a industrialização pós 2ª guerra
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Industrialização Brasileira Pós Segunda Guerra
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Até o séc. XVIII e o início do XIX, o Brasil permaneceu atado aos interesses da metrópole, sofrendo barreiras ao nosso desenvolvimento industrial.
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O café, porém, permitiu a acumulação de capital que serviu para implantar toda infra-estrutura necessária ao impulso da atividade industrial.
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Vários foram os fatores que contribuíram para a intensificação da indústria brasileira, dentre os principais: crescimento acelerado dos grandes centros urbanos derivado do fenômeno do êxodo rural, promovido pela queda do café.
A partir dessa migração houve um grande aumento de consumidores, apresentando a necessidade de produzir bens de consumo para a população.
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Havia também grande disponibilidade de mão-de-obra imigrante liberada dos cafezais e produção de energia elétrica.
Além disso, com o colapso econômico mundial, diminuiu a entrada de mercadorias que competiriam com as nacionais.
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Estes fatores foram fundamentais para o processo de industrialização de SP, além de áreas dos estados do RJ, RS e MG.
A maior parte das indústrias era de bens de consumo, com destaque para indústrias têxteis e alimentícias.
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A indústria de bens de produção dedica-se à produção de máquinas e equipamentos pesados destinados às fábricas.
A produção de alimentos, vestuário, utensílios domésticos e aparelhos eletrônicos cabe à indústria de bens de consumo.
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A indústria de produtos intermediários transforma matérias-primas em produtos para outras indústrias. É o caso da siderúrgia, da petroquímica de base e da indústria de materiais de construção. O plástico, a borracha, o vidro, o papel e os componentes eletrônicos, dentre outros, são exemplos de produtos dessa indústria.
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Em 1930 Getúlio Vargas adota uma política industrializante, a substituição de mão-de-obra imigrante pela nacional. Essa mão-de-obra era formada no Rio de Janeiro e São Paulo em função do êxodo rural e dos movimentos migratórios de nordestinos.
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De 1930 a 56 a industrialização caracterizou-se por uma estratégia governamental de implantação de estatais de bens de produção e infraestrutura. Ex.: siderurgia (CSN), Conselho nacional dopetróleo, extração mineral (CVRD) e produção de energia hidrelétrica (Chesf).
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Além de fornecer os bens de produção e serviços as industrias privadas, o governo prestava esse serviço por preços mais baixos.
Essa medida visava o fortalecimento do parque industrial brasileiro, uma política fortemente nacionalista.
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Foi no governo Getúlio Vargas (1930-45) que iniciou a adoção de medidas fiscais e cambiais.
Que medidas foram estas?
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As duas principais medidas foram a desvalorização da moeda nacional em relação ao dólar, encarecendo o produto importado, e a implantação de leis e tributos que restringiam ou proibiam a importação de produtos que pudessem ser fabricados internamente.
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Ao final da Segunda Guerra Mundial o Brasil dispunha de grandes reservas de moeda estrangeira, divisas, fruto de ter exportado mais do que importado.Houve um crescimento de 8,9% de 1946 a 1950.
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Em 1946 teve início a produção de aço da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Volta Redonda, que abriu perspectivas para o desenvolvimento industrial do pais, já que o aço constitui a base ou a "matriz" para vários ramos ou tipos de indústrias.
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Depois da Guerra a Europa não tinha condições de exportar produtos industrializados, pois todo o continente se encontrava totalmente devastado pelo confronto armado, então o Brasil teve que incrementar o seu parque industrial e realizar a conhecida industrialização por substituição de importação.
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Com a saída de Getúlio Vargas, Gaspar Dutra assumiu em 1946 e instituiu o Plano Salte.
Do que se tratava este plano?
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Mas houve forte mudança na política econômica do país com a abertura a importação e boa parte das reservas acumuladas ao longo da Segunda Guerra foram utilizadas. Isso levou a desvalorização do cruzeiro, dos salários e a inflação.
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Em 1951 Getúlio volta ao poder e dedica-se a criação da Petrobrás e do BNDES.
O próximo governo (56-61) de Juscelino criou o Plano de Metas (50 anos em 5). Neste plano 73% dos investimentos foram para energia e transporte. Com o crescimento da infra-estrutura veio o ingresso de capital estrangeiro e crescimento da produção industrial.
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Houve um grande crescimento da indústria de bens de produção que cresceu 370%.
O crescimento da indústria de bens de produção refletiu-se principalmente nos seguintes setores:siderúrgico e metalúrgico (automóveis);químico e farmacêutico;construção naval.
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Foi nesse período que ocorreu em maior escala a internacionalização da economia brasileira com a participação de empresas multinacionais, num processo de substituição de importações.
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O plano de metas resultou num significativo aumento da inflação e da dívida externa.
A concentração das indústrias no sudeste fez o governo federal criar as superintendências de desenvolvimento. (sudene, sudam, sudeco, sudesul) todas extintas ou transformadas em agências de desenvolvimento a partir de 1990).
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Durante o governo de João Goulart (Jango, 61-64) houve aumento da inflação e do desemprego e redução nas taxas de crescimento que ocasionaram várias greves.
O Estado investe preferencialmente em setores que beneficiam as empresas privadas como o da construção de usinas e rodovias.
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No período militar o Brasil foi de 43º PIB para 9º PIB, houve um grande crescimento do parque industrial e os setores de energia, transporte e comunicação se modernizaram.
Esse crescimento foi as custas de empréstimos o que elevou a dívida externa de 3,7 para 95 bilhões.
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Concentração e Desconcentração das
Indústrias
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Conjunto de fatores que levam determinada indústria a localizar-se em determinado ponto ou área geográfica. Em termos gerais as indústrias tendem a localizar-se em lugares onde o fornecimento, produção e distribuição dos produtos acarretem os menores custos possíveis.
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1930: A concentração espacial da indústria do Brasil encontrava-se na Região Sudeste. Sudeste (80,7%), Sul (12%), Nordeste (5,7%), Norte (1%) e Centro-Oeste (0,6%). 1970: Desconcentração no sentido das capitais para o interior de cada Estado e no sentido Sudeste para as outras regiões.
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Sudeste e Sul (próximo à Argentina, Paraguai e Uruguai) são as duas regiões com o maior número de empresas e trabalhadores empregados do Brasil.
Hoje: Sudeste (49,6%), Sul (28,9%), Nordeste (12,1%), Norte (3,1%) e Centro-Oeste (6,3%).
A oferta de mão de obra qualificada fora da Região Sudeste, geralmente com menores salários.
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Os incentivos fiscais ofertados por outros estados e municípios (guerra fiscal);
O abandono de áreas tradicionais, de elevados custos de produção;
Uma menor organização sindical dos trabalhadores nas cidades de pequeno e médio porte (o que permite manter baixos salários ou concentração sem registro em carteira de trabalho).
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SENE, Eustáquio de & MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil, volume 3. são Paulo: Scipione, 2010.
MARTINS, Acácio. Disponível em: <http://www.slideshare.net/karolpoa/savedfiles/?s_title=cap-4-a-industrializao-brasileira&user_login=profacacio>.
Referências