9.- mística y teología (parte 1)

Josefina Muriel

Cultura femenina novohispana

Mxico

Universidad Nacional Autnoma de Mxico, Instituto de Investigaciones Histricas

2000

545 p.

(Serie Historia Novohispana, 30)

ISBN 968-58-0313-7

Formato: PDF

Publicado en lnea: 27 abril 2015

Disponible en:

http://www.historicas.unam.mx/publicaciones/publicadigital/libro/cultura/femenina.html

DR 2015, Universidad Nacional Autnoma de Mxico-Instituto de Investigaciones Histricas. Se autoriza la reproduccin sin fines lucrativos, siempre y cuando no se mutile o altere; se debe citar la fuente completa y su direccin electrnica. De otra forma, requiere permiso previo por escrito de la institucin. Direccin: Circuito Mario de la Cueva s/n, Ciudad Universitaria, Coyoacn, 04510, Mxico, D. F.

CAPTULO VI

MfSTICA Y TEOLOGtA

"Me has seducido, Yav y me dej seducir por ti. Me hiciste violencia y fuiste el ms fuerte".

JEREMAS 20:7-9.

E L TEMA mstico es para nuestro mundo materialista y cien-tfico un tanto incomprensible, porque le es difcil aceptar que "el entendimiento calle y la voluntad goce". A algunos les es aburrido, pero como bien ha dicho Audrey G. Bell en El rena-cimiento en Espaa, aburrido slo lo es para que los que carecen de educacin clsica y no pueden aceptar la integral exposicin de la vida que termina en la gloria, contenida en esas obras.

La mstica es una experiencia personal que se desarrolla en la ms profunda intimidad del hombre, por ello cuando los msticos vierten en sus escritos el fruto de sus vivencias, estn haciendo una descar-nada y difcil exposicin de lo que por esta va de conocimiento intuitivo han alcanzado.

El mstico se mueve por un afn de conocimiento de Dios, en el que se involucra la aspiracin a la unin con l. Pero esto entraa, a su vez, la congruencia de la voluntad humana con la divina. No puede haber unin con Dios, si hay discrepancia entre la voluntad de Dios y la d~l hombre. Por eso el mstico se esfuerza, hasta donde puede su propia naturaleza, en renunciar a todo lo que lo separa de Dios, esto es, lo que no entra en el plan de Dios causa ejemplar. De aqu los sacrificios para dominar las tendencias pecaminosas del hombre, las pasiones desordenadas. Lo cual no implica odio a s mismo, sino slo odio a lo que discrepa y separa de Dios. Esta ade-cuacin total de la voluntad humana con la de Dios es la perfec-cin que el mstico busca para llegar a la final visin beatfica, a eso que l empieza a vislumbrar en sus xtasis, en sus "vuelos de esp

3 1 4

M S T I C A Y T E O L O G A

r i t u " y q u e t o d o s t r a d u c e n e n a m o r q u e a r r e b a t a l o s s e n t i d o s y q u e

e l p r o f e t a J e r e m a s l l a m a s e d u c c i n d e Y a v . A m o r q u e h a c e v i o l e n -

c i a a l a v o l u n t a d y l a v e n c e h a s t a l a e n t r e g a t o t a l , p o r q u e e l S e o r

e s e l m s f u e r t e A m a d o r .

L a m s t i c a e s p a o l a e s s i n d u d a u n a d e l a s m s i m p o r t a n t e s m a -

n i f e s t a c i o n e s d e l r e n a c i m i e n t o i b r i c o . A t r a v s d e e l l a s e m u e s t r a n ,

e n t o d a s u m a g n i t u d , l o s e l e m e n t o s q u e l o c o n s t i t u y e r o n . L o s i n t e -

r e s e s r e l i g i o s o s , f i l o s f i c o s , h u m a n i s t a s y p o p u l a r e s d e a q u e l l a a n c e s -

t r a l c u l t u r a e s p a o l a s e c o m b i n a n y s o n i n t e r s n a c i o n a l e n l a m a n i -

f e s t a c i n m s t i c a . E s t o l o m u e s t r a , c o m o d i c e A u d r e y G . B e l l , l a e n o r -

m e p r o d u c c i n d e e s t e t i p o d e o b r a s , q u e s u p e r a a u n l a d e l a s n o v e l a s

p a s t o r i l e s .

E l i n t e r s e n l o m s t i c o v i e n e a l a N u e v a E s p a a t r a d o p o r l o s p r i -

m e r o s m i s i o n e r o s , o b i s p o s y h o m b r e s s e g l a r e s d e a q u e l l a E s p a a d e

v i t a l c a t o l i c i s m o , c o n q u i s t a d o r a y e v a n g l i c a .

M s t i c o f u e e l p a d r e d e a q u e l l a p r i m e r a m i s i n f r a n c i s c a n a d e

1 5 2 4 , f r a y M a r t n d e V a l e n c i a , q u e s e r e t i r a l a s c u e v a s d e l S a c r o -

m o n t e p a r a p o d e r e s t a r a s o l a s c o n s u S e o r . I g u a l m e n t e l o f u e r o n

a q u e l l o s f r a i l e s a g u s t i n o s q u e p o r l a m a a n a e r a n c i v i l i z a d o r e s q u e

e r i g a n p u e b l o s y l e v a n t a b a n h o s p i t a l e s y p o r l a s t a r d e s s e r e t i r a b a n

a o r a r e n l a s m o n t a a s . s o s a q u i e n e s l o s i n d i o s v e a n l e v i t a r s e e n

m s t i c o a r r e b a t o p o r e n c i m a d e l a s c o p a s d e l o s r b o l e s . G r e g o r i o

L p e z l o f u e t a m b i n e n s u r e t i r o e n l a s c u e v a s d e l h o s p i t a l d e S a n t a

F e d e T a c u b a y a y l u e g o e n O a x t e p e c , a d o n d e s e f u e h u y e n d o d e

l a s v i s i t a s q u e l e h a c a n v i r r e y e s y a r z o b i s p o s ; m s t i c o q u e u n a s h o r a s

e s t u d i a b a l a s p l a n t a s m e d i c i n a l e s d e l o s i n d g e n a s y o t r a s , i n s p i r a d o ,

c o m e n t a b a e l A p o c a l i p s i s .

P a r a f o m e n t o d e e s t e t i p o d e v i d a , s e d i v u l g u n a l i t e r a t u r a m s -

t i c a . E l p r i m e r a r z o b i s p o , f r a y J u a n d e Z u m r r a g a , d e s e a b a q u e l a

v i d a c r i s t i a n a q u e a q u s e p l a n t a r a f u e r a p o r e s o s s e n d e r o s m s p r o -

p i o s d e g e n t e s s e n c i l l a s q u e d e s a b i o s . P o r e l l o J u a n E s t r a d a t r a -

d u c e a l c a s t e l l a n o , a q u e n M x i c o y a n t e s q u e f r a y L u i s d e L e n l o

h i c i e r a e n E s p a a , l a E s c a l a E s p i r i t u a l d e l m s t i c o c o n t e m p l a t i v o S a n

J u a n C l m a c o ( 5 2 5 - 6 1 6 ) . P o r e s t o n o e s r a r o q u e s t e s e a e l p r i m e r

l i b r o i m p r e s o e n l a N u e v a E s p a a n i l o e s t a m p o c o q u e , s i e n d o t a n

t a n c a r a s l a s i m p r e s i o n e s y t a n e s c a s a s l a s i m p r e n t a s , s e e d i t a r a t r e s

v e c e s e n e l s i g l o x v 1 ( 1 5 4 6 , 1 5 4 9 y 1 5 7 5 ) l a M s t i c a t e o l g i c a e n l a c u a l

s e n o s e n s e a e l v e r d a d e r o c a . m i n o d e l c i e l o d e S a n B u e n a v e n t u r a .

L a s o b r a s d e f r a y J u a n d e l o s A n g e l e s , f r a y L u i s d e L e n , f r a y L u i s

d e G r a n a d a , d e l b e a t o J u a n d e v i l a , d e S a n J u a n d e l a C r u z , S a n

I g n a c i o d e L o y o l a y o t r o s l l e g a n c o n s t a n t e m e n t e d u r a n t e l o s s i g l o s

MSTICA Y TEOLOGA 315

coloniales, generalmente impresas, aunque tambin en copias ma-nuscritas.

Las escritoras espaolas incitan con sus obras a producir en Hispa-noamrica una literatura mstica. As la vemos aparecer en Tunja, Colombia, con la madre Castillo, y tambin la vemos entre las mon-jas y beatas de Quito, Cuzco, Arequipa, Guamanga, Trujillo, Lima y otros lugares ms.

Las mujeres de la Nueva Espaa no podan, en modo alguno, sus-traerse a ello, antes bien, participaron con extraordinario entusiasmo que est manifiesto en las numerosas biografas de monjas y seglares impresas entonces y en los escritos que nos dejaron.

Espaolas, criollas, indias, mulatas, y aun negras, forman parte de este movimiento, unas slo vivindolo, otras, las menos, escribiendo sus msticas experiencias por rdenes superiores.

Las obras de Santa Teresa de Jesis fueron ledas con avidez,' pro-duciendo la creacin de conventos en los que se procuraba imitar su vida. La influencia de esta escritora en la Nueva Espaa se extiende tambin al clero masculino y a los seglares.

Otra escritora que tuvo gran importancia fue la madre Mara de la Antigua, a travs de su obra Desengao de las religiosas y de las almas que tratan de virtud, que se divulg ampliamente en las ins-tituciones femeninas, colegios y recogimientos.

Empero quien comparte la mxima influencia mstica, al lado de Santa Teresa de Jess, es la venerable Mara de Jess de Agreda. Su obra La Mstica Ciudad de Dios se edit completa setenta y dos veces en Europa y una en Mxico. En extracto veintisiete veces; de stas, siete ediciones fueron hechas en la Nueva Espaa.1 Fue tan divulgada que no hubo convento, colegio, beaterio o recogimiento en el que no existieran varios ejemplares de ella. Su influencia en las escritoras hispanoamericanas fue definitiva aun en las de mxima personalidad, como Sor Juana Ins de la Cruz, de Mxico, y Sor Francisca del Cas-tillo, de Colombia.

Los pintores de nuestros siglos coloniales nos han dejado hermosos retratos de esta autora, en los que se la presenta al lado de los gran-des visionarios y padres de la Iglesia. As aparece frecuentemente ella en el centro con su Mstica ciudad y flaquendola a un lado San Juan con el Apocalipsis y San Agustn con La ciudad de Dios.

1 Mara de Jess de Agreda, Mistica Ciudad de Dios, Introduccin de Celestino Solaguren, O.F~M., Madrid, Imp. Fereso, 1970, pp. en-cm.

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L A s M S T I C A S N O V O H I S P A N A S

L a s e s c r i t o r a s m s t i c a s f o r m a n u n g r u p o m u y s e l e c t o y p o c o n u m e -

r o s o . D e l a s q u e c o n o c e m o s h a s t a a h o r a s i e t e f u e r o n m o n j a s y u n a

m u j e r s e g l a r s o l t e r a .

N o h a y e n t r e l a s q u e e s c r i b e n s u s m s t i c a s e x p e r i e n c i a s n i n g n

m i e m b r o d e l a a r i s t o c r a c i a e s p a o l a o c r i o l l a . E x c e p t u a n d o a l a s

n o b l e s i n d g e n a s , t o d a s p e r t e n e c e n a u n a c l a s e m e d i a o r g u l l o s a d e

" n o b l e s a n t e p a s a d o s " , l o q u e h o y l l a m a r a m o s f a m i l i a s c o n o c i d a s p o r

s u s b u e n a s c o s t u m b r e s y e d u c a c i n . T o d a s t i e n e n m e d i o s e c o n m i c o s

s u f i c i e n t e s p a r a v i v i r .

S i n o s p r e g u n t a m o s p o r q u l a s n e g r a s , m e s t i z a s y m u l a t a s n o e s -

c r i b e n l a m s t i c a q u e s a b e m o s l l e g a r o n a v i v i r , l a r e s p u e s t a e s m u y

s e n c i l l a : l a f a l t a d e e l e m e n t a l c u l t u r a , e r a n a n a l f a b e t a s .

D e t o d a s l a s m s t i c a s q u e c o n o c e m o s s l o u n a e r a e s p a o l a , d o a

B e a t r i z P r e z d e V i l l a s e c a , d a m a d e l a c o r t e d e l a m a r q u e s a d e G u a -

d a l c z a r , q u e l u e g o f u e c a r m e l i t a e n S a n J o s d e M x i c o . T o d a s l a s

d e m s s o n c r i o l l a s . S a b e m o s q u e h a y m s t i c a s i n d g e n a s p e r o h a s t a

h o y n o h e p o d i d o l o c a l i z a r s u s e s c r i t o s .

S i a t e n d e m o s a l o s s i t i o s e n q u e s e d e s a r r o l l a e s t a l i t e r a t u r a , n o s

e n c o n t r a m o s q u e s o n , h a s t a d o n d e h o y c o n o c e m o s , M x i c o y P u e b l a ,

c o n d e r i v a c i n e n O a x a c a . P o r a l g u n a s b i g r a f a s s a b e m o s q u e t a m -

b i n l a s h u b o e n Q u e r t a r o , M o r e l i a y G u a d a l a j a r a a u n q u e n o h a y a

m o s t e n i d o l a s u e r t e d e c o n o c e r o b r a a l g u n a p r o c e d e n t e d e e s a s p a r t e s .

P a r a e n t e n d e r e l s u r g i m i e n t o d e l a l i t e r a t u r a m s t i c a e n e s t o s l u -

g a r e s h a y q u e t e n e r e n c u e n t a q u e s o n c e n t r o s d o n d e h u b o o b i s p o s

m s t i c o s . Q u i n p o d r a n e g a r l a i n f l u e n c i a d e l p o d e r o s o o b i s p o p o -

b l a n o i l u s t r s i m o d o n M a n u e l F e r n n d e z d e S a n t a C r u z , v i r r e y y

a r z o b i s p o d e M x i c o a u n m i s m o t i e m p o , y q u i n i g n o r a r l a q u e

t u v o e l i l u s t r s i m o d o n J u a n d e P a l a f o x . S i s u p r e s e n c i a m s t i c a s e

s i n t i e n l a s l e t r a s , m s a n d e b i s e n t i r s e e n l a d i r e c c i n d e l o s c o n

v e n t o s . S i f u e c a p a z d e e s c r i b i r u n a G u a y a l i e n t o d e l a l m a v i a d o r a ,

n q u e h a b l a d e e s e s a b e r q u e s e a d q u i e r e p o r l a p e r f e c t a o r a c i n y

d e e s c r i b i r e s a s h e r m o s a s l i r a s q u e d i c e n :

O h n o c h e c r i s t a l i n a

q u e j u n t a s t e c o n e s a l u z h e r m o s a

e n u n a u n i n d i v i n a

e l E s p o s o y l a E s p o s a

h a c i e n d o d e a m b o s u n a m i s m a c o s a !

q u n o d i r a a s u s m o n j a s q u e t a n t o l e p r e o c u p a b a n ! C m o l a s

e n c a m i n a r a p o r e s a s s e n d a s !


No podemos olvidar tampoco al obispo poblano, don Domingo Pantalen Alvarez de Abreu, ni al oaxaqueo don ngel Maldonado.

Adems de stos, tienen gran importancia las rdenes religiosas. La franciscana con su Colegio de la Santa Cruz de Quertaro inter-viene con su influencia de prdica y direccin espiritual en innume-rables personas. Por sus misioneros van brotando instituciones feme ninas como el Real Colegio de Santa Rosa de Viterbo, o el Beaterio de San Juan de Ro. Hay varias msticas queretanas cuyas vidas tienen estrecha relacin con los franciscanos. En la ciudad de Mxico fray Eugenio Valds OFM tiene la direccin de la madre Sebastiana .Josefa de la Trinidad, mientras los dominicos se ocupan de doa Francisca Carrasco que llega a formar parte de sus terciarios.

Los jesuitas en los siglos xv1 al xvm tienen una gran importancia como directores espirituales y confesores. Los padres Pedro Snchex y Jernimo Ruiz, y Nez de Miranda despus, se ocupan de fas mon-jas de San Jernimo; Miguel Godines, de Mara de .Jess de Puebla; Pedro Salmern, de la venerable madre Isabel de la Encarnacin; Joseph de Bellido de la venerable madre Mara Anna Agueda de San Ignacio.

No hay hasta donde conocemos importante influencia de los car-melitas en la literatura femenina, ya que aunque ellos promovieron la fundacin del primer convento carmelita en Mxico, las monjas quedaron sujetas al arzobispado.

La importancia de los confesores es muy grande, primero porque fueron los que vigilaron que no se tratara de msticas falsas y fingidoras, porque ellos, para poder conocerlas mejor, les ordenaron que escribiesen sus experiencias, y a eso debemos la existencia de nuestra literatura mstica. Sin embargo, ellos son responsables tam-bin de que no la conozcamos en forma total, ya que tenindola com-pleta, slo publicaron las partes que les interesaron para sus biogra-fas. Fue ese paternalismo clerical prepotente muy de poca el que no dio valor literario a los escritos msticos femeninos y los refundi en el polvo de los archivos.

Entre las caractersticas generales y comunes a nuestras msticas es-tn las siguientes: todas escriben por orden de los confesores; ningu-na, excepto la teloga poblana, tiene experiencia previa en el manejo de la pluma, pues aunque no son mujeres iletradas porque lean, no acostumbraban escribir.

Todas reconocen la ayuda divina para hacerlo; hay prrafos con-movedores que nos muestran sus esfuerzos, sus fracasos hasta alcanzar la facilidad y soltura que luego tienen. Y lo que fue mandato repul-

3 1 8 M S T I C A Y T E O L O G A

s i v o s e v u e l v e g o z o c u a n d o e n " a f e c t o s " y v e r s o s e x p r e s a n e l s e n t i -

m i e n t o a m o r o s o q u e l a s e m b a r g a .

O t r a c a r a c t e r s t i c a d e l a m s t i c a f e m e n i n a n o v o h i s p a n a e s q u e n o

f u e h e c h a p a r a p u b l i c a r s e , n i m e n o s p a r a e n s e a r a n a d i e . L a p a r t e

q u e n o e s a u t o b i o g r f i c a c o m o l o s a f e c t o s , p o e m a s y m e d i t a c i o n e s h e -

c h o s s l o p a r a u s o p e r s o n a l , s e d e s c u b r i e r o n c u a n d o l a s a u t o r a s m u -

r i e r o n . F i n a l m e n t e , s e a J a r e m o s q u e n u e s t r a m s t i c a f e m e n i n a t i e n e

r a s g o s c o m u n e s c o n l a espaol~ y l a h i s p a n o a m e r i c a n a , u n o d e l o s

c u a l e s e s u n a c u s a d o s e n s u a l i s m o ( e n e l s e n t i d o o r t o d o x o ) y e s t l i m -

p i a d e d e s v i a c i o n e s d e q u i e t i s t a s o a l u m b r a d o s . D e q u e a s f u e r a s e

e n c a r g c e l o s a m e n t e l a I n q u i s i c i n , c a s t i g a n d o a l a s f i n g i d o r a s y h e -

t e r o d o x a s , c o n f i s c a n d o l a c e n s u r a s u s e s c r i t o s .

E l d e s a r r o l l o d e l a l i t e r a t u r a m s t i c a n o v o h i s p a n a q u e s e i n i c i a a

f i n a l e s d e l X V I a l c a n z a s u a p o g e o e n l a s e g u n d a m i t a d d e l x v n y l o

s o s t i e n e h a s t a l a p r i m e r a m i t a d d e l x v m . P e r o e n l a s e g u n d a m i t a d

d e e s e m i s m o s i g l o d e c a e n o t a b l e m e n t e y e m p i e z a a p a s a r a s e g u n d o

p l a n o a u n q u e s u b s i s t a , s e g n l o d e m u e s t r a d o n B e n i t o D a z d e G a -

m a r r a e n s u b i o g r a f a d e S o r M a r a J o s e f a L i n a d e l a C a n a l ( 1 8 3 1 )

y l o s p a n e g r i c o s y c a r t a s e d i f i c a t i v a s d e l s i g l o X I X .

E m p i e z a e l m u n d o m o d e r n o y l o s s a b i o s m e x i c a n o s , l o s i n t e r e s a d o s

e n l a s c i e n c i a s s o n l o s q u e a t r a e n l a a t e n c i n . S e f u n d a n S o c i e d a d e s

d e A m i g o s d e l P a s p a r a e l a v a n c e c u l t u r a l y e c o n m i c o q u e s e a n s a ,

y e n e l l a s e i n s c r i b e n v a r i a s m u j e r e s .

A q u e l l o s m s t i c o s p r e l a d o s q u e h a b l a b a n d e e s c a l a s e s p i r i t u a l e s y

n o c h e s q u e j u n t a b a n " a m a d o c o n a m a d a " h a b a n d e s a p a r e c i d o . Y a

n o s e e s c r i b a n t r a t a d o s d e t e o l o g a m s t i c a . E r a n l o s t i e m p o s e n q u e

u n a r z o b i s p o d e M x i c o c r e a b a e l p r i m e r h o s p i t a l g e n e r a l m o d e r n o y

p r e d i c a b a d e s d e e l p l p i t o d e l a c a t e d r a l l a n e c e s i d a d d e l a v a c u -

n a c i n c o n t r a l a v i r u e l a .

P r o n t o a q u e l l a m s t i c a a l a q u e e s a s m u j e r e s c o n t a n t a h o n e s t i d a d

h a b a n d e d i c a d o s u s v i d a s s e r a c u e s t i o n a d a . H i s t e r i a , l o c u r a , o b s e -

s i n y a u n d e s n u t r i c i n , s e r a n e l e m e n t o s e s g r i m i d o s p a r a d e s t r u i r l a

o p a r a d e s p r e c i a r l a . S i n e m b a r g o , a l l e s t a n c o m o p e n s a m i e n t o

v i v o , a n t e n o s o t r o s q u e p o d r e m o s o n o e n t e n d e r l a , p e r o n u n c a d e s -

c o n o c e r q u e r e p r e s e n t a l a v i d a m s a l t a m e n t e v a l o r a d a e n u n a p o -

c a d e n u e s t r a h i s t o r i a , q u e e s u n a p a r t e d e l a c u l t u r a h i s p n i c a v i v i d a

c o n t o d o v a l o r , s i n c e r i d a d y c o n t a n t a f u e r z a a m o r o s a , q u e a p e s a r

d e h a l l a r s e t a n l e j o s d e l o s i n t e r e s e s d e l m u n d o a c t u a l , r e c o r d a n d o

a n u e s t r o p o e t a s i e n t o c o m o l q u e

MSTICA Y TEOLOGA

... aun ausente su palpitada esencia me conmueve, me turba como un germen, como un rastro, como una cruel raz retrocedida que no lleg a soar su sueo inmenso y nos lo dio a nosotros

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Al presentar la mstica femenina novohispana, vamos a mostrar las ms profundas.intimidades de las mujeres que en aquellos tiempos se dejaron "seducir" por el Amor.

Si mostrramos solamente pginas aisladas de sus escritos, sin pre-sentar al mismo tiempo la existencia de las que vivan la mstica, sus obras perderan la dimensin histrica y no tendran sentido. En el presente estudio vamos a procurar no alterar su prstino sentido en respeto a las autoras.

A quien ha vivido en alguna forma la experiencia religiosa, las pginas msticas escritas por las mujeres de Mxico en los siglos XVI, XVII y xvm le harn conocer los profundos valores que vivieron los hombres de aquellos siglos y lo llevarn a conocer la aeja entraa espiritual de nuestra patria.

So& MARA MAGDALENA DE LoRRAVAQUIO Muoz (1576-1636)

La primera manifestacin de la literatura mstica novohispana la co-nocemos a travs del manuscrito autobiogrfico de Sor Mara Magda-lena, que conserv y prest para hacer otras copias manuscritas su prima, Sor Francisca de San Martn, . religiosa del convento de San Jernimo. La fidelidad de las copias sacadas la testimoni su sobrino el Pbro. Lic. Francisco de Lorravaquio, cura, juez eclesistico y comi-sario del "Santo Oficio de la Inquisicin", el 15 de octubre de 1650. La obra se titula Libro en que se contiene la vida de la madre Mara Magdalena, monja profesa del convento del Seor San jernimo de la ciudad de Mxico, hija de Domingo de Lorravaquio y de Ysabel Muoz su legitima mujer.

Conocemos dos manuscritos, uno se vendi en Londres en 1970, el otro existe en la Biblioteca de la Universidad de Austin, USA.2

Efrn Hemndez, Entre apagados muros, Mxico, Imprenta Universitaria, 194!!, p. 28.

La versin de ste nos la proporcion la sefiora Mara Josefa Martnez del Ro de Redo qti.en fotografi las portadas y copi parte del manuscrito en la librera Magg'& Rros de Londres.

1 Mara Magdalena Lorravaquio Mufioz, Libro q~e c:'Qntiene la vida de la Ma-dre Maria Magdalena Lorravaquio Muot, hij~ de Domingo Lorravaquio y de

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E l p r i m e r o e s l a c o p i a m s a n t i g u a ( s i g l o x v n ) y e s t e s c r i t o e n h e r -

m o s a l e t r a i t a l i a n a c a l i g r f i c a . S e s i g u e e n e s t o u n a t r a d i c i n m e d i e -

v a l : c o n s e r v a r e n f o r m a m a n u s c r i t a l a s m e m o r i a s d e e s a m u j e r e j e m -

p l a r , p a r a l a s g e n e r a c i o n e s f u t u r a s d e m o n j a s . E l l i b r o e s t h e c h o

p a r a e l c o n v e n t o . L a s c a p i t u l a r e s s o n v e r d a d e r o s d i b u j o s , c o n d e t a l l e s

m u y f e m e n i n o s c o m o l o s a d o r n o s d e f l o r e s , h o j a s y p a j a r i t o s . S e e m -

p l e a n d o s t i n t a s , l a r o j a y l a n e g r a c o m o l o h a c a n l o s i m p r e s o r e s d e

l a p o c a . R e c o r d e m o s l a s p o r t a d a s d e P e d r o O c h a r t e , e n 1 5 6 5 , a l C o n -

f e s i o n a r i o B r e v e d e F r a y A l o n s o d e M o l i n a o a l P s a l t e r i o d e 1 5 8 4 .

L a s m o n j a s q u i s i e r o n a d e m s d e j a r u n a c o n s t a n c i a d e l a e x i s t e n c i a

f s i c a d e S o r M a r a M a g d a l e n a p o n i e n d o e n e l m a n u s c r i t o c o n v e n t u a l

u n r e t r a t o f i e l o i m a g i n a r i o d e e l l a e n w a s h g r i s y n e g r o .

L a e n c a r g a d a d e c o p i a r l o s o r i g i n a l e s e s c r i b i a m a n e r a d e i n t r o -

d u c c i n e s t a s p a l a b r a s : " E s t u v o e n c a m a c u a r e n t a y c u a t r o a o s y t r e s

m e s e s e j e r c i t a d a c o n t r a b a j o s , e n f e r m e d a d e s , t e m b l o r e s y r e g a l o s d e

s u D i v i n a M a j e s t a d ; m a n d r o n l e s u s c o n f e s o r e s fues~ e s c r i b i e n d o s u

v i d a y l o s p a r t i c u l a r e s r e g a l o s q u e d e c o n t i n u o r e c i b a d e N u e s t r o

S e o r J e s u c r i s t o . "

E s t a o b r a n o s i n i c i a e n e l c o n o c i m i e n t o d e l a m s t i c a f e m e n i n a

n o v o h i s p a n a . E n e l l a e n c o n t r a m o s y a t o d o s l o s e l e m e n t o s q u e d e s p u s

v e r e m o s a m p l i a m e n t e d e s a r r o l l a d o s e n l o s s i g l o s X V I I y x v m . E l e s c r i t o

s e p r o d u c e p o r l a v a l o r a c i n q u e a s u v i d a m s t i c a d i e r o n s u s c o n f e -

s o r e s , l o s p a d r e s j e s u i t a s J u a n S n c h e z y J e r n i m o R a m r e z . E l p r i -

m e r o f u e u n o d e l o s m s d i s t i n g u i d o s p i o n e r o s d e l a . C o m p a a d e

J e s s e n l a N u e v a E s p a a . E l P . J e r n i m o R a m r e z f u e i m p u l s o r d e l a s

m i s i o n e s j e s u i t a s , a p s t o l d e l o s t e p e h u a n e s y d e l o s t a r a s c o s . A s u

n o t a b l e o b r a e n f a v o r d e l o s i n d g e n a s d e l n o r t e d e M x i c o a a d i

u n a v i d a d e p r o f u n d a o r a c i n y g r a n c o n o c i m i e n t o d e l c o r a z n h u -

m a n o . F u e r e c t o r e n e l C o l e g i o d e S a n I l d e f o n s o .

8

L o s e s c r i t o s d e l a M . M a r a M a g d a l e n a f u e r o n a p r o b a d o s d e s p u s

d e s u m u e r t e p o r l o s p a d r e s , j e s u i t a s t a m b i n , G a s p a r L i m p i a s d e

C a r b a j a l y R e m a n d o M e x a .

L a o b r a s e i n i c i a a s :

E n e l n o m b r e d e l a S a n t s i m a T r i n i d a d . . . , P a d r e , H i j o y E s p -

r i t u S a n t o , D i o s V e r d a d e r o , e n c u y o n o m b r e o b e d e z c o e s t e m a n -

d a t o y o b e d i e n c i a d e m i p a d r e e s p i r i t u a l e l p a d r e J e r n i m o

R a m r e z d e l a C o m p a a d e J e s s y d e l p a d r e J u a n S n c h e z d e

Y s a b e l M u o z , s u l e g i t i m a m u j e r . M s . , B i b l i o t e c a d e l a U n i v e r s i d a d d e A u s t i n ,

T e x a s . L a t n A m e r i c a n C o l l e c t i o n . N m e r o 1 2 4 4 .

1

G e r a r d D e c o r m e , L a o b r a d e l o s j e s u i t a s m e x i c a n o s d u r a n t e l a p o c a c o l o n i a l .

1 5 7 2 - 1 7 6 7 . M x i c o , R o b r e d o , 1 9 4 1 1 , t . 1 , c a p . 1 ; t . 1 1 , p . 1 7 , 1 8 , 4 2

1

5 2 , 9 9 .

MSTICA y TEOLOGA 321

la misma religin, manifestando el discurso y distribucin del tiempo de mi vida ...

Termina esta especie de prlogo humillndose por sus muchos pe-cados y dando gracias a Dios que con su "gran caridad y misericor-dia" le ha hecho "tantas mercedes".

Por la divina gracia y misericordia de Dios que con ella previno mi alma desde mis tiernos aos, pues desde que tuve uso de ra-zn que supe usar de ella luego, tuve tan grandes deseos de amar a Dios y conocerle y de no emplearme en otra cosa sino en esto, y con estos deseos procuraba huir de los juegos y travesuras que la edad peda ...

Cuenta despus su niez, su amor infantil a la Virgen Mara y en medio del relato surge lo extraordinario en forma tan sencilla que transporta al lector, sin darse cuenta, de lo natural a lo sobrenatural, que es el mundo para el cual ella vive ya. As hablando de su devo-cin a la madre de Dios dice: "Si encontraba una florecita o una cosa de olores, iba luego y se la presentaba a la Virgen, cuya imagen de bulto tena en la recmara. Y ella me ense a rezar el Salterio en tiempos".

Nos declara con esto algo extraordinario: que fue la misma Virgen Mara en persona, quien le ense a rezar esa alabanza.

Y aade a rengln seguido, sin dar mayor importancia al hecho de su ntima comunicacin con lo sobrenatural, una frase que vincula su actividad religiosa con su vida de nia: "aunque estuviera en mis jue-gos, todo lo dejaba e iba luego con esta Seora".

As pasa los primeros diez aos de su vida, pero despus dice:

Luego me dio tan gran deseo de deprender a leer para saber de esta Madre ma y de Dios que con muchas veras y cuidado lo ejercitaba ... Y sabiendo ya leer todo lo ms del tiempo que yo poda entre da gastaba en leer ...

Tena entonces entre los libros que fueron sus predilectos el de Ja pasin de Cristo del P. Gaspar Loartes J., el de Nuestra Seora del Rosario y el Flos Sanctorum. Este tipo de obras aument sus deseos de retirarse de la vida mundana para poder en soledad pensar en Dios como lo haban hecho los santos, y as lleg a planear el esca-parse de su casa.

Pero no logrndolo se refugi en la oracin segn lo que escribe: "pedale a Dios con grande ahnco me llevase a un desierto y me

3 2 2


s a c a s e e n t r e t a n t o b u l l i c i o d e l m u n d o " . S u v i d a i n f a n t i l y s u p a s o

a l a a d o l e s c e n c i a t r a n s c u r r e n e n m e d i o d e l a c o n s c i e n t e y c r e c i e n t e

p r i m a c a q u e v a d a n d o a l a s c o s a s d e l S e o r s o b r e l a s d e l m u n d o .

A l a o r a c i n , l e c t u r a s y c o m u n i n f r e c u e n t e a a d e s a c r i f i c i o s p a r a

d o m i n a r s u s n a c i e n t e s p a s i o n e s " m e p o n a s i l i c i o s y a y u n a b a t o d o s

l o s d a s q u e p o d a , v s p e r a s d e N u e s t r a S e o r a ' ' , d i c e .

: E s t a s e s c u e t a s d e s c r i p c i o n e s n o s v a n i n t r o d u c i e n d o r p i d a m e n t e a

s u a u t o b i o g r a f a e s p i r i t u a l , e n l a q u e s e v e c o n t o d a c l a r i d a d e l

g e r m i n a r d e u n a m s t i c a .

A u n q u e d e s d e m u y p e q u e a q u i s e e n t r a r a l r e t i r o d e l a v i d a

m o n s t i c a , n o l o l o g r h a s t a d e s p u s d e c u m p l i r l o s q u i n c e

a o s , e n t r a n d o a l r e c i n f u n d a d o c o n v e n t o d e S a n J e r n i m o d e

l a c i u d a d d e M x i c o e l 2 2 d e j u l i o d e 1 5 9 0 , d a d e S a n t a M a r a

M a g d a l e n a .

P o r m e d i o d e l a s e n s e a n z a s d e l a m a e s t r a d e n o v i c i a s f u e c o n o -

c i e n d o m s y m s e s e c a m i n o a p e r f e c c i n p o r e l q u e d e s e a b a a n d a r

p a r a u n i r s e a D i o s . P r o f e s e l a o d e 1 5 9 1 .

A q u e l d a - e x p l i c a - f u e r o n t a n t o s l o s f a v o r e s y m e r c e d e s q u e

S u M a j e s t a d h i z o a m i a l m a u n i n d o l a c o n s i g o , q u e t o d a e s t a b a

t r a n s f o r m a d a e n E l y t a n e n r i q u e c i d a d e d o n e s c o n l o q u e p o -

s e l a q u e m e p a r e c a a m n o v i v a e n e s t a v i d a m o r t a l , p o r q u e

n i e n l o q u e h a c a n i t r a t a b a n o e r a n s i n o c o s a s d e l c i e l o s e g n

e s t a b a y l o m s q u e m i a l m a p a s n i e s p o s i b l e y o l o p u e d a

d e c i r c o m o e l l o f u e . . .

S u o r a c i n m e n t a l s e i n t e n s i f i c a e s t a n d o e n e l c o n v e n t o y c o n e l l a

s u c a p a c i d a d d e a b s t r a c c i n ; e n u n o d e s u s r e l a t o s s o b r e l a m e d i t a -

c i n q u e h a c a s o b r e l o s d i f e r e n t e s e p i s o d i o s d e l a P a s i n d e C r i s t o

d i c e :

. . . e m p e z a n d o a m e d i t a r l u e g o m e q u e d a b a e l a l m a a h p a r a d a

e n a q u e l l a p r e s e n c i a d e D i o s , c o n t a n t a p a z y q u i e t u d , g o z a n d o

d e a q u e l l o s f r u t o s d e l a P a s i n , s i n p o d e r p a s a r a d e l a n t e y d e

e s t a m a n e r a e s t a b a t o d o e l t i e m p o q u e e s t a b a e n o r a c i n . . .

S a b i e n d o q u e e l c a m i n o a l a p e r f e c c i n q u e p r e t e n d e e s d e a b n e -

g a c i n t o t a l a u n d e l o l e g t i m o l o a c e p t a . - D e e l l o n o s c u e n t a : " [ i n v i -

t m e ] l a m a e s t r a a h a c e r u n a m o r t i f i c a c i n y s i n t i n d o l o m u c h o ,

r e p u g n n d o l e a l a n a t u r a l e z a , m e h i c e f u e r z a y l o h i c e , c o n s i d e r a n d o

c u n t o m a l p a s N u e s t r o S e o r p o r m " . Y a r e n g l n s e g u i d o a a d e :


"estando en esta consideracin vide con los ojos corporales y espiri-tuales a Cristo con la cruz a cuestas".

En el prrafo siguiente nos relata otro hecho semejante al anterior: "para tener oracin y quietud me met al coro y estando en mi ora-cin, vide con los ojos del cuerpo y alma un nio Jess de pequea edad, ya cuando me abalanzaba a tomarlo se me desapareci, me qued una gran alegra de volver a ver este nio que tanto me haba llevado tras s mi alma".

Estas visiones de "los ojos espirituales'' son aquellas que los ms-ticos definen como un ver con los ojos del alma.

A los dos aos de su ingreso al convento enferm de la garganta; la enfermedad progres hacindosele unas lceras.

La descripcin del progreso de esta enfermedad y sus manifestacio-nes externas nos hacen pensar que tuvo fiebre reumtica y corea. Para desgracia suya y horror nuestro los tratamientos mdico-quirr-gicos que se le dieron sin tomar en cuenta su juventud, 16 aqs, ni el dolor y el destrozo de su cuerpo, no solo no podan curarla sino que la destruyeron fsicamente dejndola por el resto de su vida, 44 aos, invlida en la cama.

Primero fueron remedios caseros, luego llegaron los facultativos que ordenaron "sudores", despus "unciones", cosas ambas que la de-bilitaron, y viendo que no se aliviaba le "sangraron" los :1;11uslos "para que saliera el azogue" y quemaron las heridas hechas con cuchillo ardiente; cosa semejante se le hizo despus en los brazos. No con-tentos con esto decidieron aplicarle lo que llamaban "botn de fuego en la mollera". Este tratamiento lleg a tal extremo de brutalidad que, segn confiesa, la puso "en riesgo de perder el juicio".

Y todava la torpe priora, no comprendiendo que padeca corea, sino dictaminando que sus temblores eran histricos, la hizo azotar en repetidas ocasiones; ms an hizo llamar al prelado doctor Ca-dena, "persona muy docta y muy atenta", para que la exorcizase por endemoniada.

Pero no fue as. Al hablar con ella pudo descubrir que se trataba de una joven enferma en el cuerpo y extraordinaria en el espritu. Sin embargo aun tuvo que soportar por aos a aquella superiora que no aceptando el continuo movimiento que le produca en el cuerpo la enfermedad, la tildaba de loca y no le permiti comulgar durante un ao. Con el tiempo logr restablecerse un poco, hasta lograr po-nerse en pie, aunque nunca volvi a caminar. Empero la carencia de salud corporal tiene para ella un lugar secundario, lo importante es la vida de su espritu.

El relato que hace de su vida monjil presenta dos aspectos dife-

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r e n t e s q u e s e a l a c o n t o d a s e r e n i d a d : u n o e s e s a a c t i v i d a d q u e t i e n e

d i a r i a m e n t e e n s u c a m a d e e n f e r m a , y e l o t r o , e s a v i d a i n t e r i o r d e

r e l a c i n n t i m a c o n D i o s . C o n s u e s p o n t n e a s i n c e r i d a d d i c e :

P u e s c o n l a g r a c i a d e D i o s , q u e c o n s u f a v o r m e a y u d a e n a m a -

n e c i e n d o m e d e s p i e r t o l u e g o , m e o f r e z c o a S u M a j e s t a d t o d a m i

a l m a y c o r a z n y p o t e n c i a s y s e n t i d o s y l e s u p l i c o a n u e s t r o

S e o r o b r e e n m s e g n s u s a n t a v o l u n t a d . . .

D e s p u s r e z a , l u e g o s e c u r a l a s l l a g a s q u e t i e n e e n s u s e d e n t e c u e r -

p o y e n s e g u i d a i n i c i a l a s a c t i v i d a d e s q u e s u c o n d i c i n d e i n v l i d a

l e p e r m i t e n , t e n i e n d o p r e s e n t e q u e v i v e e n u n a c o m u n i d a d .

E l l a m i s m a l o d e m u e s t r a c u a n d o d i c e q u e a d i a r i o s e d e d i c a a

e n s e a r l a d o c t r i n a c r i s t i a n a a t o d a s l a s m o z a s d e s e r v i c i o q u e

q u i e r e n a p r e n d e r l a . D e s p u s d e e s t o d i s p o n g o t o d o l o n e c e s a r i o

p a r a e l s e r v i c i o d e m i s n e c e s i d a d e s y d e l a s h e r m a n a s q u e c o n -

m i g o e s t n , q u e e n e s t o g a s t o a l g u n a m e d i a h o r a , d e s p u s t e n g o

l a o t r a m e d i a h o r a d e l a l e c c i n e s p i r i t u a l e n l a p a s i n , v i d a s

d e s a n t o s , q u e s t a s m e a l i e n t a n y a n i m a n m u c h o a p a d e c e r m s

y m s . . . l e o l i b r o s d e e j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s , y d e s p u s d e e s t a

l e c c i n h a g o o b r a d e m a n o s , p o r q u e a s p o r s e r v o l u n t a d d e

D i o s , c o m o p a r a a y u d a r a m i s h e r m a n a s a g a n a r p a r a l o m e -

n e s t e r p o r n o t e n e r l o y s e r p o b r e , o p o r q u e n o p u e d o e s t a r o c i o -

s a , m e o c u p o e n e l l o h a s t a l a s d o c e o l a u n a , q u e e s l a h o r a

o r d i n a r i a d e t o m a r a l g n s u s t e n t o n e c e s a r i o . D e s p u s d e e s t o

v u e l v o a l a l a b o r d e m a n o s y l e c c i n e s p i r i t u a l , o t r a t a m o s d e

D i o s u n p o c o l a s q u e e s t a m o s j u n t a s y p a r a t o d a s l a s q u e q u i e -

r e n e s t o o t r a t a r m e s u s n e c e s i d a d e s , l a s r e c i b o c o n g r a n a m o r

y v o l u n t a d . A t o d a s l a s p e t i c i o n e s d e l o s t r a b a j o s y n e c e s i d a d e s ,

d e t o d a s l a s q u e m e e n c o m i e n d a n , a c u d o c o n e l l a s a S u M a j e s -

t a d . . . A l a s s e i s d e l a t a r d e q u e a l z o l a l a b o r , v u e l v o a m i o r a -

c i n . . . A l a n o c h e d e s d e e s t a h o r a t o m o a l g n b o c a d o . . . D e s d e

l a s n u e v e h a s t a l a s d i e z l e o e n o t r o s l i b r o s y s i n o p u e d o o i g o

l a l e c c i n . Y t o d o e s t o n o a t o d a s v e c e s .

L u e g o n o s r e l a t a q u e s l o q u e i n t e r r u m p e e s a a c t v i i d a d d e - s u s

c l a s e s , s u s l e c t u r a s y s u l a b o r d e m a n o s , p e r o l o h a c e c o n l a m i s m a

s i m p l i c i d a d c o n q u e h a r e l a t a d o c m o c u r a l a s l l a g a s d e s u s e d e n t e

c u e r p o , a u n q u e s e t r a t a d e l o s o b r e n a t u r a l , d e s u s a r r e b a t o s m s t i c o s .

A s a a d e e n s e g u i d a :

. . . p o r q u e l o s d e m s d a s c u a n d o S u M a j e s t a d e s s e r v i d o d e

h a c e r m e m e r c e d , e s t o y e n u n a p r o f u n d i d a d d e r e c o g i m i e n t o t a n


interior que no puedo usar de estos ejercicios sino de los muy necesarios, y stos sin salir un punto de lo interior, hay das y muchos que estoy tan fuera de m y tan transportada gue me parece que no vivo en carne mortal. Los modos de oracin que Su Majestad me comunica, son muchos y tan interiores que no los entiendo y sera imposible yo manifestarlo como ello pasa, que a veces ni aun sentimiento no tengo en mi alma de aque- . llas grandezas que Su Majestad me comunica, que slo pudiera decir que entraba en la bodega y era embriagada sin saber cmo. A lo que slo puedo decir es que algunas veces estando en esto ponindome en la presencia de Dios que aunque procuro no faltar de sta jams, en las horas retiradas me enviste Su Ma-jestad con una como luz aunque no muy clara y de tan gran suavidad de olores tan perfectos, as interiormente como exte-riormente, que si todos los del mundo quisieran, all los exce-diera, que aquellos mismos suspenden mis sentidos interiores y exteriores, con una paz y suavidad muy grande.

Otra vez me sucede que en recogindome a oracin, que sien-to la presencia de Dios, me derraman por todo mi cuerpo y mis huesos un suavsimo licor y como.a modo de "fuego muy ardiente que en vivas llamas se arde mi corazn y con esto quedo ena-jenada de mis potencias y aqu las veces que Su Majestad es servido me hace particulares mercedes.

La profundidad y la hermosura de estos prrafos msticos conmue-ven por su espontnea sencillez y por la autenticidad vital que en-cierran. En ellos Mara Magdalena se presenta ya como una mstica completa.

A quien est familiarizado con la literatura del Siglo de Oro no le costar trabajo descubrir en slo este prrafo los mismos elementos constitutivos de la ms limpia mstica castellana de aquellos tiempos.

Acta desde su cama de enferma, pero sin perder ese recogimiento interior del espritu que la lleva a vivir: "tan fuera de m y tan transportada, que me parece que no vivo en carne mortal".

Su unin con Dios es cada da mayor. En esa oracin interior en que ella vive, ocurren muchas cosas que trata de ex;licar, pues est obligada a ello, pero no puede hacerlo con claridad porque esas grandezas que Su Majestad le comunica trascienden las posibilidades humanas y entonces, con la sencillez que le es propia, rec;urre a un smil diciendo: "que slo pudiera decir que entraba en la bodega y era embriagada sin saber cmo". Al decirlo nos recuerda aquellos ver-

Envuelve, cubre o reviste.

3 2 6


s o s b b l i c o s q u e g l o s a S a n J u a n d e l a C r u z : " Y e n l a b o d e g a d e l a m a -

d o b e b . . . "

A l o q u e a a d e d e s p u s e n o t r o b e l l s i m o p r r a f o e n q u e n o s d e s -

c r i b e c m o l a " e n v i s t e " l a g r a c i a d e D i o s c o n u n a l u z q u e t i e n e 0 1 0 -

r e s q u e e x c e d e n a t o d o s l o s p e r f u m e s d e l a t i e r r a , q u e e s l o m i s m o

q u e d e c i r u n a l u z q u e e m b r i a g a t o d o s l o s " s e n t i d o s i n t e r i o r e s y e x t e -

r i o r e s " . Y l o s s u s p e n d e e n u n x t a s i s e n e l q u e e l a l m a e n c u e n t r a l a

p a z . E s t e m o d o d e h a b l a r e s u n a e x p r e s i n e x a c t a d e l h e c h o , e n e l

l e n g u a j e d e l a p o c a , c l a r o y p r e c i s o . L a d o c t o r a d e A v i l a h a d e f i n i d o

e s t o m i s m o r e p e t i d a s v e c e s c o m o m p e t u g r a n d e d e a m o r q u e v i e n e

d e D i o s s o b r e e l a l m a y q u e l a d e j a " c o m o e m b o b a d a " .

4

P r o f u n d i z a n d o m s e n e l m i s m o t e m a , e n e l p r r a f o s i g u i e n t e , M a -

r a M a g d a l e n a n o s h a b l a d e e s e l i c o r q u e c o m o f u e g o m u y a r d i e n t e

s e d e r r a m a s o b r e e l a l m a q u e e n v i v a s l l a m a s a r d e e l c o r a z n y l e d e j a

e n a j e n a d a s l a s p o t e n c i a s . A l o q u e l a e x p e r i m e n t a d a m a e s t r a S a n t a

T e r e s a a a d e : " o t r a s v e c e s d a t a n r e c i o " q u e " n i n a d a n o s e p u e d e

h a c e r q u e c o r t a t o d o e l c u e r p o ; n i p i e s n i b r a z o s n o p u e d e m e n e a r ,

a n t e s s i e s t e n p i e , s e s i e n t a . . . "

P e r o e n e s t e d i f c i l y p e l i g r o s o c a m i n o d e l a m s i t c a l o s q u e v a n

p o r l n o g o z a n s i e m p r e d e e s o s f a v o r e s . H a y m o m e n t o s e n q u e e l

a m a d o d e s u c o r a z n s e - a u s e n t a . P o r e s o S a n J u a n d e l a C r u z d e s c r i b e

e s e m o m e n t o e n s u c n t i c o e s p i r i t u a l d i c i e n d o :

A d n d e t e e s c o n d i s t e

a m a d o y m e d e j a s t e c o n g e m i d o ? ,

c o m o e l c i e r v o h u i s t e

h a b i n d o m e h e r i d o ;

s a l t r a s t i c l a m a n d o

y e r a s i d o .

Y M a r a M a g d a l e n a , d e s d e s u e n c i e r r o e n e l c o n v e n t o d e S a n J e r -

n i m o , e s c r i b e :

A h o r a m u c h o t i e m p o h a m e h a p u e s t o S u M a j e s t a d e n u n m o d o

d e o r a c i n m u y t r a b a j o s o y d e m u y g r a n d i f i c u l t a d y e s q u e e n

t r a t a n d o a n u e s t r o S e o r e n o r a c i n q u e m e h a c e d e s u s a c o s -

t u m b r a d a s m e r c e d e s , y c u a n d o s t a s s o n m s s i n g u l a r e s y m a -

y o r e s y q u e m i a l m a m s s e g o z a e n e l l a s y l e t e n g o m s p r e s e n t e

e n u n i n s t a n t e , a p u n t o a b s c o n d e S u M a j e s t a d y m . e d e j a e n u n

g n e r o d e t i n i e b l a s y o s c u r i d a d y m e d e s a m p a r a d e t a l m a n e r a

S a n t a T e r e s a d e J e s s , " S u v i d a ' ' , e n O b r a s C o m p l e t a s , M a d r i d , E s p i r i t u a l i -

d a d , 1 9 6 2 , c a p s . 1 - X X I X , p p . l - 3 9 1 .


que todo se acaba para m, el cielo es de bronce, ni Dios parece me or, ni s llamarle, ni en mi interior hay tan slo un buen pensamiento.

Entonces se queda en las tinieblas de la "noche oscura del alma" y aade:

Todos los demonios se embocan y el infierno se auna contra m, todos mis apetitos y pasiones parece que en m resucitan y las tentaciones que mi enemigo me trae son muchas y muy terribles y las que ms me apuran es una desesperacin y desconfianza de mi salvacin y de la misericordia de Dios que me parece se acaba todo para m y que no hay Dios ni he sabido de cosas suyas segn mi alma est apurada, y de esta manera tambin aprieta Su Majestad los cordeles de las enfermedades y grandes dolores que a mi parecer no s si sern mayor las penas y tor-mentos del infierno que stos.

A la noche sigue el da y vuelve a relatarnos en decenas de pginas esa relacin amorosa con Dios en que se ve favorecida de modo extra-ordinario. Nos habla de dos modos de oracin: el coloquial y el de contemplacin. Ella no se pone a definir lo que es cada uno, pero lo explica al relatar sus vivencias en los dos modos.

En el coloquial, pone su mente en Dios e inicia con El un coloquio o conversacin que la boca calla mientras el alma habla. Por ejemplo dice:

Otra vez estando en oracin de coloquio con unos ardientes deseos de amar a Dios y unir mi alma con l me suspend y en ella me llevaron el alma en una soledad o campo muy grande lleno todo de lirios muy olorosos y estando mi alma deleitn-dose en esto, v a Cristo como cuando andaba en el mundo ... y en viendo mi alma esto, se iba tras el Seor con tan gran an-sia y fervor que me pareca a m se me arrancaba del cuerpo y en estas ansias se me desapareca. Y vuelta de esta suspensin, fueron muchos los regalos y mercedes que Su Majestad me co-munic y los afectos que me quedaron de amarle y servirle con muchas veras.

De otra oracin coloquial dice:

.... estando ofrecindome al Padre Eterno y al corazn sant-simo de su Hijo y Santsima Madre en sacrificio y el mo pidin-

Arrebato mstico.


d o l e m e d i s p u s i e s e p a r a l a c o m u n i n , d e s p u s d e h a b e r c o m u l -

g a d o q u e d s u s p e n s a y e n e l l a s e n t l a p r e s e n c i a d e D i o s e n s u

d i v i n i d a d y a p a r e d a s e m e y v c o n l o s o j o s d e l a l m a u n a f u e n t e

m u y c r i s t a l i n a . y r e s p l a n d e c i e n t e e n p r e s e n c i a d e a q u e l l a d i v i -

n i d a d , d e d o n d e v e a y o e m a n a b a n u n a s a g u a s c r i s t a l i n a s y c o n

m u c h o s r e s p l a n d o r e s m e c u b r a n t o d a e l a l m a y l a s e n t t o d a

t r a n s f o r m a d a e n a q u e l l a p r e s e n c i a d e D i o s e n d i v i n i d a d d e l a

c u a l m e c o m u n i c m u y g r a n d e s r e g a l o s y c o n s u e l o s d e l c i e l o u n o s

f e r v i e n t e s a f e c t o s d e a m o r , a r r e p e n t i m i e n t o d e m i s c u l p a s y p e -

c a d o s d e s e a n d o h a c e r m u y g r a n p e n i t e n c i a .

E s t a r e a c c i n q u e s i g u e a l a r r e b a t o d e e s p r i t u d e a m a r m s , d e

h a c e r m s p e n i t e n c i a , d e t o m a r c o n c i e n c i a d e l a p e q u e e z h u m a n a

f r e n t e a D i o s l a v e r e m o s i g u a l e n t o d a s l a s m s t i c a s m s a d e l a n t e .

E n l a o r a c i n d e c o n t e m p l a c i n , e l a l m a n o d i a l o g a , s i n o q u e g u a r -

d a s i l e n c i o , v e a m o s c o m o l a v i v e e l l a :

O t r a v e z u n d a d e c o m u n i n e n o r a c i n d e c o n t e m p l a c i n m e

q u e d s u s p e n s a y e n e l l a s e n t q u e m e l l e v a b a n e l a l m a a u n a

p r o f u n d i d a d y s i l e n c i o y e s t a n d o e n s t e a m a n d o y d e s e a n d o a

D i o s v i c o n l o s o j o s d e l a l m a , c o n o b j e t o y s i n o b j e t o , q u e m e

p r e s e n t a b a n u n a c o n c h a y d e n t r o d e e l l a l a S a n t s i m a T r i n i d a d

q u e a u n q u e d i s t i n t a m e n t e n o v e a y o l a s t r e s p e r s o n a s ; m a s e n

l a d i v i n i d a d l e s v e a y c o n o c a y e n e s t a v i s t a i n t e r i o r p a r e c a

s e m e a b r a s a b a e l c o r a z n e n u n a r d i e n t e a m o r y d e s e o d e a m a r

a D i o s o f r e c i n d o l e m i c o r a z n a c a d a p e r s o n a d e l a S a n t s i m a

T r i n i d a d y p i d i n d o l e m e c o m u n i c a s e n s u g r a c i a y a m o r p a r a

a m a r l e , s e m e d e s a p a r e c i e s t a v i s i n y v u e l t a d e e s t a s u s p e n s i n

q u e d c o n m u c h o s a f e c t o s d e a m a r a D i o s y c o n u n p r o f u n d o

c o n o c i m i e n t o a m i s p e c a d o s .

E n o t r a o c a s i n h a b l a e n e s p e c i a l d e l E s p r i t u S a n t o a q u i e n e n

u n a v i s i n v e c o m o u n a p a l o m a c u y a s a l a s f o r m a n c o n c h a s d o r a d a s

y c u y o p i c o e s c o l o r d e f u e g o . A s s u s v i s i o n e s s e r e n u e v a n , u n a s s o n

l a s f u e n t e s d e a g u a s v i v a s , o t r a s e l t r o n o d e D i o s , l o s r a y o s d e l u z , l a

" b o l a m u y g r a n d e d e u n o r o m t i y . e n c e n d i d o c o m o u n a r d i e n t e f u e g o "

c u y a v i s t a l e a r r e b a t a b a e l a l m a , o b i e n " u n a b a l a d e c r i s t a l m u y

p u r a y b l a n c a " d e l a q u e " s a l a n u n o s r a y o s c o m o d e l s o l m u y a r -

d i e n t e " q u e l a e n v i s t e n y l a d e j a n " a b s o r t a y t r a n s f o r m a d a e n e l l a " ,

d e j n d o l a c u a n d o v u e l v e d e a q u e l l a " s u s p e n s i n d e e s p r i t u " " c o n

u n a g r a n d e a l e g r a y p a z , c o n u n o s a f e c t o s d e a m a r a D i o s m u y d e -

v e r a s y d e n o o f e n d e r l e e n n a d a " .

H u b o u n a o c a s i n e n q u e e s a " s u s p e n s i n d e e s p r i t u " o a r r e b a t o

m s t i c o l e d u r q u i n c e d a s e n m e d i o d e l a a n g u s t i a d e l a s m o n j a s


que, no sabiendo como volverla en s, discurrieron dice: "darme msica y cantando cosas de Dios aquella meloda me hizo volver de aquella suspensin con una muy gran paz y quietud y alegra de mi alma".

En esas sus continuadas oraciones no olvida a los que a ella se encomiendan. Reza por los vivos y por los difuntos, por los enfermos, por los que tienen problemas de la ndole que sean, por las elecciones en su convento, por la necesidad de la Iglesia; del gobierno y aun por los daos que todos creen traer a la ciudad la cometa "que se ha visto tantas veces".

Lo interesante en esto es comprobar el aprecio que la sociedad hace de su vida y el valor que le da como intercesora delante de Dios.

Sigue cumpliendo la orden de los directores. Su pluma llena p-ginas y pginas, pero un da cuando termina de relatar el gozo que tiene por haber visto subir al cielo "muy resplandeciente y linda" a una nia que haban encomendado a sus oraciones, el documento se interrumpe. . . Sor Mara Magdalena de Lorravaquio no escribe ms. Ella que tanto saba de Dios "y sus favores", tena miedo a las angustias de la muerte, pero Dios le hizo un favor ms. El sbado 19 de enero de 1636, a las 10 de la maana mientras oraba y su esp-ritu se hallaba suspendido en el Seor, su corazn dej de latir.

El copista de estas ntimas confesiones, que constituyen su obra mstica, slo aadi Laus Deo.

LA VENERABLE SOR MARA D_E JESS ToMELN (1574-1637) Y SOR AGUSTINA DE SANTA TERESA

Mencionamos ya en nuestro estudio de las bigrafas a la madre Agus-tina de Santa Teresa, concepcionista poblana del siglo XVII. Su caso es sui gneris en la Nueva Espaa dentro de este tipo de literatura, pues sin ser ella quien tenga los arrebatos msticos, ni quien llegue en la oracin a los xtasis donde los sentidos son ya inadecuados para el objeto que pretende alcanzar, donde el alma sola entra en- ntima relacin con Dios, es quien la escribe, relatndola con toda fidelidad, como la secretaria, confidente, amiga, compaera y concubilaria de la venerable Mara de Jess, monja tambin del convento de la Con-cepcin.

Esta venerable madre fue la primera criolla notable de la Nueva Espaa para los escritores que en aquellos siglos se ocuparon de ella. El bachiller Francisco Par?o, e11 las primeras pginas de la biografa que escribe en 1676, dice:

3 3 0


S a l g a y a f e l i z m e n t e a l u z e n e s t e R e i n o d e l a N u e v a E s p a a , n o

s l o l a l u m b r e m s h e r m o s a d e l o s c i e l o s M a r a I n m a c u l a d a ,

s i n o t a m b i n M a r a d e J e s s , p r e n d a d e o r i g e n l i m p i o d e l a m a -

y o r p u r e z a , p a r a q u e s e d e s c u b r a n l a s g r a n d e z a s d e l c r i a d o r y

s e m a n i f i e s t e n l a s n o t i c i a s , q u e h a s t a a q u s e o c u l t a b a n , l a v i d a

s i n g u l a r d e e s t a e s p o s a d e C r i s t o . . . E s c r b a n s e l a s e x c e l e n c i a s

d e u n a t a n r a r a c r i a t u r a , m a n i f i s t e n s e a l a t i e r r a s u s p e r f e c -

c i o n e s . . . R e f i r a n s e p o r e s c r i t o t a n s u b l i m e s p r e n d a s , t a n t a s

b i e n s u f r i d a s t r i b u l a c i o n e s , t a n t a s a c r i s o l a d a s f i n e z a s y t a n t a s d e

C r i s t o y s u M a d r e a e s t a V i r g e n d i c h o s a c o n t i n u a d a s c a r i c i a s .

(

E s c r b a s e t o d o e s t o e n e l R e i n o y t e r r i t o r i o d e l a N a c i n O c c i -

d e n t a l p a r a q u e l a s p o b l a c i o n e s , q u e e s t n e n e l o c a s o , l a p o p u -

l o s i d a d d e l o s i n d i o s q u e s e m i r a n a l o c c i d e n t e , l o s n a t u r a l e s

d e l t r m i n o d e l o r b e , l a p l e b e N e f i t a y r e c i n p r o d u c i d a d e l

g r e m i o d e l a I g l e s i a a l a l u z d e l a g r a c i a y l a n o b l e z a , c a l i f i c a d a ,

l o s n o m b r e s c l a r o s d e l n u e v o m u n d o , c e l e b r e n l a s o b r a s i n e f a -

b l e s q u e e l p o d e r i n f i n i t o o s t e n t e n u n a c a n d i d e z p u r a y e s p e -

c i a l m e n t e l a P u e b l a . . . l o s n a c i d o s e n e s t a N u e v a E s p a a . E s t o

e s l o s c r i o l l o s d e l a s I n d i a s d e n a D i o s p e r p e t u a s a l a b a n z a s p o r

l o m u c h o q u e f a v o r e c i a e s t a p r i m o g n i t a h i j a d e M a r a S a n -

t s i m a . . . 1 1 s i n g u l a r p o r t e n t o d e l N u e v o M u n d o .

A l g u n o s a o s d e s p u s , e n 1 6 8 3 , e l l i c e n c i a d o D i e g o d e L e m u s p u -

b l i c e n L e n , E s p a a , o t r a b i o g r a f a e n l a q u e d i c e q u e s i s e c o n o -

c i e r a n e n E s p a a l o s . v a l i o s o s m r i t o s d e M a r a d e J e s s " n o s l o

t r i b u t a r a d e l a N u e v a E s p a a a l a a n t i g u a l o p r e c i o s o d e s u s m e t a -

l e s , s i n o q u e l a e n r i q u e c e r a c o n e l o r o d e t a n c e l e s t i a l e s e j e m p l o s " . 7

E n 1 7 5 6 e l p a d r e f r a y F l i x d e J e s s M a r a p u b l i c e n R o m a o t r a

b i o g r a f a d e l a m a d r e M a r a d e J e s s e n l a c u a l , c o m o p o s t u l a d o r

q u e e r a d e c a u s a d e c a n o n i z a c i n , e x p r e s a s u s d e s e o s d e q u e A m r i c a

t e n g a n u e v o s h o n o r e s a l c o l o c a r s e a M a r a d e J e s s e n l o s a l t a r e s .

R e c u e r d a q u e l o s p r i m e r o s l o s t u v o c o n R o s a d e L i m a y d i c e : " N o

m e n o s e s p e r a m o s q u e e l p r i m e r o l o r d e J e s u c r i s t o e n l a S e p t e n t r i o n a l

A m r i c a l o e x h a l e l a s e g u n d a R o s a c o n l a s m i s m a s f r a g a n c i a s d e l a

F r a n c i s c o P a r d o , V i d a y v i r t u d e s h e r o i c a s d e l a M a d r e M a r i a d e J e s s , r e l i -

g i o s a p r o f e s a e n e l C o n v e n t o d e l a L i m p i a C o n c e p c i n d e l a V i r g e n M a r i a e n l a

c i u d a d d e L o s A n g e l e s , M x i c o , I m p . p o r l a v i u d a d e B e r n a r d o C a l d e r n , 1 6 7 6 .

F r a n c i s c o P a r d o , o p . c i t . P r l o g o , s / p .

D i e g o d e L e m u s , V i d a , v i r t u d e s , t r a b a j o s , f a v o r e s y m i l a g r o s d e l a V e n e r a b l e

M a d r e S o r M a r t a d e J e s s , a n g e l o p o l i t a n a r e l i g i o s a , e n e l i n s i g n e c o n v e n t o d e l a

L i m p i a C o n c e p c i n d e l a C i u d a d d e l o s A n g e l e s e n l a N u e v a E s p a a y n a t u r a l

d e e l l a . . . , L e n , a c o s t a d e A n i s s o n y P a s c u a l , M D C L X X X I I I .


primera, el candor de nuestra venerable, a quien el candor, inocencia y simplicidad simbolizan candidsima azucena". Y aade en ampu-loso prrafo: "En las columnas de Salomn se enlazaban las azucenas con las rosas: que gloria ser de ambas Amricas, cuando en aquellas columnas, que son las armas de aquel nuevo y ms dilatado Orbe, vengan a unirse por la meridional, una rosa, y por la septentrional, una azucena". s

En 1683 Andrs Senz de la Pea public, segn Beristin, una obra titulada Vida de la venerable madre Mara de Jess, Angelo-politana religiosa profesa del convento de la Concepcin de Puebla de los Angeles.9 Desgraciadamente no la hemos localizado.

De esta mujer novohispana se ocuparon, adems de los bigrafos citados, los ms ilustres obispos de Puebla. Desde el ilustrsimo Alonso Mota (1606-1625), que orden a Sor Agustina de Santa Teresa escri-bir cuanto indagase de Mara de Jess, siguiendo despus el ilustr-simo Gutierre Bernardo de Quiroz (1627-1634), que tuvo temor a sus escritos y el ilustrsimo don Juan de Palafox y Mendoza (1639-1649), quien la admir tanto que, al ser trasladado a Osma, se llev copia de los escritos de Agustina para que con ellos el ms famoso de los escritores catlicos de la poca, el padre Eusebio de Nieremberg, es-cribiera una biografa. Propsito que la muerte de ste frustr.

Finalmente fue tal la fama pblica alcanzada por Mara de Jess que el ilustrsimo don Diego de Osorio de Escobar y Llamas (1656-1673), en 1661, mand hacer las informaciones para introducir su causa de canonizacin, obra que prosigui en 1695 el ilustrsimo don Manuel Fernndez de Santa Cruz (1676-1699). Pero no slo la Iglesia y la gente culta se interesaron en ella, fue toda la sociedad poblana, es decir, el pueblo todo, el que manifest a travs de las informaciones su inters, su aprecio y su agradecimiento hacia aquella sencilla mu-jer de quien se consider favorecido y a quien vener como protec-tora de la ciudad de los ngeles.

Pues bien, ninguna biografa de Mara de Jess podra haberse escrito sin la obra que contiene toda la informacin de su vida ms-tica: los escritos de Agustina de Santa Teresa. A su obra entraron a saco todos, desde el primer bigrafo, Francisco Pardo, hasta Flix de Jess, sin darle ms valor que el de una fuente de informacin, pero sin ocurrrseles publicarla.

1 Flix de Jeslls Maria, Vida, virtudes y dones sobrenaturales de la Venerable sierva de Dios la madre Mar{a de ]esis, religiosa profesa en el monasterio de la Puebla de los Angeles, en las Indias Occidentales, Roma, Imp. Joseph y Phelipe Rossi1 MDCCLVI.

Beristin y Sowa, Biblioteca Hispanoamericana Septentrional, op. cit.

3 3 2


S e d e s c o n o c e q u i n e s f u e r o n l o s p a d r e s d e A g u s t i n a , p o r l o t a n t o

n o s a b e m o s n i s u s a p e l l i d o s . C o n o c e m o s q u e p e r t e n e c a a f a m i l i a

" n o b l e " , n o d e t t u l o , d e l a c i u d a d d e P u e b l a . E s t o n o s l o c o n f i r m a n

l a s m e n c i o n e s q u e a s u p a r e n t e l a s e h a c e n e n l a s b i o g r a f a s d e M a r a

d e J e s s .

D e m u y j o v e n e n t r a l c o n v e n t o d e c a r m e l i t a s d e a q u e l l a c i u d a d ,

e m p e r o n o p u d i e n d o s o p o r t a r l a d u r e z a d e l a r e g l a , a n t e s d e p r o f e s a r

s e c a m b i a l c o n v e n t o d e l a I n m a c u l a d a C o n c e p c i n , q u e e n f e b r e r o

d e 1 5 9 3 h a b a f u n d a d o e l l i c e n c i a d o L e o n a r d o R u i z d e l a P e a .

N o f u e A g u s t i n a e n u n p r i n c i p i o m u y a f e c t a a M a r a d e J e s s ,

p u e s e l c o n t i n u o s i l e n c i o y l a v i s t a b a j a d e s t a l a h a d a n a p a r e c e r

a n t e s u s o j o s n o v i c i o s c o m o i n t r a t a b l e . S i n e m b a r g o , a o s d e s p u s ,

a t r a d a p o r l a s v i r t u d e s q u e e m p e z a d e s c u b r i r e n e l l a , b u s c l a

a m i s t a d .

S e g n t o d o s l o s b i g r a f o s , u n d a o c u r r i e n e l c o n v e n t o a l g o e x -

t r a o r d i n a r i o : u n a h o s t i a c o n s a g r a d a v o l d e l c o p n h a s t a e l l u g a r

d o n d e e s t a b a a r r o d i l l a d a M a r a d e J e s s , q u i e n p o r o r d e n d e u n a

c a p r i c h o s a a b a d e s a n o p o d a a c e r c a r s e a c o m u l g a r . E l h e c h o c o n m o -

v i a l c o n v e n t o y a t r a j o l a i n m e d i a t a e i n q u i s i t o r a m i r a d a d e l o b i s p o ,

q u i e n o r d e n p o n e r c e n t i n e l a d e v i s t a p a r a v i g i l a r s i h a b a i n t e r v e n -

c i n d e m o n i a c a e n e l s u c e s o . E l v i c a r i o d e r e l i g i o s a s , d o c t o r A n t o n i o

C e r v a n t e s C a r v a j a l , b u s c p o r o r d e n e p i s c o p a l a u n a r e l i g i o s a d e l

p r o p i o c o n v e n t o q u e r e u n i e s e " c o n v e n i e n t e s y o p o r t u n a s c u a l i d a d e s

a f i n d e q u e i n f o r m a s e p o r e s c r i t o , s i n r e s e r v a r l a m n i m a c i r c u n s -

t a n c i a q u e n o l e r e g i s t r a s e n a s u s o j o s , ' c o n p o n d e r a c i n m a d u r a y

c a b a l ' " : L a e l e g i d a f u e A g u s t i n a d e S a n t a T e r e s a p o r q u e e n e l l a s e

r e u n a n l a s c o n d i c i o n e s p o r " l o a d e c u a d o d e s u v e r d a d , j u i c i o y

d i s c r e c i n " . 1 0

A g u s t i n a r e c i b i a d e m s d e l a o r d e n d e l o b i s p o u n a i n s t r u c c i n d e l

c o n f e s o r d e M a r a d e J e s s , e l p a d r e M i g u e l G o d i n e s , S . J . , p a r a

q u e c o n f o r m e a e l l a f u e r a e s c r i b i e n d o l a s v i r t u d e s d e s u h e r o i c a c o m -

p a e r a . A c e p t p o r o b e d i e n c i a .

V o y a t r a t a r d e r e c o n s t r u i r l a o b r a p e r d i d a d e A g u s t i n a , r e p r o d u -

c i e n d o l o s t e x t o s q u e s e l e a t r i b u y e n e n l a s d i v e r s a s b i o g r a f a s . E n

( a s p r i m e r a s p g i n a s A g u s t i n a e x p l i c a c m o e m p e z a e s c r i b i r :

Y o c o n c o n t i n u a s o r a c i o n e s , a u n q u e t i b i a s , s u p l i c a b a a n u e s t r o

S e o r , q u e s i d e e s t o s e s e r v a , m e d i e s e s u g r a c i a , y s i n o e r a s u

v o l u n t a d , q u e n o m e d i e r a l u g a r , n i p e r m i t i e r a q u e t a l h i c i e s e ;

" ' F l i x d e J e s s M a r a , o p . c i t . , l i b . 1 , c . a p . x v , p . 6 0 .

E l p a d r e M i g u e l G o d i n e s , j e s u i t a , e s t u v o m u c h o s a o s e n A m r i c a , s i e n d o

a q u d i s t i n g u i d o m a e s t r o y c o n f e s o r d e v a r i a s m s t i c a s .


porque yo, aunque vea que la vida de esta Sierva de Dios era vida santa, nunca tuve tal intento; ltimamente un martes a veinte y nueve de marzo del ao de mil seiscientos, y treinta y tres, habiendo yo comulgado, dije a esta Sierva de Dios, que me encomendase a Su Majestad, que tena una necesidad; y me dijo, que en mi corazn haba visto a nuestro Seor, y le haba dicho que me ayudara: sin decirle yo lo que era.11

Su falta de prctica en escribir y lo arduo del tema mismo hicieron que los principios fueran tan dificultosos a la nueva escritora que dice Flix de Jess Mara:

... al segundo rengln borraba el primero y as de uno a otro vena a tacharse toda la plana. . . Daba principio a nueva hoja y aqu aadiendo y all borrando, formaba un laberinto de caracteres en que no se poda sacar el hilo de los renglones ... y al fin dice su bigrafo, de aquel escrito intrincado de taches, rayas y borrones lo que sac en limpio fue hacerle mil pedazos y hacerse otros tantos su cabeza, aturdida en buscar el modo de poner en escrito sus conceptos.

Hasta que un da, sorprendida en su escondida tarea por Mara de Jess, fue invitada por ella misma a proseguirla dicindole:

Ambas, hija, cumplimos con la obediencia; t con la de el Pre-lado, que te manda, que_ no me manifiestes -nada, y yo con la de Dios, que gusta, que se escriban las maravillas, que por su infi-nita bondad ha obrado, y obra en esta vil criatura: y as bien, puedes proseguir de aqu en adelante sin recelo, pues es volun-tad de Dios, que yo te descubra a ti las mercedes, que me ha hecho, y hace, para que t las escribas.12

La propia Mara de Jess empez a dirigirla en la forma como de-ba hacerlo, ordenndole en primer lugar que no escribiera conforme a los puntos sealados por el padre Godines, sino conforme al estilo que Dios le diera a entender, pues en esta forma le sera fcil hacerlo. Le explic tambin que deba escribir slo la verdad de cuanto le dijese, pues con la verdad todo le sera claro, que su primer error naca de haber escrito cosas "no tan exactas a la verdad", pues Dios no reina en las tinieblas sino en la luz y en la verdad. As, la verdad honradamente vivida y trasladada al papel se vuelve el norte de esta historia.

11 Flix de Jess Mara, op. cit., lib. 1, cap. xv, p. 62. 12 Flix de Jess Maria, op. cit., lib. 1, cap. xv, pp. 60-63.


A p a r t i r d e e n t o n c e s , l a m a n o d e l a s e n c i l l a A g u s t i n a c o r r a s o b r e

~l p a p e l c o n l a m i s m a r a p i d e z q u e d i c t a b a e l e n t e n d i m i e n t o . S u . f u e n -

t e d e i n f o r m a c i n s e h a b a a b i e r t o f r a n c a m e n t e p u e s M a r a d e J e s s

c o m u n i c a b a a A g u s t i n a , s u s e c r e t a r i a , l a s m o r t i f i c a c i o n e s , v i r t u d e s ,

o b r a s , c i r c u n s t a n c i a s y c a r t a s - c o m o e l l a d e c a - y s e r v i c i o s c o n q u e

h a b a c o r r e s p o n d i d o a l a s i n s p i r a c i o n e s , r e g a l o s y f i n e z a s e x c e s i v a s d e

N u e s t r o R e d e n t o r y l o m u c h o q u e l a h a b a f a v o r e c i d o e n e s t a v i d a ,

d e r r a m a n d o a b u n d a n t e s l g r i m a s e n l a c o n f e s i n d e l o q u e e l l a l l a -

m a b a s u s g r a n d e s p e c a d o s .

D e e s t a s c o n f i d e n c i a s s a l i l a o b r a i n t i t u l a d a T r a t a d o d e l a v i d a

y v i r t u d e s d e l a M a d r e M a r a d e J e s s .

D i c e e l p a d r e L e m u s q u e e s t o s e s c r i t o s d e A g u s t i n a n o t e n a n o r d e n

n i d i s t i n c i n d e m a t e r i a s , p o r q u e e l l a a n o t a b a l a s c o s a s c o m o s e l e

o f r e c a n s i n t r a b a z n e n l o s s u c e s o s " . . . p o r q u e e l l a s l o e s c r i b a

p a r a c o n s e r v a r m e m o r i a s " . 1 3 Y o p i e n s o q u e A g u s t i n a e s c r i b i " p a r a

c o n s e r v a r m e m o r i a s " c o n l a h u m i l d a d d e a q u e l l a s m u j e r e s q u e s a b a n

q u e s u s o b r a s n o i b a n a p u b l i c a r s e , y r e d a c t t a l c u a l l a i n f o r m a c i n

r e c i b i d a , p e r o c r e o q u e s i e l l a h u b i e r a t e n i d o o p o r t u n i d a d d e r e v i s a r

s u s a p u n t e s p a r a p u b l i c a r l o s , l o s h a b r a o r d e n a d o b a j o d i f e r e n t e s

t e m t i c a s y e s t o e s l o q u e y o h a r p a r a q u e e l l e c t o r c o n o z c a y v a l o r e

s u s e s c r i t o s .

D e l a o r a c i n e n M a r a d e J e s s e s c r i b e s u s e c r e t a r i a :

E l S e o r l a h i z o e s t a g r a n m i s e r i c o r d i a , q u e e n t o d o s l o s t i e m p o s ,

y e n t o d o s l o s l u g a r e s e s t a b a e n o r a c i n , c o m u n i c a n d o s u A l m a

c o n D i o s . U n d a m e d i j o , q u e n o e r a c a p a z d e e n t e n d e r l o q u e

l e d e c a n , y h a b l a b a n , s i n o s i e n d o a y u d a d a p a r t i c u l a r m e n t e d e l

S e o r . S u M a j e s t a d l a t e n a t a n a b s o r t a e n s , q u e s o l a p r e -

g u n t a r l a a l g u n a c o s a , y c u a n d o e s p e r a b a , q u e m e r e s p o n d i e s e ,

m e d e c a , q u e n a d a h a b a o d o , q u e s e l o v o l v i e s e a d e c i r . 1 4

A g u s t i n a n o d i c e m s d e l a o r a c i n m e n t a l . S u s i l e n c i o l o e x p l i c a ,

s i n p r e t e n d e r l o , e l s a b i o m a e s t r o d e l a m s t i c a t e o l g i c a ,

1

1 1 e l p a d r e

M i g u e l G o d i n e s c u a n d o d i c e :

1 8

D i e g o d e L e m u s , o p . c i t . , P r l o g o , s / p .

' - ' F l i x d e J e s s M a r a , o p . c i t . , l i b . 1 1 , c a p . 1 x , p . 1 2 8 .

1 1 1

M i g u e l G o d i n e s , A - p u n t e s d e l a v i d a d e l a M a d r e M a r a d e J e s s . I n d i t a .

T r a n s c r i t a e n p a r t e p o r e l P . F l i x d e J e s s M a r a , p p . 1 2 8 - 1 2 9 . C o p i a d e l o r i g i n a l ,

e n _ e l p r o c e s o d e c a n o n i z a c i n q u e e x i s t e e n e l M i n i s t e r i o d e A s u n t o s E x t e r i o r e s

d e M a d r i d .


Diversas veces habl a la Madre Mara de Jess de esta materia de su oracin, y con tener tan lindo entendimiento, llegando a querer explicarse en esta materia, la hallaba como bozal, sin po-der explicar con palabras las obras maravillosas de Dios; y as la examin por interrogatorio, que la hice por escrito en esta materia.

Seguramente por esta razn no poda exponer a su amiga el alt-simo grado de oracin, porque, como dice San Juan de la Cruz, "es un saber no sabiendo toda ciencia trascendiendo". El padre Godines,

. en su obra Prdctica de la Teologa Mstica,16 la coloca a la misma altura "de los Alvarez, Arios, Puentes y otros sealados maestros" de la mstica, y us diferentes caminos para sacarle algo que luego es-cribi diciendo:

Lo primero la comunic Dios en grado heroico, fue el don de la oracin mental con una continua presencia de Dios, con la cual de ordinario su Alma no perda de vista a Dios. Esta Oracin tena mucha variedad, y aunque lo ordinario era meditar la Pasin de Cristo, y sus pasos, en la oracin extraordinaria suba de la meditacin a la contemplacin con principio infuso, in-fundindola Dios una cualidad sobrenatural, la cual a manera de una llama luminosa con claridad alumbraba, y elevaba el entendimiento, y con su color espiritual, y sobrenatural, perfec-cionaba, y ablandaba la voluntad, y de esta manera se una con su Dios con toda el Alma, con todas las potencias, y con todas sus fuerzas. Al principio tena muchos xtasis, pero pasado aquel tiempo tuvo ms alta oracin sin ellos, que con ellos y as, en los ltimos tercios de su vida tuvo un amor injerto en dolor y al paso, que eran sus dolores, eran sus amores y favores divinos, sana o enfermiza, en la cama o fuera de ella, no dejaba de orar y aunque tena los sentidos atentos y se ocupaban a veces en los objetos exteriores oyendo, viendo y sintiendo las cosas necesarias, no por eso dejaba de tener interiormente oracin y las ms veces con una sencilla vista contemplativa, que le daba su buen Esposo el amable Jess, arda en su voluntad un fuego de amor divino, con que interiormente se abrazaba, los gemidos y suspiros interiores y exteriores, espirituales y corporales eran muchos. Con todo eso, jams faltaba a las oraciones vocales de obligacin.17

18 Miguel Godines, Prctica de Theologa Mystica. Scala a Luz Juan de Sala-zar Bolea, Pamplona, Imp. Juan Joseph Ezquerro, 1704, lib. VI, cap. xv.

17 Flix de Jess Mara, op. cit., lib. u, cap. 1x, p. 128.


R a p t o s y x t a s i s

L a p l u m a d e A g u s t i n a q u e t a n e s c u e t a m e n t e n o s h a b l a d e s u o r a c i n ,

s e m u e s t r a p r d i g a c u a n d o r e l a t a l o s r a p t o s y x t a s i s d e s u c o m p a -

e r a .

E n e s o s e s c r i t o s r e d a c t a d o s c o n s i n c e r a f i d e l i d a d a M a r a d e J e s s

l o s o b r e n a t u r a l n o s p a r e c e n a t u r a l , l o e x t r a o r d i n a r i o s e h a c e o r d i -

n a r i o , p o r q u e p a r a e l l a u n o y o t r o s o n i g u a l m e n t e v e r d a d e r o s .

E r a o r d i n a r i o e l v e r l a v e n e r a b l e m a d r e a N u e s t r o R e d e n t o r

J e s u c r i s t o d e n t r o d e s u c o r a z n , u n a s v e c e s c o m o n i o , o t r a s e n

l a r e p r e s e n t a c i n d e d i f e r e n t e s p a s o s d e l a s a c r a t s i m a P a s i n ,

a u n q u e l a s m s d e l a s v e c e s l o v e a c r u c i f i c a d o . E r a t a n r e p e t i d o

e n t o d o s t i e m p o s , y e n t o d o s l u g a r e s e s a p r e s e n c i a v i s i b l e d e

D i o s , l a V i r g e n , l o s n g e l e s y l o s s a n t o s q u e a p e n a s s e p a s a b a u n

d a , q u e n o l a v i s i t a s e t r e s o c u a t r o v e c e s , y o t r o s d a s d u r a b a n

l a s v i s i t a s d e s d e l a m a a n a h a s t a l a n o c h e . i s

E n s u s p g i n a s n o s r e l a t a c m o e n u n a n o c h e d e l a V i g i l i a d e l a

A s c e n s i n , n o p u d i e n d o f s i c a m e n t e i r a l c o r o p o r e n c o n t r a r s e m u y

e n f e r m a , s e p u s o e n o r a c i n e n s u c a m a y d e a l l f u e a r r e b a t a d a e n

x t a s i s a l d i c h o c o r o , e n d o n d e v i o a n u m e r o s o s n g e l e s q u e a r r e g l a -

b a n h e r m o s a m e n t e l o s a s i e n t o s d e l a s m o n j a s y u n g r a n t r o n o p a r a

l a p r e h d a , q u e o c u p l a V i r g e n M a r a . V i o d e s p u s e n t r a r a l a s

r e l i g i o s a s q u e r e c i b a n d e m a n o s d e l o s n g e l e s , r a m o s d e f l o r e s y p a -

s a b a n a o c u p a r s u s s i t i o s . Y e n t o n c e s l o s n g e l e s y l a s m o n j a s c a n t a -

b a n c e l e s t i a l s m e l o d a s .

E l l a s i n p o d e r c o n t e n e r s e m s c o r r i a l o s p i e s d e l a V i r g e n M a r a

q u i e n l a b e n d i j o d i c i n d o l e : " V e h i j a y d i s c u r r e c o n t u n g e l c u s t o -

d i o t o d o s l o s e s p a c i o s p o r d o n d e l t e l l e v a r e . E l n g e l l a t r a n s p o r t

a u n d e l i c i o s o c a m p o d o n d e D i o s l e d i o a c o n o c e r ' p a r t i c u l a r e s i n -

t e l i g e n c i a s p o r m e d i o d e j e r o g l f i c o s ' " . E l d e m o n i o s e o p o n a a q u e

t r a s p a s a s e u n a g r a n p u e r t a q u e s e h a l l a b a a l f i n a l d i c i e n d o :

N i n g u n a c r i a t u r a q u e v i v e e n c a r n e m o r t a l , e n t r a a q u , p o r q u e

e s t e l u g a r , e s d e s o l o s l o s q u e h a b i e n d o p a s a d o d e l a v i d a p u r i -

f i c a d o s d e s u s c u l p a s , n o h a n t e n i d o t a n g r a n d e s d e s e o s c o m o

d e b i e r a n d e v e r a D i o s ; y p u r i f i c a d o s a q u s o n l l e v a d o s a l C i e i o . w

1 8

F l i x d e J e s s M a r a , o p . c i t . , l i b . 1 1 1 ; c a p . 1 v , p . 2 4 4 .

E s d e c i r , s m b o l o s .

1

D i e g o d e L e m u s , o p . c i t . , l i b . 1 v , c a p . x n , p . 4 2 0 .


Pero Mara de Jess entr y all recibi la vestidura que el creador le concedi con la pureza que haba alcanzado en el bautismo.

En el captulo x de sus apuntes, Agustina relata el ms extraordi-nario xtasis de su compaera. Estando en oracin pidiendo a Dios por las necesidades de diversas personas y en especial de su confesor, "fue arrebatada en xtasis y conducida a un lugar cuya belleza hace suponer el cielo".

La misma Virgen Mara sali a recibirla abrazndola. Ella hizo lo mismo y con la confianza que le tena le pregunt: "Madre ma, cmo estando vos gloriosa, os siento entre mis brazos, tan palpable, como otro cualquier cuerpo?"

A lo que la Virgen contest: "Hija ma estoy en cuerpo y alma en el cielo". 20

En este xtasis vio a distancia el trono de la Virgen Mara y a sus lados infinidad de almas

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c n c a v o s d e e s t a s p e a s m o s t r a b a n y h a c a n p a t e n t e a l a v i s t a

u n a i n f i n i t a t e n e b r o s i d a d , y h o n d u r a s i n t r m i n o , q u e r e m a t a b a

e n u n p i l a g o i n m e n s o d e a r d i e n t e s l l a m a s , d o n d e v i o e s t a E s -

p o s a d e C r i s t o t a n c o p i o s a m u c h e d u m b r e e i n n u m e r a b l e e s p e -

s u r a d e d e m o n i o s q u e e s t a b a n u n o s e n l o s b a j o s , * o t r o s a l o s

l a d o s y o t r o s e n l o s r e m a t e s d e a q u e l l o s p i c a c h o s y g r u t a s e s p a -

c i o s a s , y e n t o d a s l a s p a r t e s v e c i n a s a l a p r o f u n d i d a d r e f e r i d a ,

d e c u y o s f e o s y a b o m i n a b l e s v i s a j e s , e s p a n t o s o s a s p e c t o s , y g r i -

. m o s a s f i g u r a s , n o d e j d e r e c i b i r a l g u n a t u r b a c i n l a M a d r e

M a r a d e J e s s , m a y o r m e n t e p o r v e r q u e e r a t a n g r a n d e y

e s p a c i o s o a q u e l c a s o o s e n o o b s c u r o e n q u e h a b i t a b a n , q u e c o n

i r l a s i e r v a d e D i o s s u s t e n t a d a y t a n b i e n d e f e n d i d a e n l a s m a -

n o s d e d i c h o s e s p r i t u s a n g l i c o s , q u e v e l o c e s , y l i g e r s i m a m e n t e

l a l l e v a b a n , t a r d m u c h o t i e m p o e n p a s a r a q u e l a b i s m o d e h o -

r r o r e s y l u g a r d e c r u j a s y t o r m e n t o s ; d e s d e c u y o c e n t r o l b r e g o

y h u e c o s t r i s t e s d a b a n v o c e s l o s d e m o n i o s , q u e e s t a b a n a b a j o ,

. d i c i n d o l e s a l o s e s p r i t u s m a l o s , q u e s e h a l l a b a n a r r i b a : c o g e d ,

c o g e d a e s a m o n j a , t r a e d l a , h e r i d l a y a t o r m e n t a d l a .

s t o s d e l a p a r t e a l t a y o r i f i c i o , o e n t r a d a d e a q u e l l a f o s a

p r o f u n d a , a m a g a b a n a q u e r e r a s i r l a , y s e a b a l a n z a b a n a e l r i g o r

d e o f e n d e r l a y c o m o a t r e v i d o s l o b o s y a r r o j a d o s l e o n e s l l e g a b a n

t a n c e r c a d e l a m a d r e M a r a d e J e s s , q u e a s e g u r , q u e e n t o n -

c e s l e p a r e c a , q u e s o l a m e n t e l e s f a l t a b a a l o s e n e m i g o s l a c o r t a

d i s t a n c i a d e c u a t r o d e d o s p a r a d a r l e a l c a n c e y e j e c u t a r e n e l l a

s u s m p e t u s i n f e r n a l e s ; m a s s i e n d o l a f e r o c i d a d d e e s t o s m o n s -

t r u o s c r u e l s i m o s t a n s u m a m e n t e a t r o z o b r a v a a l l . , d e f e n d i e n d o

a s u e s p o s a , l a m a n u t e n e n c i a d e D i o s p o r m e d i o d e l o s n g e l e s .

P e r o a c o r d n d o s e d e q u e l a R e i n a d e l l m p r e o , M a r a S a n t s i m a ,

l e s h a b f a m a n d a d o a l o s d o s cortesano~ d e l c i e l o , q u e l a c o n d u -

c a n , q u e n o p e r m i t i e s e n , q u e l a s o b r e s a l t a s e , n i a f l i g i e s e n l a s

c o n t r a r i a s f u e r z a s , h o s t i l i d a d e s e i n v a s i o n e s a l e v

9.- mística y teología (parte 1)

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