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A Casa do Relógio Foz do Douro Porto Avanço manual

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Page 1: A casa do relógio   porto

A Casa do Relógio Foz do Douro

Porto

Avanço manual

Page 2: A casa do relógio   porto

A Casa do Relógio de Sol, também conhecida por Casa Manuelina, na Foz do Douro, apodre-ce a olhos vistos e à vista desarmada, sem que ninguém se incomode e todos fazem nada…

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Deambulava pelas ruas do Porto à procura de ruínas, aquando da minha primeira incursão pela Invicta Cidade, quando deparei com este triste imóvel já de avançada idade…

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Nesse dia apenas o assediei e fotografei pelo exterior, pois o muro é alto e não convida os menos atléticos a assaltar esta "fortaleza", embora a tentação fosse grande.

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Por lá passei outras vezes, até que ganhei coragem e argutamente me introduzi pelas traseiras, numa manobra menos perigosa... o seu interior era o apetecido

prémio que teimava em reclamar.

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Por sorte, não encontrei ninguém, pois os encontros imediatos são um dos maiores riscos desta carreira de "ruinólogo", além das possíveis derrocadas e desabamentos... e como

estava só, todo o cuidado é pouco... só um louco não tem receio. O receio é uma constante usina de adrenalina, que me dá uma estamina necessária, maior que a minha dose diária de

cafeína... é uma espécie de vitamina.

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Esta ruína neo-manuelina, nasceu da vontade de um casal feliz, de meia idade,

que a mandou edificar.

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E aqui, Arthur Jorge Guimarães e sua mulher Beatriz, começaram a passar férias à beira mar.

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Arthur Jorge era um republicano convicto,

mas da ala moderada, e foi perseguido pelos

esbirros de Afonso Costa nesta mesma morada.

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A casa foi traçada por José Teixeira Lopes,

onde espelhou o simbolismo da nacionalidade lusitana.

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Com laivos de novo-riquismo e de uma excentricidade…

em nada espartana.

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Foi residência de veraneio de uma família abastada e passados tantos anos… já quase não resta nada.

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Os constantes e exuberantes elementos adornantes,

fazem dela uma "mansão“...

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que pela sua extravagância, foi alvo da ganância

de um reles ladrão.

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Foi depois da revolução, que sofreu uma ocupação por um simples artesão.

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E foi então… que o insigne proprietário

moveu uma acção a este vil ordinário.

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Como estamos em Portugal, nem mesmo o tribunal o conseguiu demover, e até o advogado que deveria ser exonerado, não cumpriu o seu dever.

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Todo o interior foi desventrado, o seu esplendor desvirtuado

e até o piano foi roubado pelo tal sapateiro.

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Depois da sua estadia, nesta grande moradia…

nada mais ficou inteiro.

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Algunas de las muchas obras de arte que se pueden admirar en el Palacio..

Passemos nós agora a uma visita guiada,

começando pela fachada da casa "manuelina"

à beira mar plantada.

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Está pejada de elementos deste estilo de arquitectura, arcos, cordas, esferas armilares e o tal relógio de sol, adornando a sua estrutura.

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Já no seu interior, outrora… de cariz nobre.

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A sua grandiosa escadaria que nos conduz aos andares

superiores, perdeu o encanto do tempo

dos seus senhores.

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Com podres madeiras, partidos vitrais e decadentes lareiras, agora… é infeliz e pobre.

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Já na cave e na cozinha, elaboravam-se os manjares, que seguiam de elevador para os almoços e jantares.

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Também tinha uma garagem para um grandioso "popó” e hoje está num estado…

que até mete dó.

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Foi mais uma ruinosa aventura deste vosso amigo "mouro", que ficou encantado

com a linda Foz do Douro.

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F I M

Imagens e texto recebidos por e-mail de: M. Branco FerreiraMúsica: Dolmabahce MiniComposição: Linito