744 manual recuperacao pontes viadutos
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Manual excelente para que quer estudar um pouco mais sobre patologias e suas formas de correção.TRANSCRIPT
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Publicao IPR 744
MANUAL DE RECUPERAO DE PONTES
E VIADUTOS RODOVIRIOS
2010
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MINISTRO DOS TRANSPORTES Dr. Paulo Srgio Oliveira Passos DIRETOR GERAL DO DNIT Dr. Luiz Antonio Pagot DIRETOR EXECUTIVO DO DNIT Eng Jos Henrique Coelho Sadok de S INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIRIAS Eng Chequer Jabour Chequer
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MANUAL DE RECUPERAO DE PONTES E VIADUTOS RODOVIRIOS
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EQUIPE TCNICA:
Eng. Jos Lus Mattos Britto Pereira Coordenador - Engesur Eng Maria Lcia Barbosa de Miranda Supervisora - Engesur Eng Arnaldo Fainstein Consultor - Engesur Tc Luiz Carlos Aurlio Informtica - Engesur Tc. Carolina Lima de Carvalho Informtica - Engesur Tc Clia de Lima M. Rosa
COMISSO DE SUPERVISO
Eng Gabriel de Lucena Stuckert Coordenador Tcnico IPR/DNIT Eng Pedro Mansour Supervisor Tcnico IPR/DNIT Bibl. Heloisa Maria Moreira Monnerat IPR/DNIT COLABORADORES: Eng Edimarques Magalhes CGDESP/DNIT Eng Jorge Nicolau Pedro IPR/DNIT Eng Arjuna Sierra IPR/DNIT Bibl. Tnia Bral Mendes Apoio Administrativo IPR/DNIT Estat. Dener dos Santos Coelho Informtica IPR/DNIT
Reproduo permitida, desde que citado o DNIT como fonte.
Brasil. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Diretoria Executiva. Instituto de
Pesquisas Rodovirias. Manual de recuperao de pontes e viadutos rodovirios. - Rio de Janeiro, 159p. (IPR. Publ., 744).
1.Pontes - Manuteno e reparos - Manuais. 2.Viadutos Manuteno e reparos Manuais.I. Srie. II. Ttulo.
CDD 624.282
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MINISTRIO DOS TRANSPORTES DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
DIRETORIA GERAL DIRETORIA EXECUTIVA
INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIRIAS
Publicao IPR 744
MANUAL DE RECUPERAO DE PONTES
E VIADUTOS RODOVIRIOS
RIO DE JANEIRO 2010
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DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES DIRETORIA GERAL DIRETORIA EXECUTIVA INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIRIAS Rodovia Presidente Dutra, km 163 Vigrio Geral Cep: 21240-000 Rio de Janeiro RJ Tel.: (21) 3545-4504 Fax: (21) 3545-4482/4600 e-mail.: [email protected]
TTULO: MANUAL DE RECUPERAO DE PONTES E VIADUTOS RODOVIRIOS
Elaborao: DNIT / ENGESUR Contrato: DNIT / ENGESUR 264 / 2007 IPR Aprovado pela Diretoria Colegiada do DNIT em 23 / 11 / 2010 Processo Administrativo: 50607.000.467/10-89
Impresso no Brasil / Printed in Brazil
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Manual de Recuperao de Pontes e Viadutos Rodovirios
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MT/DNIT/IPR
APRESENTAO
O Manual de Recuperao de Pontes e Viadutos Rodovirios, editado pela primeira vez pelo
IPR/DNIT, bastante oportuno porque, alm de indicar os procedimentos de recuperao, define o
que se pode esperar de uma obra dita recuperada.
Aplica-se a todas as obras de concreto, tendo, entretanto, como alvo principal as pontes e viadutos
de concreto armado.
O Manual de Recuperao de Pontes e Viadutos Rodovirios tem por objetivo listar as principais
patologias das pontes e viadutos rodovirios de concreto armado, convencional ou protendido,
identificando-as e indicando aes preventivas e de tratamento; outras obras de concreto, entretanto,
podem valer-se das indicaes e conceitos emitidos no Manual.
So indicadas as operaes de identificao e tratamento de patologias que visam restabelecer as
condies atuais da estrutura, sem refor-la; convm, entretanto, enfatizar que inspees regulares
e manuteno adequada e continuada so procedimentos imprescindveis para garantir e prolongar a
vida til da estrutura e que a ausncia de defeitos visveis no implica em adiar ou limitar os
procedimentos indicados.
Assim, a publicao deste representa um auxiliar no diagnstico das patologias das pontes e
viadutos rodovirios, indicando as aes preventivas e corretivas, visando prolongar a vida til das
obras.
Eng Civil CHEQUER JABOUR CHEQUER
Gerente de Projeto DNIT
Instituto de Pesquisas Rodovirias IPR
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Manual de Recuperao de Pontes e Viadutos Rodovirios
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MT/DNIT/IPR
LISTA DE SMBOLOS E ABREVIATURAS
AASHTO American Association of State Highway and Transportation Officials
ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas
ACI American Concrete Institute
BRE Building Research Establishment
CEB Comit Euro-International du Bton
CONCRETE SOCIETY The Concrete Society
DNER Departamento Nacional de Estradas de Rodagem
DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
FIP Fdration Internationale de la Prcontrainte
ICRI International Concrete Repair Institute
IPR Instituto de Pesquisas Rodovirias
NBR Norma Brasileira
RILEM Runion International des Laboratoires dEssais et des Recherches sur les Materiaux et
les Constructions
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Manual de Recuperao de Pontes e Viadutos Rodovirios
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MT/DNIT/IPR
LISTA DE ILUSTRAES
FIGURAS
Figura 1 Fissura tpica de assentamento plstico ........................................................................ 48
Figura 2 Fissuras tpicas de retrao plstica do concreto .......................................................... 49
Figura 3 Fissuras e trincas precoces............................................................................................ 49
Figura 4 Fissuras e trincas na alma devidas retrao e/ou temperatura ................................... 50
Figura 5 Trincas ou fissuras tpicas provocadas por corroso de armaduras.............................. 50
Figura 6 Fissuras de retrao na alma da viga ............................................................................ 51
Figura 7 Fissuras tpicas de flexo, fora cortante, variao de temperatura e/ou retrao, impedidas ou no ......................................................................................................... 52
Figura 8 Fissura de toro........................................................................................................... 52
Figura 9 Patologias por causas fsicas na pavimentao............................................................. 53
Figura 10 Patologias de causas fsicas na laje e nas vigas .......................................................... 54
Figura 11 Fissura de toro......................................................................................................... 54
Figura 12 Fissuras de trao........................................................................................................ 55
Figura 13 Fissura de fora cortante............................................................................................. 55
Figura 14 Fissuras nas vigas de concreto protendido: blocos de ancoragem e flanges .............. 56
Figura 15 Patologias de causas fsicas na superestrutura............................................................ 57
Figura 16 Patologias de causas fsicas na superestrutura............................................................ 58
Figura 17 Patologias de causas fsicas na estrutura .................................................................... 58
Figura 18 Patologias de causas fsicas na estrutura .................................................................... 59
Figura 19 Patologias na infraestrutura ........................................................................................ 59
Figura 20 Patologias na infraestrutura ........................................................................................ 60
Figura 21 Patologia nos pilares................................................................................................... 61
Figura 22 Patologias nos encontros ............................................................................................ 62
Figura 23 Patologias nos encontros ............................................................................................ 63
Figura 24 Patologias nos encontros ............................................................................................ 63
Figura 25 Diferentes tipos de fissuras nos dentes ....................................................................... 64
Figura 26 Vigas com alturas reduzidas e dentes ......................................................................... 64
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Figura 27 Fissuras por deficincia de armaduras........................................................................ 65
Figura 28 Cantos de vigas Esmagamentos resultantes de vazios de concretagem, colocao errada dos aparelhos de apoio ou mo-de-obra despreparada...................................... 65
Figura 29 Patologias nas juntas de dilatao .............................................................................. 66
Figura 30 Vista diagramtica da armadura protegida da corroso em concreto parcialmente carbonatado ............................................................................................................... 104
Figura 31 Vista diagramtica do incio da corroso da armadura em concreto carbonatado ..... 104
Figura 32 Mecanismo de corroso pontual ................................................................................. 105
Figura 33 Vista diagramtica da armadura corroda em concreto fissurado............................... 108
Figura 34 Fissurao em laje de concreto armado...................................................................... 109
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LISTA DE ILUSTRAES
FOTOS
Foto 1 Manuteno inadequada exigindo recuperao e/ou substituio ................................... 125
Foto 2 Manuteno inadequada exigindo recuperao e/ou substituio ................................... 125
Foto 3 Ponte estreita com guarda-corpos destrudos .................................................................. 126
Foto 4 Guarda-corpos destrudos apesar da correta proteo por barreiras New Jersey ............ 126
Foto 5 Corroso acentuada em barreira New Jersey................................................................... 127
Foto 6 Face inferior da laje superior: Vazios e armadura aparente ............................................ 127
Foto 7 Face inferior de laje em balano sem pingadeira: Degradao do concreto, perda de cobrimento e armaduras expostas e corrodas................................................................................ 128
Foto 8 Face inferior da laje superior: Infiltrao e eflorescncia ............................................... 128
Foto 9 Vista inferior da superestrutura: Infiltraes, trincas, eflorescncia, armaduras expostas e corrodas ........................................................................................................................... 129
Foto 10 Face inferior da laje: Eflorescncia ............................................................................... 129
Foto 11 Trincas, fissuras e eflorescncia na face inferior da laje ............................................... 130
Foto 12 Faces inferiores da laje e da viga principal: Desplacamento do concreto, cobrimento insuficiente e armadura aparente com corroso............................................................................. 130
Foto 13 Face inferior da laje: Desplacamento do concreto, armaduras aparentes com corroso e agregado grado de dimenses inadequadas ................................................................................. 131
Foto 14 Face inferior de laje em balano sem pingadeira: Concreto deteriorado e armaduras aparentes com corroso ................................................................................................ 131
Foto 15 Junta mal projetada e/ou executada, desgastada e ineficaz ........................................... 132
Foto 16 Junta mal projetada e/ou executada, desgastada e ineficaz ........................................... 132
Foto 17 Viga com canto quebrado, armadura aparente e corroda ............................................. 133
Foto 18 Viga com desplacamento do concreto, ausncia de cobrimento e estribos rompidos ... 133
Foto 19 Viga principal com desplacamento do concreto, armadura exposta e corroda ............ 134
Foto 20 Viga principal com desplacamento do concreto, armadura exposta e corroda ............ 134
Foto 21 Viga com desplacamento do concreto, ausncia de cobrimento, armadura exposta e corroda .......................................................................................................................... 135
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Foto 22 Viga principal com concreto desplacado, vazios de concretagem e corroso de armaduras aparentes ................................................................................................... 135
Foto 23 Viga principal com concreto desplacado, vazios de concretagem e corroso de armaduras aparentes ................................................................................................... 136
Foto 24 Aparelho de Apoio Inadequado: Esmagamento do concreto no topo do pilar e fundo da viga principal .................................................................................................................. 136
Foto 25 Aparelho de Apoio Inadequado: Esmagamento do concreto no topo do pilar e fundo da viga principal .................................................................................................................. 137
Foto 26 Aparelho de apoio de neoprene esmagado .................................................................... 137
Foto 27 Dentes ameaados de degradao por infiltraes nas juntas de dilatao do estrado........................................................................................................................ 138
Foto 28 Dentes em estado de pr-runa e juntas de dilatao sem tratamento............................ 138
Foto 29 Dentes em estado de pr-runa e juntas de dilatao sem tratamento............................ 139
Foto 30 Apoio pendular com fratura e/ou desplacamento de concreto e armaduras aparentes e corrodas .................................................................................................... 139
Foto 31 Apoio pendular com fratura e/ou desplacamento de concreto e armaduras aparentes e corrodas .................................................................................................... 140
Foto 32 Detalhe do pilar com desplacamento de concreto e corroso de armaduras ........................................................................................................................... 140
Foto 33 Detalhe do pilar com desplacamento de concreto e corroso de armaduras ........................................................................................................................... 141
Foto 34 Topo de pilar fraturado: Falta de cintamento adequado e placa de articulao levada at a extremidade ................................................................................................................ 141
Foto 35 Pilar com falhas de concretagem ................................................................................... 142
Foto 36 Pilar em estado de pr-runa: Eroso, desplacamento de concreto, trincas e armaduras aparentes corrodas......................................................................................... 142
Foto 37 Eroso na base do pilar .................................................................................................. 143
Foto 38 Eroso na base do pilar .................................................................................................. 143
Foto 39 Base do pilar e bloco atacados pela eroso.................................................................... 144
Foto 40 Reao lcali-agregado em bloco de fundao.............................................................. 144
Foto 41 Fundao em estacas expostas e danificadas................................................................. 145
Foto 42 Eflorescncia em parede frontal .................................................................................... 145
Foto 43 Eroso em parede frontal ............................................................................................... 146
Foto 44 Eroso em parede frontal ............................................................................................... 146
Foto 45 Eroso em parede frontal ............................................................................................... 147
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MT/DNIT/IPR
Foto 46 Fundao em estacas expostas, de pequeno dimetro ................................................... 147
Foto 47 Acmulo de materiais flutuantes nos pilares ................................................................. 148
Foto 48 Acmulo de materiais flutuantes nos pilares ................................................................. 148
Foto 49 Ponte curta, proteo emergencial com sacos de solo-cimento, eroso acentuada e falta de descida dgua ........................................................................................................................... 149
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Manual de Recuperao de Pontes e Viadutos Rodovirios
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MT/DNIT/IPR
SUMRIO
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Manual de Recuperao de Pontes e Viadutos Rodovirios
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SUMRIO
Apresentao ........................................................................................................................... 5
Lista de smbolos e abreviaturas .................................................................................................... 7
Lista de ilustraes Figuras......................................................................................................... 9
Lista de ilustraes Fotos............................................................................................................ 11
1. Introduo ........................................................................................................................... 19
2. Objetivos ........................................................................................................................... 23
3. Abrangncia ........................................................................................................................... 27
4. Definies e caracterizao das intervenes em pontes construdas........................................ 31
5. Durabilidade e identificao de causas de deficincias estruturais............................................ 37
6. Causas fsicas de patologias do concreto ................................................................................... 45
7. Causas qumicas de patologias do concreto............................................................................... 67
8. Preveno e tratamento das patologias do concreto................................................................... 77
9. Mecanismos de deteriorao do concreto e das armaduras ....................................................... 93
10. Preveno da deteriorao das armaduras e tratamento........................................................... 101
11. Avaliao da capacidade de carga das pontes existentes......................................................... 113
12. Fotografias de patologias Pontes existentes necessitando de obras de recuperao............. 123
Referncias bibliogrficas ............................................................................................... 151 ndice ........................................................................................................................... 155
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1. INTRODUO
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Manual de Recuperao de Pontes e Viadutos Rodovirios
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MT/DNIT/IPR
1. INTRODUO O Manual de Recuperao de Pontes e Viadutos Rodovirios um Manual inteiramente novo, sem
similares anteriores no IPR/DNIT; bastante oportuno porque, alm de indicar os procedimentos de
recuperao, define o que se pode esperar de uma obra dita recuperada.
Embora aplicvel a todas as obras de concreto, tem como alvo principal as pontes de concreto
armado.
O presente Manual, todo embasado em casos reais e em bibliografia da mais alta qualidade,
preferencialmente recente, consta de doze sees, inclusive esta, cujos contedos so abordados a
seguir.
Na Seo 2, Objetivo, so listadas as patologias abordadas neste Manual e seus tratamentos
corretivos.
A Seo 3, Abrangncia, indica as limitaes da aplicabilidade do texto do Manual; na falta de
dados precisos e, segundo indicaes da bibliografia, os parmetros utilizados so o tipo de obra,
sempre pontes de concreto armado, com limitao do vo mximo em 200 metros.
Na Seo 4, Definies e Caracterizao de intervenes em pontes construdas, so definidas
as atividades concernentes s quatro principais intervenes em pontes j construdas - Manuteno,
Recuperao, Reabilitao ou Renovao e Reforo; este Manual trata apenas das atividades de
Recuperao.
Na Seo 5, Durabilidade e identificao de causas de deficincias estruturais, transcreve-se o
tratamento moderno dado durabilidade, que engloba a agressividade do meio ambiente, a
qualidade e a quantidade do cimento, a relao gua-cimento, os aditivos e o cobrimento mnimo
das armaduras; ao lado da qualidade do agregado, da porosidade do concreto, da cura prolongada e
da manuteno adequada, estas so as principais causas das deficincias das estruturas de concreto.
As Sees 6 e 7, Causas fsicas de patologias do concreto e causas qumicas de patologias do
concreto, tm por finalidade facilitar a identificao da origem das patologias e indicar os
tratamentos adequados.
A Seo 8, Preveno e tratamento das patologias do concreto, est parcialmente ligada s
atividades de construo e manuteno, na parte de preveno, e s atividades de recuperao, no
tratamento das patologias.
A Seo 9, Mecanismos de deteriorao do concreto e das armaduras, faz um resumo histrico
da evoluo dos conhecimentos desde o incio e da evoluo da corroso, um dos principais fatores
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Manual de Recuperao de Pontes e Viadutos Rodovirios
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MT/DNIT/IPR
da degradao das pontes e somente combatida com sucesso quando encarada como fenmeno
eletro-qumico.
A Seo 10, Preveno da deteriorao das armaduras e tratamento, um complemento da
anterior: conhecidas a origem e a evoluo da corroso, torna-se mais fcil sua preveno e
tratamento.
A Seo 11, Avaliao da capacidade de carga das pontes existentes, tem por objetivo
reproduzir alguns conceitos, subjetivos embora, que consideram a depreciao da ponte em funo
de sua idade, da intensidade de sua utilizao, da construo menos apurada e de critrios de clculo
e de dimensionamento ultrapassados; firmados estes conceitos, muitos lastreados em provas de
carga, a autorizao de trfego de veculos pesados no normalizados exigir estudos mais srios.
A Seo 12 apresenta uma documentao fotogrfica de patologias em pontes existentes que
necessitam de servios ou obras de recuperao.
Na parte final do Manual so apresentadas as Referncias bibliogrficas, com a lista dos livros
consultados e das normas e manuais pertinentes.
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2. OBJETIVOS
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2. OBJETIVOS O objetivo do Manual de Recuperao de Pontes e Viadutos Rodovirios listar as principais
patologias das pontes rodovirias de concreto armado, convencional ou protendido, identificando-as
e indicando aes preventivas e de tratamento; outras obras de concreto, entretanto, podem valer-se
das indicaes e conceitos emitidos no Manual.
O Manual fica limitado a indicar operaes de identificao e tratamento de patologias que visam
restabelecer as condies atuais da estrutura, sem refor-la; convm, entretanto, enfatizar que
inspees regulares e manuteno adequada e continuada so procedimentos imprescindveis para
garantir e prolongar a vida til da estrutura, e que a ausncia de defeitos visveis no implica em
adiar ou limitar os procedimentos indicados.
O conhecimento da real e atual capacidade portante de uma ponte deve ser uma preocupao
constante do rgo gestor, visto que ela sofre redues, principalmente com a idade, a utilizao e a
agressividade do meio ambiente.
A Seo 11 do Manual, avaliao da capacidade de carga das pontes existentes, indica critrios
para esta avaliao; embora alguns critrios sejam subjetivos, eles tm o respaldo de duas
prestigiosas entidades, CEB e AASHTO.
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3. ABRANGNCIA
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3. ABRANGNCIA O Manual de Recuperao de Pontes e Viadutos Rodovirios aplica-se a pontes rodovirias de
concreto armado e protendido, com vos mximos de duzentos metros, independentemente de seus
comprimentos totais.
Pontes ferrovirias, pontes metlicas e pontes especiais, tais como pontes flutuantes, pontes mveis,
pontes pnseis e pontes estaiadas no so objeto deste Manual.
Entretanto, muitos dos conceitos aqui emitidos aplicam-se a outras estruturas de concreto, de
maneira geral.
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4. DEFINIES E CARACTERIZAO DAS
INTERVENES EM PONTES CONSTRUDAS
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4. DEFINIES E CARACTERIZAO DAS INTERVENES EM PONTES CONSTRUDAS
4.1. DEFINIES Algumas expresses empregadas em projetos virios carecem de uma definio uniforme e precisa.
Com o objetivo de uniformizar a terminologia existente, so fornecidos alguns conceitos gerais,
relativos ao projeto de recuperao de pontes e viadutos rodovirios.
Avaliao - Concluses de uma investigao, abrangendo reviso de documentos, inspees
locais, retirada de amostras e ensaios de materiais.
Elemento - Pea isolada e identificvel da estrutura.
Diagnstico - Identificao da causa da deteriorao.
Inspeo - Processo que permite avaliar as condies fsicas da estrutura e a extenso da
deteriorao, dos danos e dos desconfortos existentes.
Investigao - Coleta e reunio de dados e informaes detalhadas concernentes ao
comportamento, condies e resistncia de uma estrutura, atravs de anlises de documentos,
levantamentos, observaes e ensaios.
Amostragem - Identificao e escolha de materiais para remoo, com a finalidade de
submet-los a testes de laboratrio.
Reforo - Aumento da capacidade resistente da estrutura, em um nvel superior que o proposto
no projeto original.
Redundncia - Condio estrutural, onde h mais elementos que os estritamente necessrios
para garantir a estabilidade da estrutura.
Estrutura - A obra ou seus componentes, considerados como sendo de concreto, neste Manual.
Ensaio - Operao para qualificar o material e suas propriedades fsicas, atravs de
equipamentos calibrados e procedimentos padronizados.
Ponte - Estrutura, inclusive apoios, construdos sobre uma depresso ou uma obstruo, tais
como gua, rodovia ou ferrovia, que sustenta uma pista para passagem de veculos e outras
cargas mveis, e que tem um vo livre, medido ao longo do eixo, de mais de seis metros.
Pontilho - Ponte, inclusive apoios, com vo livre igual ou inferior a seis metros.
Bueiro - Estrutura de drenagem, construda sob a via, atravessando todo o corpo da estrada.
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MT/DNIT/IPR
Reparo - Atividade tcnica de recuperao: substitui ou corrige materiais, componentes ou
elementos deteriorados ou danificados.
4.2. CARACTERIZAO DAS INTERVENES EM PONTES CONSTRUDAS
As intervenes em pontes construdas podem ser assim caracterizadas:
a) Manuteno Operaes para garantir a integridade da estrutura e preserv-la da deteriorao.
b) Para as intervenes de Recuperao, Reabilitao e Reforo devem ser adotadas as definies da Norma DNIT 010/2004-PRO: Inspees em pontes e viadutos de concreto armado e protendido Procedimento.
4.3. LIMITAES DAS PONTES RECUPERADAS a) A definio de recuperao deixa bem evidente o que se pode esperar de uma ponte dita
recuperada: ela no readquire nem suas condies iniciais, uma vez que permanece desgastada
pelo tempo, pela utilizao e at pela passagem de cargas excepcionais.
No estudo da capacidade portante de uma ponte, atualmente muito necessrio, em virtude de
permisses no embasadas em documentos tcnicos, para cargas no constantes de normas
rodovirias, a ponte dita recuperada deve ser penalizada com as mesmas restries que cabem a
outra ponte, semelhante, e que tenha conseguido manter-se ntegra.
b) Com exceo da manuteno, preventiva ou corretiva, que deve ser uma atividade permanente, as trs outras intervenes dependem ou somente do estado da obra, caso da recuperao, ou do
aumento das necessidades virias, casos da reabilitao e do reforo.
No caso da recuperao, antes da deciso sobre os reparos necessrios, h que ser
obedecida uma sequncia de atividades, que incluem a tomada de conhecimento de
anomalias, a inspeo, o diagnstico, a avaliao de opes e, finalmente, a execuo dos
reparos.
Para as atividades de reabilitao e reforo, alm da manifestao explcita do proprietrio
da obra, h necessidade de uma inspeo preliminar, cujas atividades principais so
relacionadas a seguir e, tambm, de desenvolvimento de projeto:
Reviso de desenhos, especificaes e informes construtivos;
Levantamento geomtrico da estrutura;
Anotao de flechas, deformaes, deslocamentos e outras anomalias;
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MT/DNIT/IPR
Realizao de testes no destrutivos, com retirada de amostras.
A inspeo preliminar deve ser complementada por uma inspeo detalhada, cujas atividades
so praticamente as mesmas, porm mais apuradas.
c) Em todos os casos, indispensvel a consulta e a obedincia ao que prescreve o Manual de Inspeo de Pontes Rodovirias DNIT/IPR/2004.
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MT/DNIT/IPR
5. DURABILIDADE E IDENTIFICAO DE CAUSAS DE DEFICINCIAS ESTRUTURAIS
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MT/DNIT/IPR
5. DURABILIDADE E IDENTIFICAO DE CAUSAS DE DEFICINCIAS ESTRUTURAIS
5.1. DURABILIDADE A durabilidade do concreto confeccionado com cimento hidrulico definida pela sua capacidade
de resistir s intempries, ataques qumicos, abraso e outros processos de deteriorao; o concreto
durvel deve conservar sua forma original, qualidade e boas condies de utilizao.
Cabe mencionar que devem ser observadas as prescries das sees 5, 6 e 7 da Norma NBR 6118
e das Instrues de Servio IS-214:Projeto de Obras-de-arte Especiais, das Diretrizes Bsicas para
Elaborao de Estudos e Projetos Rodovirios Escopos Bsicos e Instrues de Servio (Publ.
IPR 726).
A durabilidade das pontes de concreto armado envolve, em conjunto, as fases de projeto, construo
e manuteno.
a) Fase de Projeto todos os elementos de projeto, topogrficos, geolgicos, hidrolgicos, virios e normativos devem ser do pleno conhecimento do projetista; a obra projetada deve ser
robusta, esttica e funcional.
O detalhamento do projeto deve considerar as necessidades do fcil acesso a toda a obra, do bom
escoamento das guas pluviais, de evitar superfcies horizontais, da previso de drenos em pontos
baixos, da previso de drenos internos nas obras em caixo e da drenagem dos aterros de acesso.
Conforme o CEB-FIP Model Code for Concrete Structures, 1978: O objetivo do projeto fazer a
estrutura que est sendo projetada alcanar probabilidades aceitveis para que no se torne
imprpria para o uso para o qual foi projetada, durante um perodo de referncia relacionado com
sua vida desejada. Toda a estrutura ou elementos estruturais devem ser projetados para sustentar,
com satisfatrio grau de segurana, todas as cargas e deformaes suscetveis de ocorrer durante
a construo e utilizao apropriada, comportar-se adequadamente em uso normal e ter a
durabilidade estimada durante toda a vida da estrutura. A durabilidade desejada j foi de
cinquenta anos e, atualmente, igual ou superior a cem anos.
A vida til da estrutura e sua durabilidade esto intimamente associadas e implicam na necessidade
do conhecimento e combate da agressividade ambiental e das causas das deficincias estruturais.
As pontes de concreto armado, embora reconhecidas pelo seu baixo custo de manuteno e pela sua
durabilidade, deterioram-se pelas mesmas razes que as pontes construdas com outros materiais:
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Manual de Recuperao de Pontes e Viadutos Rodovirios
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MT/DNIT/IPR
envelhecimento, construo pouco apurada, estruturas subdimensionadas para cargas mveis
sempre crescentes e projetos deficientes para os padres atuais.
Dependendo de projeto e construo adequados, do sistema estrutural, da qualidade das medidas de
preservao e da intensidade da manuteno, as pontes so, mais ou menos, suscetveis de
degradao.
b) Fase de Construo os materiais de construo devem ser de boa qualidade e adequados agressividade do meio ambiente, varivel localmente e regionalmente; as fundaes devem ser
compatveis com o perfil geolgico, as sondagens e as cargas da fase construtiva e da fase de
utilizao; escoramento e frmas devem ser suficientemente rgidos, para no permitir
assentamentos e deformaes.
c) Fase de Manuteno indispensvel sua efetivao, preventiva e rotineira; a falta de manuteno uma das causas principais da reduo da vida til das pontes.
5.2. CLASSIFICAO DAS CAUSAS DE DETERIORAO DAS PONTES DE CONCRETO
H vrias tentativas oficiais para classificar as causas que provocam a deteriorao das pontes de
concreto armado; uma das classificaes das causas de deteriorao das pontes, e que ser adotada
neste Manual, foi proposta, em 1991, pela RILEM, Runion International des Laboratoires
dEssais et des Recherches sur les Materiaux et les Constructions.
Os fatores que provocam a deteriorao das pontes podem ser classificados em cinco grandes
grupos:
Fatores intrnsecos;
Fatores resultantes do trfego rodovirio;
Fatores ambientais;
Fatores resultantes do tipo e intensidade da manuteno;
Fatores correlacionados atividade humana.
5.2.1. Fatores intrnsecos Os fatores intrnsecos so intimamente ligados estrutura; isto significa que a estrutura pode abrigar
certos fatores de degradao ou serem mais suscetveis de danos.
Os principais fatores intrnsecos so a idade e a qualidade do concreto; influem na qualidade do
concreto a qualidade e a quantidade do cimento, a qualidade dos agregados, os aditivos e adies e,
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principalmente, a relao gua/cimento. A escolha dos materiais e sua dosagem adequada permitem
obter, alm da resistncia mecnica desejada, outras caractersticas indispensveis para a
durabilidade: porosidade, permeabilidade, densidade, compacidade e baixa fissurao.
5.2.2. Fatores resultantes do trfego rodovirio Os fatores resultantes do trfego rodovirio so de natureza externa e so resultantes da utilizao
da estrutura; as cargas rodovirias e a velocidade dos veculos tm crescido continuamente,
enquanto que a distncia entre eixos tem diminudo; muitas pontes no conseguem suportar, sem
danos, esta evoluo, principalmente pelo grande aumento dos efeitos dinmicos.
As cargas rodovirias majoradas provocam o desgaste da pavimentao, o aumento dos efeitos da
fadiga, a fissurao e apressam o desgaste das juntas de dilatao e dos aparelhos de apoio.
5.2.3. Fatores ambientais Os fatores ambientais so de natureza climtica ou atmosfrica; os primeiros, tais como variaes
sazonais e dirias de temperatura, tempestades e presso do vento, so independentes da atividade
humana, enquanto que os segundos, tais como poluio atmosfrica, chuva cida, guas poludas
por produtos qumicos, dos rios e subterrneas, so de responsabilidade humana e degradam tanto
as superestruturas como as infraestruturas.
5.2.4. Fatores resultantes do tipo e intensidade da manuteno A manuteno, na maioria das vezes, o fator decisivo que influencia a durabilidade das pontes; a
manuteno, preventiva ou corretiva, implicando em limpeza, proteo anticorrosiva e medidas
corriqueiras de conservao, um fator decisivo na durabilidade. A manuteno de rotina quando
inadequada e insuficiente permite a degradao da estrutura, ainda que ela tenha sido bem
construda, com a utilizao de materiais e equipamentos adequados.
5.2.5. Fatores correlacionados atividade humana Os quatro fatores explicitados acima podem, ainda, ser classificados em dois outros grandes grupos,
conforme haja ou no a interveno humana:
a) Fatores objetivos: fatores independentes da atividade humana no domnio da engenharia de pontes;
b) Fatores subjetivos: fatores dependentes da atividade humana, na engenharia de pontes e em outros domnios.
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5.3. CAUSAS DA DETERIORAO DAS PONTES DE CONCRETO a) Fatores intrnsecos
Objetivos:
As idades das estruturas das pontes.
Subjetivos:
Qualidade do projeto;
Sistema estrutural;
Adequao do projeto s reais condies de servio;
Qualidade dos trabalhos de construo em cada etapa;
Qualidade dos materiais estruturais;
Qualidade dos elementos acessrios da ponte, tais como juntas de dilatao, sistema de drenagem etc.
b) Fatores resultantes do trfego rodovirio
Subjetivos:
Frequncia, velocidade e concentrao das cargas rodovirias, especialmente dos veculos pesados;
Efeitos dinmicos, inclusive fadiga;
Colises de veculos;
Sobrecarga e impacto de veculos pesados.
c) Fatores ambientais
Objetivos:
Fenmenos atmosfricos, tais como chuvas, granizo e neve;
Variao do nvel das guas em rios, estreitos e golfos;
Matrias flutuantes e presses nas infraestruturas das pontes;
Presso do vento e seus efeitos nas estruturas das pontes e seus elementos secundrios;
Efeitos ssmicos;
Variaes dirias de temperatura;
Efeitos da insolao no uniforme na estrutura;
Aes de cloretos e sulfatos de guas marinhas;
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Subjetivos:
Ataque de cloretos;
Chuvas cidas;
Carbonatao: penetrao do CO2 da atmosfera;
Produtos qumicos agressivos em rios e guas subterrneas;
Fogo.
d) Fatores resultantes do tipo e intensidade da manuteno
Subjetivos:
Soluo estrutural, materiais e equipamentos disponveis que facilitam ou no os trabalhos de manuteno;
Qualidade e frequncia das inspees;
Qualidade e frequncia dos trabalhos rotineiros de manuteno: limpeza, pequenos reparos;
Renovao de eventuais protees anticorrosivas;
Qualidade e eficincia dos sistemas de drenagem;
Qualidade do pavimento: textura, permeabilidade;
Estado de eventuais tubulaes existentes.
5.4. RECOMENDAES PARA ESTRUTURAS DURVEIS a) Proteo do concreto contra a agressividade do meio ambiente
Cobrimento normativo das armaduras;
Cimento e agregados de boa qualidade, compatveis entre si e com a agressividade do meio ambiente;
Baixo valor da relao gua/cimento;
Aditivos adequados;
Dosagem que proporcione baixa porosidade e baixa permeabilidade do concreto;
Cura prolongada.
b) Detalhamento do projeto
Projeto de estruturas robustas, funcionais, pouco deformveis, embora estticas; conforme o Eurocode 1-7. Estruturas robustas so as que possuem capacidade de
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resistir a solicitaes provocadas por fogo, exploses, choques ou consequncias de erros humanos, sem sofrer danos desproporcionais s causas originais.
Drenagem de todos os pontos baixos e interior de clulas;
Permitir acesso a todos os pontos da estrutura;
Proteo contra choques de veculos e embarcaes.
c) Construo
Ateno especial s boas prticas da construo, empregando equipamentos e materiais adequados e mo-de-obra especializada, conforme as normas tcnicas vigentes.
d) Manuteno
Imprescindvel uma manuteno profissional, rotineira e continuada.
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6. CAUSAS FSICAS DE PATOLOGIAS DO CONCRETO
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6. CAUSAS FSICAS DAS PATOLOGIAS DO CONCRETO
6.1. CONSIDERAES GERAIS Nem sempre h uma linha divisria definida entre as causas de patologias do concreto: a corroso
das armaduras, por exemplo, fenmeno eletroqumico, pode provocar disgregao e delaminao do
concreto, fenmenos fsicos.
As patologias nas estruturas de concreto so evidenciadas por trincas e fissuras de vrios tipos; as
trincas e fissuras so comuns nas estruturas de concreto e so resultantes da fragilidade do concreto,
material no resistente trao e que colapsa repentina e explosivamente. Entretanto, seu nmero,
localizao e abertura so fatores decisivos para degradao das estruturas.
Para avaliar o quanto as trincas e fissuras so danosas durabilidade e segurana das pontes de
concreto armado, necessrio determinar as causas que as provocaram.
6.2. CAUSAS FSICAS DE PATOLOGIAS DO CONCRETO
6.2.1. Tipos usuais de pontes As patologias dependem, na sua localizao e gravidade, do tipo da ponte; os tipos usuais de pontes
abordadas neste Manual so:
a) Pontes de concreto armado, convencional e protendido
Pontes em laje;
Pontes em duas vigas principais, simplesmente apoiadas e contnuas;
Pontes em vigas mltiplas, simplesmente apoiadas e contnuas;
Pontes em caixo, simplesmente apoiados e contnuos;
Pontes em prtico rgido.
b) Pontes de concreto armado
Pontes em arcos.
6.2.2. Causas fsicas de patologias em pontes de concreto armado
a) Trincas e fissuras do concreto na fase plstica As trincas e fissuras podem ser de diferentes tipos e sua importncia depende do tipo estrutural da
obra, da sua localizao, de sua origem, de sua abertura e de serem ativas, quando comprimento e
abertura aumentam com o tempo e/ou a passagem das cargas mveis, ou inativas, quando estes
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fatores no causam modificaes nas trincas e fissuras. As principais causas fsicas das trincas e
fissuras so:
Assentamento plstico do concreto.
Causa: excessiva exsudao
Tempo de formao: primeiras horas aps a concretagem.
Localizao: ao longo das barras das armaduras e nas mudanas de forma das sees.
Figura 1 Fissura tpica de assentamento plstico
Retrao plstica do concreto
Causa: evaporao rpida e cura inadequada.
Tempo de formao: primeiras horas aps a concretagem.
Localizao: na superfcie dos elementos concretados, com pouca umidade e em ambientes muito secos.
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Figura 2 Fissuras tpicas de retrao plstica do concreto
Retrao trmica inicial
Causa: armadura insuficiente ou inadequada nas juntas de construo.
Tempo de formao: primeiros dias aps a concretagem; concreto em fase de
endurecimento.
Localizao: perpendiculares s juntas de construo.
Figura 3 Fissuras e trincas precoces
Trincas Precoces: Bloco na 1 Fase de Construo e Pilar na 2 Fase de Construo
b) Trincas e fissuras do concreto endurecido
Retrao
Causa: encurtamento normal do concreto, com a perda de umidade.
Tempo de formao: se no for controlada e minimizada por armaduras, alguns meses
aps a concretagem.
Localizao: perpendiculares aos encurtamentos.
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Figura 4 Fissuras e trincas na alma devidas retrao e/ou temperatura
Corroso de Armaduras
Causa: aumento de volume das armaduras decorrente da corroso.
Tempo de formao: meses ou anos aps o trmino da construo.
Localizao: ao longo das armaduras.
Figura 5 Trincas ou fissuras tpicas provocadas por corroso
de armaduras
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c) Fissuras do concreto na fase de utilizao da estrutura
Variaes de temperatura e retrao residual
Restries ou impedimentos livre movimentao da estrutura.
Causa: aparelhos de apoio desgastados ou bloqueados.
Tempo de formao: quando a estrutura ficar impedida de se movimentar.
Localizao: normais direo dos impedimentos.
Figura 6 Fissuras de retrao na alma da viga
Fissuras de Retrao
d) Fissuras do concreto causadas pelo trfego de cargas mveis
Causa: cargas mveis no previstas ou dimensionamento insuficiente.
Tempo de formao: quando da utilizao inadequada da estrutura.
Localizao: nos elementos estruturais excessivamente solicitados.
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Figura 7 Fissuras tpicas de flexo, fora cortante, variao de temperatura
e/ou retrao, impedidas ou no
Figura 8 Fissura de toro
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6.3. PRINCIPAIS TIPOS DE PATOLOGIAS PROVOCADAS POR CAUSAS FSICAS, PELA UTILIZAO DAS ESTRUTURAS E PELO MAU DETALHAMENTO
6.3.1. Na superestrutura
a) Na pavimentao
Figura 9 Patologias de causas fsicas na pavimentao
1-Trincas transversais; 2 Contaminao junto s barreiras; 3 Falhas e defeitos; 4 Trincas junto
s juntas de dilatao; 5 Trincas longitudinais; 6 Deteriorao e vazamentos junto s barreiras;
7 Deformao do pavimento; 8 Deformao do pavimento, na forma de impresses das rodas;
9 Deteriorao do pavimento, resultante da fraqueza do material; 10 Rugosidades do pavimento
nas regies de transio aterro-ponte, por falta de laje de transio e por assentamento do aterro de
acesso.
Recomenda-se utilizar o pavimento flexvel diretamente sobre a laje estrutural, na recuperao de pontes e viadutos rodovirios, desde que previamente se recupere a laje estrutural de suas patologias, depois da remoo do pavimento existente das reas onde forma detectados defeitos.
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b) Na ponte sobre duas vigas ou sobre vigas mltiplas Figura 10 Patologias de causas fsicas na laje e nas vigas
a) Fissuras Transversais na laje
b) Fissuras Longitudinais na laje
c) Fissuras Horizontais na viga
d) Fissuras Horizontais e Diagonais na viga
c) Nas vigas de concreto armado Figura 11 Fissura de toro
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d) Nas vigas de concreto protendido Figura 12 Fissuras de trao
Figura 13 Fissura de fora cortante
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Figura 14 Fissuras nas vigas de concreto protendido:
Blocos de ancoragem e flanges
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e) Nas estruturas em caixo Figura 15 Patologias de causas fsicas na superestrutura
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f) Nas estruturas em laje Figura 16 Patologias de causas fsicas na superestrutura
g) Nas pontes em arco Figura 17 Patologias de causas fsicas na estrutura
As principais e mais perigosas patologias so a mudana de eixo do arco e as perdas de concreto,
disgregado por excesso de carga ou por corroso de armaduras.
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h) Nas pontes em prtico rgido Figura 18 Patologias de causas fsicas na estrutura
As partes escuras, tracionadas, so as mais suscetveis de apresentar patologias.
6.3.2. Na infraestrutura
a) Nos pilares parede
Figura 19 Patologias na infraestrutura
1 Trincas de trao no topo do pilar, em virtude das cargas nas extremidades.
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1 Dano no suporte do apoio externo
2 Vazamento na junta de dilatao da superestrutura, afetando a parede do pilar
3 Trincas no concreto em virtude da fraca armadura do pilar
b) Nos pilares isolados com travessa de ligao Figura 20 Patologias na infraestrutura
Prtico com travessa
1 Vazamento sobre a travessa de ligao
2 Trincas longitudinais provocadas por corroso de armaduras
3 Delaminao do cobrimento do concreto, provocada por vazamentos de juntas de dilatao
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Prtico com travessa
Trincas resultantes do excesso de carregamento na travessa
Figura 21 Patologia nos pilares
Inclinao do pilar em virtude do colapso da fundao ou da fixao defeituosa
do pilar na sua base
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6.3.3. Nos encontros
a) Patologias resultantes de infiltraes nas juntas de dilatao Figura 22 Patologias nos encontros
Encontro de pontes
1 Vazamento sobre a parede
2 Delaminao do concreto
3 Detritos no suporte dos apoios
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b) Trincas resultantes de assentamento irregular das fundaes Figura 23 Patologias nos encontros
Encontro de pontes
1 Trincas em paredes com fraca armadura e terreno de fundao no uniforme
2 Trincas de fora cortante resultantes da falta ou de bloqueio de junta de dilatao
c) Trincas resultantes de fracas armaduras nas paredes Figura 24 Patologias nos encontros
Encontro de pontes
Trincas de pequena abertura, resultantes da retrao, da fraca armadura e
da concretagem deficiente
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6.4. DETALHES ESPECIAIS
6.4.1. Dentes de apoio de vigas Figura 25 Diferentes tipos de fissuras nos dentes
6.4.2. Vigas de apoio de vigas Figura 26 Vigas com alturas reduzidas e dentes
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6.4.3. Apoios extremos de vigas Figura 27 Fissuras por deficincia de armaduras
Apoio extremo em travessa com dente
6.4.4. Cantos de vigas Figura 28 Esmagamentos resultantes de vazios de concretagem, colocao errada dos
aparelhos de apoio ou mo-de-obra despreparada
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6.4.5. Juntas de dilatao Figura 29 Patologias nas juntas de dilatao
Junta de dilatao
6.5. IMPACTO DE VECULOS E CHOQUE DE EMBARCAES Os impactos de veculos na superestrutura podem ser laterais, nos guarda-rodas ou barreiras,
quando a pista estreita, ou verticais, nas vigas e lajes, quando o gabarito vertical insuficiente.
Os impactos dos veculos na infraestrutura resultam de gabarito insuficiente e de falta de barreiras
de proteo dos pilares.
Os choques de embarcaes decorrem de gabarito insuficiente e de falta de dolfins de proteo dos
apoios.
Nota: As figuras e textos a elas relativos foram extrados de livros de V.K.Raina e Wojciech Radomski.
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7. CAUSAS QUMICAS DE PATOLOGIAS DO CONCRETO
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7. CAUSAS QUMICAS DE PATOLOGIAS DO CONCRETO
7.1. CONSIDERAES GERAIS Praticamente todas as causas qumicas de patologias do concreto tm origem em falhas humanas,
ocorridas desde a fase inicial de projeto, prolongando-se durante a execuo da obra e estendendo-
se ao longo da vida til da estrutura.
Na fase de projeto e especificaes, a avaliao otimista da agressividade do meio ambiente, a
escolha inadequada do cimento, a dosagem imprpria e a falta de indicao de aditivos; na fase de
construo, frmas pouco rgidas, vibrao e adensamentos incompletos e insuficiente tempo de
cura e, na fase de utilizao, a falta de manuteno preventiva e corretiva; todos estes fatores,
isolados ou combinados, contribuem para tornar o concreto poroso, permevel e fragilizado.
7.2. PRINCIPAIS CAUSAS QUMICAS DE PATOLOGIAS DO CONCRETO
Ataques de sulfatos;
Ataques de cloretos;
Carbonatao do concreto;
Reao lcali-agregados;
Agressividade do meio ambiente;
Corroso do concreto;
Corroso das armaduras;
Eflorescncia.
7.3. PARTICULARIDADES DAS CAUSAS QUMICAS
7.3.1. Ataques de sulfatos As trincas so resultantes de reaes qumicas expansivas entre sulfatos, existentes no solo, na gua
do mar ou em elementos contaminados existentes no prprio concreto ou no cimento, e que
penetraram em concretos midos e permeveis.
Em geral, estas reaes tm lugar quando a estrutura fica submetida a uma temperatura no maior
que 30 C, durante a maior parte de sua vida.
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Os ataques dos sulfatos podem ser evitados com a utilizao de cimentos adequados, tais como o
Cimento Portland resistente a sulfatos, Cimento Portland pozolnico e Cimento Portland de alto-
forno.
O objetivo principal conseguir um concreto denso, com reduo da porosidade e da
permeabilidade e, consequentemente, da movimentao da umidade, inibindo a reao qumica com
os sulfatos.
7.3.2. Ataques de cloretos O concreto de boa qualidade, com cobrimento adequado, envolve as armaduras com uma camada
passiva, protetora, que impede a sua corroso.
Entretanto, se o cobrimento insuficiente ou se o concreto permevel, a camada passiva protetora
pode ser rompida na presena de grande quantidade de ons-cloreto.
Os cloretos podem ter sua origem no cloreto de sdio, conhecido como sal de cozinha, existente em
regies marinhas, no prprio cimento utilizado, nos aditivos, nos agregados mal lavados, na gua da
mistura e na gua usada na cura do concreto.
Quando a camada protetora rompida, a armadura pode sofrer corroso, que um fenmeno eletro-
qumico; a corroso do ao produz xido de ferro e hidrxido de ferro, que tm um volume muito
maior que a armadura original, no afetada.
O aumento de volume da armadura oxidada causa um aumento de tenses radiais em torno da
armadura que produzem trincas radiais no concreto; estas trincas podem propagar-se ao longo da
armadura e, em um conjunto de barras paralelas, podem provocar a delaminao do concreto.
A preveno contra ataques de cloretos faz-se com a dosagem de um concreto denso e utilizando-se
agregados bem lavados, cimento com porcentual baixo de cloretos, aditivos selecionados e gua de
boa qualidade.
7.3.3. Carbonatao do concreto O dixido de carbono reage com o hidrxido de clcio [Ca (OH)2] existente na argamassa do
concreto, provocando, eventualmente, um decrscimo crtico na alcalinidade; o valor do pH cai, de
13 para um valor em torno de 9, que, normalmente insuficiente para proteger a armadura contra a
corroso; a profundidade da carbonatao aumenta com o tempo e as armaduras deixam de estar
passivadas.
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um dano difcil de ser visualizado numa inspeo. Para ser detectado faz-se necessrio o uso de
um ensaio simples, com a aplicao de fenolftalena com indicador na superfcie recm fraturada do
concreto. A parte do concreto carbonatada fica incolor (pH < 9) e a parte no carbonatada adquire a
cor vermelha carmim.
H equaes, dependentes de coeficientes empricos, da umidade relativa do ar e da resistncia
compresso do concreto, que permitem calcular, com aproximao suficiente, o incio da corroso
das armaduras, para uma determinada espessura do cobrimento.
7.3.4. Reao lcali-agregado Uma forma, que atualmente menos frequente, de expanso do concreto com aparecimento de
trincas, pode ocorrer em ambientes midos, como consequncia de reaes de certos tipos de slica
e carbonatos, existentes em alguns agregados, com os lcalis do cimento.
A reao entre os lcalis do cimento e os minerais reativos do agregado produz um gel, que ocupa
mais volume e causa expanso e trincas, geralmente afastando-se da fonte da expanso.
A identificao visual da origem das trincas nem sempre fcil, porque as trincas da reao lcali-
agregado podem juntar-se s trincas resultantes dos ataques de sulfatos e cloretos, todas somente
ocorrendo em condies de muita umidade.
H vrios sinais que indicam a existncia da reao lcali-agregado, mas a identificao positiva
somente pode ser feita em testes de laboratrio, com testemunhos extrados da pea estrutural sob
suspeita.
Alguns dos sinais que denunciam a existncia de reao lcali-agregado so citados a seguir:
Presena de gel exsudando das trincas;
Fragmentos cnicos, quebrados da superfcie do concreto pela presso interna da reao;
Umidade persistente, descolorao do concreto;
Movimentao de trechos fraturados do concreto, podendo ser bem pronunciada, se a reao
lcali-agregado for muito acentuada.
A reao lcali-agregado um fenmeno que ocorre a longo prazo, podendo levar vrios anos para
manifestar-se.
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7.3.5. Agressividade do meio ambiente Alm dos sulfatos e cloretos, a agressividade do meio ambiente pode manifestar-se pela poluio
atmosfrica, atravs do dixido de carbono e das chuvas cidas, que encurtam a vida til da
estrutura, quando penetram em trincas e fissuras pr-existentes.
A variao brusca de temperatura, principalmente uma chuva fria logo aps uma forte e continuada
exposio ao sol quente, pode provocar trincas e fissuras; analogamente, a alternncia de superfcies
midas e secas.
Em pases de clima mais frio, neve e gelo podem reduzir a durabilidade da estrutura.
7.3.6. Corroso do concreto A corroso do concreto um fenmeno essencialmente qumico, que ocorre pela reao da pasta de
cimento com alguns elementos qumicos, provocando a dissoluo do ligante ou a formao de
compostos expansivos, que so fatores de deteriorao do concreto.
O processo de corroso do concreto depende tanto das propriedades do meio onde ele se encontra,
incluindo a concentrao de cidos, sais e bases, como do prprio concreto.
7.3.7. Corroso das armaduras Esta subseo, pela sua importncia, merece um tratamento especial; nas subsees anteriores, a
corroso das armaduras, produto final, foi abordada apenas superficialmente.
a) Incio da corroso As armaduras esto protegidas quando envolvidas em concreto de boa qualidade e com um
cobrimento adequado; a proteo devida grande alcalinidade do concreto, pH = 13, que permite
formar uma fina pelcula protetora em torno da armadura.
Entretanto, esta fina camada protetora est sob constante ataque de agentes externos e, s vezes,
internos; estes agentes podem ser os cloretos, os sulfatos e outros j tratados em subsees
anteriores.
O tempo necessrio para romper a camada protetora chamado de perodo de iniciao; a durao
deste perodo depende de uma srie de fatores:
Espessura da camada de cobrimento: quanto menos espessa a camada, menor o perodo de
iniciao;
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Qualidade da camada de cobrimento, dependente principalmente da relao gua-cimento: o
perodo de iniciao diminui, quando a qualidade do concreto diminui, ou quando a relao
gua-cimento aumenta;
Agressividade do meio ambiente: temperatura, umidade e nvel de penetrao de sulfatos,
cloretos e penetrao de dixido de carbono;
O tipo de mecanismo causador da corroso: a carbonatao e a penetrao de cloretos so os
fatores mais importantes da deteriorao.
Durante o perodo de iniciao, o processo da corroso se desenvolve sem sinais visveis de
deteriorao, tanto no concreto como na armadura; somente testes especiais permitem detectar o
risco de futuras corroses.
b) Propagao da corroso Quando a camada de concreto que passiva a armadura rompida, inicia-se o processo da corroso,
que um processo eletroqumico - uma corrente eltrica de baixa voltagem liga as reas em
corroso: os anodos, onde a camada passivadora foi rompida, e as reas sadias, os catodos, onde a
camada passivadora est intacta.
A corrente eltrica o resultado do comportamento natural de metais mergulhados em lquidos ou
em concreto; se dois metais, com diferentes potenciais eletroqumicos, esto eletricamente
conectados, muito provvel instalar-se a corroso no metal com potencial mais baixo.
O anodo e o catodo podem estar distantes, desde que haja conexo eltrica entre eles: o meio
acidificado do concreto ou a prpria barra da armadura; a reao andica produz eltrons e a reao
catdica absorve eltrons.
Se a rea do anodo pequena em relao rea do catodo, a velocidade da corroso ser alta
porque a corroso est ocorrendo em uma pequena rea a corroso local; os produtos desta
corroso so pretos, no expansivos e semelhantes a lquidos. A corroso local desenvolve-se sem
sinais visveis, sendo perigosa e podendo provocar colapsos inesperados.
Quando a rea do anodo aproximadamente igual rea do catodo, tem-se a corroso geral, que d
origem aos conhecidos produtos das cores amarelo/vermelho/castanho; estes produtos so sinais
visveis de corroso, com aparecimento de trincas e disgregao do concreto.
c) Tipos de corroso So os seguintes os principais tipos de corroso das armaduras:
Corroso em virtude da carbonatao
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A carbonatao do concreto causada pela presena do dixido de carbono (CO2) na
atmosfera.
Corroso em virtude do ataque de sulfatos
As trincas so resultantes de reaes qumicas expansivas entre sulfatos, existentes no solo, na
gua do mar ou em elementos contaminados existentes no prprio concreto ou no cimento, e
que penetraram em concretos midos e permeveis.
Corroso em virtude do ataque de cloretos
O concreto de boa qualidade, com cobrimento adequado, envolve as armaduras com uma
camada passiva, protetora, que impede a sua corroso.
Entretanto, se o cobrimento insuficiente, ou se o concreto permevel, a camada passiva
protetora pode ser rompida na presena de grande quantidade de ons-cloreto.
Corroso sob tenso ou stress corrosion
Aos sob tenso elevada so suscetveis de corroso acelerada, como pode acontecer com os
cabos protendidos, sujeitando a estrutura ruptura frgil.
Corroso de desgaste por atrito
Este tipo de corroso geralmente ocorre quando h contato e atrito entre duas peas metlicas
sujeitas vibrao: o caso de pontes com trechos mveis.
Corroso qumica
Pode ocorrer em reas industriais, em virtude de cloretos, dixido de carbono ou poluio por
dixido de enxofre.
Corroso por corrente eltrica errante
Este tipo de corroso, conhecida como eletrlise, ocorre quando uma corrente eltrica de
alguma fonte externa alcana, por exemplo, um elemento estrutural enterrado; embora
localizada, age de maneira muito mais rpida que outros tipos de corroso.
7.4. EFLORESCNCIA A gua pura da condensao da neblina ou do vapor dgua e a gua mole da chuva contm
pouco ou nenhum on de clcio. Quando estas guas entram em contato com a pasta de cimento
Portland, tendem a hidrolisar ou dissolver os produtos que contm clcio.
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Tecnicamente, a hidrlise da pasta de cimento continua at que a maior parte do hidrxido de
clcio tenha sido retirada por lixiviao. Com isso, os constituintes cimentcios da pasta de
cimento endurecida ficam susceptveis decomposio qumica. Esse processo, consequentemente,
reflete em gis de slica e alumina com pouca ou nenhuma resistncia.
Alm da perda de resistncia, a lixiviao do hidrxido de clcio do concreto pode ser considerada
indesejvel por razes estticas. Frequentemente, o produto lixiviado interage com o CO2 presente
no ar e forma uma crosta esbranquiada de carbonato de ccio na superfcie. O fenmeno
conhecido por eflorescncia (Mehta e Monteiro, 2008).
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8. PREVENO E TRATAMENTO DAS PATOLOGIAS DO CONCRETO
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8. PREVENO E TRATAMENTO DAS PATOLOGIAS DO CONCRETO
8.1. PREVENO
8.1.1. O material concreto O concreto de cimento Portland , atualmente, o material estrutural manufaturado mais utilizado:
tem propriedades adequadas para a maioria das construes, tem baixo custo e, convenientemente
empregado, tem longa vida til.
No possvel dar um tratamento cientfico ao concreto, visto que, apesar de sua aparente
simplicidade, tem uma estrutura no homognea e altamente complexa; alm disso, a estrutura do
concreto no tem uma propriedade esttica, assemelhando-se mais a outros sistemas vivos, como a
madeira; tambm, em geral, o concreto manufaturado no prprio canteiro de obras.
A durabilidade do concreto, propriedade que caracteriza o seu tempo de vida til em determinadas
condies ambientais, depende da impermeabilidade do material e da estanqueidade da estrutura;
sendo a pasta de cimento alcalina, a exposio a substncias cidas prejudicial; a permeabilidade
pode ser definida como a facilidade com que um fluido escoa atravs de um slido.
A resistncia do concreto, definida como sua capacidade de resistir tenso sem ruptura e sem o
aparecimento de fissuras importantes, a propriedade considerada mais importante pelos
engenheiros estruturais e pelo controle de qualidade. Dois so os fatores principais mais importantes
na resistncia do concreto: a relao gua/cimento e a porosidade; outros fatores so: adensamento,
cura, dimenses e mineralogia dos agregados, aditivos e tipo de tenso e velocidade do
carregamento a que a estrutura submetida.
Os componentes do concreto so os cimentos, os agregados, a gua, os aditivos e as adies.
a) Cimentos
Cimentos Portland
O cimento Portland comum um cimento de uso geral que pode ser empregado quando no
houver necessidade de propriedades especiais tais como resistncia elevada a determinados
agentes agressivos, alta resistncia inicial, baixo calor de hidratao.
A adio de certos produtos, cujas caractersticas fsicas e qumicas sejam bem conhecidas,
confere ao cimento Portland comum as propriedades especiais muitas vezes necessrias e, at,
indispensveis; a ABNT tem Normas para estes cimentos, comuns e especiais, relacionadas a
seguir:
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ABNT NBR 5732: 1991 Cimento Portland comum Especificao;
ABNT NBR 5733: 1991 Cimento Portland de alta resistncia inicial Especificao;
ABNT NBR 5735: 1991 Cimento Portland de alto forno Especificao;
ABNT NBR 5736: 1991 Cimento Portland pozolnico Especificao;
ABNT NBR 5737: 1992 Cimento Portland resistente a sulfatos Especificao;
ABNT NBR 11578: 1991 Cimento Portland composto Especificao;
ABNT NBR 12989: 1993 Cimento Portland branco Especificao;
ABNT NBR 13116: 1994 Cimento Portland de baixo calor de hidratao Especificao.
Cimentos hidrulicos especiais
So cimentos Portland modificados, para atender a algumas necessidades especiais da indstria
de construo.
Cimentos Portland compostos
Alm da economia de custos, a adio de escrias melhora o comportamento dos cimentos
Portland sob certos aspectos.
Cimentos expansivos
So cimentos hidrulicos que, contrariamente ao cimento Portland, se expandem durante os
perodos iniciais de hidratao, aps a pega.
b) Agregados Embora mais de 70% do concreto seja constitudo de agregados, sua influncia na resistncia,
geralmente, no levada em conta, visto que no um fator determinante; existem, porm, outras
caractersticas do agregado, alm da resistncia, que vrias vezes maior que a do concreto, que
influem na resistncia deste ltimo, em vrios nveis: tamanho, forma, textura da superfcie,
distribuio granulomtrica e mineralogia.
Um fenmeno, hoje bastante conhecido, a reao lcali-agregado, deve ser evitado, utilizando-se
cimentos e agregados compatveis.
Os agregados podem ter vrias denominaes: agregado grado, agregado mido, cascalho, areia,
escria de alto forno, pedra britada e cascalho britado.
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Devem ser consultadas as Normas ABNT NBR 7211, ABNT NBR 15577-1, ABNT NBR 15577-2,
ABNT NBR 15577-3, ABNT NBR 15577- 4 e DNER 037/97.
c) gua A importncia da quantidade de gua de mistura na resistncia do concreto e nas demais
propriedades j foi citada em sees anteriores; alm disso, importante a qualidade dessa gua:
impurezas na gua podem alterar a pega do cimento, a resistncia do concreto, causar defeitos
arquitetnicos nas superfcies e causar corroso nas armaduras. Uma maneira simples de verificar a
adequabilidade de uma gua comparando-se o tempo de pega e a resistncia de corpos de prova de
argamassas, com a gua em questo, e outras com a gua considerada boa; uma tolerncia de,
aproximadamente, 10% , normalmente, permitida para variaes.
Uma gua considerada boa para uso como gua de amassamento do concreto considerada boa
para ser utilizada na cura do concreto.
d) Aditivos e adies Aditivos e adies para concreto, tais como cloreto de clcio, escria granulada e pozolanas,
tendem a aumentar o volume de poros finos no produto de hidratao do cimento e apresentam
retrao, por secagem, maiores; aditivos e adies, que aumentam a retrao por secagem,
aumentam a fluncia. De acordo com a Norma NBR 6118, subseo 7.4.4, no permitido o uso de
aditivos contendo cloreto.
O entendimento de que as propriedades do concreto, tanto no estado fresco como no endurecido,
podem ser modificadas pela adio de certos materiais a misturas de concreto, deu origem a grande
nmero de aditivos, com diferentes capacidades de modificao destas propriedades.
So as seguintes as Normas da ABNT referentes a aditivos:
ABNT NBR 11768 Aditivos para concreto de cimento Portland Especificao;
ABNT 2317 Verificao do desempenho de aditivos para concreto;
ABNT NBR 10908 Aditivos para argamassa de concreto Ensaios de uniformidade.
So comumente empregados como adies minerais os materiais pozolnicos naturais e
subprodutos industriais tais como a cinza volante e a escria; so as seguintes as Normas da ABNT
a eles referentes:
ABNT NBR 12653 Materiais pozolnicos;
ABNT NBR 8952 Coleta e preparao de amostras de materiais pozolnicos;
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ABNT NBR 5752 Materiais pozolnicos Determinao da atividade pozolnica com cimento
Portland;
ABNT NBR 5751/92 Materiais pozolnicos Determinao da atividade pozolnica ndice de
atividade pozolnica com cal.
8.1.2. Principais causas das patologias do concreto
a) Projeto estrutural No projeto estrutural, devem ser atendidas todas as prescries normativas pertinentes, inclusive as
referentes s condies ambientais, com influncia direta na qualidade do concreto, na resistncia
do concreto, no fator gua/cimento e no cobrimento mnimo das armaduras.
No projeto estrutural devem ser bem dimensionados e detalhados juntas de dilatao e contrao,
aparelhos de apoio, drenos e declividades, para o bom escoamento das guas pluviais.
Convm salientar que as pontes de concreto devem ser robustas e funcionais, sem prejuzo da
beleza e da elegncia.
b) Execuo Na execuo, devem ser empregados materiais de boa qualidade, testados, e operados por
mo-de-obra especializada.
Frmas e escoramentos bem dimensionados, existncia de planos de concretagem e de protenso, se
for o caso, so indispensveis para uma boa execuo.
c) Manuteno A manuteno, preventiva e corretiva, essencial para a funcionalidade e durabilidade da obra.
8.1.3. Concluses O conhecimento do material concreto, um projeto estrutural adequado e boas prticas de execuo e
manuteno garantem a durabilidade da obra.
8.2. PATOLOGIAS DO CONCRETO
8.2.1. Consideraes gerais O tratamento das patologias do concreto depende da sua correta avaliao, baseada, primeiramente,
em inspeo cuidadosa e, em certos casos, em testes de laboratrio e clculos estruturais, de
verificao.
Nenhum servio de reparo deve ser iniciado antes da precisa identificao da origem das patologias.
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Pode haver ligeiras diferenas no tratamento de patologias idnticas que ocorrem na superestrutura
e na infraestrutura.
Os diversos elementos necessrios para elaborao de um plano de recuperao so:
Dados precisos e detalhados de inspees;
Locao dos danos, defeitos e dificuldades;
Anlise das causas dos danos, defeitos e dificuldades;
Avaliao estrutural;
Projeto de recuperao;
Avaliao de custos.
8.2.2. Tipos de patologias
a) Em elementos de concreto armado
Trincas e fissuras
As trincas e fissuras so de diversos tipos e podem ter diferentes causas; a importncia destas
patologias depende do tipo de estrutura, de sua locao e se suas aberturas e comprimentos so
influenciados pelo tempo e pelos carregamentos.
Algumas causas do aparecimento das fissuras so: assentamento e retrao plstica, retrao por
secagem, assentamento dos apoios, deficincias estruturais, agregados reativos, corroso de
armaduras, restries a alongamentos e encurtamentos trmicos e ataques de cloretos e sulfatos.
Patologias superficiais
As patologias superficiais nos elementos de concreto armado podem ser:
Desgaste superficial: perda progressiva de massa de uma superfcie de concreto; pode
ocorrer em virtude de abraso, eroso ou cavitao; abraso, geralmente se refere ao atrito
seco, como no caso do desgaste de pavimentos e pisos industriais; eroso a denominao
da ao abrasiva de fluidos contendo partculas slidas em suspenso; cavitao a
denominao da perda de massa pela formao de bolhas de vapor e sua subsequente ruptura
em virtude de mudanas repentinas da direo em guas que fluem em alta velocidade. Os
desgastes superficiais ocorrem porque a pasta de cimento endurecida no possui alta
resistncia ao atrito; o ACI recomenda que a resistncia compresso do concreto
superficial no deva ser inferior a 28 MPa.
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Delaminao: separao laminar do concreto superficial ao longo de um plano paralelo
superfcie; pode ser causada por corroso de armaduras.
Pipocamento ou pop-out: ruptura e separao de pequenas pores de concreto superficial,
em virtude de presses internas localizadas que provocam depresses rasas e cnicas; os
buracos resultantes variam de 10 mm a 50 mm.
Deteriorao por fogo: o concreto incombustvel e no emite gases txicos, quando
exposto s altas temperaturas; o concreto, diferentemente do ao, capaz de manter
resistncia suficiente por perodos relativamente longos, permitindo operaes de resgate,
pela reduo de colapso estrutural.
Disgregao: fenmeno que se caracteriza por rupturas do concreto, especialmente em zonas
salientes das peas; em geral, a disgregao tem origem em esforos internos que do
origem a fortes traes que o concreto pode no suportar.
Manchas: descoloraes causadas por substncia penetrante.
Ninhos: vazios no concreto, causados por concretagem defeituosa, quando a argamassa no
preenche os espaos entre o agregado grado.
Outras patologias
Nos elementos de concreto armado podem ser:
Desagregao: fenmeno que se inicia na superfcie dos elementos de concreto com uma
mudana de colorao e indica a existncia de ataque qumico; na desagregao do concreto,
o cimento vai perdendo seu aglomerante, ficando, consequentemente, os agregados livres da
unio que a pasta lhes proporciona.
Corroso: degradao do concreto ou do ao, causada por ataque eletroqumico ou qumico.
Carbonatao: converso dos ons de clcio do concreto endurecido em carbonato de clcio,
pela reao com o dixido de carbono da atmosfera.
Reao lcali-agregado: reao qumica entre lcalis, sdio e potssio, do cimento Portland,
ou outras fontes, e certos constituintes de certos agregados, que podem causar expanses
anormais e fissuras no concreto ou argamassa, sob certas condies de servio.
Eflorescncia: depsito de sais brancos sobre a superfcie do concreto, quando uma soluo
contendo sais vaza atravs da alvenaria ou concreto e depois evapora.
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b) Em elementos de concreto protendido As patologias em elementos de concreto protendido podem ser:
Trincas e fissuras as trincas e fissuras podem ser um indicativo de srios problemas no
concreto protendido; fissuras prximas das zonas de ancoragem de elementos protendidos
indicam deficincia de armaduras passivas; fissuras verticais podem indicar insuficincia ou
perda de protenso; fissuras na face inferior e junto aos apoios do elemento protendido podem
indicar restries aos movimentos dos apoios.
Manchas se as manchas de ferrugem em elementos de concreto protendido so provenientes
de corroso dos cabos protendidos, h uma sria ameaa estabilidade estrutural dos
elementos.
Delaminao a perda de seo em elementos de concreto protendido altera as caractersticas
da seo e o estado de tenses.
Deformao excessiva pode indicar perda de protenso e ameaar a estabilidade.
8.3. MATERIAIS DE RECUPERAO
8.3.1. Argamassa e concreto de cimento Portland Estes materiais so os mais usados para recuperao; aditivos diversos, tais como aceleradores de
pega, retardadores de pega, plastificantes e superplastificantes podem ser usados para aumentar o
tempo de incio de endurecimento, a trabalhabilidade e a retrao.
8.3.2. Argamassa de resina epoxdica Para recuperar pequenas reas, esta argamassa muito utilizada; com aditivos adequados, a
argamassa pode ter prolongado o tempo de assentamento e tambm a resistncia.
8.3.3. Concreto modificado por ltex Trata-se de concreto de cimento Portland modificado por emulso de ltex; muito utilizado em
sistemas de proteo de estrados de pontes.
8.3.4. Concreto com cimento de alta resistncia inicial Tem sido muito usado quando tolervel uma alta retrao e um lento ganho de resistncia final em
baixas temperaturas.
8.3.5. Concreto aditivado com slica ativa Para aumentar a compacidade, durabilidade e resistncia.
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8.3.6. Materiais betuminosos
a) Pinturas asflticas Usadas para impermeabilizaes e proteo do concreto contra a agressividade do meio ambiente;
necessita de exames constantes e consertos peridicos.
b) Asfalto selante quente Usado como vedante barato de fissuras.
c) Asfalto quente jateado Tipo de asfalto altamente impermevel, usado para restaurar superfcies com aplicaes finas, da
ordem de 1 a 2 cm.
8.4. TCNICAS DE RECUPERAO E TRATAMENTOS
8.4.1. Remoo e substituio de concreto
a) Remoo de concreto Qualquer remoo de concreto somente deve ser iniciada aps ser verificada que a estabilidade do
elemento estrutural ou da obra no ser prejudicada; terminada a remoo, a superfcie do concreto
remanescente deve ser sadia e spera bastante, para garantir a aderncia com o novo concreto,
argamassa cimentcia ou no, grout, etc, que ser colocado. A remoo chamada de superficial,
quando a camada a ser removida inferior ao cobrimento da armadura, e profunda, quando
ultrapassa o cobrimento da armadura e a prpria armadura.
A remoo do concreto deteriorado pode ser conseguida por meios mecnicos, trmicos ou
qumicos, dependendo da localizao, extenso e espessura da camada de concreto a ser removida;
os meios mecnicos so os mais utilizados, e os usuais so: remoo por ponteiros ou cinzis,
remoo com auxilio de rompedores, remoo por jato de areia e remoo por jato de gua de alta
presso. A limpeza pode ser feita com jato de ar comprimido. Em todos os mtodos mecnicos
deve-se controlar barulho, poeira e vibrao.
De todos os mtodos mecnicos, o mais recomendvel o de jato de gua de alta presso, ou
hidrodemolio, que remove o material deteriorado mais rapidamente e mais seletivamente, sem
provocar microfissuras.
b) Substituio de concreto A substituio de concreto, em extensas e contnuas reas, deve-se processar da mesma forma que
na construo da estrutura; entretanto, algumas particularidades da juno de dois concretos
diferentes, o velho e o novo, devem ser consideradas.
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A escolha do material de recuperao depende do volume de concreto a ser substitudo, da
profundidade do reparo, dos efeitos das cargas sobre o reparo e das condies de acesso e
trabalhabilidade do local do reparo.
O concreto de reparo deve ter suas propriedades finais iguais s do concreto da estrutura existente:
resistncia, mdulo de elasticidade, fluncia etc.
Convm notar que qualquer reparo deixa cicatrizes na estrutura, no aspecto esttico; deve-se
considerar a possibilidade de ser necessrio aplicar acabamentos para diminuir o contraste entre
estrutura existente e reparos.
8.4.2. Remoo de corroso A remoo de corroso de armaduras de concreto armado, cabos de protenso, ancoragens,
aparelhos de apoio metlicos, guarda-corpos metlicos e outros elementos pode ser feita,
dependendo da extenso, com escovas de ao, lixas manuais ou mecnicas e jatos de areia; a
remoo deve incluir a camada de concreto contaminada.
Aps a remoo, deve ser verificado se houve perda de seo nas armaduras; qualquer perda de
seo maior que 10% deve ser coberta por armadura adicional, devidamente ancorada.
8.4.3. Remoo de manchas A remoo de manchas, eliminadas suas causas e dependendo de sua extenso, pode ser efetuada
com escovas de ao, lixas manuais ou mecnicas e jatos de ar ou de gua; dependendo da
porosidade do concreto, uma soluo levemente acidulada tambm pode ser usada com sucesso.
8.4.4. Tratamento de vazios, cavidades, ninhos e disgregaes Aps a remoo do concreto deteriorado e limpeza cuidadosa, e dependendo da localizao da
anormalidade, pode ser aplicado grout de cimento Portland, argamassa de cimento, argamassa
epxica, argamassa polimrica; o concreto projetado prefervel para faces inferiores e, at,
laterais.
8.4.5. Tratamento de trincas e fissuras O tratamento de trincas e fissuras no deve ser iniciado antes da perfeita identificao de suas
causas.
As trincas e fissuras podem ser separadas em duas classes distintas, para orientar sobre o tipo de
reparo:
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Fissuras mortas ou inativas: cujas aberturas no aumentam e nem diminuem, e tambm no
crescem de tamanho.
Fissuras vivas ou ativas: as que ainda esto sujeitas a movimentaes.
a) Tratamento de fissuras inativas Para impedir a penetrao de guas superficiais, suficiente, ou apenas escovar a fissura e
comprimir uma argamassa de cimento e areia, ou alargar a fissura, em forma de V, e recompor a
superfcie, tambm com argamassa de cimento e areia.
Recentemente apareceram formulaes com resina epxica que podem endurecer at em ambientes
midos e em presena do concreto fresco.
b) Tratamento de fissuras ativas H um grande nmero de selantes para vedao de fissuras ativas; os mais conhecidos so os
compostos base de betume, os poliuretanos e os modificados.
Fissuras ativas de pequena abertura