a geração de 90 literatura na virada

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JOICE FERREIRA PEREIRA NATHÁLIA ELIZ DE OLIVEIRA UNIOESTE MARECHAL CÂNDIDO RONDON

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Page 1: A geração de 90    literatura na virada

JOICE FERREIRA PEREIRANATHÁLIA ELIZ DE OLIVEIRA

UNIOESTE MARECHAL CÂNDIDO RONDON

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O acontecimento histórico da Queda do Muro e da Reunificação da Alemanha deu origem a um número considerável de obras literárias cujo foco se concentra nos desdobramentos culturais e socais dessa época. Nesse sentido, o período de criação da obra exerce importante influência sobre as formas e estilos literários.

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Desde a queda do Muro em 1989 a “literatura da virada” desenvolveu conceitos poéticos extremamente distintos. As obras de Christa Wolf, Thomas Brussig, Ingo Schulze, Clemens Meyer e Uwe Tellkamp são exemplares no que se refere ao desenvolvimento literário no decorrer dos anos. Iniciando-se com o período do silêncio que emergiu logo após a Queda do Muro, as abordagens abrangem desde o satírico e o fragmentário até a narrativa parabólica.

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CHRISTA WOLF

THOMAS BRUSSIG

INGO SCHULZE

CLEMENS MEYER

UWE TELLKAMP

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No Brasil, ninguém imaginaria, no começo dos anos 1990, que aquela seria a década de transição de um país assolado por crises institucionais (o presidente Fernando Collor, na iminência de sofrer um impeachment, renuncia ao cargo em 1992) e econômicas (hiperinflação, confisco) para um país democrático, com uma economia estável, diversificada e dinâmica.

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O mercado editorial, devagar, retoma as apostas em autores nacionais, que voltam a atrair, ainda que timidamente, a simpatia do público e o conto, pouco a pouco, ganha espaço, dividindo equitativamente com o romance a preferência de escritores e leitores.

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O surgimento de Fernando Bonassi, em 1989, com o livro de contos “O amor em chamas”, revelaria um autor prolífico, com interesses bastante variados, mas preocupado primordialmente em retratar a vida miúda dos moradores do subúrbio, os traumas decorrentes da ditadura (O céu e o fundo do mar, O menino que se trancou na geladeira) e a vida dos excluídos da sociedade (100 histórias colhidas na rua).

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FERNANDO BONASSI

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A publicação da antologia “Geração 90 – Manuscritos de computador”, organizada por Nelson de Oliveira, se tornará um marco não só do lançamento de uma jovem geração de escritores, mas talvez principalmente de uma nova postura dos autores em relação ao mercado editorial.

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Nelson de Oliveira

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Outros autores como: Marçal Aquino, Bernardo Carvalho, Rodrigo Lacerda, Amilcar Bettega Barbosa, Livia Garcia Roza, Cintia Moscovich, Paulo Lins, Ivana Arruda Leite, André Sant’Anna, Marcelo Mirisola, Tércia Montenegro entre tantos outros, também são considerados grandes nomes que marcaram essa década.

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MARÇAL AQUINO

BERNARDO CARVALHO

RODRIGO LACERDA

AMILCAR BETTEGA BARBOSA

LIVIA GARCIA ROZA

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PAULO LINSCINTIA MOSCOVICHIVANA ARRUDA LEITE

ANDRÉ SANT’ANNAMARCELO MIRISOLATÉRCIA

MONTENEGRO

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Diferente dos escritores da década de 70, que escreviam seus contos em máquinas de escrever, os escritores da geração de 90 produziam literatura em computadores e estavam colados na globalização.

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A importância dos autores da década de 90, aos poucos foi crescendo, pois, em lugar de se preocuparem com a ambientação como nos anos de 1980, buscavam a desterritorialização da narrativa, criando cenários onde uma rua pode ser qualquer rua, uma cidade, qualquer cidade ou cidade nenhuma.

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Provocou alguma surpresa quando Chico Buarque, conhecidíssimo compositor de música popular desde a década de 1960, lançou-se na literatura, em 1991. Na verdade, seu interesse pela prosa de ficção já transparecia nas incursões pelo teatro (Roda viva, 1968; Calabar, 1973; Gota d’água, 1975 e Ópera do Malandro, 1978;) e até mesmo na novela “Fazenda modelo”, de 1974, uma fábula sobre a ditadura militar. Seus três primeiros romances, Estorvo, Benjamin e Budapeste, desenvolvem situações kafkianas, quando um fato absolutamente ordinário desencadeia uma série de desencontros e estranhamentos.

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CHICO BUARQUE

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Na década de 90 algumas tendências tornam-se visíveis: o humor ao invés da sátira, o esvaziamento psicológico das histórias em prol da teatralização das narrativas, a indecidibilidade entre o vivido e o inventado, tornando híbridos os gêneros narrativos e os sujeitos do texto e um impulso pela reinvenção da capacidade de encontrar novos jeitos de escrever uma narrativa.

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Referências Bibliográficas: Literatura no Brasil. Disponível em: http://www.mundovestibular.com.br/articles/4549/1/Literatura-no-Brasil/Paacutegina1.html

Lange, Britta. Literatura e a queda do muro. Disponível em: http://www.goethe.de/kue/lit/prj/lwe/hin/pt4278641.htm

Ruffato, Luiz. Alguns apontamentos sobre a literatura brasileira contemporânea. Disponível em: http://conexoesitaucultural.org.br/biblioteca/alguns-apontamentos-sobre-a-literatura-brasileira-contemporanea/

A literatura brasileira de 1990 a 2004. Disponível em: http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/7096/7096_4.PDF

Cordeiro, Thiago. Geração 90: contistas que retratam a urbanidade. Disponível em: http://www2.metodista.br/outraspalavras/geracao90.htm