6ºjornal artemrede

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Entrevista a Tiago Rodrigues programação‘ 15 Setembro a dezembro 7ª Festa da Marioneta s e mes t r al - distrib uiç ão g r a t u it a j o r n a l A R T E M R E D e 0 6 J U N T O S . M A I S F O R T E S 7ª Festa da Marioneta

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Entrevista a Tiago Rodrigues (TNDMII) | Em Montagem: Espetáculo Descobridores, Coprodução Artemrede e Teatro e Marionetas de Mandrágora | Programação e Festa da Marionet'a15

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Page 1: 6ºJornal Artemrede

Entrevista a Tiago Rodrigues

programação‘ 15 Setembro a dezembro

7ª Festa da Marioneta

semestral - distribuição gratuita

jornal

ARTEMREDe

06

JUNTOS.MAIS FORTES

7ª Festa da Marioneta

Page 2: 6ºJornal Artemrede

Ficha TécnicaProprietário * ArtemredeDiretor * António Sousa MatosEditora * Marta MartinsCoordenação de Conteúdos Nádia Sales Grade | Wake Up!

DesignGuda - give u design artTiragem * 29 000Periodicidade * SemestralTipografia Lisgráfica - Impressão e Artes

Gráficas, S.A.Capa© Vania Kosta

O último trimestre do ano significa, para a maioria, um novo ciclo: terminam as fé-rias e regressamos ao trabalho, à escola e, naturalmente, ao teatro. As novas tem-poradas de programação são anunciadas e elaboramos planos minuciosos para con-seguirmos assistir a tudo aquilo que que-remos. Nem sempre conseguimos, claro, mas planear é já uma escolha empenhada. Este ano não é diferente e a Festa da Ma-rioneta da Artemrede vai exigir uma plani-ficação atenta e exigente: são 8 espetácu-los, 1 exposição e 2 oficinas, que circularão em 11 municípios durante dois meses. As propostas distinguem-se nas técnicas uti-lizadas, nos formatos e nas linguagens, mas coincidem no facto de nos contarem histórias através da arte das marionetas e do teatro de objetos e formas animadas. Este ano a Festa abre a 3 de Outubro com a estreia de uma nova coprodução da Ar-temrede – Descobridores, um espetáculo que é uma viagem sensorial para bebés e crianças e as suas famílias. Este projeto, uma criação do Teatro e Marionetas de Mandrágora, é acompanhado por uma ex-posição que explora a narrativa do espetá-culo, prolongando a viagem do palco para outros espaços do teatro. Esta é a terceira coprodução da Artemrede este ano, dando

assim corpo à prioridade estratégica assu-mida de apoio à criação artística e de pro-dução de projetos integrados e que cons-troem uma relação com o território e com as comunidades. É este também o desígnio por trás das outras duas coproduções da Artemrede de 2015 – Labor#2 e Rosa-Cão – estreadas no 1º semestre do ano e que regressam agora com mais apresentações.

A iniciar um novo ciclo está também o en-trevistado desta edição do Jornal Artemre-de: Tiago Rodrigues é Diretor Artístico do Teatro Nacional D. Maria II desde Janeiro deste ano, mas só agora assina a tempora-da de programação. Neste Jornal apresen-ta o pensamento e as ideias que estão por trás das suas escolhas programáticas, fala sobre política cultural e a importância das redes e das parcerias e afirma a vocação do TNDMII como um Teatro para todos, que deve existir para além do edifício e dos limites da cidade de Lisboa.

São, assim, muitas e aliciantes as pro-postas artísticas até ao final do ano, dentro e fora da Artemrede. É altura de consultar agendas, escolher e planear!

A Direção

© ARTEMREDE . Teatros AssociadosPalácio João Afonso, Rua Miguel Bombarda, nº 4 R C, 2000-080 SantarémE [email protected]: www.facebook.com artemrede.teatros.associados

T +351 243 322 050T +351 243 321 878

EDITORIALjuntos.mais fortes

A ARTEMREDE é um projeto de cooperação cultural que tem como missão promover a qualificação e o desenvolvimento dos territórios onde atua, valorizando o papel central dos teatros e de outros espaços culturais enquanto pólos dinamizadores e promotores das artes e da cidadania.

Integram atualmente a Artemrede os municípios de Abrantes, Alcanena, Alcobaça, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Oeiras, Palmela, Santarém, Sesimbra, Sobral de Monte Agraço e Tomar.

Associados

Assessoria de Comunicação e Imprensa

Design Gráfico do Jornal

Page 3: 6ºJornal Artemrede

Tiago Rodrigues é Diretor Artístico do Teatro Nacional D. Maria II (TNDMII) desde o início deste ano. Ator, encenador e dramaturgo, com um percurso artístico reconhecido dentro e fora do país, estreia-se ago-ra na programação à frente de um Teatro Nacional. Em Setembro abriu a temporada 2015/2016 com um pro-grama intensivo e de entrada livre, que incluiu múltiplas propostas ar-tísticas e programação dentro e fora de portas.

Qual a intenção de abrir a nova tempora-da de programação do TNDMII com um programa como o ENTRADA LIVRE?

É o início de um novo projeto artístico e quisemos fazê-lo dando a conhecer várias linhas de trabalho que vão ser desenvolvi-das. Quisemos afirmar um modo de pensar os grandes textos universais, o património teatral, a biblioteca do teatro, que é uma das missões do TNDMII, interpelando es-sas obras para que haja um questionamento sobre o modo como vivemos em sociedade. Preparar textos de reportório não é perpe-tuar convenções mas, pelo contrário, é con-frontar o reportório que, por ser clássico, é intemporal.

Quisemos, por outro lado, afirmar a im-portância do texto escrito em português, através das leituras, da edição e da feira do livro que é um ponto de exclamação no tra-balho profundo que o teatro tem feito nos últimos anos.

Apresentámos também duas outras li-nhas de trabalho: uma para a infância e a juventude, que agora é assumida com uma autonomia e legitimidade novas e outra que tem a ver com a envolvente do teatro, o es-paço exterior.

Foi de entrada livre porque quisemos afir-mar a abertura à comunidade e misturar públicos. Foi uma iniciativa claramente de-mocrática no acesso para as pessoas senti-rem que é fácil entrar naquele teatro. Sendo um teatro público é um lugar que pertence a todos. A entrada livre serviu para libertar a entrada e dizer que é fácil entrar neste tea-tro e que o que é difícil é sair.

Essa vontade de diversificar os públicos do TNDMII é a intenção por trás da apos-ta na programação para crianças e jovens e nos projetos comunitários?

Para ir ao encontro do maior número e da maior diversidade de pessoas há dois trabalhos fundamentais: um relacionado com a infância e a juventude, o TNDMII tem a responsabilidade de ir ao encontro da educação e da infância, numa lógica de for-mação de públicos, de enriquecimento e de participação ativa na educação, algo que faz parte da sua missão, que está escrito na Lei Orgânica que rege o TNDMII. O outro tem a ver com a comunidade e com a perceção do TNDMII como um edifício fechado e que não tem uma relação muito próxima com a sua envolvente, que é riquíssima no sen-tido da diversidade de pessoas e realidades que a habitam. É importante trabalhar com

a comunidade para mudar a perceção que o país tem desta instituição. Há artistas em Portugal a fazer um trabalho incrível a esse nível e a Artemrede tem trabalhado muito com esses artistas que, normalmente, não trabalham em sala. Já estamos a desenvolver projetos com o Teatro do Vestido e a Joana Craveiro ou com a Madalena Victori-no, por exemplo.

Afirmaste que o TNDMII é mais do que

um edifício e que, por isso, deve encarar a cidade e o país como espaços naturais da sua programação. Esta é uma ideia a que a Artemrede é muito sensível. Que ideias tens para materializar esta vontade?

Temos uma ambição clara de maior cir-culação dos trabalhos do TNDMII, sejam eles integrados no reportório do TNDMII ou novas criações de artistas com produção do TNDMII. Mas também queremos que a nossa relação passe por cooperação e não apenas digressão. Há muitos portugueses que nunca foram ao TNDMII porque não podem, porque estão longe de Lisboa. E a experiência para os jovens, por exemplo, de entrar no teatro, tem uma importância para além do espetáculo que possam ver. Quan-do sabemos que muitos portugueses não podem conhecer o TNDMII devido à distân-cia, então somos nós que temos de cumprir o dever de ir ter com as pessoas aos vários pontos do país.

Essa é uma proposta para reduzir as as-simetrias que existem, no país, no que respeita ao acesso à cultura?

O acesso à cultura é talvez o maior défice democrático que existe em Portugal, maior do que o acesso à participação política, à educação, à saúde... O acesso à cultura é mais violento porque é tratado como se não fosse um direito constitucional. Se a cul-

tura não for garantida pelo Estado está-se a promover a ideia que ela é desnecessária. Ao passo que para todos é uma evidência que a saúde é necessária. Essa evidência não é tão visível no que é o empobrecimento da imaginação e da qualidade de vida das popu-lações que não têm acesso à cultura. Só que,

quando olhamos para a história da Europa e falamos do nosso

atraso histórico, per-cebemos que es-

ses países tive-ram oferta

cultural durante anos suficientes para que a cultura se tornasse num motor civiliza-cional e para terem hoje economias e tec-nologias fora de série. Este escamotear o défice de acesso democrático à cultura em Portugal é um contributo fatal para aquilo que são muitos dos problemas que vemos na sociedade portuguesa. Um país com teatros a funcionar com acesso a dança, artes vi-suais, teatro? Esse país ainda não foi cum-prido. Nós ainda não estamos no século XXI de serviço público de cultura.

As parcerias (e as redes) poderão ter um papel para combater o esvaziamento de política a que temos assistido na cultura e nas artes, especialmente fora dos grandes centros? De que forma pode o TNDMII contribuir para esse fim?

Queremos assumir-nos como um teatro com presença em todo o território nacional, queremos que os espetáculos rodem por todo o país na multiplicidade de espaços que continuam a tentar dar uma oferta artística à sua comunidade. Há algumas redes, no-meadamente em Lisboa e Vale do Tejo, onde a Artemrede atua, ou no Minho, por exem-plo, com as Comédias do Minho...mas há uma grande fatia do território que continua completamente sem ânimo.

Lançámos por isso um projeto, a rede Eu-nice, que é onde vamos usar o dinheiro dos

contribuintes para combater a assimetria cultural. Vamos fazer circular espetáculos, mas também fazer lançamentos editoriais, leituras, trabalho com a infância e juven-tude, trabalho com professores. Será uma presença regular e que, por isso, permitirá criar uma relação com a comunidade. Que-remos ir a teatros onde exista um projeto artístico mas que, por falta de recursos, ele não se possa cumprir totalmente, e onde a presença do TNDMII possa, efetivamente, fazer a diferença.

A tua relação com a Artemrede é antiga, dirigiste uma das nossas primeiras copro-duções, em 2007 - o espetáculo Duas Meta-des; em 2014 tiveste dois espetáculos teus a circular na rede – Três Dedos abaixo do Joelho e By Heart. E este ano escreveste um texto muito poético que encerra o Plano Estratégico 2015-2020. Como vês o percur-so da Artemrede e dos seus teatros nestes anos?

Eu tive o privilégio de ter colaborado com a Artemrede como artista muito cedo e de-pois, com o hiato de alguns anos, voltar já para outra realidade e ver como a Artemre-de cresceu e surpreendeu-me. Associo a Artemrede sobretudo ao acompanhamen-to de artistas, de comunidades, de públicos,

o que corresponde a um percurso do proje-to: perseverar. A Artemrede faz um trabalho que é o contrário do que se costuma fazer, o fogo-de-artifício, que gera por vezes in-fraestrutura mas pouco sentido. Nos teatros onde trabalhei com a Artemrede esse era o grande desafio e o grande êxito: encher de sentido o que de outra forma estaria vazio.

O projeto da Artemrede reúne êxitos que se podem quantificar e um impacto que pode ser medido, mas também imaginado nas comunidades, que é o o aumento da qualidade de vida destes territórios. Para além do que é a consequência positiva de um projeto de oferta cultural artística e profis-sional com regularidade a comunidades que de outra forma não teriam acesso a ela, tem consequências na qualidade de vida dessas comunidades e no país, porque há um nú-mero muito maior de pessoas que pensa em coisas que não pensaria se não tivesse tido acesso a esses projetos. São, assim, popula-ções mais ricas.

Como fica o Tiago Rodrigues encenador, ator e dramaturgo, agora que assumes as funções de Diretor Artístico de um teatro nacional?

Encerrei o Mundo Perfeito e resolvi selecionar algumas peças e ofereci-as ao TNDMII, o que alavancou logo a inter-nacionalização do TNDMII, com a ida ao Festival de Avignon do espetáculo António e Cleópatra e a presença no Festival de Dublin do By Heart. Estamos a fazer um trabalho profundo da internacionalização do TDMII e, através dela, de atores e auto-res portugueses. A internacionalização é o contrário da imigração, porque os artistas portugueses, ao cooperarem além-frontei-ras, enriquecem o seu trabalho e o primeiro beneficiário disso é o público português.

Tiago Rodrigues

“O acesso à cultura é talvez o maior défice democrático que existe em Portugal, maior do que

o acesso à participação política, à educação, à saúde... O acesso à cultura é mais violento porque é tratado

como se não fosse um direito constitucional.”

Entrevista

Page 4: 6ºJornal Artemrede

A Artemrede abre a Festa da Mario-neta no Cinema Teatro Joaquim d’Al-meida, no Montijo, a 3 de outubro, com a estreia absoluta do espetáculo Desco-bridores, coproduzido pela Artemrede e pela companhia Teatro e Marionetas de Mandrágora. O espetáculo segue depois para mais seis municípios as-sociados da Artemrede: Moita, Sobral de Monte Agraço, Almada, Barreiro, Abrantes e Oeiras. Descobridores é acompanhado por uma exposição homónima que convida o público, pais e filhos, a uma experiência sensorial à volta da narrativa do espetáculo.

Concebido pela diretora artística e marionetista da companhia Teatro e Marionetas de Mandrágora, Filipa Mesquita, com a colaboração da artista plástica Vânia Kosta e do músico Fer-nando Mota, Descobridores é dirigi-do a bebés (0 aos 2 anos) e crianças (2 aos 5 anos), o que o torna numa das poucas criações teatrais portuguesas a incluir um público tão jovem.

“É inacreditável a sua disponibilidade para entender os símbolos e criar empa-tias com a cena, é indescritível a intensi-dade emocional, é também avassalador o momento em que a comunicação não se faz”, diz Filipa Mesquita, a propósi-to da sua experiência de trabalho com bebés. Segundo a criadora e intérprete de Descobridores, “os bebés e as crian-ças de tenra idade começam a cimen-tar a sua personalidade de um modo firme numa fase muito precoce”, daí a importância de intervir artisticamen-te neste momento tão importante das suas vidas: “Acredito que os bebés são um barro por moldar, já com marcas e características, mas a formar-se como

peça, e creio que a arte pode ajudar a criar marcas que indelevelmente farão parte da sua personalidade.”Filipa Mes-quita realça ainda o papel fundamental que o adulto que acompanha o bebé tem no espetáculo, pois será ele o mediador entre a criação e o pequeno espectador. É através do pai ou da mãe que o bebé consegue encontrar o equilíbrio inte-rior para estar perante a representação, porque neste caso “a parede que separa espetáculo e espectador é ténue, diria até inexistente”, explica a criadora.

Descobridores conta a história de uma viagem com a água como pano de fundo. Ao longo desta viagem, uma mãe dá à luz aos seus filhos, provenien-tes dos vários cantos do mundo: Bitó-ria, de Portugal, Lis do Brasil, Zá de África, Goaz da Índia, Moré de Timor e Ma CaHu da China. O espetáculo vai--se desenrolando através desta estrutu-ra: nascer, estar, ser. Os filhos nascem e trazem a diferença da sua terra, do seu espaço, do seu contacto com a mãe, da sua personalidade. A mãe é um ser pre-sente como a cuidadora. A mãe é tam-bém a marionetista, sendo que o espe-táculo é um solo: a mãe é a terra, a mãe é o chão, a mãe está sempre presente, a mãe está com os filhos. A narrativa de-senrola-se ao ritmo da viagem marítima dos portugueses nas suas descobertas, entre Portugal, Brasil, África, Timor, Goa e Macau e a língua portuguesa e o mar servem de pano de fundo. À medida que a história se desenvolve, vão sendo reveladas as crianças e os

seres que habitam o mundo: o gato, animal doméstico, o pássaro no Bra-sil, o embondeiro em África, o elefante em Goa, o dragão chinês em Macau. “A narrativa não é fechada, existe um sentido de escuta das dinâmicas e rit-mos do público, existe espaço para a pausa, para recomeçar, para acelerar ou abrandar o espetáculo, consoante o diálogo entre espetáculo e especta-dor” esclarece Filipa Mesquita. A me-nina portuguesa é o ponto de partida e de chegada do espetáculo. Filipa Mesquita explica porquê: “Chama-se Bitória, uma conquista. A viagem co-meça com o seu acordar e termina com o seu adormecer, é o momento em que a mãe está mais presente, é o momento de acolhimento do público e o momen-to de despedida. Bitória é o nome que optei por dar porque sinto que os filhos são constantes vitórias que tentamos alcançar. Bitória é o abraço, o afeto, o momento em que o filho é tomado nos braços e se confundem os abraços que os abraçam.”

Por um lado, se a mãe é sempre mãe na forma de lidar com os filhos, de os integrar na comunidade, de os afagar, existem diferenças entre culturas na forma como a mãe se movimenta, como interage com a sua criança, como can-ta, como exprime o impulso de movi-mento interior. Em Descobridores, descobrem-se assim várias mães numa só, num universo em torno do plane-ta onde a Portugalidade se faz sentir e onde se depreendem os elos de ligação entre a mãe portuguesa, a mãe brasi-leira, a mãe africana, a mãe indiana, a mãe timorense e a mãe macaense. Ser mãe em África é assim tão diferen-

te de ser mãe na Europa? “Sim e não, pois se o amor pelos filhos é transver-sal, existem fatores sociais, culturais e económicos que influenciam o modo como cada mãe lida com o seu bebé” explica Filipa Mesquita. “A geografia do espaço, o número de filhos, o meio rural ou urbano influenciam a relação. Existe um infindável conjunto de variá-veis para concluir que todas as mães são diferentes, mas que todas as mães são iguais. Creio que a sociedade tem vindo a dar cada vez mais importância aos seus filhos, e tenho esperança que esse seja um impulso importante para a sociedade global.”Foi a experiência de ser mãe que levou Filipa Mesquita a criar, pela primeira vez, um espetá-culo dirigido a bebés. Criou “o Jardim, a Primavera” há onze anos, quando foi mãe pela primeira vez – e que conti-nua em digressão desde então - e Des- cobridores surge na sua segunda expe-riência de maternidade. “Acredito que o ato de ser mãe nos transforma interior-mente, quando estamos envolvidos na criação artística, a presença quer física quer psicológica dos filhos é constante e avassaladora, a dimensão dos afetos invade todo o pensamento.”

Descobridores tem lugar dentro de uma estrutura metálica esférica que representa o ventre materno, o espaço íntimo entre o bebé e a sua família, a al-cofa e o abraço. A intenção da estrutu-ra é envolver, proporcionar uma outra dimensão, criar um espaço de profun-da intimidade. A estrutura transporta o público para uma dimensão onde os sentidos estão mais disponíveis. Mas

Bebés espectadores

Uma história

multicultural

da maternidade

Ser mãe

O ventre materno:

o cenário©

Vân

ia Ko

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Em Montagem

DescobridoresEstreia absoluta

de Descobridores, uma

coprodução Artemrede

e companhia Teatro e

Marionetas de Mandrágora

Page 5: 6ºJornal Artemrede

é também um espaço onde se sente mui-ta segurança, como no ventre materno. Já no espaço cénico, o desenvolvimento da narrativa obriga o espectador a um tempo e a uma posição estanques, ain-da que com muitas possibilidades de exploração. Filipa Mesquita descreve o cenário e a narrativa de Descobrido-res como “um novelo…uma pequena brincadeira, pois o espaço é povoado por novelos, que servem de elemento de trabalho e jogo. Os pais chegam, con-versamos, entram no túnel expositivo e sentam-se dentro do cenário, aí ficam a conhecer ao longo de alguns minutos

diversas crianças e muitas mães, pássa-ros, árvores, luas, em conjunto sopram, sussurram, tocam, abraçam, sentem a cor e a luz, o som e a água sempre pre-sente. Para entrar na estrutura o públi-co tem de atravessar um “túnel criati-vo”. No final, volta a fazer a travessia do túnel explorando a seu ritmo as cores, os objetos, as sonoridades, as texturas e transparências do espaço do túnel. A estrutura metálica foi concebida pela companhia Boca de Cão, com o apoio de enVide nefelibata, de Joana Domingos e de José Machado e o túnel criativo foi criado pela artista plástica Vânia Kosta.

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Quem são os Descobridores

Os Descobridores são marionetas que representam meninos e meninas de todo o mundo. Cada um deles é um símbolo, um código de uma identidade. Personificam seres humanos, ainda crianças. Cada uma das crianças representa o seu país, o seu continente, a sua região, nesta que é uma viagem a dois mundos, o mundo exterior e o interior.

Os fantoches foram elaborados pela artista e artesã Vânia Kosta, que trabalhou a linguagem deste imaginário e a matéria, neste caso o tecido. Os objetos e marionetas são todos em teci-do para transmitir a ideia de conforto e suavidade.

Em palco as marionetas ganham vida com ritmos e cadências distintas: Zá é Africa e é mais chão, Ma CaHu é mais vertical e Goaz é mais fluído e circular. “Fui identificando, para cada país, movimentos e formas para cada personagem, na relação com os animais e elemen-tos que povoam o espaço, com a mãe, uns com os outros e na aproximação e relação com o público, tentando que esse fosse também uma reflexão sobre a culturalidade de cada um” explica Filipa Mesquita.

Exposição Descobridores

A exposição DESCOBRIDORES – UMA VIAGEM FEITA POR TI é um espaço para ser ex-plorado por pequenos e graúdos, pais e filhos, que convida o público a descobrir a narrativa visual do espectáculo Descobridores. Através do simples gesto de tocar, abrir e fechar, na ação que o gesto conduz a revelar, a esconder, a desvendar, a descobrir, a acolher e a cuidar, o público torna-se num agente ativo ao interagir no espaço, transformando-se num explora-dor, num descobridor.

Nesta exposição viaja-se através da linguagem dos afetos para descobrir sentindo, onde as histórias e as emoções que fazem parte da individualidade de cada um de nós se reflete e se mistura com os lugares dos Descobridores, com a narrativa estética e plástica onde os têxteis assumem um papel importante pelo toque acolhedor através dos quais os nossos sentidos são despertados e convidados a viajar.

A exposição Descobridores contou com a coordenação de Vânia Kosta, também responsável pela criação plástica das marionetas.

Page 6: 6ºJornal Artemrede

Da poesia ao humor com marionetas, objetos e formas animadas!

De 3 de Outubro a 28 de Novembro a ARTEMREDE volta a celebrar a arte das marionetas e das formas animadas com a 7ª Festa da Marioneta!

Durante cerca de dois meses o público da Artemrede poderá assistir, em onze municípios, a oito espetáculos de teatro, dança e música para todas as idades, no total de 34 sessões. Para além dos espe-táculos, este ano as marionetas saltam dos palcos e invadem outros espaços do teatro, com uma exposição e duas ofi-cinas para crianças, famílias e adultos.

A Festa abre com uma nova copro-dução da ARTEMREDE para bebés e crianças até aos 5 anos. DESCOBRI-DORES é um espetáculo do Teatro

e Marionetas de Mandrágora que pro-mete transportar o pequeno público numa viagem de cores, texturas e sons, em busca do significado da palavra ma-ternidade em distintas culturas – Portu-gal, Brasil, Índia, Timor, África e China. Dirigido e interpretado por Filipa Mes-quita, DESCOBRIDORES tem música de Fernando Mota e criação plástica de Vânia Kosta, que assume também a autoria da EXPOSIÇÃO DESCO-BRIDORES – UMA VIAGEM FEITA POR TI, um percurso visual e sensorial que explora a narrativa do espetáculo.

Dois outros espetáculos da Festa da Marioneta debruçam-se sobre o tema da viagem apresentando, no entanto, propostas artísticas muito distintas: PEREGRINAÇÃO, da companhia La-fontana, e POR ESTE RIO ACIMA, da S.A. Marionetas. O primeiro conta as aventuras narradas no texto homóni-mo de Fernão Mendes Pinto através da manipulação e projeção, em tempo real, de personagens recortadas em cartão, num relato visual impressionante e cheio de humor. Em POR ESTE RIO ACIMA, a companhia de Alcobaça S.A.

Marionetas inspira-se na mesma obra literária, acrescentando ainda a home-nagem aos 30 anos do disco de Fausto Bordalo Dias, numa proposta inovadora que utiliza materiais característicos da região Oeste – o vidro e o cristal.

De destacar ainda a apresentação inédita em Portugal de PAPER BUB-BLES, da companhia catalã Múcab Dans, um espetáculo que rompe com as fronteiras entre as linguagens artísticas e cruza dança, música e multimédia, en-volvendo o público numa viagem aluci-nante pelo mundo das bolhas (de todos os formatos, tamanhos e materiais!).

Presença regular na Festa da Mario-neta, com propostas sempre inovado-ras e surpreendentes, o Teatro de Ma-rionetas do Porto apresenta PELOS CABELOS, com personagens insólitas inspiradas nas ilustrações de João Vaz de Carvalho e uma história com mui-to humor e uma boa dose de absurdo, como é habitual nesta companhia!

Mas outras interessantes propostas fazem ainda parte da Festa da Marione-ta’15, como APARA, O RAPAZ QUE VAI E VEM, da Valdevinos Teatro de

Marionetas, que conta a história de duas crianças que vivem em lugares dis-tintos do planeta e a diferente relação que têm com a água, numa mensagem sobre a utilização sustentável dos recur-sos naturais; PÁSSARO DA ALMA, da Associação AQUI HÁ GATO, fala da importância dos afetos em todos os mo-mentos da vida; e CONTOS DO MUN-DO, do Teatro Figura, revisita alguns contos tão familiares de Hans Christian Andersen, como ‘A Princesa e a Ervilha’ ou a ‘Menina dos Fósforos’. Como com-plemento a este espetáculo a mesma companhia propõe a oficina POÉTICA DOS OBJETOS, dirigida a artistas e a agentes educativos. Por sua vez, a com-panhia Tarumba irá ensinar crianças e famílias a construir TEATROS DE PAPEL, na oficina com o mesmo nome.

A Festa da Marioneta’15 promete, as-sim, oferecer propostas artísticas diver-sas e de qualidade para todos os públi-cos, numa mostra que reúne múltiplas abordagens da arte da marioneta e do teatro de objetos e formas animadas.

Marta Martins | Diretora Executiva da Artemrede

Festa da Marioneta

2015

DESCOBRIDORESCoprodução Artemrede e Teatro e Marionetas de Mandrágora

MONTIJOSÁB 3 OUT11h Sessão das 0 aos 2 anos15h30 Sessão dos 2 aos 5 anos Cinema Teatro Joaquim d’AlmeidaMOITA SÁB 10 Out15h30 Sessão das 2 aos 5 anos17h30 Sessão dos 0 aos 2 anosFórum Cult. José Manuel FigueiredoSOBRAL DE MONTE AGRAÇODOM 18 Out14h30 Sessão das 0 aos 2 anos16h30 Sessão dos 2 aos 5 anosCine-teatro Sobral de Monte AgraçoALMADAQUI 5 Nov | 10h00 e 14h00Sessões dos 2 aos 5 anosTeatro Estúdio António AssunçãoBARREIRO DOM 8 Nov 10h30 Sessão das 0 aos 2 anos17h00 Sessão dos 2 aos 5 anosAud. Mun. Augusto CabritaABRANTES SÁB 21 Nov15h30 Sessão dos 2 aos 5 anos17h30 Sessão dos 0 aos 2 anosCine-teatro S. PedroOEIRAS- CARNAXIDEDOM 22 Nov 15h30 Sessão dos 0 aos 2 anos17h30 Sessão dos 2 aos 5 anosAud. Mun. Ruy de Carvalho

DESCOBRIDORES – UMA VIAGEM FEITA POR TICoprodução Artemrede e Teatro e Marionetas de Mandrágora

MONTIJODe 3 a 7 OutCinema Teatro Joaquim d’AlmeidaMOITADe 10 a 15 OutFórum Cult. José Manuel FigueiredoSOBRAL DE MONTE AGRAÇO18 Out a 2 NovCine-teatro Sobral de Monte AgraçoALMADAQUI 5 NovTeatro Estúdio António AssunçãoBARREIRODe 6 a 15 NovAud. Mun. Augusto CabritaABRANTESDe 17 a 21 Nov SAB 21 Nov Cine-teatro S. PedroOEIRAS- CARNAXIDEDOM 22 Nov Aud. Mun. Ruy de Carvalho

APARA O RAPAZ QUE VAI E VEMValdevinos Teatro De Marionetas

SOBRAL DE MONTE AGRAÇODOM 4 Out | 16h00Cine-teatro Sobral de Monte AgraçoMOITAQUA 21 Out | 10h30Fórum Cult. José Manuel Figueiredo

SESIMBRADOM 8 Nov | 17h00Cineteatro Mun. João Mota

PAPER BUBBLESChega-nos de Espanha, pela Múcab Dans, e é um espetáculo de dança, música e multimédia que conta a história de Roger, um músico trompetista que está apaixonado por bolhas. Múcab Dans

SANTARÉM SEX 16 Out | 10h30Teatro Sá da BandeiraABRANTESSAB 17 Out | 10h30Cine-teatro S.PedroMONTIJOSAB 17 Out | 21h30Cinema Teatro Joaquim d’AlmeidaMOITADOM 18 Out | 16h00Fórum Cult. José Manuel Figueiredo

PELOS CABELOSEspetáculo habitado por personagens insó-litas, de olhares ausentes e alucinados, onde o humor e o absurdo se fundem para mais

uma experiência com muitas marionetas.Teatro de Marionetas do Porto

ALMADA DOM 25 Out | 16h00Aud. Mun. Fernando Lopes GraçaALCOBAÇASEX 27 Nov | 15h00Cine-teatro João d’Oliva Monteiro

PÁSSARO DA ALMAAssociação Aqui Há Gato

MOITASÁB 31 Out | 16h00Fórum Cult. José Manuel Figueiredo

POR ESTE RIO ACIMAA S.A. Marionetas alia a técnica tradicional do teatro de marionetas de sombras ao cru-

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programação’13

3 de Outubro § FESTA DA MARIONETA’15 § 28 de Novembro

Page 7: 6ºJornal Artemrede

Artes Circenses Artes de Rua Música

Multidisciplinar

Crianças e Jovens Teatro Dança

Oficinas

Consulte o site www.artemrede.pt para aceder à programação atualizada

PEREGRINAÇÃO Lafontana - Formas Animadas

SANTARÉMSEX 18 Set | 21h30Teatro Sá da Bandeira

CANÇÕES NÓMADAS É um espetáculo-itinerário que procura li-gar o Mundo através de canções de várias culturas e continentes, Criado por Carla Galvão, Fernando Mota e Rui Rebelo, apro-funda a linguagem cénica multidisciplinar desenvolvida em projetos anteriores, tais como MOTOFONIA, NANA NANA e PEI-XE LUA, num espetáculo para maiores de 3 anos. CANÇÕES NÓMADAS é uma en-comenda da Fábrica das Artes e estreou na Black Box do CCB a 5 de junho de 2014. de Carla Galvão, Fernando Mota e Rui Rebelo

ABRANTESSAB 19 Set | 10h30Cine-teatro S. Pedro

MONTIJOSAB 26 Set | 16h30Cinema Teatro Joaquim d’AlmeidaBARREIRODOM 11 Out | 16h00Aud. Mun. Augusto CabritaOEIRAS- CARNAXIDESÁB 31 Out | 17h00Aud. Mun. Ruy de Carvalho

TRUZ TRUZ… DEIXA-ME ENTRARde Patrícia Silvino Pastor Vieira

ALCANENATER 29 Set | 14h30TER 6 Out | 14h30 Cine-teatro São Pedro ALMADA SAB 24 Out | 11h Fórum Municipal Romeu CorreiaSala Pablo Neruda O TEATRO DENTRO DE NÓSde Lígia Soares

MONTIJOSEX 18 Set SAB 19 Set Cinema Teatro Joaquim d’Almeida ALMADASEX 25 Set SAB 26 SetFórum Municipal Romeu CorreiaSala Pablo Neruda

CONTOS DO MUNDO de José Ramalho

SANTARÉMQUI 1 Out | 14h30Teatro Sá da Bandeira

DÁ CORDA À MÚSICA de Fernando Pernas

ALMADASAB 17 Out | 16h00Sala polivalente - Biblioteca José Saramago

A ESFERA DO REI II Dolcimelo

ALCANENA TER 20 Out | 14h30 Cine-teatro São Pedro

ROSA-CÃO A coprodução da Artemrede, da bailarina catalã Ainhoa Vidal e do músico português Pedro Gonçalves - fundador dos Dead Com-bo – regressa aos palcos dos municípios as-sociados Alcobaça, Alcanena e Santarém.de Ainhoa Vidal

ALCOBAÇASEX 13 Nov | 21h30SAB 14 Nov | 21h30Cine-teatro João d’Oliva MonteiroALCANENASEX 20 Nov | 21h30SAB 21 Nov | 21h30Cine-teatro São Pedro

SANTARÉM SEX 27 Nov | 21h30SAB 28 Nov | 21h30Teatro Sá da Bandeira

LABOR #2 A coprodução da Artemrede com o Teatro do Vestido retoma a 11 e 12 de dezembro em Santarém e a 18 e 19 de dezembro em Abrantes. Duas oportunidades para escutar as vozes e as histórias, passadas e presentes, do trabalho em cada um destes lugares., interpretadas por atores que se transfor-mam ao longo de duas horas de espetáculo itinerante.Teatro do Vestido

SANTARÉM SEX 11 Dez | 21h30SAB 12 Dez | 21h30Teatro Sá da Bandeira ABRANTESSEX 18 Dez | 21h30SAB 19 Dez | 21h30Cine-teatro S. Pedro

PÁSSARO DA ALMA Aqui há gato

BARREIRODOM 13 Dec | 16h00Aud. Mun. Augusto Cabrita

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programação’15setembro A Dezembro

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zamento de novas formas de manipulação digital, como o desenho em tempo real pro-jetado no mesmo espaço cénico.S.A. Marionetas – Teatro e Bonecos

SESIMBRA SÁB 31 Out | 21h30Cineteatro Mun. João Mota

ALMADADOM 1 Nov | 16h00Aud. Mun. Fernando Lopes GraçaMONTIJOSÁB 14 Nov | 21h30Cinema Teatro Joaquim d’AlmeidaSOBRAL DE MONTE AGRAÇOSÁB 21 Nov | 21h30Cine-teatro Sobral de Monte Agraço

PEREGRINAÇÃO Lafontana - Formas Animadas

SESIMBRA QUA 4 Nov | 14h30Cineteatro Mun. João MotaOEIRAS-CARNAXIDE DOM 8 Nov | 16h00Aud. Mun. Ruy de CarvalhoSOBRAL DE MONTE AGRAÇODOM 15 Nov | 16h00Cine-teatro Sobral de Monte AgraçoBARREIROSÁB 28 Nov | 16h00Aud. Mun. Augusto Cabrita

POÉTICA DOS OBJETOSTeatro Figura

PALMELA-POCEIRÃO SÁB 7 Nov | 09h30Centro Cultural do Poceirão

CONTOS DO MUNDOTeatro FiguraPALMELA-POCEIRÃOSÁB 7 Nov | 17h00Centro Cultural do PoceirãoMOITASÁB 21 Nov | 16hFórum Cult. José Manuel Figueiredo

CRIAÇÃO DE TEATROS DE PAPELA Tarumba – Teatro de Marionetas

ALMADA QUA 18 Nov | 10h00Sala polivalente da Biblioteca Maria Lamas - Monte da CaparicaALMADA SEX 20 Nov | 10h00SAB 21 Nov | 16h00Sala polivalente - Biblioteca José SaramagoSOBRAL DE MONTE AGRAÇONov DOM 22 | 16h00Cine-teatro Sobral de Monte Agraço

Page 8: 6ºJornal Artemrede

Roteiro Artemrede, Cultura e Lazer num só fim-de-semana!

Os Associados da Artemrede são Municípios que, com o apoio da Associação, conseguem manter viva a cultura de uma vasta região, que

vai do distrito de Setúbal aos distritos de Leiria e Santarém. Aproveite os nossos espetáculos (ver agenda na página 6 e 7) como pretexto para

passar um fim-de-semana “fora cá dentro”... da Artemrede.

Locais a visitar

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Moita

Moita

TOMARTomar é um livro aberto da História de Portugal. No complexo monumen-tal do Convento de Cristo, Património da Humanidade, tiveram a sua sede os Templários e a Ordem de Cristo. Pela cidade, ecoam as memórias da presen-ça dos árabes e dos judeus. A envolven-te natural, com a Mata dos Sete Montes e o rio Nabão, convida a descansar e a provar os fantásticos sabores locais. Espaços como o Cine-Teatro, o Núcleo de Arte Contemporânea ou o Complexo da Levada dão à História um cunho de modernidade artística.

O que visitar?Convento de Cristo e Castelo TemplárioSéculos de História ecoam nas paredes de um dos mais fantásticos monumen-tos portugueses, de que a Janela do Ca-pítulo é o corolário.

SinagogaA mais bem preservada Sinagoga por-tuguesa do século XV.

Núcleo de Arte ContemporâneaUm olhar sobre a arte portuguesa do século XX a partir da coleção de José--Augusto França.

O que saborear?Os doces típicos, grande parte de inspiração conventual, como as fa-tias de Tomar e os beija-me depressa. A lampreia (a partir de final do Inver-no), as sopas e o feijão, no Outono.

Onde dormir?Hotel dos TempláriosLargo Cândido dos Reis, 12304 – 909 TOMARTelef.: (+351) 249 310 100 Fax: (+351) 249 322 [email protected] www.hoteldostemplarios.pt

Hostel 2300 Tomar Rua Serpa Pinto, nº 432300-952 TomarTelef. +351 249 324 256Telem. +351 927 444 144E-mail: [email protected]

Parque Municipal de Campismo 2300 - 630 TomarTelef.: (+351) 249 329 824Fax: (+351) 249 322 [email protected]

Onde comer?Chico EliasAlgarvias, 702300-302 TOMARTel.: (+351) 249 311 067Tlm.: (+351) 936 452 [email protected]

InfanteAv. Dr. Cândido Madureira, 1062300-351 TOMARTel.: (+351) 249 314 513 Tlm.:(+351) 962 769 [email protected] www.restauranteinfante.com

Moita Descubra a zona ribeirinha da Moita, da Baixa da Banheira a Sarilhos Pe-quenos, onde a paisagem é muito hete-rogénea e sempre acompanhada pelo Tejo, entre zonas verdes tratadas, sa-pais e antigas salinas, cais e estaleiros navais e ainda uma praia fluvial.

O que visitar?A Praia Fluvial do RosárioCalmas areias salpicadas por conchas das famosas ostras do Tejo.

O Pelourinho de Alhos Vedros Pelourinho manuelino, do século XVI, símbolo do poder municipal da vila de Alhos Vedros sobre as terras vizinhas.

Poço “Mourisco” Poço quinhentista e não de origem árabe, decorado com elementos natu-ralistas: ramo de oliveira com azei-tona, flor-de-lis e cabaça. Diz a lenda que quem conseguir partir a cabaça, com a cabeça, recebe um tesouro em meados de ouro que aí está por reclamar.

O que saborear?Caldeirada à Fragateiro, Massinha da Caldeirada, Ensopado de Enguias, Ar-roz de Marisco, Choco Frito, entre ou-tros. Quanto aos doces não há como es-capar à famosa “Ferradura da Moita”.

Onde comer?O FragateiroParque de Empresas Dos Quatro

Marcos, Moita 2860 - 402 MOITATml 935751356

Baía TejoPraia do Rosário, Rosário, MoitaTel 210868721

GaspachinhoUrbanizacao Do Carvalhinho, 20, Moita 2860-580 MoitaTel 210182935

Em setembro e outubro, não perca:Os passeios fluviais a bordo do varino municipal “O Boa Viagem”, para descobrir a Moita, a bordo de um barco típico do Tejo.

Festas em Honra de Nossa Srª da Boa Viagem, na Moita, de 11 a 20 de setembro, com várias iniciativas como a Tarde do Fogareiro, a Noite do Fragateiro, a Procissão em Honra da Santa Padroeira, Nossa Srª da Boa Viagem, as largadas de toiros, a Feira Taurina, o Festival de Folclore e os barcos engalanados no cais.

Reabertura do Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, dia 25 de setembro, equi-pamento que inclui programação da Artemrede

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