramente por meio de suasreas de pesquisa. Na Jordnia eles treinaram, no apenas geraes sucessivas de

escavadores adventistas, mas tambm muitos dos principais arquelogos da Jordnia emembros do Departamento de Antiguidades da daquele pas. A organizao sempre foiaberta a participantes de outros pases e de outras denominaes religiosas, e isso temsido extremamente enriquecedor. O envolvimento inter-religioso tem sido muitosignificativo para jovens adventistas e no adventistas.

A expanso do conhecimento a respeito do contexto bblico e a experinciado contexto bblico tem sido de grande benefcio. O Projeto da Plancie de Madaba temcontribudo e muito nesse sentido, mas os jovens tambm tm feito desse projeto umtrampolim para conhecer outros stios e pases vizinhos. Alm disso, os adventistas tmde tempos em tempos escavado em outros stios. Horn escavou em Siqum; Geraty,Younker e Merling em Gezer (em perodos diferentes); Herr trabalhou em vrios

projetos em Israel, e um grupo de Loma Linda trabalhou em Cesaria por algumastemporadas. Outros indivduos obtiveram experincia em alguns outros lugares, e oimpacto total sobre a denominao tem sido muito enriquecedora.

Em lugares do mundo, como na Diviso Sul do Pacfico, os evangelistas tmutilizado tradicionalmente a arqueologia como porta de entrada. Eles apresentamdescobertas para fortalecer a f nas Escrituras e depois ilustram outras palestras comum contexto mais espiritual. Ao longo dos anos, muitos evangelistas daquela Divisotm feito viagens s terras bblicas e obtido ilustraes que utilizam nas reuniespblicas. Um evangelista, David Down, mesmo aps ter se aposentado, leva excursesao Oriente Mdio e edita uma revista sobre arqueologia bblica. Suas palestras, assimcomo a de outros evangelistas, tm sido lanadas em vdeo pelo Centro de Mdia

Adventista da Diviso Sul do Pacfico, o que causou um significativo impacto no preparoda igreja e como forma de alcanar o pblico em geral.

A cronologia bblica sempre foi de especial interesse para os estudiososadventistas, em razo de seu interesse pelas profecias e tambm porque eles tm umelevado conceito de inspirao das Escrituras. Entende-se que a preciso da Bbliacomo a Palavra de Deus extensiva a seus detalhes cronolgicos, e no surpreendente notar que os adventistas tm sido proeminentes no lanamento debases para a compreenso da cronologia das descobertas antigas.

Convicto da preciso da Bblia, Edwin Thiele props pesquisar a cronologiados reis hebreus em sua dissertao de mestrado, mas seu professor o desencorajou.Mais tarde, ele pde mostrar que havia conseguido solucionar muitos dos problemas

relacionados ao tema e trabalhou esse assunto em sua tese doutoral. Ele conseguiudemonstrar que os reis de Israel e Jud utilizaram dois esquemas diferentes pararegistrar as cronologias. Em Israel, assim como na antiga Babilnia, era utilizado osistema de contagem onde o primeiro ano no completo de reinado no era computado.Mas em Jud, assim como no antigo Egito, o sistema de contagem computava oprimeiro ano mesmo que fosse um perodo inferior a doze meses. Compreendendoessa diferena, e sabendo que ocorreram perodos ocasionais de co-regncia (onde opai compartilhou o trono com seu filho antes de sua prpria morte, como no caso deJosaf e Jeoro, Acaz e Ezequias, etc.), Thiele foi capaz de resolver a maior parte dos


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questionamentos sobre o perodo monrquico hebreu, como demonstrado na teseMysterious Numbers of the Hebrew Monarchy (Chicago: University of Chicago Press,

1951). Incrivelmente, Siegfried Horn, do outro lado do mundo, em um campo deprisioneiros, chegou a concluses similares e at mesmo resolveu, com exceo deum, os problemas que Thiele ainda no havia solucionado.

Em 1953, Horn adquiriu um tablete em Mosul que reconheceu como sendouma lista de reis assrios. Horn foi responsvel por publicar essa lista junto com outraencontrada 20 anos antes (ver I. J. Gelb, Two Assyrian King Lists, JNES 13 (1954)209-230). Embora os tabletes estivessem bastante danificados, os danos de cada umno eram no mesmo lugar, e assim eles se complementavam. O tablete publicado porHorn foi chamado de Lista de Reis do Seminrio ASD e essa descoberta foi de grandeimportncia para a compreenso dos reis assrios e sua cronologia, tornando possvelvrios sincronismos entre os reis hebreus e assrios.

Esse mesmo interesse pela cronologia, tendo por base o conceito depreciso da Bblia, parece ter levado William Shea, em sua tese de doutorado, etambm de forma mais especfica em um artigo, a esclarecer o assunto e sugerirsolues para a data do xodo de Israel do Egito. O artigo foi publicado na ediorevisada do International Standard Bible Encyclopedia (vol. 3, 230-238), e discutia asduas principais teorias para a data do xodo, a teoria do 15 e a teoria do 13 sculos,considerando as evidncias bblicas, egpcias e arqueolgicas. Shea era mais favorvelda teoria do 15 sculo, que tambm coincidia com a evidncia bblica de Juzes 11:26e 1 Reis 6:1.

Lynn Wood aparentemente era fascinado pela cronologia egpcia. Ele fezclculos baseados em antigas observaes astronmicas que o levaram a estabelecer

o incio da 12 dinastia do Egito no ano de 1991 a.C. interessante notar que outropesquisador, Richard A. Parker, confirmou a data de Wood, mesmo tendo descobertodois erros de clculo em seu trabalho. Ele ficou intrigado em descobrir que um errocancelava o outro. Essa data de 1991 a.C. ainda amplamente reconhecida como amais antiga data fixada da histria.

O livro sobre a cronologia de Esdras 7 era um pouco menos arqueolgico, efoi fruto do trabalho de Wood e Horn, com o auxlio de Julia Neuffer. As complexidadesda cronologia desse perodo da histria persa a tornaram controversa. Apesar disso,sua importncia como fundamento para o clculo do incio das 70 semanas da profeciade Daniel 9 deu especial nfase no reinado de Artaxerxes I e o seu decreto do stimoano. O resultado foi o livro The Chronology of Ezra 7 (Washington, DC: Review and

Herald, 1953; 2 ed. rev., 1970), que confirma a data do decreto de Artaxerxes. Em seulivro, The Spade Confirms the Book (Washington, DC: Review and Herald, 1957; atual.e ampl., 1980) e no SDA Bible Dictionary (ed. rev., 1979, verbete Elephantine Papyri)Horn forneceu alguns detalhes dos papiros aramaicos de Elefantina, Egito, e a maneirapela qual eles esclareceram os sistemas de cronologia em uso no tempo de Esdras.

Publicaes


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Os vrios peridicos adventistas do stimo dia publicaram durante o sculo20 artigos trazendo interpretaes arqueolgicas e atualizaes. As revistas Ministry e

Advent Review publicaram com certa freqncia artigos e sries sobre ou envolvendo aarqueologia. Os vrios peridicos missionrios da igreja freqentemente tambmincluam artigos a fim de fortalecer a f nas Escrituras ou explicar aspectos da profecia.OAndrews University Seminary Studies publicou longos relatrios sobre as escavaesdesde o incio dos trabalhos em Tell Hesban. Algo impressionante a grandequantidade de relatos detalhados das escavaes na Andrews University Press. OInstituto de Arqueologia e o Museu Arqueolgico Horn tambm publicam um peridicoindexado relatando as recentes descobertas, detalhes das escavaes, fundos, epalestras. No entanto, escritores adventistas ao redor do mundo tambm publicarammuitos livros por editoras denominacionais ou particulares, e em diversas lnguas. Horne Shea de forma acentuada, e outros como Herr, mais recentemente, tiveram seus

artigos publicados em grandes peridicos da rea bblica e arqueolgica.

Museus Arqueolgicos

O maior museu arqueolgico da denominao o Museu Arqueolgico Horn,localizado na Universidade Andrews, Michigan. Outras instituies adventistas tmpequenos museus ou exposies, como o Seminrio de Zaoksky na Rssia, e aSouthwestern Adventist University, nos Estados Unidos. O Southern AdventistUniversity e a La Sierra University, tambm nos Estados Unidos, tm colees deobjetos significativas e planos para exp-las brevemente. O Walla Walla College(Estados Unidos) e o Canadian University College, tm laboratrios para a

reconstituio de cermica e outros projetos de pesquisa. importante ter objetos emexposio que sirvam como testemunhas visveis da importncia da Bblia e como umencorajamento para que os professores dem vida Bblia utilizando-se de cada meiodisponvel.

Talvez as mais significantes contribuies de adventistas foram por meio daspublicaes e da influncia mundial de Siegfried Horn. Seus amigos e ex-alunostambm tm feito um trabalho similar. As escavaes na Jordnia, em particular,produziram um forte impacto no conhecimento sobre o perodo bblico do incio daIdade do Bronze (perodo pr-abramico e abramico), Idade do Bronze Mdio (perodode Jos, etc.), Idade do Bronze Tardio (provavelmente o tempo de Moiss e do xodo),a Idade do Ferro (do fim do perodo dos juzes em diante, por todo o tempo da

monarquia em Israel), e o perodo persa (poca ps-exlica). Alm disso, o Projeto daPlancie de Madaba influenciou os mtodos arqueolgicos utilizados no mundo todo.Novos detalhes e respostas emergem de tempos em tempos e o trabalho sempreinstigante, e com certeza, abenoado por Deus.


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CHAPTER II

SEVENTH-DAY ADVENTISTS AND ARCHAEOLOGY

by Lloyd Willis

In the early days of Adventism there were too many other concerns to allowmuch focus on archaeology. However, since this was also a period of dramatic growth ofcritical theories undermining the inspiration and accuracy of the Bible, it is not surprisingto find that Adventist publications began showing more interest in archaeological articles

by the early 20th Century. Julius Wellhausens critical analysis of the Pentateuch andHermann Gunkels history of religions approach to Scripture both includedpresuppositions in Darwinian evolutionary theory. Archaeology was seen to have someanswers to these influences. It supported the idea that the Bible was historicallyaccurate, and so archaeological articles became more prominent in Adventistperiodicals such as the Adventist Review. Scattered among these archaeologicalarticles there were also occasional articles, which were indirectly archaeological, simplydescribing the Bible lands and adding some context to the Bible stories.

These early archaeological articles included many that were borrowed oradapted from other sources, since Adventists did not have writers trained andexperienced in the field. However, in 1933, W.W. Prescott, who at that time was

undoubtedly the best qualified to write on the subject, published The Spade and theBible: Archaeological Discoveries Support the Old Book. The stage was now set forother Adventists to attain better qualifications and contribute even more to the field(Prescott had been awarded a B.A. and an M.A. degree from Dartmouth College inclassical studies).

SDAs: Professional Training in Archaeology

The first two Adventists to receive doctoral degrees in archaeology or relatedareas had both served the church as foreign missionaries. Lynn Wood (1887-1976), whohad an architectural background, served in Australia and England before his University

of Chicago studies took him to Palestine. There he served as surveyor and draftsman ontwo expeditions in the southern region. Edwin Thiele (1895-1992) spent 14 years ineditorial and publishing work in China, before also working on his advanced studies inChicago. His doctoral dissertation was to have wide influence in the field of OldTestament Chronology. Holger Lindsjo was another scholar of similar attainments at thesame time as Wood, but after a few years he dropped from denominational employment.

The next name of prominence is Siegried Horn (1908-1993). He also came toarchaeology as a second career after serving as a missionary in the Dutch East Indies(now Indonesia). However, Horn had developed a love for archaeology and biblical


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studies much earlier and was diligent in pursuing these biblical and professionalinterests during six and a half years of internment (1940-1946). His internment was

followed by work on a PhD in Egyptology, professorship at the SDA TheologicalSeminary and intensive periods of study and travel in the Bible lands. He may bereferred to as the Dean of Adventist Archaeologists because he did so much to inspireand train other young men and women to excellence in archaeology and biblical studies.Some studied under him or dug with him, others were inspired by his writings andexample.

It would be hard to overstate the influence and accomplishments of SiegfriedHorn. He was Dean of the Theological Seminary from September 1973 to his retirementin 1976. He excavated at Shechem (1960, 1962, 1964) and was director of the Heshbon(Hesban) excavations in Jordan for the first three seasons (1968, 1971, 1973). Heregularly spent time in the Bible lands and led three tours of the Near East for ministers

and teachers (1957, 1959, 1966). The number of articles written by Horn reached about250 written in English alone! This was in addition to his books. The most influential bookwas undoubtedly the SDA Bible Dictionary (SDA Bible Commentary, vol. 8). He was theeditor, but in fact he wrote about five-eighths of the volume himself and spent a yearrevising it for the new edition of 1979. Horn was still actively involved in excavation aslate as 1984 (at Tell el-Umeiri) and continued some writing and lecturing until near theend of his fruitful life.

Among many around the world who received direct or indirect inspiration fromHorn were Siegfried Schwantes and Paul Bork, who were both born in Brazil. Anotherwas Daniel Dupuy of Switzerland and South America who built up faith in God andScripture through both oral and written presentations. All three of these men studied at

the Adventist Theological Seminary.The widest circle of Horns influence in the English speaking world is reflected

in his younger associates who dug with him, studied with him, and learned from him.This includes Lawrence T. Geraty, who as successor of Horn assumed direction of theHeshbon excavations and as that project expanded, the Madeba Plains Project. Geratydug at several other sites before Heshbon, and he taught at the Seminary for about 15years. Both in field work and at the seminary, Geraty passed on his enthusiasm forarchaeology and his meticulous method and dedication.

Another younger associate of Horn is William Shea whose love for researchand prolific writing have impacted the entire field of biblical and Ancient Near Easternscholarly interests. The mantle has also fallen on Oystein LaBianca with anthropological

emphasis in the Madeba Plains Project and Randall Younker and David Merling diggingat Tell Jalul. Larry Herr is a full time archaeologist based at Canadian UniversityCollege. Since 1984 he has led out in the pottery typology for the entire Madeba PlainsProject and has been the Field Director at Tell el-Umeiri (Tall al-Umayri). Credit for theexciting ongoing program of excavation and the persistent publication of the seasons ofexcavation and their results without long delay has been largely due to his supervisionand participation, and the extensive contributions of Lawrence T. Geraty and the team ofscholars at the Horn Archaeological Institute at Andrews University in Michigan. DouglasClark at Walla Walla College has been an able assistant to Herr and in many ways has


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relieved him of some responsibilities. Between excavating seasons Clark at WallaWalla and Herr at Canadian University College have worked on pottery reconstructions

and other aspects of the publishing and research.From the very beginning the archaeological approach at Tel Hesban and

throughout the Madeba Plains Project has been to deal responsibly and extensively withevery period represented in the tell being excavated together with its environs. Thismade the approach to biblical levels slower since it meant serious excavation andrecording of all of the Islamic levels at Tell Hesban (and subsequently at the other sites),but it was quickly recognized that the thoroughness of this approach could make the sitea model for excavation throughout Jordan. Significant discoveries have been made.Sometimes a small treasure has almost overwhelmed the archaeologists as with the tinyBaalis Seal impression found at Tell el-Umeiri in 1984. The latter gave confirmationand contextual evidence, as well as the original spelling of the name of Baalis of

Jeremiah 40:14.The excavating team reflected the broad range approach (now known as the

new archaeology) since it contained experts from many disciplines such as geologists,botanists, zoologists, and many others including a variety of specialists withanthropological interests. LaBianca wove the anthropological interests into a complexanalysis and comparison of ancient and modern food systems and resource utilizationwhich formed the initial volume of the 14 volume series of detailed publication on thework at Tell Hesban. Thus the entire approach to archaeology was not superficial butinvolved the entire context, including clues from the ancient inhabitants as well as cluesfrom the modern surviving inhabitants. This thoroughness has been greatly appreciated.In fact, renowned archaeologist William G. Dever gave impressive commendation of the

Tell Hesban Project and the wider Madeba Plains Project in general in 1993. He wrotethat the Hesban-Madeba Plains Project measures up to the very highest standards,having proven serious where others have been frivolous; responsible where othershave been irresponsible; perseverant where others have given up (in Bulletin of the

American Schools of Oriental Research, 290-291, May-August, 1993, pp. 127-130).

Major SDA Contributions

Adventist archaeologists have clearly made a major contribution through theirfield work. In Jordan they have trained not only succeeding generations of Adventistexcavators but also many of the national leaders in excavation and members of the

Jordanian Department of Antiquities. The organization has always welcomedparticipants from other ethnic and denominational backgrounds, and this has beenextremely and mutually enriching. Its ecumenical impact has therefore been significantand enrichment to Adventist and non-Adventist young people of college age andyounger has also been of importance.

The increase of knowledge concerning Bible backgrounds and the experienceof the biblical context have been of great benefit. The Madeba Plains project hascontributed the most in this way, but young people have also made that project aspringboard for acquainting themselves with other sites and neighboring countries. In


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addition Adventists have from time to time dug at other sites as well. Horn dug atShechem; Geraty, Younker and Merling at Gezer (in different periods), Herr has worked

on various projects in Israel and a group from Loma Linda worked at Caesarea for someseasons. Other individuals have also gained experience in other places, and the over-allimpact on the denomination has been greatly enriching.

In some parts of the world, such as the South Pacific Division, evangelistshave traditionally used archaeology as an entering wedge. They have thus featureddiscoveries to build faith in the Scripture and at the same time have illustrated otherlectures with a more contextual feel for the Bible messages. Over the years manyevangelists from the division made tours of the Bible lands and acquired illustrations thatthey used to advantage in public meetings. One evangelist, David Down, even pastretirement, takes tour groups to the Middle East and personally edits a magazine onBiblical archaeology. His lectures as well as those of some other evangelists have been

issued in video format by the Adventist Media Center of the South Pacific Division andthese have had a significant impact in educating the church and in reaching out to thepublic.

Biblical chronology has always been of particular interest to Adventistscholars. This may be because of their interest in prophecy and also because of theirhigh concept of inspiration of Scripture. The accuracy of the Bible as Gods Word wasbelieved to extend to its chronological details, and so it is not surprising to note that

Adventists have been prominent in laying the foundation for understanding andappreciating the chronological side of ancient discoveries.

Under conviction of biblical accuracy, Edwin Thiele proposed working on thechronology of the Hebrew kings at Masters level, but he was deliberately discouraged

by his professor. Later, he was able to show that he had already solved many of theproblems involved and so worked on the project for his doctoral dissertation. He wasable to demonstrate that the kings of Israel and Judah used two different schemes forrecording their chronology (the accession year system in Israel, as in ancient Babylonwhere the first incomplete year of a king was not counted as his first year, and the non-accession year system in Judah as in ancient Egypt where the first year was countedeven though less than a calendar year). With this understanding and with the recognitionof occasional coregencies (where a father shared the throne with his son before his owndeath, as with Jehoshaphat and Jehoram, Ahaz and Hezekiah, etc.) Thiele was able tosolve most of the chronological questions of the Hebrew monarchy period, asdemonstrated in his Mysterious Numbers of the Hebrew Monarchy (Chicago: University

of Chicago Press, 1951). Amazingly, Siegfried Horn, on the other side of the earth, andin a prisoner of war camp, came to similar conclusions and even solved all but one ofthe problems still confronting Thiele.

In 1953, Horn discovered a tablet in Mosul which he recognized as anAssyrian King list. He was instrumental in having the list jointly published together withanother list found twenty years before (See I. J. Gelb, Two Assyrian King Lists, JNES13(1954) 209-230). Although each tablet was badly damaged, the damage to each didnot completely coincide so that they complemented each other. The tablet found byHorn was named the SDA Seminary King List and the discovery was of great


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importance in that it enabled the understanding of the Assyrian kings and theirchronology and thus made possible various synchronisms between Hebrew and

Assyrian kings.This same interest in chronology based on the concept of biblical accuracy

seems to have prompted William Shea in his PhD. dissertation and eventually in a morespecific way in an article, to clarify the issues and suggest the solutions to the dating ofthe Exodus of Israel from Egypt. The article was published in the revised edition of theInternational Standard Bible Encyclopedia (vol. 3, 230-238), and canvassed the twomain theories for the exodus date, the 15th and 13th Century theories, considering thebiblical, Egyptian and archaeological evidences. Shea eventually made a reasonablystrong case for the 15th Century dating which also coincided with the biblical evidence ofJudges 11:26 and 1 Kings 6:1.

Lynn Wood was apparently fascinated with Egyptian chronology and made

calculations based on ancient astronomical observations which led him to locate thebeginning of the 12th Dynasty of Egypt in the year 1991 B.C. It is intriguing to note thatanother scholar, Richard A. Parker, confirmed Woods date, even though he discoveredtwo errors of calculation in Woods work. He was intrigued to discover that the two errorscancelled each other out. The date 1991 is still quite widely recognized as the earliestfixed date in history.

A book on the chronology of Ezra 7 was less directly archaeological. It wasthe work of Wood and Horn, with the assistance of Julia Neuffer. The complexities of thechronology of this period of Persian history have made it controversial. Nevertheless, itsimportance as the basis for the calculation of the commencement of the 70 weekprophecy of Daniel 9 called for special focus on the reign of Artaxerxes I and the decree

of his seventh year. The result was the book, The Chronology of Ezra 7 (Washington,DC: Review and Herald Publishing Association, 1953; 2nd rev ed, 1970), which reaffirms457 B.C. as the date for Artaxerxes decree. In his book, The Spade Confirms the Book(Washington, DC: Review and Herald Publishing Association, 1957; Updated andenlarged, 1980), and in the SDA Bible Diction (rev ed, 1979, article ElephantinePapyri) Horn gave some of the details of the Elephantine Aramaic Papyri from Egyptand the manner in which they clarified the dating systems in use at the time of Ezra.

Publications

The various journals of the Seventh-day Adventist Church have included

archaeological interpretations and updates quite frequently through the 20th Century.Ministry magazine and theAdventist Review have frequently carried articles and seriesabout or involving Archaeology. The various missionary journals of the church havefrequently included articles to bolster faith in Scripture or explain aspects of prophecy.

Andrews University Seminary Studies has given lengthy reports of the excavations eversince the commencement of the work at Tell Hesban. Most impressive have been thelarge volumes of detailed reports of excavation from the Andrews University Press. TheInstitute of Archaeology Horn Archaeological Museum also publishes a Newsletterwhichcontains news items of recent discoveries and details of excavations, funds, and


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lectureships. However, Adventist writers around the world have also published manybooks both denominationally and privately and in a number of languages. Horn and

Shea on a large scale, and others such as Herr more recently have been able to havetheir articles published in major journals of the biblical and archaeological world.

Archaeological Museums

The largest archaeological museum in the denomination is HornArchaeological Museum located at Andrews University, in Michigan. A number of otherAdventist institutions have smaller museums or display cabinets in class rooms. Theseinclude such institutions as Zaoksky in the Russian Federation, and Southwestern

Adventist University. Southern Adventist University and La Sierra University havesignificant collections of objects and plans to put them on display soon. Walla Walla

College and Canadian University College have workrooms or laboratories forreconstruction of pottery, and other research projects. It is regarded as important tohave objects on display as a visible witness to the importance of the Bible and as anencouragement to the teachers to bring the Bible to life through every available medium.

Perhaps the most significant contributions of Adventists have been throughthe writings and worldwide influence of Siegfried Horn. His friends and proteges are alsodoing a similar work. The excavations in Jordan in particular have made a strong impacton our knowledge of the biblical periods from the Early Bronze Age (pre-Abraham and

Abrahamic period), Middle Bronze Age (time of Joseph, etc.), Late Bronze Age(probable time of Moses and the Exodus), Iron Age periods of the late judges and onthrough the monarchy periods of Israel), and the Persian period (post-exilic period). In

addition, the Madeba Plains Project has influenced archaeological methods around theworld. New details and answers emerge from time to time and the work is alwaysinteresting and has certainly been blessed by God.


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CAPTULO III

EXPERINCIAS DE VIDA NUMA ESCAVAO ARQUEOLGICA

Paulo F. Bork

Durante minha infncia, meus pais incutiram em mim um grande amor pelaBblia e interesse pelos seus eventos histricos. Em 1939, quando ingressei no ginsio,no Colgio Adventista Brasileiro, o estudo das lnguas fascinou-me. Em nossa casa,falvamos portugus e alemo, e na escola aprendemos latim, ingls e francs. A

professora, Albertina Simon, nos ensinou a ver a relao entre essas lnguas, o quedeixou uma profunda e durvel impresso em minha mente. Mais tarde estudei grego ehebraico na Universidade Andrews e hierglifo na Universidade de Londres.

Outra influncia, ainda no ginsio, que muito contribuiu para meu interessepelos estudos histricos, foram as aulas de Geografia, dadas pela professora RuthOberg Guimares, e de Histria da Civilizao, pelo professor Renato Oberg. Estestalentosos professores tinham a habilidade de trazer vida a esses assuntos. E, mesmosequer tendo ainda ouvido falar do termo arqueologia, estas influncias de minhainfncia conduziram-me para este destino. maravilhoso olhar para trs e ver comoDeus conduz nossas vidas!

Foi apenas mais tarde, quando tive aulas sobre Histria da Bblia e

Arqueologia Bblica na Universidade Andrews, que tudo comeou a se encaixar.Apaixonei-me por esta rea cientfica, na qual empenhei-me durante toda a minha vida.

Mas algo que deve ser lembrado que estudar Arqueologia e trabalhar emum stio arqueolgico so duas reas completamente diferentes. A dvida que estavaperante mim agora era como eu poderia algum dia tomar parte em escavaesarqueolgicas, uma experincia que me revelaria a histria da Bblia, e mais tardetambm aos meus alunos?

Ento um dia, enquanto estava lendo em um peridico sobre algumasescavaes que estavam ocorrendo no Oriente Mdio, deparei-me com um artigo doarquelogo William Dever, que estava conduzindo exploraes em Tell Gezer, Israel. Oassunto fascinou-me, e eu desejei tomar parte naquela empreitada. Escrevi uma carta

para o professor Dever explicando-lhe que gostaria de fazer parte da equipe no localdas escavaes. Ele respondeu-me, oferecendo uma subveno do Instituto Ford e umconvite para que eu me unisse a ele no stio bblico-arqueolgico em Gezer, em 1971.No fiz pergunta alguma, apenas respondi sim.

A Escavao em Gezer

Quando cheguei no stio em Gezer, descobri que fazia parte de uma equipede mais de cem voluntrios e profissionais vindos de diferentes pases. Eu era o nico


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brasileiro/americano, mas no era o nico adventista. A maior parte da equipe era deestudantes e professores universitrios. Juntamente com arquelogos profissionais,

havia paleontlogos, botnicos, gelogos, zologos, entomlogos, fotgrafos,pesquisadores. Tnhamos tambm o auxlio de alguns bedunos, que viviam em tendasprximas ao local.

O dia-a-dia numa escavao muitas vezes primitivo. Moramos em tendase, apesar da simplicidade, temos fartura de alimentos. As aulas so ao ar livre, e osbanheiros no so nada sofisticados.

O clima geralmente muito quente, h muita poeira, e o trabalho rduo. Asatividades se iniciam s cinco da manh, com uma parada para o desjejum s oitohoras; depois disso, o trabalho prossegue at uma da tarde, quando o almoo servido. Aps um descanso, nos reunimos para discutir as descobertas, estudar osartefatos que possam ter sido encontrados, como lmpadas, armamentos, ossos,

sementes, etc. s vezes, quando temos muita sorte, podemos encontrar um jarro comalas que contenha alguma inscrio, ou um tablete de barro, no qual um estudantepossa ter praticado alguma forma de escrita no passado. Aps uma cuidadosaavaliao de todos os achados significativos, eles so registrados, catalogados eguardados para futuros estudos. noite, h palestras de especialistas e discusses emtorno do assunto. O trabalho num stio arqueolgico no feito com escavadeiras, masnormalmente com ps, esptulas, e escovas e at mesmo instrumentos ortodnticos. um trabalho meticulosamente lento e feito com grande cuidado, porque uma vezdestruda, a seo no pode mais ser refeita.

Gezer, que um dia foi uma prspera cidade, agora um local desabitado,exceto por alguns bedunos e seus rebanhos. localizada numa colina entre Jerusalm

e o Mar Mediterrneo, no muito longe da cidade de Tel Aviv, e prxima ao Vale deSaron, onde antigas caravanas costumavam viajar do Egito para os pases do norte eleste, como a Fencia, Sria, Assria e Babilnia.

Gezer foi uma das cidades mais antigas da regio (Js 10:33). Permaneceusob o domnio dos cananitas por um grande perodo depois da conquista da terra porIsrael (Jz 1:29). Era uma cidade extremamente bem fortificada, com muros slidos eque desafiavam qualquer exrcito. Quando Salomo casou-se com a filha do Fara doEgito, o governante egpcio decidiu destruir a cidade e d-la como presente decasamento (1Rs 9:16 e 17). Tempos depois dessa conquista, a Bblia relata queSalomo reconstruiu, no s Gezer, como diversas outras cidades. Do ponto de vistaarqueolgico, esse fato muito importante, pois nos ajuda a traar um paralelo no que

se refere ao desenho arquitetnico.Por causa do seu tamanho, posio estratgica, significado histrico, e os

longos perodos em que esteve sob a mo de invasores, Gezer tem sido escavada pormuitos anos. R. A. S. Macallister conduziu escavaes peridicas em Gezer de 1902 a1909. Quando trabalhei nesse stio arqueolgico, de 1971 a 1973, estvamosescavando em nveis de ocupao que datavam dos sculos 10 a 13 antes de Cristo.Outras reas escavadas da cidade sugeriam perodos de ocupao que datavam devrios sculos antes.


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Ao trabalhar numa escavao, voc desenvolve um grande senso decamaradagem. Os muitos adventistas que trabalharam em Gezer deram uma

contribuio significativa. O diretor das escavaes do stio arqueolgico, professorDever, tornou-se bem familiarizado conosco e com o sistema educacional adventista.Mais tarde, ele visitou a Universidade Andrews, ficando muito impressionado com ainstituio e com o Museu Arqueolgico Siegfried Horn, localizado naquele campus. Porcausa de seu interesse, alguns estudantes da Andrews escolheram continuar suagraduao orientados pelo professor Dever, na Universidade Estadual do Arizona.

Os trabalhos em Gezer tm produzido abundantes informaes sobre osperodos cananita e israelita. Apenas para mencionar alguns exemplos: Macallisterdescobriu alguns aspectos referentes fortificao da cidade, seus muros, defesas etcnicas de construo. Essas informaes ajudaram a compreender o porqu Israelhesitou em atacar esta cidade. Ele tambm escavou as fontes de gua usadas. Para

uma cidade como Gezer, construda numa colina, a disponibilidade de gua sempre foium elemento crtico para a sua sobrevivncia. Embora a populao local dependesseem grande parte de gua pluvial, a mesma era insuficiente, j que a mdiapluviomtrica de 15 ml por ano. Por essa razo, a populao de Gezer cavou fundoem busca de gua. Macallister localizou um tnel cavado na rocha que leva a um poode aproximadamente 40 metros de profundidade abaixo da superfcie, e que era a fonteadicional de gua de Gezer.

Outra significativa descoberta de Macallister o que agora chamamos deCalendrio de Gezer, uma placa de calcrio contendo informaes sobre o cultivo daterra e os perodos de plantio e colheita, que data do sculo 10 antes de Cristo, ou dotempo de Salomo.

Escavaes arqueolgicas geralmente no so realizadas em todo oconjunto de uma antiga cidade. Visto que Macallister estudou uma parte da rea, 60anos depois Dever trabalhou em outro local diferente. A no ser que a nova equipequeira encontrar informaes adicionais no antigo stio, deve ser levado em conta queuma vez a rea tendo sido escavada, ser inutilizada para o estudo com objetivoshistricos, pois no poder nunca mais ser recomposta, conforme o original. Para opropsito deste estudo, descreverei apenas dois achados feitos durante a nossaexpedio arqueolgica, uma cananita e uma do perodo de Salomo.

Os aspectos religiosos dos cananeus so com muita freqncia citados noAntigo Testamento. Um aspecto muito importante o que se refere adorao noslugares altos. Ao se entrar em Gezer, voc imediatamente nota um conjunto de altas

pedras dispostas na vertical, com aproximadamente 2 a 3 metros de altura e com quase1 metro de largura. Em frente a essas pedras h uma plataforma tambm de pedra, queera provavelmente o altar onde os sacrifcios eram oferecidos. Essas pedrasapresentam sinais de fogo, e ao redor da base foram encontrados ossos queimados deanimais e seres humanos. Isso sugere que tanto animais quanto seres humanospoderiam ter sido sacrificados ali, assim como mencionado na Bblia (Ez 20:27-31).

Uma segunda descoberta, que at mais imponente do que a primeira, foi oporto de Salomo. necessrio lembrarmos que nos tempos bblicos o porto de umacidade era muito mais que uma simples porta. Era normalmente uma grande estrutura,


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bem fortificada, e que servia no somente como uma das entradas principais dacidade, mas tambm tinha outros propsitos. A estrutura do complexo do porto de

Gezer tinha alguns cmodos, provavelmente utilizados por soldados que guardavam aentrada, e outros onde os ancios da cidade se encontravam para discutir negciosconcernentes prpria cidade, e onde as decises importantes eram tomadas. A Bbliarelata muitas passagens referentes a esse costume (Am 5:10-15; Dt 22:15; Jr 39:3 etc.).Podemos claramente identificar o porto como tendo sido construdo por Salomo, porcausa da notvel similaridade com outros portes reconhecidos por terem sidoconstrudos ou reconstrudos por ele (ver 1Rs 9:17 e 18).

Muitas outras descobertas feitas em Gezer lanaram luz sobre passagens daBblia, como costumes funerrios, materiais blicos, muralhas da cidade, casas. Outrositens tambm foram encontrados, como armamentos, diferentes tipos de cermica, locale importada, vegetao, sementes e plen, restos humanos, ossos de animais

domesticados e selvagens da regio, e a descoberta de doenas humanas por meio daanlise dos ossos.

Escavaes em Jerusalm

Outra fascinante experincia arqueolgica da qual tive o privilgio de tomarparte, foi uma das escavaes na parte antiga de Jerusalm, uma das mais antigascidades da Histria. As exploraes que foram conduzidas em Ebla, tambm chamadade Tel Mardihk, na Sria, revelaram que Ebla tinha laos comerciais com Jerusalm(Ursalima) j em torno de 2.300 anos antes de Cristo. Jerusalm, e, por conseguinte,toda a terra de Israel est entre as reas mais intensamente escavadas. Desde o

princpio da minha carreira como professor, eu decidi que no iria me aprofundar naarqueologia sozinho, mas iria tambm envolver tantos dos meus alunos quantopossvel, tornando a experincia rica tanto para o professor como para os alunos.

No final da dcada de 1970, fiz parte de um pequeno grupo dirigido porMagen Broshi, curador do Santurio do Livro, no Museu de Israel, e do Instituto de

Arqueologia. O propsito era certificar-se onde os muros de Jerusalm estavam nosvrios perodos da histria da