9. testes de hipóteses (2 de 3)

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1 FGV/EPGE - Graduação em Ciências Econômicas Disciplina: Estatística - Professor: Eduardo Lima Campos 9. TESTES DE HIPÓTESES (PARTE 2 - TESTES PARA VARIÂNCIA E PARA COMPARAR 2 POPULAÇÕES) Teste para a Variância de uma Normal Considere uma população Normal com média μ (desconhecida) e variância σ 2 . As hipóteses de interesse são: H 0 : σ 2 = k contra H 1 : σ 2 k. O teste baseia-se no seguinte resultado: N é muito grande, é comum fazer: n = n 0 . . ~ S 1) (n Q 2 1 n 2 2 - χ σ - = Estatística do Teste é obtida fazendo σ 2 = k: . k S 1) (n Q 2 - = Sob H 0 , Q segue distribuição qui-quadrado com n-1 g.l.. O teste consiste em calcular o valor da estatística do teste na amostra observada: , k s 1) (n q 2 0 - = e verificar se q 0 pertence ou não à RC, definida no slide a seguir. Região Critica: ). , [χ ] χ (0, RC 2 2 α 1, n 2 2 α 1 1, n = - - - 2 α ) k P(X : que tal k valor 2 2 = > - = > = < 2 α 1 ) k P(X : ou 2 α ) k P(X : que tal k valor 1 1 1 Exemplo 9.1 - Seja uma AAS de tamanho n = 30 de uma população Normal. Média e desvio padrão amostrais foram, respectivamente: 32 e 3,63. Conduza o teste: H 0 : σ 2 = 16 contra H 1 : σ 2 16, ao nível α = 0,05.

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  • 1FGV/EPGE - Graduao em Cincias EconmicasDisciplina: Estatstica - Professor: Eduardo Lima Campos

    9. TESTES DE HIPTESES

    (PARTE 2 - TESTES PARA VARINCIA E PARA COMPARAR 2 POPULAES)

    Teste para a Varincia de uma Normal

    Considere uma populao Normal com mdia (desconhecida) e varincia 2.

    As hipteses de interesse so:

    H0: 2 = k contra H1: 2 k.

    O teste baseia-se no seguinte resultado:N muito grande, comum fazer: n = n0.

    .~

    S1)(nQ 2 1n22

    =

    Estatstica do Teste

    obtida fazendo 2 = k: .kS1)(nQ

    2

    =

    Sob H0, Q segue distribuio qui-quadrado com n-1 g.l..

    O teste consiste em calcular o valor da estatstica do teste na amostra observada:

    ,

    ks1)(nq

    2

    0 =

    e verificar se q0 pertence ou no RC, definida no slide a seguir.

    Regio Critica:

    ).,[](0,RC 221,n

    2

    211,n

    =

    2)kP(X

    :que talkvalor

    2

    2

    =>

    =>

    = p2,que podem ser reescritas como:

    H0: p1-p2 = 0 contra H1: p1-p2 > 0.

    O valor de z0 permanece o mesmo, mas a regio crtica passa a ser:

    RC = [z0,1,) = [1,28,).

    Como z0 no pertence RC, no rejeitamos H0 ao nvel = 0,1.

    Ou seja, neste caso a deciso no mudou.

    Teste de Razo de Varincias

    Um dos pressupostos para realizar o teste de diferena de mdias de

    2 populaes Normais que as varincias das populaes sejam iguais.

    Esse pressuposto pode ser testado, por meio de um teste chamado teste F.

    As hipteses de interesse do teste F so:

    que podem ser reescritas como:

    22

    211

    22

    210

    :H :H

    =

    1:H

    1:H

    21

    22

    1

    21

    22

    0

    =

    O teste baseia-se no seguinte resultado, j apresentado e demonstrado no captulo 7:

    .F~

    SS

    1n,1n21

    22

    22

    21

    21

    Substituindo acima o valor da razo de varincias contemplado em H0

    (isto , 1), obtemos a estatstica do teste.

    Estatstica do teste:

    .

    SSF 2

    2

    21

    =

    Sob H0, a estatstica acima segue distribuio F com n1-1 e n2-1 graus.

  • 7FGV/EPGE - Graduao em Cincias EconmicasDisciplina: Estatstica - Professor: Eduardo Lima Campos

    O teste consiste em calcular o valor da estatstica F para a amostra observada:

    e verificar se f0 pertence ou no RC.

    .

    s

    sf 22

    21

    0 =

    Regio Crtica (teste bilateral):

    ).;f[]f;0(RC2

    ;1n,1n2

    1;1n,1n 2121=

    .

    2)kP(F

    :que talF tabelana kvalor

    2

    2

    =>

    /2

    k2

    .

    f1f

    2;,

    21;,

    12

    21

    =

    Exemplo 9.4 (exemplo 7.5) - 2 AAS`s independentes de tamanho 6, de 2 populaes

    Normais, forneceram mdias 8 e 12 e varincias 40 e 37, respectivamente. Teste, ao nvel = 0,1, a hiptese de varincias iguais.

    Soluo:

    Valor da estatstica F: f0 = 40/37 = 1,08.

    O processo para obter os valores da tabela F o mesmo do exemplo 7.5, repetido a seguir.

    Achando os valores da Tabela F:

    f5,5;0,05 = 5,05.

    .198,005,5/1f 95,0;5,5 ========

    Concluso: f0 no pertence RC e, assim, no rejeitamos, ao nvel 0,1,

    a hiptese de varincias iguais.

    ).;f[]f;0(RC 05,0;5,595,0;5,5 =

    5,05. 0,198.

    Exerccio 9.3 - Na situao do exerccio 9.2, conduza o teste de

    razo de varincias, ao nvel 0,05.

    Soluo:

    Valor da estatstica F: f0 = 0,775.

    O processo para obter os valores da tabela F o mesmo do exemplo 7.4, repetido a seguir.

  • 8FGV/EPGE - Graduao em Cincias EconmicasDisciplina: Estatstica - Professor: Eduardo Lima Campos

    Achando o valor da cauda superior da F:

    f4,3;0,025 = 15,10.

    Achando o valor da cauda inferior da F:

    Invertendo: f4,3;0,975 = 1/9,98 = 0,1002.

    f3,4;0,025 = 9,98.

    ).;10,15[]10,0;0();f[]f;0(RC 025,0;3,4975,0;3,4

    =

    =

    Regio Crtica:

    Concluso?

    Implementao no Excel

    O teste F pode ser implementado no Excel por intermdio da funo

    TESTE.F. s entrar com dados em colunas, e a funo retorna o p-valor.

    No caso do exerccio 9.3, o p-valor 0,7844 (interprete!).

    Erros conceituais comuns:

    1 - No rejeitar H0 porque o 1 no pertence RC;

    2 - No rejeitar H0 porque f0 pertence ao IC de 100(1-)%.

    3 - Inverter as varincias amostrais no clculo de f0 (confuso com IC).

    Erros conceituais comuns (cont.)

    4 - Consultar a tabela errado, trocando o numerador com o denominador.

    5 - Obter o valor da cauda inferior da F dividindo 1 pelo valor da cauda superior,

    sem inverter os graus de liberdade.