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A iluminação artificial até a chegada do projeto luminotécnico de loja de roupa feminina em um shopping
center dezembro/2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 8ª Edição nº 009 Vol.01/2014 dezembro/2014
A iluminação artificial até a chegada do projeto luminotécnico de
loja de roupa feminina em um shopping center
Magdale Medeiros da Fonseca
Pós-Graduação em Iluminação e Design de Interiores
Instituto de Pós-Graduação e Graduação – IPOG
João Pessoa, PB, 27/05/2014
Resumo
Com um panorâma geral da história da iluminação, passando por pesquisar sobre o
entendimento da visão feminina, iremos avaliar a importância da luz em um projeto
luminotécnico para uma loja de roupa feminina em que meu escritório realizou. A iluminação
é um artifício que está à disposição dos profissionais de arquitetura, deixando os projetos
com um diferencial particular, um mesmo espaço pode provocar sensações diferentes apenas
com a mudança e trabalho da luz, ela transmite a percepção, destaca objetos, define o
ambiente, cria o clima que o projetista deseja para seu resultado final. Com base nessa
definição iremos tentar entender o mundo feminino e suas particularidades para solucionar
uma melhor riqueza de detalhes e enquadrar o gosto das mulheres em projetos específicos
para elas, tornando a iluminação a nossa aliada para assim conseguir o bem estar e um
maior e melhor consumo em lojas desse segmento uma vez que não tivemos a possibilidade
do uso de luz natural, apenas utilizamos iluminação artificial. Tomando em consideração a
grande gama de acessórios, utensílios femininos, seus inúmeros usos e especialidades, iremos
considerar apenas o setor têxtil e estudar as lojas de roupas para não expandir o assunto
visto que cada comércio tem sua característica específica. Após o estudo da história da
iluminação, dos diversos modelos de lâmpadas disponíveis no mercado e seus usos
apropriados tivemos o entendimento de como e onde usar da melhor forma esse recurso para
obter um projeto luminotécnico final da loja de roupa feminina, trabalho este exposto no final
do artigo, com um resultado desejado dentro do panorama do cliente e da disponibilidade do
mercado da cidade de João Pessoa-PB.
Palavras-chaves: Loja, Feminina, Consumo, Iluminação, Sensação.
1. Introdução sobre iluminação
A luz é formada por ondas eletromagnéticas que possuem diferenças entre si pela frequência
em que vão se propagando, dentre essas ondas existe uma determinada faixa visível a olho
humano, que tem como unidade de medida o nanômetro, no qual está localizada entre 380nm
até 780nm. Essas ondas têm a capacidade de refletir em determinadas superfícies onde são
percebidas pelo cérebro permitindo a lucidez. Todas as vezes que estudarmos a iluminação
observaremos a aparição dos raios infravermelhos e ultravioleta, pois estão presentes em
todas as fontes de luz, tais raios podem provocar queimaduras, doenças de pele e
descoloramento de superficies e tecidos, ficando sobre a responsabilidade dos profissionais da
área produzirem lâmpadas e luminárias que eliminem esses danos e efeitos. Importante
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destacar que atualmente já existem técnicas e artificios que praticamente excluem esses raios,
ficando o cuidado apenas com a exposição à iluminação natural.
No princípio a única fonte luminosa era a natural e as edificações ficavam voltadas para as
aberturas que permitissem a entrada desta iluminação nos espaços criados. Com uma das
maiores descobertas da história , o fogo, aumentaram as possibilidades e o homem já poderia
controlar mais essa luminosidade em áreas internas e períodos noturnos.
Os primeiros artefatos para transportar o fogo foram as primitivas tochas que se
desenvolveram e foram se modernizando entre o tempo e os povos. Com o passar da época a
gordura animal se tornou o primeiro líquido com a finalidade de iluminar os ambientes e a
partir desse momento foram desenvolvidas as primogênitas velas, assim surgindo o
candelabro, o primeiro artefato mais desenvolvido e que remete às luminárias modernas,
podendo arriscar a dizer que este foi o precusor de nossas luminarias atuais.
Apenas em 1830 as velas foram ganhando a forma que conhecemos junto com a exploração
de petróleo, quando veio a parafina e a combinação com Esterine, nesse momento o homem
tinha a possibilidade de clarear suas residências e ter uma vida noturna mais agradável. Só
após a Segunda Guerra Mundial é que surgiram as parafinas sintéticas e logo em seguida a
descoberta da iluminação a gás. Pouco a pouco esse tipo de iluminação foi dando lugar a
elétrica e esta hoje é nossa principal fonte de iluminação artificial.
2- O surgimento das primeiras lâmpadas elétricas
Ao contrário do que muitos imaginam não foi Thomas Edison que inventou a lâmpada. Em
1809 um químico inglês chamado Humphry Davy colocou uma tira de carbono entre os dois
pólos de uma bateria e criou o primeiro arco luminoso, esta descoberta é a base essencial que
sustenta o funcionamento de uma lâmpada. Apenas em 1815 Humphry retomou seus estudos
e criou uma lâmpada de segurança para proteger os operários de minas das frequentes
explosões ocorridas em decorrência da mistura de metano com o ar atmosférico, esta foi
chamada de lâmpada de Davy e até hoje é usada por mineiros, possuindo uma tela metálica
que envolve a chama, impedindo desta forma a explosão.
Em 1840 o britânico Warren de la Rue colocou um filamento de platina dentro de um tubo
vazio, por onde fez passar eletricidade na qual queimou, emitindo luz e calor e permitindo que
alcançasse altas temperaturas sem queimar imediatamente, criando a primeira lâmpada de
grande durabilidade que temos conhecimento, todavia, o alto custo inviabilizou seu comércio.
Nos anos que se passaram vários testes foram realizados utilizado esse mesmo princípio. Os
canadenses, Henry Woodward e Matthew Evans, em 1875 patentearam a lâmpada
incandescente, esta foi baseada nos estudos de Warren de la Rue e de outros inventores que
aprimoraram a 35 anos antes. Só em 1879 que Thomas Alva Edison ganhou destaque na
história comprando a patente dos canadenses, ele e sua equipe atualizaram a lâmpada para o
filamento de bambu carbonizado e estenderam sua vida útil para 1200 horas – anteriormente o
filamento só queimava 40 horas.
Criando um produto com viabilidade econômica Thomas Edinson iniciou a comercialização
do produto e a partir desse momento muita coisa passou a ser produzida, até os dias atuais. O
mundo da iluminação não tem limites, é de grande valia sempre a procura pela pesquisa e
consequente atualização para que o profissional possa estar preparado para as novas
informações e materiais que são lançados com frequência.
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3- A percepção visão feminina e masculina
Após esse breve resumo da evolução da luz, vamos começar a entender a diferença da visão
do homem e da mulher. Nos primórdios o sexo masculino tinha a função de caçar e trazer o
alimento para comunidade, já as mulheres ficavam com a função de cuidar dos filhos,
cozinhar e permanecer com o grupo. Estas funções pré-estabelecidas começaram a exigir dos
sexos opostos mudanças naturais às suas devidas atividades; enquanto o homem evoluiu o
senso de direção, pontaria, força e objetividade, as mulheres eram perpetuadoras da espécie,
de maneira que, sendo as responsáveis pelo lar, passaram a aprimorar o senso de curta
distância, visto que tinham a obrigação de arrumar a casa e cozinhar, começaram a observar
mais tudo a seu redor, identificando com mais detalhe as aparências das coisas, o desempenho
humano e se comportando com mais discernimento.
Como nossa sociedade já mudou esses valores e funções, tais diferenças ainda nos causam
aborrecimentos e confusões. A mudança não é dada apenas pelas condições sociais, pesquisas
comprovam que o cérebro e os hormônios são os principais responsáveis pelas atitudes e
comportamentos. “Isso quer dizer que, ainda que criados em uma ilha deserta, sem uma
sociedade organizada ou pais que os influenciassem, meninos competiriam física e
mentalmente entre eles, formando grupos com uma nítida hierarquia, e meninas trocariam
toques e carinhos, se tornariam amigas e brincariam com bonecas”, cita o livro “Por que os
Homens Mentem e as Mulheres Choram?” dos autores Allan e Barbara Pease, arriscando
dizer que talvez a separação de sexo por funções fosse devidamente estabelecida
considerando as capacidades e características de cada sexo.
É cientificamente comprovada a diferença no funcionamento cerebral entre homens e
mulheres. O sexo feminino desconfia com mais facilidade quando uma pessoa não está no seu
estado normal enquanto o homem só percebe quando os sinais são mais evidentes, explicando
o fato das mulheres possuírem habilidades sensoriais mais aguçadas, apurando sua função em
detectar pequenas mudanças na aparência e nas atitudes das pessoas.
Pela pesquisa tomográfica, do professor Ruben Gur, neuropsicólogo da Universidade da
Pensilvânia, confirmou que as mulheres estão constantemente recebendo e analisando
informações que chegam do ambiente que as cerca, mesmo em repouso, por esse motivo
sabem muito mais sobre seus filhos do que seus maridos, claro que esta é uma ideia geral,
uma vez que para toda regra sempre haverá exceções.
Concluindo que o homem tem uma visão pontual, seus olhos são maiores e os lados do seu
cérebro são utilizados um de cada vez, sendo adaptado para visibilidade de longa distância,
para se concentrar em uma atividade específica. O sexo feminino possui uma visão periférica,
mais abrangente, essa realidade proporciona olhar tudo com ângulo mais aberto, ter uma
melhor observação do conjunto, uma excelente percepção de objetos no curto espaço. Esse
campo visual mais amplo explica o motivo de serem dificilmente surpreendidas em
observação, elas são mais sutis; já os homens “devoram com o olhar”, têm a necessidade de
movimentar a cabeça e são mais indiscretos. A mulher utiliza os dois lados do cérebro ao
mesmo tempo, facilitando a realização de várias funções ao mesmo tempo, o que diminui o
senso de direção, demorando mais para definir dos sentidos de direita e esquerda.
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4. Componentes importantes para a criação do projeto luminotécnico
Para entendermos o projeto criativo alguns dados devem ser levantados, estudados e avaliados
servindo de diretrizes para o começo de um bom resultado luminotécnico.
O levantamento de dados é o início para a busca de todas as informações necessárias sobre o
ambiente e área que o projeto vai ser realizado. A visita no local identifica informações
básicas como: a presença de luz natural, as medidas exatas em relação às alturas e os
comprimentos da área a ser trabalhada, possibilitando sentir o ambiente e considerar tudo de
favorável que ele possui, reconhecendo o que deve ou não ser aproveitado. Após esses dados,
essencial é escutar o cliente sobre todas as observações que ele deseja e tentar entender
quanto almeja gastar, este item de custo é fundamental, visto que temos inúmeras
possibilidades e valores para lâmpadas e luminárias. Depois de todos esses registros
devidamente anotados, o projeto de arquitetura vai ser construído em parceria com o
luminotécnico, formando um conjunto; o arquitetônico vai definir o espaço, qual a função de
cada área e o que será exposto, já a iluminação trará para os ambientes a luz ideal para exercer
a atividade desejada, obedecendo a normas e orientações técnicas pertinentes.
O conforto luminoso é o objetivo do cliente e do projetista, levando em consideração a melhor
qualidade e o menor custo possível. Para entendermos de forma mais clara vamos detalhar o
que seria esse tipo de comodidade luminosa.
Para obtermos um conforto visual apropriado devemos escolher lâmpadas que reproduzam
adequadamente as cores e evitem o ofuscamento direto ou indireto, sem esquecer que a luz
mais confortável para os nossos olhos é a luz natural, por esse motivo é interessante se ter
todo o cuidado nas instalações e escolhas para a iluminação artificial. Tal conforto está
diretamente ligado à resposta fisiológica do individuo, em sua percepção e possibilidade de
visão.
A acomodação visual varia de acordo com a idade de cada usuário, sendo mais bem
observada na infância e diminuindo com o decorrer dos anos, por este motivo em casos
específicos de iluminação comercial o fato de se identificar a faixa etária do consumidor
define com mais clareza a eficiência luminosa a ser utilizada.
A acuidade visual é a faculdade de discernir os detalhes dos elementos em função da distância
do observador, é ela que vai diminuindo com a idade devido à perda da elasticidade dos
nossos cristalinos.
Tabela 1 – Relação de acuidade visual com a idade humana
Fonte: PILOTTO. P.36. 1980
A distância do objeto em relação ao olho humano também deve ser considerada. Quando um
artefato observado localiza-se muito distante do olho, próximo ao infinito, o foco do cristalino
coincide com a retina, nessas condições o objeto é visto com grande esforço visual. Se o
IDADE
ACUIDADE VISUAL
20 ANOS 100% 30 ANOS 96% 40 ANOS 90% 50 ANOS 84% 60 ANOS 75% 70 ANOS 60%
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elemento for mais aproximado ao observador, ele poderá ser visualizado com mais nitidez e
facilidade, já se o objeto for muito aproximado ao ponto de visão, a tensão do músculo sobre
o cristalino torna-se máxima para tornar nítido o elemento. O olho humano se adapta
automaticamente à iluminação para cada caso em particular, ao ser submetido a uma luz
muito intensa, a pupila se contrai para reduzir a entrada dos raios luminosos, enquanto na
escuridão ela se dilata com o objetivo de captar a maior quantidade de iluminação possível,
regulando espontaneamente a intensidade da luz sobre a retina. Devemos evitar o contraste
de intensidade luminosa para um bom projeto luminotécnico, pois esse excesso de mudança
leva a uma adaptação muito brusca, causando um desconforto visual. Outro causador de
desconforto é o ofuscamento, resultado de luz indesejada no campo visual pela presença de
uma ou mais fontes luminosas extremamente brilhantes, sem necessariamente enfraquecer a
visão dos objetos, mas causando incômodo e até redução da capacidade visual.
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o ofuscamento pode ser
dividido nas seguintes categorias:
Ofuscamento direto, devido a uma fonte luminosa situada na mesma
ou aproximadamente na mesma direção do objeto observado;
Ofuscamento indireto, devido a uma fonte luminosa situada numa direção diferente
daquela do objeto observado;
Ofuscamento por reflexão, produzido por reflexões especulares provenientes de fontes
luminosas, especialmente quando as imagens refletidas aparecem na mesma ou
aproximadamente na mesma direção do objeto observado.
A função da luz também pode ser dividida:
Luz de destaque: uma iluminação que tem a finalidade de enfatizar um objeto ou um
espaço, dando total atenção para o que estará sendo iluminando, esse efeito pode ser
alcançado posicionando a fonte de luz muito próxima à superficie que deseja ser iluminada ou
geralmente criando uma diferença de 3 até 10 vezes maior em relação a iluminação geral do
ambiente, esse resultado pode ser obtido com a utilização dos spots. O spot é um tipo de
luminária que focaliza e concentra a iluminação em determinado ponto, ele pode ter uma
determinada angulação ou até ser móvel propondo uma melhor liberdade e definição. As
lâmpadas escolhidas para serem instaladas neles têm opções de ângulos que ajudam na
afinação do projeto, sem falar na tonalidade da cor que auxília no destaque.
Luz de efeito: na iluminação de destaque o objeto é que fica em foco e nesse uso a
evidência é trazida pela própria luz fazendo uso de jogos de fachos luminosos nas superfícies,
contrastes de luz e sombra.
Luz decorativa: nesse uso não é o efeito de luz o importante, mas sim o elemento que
produz a luz. Uma arandela colonial, um lustre antigo, um abajur clássico que crie um campo
de interesse no espaço utilizado por eles, servindo de destaque mais que iluminando o
ambiente.
Luz geral: é a iluminação de forma homogênea, possuindo uma distribuição
aproximadamente regular entre as luminárias, sem destaque ou artifícios, normalmente
utilizada por um único tipo de luminária, como sanca no próprio forro, luminárias embutidas
desde que iluminem todo o espaço uniformemente. Sua principal vantagem é uma
flexibilidade na disposição do layout do ambienteporém não atende a necessidades
específicas de locais que exigem níveis elevados de iluminância;
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Luz localizada: é a iluminação que concentra a fonte de luz em lugares de principal
interesse, utilizada para espaços restritos como trabalho em fábrica. Sua instalação deve ser
altas para alcancar superfícies adjacentes, possibilitanto um maior nível de iluminância sobre
o lugar desejado.
Entendendo as classificações da luz podemos adicionar outro componente que completa o
trabalho luminoso: a sombra. Os contrastes de luz e sombra são elementos básicos para
produzir o efeito de volume nas superfícies. Podemos definir dois tipos de sombras: as
próprias – que originam o objeto em si próprio – e as projetadas – que são aquelas que o
elelmento produz em outra superfície vizinha.
Entre a sombra e a luz existe uma zona de transição que chamamos de “meia sombra”,
podendo ser alterada em relação a sua extensão de acordo com a intensidade luminosa.
No exemplo abaixo, o círculo passou de ser um objeto bidimensional para se tornar um
elemento trimidimensional apenas com o efeito da luz e sombra, deixando de ser um simples
círculo para se tornar uma esfera.
Figura 1
Fonte: www.amopintar.com/luz-e-sombra
Antes de estudarmos os tipos de lâmpadas alguns dados sobre elas são importante resoltar,
essa informação ajuda na escolha da fonte luminosa para a aplicação desejada. Um deles é o
IRC, índice de reprodução de cor, essa informação quantifica a fidelidade que uma fonte de
luz reproduz as cores mesmo independentes da sua temperatura de cor, pois existem lâmpadas
com diferentes temperaturas de tonalidade e que apresenta o mesmo IRC, sempre tomando
em parâmetro a iluminação natural pois é a luz do sol que temos como referência de melhor
reprodução de cor. A temperatura de cor da luz é a aparência de cor da luz emitida pela
lâmpada, ou seja, a relação entre a temperatura de um material hipotético chamado de “corpo
negro radiador” e a classificação de energia da luz reproduzida à medida que é feito o
aquecimento do corpo negro a partir do zero absoluto. A unidade de medida é feita em Kelvin
e quanto mais alta for essa temperatura, mais clara é a luz , chegando até a tonalidade de azul,
que são as mais altas temperaturas, concluindo que as cores mais quentes possuem as
menores temperaturas, exemplo à luz amarelada tem 2500K e as cores mais frias a azulada
tem 6500K.
5. Tipos de lâmpadas
Incandescentes
Foi o primeiro tipo de lâmpada a ser comercializado, sendo esta lâmpada muito utilizada no
século 19. Sua iluminação tem uma tonalidade de cor amarelada. Devido a sua ineficiência
energética está entrando em desuso e sendo utilizada apenas em projetos específicos, pois
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cerca de 90% da energia é transformada em calor e apenas 10% em luz. É uma boa fonte de
iluminação, possui um alto índice de reprodução de cores, mas infelizmente em relação à
economia de energia é totalmente deficiente. Espera-se que até 2016 elas desapareçam do
mercado sendo substituídas por fluorescentes e LED’s.
Halógenas
Estes tipos de lâmpadas possuem o mesmo princípio das incandescentes, consistindo em uma
corrente elétrica que passa por um filamento, diferenciando-se pelo tubo que envolve o
filamento que não é de vidro comum e sim de quartzo, além da utilização de um sistema de
gases halógenos. Tais gases combinam com as partículas desprendidas do filamento que é
aquecido fazendo com que o retorno das partículas permaneça sempre com a mesma
espessura, produzindo uma iluminação branca e brilhante com uma grande intensidade e com
uma durabilidade quatro vezes maior que a lâmpada incandescente. Possui uma grande
variedade de formatos e aplicações e sua principal vantagem é o índice de reprodução de cor
que chega a 100, equivalente às incandescentes e a luz natural do sol.
As lâmpadas halógenas mais conhecidas são as dicróicas usadas para destacar elementos com
possibilidade de diferentes ângulos de fachos. As halógenas palito ou de duplo contato são
utilizadas em iluminação geral de áreas internas e até em fachadas e monumentos. A PAR é
usada para destaque em áreas externas. As lâmpadas ALR111, por seu design diferenciado,
com uma haste antiofuscamento incorporada a sua estrutura, constituem excelente alternativa
para iluminação de lojas, restaurantes e hotéis, possuindo ainda ângulos de fachos entre 8º à
24º, necessita de transformador para operação correta. As Bipinos têm tamanhos reduzidos e
mesmo assim uma alta luminosidade e eficiência além também servirem para iluminação de
destaque. Essas são as mais conhecidas, porém, dependendo do fabricante, outros nomes e
referências são encontradas para as halógenas.
Essa classe de lâmpadas possui vida útil maior que as incandescentes, podendo chegar até
5.000 horas. São mais eficientes que as anteriores, pois com a mesma quantidade de energia
produzem uma quantidade de luz superior e também podem ser dimerizadas, mas ainda não
possuem uma boa eficiência energética.
De Descarga Funcionam basicamente na condução de corrente elétrica em um meio gasoso, seus eletrodos
se transformam em tensão elevada capaz de vencer a rigidez dielétrica do meio, são mais
usadas com vapor de mercúrio ou argônio.
Os tipos mais utilizados são:
- Lâmpadas Fluorescentes
Foram introduzidas no mercado consumidor aproximadamente em 1938. São lâmpadas
com melhor desempenho em relação às anteriores, emitem mais energia eletromagnética em
forma de luz do que calor, por essa razão são as mais indicadas para iluminação de interiores,
bem como escritórios, lojas, indústrias, tendo espectros luminosos indicados para cada
aplicação. Esta lâmpada funciona com uma descarga elétrica através de um gás para produzir
energia luminosa, consiste em um bulbo cilíndrico de vidro, tendo em suas extremidades
eletrodos metálicos de tungstênio, por onde circula a corrente elétrica dentro do bulbo há
vapor de mercúrio ou argônio sob baixa pressão e as paredes internas do tubo são pintadas
com materiais fluorescentes, conhecidos por cristais de fósforo.
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As fluorescentes não permitem o destaque perfeito das cores, pois seu índice de reprodução
de cor é 85, mas se utilizarmos a lâmpada branca fria ou morna, isso permitirá uma
visualização razoável do espectro de cores. São muitos os tipos de lâmpadas fluorescentes, só
para as de modelo tubulares são: T12, T10, T8 e T-5, essas referências são para diferenciar as
bitolas do bulbo em relação à polegada de cada uma; a fluorescente circular oferece design
diferenciado no formato que o próprio nome sugere; além dessas existem as compactas que
possui o mesmo bocal das incandescentes já que começam a serem introduzidas ao mercado
para substituir essas lâmpadas de filamentos devido a sua melhor eficiência energética. Além
de uma economia de 80% de energia em relação às incandescentes, possuem uma maior
durabilidade, pelo menos oito vezes maior que as anteriores, um design moderno, aquece
menos o ambiente e possuem duas tonalidades de cores, amarela e branca, podendo ter uma
variedade melhor na adequação dos ambientes, por esses motivos a fluorescente logo ganhou
uma excelente força nas vendas.
O maior cuidado com essas lâmpadas é seu descarte, elas não devem ser colocadas no lixo
comum, pois contêm em sua composição elementos químicos, mercúrio e fósforo, caso
tenham um destino inadequado poluem a natureza comprometendo a cadeia alimentar, só
devendo, desta maneira, ser destinadas a empresas de reciclagem.
- Lâmpadas de vapor de mercúrio
São de alta pressão, tem a base de funcionalidade parecida com as fluorescentes, necessitando
de reator para seu funcionamento. Elas emitem uma luz com tonalidade branca-azulada, com
uma emissão na região visível dos comprimentos de radiação do amarelo, verde e azul,
alcente as ondas vermelhas. O IRC não é muito significativo , chegando a 40 até 57, possui
uma vida média de 11.000 a 12.000 horas. Usada em iluminação pública, fachadas e
indústrias, lugares que não exijam um excelente reprodução de cor, pelo seu custo de
investimento baixo.
- Lâmpadas Mistas
São lâmpadas que compostas pela combinação da incandescente com a lâmpada de vapor de
mercúrio, não utilizam reator e só funcionam em rede de 220V. São indicadas para a
produção de iluminação barata. Em relação à eficiência energética elas são superiores às
incandescentes, mas ainda têm um alto consumo de energia e muitas restrições em seu uso,
causam desconforto, uma vez que qualquer variação de tensão as desligam, demorando cerca
de 5 minutos para reacender. Por esses motivos está em desuso.
- Lâmpadas de vapor de sódio
São de alta e baixa pressão e para seu funcionamento é necessário reator e ignitor para
proporcionar a partida da lâmpada. As lâmpadas de baixa pressão emitem praticamente a
tonalidade amarelada, tem uma alta eficiência luminosa, vida útil de 9.000 horas, um IRC
muito fraco que dificulta a distinção de cores, possui um aranque lento que pode chegar até 15
minutos. É indicada em iluminação de estradas, túneos e áreas de ar livre. As de alta pressão
produzem uma luz bastate forte e de tonalidade amarelada, fazendo com que distorçam
totalmente as cores, dessa forma seu IRC é baixo, é unânime no que se refere à eficiência
energética. A sua radiação vísivel é maior que a de vapor de mercúrio, a iluminação resultante
causa uma impressão bem agradável. São utilizadas na iluminação de vias públicas, na
indústria, aeroportos, estaleiros, pátios e estacionamentos. Embora seu preço seja superior, o
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seu rendimento é mais elevado, tornando-as mais solicitadas nas aplicações em relação às
lâmpadas de vapor de mercúrio.
LED
A tradução para o português da sigla é: Diodos Emissores de Luz, a emissão ocorre com
passagem de corrente elétrica, sendo fabricadas com material semicondutor semelhante aos de
chips de computador. A primeira lâmpada de LED surgiu em 1962, mas dessa data seu
sistema eram usados apenas na aplicação de eletrônicos, com a descoberta da tecnologia para
a emissão de luz branca tornou possível seu uso para a substituição de lâmpadas tradicionais,
sua evolução já se considera bem avança e está cada vez mais moderna. A maior desvantagem
é o custo que se comparado com o das demais lâmpadas ainda é mais alto, porém esse valor
vem baixando gradativamente com sua evolução, se relacionarmos seu preço com sua alta
durabilidade e economia de energia ainda vale à pena.
As vantagens desse tipo de lâmpada são incomparáveis com as demais: uma vida útil
altíssima, em torno de 100.000 horas, elevada eficiência luminosa, variedades de cores,
podendo ser utilizada em RGB com mudança de tonalidades por controle sem fio, tamanho
variado e cada vez menor, uma excelente resistência a choques e vibrações, ausência de raios
ultravioleta e infravermelho, possibilidade de iluminação direcional, baixíssima dissipação de
calor e é a classificação de lâmpada com o menor consumo energético.
Sem dúvida é a grande proposta para o futuro da iluminação, com elas muitas inovações estão
sendo criadas e a promessa de uma eficiência energética ideal, sua evolução está cada dia
mais acelerada e com ela a aplicação para praticamente todos os segmentos do mercado de
iluminação, deixando de ser apenas aquela luz de lanterna e sensores de eletrônicos e
alcançando potências de fluxo luminoso bastante reconhecido, já temos até reatores de alta
projeção luminosa. Além de ser iluminação de efeito e usos contínuos, tratam-se de
excelentes opções para instalações de difícil acesso, pois sua vida útil é a
mais longa das lâmpadas e dessa forma sua manutenção é reduzida. É uma revolução em
tamanhos e formas.
Algumas lâmpadas já entraram em desuso com o aparecimento do LED – o néon é um
exemplo – por serem de alta manutenção e apresentarem perigo em sua tensão e frequência
foram facilmente substituídos por essa maravilha moderna. Onde anteriormente se iluminava
com uma incandescente de 40W, depois uma halógena de 30W, hoje instala-se uma LED com
apenas 1W de potência.
Alguns modelos que a OSRAM disponibiliza no mercado são o LINEARlight, usados em
iluminação de emergência e marcação de piso; o BACKlight em letras de acrílico; COINlight
como balizadores e sinalização; EFFECTlight que tem uma maior potência de fluxo
luminoso e fachos mais concentrados, utilizado em fachadas; MARKERlight marcação de
piso e em sinalização. Todos os modelos citados anteriormente são utilizados em iluminação
geral.
Importante salientar que também possuem produtos de LED com possibilidade de
dimerização, permitindo a variação da luz de 0% até 100%.
6. Função de um Lighting Designer
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É o profissional especializado em trabalhar com a luz da melhor maneira possível. Este deve
entender o espaço a ser transformado e o estudo dos recursos necessários para um bom
resultado estético de luz utilizando o conhecimento técnico dentro de um orçamento que
possibilite a execução do projeto luminotécnico. É de extrema importância que ele tenha
entendimento das exigências humanas e conhecimento do espaço arquitetônico. O lighting
designer entende o significado da luz para a saúde física e mental das pessoas, levando em
consideração as diferenças culturais e costumes, incorporando todos esses fatores em seu
projeto para criar ambientes em que nossa sensação de bem-estar seja realçada e as
características primordiais do espaço arquitetônico sejam destacadas, utilizando técnicas
praticáveis e sustentáveis. O resultado final é um projeto de iluminação independente, que
venha garantir que a solução concebida é a mais adequada para seu cliente e sem realação
com marca ou produto.
Um componente essencial para definir a qualidade de qualquer lugar é a luz natural, a
iluminação do dia e a escuridão que temos à noite, pois não existe iluminação artificial que
possa substituir a quantidade do tipo de luz em destaque, por esse motivo sempre recorremos
a uma situação de iluminação natural para julgarmos a qualidade de luz artificial.
7. Iluminação Comercial
A iluminação bem projetada e executada com perfeição diferencia qualquer projeto de
ambientação. Introduzindo esse conceito no mercado comercial seus benefícios são ainda
mais amplos, pois destaca o ponto comercial da concorrência, agradando e aproximando o
consumidor. Para alguns clientes a luz pode ser o único fator ambiental responsável pela
atração a uma loja.
A quantidade de vendas está diretamente relacionada à permanência do consumidor no
ambiente, então se faz necessário encontrar artifícios para despertar o conforto e o prazer de
duração no estabelecimento, aumentar o interesse pelos produtos, proporcionar meios de
experimentar e provar a mercadoria e é a iluminação fundamental para aflorar estas
sensações. A principal preocupação para o projeto é o fortalecimento da imagem da empresa,
prevendo os efeitos de luz desde o lado de fora, valorizando a fachada, os produtos na vitrine
para que encante o cliente e o faça entrar no estabelecimento e ter interesse na mercadoria em
seu interior que também deve ter iluminação apropriada.
A fachada é o instrumento chave para o interesse do cliente na loja. À primeira vista deve ser
planejada para transmitir o conceito do negócio acompanhando as diretrizes do marketing do
estabelecimento; é ela que vai destacar a empresa do seu entorno, principalmente se estiver na
rua onde a quantidade de informação é superior e a disputa pela atenção aumenta. Outro ponto
importante é evitar o ofuscamento, a quantidade de luz deve ser suficiente para destacar o
produto da vitrine, devendo se tomar cuidado com o reflexo no vidro para não incomodar e
espantar a clientela.
O investimento com o projeto luminotécnico é um capital que logo é retornado para a
empresa, porque se entendem que após a sua execução o objetivo é a aumentar as vendas e a
lucratividade do comércio, ou seja, uma boa iluminação é um bom negócio.
É importante observar a diversidade dos clientes existentes no mercado e avaliar a fundo as
preferências do público alvo de cada setor, cada tipo de empresa exige um tipo de iluminação,
que considera a mercadoria comercializada e o perfil do consumidor final.
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8. Projeto luminotécnico de uma loja de roupa feminina em um shopping center
Para exemplificar, trago um projeto luminotécnico realizado pelo meu escritório, de uma loja
de roupa feminina, localizada num shopping da cidade de João Pessoa-PB.
A loja Telepatia foi fundada em 2001, voltada para o público feminino, com faixa etária a
partir dos 15 anos, além de multimarcas, a empresa tem sua própria produção de roupas. O
objetivo do projeto era trabalhar da melhor forma a iluminação artificial visto que ela está
localizada dentro do shopping – por isso a iluminação natural seria inexistente – dentro de um
conceito de eficiência energética e conforto luminoso em parceria com o projeto
arquitetônico.
O proprietário apenas exigiu que o projeto fosse de fácil aplicação com um custo não tão
elevado para que pudesse ser reproduzido em suas lojas antigas, visto que a marca já possui
mais três lojas na cidade e esse seria o primeiro projeto devidamente arquitetado por um
escritório especializado.
Estudando o público feminino podemos constatar que as mulheres são altamente consumistas,
compram mais que suas necessidades, adoram uma promoção e, diferentemente dos homens,
são mais observadoras. As mulheres têm o comportamento mais extrativista, por isso explica-
se seu extraordinário poder de compra e consumo, então, conseguindo convencer uma mulher
a entrar no estabelecimento apenas pela fachada, aumenta-se a chance de seu consumo ao
adentrar na loja, pois ela já se encantou de cara e irá procurar algum produto que encaixe em
seu gosto para comprar.
Para esse projeto trabalhamos a iluminação por espaços, subdividindo cada setor em parceria
com a ambientação que já estava definida e passamos a entender cada uso e finalidade:
Fachada da Loja
Devido às normas do shopping, a fachada deveria tem mais de 70% de elemento translúcido,
vidro, por isso o grande cuidado para que a iluminação interna não ofuscasse o transeunte. O
letreiro com o nome da loja foi projetado com letras de acrílico iluminado com fita de LED
em RGB, onde a cor predominante ser o violeta, pois essa cor é cor escolhida para sua
logomarca. Essas letras que compõem o nome “Telepatia” estão aplicadas sobre o vidro da
vitrine; em sua parte de interna possui um painel vazado que ajuda a escapar a iluminação da
vitrine trazendo um efeito bem interessante.
Vitrine
Para focar e iluminar com intensidade os manequins, utilizamos 3 spots móveis, uma
luminária para cada expositor, com uma lâmpada cada de HCI PAR 30, com um índice de
reprodução de cor excelente de 90 e temperatura de cor de 3000K.Toda a parte da frente da
loja possui um pé-direito bastante elevado com cerca de 6,0m de altura, então escolhemos o
ângulo de 40º (um ângulo mais aberto) para que, além de iluminar com propriedade os
manequins, sua abertura lavasse toda a vitrine de forma homogênea, mesmo com as
diferenças de alturas de bases que se apresentam e mesmo que sua posição possa ser alterada
devido a alguma mudança de organização de vitrine.
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Maquete eletrônica com imagem da fachada
Fonte: Escritório MK Arquitetura
Detalhes Laterais
A loja é relativamente estreita e foi criado pelo projeto arquitetônico um painel com
elementos vazados. Para aproveitar tais aberturas, o projeto luminotécnico agregou fitas de
LED com RGB para que em determinada mudança de estação e a apresentação de novas
coleções a tonalidade de cor fosse alterada, utilizando no decorrer do ano 4 cores fixas, no
verão uma tonalidade amarelada, outono esverdeado, inverno azulado e primavera a cor lilás
bem clara. No fundo, o espelho aplicado na parte de cima da parede que esconde o depósito
foi aplicado espelho, o qual reproduz a luz e o elemento vazado da fachada, podemos
observar na imagem a cima.
Móvel em Ilha
Esse móvel está localizado entre a vitrine e o caixa, sua iluminação é feita com pendentes
com foco de luz exclusivamente para baixo, com lâmpadas incandescentes de LED, pois é
uma lâmpada com alta eficiencia energética e uma potência baixa para não transmitir calor
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devido os pendentes como seu próprio nome sugere, pendem e se aproximam mais das
consumidoras evitando um desconforto de temperatura, sua temperatura de cor é de 2700K,
possuindo assim uma tonalidade amarelada. Em sua parte de baixo o móvel possui uma base
mais recuada e um rasgo para o encaixe e instalação de fitas de LED para destacar a ilha,
aparentando que o objeto está solto do chão.
Nichos
São iluminados com LED na cor neutra para não interferir na reprodução de cor dos produtos
ali expostos.
Iluminação Geral
Toda a iluminação da loja será feita com spots embutidos móveis na cor branco na parte
externa e preto em sua parte interna com lâmpadas de PAR 30 de LED, ângulo de 25º que é
um mais fechado, potência baixa de 11W e temperatura de cor de 3000K, nesta área o pé-
direito é de 4,40m de altura.
Caixa
Possui o mesmo detalhe da base com fita de LED e sua iluminação superior é obtida pela
iluminação geral da loja.
Araras
Possuem iluminação direta com sanca feitas no próprio móvel com lâmpadas T5 , que são
lâmpadas flourescentes mais econômicas , com tonalidade neutra.
Circulação dos Provadores
Nesse corredor utilizamos spots embutidos, móveis na cor branca na parte externa e preta em
sua parte interna com lâmpadas de PAR 20 de LED, ângulo mais fechado de 25º, potência
baixa de 8W e temperatura de cor de 3000K, o pé-direito nessa parte é de 2,75m.
Provadores
Sua iluminação geral é feita com luminária embutidas de lâmpadas fluorescentes compactas
de 23W e tonalidade de cor amarelada, possui também uma iluminação indireta com um
painel de espelho na frente que embute uma lâmpada fluorescente T5 de 28W em cada lado
com 3000K de temperatura de cor, esse tipo de iluminação esconde mais os defeitos e deixa a
pessoa mais satisfeita com seu visual no espelho.
Escada
O acesso para o depósito utiliza uma ilunação geral econômica feita com luminárias
embutidas com lâmpadas fluorescentes compactas de temperatura de com de 2700K.
QUADRO DE CARGAS
UNID.
SIMB.
LUMINÁRIA
LÂMPADA
ÂNGULO
LÂMPADA
TEMP.
DE COR
WATT LÂMP.
QUANT. DRIVE E REATOR
TOTA
L WATT
03
Spot modular Branco e preto
HCI PAR 30
40º
3000K
70W
3
reatores
210W
17
Spot modular Branco e preto
PAR 30 LED
25 º
3000K
11W
________
187W
03
Spot modular
PAR 20 LED
25 º
3000K
8W
________
24W
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01
Pendente Mantra Zen 2943
Incandescente de LED
bulbo
________
2700K
4W
________
4W
01
Pendente Mantra Tango
2943
Incandescente de LED
bulbo
________
2700K
4W
________
4W
02
Pendente Mantra Manga
2943
Incandescente de LED
bulbo
________
2700K
4W
________
8W
07
Embutido 25x25cm p/ 2lâmpadas
Fluorescente compacta
________ 2700K
23W
________
161W
07
Fita de LED c/ RGB (5m)
Usado 35m ________ _____ 41W módulo de 5m
7 drives
287W
01
Fita de LED (5m)
Usado 5m mas dividido
em 3
________ 3000K
24W
3 drives
24W
05
Fluorescnete embutina no
móvel
Tubular T5
________
3000K
28W
2 duplos 1 simples reatores
140W
06
Arandela na parede
Fluorescnete embutina no
móvel
Tubular T5
________
3000K
28W
3 duplos reatores
168W
02
Fluorescnete embutina no
móvel
Tubular T5
________
3000K
14W
1 duplo reator
28W
TOTAL 1281W
Quadro de cargas do projeto
Fonte: Escritório MK Arquitetura
Legenda da simbologia do projeto
Fonte: Escritório MK Arquitetura
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Planta baixa da marcação das lâmpadas
Fonte: Escritório MK Arquitetura
9. Conclusão
O resultado de um bom projeto de iluminação comercial se deve quando harmonizamos o
custo pré-estabelecido para sua execução com um produto final que promovem o bem estar e
o conforto visual perfeito, trabalhando o contraste de sombra e luz, iluminação geral e pontual
tudo isso com escolhas adequadas de lâmpadas e luminárias, sem deixar de lado a influência
do luminotécnico no consumo do cliente, de maneira que com esses objetivos se alcance a
satisfação do consumidor com êxito, cabendo aos produtos expostos à função complementar
de terminar de conquistar e agradar ao cliente.
Vale salientar que o projeto apresentado atendeu a esses conceitos e foi aprovado pelo
contratante. Com um resultado bem integrado no decorrer de toda a loja, mantendo a
temperatura de cores predominantes entre 2700K até 3000K, com destaque diferenciado
apenas para os painéis vazados das laterais, que utilizamos fita de LED com RGB,
transformando a loja com um projeto bem arrojado e diferente, além de a possibilidade de
mudança, dentre as cores pré-escolhidas, possibilita a empresa criar uma característica
particular e alterando o clima do ambiente segundo a estação do ano.
Todo o projeto possui uma execução viável e de fácil instalação. As lâmpadas e luminárias
foram escolhidas com o que tínhamos de recurso e disponibilidade no mercado da cidade de
João Pessoa-PB, viabilizando ainda mais os custos.
A iluminação de destaque nos nichos e araras torna os produtos expostos mais atrativos e
ajuda no interesse das consumidoras, aumentando o consumo e a lucratividade da loja. A
predominância de lâmpadas fluorescentes e LED’s garantem a eficiência energética, assunto
este tal importante atualmente, diminuindo o custo não só no consumo da iluminação mas
economizando e poupando o sistema de climatização do ambiente, pois essas lâmpadas não
são fonte de transformação de calor expressiva.
Um projeto luminotécnico apresentado sempre terá outras possibilidades em relação às
escolhas de luminárias e lâmpadas devido a grande quantidade desses produtos no mercado. O
importante é atender à necessidade do cliente e deixar sua execução viável em custo e mão de
obra, nunca se esquecendo da economia de energia.
Referências
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de Interiores. Rio de Janeiro, 1992.
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5382: Verificação
de Iluminação de Interiores. Rio de Janeiro, 1985.
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LIMA, Mariana. Percepção visual aplicada a arquitetura e iluminação. Rio de Janeiro: Ed.
Ciência Moderna, 2010.
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MOREIRA, Vinicius de Araujo. Iluminação Elétrica. São Paulo: Ed. Edgard Blücher
LTDA, 1999.
MOREIRA, Vinicius de Araujo. Iluminação e fotometria: teoria e apilcação. São Paulo:
Ed. Edgard Blücher LTDA, 1987.
PEASE, Allan; PEASE, Barbara. Por que os homens mentem e as mulheres choram? Rio
de Janeiro: Ed. Sextante, 2003.
PILOTTO Neto, Egydio. Cor e Iluminação nos ambientes de trabalho. São Paulo: Livraria
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SCHMID, Aloísio Leoni. A ideia de conforto : reflexões sobre o ambiente construído.
Curitiba: Ed. Pacto Ambiental, 2005.
SILVA, Mauri Luiz da. Luz, lâmpadas e iluminação. Rio de Janeiro: Ed. Ciência Moderna,
2004.
VIANNA, Nelson Solano; GONÇALVES, Jonan Carla S. Iluminação e arquitetura. São
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em 20 de abril de 2014
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aumentar-sebrae-empreendedorismo/. Acesso em 10 de maio de 2014
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http://www.lume.com.br/pdf/ed14/ed_14_Opiniao.pdf. Acesso em 20 de abril de 2014
http://www.usp.br/fau/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0262/Af_Apostila_Con
ceitos_e_Projetos.pdf. Acesso em 20 de abril de 2014
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Anexos
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Planta baixa com marcação das alturas do pé-direito
Fonte: Escritório MK Arquitetura
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Planta baixa com cotas
Fonte: Escritório MK Arquitetura
Maquete eletrônica com imagem das araras e painel vazado iluminado
Fonte: Escritório MK Arquitetura
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Maquete eletrônica com imagem das araras, painel vazado iluminado e caixa com base iluminada
Fonte: Escritório MK Arquitetura
Maquete eletrônica com imagem da parte interna da loja completa
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Fonte: Escritório MK Arquitetura
Maquete eletrônica com imagem das araras, painel vazado iluminado e nichos iluminados
Fonte: Escritório MK Arquitetura