a economia e a ecologia
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O desenvolvimento e os
direitos humanos
Economia e Ecologia
Desenvolvimento sustentável
Escola Secundária com 2º e 3º ciclos Anselmo de Andrade
Economia C
2013/2014
Professora Laura Saial
Maio de 2014
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Índice
1. Introdução 4
2. Direitos Humanos – Noção, Características e Evolução 5
3. Economia e Ecologia 6
3.1. Desenvolvimento Sustentável 6
3.2. A Responsabilidade de Países Desenvolvidos e em
Desenvolvimento relativamente à questão Ecológica 7
3.3. Medidas Económicas e Ecológicas para um
Desenvolvimento Sustentável 8
3.3.1. Energias Alternativas 8
3.3.2. Política dos 3 R’s 11
3.3.3. Indústrias “Verdes” 11
3.3.4. Agricultura Biológica 11
3.4. Direitos Ambientais 12
4. Conclusão 13
5. Bibliografia 14
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Introdução
Neste trabalho iremos abordar o tema “O desenvolvimento e os direitos
humanos”, concentrando-nos em particular na Economia associada à Ecologia. A
Economia traduz-se numa ciência que estuda a forma correta de ajustar recursos
escassos a necessidades ilimitadas, enquanto a Ecologia é a ciência que estuda as
relações entre ecossistemas naturais e sociais. Estas são duas ciências que permitem
uma gestão eficiente dos recursos tendo em vista as futuras gerações, uma vez que gere
racional e convenientemente os recursos em função dos interesses comuns, atuais e
futuros. O nosso trabalho através da visão de cada uma destas ciências tenta demonstrar
formas de chegar ao Desenvolvimento Sustentável. Por isto, iremos estruturar o nosso trabalho segundo o esquema do manual
adotado, “Economia C – 12º Ano”, ou seja, começaremos por relacionar Economia com
a Ecologia de forma a explicar a relação que permite o Desenvolvimento Sustentável.
De seguida iremos clarificar este conceito quanto aos seus princípios e
responsabilidades, e apresentar medidas económicas e ecológicas para este. Por fim,
iremos abordar os Direitos Ambientais que todo o trabalho implicitamente contém.
Direitos Humanos - Noção, Caraterísticas, Evolução:
Noção: são os direitos que todas as pessoas têm devido à sua condição humana, de
forma a viverem uma vida em liberdade e dignidade.
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Os direitos humanos têm de ser realizados, as pessoas têm que usufruir dos seus direitos
sem que se verifiquem a violação dos direitos consagrados na lei.
Características dos Direitos Humanos: Universalidade: são universais, pertencem a todas as pessoas, independentemente do
género, da nacionalidade, da etnia ou da religião;
Inalienabilidade: Os direitos humanos são inalienáveis, não podem ser retirados ou
cedidos por ninguém, pertence a qualquer ser humano;
Indivisibilidade: são indivisíveis, não há hierarquia entre eles, são todos igualmente
importantes e necessários para garantir uma vida digna. Não se pode suprimir um
direito para promover outro;
Interdependência: são interdependentes, pois todos estão inter-relacionados; a
ausência ou violação de um põe em causa a realização de outros direitos.
Ex: o direito a educação está ligado a saúde.
Os direitos humanos passaram até hoje por uma longa evolução, surgindo assim
várias gerações dos direitos humanos.
1ª Geração à Século XVIII - A primeira geração (século XVIII) é caracterizada pelo
facto dos direitos que a constituem serem de cariz civil e político.
Direitos civis e políticos: Liberdade de voto;
De expressão;
De manifestação.
2ª Geração à Séculos XIX e XX - dominou no segundo pós Guerra Mundial e é a
geração dos direitos económicos, sociais e culturais. Direitos económicos, sociais e culturais:
Ao trabalho;
À greve; À educação.
3ª Geração à Século XX - constituída por um conjunto de direitos mais vagos, ou seja,
os direitos colectivos.
Direitos coletivos: À paz;
Qualidade do ambiente; Ao desenvolvimento
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pelas Nações Unidas
em 1948 tendo constituído um importante fundamento para a igualdade, liberdade,
justiça e paz no mundo. Esta Declaração permitiu o desenvolvimento de diversas convenções como o
caso de:
Convenção Internacional para Todas as Formas de Discriminação; Convenção para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as
Mulheres;
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Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Punições Cruéis, Desumanos
ou Degradantes; Convenção sobre os Direitos da Criança.
Economia e Ecologia A Economia traduz-se numa ciência que estuda a forma correta de ajustar
recursos escassos a necessidades ilimitadas, enquanto a Ecologia é a ciência que estuda
as relações entre ecossistemas naturais e sociais. Estas são duas ciências permitem uma
gestão eficiente dos recursos tendo em vista as futuras gerações, uma vez que gere
racional e convenientemente os recursos em função dos interesses comuns, atuais e
futuros.
Para responder a este desafio da relação de ambas as ciências surge assim um
desenvolvimento que está contido dentro de limites que não ponham em causa o futuro
dos mais jovens – desenvolvimento sustentável.
Desenvolvimento sustentável
O Desenvolvimento Sustentável baseia-se na necessidade de suster o próprio
desenvolvimento em níveis que não ponham em risco a sobrevivência do planeta.
É uma estratégia que exige que a satisfação das necessidades do presente não
comprometa a possibilidade de as gerações futuras darem respostas às suas.
Tendo em conta, as problemáticas da mundialização e interdependência, esta
estratégia implica uma atuação articulada entre o mundo desenvolvido e o mundo em
desenvolvimento, no sentido de se construir um futuro comum, sob pena de não haver
futuro para nenhuma das partes.
Nesta concepção de desenvolvimento estão implícitos dois conceitos básicos:
O conceito de necessidades, em especial dos povos menos desenvolvidos, a
quem deverá ser dada a prioridade de satisfação;
O conceito de limites ao desenvolvimento, tendo em conta a necessidade de
sustentar o próprio processo de desenvolvimento, dentro de valores que não
ponha em causa a sobrevivência do planeta e das gerações futuras.
Assim, esta noção de desenvolvimento tem implícito o valor da solidariedade
entre gerações, na medida em que o planeta a deixar em herança, isto é, alugar aos mais
novos, não deverá estar esgotado.
Para isso foram definidos doze princípios que se baseiam no seguinte:
Prevenção – consiste em prevenir a poluição e a degradação do meio ambiente,
de forma a agir sobre os impactos negativos na qualidade de vida das
populações;
Precaução – baseia-se no conjunto de ações informativas de forma a nos
precaver de futuros danos;
Poluidor-Pagador – consiste no poluidor suportar os encargos com a correção
ou recuperação do ambiente que degradou, devendo, igualmente, suspender a
ação poluente.
Cooperação – consiste na definição de políticas para a resolução dos problemas
ambientais e ação concreta para a sua solução, estas deverão ser tomadas em
conjunto por todos os intervenientes;
Integridade Ecológica – baseia-se em criar limites às nossas ações com o
intuito de manter a biodiversidade e os sistemas que suportam a vida;
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Melhoria Contínua – é a adaptação, correção e melhoria dos processos que
permitem a sustentabilidade;
Equidade Intra e Intergerações – o desenvolvimento deve não só satisfazer as
necessidades das gerações atuais, mas também das gerações futuras;
Integração – o desenvolvimento sustentável deve integrar as dimensões:
ambiental, económica e social.
Democracia – o desenvolvimento sustentável possui uma forte dimensão
humana de que o poder democrático não pode ser excluído, uma vez que o
sistema cria regras de modo a preservar o bem-estar dos indivíduos o que
implica que a sua voz seja ouvida;
Subsidiariedade – defende a tomada de decisões por órgãos que estejam o mais
perto possível dos cidadãos.
Envolvimento da Comunidade – cabe aos mais envolvidos contribuir para a
procura de soluções, uma vez que somos todos responsáveis pelos nossos atos;
Responsabilização – este poderia ser o primeiro princípio, dado que nos
responsabiliza pelas consequências sobre terceiros das ações que praticamos
sobre o ambiente e sobre os recursos naturais.
Economia – conciliar crescimento
económico com desenvolvimento.
Ambiente – conciliar crescimento
económico com tecnologias
ecologicamente equilibradas, para
proteção do meio ambiente.
Sociedade – conciliar crescimento
económico com responsabilidade
social.
A responsabilidade de países desenvolvidos e em desenvolvimento relativamente à
questão ecológica
Se é pacífico reconhecer que o mundo tem de mudar as suas práticas
relativamente à questão ambiental, já é mais complexo acordar sobre os novos
procedimentos a adotar, quem os irá adotar e quais as sanções para os não cumpridores.
Hoje em dia, estamos perante o aumento da poluição e o esgotamento dos
recursos naturais, e os responsáveis por esta situação são os países mais ricos e
desenvolvidos, que se recusaram, até há pouco tempo em assinar qualquer acordo. Os
EUA são o único país que em 2008 continuava a não assinar nenhum acordo, embora
afirme que não se opõe aos que estão em vigor.
Motores do desenvolvimento sustentável
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Medidas económicas e ecológicas para um desenvolvimento sustentável
Energias Alternativas:
Os aumentos populacionais e a melhoria do nível de vida e de conforto da
população, aliados a modelos consumistas generalizados pela globalização e à expansão
dos meios de transporte, exigem que a Natureza disponibilize os seus recursos para
satisfazer todas as necessidades. Porém, como as necessidades são ilimitadas e os
recursos são escassos, para as satisfazer é necessário desgastar a Natureza, uma vez que
os bens que ela nos fornece são utilizados de uma forma irresponsável.
Contudo, é possível satisfazer todas as necessidades, se tivermos em linha de
conta algumas considerações sobre as fontes de energia utilizadas para a produção.
As energias que normalmente utilizamos são as energias não-renováveis, isto é,
são aquelas que a Natureza não reproduz e que a longo prazo, se esgotarão, assim, estas
energias não conseguem responder às exigências do crescimento económico e do
desenvolvimento.
Assim, é essencial a utilização de energias renováveis, também designadas por
energias alternativas, exatamente por constituírem uma alternativa às tradicionais fontes
de energia, baseadas em recursos não renováveis. Os recursos utilizados pelas energias
renováveis são praticamente inesgotáveis e não tem efeitos negativos sobre o ambiente,
são assim energias amigas do ambiente, porque não poluem e não se esgotam.
Tipo de Energia Vantagens Desvantagens Exemplos de Aplicação em
Portugal
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Solar
- Recurso
inesgotável e não
poluente;
- Venda à rede
pública da energia
produzida em
excesso;
- As centrais
necessitam de
manutenção
mínima.
- Nem todas as
regiões do planeta
apresentam as
mesmas
potencialidades;
- Instalação
dispendiosa;
- Formas de
armazenamento
pouco eficientes.
- Central Fotovoltaica
Hércules (concelho de
Serpa);
- Central Solar Fotovoltaica
de Amareleja (concelho de
Moura);
- Parque Solar de
Almodôvar
Biomassa
- Obtido através de
matéria orgânica
barata;
- Não liberta CO2;
- Pouco agressivo
para o ambiente.
- Dificuldades de
armazenamento;
- Alguns custos de
investimento no
equipamento, de
modo a evitar
problemas com o
ambiente.
- Grupo Portucel Soporcel
(Setúbal).
Hidrogénio
- Recurso
abundante;
- Não poluente;
- Grande densidade
energética;
- Reduzida
emissão de gases
de efeito de estufa.
- Difícil
armazenamento;
- Não existe puro
na Natureza;
- Baixa potência;
- Tecnologia
dispendiosa;
- Inexistência de
boa relação preço-
eficiência.
- Autocarros da STCP.
Maremotriz – das
marés
- Obtida a partir de
um recurso
- Fornecimento de
energia não é
- Ilha do Pico (Açores);
- Castelo da Neiva (Viana do
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renovável;
- Barata;
- Não poluente;
regular;
- Pouco
rendimento;
Castelo).
Geotérmica
- Obtida a partir de
uma fonte
renovável;
-Barata.
- Baixo
rendimento;
- Confinada, ainda,
na maior parte dos
casos, a zonas
tectónicas.
- Açores (Furnas);
- Instalações Termais usam
esta energia para fins
medicinais.
Eólica
- É obtida a partir
de um recurso
renovável e barato
– o vento.
- Manutenção é
cara;
- Elevada
dependência
climática;
- Põe em risco
espécies voadoras.
- Viseu;
- Braga;
- Lisboa;
- Coimbra;
- Viana do Castelo.
- Grande poder
energético;
- Barata;
- Fácil transporte;
- Não provoca
efeito de estufa;
- Não provoca
chuva ácida.
- Custos elevados
de instalação e
manutenção;
- Dificuldades de
armazenamento;
- Graves perigos
para os indivíduos
e ambiente, em
caso de acidente.
- Em Portugal, actualmente,
não existe produção de
energia nuclear.
Biodiesel
- Óleo obtido a
partir de recursos
renováveis, como
os vegetais;
- Barato;
- Fácil obtenção;
- Menos poluente
do que os
- Depende da
produção agrícola;
- Não substitui
totalmente o diesel;
- Custo de
obtenção muito
elevado;
- Leva ao
- Torrejana (Santarém);
- Iberol (Vila Franca de
Xira);
- Prio (Oliveira de Frades);
- Biovegetal (Vila Franca de
Xira);
- Valouro (Vila Facaia);
- Greencyber (Lisboa).
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derivados de
petróleo.
- Criador de
emprego no sector
primário.
esgotamento das
capacidades do
solo;
- Pode provocar
doenças
cancerígenas.
Política dos 3 R’s
A reciclagem, redução e reutilização são três
comportamentos indispensáveis a adotar, no sentido de
contribuir para o combate ao desperdício e à produção de
lixos. Estes comportamentos derivam de uma atitude
responsável – a de preservar a Natureza e de contribuir para
um desenvolvimento sustentável.
O consumismo da sociedade industrial impõe modelos
de consumo baseados no “novo” com o objetivo de escoar a
imparável produção que sustenta as economias atuais.
Hoje em dia, existem propostas alternativas de que se
destaca o consumerismo. Consumir, sim mas com responsabilidade.
Daqui nascem as boas práticas de reutilizar o “velho”, com vista à
poupança e à reorientação para outro tipo de utilizações; a prática
de redução que tem a mesma finalidade – poupar; e a reciclagem,
comportamento essencial, que permite a redução de lixos, a
poupança de recursos e a preservação do meio ambiente.
Indústrias “Verdes”
São indústrias em que a preocupação ambiental, aliada a
outras responsabilidades, como a social, é prioritária.
Agricultura biológica
É um tipo de agricultura amiga do ambiente. Os produtos
resultam de processos produtivos em que os produtos químicos
nefastos são eliminados. Os produtos ficam mais caros, mas já existem
grandes produções que permitem economias de escala. De aparência
menos agradável, os produtos agrícolas biológicos são amigos do
ambiente e da saúde dos consumidores.
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Direitos Ambientais
Os direitos ambientais são uma categoria de direitos a que todos os homens e
mulheres aspiram, com vista a uma vida com mais qualidade. Estes direitos são um
exemplo dos Direitos de 3ª Geração – os direitos que promovem a fraternidade entre os
povos do mundo. Para tal, todos, incluindo os governos dos países desenvolvidos e
emergentes, terão de contribuir.
Atualmente, a maioria dos governos está de acordo que a industrialização e o
desenvolvimento económico não podem ser realizados de qualquer maneira, nem a
qualquer preço; há que concilia-los com a proteção do Ambiente e a gestão adequada
dos recurso naturais, defendendo-se ao mesmo tempo a qualidade de vida.
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Conclusão
Com a realização deste trabalho, podemos salientar que o conceito de
sustentabilidade defende a integração das vertentes ecológica, e social para bem das
gerações futuras. Os países desenvolvidos e em desenvolvimento são responsáveis
relativamente às questões ecológicas e por isso foi estabelecido no Protocolo de Quioto
uma resolução para este problema.
Para demonstrar formas ecológicas que permitem o Desenvolvimento
Sustentável abordamos a importância do desenvolvimento das energias alternativas, da
aplicação da política dos 3 R’s, das industrias “verdes” e da agricultura biológica.
Por tudo isto, achamos o trabalho muito interessante e bastante importante para o
nosso quotidiano.
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Bibliografia
-Pais, Maria João, Economia C 12º Ano, Texto Editores – 1ª Edição
- Dinis, Almerinda, Direito 12º Ano, Texto Editores – 1ª Edição
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_solar_em_Portugal (18/04/10)
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_renov%C3%A1vel (18/04/10)
- http://www.energiasrenovaveis.com/ (18/04/10)