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A Cabala Draconiana busca proporcionar uma viso clara da Cabala estudada e praticada no Ocidente, abordando tambm as foras qliphticas, ou tenebrosas, do universo cabalstico, bem como os aspectos femininos do cosmo. um trabalho que pretende abranger diversos assuntos correlatos e os aspectos sombrios da existncia, os quais raramente so considerados na literatura cabalstica em geral. O estudo das Qliphoth um assunto muito obscuro dentro da prpria Cabala e muito pouco abordado pela maioria dos estudiosos. A Cabala Draconiana (Cabala Hermtica e Setiana) abrange o estudo da Luz e das Trevas em diversos contextos e tem o drago como um arqutipo e smbolo muito considerado. Aqui, o leitor ver o Caminho da Mo Esquerda (Filosofia Noturna), isento da conotao pejorativa e muito difundida de magia negra ou magia diablica, no qual a Individualidade, o deus oculto individual, a natureza, o sexo e a mulher so importantes. Mas ver tambm o Caminho da Mo Direita (Espiritualidade da Luz), porque assim o universo e o homem com suas foras opostas necessrias manifestao. O leitor, iniciante ou iniciado no assunto, obter orientaes e procedimentos relativamente eficazes para o desenvolvimento consciente, gradual e contnuo do carter e de seu aspecto psicomental, alm de novos insights para os seus estudos. O autor tambm explica a Cabala pelo mundo em que vivemos, bem como nosso mundo pela Cabala, de maneira inteligvel, sinttica e sem muitos mistrios. Sendo assim, esta obra pode ser vista como um manifesto cabalista filosfico que demonstra a atual situao do mundo sob as influncias das esferas cabalsticas. Neste livro, o leitor ver: -Cabala Draconiana, Alquimia, Hermetismo e Setianismo; -Cabala Draconiana nos contos-de-fadas e o arqutipo de Lilith; -Cabala Draconiana e as cincias, as artes e as religies; -Cabala Draconiana e a mitologia universal; -as diferenas entre Cabala Draconiana e Cabala Judaica; -Arqutipos arbreos e arqutipos draconianos; -Dracologia e Cabala; -Otz Daath, a rvore do Conhecimento (do Bem e do Mal); -as Sephiroth e suas Qliphoth; -os Caminhos de Thoth e os Tneis de Set; -Choronzon, Set e Leviathan; -Daath, Caos e Srius B; -os arcanjos e os arquidemnios da Cabala e seu significado, razo e finalidade no esquema do universo e do mundo; -smbolos e instrumentos das esferas cabalsticas; etc.

O Mistrio da MerkabahSintra, 28.09.2008

Vitor Manuel AdrioA Graa Gloriosa de Deus faz-se efectiva Presena Real na Terra (Shekinah) atravs da Obra do Eterno (Teurgia) que a mesma Merkabah. Carro de Apolo, Helius ou Elias, figurao de SURYA o Logos Solar manifestado no seu Universo, tanto neste como na sua parcela sideral, a Terra, a OBRA DO ETERNO, a MERKABAH, no pra nunca o seu rodar na Roda ou Ronda da Evoluo Planetria, mesmo com os desaires acontecidos nesta Magnus Opus do Deus AKBEL, expresso directa do mesmo ETERNO ou 8. Logos na Terra. Ela no parou, mesmo tendo recuado do Mdio para o Extremo Oriente, para em seguida, no ano 989 d.C., ter se impulsionado para o Extremo Ocidente da Europa (Portugal) e aps para o Extremo Ocidente do Mundo (Brasil). Sim, a MERKABAH locomoveu-se do Oriente para o Ocidente inaugurando em 1924 o Ciclo do EX OCCIDENS LUX, com a transladao da Grande Loja Branca dos BHANTE-JAULS dos recnditos reservados do Norte da ndia e do Tibete para estas partes ocidentais do Mundo indo intensificar o tear da Raa Futura, Ibero-Amerndia. Esse termo caldeu, Merkabah, Mercabah ou Merkavah, significa literalmente carro, ou seja, expressivo de mobilidade. o nome de uma das escolas mais antigas do povo de Israel, desenvolvendo-se pelas narraes do 1. captulo do Livro de Ezequiel. A literatura da Merkabah no das mais vastas, e alm desse Livro tambm representada pelas Hekhalot, Grande e Pequena, encontrando-se tambm alguma coisa, de grande valor esotrico, nos evangelhos apcrifos, principalmente no de Enoch. Efectivamente, a Merkabah a primeira mstica judaica, a primeira srie religiosa secular, mas no trata da contemplao concentrada sobre a verdadeira natureza de Deus, antes, da sua apario sobre o Trono, tal como descrita pelo Profeta Ezequiel, sendo o tema predilecto das suas divagaes o conhecimento dos Mistrios do Mundo Celeste. O Trono representa, para o mstico judeu, o mesmo que a Esfera ou Sephiroth fulgurante da Divindade (IHVH, Iod-He-Vau-He ou Jehovah, expresso pelo Totreossyah ou TETRAGRAMATON) cercada pelos ons, Arcontes, Dominaes, etc. (Hierarquias Criadoras), significava para os antigos gnsticos e hermetistas. O Trono pr-existente de Deus, que contm e ilustra todas as formas da Criao, o tema e o fim da viso mstica. Por isso os rabinos iniciados na Tradio velada ou Kaballah (que tambm significa Livro cerrado), afirmam que o Ser Supremo, o Logos Criador do Mundo, aps ter estabelecido os 10 Sephiroths, Esferas ou Planos de Evoluo da Vida e da Conscincia (que na sua totalidade perfazem Adam-Kadmon, o 2. Logos Planetrio como Homem Arquetipal ou Celeste) utilizou-os como Carro ou Trono de Glria, para descer com ele sobre as almas dos homens. Para que a sua srie religiosa secular alcanasse o fim mstico

proposto, deram-lhe o nome de Merkavah, isto , o corpo exterior, o veculo ou a coberta que encerra a Alma oculta, ou seja, a sua cincia secreta mais elevada. A figura dominante da MERKABAH METRATON (de Meta ou Metra+Aton, a Medida Perpendicular do Sol Terra), associado a MIRRAL ou MIKAEL, o mesmo Arcanjo MIGUEL na sua funo medianeira, psicopompa entre o Espao Sem Limites e o Espao Com Limites, o que vai identific-lo ao mesmo Deus, Logos ou Ishvara de Mercrio, AKBEL, possudo de funes idnticas s de MIKAEL ou METRATON. Com efeito, este antecede YAHOEL, que dizer, o prprio JEHOVAH ou SANDALPHON como Anjo ou Logos da Terra iluminada por Ele mesmo cuja Luz Vital recebe, por seu turno, do Homem Csmico ou Solar, o ETERNO. assim que entre os Logos Solar e Terrestre est METRATON na funo de medianeiro guisa de Tubo Csmico veiculador da Energia Celeste (FOHAT) a animar a Terra, e a Energia Planetria (KUNDALINI) volver ao Alto pelo mesmo Tubo. METRATON, o cabalstico Prncipe das Duas Faces (outra risonha voltada para o Cu, e outras tristonha contemplando a Terra, estando de permeio entre os dois Mundos por estar no 2. Trono), a Inteligncia Csmica (MAHAT) da 1. Sephiroth (Kether, a Coroa associada na geografia mstica do Homem ao Chakra Coronal), Plano do Pai, e o pressuposto Guia de Moiss que se manifestou protector ao povo hebreu, nas margens do Mar Vermelho, como uma Coluna de Fogo. O seu nmero cabalstico o 314 e cabe-lhe o mesmo ttulo de Todo-Poderoso, isto , SHADAI, por ser o mais prximo da Divindade, como o prprio nome grego Metathronon o diz: junto ao Trono. METRATON quem d a luz da viso da MERKABAH, Carro de Ouro, Solar, ou Trono da Glria alma do homem iluminado, o de conscincia expandida at ao Plano do Esprito Puro (TMICO), onde toma acesso s Revelaes ou Cincia Divina do Logos para o momento cclico em que est. A tal Sabedoria Secreta os cabalistas judeus retratam os seus cnones ou aspectos magisteriais e doutrinais sob a forma simblica de Medidas do Corpo de Deus (SHIUR KOMA). Afastado o Vu de SHOMA (o do ter Universal ou Akasha Superior, ou AlmAkasha) que esconde o TRONO DE DEUS, finalmente o Iluminado pode contemplar face a Face a prpria Divindade que lhe revelar os Mistrios do Universo, dos Deuses, da Terra, do Homem e de todas as criaturas viventes, assim igualmente passando a saber a histria verdadeira de todos os Santos e Sbios (Adeptos Perfeitos de todos os Graus), e como tudo isso ir nortear a sua vida futura. A tradio mstica da MERKABAH acabou dando azo apario do Messianismo, to caro religio judaica, mormente nesta parte da Pennsula Ibrica atravs dos solares Sefarditas, opostos dos askenazis lunares, estes de Jehovah, aqueles de Adonai. Um ponto de diferenciao da mstica da MERKABAH e da cincia da KABALLAH, encontra-se na concepo da Criao. A MERKABAH no se preocupa com a explicao metafsica, apenas se fixa na descrio do facto. A KABALLAH tem finalidades tericas, para ela a metafsica fundamental. Todavia, a encontrar alguma tentativa de explicao metafsica sempre na MERKABAH, pois que esta o Veculo da Inteligncia Superior, ou seja, da Cincia Inicitica mais elevada e profunda, por estar no prprio Logos no Centro da Terra, como Quarto dentre os Sete Luzeiros (Elohins,

Ishvaras, Dhyan-Choans, enfim, Logos Planetrios) das 7 Cadeias Planetrias (simbolicamente, Rodas do Carro ou Dinmica da Evoluo Celeste, Humana e Terrestre) que o Universo tem, e todos em volta do Oitavo Logos Solar. A ver com tudo isso, diz a obra secreta reservada na Biblioteca do Mundo de Duat (a Cidade Luz, Azul, da Kaballah Sefardita), o LIVRO DA RODA: Trs Rodas giram em torno da Quarta, que est na penumbra do Espao. Elas, ao todo, so Sete. Quando a Roda da Vida parar diante do ponto em que ficou no Espao, a Quinta Roda vir juntar-se ao Mistrio, auxiliada pelas outras Duas. O Hlito continuar a soprar no mais Trs ou Quatro mas Cinco, com as sombras das outras Duas. Que dizer, quando a actual quarta Cadeia terminar o seu ciclo a quinta Cadeia iniciar o seu perodo, trazendo consigo o auxlio superior das restantes duas Cadeias de Mercrio e de Jpiter. Hoje mesmo e nesse sentido, j a nossa Cadeia Terrestre igualmente recebe a influncia superior da imediata Cadeia de Vnus, e por isto que este planeta o alter-ego da Terra. Assim, neste QUADRADO ou CARR que a TERRA ou a sua QUADRATURA manifestada com o seu LOGOS ao Centro (Sol Central, Salm ou Shamballah), s podia ser o compasso quaternrio a marcar toda a Vida no Globo, dos seres nfimos aos maiores. Estando o Divino Logos ao Centro, ento se eleva da Terra ao Cu, ao Sol Espiritual (Surya, Helius ou Elion, donde derivaria Elias, tambm ele arrebatado ao Cu num Carro de Fogo, isto , Iluminado na Sabedoria Divina passando a ter acesso pleno aos Mistrios Espirituais mais elevados) como uma Quinta Coisa figurada piramidal mas, em verdade, sendo o TUBO CSMICO (assinalado pelo eixo terrestre) prefigurado pelo METRATON, com o 2. Trono em Cima e o 3. Trono em Baixo, penetrando pelo Plo Norte (FOHAT, Fogo Frio Elctrico) e saindo pelo Plo Sul (KUNDALINI, Fogo Quente Electromagntico) do Corpo do Homem Primordial da Terra, assim se desvelando as suas trs principais medidas (SHIUR): Plo Norte = Cabea; Equador = Corao; Plo Sul = Ventre. A MERKABAH ou Cincia Inicitica das Idades em sua mobilidade cclica animando o ITINERRIO DE IO, a Mnada Peregrina, assim descrita com a maior clareza possvel pelo Professor Henrique Jos de Souza (JHS) nas suas Cartas-Revelaes de 7 e 8.07.1941, dando a confirmao que faltava afirmativa EX OCCIDENS LUX: KABALLAH, KAB-ALLAH ou a Voz de Allah, etc. MERKABAH ou MERKA-BAH, o Carro Alado, o Carro de Fogo, a Voz de Mercrio, etc., etc. Carro, Carr ou Quadrado. A Merkabah na face da Terra o nosso prprio Apta, a Obra. No meio da Terra, o Sistema Geogrfico, ao mesmo Apta subordinado, e no debaixo, a terceira Merkabah ou Shamballah, cuja expresso externa a 7. Cidade ou o Governo-geral Aghartino, em mo de Akdorge. Tudo isso est interligado, como uma s MERKABAH em essncia e trs na manifestao: Shamballah (1. Merkabah) projecta-se, por intermdio da 7. Cidade de Agharta, em Duat (2. Merkabah), onde est a Raiz do Tronco do Sistema Geogrfico Internacional, por seu turno fixada e florescida sobre a Terra pela Obra de JHS (3.

Merkabah), sim a expresso humana do Anjo da Palavra AKBEL, o Deus Mercrio Intrprete da Voz de Deus. Eis a a Sabedoria da Arca ou Agharta (MERKABAH) para este Novo Ciclo, Novus Phalux ou o prprio PRAMANTHA, para que a Humanidade Eleita por seus prprios mritos possa contemplar as novas Glrias reveladas do Criador, assentado (quadrado) no Centro do Globo Mundi (crculo), sim, Ele em seu TRONO DE DEUS. Falando de MERKABAH contida na TEBAH ou ARCA DA ALIANA de Deus com o Homem, atravs da Assembleia dos Santos e Sbios assistentes de ISRAEL (os da Realeza de sis) que smbolo da NOVA TERRA, como sejam os Kadosh ou Consagrados BHANTE-JAULS, Irmos de Pureza constituintes da Confraria Branca, temos de imediato o simbolismo da Arca bblica transposto para a actual orgnica ritualstica dos Munindras (Pequenos Sbios ou Munis de Indra, por conseguinte, discpulos dos Bhante-Jauls) da Obra do Eterno, correlacionada prpria AGHARTA, como a maior de todas as Barcas, Arcas, etc.

Quem manifesta a MERKABAH na Terra? A SHEKINAH! Quem SHEKINAH? O prprio ASPECTO FEMININO DA DIVINDADE! aqui que entra o Aspecto Actividade Universal do Logos Eterno no acto de Criao, que por sua funo similar da Mulher em gestao foi pelos antigos Iniciados ligado ao Aspecto Maternal de Deus, ME DE DEUS assumida ESPRITO SANTO no acto de se mover sobre as guas etricas do Alm-Akasha antes da Criao, para logo soprar ou alentar a mesma como o Esprito de Deus portador do HLITO DIVINO (o que todo o Sacerdote da Ordem do Santo Graal repete ao soprar sobre o Fogo Sagrado), acto primordial, de gnese universal que leva o nome hebreu MERACHA PHATH. A doutrina oculta da Shekinah para os hebreus, ou Sakinah para os rabes, tem o seu principal ponto de referncia no Antigo Testamento nas passagens onde se trata da

instituio de um centro religioso e espiritual: a construo do Tabernculo, a edificao dos Templos de Salomo e de Zorobabel. Tal centro, constitudo em condies regularmente definidas, devia ser efectivamente o lugar da Manifestao Divina, da Presena Real de Deus, SHEKINAH, sempre representada como Luz (Domus Lucis, Portae Lucis, Portus Lux). curioso observar que a expresso mais iluminado e mais regular que a Maonaria tem conservado, parece ser uma memria da antiga Cincia Sacerdotal que presidia construo dos Templos, o que, de resto, no era exclusividade particular da Raa de Judah. Na SHEKINAH est a causa da Influncia Espiritual presidindo a todas as modalidades de Iniciao e Iluminao. Ainda que a Igreja Crist lhe chame Bno, o sentido exacto Influncia Espiritual, como se traduz no termo hebraico original, berakoth, e no rabe barakah. Mas o Sepher-Ha-Zohar, obra do rabino ibrico Moiss de Leon (sculo XIII), quem aprofunda e explana mais a doutrina oculta da SHEKINAH. Toda ela se inscreve numa Fede de Amor em referncia ao amor do Homem por Deus e ao sentimento recproco da Divindade. A postula-se a identidade entre o temor de Deus e o amor mais puro, traduzido como f. O Zohar, na descrio da longa viagem que a alma executa ao deixar o corpo, fala na assuno da mesma na sua peregrinao at ao Palcio do Amor, onde a alma deixa cair o ltimo vu ao apresentar-se diante do seu Mestre, ou seja, atinge o derradeiro e supremo estado de Conscincia Espiritual. Para Moiss de Leon, s houve um que enquanto vivo na Terra mostrou-se ligado Presena Real de Deus, SHEKINAH: o Patriarca Moiss. Deste, e unicamente deste, dita a sentena: Esteve unido intimamente com Shekinah. Pela primeira vez, a unio mstica entre o mortal e o imortal foi representada em termos de casamento terreno. por isso que o mistrio do sexo desempenha um papel importantssimo na Kaballah. O mistrio da existncia humana, para a Kaballah, um smbolo do amor entre o EU Divino e o TU Divino, o Santo bendita seja a sua Shekinah! A unio do Rei e da Rainha, do Esposo e da Esposa Celestes, para empregar apenas alguns smbolos, o ponto crucial da cadeia de Manifestaes Divinas desde o Mundo Oculto. Em Deus, h uma unio entre o activo e o passivo, uma fecundao e uma concepo, da qual derivou a vida e a beatitude. Em todas as correntes msticas encontra-se a imagem sexual para descrever o acto criador. Na Kaballah, encontra-se que o desenvolvimento das Sephiroths o fruto da procriao mstica na qual o primeiro Raio de Luz Divina tambm a primeira Semente da Criao; o Raio promanado do Tudo-Nada, a Substncia Absoluta, semeia o ventre fecundo da Me Celeste, ou seja, a Mente Divina, e do seu Seio surgem as Sephiroths. por isto que o sinal sagrado da circunciso uma prova para o cabalista judeu de que as foras vitais esto plenamente activas. Com efeito, do ponto de vista sexual a doutrina kabalista ideal. A mstica no judia, que glorificava o ascetismo, acabava por transplantar o erotismo entre as unies do Homem com Deus. A Kaballah, por outro lado, procurou descobrir em Deus, Nele mesmo, o mistrio do sexo, e finalmente rejeitou o ascetismo indo conceber o casamento no como uma concesso fragilidade da carne, mas como um dos mistrios mais sagrados.

O papel da Shekinah, to largamente discutido, interpretado ocultamente fcil de se compreender: Shekinah o Aspecto Feminino da Divindade. Na doutrina hindu, mormente no Shaktismo, encontra-se que cada deus apresenta a sua contraparte ou shakti. Shakti e Shekinah se confundem, se identificam. A Unio de Deus e Shekinah constitui a verdadeira Unidade Divina (YIHUD, em hebreu), que se acha alm da multiplicidade dos diversos aspectos manifestados no Mundo das Formas. A mstica mais elevada do Sepher-Ha-Zohar a de DEVEKUTH. Por esta entendese a Unio do Homem com Deus, a adeso entre o Divino e o Humano. Esta unio traduzse em valor social, pois o verdadeiro Devekuth deve ser realizado no seio da comunidade (alfama ou aljama). Todos os outros valores ticos da Kaballah amor de Deus, temor de Deus, pureza de pensamento, castidade, caridade, estudo da Torah, penitncia e orao derivam de Devekuth. A Kaballah prega a Pobreza espiritual, no sentido de desposse do mundo profano, pois Shekinah pobre, nada tem de seu, e o que tem veio a receber dos Sephiroths. A psicologia do Zohar apresenta ainda o Homem dotado de uma Alma Trplice e que, quando Deus organizou o Mundo, chamou as almas e deu-lhes uma misso: animar os corpos ou os moldes (KUF) e buscar a Perfeio, e como esta geralmente no se conquista numa vida s, logo tal psicologia esotrica acompanhada da doutrina da reencarnao ou renascimento sucessivo das almas, a que chama GILGUL. A SHEKINAH apresenta-se sob mltiplos aspectos, dos quais dois so os principais: o interno e o externo, assinalados to claramente quanto possvel na tradio crist pelas frases Gloria in excelsis Deo e in terra Pax hominis bonae voluntatis. A palavra GLRIA refere-se ao aspecto interno em relao ao Princpio Espiritual, ao ESPRITO DIVINO promanando, atravs dos 7 Anjos Diante do Trono (MALAKIM), os 7 Influxos ou Raios Espirituais no aspecto externo ou Mundo manifestado pela mesma SHEKINAH, cabendo-lhe a palavra PAX. Pax et Gloria so os atributos da SHEKINAH como Terceiro Trono manifestado e manifestando ao Eterno representado em cima por METRATON, no Plano do Segundo Trono, logo s por Aquela o PAI e o FILHO se tornam possveis de idealizar e alcanar pelas criaturas humanas da Terra. A SHEKINAH contm-se, pois, na trplice frmula de LUX GLORIA PAX, Divina, Celeste e Humana, e para a sua pr-anunciao a iconologia judaico-crist destinou-lhe o smbolo alvo da POMBA que, expressando ao ESPRITO DIVINO DE SANTIDADE, traz consigo a Boa-Nova do PAI na forma avatrica do MESSIAH, do FILHO Encarnado que a Excelsa ME d Luz do Mundo, para Glria das Almas e Paz dos Povos.

No simbolismo tradicional, a Luz da Shekinah, que Kundalini, representa-se pela amendoeira florida, expressando a Pureza e a Virtude, enquanto a sua anttese a figueira seca, exprimindo a Heresia e o Pecado. Sobre isto, ouvi h poucos dias, num programa radiofnico, certo autor portugus atribuir de maneira fantstica, muito imprecisa, o smbolo do figo Primeira Pessoa da Santssima Trindade, ao Pai que se manifesta misteriosa e subitamente tal qual a figueira que d os frutos sem derem anunciados pela flor. Algo tenho a dizer sobre o assunto, pois na leitura simbolgica de uma nica pea no costuma haver espao para duas interpretaes distintas a no ser que se queira tombar na impuberdade psquica das fantasias e falas poticas, como alguns, acaso muito lteros mas por certo completamente profanos, logo margem dos Mistrios Sagrados desta Obra Divina, invs de atriburem a si mesmos tais eptetos desgraciosos preferem propag-los e atribu-los minha pessoa, o que no me incomoda minimamente, sabendo-os partidos da mortal inveja maledicente. Ao contrrio do que se diz a figueira d flor, sim senhor, pois que nos finais de Julho as figueiras apresentam um bolbo que floresce e logo se contrai para da nascer o figo. Ao suco leitoso, ltex, desse bolbo costuma-se chamar-lhe leite, que se mantm na protuberncia superior do fruto mas j adocicado, chamando-se ento mel. Por volta dos finais de Setembro as figueiras j esto secas, tal qual os frutos, e ento costumava-se

varej-las para recolher os figos secos que, recheados com amndoas, so especialidade da doaria algarvia. Foi assim que fiz e vi durante os anos da minha infncia e parte da adolescncia nos campos do Algarve, junto aos familiares da minha me adoptiva. A figueira chama-se em rabe kurma, termo associado ao hindustnico karma. O seu simbolismo apresenta dois aspectos distintos: como figueira viosa representa a Cincia Espiritual, tanto Inicitica como Religiosa, consequentemente, a Abundncia do Saber da F, e foi sombra da ficus religiosa, a rvore Bodhi do Budismo, que o Prncipe Sidarta Gautama Sakia Muni alcanou a Conscincia Iluminada de Budha. Como figueira seca representa a heresia e a negao do Pai, e assim que aparece no Novo Testamento com Jesus Cristo amaldioando a figueira (Mateus, 21:19; Marcos, 2:12 s.). Foi numa figueira seca que Judas se enforcou aps ter trado o seu Mestre. Deve-se notar que Jesus dirige-se figueira como smbolo da Cincia Espiritual que representa, mas que apresentando-se seca equivalia sua corrupo moral e intelectual pela perverso de alguns. Por isso Ele disse a Natanael: Eu te vi, quando estavas sob a figueira (Joo, I, 48-49). Natanael era um intelectual ainda no alheado do jugo imoral do pecado; faltava-lhe provar o suco meloso da figueira que ao incio apresenta-se como ltex leitoso, que dizer, faltava-lhe deixar de ser simblico para se assumir verdadeiro Iniciado na Cincia Sacerdotal. A ver com a Pureza da Shekinah, a Sabedoria da Merkabah e o Poder do Metraton est a Montanha Sagrada de SINTRA, ela mesma a MERKABAH sobre a Terra para todo o continente europeu, por ser Arca da Sabedoria Inicitica das Idades em posse de dois legados humanos, um interiorizado e outro exteriorizado: a Soberana Ordem de MARIZ alumiada pela Santidade da SHEKINAH manifesta sobre o Altar central do Templo Maior no escrnio de SINTRA, e a Augusta Ordem do SANTO GRAAL que sobre SINTRA recebe a LUZ daquela. Se os BHANTE-JAULS interiorizados so os verdadeiros KADOSH ou Consagrados Sacerdotes do Altssimo, tambm os MUNINDRAS exteriorizados aparentam-se ao mesmo Sacerdcio de Melkitsedek, e assim que esto organizados em duas alas principais, uma operativa e outra defensiva, como sejam, TEMPLRIOS e TRIBUTRIOS. Os Templrios esto para a SHEKINAH (representada pela Pomba branca do Esprito Santo) enquanto os Tributrios esto para o METRATON (representado pela Espada da Lei); ambos juntos, sob o mando do 6. Senhor AKBEL e do 5. Senhor ARABEL, respectivamente, dentro e fora do Sanctum-Sanctorum onde est a TEBAH ou Arca da Aliana do Eterno com o Homem (o que se representa igualmente na Taa do Santo Graal). ESPADA E TAA vem a ser, na antiga hagiografia kabalstica, o smbolo dos KADOSH, mas para a TEURGIA estando a ESPADA para os 777 Assuras (Tributrios e Instrutores) e a TAA para os 111 Makaras (Templrios e Sacerdotes), ao todo, 888 Munindras como Corte de AKBEL ao servio de ARABEL, como Obreiros do Eterno no crisol da Evoluo do Esprito na Matria e da Matria no Esprito. A ESPADA, expressando a LEX, o Cruzeiro Celeste empunhado pelas mos vigorosas do Cavaleiro Andante semeador da Palavra do Novo Ciclo de Evoluo Universal, manejando com destreza o TETRAGRAMATON que essa alfaia expressa, assim

expressando aos Quatro Anjos Coroados da Terra (DEVAS-LIPIKAS) como projeces deficas dos Quatro Arcanjos Soberanos do Cu (MAHA-RAJAS):

Espada encravada no topo da Serra qual novel Excalibur ou Caliburna configurando o smbolo astrolgico da prpria Terra em que Marte se encerrou, qual Prometeu no Cucaso mas j hoje liberto por seu Irmo Epimeteu, pode-se enquadr-la no simbolismo da CRUZ ALTA, finalmente reposta, iniciativa mais que feliz, indispensvel, no ponto mais alto da alcantilada SINTRA (530 metros de altura). Esta Cruz, cuja original se deve ao rei D. Fernando II de Saxe Coburgo-Gotha, havia sido destruda h alguns anos por um raio que a trespassou, despedaando como IRA DE DEUS ao ver a MAGIA NEGRA mais nauseabunda ser praticada aos ps do Cruzeiro, e por toda a Montanha Sagrada, o que, felizmente, j cessou O conjunto da CRUZ ALTA tem 3,5 m de altura, 1,5 m de largura e pesa cerca de 1700 kg. Sendo a CRUZ ALTA o PICO DO GRAAL ela assim a figurao da Ptena da Taa Sagrada que gnoseologicamente toda a Serra, e igualmente como que o Zimbrio do Templo Interno do Cristo Universal plantado no seio deste Monte Santo. Devo tambm chamar a ateno para que a reduo teosfica dos valores da altitude da Serra e da altura da Cruz e o seu peso, vem a dar o mais que significativo nmero 8, assinalando o 8. Sistema de Evoluo Universal que nesta Lusitana Terra desde

h muito se vem construindo atravs da preclara Corte de 888 Munindras em suas vidas sucessivas pelo ITINERRIO DE IO at aqui chegarem, vindos do Oriente ao Ocidente no rumo certo do Extremo Ocidente. Nesse sentido, fazendo ainda recurso do kabalismo gnoseolgico sintriano, tem-se esta Serra como a mais ocidental da Europa e assim mesmo o seu Cabo da Roca (140 m acima do nvel do mar), cujas latitude e longitude podem ser associadas por via da Lei dos Arqutipos que esto no Plano Mental Superior, sendo o dos ASSURAS Primordiais, justificando a prerrogativa do Tudo estar no Todo, e vice-versa aos simbolismos da ESPADA e da TAA da forma seguinte:

Da unio dos dois Tringulos de Manifestao (Escola Teatro Templo) e de Realizao (Transformao Superao Metstase) resulta o Hexalfa ou EXAGONON, como oitava maior do prprio TEGRAGRAMATON, assinalado pela Estrela Flamejante a cujas pontas, tramos ou raios se acresce uma sexta como coisa nova. Eis aqui o novo

Movimento da MERKABAH (a Obra do Eterno) iluminada pela vida da SHEKINAH (o prprio Eterno como Me Soberana na forma alada de ESPRITO SANTO). assim que a Ala Feminina da ORDEM DO SANTO GRAAL se chama de FILHAS DE ALLAMIRAH, que ao nvel humano vm a encarnar a prpria SHEKINAH, enquanto eles a MERKABAH e todos sob a chancela omnipotente do METRATON (MIKAEL em AKBEL como CRISTO UNIVERSAL). assim que a Ordem do Santo Graal e, consequentemente, a sua Guarda, foram criadas para manter a Taa das Taas, a Mente sempre vivente, Fonte de Luz e Sabedoria, enfim, para servir aos dois Seres, aos dois Deva-Pis ou Gmeos Espirituais em seus vrios patamares de existncia, seja como AKBEL-ALLAMIRAH, seja como CRISTO-MARIA, seja ainda como HENRIQUE-HELENA A Taa Sagrada uma expresso csmica, refere-se Taa Divina do Segundo Trono, pelo que o Vitico da Conscincia de Deus para os Planos da Matria. Como expresso do Segundo Trono necessita, para a sua manifestao, dos aspectos polares masculino e feminino. Assim, simbolicamente Ela expressa pelas Filhas de Allamirah, enquanto a Pomba do Esprito Santo representa os Irmos do Santo Graal. TAA e a ESPADA so representaes da Autoridade Espiritual e do Poder Temporal cujas animaes so PURUSHA e PRAKRITI, Esprito e Matria, nas pessoas do Sacerdote (Brahmane) e do Cavaleiro (Kshatriya). A Taa (ou Clice) expressa efectivamente a Autoridade Espiritual, a Redeno da Humanidade. A Espada (ou Lana) representa legitimamente o Poder Temporal, a luta, o caminho para se encontrar com a Espiritualidade expressa na Taa. Desta forma, v-se que o poder material deve ser utilizado exclusivamente como ferramenta, como meio para se chegar ao espiritual, pois na vivncia dos problemas do dia-a-dia, encarados de forma objectiva mas com noo espiritual, que cada um pode desenvolver os seus Princpios Superiores. Quem est e encara a vida pelos limites estreitos do egosmo e materialismo, no pode perceber o sublime que est expresso no simples, e logo propende sempre para a agonia da rotina. Trabalha, trabalha e nada realiza O trabalho realizador aquele que engloba dois factores: a produo material, gerando bens e servios que favoream a vida ao mesmo tempo que possibilite o aperfeioamento do Ser, conduzindo-o Paz Interior e Glria do seu Deus Interno. Bem se ajustando aco profcua dos Obreiros do Eterno no Quinto Posto Representativo de SINTRA, KALA-SIsh*tA, iluminado pela SHEKINAH e onde a MERKABAH aportou, tem-se o texto de Merkabah na Cano de Massada para o Holocausto de Sbado (4Q405 23 ii): Nos seus maravilhosos Postos esto Espritos, multicoloridos como a Obra de um Tecelo (Supremo Arquitecto), esplndidas figuras gravadas (entronizadas). No meio de uma gloriosa apario de escarlate (prpura), cor de Santssima Luz Espiritual, eles agarram-se (mantm-se) aos seus Postos Santos ante o Rei (Melkitsedek), Espritos de cores puras no meio de uma apario de brancura. A semelhana com o Esprito Glorioso como uma obra de arte de resplandecente ouro fino. Todos os seus padres esto claramente misturados (unificados harmonicamente, donde o Um por Todos e Todos por Um At Niat Niatat) como a obra de arte de um tecelo. Estes so os Prncipes daqueles

maravilhosamente vestidos (preparados mental e moralmente) para o servio, os Prncipes do Reino, o Reino dos Santos do Rei de Santidade em todas as alturas dos Santurios do Seu glorioso Reino (Agharta). Os Prncipes encarregues das oferendas (tributos espirituais e materiais) tm lnguas de conhecimento (detm a Sabedoria Inicitica), e bendizem (cultuam) o Deus do Conhecimento em todas as Suas gloriosas obras. Resta dizer YAMPADAX LADACK KAB-ALLAH! BIJAM

OBRAS CONSULTADASAntnio Castao Ferreira, Egipto Grcia Bblia. Aulas reservadas do Autor cerca de 1950. Edio privada da Sociedade Teosfica Brasileira. Geza Vermes, Manuscritos do Mar Morto. squilo edies e multimdia, lda, 1. edio Julho 2006, Lisboa. Helena P. Blavatsky, Glossrio Teosfico. Editora Ground ltda, So Paulo. Ren Gunon, O Rei do Mundo. Editorial Minerva, Lisboa, 1978. Vitor Manuel Adrio e Lus A. W. Salvi, Dilogos Agarthinos III. Edies Agartha, 1. edio 2008, Alto Paraso de Gois.

Merkabah uma tradio mstica da cabala que retrata o Merkabah ou Trono ou Carro de Deus, que podia subir ou descer atravs de diferentes cmaras ou palcios celestiais conhecidos como Hekhalot - o ltimo deles revelava a divina Glria de Deus. Durante o perodo do Segundo Templo, a Viso de Ezequiel foi interpretada com um vo mstico para o cu, e os msticos cabalistas desnvolveram uma tcnica para usar o smbolo do Merkabah como ponto focal da meditao. O mstico faria uma viagem interior para os sete palcios e usaria os nomes mgicos secretos para garantir uma passagem segura por cada um deles. At bem recentemente, esses procedimentos e frmulas msticas s eram conhecidos pelos estudiosos da Cabala. Contudo, os textos relevantes do Hekhalot Maior - o principal trabalho dos msticos do Merkabah - foram publicados em ingls no importante livro intitulado "Meditation and Kabbalah" (1982), da autoria de Aryeh Kaplan.

O Zohar (em hebraico " ,esplendor") considerado como um dos trabalhos mais importantes da Cabal, no misticismo judaico. Trata-se de comentrios msticos sobre a Tor (os cinco livros de Moiss) escrito em aramaico e hebraico medieval. Contm uma discusso mstica sobre a natureza de Deus e

consideraes sobre a origem e estrutura do universo, a natureza das almas, pecado, redeno, o bem e o mal, e diversos temas relacionados. O Zohar no um livro, mas um grupo de livros. Estes livros incluem interpretaes bblicas assim como matrias sobre teologia, teosofia, cosmogonia mstica, psicologia mstica, e tambm o que alguns poderiam chamar de antropologia.

OrigemDe acordo com o historiador religioso do sculo XX, Scholem de Gershom, a maior parte do Zohar foi escrito num estilo excntrico e exaltado de aramaico, uma lngua que foi falada em Israel durante o perodo romano, nos primeiros sculos da Era atual. O Zohar teria aparecido primeiro na Espanha, no sculo XIII, e foi publicado por um escritor Judeu chamado Moses de Leon.[1] Scholem, baseado em contos contemporneos de De Leon e em evidncia com os textos do Zohar (sintaxes do idioma espanhol por exemplo) concluiu que De Leon seria o autor original das tradues. De Leon atribuiu este trabalho a um rabino do segundo sculo, Shimon bar Yochai, uma lenda judaica durante o tempo da perseguio romana. O Rabino Shimon teria se escondido em uma caverna por 13 anos, estudando a Tor com seu filho, Eleazar [2]. Ele diz que durante este tempo foi inspirado por Deus para escrever o Zohar, permanecendo oculto durante muitos sculos e,somente no Sculo Treze foi publicado e disseminado por Moshe de Leon . A suspeita de que o Zohar teria sido encontrado por uma pessoa - Moses de Leon - onde faz referncias a acontecimentos do perodo ps-Talmdico, foi a causa inicial sobre o questionamento da autenticidade deste trabalho. Uma histria conta que aps a morte de Moses de Leon, um homem rico de Avila chamado Joseph ofereceu a viva de Moses (que aps o falecimento do marido no tinha nenhuma forma de sustento) uma grande soma de dinheiro pelo original que seu marido havia feito uma cpia. Na poca confessou que seu marido seria o autor do trabalho. Ela disse que vrias vezes havia perguntado o por que dele creditar os prprios ensinamentos a outro, e ele sempre respondia que as doutrinas de Shimon bar Yochai colocadas publicamente poderiam ser um trabalho milagroso, e tambm uma rica fonte de lucro. A histria indica que pouco depois das primeiras publicaes do trabalho os crditos foram dirigidos como se Moses de Leon os tivesse escrito. Sefer Yetzirah ( ) um texto antigo pertencente ao corpus da cabala judaica. O Livro Yetzirah um dos remanescentes dos livros secretos hebraicos, um dos mais antigos e est ligado a literatura dos santurios e da carroagem, uma das colunas secretas sobre a qual se baseia a kabbalah.

O tempo da escrita no conhecido, segundo a tradio ele teria sido obra de Abrao, mas outros dizem que foi escrito no quarto sculo da era crist e o provavelmente teria sido escrito entre o sculo II e o sculo VI da era crist. O escritor declara ter descoberto o ato da criao de forma secreta e por isso, mesmo com as muitas contradies entre a teoria da criao prescrita na bblia em relao as que foram escritas por ele, ele teme, pois revela muitas coisas secretas na Torah. O texto inicia com as palavras "Em trinta e trs caminhos maravilhosos da sabedoria legislou YAH YHWH dos Exrcitos, o Deus de Israel, o Deus vivo e Rei do Universo, Deus Misericordioso e Gracioso que se assenta para sempre, Santo o seu nome e o seu universo." 32 caminhos, 10 nmeros e 22 letras(alef beith) O Autor declara que atravs destas contagens criou Deus o Universo e quando Abrao descobriu este segredo, compreendeu o segredo da f. Porque Abrao nosso pai viu sobre ele a paz, viu e investigou e legislou, esculpiu, gravou acrescentou e criou com subindo as suas mos, foi-lhe descoberto ao Senhor de Tudo que o assentou em seu interior, o abraou e beijou sua cabea, chamou-o Seu Amado e o chamou pelo nome e fez com ele um pacto para ele e sua descendncia para sempre e como foi dito, e creu no Senhor e isto lhe foi imputado como justia. O homem um microcsmico, por isso em seu corpo pode-se entender a obra da criao. Assim como ao homem, no universo um centro de onde emana em dez direes. O autor do livro declara somente 3 princpios, uma "chama de fogo, gua e vento", ele no acrescentou o p que segundo ele teria sido criado em sua opnio da gua e do ar(vento). Apesar das formas de contagem do autor serem bem variadas, no muita clara a sua inteno em nenhuma delas. A nica coisa que se consegue determinar que o autor tentou demonstra a metodologia pela qual Deus teria criado o universo, segundo o declarado, que o mundo teria sido criado pelas palavras proclamadas por Deus. Este livro foi de grande influncia os rabinos considerados da era medieval na regio de Provena. Apesar de sua influncia, necessrio declarar que este livro no uma cerimonia cabalstica, as contagens que so descritas na kabbalah so um conjunto de caractersticas que formam a divindade, estas no so as contagens existentes neste livro, neste livro tratase somente de nmeros principalmente porque textos que foram escritos anteriores ao sculo XII no pertencem a literatura da Kabbalah aceita nos dias de hoje.

5 Coisas que voc deve saber sobre o Zohar 1) O que o Zohar?O Zohar uma coleo de comentrios sobre a Torah, com o propsito de guiar aquelas pessoas que j alcanaram nveis espirituais elevados desde a raz (ou origem) de suas respectivas almas. O Zohar compreende todos os estados esprituais que experimentam as pessoas medida que suas respectivas almas evoluem. No final do processo, as almas alcanam aquilo que os Cabalistas chamam de o final da correo, o mais alto nvel espiritual. Para aqueles que no alcanaram nenhum nvel espiritual, o Zohar pode parecer apenas uma compilao de alegorias e lendas que podem ser interpretadas e percebidas distintamente por cada individuo. Mas para aqueles que j alcanaram nveis esprituais, ou seja Cabalistas, o Zohar um guia prtico para levar a cabo as aes internas com o propsito de descobrir estados de percepo e de sensao mais profundos e elevados.

2) Para quem o Zohar?Quando perguntaram ao Rav Kook- o grande Cabalista do sculo 20 e o mais importante Rabino de Israel quem poderia estudar Cabala, sua resposta foi inequvoca: "Qualquer um que queira". Nos ltimos cem anos, todos os Cabalistas, sem exceo, e em muitas ocasies, deixaram claro que hoje a Cabala est disponvel para todos. Disseram tambm que ela a ferramenta necessria para resolver a crise global que previam viria a acontecer e que hoje estamos enfrentando. De acordo com todos os Cabalistas, os dias em que a Cabala era um segredo acabaram. A sabedoria da Cabala manteve-se oculta no passado porque os Cabalistas temiam que ela fosse mal aplicada e mal entendida. E realmente o pouco que escapou gerou muitos malentendidos. Porque os Cabalistas dizem que a nossa gerao est pronta para entender o real significado da Cabala, e para acabar com os mal-entendidos, esta cincia est agora sendo revelada para todos que desejam aprender.

3) Quem escreveu o Zohar e quando?De acordo com todos os Cabalistas e de acordo com o incio do livro, o Zohar foi escrito pelo Rabino Shimn Bar Yochai(Rashbi), que viveu nos sculos II e III da nossa era. Existem algumas opinies nos crculos acadmicos que afirmam que o Zohar foi escrito no

sculo XI pelo cabalista Rabino Moises de Lon. Esta opinio foi negada pelo prprio Rabino Moises de Lon, que afirmou que o livro foi escrito pelo Rashbi. Para o enfoque Cabalstico, muito mais importante o que o Zohar do que quem o escreveu. O propsito do Zohar ser um guia para as pessoas alcanarem a origem das suas almas. Este caminho at a origem da alma de cada um consiste em 125 etapas. Rabino Yehuda Ashlag escreve que um Cabalista que passa por todas estas etapas e que compartilhe a mesma percepo espiritual que o autor do livro, v claramente que o autor no poderia ser outro a no ser o Rashbi.

4) Por que o estudo do Zohar esteve oculto por tanto tempo?O Zohar foi mantido oculto por 900 anos, entre o sculo II e o sculo XI da nossa era, devido a que os que possam sua sabedoria compreendiam que naqueles tempos as pessoas no o necessitavam e por isso interpretariam incorretamente o seu contedo. No sculo XVI apareceu um Cabalista que explicou os fundamentos da Cabala. Este Cabalista foi o Santo Ari, o Rabino Isaac Luria (1534 1572). O Ari afirmava que deste momento em diante a sabedoria da Cabala estava preparada para ser revelada para todo o mundo. Os comentrios sobre os trabalhos de Ari e do Zohar apareceram apenas no sculo XX, no sculo onde se v mais ntidamente a exploso da histria dos desejos humanos. Durante este perodo apareceu uma alma nica, a do Rabino Yehuda Ashlag (Baal HaSulam). Baal HaSulam, Cabalista do sculo XX, escreveu comentrios sobre o Zohar e os trabalhos do Ari. Isto no significa que no houve grandes Cabalistas antes dele, simplesmente os trabalhos deles no so fcilmente compreendidos pelos estudantes contemporneos. A popularidade atual e a grande demanda pela Cabala confirmam o desejo da nossa gerao em absorver sua mensagem universal e compreender os textos autnticos que falam sobre a raz de nossas vidas e como alcan-la.

5) Onde posso encontrar mais informaes a respeito do Zohar?Atualmente o Zohar no pode ser compreendido e assimilado diretamente, uma vez que requer conceitos iniciais de espiritualidade, antes que uma pessoa se dedique ao livro. O maior de todos os Cabalistas de nossos tempos Rabbi Yehuda Ashlad (Baal HaSulam),

escreveu introdues ao Zohar precisamente para nos guiar no enfoque deste livro to profundo, antes de come-lo a estudar diretamente. Estes artigos cultivam as qualidades espirituais de uma pessoa para perceber a realidade Superior. Alm do mais, estes textos nos trazem conhecimento de como interpretar termos, frase e conceitos do Zohar, para maximizar seu uso como um guia para o crescimento espiritual, evitando perder-se em representaes materializadas que a mente humana est sempre inclinada a formar. O Bnei Baruch fornece no somente estas introdues mas tambm aulas grtis sobre as mesmas, assim como artigos mais curtos que descrevem conceitos do Zohar e como preparar-se para o encontro com estes conceitos. Descobir o Zohar significa descobrir o nosso mundo interior e nosso potencial ilimitado. Bnei Baruch deseja a todos xito no seu avano espiritual.

Arvore da Vida

A rvore da Vida A rvore da Vida o glifo fundamental da Tradio Ocultista Ocidental e foi utilizada para meditao e trabalho oculto prtico durante inmeros anos. Muitos dos seus smbolos so arquetpicos, o que significa que tm sentido profundo para os homens de todas as raas e credos. Eles encarnam experincias humanas fundamentais como "masculinidade", "feminilidade", "maternidade", etc. Centenas de estudiosos do ocultismo foram criados neste ocultismo e instrudos no seu uso prtico, comeam a viver, agir e a pensar dentro deste sistema. Trabalhamos com ele todos os dias, meditando sobre ele e interpretando a vida do ponto de vista da sua estrutura. Isso traz ordem vida interior; os sonhos e o "psiquismo" aparecero em funo do simbolismo da rvore e, ao alcanarmos o estgio adequado de preparao, o trabalho ritual se basear nele. Para que a Cabala se torne parte da nossa vida, seu uso deve ser completamente automtico, se quisermos alcanar o seu pleno proveito. Por isso, uma excelente idia tomar notas e traar diagramas em todas as oportunidade. Desse modo, o sistema se torna parte do nosso mundo interior. A maioria dos estudiosos modernos no est muito interessada em pesquisa acadmica por si mesma; quer algo que possa ser utilizado hoje. A Qabalah um sistema vivo e se desenvolve com o uso, evoluindo, como devem evoluir todos sistemas de conhecimento destinados a sobreviver. Os elementos cabalsticos so frequentemente classificados dentro de quatro ttulos: 1) Cabala prtica, que trata da magia cerimonial;

2) Cabala dogmtica, que compreende a literatura e o sistema; 3) Cabala literal, que trata das letras e dos seus valores numricos; 4) Cabala oral, que se ocupa com a atribuio dos smbolos s esferas da rvore da Vida.

Os Tringulos na rvore Otz Chiim, a rvore da Vida, , na verdade, a rvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Ela composta de dez crculos ou esferas chamadas Sefirats, que significa "emanaes". A forma singular de sephiroth sefirat. Estas Sefirats so dispostas em trs tringulos ficando o dcimo crculo isolado embaixo, conforme mostrado pela figura de abertura desta pgina. Os tringulos so ligados entre si por vinte e duas linhas ou caminhos. Observando a figura central da ilustrao desta pgina, voc poder perceber. Os crculos representam estgios no desenvolvimento das coisas - em especial a evoluo do universo e da alma. Os crculos so numerados de 1 a 10 de acordo com a linha em ziguezague chamada raio, que s vezes ligada ao diagrama da rvore. Se voc quiser perguntar porque as esferas da rvore no podem simplesmente ser dispostas em linha como uma srie de contas, a razo que a rvore representa um conjunto de relaes, no apenas uma sequncia de eventos. Os Pilares As dez esferas da rvore podem ser consideradas como trs linhas verticais ou pilares. Tal disposio apresenta os tr6es grandes princpios complementares de atividade, passividade e equilbrio. Os pilares laterais representam sempre os complementares, enquanto o do meio retrata o estado de equilbrio entre eles. O simbolismo do pilar, como todas as relaes na rvore, pode ser aplicado igualmente humanidade ou ao universo. A significao das foras complementares da rvore se

tornar clara medida em que aprofunda o seu estudo. apresentado um crculo pontilhado entre os crculos um e seis; ele representa uma "sephirah invisvel", chamada Daath. Para locarlizar melhor os circulos, comece numerando do alto e no centro, como circulo 1. O circulo da direita o 2, da esquerda 3, prximo direita 4, esquerda 5, centro 6, direita 7, esquerda 8, centro 9, centro 10. Na tradio cabalstica, os pilares muitas vezes eram chamados de SEVERIDADE (Ativo), Compaixo (passivo) e Mansido (equilbrio). As Letras Hebraicas Dizem que um professor de hebraico numa universidade inglesa iniciou sua preleo com as palavras:- Senhoras e Senhores, esta a lngua que Deus falava. Talvez isto estivesse sendo um pouco exclusivista, mas tinha boa razo para isso. Uma considervel parte das sagradas escrituras da cultura ocidental foi indiscutivelmente escrita nessa lngua antiga. H vinte e duas letras do alfabeto hebraico. So todas consoantes. Os sons vogais, ou pontos, foram acrescentados posteriormente. Diz a lenda que, durante a Criao, Deus fez desfilar diante de si as vinte e duas letras e "viu que eram boas". Recebida a aprovao divina, as letras foram consideradas sagradas, cada uma representando uma idia e um som. A forma atual das letras semelhante aos objetos que originalmente se supunha que representassem. Desse modo, Shin, a vigsima primeira letra, representa o dente da serpente, enquanto Kaph, a dcima primeira, uma palmeira. A esta altura voc deve estar se perguntando se precisar aprender o hebraico antes de compreender a rvore e utiliz-la. A resposta um simples NO. A rvore um sistema universal de relaes. Pode ser expressa em qualquer lngua e poca. Porque estamos fazendo digresses sobre o hebraico? Antes de tudo porque as idias cabalsticas foram originalmente expressas em hebraico e muitas obras subseqentes, como os elementos da "Aurora Dourada", basearam grande parte de suas teorias e prticas nas letras e seus significados. Em segundo, porque centenas de estudiosos do ocultismo, meditando e trabalhando sobre elas no ritual, tornaram o hebraico uma espcie de centro do inconsciente da Tradio Ocultista Ocidental. O moderno ocultista, assim diz a teoria, pode, atravs da reflexo sobre as letras, sintonizar esse conjunto de idias e experincias. H vinte e duas letras, todas consoantes. O hebraico no tem nenhum sinal para os nmeros, de modo que se d a cada letra um valor numrico. Os antigos rabinos usavam essa caracterstica, desenvolvendo uma forma de numerologia chamada gematria. Se os valores das letras isoladas que compem uma palavra so totalizados, a soma obtida pode ser comparada aos resultados ajustados a

outras palavras. Todas as palavras com um total comum so consideradas como tendo uma afinidade especial. Os cabalistas dividem as letras em trs grupos: letras-me, letras duplas e letras simples. H trs letras-me, sete duplas e doze simples.

A rvore e suas Foras A Qabalah chamada de rvore da Vida porque representada por Dez Esferas interligadas, cada qual representando um Princpio-Regente. Essas esferas-princpios so chamadas de Sefirats. A rvore da Vida um diagrama que representa todas as foras e fatores atuantes no universo e na humanidade. No existe nenhuma caracterstica, influncia ou energia que no seja suscetvel de representao na rvore. O comeo, o fim e os caminhos intermedirios, todos so representados. Pode-se assim ver o passado, o presente o o futuro nas Dez sefirats e nos vinte e dois caminhos que as ligam. Somos, naturalmente, construtores de formas. Todo o nosso passado foi consumido numa luta corpo a corpo com a forma, pois mesmo os reinos etricos do plano mental so trgidos e restritivos para o esprito. No de surpreender, portanto, que a personalidade - ela prpria uma complexa forma mental e emocional - veja foras abstratas em smbolos concretos. Deus fez o homem Sua imagem e semelhana e fazemos o mesmo com o nosso universo interior - nossa percepo das foras abstratas personalizada ou formalizada de acordo com o nvel da nossa compreenso do momento. Os Tits, os deuses olmpicos e os deuses com cabea de animais do Egito so formas feitas pelo homem.

Os arcanjos, os anjos, serafins e querubins, os elementais e as fadas do folclore so personificados em formas aladas, anes, rodas ardentes, pilares de fogo, etc. segundo a profundidade da nossa percepo e os limites do nosso suprimento de imagens mentais. Os smbolos personalizados so palavras no vocabulrio dos ocultistas. Com as palavras de que nos servimos na vida diria, eles representam realidades; s h ameaa de perigo quando elas so tomadadas erroneamente pelas realidades que representam. O ocultismo jamais pode ser restringido a uma srie de frmulas rgidas. A experincia humana individual e alguns aspectos dela podem ser singulares. Tampouco duas pessoas reagem do mesmo modo a uma experincia. H, por conseguinte, pouco valor em adquirir um livro sobre a Cabala com uma srie de poderes facilmente acessveis e utiliz-lo como um substituto da experincia pessoal. O livro s pode servir para apontar o caminho. Seja como for, tudo depende do uso que voc fizer da rvore como smbolo fundamental.