a influÊncia da vegetaÇÃo no clima urbano da …

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ LUCIANA LEAL A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA CIDADE DE CURITIBA - PR CURITIBA 2012

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Page 1: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

LUCIANA LEAL

A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO

DA CIDADE DE CURITIBA - PR

CURITIBA

2012

Page 2: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

LUCIANA LEAL

A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO

DA CIDADE DE CURITIBA – PR

Tese apresentada como requisito parcial à obtenção do título de Doutor em Engenharia Florestal, Curso de Pós-graduação em Engenharia Florestal, Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná. Orientadora: Professora Dra. Daniela Biondi

Co-orientador: Professor Dr. Antonio Carlos Batista

CURITIBA

2012

Page 3: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

Ficha catalográfica elaborada por Denis Uezu – CRB 1720/PR

Leal, Luciana

A influência da vegetação no clima urbano da cidade de Curitiba – PR / Luciana

Leal. – 2012

172 f. il.

Orientador: Profª. Dra. Daniela Biondi

Co-orientador: Prof. Dr. Antonio Carlos Batista

Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Agrárias,

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal. Defesa: Curitiba, 20/06/2012.

Área de concentração: Conservação da Natureza.

1. Climatologia urbana – Curitiba. 2. Microclimatologia. 3. Florestas urbanas –

Curitiba. 4. Temperatura do ar. 5. Arborização urbana – Curitiba. 6. Teses. I. Biondi,

Daniela. II. Batista, Antonio Carlos. III. Universidade Federal do Paraná, Setor de

Ciências Agrárias. IV. Título.

CDD – 551.66 (816.21)

CDU – 634.0.273 (816.21)

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Page 5: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

AGRADECIMENTOS

À Deus, Espírito Santo, por conduzir o meu caminho e me fortalecer.

À Universidade Federal do Paraná pela oportunidade de realização deste

trabalho.

Aos professores Daniela Biondi e Antonio Carlos Batista pela contínua

orientação, confiança e oportunidades concedidas.

Aos professores da banca examinadora pelas contribuições ao trabalho.

À Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico

do Paraná pelo financiamento dessa pesquisa.

Ao CNPq pela concessão da Bolsa de Estudos nos primeiros cinco meses de

curso.

À Coordenação do Curso de Pós-graduação em Engenharia Florestal, em

especial aos secretários Reinaldo e David.

À URBS - Urbanização de Curitiba S.A., pelo seu diretor Sr. Marcos V. Isfer,

pela permissão de utilização das estruturas de responsabilidade deste órgão para

instalação dos mini-abrigos meteorológicos. Ao colega Rogério Bobrowski pela

sugestão e apoio na negociação com a URBS.

À Angeline Martini que criou o primeiro modelo de confecção dos mini-abrigos

meteorológicos.

Ao técnico de segurança Eneas Stier Monteiro pelas orientações para

instalação dos mini-abrigos meteorológicos nas estruturas urbanas.

Ao Adriano Salvador que topou realizar o serviço tão diferente de colocação

dos mini-abrigos meteorológicos nas hastes de sinaleiros e placas de sinalização.

À ex-gerente Hildamara Brondani Coelho que permitiu que eu pudesse

conciliar disciplinas com o trabalho.

Aos colegas Everaldo Marques de Lima Neto, Mayssa Mascarenhas Grise e

Ariádina Reis de Almeida pelo apoio.

Aos meus pais por tudo que fizeram para ter uma filha doutora.

E não poderia deixar de agradecer a minha gata Judi, amiga e companheira

diária em todos os anos da pós-graduação.

Muito obrigada!

Page 6: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

RESUMO

A cidade de Curitiba tem aspectos interessantes e características bem definidas para estudos de clima urbano em virtude dos diferentes usos do solo, ordenados pelo zoneamento que estabelece parâmetros de ocupação e pela presença de diferentes tipologias de florestas urbanas, com distribuição irregular na área intraurbana. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a influência da vegetação no clima local da cidade de Curitiba, com análise da variação temporal e espacial das variáveis meteorológicas temperatura e umidade relativa do ar. Para isto foram estabelecidos 44 pontos de monitoramento distribuídos em quatro transectos na malha urbana da cidade, por meio da instalação de mini-abrigos meteorológicos com registradores modelo Hobo®, em pontos fixos nas hastes de sinaleiros e placas de sinalização. O monitoramento meteorológico foi realizado em períodos correspondentes às quatro estações do ano (verão, outono, inverno e primavera), com 22 dias de coleta e registro contínuo de dados em intervalos de 15 minutos, totalizando 2112 leituras de cada variável por período, de modo a incluir episódios climáticos representativos para a análise. A partir dos resultados das médias, máximas e mínimas obtidas para o período total, partes do dia e dados diários calcularam-se as diferenças térmicas e higrométricas entre os pontos de monitoramento, separadamente em cada transecto e em conjunto, considerando todos os pontos estabelecidos na área intraurbana. Em todos os períodos observados foram encontradas diferenças térmicas acima de 1°C. As diferenças extremas entre os pontos de monitoramento para temperatura média diária variaram de 1 a 3°C e para a temperatura máxima absoluta do ar de 1,2 a 10,1°C. Pela análise do perfil longitudinal das temperaturas, observou-se curva semelhante ao perfil clássico das ilhas de calor urbano descrito na literatura específica, apresentando as maiores temperaturas nos locais com maior intensidade de ocupação e atividades antrópicas, como na área central e região centro-sul, além dos bairros Tarumã, Cidade Industrial de Curitiba e Sítio Cercado. As menores temperaturas foram encontradas em bairros residenciais e periféricos, como nas porções norte e noroeste do município e limite sul, além de se evidenciar o efeito do resfriamento das florestas urbanas presentes na área intraurbana, como os Parques Municipais Barigui e São Lourenço. As regiões com maior quantidade de áreas permeáveis, concentração de remanescentes florestais ou presença de áreas verdes públicas apresentaram menores temperaturas e aumento da umidade relativa do ar, atuando como “Ilhas de Frescor Urbano”. Pela análise de agrupamento dos dados de temperatura média no período da madrugada, os 44 pontos de monitoramento foram classificados em cinco “Unidades Microclimáticas”, que foram relacionados com a densidade de construção estabelecida pelo zoneamento do uso do solo e a presença de vegetação. Estes resultados poderão servir de subsídios ao manejo e a implantação das florestas urbanas do município de Curitiba. Palavras-chave: Florestas urbanas. Arborização urbana. Microclima urbano. Campo térmico. Temperatura do ar.

Page 7: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

ABSTRACT

The city of Curitiba presents interesting aspects and defined characteristic for the study of urban climate due to the different land uses and occupation determined by the zoning regulations and the presence of different types of urban forests with irregular distribution in the intra-urban area. This research aimed to evaluate the influence of vegetation on the local climate of the city of Curitiba. Temporal and spatial variation of the meteorological variables temperature and relative air humidity were analyzed. A total of 44 monitoring points with mini-shields with Hobo® loggers were set up in four transects in the urban mesh. The loggers were installed on sign and traffic light posts. Meteorological monitoring was conducted for 22 days in each of the four seasons with continuous data recording with 15-min intervals, totaling 2112 readings of each variable per period, in order to include representative climatic episodes for analysis. Based on the average, maximum and minimum results obtained for the whole study period, parts of the day and the day time of data collection, the thermal and hygrometric differences between monitoring points of each transect and the intra-urban area were calculated. Thermal differences above 1°C were observed in all periods. The differences between the daily average temperatures of the monitoring points varied from 1 to 3°C and the maximum absolute temperature, from 1.2 to 10.1 C. The analysis of the longitudinal profile of temperature revealed a curve similar to the classic profile of urban heat islands described in the literature, with the highest temperatures in more densely occupied areas and human activities, such as the city center and the south-center area, in addition to the districts of Tarumã, Cidade Industrial de Curitiba and Sítio Cercado. The lowest temperatures were found in residential districts and the suburbs, such as in the north and northwest areas of the city and the southern city border. Evidence of the cooling effect of urban forests in the intra-urban area was found in areas such as the Barigui and São Lourenço Parks. The regions with the largest permeable areas, concentration of forest remnants and public green areas had the lowest temperatures and greater relative air humidity; these areas acted as "urban cool islands". Data cluster analysis of the average temperature during dawn resulted in the clustering of the 44 monitoring points in five microclimate units were related to the building density established by the land use zoning regulations and the existence of urban forests. These results may serve as a reference in the management and implantation of urban forests in Curitiba. Key-words: Urban forestry. Urban trees. Urban microclimate. Thermal Field. Air temperature.

Page 8: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - REPRESENTAÇÃO DO PADRÃO DE TEMPERATURA DO AR EM UMA ÁREA URBANA........................................................................20

FIGURA 2 - PERFIL CLÁSSICO DAS ILHAS DE CALOR URBANO...........................................................................................21

FIGURA 3 - SEÇÃO TRANSVERSAL GENÉRICA DE UMA TÍPICA ILHA DE CALOR URBANO..............................................................................21

FIGURA 4 - PERFIL DA TEMPERATURA DO AR E TEMPERATURA DE SUPERFÍCIE SOB ÓTIMAS CONDIÇÕES PARA DISCRIMINAR AS ILHAS DE CALOR (CÉU CLARO E SEM NUVENS) DURANTE NOITE E DIA.....................................................................................29

FIGURA 5 - LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO MUNICÍPIO DE CURITIBA......40

FIGURA 6 - DIVISÃO DOS BAIRROS E REGIONAIS ADMINISTRATIVAS NO MUNICÍPIO DE CURITIBA................................................................41

FIGURA 7 - VARIAÇÃO DE DECLIVIDADE E DE HIPSOMETRIA DO MUNICÍPIO DE CURITIBA................................................................42

FIGURA 8 - ZONEAMENTO DO USO DO SOLO NO MUNICÍPIO DE CURITIBA..........................................................................................46

FIGURA 9 - LOCALIZAÇÃO DAS FLORESTAS URBANAS PÚBLICAS NO MUNICÍPIO DE CURITIBA...............................................................49

FIGURA 10 - DISTRIBUIÇÃO DAS FLORESTAS URBANAS NO MUNICÍPIO DE CURITIBA..........................................................................................50

FIGURA 11 - REGISTRADOR MODELO HOBO® UTILIZADO NA PESQUISA........................................................................................52

FIGURA 12 - DETALHE DO MINI-ABRIGO METEOROLÓGICO CONFECCIONADO...........................................................................54

FIGURA 13 - LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE MONITORAMENTO EM QUATRO TRANSECTOS NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA..........................................................................................56

FIGURA 14 - EXEMPLOS DA INSTALAÇÃO DOS MINI-ABRIGOS METEOROLÓGICOS EM SINALEIROS E EM PLACAS DE SINALIZAÇÃO...................................................................................59

FIGURA 15 - COMPORTAMENTO DA TEMPERATURA MÉDIA DO AR NO ANO DE 2011 E OS PERÍODOS DE COLETA DOS DADOS METEOROLÓGICOS........................................................................60

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FIGURA 16 - COMPORTAMENTO DA UMIDADE RELATIVA DO AR MÉDIA NO ANO DE 2011 E OS PERÍODOS DE COLETA DOS DADOS METEOROLÓGICOS........................................................................61

FIGURA 17 - FIXAÇÃO DOS MINI-ABRIGOS METEOROLÓGICOS INSTALADOS NOS SINALEIROS E PLACAS DE SINALIZAÇÃO...........................62

FIGURA 18 - ANÁLISE RITMICA NO PERÍODO CORRESPONDENTE AO VERÃO..............................................................................................67

FIGURA 19 - ANÁLISE RITMICA NO PERÍODO CORRESPONDENTE AO OUTONO...........................................................................................68

FIGURA 20 - ANÁLISE RITMICA NO PERÍODO CORRESPONDENTE AO INVERNO..........................................................................................69

FIGURA 21 - ANÁLISE RITMICA NO PERÍODO CORRESPONDENTE A PRIMAVERA.....................................................................................70

FIGURA 22 - PERFIL LONGITUDINAL DA TEMPERATURA MÉDIA (A) E UMIDADE RELATIVA DO AR MÉDIA (B) NO TRANSECTO NORTE-SUL NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011...................................................................................................75

FIGURA 23 - EIXO DE ANIMAÇÃO ARNALDO FAIVRO BUZZATO NAS PROXIMIDADES DO PONTO P22...................................................76

FIGURA 24 - PERFIL LONGITUDINAL DA TEMPERATURA MÉDIA DO AR (A) E UMIDADE RELATIVA MÉDIA DO AR (B) ESTRATIFICADO PARA AS PARTES DO DIA NO TRANSECTO NORTE-SUL NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011...........................86

FIGURA 25 - PERFIL LONGITUDINAL DA TEMPERATURA MÉDIA (A) E UMIDADE RELATIVA DO AR MÉDIA (B) NO TRANSECTO LESTE-OESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011...................................................................................................90

FIGURA 26 - PERFIL LONGITUDINAL DA TEMPERATURA MÉDIA DO AR (A) E UMIDADE RELATIVA MÉDIA DO AR (B) ESTRATIFICADO PARA AS PARTES DO DIA NO TRANSECTO LESTE-OESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011...........................98

FIGURA 27 - PERFIL LONGITUDINAL DA TEMPERATURA MÉDIA (A) E DA UMIDADE RELATIVA DO AR MÉDIA (B) NO TRANSECTO NOROESTE-SUDESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011...........................................................................102

FIGURA 28 - PERFIL LONGITUDINAL DA TEMPERATURA MÉDIA DO AR (A) E UMIDADE RELATIVA MÉDIA DO AR (B) ESTRATIFICADO PARA AS PARTES DO DIA NO TRANSECTO NOROESTE-SUDESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011..............110

FIGURA 29 - PERFIL LONGITUDINAL DA TEMPERATURA MÉDIA (A) E DA UMIDADE RELATIVA DO AR MÉDIA (B) NO TRANSECTO SUDOESTE-NORDESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011...........................................................................114

Page 10: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

FIGURA 30 - PERFIL LONGITUDINAL DA TEMPERATURA MÉDIA DO AR (A) E UMIDADE RELATIVA MÉDIA DO AR (B) ESTRATIFICADO PARA AS PARTES DO DIA NO TRANSECTO SUDOESTE-NORDESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011.................................................................................................122

FIGURA 31 - VISTA GERAL DOS PONTOS P3 (A ESQUERDA) E P15 (A DIREITA).........................................................................................123

FIGURA 32 - CAMPO TÉRMICO DA ÁREA INTRAURBANA DO MUNICÍPIO DE CURITIBA COM BASE NOS DADOS COLETADOS PARA TODO O PERÍODO (A) E MADRUGADA (B)................................................133

FIGURA 33 - DENDROGRAMA ELABORADO PARA A TEMPERATURA MÉDIA DO AR NO PERÍODO DA MADRUGADA.......................................135

FIGURA 34 - ESQUEMA DA DISTRIBUIÇÃO DAS CLASSES DE MICROCLIMAS IDENTIFICADOS NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA........................................................................................138

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 - CARACTERÍSTICAS DAS ILHAS DE CALOR DE SUPERFÍCIE E ATMOSFÉRICAS..............................................................................29

QUADRO 2 - LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE MONITORAMENTO NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA........................................................57

QUADRO 3 - UNIDADES MICROCLIMÁTICAS NA ÁREA INTRAURBANA DO MUNICÍPIO DE CURITIBA E CARACTERÍSTICAS.......................133

QUADRO 4 - ESTRATÉGIAS PARA MANEJO E IMPLANTAÇÃO DE FLORESTAS URBANAS NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA COM O ENFOQUE NO CLIMA LOCAL..........................................145

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA DO AR OBSERVADAS NO TRANSECTO NORTE-SUL NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011............................................................73

TABELA 2 - TEMPERATURA MÉDIA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO NORTE-SUL NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011...................................................................................................78

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TABELA 3 - TEMPERATURA MÁXIMA ABSOLUTA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO NORTE-SUL NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011...................................................................................79

TABELA 4 - TEMPERATURA MÍNIMA ABSOLUTA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO NORTE-SUL NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011...................................................................................80

TABELA 5 - UMIDADE RELATIVA DO AR MÉDIA E DIFERENÇAS HIGROMÉTRICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO NORTE-SUL NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011........................................................81

TABELA 6 - TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA DO AR OBSERVADAS NO TRANSECTO NORTE-SUL NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011 ESTRATIFICADAS PARA AS PARTES DO DIA..............................................................................................83

TABELA 7 - TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA DO AR OBSERVADAS NO TRANSECTO LESTE-OESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011............................................................88

TABELA 8 - TEMPERATURA MÉDIA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO LESTE-OESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011...................................................................................................92

TABELA 9 - TEMPERATURA MÁXIMA ABSOLUTA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO LESTE-OESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011.............................................................................93

TABELA 10 - TEMPERATURA MÍNIMA ABSOLUTA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO LESTE-OESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011.............................................................................94

TABELA 11 - UMIDADE RELATIVA DO AR MÉDIA E DIFERENÇAS HIGROMÉTRICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO LESTE-OESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011........................................................95

TABELA 12 - TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA DO AR OBSERVADAS NO TRANSECTO LESTE-OESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011 ESTRATIFICADAS PARA AS PARTES DO DIA..............................................................................................96

TABELA 13 - TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA DO AR OBSERVADAS NO TRANSECTO NOROESTE-SUDESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011.........................100

Page 12: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 14 - TEMPERATURA MÉDIA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO NOROESTE-SUDESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011..........................................................................................103

TABELA 15 - TEMPERATURA MÁXIMA ABSOLUTA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO NOROESTE-SUDESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011.................................................104

TABELA 16 - TEMPERATURA MÍNIMA ABSOLUTA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO NOROESTE-SUDESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011.................................................105

TABELA 17 - UMIDADE RELATIVA DO AR MÉDIA E DIFERENÇAS HIGROMÉTRICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO NOROESTE-SUDESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011.................................................106

TABELA 18 - TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA DO AR OBSERVADAS NO TRANSECTO NOROESTE-SUDESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011 ESTRATIFICADAS PARA AS PARTES DO DIA............................108

TABELA 19 - TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA DO AR OBSERVADAS NO TRANSECTO SUDOESTE-NORDESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011..........112

TABELA 20 - TEMPERATURA MÉDIA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO SUDOESTE-NORDESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011......................................................115

TABELA 21 - TEMPERATURA MÁXIMA ABSOLUTA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO SUDOESTE-NORDESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011.................................................116

TABELA 22 - TEMPERATURA MÍNIMA ABSOLUTA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO SUDOESTE-NORDESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011.................................................117

TABELA 23 - UMIDADE RELATIVA DO AR MÉDIA E DIFERENÇAS HIGROMÉTRICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO SUDOESTE-NORDESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011.................................................118

TABELA 24 - TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA DO AR OBSERVADAS NO TRANSECTO SUDOESTE-NORDESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011 ESTRATIFICADAS PARA AS PARTES DO DIA............................120

Page 13: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 25 - DIFERENÇAS TERMO-HIGROMÉTRICAS EXTREMAS ENTRE OS PONTOS DE MONITORAMENTO NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011...........................................................................124

TABELA 26 - TEMPERATURA MÉDIA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS ENTRE TODOS OS PONTOS DE MONITORAMENTO NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011......................................................126

TABELA 27 - TEMPERATURA MÁXIMA ABSOLUTA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS ENTRE TODOS OS PONTOS DE MONITORAMENTO NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011.................................................127

TABELA 28 - TEMPERATURA MÍNIMA ABSOLUTA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS ENTRE TODOS OS PONTOS DE MONITORAMENTO NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011.................................................128

TABELA 29 - UMIDADE RELATIVA DO AR MÉDIA E DIFERENÇAS HIGROMÉTRICAS DIÁRIAS OBSERVADAS ENTRE TODOS OS PONTOS DE MONITORAMENTO NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011..........129

TABELA 30 - DIFERENÇAS TERMO-HIGROMÉTRICAS EXTREMAS ENTRE OS PONTOS DE MONITORAMENTO NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA ESTRATIFICADAS PARA AS PARTES DO DIA NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011.................................................................................................131

TABELA 31 - MATRIZ DE CORRELAÇÃO ENTRE OS DADOS DE TEMPERATURA MÉDIA NAS ESTAÇÕES DO ANO PARA O PERÍODO DA MADRUGADA..........................................................134

Page 14: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 16

1.1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 18

1.1.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 18

1.1.2 Objetivos Específicos .................................................................................. 18

2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 19

2.1 O CLIMA URBANO .............................................................................................. 19

2.1.1 Características do clima urbano ....................................................................... 19

2.1.2 Fatores relacionados ao clima urbano.............................................................. 22

2.1.3 Intensidade das variações termo-higrométricas ............................................... 26

2.2 A VEGETAÇÃO URBANA E O CLIMA LOCAL..................................................... 31

2.2.1 Aspectos da vegetação urbana e terminologia aplicada .................................. 31

2.2.2 Efeitos da vegetação no clima urbano.............................................................. 32

2.3 O CLIMA URBANO DA CIDADE DE CURITIBA ................................................... 36

3 MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................... 40

3.1 ÁREA DE ESTUDO ............................................................................................. 40

3.1.1 Localização Geográfica .................................................................................... 40

3.1.2 Características Físicas ..................................................................................... 42

3.1.3 Características do Clima .................................................................................. 43

3.1.4 Características do Uso do Solo ........................................................................ 44

3.1.5 Características das Florestas Urbanas ............................................................. 47

3.2 METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS .............................................................. 51

3.2.1 Especificação e Escolha dos Equipamentos Meteorológicos Utilizados .......... 52

3.2.2 Validação dos Mini-abrigos Meteorológicos Utilizados ..................................... 53

3.2.3 Definição dos Pontos de Monitoramento das Variáveis Meteorológicas .......... 55

3.2.4 Procedimentos para a Coleta dos Dados Meteorológicos ................................ 59

3.2.5 Caracterização dos Pontos de Monitoramento ................................................. 63

3.2.6 Análise e Interpretação dos Dados Meteorológicos Coletados ........................ 63

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 66

4.1 ANÁLISE RITMICA DOS PERÍODOS DE MONITORAMENTO DOS DADOS

METEOROLÓGICOS ................................................................................................ 66

4.2 ANÁLISE DA VARIAÇÃO TERMO-HIGROMÉTRICA NA ÁREA INTRAURBANA

Page 15: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

DA CIDADE DE CURITIBA ........................................................................................ 71

4.2.1 Variação Termo-higrométrica no Transecto Norte-Sul ..................................... 71

4.2.2 Variação Termo-higrométrica no Transecto Leste-Oeste ................................. 87

4.2.3 Variação Termo-higrométrica no Transecto Noroeste-Sudeste ....................... 99

4.2.4 Variação Termo-higrométrica no Transecto Sudoeste-Nordeste.................... 111

4.2.5 Variação Termo-higrométrica na Área Intraurbana de Curitiba ...................... 123

4.3 CLASSIFICAÇÃO DE UNIDADES MICROCLIMÁTICAS NA ÁREA

INTRAURBANA DE CURITIBA ............................................................................... 134

4.4 SUBSÍDIOS PARA A GESTÃO DAS FLORESTAS URBANAS NA CIDADE DE

CURITIBA ................................................................................................................ 140

5 CONCLUSÕES ................................................................................................... 146

REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 148

APÊNDICES ........................................................................................................... 163

Page 16: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

16

1 INTRODUÇÃO

O prognóstico das mudanças climáticas na escala global é ainda uma

grande incerteza, no entanto, os efeitos locais da urbanização no clima são há longo

tempo documentados (GRIMMOND, 2007).

As alterações climáticas podem ser percebidas no clima das cidades,

caracterizado por apresentar nas áreas densamente construídas temperaturas mais

elevadas quando comparadas ao seu entorno, um fenômeno chamado de “Ilhas de

Calor Urbano”.

Menon, Leung e Chunho (2008) afirmam que as ilhas de calor urbano são

consideradas um dos principais problemas do século 21 como resultado da

urbanização e industrialização das civilizações humanas. O problema torna-se pior

em cidades ou metrópoles com grande quantidade populacional e atividades

econômicas extensivas. Segundo estes autores, são estimados que três bilhões de

pessoas vivam em áreas urbanas no mundo diretamente expostas ao problema, que

aumentará significativamente no futuro próximo.

As temperaturas elevadas das ilhas de calor urbano podem afetar o

ambiente e a qualidade de vida da população (EPA, 2011) e os seus efeitos

geralmente são considerados prejudiciais. As maiores temperaturas aumentam a

produção de ozônio nas atmosferas urbanas, aumentam o uso de ar condicionado,

deste modo aumentam a emissão de CO2 e causam adversos efeitos na saúde

humana e mortalidade nas ondas de calor. Em climas temperados, no entanto, as

ilhas de calor formadas no inverno trazem benefícios de redução dos custos de

aquecimento de prédios. Os benefícios das ilhas de calor neste período têm sido

quantificados e comparados com os prejuízos no verão (HEISLER; BRAZEL, 2010).

Para Huang et al. (2008), estudos sobre o clima urbano devem ser

estimulados não somente pela necessidade de adquirir conhecimento sobre os

numerosos efeitos da excessiva urbanização, mas também em diversas decisões de

planejamento ambiental e reabilitação de áreas urbanas.

Há muitas estratégias sugeridas na literatura para mitigar os efeitos do clima

urbano. De acordo com Chang, Li e Chang (2007), estas podem ser reunidas em

seis categorias:

a) modificação da geometria urbana;

Page 17: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

17

b) uso de superfícies de diferentes albedos;

c) políticas e medidas para aumentar a eficiência no uso de energia;

d) gerenciamento do trânsito de veículos e sistema de transporte;

e) uso de superfícies permeáveis;

f) uso de superfícies com vegetação.

Soleckia et al. (2005) sugerem como uma das principais estratégias para

mitigar as ilhas de calor, o aumento da cobertura vegetal nas áreas urbanas. As

diferentes tipologias de florestas urbanas, como ruas arborizadas, canteiros centrais

de ruas e avenidas, praças, parques, bosques, jardins públicos e quintais de

residências, geram um resfriamento localizado na área intraurbana, um fenômeno

conhecido como “Ilhas de Frescor Urbano”.

O papel da vegetação na moderação do clima urbano tem sido explorado

por todo o mundo nos últimos anos. Conforme Wong e Yu (2005), as pesquisas

sobre o tema dividem-se em três categorias:

a) coleta de dados meteorológicos e imagens de satélite no estudo de áreas verdes

nas cidades a nível macro;

b) estudos mais detalhados com medidas de campo para estudar o efeito do

resfriamento da vegetação a nível micro;

c) cálculos numéricos desenvolvidos para predizer os benefícios termais da

vegetação nas cidades.

Para Chang, Li e Chang (2007), informações de que os espaços verdes

amenizam as ilhas de calor são conhecidas no planejamento da paisagem urbana,

mas informações sobre quais tipos de florestas urbanas são melhores para reduzir o

calor são ainda em grande parte desconhecidas. Hamada e Otha (2010) citam

estudos são requeridos porque há poucos dados sobre a relação entre o tamanho

da área verde e o efeito de resfriamento e torna-se necessário entender como

grandes áreas verdes ajudam a diminuir as temperaturas nas áreas urbanas

próximas.

O planejamento das florestas urbanas que contempla a criação de parques,

bosques e arborização de ruas é uma das medidas mais eficientes que promovem

mudanças principalmente no microclima urbano. Seu planejamento deve ser

realizado levando-se em consideração as concentrações de serviços urbanos que

geram microclimas que caracterizam as ilhas de calor, com maior necessidade de

concentração da vegetação.

Page 18: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

18

A cidade de Curitiba, capital do estado do Paraná, tem aspectos

interessantes e características bem definidas para estudos de clima urbano, em

virtude dos diferentes usos do solo, ordenados pelo zoneamento que estabelece

parâmetros de ocupação e pela quantidade e diferentes tipos de florestas urbanas

com distribuição irregular em sua área intraurbana.

As pesquisas realizadas sobre o clima urbano de Curitiba mostram

genericamente a influência da vegetação sobre o clima local, porém, não há

informações sobre como a sua distribuição e características afetam o microclima.

Sendo assim, a presente pesquisa considerou a hipótese de que a

distribuição e o arranjo da vegetação influenciam de maneira distinta o clima dos

diferentes setores da área intraurbana de Curitiba.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

O objetivo geral da presente pesquisa foi avaliar a influência da vegetação

no clima local da cidade de Curitiba.

1.1.2 Objetivos Específicos

a) Estabelecer metodologia para coleta de dados meteorológicos em pontos fixos na

área intraurbana;

b) Analisar a variação temporal e espacial da temperatura e da umidade relativa do

ar na área intraurbana em cada estação do ano;

c) Relacionar as alterações de temperatura e de umidade relativa do ar com o uso

do solo na área intraurbana;

d) Avaliar a influência da vegetação na variação termo-higrométrica da área

intraurbana;

e) Gerar subsídio tanto para o manejo das florestas urbanas existentes como para o

planejamento de implantação de áreas arborizadas, principalmente em locais

fortemente urbanizados.

Page 19: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

19

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 O CLIMA URBANO

2.1.1 Características do clima urbano

A artificialidade do meio urbano, devido às características de sua superfície,

o suprimento extra de energia, a ausência de vegetação, a poluição do ar e as

características dos materiais e edificações, afeta os elementos climáticos, tais como:

a intensidade de radiação solar, a temperatura, a umidade relativa do ar, a

precipitação e a circulação do ar, entre outros (BERNATZKY, 1980). Estes fatores

artificiais determinam um clima local distinto nas cidades, chamado de “Clima

Urbano” (GOMEZ; GAJO; REIG, 1998).

Segundo Ayoade (2003), nas áreas urbanas alteram-se as propriedades

térmicas e hidrológicas da superfície terrestre, assim como seus parâmetros

aerodinâmicos são modificados pelos processos de urbanização e industrialização.

As superfícies naturais são substituídas por superfícies pavimentadas, ruas e

telhados de prédios. Como resultado, a radiação em ondas curtas é reduzida. As

temperaturas elevam-se, mesmo quando diminui a duração da insolação. Há a

formação das chamadas “Ilhas de Calor Urbano”, que correspondem a uma área na

qual a temperatura da superfície é mais elevada que as áreas circunvizinhas, o que

propicia o surgimento da circulação local. Também a umidade é reduzida, mas há

certo aumento na precipitação e também na quantidade da nebulosidade. Os

nevoeiros e neblinas são mais espessos, ocorrendo com mais frequência e

persistência, prejudicando a visibilidade. A turbulência cresce. Os ventos fortes são

desacelerados e os ventos fracos são acelerados.

A cidade é, portanto, geradora de um clima próprio, resultante da

interferência de todos os fatores que se processam sobre a camada de limite urbano

e que agem no sentido de alterar o clima em escala local (AMORIM, 2010).

A primeira documentação de calor urbano aconteceu em 1818, quando o

estudo revolucionário sobre o clima de Londres, realizado por Luke Howard,

detectou um “excesso de calor artificial” na cidade em comparação com a área rural

(GARTLAND, 2010).

Page 20: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

20

As Ilhas de Calor Urbano são anomalias térmicas caracterizadas pela

elevação da temperatura em determinadas áreas quando comparadas a outras

(WENG; LARSON, 2005). As ilhas de calor podem ser observadas em várias

escalas, como em pequenas áreas (arredores de um edifício ou no meio de uma

avenida), áreas maiores (bairro) ou regiões (muitos bairros ou uma zona) e até

mesmo na cidade inteira. Normalmente esse fenômeno é mais evidenciado na

diferença de temperatura entre as áreas urbanas e rurais (COLTRI, 2006).

A ilha de calor pode ser visualizada como uma bolha de calor estagnada

sobre as áreas mais densas e verticalizadas da cidade e tem sido observada em

praticamente todo o mundo (EMMANUEL1, 2005 citado por VILELA, 2007). Quando

as isotermas são traçadas em um mapa, como mostrado na FIGURA 1, o padrão

parece os contornos topográficos de uma ilha, por isso o termo “Ilha de Calor”

(NAISHI; ZUGANG; LIU, 1998).

FIGURA 1 - REPRESENTAÇÃO DO PADRÃO DE TEMPERATURA DO AR EM UMA ÁREA URBANA

FONTE: EPA (2011)

1 EMMANUEL, M. R. An Urban Approach to Climate-Sensitive Design: Strategies for the tropics.

New York: Spon Press, 2005.

Page 21: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

21

Oke (1974) traçou o perfil das ilhas de calor dos grandes centros urbanos,

descrevendo que o local da cidade com maior atividade antrópica, normalmente o

centro, se caracteriza por ser mais quente que os bairros residenciais e periféricos.

Esse perfil foi chamado de “perfil clássico das ilhas de calor” (FIGURA 2). Destaca-

se o centro da cidade como o “pico” (peak) da ilha de calor. A temperatura vai

diminuindo gradativamente conforme aumenta a distância do centro chegando ao

que o autor caracteriza como “plateau”. O limite entre a área urbana e a área rural é

representada pela queda brusca de temperatura, que o autor conceitua como

“penhasco” (cliff), como mostrado na FIGURA 3.

FIGURA 2 - PERFIL CLÁSSICO DAS ILHAS DE CALOR URBANO FONTE: EPA (2011)

FIGURA 3 - SEÇÃO TRANSVERSAL GENÉRICA DE UMA TÍPICA ILHA DE CALOR URBANO

FONTE: Oke (1978)

Page 22: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

22

Nos estudos de clima urbano, conforme Oke (2007), há três escalas

horizontais de interesse, descritas a seguir:

a) Mesoescala – uma cidade influencia o tempo e o clima na escala de uma

cidade inteira, tipicamente dezenas de quilômetros de extensão.

b) Escala local – inclui os efeitos climáticos de características da paisagem,

como a topografia, mas exclui efeitos do microclima. Em cidades significa o

clima de bairros com similar tipo de desenvolvimento urbano (uso do solo,

tamanho e distância entre construções, atividades). A escala típica varia de

um a diversos quilômetros.

c) Microescala – escala típica de microclimas urbanos, é dada pelas

dimensões de elementos individuais (prédios, estradas, árvores, ruas,

pátios, jardins, etc), estendendo de menos de um a centenas de metros.

Oke (1976) conceitua duas camadas na atmosfera (divisão vertical). A

primeira, a Urban Canopy Layer, consiste no ar contido entre os elementos da

rugosidade urbana, principalmente construções. Seu conceito está relacionado à

microescala e seu clima dominado pelos arredores imediatos (especialmente os

materiais locais e geometria). O limite superior desta camada é normalmente

impreciso pela natureza da superfície urbana. Em áreas densamente construídas o

limite é visualizado pela superfície estendida, exatamente abaixo do nível dos

telhados; em espaços abertos pode ser totalmente ausente. A segunda camada,

situada diretamente acima da primeira, pode ser chamada de Urban Boundary

Layer, observada em escala local ou mesoescala, refere-se a porção da camada

limite planetária cujas características são afetadas pela presença de uma área

urbana e os seus limites.

2.1.2 Fatores relacionados ao clima urbano

Segundo Gartland (2010), as ilhas de calor são formadas em áreas urbanas

e suburbanas porque os materiais de construção comuns absorvem e retêm mais

calor do sol do que materiais naturais em áreas rurais menos urbanizadas. A autora

coloca duas razões principais para esse aquecimento. A primeira é que a maior

parte dos materiais de construção é impermeável e estanque, e por essa razão não

há umidade disponível para dissipar o calor do sol. A segunda é que a combinação

de materiais escuros de edifícios e pavimentos com configuração tipo cânion

absorve e armazena mais energia solar. O calor antropogênico, ou produzido pelo

Page 23: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

23

homem, menores velocidades do vento e a poluição do ar em áreas urbanas

também contribuem para a formação de ilhas de calor.

Grande parte das cidades tem antropogênicas fontes de calor e poluição.

Em adição, as áreas centrais são cobertas por um grande percentual de asfalto e

concreto, que são superfícies secas, com albedo e capacidade calorífica para

converter e armazenar calor radiação entrante como calor sensível melhor que os

arredores rurais (NAISHI; ZUGANG; LIU, 1998).

De acordo com Ca, Asaeda e Abu (1998), muitos fatores contribuem com o

efeito das ilhas de calor urbano, incluindo excessivas atividades humanas e tráfego

intenso que lançam calor e poluentes, prédios altos das cidades que prendem

radiação de ondas curtas e obstrui o movimento do ar, a alta condutividade de calor

nas superfícies urbanas que, consequentemente, absorvem radiação de ondas

curtas durante o dia e a dissipam somente durante a noite, resultando na ilha de

calor noturna, na qual as temperaturas urbanas continuam sendo altas no período

noturno.

A razão para a cidade ser mais quente que a área rural é resultado da

diferença de energia absorvida e dissipada em cada região que, conforme King e

Davis (2007), é explicada por inúmeros fatores que contribuem para o relativo

aquecimento das cidades, dentre estes:

a) nas áreas rurais durante o dia, a energia solar absorvida próxima do solo

evapora a umidade presente na vegetação e no solo. Assim, enquanto

houver ganho de energia solar, esta é compensada em alguns graus pelo

resfriamento da evaporação. Em cidades, onde há menos vegetação, as

construções, ruas e calçadas absorvem a maioria do input de energia solar;

b) devido a cidade ter menos água, a perda (run-off) é maior nas cidades

porque os pavimentos na maioria não são porosos. Assim, o resfriamento

evaporativo é menor, o que contribui para as altas temperaturas;

c) o calor perdido pelas construções e veículos é outro fator que contribui

para o aquecimento das cidades. O calor gerado por estes objetos

eventualmente vai para a atmosfera. A contribuição deste calor pode ser um

terço da energia solar recebida;

d) As propriedades térmicas das construções são adicionadas ao calor do ar

pela condução. Asfalto, tijolo e concreto são melhores condutores de calor

do que a vegetação;

e) a estrutura de canyon dos altos prédios cria condições para o

aquecimento. Durante o dia, a energia solar é aprisionada por múltiplas

Page 24: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

24

reflexões dos prédios, enquanto a perda de energia infravermelha é

reduzida pela absorção;

f) o efeito da ilha de calor também pode ser reduzido pelo tempo

meteorológico. A diferença de temperatura entre cidade e arredores também

é função das escalas sinóticas do vento. Fortes ventos reduzem a

temperatura contrastante pela mistura do ar rural e urbano;

g) A ilha de calor também pode aumentar a nebulosidade e precipitação na

cidade, com a circulação térmica do cenário entre a cidade e a região ao

redor.

Para OKE (1981), as principais causas da formação da ilha de calor nas

cidades são:

a) Aumento da entrada de radiação de ondas longas, devido à absorção de

ondas longas que saem e sua reemissão pelos poluentes da atmosfera

urbana;

b) Menores perdas de radiação de ondas longas nas ruas e canyons

urbanos, devido à redução do fator de visão do céu pelos prédios e

edifícios;

c) Maior absorção da radiação de ondas curtas pela superfície urbana,

devido ao efeito das construções no albedo;

d) Grande estocagem de calor durante o dia, devido às propriedades

térmicas dos materiais urbanos e grande emissão de radiação durante a

noite;

e) Adição de calor antropogênico na área urbana, devido à utilização de

aquecedores e refrigeradores, transportes e operações industriais;

f) Menor evaporação, devido à retirada da vegetação e à diminuição de

superfícies líquidas, o que diminui o fluxo de calor latente ou

evapotranspiração e aumenta o fluxo de calor sensível.

Maiores temperaturas nas áreas urbanas são devido ao positivo balanço

termal de áreas urbanas causado pelo importante lançamento de calor

antropogênico, o excesso de armazenamento de radiação solar pela estrutura das

cidades, a perda de espaços verdes, não circulação do ar em canyons urbanos e

redução da capacidade de emissão de radiação infravermelha para lançamento na

atmosfera (OKE et al., 1991).

Um dos principais efeitos da radiação é a mudança na proporção de saída

da radiação de ondas curtas. Esta proporção, expressada como uma porcentagem,

é o albedo e é tipicamente menor em áreas urbanas do que nas áreas rurais. O

menor albedo é devido em parte aos materiais com superfícies escuras no mosaico

urbano e também aos efeitos de aprisionamento da radiação de ondas curtas pelas

Page 25: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

25

paredes verticais e canyon urbano. Há considerável variação de albedo dentro das

cidades dependendo da cobertura vegetal, materiais de construção, composição dos

telhados e características do uso do solo (HEISLER; BRAZEL, 2010).

Segundo Amorim e Dubreuil (2009), o calor produzido é determinado pelas

variáveis de albedo (reflectância) e emissividade dos materiais. O albedo representa

a porção da radiação solar incidente, que é refletida pelo material, enquanto a

emissividade determina o desempenho térmico caracterizado pela temperatura

superficial. Assim, superfícies com elevado albedo e emissividade tendem a

permanecerem mais frias quando expostas à radiação solar, pois absorvem menos

radiação e emitem mais radiação térmica para o espaço, transmitindo menos calor

para seu entorno. Ao contrário, quanto menor for o albedo e a emissividade maior

será a absorção de calor e sua permanência no ambiente de entorno.

É conhecido que a diferenciação do albedo tem importante impacto na

temperatura local (OKE et al., 1991). O albedo nas áreas urbanas apresenta uma

variação considerável, muito em função da grande diversidade de materiais

utilizados nas construções e da grande variação que existe em termos de superfícies

criadas artificialmente, particularmente no caso dos telhados e das superfícies

impermeabilizadas. Estas variações de albedo interferem no balanço de energia e

no clima local (OKE, 1978; MILLS, 2004).

Em áreas densamente urbanizadas o calor antropogênico, que representa o

calor produzido pelo homem que é gerado por edifícios, processos industriais,

veículos ou até mesmo as próprias pessoas, é mais elevado e pode ser uma

influência significativa na formação das ilhas de calor (GARTLAND, 2010).

Um grande número de fatores geográficos está envolvido na formação das

ilhas de calor urbano. Cada cidade tem suas individuais características, dependendo

de locais fatores, como as características do relevo, estrutura urbana e tipos de

materiais de construção. As diferentes influências destes fatores nas zonas

climáticas (temperada, tropical e polar) tornam mais complicado o entendimento

destas interações (KLYSIC; FORTUNIAK, 1999).

Também a morfologia das cidades em termos de altura, largura e densidade

de construções. Estas características, em combinação, afetam a perda de radiação

de ondas longas durante a noite e as taxas de resfriamento, o acesso de energia

solar durante o dia e dessa maneira o padrão diurno de aquecimento e a

movimentação do ar e velocidade do vento no nível das ruas (GRIMMOND, 2007).

Page 26: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

26

A umidade relativa do ar, como consequência da ilha de calor urbano, é

geralmente mais baixa na cidade do que na área rural (HAGE, 1975; ACKERMAN,

1987). Unkasevic, Jovanović e Popović (2001) citam como fatores que afetam a

distribuição da umidade na área urbana:

a) mistura de influências da rugosidade da superfície e campos termais;

b) redução da evapotranspiração devido à limitação da vegetação, solos

descobertos e extensiva superfície pavimentada;

c) emissão de vapor d’água de fontes industriais e transpiração;

d) remoção do vapor d’água pela precipitação, orvalho, liquefação de aerossóis

higroscópicos, superfícies materiais e reações químicas na atmosfera.

2.1.3 Intensidade das variações termo-higrométricas

Dentro da cidade, as diferenças termo-higrométricas apresentam

variabilidade espacial e temporal (GRIMMOND, 2007).

A intensidade da ilha de calor urbano é a temperatura encontrada dentro de

uma dada localização dentro da cidade subtraída da temperatura que deveria ser

medida na mesma localização sem a presença da cidade. Como isto não é possível,

duas técnicas substitutas podem ser aplicadas para calcular a ilha de calor. A

magnitude da ilha de calor pode ser aproximada pela diferença simultânea de

temperatura entre uma área urbana e uma área rural próxima com característica

geográfica similar. O outro enfoque analisa as diferenças de dados históricos de

temperatura em uma estação meteorológica dentro da cidade e em área rural

próxima (MAGEE; CURTIS; WENDLER, 1999).

Gartland (2010) cita cinco métodos básicos utilizados para medir os efeitos

da urbanização sobre os climas urbanos: estações fixas, transectos móveis,

sensoriamento remoto termal, balanço vertical e balanços de energia.

O período de comparação utilizado pode ser uma estação, um mês ou um

ou vários anos, ou em alguns casos utilizam-se alguns dias selecionados

(VELAZQUEZ-LOZADA; GONZALES; WINTER, 2006).

As diferenças de temperatura entre áreas urbanas e rurais são geralmente

modestas, menores que 1ºC na média, mas ocasionalmente podem alcançar

diversos graus quando as condições urbanas, topográficas e meteorológicas são

favoráveis para o desenvolvimento das ilhas de calor (WENG; LARSON, 2005).

Page 27: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

27

Com o fenômeno das ilhas de calor urbano as temperaturas do ar nas

cidades podem ser 2 a 5°C mais altas do que os seus arredores (ACKERMAN,

1987; TAHA, 1997). Em uma tarde clara de verão, a temperatura do ar em uma

cidade típica é aproximadamente 2,5°C mais quente que os arredores rurais

(ROSENFELD et al., 1995; AKBARI; POMERANTZ; TAHA, 2001). O ar no “dossel

urbano” abaixo das copas das árvores e edifícios pode ser até 6°C mais quente do

que em áreas rurais (GARTLAND, 2010). Medições têm detectado diferenças de

temperaturas nas áreas intraurbanas maiores que 9°C (ELIASSON; SVENSSON,

2003).

Heisler e Brazel (2010) citam que geralmente a intensidade da ilha de calor

não é maior que 3 ou 4°C durante o meio-dia. Dependendo da referência rural e das

condições sinóticas do tempo, porém, a intensidade das ilhas de calor em grandes

centros urbanos pode chegar a 11°C depois do pôr-do-sol.

A intensidade da ilha de calor é máxima quando o céu está totalmente claro

e não há vento e é mínima naquelas situações quando a atmosfera está instável,

com vento, nebulosidade ou precipitação (PINHO; ORGAZ, 2000, KIM; BAIK, 2004,

KIM; BAIK, 2005, GARTLAND, 2010). Isto é explicado pelo fato de mais energia

solar ser capturada em dias claros e pelos ventos mais brandos removerem o calor

de maneira mais vagarosa, fazendo com que a ilha de calor se torne mais intensa

(GARTLAND, 2010). Sob condições de nebulosidade e vento há menor ganho de

radiação solar e maior mistura, por isso as diferenças de temperatura do ar são

reduzidas (GRIMMOND, 2007).

Runnals e Oke (2000) também reforçam que as ilhas de calor são mais

facilmente detectadas em noites sob condições claras e calmas quando diferentes

taxas de resfriamento de radiação são maximizadas entre as áreas urbanas e seus

arredores, com as cidades resfriando mais vagarosamente que o seu entorno. A

magnitude das ilhas de calor diminui com o aumento da velocidade do vento e

cobertura de nuvens. Eles complementam citando que as ilhas de calor diurnas

podem ser positivas ou negativas dependendo de características particulares da

área urbana e de seus arredores.

A ilha de calor urbano não é contínua no tempo, pois afeta principalmente as

temperaturas noturnas. Também pode haver a formação de uma ilha fria durante o

dia, especialmente nas primeiras horas da manhã (GONZALES; RODRÍGUES;

ZABALLOS, 2003).

Page 28: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

28

Segundo Yow e Carbone (2006), ilhas de calor inversas ou negativas

(quando a área urbana é mais fria que os arredores rurais) e ilhas de calor neutras

(quando a diferença de temperatura urbano-rural é de 0,5°C ou menos) são mais

frequentemente observadas durante o dia do que a noite.

As ilhas de calor são caracterizadas por significante variabilidade no

decorrer das 24 horas diárias e também durante o ano (KLYSIC; FORTUNIAKI,

1999). Em termos gerais, a temperatura do ar diminui do final da tarde até o início da

noite, com áreas urbanas resfriando a taxas mais baixas do que nas áreas rurais.

Isto resulta na diferença de temperatura urbano-rural até um máximo que é

alcançado aproximadamente 3 a 5 horas depois do pôr-do-sol (CHOW; ROTH,

2006).

De acordo com Huang et al. (2008), as horas antes do amanhecer e as

horas depois do pôr do sol são as melhores para discriminar a intensidade da ilha de

calor, enquanto as horas próximas ao meio-dia são as ocasiões ideais para

discriminar entre os vários tipos de cobertura em microescala.

Para Gartland (2010), a ilha de calor é um fenômeno complexo. Em grande

parte isso se deve à complicada natureza das áreas urbanas e padrões de

condições meteorológicas, e também a maneira com que estes fatores interagem.

Fatores que aumentam a intensidade da ilha de calor geram altas temperaturas de

superfície. Essas temperaturas, por sua vez, geram o calor perdido das superfícies e

podem também estimular as brisas nas cidades, e ambos tendem a diminuir a

intensidade das ilhas de calor.

As temperaturas de superfície e atmosférica variam com os diferentes usos

do solo (FIGURA 4). A temperatura de superfície varia mais que a temperatura do ar

durante o dia, mas ambas são similares à noite. As temperaturas variam com fatores

como estações do ano, condições de tempo, intensidade de radiação e cobertura do

solo (EPA, 2011). No QUADRO 1 são apresentadas algumas características das

ilhas de calor de superfície e atmosféricas.

Page 29: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

29

FIGURA 4 - PERFIL DA TEMPERATURA DO AR E TEMPERATURA DE SUPERFÍCIE SOB ÓTIMAS CONDIÇÕES PARA DISCRIMINAR AS ILHAS DE CALOR (CÉU CLARO E SEM NUVENS) DURANTE NOITE E DIA

FONTE: EPA (2011)

FATOR ILHA DE CALOR DE SUPERFÍCIE ILHA DE CALOR ATMOSFÉRICA

Desenvolvimento no tempo

Presente em todas as partes do dia e noite. Mais intensa durante o dia e o verão.

Pode ser pequena ou não existir durante o dia. Mais intensa a noite e no inverno.

Pico de intensidade Maior variação espacial e temporal: - Dia (10 a 15°C) - Noite (5 a 10°C)

Menor variação: - Dia: -1 a 3°C - Noite: 7 a 12°C

QUADRO 1 - CARACTERÍSTICAS DAS ILHAS DE CALOR DE SUPERFÍCIE E ATMOSFÉRICAS

FONTE: EPA (2011)

Page 30: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

30

Arnfield (2003), em uma extensa revisão de estudos realizados entre 1980 e

2000 sobre a intensidade da ilha de calor em áreas urbanas verificou que:

a) a intensidade da ilha de calor decresce com o aumento da velocidade de vento;

b) a intensidade da ilha de calor decresce com o aumento da nebulosidade;

c) a intensidade da ilha de calor é mais intensa no período noturno;

d) a intensidade da ilha de calor tende a aumentar com mais frequência no verão ou

nos períodos mais quentes do ano;

e) a ilha de calor pode desaparecer durante o dia ou a cidade ser mais fria que a

área rural;

f) taxas de aquecimento e resfriamento são maiores em áreas rurais do que na

cidade.

A intensidade da ilha de calor urbano varia também com as características

da cidade, como o tamanho da população e a densidade de construções (BRAZEL

et al., 2000) e os dias da semana e a cultura local, com variações diurnas e sazonais

(CARNAHAN; LARSON, 1990).

Quanto à intensidade das diferenças higrométricas na área urbana,

Fortuniak, Klysik e Wibig (2006) abordam que a influência do desenvolvimento

urbano na distribuição da umidade relativa tem sido menos estudada que o

fenômeno de ilhas de calor. Pelo processo de saturação, as características da

variação de umidade e os erros mais altos de medição, o problema de contrastes do

conteúdo de vapor d’água no ambiente urbano são mais complexos do que para a

temperatura. A diferença mais alta para umidade relativa do ar rural-urbano é

observada a noite. Sob condições favoráveis, a área urbana pode ter umidade

relativa do ar menor em mais de 40% do que seus arredores, mas diferenças da

ordem de 20 a 30% são mais típicas.

Para Mendonça (2003), a formação de condições climáticas intraurbanas,

derivadas diretamente da heterogeneidade tanto do sítio quanto da estrutura,

morfologia e funcionalidade urbanas, gerando paralelamente ao clima da cidade

(clima local / urbano), bolsões climáticos intraurbanos diferenciados (ilhas de calor,

ilhas de frescor e microclimas), carece ainda de mais atenção dos estudiosos do

clima das cidades.

Page 31: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

31

2.2 A VEGETAÇÃO URBANA E O CLIMA LOCAL

2.2.1 Aspectos da vegetação urbana e terminologia aplicada

As cidades são dependentes dos ecossistemas ao redor de seus limites e

também dos benefícios dos ecossistemas urbanos internos (BOLUND;

HUNHAMMAR, 1999). A vegetação urbana permite a integração entre os espaços

construídos e o ambiente natural. Esta é parte integrante da paisagem da cidade e

modifica as características climáticas provocadas pela urbanização, podendo

provocar inúmeros efeitos benéficos ao ambiente urbano (CAVALCANTE, 2007).

As áreas urbanas são ambientes alterados que possuem áreas de

vegetação remanescente ou implantadas, tanto em áreas públicas (parques, jardins

e praças), como em torno de córregos e rios ou em áreas particulares, como em

residências e indústrias (ALVAREZ, 2004).

Segundo Magalhães (2006), dois conceitos tem sido usados no Brasil para

designar o conjunto da vegetação arbórea presente nas cidades: Arborização

Urbana e Florestas Urbanas.

Enquanto o termo arborização sempre foi utilizado para a ação ou para o

resultado do plantio e da manutenção de árvores, individuais ou em pequenos

grupos (MAGALHÃES, 2006), no conceito de florestas urbanas, utilizado por

Gonçalves e Paiva (2006), são considerados os diversos espaços no tecido urbano

passíveis de serem ocupados por árvores, que permitem um aglomerado de

indivíduos arbóreos, que formam cobertura vegetal que proporciona benefícios

microclimáticos. Miller (1997) sintetiza o conceito de florestas urbanas como o

conjunto de toda a vegetação arbórea e suas associações dentro e ao redor das

cidades, desde pequenos núcleos urbanos até grandes regiões metropolitanas.

Inclui as árvores de ruas, avenidas, praças, parques, unidades de conservação,

áreas de preservação, áreas públicas ou privadas, remanescentes de ecossistemas

naturais ou plantadas.

Lorusso (1992) divide este conjunto da vegetação urbana em dois tipos:

a) públicas, composta por logradouros públicos, que são espaços aos quais o

conjunto da população e visitante da cidade têm livre acesso e deles podem usufruir.

b) privadas, compostas por jardins, quintais e remanescentes significativos

incorporados à malha urbana e localizados em terrenos particulares.

Page 32: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

32

2.2.2 Efeitos da vegetação no clima urbano

Uma das estratégias citadas para mitigar os efeitos das ilhas de calor urbano

é aumentar a cobertura vegetal em uma cidade (ROSENFELD et al., 1995;

SOLECKIA et al., 2005). As árvores urbanas podem compensar ou reverter o efeito

das ilhas de calor (AKBARI; POMERANTZ; TAHA, 2001). Medidas como a

arborização de vias públicas, praças, vazios urbanos destinados a áreas verdes,

encostas e fundos de vale podem contribuir significativamente na amenização do

clima urbano (GOMES; AMORIM, 2003).

Se de um lado as áreas mais artificializadas da cidade, como é o caso do

centro, produzem maiores alterações no clima local, por outro as áreas que mais se

aproximam das condições ambientais normais da natureza, ou seja, lugares mais

arborizados, apresentam um clima diferenciado e, por consequência, mais ameno

(GOMES; AMORIM, 2003).

Segundo Heidt e Neef (2008), para proporcionar suficiente qualidade de vida

nas cidades é importante manter e restaurar o sistema urbano de espaços verdes.

Thundiyil (2003) salienta que além da adição de espaços verdes, integrar mais

árvores urbanas nas cidades pode ajudar a mitigar o efeito das ilhas de calor.

Yu e Hien (2006) consideram que o plantio de árvores em áreas urbanas é

uma efetiva medida para criar um efeito de “oásis” e mitigar o aquecimento urbano

nos níveis macro e micro. Quando a vegetação da cidade é distribuída em reservas

naturais, parques urbanos, parques metropolitanos, jardins e assim por diante, o

balanço de energia de toda a cidade pode ser modificado pela adição de mais

superfícies evaporativas, mais radiação absorvida pode ser dissipada na forma de

calor latente e a temperatura urbana pode ser reduzida.

Quando árvores são plantadas e o albedo é modificado em uma cidade

inteira, o balanço de energia de toda a cidade é modificado, produzindo maiores

mudanças no clima da cidade (AKBARI; POMERANTZ; TAHA, 2001).

A cobertura vegetal e os corpos hídricos presentes nas áreas verdes atuam

no controle da temperatura e umidade relativa do ar (GREY; DENEKE, 1986,

TYRVÄINEN et al., 2005). A vegetação tende a estabilizar os efeitos do clima do seu

entorno, reduzindo os extremos das variáveis ambientais (DIMOUDI;

NIKOLOPOLOU, 2003).

As árvores, bem como as praças vegetadas, parques e bosques, são citados

como os melhores reguladores climáticos. No verão, as árvores funcionam como um

Page 33: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

33

verdadeiro ar condicionado natural, melhorando a temperatura do ar pela

evapotranspiração (HEISLER, 1974). Uma árvore isolada pode transpirar

aproximadamente 380 litros de água por dia, resultando num resfriamento

equivalente ao de cinco aparelhos de ar condicionados médios (2500 kcal/h) em

funcionamento durante 20 horas (GREY; DENEKE, 1986).

Lombardo (1985), em pesquisa na cidade de São Paulo, observou nas

regiões com maior concentração de espaços livres com vegetação e nas

proximidades aos reservatórios d’água que as temperaturas sofrem declínios

acentuados. A autora estimou que um índice de cobertura vegetal de 30% seria o

recomendável para proporcionar um adequado balanço térmico em áreas urbanas,

sendo que um índice de arborização inferior a 5% determinaria características

semelhantes às de um deserto.

A presença da vegetação de parques e bosques pode gerar um resfriamento

localizado, fenômeno conhecido como “Ilhas de Frescor Urbano”, que se contrapõe

ao efeito mais comumente discutido de “Ilhas de Calor Urbano” (SHASHUA-BAR;

PEARLMUTTER; ERELL, 2009).

Similarmente a temperatura, segundo Alves (2011), nas cidades há a

formação de ilhas de umidade devido a maior arborização de alguns locais e a

presença de corpos hídricos. Estas áreas são caracterizadas por apresentarem

claramente taxas mais elevadas de umidade, se comparadas a outros ambientes,

que não possuem árvores e superfícies com água. Já as ilhas secas são observadas

em decorrência da falta de arborização e de superfícies com lâmina de água,

ocorrendo normalmente em locais que apresentam uma configuração espacial

extremamente antrópica.

Souch e Souch (2003), em estudo de diferentes espécies e condições

(parques, jardins e ruas), verificaram uma redução na temperatura e um aumento na

umidade relativa do ar sob a folhagem das árvores.

Estudo realizado por Streiling e Matzarakis (2003), demonstrou que um

pequeno grupo de árvores bem como uma única árvore pode ter efeitos positivos no

clima urbano. Estes autores recomendam que, quando possível, as árvores

deveriam ser plantadas em grupos.

Uma única árvore tem seu impacto limitado ao microclima local, enquanto

grandes parques urbanos podem estender seus efeitos positivos ao ambiente

construído circundante (YU; HIEN, 2006). O efeito da vegetação não se restringe

Page 34: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

34

apenas ao sítio onde se encontra inserida, mas contribui também para estabilizar o

microclima dos arredores imediatos (SUCOMINE et al., 2009).

Jauregui (1990/1991) em pesquisa no Parque Chapultepec, área verde

extensa localizada na Cidade do México, encontrou temperatura 2 a 3°C menor do

que os arredores construídos e sua área de influência alcançou a distância de 2 km,

aproximadamente o mesmo que a extensão de sua largura.

Pesquisas mostram que os parques urbanos vegetados são mais frios que

os seus arredores. A intensidade do efeito de resfriamento de um parque difere entre

parques e esta diferença está relacionada às suas características, extensão e a

localização dos remanescentes florestais próximos (ELIASSON, 1996, SPROKEN-

SMITH; OKE, 1999, CHANG; LI; CHANG, 2007).

Chang, Li e Chang (2007), analisando medidas de temperatura do ar em 61

parques da cidade de Taipei - Taiwan, mostraram que os parques urbanos foram

mais frios que os seus arredores, porém, os parques com 50% de cobertura

pavimentada e poucas árvores ou cobertura arbustiva foram mais quentes. Os

parques maiores foram mais frios que os parques menores, mas esta relação não foi

linear.

Conforme Bowler et al. (2010), diversos estudos tem investigado o efeito dos

espaços verdes nas temperaturas e estes estudos mostram evidências que áreas

com vegetação podem atuar no resfriamento de ambientes. Dados de diferentes

estudos sugerem que, na média, os parques urbanos deveriam ser 1°C mais frios

que locais sem vegetação.

Honjo e Takakura (1990/1991) citam que o efeito de resfriamento de uma

área verde varia de acordo com o seu tamanho e a proximidade com outras áreas

verdes. Em pesquisa realizada por estes autores, a área de influência de uma área

verde foi de aproximadamente 300 m quando sua extensão era de 100 m; porém, a

influência não foi de mais de 400 m quando a área verde era superior a este

tamanho.

Saito (1990), em investigação dos efeitos termais das áreas verdes na

cidade de Kumamoto - Japão, constatou que até mesmo pequenas áreas verdes (60

x 40 m) mostram um efeito de resfriamento considerável. A máxima diferença dentro

e fora de pequenas áreas verdes foi de 3°C, fato que indica que estas áreas

poderiam efetivamente melhorar as condições termais das cidades.

Shashua-Bar e Hoffmann (2000) constataram que em pequenas áreas

Page 35: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

35

verdes, inseridas no meio urbano na cidade de Tel-Aviv, o efeito amenizador

climático pode ser sentido em até um raio de 100 m de distância das mesmas.

De acordo com Gianna2 (2001 citado por Georgi e Dimitriou, 2010), os

atributos da vegetação urbana que afetam o microclima positivamente são:

a) alta taxa de absorção e radiação;

b) a baixa capacidade de calor e condutividade termal se comparado a estruturas e

materiais de construção e a espaços abertos;

c) a redução da temperatura do ar pela transpiração;

d) a menor radiação infravermelha;

e) a redução da velocidade do vento próxima da superfície;

f) a retenção de poeira e poluentes do ar.

Gartland (2010) cita que as árvores e a vegetação refrescam sua

circunvizinhança de duas maneiras:

a) a evapotranspiração converte a energia solar em água evaporada ao invés de

calor, mantendo as temperaturas da vegetação e do ar mais baixas;

b) árvores promovem sombras para as superfícies e protegem-nas do calor do sol,

mantendo essas superfícies mais frescas e reduzem o calor armazenado por elas.

A vegetação e os materiais urbanos diferem quanto a umidade e as

propriedades termais, e assim podem afetar as temperaturas por meio de diferentes

processos. A chave do processo é a evapotranspiração, definida como a perda de

água das plantas como vapor dentro da atmosfera. Esta consome energia da

radiação solar e aumenta o calor latente ao invés do calor sensível, resfriando as

folhas e a temperatura nos seus arredores (TAHA et al., 1988).

A presença da vegetação contrasta os materiais urbanos que não retêm

água pela evaporação e rapidamente absorvem e retém calor quando expostos a

radiação solar. Em adição ao resfriamento evaporativo, a sombra das árvores pode

atuar no resfriamento da atmosfera pela simples interceptação da radiação solar,

prevenindo o aquecimento das superfícies (OKE, 1989).

Além de proporcionar sombra e resfriamento via evapotranspiração da

vegetação, os espaços verdes proporcionam porosidade a superfície, que aumenta

a capacidade de disponibilidade de armazenar água e assim disponibilizá-la para o

resfriamento evaporativo (HATHWAY; SHARPLES, 2012).

2 GIANNA, S. Bioclimatic principals of town-planning design in environmental design of towns

and open space. Patra: Hellenic Open University, 2001. p. 177–207.

Page 36: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

36

2.3 O CLIMA URBANO DA CIDADE DE CURITIBA

De acordo com Nogarolli (2007), a análise da evolução das condições

climáticas mostra que, na cidade de Curitiba, a temperatura média tem aumentado

progressivamente após a década de 1950 (cerca de 1,5°C). Rossi (2004), pela

atualização do ano climático de referência, encontrou em um período de 30 anos um

aumento da temperatura de aproximadamente 0,6ºC, o que a autora relaciona ao

acelerado crescimento urbano da cidade e sua conurbação com os municípios

vizinhos, que ocorreu justamente neste período.

Alguns estudos identificaram a presença de ilhas de calor na cidade de

Curitiba, como os trabalhos de Mendonça e Dubreuil (2005), Young (2005), Dumke

(2007) e Lemos (2011), por meio de técnicas de sensoriamento remoto termal, para

o aglomerado urbano da região metropolitana e, em trabalhos de Rossi (2004) e

Blanchet (2004), com coleta de dados meteorológicos em partes da cidade.

Conforme Mendonça e Dubreuil (2005), o crescente processo de

urbanização da cidade e sua região metropolitana provocaram a ocorrência do

aumento da temperatura do ar. Destaca-se a diferenciação de paisagens

intraurbanas, que reflete a diversidade da organização do espaço e do uso do solo

local-regional e, uma vez associados ao processo radiativo, evidenciam a formação

de ilhas de calor alternadas com ilhas de frescor, embora se destaque como uma

mancha mais quente e homogênea do que a área rural circunvizinha.

Young (2005) ao estudar índices relativos de vegetação e temperatura de

superfície, entre os períodos de 1986 e 2002, verificou que de modo geral, na cidade

de Curitiba o fenômeno das ilhas de calor é mais evidente nos eixos estruturais onde

a concentração urbana é maior devido aos estímulos provocados pela sequência de

zoneamentos propostos ao longo dos anos, uma vez que, essas regiões,

praticamente, se configuram como subcentros onde prevalece a concentração de um

número elevado de pessoas por causa dos setores de comércio e serviço

implantados. Lemos (2011), a partir de imagem termal de agosto de 2006, observou

que os bairros mais densamente habitados, áreas industriais, vias estruturais e

aterros sanitários, participam do incremento da temperatura no centro urbano.

Para Dumke (2007), a variabilidade do clima intraurbano em Curitiba reflete

a geometria urbana marcada por eixos lineares verticalizados, a urbanização

polinucleada, os diferentes graus de densidade urbana e as áreas verdes

Page 37: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

37

distribuídas de forma desigual. Ainda assim, a gênese do clima urbano inclui o

processo de formação da ilha de calor, sendo esperado que as temperaturas sejam

mais baixas na periferia o que, de forma geral, se confirma.

Pesquisas sobre o clima de Curitiba, com base em dados meteorológicos,

também mostraram a influência do uso do solo na distribuição das temperaturas.

Segundo Rossi (2004), o uso e a ocupação do solo influenciam de maneira

considerável a variação da temperatura. Em monitoramento de sete localidades, o

bairro Portão, com tráfego intenso, grande quantidade de área pavimentada, pouca

arborização e ocupação intensa do entorno, registrou a mais alta média de

temperatura mínima ambiente, enquanto o bairro Cajuru, que apresentava muitas

vias sem pavimentação e arborizadas, pouco tráfego e baixa densidade de

ocupação, foi a que apresentou a mais baixa média de temperatura mínima.

Verificando os efeitos causados na temperatura pelas diferentes formas de

uso do solo em pontos distribuídos em praças (áreas verdes) e ruas (áreas

construídas) no centro de Curitiba, Cunico et al. (2002) evidenciaram que o ambiente

de maior adensamento urbano (Rua Tibagi) correspondeu àquele em que houve

comparativamente o mais rápido aquecimento do ar. Nas praças, este aquecimento

deu-se com um retardamento em relação ao anterior de, em média, 2h30min. Além

disso, as temperaturas registradas mostraram valores mais elevados nas ruas e

mais baixos nas praças.

Blanchet (2004), por meio de técnicas de observações móveis de

temperatura, em pesquisa sobre os campos térmicos e sua correlação com o uso do

solo, vegetação e relevo, em estudo de caso no bairro Bigorrilho, observou em todos

os pontos de medição com altos valores de temperatura, a menor presença de

vegetação.

Em relação às características térmicas da cidade, Danni-Oliveira e

Mendonça (2000) mostraram que, nas noites radiantes (levantamentos realizados

em 1996 e 1997), os setores mais urbanizados da cidade (Centro e bairros

próximos) apresentaram-se, em geral, 2ºC a 3ºC mais aquecidos que os demais,

principalmente os mais verticalizados.

Danni-Oliveira et al. (2000), em pesquisa realizada nos bairros Bigorrilho e

Campina do Siqueira, sobre a influência da verticalização nas temperaturas do ar,

observaram que os valores mais acentuados coincidiram na maioria dos casos com

as áreas de maior verticalidade (transecto das Ruas Padre Anchieta e Bruno

Page 38: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

38

Filgueira), com geração de ilhas de calor no horário de máxima temperatura do ar

(cerca de 14h30min), com intensidades máximas de 5°C. Isto não ocorreu no ponto

localizado na Rua Joaquim T. Ribas, o que foi relacionado ao sombreamento dos

prédios.

Segundo Schmitz e Mendonça (2011), a configuração espacial da cidade é

marcada por uma maciça verticalização ao longo dos Eixos Estruturais, que

transformou de forma radical o sistema urbano pré-existente, causando um

importante impacto ambiental na paisagem urbana, no clima urbano e nos aspectos

do conforto térmico. Para Danni-Oliveira (2000), ao longo dos Eixos Estruturais,

criados para direcionar o crescimento da cidade e o fluxo de veículos, o zoneamento

proporcionou a construção de altos edifícios que formam cânions urbanos alterando

os campos térmicos, a iluminação natural, a ventilação e a qualidade do ar.

Dumke (2007), em levantamento realizado no aglomerado urbano da região

metropolitana de Curitiba (com oito pontos de monitoramento na área intraurbana),

no período do inverno (mês de agosto de 2006), observou, de modo geral, que nos

dias monitorados as temperaturas mais altas e as menores amplitudes ocorrem nas

áreas urbanas mais adensadas, porém, não verticalizadas. Evidenciaram-se na

distribuição geral das condições termo-higrométricas os efeitos da geometria e da

densidade urbana também relacionada ao calor antropogênico, bem como da

distribuição das áreas vegetadas, da altitude e da variação topográfica.

Recentemente, Schmitz e Mendonça (2011), em pontos de monitoramento

em dois principais eixos estruturantes da circulação viária em execução na cidade -

a Linha Verde e o futuro Eixo do Metrô, mostraram a interação dos elementos do

clima e do espaço urbano. Os dados levantados evidenciaram a alta relação entre

nebulosidade, umidade e temperatura e a intensificação das ilhas de calor nos dias

calmos e claros. Os dados destacaram a importância do sombreamento,

especialmente aquele proporcionado pela arborização tanto nos lotes como nas

vias, pois onde há maior presença de arborização, todos os resultados foram mais

favoráveis. Os valores máximos de temperatura do ar no verão e mínimos no inverno

foram mais brandos, os valores de temperatura das superfícies também se

apresentaram mais brandos, a amplitude térmica foi menor tanto no verão como no

inverno e a umidade relativa manteve-se mais estável, reduzindo-se em menor

proporção e de modo mais gradual nas medições com baixa nebulosidade.

Page 39: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

39

Pesquisas exploratórias realizadas por Leal et al. (2011) e Martini et al.

(2011), respectivamente, no Bosque João Paulo II (Bosque do Papa) e Jardim

Botânico, mostraram o efeito amenizador destas áreas verdes na temperatura nos

seus arredores.

Page 40: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

40

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 ÁREA DE ESTUDO

3.1.1 Localização Geográfica

O município de Curitiba, capital do estado do Paraná, está localizado na

região sul do Brasil (FIGURA 5). Fundado em 1693, ocupa o espaço geográfico de

432,17 km² de área, na latitude 25°25’40’’S e longitude 49°16’23’’W (Marco Zero na

Praça Tiradentes). Limita-se com os municípios de Araucária, Campo Largo, Campo

Magro, Almirante Tamandaré, Colombo, Pinhais, São José dos Pinhais e Fazenda

Rio Grande (IPPUC, 2012a).

Sistema de Projeção Cartográfica - UTM

Datum - SAD 69 Fuso 22 S

FIGURA 5 - LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO MUNICÍPIO DE CURITIBA FONTE: A autora (2012)

Composto por 75 bairros, o município de Curitiba é dividido em nove

regionais administrativas, mostradas na FIGURA 6. A extensão do município é de

20 km de leste a oeste e de 35 km de norte a sul (IPPUC, 2012a).

Page 41: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

41

FIGURA 6 - DIVISÃO DOS BAIRROS E REGIONAIS ADMINISTRATIVAS NO MUNICÍPIO DE CURITIBA

FONTE: IPPUC (2012b)

Page 42: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

42

3.1.2 Características Físicas

Localizado no Primeiro Planalto Paranaense, o município de Curitiba possui

uma série de terraços escalonados dispostos em intervalos altimétricos,

caracterizando-o com uma topografia ondulada de colinas suavemente

arredondadas e com uma fisionomia relativamente regular. A altitude média é de

934,6 m acima do nível do mar, sendo que o ponto mais elevado está ao norte do

município, correspondendo à cota de 1021 m no Bairro Lamenha Pequena, dando-

lhe uma feição topográfica relativamente acidentada composta por declividades mais

acentuadas. Ao sul do município encontra-se a situação de mais baixo terraço, com

cota de 864,9 m, localizada no bairro do Caximba, na cabeceira do Rio Iguaçu

(IPPUC, 2012a). As variações de declividade e de hipsometria de Curitiba são

mostradas na FIGURA 7.

FIGURA 7 – VARIAÇÃO DE DECLIVIDADE E DE HIPSOMETRIA DO MUNICÍPIO DE CURITIBA

FONTE: Adaptado de IPPUC (2012b)

Page 43: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

43

3.1.3 Características do Clima

Os principais fatores que interferem na característica climática do município

de Curitiba são a sua localização em relação ao Trópico de Capricórnio, a topografia

do primeiro planalto, a altitude média e a barreira geográfica natural da Serra do Mar

(IPPUC, 2012a).

Pela classificação de Koeppen, Curitiba localiza-se em região climática do

tipo Cfb, com clima temperado (ou subtropical) úmido, mesotérmico, sem estação

seca, com verões frescos e invernos com geadas frequentes e ocasional

precipitação de neve (última ocorrência em 17/07/1975), segundo IPPUC (2012a).

O clima de Curitiba apresenta médias térmicas que variam de 12,9°C, no

mês mais frio, a 22,5°C, no mês mais quente, com temperatura média de 16,4°C e

as precipitações médias anuais atingem 1600 mm. Embora considerada de verão

tipicamente fresco, a tropicalidade climática de Curitiba é evidenciada em momentos

precisos, tais como a elevação das temperaturas entre novembro e março, com

médias próximas de 20°C, podendo as temperaturas máximas absolutas atingir,

excepcionalmente, 38°C (novembro de 1977). O inverno, entretanto, realça a

característica particular do clima tropical de altitude, cujas temperaturas são bastante

baixas para os padrões tropicais do Brasil. Junho e julho são os meses mais frios do

ano, nos quais a temperatura média pode chegar a 13°C e a mínima absoluta já

atingiu -3,7°C, em 5 de junho de 1978, e -5,2°C, em 11 de julho de 1972

(MENDONÇA; DANNI-OLIVEIRA, 2007).

Curitiba pode ser considerada uma cidade úmida e fria, com grande

amplitude térmica diária e anual e tempo frequentemente instável (MENDONÇA,

2001). Segundo Mendonça e Danni-Oliveira (2007), comparando as condições

térmicas das outras capitais brasileiras com as de Curitiba, observa-se que nesta

foram registradas as mais baixas temperaturas do ar no conjunto do país.

Pelo Zoneamento Bioclimático Brasileiro, estabelecido pela NBR 15220/2005

– Parte 3, Curitiba se encontra na Zona Bioclimática 1, que é a mais fria das oito

zonas climáticas brasileiras e corresponde a apenas 0,8% do território nacional

(ABNT, 2005). Sendo a mais fria entre as capitais brasileiras, apresenta desconforto

térmico por frio durante a maior parte do ano, porém com maior intensidade no

inverno (SCHMITZ; MENDONÇA, 2011).

De acordo com Danni-Oliveira (1999), as mudanças de temperatura no

transcorrer dos dias e das estações do ano que ocorrem em Curitiba são resultantes

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44

das trocas meridionais dos fluxos de ar que se individualizam nos centros de ação

presentes na América do Sul. Curitiba é palco da atuação preferencial, ao longo do

ano, das massas de ar Tropical Atlântica e Polar Atlântica e suas frentes. A autora

descreve algumas características do clima de Curitiba, sendo estas:

a) os verões podem ser qualificados de relativamente quentes por obra da

disponibilidade de energia dessa fase, bem como de atuação das massas

Tropical Atlântica, Equatorial Continental e Tropical Continental, que

alternando-se com a então enfraquecida Polar Atlântica, podem fazer as

temperaturas chegarem a mais de 36ºC, sendo fevereiro o mês mais

quente;

b) no período hibernal, quando a quantidade de energia disponível é menor,

e por ação e vigor da massa Polar Atlântica, as temperaturas podem

alcançar até -5°C, o que lhe empresta o caráter de invernos brandos, nos

termos de classificação climática. Porém, no que se refere aos tipos

climáticos brasileiros, a cidade apresenta inverno rigoroso, sendo junho

comumente o mês mais frio;

c) a cidade não apresenta um período propriamente seco, mas chuvas bem

distribuídas ao longo do ano, embora com uma maior concentração no

verão; nos meses de janeiro e fevereiro há mais chuva, porém em

dezembro chove por mais tempo. Respondem pelas chuvas de verão a

instabilidade adquirida da massa Tropical Atlântica e seus confrontos com a

Polar Atlântica, bem como a atuação da Equatorial Continental. Com uma

maior estabilidade do ar, dada principalmente pela participação da massa

de ar, Polar Atlântica, o inverno é relativamente menos chuvoso, sendo

agosto o mês mais seco, embora em julho ocorram menos dias de chuva.

3.1.4 Características do Uso do Solo

As características do uso do solo do município de Curitiba são resultado de

um processo permanente e institucionalizado de planejamento urbano, desde 1943,

com o Plano Agache, posteriormente em 1964, pelo Plano Serete e suas

adaptações, em 2000 com a legislação do Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo

e em 2004, com o novo Plano Diretor de Curitiba.

Segundo Pilotto (2010), o espaço urbano de Curitiba iniciou formação no

período entre meados do século XIX e começo do século XX, quando começaram a

se definir os elementos da estrutura intraurbana, diferenciando-se o centro, as áreas

residenciais e a formação das futuras áreas industriais.

Page 45: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

45

Algumas características do atual espaço intraurbano de Curitiba foram

verificadas a partir dos anos 1970, entre elas: a verticalização dos Setores

Estruturais, a formação de um “novo centro” no Batel, a localização de área industrial

no bairro Cidade Industrial de Curitiba – CIC, a formação da metrópole com a

conurbação de Curitiba com os municípios vizinhos e a consolidação de uma série

de subcentros de comércio e serviços (PILOTTO, 2010). Curitiba é considerada

totalmente urbana (taxa de 100% de urbanização) desde o censo de 1980 (COMEC,

2006).

Atualmente os empreendimentos imobiliários e as iniciativas privadas -

empresariais ou comunitárias, se submetem às disposições urbanísticas de

Ocupação e Uso do Solo, regidas pelo zoneamento em vigor, as quais foram fixadas

pela Lei Municipal n° 9800/2000, bem como nos seus decretos complementares, que

segundo o IPPUC (2012a), oferecem a configuração mostrada na FIGURA 8, que

inclui Zona Central, Zonas Residenciais, Zonas de Serviço, Zonas Industriais,

Setores de Interesse Sócio-econômico, Setores Especiais de Interesse Ambiental,

dentre outros usos do solo.

O crescimento de Curitiba se deu tanto vertical como lateralmente,

extrapolando os limites municipais e envolvendo cidades vizinhas pelo processo de

conurbação. A formação dessa mancha de ocupação de alta densidade demográfica

e sua intensa relação funcional constitui o aglomerado urbano, com uma população

acima de 2.300.000 habitantes, dos quais mais de 1.750.000 se concentram no

município de Curitiba. A mancha urbana compreende ainda parte dos municípios de

Almirante Tamandaré, Araucária, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo

Magro, Colombo, Fazenda Rio Grande, Pinhais, Piraquara, São José dos Pinhais e

Quatro Barras (COMEC, 2006).

Como característica do uso do solo de Curitiba destaca-se a localização dos

setores estruturais e a verticalização. De acordo com Pereira (2001), a implantação

dos eixos estruturais interferiu fortemente na dinâmica de ocupação do espaço da

cidade. Foi induzido um alto adensamento ao longo dos eixos, mediante oferta de

novas alternativas de habitação, comércio de médio porte e prestação de serviços

básicos e foram implementadas obras físicas de grande porte para garantir à

população infra-estrutura e transportes. Essas obras, associadas a padrões

específicos de ocupação do solo, constituem elementos definidores da estrutura

intraurbana de Curitiba.

Page 46: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

46

FIGURA 8 - ZONEAMENTO DO USO DO SOLO NO MUNICÍPIO DE CURITIBA FONTE: IPPUC (2012b)

Page 47: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

47

Conforme Pilotto (2010), a verticalização ocorreu em porções específicas

dos setores estruturais e não em toda a sua extensão. Os trechos dos setores

estruturais na direção oeste e sudoeste, que passam pelos bairros Bigorrilho, Batel e

Água Verde, tiveram a maior concentração de edifícios. E em menor intensidade, a

verticalização no trecho que passa pelos bairros Juvevê e Cabral, na direção norte, e

também numa parte do Centro e Cristo Rei, na direção leste, todas essas áreas

localizadas a um raio máximo de quatro quilômetros do Centro.

Segundo dados do censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística - IBGE, a densidade populacional média na cidade de Curitiba é de 40,3

habitantes por hectare. Este índice varia de acordo com o bairro e é maior nas

regiões onde há verticalização mais acentuada (IPPUC, 2012c).

3.1.5 Características das Florestas Urbanas

A cobertura vegetal da cidade de Curitiba, em 2004, foi estimada por Vieira

(2006), em 129.945.000 m² ou 30% do seu território. A Prefeitura Municipal de

Curitiba (2012), em levantamento realizado no ano de 2010, com mudança da

metodologia de mapeamento – de ortofotos para imagens de satélite e utilizando o

critério de medir apenas os maciços florestais acima de 100 m², divulgou o total de

113 milhões m² de áreas verdes, com índice de 64,5 m²/habitante.

Segundo Mendonça (2002), dados oficiais da administração da cidade tem

apresentado que Curitiba possui um dos mais elevados índices que são, todavia,

questionáveis, já que os cálculos elaborados pela municipalidade não deixam claro

quais foram os critérios utilizados para a seleção das áreas verdes. Cálculos

elaborados por instituições de pesquisa, utilizando vários critérios, apontam para a

existência de um índice de área verde por habitante inferior ao apresentado pelo

poder municipal.

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48

As florestas urbanas do município de Curitiba compreendem: 22 parques, 16

bosques, 454 praças³, 451 jardinetes³ (FIGURA 9), 55 largos3, 16 eixos de

animação³, 31 núcleos ambientais, três jardins ambientais e quatro reservas

particulares do patrimônio natural municipal. Estas somadas possuem uma área de

23.614.533 m² (IPPUC, 2012a). Acrescentam-se ainda 300 mil árvores em vias

públicas.

As florestas urbanas são distribuídas irregularmente pelo município, como

observado na FIGURA 10. Quanto aos espaços verdes públicos, segundo Vieira

(2006), enquanto a maioria dos parques e bosques se concentra na porção norte do

município, a região sul, apesar de contar com grande quantidade de cobertura

vegetal e corpos hídricos, continua praticamente sem dispor deles. Hildebrand

(2001), em estudo de área de influência dos parques e bosques, observou que os

parques da região norte do município têm suas áreas de influências sobrepostas e

concluiu que essa porção do município é a mais bem servida de áreas verdes

públicas. Essa autora também observou uma concentração de áreas verdes públicas

na região oeste e a ausência de influência dos parques e bosques na região sul;

entretanto, afirmou que a região central é mais desprovidas de áreas verdes,

principalmente em função da escassez de cobertura vegetal em comparação com

outras regiões.

3 De acordo com o Decreto Municipal nº 427/1983 que define critérios para denominação de áreas

públicas ajardinadas, tem-se os seguintes conceitos (LIZ, 2012): a) Largos - Áreas remanescentes de loteamentos ou arruamentos e lindeiras a um cruzamento de várias ruas, formando um conjunto de vários jardins frente a uma área central formada pelo cruzamento; b) Eixos de animação - Áreas remanescentes ao longo de uma rua, fundo de vale ou refúgios centrais com grandes larguras, que permitam a implantação de áreas de lazer, paisagismo ou esporte, que abranjam mais de uma quadra; c) Praças - Áreas com mais de 2.500 m², admitida aproximação de 10%; d) Jardinetes - Áreas com até 2.500 m².

Page 49: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

49

FIGURA 9 – LOCALIZAÇÃO DAS FLORESTAS URBANAS PÚBLICAS NO MUNICÍPIO DE CURITIBA

FONTE: IPPUC (2012b)

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50

FIGURA 10 - DISTRIBUIÇÃO DAS FLORESTAS URBANAS NO MUNICÍPIO DE CURITIBA

FONTE: IPPUC (2012b)

Page 51: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

51

3.2 METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS

A escala horizontal de análise considerada nesta pesquisa foi o clima local,

que conforme Andrade (2005), designa o clima das áreas homogêneas quanto à

ocupação do solo ou condições topográficas, cuja dimensão pode variar de algumas

dezenas a centenas de metros. Segundo WMO (2008), em áreas urbanas significa o

clima de bairros com tipo similar de desenvolvimento urbano.

A escala vertical se refere à Urban Canopy Layer – Camada Urbana ao Nível

das Coberturas, também chamada de Camada do Dossel Urbano ou Atmosfera

Urbana Inferior, que compreende o espaço entre o solo e o nível médio das

coberturas das edificações e representa a interação entre a atmosfera e os

elementos urbanos (OKE, 1976).

A principal variável meteorológica utilizada como descritiva do clima urbano

foi a temperatura do ar (°C), pois de acordo com Gomez, Gaja e Reig (1998), esta é

a variável mais afetada e que melhor caracteriza o clima das cidades. A segunda

variável meteorológica analisada foi a umidade relativa do ar (%), que é dependente

da temperatura do ar.

A vegetação foi analisada considerando o conceito de florestas urbanas

(MILLER, 1997; GONÇALVES; PAIVA, 2006), por ser mais abrangente do que o de

arborização urbana, considerando os vários espaços que são passíveis de serem

ocupados por árvores, que permitem um aglomerado de indivíduos arbóreos, que

formam cobertura vegetal que proporciona benefícios microclimáticos.

De uma maneira geral, os procedimentos metodológicos envolveram os

seguintes passos:

a) escolha dos equipamentos para coleta dos dados meteorológicos;

b) validação dos mini-abrigos meteorológicos para a instalação dos registradores

meteorológicos em campo;

c) definição dos pontos de monitoramento;

d) estabelecimento dos procedimentos para a coleta dos dados meteorológicos;

e) caracterização dos pontos de monitoramento;

f) análise e interpretação dos dados meteorológicos obtidos.

Estes passos são descritos nos itens a seguir.

Page 52: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

52

3.2.1 Especificação e Escolha dos Equipamentos Meteorológicos Utilizados

Para a coleta dos dados meteorológicos de temperatura e de umidade

relativa do ar foram utilizados os registradores modelo Hobo® Data Logger RH &

Temp H8, marca Onset, que possuem o tamanho aproximado de 6,0 cm de

comprimento e 4,5 cm de largura (FIGURA 11), adquiridos4 pelo Laboratório de

Paisagismo da Universidade Federal do Paraná para esta pesquisa. Este modelo de

registrador já foi utilizado em outros levantamentos microclimáticos em cidades

brasileiras, como nos trabalhos de Rossi (2004), Pertschi (2005) e Velasco (2007).

FIGURA 11 - REGISTRADOR MODELO HOBO® UTILIZADO NA PESQUISA FONTE: A autora (2012)

Os registradores modelo Hobo® medem temperaturas entre -20 e 70ºC e

umidade relativa entre 25 e 95% e tem capacidade de armazenar 7944 dados. Estes

equipamentos possuem precisão de ±5 unidades para umidade relativa do ar e ±0,7

unidades (melhor resolução ±0,4) para temperatura.

A seleção dos exemplares a utilizar na coleta de dados foi realizada pela

aferição dos equipamentos. A aferição de sensores, conforme WMO (2008), é o

primeiro passo na definição da validade dos dados. Especificamente, a aferição é

uma série de operações que estabelecem, sob condições específicas, a relação

entre os valores indicados pelo instrumento e o correspondente valor obtido com um

instrumento padrão. As comparações entre instrumentos deve ser uma etapa prévia

essencial na coleta de dados, planejada cuidadosamente para manter a

4 Adquiridos pelo projeto “Caracterização do microclima de florestas urbanas da cidade de Curitiba /

PR”, financiado pela Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná (Chamada de Projetos nº 14/2008).

Page 53: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

53

uniformidade de cada variável meteorológica medida.

Segundo Danni-Oliveira (2002), os experimentos de campo que buscam a

medição simultânea de dados em diferentes pontos amostrais necessitam de

equipamentos que tenham equidade entre si para que as medidas obtidas nos locais

selecionados possam ser comparáveis. A aferição dos equipamentos a serem

empregados permite que os dados coletados não estejam distorcidos por

desajustes.

Para a aferição os registradores Hobo® foram identificados por meio da

fixação de pequenas etiquetas diferenciando-os por meio de números e colocados a

funcionar simultaneamente em testes exploratórios para comparação com outros

equipamentos meteorológicos disponíveis (psicrômetro de ventilação forçada tipo

Assmann, estação meteorológica automática WatchDog® e termômetros), de modo

a conhecer melhor o equipamento a ser utilizado.

Dentre os 51 registradores Hobo® disponíveis foram selecionados 44 para

utilização na coleta de dados, dentre aqueles que apresentavam maior precisão e

considerando a possibilidade de precisar substituir dos equipamentos durante as

coletas.

3.2.2 Validação dos Mini-abrigos Meteorológicos Utilizados

Considerando que, conforme Nakamura e Mahrt (2005), para minimizar a

influência da radiação de ondas curtas e ondas longas, sensores de temperatura

precisam de uma proteção contra a radiação, foram confeccionados mini-abrigos

meteorológicos adaptados ao tamanho do registrador Hobo® para a sua instalação

em campo.

Segundo WMO (2008), protetores (mini-abrigos) contra os efeitos da

radiação, ajustados ao tamanho do sensor, são largamente usados em substituição

ao abrigo meteorológico padrão para a coleta de dados no meio urbano. Para Erell,

Leal e Maldonado (2005), a utilização do abrigo meteorológico padrão no meio

urbano pode ser impróprio para muitas aplicações, pois são volumosos e pesados

para serem portáteis, são grandes demais para uso em espaços confinados e

também obstrutivos para serem instalados em locais acessíveis ao público e ainda

são considerados caros quando um grande número de exemplares é necessário

para medidas simultâneas em diferentes locais.

Page 54: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

54

Para a definição do modelo de protetor a ser utilizado nesta pesquisa, foram

confeccionados diferentes mini-abrigos (em madeira, isopor e tubos de PVC de

vários tamanhos), conforme descrições de modelos citados em outros trabalhos.

Três dos modelos confeccionados foram testados em comparação com o abrigo

meteorológico padrão (estação convencional) do Instituto Nacional de Meteorologia

– INMET, localizado no Centro Politécnico da Universidade Federal do Paraná, para

validação e escolha do modelo de mini-abrigo a ser confeccionado, cujos resultados

são apresentados por Leal et al. (2010).

Como os dados obtidos nos registradores colocados nos mini-abrigos

meteorológicos confeccionados foram estatisticamente semelhantes aos observados

pelo registrador instalado no abrigo meteorológico padrão, pelos critérios de

facilidade de confecção, menor custo e praticidade de instalação, escolheu-se um

dos modelos feito em tubo de PVC para ser utilizado na pesquisa (FIGURA 12).

FIGURA 12 - DETALHE DO MINI-ABRIGO METEOROLÓGICO CONFECCIONADO FONTE: A autora (2012)

Os mini-abrigos meteorológicos foram confeccionados com uma seção de

tubo de PVC, com tamanho de 150 mm de comprimento e 100 mm de diâmetro, com

aberturas nas laterais e revestidos externamente com papel alumínio, colocados na

posição vertical. Para o fechamento foram utilizadas duas tampas. Na parte superior

foi colocado um arame para poder fixar o registrador Hobo® internamente. No tubo

foram feitos dois furos para permitir a colocação da fita abraçadeira de nylon para

Page 55: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

55

fixação dos mini-abrigos. Devido ao desgaste da exposição em campo e do

manuseio na retirada dos mini-abrigos, o papel alumínio foi substituído após cada

coleta.

3.2.3 Definição dos Pontos de Monitoramento das Variáveis Meteorológicas

Segundo Mendonça (2003), a utilização de dados meteorológicos oficiais

(provenientes de postos e das estações da rede pública de observação) e o

emprego de mini-abrigos termométricos móveis caracterizam os procedimentos

tradicionais para a mensuração das características da atmosfera de uma cidade.

Nesta pesquisa optou-se pela instalação de pontos de monitoramento

temporários para coletar dados em locais fixos na área intraurbana de Curitiba, de

modo a obter dados simultâneos entre os pontos de monitoramento, limitando-se à

malha urbana.

Na malha urbana do município foram definidos quatro transectos cruzando

um ponto central na Praça Tiradentes (ponto comum entre os quatro transectos).

Optou-se por um maior adensamento de pontos na área central da cidade,

formando-se um anel ao redor do ponto central, similar ao padrão de distribuição

utilizado por Kolokotroni, Giannitsaris e Watkin (2006) na cidade de Londres.

Devido a limitação do número de registradores disponíveis para a coleta dos

dados meteorológicos foram definidos 44 pontos de monitoramento (FIGURA 13),

com o ponto P1 comum a todos os transectos, estabeleceu-se 15 pontos no

transecto norte-sul, 10 pontos no transecto leste-oeste, 12 pontos no transecto

sudoeste-nordeste e 10 pontos no transecto noroeste-sudeste. A distância

estabelecida entre os pontos de monitoramento foi de 1,5 km (transectos norte-sul e

leste-oeste) a 2 km (transectos sudoeste-nordeste e noroeste-sudeste).

Na escolha dos locais para a instalação dos mini-abrigos meteorológicos

foram considerados os critérios de padronização, fácil acesso e segurança durante

os períodos de coleta de dados.

Uma das possibilidades analisadas foi realizar a instalação dos

equipamentos nas hastes dos sinaleiros e placas de sinalização (semipórticos), o

que atenderia aos critérios estabelecidos. Desta forma, foi obtida a autorização da

Urbanização de Curitiba S.A. - URBS para uso das estruturas urbanas de

responsabilidade deste órgão.

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56

FIGURA 13 - LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE MONITORAMENTO EM QUATRO TRANSECTOS NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA

FONTE: A autora (2012)

Para escolha dos pontos de monitoramento inicialmente elaborou-se uma

grade sob o mapa da cidade de Curitiba, em escala 1:20.000, localizando-os nos

cruzamentos entre ruas. Em campo, os locais identificados no mapa foram

1

Page 57: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

57

verificados e considerados de acordo com a presença de estruturas urbanas

(sinaleiros e placas de sinalização) para a instalação dos mini-abrigos

meteorológicos. Na escolha dos pontos evitaram-se estruturas muito próximas a

árvores ou construções, como prédios e paredes. Os locais escolhidos estão citados

no QUADRO 02 e ilustrados no APÊNDICE 1.

QUADRO 2 - LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE MONITORAMENTO NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA

N° Rua/ Avenida Bairro Coordenadas UTM

5 Eq.

URBS Norte Este

P1 Praça Tiradentes Centro 673859,001 7186418,359 SE

P2 R. Visconde de Nácar c/ R. Emiliano Perneta

Centro 673464,02 7185781,892 SE

P3 R. André de Barros c/ R. Barão do Rio Branco

Centro 674292,362 7185885,435 SE

P4 R. Luis Leão c/ R. Conselheiro Araújo Centro 674471,581 7186686,561 SE

P5 R. Inácio Lustosa c/ R. João Manoel São Francisco 673439,928 7187087,568 SE

P6 Av. Ver. Toaldo Túlio c/ Av. Três Marias

São Braz 665751,229 7187064,97 SE

P7 R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza c/ R. Rosa Kaint Nadolny

Santo Inácio 669082,637 7187264,442 PS

P8 R. Cândido Hartmann c/ R. Padre Ladislau Kula

Santo Inácio 667247,513 7185541,907 SE

P9 R. Euclides da Cunha c/ R. Padre Agostinho

Bigorrilho 671057,329 7186193,025 SE

P10 R. Fernando Moreira c/ R. Desembargador Motta

Mercês 672419,516 7186470,916 SE

P11 R. Ubaldino do Amaral c/ R. Visconde de Guarapuava

Alto da Rua XV

675366,949 7186140,228 PS

P12 Av. Mal. Humberto de A. C. Branco c/ R. Vitor Ferreira do Amaral

Cristo Rei 677055,297 7186568,618 SE

P13 R. Vitor Ferreira do Amaral c/ Linha Verde

Tarumã 678136,869 7186429,869 SE

P14 R. Vitor Ferreira do Amaral c/ R. Brasilio de Lara

Capão da Imbuia

680647,722 7186155,715 SE

P15 Av. Anita Garibaldi c/ R. Rolando Salin Zappa Mansur

Cachoeira 674804,946 7194734,2 PS

P16 Av. Anita Garibaldi c/ R. FLávio Dallegrave

Barreirinha 674909,436 7192742,223 SE

P17 R. João Gava c/ R. Antonio Krainiski Abranches 673673,34 7191230,451 PS

P18 R. Mateus Leme n° 3238 São Lourenço 673920,415 7189745,358 PS

P19 R. Dep. Mário de Barros c/ R. Raul Viana

Centro Cívico 674067,563 7188348,349 SE

P20 R. Brasílio Itiberê c/ R. Brigadeiro Franco

Rebouças 673038,33 7184441,98 SE

continua

5 Para DATUM SAD 69 Fuso 22S.

Page 58: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

58

QUADRO 2 - LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE MONITORAMENTO NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA

N° Rua/ Avenida Bairro Coordenadas UTM Eq.

URBS Norte Este

P21 Av. Presidente Kennedy c/ R. Minas Gerais

Guaíra 673479,106 7182769,447 SE

P22 R. Wenceslau Braz c/ R. Camilo Castelo Branco

Lindóia 673300,829 7181287,438 SE

P23 R. Dep. Néo Martins c/ R. Benjamim Antonio Ansai

Fanny 673227,341 7179231,133 PS

P24 R. Francisco Derosso c/ R. Cel. Luiz José dos Santos

Xaxim 674461,372 7177970,586 SE

P25 R. Odemir Silveira c/ R. Omar Raymundo Piecheth

Xaxim 673578,281 7177191,5 SE

P26 R. Isaac Ferreira da Cruz c/ R. Levy Buqueira

Sítio Cercado 674132,273 7175142,44 SE

P27 R. Tijucas do Sul n° 1859 Sítio Cercado 674425,029 7173553,74 PS

P28 R. Nicola Pelanda n° 4921 Umbará 672013,214 7171347,442 PS

P29 R. Fredolin Wolf c/ R. Saturnino de Miranda

Lamenha Pequena

667583,803 7190596,001 PS

P30 R. José Valle n° 1180 São João 669850,142 7189599,85 PS

P31 R. Jacarezinho c/ R. Solimões Vista Alegre 671968,409 7187788,698 PS

P32 R. Guabirotuba c/ R. Imaculada Conceição

Prado Velho 675679,109 7184314,228 SE

P33 Av. Comendador Franco c/ R. Santo Inácio de Loyola

Guabirotuba 677070,708 7183146,65 SE

P34 R. Salgado Filho c/ R. João Antonio Prosdócimo

Jardim das Américas

678384,437 7180957,479 PS

P35 R. Velci Bolívar Grando c/ R. Amauri Mauad Gueiros

Uberaba 6801115,221 7179085,194 SE

P36 R. Raul Pompéia c/ R. Ludovico Kaminski

CIC 665842,605 7180429,632 SE

P37 R. Raul Pompéia c/ R. João Debimski

Fazendinha 667341,784 7181224,392 SE

P38 R. Carlos Klemtz n° 310 Portão 669313,283 7181280,896 PS

P39 R. Curupatis c/ R. Ulisses Vieira Santa

Quitéria 670267,713 7182924,943 SE

P40 Av. Sete de Setembro c/ R. Castro Alves

Batel 671697,889 7184376,423 SE

P41 R. Jaime Balão c/ R. Nossa Senhora da Luz

Hugo Lange 676806,306 7188075,736 PS

P42 Av. Prefeito Erasto Gaertner c/ R. Marcelino Nogueira

Bacacheri 677452,873 7189725,907 SE

P43 Av. Monteiro Tourinho c/ R. Max Rosemann

Tingui 679499,285 7191011,769 SE

P44 R. Estrada das Olarias c/ R. Arnaldo W. Gaensli

Santa Cândida

679824,471 7192394,381 PS

conclusão LEGENDA: Eq. URBS = equipamentos urbanos utilizados para a instalação dos mini-abrigos meteorológicos, SE = semáforo, PS = placa de sinalização FONTE: A autora (2012)

Page 59: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

59

Como o local de instalação dos mini-abrigos meteorológicos foi dependente

da existência dos sinaleiros e placas de sinalização, o espaçamento idealizado entre

os pontos de monitoramento e o alinhamento entre eles sofreu alterações para

adaptação a esta restrição.

A instalação dos equipamentos foi realizada no topo da haste dos sinaleiros

ou placas de sinalização, a uma altura média de 4 m do solo (FIGURA 14). Segundo

WMO (2008), há flexibilidade para coletar dados meteorológicos em áreas urbanas

em alturas maiores (3 a 5 m) daquelas coletadas na altura padrão (1,25 a 2 m), sem

necessidade de correção de dados, tendo maior cobertura “footprints” e localizando

o sensor em área de difícil alcance, prevenindo danos por vandalismo. Também

assegura maior diluição do calor de exaustão de veículos e reduz a contaminação

pela poeira. Também nos levantamentos realizados por Mihalakakou et al. (2004) e

Kolokotroni, Giannitsaris e Watkin (2006) os equipamentos foram instalados em

alturas maiores do que o padrão recomendado.

FIGURA 14 - EXEMPLOS DA INSTALAÇÃO DOS MINI-ABRIGOS METEOROLÓGICOS EM SINALEIROS E EM PLACAS DE SINALIZAÇÃO

FONTE: A autora (2012)

3.2.4 Procedimentos para a Coleta dos Dados Meteorológicos

Considerando que a magnitude das ilhas de calor varia com as estações do

ano e com as condições sinóticas do tempo (HAMADA; OHTA, 2010), os dados

meteorológicos foram coletados em quatro campanhas correspondentes a períodos

Page 60: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

60

característicos das quatro estações do ano (verão, outono, inverno e primavera),

com duração de 22 dias e coleta contínua de dados em intervalos de 15 minutos

(durante as 24 horas do dia), totalizando 2112 leituras de cada variável por período,

de modo a incluir episódios climáticos representativos para a análise.

As campanhas de monitoramento dos dados meteorológicos foram

realizadas nos seguintes períodos:

a) Verão – 07 a 28 de fevereiro de 2011;

b) Outono – 09 a 30 de maio de 2011;

c) Inverno – 04 a 25 de agosto de 2011;

d) Primavera – 03 a 24 de novembro de 2011.

Os períodos de coleta e a variação de temperatura e umidade relativa do ar

podem ser visualizados nas FIGURAS 15 e 16.

FIGURA 15 - COMPORTAMENTO DA TEMPERATURA MÉDIA DO AR NO ANO DE 2011 E OS PERÍODOS DE COLETA DOS DADOS METEOROLÓGICOS

FONTE: Instituto Simepar, adaptado pela autora (2012)

Page 61: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

61

FIGURA 16 - COMPORTAMENTO DA UMIDADE RELATIVA DO AR MÉDIA NO ANO DE 2011 E OS PERÍODOS DE COLETA DOS DADOS METEOROLÓGICOS

FONTE: Instituto Simepar, adaptado pela autora (2012)

Antes de cada campanha, os registradores Hobo® foram reaferidos. Para

isto, todos os registradores foram colocados a funcionar simultaneamente durante 24

horas com dados coletados de 1 em 1 minuto.

Como nas aferições das quatro campanhas de campo as diferenças dos

valores observados entre todos os registradores para as variáveis temperatura e

umidade relativa do ar ficaram dentro da precisão (inclusive inferior) citada pelo

fabricante (±0,4 unidades para temperatura e ±5 unidades para umidade relativa do

ar), não foi necessário realizar correções nos dados coletados em campo.

Consideraram-se as diferenças encontradas como um erro conhecido e aceitável na

coleta dos dados meteorológicos de temperatura e de umidade relativa do ar no

ambiente urbano.

Após a aferição, os registradores Hobo® foram programados para

armazenar dados continuamente de 15 em 15 minutos, utilizando-se o software

BoxCar® Pro 4. A coleta de dados foi programada para iniciar uma hora antes do

início oficial da coleta de dados, garantindo-se que o equipamento estaria adaptado

às condições ambientais.

Segundo Varejão-Silva (2000), tempo de resposta do instrumento é o

intervalo de tempo necessário para o instrumento adaptar-se às novas condições

ambientais. Para que um termômetro possa funcionar adequadamente é necessário

Page 62: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

62

que esteja em equilíbrio térmico com o ambiente, cuja temperatura se deseja

conhecer. Uma vez submetido a uma temperatura diferente, suas leituras vão se

aproximando, gradualmente, do valor real. No caso do registrador Hobo® este

tempo é de apenas 10 minutos, conforme dados do fabricante.

Para facilitar a instalação dos registradores Hobo® em campo, os mini-

abrigos foram montados na data anterior, colocando-se a fita abraçadeira de nylon,

pendurando os registradores já programados e fechando-os.

A instalação e posterior retirada dos mini-abrigos meteorológicos foram

realizadas por duas pessoas contratadas, habilitadas para a colocação dos

equipamentos em altura. O tempo médio para a instalação ou retirada dos 44 mini-

abrigos meteorológicos foi de nove horas.

Para colocar o mini-abrigo meteorológico na parte superior da haste dos

sinaleiros e placas de sinalização utilizou-se uma escada extensível e um cinturão

com talabarte, equipamento de segurança necessário para realizar esta atividade em

altura. Os mini-abrigos foram fixados com fita abraçadeira de nylon, como

exemplificado na FIGURA 17.

FIGURA 17 - FIXAÇÃO DOS MINI-ABRIGOS METEOROLÓGICOS INSTALADOS NOS SINALEIROS E PLACAS DE SINALIZAÇÃO

FONTE: A autora (2012)

Na haste dos sinaleiros e placas de sinalização, os mini-abrigos foram

colocados voltados para o lado contrário da pista de rolamento para diminuir a

influência do trânsito de veículos.

Page 63: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

63

3.2.5 Caracterização dos Pontos de Monitoramento

Os 44 pontos de monitoramento foram caracterizados qualitativamente

quanto à cobertura do solo e vegetação, a partir de informações bibliográficas,

cartográficas e informações adicionais obtidas in loco.

Como área a ser caracterizada considerou-se o raio de 500 m de cada mini-

abrigo meteorológico instalado, de modo que não houve sobreposição das áreas de

influência dos pontos avaliados. Para Oke (2007), a área de influência captada pelo

sensor não é um raio simétrico – é uma elipse, sendo maior no caminho do vento. O

círculo de influência da temperatura do ar e umidade relativa do ar tem um raio

médio de 500 m dependendo do grau de densidade de construção da área.

Nos pontos de monitoramento foram observadas características como tipo

de pavimentação das vias, intensidade de tráfego, densidade de construções, altura

e número de pavimentos, tipologia de florestas urbanas e presença de corpos

hídricos. Segundo Oke (2007) e WMO (2008), uma descrição apropriada do lugar

deveria incluir descrição de fatores da estrutura e cobertura urbana, tais como:

construções, pavimentos, vegetação, solo exposto e água.

3.2.6 Análise e Interpretação dos Dados Meteorológicos Coletados

Os dados meteorológicos coletados foram descarregados no computador e

transferidos para o programa Excel. Os dados baixados foram verificados buscando

verificar potenciais erros, conforme recomendam Dunham et al. (2005).

Apesar das restrições para a comparação dos dados coletados com os

dados oficiais do Instituto Meteorológico Simepar, pela altura diferenciada de

instalação dos equipamentos, esta foi realizada para verificar se não houve

discrepância nos dados.

Para cada período de monitoramento foi realizada a análise diária das

condições atmosféricas (análise rítmica), nos horários oficiais de observação (09h00,

15h00 e 21h00), com dados do Instituto Simepar e do Instituto Nacional de

Meteorologia – INMET, em estação meteorológica localizada no bairro Jardim das

Américas. As variáveis meteorológicas utilizadas como descritivas do período de

coleta foram: radiação solar (W/m²), temperatura do ar média (°C), umidade relativa

do ar média (%), precipitação total (mm), direção e velocidade (m/s) do vento e

nebulosidade (décimos de céu coberto).

Page 64: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

64

Para os dados de temperatura e umidade relativa do ar coletados foram

calculadas as médias (considerando todas as leituras de um período definido) e

obtidas às máximas absolutas (maior valor registrado no período observado),

mínimas absolutas (menor valor registrado no período observado) e amplitude

(diferença entre o valor máximo e mínimo observado).

Os dados de cada campanha de monitoramento, correspondentes às

estações do ano, foram estratificados nas quatro partes do dia, sendo estas:

madrugada (00h00 – 05h45min), manhã (6h00 – 11h45min), tarde (12h00 –

17h45min) e noite (18h00 – 23h45min).

Com os resultados tabulados foram realizadas as seguintes análises:

a) Cálculo das diferenças termo-higrométricas

A partir dos resultados das médias, máximas e mínimas obtidas calculou-se

a diferença térmica e higrométrica entre os pontos de monitoramento,

separadamente em cada transecto e em conjunto considerando todos os pontos da

área intraurbana. Os dados foram apresentados em tabelas e por meio de gráficos

dos perfis das médias.

As diferenças térmicas encontradas foram consideradas representativas

quando foram maiores que 0,5°C, seguindo o mesmo critério de Yow e Carbone

(2006).

b) Visualização do campo térmico

Para a análise da configuração térmica da área intraurbana de Curitiba,

utilizando o software ArcGIS® 9.3, foram confeccionados cartogramas por meio da

interpolação de dados com testes de diferentes funções. Segundo Câmara e

Medeiros (1998), a interpolação é uma técnica utilizada para a estimativa do valor de

um atributo em locais não amostrados, a partir de pontos amostrados na mesma

área ou região, convertendo dados de observações pontuais em campos contínuos.

O método de interpolação de dados utilizado foi o Spline, que respondeu

melhor a espacialização dos dados. De acordo com ESRI (2003), a função Spline é

um método utilizado para ajuste de uma superfície de curvatura mínima através dos

dados pontuais de entrada. Esse método é melhor para superfícies que representam

tendências gradativas.

Pela espacialização dos dados pode-se visualizar o campo térmico na área

Page 65: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

65

intraurbana de Curitiba e compará-lo com a distribuição da vegetação deste

município, conforme dados do IPPUC (2012b).

c) Classificação de Unidades Microclimáticas

De modo a entender melhor a formação dos microclimas diferenciados na

área intraurbana de Curitiba, os 44 pontos de monitoramento foram classificados em

“Unidades Microclimáticas”, a partir dos dados de temperatura média do ar,

considerando que esta é a variável meteorológica que melhor caracteriza o clima

das cidades, segundo Gomez, Gaja e Reig (1998).

Dentre os dados de temperatura média disponíveis, utilizaram-se os do

período da madrugada para a análise, por esta parte do dia reunir as melhores horas

para caracterizar o campo térmico (CHOW; ROTH, 2006; HUANG et al., 2008).

Para esta classificação os dados meteorológicos foram processados e

analisados estatisticamente por meio da análise multivariada, utilizando o programa

computacional Statgraphics 4.2, realizando a correlação de dados (correlação de

Pearson) e a análise de agrupamento (Cluster).

De acordo com Mingoti (2005), a análise de agrupamentos, também

conhecida como análise de cluster, tem por objetivo dividir os elementos da amostra

ou população em grupos de forma que os elementos pertencentes a um mesmo

grupo sejam similares entre si com respeito às variáveis (características) que neles

foram medidas, e os elementos em grupos diferentes sejam heterogêneos em

relação a estas mesmas características.

O número de classes ou grupos foi determinado pela escolha de um nível de

semelhança, de modo a representar melhor a variabilidade microclimática.

Com base nos resultados da caracterização do clima local na área

intraurbana de Curitiba e por informações bibliográficas e cartográficas sobre a

distribuição da vegetação e características do zoneamento do uso do solo, foram

reunidas informações para subsidiar o manejo das florestas urbanas existentes e

para o planejamento de implantação de áreas arborizadas, principalmente em locais

fortemente urbanizados, de modo a atuar na amenização do clima urbano.

Page 66: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

66

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 ANÁLISE RITMICA DOS PERÍODOS DE MONITORAMENTO DOS DADOS

METEOROLÓGICOS

A análise rítmica diária das principais variáveis meteorológicas para os

quatro períodos de monitoramento (FIGURAS 18 a 21) mostrou que os períodos de

coleta dos dados meteorológicos incluíram diferentes condições de tempo, requisito

necessário segundo Hamada e Otha (2010), para análises conclusivas sobre a

influência da vegetação no clima urbano.

As maiores temperaturas médias foram observadas no período

correspondente ao verão (30,7°C) e as menores no inverno (4,4°C), como o

esperado. No entanto, observa-se que em um mesmo período (estação do ano)

houve uma grande variação das condições meteorológicas, como no período

correspondente ao outono com temperaturas acima de 24°C em algumas datas e

abaixo de 15°C em outras; e na primavera, quando em uma mesma semana as

temperaturas variaram de 16,2 a 29,2°C. Esta variação pode ser considerada uma

característica de Curitiba. Mendonça (2001) cita que a atmosfera curitibana registra

algumas vezes a ocorrência de variados tipos de tempo num só dia ou estação,

dando a impressão de se vivenciar as quatro estações do ano num mesmo dia ou

mês.

No período do verão, em cerca de 60% dos dias monitorados ocorreu

precipitação, com chuvas localizadas nos finais de tarde, o que é característico desta

estação do ano (DANNI-OLIVEIRA, 1999). Nos outros períodos monitorados, em

poucos dos dias selecionados ocorreu precipitação, o que era o desejado, já que os

dias chuvosos eliminam o desenvolvimento das ilhas de calor, conforme Szegedi e

Kircsi (2003).

Considerando a escala de Beaufort, na maioria das datas de monitoramento,

a velocidade do vento foi calma a muito fraca, em geral abaixo de 3 m/s (FIGURAS

18 a 21). Esta condição é desejável em análises de clima urbano, pois as diferenças

termo-higrométricas são máximas quando não há vento (PINHO; ORGAZ, 2000,

KIM; BAIK, 2004, GARTLAND, 2010).

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67

FIGURA 18 - ANÁLISE RITMICA NO PERÍODO CORRESPONDENTE AO VERÃO FONTE: Instituto Simepar e INMET, adaptado pela autora (2012)

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68

FIGURA 19 - ANÁLISE RITMICA NO PERÍODO CORRESPONDENTE AO

OUTONO FONTE: Instituto Simepar e INMET, adaptado pela autora (2012)

Page 69: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

69

FIGURA 20 - ANÁLISE RITMICA NO PERÍODO CORRESPONDENTE AO

INVERNO FONTE: Instituto Simepar e INMET, adaptado pela autora (2012)

Page 70: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

70

FIGURA 21 - ANÁLISE RITMICA NO PERÍODO CORRESPONDENTE A PRIMAVERA

FONTE: Instituto Simepar e INMET, adaptado pela autora (2012)

Page 71: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

71

No verão as direções do vento predominantes foram nordeste, noroeste e

sudoeste, enquanto nas outras estações do ano a leste (FIGURAS 18 a 21).

Segundo Danni-Oliveira (1999), em Curitiba os ventos predominantes são nordeste,

seguindo-se dos ventos leste, sudeste e noroeste.

Um aspecto interessante observado nas FIGURAS 18 a 21 foi a

nebulosidade do céu, variável definida por Soares e Batista (2004) como a fração do

céu que se apresenta coberta de nuvens no momento da observação, expressa em

décimos de céu coberto. Tomando como base a classificação da cobertura de

nuvens proposta por Wollmann e Sartori (2010):

a) pouca nebulosidade - 0 a 3/10 partes de céu encoberto;

b) parcialmente nublado - 4 a 6/10 partes de céu encoberto;

c) muita nebulosidade - 7 a 10/10 partes do céu encoberto.

Foram observados poucos períodos (horários oficiais de observação)

caracterizados como de céu limpo (com pouca nebulosidade), em todas as estações,

o que pode ser considerado uma característica local e resultado das massas de ar

predominantes na região. O único dia inteiro caracterizado como de céu totalmente

claro foi na data 04 de agosto, quando ocorreu geada.

4.2 ANÁLISE DA VARIAÇÃO TERMO-HIGROMÉTRICA NA ÁREA INTRAURBANA

DA CIDADE DE CURITIBA

Nos itens desta seção são apresentados e discutidos os resultados das

variações termo-higrométricas para os quatro transectos estabelecidos na área

intraurbana da cidade de Curitiba e para todos os dados em conjunto.

4.2.1 Variação Termo-higrométrica no Transecto Norte-Sul

No transecto norte-sul, considerando-se os dados de todo o período de

monitoramento (TABELA 1), a maior diferença foi encontrada entre as temperaturas

médias no período correspondente ao outono (1,7°C), entre os pontos P16 (Avenida

Anita Garibaldi com Rua Flávio Dallegrave – Bairro Barreirinha) e P20 (Rua Brasílio

Itiberê com Rua Brigadeiro Franco – Bairro Rebouças), enquanto que nas outras

Page 72: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

72

estações do ano as maiores diferenças ocorreram entre os pontos P15 (Avenida

Anita Garibaldi com Rua Rolando Salin Zappa Mansur – Bairro Cachoeira) e P20,

com diferenças térmicas de 1,2 a 1,6°C.

Os pontos P15 e P16 localizam-se em um dos extremos deste transecto

(lado norte). O ponto P15 está localizado em Zona Residencial de Ocupação

Controlada (ZR-OC), onde existe grande concentração de florestas urbanas, dentre

estas o Parque Municipal Nascentes do Belém, e o ponto P16 em Zona Residencial

de Baixa Densidade (ZR-2), e entre os dois pontos está o Parque Municipal da

Barreirinha. A baixa densidade de construção e a presença das florestas urbanas

explicam as menores temperaturas encontradas. Já o ponto P20 está localizado em

área entre as Zonas Residenciais de Média-alta Densidade (ZR-4) e de Média

Densidade (ZR-3), com tipologias de florestas urbanas limitadas às praças,

jardinetes e a arborização de ruas (APÊNDICE 2).

Destacaram-se ainda pelas maiores temperaturas os pontos P1 (Praça

Tiradentes), P21 (Avenida Presidente Kennedy com Rua Minas Gerais - Guaíra) e

P18 (Rua Mateus Leme – São Lourenço) (TABELA 1), localizados em área central

ou bastante urbanizada e com alto fluxo de veículos.

Para a temperatura máxima absoluta do ar, as maiores diferenças ocorreram

no verão e na primavera (3,3°C), que foram as estações do ano que apresentaram

os maiores valores de temperatura, enquanto para a média das máximas diárias de

temperatura foi de 3,6°C na primavera. Os pontos mais quentes também

localizaram-se na área central e mais urbanizada ao longo deste transecto (pontos

P1, P20 e P21), variando com as estações do ano (TABELA 1).

A maior diferença para a temperatura mínima absoluta do ar ocorreu no

período correspondente ao outono (4,2°C), sendo também os valores extremos entre

os pontos P20 e P16 (TABELA 1).

Para a amplitude térmica absoluta, apresentada na TABELA 1, no verão e

na primavera as menores diferenças ocorreram em um dos extremos do transecto,

no ponto P27 (Rua Tijucas do Sul – Sítio Cercado), enquanto que no outono e

inverno, na área central, no ponto P1 (Praça Tiradentes – Centro). Dumke (2007)

observou em pontos na área intraurbana de Curitiba que as menores amplitudes

ocorreram em áreas urbanas mais adensadas, porém menos verticalizadas.

Page 73: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 1 - TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA DO AR OBSERVADAS NO TRANSECTO NORTE-SUL NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011

FONTE: A autora (2012)

P15 P16 P17 P18 P19 P1 P20 P21 P22 P23 P24 P25 P26 P27 P28 P15 P16 P17 P18 P19 P1 P20 P21 P22 P23 P24 P25 P26 P27 P28

Verão 20,8 21,4 21,2 22,0 21,6 21,9 22,0 22,0 21,5 21,3 21,6 21,7 21,8 21,0 21,0 1,2 86 85 85 83 82 82 82 83 83 83 83 83 83 83 87 5

Outono 14,6 13,9 14,2 14,9 14,5 15,3 15,6 15,2 14,9 14,6 14,9 15,0 15,0 14,7 14,2 1,7 81 86 85 82 81 79 79 82 84 81 81 78 81 81 83 8

Inverno 14,0 14,5 14,1 14,6 14,5 15,0 15,2 14,9 14,6 14,3 14,6 14,6 14,6 14,3 14,0 1,2 86 89 91 91 88 84 88 89 91 88 87 86 88 89 90 7

Primavera 16,8 17,9 17,4 18,3 17,9 18,3 18,4 18,3 17,6 17,5 18,0 18,2 18,1 17,5 17,3 1,6 76 78 75 74 73 73 74 75 78 75 74 72 74 74 76 7

Verão 33,2 31,9 32,8 32,3 33,6 33,2 34,4 34,4 32,3 32,8 33,6 34,0 32,8 31,1 34,0 3,3 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Outono 26,3 26,3 25,6 26,0 25,2 25,2 27,5 27,9 26,3 26,0 26,3 27,1 26,0 26,0 26,3 2,7 100 100 100 100 99 99 100 100 100 100 100 99 100 100 100 1

Inverno 29,5 29,5 30,3 30,7 29,9 29,9 30,3 30,3 30,3 29,9 30,7 29,5 30,3 29,5 29,5 1,2 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Primavera 31,1 34,0 31,9 32,3 32,3 32,8 32,8 32,8 31,1 31,5 34,0 32,8 33,6 30,7 32,3 3,3 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Verão 15,2 15,6 15,2 15,6 15,6 16,4 16,0 16,0 15,6 15,2 15,2 15,6 15,6 15,2 14,9 1,5 29 29 29 29 26 26 26 29 28 31 31 30 31 32 31 6

Outono 3,7 2,5 3,3 3,7 3,7 6,6 6,2 5,0 5,0 5,0 5,4 5,0 5,8 5,0 3,7 4,2 25 29 29 30 32 32 27 28 29 29 30 28 33 33 31 8

Inverno 1,2 2,0 0,3 0,3 0,7 3,3 2,9 1,6 1,6 1,2 1,2 0,3 1,2 1,2 0,7 3,0 35 40 41 42 42 37 37 37 38 38 37 42 46 53 44 18

Primavera 7,8 8,2 7,8 8,6 8,2 9,0 9,8 9,0 9,4 9,0 8,6 8,6 8,6 8,6 7,8 2,0 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 0

Verão 17,9 16,3 17,5 16,7 18,0 16,8 18,4 18,4 16,7 17,5 18,4 18,4 17,1 15,9 19,2 _ 71 71 71 72 74 74 74 71 72 69 69 70 69 69 69 _

Outono 22,6 23,9 22,3 22,2 21,4 18,6 21,3 22,9 21,4 21,0 20,9 22,1 20,1 21,0 22,6 _ 75 71 72 70 67 67 73 72 71 71 71 70 67 67 69 _

Inverno 28,3 27,5 30,0 30,4 29,2 26,6 27,4 28,7 28,7 28,7 29,5 29,2 29,1 28,3 28,8 _ 65 60 60 58 58 63 63 63 62 62 63 58 54 47 56 _

Primavera 23,3 25,8 24,1 23,7 24,1 23,7 22,9 23,7 21,7 22,5 25,4 24,1 25,0 22,1 24,5 _ 77 77 76 76 76 76 76 76 76 76 76 76 76 76 76 _

Verão 28,2 28,2 27,8 28,7 28,3 28,5 28,6 28,5 27,7 27,9 28,4 28,8 28,5 26,2 27,7 2,6 100 99 99 99 98 98 98 99 98 98 99 98 98 100 100 2

Outono 19,6 18,9 18,4 19,6 18,7 19,4 20,4 20,4 19,8 19,2 19,9 19,6 19,1 19,5 18,8 2,1 96 98 99 98 97 94 96 98 99 97 97 95 97 96 98 5

Inverno 20,5 20,8 20,8 21,3 20,9 20,8 21,2 20,9 21,2 20,4 21,3 20,8 20,7 20,4 20,4 1,0 95 96 98 97 97 92 95 97 97 95 95 94 96 95 97 6

Primavera 23,7 24,4 23,3 24,7 23,9 24,9 24,8 24,5 23,2 23,7 21,2 24,9 24,7 23,5 24,0 3,6 98 97 98 96 95 93 95 96 97 96 96 94 96 94 97 5

Verão 15,2 15,6 15,2 15,6 15,6 16,4 16,0 16,0 15,6 15,2 15,2 15,6 15,6 15,2 14,9 1,5 53 55 53 51 51 50 51 51 52 51 51 51 51 71 55 21

Outono 10,7 10,0 10,4 11,1 10,9 12,1 11,9 11,6 11,4 11,2 11,1 11,3 11,3 11,1 10,7 2,1 52 58 58 54 56 54 51 53 55 55 52 52 55 54 54 7

Inverno 9,5 9,8 9,4 9,8 9,7 10,7 10,4 10,0 10,0 9,7 9,8 9,8 10,0 9,7 9,3 1,4 54 60 55 53 52 51 52 54 55 54 51 51 53 54 55 9

Primavera 12,0 12,7 12,5 13,3 13,0 13,6 13,6 13,5 13,2 12,9 13,0 13,2 13,4 13,1 12,5 1,6 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 0

Verão 12,9 12,6 12,6 13,1 12,6 12,1 12,6 12,5 12,0 12,7 13,2 13,1 12,9 11,0 12,8 _ 46 44 46 47 46 48 46 48 45 47 48 48 47 29 45 _

Outono 9,0 8,9 8,0 8,5 7,8 7,3 8,5 8,8 8,4 7,9 8,7 8,3 7,8 8,4 8,1 _ 44 40 41 44 41 40 46 45 44 43 45 43 41 43 44 _

Inverno 11,0 11,0 11,4 11,5 11,2 10,2 10,8 10,9 11,2 10,7 11,6 11,0 10,7 10,7 11,1 _ 41 36 43 44 45 41 43 43 42 41 44 44 43 41 42 _

Primavera 11,7 11,7 10,8 11,4 10,8 11,3 11,2 11,1 10,0 10,8 8,2 11,6 11,3 10,5 11,5 _ 75 73 75 72 72 70 71 73 74 72 72 70 72 70 74 _

Umidade relativa do ar média (%)

Umidade relativa máxima absoluta do ar (%)

Umidade relativa mínima absoluta do ar (%)

Amplitude higrométrica absoluta (%)

Média das mínimas diárias de temperatura do ar (°C)

Amplitude térmica absoluta (°C)

Média das máximas diárias de umidade relativa do ar (%)

Média das mínimas diárias de umidade relativa do ar (%)

Pontos de monitoramentoPeríodos

Temperatura máxima absoluta do ar (°C)

Temperatura mínima absoluta do ar (°C)

Média das máximas diárias de temperatura do ar (°C)

Diferença

térmica

Temperatura média do ar (°C)

Amplitude térmica média diária (°C) Amplitude higrométrica média diária (%)

Pontos de monitoramento Diferença

higrométrica

Page 74: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

74

Para a umidade relativa do ar observaram-se pequenas diferenças

higrométricas entre os pontos analisados (TABELA 1). As maiores diferenças foram

encontradas para a umidade relativa mínima absoluta no período do inverno

(diferença higrométrica de 18 unidades) e a média das mínimas diárias no verão (21

unidades), com os maiores valores no ponto P27 (Rua Tijucas do Sul – Sítio

Cercado).

Pelo perfil das temperaturas médias, mostrado na FIGURA 22, verificou-se

curva semelhante ao perfil clássico das ilhas de calor urbano, descrito no item 2.1.1,

com o pico (as maiores temperaturas) na área mais urbanizada da cidade (pontos

P1, P20 e P21) e as menores temperaturas nos pontos extremos – limites norte e sul

da cidade (pontos P15 - Av. Anita Garibaldi com Rua Rolando Salin Zappa Mansur,

Bairro Cachoeira e P28 – Rua Nicola Pelanda, Umbará), ambos em Zona

Residencial de Ocupação Controlada (ZR-OC) com grande concentração de

vegetação. Foi verificada diminuição gradativa da temperatura, conforme aumenta a

distância do centro, chamada de plateau, e os espaços verdes urbanos

proporcionaram descontinuidades mais bruscas nos valores de temperatura. As

quebras de continuidade das altas temperaturas na área intraurbana ocorreram na

região norte, nos pontos P17 (Rua João Gava com Rua Antonio Krainiski -

Abranches) e P19 (Rua Deputado Mário de Barros com Raul Viana – Centro Cívico),

e na porção centro-sul da cidade, nos pontos P22 (Rua Wenceslau Braz com Rua

Camilo Castelo Branco – Bairro Lindóia) e P23 (Rua Deputado Neo Martins com

Linha Verde (BR 116) – Bairro Fanny). A umidade relativa do ar média apresentou,

em geral, comportamento inverso ao da temperatura média do ar, com menores

valores na área mais urbanizada e os maiores valores nos pontos extremos do

transecto e próximos de florestas urbanas.

A alteração da temperatura do ar nos pontos P17 e P19 e o aumento da

umidade relativa do ar podem ser explicados pela presença das florestas urbanas.

Os Parques São Lourenço, com área de 203.918 m², e das Pedreiras (Ópera de

Arame), com área de 103.500 m², estão localizados próximos ao ponto P17, e o

Bosque João Paulo II (Bosque do Papa), com área de 48.000 m², nas proximidades

do ponto P19. Isto mostra o papel significativo dos parques urbanos no microclima

local, assim como verificado por Martinez-Arroyo e Jauregui (2000), Dimoudi e

Nikolopoulou (2003), Wong e Yu (2005) e Yu e Hien (2006).

Page 75: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

75

(A) (B)

FIGURA 22 - PERFIL LONGITUDINAL DA TEMPERATURA MÉDIA (A) E UMIDADE RELATIVA DO AR MÉDIA (B) NO TRANSECTO NORTE-SUL NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011

FONTE: A autora (2012)

O ponto P22 localiza-se junto ao Eixo de Animação Arnaldo Faivro Buzzato

(FIGURA 23), com área de 103.200 m², com canteiro gramado e arborização com

espécie de grande porte, Tipuana tipu (Benth.) Kuntze (tipuana). Isto demonstra o

efeito positivo desta categoria de floresta urbana na região, que embora apresente,

muitas vezes, menor área ocupada com vegetação arbórea do que os parques e

bosques, ainda assim influencia o microclima urbano.

Page 76: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

76

FIGURA 23 - EIXO DE ANIMAÇÃO ARNALDO FAIVRO BUZZATO NAS PROXIMIDADES DO PONTO P22

FONTE: A autora (2012)

Outro aspecto que pode ter influenciado para a diminuição das temperaturas

e o aumento da umidade relativa do ar no ponto P22 e também no ponto P23 é a

mudança de densidade de construção nestes locais em comparação com os outros

pontos próximos (APÊNDICE 2), o que também está relacionado à maior quantidade

de áreas permeáveis e a possibilidade de presença de vegetação nos quintais das

residências. Amorim (2005) verificou em estudo na cidade de Presidente Prudente -

SP que a diminuição na densidade de construção produz um efeito pronunciado no

que se refere à quebra de continuidade da distribuição das temperaturas mais

elevadas.

Na região sul de Curitiba os pontos P24 (Rua Francisco Derosso com Rua

Coronel Luiz José dos Santos – Xaxim), P25 (Rua Odemir Silveira com Rua Omar

Raymundo Piecheth - Xaxim) e P26 (Rua Isaac Ferreira da Cruz com Rua Levy

Buqueira – Sítio Cercado) apresentaram temperaturas semelhantes à região central.

O ponto P26 está localizado no Setor Especial Linhão do Emprego - SE-LE,

que inclui áreas de ocupação mista, situadas ao longo do eixo viário de mesmo

nome, o qual foi criado para gerar renda ao sul da cidade e onde predominam

atividades de comércio, prestação de serviços e pequenas indústrias (APÊNDICE 2).

O bairro Sítio Cercado teve grande crescimento populacional nos últimos anos e

está entre os bairros mais populosos de Curitiba (IPPUC, 2012c), além de

apresentar pouca arborização.

Pelas médias diárias de temperatura, em números absolutos, além dos

pontos P20 e P1, destacou-se o ponto P18 (Rua Mateus Leme – São Lourenço) por

Page 77: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

77

temperaturas elevadas nos períodos do verão, inverno e primavera (TABELA 2).

Este local também apresenta concentração de atividades comerciais e alta

circulação de veículos. Wong e Yu (2005), em Singapura, constataram que as áreas

mais densas e com o aumento da área comercial apresentaram as maiores

temperaturas.

Na TABELA 2 verifica-se que, no período correspondente ao outono, o ponto

P16 destacou-se como o local de menor temperatura média, enquanto nas demais

estações do ano foi o ponto P15, ambos os pontos no extremo norte deste transecto.

No verão, em alguns dias, as menores temperaturas ocorreram no ponto P27 (Rua

Tijucas do Sul – Sítio Cercado), penúltimo ponto do lado sul deste transecto e

localizado próximo a canteiro central gramado referente à faixa de servidão de linha

de transmissão de energia.

Em todas as datas de coleta foram encontradas diferenças térmicas maiores

que 0,5°C entre os pontos de monitoramento. De acordo com Yow e Carbone

(2006), estas diferenças indicam a presença de ilhas de calor na área intraurbana

(TABELA 2).

Acrescentando-se aos pontos de monitoramento caracterizados como os

mais quentes para os dados diários de temperatura média, o ponto P24 (Rua

Francisco Derosso com Rua Coronel Luiz José dos Santos – Xaxim) apresentou

maior temperatura máxima absoluta do ar em algumas das datas de observação

(TABELA 3).

Para a temperatura máxima absoluta do ar, a maior diferença térmica

(6,8°C) foi observada no período correspondente ao verão, entre os pontos P21

(Avenida Presidente Kennedy com Rua Minas Gerais - Guaíra) e P27 (Rua Tijucas

do Sul – Sítio Cercado) (TABELA 3). Já para a temperatura mínima absoluta do ar, a

maior diferença foi de cinco unidades no período correspondente ao inverno, entre

os pontos P15 (Avenida Anita Garibaldi com Rua Rolando Salin Zappa Mansur -

Cachoeira) e P19 (Rua Deputado Mário de Barros com Rua Raul Viana – Centro

Cívico) (TABELA 4).

Para a umidade relativa do ar média em poucas datas ocorreram diferenças

maiores que 10 unidades (TABELA 5), demonstrando serem pequenas as variações

higrométricas na área intraurbana de Curitiba. Fortuniak, Klysik e Wibig (2006) citam

que na área urbana diferenças da ordem de 20 a 30% para umidade relativa do ar

são mais típicas.

Page 78: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 2 - TEMPERATURA MÉDIA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO NORTE-SUL NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

FONTE: A autora (2012)

Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença

1° 21,4 22,0 (P18) 20,7 (P15) 1,4 15,8 16,8 (P1) 14,9 (P16) 1,9 7,5 8,3 (P20) 6,4 (P15) 1,9 13,6 14,4 (P1) 12,9 (P15) 1,5

2° 23,6 24,3 (P21) 22,4 (P15) 1,9 17,6 18,2 (P20) 16,8 (P17) 1,3 10,0 10,8 (P1) 9,1 (P28) 1,7 16,5 17,2 (P16) 15,4 (P15) 1,8

3° 22,1 22,7 (P20) 20,9 (P15) 1,8 19,4 20,5 (P20) 18,2 (P16) 2,3 17,0 17,7 (P20) 16,1 (P17) 1,6 19,1 19,9 (P20) 17,8 (P15) 2,0

4° 22,2 22,5 (P1) 21,3 (P15) 1,2 18,8 19,7 (P20) 17,9 (P28) 1,8 19,9 21 (P20) 18,6 (P18) 2,4 19,8 20,6 (P26) 18,5 (P15) 2,1

5° 22,3 22,9 (P24) 21,1 (P15) 1,8 15,2 15,9 (P1) 14,3 (P16) 1,6 18,6 19,8 (P15) 17,3 (P28) 2,5 19,4 20,3 (P20) 18,4 (P15) 1,8

6° 22,6 23,2 (P20) 21,2 (P15) 1,9 14,6 15,2 (P20) 13,4 (P16) 1,7 15,9 16,3 (P1) 15 (P15) 1,3 20,9 21,6 (P18) 19,7 (P15) 1,9

7° 23,2 23,7 (P20) 22,3 (P15) 1,4 12,3 12,8 (P20) 11,6 (P16) 1,2 13,4 13,9 (P18) 12,4 (P15) 1,5 22,5 23,2 (P18) 21,4 (P15) 1,8

8° 19,3 19,8 (P18) 18,8 (P28) 1,0 12,0 12,5 (P20) 11,1 (P16) 1,4 14,8 15,4 (P1) 13,9 (P15) 1,6 22,7 23,3 (P21) 21,4 (P15) 1,9

9° 17,6 18,1 (P20) 16,9 (P15) 1,1 11,8 12,4 (P20) 11,1 (P16) 1,3 16,7 17,6 (P20) 15,7 (P15) 1,8 18,7 19,2 (P26) 17,6 (P15) 1,6

10° 20,1 20,8 (P20) 19,2 (P15) 1,6 12,0 12,6 (P20) 11,1 (P16) 1,5 20,2 21,3 (P20) 19,2 (P18) 2,1 16,6 17,4 (P18) 15,8 (P28) 1,6

11° 20,6 21,3(P18) 19,5 (P28) 1,8 12,4 13,1 (P20) 11,2 (P16) 1,9 14,9 15,9 (P1) 14,1 (P15) 1,8 14,8 15,5 (P1) 13,7 (P15) 1,8

12° 21,9 22,8 (P18) 20,8 (P27) 2,0 13,8 14,8 (P20) 12,6 (P16) 2,1 16,5 17,4 (P18) 15,5 (P28) 1,9 14,4 14,9 (P18) 13,8 (P15) 1,1

13° 21,1 21,7 (P18) 20,4 (P27) 1,3 15,7 16,3 (P20) 14,6 (P16) 1,6 19,0 20 (P20) 18 (P15) 2,0 13,8 14,1 (P20) 13,4 (P28) 0,7

14° 21,9 22,6 (P18) 21,0 (P27) 1,5 16,4 17,5 (P20) 15,8 (P19) 1,7 20,3 21,7 (P20) 19 (P28) 2,6 13,3 13,9 (P25) 12,0 (P15) 1,8

15° 24,2 24,9 (P20) 23,2 (P27) 1,7 17,3 18,6 (P20) 16,6 (P19) 2,0 13,7 14,3 (P1) 12,6 (P15) 1,7 15,7 16,5 (P20) 14,9 (P15) 1,5

16° 22,1 22,8 (P20) 20,9 (P15) 1,9 16,7 17,3 (P1) 15,8 (P16) 1,5 13,9 14,2 (P21) 13,2 (P15) 1,0 15,9 16,6 (P20) 14,9 (P15) 1,7

17° 21,7 22,1 (P18) 20,9 (P15) 1,3 17,5 18,6 (P20) 16,6 (P16) 2,0 12,7 13,1 (P1) 11,8 (P15) 1,3 16,1 16,8 (P18) 15 (P15) 1,9

18° 21,8 22,5 (P18) 21,2 (P27) 1,3 18,0 19,3 (P20) 17,1 (P16) 2,2 6,6 7,6 (P18) 5,7 (P28) 1,8 17,1 18 (P18) 16 (P15) 2,0

19° 21,7 22,3 (P18) 21,3 (P27) 1,1 13,3 14,1 (P18) 12,8 (P28) 1,4 6,5 7,1 (P18) 5,9 (P15) 1,2 19,7 20,5 (P18) 18,7 (P15) 1,8

20° 22,3 23,0 (P18) 21,4 (P27) 1,5 12,6 13,5 (P20) 11,6 (P16) 1,9 10,4 10,8 (P18) 9,9 (P15) 0,9 20,7 21,5 (P20) 19,5 (P15) 2,0

21° 21,5 22,5 (P18) 20,1 (P28) 2,4 10,7 11,9 (P20) 9,1 (P16) 2,8 13,6 14,1 (P20) 12,7 (P15) 1,5 20,1 21,0 (P20) 19 (P15) 1,9

22° 17,8 18,5 (P18) 16,7 (P15) 1,8 10,9 12,0 (P20) 9,7 (P28) 2,3 17,0 17,6 (P20) 16 (P15) 1,6 20,7 21,5 (P21) 19,5 (P15) 2,0

Verão Outono Inverno PrimaveraDias de

coleta

Diferenças térmicas nos períodos correspondentes as estações do ano

Page 79: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 3 - TEMPERATURA MÁXIMA ABSOLUTA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO NORTE-SUL NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

FONTE: A autora (2012)

Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença

1° 29,5 30,7 (P1) 27,5 (P27) 3,2 18,2 19,0 (P1) 16,8 (P17) 2,3 14,5 15,6 (P22) 13,7 (P25) 1,9 19,6 21,7 (P1) 17,9 (P22) 3,8

2° 30,6 31,9 (P26) 29,5 (P27) 2,4 25,0 26,3 (P16, P22) 23,2 (P17) 3,1 21,0 23,6 (P126) 19,0 (P26) 4,6 26,0 27,9 (P1) 23,2 (P22) 4,7

3° 29,8 32,3 (P20) 27,9 (P16) 4,4 25,8 27,5 (P20) 24,4 (P1) 3,1 27,0 28,3 (P18) 26,0 (P15) 2,4 29,9 32,3 (P26) 28,7 (P22) 3,6

4° 28,3 29,1 (P23) 27,1 (P16) 2,0 25,4 26,3 (P21) 24,0 (P17) 2,3 29,3 29,9 (P17) 28,7 (P1) 1,2 19,8 20,6 (P26) 18,5 (P15) 2,1

5° 28,4 30,7 (P25) 27,1 (P16) 3,6 17,6 18,7 (P1) 16,4 (P16) 2,3 29,2 30,3 (P20) 27,9 (P28) 2,4 28,7 31,1 (P26) 26,3 (P22) 4,8

6° 29,5 30,3 (P24) 28,3 (P16) 2,0 17,9 19,4 (P24) 16,0 (P16) 3,4 21,0 22,5 (P17) 20,6 (P25, P26) 1,9 30,6 32,3 (P24) 28,7 (P27) 3,6

7° 30,8 31,9 (P25) 29,1 (P27) 2,8 15,2 16,4 (P20) 14,5 (P27, P28) 1,9 17,1 19,0 (P24) 15,6 (P16) 3,4 32,4 34,0 (P24) 30,7 (P27) 3,3

8° 24,1 27,9 (P24) 21,7 (P2) 6,2 15,8 17,1 (P20) 14,1 (P16) 3,1 20,9 22,5 (P24)19,8 (P26,

P27, P28)2,7 31,1 32,8 (P24) 29,9 (P22) 2,9

9° 19,4 19,8 (P25) 18,7 (P15) 1,2 17,7 21,0 (P27) 15,6 (P28) 5,3 24,8 26,0 (P28) 24,0 (P15, P16) 1,9 22,4 23,6 (P24) 20,6 (P15) 3,1

10° 26,3 27,5 (P16) 23,2 (P27) 4,3 19,7 22,9 (P15) 17,5 (P28) 5,3 29,9 30,7 (P24) 28,7 (P16) 2,0 19,6 21,0 (P18) 18,3 (P22, P23) 2,7

11° 26,5 28,3 (P18) 23,2 (P27) 5,1 19,3 21,3 (P15) 17,1 (P17) 4,2 19,6 21,0 (P18) 18,3 (P17) 2,7 17,2 18,7 (P24) 16,0 (P17) 2,7

12° 29,2 32,8 (P1) 26,0 (P27) 6,8 20,7 22,5 (P20) 19,0 (P17, P19) 3,4 26,1 28,7 (P16) 23,6 (P23) 5,1 16,5 17,5 (P1) 15,6 (P15) 1,9

13° 29,9 31,5 (P25) 26,3 (P27) 5,2 22,6 25,2 (P15) 20,6 (P22) 4,6 26,6 27,1 (P18, P19) 25,6 (P15) 1,6 17,0 17,5 (P20) 16,4 (P16, P17) 1,1

14° 30,2 31,5 (P15) 27,1 (P27) 4,4 24,0 25,6 (P20) 22,9 (P23) 2,7 28,9 29,9 (P23) 27,1 (P15) 2,8 17,0 18,7 (P24) 14,9 (P15) 3,8

15° 33,1 34,4 (P15) 31,1 (P27) 3,3 25,3 27,9 (P21) 24,0 (P17) 3,9 15,7 16,4 (P18) 15,2 (P15) 1,2 24,6 26,3 (P26) 22,9 (P22, P23) 3,5

16° 30,8 31,9 (P18) 29,5 (P16) 2,4 21,2 22,5 (P21) 19,4 (P15) 3,1 15,4 15,6 (P18) 14,9 (P23) 0,8 22,7 24,0 (P24) 21,3 (P22, P23) 2,7

17° 30,0 31,9 (P20, P21) 26,7 (P27) 5,2 24,2 26,3 (P20) 22,9 (P19) 3,5 15,5 16,0 (P26) 14,9 (P15) 1,2 23,0 25,6 (P16) 21,3 (P28) 4,2

18° 28,7 29,9 (P20, P21) 27,1 (P27) 2,8 25,6 27,9 (P15) 24,0 (P23) 3,9 12,2 14,1 (P18) 10,2 (P28) 3,9 23,2 25,6 (P24) 21,3 (P22) 4,2

19° 30,2 31,9 (P24) 27,1 (P27) 4,8 15,3 16,0 (P1, P18) 14,5 (P16) 1,5 7,5 8,2 (P1) 6,6 (P28) 1,6 26,5 28,3 (P1) 25,6 (P15) 2,8

20° 28,4 31,1 (P24) 25,2 (P27) 6,0 7,4 9,4 (P18) 5,8 (P16) 3,6 13,6 14,5 (P24) 12,9 (P28) 1,5 26,4 28,3 (P1) 25,2 (P15, P16) 3,1

21° 26,9 29,5 (P18) 24,4 (P28) 5,1 12,6 13,5 (P20) 11,6 (P16) 1,9 17,3 18,3 (P24) 16,0 (P15) 2,3 28,4 30,3 (P26) 26,3 (P22) 4,0

22° 18,1 22,1 (P1) 16,7 (P15) 5,4 10,7 11,9 (P20) 9,1 (P16) 2,8 25,1 26,3 (P20) 24,4 (P22, P23) 1,9 30,3 31,9 (P21) 29,1 (P19) 2,8

Dias de

coleta

Diferenças térmicas nos períodos correspondentes as estações do ano

Verão Outono Inverno Primavera

Page 80: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 4 - TEMPERATURA MÍNIMA ABSOLUTA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO NORTE-SUL NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

FONTE: A autora (2012)

Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença

1° 21,4 22,0 (P18) 20,7 (P15) 1,4 14,3 15,2 (P1) 12,9 (P16) 2,3 2,8 3,7 (P26) 1,2 (P15) 2,6 9,8 10,2 (P1, P20, P21) 8,6 (P28) 1,6

2° 23,6 24,3 (P1) 22,4 (P15) 1,9 14,4 15,2 (P1) 13,3 (P16) 1,9 1,3 3,3 (P1) 0,3 (P17) 3,0 9,6 11,0 (P26) 7,8 (P15) 3,2

3° 22,1 22,7 (P20) 20,9 (P15) 1,8 15,8 16,4 (P1) 14,9 (P16) 1,5 8,7 9,8 (P1) 7,4 (P17) 2,4 11,9 12,6 (P20) 11,0 (P15, P28) 1,6

4° 22,2 22,5 (P1) 21,3 (P15) 1,2 15,1 16,8 (P1) 14,1 (P27, P28) 2,7 10,7 12,6 (P15) 9,0 (P17) 3,5 13,9 14,5 (P1, P21, P21) 12,9 (P17) 1,5

5° 22,3 22,9 (P24) 21,1 (P15) 1,8 13,6 14,5 (P20) 12,9 (P28) 1,5 14,3 15,2 (P1) 13,7 (P18) 1,5 13,4 14,9 (P1) 11,8 (P15) 3,1

6° 22,6 23,2 (P1) 21,2 (P15) 1,9 12,6 12,9 (P1) 11,8 (P16) 1,2 12,8 13,3 (P25) 11,8 (P15) 1,6 14,5 15,2 (P20, P21) 12,9 (P15) 2,3

7° 23,2 23,7 (P1) 22,3 (P15) 1,4 10,5 11,4 (P1) 9,4 (P16) 2,0 12,0 12,6 (P1, P20) 11,4 (P15) 1,2 15,3 16,0 (P26) 14,1 (P15) 1,9

8° 19,3 19,8 (P18) 18,8 (P28) 1,0 9,5 10,2 (P25, P26) 7,8 (P16) 2,4 11,9 12,9 (P1) 11,0 (P15) 1,9 16,0 17,1 (P1, P20) 14,5 (P15) 2,7

9° 17,6 18,1 (P20) 16,9 (P15) 1,1 9,0 9,8 (P1) 7,4 (P16) 2,4 11,1 11,4 (P1) 9,8 (P15) 1,6 16,6 17,1 (P1, P20, P21) 16,0 (P15) 1,1

10° 20,1 20,8 (P20) 19,2 (P15) 1,6 6,9 8,2 (P1) 5,0 (P17) 3,2 11,2 14,9 (P15) 9,8 (P19) 5,0 14,5 15,6 (P1) 13,7 (P15) 1,9

11° 20,6 21,3 (P18) 19,5 (P28) 1,8 8,7 9,4 (P25, P26) 7,4 (P16) 2,0 12,2 12,9 (P18, P20) 11,0 (P15) 1,9 13,2 13,7 (P20, P21) 12,6 (P15) 1,2

12° 21,9 22,8 (P18) 20,8 (P27) 2,0 8,3 9,8 (P1) 7,0 (P17) 2,8 12,0 12,6 (P20) 11,0 (P15) 1,6 13,0 13,3 (P20, P21) 12,6 (P15) 0,8

13° 21,1 21,7 (P18) 20,4 (P27) 1,3 12,0 12,9 (P26) 11,0 (P16) 1,9 12,0 12,6 (P20) 10,6 (P15) 2,0 10,4 11,0 (P19) 9,4 (P15) 1,6

14° 21,9 22,6 (P18) 21,0 (P27) 1,5 10,6 12,2 (P20, P27) 9,4 (P28) 2,7 13,1 15,6 (P1) 11,4 (P18) 4,2 10,5 11,0 (P19) 9,4 (P15) 1,6

15° 24,2 24,9 (P20) 23,2 (P27) 1,7 10,8 12,6 (P1) 9,4 (P19) 3,1 12,1 12,9 (P1) 10,6 (P15) 2,3 8,6 9,8 (P20) 7,8 (P15) 2,0

16° 22,1 22,8 (P20) 20,9 (P15) 1,9 14,0 15,2 (P1) 12,9 (P17) 2,3 12,312,6 (P1, P20,

P21)11,4 (P15) 1,2 10,7 11,4 (P1) 9,4 (P15) 2,0

17° 21,7 22,1 (P18) 20,9 (P15) 1,3 12,7 13,7 (P20) 10,2 (P18) 3,5 7,2 7,8 (P1, P18,P19) 6,2 (P28) 1,6 10,5 11,4 (P1) 9,4 (P15) 2,0

18° 21,8 22,5 (P18) 21,2 (P27) 1,3 13,6 14,9 (P1) 12,6 (P19) 2,3 2,3 3,3 (P1, P20) 0,7 (P28) 2,6 12,2 13,3 (P20) 10,6 (P15) 2,7

19° 21,7 22,3 (P18) 21,3 (P27) 1,1 12,0 12,6 (P1) 10,6 (P16) 2,0 5,4 5,8 (P18) 5,0 (P28) 0,8 14,3 14,9 (P20, P21) 12,9 (P15) 1,9

20° 22,3 23,0 (P18) 21,4 (P27) 1,5 7,4 9,4 (P1) 5,8 (P16) 3,6 7,3 7,8 (P1, P20) 6,6 (P28) 1,2 17,8 18,3 (P21) 17,1 (P15) 1,1

21° 21,5 22,5 (P18) 20,1 (P28) 2,4 7,4 9,4 (P1) 5,8 (P16) 3,6 10,5 11,0 (P1, P20) 9,8 (P15) 1,2 14,9 15,6 (P21) 13,7 (P17) 1,9

22° 16,9 18,3 (P1) 15,2 (P15) 3,0 5,6 6,6 (P1) 2,5 (P16) 4,2 13,3 13,7 (P1, P20) 12,6 (P15) 1,2 14,9 15,6 (P20) 14,1 (P15) 1,5

Dias de

coleta

Diferenças térmicas nos períodos correspondentes as estações do ano

Verão Outono Inverno Primavera

Page 81: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 5 - UMIDADE RELATIVA DO AR MÉDIA E DIFERENÇAS HIGROMÉTRICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO NORTE-SUL NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

FONTE: A autora (2012)

Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença

1° 87 93 (P27) 81 (P1) 12 89 93 (P16) 84 (P1) 10 58 63 (P17) 55 (P20) 9 74 78 (P22) 70 (P1) 8

2° 75 80 (P15) 69 (P20) 11 80 86 (P16) 77 (P1) 9 72 76 (P17) 68 (P1) 8 65 69 (P22) 61 (P25) 8

3° 86 91 (P15) 83 (P24) 8 78 85 (P16) 74 (P25) 12 62 70 (P17) 51 (P15) 18 64 68 (P22) 61 (P25) 6

4° 84 87 (P16) 82 (P24) 5 82 87 (P16) 78 (P25) 9 58 69 (P18) 52 (P15) 17 68 73 (P15) 63 (P25) 9

5° 81 85 (P15) 76 (P21, P24) 9 86 91 (P16) 82 (P1) 10 75 80 (P28) 65 (P15) 15 70 74 (P22) 66 (P25) 8

6° 84 89 (P17) 81 (P26) 9 84 93 (P16) 80 (P25) 13 90 94 (P16) 87 (P25) 7 63 66 (P15, P22) 60 (P25) 7

7° 78 81 (P27) 75 (P21, P24) 6 97 99 (P16) 95 (P1) 4 91 97 (P16) 86 (P25) 11 60 63 (P22) 58 (P25) 5

8° 97100 (P15,

P25, P27,

P28)

95 (P18) 5 92 97 (P16) 89 (P1) 8 85 90 (P16) 80 (P1) 11 62 65 (P15) 58 (P25) 7

9° 99 100 (P27) 98 (P26) 2 82 87 (P16) 79 (P25) 8 72 79 (P16) 68 (P25) 11 91 95 (P15, P17) 86 (P25) 9

10° 90 100 (P27) 87 (P19) 13 79 83 (P16) 76 (P1, P25) 8 64 70 (P18) 54 (P15) 16 90 94 (P22) 86 (P1) 8

11° 86 100 (P27) 82 (P19) 18 82 88 (P16) 78 (P25) 9 85 90 (P16) 79 (P1) 11 90 94 (P15) 86 (P19) 8

12° 82 99 (P27) 75 (P1) 24 81 86 (P16) 77 (P25) 9 80 84 (P16) 76 (P1) 8 97 98 (P22) 96 (P25) 3

13° 85 100 (P27) 82 (P1) 17 80 85 (P16) 76 (P27) 9 64 69 (P16) 61 (P28) 8 97 99 (P17, P22) 94 (P25) 5

14° 82 100 (P27) 77 (P1) 22 74 78 (P18) 69 (P25) 8 52 59 (P28) 44 (P1) 16 89 94 (P15, P27) 84 (P1) 11

15° 71 84 (P15) 67 (P19) 17 72 76 (P18) 68 (P20) 8 87 91 (P28) 83 (P1) 8 74 77 (P22) 71 (P25) 6

16° 82 87 (P27) 77 (P26) 10 86 91 (P17) 83 (P1) 8 99 100 (P16, P17,

P28)98 (P1) 2 73 77 (P17) 69 (P25) 8

17° 84 92 (P27) 81 (P19, P20) 11 78 82 (P16) 75 (P20) 8 83 93 (P16) 78 (P25) 15 68 72 (P22) 64 (P25) 8

18° 86 100 (P27) 83 (P19) 17 74 78 (P17) 68 (P20) 9 78 86 (P16) 73 (P1) 13 72 77 (P15) 68 (P25) 9

19° 89 100 (P27) 86 (P18, P20) 13 89 93 (P22) 86 (P25) 7 99 100 (P22, P28) 96 (P1) 4 74 78 (P22) 70 (P1) 8

20° 84 99 (P27) 80 (P1) 19 73 77 (P16) 69 (P1) 8 97 100 (P16) 94 (P25) 6 71 76 (P17) 67 (P25) 9

21° 79 86 (P27) 75 (P18) 12 77 81 (P16) 73 (P20) 7 90 96 (P16) 87 (P25) 9 68 73 (P22) 60 (P27) 13

22° 84 90 (P15) 82 (P1) 9 78 82 (P16) 74 (P25) 8 84 89 (P16) 80 (P25) 11 72 76 (P15) 62 (P27) 14

Verão Outono Inverno PrimaveraDias de

coleta

Diferenças higrométricas nos períodos correspondentes as estações do ano

Page 82: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

82

Os períodos de coleta de dados no inverno e no outono apresentaram a

maior quantidade de períodos com condições meteorológicas ideais para discriminar

as ilhas de calor, constatadas por Pinho e Orgaz (2000), Runnals e Oke (2000), Kim

e Baik (2005) e Gartland (2010), como de céu claro, sem vento e sem ocorrência de

precipitação, o que faz com que a área urbana se resfrie mais vagarosamente que o

seu entorno. De maneira geral, ao se comparar as diferenças térmicas com as

condições de tempo nas datas de coleta (ver item 4.1), verificou-se as maiores

diferenças nos dias de céu claro e sem precipitação, enquanto as menores

diferenças nos dias nublados ou com ocorrência de precipitação.

Quando os resultados dos dados meteorológicos obtidos foram estratificados

para as quatro partes do dia estabelecidas (TABELA 6), diferentes intensidades da

variação termo-higrométrica foram verificadas nos períodos observados, explicado

pela influência da radiação solar e do calor antropogênico.

Segundo Oke (1982), a radiação do sol e as atividades humanas adicionam

calor ao sistema urbano, que é armazenado na atmosfera ou nas superfícies dos

materiais de construção, de modo que é armazenado o calor durante o dia e liberado

vagarosamente à noite. De acordo com Geiger (1990), o calor acumulado durante o

dia nas massas de alvenaria da cidade, associado à redução da ventilação, retarda

o arrefecimento durante a tarde; e, só lentamente, a troca de ar entre o interior e o

exterior da cidade provoca a diminuição das temperaturas urbanas. A redução das

perdas de calor por irradiação noturna se deve à presença de elevados níveis de

radiação de onda longa na camada de poluição que cobre a cidade, o que

representa uma forte proteção contra a perda de radiação durante a noite, ao não

permitir que a cidade devolva o calor às camadas superiores da atmosfera.

Em todas as estações do ano e partes do dia analisadas, para temperatura

média, máxima absoluta e mínima absoluta foram encontradas diferenças térmicas

entre os pontos de monitoramento, que variaram de 1,2°C a 4,6°C (TABELA 6). A

maior diferença para a temperatura média ocorreu no período noturno do outono

(2,0°C), enquanto que para a temperatura máxima absoluta na madrugada do

inverno (4,6°C) e para a temperatura mínima absoluta na manhã do outono (4,6°C).

Page 83: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 6 - TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA DO AR OBSERVADAS NO TRANSECTO NORTE-SUL NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011 ESTRATIFICADAS PARA AS PARTES DO DIA

continua

P15 P16 P17 P18 P19 P1 P20 P21 P22 P23 P24 P25 P26 P27 P28 P15 P16 P17 P18 P19 P1 P20 P21 P22 P23 P24 P25 P26 P27 P28

Verão 18,0 18,6 18,4 19,0 18,8 19,3 19,2 19,3 19,0 18,6 18,7 18,9 19,0 18,8 18,4 1,4 96 95 95 94 93 92 93 94 84 93 93 92 93 93 95 12

Outono 12,0 11,5 11,7 12,2 12,0 13,1 12,9 12,6 12,4 12,2 12,3 12,4 12,6 12,2 11,8 1,6 91 94 94 93 91 88 90 91 85 91 92 89 90 90 94 10

Inverno 11,3 11,4 10,9 11,0 11,1 12,2 11,9 11,6 11,5 11,2 11,3 11,3 11,5 11,2 10,8 1,4 86 89 91 91 88 84 88 89 91 88 87 86 88 89 90 7

Primavera 12,8 14,6 13,4 14,2 13,9 14,4 14,3 14,2 13,9 13,7 13,8 14,0 14,1 13,8 13,4 1,8 92 92 93 90 89 87 89 90 83 90 90 87 89 87 92 10

Verão 21,1 21,7 21,4 22,2 22,1 21,9 22,5 22,5 21,9 21,9 22,3 22,2 22,4 21,2 22,3 1,4 86 84 84 82 81 81 81 81 81 80 81 82 81 80 81 6

Outono 14,3 13,4 14,1 14,8 14,1 14,8 15,4 14,8 14,4 14,2 14,5 14,8 14,9 14,2 14,0 1,9 83 90 86 84 85 82 81 84 87 84 84 80 82 83 85 10

Inverno 13,2 13,9 13,6 14,0 14,0 14,0 14,6 14,4 13,7 13,5 13,6 14,0 14,0 13,5 13,4 1,4 80 82 81 81 79 78 78 80 82 79 80 77 79 80 81 5

Primavera 17,1 18,7 18,0 18,7 18,4 18,1 18,7 18,9 17,9 18,0 18,3 18,7 18,7 18,0 18,1 1,8 76 71 74 73 71 72 71 71 76 72 72 68 70 71 72 8

Verão 24,8 25,1 24,9 25,9 25,2 25,5 25,5 25,5 24,9 24,6 25,3 25,3 25,3 24,0 24,1 1,9 68 68 67 65 65 64 65 66 66 67 66 66 66 66 73 9

Outono 18,8 18,1 18,0 18,8 18,2 18,6 19,6 19,3 18,9 18,4 19,0 19,0 18,5 18,6 18,1 1,6 61 66 65 63 63 61 59 62 63 62 60 59 63 62 63 7

Inverno 18,1 18,7 18,7 19,3 18,9 19,0 19,3 19,0 18,9 18,4 19,0 18,9 18,7 18,4 18,2 1,2 63 68 64 61 60 60 60 62 63 62 60 59 62 62 63 9

Primavera 22,0 22,7 21,9 23,3 22,6 23,3 23,4 23,0 22,1 22,2 23,4 23,2 22,9 22,1 22,4 1,5 56 56 57 54 54 52 53 54 59 55 52 50 53 56 54 9

Verão 19,2 20,0 19,9 20,7 20,3 20,7 20,6 20,6 20,3 19,9 20,0 20,3 20,4 20,0 19,4 1,5 93 91 91 89 88 88 88 90 89 90 90 89 90 89 94 6

Outono 13,3 12,6 13,0 13,9 13,6 14,6 14,5 14,2 13,9 13,6 13,7 14,0 14,1 13,7 13,0 2,0 86 91 91 87 86 82 84 87 89 86 86 83 85 85 89 10

Inverno 13,5 13,9 13,3 14,0 13,9 15,0 14,8 14,5 14,4 14,0 14,3 14,2 14,3 14,1 13,5 1,7 83 86 88 85 83 78 80 83 83 81 80 80 81 81 84 10

Primavera 15,3 16,4 16,1 17,1 16,7 17,2 17,2 16,9 16,5 16,1 16,4 16,7 16,6 16,2 15,5 1,9 86 84 86 82 81 78 80 83 85 83 82 79 83 81 86 7

Verão 20,6 21,3 21,3 22,1 21,7 22,1 22,1 22,1 21,7 21,3 21,7 21,7 22,1 21,7 21,0 1,5 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Outono 17,1 17,9 16,8 16,8 17,1 19,0 18,7 18,3 18,7 18,3 18,7 17,9 18,7 18,7 17,9 2,3 100 100 100 100 99 99 100 100 100 100 100 99 100 100 100 1

Inverno 20,2 18,7 19,0 15,6 17,1 19,4 19,4 19,8 19,4 19,0 19,0 18,3 17,9 17,5 17,1 4,6 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Primavera 18,3 18,7 18,7 19,4 19,0 19,4 19,4 19,0 18,7 18,3 18,7 19,0 18,7 18,7 18,3 1,1 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Verão 27,9 28,7 29,1 29,9 29,5 28,3 31,1 31,1 29,1 29,1 30,7 29,5 29,9 28,7 29,9 3,2 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Outono 24,8 22,5 23,2 25,2 23,2 24,4 26,0 26,0 25,6 24,0 25,6 25,6 25,6 24,0 24,4 3,5 100 100 100 100 99 99 100 100 100 100 100 99 100 100 100 1

Inverno 26,0 27,5 27,9 29,9 28,3 28,3 29,9 30,3 27,5 27,1 28,3 28,3 28,7 27,5 27,1 4,4 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Primavera 27,1 29,5 29,1 30,7 29,5 28,3 30,3 29,5 28,3 28,7 29,9 29,5 29,9 28,3 29,1 3,6 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Verão 33,2 31,9 32,8 32,3 33,6 33,2 34,4 34,4 32,3 32,8 33,6 34,0 32,8 31,1 34,0 3,3 100 100 99 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 99 100 1

Outono 26,3 26,3 25,6 26,0 25,2 25,2 27,5 27,9 26,3 26,0 26,3 27,1 26,0 26,0 26,3 2,7 99 99 99 99 98 98 98 99 100 99 100 95 98 98 98 5

Inverno 29,5 29,5 30,3 30,7 29,9 29,9 30,3 29,9 30,3 29,9 30,7 29,5 30,3 29,5 29,5 1,2 100 100 100 100 100 99 100 100 100 100 100 100 100 100 100 1

Primavera 31,1 34,0 31,9 32,3 32,3 32,8 32,8 32,8 31,1 31,5 34,0 32,8 33,6 30,7 32,3 3,3 98 99 99 99 95 100 99 100 100 99 99 95 99 99 99 5

Verão 26,7 26,3 26,0 26,3 26,3 26,7 26,7 26,7 26,7 27,1 27,5 28,3 29,1 26,3 26,7 3,2 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Outono 21,0 19,8 20,2 21,0 21,3 22,9 22,5 22,5 22,1 21,7 21,7 22,5 22,1 21,7 20,6 3,1 99 99 100 100 98 98 100 100 100 99 100 98 100 100 99 2

Inverno 24,0 25,2 23,6 24,8 25,2 25,6 26,3 25,6 25,6 25,6 26,0 26,0 26,0 26,0 25,6 2,7 100 100 100 100 99 99 100 100 100 100 100 99 100 99 100 2

Primavera 28,3 29,9 26,7 29,1 28,3 27,9 28,3 26,3 26,7 25,6 27,5 27,5 26,7 25,6 25,6 4,3 99 100 100 100 99 99 100 100 100 100 100 99 100 100 100 1

Madrugada

Manhã

Tarde

Noite

Madrugada

Manhã

Tarde

Noite

Temperatura máxima absoluta do ar (°C) Umidade relativa máxima absoluta do ar (%)

PeríodosPontos de monitoramento Diferença

térmica

Pontos de monitoramento Diferença

higrométrica

Temperatura média do ar (°C) Umidade relativa média do ar (%)

Page 84: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 6 - TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA DO AR OBSERVADAS NO TRANSECTO NORTE-SUL NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011 ESTRATIFICADAS PARA AS PARTES DO DIA

conclusão

FONTE: A autora (2012)

P15 P16 P17 P18 P19 P1 P20 P21 P22 P23 P24 P25 P26 P27 P28 P15 P16 P17 P18 P19 P1 P20 P21 P22 P23 P24 P25 P26 P27 P28

Verão 15,2 16,0 15,2 15,6 15,6 16,4 16,0 16,0 15,6 15,2 15,6 15,6 15,6 15,6 15,6 1,2 48 48 45 42 42 40 42 41 24 43 37 42 37 46 44 25

Outono 5,0 3,3 3,3 3,7 3,7 6,6 6,2 5,0 5,0 5,0 5,4 5,0 5,8 5,0 3,7 3,3 44 48 48 45 42 42 44 39 24 42 41 43 37 37 55 32

Inverno 1,6 2,5 0,3 0,3 0,7 3,7 2,9 2,0 1,6 1,6 1,2 0,7 1,6 1,2 1,2 3,5 35 40 41 42 42 37 37 37 38 38 37 42 46 53 44 18

Primavera 7,8 8,6 7,8 8,6 8,2 9,0 9,8 9,0 9,4 9,0 8,6 8,6 8,6 8,6 7,8 2,0 44 48 48 45 42 42 44 39 24 42 41 43 37 37 55 32

Verão 15,2 16,0 15,2 15,6 15,6 16,8 16,4 16,4 16,4 16,0 16,0 16,0 16,4 16,0 16,0 1,5 51 52 50 44 47 48 48 44 47 45 42 45 42 46 43 9

Outono 3,7 2,5 3,7 5,4 5,4 6,6 7,0 6,2 6,2 5,8 6,2 5,8 6,2 5,4 4,6 4,6 45 51 45 38 45 42 36 42 46 47 42 41 43 47 44 15

Inverno 1,2 2,0 0,7 0,7 1,2 3,3 2,9 1,6 2,0 1,2 1,2 0,3 1,2 1,2 0,7 3,0 24 24 24 24 24 23 24 24 25 25 25 24 25 26 27 3

Primavera 7,8 9,0 9,0 9,4 8,6 10,2 10,2 10,2 9,8 9,8 9,8 9,4 9,8 9,0 8,2 2,4 31 27 28 26 28 28 27 28 31 28 27 26 29 31 30 5

Verão 16,4 16,4 17,1 18,3 17,5 18,3 17,9 17,9 17,9 17,1 17,5 17,9 17,9 17,9 16,4 1,9 29 29 29 29 26 26 26 29 28 31 31 30 31 32 31 6

Outono 11,4 10,6 11,0 11,8 11,8 11,8 12,2 12,2 11,8 11,4 11,4 12,2 11,8 11,4 11,0 1,6 25 29 29 30 32 32 27 28 29 29 30 28 33 33 31 8

Inverno 5,8 6,2 6,2 7,0 6,6 6,6 6,6 6,6 6,6 6,2 6,2 6,6 6,2 6,2 5,8 1,2 26 26 25 24 25 25 24 24 26 26 25 25 26 26 26 2

Primavera 12,9 13,7 13,7 14,1 14,1 13,7 14,1 14,1 14,1 13,3 13,7 14,1 14,1 13,7 13,3 1,2 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 0

Verão 15,2 15,6 15,6 16,4 16,0 16,4 16,0 16,0 15,6 15,2 15,2 15,6 15,6 15,2 14,9 1,5 57 57 58 56 53 48 53 56 56 55 55 52 55 51 56 10

Outono 6,2 5,8 5,4 6,2 6,2 9,0 8,6 7,8 7,4 7,4 7,0 7,4 7,0 6,6 6,6 3,6 54 61 65 62 50 48 51 52 54 51 53 50 54 55 59 17

Inverno 3,7 3,7 2,5 2,9 2,9 6,2 5,8 5,0 5,4 4,6 5,0 4,2 5,4 5,0 3,7 3,8 40 42 43 40 37 37 36 37 37 37 35 35 36 35 35 8

Primavera 9,4 10,2 10,2 10,6 11,0 10,6 10,6 10,6 10,6 10,2 10,2 10,6 11,0 10,6 10,2 1,6 25 25 32 34 35 32 35 35 34 35 34 31 31 33 36 11

Verão 5,3 5,3 6,1 6,5 6,1 5,7 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1 6,5 6,1 5,3 _ 52 52 55 58 58 60 58 59 77 57 63 58 63 54 56 _

Outono 12,2 14,6 13,5 13,0 13,4 12,4 12,4 13,3 13,7 13,3 13,3 12,9 12,9 13,7 14,2 _ 57 52 52 55 57 58 56 61 77 58 59 56 63 63 45 _

Inverno 18,6 16,2 18,8 15,3 16,4 15,7 16,5 17,8 17,8 17,4 17,9 17,6 16,3 16,4 16,0 _ 65 60 60 58 58 63 63 63 62 62 63 58 54 47 56 _

Primavera 10,5 10,0 10,8 10,8 10,8 10,4 9,6 10,0 9,2 9,3 10,0 10,4 10,0 10,0 10,5 _ 57 52 52 55 58 58 56 61 77 58 59 57 63 63 45 _

Verão 12,7 12,7 13,9 14,3 13,9 11,6 14,7 14,7 12,7 13,1 14,7 13,5 13,5 12,7 13,9 _ 49 49 50 56 53 52 52 56 53 55 58 55 58 54 57 _

Outono 21,1 20,0 19,5 19,8 17,8 17,8 18,9 19,7 19,3 18,2 19,3 19,8 19,3 18,6 19,8 _ 55 50 55 62 54 57 65 58 54 53 58 57 57 53 56 _

Inverno 24,8 25,5 27,2 29,2 27,1 25,0 27,0 28,7 25,5 26,0 27,1 28,0 27,5 26,4 26,4 _ 76 76 76 77 76 77 77 77 75 75 75 76 75 74 73 _

Primavera 19,3 20,5 20,1 21,3 20,9 18,1 20,1 19,3 18,5 18,9 20,1 20,1 20,1 19,3 20,9 _ 70 73 72 74 72 72 73 72 69 72 73 74 71 70 70 _

Verão 16,8 15,6 15,6 14,1 16,1 14,9 16,5 16,5 14,4 15,6 16,1 16,1 14,9 13,2 17,6 _ 71 71 71 72 74 74 74 71 72 69 68 70 68 68 69 _

Outono 15,0 15,7 14,6 14,2 13,4 13,4 15,4 15,8 14,6 14,6 15,0 15,0 14,2 14,6 15,4 _ 74 70 70 68 66 66 71 70 71 70 71 66 66 66 67 _

Inverno 23,7 23,3 24,1 23,7 23,3 23,3 23,7 23,3 23,7 23,7 24,5 22,9 24,1 23,3 23,7 _ 74 74 75 76 75 73 76 76 74 74 75 75 74 74 75 _

Primavera 18,2 20,3 18,2 18,3 18,3 19,1 18,7 18,7 17,0 18,2 20,3 18,7 19,5 17,0 19,0 _ 75 76 76 75 72 76 75 76 76 75 75 71 75 75 75 _

Verão 11,5 10,7 10,3 10,0 10,3 10,4 10,7 10,7 11,1 11,9 12,3 12,7 13,5 11,1 11,9 _ 43 43 42 44 47 52 47 44 44 45 46 48 46 49 44 _

Outono 14,7 14,0 14,8 14,7 15,1 13,8 13,9 14,7 14,7 14,3 14,7 15,1 15,1 15,1 14,0 _ 45 38 35 38 49 50 49 48 46 47 47 48 46 46 40 _

Inverno 20,3 21,4 21,2 21,9 22,3 19,3 20,5 20,6 20,2 21,0 21,0 21,8 20,6 21,0 21,8 _ 60 58 57 60 62 61 64 63 63 63 65 63 64 64 65 _

Primavera 18,9 19,7 16,5 18,5 17,3 17,3 17,7 15,7 16,1 15,4 17,3 16,9 15,7 15,0 15,4 _ 74 75 68 66 64 67 65 65 66 65 66 68 69 67 64 _

Manhã

Tarde

Noite

Manhã

Tarde

Noite

Amplitude térmica absoluta (°C) Amplitude higrométrica absoluta (%)

Madrugada

Diferença

térmica

Pontos de monitoramento Diferença

higrométrica

Temperatura mínima absoluta do ar (°C) Umidade relativa mínima absoluta do ar (%)

Madrugada

PeríodosPontos de monitoramento

Page 85: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

85

De maneira geral, as maiores diferenças térmicas ocorreram no período da

noite e madrugada, citados na literatura como os melhores para discriminar as ilhas

de calor. Liu, You e Dou (2008) verificaram na cidade de Beijing, China que as

diferenças de temperatura entre a área urbana e os seus arredores foram pequenas

durante o dia e maiores à noite e início da manhã.

As maiores diferenças para a umidade relativa mínima absoluta do ar (18 a

32 unidades) foram no período da madrugada (TABELA 6). Conforme Fortuniak,

Klysik e Wibig (2006), na área urbana, geralmente, é verificado um pequeno

contraste da umidade relativa do ar durante o dia e mais baixa umidade relativa do

ar à noite. Varejão-Silva (2000) e Ayoade (2003) explicam que a umidade relativa do

ar é grandemente influenciada pela temperatura do ar, aumentando quando a

temperatura diminui e vice-versa; esta variável é mais elevada à noite, diminuindo a

partir do nascimento do sol e atingindo o valor mínimo nas horas mais quentes do

dia.

Na FIGURA 24 é apresentado o perfil da temperatura média e da umidade

relativa do ar média estratificados para as partes do dia nas estações do ano. Na

linha horizontal é possível fazer as comparações entre as partes do dia, enquanto

que na coluna vertical entre as estações do ano.

O local de maior temperatura média variou entre os períodos analisados

(FIGURA 24). O ponto P1 (Praça Tiradentes), em área central, com grande

circulação de veículos e pedestres, apresentou maior temperatura no período

noturno (noite e madrugada), enquanto o ponto P20 (Rua Brasílio Itiberê com Rua

Brigadeiro Franco - Rebouças), com grande circulação de veículos, foi o mais quente

no período diurno (manhã e tarde). Ambos os pontos estão localizados em áreas em

grande parte impermeáveis e com alta circulação de veículos e pedestres. A

presença de árvores de grande porte aglomeradas na Praça Tiradentes, enquanto

no outro ponto há apenas árvores de pequeno e médio porte irregularmente

distribuídas na arborização de ruas, explica este ponto não ser o de maior

temperatura durante o dia, apesar de apresentar temperaturas também altas.

Page 86: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

86

FIGURA 24 - PERFIL LONGITUDINAL DA TEMPERATURA MÉDIA DO AR (A) E UMIDADE RELATIVA MÉDIA DO AR (B) ESTRATIFICADO PARA AS PARTES DO DIA NO TRANSECTO NORTE-SUL NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA EM 2011

FONTE: A autora (2012)

Page 87: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

87

4.2.2 Variação Termo-higrométrica no Transecto Leste-Oeste

No transecto leste-oeste foram observadas diferenças termo-higrométricas

entre os pontos de monitoramento nos períodos observados (TABELA 7). Para a

temperatura média, as maiores diferenças foram de 1,5°C no período

correspondente ao outono e primavera, entre os pontos P1 (Praça Tiradentes) e P13

(Rua Vitor Ferreira do Amaral com BR 116 - Tarumã) com o ponto P8 (Rua Cândido

Hartmann com Rua Padre Ladislau Kula – Santo Inácio). Para a umidade relativa do

ar média as diferenças foram inferiores a sete unidades.

Para a temperatura máxima absoluta do ar, a diferença foi de 5,0°C no verão

e na primavera, enquanto que para a média das máximas diárias de temperatura, de

3,5°C na primavera (TABELA 7), também entre os pontos P13 e P8.

Nos períodos correspondentes ao outono e ao inverno, para a temperatura

mínima absoluta do ar, as diferenças foram, respectivamente, de 3,3 e 3,0°C

(TABELA 7). Nestes períodos as menores temperaturas mínimas ocorreram nos

pontos P6 (Avenida Vereador Toaldo Túlio com Avenida Três Marias – São Braz) e

P14 (Rua Vitor Ferreira do Amaral com Rua Basílio de Lara – Capão da Imbuia),

localizados no extremo deste transecto.

Pela TABELA 7 e pelo perfil das temperaturas médias mostrado na FIGURA

25, foi observado que, no direcionamento leste – oeste, as maiores temperaturas

não ocorreram somente na área central da cidade (pontos P10 – Rua Fernando

Moreira com Rua Desembargador Motta – Mercês, P1 – Praça Tiradentes e P11 –

Rua Ubaldino do Amaral com Rua Visconde de Guarapuava – Alto da Rua XV), mas

também no ponto P13, que se refere a uma área de média densidade de construção

(SE-BR 116 - Setor Especial da BR 116) e com alta circulação de veículos, e ainda

próxima a Linha Verde com tráfego pesado (APÊNDICE 2), demonstrando a

influência do veículos na variação térmica em área urbana de Curitiba, como já

verificado por Danni-Oliveira et al. (2000). Dumke (2007) afirma que o clima urbano

sofre a influência das atividades humanas que liberam um montante adicional de

calor, o chamado “calor antropogênico”, que nas grandes cidades assume uma

ordem de grandeza comparável ao calor gerado pela radiação solar.

Page 88: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 7 - TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA DO AR OBSERVADAS NO TRANSECTO LESTE-OESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011

FONTE: A autora (2012)

P6 P7 P8 P9 P10 P1 P11 P12 P13 P14 P6 P7 P8 P9 P10 P1 P11 P12 P13 P14

Verão 21,7 21,4 21,2 21,7 22,0 21,9 21,7 21,5 22,2 21,9 1,2 83 85 85 82 81 82 82 82 80 83 5

Outono 14,7 14,5 14,2 15,0 15,1 15,3 15,0 14,8 15,3 14,7 1,5 81 83 84 79 78 79 81 80 79 82 7

Inverno 14,7 14,6 14,3 14,8 14,9 15,0 14,9 14,7 15,0 14,6 1,2 77 78 79 76 74 75 77 75 76 79 5

Primavera 17,9 17,9 17,2 18,1 18,2 18,3 17,7 17,7 18,6 17,9 1,5 74 76 78 73 71 73 75 73 72 76 7

Verão 33,6 34,9 33,6 32,3 34,4 33,2 34,0 33,2 35,3 34,4 5,0 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Outono 25,6 25,2 24,4 25,2 26,3 25,2 27,9 27,5 27,9 25,6 3,5 100 100 100 100 99 99 100 100 100 100 1

Inverno 29,9 31,1 30,3 29,5 30,7 29,9 31,9 31,5 31,1 31,1 2,4 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Primavera 31,5 34,9 29,9 32,8 33,2 32,8 31,9 32,8 34,4 32,8 5,0 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Verão 15,6 15,2 15,6 16,4 16,0 16,4 16,0 16,0 16,0 16,0 1,2 29 29 29 29 27 26 27 26 25 27 4

Outono 3,7 4,2 4,6 5,0 5,0 6,6 6,2 5,4 5,0 4,6 3,3 35 30 29 28 27 32 28 28 28 32 8

Inverno 2,0 1,6 0,7 2,5 2,5 3,3 2,0 1,6 1,6 0,3 3,0 24 24 25 25 24 23 24 24 24 25 2

Primavera 9,0 8,6 8,6 9,8 9,0 9,0 9,4 8,6 9,0 9,0 1,6 24 24 25 24 24 24 24 24 24 24 1

Verão 18,0 19,6 18,0 16,0 18,4 16,8 18,0 17,2 19,3 18,4 _ 72 71 71 71 73 74 73 74 75 73 _

Outono 21,8 21,0 19,8 20,2 21,4 18,6 21,7 22,1 22,9 21,0 _ 65 70 71 72 71 67 72 72 73 68 _

Inverno 27,9 29,5 29,6 27,0 28,3 26,6 29,9 29,9 29,5 30,8 _ 77 76 75 76 77 77 77 77 76 75 _

Primavera 22,5 26,2 21,3 22,9 24,1 23,7 22,5 24,1 25,4 23,7 _ 76 76 75 76 76 76 76 77 76 76 _

Verão 29,5 28,9 28,4 28,2 29,5 28,5 28,4 27,8 29,5 28,3 2,7 99 99 99 97 97 98 98 98 98 98 2

Outono 19,1 19,0 18,5 18,9 19,6 19,4 19,7 19,2 20,8 19,4 2,3 97 97 98 95 94 94 97 97 97 97 4

Inverno 20,6 21,3 21,0 20,7 21,2 20,8 21,5 21,1 22,3 21,4 1,7 95 96 96 94 92 92 95 94 95 96 4

Primavera 24,2 25,3 22,3 24,3 25,0 24,9 23,5 23,6 25,9 24,0 3,5 96 97 97 93 93 93 95 94 95 97 4

Verão 17,8 17,7 17,7 18,3 18,2 18,4 18,1 17,9 18,1 18,1 1,1 49 52 53 52 49 50 51 51 47 52 6

Outono 11,0 10,9 10,9 11,7 11,4 12,1 11,5 11,2 11,4 11,0 1,4 56 56 57 55 51 54 54 53 49 55 9

Inverno 10,1 10,0 9,7 10,5 10,3 10,7 10,2 10,0 10,1 9,8 1,2 54 53 54 52 49 51 52 51 49 53 6

Primavera 12,8 12,8 12,7 13,6 13,3 13,6 13,3 13,0 13,3 13,1 1,1 47 47 52 47 43 45 48 46 43 48 9

Verão 11,7 11,2 10,8 9,9 11,4 10,1 10,3 9,9 11,4 10,2 _ 50 47 46 45 48 48 47 47 50 46 _

Outono 8,1 8,1 7,6 7,2 8,1 7,3 8,2 8,0 9,4 8,3 _ 41 41 40 40 43 40 43 44 48 42 _

Inverno 10,5 11,4 11,3 10,2 10,9 10,2 11,3 11,1 12,2 11,6 _ 41 43 42 41 43 41 43 43 45 43 _

Primavera 11,4 12,5 9,6 10,7 11,7 11,3 10,2 10,5 12,6 10,8 _ 49 50 45 47 49 49 47 48 52 49 _

Média das máximas diárias de temperatura do ar (°C) Média das máximas diárias de umidade relativa do ar (%)

Média das mínimas diárias de temperatura do ar (°C) Média das mínimas diárias de umidade relativa do ar (%)

Amplitude térmica média diária (°C) Amplitude higrométrica média diária (%)

Temperatura máxima absoluta (°C) Umidade relativa máxima absoluta do ar (%)

Temperatura mínima absoluta do ar (°C) Umidade relativa mínima absoluta do ar (%)

Amplitude térmica absoluta (°C) Amplitude higrométrica absoluta (%)

Temperatura média do ar (°C) Umidade relativa média do ar (%)

PeríodoPontos de monitoramento Diferença

térmica

Pontos de monitoramento Diferença

higrométrica

Page 89: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

89

As menores temperaturas não ocorreram nos pontos extremos deste

transecto (FIGURA 25). Observou-se uma forte diminuição da temperatura e o

aumento da umidade relativa do ar no ponto P8 (Rua Cândido Hartmann com Rua

Padre Ladislau Kula – Santo Inácio, localizado próximo ao Parque Municipal Barigui,

grande área verde com 1.400.000 m², que inclui cobertura florestal e lago (IPPUC,

2012a), fatores amenizadores climáticos, além de outros remanescentes florestais

próximos. Segundo Oliveira (1996), a presença de um grande lago é uma

característica comum na maioria dos parques municipais de Curitiba. Além dos

efeitos da vegetação no microclima, Xu et al. (2010) indicam a presença de corpos

d’água na malha urbana como importante fator amenizador climático.

Outro aspecto analisado foi a alteração da densidade de ocupação, que no

ponto P8 é de baixíssima a baixa densidade (ZR-1 e ZR-2), enquanto nos pontos

adjacentes é de média densidade.

Também no ponto P12 (Av. Marechal Humberto de A. C. Branco com Vitor

Ferreira do Amaral – Cristo Rei) foi verificada uma redução na temperatura média do

ar, porém menos intensa do que no ponto P8. Neste caso também há menor

densidade de construções e proximidade com outra tipologia de floresta urbana, a

Praça das Nações, além da arborização de ruas com árvores de grande porte,

principalmente Tipuana tipu (Benth.) Kuntze (tipuana).

O ponto P9 (Rua Euclides da Cunha com Rua Padre Agostinho - Bigorrilho)

apresentou temperatura similar à área central. Também neste ponto foi verificada a

menor amplitude térmica média diária nos períodos correspondentes ao verão,

outono e inverno. Sua característica é estar localizado no Setor Especial Estrutural –

SE, com muitos prédios altos e com alto fluxo de veículos, além de estar próximo de

Zona Residencial de Média Densidade - ZR-3 (APÊNDICE 2).

Ao analisar os dados diários de temperatura média verifica-se que o ponto

mais quente, em números absolutos, variou com as estações do ano, porém o ponto

P8 (Rua Cândido Hartmann com Rua Padre Ladislau Kula – Santo Inácio) destacou-

se pelas menores temperaturas (TABELA 8). Além da proximidade com o Parque

Municipal Barigui, já citada, esta região inclui ainda muitos remanescentes florestais

e residências com jardins e quintais, possibilitados pelo zoneamento de uso do solo.

Page 90: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

90

(A) (B)

FIGURA 25 - PERFIL LONGITUDINAL DA TEMPERATURA MÉDIA (A) E UMIDADE RELATIVA DO AR MÉDIA (B) NO TRANSECTO LESTE-OESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011

FONTE: A autora (2012)

No período correspondente ao outono, as maiores diferenças térmicas para

a temperatura máxima absoluta do ar ocorreram entre o ponto P13, caracterizado na

maioria das datas de observação como o mais quente, e os pontos P8 e P12,

respectivamente, de 5,0°C e 6,1°C (TABELA 9). Estas diferenças, inclusive entre

Page 91: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

91

locais próximos, como nos pontos P12 e P13, ressaltam o efeito positivo das

florestas urbanas.

As maiores temperaturas mínimas absolutas foram registradas

principalmente nos pontos P1 e P9, já caracterizados como altamente

impermeabilizados (TABELA 10).

Para a umidade relativa do ar média diária o ponto P10 (Rua Fernando

Moreira com Rua Desembargador Motta – Mercês) destacou-se pelos menores

valores (TABELA 11). Embora este ponto esteja localizado na Rua Fernando

Moreira, que ladeia um canal arborizado (Córrego do Bigorrilho) e está ao lado da

Praça 29 de Março e vários jardinetes, a alta impermeabilização da região, inclusive

nestas áreas verdes, a densidade de construções (Zona Residencial de Média-alta

Densidade - ZR-4) e o grande fluxo de veículos na região devem ser fatores que

contribuem para a menor umidade relativa do ar.

Na estratificação dos dados pelas partes do dia (TABELA 12 e FIGURA 26),

observa-se durante a madrugada temperaturas médias e máximas mais elevadas na

área central do que no ponto P13. Isto reforça que as altas temperaturas

encontradas no bairro Tarumã são resultado da circulação de veículos.

Para a temperatura máxima absoluta do ar, nos períodos correspondentes

ao verão e à primavera, durante a tarde foram encontradas diferenças térmicas de

5°C entre os pontos de monitoramento, estações do ano em que ocorreram as

maiores temperaturas (TABELA 12). Além do ponto P13, destacou-se por maiores

temperaturas o ponto P7 (Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza com Rua Rosa

Kaint Nadolny – Santo Inácio), local também com alta circulação de veículos.

Para a temperatura mínima absoluta do ar, as maiores diferenças foram

observadas na madrugada dos períodos correspondentes no outono e inverno,

respectivamente de 3,3 e 3,5°C, e no período noturno do inverno, de 3,3°C (TABELA

12), nas partes do dia consideradas as ideais para discriminar as ilhas de calor, com

os maiores valores no ponto P1.

Page 92: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 8 - TEMPERATURA MÉDIA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO LESTE-OESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

FONTE: A autora (2012)

Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença

1° 21,9 22,6 (P13) 21,1 (P8) 1,5 16,0 16,8 (P1) 15,5 (P8) 1,3 7,9 8,9 (P11) 7 (P8) 2,0 13,8 14,8 (P13) 13 (P8) 1,7

2° 24,0 24,7 (P13) 23,5 (P7) 1,2 17,7 18,5 (P13) 17,3 (P6) 1,1 10,2 10,8 (P1) 9,7 (P8) 1,1 16,5 17,7 (P13) 15,6 (P8) 2,1

3° 22,3 22,7 (P14) 21,5 (P8) 1,2 19,5 20,3 (P11) 18,7 (P8) 1,5 17,3 17,9 (P11) 16,7 (P14) 1,2 19,3 19,7 (P10) 18,3 (P8) 1,4

4° 22,5 22,8 (P14) 22,0 (P8) 0,8 19,0 19,6 (P16) 18,4 (P14) 1,2 20,4 20,9 (P11) 19,9 (P14) 1,0 19,7 20,3 (P13) 18,9 (P8) 1,4

5° 22,3 22,7 (P13) 21,6 (P8) 1,0 15,4 15,6 (P9, P1) 14,9 (P8) 1,0 19,1 20 (P6) 18 (P14) 2,0 19,5 20,5 (P13) 18,6 (P8) 1,8

6° 22,7 23,1 (P13) 22,1 (P7) 1,0 14,6 15,2 (P1) 14,1 (P8) 1,1 16,0 16,3 (P11) 15,6 (P8) 0,8 21,1 21,9 (P13) 20,0 (P8) 1,9

7° 23,4 23,8 (P14) 22,7 (P8) 1,1 12,3 12,6 (P9, P1) 12,0 (P8) 0,6 13,5 14 (P13) 13,0 (P8) 1,0 22,6 23,4 (P13) 21,6 (P8) 1,8

8° 19,5 19,7 (P13) 19,0 (P8) 0,7 12,1 12,4 (P9, P1) 11,5 (P8) 0,8 15,0 15,7 (P13) 14,5 (P8) 1,2 22,9 23,7 (P13) 21,9 (P8) 1,8

9° 17,6 17,8 (P13) 17,2 (P8) 0,6 11,9 12,4 (P13) 11,3 (P8) 1,0 16,8 17,5 (P11) 16,2 (P8) 1,2 18,7 19,1 (P13) 18,1 (P8) 1,1

10° 20,2 20,7 (P14) 19,5 (P8) 1,2 12,2 13,1 (P13) 11,4 (P7, P8) 1,7 20,7 21,4 (P11) 19,8 (P14) 1,5 16,8 17,3 (P13) 16,1 (P8) 1,1

11° 21,0 21,5 (P13) 20,5 (P8) 1,1 12,5 12,9 (P13) 11,7 (P8) 1,1 15,1 15,9 (P1) 14,7 (P12) 1,2 14,9 15,5 (P13) 14,3 (P8) 1,3

12° 22,4 23,1 (P13) 21,9 (P7) 1,2 13,8 14,3 (P1, P13) 12,9 (P8) 1,5 16,8 17,5 (P13) 16,4 (P12) 1,1 14,5 14,8 (P1) 14,1 (P8) 0,7

13° 21,5 21,9 (P13) 20,8 (P12) 1,2 15,6 16,4 (P13) 14,9 (P8) 1,5 19,2 19,7 (P11) 18,7 (P8) 1,1 13,8 14,0 (P13) 13,4 (P8) 0,6

14° 22,6 23,0 (P13) 21,9 (P12) 1,2 16,5 17,2 (P11) 15,5 (P8) 1,7 21,0 21,7 (P11) 19,3 (P14) 2,4 13,3 13,7 (P9) 12,8 (P8) 0,9

15° 24,6 24,8 (P13) 24,1 (P8) 0,8 17,6 18,7 (P18) 16,7 (P8) 2,0 13,8 14,3 (P9) 13,5 (P7) 0,9 15,9 16,7 (P13) 15,1 (P8) 1,5

16° 22,5 23,0 (P11) 21,9 (P7) 1,1 16,7 17,3 (P1, P13) 16,2 (P8) 1,1 13,9 14,1 (P14) 13,5 (P8) 0,6 15,9 17,1 (P13) 15,1 (P8) 2,0

17° 22,0 22,1 (P11) 21,4 (P7) 0,7 17,5 18,1 (P11) 16,7 (P8) 1,4 12,8 13,2 (P14) 12,2 (P8) 0,9 16,3 17,4 (P13) 15,5 (P8) 1,9

18° 22,1 22,4 (P13) 21,8 (P8) 0,6 17,9 18,7 (P11) 17,0 (P8) 1,7 6,8 7,4 (P1) 6,3 (P8) 1,1 17,3 18,1 (P13) 16,7 (P8) 1,3

19° 21,9 22,4 (P13) 21,5 (P8) 0,9 13,5 13,9 (P9) 13,0 (P8) 0,9 6,7 7,1 (P9) 6,2 (P8) 0,8 20,0 20,8 (P13) 19,3 (P8) 1,5

20° 22,6 23,3 (P13) 21,9 (P8) 1,4 12,8 13,3 (P13) 12,0 (P8) 1,3 10,6 11,0 (P13) 10,2 (P8) 0,8 20,9 21,5 (P11) 19,9 (P8) 1,6

21° 22,0 22,7 (P13) 21,2 (P8) 1,6 10,5 11,2 (P13) 9,4 (P8) 1,8 13,7 14,2 (P13) 13,2 (P8) 1,1 20,2 21,0 (P13) 19,3 (P8) 1,7

22° 18,0 18,3 (P13) 17,3 (P8) 0,9 11,1 11,8 (P1, P13) 10,2 (P8) 1,6 17,2 17,5 (P13) 16,8 (P6) 0,7 20,9 21,2 (P13) 19,9 (P8) 1,3

Diferenças térmicas nos períodos correspondentes as estações do anoDias

de

coleta

Verão Outono Inverno Primavera

Page 93: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 9 - TEMPERATURA MÁXIMA ABSOLUTA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO LESTE-OESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

FONTE: A autora (2012)

Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença

1° 30,4 32,8 (P13) 28,7 (P7) 4,1 18,1 19,4 (P13) 17,5 (P9) 1,9 15,2 17,1 (P11) 13,7 (P6) 3,4 20,4 22,5 (P7) 18,3 (P8) 4,2

2° 31,4 32,8 (P10) 29,5 (P12) 3,3 24,8 27,9 (P13) 22,9 (P9) 5,1 21,8 25,2 (P13) 20,2 (P12) 5,0 26,0 29,1 (P13) 22,9 (P8) 6,2

3° 30,6 31,9 (P7) 29,5 (P12) 2,4 25,6 27,9 (P11) 24,4 (P1) 3,5 27,5 29,5 (P12) 26,3 (P9) 3,2 29,6 31,1 (P13) 27,1 (P8) 4,0

4° 29,1 29,9 (P10) 28,3 (P12) 1,6 24,9 25,6 (P13) 24,4 (P7) 1,2 29,8 31,1 (P11) 28,3 (P9) 2,8 19,7 20,3 (P13) 18,9 (P8) 1,4

5° 28,8 30,3 (P7) 27,5 (P12) 2,8 18,0 19,0 (P13) 17,1 (P8) 1,9 30,1 31,1 (P11) 29,1 (P14) 2,0 28,1 30,7 (P13) 26,0 (P8) 4,8

6° 30,0 30,7 (P13) 29,1 (P12) 1,6 17,5 18,7 (P13) 16,4 (P12) 2,3 21,5 23,2 (P13) 19,8 (P6) 3,4 31,2 34,8 (P7) 27,5 (P8) 7,3

7° 31,9 33,2 (P13) 30,3 (P9) 2,9 14,9 15,2 (P13) 14,5 (P9) 0,8 17,1 18,7 (P13) 16,0 (P7, P8) 2,7 32,6 34,9 (P7) 29,5 (P8) 5,4

8° 24,0 26,3 (P6) 22,1 (P14) 4,3 15,7 17,5 (P13) 14,5 (P8) 3,1 21,3 24,8 (P13) 20,2 (P8) 4,6 31,6 32,8 (P7) 29,9 (P8) 2,9

9° 19,3 19,4 (P6) 18,7 (P8) 0,8 17,7 19,8 (P13) 16,4 (P8) 3,4 25,6 27,5 (P13) 24,0 (P6) 3,5 22,3 23,6 (P6) 21,3 (P8) 2,3

10° 26,4 27,5 (P6) 24,4 (P14) 3,1 19,3 23,6 (P13) 17,5 (P12) 6,1 30,4 31,9 (P11) 29,5 (P9) 2,4 19,4 21,0 (P13) 18,3 (P8) 2,7

11° 27,3 30,3 (P6) 25,6 (P14) 4,8 19,1 21,7 (P13) 18,3 (P12) 3,4 19,5 20,2 (P7, P8) 18,3 (P6) 1,9 17,0 17,9 (P13) 16,4 (P8) 1,5

12° 30,0 32,3 (P10, P13) 28,3 (P14) 4,0 20,2 23,2 (P13) 18,3 (P8) 5,0 26,7 29,9 (P13) 25,2 (P6) 4,7 16,5 17,5 (P1) 16,0 (P8) 1,5

13° 30,6 32,8 (P13) 28,7 (P14) 4,1 22,4 24,4 (P11) 21,3 (P8) 3,1 27,0 28,3 (P11) 25,6 (P9) 2,8 16,9 17,5 (P6) 16,4 (P8) 1,1

14° 31,9 33,6 (P13) 30,3 (P11) 3,3 24,5 26,7 (P13) 23,2 (P9) 3,5 29,0 30,7 (P11) 27,9 (P14) 2,8 17,0 18,3 (P13) 16,0 (P8) 2,3

15° 33,8 35,3 (P13) 32,3 (P12) 2,9 25,4 27,9 (P11) 23,6 (P8) 4,3 15,8 16,4 (P10) 15,2 (P7) 1,2 24,3 27,5 (P13) 21,7 (P8) 5,8

16° 31,6 32,3 (P6) 30,7 (P9) 1,6 21,0 23,6 (P13) 19,8 (P6) 3,8 15,3 16,0 (P14) 14,9 (P7) 1,2 22,7 26,0 (P13) 21,0 (P8) 5,0

17° 30,1 31,5 (P11) 29,1 (P12) 2,4 24,6 26,7 (P11) 23,2 (P9) 3,5 15,4 16,0 (P14) 14,9 (P12) 1,2 23,3 26,7 (P13) 21,0 (P8) 5,8

18° 29,3 30,7 (P6) 27,5 (P8) 3,2 24,8 26,3 (P11) 23,2 (P12) 3,1 12,6 13,7 (P8) 11,4 (P8) 2,3 23,2 24,8 (P13) 21,7 (P14) 3,1

19° 30,3 31,5 (P6) 29,1 (P1) 2,4 15,7 17,1 (P13) 14,9 (P8) 2,3 8,0 8,2 (P9) 7,4 (P8) 0,8 27,1 28,7 (P13) 25,2 (P8) 3,5

20° 28,8 31,1 (P6) 26,7 (P9) 4,4 8,1 9,4 (P1) 7,4 (P7, P8) 2,0 13,7 14,9 (P13) 12,9 (P8) 1,9 27,1 28,3 (P1) 24,8 (P8) 3,5

21° 27,7 29,9 (P10) 25,6 (P12) 4,3 12,8 13,3 (P13) 12,0 (P8) 1,3 17,4 19,0 (P13) 16,8 (P8) 2,3 27,8 30,7 (P7) 24,8 (P8) 5,9

22° 18,3 22,1 (P1) 17,3 (P8) 4,7 10,5 11,2 (P13) 9,4 (P8) 1,8 25,6 27,5 (P13) 24,4 (P9) 3,1 30,3 32,3 (P7) 26,7 (P8) 5,6

Dias

de

coleta

Diferenças térmicas nos períodos correspondentes as estações do ano

Verão Outono Inverno Primavera

Page 94: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 10 - TEMPERATURA MÍNIMA ABSOLUTA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO LESTE-OESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

FONTE: A autora (2012)

Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença

1° 18,2 18,3 (P13) 17,9 (P6, P7) 0,4 14,5 15,2 (P1) 14,1 (P6, P7) 1,1 2,8 3,3 (P1, P11) 2,0 (P6) 1,3 10,0 10,2 (P10, P13) 9,8 (P11, P12) 0,4

2° 18,7 19,4 (P9) 17,9 (P8) 1,5 14,7 15,2 (P1) 14,1 (P8) 1,1 1,9 3,3 (P1) 0,3 (P14) 3,0 9,3 10,2 (P9) 8,6 (P7, P8) 1,6

3° 18,9 19,0 (P9, P13) 18,3 (P8) 0,8 15,9 16,4 (P1) 15,6 (P8) 0,8 9,0 9,8 (P1) 8,2 (P8) 1,6 12,1 12,6 (P9) 11,8 (P14) 0,8

4° 19,0 19,4 (P11) 18,7 (P8) 0,8 15,5 16,8 (P1) 14,5 (P6) 2,3 11,0 12,2 (P1) 9,8 (P14) 2,3 14,1 14,5 (P9) 13,7 (P8) 0,8

5° 17,5 18,3 (P14) 17,1 (P8) 1,1 13,9 14,5 (P9) 13,3 (P8) 1,2 15,0 15,6 (P9) 13,7 (P14) 1,9 13,6 14,9 (P1) 12,9 (P8) 1,9

6° 19,9 20,6 (P1) 19,0 (P8) 1,5 12,6 12,9 (P9) 12,2 (P8) 0,8 12,9 13,3 (P9) 12,6 (P12) 0,8 14,5 14,9 (P1) 13,7 (P8) 1,2

7° 19,4 19,8 (P1) 19,0 (P8) 0,8 10,8 11,4 (P9) 10,2 (P7) 1,2 12,2 12,6 (P9) 11,8 (P12) 0,8 15,1 16,0 (P1) 14,1 (P6) 1,9

8° 16,0 16,4 (P1) 15,2 (P7) 1,2 9,6 10,2 (P9) 9,0 (P7) 1,2 12,2 12,9 (P1) 11,8 (P12) 1,2 16,3 17,1 (P1) 15,2 (P8) 1,9

9° 16,0 16,4 (P1) 15,2 (P7) 1,2 9,6 10,2 (P9) 9,0 (P14) 1,2 11,1 11,4 (P1, P9) 10,6 (P8) 0,8 16,6 17,1 (P1) 16,0 (P8) 1,1

10° 17,4 17,5 (P1) 17,1 (P8) 0,4 7,4 8,2 (P9, P10) 6,6 (P14) 1,6 11,9 13,3 (P1) 10,2 (P14) 3,1 14,7 15,6 (P1) 14,1 (P8) 1,5

11° 17,1 17,5 (P1) 16,8 (P8) 0,8 8,8 9,0 (P1,P9) 8,2 (P7) 0,8 12,4 12,9 (P1) 11,8 (P8) 1,2 13,3 13,7 (P9) 12,9 (P8) 0,8

12° 18,1 18,7 (P1) 17,5 (P6, P7) 1,1 8,2 9,8 (P1) 7,8 (P6, P7) 2,0 12,0 12,6 (P1) 11,4 (P6) 1,2 13,0 13,3 (P9) 12,9 (P8) 0,4

13° 17,6 17,9 (P1) 16,8 (P12) 1,1 11,7 12,6 (P1) 11,0 (P14) 1,6 12,5 12,9 (P7) 11,8 (P14) 1,2 10,5 11,0 (P9) 10,2 (P8) 0,8

14° 16,3 17,1 (P1) 16,0 (P6, P7, P12) 1,1 10,8 11,4 (P1) 9,8 (P14) 1,6 14,6 15,6 (P6) 11,8 (P14) 3,9 10,6 11,0 (P9) 10,2 (P7) 0,8

15° 19,7 20,2 (P1) 19,0 (P6, P7) 1,2 11,0 12,6 (P1) 9,4 (P14) 3,1 12,2 12,9 (P1) 11,8 (P8) 1,2 9,2 9,8 (P9) 9,0 (P6) 0,8

16° 17,9 18,7 (P1) 16,8 (P14) 1,9 14,2 15,2 (P1) 13,3 (P7) 1,9 12,3 12,6 (P1) 11,8 (P8) 0,8 11,0 11,4 (P9, P13) 10,2 (P6) 1,2

17° 18,5 19,0 (P1) 17,9 (P7) 1,1 12,5 13,3 (P1) 11,4 (P6) 1,9 7,4 7,8 (P1) 6,6 (P8) 1,2 10,9 11,8 (P9, P13) 10,2 (P6) 1,6

18° 18,3 18,7 (P9, P10) 17,9 (P11) 0,8 13,8 14,9 (P1) 12,6 (P14) 2,3 2,5 3,3 (P1) 1,6 (P8) 1,7 12,5 12,9 (P9) 11,4 (P6) 1,6

19° 18,9 19,4 (P13, P14) 18,7 (P6, P7) 0,8 12,1 12,6 (P1) 11,8 (P12) 0,8 5,5 5,8 (P1) 5,0 (P8) 0,8 14,3 14,5 (P9) 14,1 (P8) 0,4

20° 19,1 19,8 (P1) 18,7 (P7, P8) 1,2 8,1 9,4 (P1) 7,4 (P12) 2,0 7,4 7,8 (P1) 7,0 (P8) 0,8 17,8 17,9 (P9) 17,5 (P7) 0,4

21° 17,9 18,7 (P9) 17,5 (P7, P8) 1,1 8,1 9,4 (P1) 7,4 (P12) 2,0 10,7 11,0 (P9) 10,2 (P8) 0,8 15,2 16,0 (P9) 14,5 (P8) 1,5

22° 16,0 16,4 (P1, P9, P10) 15,6 (P7, P8) 0,8 5,4 6,6 (P1) 3,7 (P6) 2,9 13,4 13,7 (P1) 12,9 (P8) 0,8 14,9 15,2 (P9, P13) 14,5 (P6, P8) 0,8

Dias

de

coleta

Diferenças térmicas nos períodos correspondentes as estações do ano

Verão Outono Inverno Primavera

Page 95: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 11 - UMIDADE RELATIVA DO AR MÉDIA E DIFERENÇAS HIGROMÉTRICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO LESTE-OESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

FONTE: A autora (2012)

Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença

1° 87 93 (P8) 81 (P13) 12 87 91 (P8) 84 (P1) 7 57 61 (P7) 52 (P12) 9 72 75 (P14) 69 (P10) 6

2° 75 80 (P7) 69 (P13) 11 79 81 (P8) 77 (P13) 5 70 74 (P8) 68 (P10) 6 65 68 (P8) 62 (P10) 7

3° 86 91 (P8) 83 (P14) 8 77 81 (P8) 74 (P12) 7 61 65 (P14) 58 (P6) 7 63 67 (P8) 59 (P10) 8

4° 84 87 (P8) 82 (P13) 5 81 85 (P8) 78 (P10) 7 57 61 (P14) 53 (P12) 8 68 71 (P8) 64 (P10) 8

5° 81 85 (P8) 76 (P13) 9 84 87 (P8) 81 (P10) 6 72 78 (P14) 67 (P6) 11 68 72 (P8) 65 (P10) 7

6° 84 89 (P7) 81 (P13) 9 84 87 (P8) 81 (P10) 5 89 91 (P8) 86 (P10) 5 62 66 (P8) 59 (P10) 7

7° 78 81 (P8) 75 (P13) 6 97 100 (P6, P7) 95 (P1) 5 90 93 (P7) 86 (P10) 8 58 61 (P8) 56 (P10) 5

8° 97 100 (P8) 95 (P13) 5 91 95 (P7) 88 (P10) 7 81 84 (P8) 78 (P10) 6 61 64 (P8) 58 (P10) 7

9° 99 100 (P6) 98 (P13) 2 81 84 (P8) 78 (P10) 6 71 76 (P8) 67 (P12) 9 91 96 (P8) 89 (P10) 8

10° 90 100 (P8) 87 (P9, P13) 13 77 81 (P7) 73 (P10) 8 61 65 (P14) 58 (P12) 6 89 94 (P8) 86 (P10) 7

11° 86 100 (P14) 82 (P13) 18 81 84 (P8) 78 (P10) 7 83 86 (P14) 79 (P1) 7 89 93 (P8) 86 (P10) 7

12° 82 99 (P7) 75 (P10) 24 80 84 (P7) 77 (P10) 7 78 81 (P14) 75 (P10) 6 97 98 (P8) 95 (P10) 4

13° 85 100 (P14) 82 (P10) 17 80 83 (P8) 78 (P12) 5 64 67 (P8) 61 (P10) 6 97 98 (P8) 59 (P10) 3

14° 82 100 (P8) 77 (P6) 22 73 79 (P8) 70 (P10) 8 47 60 (P14) 44 (P1) 17 88 91 (P8) 84 (P10) 7

15° 71 84 (P8) 67 (P10) 17 71 76 (P8) 67 (P10) 9 86 91 (P7) 28 (P10) 9 73 76 (P8) 69 (P10) 7

16° 82 87 (P6) 77 (P13) 10 85 88 (P7) 83 (P12) 6 99 100 (P8) 98 (P1) 2 71 75 (P8) 66 (P10) 9

17° 84 92 (P7) 81 (P11) 11 78 82 (P8) 76 (P10) 6 82 87 (P7) 78 (P10) 9 65 69 (P8) 61 (P10) 7

18° 86 100 (P7) 83 (P12) 17 73 77 (P8) 70 (P10) 7 76 80 (P8) 72 (P10) 8 71 74 (P8) 66 (P10) 8

19° 89 100 (P1) 86 (P13) 13 88 90 (P8) 85 (P10) 5 97 99 (P8) 95 (P10) 4 72 76 (P8) 68 (P10) 8

20° 84 99 (P8) 80 (P13) 19 71 74 (P8) 68 (P10) 6 95 97 (P7) 93 (P10) 5 70 74 (P8) 66 (P10) 8

21° 79 86 (P14) 75 (P10) 12 77 80 (P8) 73 (P10) 8 88 91 (P8) 85 (P10) 6 67 71 (P8) 64 (P10) 7

22° 84 90 (P8) 82 (P10) 9 77 81 (P8) 74 (P10) 8 82 86 (P7) 79 (P12) 6 71 75 (P8) 67 (P10) 8

Diferenças higrométricas nos períodos correspondentes as estações do anoDias

de

coleta

Verão Outono Inverno Primavera

Page 96: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 12 - TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA DO AR OBSERVADAS NO TRANSECTO LESTE-OESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011 ESTRATIFICADAS PARA AS PARTES DO DIA

continua

P6 P7 P8 P9 P10 P1 P11 P12 P13 P14 P6 P7 P8 P9 P10 P1 P11 P12 P13 P14

Verão 18,7 18,6 18,5 19,2 19,0 19,3 19,0 18,8 19,0 19,0 1,1 94 95 95 91 92 92 92 92 92 93 4

Outono 12,1 12,1 12,0 12,7 12,5 13,1 12,6 12,3 12,4 12,2 1,3 91 92 93 89 88 88 90 90 90 91 5

Inverno 11,5 11,4 11,2 11,8 11,6 12,2 11,7 11,4 11,4 11,2 1,3 86 88 88 85 84 84 86 85 87 89 5

Primavera 13,7 13,7 13,6 14,4 14,1 14,4 14,1 13,8 14,1 13,9 1,0 90 91 92 87 86 87 88 88 89 90 5

Verão 22,0 21,8 21,4 22,0 22,4 21,9 22,2 22,0 22,9 22,8 1,5 82 84 85 82 79 81 80 79 77 79 8

Outono 14,4 14,1 13,6 14,4 15,0 14,8 14,8 14,3 14,8 14,2 1,7 84 86 88 83 80 82 83 82 82 85 9

Inverno 14,2 14,2 13,7 13,9 14,6 14,0 14,3 14,0 14,2 13,9 1,1 78 79 80 79 74 78 78 76 78 80 6

Primavera 18,5 18,0 17,3 17,7 18,5 18,1 18,3 18,1 19,3 18,9 2,0 72 75 76 74 68 72 71 69 68 71 9

Verão 25,9 25,3 25,1 25,1 25,9 25,5 25,4 25,0 26,2 25,3 1,6 64 67 67 66 63 64 65 65 61 66 6

Outono 18,5 18,3 17,7 18,5 18,7 18,6 18,8 18,4 19,8 18,5 2,1 63 63 66 62 59 61 62 61 57 64 8

Inverno 18,8 19,0 18,6 18,9 19,1 19,0 19,3 18,9 19,6 18,9 1,3 62 62 63 60 58 60 61 59 58 62 9

Primavera 22,8 23,3 21,5 22,9 23,3 23,3 22,1 22,2 24,1 22,4 2,6 53 54 58 53 50 52 56 53 50 56 5

Verão 20,2 19,9 20,0 20,6 20,5 20,7 20,3 20,3 20,7 20,4 1,1 90 91 90 87 88 88 89 87 87 89 5

Outono 13,7 13,5 13,4 14,5 14,1 14,6 14,0 14,0 14,2 13,8 1,3 86 87 87 82 82 82 85 83 84 86 6

Inverno 14,2 13,9 13,8 14,7 14,3 15,0 14,5 14,5 14,6 14,3 1,3 81 83 83 79 78 78 80 78 80 83 6

Primavera 16,7 16,6 16,3 17,4 16,9 17,2 16,6 16,6 17,0 16,4 1,1 81 82 83 78 77 78 82 79 80 83 6

Verão 21,3 21,3 21,3 22,1 21,7 22,1 21,7 21,3 21,7 21,3 1,2 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Outono 17,5 17,5 17,5 17,5 17,9 19,0 18,7 18,3 17,9 17,9 1,9 100 100 100 99 99 99 100 100 100 100 1

Inverno 18,7 18,3 17,9 19,0 17,5 19,4 18,7 19,0 19,0 17,5 2,3 100 100 100 100 99 100 100 100 100 100 1

Primavera 19,4 19,0 19,0 20,2 19,4 19,4 19,0 18,7 18,3 18,3 1,9 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Verão 30,3 30,3 30,3 30,3 29,9 28,3 29,9 29,1 31,5 31,1 3,2 100 100 100 99 100 100 100 100 100 100 1

Outono 24,8 24,8 22,9 23,2 25,2 24,4 24,8 24,4 25,2 23,2 3,5 100 100 100 100 99 99 100 100 100 100 2

Inverno 28,7 29,1 27,9 28,3 28,7 28,3 29,9 28,7 27,9 27,9 2,8 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Primavera 29,5 30,7 28,7 29,5 30,3 28,3 29,9 29,5 30,3 30,7 2,8 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Verão 33,6 34,9 33,6 32,3 34,4 33,2 34,0 33,2 35,3 34,4 5,0 100 100 100 99 100 100 99 100 99 100 1

Outono 25,6 25,2 24,4 25,2 26,3 25,2 27,9 27,5 27,9 25,6 3,5 100 100 100 99 98 98 98 98 100 98 2

Inverno 29,9 31,1 30,3 29,5 30,7 29,9 31,9 31,5 31,1 31,1 2,4 100 100 100 100 100 99 100 100 100 100 1

Primavera 31,5 34,9 29,9 32,8 33,2 32,8 31,9 32,8 34,4 32,8 5,0 99 99 99 99 98 100 99 95 99 99 5

Verão 28,7 26,3 27,1 26,3 26,7 26,7 26,7 26,7 27,5 27,5 2,4 100 100 100 99 100 100 99 100 100 100 1

Outono 21,7 20,6 21,0 22,5 22,1 22,9 22,5 22,1 22,1 22,1 2,3 100 100 99 98 98 98 99 99 99 99 2

Inverno 25,2 24,8 25,2 25,6 25,2 25,6 25,6 25,2 25,6 26,0 1,2 100 100 100 100 99 99 100 99 100 100 2

Primavera 28,7 27,1 27,5 28,3 27,5 27,9 25,6 25,6 29,1 26,0 3,5 99 100 100 99 99 99 100 99 100 100 2

Madrugada

Manhã

Tarde

Noite

Madrugada

Manhã

Tarde

Noite

Temperatura máxima absoluta do ar (°C) Umidade relativa máxima absoluta do ar (%)

PeríodosPontos de monitoramento Diferença

térmica

Pontos de monitoramento Diferença

higrométrica

Temperatura média do ar (°C) Umidade relativa média do ar (%)

Page 97: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 12 - TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA DO AR OBSERVADAS NO TRANSECTO LESTE-OESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011 ESTRATIFICADAS PARA AS PARTES DO DIA

conclusão FONTE: A autora (2012)

P6 P7 P8 P9 P10 P1 P11 P12 P13 P14 P6 P7 P8 P9 P10 P1 P11 P12 P13 P14

Verão 15,6 15,2 15,6 16,4 16,0 16,4 16,0 16,0 16,0 16,0 1,2 47 46 50 42 42 40 37 38 39 44 12

Outono 3,7 4,2 4,6 5,0 5,0 6,6 6,2 5,4 5,0 4,6 3,3 40 47 46 50 42 42 42 37 38 39 12

Inverno 2,5 1,6 0,7 2,5 2,9 3,7 2,5 2,0 1,6 0,3 3,5 40 41 46 39 42 37 37 36 39 44 10

Primavera 9,0 8,6 8,6 9,8 9,0 9,0 9,4 8,6 9,0 9,0 1,6 40 47 46 50 42 42 42 37 38 39 12

Verão 16,4 16,0 16,0 16,8 16,4 16,8 16,4 16,0 16,4 16,0 1,1 42 45 48 46 43 48 44 45 41 44 7

Outono 4,2 5,0 5,0 5,8 6,2 6,6 6,2 5,8 5,8 5,4 2,9 46 43 53 50 40 42 39 42 42 45 14

Inverno 2,0 1,6 1,2 2,9 2,5 3,3 2,0 1,6 1,6 1,2 2,1 24 24 25 25 24 23 24 24 24 26 2

Primavera 9,8 8,6 9,0 10,2 9,8 10,2 10,2 9,8 9,4 9,4 2,0 26 30 31 27 26 28 28 27 25 25 6

Verão 17,9 17,5 17,5 18,3 17,9 18,3 17,5 16,8 17,1 17,5 1,5 29 29 29 29 27 26 27 26 25 27 4

Outono 11,8 11,4 11,4 12,2 12,2 11,8 11,8 11,4 11,8 11,8 0,8 35 30 29 28 27 32 28 28 28 32 8

Inverno 6,6 6,2 6,2 7,0 6,6 6,6 6,2 6,2 7,0 6,6 0,8 27 25 27 26 24 25 24 24 24 25 4

Primavera 14,1 13,7 13,3 14,1 13,7 13,7 13,7 13,7 14,1 13,7 0,8 24 24 25 24 24 24 24 24 24 24 1

Verão 15,6 15,2 15,6 16,4 16,0 16,4 16,0 16,0 16,0 16,0 1,2 52 54 55 49 45 48 51 52 52 53 10

Outono 7,4 7,0 6,6 8,2 7,8 9,0 7,8 7,0 7,4 7,0 2,4 52 60 58 50 47 48 51 48 48 58 13

Inverno 4,6 3,7 3,3 4,2 4,6 6,2 5,4 5,0 5,0 3,7 3,3 40 42 42 38 37 37 36 35 36 38 8

Primavera 10,6 10,2 10,2 11,0 10,6 10,6 10,6 10,2 10,6 10,6 0,8 25 27 27 25 34 32 33 34 33 35 10

Verão 5,7 6,1 5,7 5,7 5,7 5,7 5,7 5,3 5,7 5,3 _ 53 54 51 58 59 60 63 62 61 57 _

Outono 13,8 13,4 13,0 12,5 12,9 12,4 12,4 12,9 12,9 13,3 _ 60 53 54 50 58 58 59 63 62 61 _

Inverno 16,2 16,7 17,2 16,6 14,6 15,7 16,2 17,0 17,4 17,2 _ 60 60 54 61 58 63 63 64 61 57 _

Primavera 10,4 10,4 10,4 10,4 10,4 10,4 9,6 10,0 9,3 9,3 _ 60 53 54 51 58 58 59 63 62 61 _

Verão 13,9 14,3 14,3 13,6 13,5 11,6 13,5 13,1 15,1 15,1 _ 58 55 52 54 57 52 56 55 59 56 _

Outono 20,6 19,8 17,9 17,4 19,0 17,8 18,6 18,6 19,4 17,8 _ 54 57 47 50 59 57 61 58 58 55 _

Inverno 26,7 27,5 26,7 25,4 26,2 25,0 27,9 27,1 26,3 26,7 _ 77 76 75 76 77 77 77 77 76 74 _

Primavera 19,7 22,1 19,7 19,3 20,5 18,1 19,7 19,7 20,9 21,3 _ 74 71 70 73 74 72 72 73 75 75 _

Verão 15,7 17,3 16,1 14,1 16,5 14,9 16,5 16,4 18,1 16,9 _ 72 71 71 70 73 74 73 74 74 73 _

Outono 13,8 13,8 13,0 13,0 14,2 13,4 16,1 16,1 16,1 13,8 _ 65 70 71 71 71 66 70 70 73 66 _

Inverno 23,3 24,9 24,1 22,5 24,1 23,3 25,7 25,3 24,1 24,5 _ 73 75 73 74 76 73 76 77 76 75 _

Primavera 17,4 21,2 16,6 18,7 19,5 19,1 18,2 19,1 20,3 19,1 _ 75 76 75 75 75 76 75 71 75 75 _

Verão 13,1 11,1 11,5 10,0 10,7 10,4 10,7 10,7 11,5 11,5 _ 48 46 45 51 55 52 48 48 48 47 _

Outono 14,3 13,5 14,3 14,3 14,3 13,8 14,7 15,1 14,7 15,1 _ 48 40 40 48 52 50 48 50 51 41 _

Inverno 20,6 21,1 21,9 21,4 20,6 19,3 20,2 20,2 20,6 22,2 _ 61 58 58 62 62 61 64 64 64 62 _

Primavera 18,1 16,9 17,3 17,3 16,9 17,3 15,0 15,4 18,5 15,4 _ 74 73 73 74 64 67 67 64 68 65 _

Manhã

Tarde

Noite

Manhã

Tarde

Noite

Amplitude térmica absoluta do ar (°C) Amplitude higrométrica absoluta do ar (%)

Madrugada

Diferença

térmica

Pontos de monitoramento Diferença

higrométrica

Temperatura mínima absoluta do ar (°C) Umidade relativa mínima absoluta do ar (%)

Madrugada

PeríodosPontos de monitoramento

Page 98: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

98

FIGURA 26 - PERFIL LONGITUDINAL DA TEMPERATURA MÉDIA DO AR (A) E UMIDADE RELATIVA MÉDIA DO AR (B) ESTRATIFICADO PARA AS PARTES DO DIA NO TRANSECTO LESTE-OESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011

FONTE: A autora (2012)

Page 99: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

99

4.2.3 Variação Termo-higrométrica no Transecto Noroeste-Sudeste

No transecto noroeste-sudeste, para a temperatura média foram

encontradas diferenças entre 1,5°C (primavera) e 1,7°C (outono) entre os pontos de

monitoramento (TABELA 13). O ponto P3 (Rua André de Barros com Rua Barão do

Rio Branco - Centro) caracterizou-se como o local de maior temperatura (média,

máxima e mínima) neste transecto, justamente o ponto localizado em área central

consolidada, altamente impermeabilizada e com grande circulação de veículos. Já

as menores temperaturas ocorreram nos pontos P29 (Rua Fredolin Wolf com Rua

Saturnino de Miranda – Lamenha Pequena), P30 (Rua José Vale – São João) e P31

(Rua Jacarezinho com Rua Solimões – Vista Alegre), localizados na porção noroeste

do município, em áreas residenciais e na região que concentra a maior quantidade

de cobertura vegetal, conforme Vieira (2006). Além disso, apresentam maior altitude

em relação aos demais pontos (APÊNDICE 2).

Para a temperatura máxima absoluta as diferenças extremas variaram de

2°C no inverno a 4,1°C na primavera (TABELA 13), destacando-se pelas maiores

temperaturas os pontos P5 (Rua Inácio Lustosa com Rua João Manoel – São

Francisco) e P32 (Rua Guabirotuba com Rua Imaculada Conceição – Prado Velho),

ambos em Zona Residencial de Média Densidade (ZR-3).

No período do inverno foram medidas temperaturas negativas (mínimas

absolutas) de -0,2°C nos pontos P30 (Rua José Valle – São João) e P34 (Rua

Salgado Filho com João Antonio Prosdócimo – Jardim das Américas) e de -0,6°C no

ponto P35 (Rua Velci Bolívar Grando com Rua Amauri Mauad Gueiros – Uberaba),

em ambos os extremos deste transecto (TABELA 13), áreas com menos

impermeabilização.

As menores amplitudes térmicas absolutas ocorreram no ponto P1 no verão,

outono e inverno, enquanto as menores amplitudes térmicas médias diárias no ponto

P31 em todas as estações do ano (TABELA 13).

Para a umidade relativa do ar ocorreram pequenas diferenças higrométricas

entre os pontos de monitoramento (TABELA 13). O ponto P3 apresentou menor

valor de umidade relativa do ar média.

Page 100: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 13 - TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA DO AR OBSERVADAS NO TRANSECTO NOROESTE-SUDESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011

FONTE: A autora (2012)

P29 P30 P31 P5 P1 P3 P32 P33 P34 P35 P29 P30 P31 P5 P1 P3 P32 P33 P34 P35

Verão 21,1 20,9 20,9 21,9 21,9 22,5 21,9 21,6 21,6 21,8 1,6 84 85 86 82 82 78 83 83 83 83 7

Outono 14,1 14,0 14,3 15,2 15,3 15,7 15,2 15,0 14,8 14,9 1,7 78 83 83 80 79 77 79 81 80 82 6

Inverno 14,3 14,1 14,3 14,9 15,0 15,5 14,9 14,8 14,6 14,5 1,4 73 78 78 77 75 73 76 77 77 80 7

Primavera 17,5 17,2 17,2 18,0 18,3 18,6 18,1 18,1 17,9 17,9 1,5 70 77 78 75 73 71 73 75 73 76 7

Verão 32,8 31,9 31,9 34,9 33,2 34,4 34,4 33,6 33,6 33,6 2,9 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Outono 26,3 25,2 24,0 26,3 25,2 26,7 27,5 26,7 25,6 27,1 3,5 98 99 100 100 99 100 100 100 100 100 2

Inverno 29,5 29,5 29,5 30,3 29,9 31,5 30,3 31,1 31,1 30,7 2,0 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Primavera 32,8 30,3 30,7 33,2 32,8 34,0 34,0 31,9 32,8 34,4 4,1 100 100 98 100 100 100 100 100 100 100 2

Verão 15,6 15,6 14,9 16,0 16,4 16,4 16,0 16,0 16,0 15,6 1,5 29 29 31 25 26 25 29 29 29 29 6

Outono 2,5 3,3 5,0 6,2 6,6 7,0 4,6 5,4 4,6 3,3 4,6 26 33 34 27 32 26 28 30 34 33 8

Inverno 1,2 -0,2 2,0 2,9 3,3 3,3 1,2 1,6 -0,2 -0,6 3,9 24 24 24 23 23 24 24 24 24 24 1

Primavera 8,2 7,8 8,6 9,8 9,0 9,8 9,4 9,4 9,0 9,4 2,0 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 1

Verão 17,1 16,3 17,1 18,9 16,8 18,1 18,4 17,6 17,6 18,0 _ 71 71 70 75 74 75 71 71 71 71 _

Outono 23,9 21,9 19,0 20,1 18,6 19,7 23,0 21,3 21,0 23,8 _ 72 66 66 73 67 74 72 70 66 67 _

Inverno 28,3 29,7 27,5 27,4 26,6 28,2 29,1 29,5 31,3 31,3 _ 77 76 76 77 77 76 76 76 76 76 _

Primavera 24,5 22,5 22,1 23,4 23,7 24,2 24,6 22,5 23,7 25,0 _ 76 76 75 76 76 76 76 76 76 76 _

Verão 27,9 27,4 26,9 29,0 28,5 29,6 28,8 28,4 28,4 28,7 2,7 99 99 98 98 98 97 98 98 99 99 2

Outono 18,8 18,1 18,3 19,9 19,4 20,5 20,3 19,9 19,1 19,7 2,4 94 97 98 97 94 94 96 97 96 98 4

Inverno 20,8 20,5 20,0 21,4 20,8 22,1 21,4 21,6 21,8 21,5 2,1 96 96 91 96 92 93 95 95 96 98 6

Primavera 23,8 23,0 23,1 24,0 24,9 25,0 24,2 24,4 24,5 24,5 2,0 97 97 92 96 93 93 95 95 94 96 5

Verão 17,6 17,4 17,5 18,2 18,4 18,7 18,2 18,0 18,0 18,1 1,3 52 54 56 49 50 45 50 50 50 51 11

Outono 10,3 10,3 11,1 11,6 12,1 12,3 11,4 11,5 11,1 11,0 2,1 51 58 59 51 54 48 52 52 54 55 10

Inverno 9,7 9,5 9,9 10,4 10,7 10,8 10,0 10,2 9,7 9,7 1,3 56 55 56 51 51 48 51 52 50 52 8

Primavera 12,4 12,3 12,7 13,4 13,6 13,8 13,3 13,3 13,1 13,0 1,5 44 49 50 47 45 44 46 47 44 46 7

Verão 10,4 10,0 9,4 10,8 10,1 10,9 10,6 10,4 10,5 10,6 _ 46 45 42 49 48 52 48 48 48 48 _

Outono 8,5 7,9 7,2 8,3 7,3 8,2 8,9 8,4 8,0 8,8 _ 43 40 39 46 40 46 45 45 42 43 _

Inverno 11,1 11,0 10,1 11,0 10,2 11,3 11,4 11,4 12,1 11,7 _ 40 41 35 44 41 45 44 43 46 45 _

Primavera 11,3 10,7 10,4 10,6 11,3 11,2 10,9 11,0 11,4 11,5 _ 53 48 42 49 49 50 49 48 50 50 _

Média das máximas diárias de temperatura do ar (°C) Média das máximas diárias de umidade relativa do ar (%)

Média das mínimas diárias de temperatura do ar (°C) Médias das mínimas diárias de umidade relativa do ar (%)

Amplitude térmica média diária (°C) Amplitude higrométrica média diária (%)

Temperatura máxima absoluta do ar (°C) Umidade relativa máxima absoluta do ar (%)

Temperatura mínima absoluta do ar (°C) Umidade relativa mínima absoluta do ar (%)

Amplitude térmica absoluta (°C) Amplitude higrométrica absoluta (%)

PeríodoPontos de monitoramento Diferença

térmica

Pontos de monitoramento Diferença

higrométrica

Temperatura média do ar (°C) Umidade relativa do ar (%)

Page 101: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

101

Pelo perfil da temperatura e umidade relativa do ar média (FIGURA 27), as

menores temperaturas e a maior umidade relativa do ar foram encontradas nos

pontos extremos do lado noroeste, como já citado, com maior cobertura vegetal, nos

pontos P30 e P31, respectivamente, próximos ao Parque Municipal Tingui e o

Bosque Gutierrez.

No lado sudeste não houve a mesma intensidade de redução de

temperatura na área limítrofe, principalmente no ponto P35 (Rua Velci Bolívar

Grando com Rua Amauri Mauad Gueiros – Uberaba). Esperava-se uma maior

redução de temperatura neste ponto por estar relativamente próximo (cerca de 1 km)

do Parque Municipal Iguaçu (com área de 8.264.316 m²), o que não ocorreu. Isto

pode ser explicado pelo ponto P35 estar localizado em Setor Especial de Habitação

de Interesse Social – SEHIS, referente a conjunto habitacional com tamanho de lote

reduzido (APÊNDICE 2), com pouca arborização de ruas e ausências de praças com

árvores. Outro fator é a continuidade da área urbana para fora dos limites de Curitiba

pela conurbação com o município de São José dos Pinhais, pelas Avenidas das

Torres e Rui Barbosa, conforme Pilotto (2010).

Na maioria das datas de monitoramento, a maior temperatura média do ar

ocorreu no ponto P3, e as menores temperaturas médias nos pontos P29, P30 e

P31 (TABELA 14), semelhantemente aos resultados de todo o período de

observação.

Para a temperatura máxima absoluta diária, além do ponto P3, os pontos

P31, P32, P33, P34 e P35 foram os mais quentes em determinadas datas de coleta,

todos localizados na porção sudeste deste transecto. Já os pontos P29, P30 e P31,

no outro extremo do transecto, caracterizaram-se como de menor temperatura

máxima (TABELA 15) e, também, de menor temperatura mínima (TABELA 16).

Para a umidade relativa do ar, os pontos com maior e com menor valor

variaram com as estações do ano (TABELA 17). No período correspondente ao

inverno, verificou-se que o ponto P29, que nas outras estações caracterizou-se

como de maior umidade relativa do ar, foi o de menor valor na maioria das datas de

monitoramento. Este comportamento diferenciado está relacionado às condições

sinóticas neste período.

Page 102: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

102

(A) (B)

FIGURA 27 - PERFIL LONGITUDINAL DA TEMPERATURA MÉDIA (A) E DA UMIDADE RELATIVA DO AR MÉDIA (B) NO TRANSECTO NOROESTE-SUDESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011

FONTE: A autora (2012)

Page 103: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 14 - TEMPERATURA MÉDIA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO NOROESTE-SUDESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

FONTE: A autora (2012)

Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença

1° 21,5 22,6 (P3) 20,6 (P31) 2,0 15,9 16,8 (P1) 15,0 (P30) 1,8 7,8 8,9 (P3) 6,7 (P29) 2,1 13,6 14,4 (P1) 12,7 (P30) 1,7

2° 23,7 24,8 (P3) 22,6 (P29) 2,3 17,6 18,3 (P3) 16,8 (P31) 1,4 10,1 11,4 (P3) 9,0 (P30) 2,4 16,3 17,0 (P3) 15,7 (P31) 1,4

3° 22,2 23,1 (P3) 21 (P29) 2,1 19,6 20,4 (P3) 18,6 (P29) 1,9 17,2 18,3 (P3) 16,6 (P30) 1,6 19,2 20,2 (P3) 18,4 (P31) 1,8

4° 22,4 23,2 (P3) 21,5 (P29) 1,7 18,9 20,0 (P3) 18,2 (P30) 1,8 20,0 21,1 (P3) 19,4 (P34) 1,7 19,8 20,6 (P3) 19,0 (P31) 1,6

5° 22,2 23,1 (P35) 21,1 (P31) 2,0 15,3 16,0 (P3) 14,6 (P30) 1,5 18,8 19,7 (P3) 17,5 (P35) 2,2 19,3 20,5 (P3) 18,6 (P30) 1,9

6° 22,5 23,5 (P3) 21,3 (P29) 2,2 14,6 15,2 (P3) 13,8 (P30) 1,3 16,1 16,7 (P3) 15,4 (P30) 1,3 20,9 21,6 (P3) 20,1 (P31) 1,5

7° 23,2 24,2 (P3) 22,2 (P29) 1,9 12,4 12,8 (P3) 11,8 (P31) 0,9 13,5 14,1 (P3) 12,7 (P30) 1,4 22,5 23,3 (P3) 21,7 (P31) 1,6

8° 19,3 20,0 (P3) 18,7 (P29) 1,3 12,2 12,9 (P3) 11,4 (P30) 1,5 15,0 15,7 (P3) 14,2 (P30) 1,5 22,9 23,8 (P3) 21,8 (P30) 1,9

9° 17,7 18,1 (P35) 17,2 (P30) 0,9 11,9 12,7 (P3) 11,2 (P30) 1,5 16,8 17,8 (P3) 15,7 (P29) 2,1 18,7 19,2 (P1) 18,0 (P30) 1,2

10° 20,1 21,0 (P35) 19,3 (P29) 1,7 12,1 12,8 (P3) 11,1 (P30) 1,7 20,6 21,6 (P1) 19,7 (P35) 1,9 16,7 17,5 (P3) 16,1 (P30) 1,4

11° 20,9 21,7 (P3) 20,2 (P30) 1,5 12,5 13,3 (P3) 11,6 (P30) 1,7 15,1 15,9 (P3) 14,4 (P30) 1,5 14,9 15,5 (P3) 14,0 (P30) 1,5

12° 22,3 23,1 (P3) 21,7 (P29) 1,3 13,9 14,7 (P3) 12,8 (P30) 1,9 16,8 17,8 (P3) 16,3 (P35) 1,5 14,5 14,9 (P3) 14,0 (P30) 0,9

13° 21,3 21,9 (P3) 20,3 (P29) 1,6 15,7 16,4 (P3) 14,8 (P30) 1,6 19,1 20,1 (P3) 18,2 (P29) 1,9 13,7 14,2 (P3) 13,2 (P30, P31) 1,0

14° 22,3 23,4 (P3) 21,7 (P33) 1,7 16,5 17,5 (P3) 15,5 (P30) 2,0 20,6 21,8 (P3) 19,2 (P35) 2,6 13,3 14,0 (P3) 12,6 (P31) 1,4

15° 24,1 25,4 (P3) 23,5 (P29) 1,8 17,6 18,6 (P3) 16,7 (P29) 1,9 13,9 14,5 (P3) 13,2 (P29) 1,3 15,8 17,0 (P3) 15,0 (P30) 1,9

16° 22,2 23,5 (P3) 21,3 (P29) 2,2 16,7 17,5 (P3) 15,8 (P30) 1,8 13,9 14,3 (P3) 13,4 (P35) 1,0 15,8 16,6 (P3) 14,9 (P30) 1,8

17° 21,8 22,7 (P3) 21,2 (P29) 1,4 17,6 18,7 (P3) 16,7 (P31) 1,9 12,9 13,4 (P3) 12,2 (P30) 1,2 16,0 16,8 (P3) 15,4 (P30) 1,5

18° 21,9 22,5 (P3) 21,4 (P30) 1,1 18,0 19,1 (P32) 17,0 (P30) 2,1 6,8 7,7 (P3) 6,1 (P30) 1,6 17,2 17,8 (P3) 16,4 (P29) 1,4

19° 21,7 22,3 (P3) 21,1 (P29) 1,2 13,4 14,1 (P3) 12,9 (P30) 1,1 6,6 7,2 (P3) 6,1 (P30, P31) 1,0 19,9 20,7 (P3) 19,1 (P31) 1,5

20° 22,4 23,4 (P3) 21,6 (P29) 1,7 12,7 13,6 (P3) 11,8 (P29) 1,8 10,6 11,0 (P3) 10,0 (P31) 1,0 21,1 21,8 (P3) 20,1 (P30) 1,8

21° 21,8 22,9 (P3) 20,4 (P29) 2,5 10,6 11,9 (P3) 9,0 (P29) 3,0 13,7 14,3 (P3) 12,9 (P30) 1,4 20,0 20,8 (P3) 19,4 (P31) 1,4

22° 17,8 18,8 (P3) 16,5 (P29) 2,3 11,1 12,1 (P3) 10,1 (P30) 2,0 17,1 17,9 (P3) 16,3 (P30) 1,6 20,9 21,7 (P3) 20,1 (P31) 1,6

Diferenças térmicas nos períodos correspondentes as estações do anoDias

de

coleta

Verão Outono Inverno Primavera

Page 104: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 15 - TEMPERATURA MÁXIMA ABSOLUTA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO NOROESTE-SUDESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

FONTE: A autora (2012)

Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença

1° 29,8 31,9 (P3) 28,3 (P31) 3,6 18,0 19,0 (P1, P3) 17,1 (P29, P30) 1,9 15,0 17,14 (P34) 12,9 (P31) 4,2 19,7 21,7 (P1) 17,9 (P30) 3,8

2° 30,7 32,8 (P3) 28,7 (P30) 4,1 24,5 26,3 (P29) 22,5 (P31) 3,9 21,7 24,0 (P29) 19,4 (P31) 4,6 25,5 27,9 (P1) 24,4 (P30) 3,5

3° 29,6 31,1 (P3) 28,3 (P30) 2,8 25,7 27,5 (P32) 23,6 (P31) 3,9 27,3 29,5 (P34) 26,0 (P31) 3,6 29,9 30,7 (P3) 28,3 (P31) 2,4

4° 28,9 31,1 (P3) 27,1 (P30) 4,0 25,4 27,1 (P35) 23,6 (P31) 3,5 29,6 30,7 (P3) 28,3 (P31) 2,4 19,8 20,6 (P3) 19,0 (P31) 1,6

5° 28,1 29,5 (P35) 26,3 (P31) 3,2 17,9 19,0 (P3) 16,8 (P30) 2,3 29,5 31,1 (P3) 29,1 (P35) 2,0 27,9 29,5 (P3) 26,7 (P30) 2,8

6° 29,5 31,1 (P3) 27,9 (P30) 3,2 17,8 19,8 (P35) 16,8 (P30) 3,1 21,7 23,2 (P34) 19,8 (P31) 3,4 30,8 31,9 (P5) 29,9 (P30) 2,0

7° 31,0 32,8 (P3) 29,5 (P30) 3,3 15,2 16,4 (P32) 14,1 (P31) 2,3 17,4 18,7 (P3) 16,4 (P31) 2,3 32,4 34,0 (P3, P32) 30,3 (P30) 3,7

8° 23,8 25,2 (P35) 22,1 (P31) 3,1 16,3 18,7 (P35) 14,5 (P29, P30) 4,2 21,4 23,2 (P29) 19,4 (P31) 3,8 31,8 34,4 (P35) 29,9 (P30) 4,5

9° 19,5 20,2 (P35) 18,7 (P30) 1,5 18,1 20,2 (P5) 16,0 (P30) 4,2 25,3 26,3 (P3) 23,6 (P31) 2,7 22,1 23,2 (P35) 21,3 (P30) 1,9

10° 26,7 28,3 (P3) 24,4 (P31) 3,9 19,6 21,7 (P33) 17,1 (P30) 4,6 30,3 31,5 (P3) 29,1 (P31) 2,4 19,5 20,6 (P3) 18,7 (P31) 1,9

11° 27,0 28,7 (P3) 25,6 (P31) 3,1 19,1 20,6 (P32) 17,1 (P30) 3,4 19,5 21,0 (P35) 18,3 (P30) 2,7 17,1 18,7 (P34) 16,0 (P30) 2,7

12° 30,1 30,7 (P3) 29,1 (P33) 1,6 20,6 21,7 (P3) 19,0 (P30) 2,7 27,0 28,7 (P5) 24,8 (P31) 3,9 16,7 17,5 (P1) 16,0 (P30) 1,5

13° 29,9 31,1 (P3) 28,3 (P31) 2,8 22,3 23,2 (P1) 20,6 (P30) 2,7 27,0 28,3 (P3, P32) 26,0 (P31) 2,4 16,9 17,9 (P3) 16,0 (P30) 1,9

14° 31,0 33,2 (P3) 29,5 (P31) 3,7 23,9 26,0 (P3) 22,5 (P30) 3,5 29,1 30,7 (P34) 27,9 (P31) 2,8 17,0 18,3 (P33) 15,6 (P31) 2,7

15° 33,3 34,9 (P3) 31,9 (P31) 2,9 25,2 26,7 (P32) 24,0 (P29) 2,7 15,9 16,8 (P3) 15,2 (P31) 1,5 24,2 26,0 (P3) 22,9 (P31) 3,1

16° 31,0 32,8 (P3) 29,5 (P30) 3,3 21,1 22,9 (P33) 19,8 (P3) 3,1 15,4 16,0 (P34) 14,9 (P31) 1,2 22,6 24,0 (P33) 21,0 (P30) 3,1

17° 30,2 31,9 (P3) 28,7 (P31) 3,2 24,3 26,0 (P32) 23,2 (P3) 2,7 15,5 16,0 (P3) 14,8 (P31) 1,2 22,7 24,0 (P1) 21,3 (P29) 2,7

18° 28,9 29,9 (P3) 27,5 (P31) 2,4 25,2 27,5 (P32) 23,2 (P3) 4,3 12,6 14,1 (P3) 11,8 (P31) 2,3 23,2 24,0 (P1) 22,1 (P30) 1,9

19° 31,0 32,8 (P3) 29,9 (P31) 2,9 15,7 17,1 (P5) 14,9 (P3) 2,3 7,7 8,2 (P3) 7,0 (P31) 1,2 26,7 28,3 (P1) 25,2 (P30) 3,1

20° 28,3 30,7 (P3) 26,3 (P31) 4,4 7,8 9,4 (P1, P3) 6,2 (P3) 3,2 14,0 15,2 (P35) 12,9 (P31) 2,3 27,1 28,7 (P35) 25,6 (P30) 3,1

21° 27,6 29,5 (P3) 25,6 (P31) 3,9 12,7 13,6 (P3) 11,8 (P3) 1,8 17,7 19,4 (P35) 16,4 (P30) 3,0 27,2 29,5 (P1) 25,6 (P30) 3,9

22° 18,2 22,1 (P3) 16,5 (P31) 5,5 10,6 11,9 (P3) 9,0 (P3) 3,0 25,6 27,9 (P3) 23,6 (P29) 4,3 30,1 31,5 (P32) 28,3 (P31) 3,2

Dias

de

coleta

Diferenças térmicas nos períodos correspondentes as estações do ano

Verão Outono Inverno Primavera

Page 105: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 16 - TEMPERATURA MÍNIMA ABSOLUTA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO NOROESTE-SUDESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

FONTE: A autora (2012)

Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença

1° 18,1 19,0 (P32) 17,5 (P30, P32) 1,5 14,3 15,2 (P1, P3) 13,3 (P29, P30) 1,9 2,8 3,74 (P3) 1,2 (P29) 2,6 9,9 10,2 (P1) 9,4 (P30) 0,8

2° 18,8 20,2 (P32) 17,5 (P30) 2,7 14,6 15,2 (P3) 13,7 (P29) 1,5 1,5 3,3 (P3) (-)0,6 (P35) 3,9 9,3 10,2 (P1) 7,8 (P35) 2,4

3° 18,9 19,8 (P32) 17,9 (P30) 1,9 15,8 16,4 (P1, P3)15,2 (P29,

P30, P31)1,2 9,0 10,2 (P3) 7,8 (P30) 2,4 11,9 12,9 (P3) 11,0 (P30) 1,9

4° 18,8 19,4 (P32) 18,3 (P29) 1,1 15,3 16,8 (P1, P3) 14,1 (P29, P30) 2,7 10,9 12,6 (P3) 9,0 (P35) 3,5 14,0 14,5 (P3) 13,3 (P30) 1,2

5° 17,6 17,9 (P32) 17,1 (P32) 0,8 13,7 14,5 (P3) 12,9 (P30, P31) 1,5 14,5 15,2 (P3) 13,3 (P34) 1,9 13,5 15,2 (P3) 12,2 (P30) 3,1

6° 20,0 21,3 (P32) 18,7 (P30) 2,7 12,6 12,9 (P3) 12,2 (P30) 0,8 12,9 13,3 (P3) 12,6 (P20, P30) 0,8 14,5 15,2 (P3) 13,3 (P30) 1,9

7° 19,5 20,2 (P3) 19,0 (P30) 1,2 10,8 11,4 (P1, P3) 10,2 (P30) 1,2 12,2 12,9 (P3) 11,8 (P30, P31) 1,2 15,2 16,0 (P3) 13,7 (P30) 2,3

8° 16,0 16,4 (P3) 15,6 (P31) 0,8 9,7 10,2 (P3) 9,0 (P30) 1,2 12,1 12,9 (P1) 11,4 (P29, P30) 1,6 16,2 17,5 (P3) 14,9 (P30) 2,7

9° 16,0 16,4 (P3) 15,6 (P31) 0,8 9,5 10,2 (P1, P3) 9,0 (P30) 1,2 11,2 11,8 (P3) 10,6 (P29, P30) 1,2 16,7 17,5 (P3) 16,0 (P30) 1,5

10° 17,2 17,5 (P3, P35) 16,8 (P31) 0,8 7,2 8,2 (P3) 5,8 (P29, P30) 2,4 12,0 14,1 (P3) 9,8 (P34) 4,3 14,7 15,6 (P1) 13,7 (P30) 1,9

11° 17,2 17,9 (P29) 16,8 (P31) 1,1 8,7 9,4 (P3) 7,8 (P29, P30) 1,6 12,4 12,9 (P3) 11,4 (P30) 1,6 13,2 13,7 (P3) 12,9 (P30) 0,8

12° 18,0 19,0 (P30) 17,1 (P31) 1,9 8,3 9,8 (P3) 6,6 (P29, P30) 3,2 12,1 12,6 (P3) 11,0 (P30) 1,6 13,0 13,3 (P1, P3) 12,6 (P31) 0,8

13° 17,6 18,3 (P32) 16,4 (P31) 1,9 12,0 12,9 (P3) 11,0 (P35) 1,9 12,5 13,3 (P1) 11,8 (P30, P31) 1,6 10,4 11,0 (P3) 9,8 (P31) 1,2

14° 16,3 17,5 (P3) 15,6 (P31) 1,9 11,0 12,6 (P35) 9,0 (P34, P35) 3,5 13,9 15,6 (P1) 11,8 (P35) 3,9 10,5 11,0 (P3) 9,8 (P29, P30) 1,2

15° 19,2 20,2 (P5) 18,3 (P31) 1,9 10,9 12,6 (P3) 9,4 (P29, P30) 3,1 12,2 12,9 (P1) 11,4 (P29, P30) 1,6 9,1 10,2 (P3) 8,2 (P29, P30) 2,0

16° 18,1 19,0 (P3) 17,5 (P29, P30) 1,5 14,2 15,2 (P3) 12,9 (P29, P30) 2,3 12,3 12,6 (P3) 11,8 (P29, P31) 0,8 10,9 11,8 (P3) 10,2 (P29, P30) 1,6

17° 18,4 19,0 (P5) 17,9 (P29) 1,1 12,7 13,7 (P3) 11,0 (P34, P35) 2,7 7,5 8,2 (P5) 6,6 (P29, P30) 1,6 10,7 11,4 (P3) 10,2 (P29) 1,2

18° 18,3 18,7 (P5) 17,9 (P1) 0,8 13,6 15,2 (P3)12,6 (P29, P30, P31) 2,7 2,6 3,3 (P5) 2,0 (P30, P31) 1,3 12,4 13,3 (P3) 11,0 (P29) 2,3

19° 19,0 19,4 (P29) 18,3 (P30, P31) 1,1 12,0 12,9 (P3) 11,4 (P29, P30) 1,6 5,5 6,2 (P3) 5,0 (P30, P31) 1,2 14,2 14,9 (P3) 13,3 (P29) 1,5

20° 19,0 19,8 (P5) 18,7 (P31) 1,2 7,8 9,4 (P3) 6,2 (P29, P30) 3,2 7,4 7,8 (P3) 7,0 (P30, P31) 0,8 17,8 18,3 (P3) 17,5 (P29, P30) 0,8

21° 17,9 18,7 (P35) 17,1 (P31) 1,5 7,8 9,4 (P3) 6,2 (P29) 3,2 10,7 11,0 (P3) 10,2 (P30, P31) 0,8 15,1 16,0 (P3) 14,5 (P29, P30) 1,5

22° 15,9 16,8 (P1) 14,9 (P31) 1,9 5,5 7,0 (P3) 2,5 (P29) 4,6 13,3 14,1 (P3) 12,9 (P30, P31) 1,2 14,9 15,6 (P3) 14,1 (P29, P30) 1,5

Dias

de

coleta

Diferenças térmicas nos períodos correspondentes as estações do ano

Verão Outono Inverno Primavera

Page 106: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 17 - UMIDADE RELATIVA DO AR MÉDIA E DIFERENÇAS HIGROMÉTRICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO NOROESTE-SUDESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

FONTE: A autora (2012)

Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença

1° 87 92 (P32) 77 (P3) 15 87 91 (P30) 83 (P3) 9 56 60 (P30) 51 (P3) 9 73 76 (P35) 68 (P31) 9

2° 74 79 (P30) 65 (P3) 13 79 84 (P31) 75 (P3) 8 70 76 (P35) 65 (P3) 11 65 68 (P29) 61 (P31) 7

3° 85 89 (P30) 80 (P32) 9 76 82 (P31) 71 (P3) 10 60 64 (P35) 55 (P29) 9 63 68 (P35) 59 (P3) 9

4° 82 86 (P30) 79 (P3) 7 81 84 (P31) 75 (P3) 9 57 63 (P35) 52 (P3) 11 67 70 (P29) 63 (P3) 8

5° 80 86 (P30) 76 (P3) 10 84 88 (P31) 80 (P3) 8 73 80 (P35) 65 (P29) 16 69 72 (P29) 64 (P31) 9

6° 83 88 (P30) 78 (P3) 11 83 88 (P30) 80 (P3) 7 88 92 (P31) 85 (P29) 7 62 66 (P29) 58 (P31) 8

7° 78 88 (P31) 72 (P3) 17 97 100 (P34, P35) 94 (P29) 6 90 92 (P31) 85 (P29) 8 59 64 (P35) 55 (P31) 9

8° 97 99 (P32) 95 (P3) 4 90 92 (P35) 87 (P29) 5 82 85 (P33) 78 (P29) 7 61 64 (P29) 57 (P3) 8

9° 99 100 (P29) 96 (P31) 4 81 85 (P35) 78 (P3) 8 71 75 (P30) 66 (P3) 9 91 96 (P29) 88 (P31) 8

10° 88 96 (P29) 79 (P3) 17 77 80 (P30) 74 (P3) 5 61 67 (P35) 55 (P29) 11 89 93 (P30) 86 (P31) 7

11° 82 86 (P30) 74 (P33) 12 80 84 (P30) 76 (P3) 7 83 86 (P31) 79 (P29) 6 88 93 (P30) 85 (P34) 8

12° 78 80 (P31) 73 (P33) 6 80 82 (P30, P31) 77 (P3) 6 78 81 (P35) 72 (P29) 9 96 98 (P29) 91 (P31) 7

13° 83 89 (P31) 80 (P3) 9 79 82 (P31) 77 (P3) 4 63 66 (P301) 59 (P3) 7 97 99 (P29) 92 (P31) 7

14° 78 82 (P1) 73 (P3) 9 72 76 (P30) 69 (P3) 8 49 63 (P35) 42 (P29) 21 88 92 (P29) 85 (P31) 7

15° 71 77 (P32) 63 (P3) 14 70 73 (P35) 65 (P3) 8 85 89 (P31) 82 (P3) 7 73 77 (P29) 70 (P3) 7

16° 81 85 (P30) 74 (P3) 11 85 88 (P31) 81 (P29) 7 99 100 (P32) 98 (P34) 2 71 75 (P29) 67 (P3) 7

17° 83 88 (P31) 79 (P3) 10 77 81 (P31) 73 (P3) 8 81 85 (P35) 77 (P29) 7 66 69 (P30) 62 (P31) 8

18° 85 87 (P33) 81 (P3) 5 72 77 (P29) 68 (P3) 9 76 79 (P30) 71 (P3) 9 71 75 (P29) 67 (P3) 8

19° 88 91 (P1) 85 (P3) 6 87 90 (P35) 82 (P29) 8 97 100 (P31) 93 (P29) 6 72 77 (P29) 68 (P31) 9

20° 82 88 (P29) 77 (P3) 11 71 74 (P33) 67 (P3) 7 96 100 (P35) 91 (P29) 8 69 74 (P29) 66 (P3) 8

21° 76 85 (P31) 70 (P3) 15 76 80 (P31) 71 (P3) 9 88 91 (P31) 84 (P29) 7 67 71 (P29) 63 (P31) 8

22° 82 88 (P31) 78 (P3) 11 76 79 (P35) 73 (P3) 6 82 86 (P31) 79 (P3) 7 71 75 (P29) 67 (P3) 8

Diferenças higrométricas nos períodos correspondentes as estações do anoDias

de

coleta

Verão Outono Inverno Primavera

Page 107: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

107

Na estratificação dos dados pelas partes do dia (TABELA 18 e FIGURA 28),

o ponto P3, igualmente aos resultados já apresentados, foi o mais quente em todos

os períodos analisados, confirmando o efeito de aquecimento nas áreas mais

altamente impermeabilizadas da área intraurbana. Também é no centro da cidade

que está a maior concentração de atividades humanas como serviços e meios de

transporte (carros e ônibus).

Para a temperatura máxima absoluta do ar a maior diferença térmica (4,4°C)

foi registrada na parte da manhã no período correspondente ao inverno (TABELA

18), sendo o ponto P3 o de maior valor.

Para a temperatura mínima absoluta do ar, foram obtidas temperaturas

negativas no período correspondente ao inverno durante a madrugada (-0,2°C) e a

manhã (-0,6°C) no ponto P35 (Rua Velci Bolivar Grando com Rua Amauri Mauad

Gueiros – Uberaba), madrugada (-0,2°C) no ponto P30 (Rua José Valle – São João)

e na manhã (-0,2°C) para o ponto P34 (Rua Salgado Filho com Rua João Antonio

Prosdócimo – Jardim das Américas) (TABELA 18).

Pela TABELA 18 verifica-se que a maior diferença higrométrica ocorreu na

tarde do verão (26 unidades), período bastante influenciado pela precipitação.

Na FIGURA 28 observa-se que o comportamento da umidade relativa do ar

média foi semelhante nos períodos correspondentes ao outono e ao inverno,

diferindo dos períodos do verão e primavera, o que está relacionado as condições

meteorológicas nestes períodos. Segundo Fortuniak, Klysik e Wibig (2006), as

diferenças de umidade relativa do ar podem evoluir de diferentes maneiras sob sutis

condições do tempo. Em comparação com as diferenças térmicas que sempre se

desenvolvem de uma maneira similar sob condições calmas e sem nuvens nas

áreas urbanas, é muito difícil predizer que tipo de contraste de umidade relativa do

ar ocorrerá.

Page 108: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 18 - TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA DO AR OBSERVADAS NO TRANSECTO NOROESTE-SUDESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011 ESTRATIFICADAS PARA AS PARTES DO DIA

continua

P29 P30 P31 P5 P1 P3 P32 P33 P34 P35 P29 P30 P31 P5 P1 P3 P32 P33 P34 P35

Verão 18,4 18,2 18,7 19,0 19,3 19,6 19,0 18,9 18,9 19,0 1,4 94 95 82 93 92 90 77 93 93 94 18

Outono 11,6 11,5 12,1 12,7 13,1 13,3 12,5 12,5 12,3 12,2 1,8 84 92 92 90 88 87 90 91 90 92 9

Inverno 11,3 11,1 11,4 11,8 12,2 12,2 11,4 11,5 11,1 11,0 1,2 82 87 88 87 84 83 88 89 88 90 8

Primavera 13,4 13,3 13,6 14,2 14,4 14,6 14,1 14,1 13,9 13,9 1,3 91 91 81 89 87 86 88 89 88 90 10

Verão 21,4 21,1 23,2 22,4 21,9 22,9 22,7 22,1 22,0 22,5 2,1 84 85 92 80 81 75 82 81 81 80 17

Outono 13,7 14,0 14,1 14,9 14,8 15,3 15,0 14,5 14,8 14,8 1,6 81 85 85 82 82 79 81 83 81 84 6

Inverno 13,5 13,4 13,7 14,1 14,0 14,8 14,3 14,1 13,7 13,9 1,4 74 79 79 78 78 75 77 79 80 82 8

Primavera 17,9 17,7 17,1 18,6 18,1 19,0 18,9 18,6 18,4 18,5 1,9 77 74 67 71 72 68 69 72 70 73 10

Verão 24,8 24,6 22,5 25,7 25,5 26,4 25,6 25,2 25,2 25,7 3,9 68 68 91 64 64 60 65 66 66 65 31

Outono 18,2 17,6 17,6 19,1 18,6 19,5 19,2 19,0 18,5 19,0 1,9 59 64 66 60 61 57 60 61 61 63 9

Inverno 18,6 18,3 18,2 19,2 19,0 20,0 19,2 19,4 19,3 19,1 1,8 58 63 64 60 60 56 60 60 59 61 8

Primavera 22,3 21,7 21,9 22,5 23,3 23,6 22,7 23,0 22,9 23,0 1,9 57 57 51 54 52 50 53 54 52 54 7

Verão 19,9 19,6 19,2 20,5 20,7 21,0 20,4 20,1 20,1 20,2 1,9 90 91 79 89 88 86 89 90 90 91 13

Outono 13,1 12,9 13,5 14,2 14,6 14,7 14,0 14,0 13,7 13,7 1,8 83 88 87 85 82 81 84 85 85 87 6

Inverno 13,7 13,6 14,0 14,6 15,0 15,0 14,5 14,5 14,1 14,0 1,4 78 83 82 81 78 77 79 81 81 84 7

Primavera 16,2 15,9 16,3 16,8 17,2 17,4 16,7 16,7 16,4 16,3 1,4 83 84 77 82 78 78 81 82 81 84 7

Verão 21,3 21,0 23,6 22,1 22,1 22,5 22,1 21,7 21,7 21,7 2,7 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Outono 17,1 17,1 17,5 18,7 19,0 19,0 18,3 18,7 17,9 17,1 1,9 98 100 100 100 99 100 100 100 100 100 2

Inverno 19,0 19,0 19,4 18,7 19,4 19,4 17,9 18,3 16,8 16,8 2,7 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Primavera 19,0 18,7 18,7 19,4 19,4 19,8 19,0 19,0 19,0 19,0 1,2 100 100 98 100 100 100 100 100 100 100 2

Verão 29,1 28,3 31,1 30,3 28,3 31,1 31,1 29,5 29,5 30,3 2,8 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Outono 22,9 24,0 22,9 25,2 24,4 26,3 26,3 24,8 25,6 25,6 3,5 98 99 100 100 99 100 100 100 100 100 2

Inverno 26,0 26,0 28,3 27,5 28,3 30,3 28,7 29,1 29,1 29,5 4,4 99 100 100 100 100 100 100 100 100 100 2

Primavera 30,7 28,3 27,9 30,3 28,3 31,1 31,5 30,3 29,5 31,1 3,6 100 100 98 100 100 100 100 100 100 100 2

Verão 32,8 31,9 31,9 34,9 33,2 34,4 34,4 33,6 33,6 33,6 2,9 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Outono 26,3 25,2 24,0 26,3 25,2 26,7 27,5 26,7 25,6 27,1 3,5 98 99 98 99 98 98 98 100 100 100 2

Inverno 29,5 29,5 29,5 30,3 29,9 31,5 30,3 31,1 31,1 30,7 2,0 100 100 100 100 99 100 100 100 100 100 1

Primavera 32,8 30,3 30,7 33,2 32,8 34,0 34,0 31,9 32,8 34,4 4,1 99 99 92 99 100 100 99 99 99 98 8

Verão 27,5 25,2 24,8 26,7 26,7 27,1 28,3 27,1 26,7 27,9 3,5 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Outono 21,0 21,0 21,3 22,5 22,9 22,9 22,5 22,9 22,1 22,5 1,9 98 99 100 100 98 100 98 100 100 100 2

Inverno 24,4 24,0 24,8 25,6 25,6 25,6 26,3 26,0 26,0 25,2 2,3 100 100 100 100 99 100 99 100 99 100 1

Primavera 30,3 27,1 27,9 26,3 27,9 27,1 26,3 26,3 26,3 26,7 4,0 100 100 95 100 99 100 100 100 99 100 5

Madrugada

Manhã

Tarde

Noite

Madrugada

Manhã

Tarde

Noite

Temperatura máxima absoluta do ar (°C) Umidade relativa máxima absoluta do ar (%)

PeríodosPontos de monitoramento Diferença

térmica

Pontos de monitoramento Diferença

higrométrica

Temperatura média do ar (°C) Umidade relativa média do ar (%)

Page 109: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 18 - TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA DO AR OBSERVADAS NO TRANSECTO NOROESTE-SUDESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011 ESTRATIFICADAS PARA AS PARTES DO DIA

conclusão FONTE: A autora (2012)

P29 P30 P31 P5 P1 P3 P32 P33 P34 P35 P29 P30 P31 P5 P1 P3 P32 P33 P34 P35

Verão 15,6 15,6 15,6 16,0 16,4 16,4 16,0 16,0 16,0 16,4 0,8 47 46 31 40 40 35 24 38 38 41 23

Outono 2,5 3,3 5,0 6,2 6,6 7,0 4,6 5,4 4,6 3,3 4,6 24 47 46 35 42 46 46 42 38 38 23

Inverno 1,2 -0,2 2,5 2,9 3,7 3,3 1,2 1,6 0,3 -0,2 3,9 37 38 42 39 37 35 46 46 38 41 12

Primavera 8,2 7,8 8,6 9,8 9,0 9,8 9,4 9,4 9,0 9,4 2,0 46 47 24 35 42 46 46 42 38 38 23

Verão 15,6 15,6 16,8 16,8 16,8 17,1 16,4 16,0 16,0 16,4 1,5 46 51 57 44 48 37 44 45 45 43 20

Outono 3,3 3,7 5,4 6,2 6,6 7,0 6,2 5,8 5,8 5,4 3,7 46 41 46 42 42 35 36 42 38 38 12

Inverno 1,2 0,7 2,0 2,9 3,3 3,3 1,2 1,6 -0,2 -0,6 3,9 24 24 24 23 23 24 24 24 24 24 1

Primavera 9,0 9,4 9,0 10,2 10,2 10,2 10,2 9,8 9,8 9,8 1,2 33 29 25 26 28 25 27 27 26 29 9

Verão 16,4 17,1 16,0 17,9 18,3 18,3 17,9 17,9 17,9 17,9 2,3 29 29 51 25 26 25 29 29 29 29 26

Outono 11,4 11,0 11,0 12,2 11,8 12,2 11,8 11,8 11,8 11,8 1,2 26 33 34 27 32 26 28 30 34 33 8

Inverno 6,2 6,2 6,2 6,6 6,6 7,0 6,6 6,6 6,6 6,6 0,8 25 25 25 24 25 24 24 24 24 24 2

Primavera 13,3 13,3 13,3 14,1 13,7 14,1 13,7 14,1 13,7 13,7 0,8 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 1

Verão 15,6 15,6 14,9 16,0 16,4 16,4 16,0 16,0 16,0 15,6 1,5 56 56 42 49 48 46 52 53 52 52 15

Outono 5,8 5,8 7,0 7,8 9,0 9,0 7,4 7,8 7,0 6,6 3,2 52 55 52 47 48 46 52 51 54 58 12

Inverno 2,9 2,5 5,4 5,0 6,2 6,6 5,0 5,0 4,6 3,3 4,2 38 40 42 38 37 35 36 35 34 37 7

Primavera 10,2 10,2 9,8 10,6 10,6 11,0 10,6 10,6 10,2 10,6 1,2 26 27 24 33 32 30 32 36 36 38 14

Verão 5,7 5,3 8,0 6,1 5,7 6,1 6,1 5,7 5,7 5,3 _ 54 54 70 60 60 66 76 62 62 59 _

Outono 14,7 13,8 12,5 12,4 12,4 12,0 13,7 13,3 13,3 13,8 _ 75 54 54 66 58 54 54 58 62 62 _

Inverno 17,9 19,2 17,0 15,8 15,7 16,1 16,7 16,7 16,5 16,9 _ 63 62 58 61 63 66 54 54 62 59 _

Primavera 10,8 10,8 10,0 9,6 10,4 10,0 9,6 9,6 10,0 9,6 _ 54 54 75 66 58 54 54 58 62 62 _

Verão 13,5 12,7 14,4 13,6 11,6 14,0 14,7 13,5 13,5 13,9 _ 54 50 44 56 52 63 57 55 55 57 _

Outono 19,6 20,3 17,5 19,0 17,8 19,3 20,1 19,0 19,8 20,2 _ 52 57 54 59 57 65 64 58 62 62 _

Inverno 24,8 25,2 26,3 24,6 25,0 27,0 27,5 27,5 29,3 30,1 _ 75 76 76 77 77 76 76 76 76 76 _

Primavera 21,7 18,9 18,9 20,1 18,1 20,9 21,3 20,5 19,7 21,3 _ 67 72 74 74 72 75 73 74 74 71 _

Verão 16,4 14,8 15,9 17,0 14,9 16,2 16,5 15,7 15,7 15,7 _ 71 71 49 75 74 75 71 71 71 71 _

Outono 15,0 14,2 13,0 14,2 13,4 14,6 15,8 15,0 13,8 15,4 _ 72 66 64 71 66 73 70 70 66 67 _

Inverno 23,3 23,3 23,3 23,7 23,3 24,5 23,7 24,5 24,5 24,1 _ 75 75 75 76 73 76 76 76 76 76 _

Primavera 19,4 17,0 17,4 19,1 19,1 19,9 20,3 17,8 19,1 20,7 _ 76 75 68 76 76 76 75 75 75 75 _

Verão 11,9 9,6 9,9 10,7 10,4 10,7 12,3 11,1 10,7 12,3 _ 44 44 58 51 52 54 48 48 48 48 _

Outono 15,1 15,1 14,3 14,7 13,8 13,8 15,1 15,0 15,1 15,9 _ 46 44 48 53 50 54 47 50 46 42 _

Inverno 21,5 21,6 19,4 20,6 19,3 18,9 21,4 21,0 21,4 21,9 _ 62 60 58 62 61 65 63 65 64 63 _

Primavera 20,1 16,9 18,1 15,7 17,3 16,1 15,7 15,7 16,1 16,1 _ 74 73 71 67 67 70 68 64 63 62 _

Períodos

Amplitude higrométrica absoluta (%)

Madrugada

Diferença

térmica

Pontos de monitoramento Diferença

higrométrica

Temperatura mínima absoluta do ar (°C) Umidade relativa mínima absoluta do ar (%)

Madrugada

Pontos de monitoramento

Manhã

Tarde

Noite

Manhã

Tarde

Noite

Amplitude térmica absoluta (°C)

Page 110: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

110

FIGURA 28 - PERFIL LONGITUDINAL DA TEMPERATURA MÉDIA DO AR (A) E UMIDADE RELATIVA MÉDIA DO AR (B) ESTRATIFICADO PARA AS PARTES DO DIA NO TRANSECTO NOROESTE-SUDESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011

FONTE: A autora (2012)

Page 111: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

111

4.2.4 Variação Termo-higrométrica no Transecto Sudoeste-Nordeste

No transecto sudoeste-nordeste, a maior diferença térmica para a

temperatura média (1,1°C) foi verificada no período do outono (TABELA 19), entre o

ponto P1 (Praça Tiradentes - Centro), na área central consolidada, e o ponto P44

(Rua Estrada das Olarias com Rua Arnaldo W. Gaensli – Santa Cândida), no limite

nordeste deste transecto. Em geral, as maiores temperaturas foram encontradas,

além do ponto P1, nos pontos P40 (Avenida Sete de Setembro com Rua Castro

Alves - Batel), P2 (Rua Visconde de Nácar com Rua Emiliano Perneta – Centro) e

P4 (Rua Luis Leão com Rua Conselheiro Araújo – Centro), localizados em Zona

Central (ZC) e Zona Residencial de Média-alta Densidade (ZR-4).

Neste transecto foi encontrada a maior diferença para a temperatura máxima

absoluta do ar (5,8°C), entre o ponto P38 (Rua Carlos Klemtz - Portão), com maior

valor, e o ponto P2 (Rua Visconde de Nácar com Rua Emiliano Perneta - Centro)

(TABELA 19). Apesar do ponto P38 estar localizado em bairro com alta densidade

populacional, não era esperado que fosse o ponto de maior temperatura máxima

neste transecto, pela localização próxima do Bosque da Fazendinha. A explicação

provável é a ausência de outras tipologias de florestas urbanas neste bairro, tais

como: praças com árvores, jardinetes e arborização de ruas.

A menor temperatura mínima absoluta (-0,2°C) foi verificada no ponto P36

(Rua Raul Pompéia com Rua Ludovico Kaminski – Cidade Industrial de Curitiba),

ponto extremo do lado noroeste e próximo do Parque Caiuá (TABELA 19).

O ponto P2 destacou-se pela menor amplitude térmica em todas as estações

do ano (TABELA 19).

A maior diferença higrométrica para a umidade relativa mínima absoluta do

ar ocorreu no período do verão (22 unidades), justamente o período que é

influenciado pelas chuvas localizadas. Para as demais variáveis as diferenças foram

inferiores a 11 unidades (TABELA 19).

Page 112: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 19 - TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA DO AR OBSERVADAS NO TRANSECTO SUDOESTE-NORDESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

FONTE: A autora (2012)

P36 P37 P38 P39 P40 P2 P1 P4 P41 P42 P43 P44 P36 P37 P38 P39 P40 P2 P1 P4 P41 P42 P43 P44

Verão 21,9 21,8 21,8 21,8 21,7 21,8 21,9 22,1 21,6 21,6 21,5 21,6 0,6 85 83 84 82 80 76 82 81 84 84 86 84 10

Outono 15,0 15,2 15,0 14,9 15,1 15,1 15,3 15,1 14,6 14,9 14,7 14,2 1,1 78 79 81 80 78 78 79 80 83 82 80 84 6

Inverno 14,6 14,8 14,7 14,8 14,7 15,1 15,0 15,1 14,5 14,6 14,6 14,2 0,9 76 76 78 76 75 74 75 77 79 79 77 80 6

Primavera 18,2 18,4 18,3 18,2 18,0 17,9 18,3 18,6 17,6 17,9 17,6 17,9 1,0 72 72 75 73 72 72 73 73 78 76 75 76 6

Verão 34,9 33,6 34,9 32,3 34,4 30,3 33,2 34,4 33,2 33,6 33,6 34,0 4,5 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Outono 26,7 26,0 26,3 25,2 27,1 25,2 25,2 25,6 26,7 27,5 25,6 25,2 2,4 100 100 100 100 99 99 99 100 100 100 100 100 1

Inverno 30,7 30,7 31,1 31,1 30,7 29,9 29,9 31,5 30,3 31,5 31,9 31,1 2,0 99 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 1

Primavera 33,6 34,0 35,7 32,8 34,4 29,9 32,8 34,4 33,2 33,2 31,9 35,3 5,8 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Verão 15,2 15,6 15,2 15,6 15,6 16,0 16,4 16,4 15,6 16,0 16,0 15,6 1,2 29 29 28 31 27 48 26 26 27 27 27 27 22

Outono 3,3 4,6 4,2 4,6 6,2 6,6 6,6 5,4 5,0 5,0 5,0 2,9 3,7 30 35 31 29 24 31 32 33 28 28 29 33 11

Inverno -0,2 1,6 1,2 1,2 2,5 3,3 3,3 2,9 1,2 1,6 2,0 1,2 3,5 25 25 24 24 24 24 23 24 24 24 24 24 1

Primavera 8,2 9,4 8,6 9,8 9,8 10,2 9,0 9,8 8,6 7,8 8,2 7,4 2,8 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 0

Verão 19,6 18,0 19,6 16,7 18,8 14,3 16,8 18,1 17,6 17,6 17,6 18,4 _ 71 71 72 69 73 52 74 74 73 73 73 74 _

Outono 23,4 21,4 22,2 20,6 20,9 18,6 18,6 20,2 21,7 22,5 20,6 22,3 _ 70 65 69 71 75 68 67 67 72 73 71 67 _

Inverno 30,9 29,1 30,0 30,0 28,3 26,6 26,6 28,6 29,1 29,9 29,9 30,0 _ 74 75 76 76 76 76 77 76 76 76 77 76 _

Primavera 25,4 24,6 27,1 22,9 24,6 19,7 23,7 24,6 24,5 25,3 23,7 27,8 _ 76 76 76 76 76 76 76 76 76 77 76 76 _

Verão 29,8 28,9 29,5 28,4 28,8 26,9 28,5 28,9 28,9 28,8 27,7 28,8 2,9 99 98 99 98 96 94 98 97 99 99 98 99 5

Outono 20,4 19,7 19,5 19,1 20,5 19,5 19,4 18,9 19,3 20,2 19,1 18,5 2,0 96 97 98 96 94 93 94 96 98 97 96 98 6

Inverno 21,5 21,3 21,2 21,3 21,4 20,8 20,8 22,0 21,0 21,5 21,0 20,9 1,2 95 95 96 94 93 91 92 94 97 96 95 97 5

Primavera 24,5 25,7 25,8 24,5 25,0 22,8 24,9 25,5 23,7 24,4 24,0 25,0 3,0 93 95 96 95 93 92 93 95 97 96 96 97 5

Verão 17,9 18,0 17,9 18,1 18,1 18,6 18,4 18,2 17,8 18,0 18,0 17,7 0,9 49 50 51 51 49 54 50 50 52 52 58 52 9

Outono 10,9 11,3 11,2 11,3 11,8 12,2 12,1 11,7 11,0 11,1 11,1 10,6 1,7 49 52 55 54 50 54 54 55 56 52 54 57 9

Inverno 9,7 10,1 9,8 10,1 10,3 10,9 10,7 10,4 9,8 9,9 10,0 9,7 1,2 51 51 53 51 50 51 51 52 55 53 53 54 5

Primavera 13,2 13,3 12,9 13,4 13,3 13,7 13,6 13,5 12,9 12,8 12,8 12,6 1,1 44 43 44 45 44 48 45 46 50 46 46 47 7

Verão 11,9 11,0 11,6 10,3 10,7 8,2 10,1 10,6 11,1 10,8 9,7 11,0 _ 50 48 49 47 47 40 48 48 47 47 40 47 _

Outono 9,5 8,3 8,2 7,8 8,7 7,3 7,3 7,2 8,3 9,2 8,0 8,0 _ 47 44 42 42 44 38 40 41 43 45 43 41 _

Inverno 11,8 11,2 11,4 11,1 11,1 9,9 10,2 11,6 11,1 11,6 11,0 11,2 _ 44 44 43 43 43 40 41 42 42 43 42 43 _

Primavera 11,4 12,4 12,9 11,1 11,7 9,1 11,3 11,9 10,8 11,6 11,2 12,3 _ 49 52 52 49 49 44 49 49 48 50 50 50 _

Temperatura média do ar (°C) Umidade relativa média do ar (%)

PeríodoPontos de monitoramento Diferença

térmica

Pontos de monitoramento Diferença

higrométrica

Temperatura máxima absoluta do ar (°C) Umidade relativa máxima absoluta do ar (%)

Temperatura mínima absoluta do ar (°C) Umidade relativa mínima absoluta do ar (%)

Amplitude térmica absoluta (°C) Amplitude higrométrica absoluta (%)

Média das máximas diárias de temperatura do ar (°C) Média das máximas diárias de umidade relativa do ar (%)

Média das mínimas diárias de temperatura do ar (°C) Média das mínimas diárias de umidade relativa do ar (%)

Amplitude higrométrica média diária (%)Amplitude térmica média diária (°C)

Page 113: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

113

Na FIGURA 29 verifica-se que as maiores temperaturas foram observadas

nos pontos P1 e P4, na área central da cidade, enquanto no P41 (Rua Jaime Balão

com Via Férrea – Bairro Hugo Lange) ocorreu redução de temperatura e aumento da

umidade relativa do ar. Isto pode ser explicado pela alteração do zoneamento, que

nos pontos próximos é de média-alta a média densidade (ZR-4 e ZR-3), enquanto

que no ponto P41 é de média a baixíssima densidade. Também este ponto está

próximo a várias praças com canteiro gramado e árvores (APÊNDICE 2).

As temperaturas na porção nordeste foram menores do que na porção

sudoeste (FIGURA 29). Isto é explicado pelo uso do solo nestas regiões, pois

enquanto a porção nordeste possui maior concentração de florestas urbanas, a

porção sudoeste é menor e há proximidade com a Cidade Industrial de Curitiba –

CIC, que se liga espacialmente ao Centro Industrial de Araucária.

Os pontos P36 (Rua Raul Pompéia com Rua Ludovico Kaminski - CIC) e

P37 (Rua Raul Pompéia com Rua João Debimski – Fazendinha), apesar de estarem

localizados na área limítrofe deste transecto, não ficaram dentre os pontos de menor

temperatura. Estes locais possuem média densidade de ocupação, sendo que o

ponto P37 está localizado no Setor Especial de Habitação de Interesse Social -

SEHIS, com lote de tamanho reduzido, e o ponto P36 em Zona de Uso Misto - ZUM,

com média densidade habitacional, de apoio residencial às zonas industriais e de

serviços (APÊNDICE 2). Mendonça e Dubreuil (2005), com análise de imagem

termal, verificaram que as áreas na Cidade Industrial de Curitiba acumulam maior

calor devido às suas superfícies mineralizadas e de menor albedo que as áreas

vizinhas.

O ponto P40 (Avenida Sete de Setembro com Rua Castro Alves - Batel),

localizado em área verticalizada, apesar de situar-se próximo a área central

consolidada, apresentou redução da temperatura média se comparado aos pontos

da área central, o que pode ser relacionado a massa térmica das edificações e

radiação solar barrada pelo sombreamento dos prédios. Dumke (2007) também

verificou menor temperatura em ponto de monitoramento no bairro Batel devido à

influência da verticalização na insolação e o efeito da topografia natural somado ao

da topografia edificada, favorecendo a ventilação.

Page 114: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

114

(A) (B)

FIGURA 29 - PERFIL LONGITUDINAL DA TEMPERATURA MÉDIA (A) E DA UMIDADE RELATIVA DO AR MÉDIA (B) NO TRANSECTO SUDOESTE-NORDESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011

FONTE: A autora (2012)

Como observado nas TABELAS 20 a 23, pela análise dos dados diários, nos

períodos correspondentes ao outono e inverno, o ponto P44 (Rua Estrada das

Olarias com Rua Arnaldo W. Gaensli – Santa Cândida), localizado em área limítrofe,

destacou-se como de menor temperatura (média e mínima absoluta) e de maior

umidade relativa do ar média.

Page 115: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 20 - TEMPERATURA MÉDIA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO SUDOESTE-NORDESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

FONTE: A autora (2012)

Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença

1° 21,8 22,3 (P4) 21,2 (P36) 1,1 16,0 16,8 (P1) 15,3 (P44) 1,5 7,8 8,7 (P2) 7,1 (P44) 1,5 13,8 14,6 (P37) 13,0 (P41) 1,6

2° 24,0 24,6 (P4) 23,5 (P41) 1,2 17,8 18,6 (P36) 17,1 (P44) 1,5 10,3 11,2 (P4) 9,2 (P44) 1,9 16,7 17,6 (P37) 15,8 (P41) 1,8

3° 22,2 22,8 (P4) 21,8 (P41) 1,1 19,6 19,9 (P4) 19,1 (P44) 0,7 17,2 17,7 (P2) 16,4 (P44) 1,3 19,5 20,2 (P4) 18,7 (P44) 1,5

4° 22,4 23,0 (P4) 22,1 (P43) 0,9 19,1 19,6 (P1) 18,2 (P44) 1,5 20,2 20,8 (P2) 19,6 (P36) 1,2 19,9 20,4 (P38) 19,4 (P43) 1,0

5° 22,4 23,0 (P36) 21,8 (P41) 1,2 15,4 15,9 (P1) 15,0 (P41) 0,9 19,0 19,5 (P43) 18,2 (P36) 1,3 19,7 20,5 (P37) 19,0 (P41) 1,6

6° 22,6 23,2 (P4) 22,2 (P41) 1,0 14,7 15,3 (P36) 14,1 (P41) 1,2 16,1 16,5 (P4) 15,7 (P43) 0,9 21,2 22,0 (P4) 20,3 (P43) 1,8

7° 23,3 23,9 (P4) 23,0 (P37) 0,9 12,4 12,7 (P2) 12,1 (P41) 0,6 13,4 13,9 (P1) 13,1 (P44) 0,8 22,9 23,6 (P38) 21,8 (P43) 1,8

8° 19,5 19,7 (P1) 19,3 (P44) 0,4 12,1 12,4 (P4) 11,7 (P44) 0,7 14,9 15,5 (P4) 14,4 (P43) 1,1 23,1 23,7 (P4) 22,3 (P43) 1,4

9° 17,6 17,9 (P4) 17,4 (P40) 0,5 12,0 12,4 (P36) 11,5 (P44) 1,0 16,9 17,4 (P4) 16,3 (P44) 1,1 18,8 19,3 (P37) 18,3 (P41) 1,0

10° 20,2 20,5 (P39) 19,7 (P36) 0,8 12,2 12,7 (P37) 11,1 (P44) 1,5 20,5 21,3 (P2) 19,2 (P44) 2,1 16,8 17,3 (P4) 16,6 (P40) 0,7

11° 21,0 21,3 (P39) 20,6 (P44) 0,6 12,6 13,1 (P36) 11,7 (P44) 1,3 15,1 15,9 (P1) 14,5 (P44) 1,4 14,9 15,5 (P1) 14,5 (P41) 1,0

12° 22,4 22,8 (P1) 22,2 (P44) 0,5 14,0 14,7 (P37) 13,1 (P41) 1,6 16,8 17,5 (P4) 15,9 (P43) 1,5 14,5 14,8 (P1) 14,2 (P40) 0,6

13° 21,4 21,8 (P36) 20,8 (P42) 0,9 15,7 16,2 (P40) 15,1 (P41) 1,2 19,2 19,7 (P2) 18,4 (P44) 1,3 13,8 14,1 (P4) 13,7 (P41) 0,5

14° 22,4 23,2 (P36) 21,9 (P3) 1,3 16,6 17,1 (P37) 15,9 (P44) 1,2 21,1 21,9 (P2) 20,1 (P44) 1,8 13,3 13,7 (P38) 12,7 (P44) 1,1

15° 24,6 25,2 (P4) 24,2 (P1) 1,0 17,7 18,3 (P4) 16,6 (P36) 1,6 13,8 14,3 (P1) 13,4 (P43) 0,9 16,0 16,8 (P4) 15,3 (P43) 1,5

16° 22,4 23,4 (P4) 21,8 (P44) 1,5 16,8 17,3 (P1) 16,2 (P44) 1,1 13,9 14,4 (P2) 13,6 (P40) 0,8 16,1 16,7 (P37) 15,2 (P41) 1,5

17° 21,8 22,5 (P4) 21,2 (P40) 1,2 17,6 18,1 (P2) 16,9 (P44) 1,2 12,8 13,2 (P2) 12,5 (P40) 0,8 16,4 17,1 (P4) 15,5 (P41) 1,6

18° 22,1 22,5 (P36) 21,7 (P40) 0,9 18,0 18,4 (P37) 17,1 (P44) 1,4 6,8 7,4 (P1) 6,5 (P41) 0,9 17,4 18,1 (P4) 16,7 (P41) 1,4

19° 22,0 22,3 (P36) 21,6 (P40) 0,7 13,5 13,8 (P1) 13,3 (P39) 0,5 6,6 7,0 (P1) 6,4 (P37) 0,6 20,1 20,6 (P4) 19,3 (P43) 1,3

20° 22,6 23,1 (P37) 22,0 (P43) 1,1 12,8 13,1 (P1) 11,9 (P44) 1,3 10,5 10,8 (P4) 10,3 (P40) 0,4 21,0 21,4 (P4) 20,6 (P39) 0,8

21° 22,0 22,7 (P36) 21,5 (P43) 1,2 10,6 11,3 (P40) 9,5 (P44) 1,8 13,6 13,9 (P1) 13,4 (P44) 0,6 20,3 20,7 (P4) 19,4 (P43) 1,3

22° 18,1 18,7 (P36) 17,4 (P44) 1,3 11,2 12,1 (P40) 9,7 (P44) 2,4 17,2 17,5 (P4) 16,9 (P41) 0,6 21,0 21,5 (P4) 20,6 (P43) 0,8

Diferenças térmicas nos períodos correspondentes as estações do ano

Dias de

coleta

Verão Outono Inverno Primavera

Page 116: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 21 - TEMPERATURA MÁXIMA ABSOLUTA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO SUDOESTE-NORDESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

FONTE: A autora (2012)

Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença

1° 30,3 31,9 (P4) 28,3 (P2) 3,6 18,3 19,4 (P2) 17,5 (P41) 1,9 15,1 16,4 (P39) 14,1 (P1) 2,3 19,9 22,1 (P37) 17,5 (P41) 4,6

2° 31,3 32,8 (P36, P37) 29,5 (P2) 3,3 25,0 27,1 (P40) 23,2 (P2) 3,9 21,4 23,6 (P36) 18,7 (P43) 5,0 26,4 29,1 (P37) 23,2 (P2) 5,9

3° 29,9 31,1 (P4) 28,3 (P43) 2,8 25,8 27,5 (P42) 24,4 (P1) 3,1 27,6 29,1 (P43) 26,3 (P36) 2,8 30,3 31,9 (P38) 27,9 (P2) 4,0

4° 28,9 30,3 (P4) 27,5 (P2) 2,8 25,6 26,7 (P36) 24,4 (P4) 2,3 29,7 31,5 (P4) 28,3 (P2) 3,2 19,9 20,4 (P38) 19,4 (P43) 1,0

5° 29,0 32,3 (P36) 26,3 (P2) 6,0 17,9 18,7 (P36) 17,1 (P43, P44) 1,5 30,3 31,1 (P43) 28,7 (P41) 2,4 29,0 31,1 (P4) 26,0 (P2) 5,2

6° 30,0 31,5 (P4) 28,7 (P2) 2,8 17,9 19,0 (P36) 16,8 (P41) 2,3 21,6 22,5 (P41) 21,0 (P2) 1,5 31,8 34,0 (P37) 28,7 (P2) 5,3

7° 31,5 34,0 (P36) 28,7 (P2) 5,3 15,2 15,6 (P37) 14,5 (P40) 1,2 17,0 17,5 (P1) 16,0 (P41) 1,5 33,4 35,7 (P38) 29,5 (P43) 6,2

8° 25,1 27,9 (P42) 23,6 (P2) 4,3 15,9 16,8 (P40) 14,9 (P2) 1,9 20,7 22,5 (P4) 19,0 (P44) 3,4 31,5 32,8 (P38) 29,9 (P2) 2,9

9° 19,3 19,8 (P38) 19,0 (P39, P40) 0,8 17,8 20,6 (P36) 16,4 (P41) 4,2 25,6 27,1 (P4) 24,4 (P1) 2,7 22,6 24,8 (P37) 21,0 (P2) 3,8

10° 26,5 28,7 (P41) 24,4 (P43) 4,3 19,6 24,8 (P42) 17,1 (P1) 7,7 30,7 31,9 (P43) 29,9 (P1, P2) 2,0 19,8 21,0 (P43) 19,0 (P41) 1,9

11° 27,4 29,5 (P41) 25,2 (P2) 4,3 19,1 22,1 (P36) 17,5 (P4) 4,6 19,8 20,6 (P36) 19,0 (P43) 1,5 17,1 17,9 (P37) 16,4 (P2) 1,5

12° 30,5 31,5 (P38) 28,3 (P2) 3,2 20,7 23,6 (P40) 19,0 (P39) 4,6 26,7 29,5 (P4) 24,0 (P43) 5,5 16,8 17,5 (P43) 16,0 (P41) 1,5

13° 30,0 31,5 (P36) 28,3 (P2) 3,2 22,4 26,3 (P40) 20,6 (P4) 5,8 27,3 28,7 (P36) 26,0 (P1) 2,8 17,1 17,9 (P37) 16,4 (P41) 1,5

14° 31,6 34,9 (P36) 28,3 (P2) 6,5 24,2 26,3 (P40) 23,2 (P41) 3,1 29,4 30,7 (P43) 28,3 (P1) 2,4 17,0 18,7 (P1, P4) 15,6 (P41) 3,0

15° 33,5 34,8 (P38) 30,3 (P2) 4,5 25,2 26,7 (P40) 23,2 (P4) 3,5 15,9 16,4 (P4) 15,6 (P41, P43) 0,8 25,1 26,3 (P38) 22,1 (P41) 4,3

16° 31,3 32,8 (P36) 29,9 (P2) 2,9 21,2 22,9 (P42) 20,6 (P2) 2,3 15,4 16,0 (P2) 14,9 (P37) 1,2 23,4 25,2 (P37, P38) 21,3 (P2) 3,8

17° 29,9 31,1 (P36) 28,3 (P2) 2,8 24,5 26,0 (P40) 23,6 (P2) 2,3 15,5 16,0 (P2) 15,2 (P37, P38) 0,8 23,8 25,6 (P44) 21,0 (P41) 4,6

18° 28,6 30,3 (P36) 27,5 (P2) 2,8 24,7 25,6 (P40) 24,0 (P2) 1,6 12,6 14,1 (P38) 11,0 (P43) 3,1 23,6 25,6 (P4) 21,3 (P2) 4,2

19° 30,7 32,3 (P41) 28,3 (P2) 4,0 15,7 16,8 (P37) 14,9 (P39) 1,9 7,8 8,2 (P1) 7,4 (P41, P42) 0,8 27,2 28,3 (P37) 25,6 (P41) 2,8

20° 28,9 31,5 (P41) 26,3 (P2) 5,2 8,1 9,8 (P2) 7,0 (P41) 2,8 13,5 14,1 (P1) 13,3 (P2) 0,8 27,3 28,7 (P4) 25,2 (P2) 3,5

21° 28,0 30,3 (P40) 26,0 (P2) 4,4 13,3 19,4 (P2) 11,9 (P41) 7,6 17,3 17,9 (P1) 16,8 (P2) 1,1 28,6 31,1 (P37) 25,6 (P2) 5,6

22° 18,4 22,1 (P1) 17,4 (P44) 4,7 11,3 19,0 (P2) 9,5 (P44) 9,5 25,7 27,5 (P4) 24,8 (P2) 2,7 30,9 32,8 (P44) 27,5 (P2) 5,2

Dias

de

coleta

Diferenças térmicas nos períodos correspondentes as estações do ano

Verão Outono Inverno Primavera

Page 117: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 22 - TEMPERATURA MÍNIMA ABSOLUTA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO SUDOESTE-NORDESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

FONTE: A autora (2012)

Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença

1° 18,2 19,0 (P2) 17,9 (P36, P40, P44) 1,1 14,5 15,2 (P1) 14,1 (P41, P44) 1,1 2,6 4,2 (P2) 2,0 (P37, P38) 2,1 9,9 10,2 (P1, P2) 9,4 (P38) 0,8

2° 18,8 20,2 (P2) 17,9 (P37, P44) 2,3 14,7 15,2 (P1) 14,1 (P43, P44) 1,1 2,0 3,7 (P2) (-)0,2 (P36) 3,9 9,4 10,2 (P1, P2) 8,2 (P44) 2,0

3° 18,9 19,8 (P2) 18,7 (P37, P44) 1,2 16,0 16,4 (P1) 15,6 (P44) 0,8 9,1 10,6 (P2) 7,8 (P44) 2,8 12,3 12,9 (P39) 11,8 (P41, P42) 1,2

4° 19,0 19,4 (P2) 18,7 (P40) 0,8 15,4 16,8 (P1) 14,1 (P44) 2,7 11,2 13,7 (P2) 9,0 (P36) 4,7 14,2 14,5 (P38) 13,3 (P43) 1,2

5° 17,5 18,3 (P2) 17,1 (P40) 1,1 13,9 14,1 (P1) 13,3 (P44) 0,8 14,6 15,2 (P2) 12,9 (P44) 2,3 13,6 15,2 (P2) 12,2 (P36) 3,1

6° 20,1 21,3 (P2) 19,0 (P44) 2,3 12,7 12,9 (P1) 12,6 (P44) 0,4 13,0 13,3 (P39) 12,6 (P36) 0,8 14,5 15,2 (P2) 13,3 (P44) 1,9

7° 19,4 19,8 (P40) 18,7 (P44) 1,2 10,7 11,4 (P1) 10,2 (P44) 1,2 12,1 12,6 (P2) 11,8 (P36) 0,8 15,1 16,0 (P2) 14,5 (P36) 1,5

8° 15,8 16,4 (P1, P4) 15,2 (P41) 1,2 9,5 10,2 (P2) 8,2 (P44) 2,0 12,1 12,9 (P1) 11,8 (P42) 1,2 16,3 17,5 (P2) 15,6 (P36) 1,9

9° 15,9 16,4 (P1, P4) 15,6 (P41) 0,8 9,3 9,8 (P1, P2) 7,8 (P44) 2,0 11,1 11,8 (P2) 10,6 (P42) 1,2 16,6 17,1 (P1) 16,4 (P36,P37) 0,8

10° 17,3 17,5 (P1) 17,1 (P41) 0,4 7,1 8,2 (P1, P2) 5,4 (P44) 2,8 11,3 13,3 (P2) 9,4 (P42) 3,9 14,8 15,6 (P1) 14,5 (P40) 1,2

11° 17,2 17,5 (P1) 16,4 (P41) 1,1 8,8 9,4 (P2) 8,6 (P44) 0,8 12,4 12,9 (P2) 11,8 (P41) 1,2 13,3 13,3 (P1) 12,9 (P42, P43) 0,4

12° 18,1 19,0 (P4) 17,5 (P44) 1,5 8,5 10,2 (P2) 7,4 (P41) 2,8 12,2 12,6 (P2) 11,8 (P44) 0,8 13,0 13,3 (P1) 12,9 (P42, P43) 0,4

13° 17,5 18,3 (P37) 16,4 (P4) 1,9 12,1 12,9 (P2) 11,4 (P41) 1,6 12,5 13,3 (P2) 11,4 (P44) 1,9 10,6 11,0 (P2) 10,2 (P44) 0,8

14° 16,3 17,9 (P2) 15,6 (P4) 2,3 11,2 12,6 (P2) 10,2 (P36) 2,3 14,5 16,0 (P37) 12,6 (P44) 3,5 10,5 11,0 (P2) 10,2 (P44) 0,8

15° 19,7 20,2 (P2) 19,4 (P4) 0,8 11,1 13,3 (P2) 9,4 (P36) 3,9 12,3 12,9 (P1, P2) 11,8 (P44) 1,2 9,0 10,2 (P2) 7,4 (P44) 2,8

16° 18,3 19,0 (P40) 17,9 (P41) 1,1 14,2 15,2 (P1) 12,9 (P36) 2,3 12,3 12,6 (P2) 12,2 (P1) 0,4 11,0 11,8 (P2) 10,2 (P44) 1,6

17° 18,5 19,0 (P41) 17,9 (P41) 1,1 12,6 13,3 (P1) 11,8 (P36) 1,6 7,5 8,2 (P2) 6,6 (P36) 1,6 10,8 11,4 (P2) 9,8 (P44) 1,6

18° 18,4 18,7 (P2) 17,9 (P4) 0,8 13,7 14,9 (P1) 12,2 (P44) 2,7 2,7 3,3 (P2) 1,6 (P40) 1,7 12,5 13,3 (P2) 11,4 (P44) 1,9

19° 19,1 19,4 (P2) 18,7 (P4) 0,8 12,1 12,6 (P1) 11,4 (P44) 1,2 5,6 5,8 (P2) 5,4 (P37, P38) 0,4 14,4 14,9 (P4) 14,1 (P41) 0,8

20° 19,3 19,8 (P2) 19,0 (P41, P42) 0,8 8,1 9,8 (P2) 7,0 (P44) 2,8 7,4 7,8 (P44) 7,0 (P37) 0,8 17,8 18,3 (P39) 17,5 (P41) 0,8

21° 18,1 18,3 (P2) 17,9 (P41) 0,4 8,1 9,8 (P2) 7,0 (P44) 2,8 10,7 11,0 (P2) 10,2 (P42) 0,8 15,2 16,0 (P2) 14,5 (P44) 1,5

22° 16,1 16,4 (P2) 15,6 (P41) 0,8 5,8 6,6 (P1, P2) 4,6 (P37) 2,1 13,5 13,7 (P1, P4) 13,3 (P37, P42) 0,4 15,0 15,2 (P2) 14,5 (P44) 0,8

Dias

de

coleta

Diferenças térmicas nos períodos correspondentes as estações do ano

Verão Outono Inverno Primavera

Page 118: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 23 – UMIDADE RELATIVA DO AR MÉDIA E DIFERENÇAS HIGROMÉTRICAS DIÁRIAS OBSERVADAS NO TRANSECTO SUDOESTE-NORDESTE NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

FONTE: A autora (2012)

Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença

1° 84 92 (P43) 77 (P2) 15 87 90 (P41) 84 (P2) 7 57 61 (P44) 50 (P2) 10 72 77 (P41) 70 (P1) 8

2° 73 79 (P36) 66 (P2) 12 79 83 (P44) 74 (P36) 9 70 75 (P44) 65 (P2) 10 64 70 (P41) 62 (P39) 8

3° 85 90 (P36) 78 (P2) 12 77 81 (P44) 74 (P2) 7 62 66 (P44) 56 (P2) 10 62 65 (P43) 60 (P2) 5

4° 83 88 (P36) 79 (P2) 9 81 85 (P44) 77 (P2) 8 57 62 (P36) 51 (P2) 11 67 71 (P41) 65 (P2) 6

5° 81 84 (P37) 77 (P2) 6 84 88 (P41) 81 (P36) 7 72 75 (P41) 68 (P43) 7 68 73 (P41) 65 (P40) 8

6° 83 86 (P41) 77 (P2) 9 83 89 (P44) 78 (P36) 10 89 92 (P41) 87 (P39) 5 62 65 (P41) 60 (P39) 5

7° 77 81 (P36) 73 (P2) 7 96 99 (P38) 93 (P2) 6 90 94 (P44) 86 (P36) 7 58 62 (P41) 56 (P39) 6

8° 96 100 (P44) 93 (P2) 7 91 95 (P44) 87 (P36) 7 82 86 (P44) 79 (P36) 7 60 63 (P41) 58 (P2) 5

9° 99 100 (P39, P42, P44) 97 (P37) 3 81 85 (P44) 76 (P36) 9 71 73 (P44, P38) 68 (P43) 5 91 95 (P41) 89 (P2) 6

10° 89 99 (P36) 85 (P40) 13 77 82 (P44) 74 (P36) 8 62 68 (P44) 57 (P2) 10 89 91 (P41) 87 (P1) 5

11° 84 89 (P36) 80 (P40) 10 80 85 (P44) 77 (P36) 9 83 88 (P41) 79 (P1) 9 88 92 (P41) 86 (P1) 6

12° 77 82 (P36) 75 (P4) 7 80 85 (P41) 76 (P36) 9 78 83 (P41) 74 (P40) 9 97 98 (P41) 96 (P2) 2

13° 83 86 (P41) 79 (P2) 7 80 84 (P41) 77 (P36) 7 64 68 (P44) 60 (P2) 8 97 99 (P41) 95 (P43) 4

14° 80 92 (P43) 74 (P40) 17 73 77 (P44) 69 (P2) 7 46 52 (P44) 42 (P2) 11 88 94 (P44) 85 (P40) 9

15° 68 72 (P43) 65 (P40) 7 70 73 (P36) 66 (P2) 7 86 90 (P41) 83 (P2) 7 73 76 (P41, P44) 71 (P2) 6

16° 81 87 (P43) 75 (P2) 12 85 89 (P41) 82 (P2) 7 99 100 (P41, P44) 97 (P36) 3 71 76 (P41) 68 (P40) 8

17° 84 90 (P43) 80 (P4) 10 78 81 (P44) 74 (P2) 7 82 88 (P4) 77 (P36) 10 66 70 (P41) 64 (P40) 6

18° 85 90 43 82 (P2) 8 73 78 (P44) 70 (P2) 7 76 79 (P41) 73 (P1) 7 71 75 (P41) 68 (P40) 7

19° 87 92 (P43) 85 (P2) 7 87 89 (P41) 85 (P43) 4 98 99 (P41) 96 (P36) 3 72 76 (P41) 70 (P39) 6

20° 81 90 (P43) 77 (P38) 13 71 76 (P44) 68 (P36) 8 96 98 (P44) 94 (P36) 4 70 72 (P41) 67 (P43) 6

21° 76 81 (P38) 72 (P40) 9 76 80 (P44) 73 (P2) 7 89 91 (P44) 86 (P36) 6 67 72 (P41) 65 (P39) 6

22° 82 87 (P44) 78 (P36) 9 76 81 (P44) 73 (P36) 8 82 85 (P41) 79 (P2) 5 70 73 (P41) 68 (P40) 5

Diferenças higrométricas nos períodos correspondentes as estações do anoDias

de

coleta

Verão Outono Inverno Primavera

Page 119: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

119

Para a temperatura máxima absoluta, o ponto P2 (Rua Visconde de Nácar

com Rua Emiliano Perneta – Centro), em Zona Central (ZC), próximo as Praças Rui

Barbosa e Osório (APÊNDICE 2) e com sombreamento de prédios, apresentou as

menores temperaturas máximas em algumas datas de monitoramento,

principalmente no período correspondente ao verão (TABELA 21). Nas outras

estações do ano destacou-se o ponto P41 (Rua Jaime Balão com Via Férrea –

Bairro Hugo Lange).

As maiores temperaturas mínimas ocorreram na área central, nos pontos P1

(Praça Tiradentes) e P2 (Rua Visconde de Nácar com Rua Emiliano Perneta –

Centro) (TABELA 22). O ponto P2 destacou-se também pela menor umidade relativa

do ar nas datas que foram observadas as maiores diferenças higrométricas entre os

pontos de monitoramento (TABELA 23).

Ao se estratificar os dados para as partes do dia, mostrados na TABELA 24,

nos períodos da madrugada e noite, os maiores valores de temperatura média,

máxima absoluta e mínima absoluta ocorreram no ponto P2, mas isto não ocorreu

nos períodos da manhã e tarde, quando mesmo os pontos localizados nas áreas

extremas apresentaram as maiores temperaturas. Isto confirma as constatações de

Klysik e Fortuniak (1999), de que a área central, com maior densidade de

construção, pode ser mais fria que os arredores durante o dia nos locais que estão à

sombra. O sombreamento causado pelas edificações nas ruas e espaços adjacentes

é significativo, reduzindo as temperaturas durante o dia.

Para a temperatura máxima absoluta do ar, as maiores diferenças térmicas

foram observadas na primavera, nas partes da tarde (5,8°C) e noite (8,0°C), com as

maiores temperaturas nos pontos P36 (Rua Raul Pompéia com Rua Ludovico

Kaminski – Cidade Industrial de Curitiba), P37 (Rua Pompéia com Rua João

Debimski - Fazendinha) e P40 (Avenida Sete de Setembro com Rua Castro Alves -

Batel), caracterizados por alta impermeabilização (TABELA 24).

Nos períodos da manhã e tarde, em todas as estações do ano, o ponto P2

apresentou menor amplitude térmica absoluta (TABELA 24).

Pelo perfil longitudinal da temperatura média e umidade relativa do ar média

estratificado para as partes do dia, mostrado na FIGURA 30, neste transecto é

mostrado claramente o comportamento inverso da temperatura e da umidade

relativa do ar na área central na parte do dia correspondente à madrugada, em todas

as estações do ano.

Page 120: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 24 - TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA DO AR OBSERVADAS NO TRANSECTO SUDOESTE-NORDESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011 ESTRATIFICADAS PARA AS PARTES DO DIA

continua

P36 P37 P38 P39 P40 P2 P1 P4 P41 P42 P43 P44 P36 P37 P38 P39 P40 P2 P1 P4 P41 P42 P43 P44

Verão 18,8 19,0 19,0 19,0 19,0 19,6 19,3 19,1 18,7 18,8 18,8 18,6 1,0 94 93 94 92 90 88 92 92 95 94 94 95 7

Outono 12,1 12,4 12,3 12,4 12,8 13,2 13,1 12,6 12,2 12,2 12,2 11,7 1,5 90 91 92 90 88 86 88 91 92 92 90 93 7

Inverno 11,1 11,5 11,3 11,5 11,8 12,4 12,2 11,8 11,3 11,3 11,5 11,0 1,4 88 87 89 86 84 82 84 86 89 88 87 88 7

Primavera 14,1 14,0 13,8 14,2 14,1 14,5 14,4 14,3 13,7 13,8 13,7 13,6 0,9 87 89 91 88 87 86 87 89 91 91 90 91 5

Verão 22,5 22,2 21,1 22,4 21,9 22,1 21,9 22,8 21,8 22,0 21,9 22,2 1,7 86 80 83 79 79 77 81 77 84 83 86 83 9

Outono 14,8 15,3 15,0 14,6 14,4 14,6 14,8 15,0 14,3 14,4 14,7 14,4 1,0 81 81 83 82 82 81 82 81 86 85 82 85 6

Inverno 14,1 14,2 14,3 14,1 13,7 14,2 14,0 14,0 13,8 13,8 14,0 13,7 0,6 77 78 79 77 78 77 78 80 81 80 78 81 4

Primavera 18,7 18,6 18,9 18,8 17,6 18,2 18,1 19,1 18,2 18,5 18,6 18,8 1,5 69 71 72 69 73 70 72 70 74 72 69 71 6

Verão 26,1 25,5 26,3 25,4 25,5 24,8 25,5 25,8 25,6 25,5 25,0 25,7 1,5 66 66 66 65 63 52 64 63 65 66 71 65 18

Outono 19,6 19,0 18,8 18,5 19,3 18,1 18,6 18,3 18,6 19,2 18,4 17,9 1,7 57 59 62 61 58 62 61 63 64 61 62 65 9

Inverno 19,2 19,2 19,0 19,1 19,0 18,8 19,0 19,8 18,8 19,1 18,6 18,7 1,2 59 60 61 60 59 61 60 60 63 62 62 63 4

Primavera 23,0 23,9 23,9 22,9 23,4 21,9 23,3 23,8 22,3 22,8 22,3 23,1 2,0 51 50 52 52 50 55 52 52 57 55 55 55 8

Verão 20,2 20,4 20,8 20,4 20,4 20,8 20,7 20,7 20,1 20,2 20,2 20,0 0,9 91 89 91 88 86 83 88 87 90 90 90 91 8

Outono 13,7 14,1 13,9 13,9 14,1 14,7 14,6 14,3 13,5 13,6 13,5 13,0 1,7 84 84 86 84 82 80 82 84 88 87 86 90 9

Inverno 14,0 14,3 14,1 14,4 14,5 15,1 15,0 14,8 14,0 14,1 14,1 13,5 1,6 81 80 83 80 78 77 78 80 84 83 82 86 9

Primavera 17,0 17,1 16,7 16,8 16,9 17,1 17,2 17,1 16,3 16,3 15,8 16,0 1,4 78 79 82 79 78 78 78 80 85 84 85 85 8

Verão 21,7 21,7 22,1 22,1 22,1 22,5 22,1 22,1 21,3 21,3 21,3 21,0 1,5 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Outono 16,8 18,3 17,5 17,5 18,3 19,4 19,0 17,5 17,5 17,9 17,9 16,0 3,4 99 100 100 100 100 99 99 100 100 100 100 100 1

Inverno 17,9 17,9 18,3 17,5 19,0 19,8 19,4 18,3 19,0 19,0 19,8 16,8 3,1 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0

Primavera 19,0 19,4 19,0 19,0 19,4 19,4 19,4 19,4 17,9 17,9 18,3 18,7 1,5 100 100 100 100 100 99 100 100 100 100 100 100 1

Verão 31,1 29,5 30,3 30,7 30,3 28,7 28,3 31,9 29,5 29,1 28,3 31,1 3,6 100 100 100 100 99 100 100 100 100 100 100 100 1

Outono 26,3 24,4 26,3 24,0 26,7 23,2 24,4 25,2 25,2 24,8 23,6 24,0 3,5 100 100 100 100 99 99 99 100 100 100 100 100 1

Inverno 27,5 28,3 29,9 27,9 28,7 27,5 28,3 27,9 27,9 28,3 31,1 29,1 3,6 99 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 1

Primavera 29,5 30,7 31,9 29,1 29,9 28,7 28,3 29,9 31,1 29,1 30,3 31,5 3,6 99 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 1

Verão 34,9 33,6 34,9 32,3 34,4 30,3 33,2 34,4 33,2 33,6 33,6 34,0 4,5 100 100 100 100 99 100 100 99 100 100 100 100 1

Outono 26,7 26,0 25,6 25,2 27,1 25,2 25,2 25,6 26,7 27,5 25,6 25,2 2,4 98 98 100 100 98 98 98 98 99 98 99 99 2

Inverno 30,7 30,7 31,1 31,1 30,7 29,9 29,9 31,5 30,3 31,5 31,9 31,1 2,0 99 100 100 100 99 100 99 100 100 100 100 100 1

Primavera 33,6 34,0 35,7 32,8 34,4 29,9 32,8 34,4 33,2 33,2 31,9 35,3 5,8 99 99 99 99 95 95 100 99 99 99 99 99 5

Verão 29,1 28,7 31,9 27,1 28,3 26,7 26,7 27,1 27,9 26,7 26,7 26,7 5,2 100 100 100 100 99 100 100 99 100 100 100 100 1

Outono 21,7 21,3 21,7 21,7 21,7 22,5 22,9 22,5 21,7 22,1 21,7 21,0 1,9 98 100 100 100 98 98 98 98 100 99 99 99 2

Inverno 26,0 25,6 25,2 25,6 24,8 25,6 25,6 26,3 25,2 25,2 24,8 24,8 1,6 99 100 100 99 99 100 99 100 100 100 99 100 1

Primavera 31,5 32,8 29,1 27,5 31,5 27,1 27,9 27,5 25,6 25,6 24,8 25,6 8,0 99 100 100 100 99 99 99 100 100 100 99 100 1

Temperatura máxima absoluta do ar (°C) Umidade relativa máxima absoluta do ar (%)

Madrugada

Manhã

Tarde

Noite

Temperatura média do ar (°C) Umidade relativa média do ar (%)

Madrugada

Manhã

Tarde

Noite

PeríodosPontos de monitoramento Diferença

térmica

Pontos de monitoramento Diferença

higrométrica

Page 121: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 24 - TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA DO AR OBSERVADAS NO TRANSECTO SUDOESTE-NORDESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011 ESTRATIFICADAS PARA AS PARTES DO DIA

conclusão

FONTE: A autora (2012)

P36 P37 P38 P39 P40 P2 P1 P4 P41 P42 P43 P44 P36 P37 P38 P39 P40 P2 P1 P4 P41 P42 P43 P44

Verão 15,6 15,6 15,2 15,6 15,6 16,0 16,4 16,4 16,0 16,0 16,0 15,6 1,2 41 44 47 45 45 46 40 39 45 41 51 43 12

Outono 3,3 5,0 4,2 4,6 6,2 6,6 6,6 5,4 5,4 5,0 5,0 2,9 3,7 41 41 44 47 45 40 42 51 45 45 41 43 11

Inverno -0,2 1,6 1,2 1,2 2,9 3,7 3,7 2,9 1,6 1,6 2,0 1,2 3,9 41 44 43 43 36 35 37 39 39 39 39 41 9

Primavera 8,2 9,4 8,6 9,8 9,8 10,2 9,0 9,8 8,6 7,8 8,2 7,4 2,8 41 41 44 47 45 40 42 51 45 45 41 43 11

Verão 16,0 16,0 16,0 16,4 16,4 17,1 16,8 16,4 15,6 16,0 16,4 16,0 1,5 43 48 46 43 44 48 48 40 49 49 51 44 11

Outono 5,0 4,6 5,8 6,2 6,6 7,0 6,6 6,6 5,0 5,4 5,8 4,2 2,9 42 37 41 42 40 44 42 37 45 41 43 41 8

Inverno -0,2 1,6 1,6 1,6 2,5 3,3 3,3 2,9 1,2 1,6 2,0 1,2 3,5 25 25 24 24 24 24 23 24 24 24 24 24 2

Primavera 10,2 9,8 9,4 10,2 9,8 10,6 10,2 9,8 9,0 9,0 9,8 8,2 2,4 26 25 26 27 26 27 28 26 31 28 27 29 6

Verão 18,3 18,3 17,9 17,5 17,9 17,9 18,3 17,5 16,4 16,8 16,8 16,4 1,9 29 29 28 31 27 48 26 26 27 27 27 27 22

Outono 11,8 11,8 11,8 11,8 11,8 12,2 11,8 12,2 11,4 11,4 11,0 11,0 1,2 30 35 31 29 24 31 32 33 28 28 29 33 11

Inverno 6,6 6,6 6,6 6,6 6,6 6,6 6,6 7,0 6,6 6,2 6,6 6,6 0,8 26 25 24 24 24 24 25 24 25 25 24 24 2

Primavera 14,1 14,1 14,1 13,7 13,7 14,1 13,7 14,1 13,7 13,7 13,3 13,3 0,8 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 0

Verão 15,2 15,6 15,6 15,6 15,6 16,0 16,4 16,4 15,6 16,0 16,0 16,0 1,2 53 53 55 52 46 51 48 51 51 55 56 56 11

Outono 6,2 7,8 7,4 7,4 8,6 9,0 9,0 8,6 7,0 7,0 7,0 5,8 3,2 51 55 53 50 49 47 48 48 52 53 53 59 12

Inverno 2,5 5,0 4,2 4,6 6,2 6,2 6,2 5,4 4,6 4,2 4,6 2,9 3,8 35 35 40 38 37 34 37 36 38 40 39 41 6

Primavera 11,0 11,0 10,6 10,6 10,2 11,0 10,6 11,0 10,2 10,2 10,2 10,2 0,8 24 24 35 35 31 32 32 34 40 40 41 37 17

Verão 6,1 6,1 6,9 6,5 6,5 6,5 5,7 5,7 5,3 5,3 5,3 5,3 _ 60 57 53 55 55 54 60 61 55 59 49 57 _

Outono 13,5 13,3 13,4 13,0 12,1 12,8 12,4 12,1 12,1 12,9 12,9 13,1 _ 58 60 57 53 55 60 58 49 55 55 59 57 _

Inverno 18,1 16,3 17,1 16,4 16,2 16,1 15,7 15,4 17,4 17,4 17,8 15,6 _ 60 57 57 57 64 65 63 61 61 61 62 59 _

Primavera 10,8 10,0 10,4 9,2 9,6 9,2 10,4 9,6 9,3 10,1 10,1 11,2 _ 59 60 57 53 55 60 58 49 55 55 59 57 _

Verão 15,1 13,5 14,3 14,3 13,9 11,6 11,6 15,6 13,9 13,1 11,9 15,1 _ 57 52 54 57 55 52 52 60 51 51 49 56 _

Outono 21,4 19,8 20,5 17,8 20,1 16,2 17,8 18,6 20,2 19,4 17,8 19,9 _ 58 63 59 58 58 55 57 63 55 59 57 59 _

Inverno 27,7 26,7 28,3 26,3 26,2 24,2 25,0 25,0 26,7 26,7 29,1 27,9 _ 74 75 76 76 76 76 77 76 76 76 77 76 _

Primavera 19,3 20,9 22,5 18,9 20,1 18,1 18,1 20,1 22,1 20,1 20,5 23,3 _ 73 75 74 73 74 73 72 74 69 72 73 71 _

Verão 16,6 15,3 17,0 14,8 16,5 12,4 14,9 16,9 16,8 16,8 16,8 17,6 _ 71 71 72 69 73 52 74 73 73 73 73 74 _

Outono 15,0 14,2 13,8 13,4 15,4 13,0 13,4 13,4 15,4 16,1 14,6 14,2 _ 68 63 69 71 74 68 66 66 70 71 69 65 _

Inverno 24,1 24,1 24,5 24,5 24,1 23,3 23,3 24,5 23,7 25,3 25,3 24,5 _ 73 75 76 76 75 76 73 76 75 75 77 76 _

Primavera 19,5 19,9 21,6 19,1 20,7 15,8 19,1 20,3 19,5 19,5 18,6 22,0 _ 75 75 75 75 72 71 76 75 76 75 75 75 _

Verão 13,9 13,1 16,3 11,5 12,7 10,7 10,4 10,7 12,3 10,7 10,7 10,7 _ 47 47 46 48 54 49 52 49 49 45 45 44 _

Outono 15,5 13,5 14,3 14,3 13,1 13,5 13,8 13,9 14,7 15,1 14,7 15,1 _ 47 45 47 50 50 51 50 50 48 46 46 40 _

Inverno 23,5 20,6 21,0 21,0 18,6 19,3 19,3 20,9 20,6 21,0 20,2 21,9 _ 63 65 60 61 62 66 61 64 62 60 60 59 _

Primavera 20,5 21,8 18,5 16,9 21,3 16,1 17,3 16,5 15,4 15,4 14,6 15,4 _ 75 76 66 65 67 67 67 66 60 60 58 63 _

Madrugada

Manhã

Tarde

Noite

Madrugada

Manhã

Tarde

Noite

Amplitude térmica absoluta (°C) Amplitude higrométrica absoluta (%)

PeríodosPontos de monitoramento Diferença

térmica

Pontos de monitoramento Diferença

higrométrica

Temperatura mínima absoluta do ar (°C) Umidade relativa mínima absoluta do ar (%)

Page 122: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

122

FIGURA 30 - PERFIL LONGITUDINAL DA TEMPERATURA MÉDIA DO AR (A) E

UMIDADE RELATIVA MÉDIA DO AR (B) ESTRATIFICADA PARA AS PARTES DO DIA NO TRANSECTO SUDOESTE-NORDESTE NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NO ANO DE 2011

FONTE: A autora (2012)

Page 123: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

123

4.2.5 Variação Termo-higrométrica na Área Intraurbana de Curitiba

A TABELA 25 apresenta os resultados das diferenças termo-higrométricas

extremas quando considerados os 44 pontos de monitoramento em conjunto. Para a

temperatura média, o ponto P3 (Rua André de Barros com Rua Barão do Rio Branco

– Bairro Centro), localizado na área central, foi o ponto mais quente, enquanto o

ponto P15 (Av. Anita Garibaldi com Rua Rolando Salin Zappa Mansur – Bairro

Cachoeira), no extremo norte do município, o de menor temperatura (FIGURA 31).

Estas diferenças térmicas foram superiores a 1,5°C.

(A)

(B) FIGURA 31 - VISTA GERAL DOS PONTOS P3 (A) E P15 (B) FONTE: A autora (2012)

Page 124: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 25 - DIFERENÇAS TERMO-HIGROMÉTRICAS EXTREMAS ENTRE OS PONTOS DE MONITORAMENTO NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

FONTE: A autora (2012)

Média Maior valor Menor valorDiferença

térmicaMédia Maior valor Menor valor

Diferença

higrométrica

Verão 21,6 22,5 (P3) 20,8 (P15) 1,7 83,2 91,2 (P27) 75,6 (P3) 15,1

Outono 14,8 15,7 (P3) 13,9 (P16) 1,8 83,2 85,7 (P16) 76,6 (P3) 9,2

Inverno 14,6 15,5 (P3) 14,0 (P15) 1,5 77,4 81,3 (P16) 73,2 (P31) 8,1

Primavera 17,9 18,6 (P3) 16,8 (P15) 1,8 74,4 78,4 (P22) 70,5 (P31) 8,0

Verão 33,5 35,2 (P13) 30,3 (P2) 5,0 100,0 100,0 100,0 0

Outono 26,2 27,9 (P13) 24,0 (P29) 3,9 99,8 100,0 98,4 (P31) 1,6

Inverno 30,5 31,9 (P11) 29,5 (P9) 2,4 100,0 100,0 98,6 (P36) 1,4

Primavera 32,8 35,7 (P38) 29,9 (P8) 5,8 100,0 100,0 98,4 (P31) 1,6

Verão 15,7 16,4 (P1, P3, P4) 14,8 (P28) 1,5 32,2 47,7 (P2) 24,9 (P3) 22,8

Outono 4,7 7,0 (P3) 2,5 (P15) 4,6 29,8 35,1 (P6) 24,1 (P40) 11,0

Inverno 1,5 3,3 (P1, P2, P3) (-)0,6 (P35) 3,9 24,1 26,0 (P27) 23,4 (P5) 2,6

Primavera 8,9 10,2 (P2) 7,4 (P44) 2,8 23,7 24,7 (P8) 23,5 (P16, P17) 1,2

Verão 28,4 29,8 (P36) 26,2 (P27) 3,6 98,2 99,7 (P15) 94,0 (P2) 13,5

Outono 19,4 20,8 (P13) 18,1(P30) 2,7 96,6 98,8 (P24) 92,5 (P2) 6,2

Inverno 21,1 22,3 (P13) 20,0 (P29) 2,4 95,2 98,1 (P17) 91,2 (P31) 6,9

Primavera 10,0 25,9 (P13) 22,3(P8) 1,6 95,3 98,3 (P17) 91,9 (P2, P30) 6,4

Verão 18,0 18,7 (P3) 17,2 (P15) 1,5 51,8 58,3 (P43) 44,8 (P3) 13,5

Outono 11,2 12,3 (P3) 10,0 (P16) 2,3 53,8 58,8 (P29) 48,4 (P3) 10,4

Inverno 10,0 10,9 (P2) 9,3 (P28) 1,6 52,5 60,1 (P16) 47,7 (P3) 12,3

Primavera 13,1 13,8 (P3) 12,0 (P15) 1,8 46,4 52,0 (P8) 42,9 (P13) 9,1

Médias das

Máximas

Média das

Mínimas

Temperatura do ar (°C) Umidade relativa do ar (%)

VariávelPeríodo de

monitoramento

Média

Máxima

Absoluta

Mínima

Absoluta

Page 125: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

125

Para a temperatura máxima absoluta do ar as diferenças foram de 5,0°C no

verão e de 5,8°C na primavera (TABELA 25). Para esta variável, o ponto P3 não se

configura como o ponto mais quente, e sim o ponto P13 (Rua Vitor Ferreira do

Amaral com BR 116 - Tarumã). No entanto, no ponto P3 ocorreram as maiores

temperaturas mínimas (absoluta e média das mínimas), o que é esperado para as

áreas centrais.

A menor temperatura mínima absoluta do ar (-0,6°C) foi observada no

período correspondente ao inverno no ponto P35 (Rua Velci Bolívar Grando com

Rua Amauri Mauad Gueiros - Uberaba), ponto extremo definido na região sudeste e

mais afastado da região central (TABELA 25).

Para a umidade relativa do ar, os menores valores das variáveis analisadas

foram encontrados tanto na área central, como nos pontos P2 (Rua Visconde de

Nácar com Rua Emiliano Perneta) e P3 (Rua André de Barros com Rua Barão do

Rio Branco – Bairro Centro), como no ponto P31 (Rua Jacarezinho com Rua

Solimões – Vista Alegre), que embora não tenha apresentado altas temperaturas, a

sua localização próxima a área central explica a baixa umidade relativa do ar

encontrada (TABELA 25).

Pelos dados diários de temperatura média, mostrados na TABELA 26, a

maior diferença térmica para foi de 3°C no período do outono, entre os pontos P3 e

P16 (Avenida Anita Garibaldi com Rua Rolando Salin Zappa Mansur – Cachoeira).

Em 67% das datas observadas, o ponto P3 foi o de maior temperatura em números

absolutos.

Para a temperatura máxima absoluta do ar, em várias datas de coleta foram

registradas diferenças térmicas acima de 5°C, destacando-se a diferença térmica de

10°C registrada no último dia de coleta do período correspondente ao outono, entre

os pontos P2 e P31 (TABELA 27). Já para os dados diários de temperatura mínima

absoluta do ar, as diferenças térmicas entre os pontos de monitoramento não foram

superiores a 3°C (TABELA 28).

Os pontos com maiores e menores valores de umidade relativa do ar média

diária variaram com as estações do ano, o que pode ser esperado, já que esta

variável é fortemente influenciada pelas condições meteorológicas. O ponto P16

apresentou os maiores valores de umidade relativa do ar média nos períodos

correspondentes ao outono e ao inverno (TABELA 29).

Page 126: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 26 – TEMPERATURA MÉDIA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS ENTRE TODOS OS PONTOS DE MONITORAMENTO NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

FONTE: A autora (2012)

Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença

1° 21,6 22,6 (P13) 20,6 (P30) 2,0 15,9 16,8 (P3) 14,9 (P16) 1,9 7,7 8,9 (P3, P11) 6,4 (P15) 2,5 13,6 14,8 (P13) 12,7 (P30) 2,0

2° 23,8 24,8 (P3) 22,4 (P15) 2,4 17,7 18,6 (P36) 16,8 (P29) 1,7 23,8 11,4 (P3) 9,0 (P30) 2,4 16,5 17,7 (P13) 15,4 (P15) 2,3

3° 22,1 23,1 (P3) 20,9 (P15) 2,2 19,5 20,5 (P20) 18,2 (P16) 2,3 22,1 18,3 (P3) 16,1 (P17) 2,2 19,3 20,2 (P3) 17,8 (P15) 2,3

4° 22,3 23,2 (P3) 21,3 (P15) 1,9 18,9 20,0 (P3) 17,9 (P28) 2,2 22,3 21,1 (P3) 18,6 (P18) 2,4 19,8 20,6 (P3) 18,5 (P15) 2,1

5° 22,3 23,1 (P35) 21,1 (P29) 2,0 15,3 16,0 (P36) 14,3 (P16) 1,7 22,3 20 (P6) 17,3 (P28) 2,7 19,5 20,5 (P3,P13) 18,4 (P15) 2,1

6° 22,6 23,5 (P3) 21,2 (P15) 2,3 14,6 15,3 (P3) 13,4 (P16) 1,9 22,6 16,7 (P3) 15,0 (P15) 1,7 21,0 22,0 (P4) 19,7 (P15) 2,3

7° 23,2 24,2 (P3) 22,3 (P30) 1,9 12,3 12,8 (P3) 11,6 (P16) 1,2 23,2 14,1 (P3) 12,4 (P15) 1,8 22,6 23,6 (P3, P38) 21,4 (P15) 2,2

8° 19,4 20,0 (P3) 18,7 (P29) 1,3 12,1 12,9 (P3) 11,1 (P16) 1,8 19,4 15,7 (P3, P6) 13,9 (P15) 1,9 22,9 23,8 (P3) 21,4 (P15) 2,4

9° 17,6 18,1 (P35) 16,9 (P15) 1,2 11,9 12,7 (P13) 11,1 (P16) 1,6 17,6 17,8 (P3) 15,7 (P15) 2,1 18,7 19,3 (P37) 17,6 (P28) 1,6

10° 20,1 21,0 (P35) 19,2 (P) 1,8 12,1 13,1 (P3) 11,1 (P16) 2,0 20,1 21,6 (P3) 19,2 (P18) 2,4 16,7 17,5 (P3) 15,8 (P15) 1,7

11° 20,8 21,7 (P3) 19,5 (P15) 2,2 12,4 13,1 (P11) 11,2 (P16) 2,1 20,8 15,9 (P1) 14,1 (P15) 1,8 14,8 15,5 (P3) 13,7 (P15) 1,8

12° 22,2 23,1 (P13) 20,8 (P28) 2,2 13,8 14,8 (P3) 12,6 (P16) 2,1 22,2 17,8 (P3) 15,5 (P28) 2,3 14,4 14,9 (P3) 13,8 (P29) 1,1

13° 21,3 21,9 (P6) 20,3 (P27) 1,6 15,7 16,4 (P3) 14,6 (P16) 1,8 21,3 20,1 (P3) 18,0 (P28) 2,1 13,8 14,2 (P3) 13,2 (P15) 1,0

14° 22,2 23,4 (P3) 21,0 (P29) 2,4 16,5 17,5 (P20) 15,5 (P16) 2,1 22,2 21,9 (P2) 19,0 (P16) 2,9 13,3 14,0 (P3) 12,0 (P15) 1,9

15° 24,3 25,4 (P3) 23,2 (P27) 2,2 17,5 18,7 (P3) 16,6 (P30) 2,1 24,3 14,5 (P3) 12,6 (P28) 1,9 15,8 17,0 (P13) 14,9 (P15) 2,0

16° 22,3 23,5 (P3) 20,9 (P27) 2,5 16,7 17,5 (P3) 15,8 (P36) 1,8 22,3 14,4 (P2) 13,2 (P15) 1,3 15,9 17,1 (P13) 14,9 (P15) 2,2

17° 21,8 22,7 (P3) 20,9 (P15) 1,8 17,5 18,6 (P20) 16,6 (P16) 2,0 21,8 13,4 (P3) 11,8 (P28) 1,7 16,2 17,4 (P13) 15,0 (P15) 2,4

18° 21,9 22,5 (P36) 21,2 (P15) 1,4 18,0 19,4 (P3) 17,0 (P16) 2,4 21,9 7,7 (P3) 5,7 (P15, P28) 2,0 17,2 18,1 (P13) 16,0 (P15) 2,1

19° 21,8 22,4 (P13) 21,1 (P27) 1,3 13,4 14,1 (P3) 12,8 (P29) 1,4 21,8 7,2 (P3) 5,9 (P15, P28) 1,3 19,9 20,8 (P13) 18,7 (P15) 2,1

20° 22,4 23,4 (P3) 21,4 (P29) 1,9 12,7 13,6 (P3) 11,6 (P28) 2,0 22,4 11,0 (P3, P13) 9,9 (P15, P28) 1,1 20,9 21,8 (P3) 19,5 (P15) 2,3

21° 21,8 22,9 (P3) 20,1 (P42) 2,8 10,6 11,9 (P3) 9,0 (P16) 3,0 21,8 14,3 (P3) 12,7 (P15) 1,6 20,1 21,0 (P13) 19,0 (P15) 2,0

22° 17,9 18,8 (P3) 16,5 (P28) 2,3 11,0 12,1 (P3) 9,7 (P28) 2,5 17,9 17,9 (P3) 16,0 (P15) 1,9 20,8 21,7 (P3) 19,5 (P15) 2,2

Dias de

coleta

Verão Outono Inverno Primavera

Diferenças térmicas nos períodos correspondentes as estações do ano

Page 127: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 27 – TEMPERATURA MÁXIMA ABSOLUTA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS ENTRE TODOS OS PONTOS DE MONITORAMENTO NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

FONTE: A autora (2012)

Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor

1° 29,9 32,8 (P13) 27,5 (P27) 5,2 18,1 19,4 (P2, P13) 16,8 (P17) 2,7 15,0 17,1 (P11) 12,9 (P29) 4,2 19,7 22,5 (P37) 17,5 (P41)

2° 31,0 32,8 (P44) 28,7 (P30) 4,1 24,9 27,9 (P13) 22,5 (P29) 5,4 21,5 25,2 (P13) 18,7 (P43) 6,5 25,8 29,1 (P37) 22,9 (P8)

3° 30,0 32,3 (P20) 27,9 (P16) 4,4 25,8 27,9 (P11) 23,6 (P29) 4,3 27,4 29,5 (P15) 26,0 (P29) 3,6 30,0 32,3 (P26) 27,1 (P8)

4° 28,7 31,1 (P3) 27,1 (P15) 4,0 25,4 27,1 (P35) 23,6 (P29) 3,5 29,6 31,5 (P4) 28,3 (P9) 3,2 19,8 20,6 (P3) 18,5 (P15)

5° 28,6 32,3 (P36) 26,3 (P9) 6,0 17,8 19,0 (P3, P13) 16,4 (P16) 2,7 29,8 31,1 (P43) 27,9 (P28) 3,2 28,5 31,1 (P26) 26,0 (P8)

6° 29,7 31,5 (P4) 27,9 (P30) 3,6 17,8 19,8 (P35) 16,0 (P16) 3,8 21,4 23,2 (P14) 19,8 (P6, P29) 3,4 31,2 34,9 (P7) 27,5 (P8)

7° 31,3 34,0 (P36) 28,7 (P2) 5,3 15,1 16,4 (P32) 14,1 (P29) 2,3 17,1 19,0 (P24) 15,6 (P16) 3,4 32,7 35,7 (P38) 29,5 (P8)

8° 24,3 27,9 (P42) 21,7 (P27) 6,2 15,9 18,7 (P10) 14,1 (P16) 4,6 21,1 24,8 (P13) 19,0 (P16) 5,8 31,5 34,4 (P35) 29,9 (P8)

9° 19,4 20,2 (P3) 18,7 (P29) 1,5 17,8 21,0 (P24) 15,6 (P28) 5,3 25,3 27,5 (P13) 23,6 (P16) 3,9 22,3 24,8 (P13, P18) 20,6 (P15)

10° 26,4 28,7 (P41) 23,2 (P27) 5,5 19,7 24,8 (P42) 17,1 (P30) 7,7 30,3 31,9 (P43) 28,7 (P29) 3,2 19,6 21,0 (P37) 18,3 (P8, P22, P23)

11° 27,0 30,3 (P6) 23,2 (P27) 7,1 19,2 22,1 (P35) 17,1 (P30, P12) 5,0 19,6 21,0 (P18, P35) 18,3 (P16) 2,7 17,1 18,7 (P18) 16,0 (P30, P31)

12° 29,9 32,8 (P15) 26,0 (P27) 6,8 20,5 23,6 (P40) 18,3 (P8) 5,4 26,6 29,9 (P13) 23,6 (P17, P29) 6,3 16,6 17,5 (P3) 15,6 (P15)

13° 30,1 32,8 (P13) 26,3 (P27) 6,4 22,4 26,3 (P40) 20,6 (P30) 5,8 27,0 28,7 (P34) 25,6 (P28) 3,1 17,0 17,9 (P38) 16,0 (P30)

14° 31,2 34,9 (P36) 27,1 (P27) 7,7 24,2 26,7 (P13) 22,5 (P30) 4,3 29,2 30,7 (P11) 27,1 (P23) 3,6 17,0 18,7 (P13) 14,9 (P15, P30, P31)

15° 33,4 35,3 (P13) 30,3 (P2) 5,0 25,3 27,9 (P11) 23,2 (P2) 4,7 15,8 16,8 (P34) 15,2 (P9) 1,5 24,5 27,5 (P13) 21,7 (P8)

16° 31,1 32,8 (P4) 29,5 (P29) 3,3 21,1 23,6 (P13) 19,4 (P17) 4,2 15,4 16,0 (P14) 14,9 (P15) 1,2 22,8 26,0 (P13) 21,0 (P8, P30)

17° 30,0 31,9 (P5) 26,7 (P27) 5,2 24,4 26,7 (P13) 22,9 (P23) 3,9 15,5 16,0 (P14)14,9 (P15, P28,

P29, P30, P31)1,2 23,1 26,7 (P13) 21,0 (P8)

18° 28,9 30,7 (P6) 27,1 (P27) 3,6 25,2 27,9 (P21) 23,2 (P8, P29) 4,7 12,5 14,1 (P3, P18)10,2 (P29, P30,

P31)3,9 23,2 25,6 (P24) 21,3 (P22)

19° 30,5 32,8 (P31) 27,1 (P27) 5,6 15,5 17,1 (P13) 14,5 (P28) 2,7 7,7 8,2 (P1, P3) 6,6 (P29, P30) 1,6 26,7 28,7 (13P) 25,2 (P8, P29, P30)

20° 28,7 31,5 (P41) 25,2 (P27) 6,4 7,7 9,8 (P5) 5,8 (P16) 4,0 13,7 15,2 (P35) 12,9 (P28) 2,3 26,8 28,7 (P24) 24,8 (P8)

21° 27,5 30,3 (P4) 24,4 (P28) 5,9 12,8 19,4 (P5) 11,6 (P16) 7,8 17,4 19,4 (P35) 16,0 (P15) 3,4 28,0 31,1 (P24) 24,8 (P8)

22° 18,0 22,1 (P1) 16,5 (P29) 5,5 10,7 19,0 (P2) 9,0 (P31) 10,1 25,5 27,9 (P32) 23,6 (P31) 4,3 30,5 32,8 (P44) 26,7 (P8)

Dias de

coleta

Diferenças térmicas nos períodos correspondentes as estações do ano

Verão Outono Inverno Primavera

Page 128: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 28 – TEMPERATURA MÍNIMA ABSOLUTA DO AR E DIFERENÇAS TÉRMICAS DIÁRIAS OBSERVADAS ENTRE TODOS OS PONTOS DE MONITORAMENTO NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

FONTE: A autora (2012)

Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença

1° 18,2 19,0 (P3) 17,1 (P15) 1,9 14,3 15,2 (P1, P13) 12,9 (P16) 2,3 2,7 4,2 (P2) 1,2 (P15) 3,0 9,9 10,2 (P2, P3, P20) 8,6 (P28) 1,6

2° 18,7 20,2 (P3) 17,1 (P17) 3,1 14,5 15,2 (P1) 13,3 (P16) 1,9 1,5 3,7 (P2) (-)0,6 (P35) 4,4 9,4 11,0 (P3) 7,8 (P15, P30) 3,2

3° 18,9 19,8 (P3) 17,9 (P30) 1,9 15,9 16,4 (P1, P2) 14,9 (P16) 1,5 8,8 10,6 (P2) 7,4 (P17) 3,2 12,0 12,9 (P3) 11,0 (P15, P30) 1,9

4° 18,9 19,4 (P3) 18,3 (P33) 1,1 15,2 16,8 (P1, P3) 14,1 (P30) 2,7 10,8 13,7 (P2) 9,0 (P17, P35, P36) 4,7 14,0 14,5 (P1, P2, P3, P9) 12,9 (P15) 1,5

5° 17,5 18,3 (P14) 16,8 (P17) 1,5 13,7 14,5 (P3, P20) 12,9 (P16, P30) 1,5 14,5 15,6 (P9) 12,9 (P36) 2,7 13,4 15,2 (P2, P3) 11,8 (P30) 3,5

6° 19,9 21,3 (P3) 18,3 (P15) 3,1 12,6 12,9 (P1, P3, P20) 11,8 (P16) 1,2 12,9 13,3 (P25) 11,8 (P15) 1,6 14,5 15,2 (P2, P3)12,9 (P8, P15, P28,

P29, P30)2,3

7° 19,4 20,2 (P3) 18,3 (P17) 1,9 10,6 11,4 (P1, P3) 9,4 (P16) 2,0 12,1 12,9 (P1) 11,4 (P8, P15) 1,6 15,2 16,0 (P2, P3) 13,7 (P30) 2,3

8° 15,6 16,4 (P3) 15,2 (P15, P7) 1,2 9,5 10,2 (P3, P25, P26) 7,8 (P16) 2,4 12,0 12,9 (P2) 11,0 (P15) 1,9 16,1 17,5 (P2, P3) 14,5 (P15) 3,1

9° 15,6 16,4 (P3) 15,2 (P15, P7) 1,2 9,3 10,2 (P3, P26) 7,4 (P16) 2,8 11,1 11,8 (P2) 9,8 (P15) 2,0 16,6 17,5 (P3) 16,0 (P15, P30) 1,5

10° 17,1 17,9 (P21) 16,8 (P15) 1,1 7,1 8,2 (P1, P3) 5,0 (P19) 3,2 11,4 14,9 (P15) 9,4 (P44) 5,4 14,6 15,6 (P1) 13,7 (P15) 1,9

11° 17,1 17,9 (P3) 16,0 (P28) 1,9 8,7 9,4 (P3, P25) 7,4 (P16) 2,0 12,3 12,9 (P1) 11,0 (P28) 1,9 13,2 13,7 (P9) 12,6 (P15) 1,2

12° 17,9 19,0 (P3) 17,1 (P15, P30) 1,9 8,2 10,2 (P2) 6,6 (P31) 3,6 12,1 12,6 (P2) 11,0 (P15) 1,6 12,9 13,3 (P9) 12,6 (P15) 0,8

13° 18,3 18,3 (P3) 16,0 (P15) 2,3 11,9 12,9 (P3, P26) 11,0 (P31) 1,9 12,3 13,3 (P14) 10,6 (P15) 2,7 10,5 11,0 (P9) 9,4 (P15) 1,6

14° 16,8 17,9 (P2) 15,2 (P17) 2,7 10,8 12,6 (P3) 9,0 (P19, P34) 3,5 13,8 16,0 (P2) 11,4 (P18) 4,6 10,5 11,0 (P9) 9,4 (P15) 1,6

15° 20,2 20,2 (P3) 18,3 (P29) 1,9 10,8 13,3 (P2) 9,4 (P17, P31) 3,9 12,1 12,9 (P2, P3) 10,6 (P15) 2,3 8,9 10,2 (P2, P3) 7,4 (P15) 2,8

16° 19,0 19,0 (P3) 16,8 (P14) 2,3 14,0 15,2 (P3) 12,9 (P16) 2,3 12,3 12,6 (P3) 11,4 (P15) 1,2 10,9 11,8 (P2, P3) 9,4 (P44) 2,4

17° 18,3 19,0 (P3) 17,5 (P15) 1,5 12,6 13,7 (P1) 10,2 (P44) 3,5 7,3 8,2 (P3) 6,2 (P8, P23) 2,0 10,7 11,8 (P2, P3) 9,4 (P17) 2,4

18° 18,3 18,7 (P40) 17,5 (P15) 1,1 13,6 15,2 (P20) 12,2 (P16) 3,1 2,5 3,3 (P3) 0,7 (P8) 2,6 12,4 13,3 (P2, P3) 10,6 (P11, P17) 2,7

19° 18,7 19,4 (P18) 18,3 (P14, P18) 1,1 12,0 12,9 (P9) 10,6 (P16) 2,3 5,5 6,2 (P3)5,0 (P8, P28, P29,

P30)1,2 14,3 14,9 (P3) 12,9 (P15) 1,9

20° 19,4 19,8 (P3) 18,3 (P15) 1,5 7,7 9,8 (P3) 5,8 (P16) 4,0 7,3 7,8 (P2, P3) 6,6 (P28) 1,2 17,8 18,3 (P3) 17,1 (P15) 1,1

21° 17,9 19,0 (P18) 16,8 (P28) 2,3 7,7 9,8 (P2) 5,8 (P16) 4,0 10,6 11,0 (P2, P3) 9,8 (P15) 1,2 15,1 16,0 (P3) 13,7 (P15) 2,3

22° 16,0 16,8 (P3) 14,9 (P28) 1,9 5,6 7,0 (P3) 2,5 (P16, P30) 4,6 13,4 14,1 (P3) 12,6 (P15) 1,5 14,9 15,6 (P3) 14,1 (P15, P30) 1,5

Dias de

coleta

Diferenças térmicas nos períodos correspondentes as estações do ano

Verão Outono Inverno Primavera

Page 129: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 29 – UMIDADE RELATIVA DO AR MÉDIA E DIFERENÇAS HIGROMÉTRICAS DIÁRIAS OBSERVADAS ENTRE TODOS OS PONTOS DE MONITORAMENTO NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

FONTE: A autora (2012)

Média Maior valor Menor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença MédiaMaior

valorMenor valor Diferença Média Maior valor Menor valor Diferença

1° 8692 (P28, P32,

P43)77 (P2, P3) 15 88 93 (P16) 83 (P3) 11 57 63 (P18) 50 (P2) 13 73 78 (P22) 68 (P31) 10

2° 73 80 (P15) 65 (P3) 15 80 86 (P16) 74 (P36) 12 71 76 (P17) 65 (P3) 11 65 70 (P41) 60 (P37) 10

3° 85 91 (P15) 78 (P2) 12 77 85 (P16) 71 (P3) 14 61 70 (P17) 51 (P3) 18 63 68 (P22, P35) 59 (P3, P10) 9

4° 83 88 (P36) 79 (P2) 9 82 87 (P16) 75 (P3) 12 57 69 (P18) 51 (P2) 18 68 73 (P15) 63 (P3) 10

5° 80 86 (P30) 76 (P26) 10 85 91 (P16) 80 (P3) 11 73 80 (P35) 65 (P31) 16 69 74 (P22) 64 (P3, P31) 10

6° 83 89 (P1, P9) 77 (P2) 12 84 93 (P16) 78 (P36) 15 89 94 (P16) 85 (P31) 9 62 66 (P22) 58 (P31) 9

7° 77 88 (P15) 72 (P3) 17 97100 (P6, P7,

P34, P35)93 (P31) 7 91 97 (P16) 85 (P31) 12 59 64 (P35) 55 (P31) 9

8° 97 100 (P15) 93 (P2) 7 91 97 (P16) 87 (P36) 9 83 90 (P16) 78 (P3, P31) 13 61 65 (P15) 57 (P3, P31) 8

9° 99 100 (P15) 96 (P29) 4 81 87 (P16) 76 (P10) 10 71 79 (P16) 66 (P3) 13 91 96 (P8, P29) 86 (P25) 10

10° 88 99 (P36) 79 (P33) 19 78 83 (P16) 73 (P3) 10 62 70 (P8) 54 (P31) 16 89 94 (P8, P29) 86 (P31) 8

11° 83 92 (P28) 74 (P3) 18 81 88 (P16) 76 (P36) 11 84 90 (P16) 79 (P31) 11 89 94 (P15) 85 (P34) 9

12° 78 88 (P28) 73 (P2) 15 80 86 (P16) 76 (P27) 10 79 84 (P16) 72 (P3) 11 9798 (P7, P8,

P16, P17)91 (P31) 7

13° 83 89 (P29) 79 (P3) 10 80 85 (P8) 76 (P3) 9 64 69 (P16) 59 (P2, P31) 10 9799 (P17, P18,

P21)92 (P3) 7

14° 79 92 (P43) 73 (P3) 19 73 79 (P18) 69 (P3) 10 49 63 (P16) 42 (P3, P40) 21 88 94 (P17) 84 (P36) 11

15° 69 77 (P35) 63 (P3) 14 71 76 (P31) 65 (P3) 11 87 91 (P16) 82 (P36) 10 74 77 (P17, P22) 69 (P10) 8

16° 81 87 (P15, P43) 74 (P3) 13 86 91 (P16) 82 (P3) 9 99 100 (P16) 97 (P31) 3 72 77 (P17) 66 (P10) 10

17° 83 90 (P43) 79 (P3) 11 78 82 (P44) 73 (P3) 9 82 93 (P16) 77 (P3) 16 66 72 (P22) 61 (P10) 11

18° 85 90 (P43) 81 (P3) 8 73 78 (P24) 68 (P3) 10 77 86 (P16) 71 (P31) 15 71 77 (P15) 66 (P27) 10

19° 87 92 (P43) 85 (P3) 7 88 93 (P16) 82 (P31) 11 98 100 (P16) 93 (P31) 7 73 78 (P18) 68 (P27) 10

20° 82 90 (P43) 77 (P3) 13 72 77 (P16) 67 (P3) 10 96

100 (P16,

P35) 91 (P31) 9 70 76 (P17) 66 (P3, P31) 11

21° 76 85 (P28, P29) 70 (P3) 15 77 81 (P16) 71 (P3) 9 89 96 (P16) 84 (P3) 12 68 73 (P22) 60 (P27) 13

22° 83 90 (P15) 78 (P3) 13 77 82 (P16) 73 (P3) 9 83 89 (P16) 79 (P3) 10 71 76 (P15, P22) 62 (P27) 14

Dias de

coleta

Diferenças higrométricas nos períodos correspondentes as estações do ano

Verão Outono Inverno Primavera

Page 130: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

130

Ao estratificar os dados para as partes do dia, observa-se que o ponto com

maior temperatura média, em números absolutos, diferiu nos períodos observados.

Os pontos P2 e P3 destacaram-se como os mais quentes na área intraurbana de

Curitiba nos períodos da madrugada e noite e o ponto P13 no período diurno, como

já discutido neste trabalho. O ponto P3 foi também o mais quente durante as partes

da manhã e tarde do período correspondente ao inverno e na manhã do verão

(TABELA 30).

Na TABELA 30, para a variável temperatura máxima absoluta, destacaram-

se as altas diferenças à noite nos períodos correspondentes ao verão (7,1 unidades)

e primavera (8,0 unidades). Em geral, as maiores temperaturas máximas foram

observadas nos pontos de monitoramento localizados na área central e bastante

urbanizada.

Para a umidade relativa média do ar, a maior diferença de 38 unidades foi

registrada à tarde no período do verão. Para a umidade relativa máxima absoluta do

ar, o valor máximo (100%) foi encontrado em todos os períodos analisados (TABELA

30). Ressaltam-se as limitações para coletar dados desta variável de acordo com a

sensibilidade do sensor e sua precisão. Fortuniak, Klysic e Wibig (2006) citam que

conclusões sobre diferenças higrométricas em áreas urbanas são questionáveis e

um dos fatores é a menor precisão de medição dos dados de umidade em

comparação com a temperatura do ar.

Na espacialização do campo térmico da área intraurbana de Curitiba

(FIGURA 32), com base nos dados de temperatura média para todo o período e

durante a madrugada, visualizam-se os resultados já discutidos, de que as maiores

temperaturas corresponderam à área central da cidade e com maior concentração

de atividades e as menores temperaturas na porção norte e noroeste do município e

limite sul. Os contrastes de temperatura são mais bem visualizados nos períodos

correspondentes ao outono e ao inverno, com destaque para as maiores

temperaturas na área central. Isto mostra o efeito do calor antropogênico,

geralmente maior no inverno do que no verão, conforme Gartland (2010).

Ao se comparar os resultados obtidos com a distribuição de florestas

urbanas (ver item 3.2.3), verifica-se que as áreas mais quentes se concentram nos

locais com menor disponibilidade de vegetação, enquanto que as áreas de menor

temperatura corresponderam às partes do município com maior presença de

florestas urbanas, resultados esperados e constatados por diversos autores.

Page 131: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 30 - DIFERENÇAS TERMO-HIGROMÉTRICAS EXTREMAS ENTRE OS PONTOS DE MONITORAMENTO NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA ESTRATIFICADAS PARA AS PARTES DO DIA NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

continua

Estação do

anoPartes do dia Média Maior valor Menor valor

Diferença

térmicaMédia Maior valor Menor valor

Diferença

higrométrica

Madrugada 18,9 19,6 (P3) 18,0 (P15) 1,6 92 96 (P15) 77 (P32) 19

Manhã 22,1 23,2 (P3) 21,1 (P38) 2,1 82 92 (P29) 75 (P3) 17

Tarde 25,3 26,4 (P29) 22,5 (P29) 3,9 66 91 (P29) 52 (P2) 38

Noite 20,2 21,0 (P3) 19,2 (P29) 1,9 89 94 (P28) 79 (P29) 15

Madrugada 12,3 13,3 (P3) 11,5 (P30, P16) 1,8 90 94 (P16, P17, P28) 84 (P31) 11

Manhã 14,5 15,4 (P20) 13,4 (P16) 1,9 83 90 (P16) 79 (P3) 11

Tarde 18,6 19,8 (P13) 17,6 (P30) 2,2 62 66 (P8, P16, P29) 57 (P13, P31) 9

Noite 13,8 14,7 (P2, P3) 12,6 (P16) 2,1 85 91 (P16, P17) 80 (P2) 11

Madrugada 11,4 12,4 (P2) 10,8 (P28) 1,7 87 91 (P17, P18) 82 (P2, P31) 9

Manhã 13,9 14,8 (P3) 13,2 (P15) 1,6 79 82 (P16, P22, P35) 74 (P10) 8

Tarde 18,9 20,0 (P3) 18,1 (P15) 1,9 61 68 (P16) 56 (P3) 12

Noite 14,2 15,1 (P2) 13,3 (P17) 1,8 81 88 (P17) 77 (P2, P3) 11

Madrugada 13,9 14,6 (P3) 12,8 (P15) 1,8 89 93 (P17) 81 (P31) 11

Manhã 18,4 19,3 (P13) 17,1 (P29) 2,2 71 77 (P29) 67 (P31) 10

Tarde 22,8 24,1 (P13) 21,5 (P8) 2,6 54 59 (P22)50 (P3, P10, P25,

P37, P40)9

Noite 16,6 17,4 (P3, P9) 15,3 (P2, P9) 2,1 81 86 (P15, P17, P28) 77 (P10, P31) 9

Madrugada 21,7 23,6 (P29) 20,6 (P15) 3,1 100 100 100 0

Manhã 29,9 31,9 (P4) 27,9 (P15) 4,0 100 100 99 1

Tarde 33,5 35,3 (P13) 30,3 (P2) 5,0 100 100 99 1

Noite 27,2 31,9 (P38) 24,8 (P29) 7,1 100 100 99 1

Madrugada 17,9 19,4 (P2) 16 (P44) 3,4 100 100 98 2

Manhã 24,7 26,7 (P40) 22,5 (P16) 4,3 100 100 98 2

Tarde 26,2 27,9 (P21) 24,0 (P29) 3,9 99 100 95 5

Noite 21,8 22,9 (P33, P1, P3) 19,8 (P16) 3,1 99 100 98 2

Variável

Umidade relativa do ar (%)Período de monitoramento Temperatura do ar (°C)

Verão

Outono

Inverno

Primavera

Média

Outono

Máxima

absoluta

Verão

Page 132: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

TABELA 30 - DIFERENÇAS TERMO-HIGROMÉTRICAS EXTREMAS ENTRE OS PONTOS DE MONITORAMENTO NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA ESTRATIFICADAS PARA AS PARTES DO DIA NOS PERÍODOS CORRESPONDENTES AS ESTAÇÕES DO ANO EM 2011

FONTE: A autora (2012) conclusão

Estação do

ano

Partes do

diaMédia Maior valor Menor valor

Diferença

térmicaMédia Maior valor Menor valor

Diferença

higrométrica

Madrugada 18,5 20,2 (P15) 15,6 (P18) 4,6 100 100 99 1

Manhã 28,4 31,1 (P43) 26,0 (P15, P31) 5,2 100 100 99 1

Tarde 30,5 31,9 (P11) 29,5 (P27, P28, P29, P30,

P31)2,4 100 100 99 1

Noite 25,3 26,3 (P32) 23,6 (P17) 2,7 100 100 99 1

Madrugada 18,9 20,2 (P9) 17,9 (P41, P42) 2,3 100 100 98 2

Manhã 29,8 31,9 (P38) 27,1 (P15) 4,8 100 100 98 2

Tarde 32,8 35,7 (P38) 29,9 (P2, P8) 5,8 98 100 92 8

Noite 27,5 32,8 (P37) 24,8 (P43) 8,0 99 100 95 5

Madrugada 15,8 16,4 (P4) 15,2 (P7, P15, P17, P23) 1,2 42 51 (P43) 24 (P22) 27

Manhã 16,2 17,1 (P2, P3) 15,2 (P15, P17) 1,9 46 56 (P29) 37 (P3) 20

Tarde 17,5 18,3 (P37) 16,0 (P28, P29) 2,3 29 51 (P29) 25 (P3) 26

Noite 15,8 16,4 (P4) 14,9 (P28, P29) 1,5 53 58 (P17) 42 (P3) 17

Madrugada 4,8 7,0 (P2) 2,5 (P31) 4,6 42 55 (P28) 24 (P31) 32

Manhã 5,5 7,0 (P2, P3) 2,5 (P16) 4,6 42 53 (P8) 35 (P3) 19

Tarde 11,612,2 (P2, P3, P5,

P9, P10)10,6 (P2, P3, P5) 1,6 30 35 (P37) 24 (P40) 11

Noite 7,2 9,0 (P2, P3) 5,4 (P17) 3,6 53 65 (P17) 46 (P46) 18

Madrugada 1,6 3,7 (P2) (-)0,2 (P35, P36) 3,9 40 46 (P8, P26, P32, P33) 35 (P2, P3) 12

Manhã 1,6 3,3 (P2, P3) (-)0,6 (P35) 3,9 24 27 (P28) 23 (P1, P5) 3

Tarde 6,5 7,0 (P3, P13, P18) 5,8 (P15, P28) 1,2 25 27 (P6) 24 (P5) 4

Noite 4,5 6,6 (P3) 2,5 (P17, P30, P36) 4,2 38 43 (P2, P31) 34 (P3, P44) 9

Madrugada 8,9 10,2 (P2) 7,4 (P44) 2,8 42 55 (P28) 24 (P31) 32

Manhã 9,6 10,6 (P2) 7,8 (P15) 2,8 28 33 (P29)25 (P3, P13, P14,

P31, P37)9

Tarde 13,8

14,1 (P2, P3, P5,

P6, P20, P25, P36,

P37, P38, P44)

12,9 (P15) 1,2 24 25 24 1

Noite 10,511,0 (P2, P3, P9,

P19, P26, P36, P37)9,4 (P15) 1,6 32 41 (P43) 24 (P31, P36, P37) 17

Inverno

Variável

Período de

monitoramento

Primavera

Mínima

absoluta

Verão

Outono

Inverno

Primavera

Máxima

absoluta

Temperatura do ar (°C) Umidade relativa do ar (%)

Page 133: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

133

(A)

(B)

FIGURA 32 – CAMPO TÉRMICO DA ÁREA INTRAURBANA DO MUNICÍPIO DE

CURITIBA COM BASE NOS DADOS COLETADOS PARA TODO O PERÍODO (A) E MADRUGADA (B)

FONTE: A autora (2012)

Page 134: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

134

Outro fator relacionado é que os parques e bosques de Curitiba se

concentram na parte da cidade com relevo mais movimentado (SAKATA, 2011),

associando-se além da influência da vegetação, o efeito da topografia local.

Como a distribuição dos pontos de monitoramento foi limitada a malha

urbana, não se estendendo aos limites oeste e sul do município também com

presença de vegetação (ver item 3.1.5), na interpolação realizada não foi possível

mostrar a redução de temperatura nestas áreas, como observado nas análises dos

perfis das médias.

4.3 CLASSIFICAÇÃO DE UNIDADES MICROCLIMÁTICAS NA ÁREA

INTRAURBANA DE CURITIBA

Na TABELA 31 são apresentados os resultados da análise de correlação de

Pearson para os dados de temperatura média no período da madrugada. Os dados

obtidos em cada estação do ano apresentaram boa correlação (maior que 0,65),

podendo ser utilizados na análise de agrupamento.

TABELA 31 - MATRIZ DE CORRELAÇÃO ENTRE OS DADOS DE TEMPERATURA MÉDIA NAS ESTAÇÕES DO ANO PARA O PERÍODO DA MADRUGADA

Variáveis Verão Outono Inverno Primavera

Verão 1 Outono 0,87 1 Inverno 0,72 0,84 1 Primavera 0,86 0,69 0,65 1

FONTE: A autora (2012)

Pela análise multivariada de agrupamento (Cluster), os 44 pontos de

monitoramento na área intraurbana de Curitiba foram divididos em cinco grupos

(FIGURA 33), definidos como Unidades Microclimáticas, as quais são descritas no

QUADRO 3.

Page 135: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

135

FIGURA 33 - DENDROGRAMA ELABORADO PARA A TEMPERATURA MÉDIA DO AR NO PERÍODO DA MADRUGADA

FONTE: A autora (2012)

Os resultados demonstram a formação de microclimas diferenciados na área

intraurbana de Curitiba (QUADRO 3). Estes resultados corroboram com os trabalhos

de Mendonça e Dubreuil (2005) e Dumke (2007) que, por técnicas de sensoriamento

remoto termal, concluíram que o campo térmico do aglomerado urbano da cidade de

Curitiba forma arquipélagos de ilhas de calor e de ilhas de frescor, embora se

destaque como uma mancha mais quente e homogênea do que a área rural

circunvizinha.

Alguns autores abordam que as cidades frequentemente compreendem um

mosaico de áreas com temperaturas mais elevadas e mais reduzidas, conforme a

variação da cobertura do solo urbano. As temperaturas na mancha urbana

apresentam-se frequentemente mais altas do que nas áreas rurais circunvizinhas,

porém, no interior da cidade as variações térmicas ocorrem principalmente entre os

espaços livres e os vegetados e as áreas construídas, produzindo defasagens de

temperaturas intraurbanas em até 7ºC (UPMANIS; ELIASSON; LINDQVIST, 1998;

SPROKEN-SMITH; OKE, 1999; ELIASSON, 2000).

Page 136: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

136

UNIDADES MICROCLIMÁTICAS

PONTOS DE MONITORAMENTO

TEMPERATURA MÉDIA

CARACTERÍSTICAS COMUNS

Unidade Microclimática I

P1, P2, P3

Verão 19,3 a 19,6°C Inverno 12,2 a 12,4°C

Inclui os pontos no centro tradicional (Zona Central – ZC e Setor Especial Histórico - SH), com grande número de edificações e concentração de atividades. Ausência de áreas permeáveis, com as florestas urbanas limitadas as praças.

Unidade Microclimática II

P4, P5, P9, P10, P11, P13, P20, P21, P22, P26, P32, P33, P37, P39 e P40

Verão 18,9 a 19,3°C Inverno 11,4 a 11,9°C

Inclui zonas residenciais de média-alta a média densidade (ZR-4 e ZR-3) e áreas ao longo de eixos estruturais urbanos (Setor Especial Estrutural – SE). Incluiu a região centro-sul, bastante urbanizada e verticalizada, com os eixos estruturais de transporte e a alta densidade das edificações ao longo destes.

Unidade Microclimática III

P6, P7, P12, P23, P24, P27, P31, P41, P42 e P43

Verão 18,8 a 19,0°C Inverno 11,2 a 11,5°C

Inclui zonas residenciais de baixa densidade (SEHIS, ZR-2 e ZR-1). Ausência de parques e bosques nas proximidades; florestas urbanas limitadas a praças e arborização de ruas.

Unidade Microclimática IV

P14, P16, P18, P19, P25, P34, P35, P36 e P38

Verão 18,6 a 18,8°C Inverno 11,0 a 11,4°C

Inclui zonas residenciais de baixa densidade (ZR-2, SEHIS, SE-CF e CONEC). Nesta unidade estão os pontos P14, P35 e P36 nas áreas limítrofes onde há a continuidade da área urbana e os pontos P18 e P19 sob influência de florestas urbanas isoladas.

Unidade Microclimática V

P8, P15, P17, P28, P29, P30 e P44

Verão 18,0 a 18,6°C Inverno 10,9 a 11,3°C

Inclui zonas residenciais de baixa a baixíssima densidade (ZR-2 e ZR-1) ou de ocupação controlada (ZR-OC). Nesta unidade estão os pontos das áreas limítrofes da cidade (P15, P28, P29 e P44) e áreas nas proximidades de parques urbanos (P8, P17 e P30).

QUADRO 3 - UNIDADES MICROCLIMÁTICAS NA ÁREA INTRAURBANA DO

MUNICÍPIO CURITIBA E CARACTERÍSTICAS FONTE: A autora (2012)

Page 137: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

137

No QUADRO 3 verifica-se que um dos principais itens para a classificação

das unidades microclimáticas foi a densidade de construções, conforme o

Zoneamento do Uso do Solo do Município. Segundo Duarte e Serra (2003), as

diferentes densidades de áreas construídas afetam os microclimas em uma região

urbana. Akinbodea, Elodoyinb e Fashae (2008) verificaram que as maiores

temperaturas em Akure, capital administrativa do estado de Ondo, Nigéria foram

frequentemente associadas com alta densidade de residências.

Cox (2009), em pesquisa realizada no município de Várzea Grande, Mato

Grosso, verificou os maiores valores de temperatura e os menores valores de

umidade relativa do ar nos grandes corredores comerciais da cidade – áreas de alta

densidade urbana, impermeabilização completa do solo, arborização escassa e fluxo

constante e intenso de veículos. As regiões onde se encontravam as condições mais

amenas e agradáveis estavam sempre situadas próximas a vazios urbanos com

presença de vegetação.

Na cidade de Bauru - SP, as áreas mais densamente construídas, com

alguns bairros residenciais e conjuntos habitacionais apresentaram maiores taxas de

aquecimento e de resfriamento, em contraposição às áreas com expressiva

quantidade de vegetação, como bosques e praças (FARIA; MENDES, 2004).

Em geral, as áreas não residenciais, incluindo espaços comerciais,

industriais e a área central, possuem mais área pavimentada, menos superfícies

gramadas e menos árvores do que as áreas residenciais. Conforme Hall, Handley e

Ennos (2012), a cobertura vegetal difere entre diferentes tipos de morfologia urbana,

sendo menor em áreas com alta densidade de residências, porém dentro destas

áreas há uma grande variabilidade de quantidade de vegetação.

A densidade de construção em cada classe de zoneamento está relacionada

com o percentual de áreas permeáveis e impermeáveis em cada local e os espaços

vazios com possibilidade de incluir vegetação nos terrenos. Os benefícios

microclimáticos não são proporcionados somente pelas florestas urbanas oficiais

(públicas), mas também pela vegetação remanescente ou plantada nas áreas

particulares.

Ao visualizar na FIGURA 34 a distribuição das unidades microclimáticas

definidas, novamente mostra-se a alternância de áreas de maior e menor

temperatura na área intraurbana de Curitiba. Kjelgren e Montague (1998) definem

Page 138: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

138

que a superfície urbana é como uma “colcha de retalhos” de elementos com

propriedades radiativas e termais diferentes.

FIGURA 34 - UNIDADES MICROCLIMÁTICAS IDENTIFICADAS NA ÁREA INTRAURBANA DO MUNICÍPIO DE CURITIBA

FONTE: A autora (2012)

Page 139: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

139

As áreas mais quentes foram observadas nas regiões central consolidada e

centro-sul, também bastante urbanizada e verticalizada, com os eixos estruturais de

transporte e a alta densidade das edificações ao longo destes (FIGURA 34). A

verticalização de Curitiba, segundo Pilotto (2010), foi maior a partir do Centro no

sentido oeste-sudoeste, especialmente nos bairros Batel, Água Verde e Bigorrilho.

Destacaram-se também os pontos localizados nos bairros Tarumã, Cidade Industrial

de Curitiba e Sítio Cercado como regiões mais quentes dentro da área intraurbana

de Curitiba.

O Instituto de Pesquisa de Planejamento Urbano de Curitiba – IPPUC

analisando os resultados do censo do IBGE 2010, cita que o bairro Centro continua

a ser a área mais densa da cidade, fenômeno que se mantém desde a década de

1970. O segundo bairro mais denso, em 2010, é o Água Verde, seguido do Sítio

Cercado. O órgão ressalta que o bairro Água Verde está localizado em uma ZR-4,

ou seja, área definida na Lei de Zoneamento e Uso do Solo como de média-alta

densidade. Já o terceiro bairro mais denso – Sítio Cercado – é de ocupação recente

(início dos anos 1990), resultado de ação direta do Poder Público Municipal com o

empreendimento chamado Bairro Novo. Este bairro tem, predominantemente, uma

ocupação horizontal e está localizado em área definida como SEHIS - Setor Especial

de Habitação de Interesse Social destinada à regularização fundiária e/ou a

programas habitacionais de interesse social. Outra surpresa na lista é a inclusão do

bairro Fazendinha (9º colocado), que tem um perfil de ocupação semelhante ao do

Sítio Cercado. Os demais bairros de maior densidade em 2010 estão localizados em

ZR-3, ou seja, áreas classificadas como de média densidade (IPPUC, 2012c).

Verifica-se que os pontos de monitoramento localizados nos limites extremos

dos transectos não foram todos classificados na mesma unidade microclimática. Isto

é devido a influência do uso do solo na região metropolitana, pois enquanto nos

pontos P15 (Av. Anita Garibaldi com Rua Rolando Salin Zappa Mansur – Bairro

Cachoeira), P28 (Rua Nicola Pelanda – Umbará), P29 (Rua Fredolin Wolf com Rua

Saturnino de Miranda – Lamenha Pequena) e P44 (Rua Estrada das Olarias com

Rua Arnaldo W. Gaensli – Santa Cândida), as áreas sequentes caracterizam-se

como de baixa densidade de construção e com maior presença de vegetação, nos

outros pontos há a continuidade da área urbanizada para além dos limites da área

intraurbana de Curitiba, o que é principalmente verificado no ponto P14 (Rua Vitor

Page 140: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

140

Ferreira do Amaral com Rua Brasílio de Lara – Capão da Imbuia), situado próximo a

divisa com o município de Pinhais, e no ponto P35 (Rua Velci Bolívar Grando com

Rua Amauri Mauad Gueiros – Uberaba), ao município de São José dos Pinhais.

A influência direta das florestas urbanas também foi constatada na

classificação das unidades microclimáticas. Verifica-se que os pontos P18 (Rua

Mateus Leme – São Lourenço) e P19 (Rua Deputado Mário de Barros com Raul

Viana – Centro Cívico), classificados como Unidade Climática IV, estão próximos,

respectivamente da Praça Manoel Scliar e do Bosque João Paulo II (Bosque do

Papa), enquanto os pontos P8 (Rua Cândido Hartmann com Padre Ladislau Kula –

Santo Inácio), P17 (Rua João Gava com Rua Antonio Krainiski - Abranches) e P30

(Rua José Valle – São João), que estão próximos, respectivamente, dos Parques

Barigui, São Lourenço e Tingui (Apêndice 2), foram classificados como Unidade

Climática V. Uma diferenciação entre os pontos é que, além da maior extensão dos

últimos parques citados, a cobertura vegetal próxima aos pontos P18 e P19 está

limitada às florestas urbanas públicas citadas, enquanto que para os pontos P8, P17

e P30, há presença de outros remanescentes florestais próximos, permitidos pelo

zoneamento do uso do solo nestas regiões, o que deve ter contribuído para as

menores temperaturas.

4.4 SUBSÍDIOS PARA A GESTÃO DAS FLORESTAS URBANAS NA CIDADE DE

CURITIBA

Os resultados desta pesquisa evidenciam a influência da vegetação no clima

local da cidade de Curitiba. Nos quatro transectos analisados, a presença de

diferentes tipologias de florestas urbanas provocou quebras na continuidade das

altas temperaturas na malha urbana. As regiões com maior quantidade de áreas

permeáveis, concentração de remanescentes florestais ou presença de áreas verdes

públicas apresentaram menores temperaturas e aumento da umidade relativa do ar,

atuando como “Ilhas de Frescor Urbano”.

No planejamento da arborização urbana, os aspectos climáticos deveriam

ser analisados para contemplar a criação de novas áreas verdes e a implantação de

Page 141: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

141

árvores nas vias públicas, bem como a manutenção de enriquecimento das florestas

urbanas existentes. No entanto, tanto a criação das áreas verdes públicas de

Curitiba, como a direção da urbanização, não foram planejadas fundamentadas em

aspectos climáticos.

De acordo com Vieira (2006), os programas de áreas verdes em Curitiba não

privilegiaram todas as porções e todos os recursos disponíveis da cidade. Isso

aconteceu devido ao fato de que sua criação obedeceu a uma série de critérios que

vão além da sua distribuição homogênea e das necessidades de cada parte da

cidade. A princípio, as áreas verdes foram criadas mediante uso de fundos de vale,

com objetivos de controlar enchentes, sanear e recuperar áreas, controlar

ocupações indevidas, criar fonte de abastecimento de água para a zona industrial e

preservar áreas de poluição. Também houve influência da disponibilidade de

remanescentes florestais nativos, criando a situação atual em que a maioria dos

parques se encontra em fundos de vale. Em complemento, Geissler (2004) aborda a

questão fundiária, pois todas as áreas vegetadas e florestas em Curitiba pertenciam

ao domínio privado; assim a aquisição dessas áreas pelo poder público, a fim de se

implantarem parques e bosques, esteve sujeita a uma série de condições fiscais e

interesses diversos.

Oliveira (1996) aborda que enquanto os parques foram implantados como

solução para problemas de saneamento urbano e de drenagem de áreas inundáveis,

os bosques se originaram a partir de preocupações ambientais (preservação de

nascentes e florestas nativas), políticas (homenagens a homens públicos) e sócio-

culturais (homenagens às diversas colônias de imigrantes).

Segundo Bucheri Filho (2010), o modelo utilizado para o planejamento e a

criação dos espaços de uso público, livres de edificação e com vegetação foi o

“modelo oportunista”, o qual utiliza o aproveitamento de situações facilitadoras e já

encontradas em determinada localidade, tais como uma doação de terreno e/ou

problema específico na área que poderia ser amenizado com este tipo de espaço,

ao invés de um processo de planejamento sistemático.

A cobertura vegetal em áreas residenciais é fortemente dependente de

fatores socioeconômicos, com áreas mais ricas com maior quantidade de cobertura

vegetal do que áreas mais pobres (HALL; HANDLEY; ENNOS, 2012). Mendonça

(2002) aborda que a distribuição das áreas verdes na cidade de Curitiba, sobretudo

Page 142: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

142

os parques de uso público, é fortemente excludente. A quase totalidade dos parques

públicos urbanos, bem equipados para o lazer e a prática de esportes e de fácil

acessibilidade aos citadinos está concentrada na porção norte da cidade,

exatamente na área onde também se concentra a classe média e alta da sociedade

curitibana. A porção centro-sul da cidade de Curitiba encontra-se desassistida no

concerne a uma política de parques urbanos municipais. É esta a área que se

encontra mais carente de parques com equipamentos de lazer gratuito, pois é,

paradoxalmente, também nela que se concentra grande parte da população de mais

baixa renda do município.

Outro aspecto é que a Prefeitura Municipal de Curitiba adota o critério de

moeda de troca, por meio de doação de áreas particulares para a obtenção do poder

construtivo ou na permissão para a construção de pavimentos além do permitido em

determinada zona ou setor. Isto pode descaracterizar o zoneamento do uso do solo,

que como foi mostrado nesta pesquisa, está diretamente relacionado à configuração

térmica intraurbana.

Os resultados da pesquisa também contribuem para discutir o índice de

áreas verdes por habitante de Curitiba, citado como um dos melhores do país. Este

índice apresenta valores altos quando visto de maneira generalizada, mas se

analisado por regionais administrativas ou por bairros pode apresentar valores

extremamente baixos. A pesquisa mostrou que as regiões com maior concentração

de áreas verdes públicas usufruem dos benefícios microclimáticos proporcionados,

porém, algumas regiões são desprovidas destes benefícios, pela menor presença

das florestas urbanas.

Para Duarte e Serra (2003), do ponto de vista térmico, o índice de área

verde por habitante pode não significar muita coisa. Mesmo que este seja elevado,

essa área verde pode estar concentrada em apenas um ou em alguns pontos,

oferecendo pouca ou nenhuma vantagem para a população.

Krug (1953) diz que o ideal é distribuir certa superfície de jardins públicos

para um determinado número de habitantes. Também Honjo e Takakura

(1990/1991), Givoni (1991) e Hamada e Ohta (2010) considerando o efeito

localizado das florestas urbanas, recomendam a sua distribuição pela área

construída.

Givoni (1991) sugere que a partir de certo ponto, o tamanho de um único

Page 143: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

143

parque faz pouca diferença nas condições climáticas além de seus limites. Porém, a

divisão da área verde em um maior número de pequenos parques, espalhados por

toda a cidade, estende seus benefícios a uma área e número de pessoas maior.

Cada bairro deve ter uma parcela de área verde e superfícies d’água para criar

condições de conforto termo-higrométrico e de qualidade do ar mais adequados no

entorno. Os parques urbanos também podem atuar como elementos de ligação entre

bairros, compartilhando equipamentos e serviços.

Honjo e Takakura (1990/1991), por simulações numéricas, recomendam a

utilização de menores áreas verdes espaçadas para se obter um resfriamento das

áreas do entorno. Também Hamada e Ohta (2010) sugerem que é desejável ter

áreas verdes espalhadas no ambiente urbano ao invés de concentradas em uma

mancha, porque a taxa de resfriamento destas áreas é limitada a poucas centenas

de metros.

De acordo com Barbosa e Barbirato (2003), o conhecimento de parâmetros

que qualifiquem e quantifiquem os benefícios trazidos pela vegetação na

amenização do comportamento climático nos recintos urbanos é de grande

importância para profissionais que atuem no planejamento urbano. Evidencia-se a

necessidade premente de se estabelecer políticas públicas em relação ao uso da

vegetação para melhorar a qualidade de vida. É necessário que o planejamento da

cidade não ignore os aspectos climáticos e que sejam traduzidos em critérios de

planejamento, evidenciando a relevância dos espaços verdes na obtenção de

melhores condições térmicas, favoráveis ao bem-estar de seus habitantes.

Duarte (2000) cita que ao aumentar a densidade habitacional, pretendida por

muitos planos diretores nas cidades brasileiras para reduzir os custos de infra-

estrutura e serviços (aumentar a taxa de ocupação e coeficiente de aproveitamento),

dever-se-ia também aumentar a proporção de corpos d’água e vegetação, de modo

a equilibrar a maior densidade construída com os elementos naturais.

Na porção noroeste do município de Curitiba, com a maior quantidade de

vegetação, segundo Vieira (2006), e que nesta pesquisa apresentou as menores

temperaturas, é preciso dispor de ações para conservação das florestas urbanas. No

entanto, conforme IPPUC (2012c), os dez bairros que mais cresceram na última

década – entre 2000 e 2010 – são também os com maior metragem de área verde

por habitante. Isto poderá trazer implicações futuras no clima local.

Page 144: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

144

Nesta pesquisa foi verificado que mesmo áreas de baixa densidade de

construção, como os conjuntos habitacionais, apresentaram temperaturas

semelhantes à área central, o que foi relacionado à menor presença de florestas

urbanas. Os novos conjuntos habitacionais deveriam ser planejados incluindo a

arborização de ruas e a presença de praças e jardinetes, de modo a não tornarem-

se áreas com temperatura elevada.

Na malha urbana onde há parques e bosques isolados, sem a continuidade

da cobertura vegetal, é importante atuar com o plantio de árvores na arborização de

ruas e analisar a possibilidade de criação de praças e jardinetes nas proximidades,

de modo a formar corredores verdes, o que ampliaria os benefícios climáticos destes

parques ou bosques na região circundante.

Nas regiões altamente impermeabilizadas e com alta densidade de

construção, em que foram registradas as maiores temperaturas, é preciso

estabelecer ações para acrescentar vegetação nestas áreas, o que é limitado a

praças e arborização de ruas.

No QUADRO 4, de maneira geral, são apresentadas algumas sugestões

para implantação e manejo de florestas urbanas na cidade de Curitiba, de modo a

estabelecer estratégias para amenizar as temperaturas nas regiões altamente

impermeabilizadas e com alta densidade de construção, com o acréscimo de

vegetação em áreas públicas e particulares, bem como manter os benefícios

microclimáticos das áreas verdes públicas e remanescentes florestais presentes na

área intraurbana.

Page 145: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

145

SITUAÇÃO

FORMAS DE ATUAÇÃO

Regiões que usufruem dos benefícios microclimáticos das florestas urbanas

- Estabelecer a conscientização pública sobre a importância da vegetação como elemento indispensável à cidade para a manutenção da qualidade de vida; - Manter o estímulo a preservação e formação de áreas verdes com benefícios fiscais à preservação, com a redução do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU); - Identificar áreas potenciais para a criação de novos parques e bosques públicos, por meio dos dados de cadastramento dos bosques da Secretaria Municipal de Meio Ambiente; - Utilizar os fundos de vale para a criação de parques lineares; - Manter incentivo para áreas verdes particulares, como o existente para a criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural Municipal – RPPNM; - Fiscalizar o cumprimento do zoneamento do uso do solo, com planejamento da ocupação urbana. - Manejar parques, bosques, praças e demais florestas urbanas públicas, com incremento de árvores, de modo a manter a cobertura vegetal existente.

Regiões com elevação de temperatura e desprovidas de florestas urbanas

- Nas regiões de baixa densidade de ocupação, incentivar o plantio de árvores nos quintais das residências, empresas ou instituições; - Criar leis ou incentivos para a diminuição de áreas impermeáveis nas instituições de ensino, clubes, hospitais, condomínios, empresas e outros; - Nas áreas urbanas consolidadas, buscar alternativas para a implantação de pequenas praças ou jardinetes, com plantio de árvores, e a arborização de ruas, com a escolha do porte da espécie de acordo com o espaço físico tridimensional disponível; - Manejar as árvores implantadas em praças e parques, com substituição gradativa das árvores senescentes de modo a uma alta proporção de árvores sadias adaptadas às condições locais e uma apropriada cobertura de copas; - Avaliar a arborização de ruas na região central e aplicar o índice de plena ocupação, que indica a escassez ou abundância de árvores na rua, para incremento de mais árvores; - Inventariar a porcentagem de área permeável e impermeável das praças e calcular o índice de cobertura arbórea para as futuras intervenções paisagísticas onde necessitar. - Envolver a sociedade civil organizada no planejamento e execução das ações propostas.

QUADRO 4 - ESTRATÉGIAS PARA MANEJO E IMPLANTAÇÃO DE FLORESTAS

URBANAS NA ÁREA INTRAURBANA DE CURITIBA COM ENFOQUE NO CLIMA LOCAL

FONTE: A autora (2012)

Page 146: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

146

5 CONCLUSÕES

A metodologia empregada nesta pesquisa possibilitou a obtenção de dados

de temperatura e de umidade relativa do ar em situações meteorológicas distintas,

bem como permitiu relacionar o campo termo-higrométrico com os atributos urbanos

pesquisados, principalmente com as florestas urbanas.

Na área intraurbana de Curitiba foram encontradas diferenças termo-

higrométricas entre os pontos de monitoramento em todos os períodos analisados.

Mesmo nas estações do ano de mais baixas temperaturas, o outono e o inverno,

foram encontradas diferenças térmicas, relacionadas ao calor antropogênico.

Quanto à variação espacial das temperaturas em cada transecto definido:

a) No transecto norte-sul as maiores temperaturas foram registradas nos pontos

situados nos bairros Rebouças, São Lourenço, Xaxim e Sítio Cercado, enquanto as

menores temperaturas nos bairros Cachoeira, Barreirinha e Umbará. Também

redução de temperatura pela presença dos Parques São Lourenço e das Pedreiras

no bairro Abranches, do Bosque João Paulo II no bairro Centro Cívico e pelo Eixo de

Animação Arnaldo Faivro Buzzato no bairro Lindóia.

b) No transecto leste-oeste as maiores temperaturas ocorreram nos pontos

localizados nos bairros Tarumã, Mercês, Alto da Rua XV e Bigorrilho, enquanto a

maior redução de temperatura ocorreu em ponto localizado no bairro Santo Inácio,

principalmente devido a proximidade com o Parque Municipal Barigui.

c) No transecto noroeste-sudeste as áreas mais quentes localizaram-se nos bairros

Centro, São Francisco e Prado Velho. As menores temperaturas ocorreram

principalmente na porção noroeste, que incluiu pontos de monitoramento nos bairros

Lamenha Pequena, São João e Vista Alegre.

d) No transecto sudoeste-nordeste, as maiores temperaturas foram encontradas nos

bairros Centro, Batel, Cidade Industrial de Curitiba e Fazendinha, enquanto os

menores valores em ponto no bairro Santa Cândida, além de redução de

temperatura no bairro Hugo Lange.

Os resultados mostraram a influência do uso do solo no clima local. De

maneira geral, as regiões mais quentes referem-se a área central e centro-sul, além

dos bairros Tarumã, Cidade Industrial de Curitiba e Sítio Cercado. As menores

Page 147: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

147

temperaturas foram encontradas em bairros residenciais e periféricos, como nas

porções norte e noroeste do município e limite sul, que inclui os bairros Cachoeira,

Barreirinha, Lamenha Pequena, São João e Santa Cândida, além de se evidenciar o

efeito do resfriamento das florestas urbanas presentes na área intraurbana de

Curitiba, principalmente nos bairros Santo Inácio, Abranches, Hugo Lange e Lindóia.

O ponto P3 (Rua André de Barros com Rua Barão do Rio Branco – Centro)

caracterizou-se como o ponto mais quente entre todos os locais monitorados.

Pela análise do perfil longitudinal das temperaturas nos quatro transectos

estabelecidos na malha urbana da cidade, observou-se curva semelhante ao perfil

clássico das ilhas de calor urbano descrito na literatura específica sobre esse tema,

com as maiores temperaturas nos locais com maior intensidade de ocupação e

concentração de atividades antrópicas e as menores temperaturas em bairros

residenciais e periféricos, com menor densidade de construção. As regiões com

maior quantidade de áreas permeáveis, concentração de remanescentes florestais

ou presença de florestas urbanas apresentaram menores temperaturas e aumento

da umidade relativa do ar, atuando como Ilhas de Frescor Urbano.

A densidade de construções e a distribuição das florestas urbanas

influenciam diretamente o comportamento térmico-higrométrico local. A análise de

agrupamento, por estatística multivariada, comprovou a semelhança térmica entre as

áreas de mesma morfologia urbana.

Os resultados obtidos enfatizaram a importância das áreas verdes públicas

da cidade de Curitiba, bem como a necessidade de ações de implantação e manejo

das diferentes tipologias de florestas urbanas em áreas públicas e particulares.

Page 148: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

148

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163

APÊNDICES

APÊNDICE 1 - VISTA GERAL DOS PONTOS DE MONITORAMENTO DEFINIDOS...................................................................................164

APÊNDICE 2 - CARACTERÍSTICAS DOS PONTOS DE MONITORAMENTO DEFINIDOS NA AREA INTRAURBANA DE CURITIBA..............166

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164

APÊNDICE 1 – VISTA GERAL DOS PONTOS DE MONITORAMENTO DEFINIDOS

continua

P1 P2 P3 P4

P5 P6 P7 P8

P9 P10 P11 P12

P13 P14 P15 P16

P17 P18 P19 P20

P21 P22 P23 P24

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165

APÊNDICE 1 - VISTA GERAL DOS PONTOS DE MONITORAMENTO DEFINIDOS

P25 P26 P27 P28

P29 P30 P31 P32

P33 P34 P35 P36

P37 P38 P39 P40

P41 P42 P43 P44

conclusão FONTE: A autora (2012)

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166

APÊNDICE 2 - CARACTERÍSTICAS DOS PONTOS DE MONITORAMENTO DEFINIDOS NA AREA INTRAURBANA DE CURITIBA

Pontos Altitude

(m) Classes de zoneamento (uso do solo)

Florestas Urbanas

(Raio 500 m)

P1 914

SH - Setor Especial Histórico: compreende a parte mais antiga do centro tradicional, com grande número de edificações originárias do processo de ocupação da cidade ao fim do século XIX e início do XX.

Praças Tiradentes, Generoso Marques, José B. de Macedo, Zacarias, Santos Dumont e Garibaldi

P2 911

ZC - Zona Central: Compreende o centro tradicional, caracterizado por grande concentração de atividades e funções urbanas de caráter setorial. Permitem-se usos de habitação, comércio e prestação de serviços. O coeficiente de construção é igual a 5, com 100% de ocupação no térreo e no 1º pavimento, assim como 66% nos demais. Para se estimular o uso residencial, ampliar espaços de passeio para pedestres e considerando pouca oferta de vagas em estacionamento nos seus entornos, foram instituídos incentivos para galerias comerciais, edifícios de habitação coletiva e para estacionamentos privativos ou coletivos.

Praças Rui Barbosa, Osório e Oswaldo Cruz

P3 900 ZC - Idem descrição P2. Praças Carlos Gomes e E. Correia

P4 902

ZR-4 - Zonas Residenciais média-alta densidade, onde se permitem habitações coletivas, habitação transitória ou habitação institucional até 6 pavimentos, além de comércio e serviço vicinal ou de bairro com porte até 200 m². O coeficiente é até 2 e a ocupação 50%. ZC - Idem descrição P2.

Passeio Público, Círculo Militar, Praça Santos Andrade

P5 918

ZR4 - Idem descrição P4. ZR-3 - Zonas Residenciais de média densidade: permitem habitações unifamiliares isoladas ou em série, atendida a densidade de 80 habitações/ha, e também habitação coletiva ou habitação institucional com até três pavimentos. Nos lotes o coeficiente é até 1, com taxa de ocupação 50%.

Praças de Souto Maior e Odilon Mader

P6 972

ZR-PC - Zonas Residenciais com baixa densidade: em áreas destinadas a habitações unifamiliares isoladas ou em série até 2 pavimentos. O limite é de três moradias em cada lote, cujo padrão é 360 m² ou mais. Para lotes maiores se admite a densidade até 80 habitações/ha. Também se permitem habitações institucionais e o comércio ou serviço vicinal com porte até 100 m². Nos lotes o coeficiente é até 1, com taxa de ocupação 50%. ZR-2 - Zonas Residenciais com baixa densidade: em áreas destinadas a habitações unifamiliares isoladas ou em série até 2 pavimentos. O limite é de três moradias em cada lote, cujo padrão é 360 m² ou mais. Para lotes maiores se admite a densidade até 80 habitações/ha. Também se permitem habitações institucionais e o comércio ou serviço vicinal com porte até 100 m². Nos lotes o coeficiente é até 1, com taxa de ocupação 50%.

Jardinetes Ksenia Twerdochlib e Zezé Ribas

continua

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167

APÊNDICE 2 - CARACTERÍSTICAS DOS PONTOS DE MONITORAMENTO DEFINIDOS NA AREA INTRAURBANA DE CURITIBA

Pontos Altitude

(m) Classes de zoneamento (uso do solo)

Florestas Urbanas

(Raio 500 m)

P7 953

SE-NC - Setor Especial da Nova Curitiba: constitui-se de áreas num quinto eixo conector urbano de ocupação mista, o qual por se localizar no prolongamento para oeste do Setor Estrutural e por ser dotado de vias em sistema trinário evoluiu para funções e usos similares aos demais eixos expressos de transporte. A altura é livre e o coeficiente é até 2, tendo ocupação de 60% no subsolo e até 50% nos demais pavimentos. Em pólos de integração ao longo do eixo exige-se faixa contínua de comércio e serviços. ZT-NC - Zona de Transição do Setor Especial Nova Curitiba: para com os zoneamentos confrontantes. São permitidas a habitação coletiva e habitação institucional até 6 pavimentos nos lotes com testada para as vias externas do eixo Nova Curitiba até a profundidade de 100 m em relação às vias, além de comércio e serviço vicinal e uso comunitário com até 2 pisos e porte de 100 m². Nos demais lotes, para usos habitacionais a altura máxima permitida é 4 pavimentos. O coeficiente de aproveitamento é 1 e a taxa de ocupação 50%.

P8 961

ZR-1 - Zonas Residenciais com baixíssima densidade: em áreas para habitações unifamiliares isoladas ou em série, em 2 pavimentos e frações de terreno de 600 m² no mínimo. Admite comércio e serviço vicinal para edificações já existentes com até 100 m². O coeficiente de aproveitamento é até 1 e a taxa de ocupação 50%. ZR-2 - Idem P6.

Parque Barigui

P9 921

ZR-3 - Idem descrição P5. SE - Setor Especial Estrutural: engloba áreas ao longo dos eixos lineares urbanos. Visando prolongar e expandir o centropioneiro, busca melhor acesso da população ao comércio, aos serviços e aos empregos urbanos, uma vez que se estende em várias direções até bairros distantes. O coeficiente é 4, com incentivos para torres de comércio e serviços. Espelha os usos da Zona Central e limita-se no sistema trinário linear, composto por uma via central e duas externas. A via central contém a canaleta do transporte de massa e duas pistas lentas para atender atividades de animação no eixo, enquanto as vias externas são ruas paralelas ao eixo, com sentido único de tráfego e destinadas a maior fluidez de veículos. Nos terrenos com frente para a via central é obrigatória a testada contínua comercial definida no Plano Massa, o qual exige uma base na edificação contendo térreo e sobreloja, com galeria externa na área do recuo, bem como usos comerciais ou prestação de serviços.

Parque Barigui, Largo Pedro Deconto, Praça Professor Hyperides Zanello

continuação

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168

APÊNDICE 2 - CARACTERÍSTICAS DOS PONTOS DE MONITORAMENTO DEFINIDOS NA AREA INTRAURBANA DE CURITIBA

Pontos Altitude

(m) Classes de zoneamento (uso do solo)

Florestas Urbanas (Raio 500 m)

P10 915 ZR-4 - Idem P4.

Praça 29 de Março, Jardinetes Isabel Lopes Santos, Nelson B. Ribas, James P. Macedo, Olga de Menezes, Henrique Oliva, Ramires Trevisan, Pedro Henrique Andrade Santos

P11 911 ZR-4 - Idem P4. SE – Idem P9.

Praças Tenente E. Vidal, Ildefonso do Cerro Azul e do Expedicionário, Jardinetes Natálio Santos, Terezinha Schlivinski e Desembargador Zeferino Krukoski, Jardim Ambiental Sete de Setembro

P12 932 ZR-3 - Idem descrição P5. ZR-1 - Idem descrição P8.

Praças das Nações, Carlos Filizola e Ercilio Slavieiro, Jardinetes Hipólito Dopieralski e Henrique Knopfholz

P13 913

SE-BR116 - Setor Especial da BR-116: áreas ao longo dessa rodovia intraurbana, no trecho desde o trevo Atuba até a Av. Winston Churchill. Permite atividades comerciais e de prestação de serviços, além de habitação coletiva, institucional e transitória. O coeficiente é 1 e pode chegar a 2 em lotes onde se reciclem usos que hoje geram impactos e tráfego pesado. A altura é até 6 pavimentos e livre nos pólos, com ocupação de 50%. ZR-3: Idem descrição P5.

Praças Tomaz Coelho, Cova da Iria e Juventina Abib, Jardinete Elias Celso Lisboa de Miranda Filho

P14 882

SEHIS - Setor Especial de Habitação de Interesse Social: compreende todas as áreas de interesse público para se ordenar a ocupação via urbanização e regularização fundiária, implantando ou complementando programas habitacionais de interesse social, os quais se sujeitem a critérios especiais de parcelamento, uso e ocupação do solo, tais como tamanho de lote reduzido ou recuo de 3 m. Permitem-se habitações unifamiliares até 2 pisos, ocupação de 50% e coeficiente até 1, além de usos em comércio ou serviço - vicinal, de bairro e setorial, desde que com porte até 100 m². Permite-se também a habitação institucional e os usos comunitários, desde que com coeficiente até 0,6 e ocupação até 30%.

Praça Bernardo Hostin

continuação

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169

APÊNDICE 2 - CARACTERÍSTICAS DOS PONTOS DE MONITORAMENTO DEFINIDOS NA AREA INTRAURBANA DE CURITIBA

Pontos Altitude

(m) Classes de zoneamento (uso do solo)

Florestas Urbanas

(Raio 500 m)

P15 1009

ZR-2 - Idem descrição P6. ZR-OC - Zonas Residenciais de Ocupação Controlada: em áreas situadas nos limites norte e sul da cidade e onde existe grande concentração de áreas verdes. O lote mínimo para novos parcelamentos é 2.000 m², permitindo habitações unifamiliares, isoladas ou em série, desde que se limitem a 5 moradias/ha. Permite-se ainda habitação institucional e transitória, bem como os usos comunitários e o comércio ou serviço vicinal com porte até 100 m². O limite construtivo é coeficiente 0,4. O de altura é 2 pavimentos e de ocupação 30%.

Parque Nascentes do Belém

P16 965 ZR-2 - Idem descrição P6.

Praça Eleutério S. Prestes, Jardinete Estanislau Kucek

P17 944 ZR-2 - Idem descrição P6.

Parque São Lourenço, Parque da Pedreira, Praça Irmã Tereza, Jardinete Dr. Luiz Gonzaga da Mota Ribeiro Filho

P18 906 ZR-2 - Idem descrição P6.

Praças Manoel Scliar, Erailto Thiele e Paulo Senti, Jardinetes Wilson N. J. S. Santos Filho, Ervin Ofner e Siegfried Rigler

P19 908

SE-CC - Setor Especial Centro Cívico: compreende áreas onde se concentram atividades institucionais do Serviço Público Estadual e Municipal, bem como administrativas e de apoio a essas funções. Permitem-se usos habitacionais e de comércio ou serviços. Nos terrenos com testada para a Av. Cândido de Abreu a altura é livre e o coeficiente até 5 com ocupação até 50%. Nos demais lotes a altura é 6 pavimentos e o coeficiente até 2.

Bosque João Paulo II (Bosque do Papa), Praças Rio Iguaçu e Nossa Senhora de Salete, Jardinetes João R. Teixeira Junior e Dr. João Lima Cordeiro

P20 905 ZR-4 - Idem descrição P4. ZR-3 - Idem descrição P5.

Praça Afonso Botelho, Praça Ouvidor Pardinho

continuação

Page 170: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

170

APÊNDICE 2 - CARACTERÍSTICAS DOS PONTOS DE MONITORAMENTO DEFINIDOS NA AREA INTRAURBANA DE CURITIBA

Pontos Altitude

(m) Classes de zoneamento (uso do solo)

Florestas Urbanas

(Raio 500 m)

P21 900 ZR-3 - Idem descrição P9.

Praça Elias A. Bittar e Bento M. Rocha Neto, Jardinete Sérgio Fraga e Largo Jornalista Carlos Coelho

P22 927

SE-WB - Setor Especial Av. Presidente Wenceslau Bráz: áreas ao longo de todo esse eixo urbano, onde se permitem os mesmos usos e parâmetros do SE-MF. Permitem-se usos comerciais e de prestação de serviços, bem como habitação coletiva, institucional e transitória, até 4 pisos, coeficiente 1 e ocupação 50%.

Eixo de Animação Arnaldo Faivro Buzzato, Praças Ipiranga e João Paul

P23 923

SE-BR116 - Setor Especial da BR-116: áreas ao longo dessa rodovia intraurbana. Permite atividades comerciais e de prestação de serviços, além de habitação coletiva, institucional e transitória. O coeficiente é 1 e pode chegar a 2 em lotes onde se reciclem usos que hoje geram impactos e tráfego pesado. A altura é até 6 pavimentos e livre nos pólos, com ocupação de 50%. ZR-3. Idem P9.

Praça Primo Fraveto, Jardinete Luiz Orlando Garcez Oliveira Mello

P24 922 ZR-2 - Idem descrição P6.

P25 892 ZR-2 - Idem descrição P6.

Praça Nelson Monteiro, Jardinete Elvi José Stofella

P26 892

SE-LE - Setor Especial Linhão do Emprego: áreas de ocupação mista situadas ao longo do eixo viário de mesmo nome, o qual

foi criado para gerar renda ao sul da cidade e onde predominam atividades de comércio, prestação de serviços,

salas de capacitação e pequenas indústrias. Permite-se habitação coletiva com 4 pavimentos nos terrenos com testada

para o sistema viário central e com até 2 pisos nos demais lotes. O coeficiente é até 1 e a taxa de ocupação máxima é

50%.

Praça Egydio José Busnardo

P27 901

SEHIS - Setor Especial de Habitação de Interesse Social: compreende todas as áreas de interesse público para se

ordenar a ocupação via urbanização e regularização fundiária, complementando programas habitacionais de interesse social, os quais se sujeitem a critérios especiais de parcelamento, uso

e ocupação do solo, tais como tamanho de lote reduzido ou recuo de 3 metros. Permitem-se habitações unifamiliares até 2 pisos, ocupação de 50% e coeficiente até 1, além de usos em comércio ou serviço - vicinal, de bairro e setorial, desde que

com porte até 100 m². Permite-se também a habitação institucional e os usos comunitários, desde que com coeficiente

até 0,6 e ocupação até 30%.

Praça Professor Marli Q. Azevedo

continuação

Page 171: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

171

APÊNDICE 2 - CARACTERÍSTICAS DOS PONTOS DE MONITORAMENTO DEFINIDOS NA AREA INTRAURBANA DE CURITIBA

Pontos Altitude

(m) Classes de zoneamento (uso do solo)

Florestas Urbanas

(Raio 500 m)

P28 922 ZR-OC - Idem descrição P15.

P29 957 ZR-2 - Idem descrição P6.

P30 974

ZR-SF - Zona Residencial de Santa Felicidade: área onde se permitem habitações unifamiliares isoladas ou em série,

atendida a fração mínima de 300 m² por moradia; bem como a habitação institucional e o uso comunitário até 2

pavimentos, além de comércio ou serviço vicinal com até 100 m². O coeficiente de aproveitamento é igual a 1 e a taxa

de ocupação 50%.

Parque Tingui

P31 972 ZR-2 - Idem descrição P6. ZR-3 - Idem descrição P5.

Bosque Gutierrez, Praça Divina

Pastora

P32 888 ZR-3 - Idem descrição P5.

P33 911

SE-CF - Setor Especial Av. Comendador Franco: áreas ao longo desse eixo no trecho entre a rodovia BR-116 e a

RFFSA. Permitem-se os mesmos parâmetros do SE-MF, porém nos terrenos com testada para a via central do eixo

só é permitida essa ocupação e os usos mediante implantação de via local pelo empreendedor.

ZR-2 - Idem P6.

Praças Professor Camilo Stellfeld e

da Grécia, Jardinete Prof. Artur Santos de

Almeida

P34 890 SE-CF - Idem descrição P33.

P35 878 SEHIS - Idem descrição P27. Praça Renato

Russo

P36 895 SEHIS - Idem descrição P27.

Parque Caiuá, Praças Maria A. Martins e Nelson

Luiz Júnior

P37 929

ZUM - Zonas de Uso Misto: áreas de ocupação mista, com média densidade habitacional, de apoio residencial às zonas industriais e de serviços, localizadas na Cidade Industrial de Curitiba, nas quais se permite habitação coletiva, transitória e institucional, bem como comércio ou serviço - vicinal, de bairro, setorial e específico, além de usos comunitários, com até 4 pavimentos, coeficiente até 1 e ocupação 50%. ZR-2 - Idem descrição P6.

Parque Cambui

P38 915

CONEC - Setor Especial Conectoras: áreas situadas ao longo de quatro eixos conectores que ligam o trecho sul do Setor Estrutural à Cidade Industrial de Curitiba. Caracterizam-se por uma ocupação mista, de média densidade habitacional, em que se permitem os mesmos usos e parâmetros do SE-MF. ZR-2 - Idem descrição P6.

Bosque da Fazendinha

continuação

Page 172: A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO NO CLIMA URBANO DA …

172

APÊNDICE 2 - CARACTERÍSTICAS DOS PONTOS DE MONITORAMENTO DEFINIDOS NA AREA INTRAURBANA DE CURITIBA

Pontos Altitude

(m) Classes de zoneamento (uso do solo)

Florestas Urbanas (Raio 500 m)

P39 919 ZR-3 - Idem descrição P5.

Praça Dr. Francisco R. A. Macedo, Jardinetes

Professora Maria Lenira G. de Toledo Piza e Neylor V. de

Andrade

P40 939 ZR-4 - Idem descrição P4. SE - Idem descrição P9.

Praças Giovani Gervasoni, do Japão e Helene G. Garfunkel, Jardinetes Celestina

B. Cavallin, Prof. Erasmo Pilotto e Paula

Pedroso do Amaral, Bosque Luisa Bueno

Gomm

P41 923 ZR-3 - Idem descrição P5. ZR-1 - Idem descrição P8.

Praças Santa Filomena, Major Aviador Idalgo C. Bacci, Presidente

Eisenhadwer, Hatume Nakahata e Maria Rosa Guerreira do

Contestado, Jardinetes Victor P.

Johnsson e Prof. Oswaldo Doria

P42 929

ZE-M - Zona Especial Militar: áreas situadas nos bairros Boqueirão, Pinheirinho e Bacacheri, nas quais são permitidas habitações unifamiliares e coletivas – vilas militares e usos vinculados às atividades militares até 4 pavimentos, além de comércio ou serviço vicinal e de bairro com porte até 200 m². O coeficiente é 0,5 e a taxa de ocupação 30%.

P43 945 ZR-4 - Idem descrição P4. ZR-3 - Idem descrição P5.

P44 930 ZR-2 - Idem descrição P6.

conclusão

FONTE: adaptado de IPPUC (2012a) e PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA (2012)