a crise da razão
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A crise da razão
Alunas: Ana Paula Soares e Helen Rodrigues
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Antecedentes da criseA crise da razão repercutiu em todo o século
XX, o que levou à necessidade de se repensar a filosofia. Pensadores de influência marcante, como os alemães Arthur Schopenhauer e Friedrich Nietzsche e o dinamarquês Sõren Kierkegaard são alguns dos que puseram à prova os alicerces da razão.
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Kierkegaard: razão e fé
Sõren Kierkegaard, severo crítico da filosofia moderna, afirma que desde Descartes até Hegel o ser humano não é visto como ser existente, mas como abstração, quando na verdade a existência subjetiva, pela qual o indivíduo toma consciência de si, é irreduzível ao pensamento racional, e por isso mesmo possui valor filosófico fundamental. Para ele, a existência é permeada de contradições que a razão é incapaz de solucionar.
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Kierkegaard: razão e fé
Critica o sistema hegeliano por explicar o dinamismo da dialética por meio do conceito, quando deveria fazê-lo pela paixão, ou seja, como ato de liberdade. Por isso é importante na filosofia de Kierkegaard a reflexão sobre a angústia que precede o ato livre.
O estágio religioso para ele é o último de um caminho que o indivíduo pode percorrer na sua existência.
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Nietzsche : o critério da vidaFriedrich Nietzsche propõe a
genealogia. Ela visa resgatar o conhecimento primeiro que foi transformado em verdade estável. Mas a vida está sempre em movimento, portanto, não é possível reduzi-la a conceitos abstratos, a significados estáveis e definitivos.
Pelo procedimento genealógico, descobre que o único critério que se impõe é a vida. O critério da verdade, portanto, deixa de ser um valor racional para adquirir um valor de existência.
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Crise da subjetividade
Foi descoberto, a partir de Descartes, que o sujeito era capaz de conhecer, que chega à verdade incontestável do cogito e que se torna o autor de seus atos, pela vontade livre. A questão da "morte do sujeito", significa a desconstrução do conceito de subjetividade.
O impasse com o qual nos deparamos é o ceticismo e o relativismo, ou seja, a descrença na possibilidade do conhecimento e/ou o subjetivismo de todo conhecimento, que dependeria da pessoa, do lugar e do tempo.
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Fenomenologia e intencionalidade
A fenomenologia critica o empirismo em sua expressão positivista do século XIX e procura resolver a contradição entre corpo-mente e sujeito-objeto desde Descartes. Ela também critica a filosofia tradicional por desenvolver uma metafísica cuja noção de ser é vazia e abstrata, voltada para a explicação.
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Fenomenologia e intencionalidade
Husserl entende por fenomenologia o processo pelo qual examina o fluxo da consciência, ao mesmo tempo em que é capaz de representar um objeto fora de si. O conceito de fenômeno, em grego significa "o que aparece“.
O solicitado básico da fenomenologia é a noção de intencionalidade, que significa "dirigir-se para", “visar a alguma coisa”. Desse modo, toda consciência é intencional por sempre visar a algo fora de si, tender para algo.
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Fenomenologia e intencionalidade
A fenomenologia propõe a “humanização” da ciência, a partir de uma nova relação entre sujeito e objeto, ser humano e mundo, considerados polos inseparáveis.
A consciência é doadora de sentido, fonte de significado. Conhecer é um processo que não acaba nunca, é uma exploração exaustiva do mundo. A fenomenologia é uma filosofia da vivência.
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A Escola de Frankfurt
Escola de Frankfurt reuniu sociólogos, filósofos e cientistas políticos. A filosofia dos frankfurtianos é conhecida como teoria crítica, em oposição à teoria tradicional. Concluem que a razão, exaltada tradicionalmente por ser "iluminada", também traz sombras em seu interior, quando se torna instrumento de dominação.
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A Escola de Frankfurt
Os frankfurtianos criticam a razão de dominação, o controle da natureza exterior e também interior, pela repressão das paixões.
O indivíduo autônomo deve ser recuperado. Sua emancipação só será possível no âmbito individual, quando for resolvido o conflito entre a autonomia da razão e as forças obscuras e inconscientes que invadem essa mesma razão.
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Habermas: o agir comunicativo
Jürgen Habermas é um dos principais representantes da chamada segunda geração da Escola de Frankfurt. Ele continuou a discussão a respeito da razão instrumental, iniciada pelos frankfurtianos.
Por viver em uma época diferente deles, Habermas teve que elaborar uma teoria social baseada no conceito de racionalidade comunicativa, que se contrapõe à razão instrumental.
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Habermas: o agir comunicativo
Por meio dessa teoria, critica a filosofia da consciência da tradição moderna por ser fundada em uma reflexão solitária, centrada no sujeito.
A verdade não resulta da reflexão isolada, no interior de uma consciência solitária, mas é exercida por meio do diálogo orientado por regras estabelecidas pelos membros do grupo, numa situação dialógica ideal.