a importÂncia da capacitaÇÃo do agente comunitÁrio … · 2018-02-07 · a importância da...

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UniSALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Enfermagem Gleicielle Gabriel Lopes Jucimara Gomes Vieira Stefanni Roberto Moura A IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE PELO ENFERMEIRO FRENTE A POTENCIALIZAÇÃO DA AÇÃO QUANTO AO CÂNCER DE MAMA: AVALIANDO O CONHECIMENTO ADQUIRIDO APÓS AÇÃO EDUCATIVA Lins- SP 2017

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Page 1: A IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO DO AGENTE COMUNITÁRIO … · 2018-02-07 · A importância da capacitação do agente comunitário de saúde pelo enfermeiro frente a potencialização

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UniSALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Enfermagem

Gleicielle Gabriel Lopes

Jucimara Gomes Vieira

Stefanni Roberto Moura

A IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO DO AGENTE

COMUNITÁRIO DE SAÚDE PELO ENFERMEIRO

FRENTE A POTENCIALIZAÇÃO DA AÇÃO

QUANTO AO CÂNCER DE MAMA: AVALIANDO O

CONHECIMENTO ADQUIRIDO APÓS AÇÃO

EDUCATIVA

Lins- SP

2017

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GLEICIELLE GABRIEL LOPES

JUCIMARA GOMES VIEIRA

STEFANNI ROBERTO MOURA

A IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO DO AGENTE COMUNITÁRIO DE

SAÚDE PELO ENFERMEIRO FRENTE A POTENCIALIZAÇÃO DA AÇÃO

QUANTO AO CÂNCER DE MAMA: AVALIANDO O CONHECIMENTO

ADQUIRIDO APÓS AÇÃO EDUCATIVA

Trabalho de conclusão de curso apresentado à

Banca examinadora do Centro Universitário

Católico Salesiano Auxilium, curso de

Enfermagem, sob a orientação da Prof.ª Ma.

Daniela da Silva Garcia Regino e orientação

técnica de Prof.ª Jovira Maria Sarraceni.

LINS-SP

2017

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Lopes, Gleicielle Gabriel; Vieira, Jucimara Gomes; Moura, Stefanni Roberto

A importância da capacitação do agente comunitário de saúde pelo enfermeiro frente a potencialização da ação quanto ao câncer de mama: avaliando o conhecimento adquirido após ação educativa / Gleicielle Gabriel Lopes; Jucimara Gomes Vieira; Stefanni Roberto Moura. – – Lins, 2017.

71p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano

Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em Enfermagem, 2017.

Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Daniela da Silva Garcia Regino 1. Agente Comunitário de Saúde. 2. Enfermeiros. 3.Educação

Continuada. 4. Neoplasia da Mama. I Ttulo.

CDU 616-083

L852i

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GLEICIELLE GABRIEL LOPES

JUCIMARA GOMES VIEIRA

STEFANNI ROBERTO MOURA

A IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO DO AGENTE COMUNITÁRIO DE

SAÚDE PELO ENFERMEIRO FRENTE A POTENCIALIZAÇÃO DA AÇÃO

QUANTO AO CÂNCER DE MAMA: AVALIANDO O CONHECIMENTO

ADQUIRIDO APÓS AÇÃO EDUCATIVA

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Auxilium, para

obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Aprovada em: ___/____/____

Banca examinadora:

Prof.ª Orientadora: Daniela da Silva Garcia Regino

Titulação: Professora Mestre em Enfermagem em políticas públicas e cuidados

humanos pela UnG - Guarulhos

Assinatura: ________________________________

1º Prof. (a): _____________________________________________________ Titulação: ______________________________________________________

Assinatura: ________________________________

2º Prof. (a): _____________________________________________________

Titulação: ______________________________________________________

Assinatura: ________________________________

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“Sonhos determinam o que você quer. Ação determina

o que você conquista.”

Aldo Novak

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Dedico este trabalho principalmente a Deus, a minha família e

amigos, e a todos que me incentivaram e apoiaram nesta conquista.

– Gleicielle G. Lopes

Dedico esse trabalho a Deus, que me deu forças, sabedoria e

paciência todos os dias para concluir essa vitória. A minha família

por me apoiar em todos os meus sonhos. E aos professores que

através de todos os ensinamentos e lições me permitiram concluir

essa etapa. - Stefanni Moura

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Agradecimentos

Agradeço imensamente a Deus presente em todos os

momentos, por ter me concedido saúde, força, disposição e

coragem para superar todas as dificuldades.

Sou grata aos meus pais pelo cuidado, incentivo e dedicação.

Obrigada ao meu namorado que me apoiou o tempo todo. Sou

grata também as minhas irmãs que também contribuíram para

realização desse sonho. Meus agradecimentos a todos da minha

família e amigos por todo apoio.

As minhas amigas Stefanni e Jucimara, muito obrigada pela

paciência, pelo companheirismo durante este trabalho e toda a

graduação, e pela nossa amizade.

À professora Daniela, responsável pela orientação desse

trabalho, agradeço pela credibilidade paciência e por nos apoiar.

Também sou grata aos professores César e Jovira pelas relevantes

contribuições.

E a todos que não estão citados aqui, mas que de alguma

forma contribuíram para que tudo fosse possível. – Gleicielle G.

Lopes

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Agradecimentos

Primeiramente a Deus todo poderoso, que permitiu que tudo

isso fosse possível, fruto de esforço, determinação, paciência,

perseverança, ousadia e maleabilidade para chegar até aqui, e

nada disso eu conseguiria sozinha.

Minha eterna gratidão a todos aqueles que colaboraram para que

este sonho pudesse ser concretizado. Aos meus familiares por

terem acreditado em mim, por todo amor, carinho, paciência e

compreensão, principalmente minha querida filha Nicolle, que

muitas vezes fez papel mãe, e sempre me apoiou em tudo.

À professora Daniela Garcia que, com muita paciência e atenção,

dedicou seu valioso tempo para me orientar em cada passo deste

trabalho. Aos professores Viviane Bastos, Ludmila Balancieri,

Fabiana Fidelis, Patricia Crivelaro, Paulo Borges, pelo brilhante

exemplo de profissionais que são, pela contribuição na minha vida

acadêmica e por tanta influência na minha futura vida profissional.

Obrigada a todos que, mesmo não estando citados aqui, tanto

contribuíram para a conclusão desta etapa e para a Jucimara que

sou hoje. - Jucimara G. Vieira

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Agradecimentos

Agradeço a Deus que sempre está comigo, nunca me

abandonou nem me deixou desfalecer. Ele me deu graça para que

eu chegasse até aqui. Renovando meu ânimo, força de vontade, paz

e compaixão todos os dias para que essa etapa fosse concluída.

Meus eternos agradecimentos a minha família que me apoiou

e me ajudou em todos os momentos, sempre me apoiando, me

incentivando a persistir. Ao meu namorado por sempre estar ao meu

lado, me apoiando em qualquer momento.

Agradeço a minha Orientadora Daniela Garcia que foi parte

desse sonho e trabalhou conosco para que ele pudesse ser

realidade. Agradeço a Jovira Sarracenni pela orientação, paciência

e carinho. Agradeço também ao Felipe Souza pela colaboração

importante na nossa pesquisa e toda paciência conosco. As

professoras Viviane Bastos, Patrícia Crivelaro, Fabiana Fidelis

obrigada por contribuírem nesse percurso até a conclusão levarei

vocês para sempre comigo, em seus ensinamentos e lições para a

vida!

Obrigado a todos que não citados aqui me ajudaram nessa

caminhada até essa conclusão. A conclusão dessa vitória é o início

de outros caminhos na minha vida. – Stefanni R. Moura

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RESUMO

O câncer de mama é a segunda neoplasia mais incidente entre as

mulheres no Brasil, atrás somente do câncer de pele não melanoma. É

fundamental que haja um controle deste câncer, de modo que se integre a rotina

da atenção básica. Pode ser percebido em fases iniciais na maioria dos casos,

trazendo a orientação da equipe de saúde como principal meio de promoção a

saúde. O Agente comunitário é um elo da população com a atenção primária, se

fazendo de extrema importância a orientação desses funcionários para a

adequada assistência a população. Trata-se de um estudo exploratório de

abordagem quantitativa, realizado com os Agentes Comunitários de Saúde do

município de Lins/SP, de ambos os sexos, com mínimo de um ano na função.

Dos oitenta Agentes comunitários de saúde, foram selecionados quarenta,

utilizando o instrumento de coleta de dados um questionário de perguntas

fechadas para levantamentos de dados sobre o conhecimento dos mesmos

sobre câncer de mama e acerca da educação em saúde promovida pelos

responsáveis. Posteriormente a análise de dados, realizou-se uma educação em

saúde com a temática de câncer de mama, em seguida foi obtido nova coleta de

dados para avaliar o conhecimento adquirido. Concluímos que o tema abordado

é de relevância para a atenção primaria, fazendo com que nosso trabalho traga

uma problematização referente à educação permanente realizada aos agentes

comunitários de saúde, o que pode acarretar em prejuízos a população. A

experiência nos mostrou que por mais que os agentes comunitários de saúde

relatem ter conhecimento sobre o tema e que tenha recebido capacitação, para

ser eficaz, a educação permanente dos mesmos deve ser realizada

rotineiramente.

Palavras chaves: Agente Comunitario de Saúde; Enfermeiros; Educação

continuada; Neoplasias da mama;

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ABSTRACT

Breast cancer is the second most frequent neoplasm among women in Brazil, behind only non-melanoma skin cancer. It is essential that there is a control of breast cancer, so that it integrates the routine of basic care. It can be perceived in the initial stages in most cases, bringing the orientation of the health team as the main means of promoting health. The community agent is a link of the population with the primary care, if the importance of the orientation of these employees for the adequate assistance to the population is made extreme. This is an exploratory study of a quantitative approach, carried out with the Community Health Agents of the municipality of Lins / SP, of both sexes, with a minimum of one year in the function. Of the eighty community health agents, forty were selected using the data collection instrument a closed questionnaire to collect data about their knowledge about breast cancer and about the health education promoted by those responsible. Subsequently the data analysis, a health education was carried out with the theme of breast cancer, then a new data collection was obtained to evaluate the knowledge acquired. We conclude that the topic addressed is of relevance for primary care, causing our work to bring a problem of continuing education to the community health agents, which can cause harm to the population. Experience has shown that no matter how much the community health agents report having knowledge about the subject and that they have received training, to be effective, the permanent education of them must be carried out routinely.

Keywords: Community Health Agent; Nurses; Continuing education; Breast neoplasms

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Número de participantes de acordo com a unidade de

trabalho............................................................................................................. 41

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Distribuição dos agentes comunitários de saúde (n=40) segundo as

variáveis, gênero, faixa etária e tempo de atuação

profissional........................................................................................................ 40

Tabela 02 – Distribuição dos agentes comunitários de saúde segundo os níveis

de escolaridade..................................................................................................42

Tabela 03 – Quantitativo de agentes comunitários de saúde por local de atuação

profissional.........................................................................................................41

Tabela 04 – Questão 1......................................................................................43

Tabela 05 – Questão 2.1...................................................................................43

Tabela 06 – Questão 2.2...................................................................................44

Tabela 07 – Questão 2.3...................................................................................45

Tabela 08 – Questão 2.4...................................................................................45

Tabela 09 – Questão 2.5...................................................................................46

Tabela 10 – Questão 2.6...................................................................................46

Tabela 11 – Questão 2.7...................................................................................47

Tabela 12 – Questão 2.7.1................................................................................48

Tabela 13 – Questão 2.8...................................................................................49

Tabela 14 – Questão 2.9...................................................................................49

Tabela 15 – Questão 2.10.................................................................................50

Tabela 16 – Questão 2.11.................................................................................50

Tabela 17 – Questão 2.12.................................................................................51

Tabela 18 – Questão 1C...................................................................................52

Tabela 19 – Questão 2C...................................................................................52

Tabela 20 – Questão 3C...................................................................................53

Tabela 21 – Questão 4C...................................................................................53

Tabela 22 – Questão 5C...................................................................................54

Tabela 23 – Questão 6C...................................................................................55

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACS :Agente Comunitario de Saúde

BI-RADS: Breast Imaging Reporting and Data System (Imagem de mama-

Relatórios e Sistema de Dados)

CA: Câncer

CEP: Comitê de Ética e Pesquisa

ESF: Estratégia de Saúde da Família

INCA: Instituto Nacional de Câncer

OMS: Organização Mundial de Saúde

PACS: Programa de Agente Comunitario de Saúde

UBS: Unidade Básica de Saúde

TCLE:– Termo de consentimento livre e esclarecido

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Sumário

INTRODUÇÃO .................................................................................................. 16

CAPÍTULO I...................................................................................................... 18

O AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA

FAMÍLIA E NO PROGRAMA DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE ....... 18

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 18

2 ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA E PROGRAMA DE AGENTE

COMUNITÁRIO DE SAÚDE ............................................................................. 19

2.1 Programa de Agente Comunitário de Saúde ........................................ 19

2.2 Estratégia de Saúde da Família ........................................................... 20

3 O AGENTE COMUNITÁ RIO DE SAÚDE ........................................... 22

3.1 Definição e atribuições ......................................................................... 22

3.2 Ações de prevenção e promoção à saúde praticada pelo Agente

Comunitário de Saúde ...................................................................................... 25

3.3 Papel do Agente Comunitário de Saúde junto a população assistida

frente a doenças como o Câncer de mama ...................................................... 26

CAPÍTULO II ..................................................................................................... 28

CAPACITAÇÃO EM SAÚDE DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE. ...... 28

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 28

2 DEFINIÇÃO DE CAPACITAÇÃO EM SAÚDE COMO AÇÃO

EDUCATIVA E SUA PRÁTICA. ....................................................................... 28

2.1 O conhecimento técnico/científico do Agente Comunitário de Saúde

e a importância para sua ação. ......................................................................... 28

2.2 Capacitação como instrumento de potencialização do saber para o

Agente Comunitário de Saúde .......................................................................... 29

2.3 A importância da capacitação do Agente Comunitário de Saúde como

ação educativa promovida pelo Enfermeiro. ..................................................... 30

CAPÍTULO III .................................................................................................... 33

O CÂNCER DE MAMA E A IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO DO

AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE COMO AÇÃO EDUCATIVA PARA

ATUAR JUNTO A POPULAÇÃO ..................................................................... 33

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 33

2 CÂNCER DE MAMA ............................................................................ 34

2.1 Definição .............................................................................................. 34

2.2. Epidemiologia ....................................................................................... 34

2.3 A importância da ação eficaz do Agente Comunitário de Saúde junto

à população assistida frente ao Câncer de mama. ........................................... 35

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15

2.4 A capacitação do Agente Comunitário de Saúde e sua importância

como diferencial na atuação junto à população contra o Câncer de mama. ..... 36

CAPITULO IV ................................................................................................... 37

A PESQUISA .................................................................................................... 37

1 OBJETIVOS ......................................................................................... 37

1.1 Objetivo geral ....................................................................................... 37

1.2 Objetivo especifico ............................................................................... 37

2 TIPO DE PESQUISA ........................................................................... 37

2.1 Local e participantes da pesquisa ........................................................ 38

2.2 Coleta de dados ................................................................................... 38

3. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS ............................................. 39

3.1. Caracterização dos participantes da pesquisa ..................................... 39

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................................................... 57

CONCLUSÃO ................................................................................................... 58

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 59

APÊNDICES ..................................................................................................... 64

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INTRODUÇÃO

O ACS (Agente comunitário de Saúde) é considerado um componente

importante da equipe de saúde da atenção básica por desenvolver atividades

ligadas diretamente aos usuários da área previamente delimitada. Prevenção de

doenças e agravos e de vigilância a saúde, fazem parte da prática da função

junto à visita domiciliária, articulando com a comunidade, promovendo a

educação em saúde de forma individual e coletiva (MACHADO et al., 2015).

O ACS possibilita que as necessidades da população cheguem à equipe

de profissionais, se estabelecendo entre essa conexão, também fazendo a

transmissão contrária, realizando orientações a população (COSTA, 2013).

Toda tarefa executada pelo ACS é supervisionada e liderada pelo

enfermeiro responsável, seja pelo PACS (Programa de agentes comunitárias de

saúde) ou ESF (Estratégia de saúde da família), no qual dentre os encargos tem

como responsabilidade educação continuada. Visto que existe uma gama de

afazeres a serem executados pelos ACS, o enfermeiro deve estar atento para a

formação do profissional, visando qualificar a assistência e o fortalecimento do

elo com a comunidade (MACHADO et al., 2015).

O câncer tem sido considerado um grave problema da saúde pública, com

o aumento significativo de casos no Brasil, as mulheres são frente nesses

resultados. Segundo INCA (Instituto Nacional de Câncer), 2017 estima-se 596

mil novos casos de câncer no Brasil, sendo 57.960 casos novos de mama

feminina. O câncer de mama promove várias discussões em torno de estratégias

que promovam a prevenção da neoplasia. Diante do exposto a educação tem se

mostrado efetiva no rastreamento e detecção precoce, tendo os ACS como

participantes das ações de orientações a população (PINHEIRO, 2014).

Segundo Freitas et al, 2015, a portaria nº 2.488, destaca que o ACS, antes

de realizar a orientação a comunidade deve participar de um curso de formação

inicial, devido sua contratação ser exigido apenas alfabetização. Enquanto

Coriolano et al. (2012), relata que grande parte dos ACS têm sido inserido no

contexto real sem qualificação, e aprendendo a desenvolver as atividades no

dia-a-dia.

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17

Esse trabalho tem como objetivo averiguar se o ACS tem recebido

adequada educação continuada da enfermagem, sobre a temática de câncer de

mama para realizar as atividades previstas em sua admissão, tais como

orientações e visita domiciliária. Destacando a importância dessas ações de

educação da equipe de saúde e no seu refletir sobre a população atendida.

Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória, pautada nos métodos

quantitativos onde se utilizara como instrumento a aplicação de um questionário

fechado, elaborado pelas autoras e estruturado com perguntas fechadas com a

finalidade de avaliar o conhecimento dos ACS sobre o câncer de mama e

averiguar a devida capacitação oferecida aos mesmos. Tal questionário será

avaliado de maneira estatística e, após a coleta de dados, será realizada uma

palestra educativa sobre o tema. Posteriormente, aplicara-se o mesmo

questionário para verificar a eficácia destas apresentações

O primeiro capítulo exibe uma apresentação dos ACS no Brasil, em seus

campos de atuação na atenção básica: estratégia de saúde da família (ESF) e

Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Elencando também as

principais atribuições e funções do ACS, segundo a portaria 2.488/11.

O segundo capítulo traz o conhecimento cientifico do ACS, trazendo a

importância da capacitação em saúde como potencializador de saber do ACS,

qualificando assim a assistência.

O terceiro capítulo evidencia as estimativas do câncer de mama feminino

no Brasil, adjunto a epidemiologia. Aponta a importância da ação eficaz do ACS

junto a população frente ao câncer de mama, visto que sem a devida capacitação

se torna inviável.

O capítulo de metodologia explica que está pesquisa é um estudo

exploratório de abordagem quantitativa realizado com os ACS do município de

Lins, de ambos os sexos, com mínimo de um ano na função. Os lócus do estudo

foram as Unidades Básicas de Saúde e as Estratégias de Saúde da Família,

utilizando-se como instrumento de coleta de dados um questionário com

perguntas fechadas para levantamento do conhecimento científico do câncer de

mama dos ACS e presença de educação continuada pelo enfermeiro.

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18

CAPÍTULO I

O AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA

FAMÍLIA E NO PROGRAMA DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

1 INTRODUÇÃO

O Agente Comunitário de Saúde (ACS) é um profissional que compõe a

equipe multidisciplinar, seu papel é atuar na promoção da saúde e prevenção de

agravos, buscando atender o indivíduo integralmente. Conhece sobre a

realidade das famílias e sua principal função é realizar a visita domiciliaria

(MACHADO et al., 2015).

Segundo Machado et al (2015, p.2) o ACS “... assume papel de

articulador, pois orienta a comunidade e informa a equipe de saúde sobre a

situação das famílias, principalmente aquelas em situação de risco.”

O ACS adota uma posição notável dentro do sistema de saúde do pais pois é

um dos profissionais que mais convive e conhece os problemas da sociedade.

Estes podem ser considerados o elo que liga o cliente à atenção básica.

[...] vesse como o ACS buscando a beneficência, pois ele preocupa-se com o cuidado de saúde do integrante da comunidade. Ele objetiva dar a melhor assistência ao paciente sendo a ligação entre a saúde pública e o membro da comunidade, devendo visar não apenas o ponto de vista técnico assistencial, mas também o ponto de vista ético. Sua atuação vai além de não causa danos, ela se dá de forma positiva, buscando promover a saúde e a melhora dos pacientes (ENGROFF et al., 2014, p. 4).

Para desenvolver o papel de Agente Comunitário de Saúde, o profissional

deve apresentar comportamento ético, vindo assim, a adquirir a confiança e a

proximidade da comunidade em que atua e, com isso, recebe informações

privilegiadas podendo se aproximar com mais exatidão da realidade das famílias

e, desta forma, ele consegue visualizar as necessidades do paciente, trazendo-

as para a equipe onde a mesma possa ser discutida e solucionada.

O ACS está inserido no Programa de Agente Comunitário de Saúde -

PACS – e na Estratégia de Saúde da Família – ESF.

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19

O PACS tem como objetivo propagar estratégias de prevenção por

intermédio informações de qualidade, mas de fácil compreensão, ligadas aos

serviços municipais de saúde e aos múltiplos recursos. Integrando a comunidade

com a unidade básica de saúde (ENGROFF et al., 2014).

Trata-se de um modelo de atenção primaria pautado em estratégias e ações preventivas, que visam a promoção e a recuperação da saúde, reabilitação e oferta de cuidados paliativos. Para desenvolver suas ações, a ESF foi composta por equipes multidisciplinares que trabalham de forma conjunta para atender às suas populações voltadas para uma assistência integral a saúde, a pessoa e a família, e não somente para a

doença (UNA-SUS/UFMA, 2015).

Ambos abrangem os requisitos necessários para funcionamento

adequado e organizado, e vieram com a finalidade de aperfeiçoamento do

Sistema Único de Saúde.

2 ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA E PROGRAMA DE AGENTE

COMUNITÁRIO DE SAÚDE

2.1 Programa de Agente Comunitário de Saúde

O Programa de Agente Comunitário de Saúde – PACS, foi instituído com

o processo de descentralização nos serviços de Sistema Único de Saúde – SUS,

regulamentado apenas em 1997. Hoje é compreendido como estratégia

transitória para a Estratégia de Saúde da Família – ESF. Foi inspirado na prática

de prevenção de doenças por meio de orientações e cuidados a saúde. Um dos

seus objetivos é contribuir para a reorganização dos serviços a saúde

municipais, aproximando a comunidade da unidade básica de saúde (UNA-

SUS/UFMA, 2015).

O principal articulador das ações do programa é o ACS, que vincula a

população aos serviços oferecidos, pois o mesmo é membro da comunidade e

possui vínculo pessoal com o público-alvo (ENGROFF et al., 2014).

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20

O ACS deverá atender entre 400 e 750 pessoas, dependendo

das necessidades locais, e desenvolverá atividades de

promoção e prevenção da saúde por meio de ações educativas

individuais e coletivas, nos domicílios e comunidades, sob

supervisão competente (BRASIL, 2001, p. 5).

2.2 Estratégia de Saúde da Família

A Estratégia Saúde da Família - ESF é a reorganização da atenção básica

do País, com objetivo de salientar os princípios, diretrizes e fundamentos da

atenção primária, propiciar uma relação custo-efetividade e aumentar a

resolutividade na situação de saúde das pessoas (ENGROFF et al, 2014).

O modelo da ESF é inovador dentro do SUS por suas consideráveis

qualidades: ser porta de entrada para um sistema hierarquizado, remodelando a

cultura embutida centralizada nos serviços de alta complexidade; sistema

regionalizado, com território definido e população delimitada, garantindo melhor

planejamento de ações e controle de resultados; intervenção direcionada a

fatores de risco relacionados a população atendida; assistência integral, de

qualidade e contínuo; realizar atividades de educação, promoção e prevenção a

saúde(SECRETÁRIA MUNICIPAL DE SAUDE DE ASSIS.).

Uma característica fundamental é a equipe multiprofissional composta por

médico generalista, ou especialista em Saúde da Família; enfermeiro generalista

ou especialista em Saúde da Família, auxiliar ou técnico de enfermagem, e

agentes comunitários de saúde, podendo compor também cirurgião-dentista

generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde

Bucal. A equipe de saúde da família é a principal estratégia dentro da ESF, o

trabalho em equipe possibilita troca de experiências e conhecimento,

comunicação, e um compromisso estabelecido para o cuidado. As ações da

equipe ocorrem principalmente dentro da unidade de saúde, residências e

mobilização da comunidade (DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA, 2012).

Cada ESF deve ser responsável por no máximo 4.000 pessoas, tendo

corresponsabilidade de cuidado em saúde. Deve conter um número suficiente

de ACS para cobrir 100% do território mapeado, sendo que cada ACS deve ter

acesso a no máximo 750 pessoas por agente e a equipe não pode exceder 12

ACS (DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA, 2012).

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21

A carga horaria dos profissionais da saúde inseridos na ESF é de 40 horas

semanais, exceto para o profissional médico, o mesmo poderá atuar em duas

equipes, sendo sua carga horaria de 20 horas semanais, podendo ser no máximo

de 30 horas semanais (DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA, 2012).

Dentro das 40 horas semanais previstas para a jornada de trabalho, são

necessárias que no mínimo 32 horas sejam dedicadas as atividades na ESF,

podendo o restante ser prestado nos serviços de urgência e emergência do

município, ações no Núcleo de Apoio a Saúde da Família- NASF,

especialização/residência multiprofissional ou medicina ou educação

permanente (DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA, 2012).

São atribuições dos profissionais da Estratégia Saúde da Família:

I. Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades;

II. Manter atualizado o cadastramento das famílias e dos indivíduos no sistema de informação indicado pelo gestor municipal e utilizar, de forma sistemática, os dados para a análise da situação de saúde considerando as características sociais, econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas do território, priorizando as situações a serem acompanhadas no planejamento local;

III. Realizar o cuidado da saúde da população adscrita, prioritariamente no âmbito da unidade de saúde, e quando necessário no domicílio e nos demais espaços comunitários (escolas, associações, entre outros);

IV. Realizar ações de atenção à saúde conforme a necessidade de saúde da população local, bem como as previstas nas prioridades e protocolos da gestão local;

V. Garantir da atenção à saúde buscando a integralidade por meio da realização de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde e prevenção de agravos; e da garantia de atendimento da demanda espontânea, da realização das ações programáticas, coletivas e de vigilância à saúde;

VI. Participar do acolhimento dos usuários realizando a escuta qualificada das necessidades de saúde, procedendo a primeira avaliação (classificação de risco, avaliação de vulnerabilidade, coleta de informações e sinais clínicos) e identificação das necessidades de intervenções de cuidado, proporcionando atendimento humanizado, se responsabilizando pela continuidade da atenção e viabilizando o estabelecimento do vínculo;

VII. Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória e de outros agravos e situações de importância local;

VIII. Responsabilizar-se pela população adscrita, mantendo a coordenação do cuidado mesmo quando esta necessita de atenção em outros pontos de atenção do sistema de saúde;

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IX. Praticar cuidado familiar e dirigido a coletividades e grupos sociais que visa propor intervenções que influenciem os processos de saúde doença dos indivíduos, das famílias, coletividades e da própria comunidade;

X. Realizar reuniões de equipes a fim de discutir em conjunto o planejamento e avaliação das ações da equipe, a partir da utilização dos dados disponíveis;

XI. Acompanhar e avaliar sistematicamente as ações implementadas, visando à readequação do processo de trabalho;

XII. Garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas de informação na Atenção Básica;

XIII. Realizar trabalho interdisciplinar e em equipe, integrando áreas técnicas e profissionais de diferentes formações;

XIV. Realizar ações de educação em saúde a população adstrita, conforme planejamento da equipe;

XV. Participar das atividades de educação permanente; XVI. Promover a mobilização e a participação da comunidade,

buscando efetivar o controle social; XVII. Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam

potencializar ações intersetoriais; e XVIII. Realizar outras ações e atividades a serem definidas de acordo

com as prioridades locais. Outras atribuições específicas dos profissionais da Atenção Básica poderão constar de normatização do município e do Distrito Federal, de acordo com as prioridades definidas pela respectiva gestão e as prioridades nacionais e estaduais pactuadas (DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA, 2012, s/p.).

3 O AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

3.1 Definição e atribuições

O Ministério da Saúde implantou o Programa de Agentes Comunitários de

Saúde (PACS), no ano de 1991, teve início no fim da década de 80 como uma

iniciativa de algumas áreas do Nordeste (e outros lugares, como o Distrito

Federal e São Paulo) em buscar alternativas para melhorar as condições de

saúde de suas comunidades. Essa era uma nova classe de trabalhadores,

formada pela e para a própria comunidade, atuando e fazendo parte da saúde

prestada nas localidades (DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA, 2012).

No ano de 2009, o Brasil já contava com mais de 20 mil agentes

comunitários de saúde em atuação por todo país, é um profissional que compõe

a equipe multiprofissional nos serviços de atenção básica à saúde. Atua na

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promoção da saúde e na prevenção de agravos buscando a integralidade da

saúde do indivíduo e conhece a realidade das suas famílias (BRASIL,2009).

Ele é ator principal para realização de ações com base no

desenvolvimento da comunidade e integração da Equipe Programa de Saúde da

Família (PSF) quanto uma equipe do Programa de Agentes Comunitários de

Saúde (PACS), baseado na realidade do município (BRASIL, 2009).

Porém o trabalho realizado é sempre o mesmo, independentemente de

ser PACS ou PSF, tendo como objetivo de contribuir para que haja maior

qualidade de vida das pessoas na comunidade, através de ações de promoção

e vigilância em saúde no âmbito geral, é um personagem muito importante na

implementação do Sistema Único de Saúde, fortalecendo a integração entre os

serviços de saúde da Atenção Primária e a comunidade (BRASIL, 2009).

Ser ACS é, antes de tudo, ser alguém que se identifica em todos os sentidos com a sua própria comunidade, principalmente na cultura, linguagem e costumes. Preciso gostar do trabalho. Gostar principalmente de aprender e repassar as informações, entender que ninguém nasce com o destino de morrer ainda criança... (BRASIL, 2009).

O ACS tem como sua competência, realizar o cadastramento de todas

as famílias pertencentes a sua micro área no seu território de atuação, podendo

ter no máximo 750 pessoas. Para isso, é necessário o preenchimento de fichas

específicas, e coletar todos dados e informações possíveis, afim de possibilitar

o conhecimento das condições de vida real das famílias residente na área, tais

como a composição familiar, e identificação de riscos, as maiores patologias

encontrada naquela comunidade, assim como situação socioeconômica. Pois ao

realizar o cadastramento é possível conhecer os principais problemas de saúde,

e assim seu trabalho contribui para que os serviços possam oferecer uma

atenção mais voltada para a família, de acordo com a realidade e os problemas

de cada comunidade (BRASIL, 2012).

Além de identificar áreas e situações de risco, também é possível realizar

o encaminhamento dessas pessoas aos serviços de saúde sempre que

necessário e orientá-las, acompanhá-las conforme a necessidade de cada uma

delas, afim de conseguir resultados positivos como diminuição de agravos e

prevenção de doenças (FILGUEIRAS; SILVA, 2011).

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A visita domiciliária um ato indispensável no processo de trabalho do

agente comunitário de saúde, pois quando este realiza a visita, ele não entra só

no domicilio, mas sim em tudo que ele representa para cada família, desde suas

crenças, cultura, valores, assim como vivencia de cada membro daquela família.

O Ministério da Saúde recomenda que haja no mínimo uma visita mensal a cada

domicílio da área de atuação do agente, havendo variações em função do estado

de saúde de seus habitantes (BRASIL, 2009).

Um dos fatores que fazem do ACS um profissional privilegiado é a

sensibilidade e capacidade de compreender qual o momento adequado para

estabelecer uma relação de confiança e a formação de um vínculo com cliente,

para assim poder realizar ações de promoção, prevenção, recuperação, pois a

partir do momento que o ACS ganha essa confiança, fica mais fácil de executar

o trabalho naquela família, pois ela terá maior abertura para relatar os problemas

do cotidiano delas.Com isso realizar ações educativas voltadas para problema

apontado, com objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade de vida dessa

população. Além de promover ações de vários temas, com atividades

diferenciadas, afim de estimular o cuidado próprio, fortalecendo a autoestima, e

aumentando autonomia da pessoa, para que ela tenha uma saúde plena

(MARTINS, 2014).

De acordo com a Portaria 2.488 de 2011.Tem como atribuições

especificas da profissão de ACS:

I - Trabalhar com adscrição de famílias em base geográfica definida, a microárea; II - Cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os cadastros atualizados; III - Orientar as famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis; IV - Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; V - Acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e indivíduos sob sua responsabilidade. As visitas deverão ser programadas em conjunto com a equipe, considerando os critérios de risco e vulnerabilidade de modo que famílias com maior necessidade sejam visitadas mais vezes, mantendo como referência a média de 1 (uma) visita/família/mês; VI - Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a população adscrita à UBS, considerando as características e as finalidades do trabalho de acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou coletividade; VII - Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e agravos e de vigilância à saúde, por

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meio de visitas domiciliares e de ações educativas individuais e coletivas nos domicílios e na comunidade, como por exemplo, combate à Dengue, malária, leishmaniose, entre outras, mantendo a equipe informada, principalmente a respeito das situações de risco; e VIII - Estar em contato permanente com as famílias, desenvolvendo ações educativas, visando à promoção da saúde, à prevenção das doenças, e ao acompanhamento das pessoas com problemas de saúde, bem como ao acompanhamento das condicionalidades do Programa Bolsa Família ou de qualquer outro programa similar de transferência de renda e enfrentamento de vulnerabilidades implantado pelo Governo Federal, estadual e municipal de acordo com o planejamento da equipe. IX - Ocorrendo situação de surtos e epidemias, executar em conjunto com o agente de endemias ações de controle de doenças, utilizando as medidas de controle adequadas, manejo ambiental e outras ações de manejo integrado de vetores, de acordo com decisão da gestão municipal (BRASIL, p.48-50, 2012).

É permitido ao ACS desenvolver outras atividades nas unidades básicas

de saúde, desde que vinculadas às atribuições acima.

Os ACS, faz parte de um momento de reorientação do modelo da atenção

básica, dando ênfase nas políticas de saúde em diferentes sentidos, como nas

estratégias de saúde com modelo de atenção com foco na Promoção de Saúde

e prevenção de agravos, segundo uma perspectiva para maior qualidade de vida,

a partir da lógica de intervenções simples e de baixo custo, que podem ser

realizadas por esse profissional juntamente com sua equipe (MARTINS, 2014).

3.2 Ações de prevenção e promoção à saúde praticada pelo Agente

Comunitário de Saúde

Promoção da saúde é um conceito complexo, que envolve as dimensões

social, psicológica, econômica, espiritual, além da biomédica. Também pode

ser entendida como a inclusão e capacitação da comunidade para a melhoria

da saúde e da sua qualidade de vida. Então, as pessoas precisam reconhecer

e satisfazer suas necessidades e anseios individuais e coletivos para que

consiga atingir seu bem-estar. Neste sentido, promover saúde é

responsabilidade de todos os setores sociais e políticos, e não somente ao

setor da saúde (STALIANO; ARAÚJO, 2011).

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Já o conceito de prevenção de doenças baseia-se na compreensão dos

riscos ou da probabilidade da pessoa se tornar doente, sendo que a elaboração

de estratégias preventivas está ligada ao índice e/ou prevalência de doenças

em uma comunidade. Portanto, essas ações são voltadas a atividades que

evitam determinada doença (STALIANO; ARAÚJO, 2011).

Em vista disso, a promoção da saúde consiste em um processo mais

amplo e contínuo do que prevenção, pois não enfatiza a doença e orienta-se por

ações promovem a saúde e do bem-estar em geral. A promoção da saúde inclui

a prevenção e, acima de tudo, a participação de diferentes setores da sociedade

para a educação em saúde. (STALIANO; ARAÚJO, 2011).

Neste cenário, o ACS configura-se como agente fundamental para fomentar tal participação e ser porta-voz dos valores, crenças, preconceitos e opiniões próprias de cada comunidade, uma vez que compartilha a mesma linguagem e cultura dos usuários. Suas intervenções não se resumem à garantia de acesso aos serviços de saúde para a população, mas no trabalho conjunto em favor de condições de vida digna. (STALIANO; ARAÚJO, 2011)

3.3 Papel do Agente Comunitário de Saúde junto a população assistida frente

a doenças como o Câncer de mama

Segundo o Ministério da Saúde, desenvolver atividades de promoção da

saúde, de prevenção das doenças e agravos e de vigilância à saúde, por meio

de visitas domiciliares e de ações educativas individuais e coletivas nos

domicílios e na comunidade, por exemplo, combate à dengue, malária,

leishmaniose, entre outras, mantendo a equipe informada, principalmente a

respeito das situações de risco, está incluído entre as atribuições do ACS

(BRASIL, 2012).

De acordo com INCA (2017), câncer de mama é o mais comum entre as

mulheres no Brasil, depois do de pele não melanoma, com a estimativa de

57.960 novos casos em 2016.

Até o momento, não existem medidas de prevenção primária para a

doença, sendo o autoexame das mamas realizado pelas mulheres um dos

principais métodos de detecção precoce, que somente depende de como saber

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praticar e do conhecimento do próprio corpo (RAMOS et al, 2016). Porém, os

profissionais de saúde têm responsabilidade na detecção precoce do câncer de

mama, principalmente o médico ginecologista e o enfermeiro na consulta de

enfermagem, onde podem realizar o acolhimento, exame clínico das mamas,

educação em saúde e solicitação de exames quando necessário (CAVALCANTI,

2014).

Contudo, é atribuição do ACS a realização de ações de promoção e

prevenção, incluindo educação em saúde da comunidade em que atua. Em

relação ao câncer de mama segundo SECRETARIA MUNICIPAL DA SAUDE

(2008. p.19), o ACS fica responsável por:

Conhecer as recomendações para detecção precoce do câncer de mama na população feminina de sua micro área;

Realizar busca ativa para rastreamento de mulheres de sua micro área para detecção precoce do câncer da mama;

Buscar a integração entre a equipe de saúde e a população adscrita à unidade, mantendo a equipe informada, principalmente a respeito de mulheres em situação de risco;

Estar em contato permanente com as famílias, desenvolvendo ações educativas relativas ao controle do câncer da mama, de acordo com o planejamento da equipe (SECRETARIA MUNICIPAL DA SAUDE, 2008, p.19).

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CAPÍTULO II

CAPACITAÇÃO EM SAÚDE DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE.

1 INTRODUÇÃO

O processo de capacitação dos ACS vem proposto desde 1997, na

portaria que aprova as Normas e Diretrizes do PACS, que propõe que esses

profissionais, devem estar devidamente capacitados, a fim de prestar os

serviços de assistência conforme previsto nas suas atribuições e

competências. Recomenda-se que para sua total eficácia deve ser feito de

forma permanente e gradual (SEGHETO, 2014).

Visto que algumas fontes trazem enfraquecimento da atenção a

população quando não há uma capacitação adequada dos ACS, posto que

eles são elo entre a população e a atenção, tendo como uma de suas

atribuições principais a orientação em saúde da comunidade (SEGHETO,

2014).

2 DEFINIÇÃO DE CAPACITAÇÃO EM SAÚDE COMO AÇÃO

EDUCATIVA E SUA PRÁTICA.

2.1 O conhecimento técnico/científico do Agente Comunitário de Saúde e a

importância para sua ação.

Após a ampliação do PSF, o papel do ACS saiu do foco materno-infantil

e incluiu o cuidado a família e a comunidade, o que passou a exigir novas

competências no campo político, social e no seu processo de formação. Este

profissional deve ser alguém incluído na comunidade, que se identifica na

cultura, linguagem e costumes junto a população para realizar suas atividades,

caracterizadas pela prevenção de doenças e promoção de saúde, através de

ações domiciliares comunitárias, individuais ou coletivas, sob supervisão do

gestor local e desenvolvidas pelo SUS (FREITAS et al., 2015).

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Assim, o ACS transita uma construção histórica de sua identidade profissional. O “profissional” leigo foi escolhido por seu potencial transformador, com possibilidade para a formação de uma consciência crítica nas comunidades, embasado no aporte teórico de Paulo Freire, relacionado à educação popular. Desse modo, é necessário que o ACS tenha um grau de escolaridade mais elevado, para dar conta dessas novas demandas (FREITAS et al, 2015).

Ressaltando que o PACS teve sua origem vinculada a programas sociais

direcionados ao atendimento da população de baixa renda. Somado esse fato à

baixa escolaridade e à precária qualificação desses trabalhadores, facilitou a

difusão da concepção do trabalho simples para as atividades desempenhadas

pelos ACS, quando, realmente, a atuação nos serviços de atenção e na

educação em saúde, seu papel de articulador entre a população local e os

serviços oferecidos, bem como os conhecimentos que precisam ter, acarretam

a necessidade de uma formação com base científica. Entretanto, essa formação

parece permanecer concentrada em poucos lugares, além de parte dos

trabalhadores continuarem sendo capacitadas durante o serviço, em condições

variadas, dependendo da disposição, disponibilidade e qualificação, em

particular, dos enfermeiros das equipes de saúde (SANTOS, 2015).

2.2 Capacitação como instrumento de potencialização do saber para o Agente

Comunitário de Saúde

A formação do ACS tem sido marcada pela precariedade e

descontinuidade, considerando que para essa função, desde a criação do PACS,

o Ministério da Saúde estabeleceu como critério de escolaridade deste

profissional, apenas as habilidades de ler e escrever. Ainda que tenha um

trabalho complexo, caracterizado principalmente pela dimensão educativa

(FREITAS et al., 2015).

A normatização do Ministério da Saúde, portaria nº 2.488, destaca que o ACS, antes de ir para comunidade, deverá participar de um curso de Formação Inicial, oferecido pela respectiva Secretaria Municipal de Saúde (FREITAS et al., 2015).

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Deste modo, a capacitação do ACS necessita envolver estratégias

educativas individuais e coletivas que valorizem a troca de saberes, experiência

e autonomia dos usuários, não somente conceitos básicos sobre o processo de

saúde-doença (FREITAS et al., 2015).

As práticas educativas dialógicas e de trabalho em grupo podem facilitar a produção coletiva de conhecimento e a reflexão sobre a realidade, sendo este um importante aspecto para o desenvolvimento do processo reflexivo que sinalize para estratégias de enfrentamento dos desafios que fazem parte das situações de saúde (FREITAS et al., 2015, p. 2).

2.3 A importância da capacitação do Agente Comunitário de Saúde como

ação educativa promovida pelo Enfermeiro.

No Brasil, com a reorganização da atenção básica, há mudanças que se

fazem necessárias para que haja um bom funcionamento dos serviços ofertados,

que requerem um saber e um fazer em educação permanente, na prática

concreta dos serviços de saúde. Para isso a educação permanente deve ser

estabelecida na qualificação das práticas de cuidado e gestão (BRASIL 2012,

p.38).

Segundo Coriolano et al (2012), na maioria das regiões desse país,

observa se que os ACS em geral, começa a exercer sua função, sem formação

específica, apenas recebe informações básicas sobre como realizar as visitas e

acaba aprendendo no seu dia a dia de trabalho o “aprender-fazendo”,

dependendo do julgamento pessoal. E no requisito à qualificação, denota se

também que ele não possui com ferramentas de ensino-aprendizagem, que o

ajudaria mensurar o conhecimento popular adquirido na comunidade, com o

conhecimento técnico-científico, imprescindível para adequação das práticas de

promoção à saúde.

Aponta-se a necessidade de incorporação de atividades semelhantes com a participação dos demais membros da equipe da Estratégia Saúde da Família, adotando metodologias ativas que valorizem os saberes prévios dos educandos, objetivando dessa forma práticas de educação permanente problematizadoras com monitorização pela equipe de saúde local, e em particular pelo enfermeiro, que é considerado o profissional responsável pela educação permanente e pelo

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acompanhamento das atividades dos agentes comunitários de saúde (CORIOLANO et al., 2012, P. 55).

O agente comunitário de saúde possui papel privilegiado pois ele

consegue realizar um elo entre a comunidade e o serviço de saúde através da

comunicação, tendo um contato direto com as famílias, sendo esse um facilitador

no trabalho de vigilante em saúde e ainda possibilita o auxílio aos indivíduos para

que tenham mais saúde, promovendo assim uma maior qualidade de vida dessa

população, portanto ele o intermediário entre a unidades de saúde e a demanda

da população (SALBEGO, SILVEIRA, HAMMERSCHMID, 2014).

A qualificação dos agentes comunitários de saúde deve proporcionar conhecimentos diversos em torno da questão do processo de saúde-doença, incorporando, além da perspectiva biomédica, outros saberes que o habilitem no processo de interação com as famílias. Para isso, deve-se ter em vista o seu papel bidirecional em orientar as famílias para a adesão de práticas saudáveis, organização do sistema e encaminhamento, mantendo a equipe de saúde ciente dos problemas de saúde da comunidade (SALBEGO, SILVEIRA, HAMMERSCHMID, 2014, p. 9)

Os ACS têm como atribuições identificar, orientar, encaminhar e

acompanhar os pacientes, devido ele ter uma convivência com comunidade e

isso facilita realizar o levantamento dos problemas que possui aquela

determinada população, o que favorece a realização de vínculos com a

comunidade assistida, porém sem obter treinamento especifico e adequado para

realizar o enfrentamento das dificuldades e solução problemas pelos quais se

deparam em seu cotidiano (BARALHAS e PEREIRA, 2013).

[...] os enfermeiros realizam, no seu cotidiano, práticas educativas individuais e coletivas, pois acreditam que essas são aliadas na prevenção de agravos à saúde da população. As ações educativas de saúde, realizadas na ESF, exercem relevante papel para se atingir a integralidade do cuidado preconizado nos serviços de saúde e no Sistema Único de Saúde (SALBEGO, SILVEIRA, HAMMERSCHMID, 2014, p, 9).

É função do enfermeiro realizar a capacitação, porém muitas vezes a

sobrecarga de tarefas que o ele possui, como por exemplo trabalhar em uma

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UBS, cumprindo atribuições específicas que lhe foram destinadas, às vezes,

tomado pela rotina da Unidade, o impossibilita, esse é um dos fatores apontado

pelos ACS como o principal motivo da falta de supervisão. Sendo essa uma ação

importante para discussão dos problemas vivenciados no cotidiano de trabalho,

assim como também um momento propício para reflexão, onde possibilita o

enfermeiro avaliar a necessidade de informação, capacitação e educação

permanente (BARALHAS e PEREIRA, 2013).

Contudo o trabalho do ACS, na Atenção Básica, é de fundamental

importância, mas se faz necessário investimento, pois exige instrumentalização

adequada para qualificar o profissional, como treinamento específico desses

profissionais, e atividades de supervisão e de reflexão em equipe e assim

fortalecer o elo com a comunidade. Sendo que formação profissional é de suma

importância, mesmo que na prática, em atividade de educação permanente,

possibilitando os enfrentar os desafios encontrados e ainda assumir a

corresponsabilidade com o SUS das suas reais atribuições junto à equipe saúde

da família e comunidade (COSTA et al., 2013).

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CAPÍTULO III

O CÂNCER DE MAMA E A IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO DO AGENTE

COMUNITÁRIO DE SAÚDE COMO AÇÃO EDUCATIVA PARA ATUAR

JUNTO A POPULAÇÃO

1 INTRODUÇÃO

Câncer é a nominação para um conjunto de mais de 100 doenças que

possui o crescimento desordenado de células que invadem órgãos e tecidos,

podendo ocorrer metástase, quando se distribui para outras partes do corpo. O

câncer de mama, particularmente, se desenvolve no tecido da mama

(RODRIGUES et al., 2015).

“Essa neoplasia é um problema que está despertando maior atenção na

saúde pública mundial, nesse contexto, no ano de 2012 foram registrados cerca

de 1,67 milhões de novos casos em todo o mundo” (RODRIGUES et al., 2015,

p.2).

A incidência do câncer de mama é de abrangência mundial, atingindo

mulheres tanto em países desenvolvidos, como em países em desenvolvimento,

sendo mais prevalentes nos países mais ricos. Porem as mulheres dessas

nações conseguem o diagnóstico precoce e um tratamento mais efetivo. O

diagnóstico tardio reduz as chances de cura, e favorece o aumento da taxa de

mortalidade. Portanto, a orientação à população é fundamental para a prevenção

deste tumor, pois estão entre as maiores causas de óbitos no Brasil

(RODRIGUES et al., 2015).

A partir do ano de 2006, o Ministério da Saúde através do Pacto pela Saúde, na sua dimensão Pacto pela Vida, definiu o controle do câncer do colo do útero e do câncer de mama entre as prioridades de saúde no Brasil, destacando a Atenção Primária à saúde como um espaço privilegiado para ações de prevenção e detecção precoce do câncer. Neste contexto, o ACS aparece como a peça fundamental no envolvimento da população para o enfrentamento dos problemas de saúde, sobretudo para a modificação das condições de vida (BRITO, 2016, p.3).

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2 CÂNCER DE MAMA

2.1 Definição

O câncer dentro de sua variedade é definido e classificado por seus

comportamentos distintos. Variedade de manifestações clínica e morfológicas

que representam respostas terapêuticas.

O espectro de anormalidades proliferativas nos lóbulos e ductos da mama inclui hiperplasia, hiperplasia atípica, carcinoma in situ e carcinoma invasivo. Dentre esses últimos, o carcinoma ductal infiltrante é o tipo histológico mais comum e compreende entre 80 e 90% do total de casos (INCA, 2017, p. 1)

2.2. Epidemiologia

Há séculos se tem conhecimento sobre o câncer, porém atualmente está

patologia tem se destacado nos estudos referentes à saúde por todo o mundo,

uma vez que se tornou um problema de saúde pública, devido a sua

apresentação epidêmica (ALVES et al., 2017).

Estudos apontam que, no ano de 2030, ocorrerão 21,4 milhões de casos novos e 13,2 milhões de mortes por câncer em todo o mundo, decorrentes do crescimento e do envelhecimento

populacional (ALVES et al., 2017, p.2).

Em se tratando de câncer de mama, em todo o mundo é a neoplasia mais

dominante entre as mulheres, excluindo o câncer de pele não melanoma. Com

1,7 milhões de novos registros de câncer, a nível mundial, o câncer de mama

representou 25% do total desta patologia em 2012. É a causa mais frequente de

morte por câncer entre as mulheres. No Brasil, esses dados não são diferentes,

o câncer de mama é o segundo mais frequente entra a população feminina.

Ocupa o primeiro lugar em todas as regiões brasileiras, exceto na região Norte

(ALVES et al., 2017).

A estimativa para o Brasil, biênio 2016-2017, aponta a ocorrência de cerca de 600 mil casos novos de câncer. Excetuando-se o câncer de pele não melanoma

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(aproximadamente 180 mil casos novos), ocorrerão cerca de 420 mil casos novos de câncer. O perfil epidemiológico observado assemelha-se ao da América Latina e do Caribe, onde os cânceres de próstata (61 mil) em homens e mama (58 mil) em mulheres serão os mais frequentes. Sem contar os casos de câncer de pele não melanoma, os tipos mais frequentes em homens serão próstata (28,6%), pulmão (8,1%), intestino (7,8%), estômago (6,0%) e cavidade oral (5,2%). Nas mulheres, os cânceres de mama (28,1%), intestino (8,6%), colo do útero (7,9%), pulmão (5,3%) e estômago (3,7%) figurarão

entre os principais (INCA, 2017, p. 1).

É fundamental que haja um controle da morbimortalidade por câncer, de

modo que se integre a rotina da gestão em saúde, estabelecendo ações para

prevenção e controle do câncer incluindo seus fatores de risco. Esse

monitoramento integra a supervisão e a avaliação de programas, como

estratégias necessárias para o conhecimento da situação e do resultado no perfil

de morbimortalidade da população, bem como a manutenção de um sistema com

informações útil e de qualidade para que as análises epidemiológicas auxiliem

na tomada de decisão (INCA, 2017).

2.3 A importância da ação eficaz do Agente Comunitário de Saúde junto à

população assistida frente ao Câncer de mama.

Segundo Silva (2012), uma das diretrizes do programa do PACS e ESF,

é incentivar à participação social e nesse contexto, o agente comunitário de

saúde (ACS) é o principal elo entre os serviços de saúde e o cliente. Pois ele é

integrante da própria comunidade, no qual se identifica com a cultura, linguagem

e costumes de seu povo, pois reside na área onde trabalha, faz parte dela,

criando um vínculo pessoal diferenciado com as famílias da área de abrangência,

facilitando a resolução dos problemas que acometem a saúde das mesmas. O

Ministério da Saúde concede ao ACS uma série de atribuições, as quais

sobressaem à sua formação profissional, uma vez que, para a sua admissão,

não há nenhuma exigência de algum tipo de formação específica prévia. Com

isso, a responsabilidade de identificar, orientar, encaminhar e acompanhar os

pacientes na maioria das vezes não é realizado com êxito. Em vista disso, tais

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36

profissionais participam dos processos de qualificação e atualização

permanentes.

Tornam-se necessárias, portanto, a capacitação e a atualização

constantes desse profissional para a promoção de saúde e o fortalecimento do

SUS (SILVA, 2012).

2.4 A capacitação do Agente Comunitário de Saúde e sua importância como

diferencial na atuação junto à população contra o Câncer de mama.

O controle do câncer representa um grande desafio para a saúde coletiva

no país. Como estratégia para tal cenário é indispensável à capacitação dos

recursos humanos, a fim de que cada elemento desse conjunto compreenda a

importância do seu papel singular e coletivo. A capacitação dos ACS se faz

essencial devido suas funções desenvolverem proximidade com o público alvo,

compartilhando do universo linguístico, social e cultural. Com qualificação

adequada, a efetividade do serviço prestado pelo mesmo será apto de contribuir

com a população sendo capaz de reconhecer riscos e trabalhando na prevenção

ativa, ainda colaborando com a equipe de Saúde (BRITTO, 2014).

(...) a atuação e o conhecimento dos Agentes Comunitários de Saúde é fundamental para ampliar informações sobre o câncer para passar a sua comunidade qualificando e capacitando o seu conhecimento no dia-a-dia participando das palestras realizadas pelos profissionais da saúde sobre o câncer (CAMILLO, 201, p. 16).

Uma estratégia a ser explorada pelos ACS deve ser a orientação quanto

aos fatores de risco e sinais e sintomas do câncer de mama, desse modo

fazendo uma prevenção efetiva ou uma detecção precoce. A equipe que atua na

atenção básica principalmente deve orientar as formas que existem para se

prevenir o câncer de mama e as formas de diagnosticar (CAMILLO, 2011).

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37

CAPITULO IV

A PESQUISA

1 OBJETIVOS

1.1 Objetivo geral

Como objetivo geral o intuito é avaliar o conhecimento do Agente

Comunitário de Saúde (ACS) sobre câncer de mama, antes e depois da

realização de ação educativa sobre a temática, enfatizando a importância da

capacitação desses profissionais pelo Enfermeiro (a).

1.2 Objetivos específicos

a) Identificar a presença de conhecimento prévio sobre câncer de mama no

ACS;

b) Verificar se o ACS possui capacitação prévia sobre câncer de mama, e

que profissional proporcionou a mesma;

c) Proporcionar capacitação em forma de ação educativa sobre câncer de

mama ao ACS;

d) Avaliar o conhecimento adquirido pelo ACS sobre câncer de mama após

sua participação em capacitação;

e) Enfatizar a importância da prática do Enfermeiro (a) de capacitação do

ACS sobre o câncer de mama para que o mesmo tenha condições de

orientar a população assistida.

2 TIPO DE PESQUISA

Trata-se de um estudo exploratório de abordagem quantitativa, utilizando

para abordagem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE A).

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38

“Enquadram-se na categoria dos estudos exploratórios todos aqueles

que buscam descobrir ideias e intuições, na tentativa de adquirir maior

familiaridade com o fenômeno pesquisado” (OLIVEIRA, 2011, p. 20)

Eles proporcionam o aumento do conhecimento do pesquisador sobre os

fatos, possibilitando a caracterização mais precisa de problemas, formular novas

hipóteses e desempenhar novas pesquisas mais estruturadas (OLIVEIRA,

2011).

A pesquisa quantitativa é identificada pela colocação da quantificação,

tanto nos tipos de coleta de informações quanto no tratamento delas por meio

de técnicas estatísticas. Esta modalidade de pesquisa busca a validação das

hipóteses mediante a utilização de dados estruturados, estatísticos, com estudo

de um grande número de casos representativos, recomendando um curso final

da ação. Ela quantifica os dados e estende os resultados da amostra para os

interessados (OLIVEIRA, 2011).

2.1 Local e participantes da pesquisa

O lócus do estudo foi as UBS e ESF do município de Lins. O município de

Lins se localiza na região centro-oeste do estado de São Paulo, tem

aproximadamente setenta e seis mil habitantes.

Atualmente com quatro unidades básicas de saúde, sete estratégias de

saúde da família e uma unidade de núcleo de apoio á saúde da família. A

cobertura territorial realizada pelos ACS é de aproximadamente 70%, sendo os

mesmos em cerca de 80 ACS. Desses, cinquenta foram selecionados usando

os seguintes critérios: estar exercendo a função atualmente e ter no mínimo um

ano de período de serviço, de acordo com as características necessárias para o

desenvolvimento do projeto.

2.2 Coleta de dados

Inicialmente realizou-se contato com a gestão responsável pela atenção

básica do município de Lins, apresentando projeto e objetivo do mesmo

solicitando autorização para a realização da coleta de dados. Após aprovação

pelo comitê de ética em parecer 2.134.123 em 22/06/2017 e aprovação pela

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39

Secretaria Municipal de Saúde procedeu-se o levantamento dos ACS que se

enquadraram nos critérios de inclusão. Foi apresentado a carta de informação

(Apêndice D) e o TCLE (Apêndice A) Logo após efetivado em dependências

cedidas pela secretaria municipal de saúde uma capacitação sobre a temática

do trabalho pelas pesquisadoras. As etapas para coleta foram: 1- aplicação de

um questionário (Apêndices B e C) antecedente a capacitação citada, para

análise do conhecimento prévio dos ACS relacionado a temática; 2- aplicação

de capacitação; 3- reaplicação do mesmo questionário (Apêndice B) para

avaliação do conhecimento adquirido após a capacitação, apresentando

interesse a mesma disponibilizou um dia em suas dependências para fosse

realizado a coleta de dados.

3. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

3.1. Caracterização dos participantes da pesquisa

Participaram deste estudo 40 indivíduos, sendo 16 do PACS, 7 do ESF e

outros 17 que não se identificaram. Sucedendo de 24 mulheres e 16 homens

com idade entre 22 e 60 anos. Destes indivíduos 1 possuía o Ensino

Fundamental completo, 16 Ensino Médio completo, 2 Ensino Técnico, 7 Ensino

Superior completo e 10 Ensino Superior incompleto e 4 não quiseram declarar a

escolaridade. Entre os participantes 25 informam estar nesta função de 1 a 5

anos, outros 15 estão a mais de cinco anos. As unidades participantes do

município foram: USF “Morumbi”; UBS “Dr. Nilton Nicolau Naufal”; UBS “Dr.

Péricles da Silva Pereira” - Ribeiro; UBS- “Dr. Adalberto Ariano Crespo”; USF –

“Dr. Thierz Garces Aguiar”; UBS “CAIC”; USF – Pastor Agenor Miranda de

Campos; USF – Dr Douglas Souza Carvalho – Sta. Terezinha; USF “José

Henrique Moraes.

Tabela 01 – Distribuição dos agentes comunitários de saúde (n=40) segundo as

variáveis, gênero, faixa etária e tempo de atuação profissional.

Variáveis ƒ %

Gênero

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40

Masculino 16 40,0

Feminino 24 60,0

Total 40 100,0

Faixa Etária (anos)

18 a 25 11 27,5

26 a 35 06 15,0

36 a 49 05 12,5

≥ 50 05 12,5

Não declarado 13 32,5

Total 40 100,0

Tempo de Atuação Profissional (anos)

1 a 5 24 60,0

≥ 5 16 40,0

Total 40 100,0

Fonte: autoras, 2017

Dos participantes 24 era mulheres (60%), sendo apenas 16 (40%)

homens, isso nos leva a uma analise a nível brasileiro onde a predominância é

feminina.

A imagem da ACS está relacionada ao feminino, associando com o ato de

cuidar, orientar, zelar pelo bem-estar físico e social de toda a família. Por isso,

acaba sendo predominada pelo gênero feminino, tendo em vista que a sociedade

pontua as mulheres o ato de cuidar, devido a maternidade estar relacionado com

o gênero, deste modo são mais aceitas como profissional perante a comunidade,

mas não deixando de ser a amiga, mãe e vizinha. O profissional como o ACS,

em que a relação paciente-profissional tem que ser amigável e passar confiança,

as mulheres têm sido vistas como mais adequadas a profissão. Em

contrapartida, quando você assume a postura de profissional, dentro das suas

funções e atribuições os homens se adequam muito bem ao proposto (ROCHA,

BARLETTO; BEVILACQUA., 2012)

Em relação à idade dos ACS, 27,5% declaram ter de 21 a 31 anos, 15%

de 26 a 35 anos, 12,5% de 36 a 49 anos, 12,5% acima de 50 e 32,5% não

declararam.

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41

Considerando o tempo de atuação profissional, 60% trabalham entre 1 a

5 anos, enquanto 40% já fazem mais 5 anos que exercem esse serviço. Segundo

Dantas (2011), os profissionais com mais tempo de profissão tendem a conhecer

melhor a população atendida, estabelecer mais laços de amizade e confiança

com ela. Esse fato favorece seu processo de educação e trabalho em saúde,

considerando que os ACS são os únicos da equipe de saúde onde se exige que

os mesmos residam na área de atuação.

TABELA 02 – Distribuição dos agentes comunitários de saúde segundo os níveis

de escolaridade

Níveis de Escolaridade ƒ %

Fundamental 01 2,5

Médio 16 40,0

Médio Técnico 02 5,0

Superior Incompleto 10 25,0

Superior Completo 07 17,5

Não Declarado 04 10,0

Total 40 100,0

Fonte: autoras, 2017

O nível de escolaridade predominante foi ensino médio apresentando

40% dos que responderam; 25% possuem ensino superior incompleto; 17,5%

ensino superior completo, 5% possuíam ensino médio/técnico e apenas 2,5%

ensino fundamental.

A literatura nos trás que este profissional é escolhido por sua habilidade

transformadora, com a perspectiva de formação de uma consciência crítica nas

comunidades, sendo assim, é necessário que o ACS tenha um grau de

escolaridade mais elevado, para desempenhar essas novas demandas

(FREITAS et al., 2015).

A identificação de 25% dos agentes comunitários possuírem ensino

superior incompleto e 18% ter ensino superior completo é uma informação

surpreendente. O que provavelmente define essa situação é a pequena oferta

de empregos e os pequenos salários pagos na região (SANTOS et al., 2011).

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42

Tabela 03 – Quantitativo de agentes comunitários de saúde por local de atuação

profissional.

Local de Atuação ƒ %

UBS Caic 05 12,5

UBS Junqueira 04 10,0

UBS Ribeiro 03 7,5

UBS Rebouças 04 10,0

USF Zequinha 01 2,5

USF Morumbi 02 5,0

USF Santa Terezinha 01 2,5

USF Tangará 02 5,0

USF Pasetto 01 2,5

Não Declarado 17 42,5

Total 40 100,0

Figura 1- Número de participantes de acordo com a unidade de trabalho

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43

Fonte: Google Maps

Em relação ao local de trabalho dos participantes, 40% trabalham no PACS e

17,5% ESF, porém 42,5% deles não responderam esta pergunta.

A seguir, abordaremos os resultados provenientes das respostas do

questionário nos trazendo o conhecimento prévio e após a capacitação realizada

pelas pesquisadoras ao ACS sobre a temática abordada.

Tabela 04 – Questão 1: você possui conhecimento sobre o que é câncer de

mama?

Conhecimento sobre câncer de mama Antes da Intervenção Educativa

Após Intervenção Educativa

Sim

Não

Não Respondeu

n

39

00

01

%

97,5

0,0

2,5

n

40

00

00

%

100,0

0,0

0,0

Total 40 100,0 40 100,0

Fonte: autoras, 2017

Perguntados sobre o conhecimento em relação ao câncer de mama antes

da intervenção educativa, 97,5% responderam positivamente e 2,5% não

responderam. Após a aplicação do questionário 100% dos participantes auto

avaliaram-se positivamente.

Esse resultado nos mostra que é fundamental que o enfermeiro

compartilhe seu conhecimento com o ACS, para que os agentes adequadamente

17 participantes não

declararam seus locais

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44

capacitados sejam capazes de direcionar orientações e medidas de prevenção

em saúde as mulheres de sua área de trabalho (SILVA et al., 2013).

Tabela 05 – QUESTÃO 2.1: Como você classifica seu nível de conhecimento?

Autoclassificação do nível de conhecimento sobre o Câncer de Mama

Antes da Intervenção Educativa

Após Intervenção Educativa

Mínimo

Médio

Máximo

n

09

30

00

%

22,5

75,0

0,0

n

00

32

07

%

0,0

80,0

17,5

Não Respondeu 01 2,5 01 2,5

Total 40 100,0 40 100,0

Fonte: autoras, 2017

No primeiro momento 75% dos participantes declararam ter nível médio

de conhecimento, enquanto 22,5% disseram ter conhecimento mínimo e 2,5%

participante não responderam.

Enquanto no segundo momento, 17,5% disseram ter nível alto de

conhecimento, 80% deles disseram possuírem nível médio e 2,5% não

responderam.

Para tanto, os profissionais de saúde devem estar engajados nas ações

de educação em saúde, e desta forma seus conhecimentos sobre a detecção

precoce, para que consigam ser colocados em prática de forma mais intensiva.

Porém para que essa educação seja efetiva é necessário que tais profissionais

estejam capacitados, com isso consigam ofertar um atendimento efetivo.

(SERRA, 2014)

Tabela 06 – QUESTÃO 2.2: Você possui conhecimento sobre os diagnósticos e

tratamentos do câncer de mama?

Níveis de autoconhecimento sobre diagnósticos e tratamentos

Antes da Intervenção Educativa

Após Intervenção Educativa

Todos os tratamentos e diagnósticos

n

06

%

15,0

n

24

%

60,0

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45

Apenas alguns tratamentos e diagnósticos

Não tenho conhecimento

32

01

80,0

2,5

16

00

40,0

0,0

Não Respondeu 01 2,5 00 0,0

Total 40 100,0 40 100,0

Fonte: autoras, 2017

No primeiro momento de resposta, 80% dos participantes disseram ter

parcialmente o conhecimento sobre o diagnóstico e tratamento, 15% tendo todo

conhecimento 2,5% afirmaram não possuir nenhum conhecimento.

Já no segundo momento de resposta do mesmo 60% relataram ter todo

conhecimento e 40% possuem apenas parcialmente este conhecimento.

O ACS é o profissional que adentra as residências, podendo monitorar as

condições de saúde da população trazendo a equipe de saúde para

planejamento de estratégias. Segundo Rehem et al (2016), é necessária uma

educação do ACS para ele poder valorizar as queixas do usuário, podendo

analisar as reais necessidades de saúde.

Tabela 07 – QUESTÃO 2.3: O câncer de mama pode ser percebido em fase

inicial?

Afirmativas Antes da Intervenção Educativa

Após Intervenção Educativa

Sim

Não

Não Sei

n

39

00

00

%

97,5

0,0

0,0

n

39

00

01

%

97,5

0,0

2,5

Não Respondeu 01 2,5 00 0,0

Total 40 100,0 40 100,0

Fonte: autoras, 2017

Em ambas as fases do questionário, 97,5% disseram que o Câncer de

mama pode ser percebido em fase inicial e apenas 2,5% disse não.

Na maioria dos casos o câncer de mama pode ser identificado em fase

inicial, aumentando as chances de cura (INCA, 2017).

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46

Foi observado que o número após a realização da capacitação não sofreu

modificação. Fato que pode ser atribuído aos profissionais participantes terem

conhecimento prévio da questão, sendo a capacitação forma apenas de

reafirmação da informação.

Tabela 08 – QUESTÃO 2.4: Assinale os sintomas que você acredita ser do

câncer de mama.

Antes da Intervenção Educativa

Após Intervenção Educativa

Acertos

n

14

%

35,0

n

25

%

62,5

Erros 26 65,0 15 37,5

Total 40 100,0 40 100,0

Fonte: autoras, 2017

No primeiro questionário 35% responderam corretamente sobre os

sintomas e 65% responderam erroneamente. Já no segundo questionário houve

62,5% de respostas corretas e 37,5% de respostas erradas.

Segundo o INCA (2017), os sintomas e sinais do câncer de mama são os

seguintes: Nódulo (caroço) fixo e geralmente indolor, é a principal manifestação

da doença estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é

percebido pela própria mulher, pele da mama avermelhada, retraída ou parecida

com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo), pequenos nódulos

nas axilas ou no pescoço ou saída de líquido anormal das mamas.

Tabela 09 – Questão 2.5: As mulheres devem ficar atentas a qualquer alteração

nas mamas?

Afirmativas Antes da Intervenção Educativa

Após Intervenção Educativa

Sim

Não

Não Respondeu

n

40

00

00

%

100,0

0,0

0,0

n

39

00

01

%

97,5

0,0

2,5

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47

Total 40 100,0 40 100,0

Fonte: autoras, 2017

No primeiro questionários todos participantes disseram que sim, as

mulheres devem ficar atentas a qualquer alteração nas mamas. No segundo

questionário 97,5% afirmaram que sim e 2,5% não responderam.

Segundo Segheto (2014), os ACS têm grande percepção sobre as

situações de risco sobre a população. Sendo que eles devem realizar parte das

devidas orientações para a população, devido a serem membros efetivos da

equipe de saúde.

Tabela 10 – QUESTÃO 2.6: Os fatores de prevenção contra o câncer de mama

são:

Antes da Intervenção Educativa

Após Intervenção Educativa

Acertos

n

22

%

55,0

n

26

%

65,0

Erros 18 45,0 14 35,0

Total 40 100,0 40 100,0

Fonte: autoras, 2017

No primeiro momento, 55% de acertos e 45% de erros. Já no segundo

momento, houve 65%¨de acertos e 35% de respostas erradas.

A diversidade de fatores relacionados ao surgimento do câncer de mama

e o fato de alguns deles não serem modificáveis, faz com que a prevenção da

doença não seja totalmente possível. De modo geral, a prevenção baseia-se no

controle dos fatores de risco e no incentivo aos fatores protetores considerados

modificáveis. Por meio da alimentação, nutrição e atividade física, estima-se que

é possível diminuir 28% o risco de desenvolver a doença (INCA, 2017).

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48

Tabela 11 – Questão 2.7: Você conhece os fatores de risco para desenvolver o

câncer de mama?

Autoclassificação sobre os fatores de risco para desenvolver o Câncer de Mama

Antes da Intervenção Educativa

Após Intervenção Educativa

Sim

Não

Não Respondeu

n

31

08

01

%

77,5

20,0

2,5

n

39

00

01

%

97,5

0,0

2,5

Total 40 100,0 40 100,0

Fonte: autoras, 2017

Sobre o conhecimento sobre os fatores de risco, no primeiro questionário

77,5% participantes afirmaram ter esse conhecimento20% responderam não e

2,5% não responderam. No segundo questionário, 97,5% dos participantes

afirmaram ter o conhecimento sobre os fatores de risco e 2,5% não

responderam.

Ele pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, através

dos sinais e sintomas, como nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor, pele da

mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no

bico do peito (mamilo), pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço e saída de

líquido anormal das mamas. Saber identificar esses sinais e sintomas, é

fundamental para a detecção precoce dessa doença (INCA, 2016).

Tabela 12 – Questão 2.7.1: Fatores de risco para Câncer de Mama,

Antes da Intervenção Educativa

Após Intervenção Educativa

Acertos

n

01

%

2,5

n

06

%

15,0

Questão parcialmente correta 27 67,5 32 80,0

Erros 12 30,0 02 5,0

Total 40 100,0 40 100,0

Fonte: autoras, 2017

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49

Na primeira fase houve 2.5% respostas assinaladas corretamente, 67,5%

parcialmente certas e 30% de respostas incorretas. Na segunda fase foram 15%

das respostas assinaladas corretamente, 80% parcialmente corretas e 5%

incorretas.

O câncer de mama é multicausal, o risco de desenvolver a doença pode

estar relacionado a diversos fatores tais como a idade, fatores endócrinos e

história reprodutiva, fatores comportamentais e ambientais, e fatores genéticos

e hereditários. Devidos a várias exposições ao longo da vida e as próprias

alterações biológicas, a idade é um dos principais fatores de risco para o

desenvolvimento do câncer de mama, principalmente depois dos 50 anos. Os

fatores endócrinos e história reprodutiva referem-se ao hormônio estrogênio

consumido por meio de substancia com hormônio ou produzido pelo próprio

organismo. A ingestão de bebidas alcoólicas, sobrepeso e obesidade após a

menopausa, e exposição à radiação ionizante, constituem os fatores

relacionados ao ambiente e comportamental. E os fatores genéticos e

hereditários estão relacionados à presença de mutações em alguns genes

transmitidos pela família. (INCA, 2017).

Tabela 13 – Questão 2.8: O que é autoexame das mamas?

Antes da Intervenção Educativa

Após Intervenção Educativa

Acertos

n

30

%

75,0

n

34

%

85,0

Erros 10 25,0 06 15,0

Total 40 100,0 40 100,0

Fonte: autoras, 2017

Sobre autoexame das mamas, no primeiro teste houve 75% de acertos e

25% de erros. E no segundo houve 85% e acertos e 15% de erros.

. O trabalho do ACS, na Atenção Básica, é de fundamental importância,

mas se faz necessário investimento na qualificação desses profissionais

(COSTA et al., 2013).

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50

Tabela 14 – Questão 2.9: O autoexame das mamas pode substituir a

mamografia?

Afirmativas Antes da Intervenção Educativa

Após Intervenção Educativa

Sim

n

01

%

2,5

n

00

%

0,0

Não 39 97,5 40 100,0

Total 40 100,0 40 100,0

Fonte: autoras, 2017

Nesta questão no primeiro teste 97,5% afirmaram que não, enquanto

2,5% acreditavam que sim. No segundo teste 100% responderam negativamente

em relação à substituição da mamografia pelo autoexame.

No caso de usar mamografia no rastreamento câncer de mama, há a

possibilidade detectar o câncer no início e ter um tratamento menos agressivo,

diminui a chance de mortalidade, em função do tratamento oportuno (INCA,

2017).

Tabela 15 – Questão 2.10: O Ministério da Saúde recomenda que a mamografia

seja feita como método de rastreamento em pacientes sem sinais e sintomas de

câncer de mama?

Afirmativas Antes da Intervenção Educativa

Após Intervenção Educativa

Sim

Não

Não Sei

n

30

05

05

%

75,0

12,5

12,5

n

26

08

01

%

65,0

20,0

2,5

Não Respondeu 00 0,0 05 12,5

Total 40 100,0 40 100,0

Fonte: autoras, 2017

Nesta questão, no primeiro questionário 75% dos participantes disseram

que sim, 12,5% acreditam que não e outros 12,5% não souberam responder.

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51

Na mesma questão, porém no segundo questionário 65% dos

participantes disseram que sim, 20% acreditam que não, 2,5% não souberam

responder e 12,5% não responderam.

A mamografia de rastreamento é um método de detecção precoce do

câncer de mama, quando realizada em mulheres sem sinais e sintomas da

doença, em uma faixa etária que haja um equilíbrio entre os benefícios e os

riscos desse exame. No Brasil, a recomendação é que a mamografia de

rastreamento seja feita em mulheres entre 50 e 69 anos bienalmente (INCA,

2017).

Tabela 16 – Questão 2.11: Segundo o Ministério da Saúde, a partir de que idade

deve ser realizada a mamografia de maneira rotineira pelas mulheres?

Antes da Intervenção Educativa

Após Intervenção Educativa

Acertos

n

02

%

5,0

n

23

%

57,5

Erros 38 95,0 17 42,5

Total 40 100,0 40 100,0

Fonte: autoras, 2017

O Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento,

isto é, a realizada rotineiramente por mulheres sem sinais e sintomas suspeitos

de câncer de mama. Sobre este requisito, no primeiro momento apenas 5% dos

participantes responderam corretamente e 95% responderam incorretamente. Já

no segundo teste realizado 57,5% participantes acertaram e 42,5% erraram.

(BRASIL, 2012)

“(...) devem ser capacitados para prestar assistência de acordo com suas

atribuições e competências, a todos os membros das famílias sob sua

responsabilidade. E esse processo educativo deve permanente e

gradual“(SEGHETO, 2014, p 19).

Tabela 17 – Questão 2.12: Qual o papel do agente comunitário de saúde frente

à prevenção do câncer de mama?

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Antes da Intervenção Educativa

Após Intervenção Educativa

Acertos

n

39

%

97,5

n

40

%

100,0

Erros 01 2,5 00 0,0

Total 40 100,0 40 100,0

Fonte: autoras, 2017

Em relação ao papel do ACS na prevenção CA de mama, no primeiro

questionário 97,5% dos participantes assinalaram a resposta correta e 2,5% a

resposta errada. Já no segundo momento 100% responderam corretamente

O Ministério da Saúde através do Pacto pela Saúde, na sua dimensão

Pacto pela vida, priorizou o controle do câncer do colo do útero e do câncer de

mama, destacando a Atenção Primária à saúde como um espaço privilegiado

para ações de prevenção e detecção precoce do câncer (BRASIL, 2009).

A seguir as questões do instrumento (Apêndice C) que foi aplicado

somente antes da capacitação, devido sua finalidade ser apenas histórica

profissional para a pesquisa.

Tabela 18 – Questão 1C: Após o início das atividades como agente comunitário

de saúde, você já recebeu orientações sobre o câncer de mama?

Afirmativas n %

Sim 31 77,5

Não 09 22,5

Total 40 100,0

Fonte: autoras, 2017

77,5% dos participantes disseram que receberam orientações sobre o

câncer de mama, após o início das atividades como ACS e 22,5% afirmaram não

ter recebido orientação.

Segheto (2014) aponta à necessidade do processo de educação

permanente em saúde na forma de cursos, capacitando as equipes para

desempenharem suas funções satisfatoriamente.

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“(...) a atuação e o conhecimento dos Agentes Comunitários de Saúde é

fundamental para ampliar informações sobre o câncer para passar a sua

comunidade” (CAMILLO, 2011).

Tabela 19 – Questão 2C: Qual profissional promoveu a capacitação?

Afirmativas n %

Enfermeiro 22 55,0

Outro 09 22,5

Não Responderam 09 22,5

Total 40 100,0

Fonte: autoras, 2017

Dos que receberam capacitação, 55% afirmaram ter recebido do

enfermeiro de PACS ou PSF, enquanto 22,5% deles disseram receber de um

outro profissional.

A medida que o enfermeiro articula a vigilância em saúde, assume papel

importante com a equipe e os membros da comunidade, e é responsável pela

supervisão das ações dos ACS. O vínculo com o profissional de Enfermagem

oferece uma oportunidade para os ACS poderem encontrar meios para

aperfeiçoar sua atuação nas ações (DANTAS et al., 2011).

Tabela 20 – Questão 3C: Com qual frequência ocorre, ou ocorreu essa

capacitação?

Afirmativas n %

Mensal 00 0,0

Semestral 04 10,0

Anual 24 60,0

Não Ocorre 08 20,0

Não Responderam 04 10,0

Total 40 100,0

Fonte: autoras, 2017

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Relacionada a frequência com que ocorre está capacitação, 10% dos

participantes afirmaram ser semestralmente, 60% anualmente, 20% afirmaram

que não acorre e 10% não responderam.

Tabela 21 – Questão 4C: Teve algum caso de câncer de mama na área que

atua?

Afirmativas n %

Sim 25 62,5

Não 15 37,5

Total 40 100,0

Fonte: autoras, 2017

Dos participantes da pesquisa, 62,5% já tiveram algum caso de câncer de

mama na área que atua, e 37,5% não tiveram nenhum caso.

Segundo a lei 11.664 sancionada em 29 de abril 2008, todas as pacientes

têm direito a prevenção, diagnóstico, tratamento, controle e segmento pós-

tratamento para cânceres de mama (BRASIL, 2008)

“O enfermeiro tem papel fundamental desde o diagnóstico até a

reinserção da mulher na sociedade. Sendo reconhecido profissionalmente na

equipe multidisciplinar” (LOPES, 2015, p. 16)

A assistência prestada pela Atenção Básica deve ser ampla e com

qualidade, oferecer suporte, atenção e cuidados a esses casos é trabalho da

equipe de saúde. A atenção primaria é quem territorialmente está mais próximo,

o que nos leva a pensar que o ACS, está inserido e próximo a esses pacientes,

devendo estar aparado de conhecimento para poder prestar e apoiar os

pacientes e familiares.

Tabela 22 – Questão 5C: Você faz orientações sobre o câncer de mama e

autoexame rotineiramente na área que trabalha?

Afirmativas n %

Sim 29 72,5

Não 11 27,5

Total 40 100,0

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Fonte: autoras, 2017

Sobre a realização de orientações sobre o câncer de mama e autoexame

rotineiramente na área em que trabalha 72,5% disseram que sim, enquanto

27,5% responderam que não.

O ACS deve ser alguém incluído na comunidade, que se identifica na

cultura, linguagem e costumes junto a população para realizar suas atividades,

caracterizadas pela prevenção de doenças e promoção de saúde, através de

ações domiciliares comunitárias, individuais ou coletivas, sob supervisão do

gestor local e desenvolvidas pelo SUS (FREITAS et al, 2015).

As orientações sobre os sinais e sintomas e fatores de risco do câncer de

mama, é uma forma de prevenção efetiva ou uma detecção precoce e uma

estratégia a ser utilizada pelo ACS. As formas de prevenção e de diagnóstico

desse câncer devem ser apresentadas pela equipe que atua na atenção básica

(CAMILLO, 2011).

.

Tabela 23 – Questão 6C: Você se sente preparado para fazer orientações sobre

o câncer de mama?

Afirmativas n %

Sim 25 62,5

Não 15 37,5

Total 40 100,0

Fonte: autoras, 2017

Com isso 62,5% dos entrevistados, responderam que se sentem

preparados para fazer orientações sobre o câncer de mama, enquanto 37,5%

disseram que não sentem preparados.

Nas visitas domiciliares realizados pelos ACS, a transmissão de

informações e orientações aos usuários foram consideradas por eles prioritárias

no seu trabalho no ESF (MACHADO, et al, 2015).

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PARECER FINAL

O presente estudo, demostra que, maioria dos participantes declaram ter

recebido a capacitação sobre câncer de mamas em outro momento aplicada por

enfermeiro. Mesmo assim foram observadas nos participantes dificuldades

inerentes ao tema abordado, durante as etapas da pesquisa, onde podemos

concluir que a capacitação dos ACS se faz necessária e deve ser realizada

frequentemente sob forma de educação permanente, assim como deve se

abordar outros temas relevantes a saúde da realidade de cada comunidade

assistidas pela equipe.

Assim sendo, é fundamental que cada profissional que atua diretamente

com a população assistida pelo SUS, esteja devidamente capacitado

sobre Câncer Mama, para desta forma prestar um serviço de maior efetividade

na prevenção e detecção precoce das doença, interferindo assim diretamente

na qualidade de vida das mulheres, colaborando para diminuição da taxa de

morbimortalidade desta patologia que acomete diversas mulheres ao longo dos

anos .Para isso destaca-se a importância do papel do enfermeiro perante a

realização de capacitação, visto que este profissional possui conhecimento e

habilidades fundamentais para realizar esta prática, pois ele é responsável pela

parte educativa da equipe para realizar de ações promoção em saúde,

prevenção de doenças e detecção precoce das doenças, principalmente através

das visitas realizadas pelo ACS as famílias da comunidade.

Espera-se através deste estudo, enfatizar o quanto se faz importante a

realização da capacitação dos agentes comunitários de saúde e como essa

prática, realizada pelo enfermeiro, pode fazer a diferença na saúde e qualidade

de vidas do seus clientes na atenção Básica, assim como possa despertar em

seus gestores de saúde a diferença que pode fazer na vida da população

capacitando frequentemente seus agentes para que estejam preparados para

executar suas atividades com êxito, já que é esse profissional que tem contato

direto com a população.

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57

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Os ACS constituem a base da atenção básica a saúde, e estando em

contato direto com a população, são de grande relevância na educação da

comunidade na prevenção de doenças e na promoção da saúde. Para que isso

aconteça de maneira eficaz, esses profissionais necessitam de embasamento

que garanta a efetividade do seu trabalho de educador junto ao seu público alvo.

Mediante o desenvolvimento deste trabalho e os resultados obtidos, nota-se a

importância da capacitação aos mesmos. Propõe-se, mediante os resultados, a

realização e estruturação de programas e oficinas de educação permanente pelo

enfermeiro da atenção básica para os ACS, de maneira pertinente e evolutiva,

sobre o câncer de mama entre outros temas pertinentes a atenção primaria.

Garantindo que estes profissionais tenham o básico de conhecimento,

possibilitando que estes consigam realizar a promoção da saúde e prevenção de

agravos, podendo reconhecer sinais e sintomas, fatores de risco e orientando as

medidas de saúde. Desta forma possibilitando que este profissional oferte uma

qualidade de assistência a população levando conhecimento e orientações

adequadas contribuindo com a promoção e prevenção de saúde da população e

alcançando as metas propostas pela função.

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58

CONCLUSÃO

O câncer de mama é a segunda neoplasia mais frequente entre as

mulheres no Brasil, ficando atrás somente do câncer de pele não melanoma. É

relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce

progressivamente, especialmente após os 50 anos. Pode ser percebido em

fases iniciais na maioria dos casos, a postura atenta das mulheres em relação a

saúde das mamas, é fundamental para a detecção precoce.

É fundamental que haja um controle do câncer mama, de modo que se

integre a rotina da atenção básica, estabelecendo ações para prevenção e

controle da patologia incluindo seus fatores de risco. Essas ações devem ser

desempenhadas pelo do profissional que está em maior contato com a

população, o ACS, que tem a função de educar a comunidade. Entretanto a falta

de conhecimento sobre a doença gera uma educação ineficaz, por isso visamos

uma pesquisa com enfoque a realização da capacitação destes profissionais

promovida pelo enfermeiro.

A experiência nos mostrou que por mais que os ACS relatem ter

conhecimento sobre o tema e que tenha recebido capacitação, a apatia perante

a educação que lhe é proporcionada pode ser um fator contribuinte para a

ineficácia na sua atuação como educador. Observamos que para ser eficaz, a

educação permanente dos ACS deve ser realizada rotineiramente.

Perante a realização deste estudo, concluímos que o tema abordado é de

grande importância e relevância pois reflete diretamente no nível de qualidade

da assistência à saúde prestada na Atenção Básica. Os resultados da presente

pesquisa foram alarmantes pois nos remete a uma situação desfavorável a

promoção e prevenção de saúde que deve ser realizada pelo ACS, mas que para

tal, o mesmo deve apresentar-se devidamente capacitado dentro da amplitude

dos conhecimentos que envolvem sua profissão, sendo foi nesse conhecimento

que, ficou claro as lacunas levantadas durante a pesquisa. Esperamos que a

pesquisa traga uma problematização e reflexão referente à educação

permanente realizada aos ACS, inspirando outros trabalhos futuros dentro desta

temática.

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64

APÊNDICES

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65

APENDICE A – TCLE

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66

APÊNDICE B – Intrumento de coleta

A

B

C

D

E

F

E

A

B

C

D

E

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67

A

B

C

D

A

B

C

D

A

B

C

D

E

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68

APENDICE C- Caracterização dos participantes

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APÊNDICE D – Parecer consubstanciado do Comitê de Ética

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Apêndice E – Carta de informação ao participante de pesquisa