a importância da fisioterapia no processo de...

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1 Pós-graduando em traumato-ortopedia com ênfase em terapias manuais 2 Mestrando em Bioética e Direito em Saúde, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Graduada em Fisioterapia. A importância da fisioterapia no processo de protetização Bruna Silva de Lima 1 bruna-slima@hotmail.com Dayana Priscila Maia Mejia 2 Pós-graduação em ortopedia e traumatologia com ênfase em terapias manuais Faculdade Ávila Resumo A presente artigo científico com o tema A importância da fisioterapia no processo de protetização tem como objetivo geral apresentar o papel da fisioterapia na reabilitação protética. Com objetivos específicos temos a proposta de destacar as possíveis causas de amputação em membros inferiores e seus níveis, identificar as principais dificuldades encontradas no processo de protetização e explicitar as estratégias de tratamento utilizadas no processo de reabilitação protética de membros inferiores a nível transtibial unilateral. É de grande questionamento a problemática referente a saber se todos os indivíduos amputados são passíveis a serem protetizados. Para tal pesquisa utilizaremos a revisão bibliográfica com arsenal encontrado em bibliotecas públicas e acervo pessoal, além de artigos advindos de fontes da internet como a Pubmed, Medline, Lilacs. Podemos concluir que independente da causa da amputação, os fisioterapeutas têm um papel importante no programa de reabilitação, pois o início precoce do tratamento apropriado influencia o resultado final da reabilitação. Palavras-chave: Fisioterapia; Protetização; Reabilitação. INTRODUÇÃO Neste trabalho procuramos relatar a importância da fisioterapia no processo de protetização. A amputação não deve ser vista como o fim da funcionalidade de um indivíduo, e sim como uma nova fase de vida que tem como objetivo primordial manter e/ou devolver a dignidade e estado funcional do paciente (OLIVEIRA, 2009). Para Carvalho apud Agne (2004) as patologias vasculares sào responsáveis pela maior incidência de amputaçòes de membros inferiores. As amputaçòes de membros inferiores causadas por doenças vasculares periféricas atingem principalmente idosos. De acordo com O’Sullivan (2010) entre outras causas para amputação inclui o fator traumático, geralmente através de acidentes automobilisticos ou armas de fogo. Geralmente são apontados adultos jovens, sobretudo do sexo masculino. Em amputações ocorridas por trauma, sua maior incidência aponta adultos com menos de 50 anos de idade (AGNE, 2004). Para O’Sullivan (2010) ainda no período pós-cirúrgico é aconselhável que seja feita a determinação e adequação da pessoa que pretende fazer uso de prótese. No entanto, nem todas essas pessoas independente do desejo pessoal serão candidatos a protetização por não estarem cientes das demandas fisiológicas da deambulação com prótese, principalmente nos níveis transfemorais. Debastiani apud Carvalho (2003) afirma que com as guerras, inúmeros acidentes automobilísticos e a progressão de indivíduos acometidos por doenças sistêmicas crônicas dentre tantos outros fatores, a população de amputados aumentou consideravelmente, resultando em um uma reformulação acerca dos conceitos que a amputação recebia. Independente da causa da amputação, os fisioterapeutas têm um papel importante no programa de reabilitação. O início precoce do tratamento apropriado influencia o resultado final da reabilitação (O’SULLIVAN, 2010:1124). O processo de aceitação da prótese também é uma das fases importantes para a protetização, pois através dela o paciente poderá ter muitas de suas atividades de vida

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1Pós-graduando em traumato-ortopedia com ênfase em terapias manuais 2Mestrando em Bioética e Direito em Saúde, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Graduada

em Fisioterapia.

A importância da fisioterapia no processo de protetização

Bruna Silva de Lima1

[email protected]

Dayana Priscila Maia Mejia2

Pós-graduação em ortopedia e traumatologia com ênfase em terapias manuais – Faculdade Ávila

Resumo

A presente artigo científico com o tema A importância da fisioterapia no processo de

protetização tem como objetivo geral apresentar o papel da fisioterapia na reabilitação

protética. Com objetivos específicos temos a proposta de destacar as possíveis causas

de amputação em membros inferiores e seus níveis, identificar as principais

dificuldades encontradas no processo de protetização e explicitar as estratégias de

tratamento utilizadas no processo de reabilitação protética de membros inferiores a

nível transtibial unilateral. É de grande questionamento a problemática referente a

saber se todos os indivíduos amputados são passíveis a serem protetizados. Para tal

pesquisa utilizaremos a revisão bibliográfica com arsenal encontrado em bibliotecas

públicas e acervo pessoal, além de artigos advindos de fontes da internet como a

Pubmed, Medline, Lilacs. Podemos concluir que independente da causa da amputação,

os fisioterapeutas têm um papel importante no programa de reabilitação, pois o início

precoce do tratamento apropriado influencia o resultado final da reabilitação.

Palavras-chave: Fisioterapia; Protetização; Reabilitação.

INTRODUÇÃO

Neste trabalho procuramos relatar a importância da fisioterapia no processo de

protetização. A amputação não deve ser vista como o fim da funcionalidade de um

indivíduo, e sim como uma nova fase de vida que tem como objetivo primordial manter

e/ou devolver a dignidade e estado funcional do paciente (OLIVEIRA, 2009). Para

Carvalho apud Agne (2004) as patologias vasculares sào responsáveis pela maior

incidência de amputaçòes de membros inferiores. As amputaçòes de membros inferiores

causadas por doenças vasculares periféricas atingem principalmente idosos. De acordo

com O’Sullivan (2010) entre outras causas para amputação inclui o fator traumático,

geralmente através de acidentes automobilisticos ou armas de fogo. Geralmente são

apontados adultos jovens, sobretudo do sexo masculino. Em amputações ocorridas por

trauma, sua maior incidência aponta adultos com menos de 50 anos de idade (AGNE,

2004).

Para O’Sullivan (2010) ainda no período pós-cirúrgico é aconselhável que seja feita a

determinação e adequação da pessoa que pretende fazer uso de prótese. No entanto, nem

todas essas pessoas independente do desejo pessoal serão candidatos a protetização por

não estarem cientes das demandas fisiológicas da deambulação com prótese,

principalmente nos níveis transfemorais.

Debastiani apud Carvalho (2003) afirma que com as guerras, inúmeros acidentes

automobilísticos e a progressão de indivíduos acometidos por doenças sistêmicas

crônicas dentre tantos outros fatores, a população de amputados aumentou

consideravelmente, resultando em um uma reformulação acerca dos conceitos que a

amputação recebia.

Independente da causa da amputação, os fisioterapeutas têm um papel importante no

programa de reabilitação. O início precoce do tratamento apropriado influencia o

resultado final da reabilitação (O’SULLIVAN, 2010:1124).

O processo de aceitação da prótese também é uma das fases importantes para a

protetização, pois através dela o paciente poderá ter muitas de suas atividades de vida

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diária retomada. O paciente aguarda este momento ansiosamente porém geralmente não

estando preparados psicologicamente para uma possível frustração por falta de

adaptação inicial (DEBASTIANI, 2005).

O programa de exercícios deve manter um sequência para ganhos no controle motor,

coordenação, função e força. A mobilidade precoce deve sempre que possível ser

enfatizada, pois é importante para a recuperação fisiológica total. Para tanto são

inseridos no programa de exercícios atividades de progressão do leito para o colchonete

usando exercícios que priorizam a mobilidade funcional coordenada. Além de retorno o

quanto antes de suas atividades independentes. Os movimentos de transição de decúbito

dorsal para sentado, sentado para posição em pé são preliminares à deambulação. A

atenção deve ser mantida para tais exrcícios com o membro residual evitando-se todo e

qualquer trauma. Exercícios de fortalecimento muscular para membros inferiores são

importantes na preparação para andar com muletas, podendo-se fazer uso de faixas

elásticas e pesos. Exercícios de depressão do ombro e extensão de cotovelo são

particularmente necessários para aprimorar e melhorar suas habilidades no que diz

respeito a erguer o corpo para a deambulação (O’SULLIVAN, 2010).

Temos como objetivo geral apresentar o papel da fisioterapia na reabilitação protética.

Com objetivos específicos temos a proposta de destacar as possíveis causas de

amputação em membros inferiores e seus níveis, identificar as principais dificuldades

encontradas no processo de protetização e explicitar as estratégias de tratamento

utilizadas no processo de reabilitação protética de membros inferiores a nível transtibial

unilateral. Como problema da pesquisa nos indagamos a respeito da possbilidade de

qualquer paciente que passou pelo processo de amputação de membros inferiores possa

tornar-se um candidato ao uso de prétese. Como justificativa chegamos a conclusão que

de acordo com O’Sullivan (2010) uma meta primordial do período pós-cirúrgico é

determinar a adequação da pessoa para a protetização. Nem todas as pessoas com

amputações são candidatos para o uso de uma prótese, independentemente do desejo

pessoal.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA a) Fator etiológico para amputações

Tão antiga quanto a própria humanidade, amputação significa a retira geralmente

cirúrgica, total ou parcial de um membro (AGNE, 2004).

“A amputação é a retirada, total ou parcial de um membro, no qual os cotos mal-

acabados acarretam em complicações, como a má adaptação a prótese ortopédica, pois é

ele responsável pelo controle da prótese durante o ortostatismo e a demabulação”

(VILAGRA, 2011).

Encontrada no Instituto Smithsonian um crânio de aproximadamente 45 mil anos, com

dentes desgastados e alinhados, é a evidência mais antiga de amputação, que devido às

características relatadas indica a presença de amputação de membros inferiores

(DEBASTIANI, 2005).

Pesquisas relatam que há 2.300 a. C. arqueólogos russos descobriram o esqueleto de

uma mulher com um pé de cabra adaptado ao coto na forma de prótese, desta forma nos

informando sobre a antiguidade da protetização na humanidade em épocas remotas

(VILAGRA, 2011).

“Principalmente após 60 anos, as pessoas tendem a apresentar algum grau de

dependência inicialmente para atividades instrumentais de vida diária, sendo que esse

quadro de dependência se agrava após esse idoso passar por uma amputação”

(CARVALHO, 2005).

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A amputação não deve ser vista como o fim da funcionalidade de um indivíduo, e sim

como uma nova fase de vida que tem como objetivo primordial manter e/ou devolver a

dignidade e estado funcional do paciente (OLIVEIRA, 2009).

De acordo com estimativas, pelo aumento da expectativa de vida, espera-se que entre os

idosos haja um aumento da ocorrência de amputações de membro inferior. À medida

que a expectativa de vida da população aumenta, a incidência de doença vascular

periférica e diabetes mellitus mostra-se proporcional a esse aumento. Amaior parte das

amputações ao nível da coxa são realizadas por complicações vasculares e infecciosas

do diabetes mellitus (AGNE, 2004). Ainda assim, os pacientes com diabetes mellitus

vivem mais devido a novos tratamentos descobertos por médicos para seu controle.

Porém, estão mais expostos à sequelas que a mesma produz, tais como, perda da

sensibilidade periférica, o que aumenta o risco para eventuais amputações (ALMEIDA,

1997). A principal causa de amputação do membro inferior atualmente continua

sendo a doença vascular periférica (DVP), em particular quando associada a

tabagismo e diabetes. Grandes melhoras no diagnóstico não invasivo,

revascularização e técnicas de cicatrização de feridas têm reduzido a

incidência geral das amputações por doença vascular (O’SULLIVAN,

2010:1124)

De acordo com Maffei apud Agne (2004), os fatores de risco, como atribuição idade

avançada, tabagismo, diabetes, hipertensão, lipoproteinemia, são influências para o

aparecimento de doenças vasculares, por exemplo, aumentando desta maneira a

incidência de aterosclerose e acelerando o progresso da mesma à amputação do

membro.

“A insuficiência vascular periférica é responsável por 80% de todas as amputações de

membros inferiores em indivíduos adultos” (CARVALHO, 2005).

Para Carvalho apud Agne (2004): As patologias vasculares sào responsáveis pela maior incidência de

amputaçòes de membros inferiores. As amputaçòes de membros inferiores

causadas por doenças vasculares periféricas atingem principalmente

pacientes com uma faixa etária mais avançada, os quais estão mais

suscetíveis a doenças degenerativas como a arteriosclerose.

De acordo com O’Sullivan (2010) entre outras causas para amputação inclui o fator

traumático, geralmente através de acidentes automobilisticos ou armas de fogo.

Geralmente são apontados adultos jovens, sobretudo do sexo masculino. Em

amputações ocorridas por trauma, sua maior incidência aponta adultos com menos de 50

anos de idade (AGNE, 2004).

“A amputação deve ser diferenciada de desarticulação, pois a amputação consiste na

remoção da parte de um ou mais osso, diferente de desarticulação que remove uma parte

por meio de uma articulação” (CRENSHAW, 1996).

b) Níveis de amputação

O nível de amputação requerido na atual pesquisa é o transtibial, que pode ser definido

como a desarticulação tibiotársica e a desarticulação do joelho, dividida em níveis: terço

proximal, medial e distal. No processo de reabilitação em pacientes amputados

geralmente é confundido como somente protetização, uma vez que é importante relatar

que nem todos os pacientes terão a chance de passar por esse processo (VILAGRA,

2011). Nível Descrição

Syme Ocorre a desarticulação do tornozelo. Podendo ser

incluso a remoção de maléolos e retalhos distais

da tíbia/fíbula

Transtibial longa (abaixo do joelho) Ocorre desarticulação de mais de 50% do

comprimento da tíbia

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Transtibial (abaixo do joelho) Ocorre desarticulação entre 20 e 50% do

comprimento da tíbia

Transtibial curta (abaixo do joelho) Ocorre a desarticulação em menos de 20% do

comprimento da tíbia

Desarticulação do joelho Ocorre a amputação através da articulação do

joelho mantendo o fêmur intacto

Transfemoral longa (acima do joelho) Ocorre a desarticulação de mais de 60% do

comprimento do fêmur

Transfemoral (acima do joelho) Ocorre a desarticulação entre 35 e 60% do

comprimento do fêmur

Transfemoral curta (acima do joelho) Ocorre a desarticulação de menos de 35% do

comprimento do fêmur

Desarticulação do quadril Ocorre a amputação através da articulação do

quadril mantendo a pelve intacta

Hemipelvectomia Ocorre a ressecção da metade inferior da pelve

Heemicorporectomia Ocorre a amputação dos dois membros inferiores

e da pelve abaixo do nível L4-L5

Fonte: (O’SULLIVAN, 2010)

Tabela 1 – Níveis de amputação

Fonte: (LUCCIA, 2003)

Imagem 1 – Amputação por técnica de Burgess e Romano

Algumas considerações devem ser levadas em conta a respeito do nível de amputação,

tais com:

As condições clinicas do paciente;

A capacidade de reabilitação com o uso de próteses;

A capacidade circulatória do tecido no nível proposto;

A presença de infecção (OLIVEIRA, 2009).

Fonte: (LUCCIA, 2003)

Imagem 2 - Amputação transtibial

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c) Barreiras para o uso de próteses

Para O’Sullivan (2010) ainda no período pós-cirúrgico é aconselhável que seja feita a

determinação e adequação da pessoa que pretende fazer uso de prótese. No entanto, nem

todas essas pessoas independente do desejo pessoal serão candidatos a protetização por

não estarem cientes das demandas fisiológicas da deambulação com prótese,

principalmente nos níveis transfemorais.

Diferentes materias são utilizados hoje em dia para a constituição de próteses, onde a

procura é extensa nos materias mais leves e resistentes para facilitar sua utilização e

proporcionar maior adaptação ao paciente (VILAGRA, 2011).

“Todo paciente que inicia tratamento fisioterapêutico visando a preparar o coto para a

protetização deve ser avaliado individualmente, pois as características do coto

influenciarão na duração e eficácia do tratamento” (CARVALHO, 2005).

As próteses podem ser divididas em dois tipos: as convencionais e modulares. As

próteses convencionais são caracterizadas por terem uma estrutura rígida,

confeccionadas em resina, madeira ou plástico. Apresentam a vantagem de serem mais

resistentes e não precisarem de muita manutenção, entretanto desfavorecem o lado

estético. As próteses modulares apresentam características opostas às anteriormente

citadas, onde sua estrutura interna é tubular com componentes mecânicos de aço,

titânio, fibra de carbono ou alumínio. São consideras superiores pelo ponto de vista

estético e funcional, pois são facilitadoras do alinhamento biomecânico pelos próprios

recursos que a dispõem (VILAGRA, 2011).

Fonte: (OLIVEIRA, 2009)

Imagem 2 – Prótese convencional ou exoesquelética

O processo de aceitação da prótese também é uma das fases importantes para a

protetização, pois através dela o paciente poderá ter muitas de suas atividades de vida

diária retomada. O paciente aguarda este momento ansiosamente porém geralmente não

estando preparados psicologicamente para uma possível frustração por falta de

adaptação inicial (DEBASTIANI, 2005).

As amputações de segmentos menores ou maiores dos membros

inferiores representam perda corporal. O médico que estiver

envolvido com o cuidado destes pacientes deve ter o máximo de

informações nesta área para o atendimento ideal a fim de

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propiciar o mais rápido possível a reabilitação do paciente

(LUCCIA, 2003).

Fonte: (OLIVEIRA, 2009)

Imagem 3 – Prótese modular ou endoesquelética

“Na prótese ortopédica transtibial, tendo um bom nível de amputação, permite-se uma

variedade de uso de materiais, diferentes componentes e para complementar o aparato,

verificam-se os encaixes, acessórios de suspensão e pés” (VILAGRA, 2011).

“Pessoas que não deambulavam antes da cirurgia por outras razões que não os

problemas que levaram à amputação provavelmente não andarão com a amputação”

(O’SULLIVAN, 2010:1145).

O paciente que passa a ter frustrações na adaptação inicial do uso da prótese, cria uma

insatisfação acerca do tratamento, onde a prótese se torna uma carga a mais, as

primeiras tentativas de deambular com ela são pouco efetivas, qualquer que seja o

defeito também no desenho da mesma ou na execução de suas partes, pode causar um

funcionamento defeituoso implicando negativamente na progressão do tratamento. O

paciente pode criar um ar de insegurança, instabilidade e fracasso se o ato de andar

causar desequilíbrios e quedas (DEBASTIANI, 2005). Muitos pacientes podem se tornar usuários relativamente funcionais de

prótese, com ou sem apoio externo. As demandas fisiológicas de caminhar

com uma prótese transfemoral são consideravelmente maiores do que andar

com uma prótese transtibial, e nem todas as pessoas têm o equilíbrio, a força

e as reservas de energia necessários. Contraturas graves em flexão de quadril,

obesidade, fraqueza ou paralisia da musculatura do quadril e pouco equilíbrio

e coordenação podem impedir o sucesso na deambulação (O’SULLIVAN,

2010:1145).

Uma das dificuldades que pode gerar insegurança ao paciente é a má fixação da prótese

junto ao coto, o que decorrerá o impedimento de realizar suas atividades de vida diária,

pode-se dizer que acessório de suspensão é todo artifício que se usa com a finalidade de

firmar a prótese ao corpo evitando instabilidades, sendo as correias, cinto

supracondiliano e joelheiras esses acessórios (VILAGRA, 2011).

d) Reabilitação protética

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“Independente da causa da amputação, os fisioterapeutas têm um papel importante no

programa de reabilitação. O início precoce do tratamento apropriado influencia o

resultado final da reabilitação” (O’SULLIVAN, 2010:1124). O enfaixamento do coto é uma técnica indispensável na reabilitação do

paciente amputado. Os enfaixamentos com ataduras elásticas são úteis tanto

na redução do edema como principalmente para moldar o coto para uma

posterior protetização, tornando-o afunilado e apto a receber encaixe

protético (ARAÚJO, 2008).

Para candidatos à reabiltação protética, o tratamento somente chegará ao fim no

momento em o indivíduo estiver fazendo uso da prótese, com segurança, controle,

estabilidade e indepedência em suas atividades de vida diária, reacreativas e

profissionais. O caminho para chegar a esse nível é transcorrido através de obter um

bom equilíbrio muscular, potencializar os grupos musculares debilitados, recuperar a

função muscular prévia, impedir e eliminar contraturas, impedir deformidades

secundárias, diminuir e eliminar estados dolorosos, modelar e maturar o coto, colocar

uma prótese em perfeitas condições de ajuste e alinhamento, realizar treinamento

adequado de marcha e corrigir possíveis defeitos de marcha encontrados

(DEBASTIANI, 2005).

Para o paciente amputado quanto antes for iniciado o processo de reabilitação, maior

será ser potencial de sucesso, bem diferente do paciente que demora a procurar

tratamento estando exposta a complicações como contraturas articulares, debilidade

geral e um estado psicológico depressivo. O pragrama pós-operatório se fundamentaliza

em duas etapas: ( 1 ) fase pós-cirúrgica onde é avaliado o potencial do paciente para o

uso de uma prótese ou não, durante o período da cirurgia e o preparo da prótese

definitiva e ( 2 ) fase protética onde é iniciado com a entrega do membro de reposição

permanente ou seja, a prótese definitiva. O esperado deste atendimento é capacitar o

paciente a seu nível funcional antes da cirurgia. Para o paciente isso significa ter sua

independência no lar, comunidade em que vive, retorno a um emprego mantendo sua

vida recreativa ativa ou até mesmo ser capaz de viver em um ambiente protegido de um

centro de reabilitação ou asilo (O’SULLIVAN, 2010).

“O posicionamento no leito após a cirurgia é importante para evitar contraturas

musculares. Após vinte e quatro horas de cirurgia, já deve ser iniciado o trabalho de

movimentação do coto e outras partes do corpo para melhorar a circulação”

(CARVALHO, 2005). As metas primárias do período pós-cirúrgico são que o paciente atinja o nível

mais alto de função independente e comece a desenvolver as habilidades

físicas e os ajustes emocionais necessários para a reabilitação protética final.

Outra meta é determinar a viabilidade do ajuste da prótese. Exemplos de

metas gerais para o período pós-cirúrgico incluem:

o paciente será independente na mobilidade no leito em transferências básicas

dentro de 1 semana;

o paciente será independente na mobilidade com cadeira de rodas e nos

cuidados pessoais dentro de 1 semana;

o paciente demonstrará posicionamento, enfaixamento e cuidados

apropriados com o membro residual dentro de 1 sema;

o paciente demonstrará mudança no nível de dependência com mínima

assistência de uma pessoa na deambulação, usando muletas ou um andador,

dentro de 1 semana (O’SULLIVAN, 2010:1127).

Durante os exercícios, deve haver um cuidado especial como local da sutura. A

cicatrização deve ser lisa e livre, mas isso depende muito do procedimento cirúrgico.

(DEBASTIANI, 2005). O sucesso do programa de reabilitação é determinado em alguma extensão

pelos estados psicológico e fisiológico da pessoa e pelas características

físicas do membro residual. Quanto mais longo o membro residual, melhor o

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potencial de sucesso na deambulação com prótese, independentemente do

nível de amputação. Um membro bem cicatrizado e bem modelado, com uma

cicatriz não aderida, é mais fácil de ser protetizado do que uma mal modelado

ou com tecido redundante distal ou lateral (O’SULLIVAN, 2010: 1127).

“Inicialmente as próteses eram artesanais, confeccionadas em couro, madeira e aço,

entre ooutros materiais. No século passado, no pós-guerra, surgiram empresas

especializadas na produção de componentes pré-fabricados” (OLIVEIRA, 2009).

O programa de exercícios terapêuticos deve ser elaborado de indivíduo para indivíduo

sendo diferente entre si de acordo com características e necessidades específicas que

cada paciente venha apresentar, incluso atividades de fortalecimento, coordenação e

equilíbrio. Se faz necessário a realização de um programa de exercícios domiciliares e

atenção para a forma que será proposto os exercícios no período pós-operatório. Os

músculos que devemos dar uma atenção especial no tratamento são os extensores e os

abdutores do quadril e os flexores e extensores do joelho, pois são atuantes primordiais

na deambulação com a prótese. A intensidade deve ser ajustada de acordo com as

possibilidades do paciente, aumentando-se igualmente a resistência ao longo do período

pós-cirúrgico (O’SULLIVAN, 2010).

Para Carvalho apud Debastiani (2005): É primordial dar importância no estágio pós-operatório a prevenção de

contraturas articulares e musculares, coordenação e fortalecimento muscular

do membro amputado, fortalecimento e mobilização da perna não amputada,

fortalecimento e mobilização do tronco, controlar edemas, estimular a

deambulação o quanto antes.

O programa de exercícios deve manter um sequência para ganhos no controle motor,

coordenação, função e força. A mobilidade precoce deve sempre que possível ser

enfatizada, pois é importante para a recuperação fisiológica total. Para tanto são

inseridos no programa de exercícios atividades de progressão do leito para o colchonete

usando exercícios que priorizam a mobilidade funcional coordenada. Além de retorno o

quanto antes de suas atividades independentes. Os movimentos de transição de decúbito

dorsal para sentado, sentado para posição em pé são preliminares à deambulação. A

atenção deve ser mantida para tais exrcícios com o membro residual evitando-se todo e

qualquer trauma. Exercícios de fortalecimento muscular para membros inferiores são

importantes na preparação para andar com muletas, podendo-se fazer uso de faixas

elásticas e pesos. Exercícios de depressão do ombro e extensão de cotovelo são

particularmente necessários para aprimorar e melhorar suas habilidades no que diz

respeito a erguer o corpo para a deambulação (O’SULLIVAN, 2010).

Para Carvalho apud Debastiani (2005):

“Durante os exercícios não é importante prender-se ao número de repetições ou ao

tempo de treinamento mas sim saber dosá-los de forma individual, sempre buscando seu

melhor desempenho”.

Para a conquista da idependência na vida diária andar é um excelente e necessário

exercício. A partir de então começamos com o treino de marcha para o paciente com

amputação unilateral, usando o padrão de marcha em três pontos com muletas. Nesse

tipo de marcha, apenas três pontos fazem contato com o solo e pode ser visualizado na

figura 002 e explicado na tabela 002. Pag.(593). Caminhar com muletas é um ótimo

preparatório para a deambulação com prótese, pois desenvolve maior grau de

desenvolvimento geral facilitando o processo de protetização. A mobilidade gradativa

também deve ser encorajada mesmo em ambiente protegido, como por exemplo na

residência do paciente, com objetivo de obter um treino cardiovascular e o

desenvolvimento de resistência à fadiga (O’SULLIVAN, 2010).

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Sempre objetiva-se com o tratamento final da reabilitação, a realização de uma marcha

natural o mais possível e independente, mesmo levando em consideração desvios ou

defeitos que alguns pacientes apresentam (OLIVEIRA, 2009). Passos Descrição

1 Posição inicial. Nesse exemplo, o membro inferior esquerdo é o que não apoia peso. Onde o membro inferior direito é mantido na mesma direção das muletas

2 O peso é transferido para o membro inferior direito não envolvido e as muletas são avançadas

3 O peso é transferido dos membros superiores para as muletas, e o membro não envolvido avança até além das muletas. Se isso for difícil, o membro não afetado pode inicialmente ser levado até as muletas e mais tarde progredir para além delas

4 As duas muletas são avançadas 5 O ciclo se repete

Fonte: (O’SULLIVAN, 2010)

Tabela 2 - Deambulação com muletas

“Deve-se lembrar que muitas vezes o paciente amputado tem graves problemas de

locomoção, ficando em situação de dependência. Aí entra em cena o cuidador.

Normalmente são pessoas da família” (OLIVEIRA, 2009).

Fonte: (SOUZA, 2011)

Imagem 5 – Paciente protetizado

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METODOLOGIA

Estudo fundamentado em uma pesquisa bibliográfica e documental, compreendendo o

levantamento de bibliografia e coleta de dados a partir de consulta de fontes secundárias

em revistas científicas indexadas bem como em sites especializados e através de acervo

em universidades particulares de ensino e pública.

Procuramos selecionar bibliografias que estivessem de acordo com o tema proposto

com a finalidade de exemplificar e explicitar a atuação do fisioterapeuta no processo de

protetização, decorrentes do ano de 1997 a 2012.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O paciente que passa pelo processo de amputação deve receber um atendimento de

maneira global, visando primordialmente o retorno de sua funcionalidade, bem como

sua socialização (ARAÚJO, 2008).

“A maioria dos participantes é considerada, segundo a classificação do nível de

atividade física obtido pelo IPAQ, como “muito ativa”, respeitando a classificação

obtida pelos critérios da Organização Mundial de Saúde” (RIZZO, 2006).

Para contribuir na reabilitação de amputados a fisioterapia dispõe de uma gama variada

de técnicas, dentre as quais podemos citar os recursos terapêuticos manuais,

cinesioterapia, massoterapia, enfaixamento do coto, eletrotermofototerapia e a

hidroterapia (ARAÚJO, 2008).

Relacionando a qualidade de vida do paciente que passou por uma amputação e sua

nova realidade quando protetizado, foi possível observar que renega sua imagem

corporal, é capaz de se locomover bem. Entretanto, possui pouca energia para realizar

suas atividades de vida diária devido ao seu enorme gasto energético em sua nova

condição. Geralmente, são insatisfeitos com o sistema de transporte público que a eles

são ofertados (OLIVEIRA, 2009).

“A inclusão social consiste no processo pelo qual a sociedade se adapta para poder

incluir em seu contexto as pessoas com necessidades especiais” (RUPPEL, 2012).

“As amputações de membros inferiores causadas por doenças vasculares periféricas

atingem principalmente pacientes com uma faixa etária mais avançada, os quais estão

mais suscetíveis a doenças degenerativas como a arteriosclerose” (AGNE, 2004).

Alguns autores relatam que o paciente que passou por uma amputação convive com a

ambiguidade do medo, dor e angústia gerada por esta nova realidade e a necessidade de

ter que se adptar a este novo padrão de vida (OLIVEIRA, 2009).

Pesquisas têm demononstrado que mais do que nunca, passou a ser um determinante na

vida dos indivíduos, até mesmo para os pacientes que passaram por uma amputação.

Onde a inatividade física correlaciona-se com a debilidade e redução da qualidade de

vida (RIZZO, 2006).

“A sua capacidade para trabalho é prejudicada, pois teme expor sua nova situação,

fechando-se em seu mundo particular” (OLIVEIRA, 2009).

“Os temas considerados negativos em relação à qualidade de vida referem-se a falta de

dinheiro suficiente para satisfazer as necessidades, e à apresentação de poucas

oportunidades de lazer” (RIZZO, 2006).

CONCLUSÃO

Baseado nos resultados de estudos anteriores em indivíduos que passaram por

amputações, apresentam boa qualidade de vida, satisfeitos com o apoio recebido por sua

rede social, relações interpessoais, consegue concentrar-se bem e dormir, porém é

assediado frequentemente por sentimentos negativos com mau-humor, desespero,

ansiedade e depressão.

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Nota-se que ainda há pontos negativos ao que concerne a satisfação com a saúde, o

nível de capacidade em realizar atividades cotidianas de sua vida diária, para trabalhos e

determinados impedimentos pela dor física que lhes acompanha.

O papel da inclusão social ainda em certos aspectos encontra-se deficiente, gerando

determinado grau de insatisfação pessoal para o indivíduo que se vê nessa nova

realidade. Faz-se necessário haver maior inclusão social para os indivíduos que

passaram pelo processo de amputação, uma vez que a inclusão tem princípios na

aceitação de diferenças individuais, na cooperação da sociedade nesse novo processo de

aprendizagem. A inclusão social consiste no simples processo que a sociedade se adapta

para incluir pessoas com necessidades especiais no seu cotidiano.

O que é notório na percepção do paciente em relação a si próprio, é a percepção que a

vida tem sentido, consegue fazer planos para o futuro, o que há décadas atrás seria

praticamente impossível tal discernimento, onde quem passava por esse procedimento

era visto como inválido, sem oportunidades futuras de crescimento e isolado de todos,

principalmente da sociedade que o via como “aberração” em determinados relatos

históricos encontrados sobre o assunto.

Entretanto, a maioria dos pacientes envolvidos nas pesquisas elucidadas nos artigos

pesquisados, apresentam satisfatória relação social, sexual e apoio de amigos.

É importante e necessário pesquisas futuras com população abrangente para resultados

mais específicos e generosos acerca da eficácia da intervenção fisioterapeutica no

processo de protetização.

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ANEXOS

Imagem 01 – Amputação transtibial

Imagem 02 – Paciente recebendo tratamento reabilitativo após amputação

14

Imagem 03 – Reabilitação(exercício de ponte)