8-paris /nov 2013

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Paris Nov/2013 Aqui estou eu outra vez em Paris, um ano após o nosso primeiro encontro. Não conseguimos nos ver muitas vezes neste período pois ele está morando em Paris e eu em Vegas, mas ele tem ido aos EUA mais vezes para me ver. Garou agora ficou noivo de sua namorada. Um namoro frio e sem sentido, que ele parece fazer questão para manter as aparências ou mesmo para me provocar. Ele não se conforma com o fato de que eu não ter me separado de René ainda. Isso é tão doloroso pra mim. Eu o quero tanto....como eu desejaria jogar tudo pro alto, não me importar com as consequências e me lançar nos braços da paixão, tudo pra ficar com ele! Mas eu não consigo. Não consigo me desligar de uma história acabada, de um passado. Por tudo o que vivi com René e tudo o que ele representa na minha vida. E tem os meninos...e minha carreira. A verdade é que eu sou medrosa. Tenho mais coragem de manter meu caso com encontros às escondidas, do que me libertar de uma falsidade. Essa vida dupla me consome. Eu preciso por um fim por um fim nisso. E agora pode ser uma boa oportunidade pois irei vê-lo com certeza aqui em Paris! Eu já estava há dois dias na cidade e ele ainda não havia me ligado. Eu estava achando estranho e estava ficando preocupada. Mas como estava muito ocupada com gravações de programas ainda não tinha tido tempo de ligar pra ele. Hoje seria a gravação do programa de Stéphane Bern e eu já estava avisada de que seria uma longa gravação que levaria da tarde até altas horas da noite, provavelmente. Porém eu não sabia o roteiro do programa, algo incomum de acontecer geralmente. Para minha surpresa, eu estava voltando de uma pequena entrevista para uma revista local, quando entro em meu quarto de hotel e lá dentro estava Stéphane Bern, com um livro nas mãos que ele disse ser o livro da minha vida, e que o programa seria uma homenagem com um retrospecto de minha carreira e vida pessoal. Durante o programa, vários artistas me rendiam homenagem, alternados com imagens antigas que eram transmitidas no telão. Muitos artistas cantaram pra mim, interpretações lindíssimas que me deixaram muito emocionada. Mas qual não foi minha surpresa quando Stéphane anunciou que minha canção “River Deep Mountain High” seria interpretada em minha homenagem por Garou! Eu não contive minha excitação, que deve ter ficado óbvia no vídeo. Bandido, me enganou direitinho! E como ele estava lindo! Um deleite apreciá-lo. Minha vontade era sair correndo, invadir o palco e beijá-lo! Já pensou, que loucura? Depois ele veio até o sofá para ser entrevistado. Nós mal conseguíamos disfarçar nossa alegria. Eu provavelmente devo ter falado alguma coisa indevida que não me lembro (risos). Daí em diante meu ânimo mudou. A cada música, eu cantava pra ele, eu dançava só pra ele. Sabia que me assistia do camarim. Até que chegou a hora de um grande intervalo que haveria na gravação. Eu estava em meu camarim, apenas com minha maquiadora, que terminava alguns retoques. Quando ela acabou, disse que iria ao banheiro e saiu. Nesse momento, ele entrou e trancou a porta. C:-Seu louco! O que está fazendo? G:-Não estava aguentando de saudade, tinha que te ver. C:-Não, você é doido. Alguém pode bater na porta. G:-Deixe que batam. Eu preciso te ter aqui e agora. Já me agarrava e me beijava. C:-Não, é loucura! – eu disse, soltando meus braços. G:-É, mas não teremos outra oportunidade. Sua agenda está cheia e René está sempre com você! C:-É porque ele é meu marido. G:-Se eu fosse seu marido, não precisava ser assim.

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8-Paris /Nov 2013

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Paris Nov/2013 

 Aqui estou eu outra vez em Paris, um ano após o nosso primeiro encontro. Não conseguimos nos ver muitas vezes neste período pois ele está morando em Paris e eu em Vegas, mas ele tem ido aos EUA mais vezes para me ver. Garou agora ficou noivo de sua namorada. Um namoro frio e sem sentido, que ele parece fazer questão para manter as aparências ou mesmo para me provocar. Ele não se conforma com o fato de que eu não ter me separado de René ainda. Isso é tão doloroso pra mim. Eu o quero tanto....como eu desejaria jogar tudo pro alto, não me importar com as consequências e me lançar nos braços da paixão, tudo pra ficar com ele! Mas eu não consigo. Não consigo me desligar de uma história acabada, de um passado. Por tudo o que vivi com René e tudo o que ele representa na minha vida. E tem os meninos...e minha carreira.

A verdade é que eu sou medrosa. Tenho mais coragem de manter meu caso com encontros às escondidas, do que me libertar de uma falsidade. Essa vida dupla me consome. Eu preciso por um fim por um fim nisso. E agora pode ser uma boa oportunidade pois irei vê-lo com certeza aqui em Paris!

Eu já estava há dois dias na cidade e ele ainda não havia me ligado. Eu estava achando estranho e estava ficando preocupada. Mas como estava muito ocupada com gravações de programas ainda não tinha tido tempo de ligar pra ele.

Hoje seria a gravação do programa de Stéphane Bern e eu já estava avisada de que seria uma longa gravação que levaria da tarde até altas horas da noite, provavelmente. Porém eu não sabia o roteiro do programa, algo incomum de acontecer geralmente.

Para minha surpresa, eu estava voltando de uma pequena entrevista para uma revista local, quando entro em meu quarto de hotel e lá dentro estava Stéphane Bern, com um livro nas mãos que ele disse ser o livro da minha vida, e que o programa seria uma homenagem com um retrospecto de minha carreira e vida pessoal.

Durante o programa, vários artistas me rendiam homenagem, alternados com imagens antigas que eram transmitidas no telão. Muitos artistas cantaram pra mim, interpretações lindíssimas que me deixaram muito emocionada. Mas qual não foi minha surpresa quando Stéphane anunciou que minha canção “River Deep Mountain High” seria interpretada em minha homenagem por Garou! Eu não contive minha excitação, que deve ter ficado óbvia no vídeo. Bandido, me enganou direitinho!

E como ele estava lindo! Um deleite apreciá-lo. Minha vontade era sair correndo, invadir o palco e beijá-lo! Já pensou, que loucura?

Depois ele veio até o sofá para ser entrevistado. Nós mal conseguíamos disfarçar nossa alegria. Eu provavelmente devo ter falado alguma coisa indevida que não me lembro (risos).

Daí em diante meu ânimo mudou. A cada música, eu cantava pra ele, eu dançava só pra ele. Sabia que me assistia do camarim.

Até que chegou a hora de um grande intervalo que haveria na gravação.

Eu estava em meu camarim, apenas com minha maquiadora, que terminava alguns retoques. Quando ela acabou, disse que iria ao banheiro e saiu. Nesse momento, ele entrou e trancou a porta.

C:-Seu louco! O que está fazendo?

G:-Não estava aguentando de saudade, tinha que te ver.

C:-Não, você é doido. Alguém pode bater na porta.

G:-Deixe que batam. Eu preciso te ter aqui e agora.

Já me agarrava e me beijava.

C:-Não, é loucura! – eu disse, soltando meus braços.

G:-É, mas não teremos outra oportunidade. Sua agenda está cheia e René está sempre com você!

C:-É porque ele é meu marido.

G:-Se eu fosse seu  marido, não precisava ser assim.

C:-Eu sei. Estou determinada a acabar com isso.

G:-Mesmo?

C:-Mesmo. Assim que eu retornar dessa viagem, acabo com tudo.

Ele abriu um enorme sorriso, me agarrou pela cintura e me puxou para si e eu me derreti em seus braços. Ele tem esse poder. Mexe comigo de uma maneira inacreditável!

Ele me beijava intensamente e eu estava totalmente entregue. Suas mãos percorriam cada centímetro do meu corpo, de uma forma que só ele sabe me tocar, só ele faz eu me sentir assim, possuída e possuidor. E sua língua gulosa, devora todo o meu ser. Ele me arrastou até

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o fundo do camarim, me pegou pela cintura e me colocou sentada em cima de uma pilha de malas. Com uma agilidade incrível arrancou minha calcinha e começou a beijar meu pescoço. Eu suspendi o vestido até a cintura pois ainda voltaria com o mesmo para a gravação.  Ele colocou as mãos atrás dos meus joelhos e me puxou para a extremidade da caixa. E sem que eu o notasse vindo, de uma vez só me penetrou. Soltei um gemido dilacerante e tombei pra trás. Ele me apoiou as costas com as mãos e eu pude voltar a sentar. Agarrei em seu pescoço firmemente e me movimentava forte sobre ele, que com suas mãos me matinha presa pelo quadril, colada a seu corpo. Ele também ia com força. Suávamos e gemíamos em um desejo desesperado. Uma necessidade um do outro sem explicação. A respiração cada vez mais difícil, o fôlego já nos faltava. Eu vi que ele estava perto. E então, inesperadamente, com as duas mãos ele apertou fortemente o meu ventre sobre o útero enquanto se afundava em mim.......dei um grito muito alto e tombei sem sentidos. Despertei com ele me chamando:

G:-Céline, Céline! Estão batendo à porta!

C:-ãh? A porta?! Quem?

G:-Levanta. É René!

R:-Céline! Você está bem? Abre a porta!!

C:-Rápido, Pierre, se esconde!

G:-Onde?

C:-Não sei......entra nesse baú!

G:-Que loucura! Tá bem.....olha, toma, sua calcinha.

C:-Besta, vai....logo.[...] Já vou, René!

Abrindo a porta:

R:-Céline, o que foi? Você está bem? Ouvimos você gritar.

C:- Sim, estou! Foi...só, foi uma barata!

R:-Uma barata?

C:-Sim, uma barata. Eu estava cochilando no sofá, por isso tranquei a porta, não queria ser acordada. E então estava dormindo e acordei com esse bicho horroroso passando por cima do meu rosto! Tomei um susto enorme e gritei. Que nojo! Não sabia que vocês escutaram. Desculpe, não quis preocupar.

R:-E cadê a barata?

C:-ãhm? Não sei...voou eu acho. Ou saiu por debaixo da porta. Não sei, querido, estou muito assustada. Mas acho que ela sai para o corredor.

R:-Eu vou ver essa história de barata, pra ela não voltar pra cá.

C:-Tá bem, querido, obrigada.

Fechou a porta e correu para o baú.

C:-Pierre, tá vivo?

G:-Claro, amor, tenho pulmões de aço!

C:-Hum, eu sei....eu não são só os pulmões!

(risos)

C:-Mas agora vai. Eu distraí o René e ele saiu. Vou ver se o corredor está livre.

[...]

C:-Está sim! Pode vir.

G:-Tchau, meu amor.

C:-Tchau, se cuida.Te amo.

G:-Também te amo.

Ele se foi e eu fiquei divagando com meus pensamentos: Ai, ai....amo muito esse homem. Preciso dele. Assim que voltar aos EUA abro o jogo com René e acabo tudo. Vou ser novamente feliz!

......

E ela mal sabia o infortúnio que cairia sobre sua família....